A g o s t o/ S e t e m b r o 2 0 2 3 S é r i e 2 N ú m e r o 3 4 6
sistema da Dimastec permite a marcação de ponto o line, facilitando o trabalho de gestão de pessoas no campo @canalProcanaBrasil www.axiagro.com.br
O
MERCADO
ATALAC 2023 impulsiona agronegócio canavieiro da América Latina e Caribe 6
Á frente de 5 tecnologias e oportunidade, etanol avança no mercado global 8 e 9
Etanol rumo ao protagonismo da transição energética 10
“Aumentar a produtividade é a prioridade zero do setor energético 12
Produção de açúcar
GESTÃO
car ta ao leitor
Andréia Vital - redacao@procana com br
Potencializando o Futuro Sustentável do Brasil
O setor sucroenergético do Brasil é um exemplo notável de evolução tecnológ ica e social, que tem se destacado como um pilar fundamental na economia do país O caminho tr ilhado desde os pequenos engenhos de pinga até os moder nos parques industr iais é um testemunho do compromisso com a inovação e a sustentabilidade, mas acima de tudo, com o valor dado ao capital humano
E o futuro se mostra muito promissor para o nosso segmento Como ressalta Luís Rober to Pogetti, presidente do conselho de administração do CTC e da Coper sucar : “Existem imensas possibilidades pela frente Nunca teve tantas opor tunidades quanto aquelas que a gente pode considerar hoje” Em matér ia nesta edição do jor nal, o executivo lembra que não existe nenhum país do mundo, que tenha a capacidade e velocidade de expansão de produção, tal qual o Brasil tem, pela disponibilidade de recur sos naturais que tem Nesta edição do jor nal, uma entrevista com o economista Haroldo Tor res, gestor de projetos do Prog rama de Educação Continuada em Economia e Gestão de Empresas (PECEGE), feita por Delcy Mac, destaca que o etanol celebra 2023 como per sonagem pr incipal de pelo menos 5 tecnolog ias e opor tunidades em f ase de implementação, de desenvolvimento ou de pesquisa O setor cresce e este desenvolvimento já conquistado é refletido em nossa matér ia de capa e mostra que uma tecnolog ia antes só vista em filmes de ficção científica, agora f az par te da rotina das companhias sucroenergéticas O reg istro de ponto por reconhecimento f acial virou sinônimo de redução de custos e melhor ia na cultura organizacional da empresa
“A fer ramenta também proporciona um ambiente de confiança e segurança no ar mazenamento de dados, atendendo o que preconiza a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) O DT Faceum: está hospedada na AWS, garantindo total segurança ciber nética confor me os padrões de gover nança da leg islação", afir ma Dimas Fausto, presidente da Dimastec, que desenvolveu a DT Faceum, fer ramenta que vem sendo usada por muitas usinas, como Gr upo Viralcool e Moreno
A edição de agosto/setembro traz também os cases e inovações para otimização dos balanços de massa e energ ia, máxima recuperação de fábr ica e qualidade do açúcar apresentados por usinas e especialistas no 10º SINATUB Balanços de Massa e Energ ia, Tratamento de Caldo e Fabr icação de Açúcar
Finalmente, irmãos, tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensam nessas coisas Filipenses 4:8
Especialistas também f alam sobre um dos eventos que vem preocupando o setor : o florescimento do canavial, que pode causar prejuízos significativos para produtores de cana de açúcar A edição também mostra uma pesquisa anual realizada pelo Centro de Cana de Açúcar, do Instituto Ag ronômico de Campinas (IAC), que aponta que, nesta safra, 75% dos produtores adotarão o sistema de plantio de MPB O censo estima a utilização de 172 milhões de mudas
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C A R TA A O L E I T O R Agosto/Setembro 2023 4
Ana Alice Theodoro - (16) 98102 5222
no Centro-Sul deverá atingir 39,9 MMT 14 Mário Campos e Renato Cunha são reeleitos para o Fórum Nacional Sucroenergético 16 Em busca de eficiência energética Alpina Orion investe em pesquisa 17 THERMACT-B projetado para otimizar caldeiras é aprovado pela Pitangueiras 18
Usinas aderem ap DT Faceum na implantação de reconhecimento facial 20 e 21 Empresa de ERP mira novos negócios e espera faturar R$ 1 bi até 2025 22 INDUSTRIAL Parceria entre Unipar e Usina São José da Estiva apresenta resultados no uso do HCL como alternativa sustentável 23 HPB amplia sua parceria com a Babcock&Wilcox e trazx um novo e exclusivo sistema de combustão da Dinamarca 24 e 25 Veja os destaques do Road Show da Transformação SINATUB 10º SINATUB apresentou conteúdo técnico de alta relevância 26 Com ferramentas de monitoramento, Pitangueiras bate recordes na produção 27 Como maximizar a fabricação de açúcar diante dos desafios da safra 2023? 28 Redução do consumo de vapor de processo no 10º SINATUB 28 Nova configuração da evaporação proporciona salto na economia de bagaço 29 Fazendo o que deve ser feito no Tratamento de Caldo 30 Cocal apresenta desafios em mix açucareiro 30 10º SINATUB discute impacto do DCH no balanço de massa e energia 31 ROADSHOW Digital na região Nordeste e Espírito Santo 34, 35 e 36 AGRÍCOLA Produtores de cana investem em tecnologia aérea 38 Pesquisa do IAC aponta a utilização de 172 milhões de MPB 40 e 41 O desafio do florescimento do canavial: como evitar perdas de ATR e TCH 44 Colhedora de duas linhas CH 950 aumenta produtividade do canavial 45 Programas ELOS Raízen e Jornada Cultivar reforçam importância dada a fornecedores pela Raízen 46
índice
ATALAC 2023 impulsiona agronegócio canavieiro da América Latina e Caribe
r a i m p u l s i o n a r o a g ro n e g ó c i o c a n a vieiro da reg ião
A busca por solu ções inovadoras e sustentáveis será uma das pr incipais pautas do evento, com o in tuito de for talecer ainda mais esses seto res fundamentais para a economia reg ional
O XII Cong resso da Associação de Técnicos de Açúcar da Amér ica Latina e Car ibe (ATALAC) que acontece de 18 a 22 de setembro, na Costa Rica O cong resso, realizado a cada três anos em diferentes países latino amer icanos, tor nou se uma impor tante platafor ma para for talecer o setor ag roindus tr ial da cana de açúcar na reg ião Neste ano, a sede será o Centro de Convenções da Costa Rica e conta com a coorganização da As s o c i a ç ã o d e T é c n i c o s d e A ç ú c a r d a C o s t a R i c a (ATACORI) O foco desta edição é o intercâmbio t e c n o l ó g i c o e c o m e rc i a l e n t re o s p a r t i c i p a n t e s O X I I C o n g re s s o ATA L AC 2 0 2 3 re u n i r á p ro f i s s i o nais, pesquisadores e empresár ios com o propósito de compar tilhar exper iências e conhecimentos pa
Durante o evento, diver sos painéis e workshops serão rea lizados, abordando temas como inovação tecnológ ica na pro dução de açúcar e ál cool, sustentabilidade ambiental, boas práticas ag rícolas, desafios logísticos e estratég ias para for talecer a presença reg ional no mercado global Além disso, empresas e instituições apresentarão seus produtos, ser viços e pesquisas pa ra os par ticipantes, gerando uma opor tunidade úni ca de networking e parcer ias comerciais
Após o cong resso, os par ticipantes terão a opor tunidade de par ticipar dos "Dias de Campo" na Azucarera El Viejo e Ingenio Taboga, em Guanacas
te. Hospedando se no Condavac La Costa Hotel, desfr u tarão de transpor te, alimentação e con for to Essa exper iência única per mitirá ex plorar de per to as práticas inovadoras nas usinas Completando a jor nada, os par tici pantes poderão inte rag ir com especialistas e conhecer as maravi lhas da Costa Rica
A A s s o c i a ç ã o d e T é c n i c o s d e A ç ú c a r d a A m é r i c a L a t i n a e C a r i b e é u m a o r g a nização que promove o d e s e nvo l v i m e n t o e a c o o p e r a ç ã o t é c n i c a e c o mercial entre os países da reg ião, visando ao apr i m o r a m e n t o d o a g ro n e g ó c i o s u c ro a l c o o l e i ro e d a indústr ia do álcool Com sedes em diferentes paí ses, a ATALAC reúne especialistas e profissionais do setor para compar tilhar conhecimento e exper iên cias, impulsionando a inovação e a sustentabilida de nas atividades relacionadas à cana de açúcar e seus der ivados
M E R C A D O Agosto/Setembro 2023 6
Com foco em tecnologia, evento na Costa Rica reunirá especialistas, produtores e profissionais para promover intercâmbio tecnológico e comercial, for talecendo setores estratégicos da região e de países latino-americanos
frente de 5 tecnologias e oportunidades, etanol avança no mercado global
Do
intensidade de carbono, utilizando energ ias limpas e renováveis para a sua produção
5 C Co m bu u st í ve l p ar a t ra ns po r t e m a arít imo
afora
O etanol celebra 2023 como per sonagem pr incipal de pelo menos 5 tecnolog ias e opor tunidades em f ase de implementação, de desenvolvi mento ou de pesquisa
Um f ato é inegável: independen te da f ase em que estejam, essas tec nolog ias atestam a estratég ia dos bio combustíveis brasileiros a nível global
E quais são essas 5 tecnolog ias e opor tunidades que ampliam o merca do já consolidado do etanol nacional, seja ele feito de cana de açúcar, de milho ou de outra matér ia pr ima?
1 A Am m pliaçã o de a adição de eta nol l à ga a s solina na Í n ndia a
O país asiático antecipou de 2025 para este ano a ampliação de 15% pa ra 20% na mistura do biocombustível ao der ivado de petróleo
2 Com bus t íveel su s st e nt á ve l de aviação (SAF )
Aqui entra pr incipalmente o bio querosene de aviação, feito de bio combustíveis, ao contrár io do quero sene hoje empregado, produzido a par tir de combustíveis fósseis
3 Diesel verde
Também chamado de diesel reno vável ou HVO, é obtido de matér ia pr ima renovável, adequado aos moto res que operam no ciclo diesel
4 Hidrogêniio veerde
O H2V é produzido a par t ir da eletrólise da água, com baixa ou nula
O etanol tem por tas aber tas nesse transpor te r umo à descarbonização
Em céu de brigadeiro?
Diante o quadro pra lá de positi vo para o etanol, dá para dizer que es se biocombustível está em céu de br i gadeiro?
Para responder a essa e outras questões, o Jor nalCan a entrevista o economista Haroldo Tor res, gestor de projetos do Prog rama de Educação Continuada em Economia e Gestão de Empresas (PECEGE)
Confira a entrevista com ele, que possui exper iência na área de Econo mia Ag rícola, com ênf ase no desen volvimento de modelos e sistemas voltados pr incipalmente para aná lise de projetos, valuation, análise de cus tos de produção e pesquisas no se tor sucroenergético
Jo o r n a lCCa na O e t an ol l v i ive em céu u de br i iggadeiro?
Sim, mas esse céu de br igadeiro ainda é p rojetado no méd io e longo prazo No cur to prazo, infelizmente o biocombustível não vive esse céu, mas vivencia um cenár io de tempestad e perfeita em função de alguns vetores
Quuaiis s sãão eles?
Em especial as recentes reduções no preço da gasolina A, provocadas pela Petrobras e o aumento do ICMS para o etanol hidratado no estado de São Paulo, que [desde 1º de julho úl timo] saiu de 9,5% para 12%
E o q quue t em ocor r ido?
O que estamos vendo é o aumen to dos investimentos em açúcar em de tr imentos de aportes em etanol, fruto da melhor remuneração do adoçante
M E R C A D O 8
Hidrogênio Verde à combustível de aviação, derivado da cana e do milho cresce mundo
À
Sendo assim, inicialmente é im por tante colocar que vivemos uma dicotomia de cur to prazo
Ou seja, há um céu de br igadeiro projetado e muito promissor para o etano, porém no cur to prazo quem está vivendo esse céu de br igadeiro, especificamente nos dois últimos anos, tem sido o açúcar e provavelmente o será na próxima safra (2024/25)
Em síntese, o cenár io é muito po sitivo no médio e longo prazo, mas que infelizmente no cur to prazo quem vive esse céu é o açúcar
Quais os motivos da a viisão positivva para o etanol no médio e longo praazo?
Em pr imeiro lugar, [o avanço do etanol] promove o desenvolvimento r ural no Brasil E além de ser um f a tor de aumento dentro de nossa segu rança energética, o etanol também re duz as emissões de gases causadores do efeito estuf a em até 90%, comparati vamente com a gasolina
Assim, ele contr ibui pr incipal mente para a melhora da qualidade do ar nas g randes cidades, ou seja, prati camente elimina as emissões de ma ter iais par ticulados, que são g randes responsáveis pelo aumento de doen ças cardiovasculares e respiratór ias e pela mor talidade ao redor do mundo
É nesse contexto que se insere es sa visão muito positiva de médio e longo prazo
T Teem m t ammbé m a re moção de CO2 2 pe l lo et t a annol
[Sim] Estudo recente, produzido pela Embrapa, Unicamp e Ag roicone, mostra que o plantio de cana de açúcar no Brasil removeu cerca de 195 milhões de toneladas de gás carbôni co (CO2) em duas décadas
Assim, a redução da pegada de carbono da produção de cana é par te de uma estratég ia para tor nar o etanol mais atrativo
E pr incipalmente diante da força da
eletr ificação como alter nativa para a transição energética para veículos leves
Com m o a s sssim ?
Este é o ponto fundamental sobre a opor tunidade, o céu de br igadeiro [no médio e longo prazo] para o etanol.
É impor tante lembrar que o nos so papel é a redução na pegada de carbono, pr incipalmente em substi tuição da gasolina pelo etanol hidra tado e nas opor tunidades que ele po de ter no mercado
Quaaiis s sã o e essas opor tunidades?
Uma delas é a ampliação de 15% para 20% de adição de etanol à gaso lina na Índia, que pode significar até 4 milhões de toneladas a menos de açú car disponível para expor tações anuais do adoçante indiano
Veja que interessante: essa amplia ção contr ibui para a descarbonização, melhor ia da questão da qualidade do ar na Índia e, ao mesmo tempo, contr ibui para a redução em especial da ofer ta de açúcar no mundo por esse país
H aver r á ref f l exxo o s n o m e rcaad o d e açúúcar ?
Isso inclusive pode colaborar com a valor ização do preço dessa commo dity, contr ibuindo também para os produtores brasileiros
Tanto é que a necessidade de etanol para se misturar em 20% na gasolina se rá de praticamente 10 bilhões de litros por ano no período de 2024 e 2026 es pecificamente para esse caso na Índia
Seeguindo a as opoorrtuuniddades, , como o sr avvaliia o etaanol n na a trannssiççãão energética?
Quando se olha p ara a transi ção energética, há uma sér ie de apostas sendo feitas
Seja em hidrogênio verde, diesel verde, combustível sustentável de aviação (SAF), são apostas para colo car o etanol no centro da transição energética
Pegue se o caso do SAF a par tir do etanol Até 2050, 60% de todo o combustível de aviação produzido na Europa deve vir de fontes renováveis
O SAAFF, a s ssim , é um a por ta de ex panssãão n no o m é édio o p prrazzo?
De f ato o SAF é uma fronteira O f amoso bioquerosene de aviação [co mo é chamado] é uma nova fronteira para o etanol de cana
Inclusive foi feito recentemente um estudo pela Agência de Proteção Am biental dos Estados Unidos (EPA) sobre a sustentabilidade do bioquerosene de aviação feito a partir do etanol de cana
Isso mostra, também, que irá trazer oportunidades efetivas para a fabr icação de combustíveis sustentáveis de aviação, o SAF, a partir da rota do etanol
O que mais? [O SAF] é o pr imeiro caminho No segundo caminho a gente pode ter o metanol para o transpor te marítimo Já temos vár ios casos como o da Carg ill, buscando aumentar o uso de biocombustível e de metanol em na vios para reduzir as emissões Há também a Honeywell, que de senvolveu uma rota tecnológ ica para conver ter metanol em biocombustível renovável de aviação (SAF)
Isso já á é realidade ?
Este caminho, de uso do metanol para o transpor te marítimo, já está acontecendo Ou seja, nesse transpor te veremos uma for te pegada para a descarbonização, e o etanol pode ser também essa opor tunidade
O que mais?
Gostar ia de f ala r do Hidrogênio Verde No Brasil temos um projeto inédito a par tir do etanol Ou seja, já temos uma planta dedicada pa ra esse tipo de projeto para entrar em opera ção neste ano e produzir 50 metros cúbicos por hora
Esse é um exemplo o pr áttico de es t raté g ia do et anoll?
É de f ato o etanol ser o vetor da produção de hidrogênio renovável, aproveitando a logística já existente na indústr ia de etanol
Ou seja, o car ro movido a hidro gênio cer tamente é uma das apostas da indústr ia automobilística global no processo de eletr ificação de descarbo nização
E onde ent ra o eta nol?
Um car ro movido a hidrogênio é essencialmente elétr ico
A d i f e re n ç a e m re l a ç ã o a o e l é t r i c o c o nve n c i o n a l é q u e e l e n ã o u s a u m a c a r g a e x t e r n a , o u s e j a , e l e f u n c i o n a p o r m e i o d e u m a r e a ç ã o q u í m i c a e n t r e o h i d ro g ê n i o e o ox i g ê n i o
O hidrogênio é ar mazenado em um tanque e o oxigênio vem de fora do car ro É essa mistura que causa a reação química, liberando a energ ia
Já temos a Shell e a Raízen f azen do testes, trabalhando
Sendo assim, a gente tem de f ato a produção de hidrogênio via refor ma a vapor do etanol, que pode ser uma opor tunidade muito impor tante
Mesm o a ssim m , como o s sr já m en cionou, há um a dicot omia? ?
Há, mas de cur to prazo e, neste cenár io, fr uto do cenár io que estamos vivendo no mercado de combustíveis do Brasil Mas o que vejo é um cená r io bem positivo para o etanol no médio e longo prazo
M E R C A D O 9
ETANOL RUMO AO PROTAGONISMO DA TRANSIÇÃO ENERGÉTICA
O caminho das pedras para o etanol se firmar nessa posição foi um dos temas do 16º Congresso da UDOP
Ser protagonista ou coadjuvante Quem vai definir o papel do etanol, nesse período de transição energética, será a capacidade dos setores envolvi dos em sua produção no país de furar a bolha que separa os avanços, em ter mos de sustentabilidade, que o seg mento tem alcançado
“Precisamos f alar para quem está fora desta sala Precisamos levar isso para fora do país, sob o r isco de per der mos a par tida por “WO”, ou seja, perder mos sem ao menos par ticipar do jogo Isso é o que me angustia”, afir mou Guilher me Nastar i, diretor da DATAGRO, em par ticipação no pai nel “O Papel do Etanol na Transição Energética”, durante o 16º Cong res so Nacional da Bioenerg ia, da União Nacional da Bioenerg ia (UDOP), realizado nos dias 5 e 6 de julho, em Araçatuba – SP
Pa r a M á r i o C a m p o s , p re s i d e n t e d o F ó r u m N a c i o n a l S u c ro e n e r g é t i c o ( F N S ) , a t r a n s i ç ã o j á e s t á a c o n t e c e n d o “ O B r a s i l t e m u m p a p e l m u i t o i m p o r t a n t e n e s t e p ro c e s s o N ã o s ó p e l o q u e j á f e z , m a s p e l o q u e p o d e r á f a z e r. Q u e m va i c o n s t r u i r e s s e c a m i n h o q u e e s t á a b e r t o n e s s a t r a n s i ç ã o s o m o s n ó s , d o s e t o r ; n ã o d eve m o s e s p e r a r d i re c i o n a m e n t o d o g ove r n o ” , d i s s e
Campos citou o RenovaBio co mo exemplo de constr ução conjunta “O prog rama foi uma constr ução do gover no com o nosso setor Por tanto, é impor tante que caminhemos de uma for ma conjunta, a fim de evitar atr itos, citando, ainda, a produção do etanol de milho, que vem crescendo em to do o país
Pa r a o p re s i d e n t e d a U D O P, H u g o C a g n o F i l h o, o e t a n o l é a g r a n d e f o n t e mu n d i a l d e e n e r g i a d o f u t u ro “ N ã o a c re d i t o e m c a r ro e l é t r i c o O q u e e u a c re d i t o é e m t r a n s f o r m a ç ã o d o e t a n o l e m h i d rog ê n i o ; e s s e é o f u t u ro d o m e rc a d o P re c i s a m o s d e u m a p o i o m a i s f o r t e d o g o ve r n o N ã o é o p re ç o q u e va i d i t a r o c o n s u m o e n t re g a s o l i n a e e t a n o l , e s i m a n e c e s s i d a d e d e t e r m o s u m p a í s ,
u m c o n t i n e n t e m a i s l i m p o É i s s o q u e a c h o q u e é i m p o r t a n t e ” , re s s a l t o u o p re s i d e n t e d a U D O P
De acordo com Nastar i da DA TAGRO, o setor sucroenergético vi ve um momento de maior reconhe cimento inter nacional “Estamos vi vendo um processo de revitalização das indústr ias de açúcar através do etanol O Brasil tem um ca se de energ ia sustentável, da mai s limpa, ser vindo de modelo para outros paí ses, a exemplo da Índia e de países do sudeste asiático”, disse
Nastar i também f alou sobre a ca pacidade de diver sificação do setor : “ a par ticipação da nossa indústr ia nos prog ramas de moder nização de ener g ia em vár ias cadeias produtivas, a exemplo do SAF (combustível de aviação), e a reorganização do trans por te marítimo Se a gente conver tes se 100% do bunker em hidrogênio e etanol, ser ia equivalente a uma nova demanda de cinco vezes mais do que nós produzimos hoje”, afir mou
Quem também seguiu nessa linha foi Cid Caldas, coordenad or Geral de C a n a d e a ç ú c a r d o M i n i s t é r i o d a Ag r icultura (MAPA) “Não apenas na questão do etanol, o setor tem amplas o p o r t u n i d a d e s d e i nve s t i m e n t o s e uma infini dade de mercados para s e
rem ating idos com o biogás e o bio metano”, disse
O gerente de Relações Gover na mentais e Assuntos Técnicos da Toyo ta do Brasil, Gustavo Guimarães No ronha, explicou que a montadora de senvolveu mundialmente quatro tec nolog ias: “temos o híbr ido que não precisa ir na tomada; o híbr ido que precisa ir na tomada; o car ro elétr ico e o car ro célula de combustível com hi drogênio São as tecnolog ias que de senvolvemos para trabalhar na descar bonização E, para saber qual é a mais viável para cada país, analisamos a questão da sustentabilidade, qual é a mais prática e se ela é acessível Para o Brasil, o mais viável, no momento, é o híbr ido flex, que consegue unir o biocombustível, a biomassa à eletr ifi cação Estamos também trabalhando com o conceito do poço à roda”, in for mou Noronha
A coordenadora do Prog rama de Pesquisa em Bioenerg ia BIOEN –FAPESP, Glaucia Mendes Souza, des tacou o avanço no setor de pesquisas “No sul global, ocupávamos a 19ª po sição e, recentemente, aparecemos na quar ta colocação, um impor tante avanço ” , afir mou
Para a chefe adjunta de Inovação e Negócios da Embra pa Ag roener g ia,
Patrícia Verardi Abdelnur, a Embrapa t e m t r a b a l h a d o e m d u a s ve r t e n t e s para melhorar a produtividade da ca n a , q u e s ã o o s O r g a n i s m o s G e n e t i c a m e n t e M o d i f i c a d o ( O G M s ) e a edição gênica “Fechamos uma parcer ia com o CTC Também temos algumas pes quisas em bioinsumos, nematicidas No período pós pandemia, as usinas têm nos procurado muito em busca de novas tecnolog ias”, infor mou Flávio Castellar i, diretor Executi vo da APLA (Ar ranjo Produtivo Lo cal do Álcool), também eng rossa o coro dos que afir mam que o etanol terá um papel fundamental na transi ção energética “É impor tant e entender que nã o haverá uma única solução que irá re solver a questão energética, e sim vá r ias soluções com aplicações reg ionais Tenho visto muitos países parecidos com o Brasil em condições de utilizar produtos de bi omassa de uma for ma eficiente e com baixo custo São qua se 3 bilhões de pessoas que vivem na Áfr ica, Amér ica Latina, sul da Ásia, que vão precisar de algum tipo de com bustível e de energ ia que sejam pro duzidos localmente, o que também vai garantir a segurança energética”, afir mou Castellar i
M E R C A D O Agosto/Setembro 2023 10
a produtividade é a prioridade zero do setor bioenergético”
Afirmação é de Luís Rober to Pogetti, presidente do Conselho de Administração do CTC e da Copersucar
Para Luís Rober to Pogetti, presi dente do conselho de administração do CTC e da Copersucar, o futuro é mui to promissor para o setor bioenergéti co “Existem imensas possibilidades pela frente Nunca teve tantas opor tunida des quanto aquelas que a gente pode considerar hoje”, afir mou durante sua par ticipação no “II Encontro Técnico Produtividade – A essência para com petir”, realizado nos dias 27 e 28 de ju lho, em Piracicaba – SP
Em evento realizado pela Cana plan e CTC, ele lembrou que o mun do precisa de alimento para atender a explosão demog ráfica que vem pela frente, ressaltando que o número re presenta um bilhão de pessoas a mais para ser alimentadas nos próximos 30 anos, segundo dados da ONU
“Essa explosão demog ráfica se dá em reg iões onde tem mais carência de alimentação básica E o nosso açúcar par ticipa dessa agenda Não existe ne nhum país do mundo que tenha essa capacidade, velocidade de expansão de produção, tal qual o Brasi l tem, pela disponibilidade de recur sos naturais que nós temos”, afir mou
“O etanol se apresenta como uma alter nativa pronta entre as outras con cor rentes Eu não dir ia que são con cor rentes, porque todas são necessá r ias, mas o etanol está pronto Isso não significa que o car ro a combustão de
ve ser desprezado, pois todas as alter nativas são necessár ias para atender a esse desafio enor me da sociedade glo bal, que é a redução do aquecimento global”, disse Pogetti também destacou o etanol
E2G e o SAF “Temos etanol de segun da geração Somos o melhor e mais completo exemplo de economia circu lar Tudo o que extraímos da ter ra, de volvemos para a ter ra Tem novas apli cações para a indústr ia da aviação, co mo SAF (Sustainable Aviation Fuel) e o etanol se apresenta como uma das al ter nativas mais viáveis no mercado de
aviação”, disse, completando “O mer cado de aviação é 20 vezes maior que o da indústr ia da mobilidade veicular O biometano pode substituir o diesel, en fim, nós nunca tivemos tantas oportu nidades como temos hoje”, enfatizou O executivo ponderou, no entan to, quanto à necessidade de o setor ser mais produtivos para aproveitar as opor tunidades “Não vai haver estr u tura de subsídio para sustentar uma in dústr ia improdutiva Se trabalhar mos com afinco, nós temos potencial para dobrar a produtividade do nosso cana vial Significa produzir o dobro do que produzimos hoje na mesma área Isso é f antástico Nenhuma indústr ia tem es sa per spectiva de ganhos de opor tuni dade que nós temos Tudo é fácil? Não, mas é tecnicamente viável”, afir mou Para ele, essa é a agenda: ser mais produtivos ‘Como nós que estamos no campo, lidando com a cana, que repre senta de 65% a 70% do recurso da nossa indústr ia, podemos ser mais produtivos Essa é a pr ior idade zero da nossa vida profissional e executiva O futuro do nosso setor está na mão de vocês que cuidam da ter ra ” , finalizou Pogetti
M E R C A D O Agosto/Setembro 2023 12
“Aumentar
Produção de açúcar no Centro-Sul deverá atingir
39,9 MMT
No pr imeiro semestre de 2023, o contrato con tínuo do açúcar br uto negociado em Nova Iorque (#11) teve valor ização acumulada de 14,2% no pe ríodo Em alguns momentos, as cotações chegaram a explorar o patamar acima de US¢ 26,00/lb, os maiores em 11 anos, em um cenár io altista consis tente, segundo a StoneX
A quebra na safra da Índia que se ausentou das expor tações no pr imeiro tr imestre do ano o tér mino precoce da colheita na Tailândia e os proble mas por diver sos player s, já vinham trazendo for tes fundamentos para a escalada no NY#11 Em abr il, o Centro Sul teve chuvas acima da média, que atra palharam o início da safra 2023/24, algo que trou xe nova pressão de alta para os preços
Por outro lado, a moagem no CS tem reg istra do r itmo expressivo, se posicionando 11,5% acima do ano passado no acumulado, até o final de junho Somado ao mix açucareiro maximizado (em 47,7%), a ofer ta do adoçante pelo Brasil vem aumentando desde maio e as últimas semanas encontraram rele vante fundamento baixista, que se mistura no senti mento predominantemente altista da safra inter na
cional 2022/23 (out set)
Como f ator relevante e que deve ditar o resul tado nas safras globais em 2023/24, o clima tem si do protagonista para os preços Na Ásia, a situação climática em 2023 não deve ajudar os canaviais tai landeses e indianos No nordeste da Tailândia, onde está quase 50% da cana do país, o pr imeiro tr imes tre de 2023 foi um dos piores da histór ia em volu me de chuvas
Em junho, as precipitações voltaram para dentro da média, mas julho tem sido um mês menos chu voso Nos estados de Maharashtra e Kar nataka , na
Índia, o cenár io é o mesmo. Somando os player s asiáticos a alg umas outras localidades enfrentando problemas climáticos, como tem sido o caso da Eu ropa, o tom nas cotações do açúcar deve continuar sendo ditado pelo f ator clima daqui para frente No Brasil, a produção total deve ter leve que d a d e 0 , 4 M M T d e n t ro d o c a l e n d á r i o s a f r a 2023/24 (out set) inter nacional No Centro Sul, a s p e r s p e c t iva s p a r a o re s t a n t e d e s t e a n o e p a r a o ano que vem são de continuidade dos ganhos pro dutivos obser vados até aqui na temporada domés tica 2023/24 (abr mar), contudo, possíveis quedas no ATR em 2024 (dado o potencial de crescimen to do TCH) e um mix um pouco menos açucarei ro, o ciclo inter nacional 2023/24 deve ter ligeira m e n t e m e n o s o f e r t a f re n t e a 2 0 2 2 / 2 3 ( q u e d a n o CS de apenas 0,3 MMT)
No entanto, a StoneX elevou de 38,0 para 39,9 MMT (valor br uto) a estimativa de produção do CS na safra inter nacional – dados os ajustes de mix e ca na realizados para a reg ião na projeção de julho/23
No Nor te Nordeste do Brasil, o próximo ci clo deve ser afetado negativamente pela chegada do E l N i ñ o, q u e t e n d e a t r a z e r m e n o re s vo l u m e s d e chuva para a reg ião – que j á vem ao longo de 2023 c o m n í ve i s b a i x í s s i m o s d e p re c i p i t a ç ã o n a s á re a s c a n av i e i r a s N e s s e s e n t i d o, a p ro d u ç ã o d e a ç ú c a r d eve c a i r e m 2 0 2 3 / 2 4 , c e rc a d e 2 , 5 % , p a r a 3 , 4 5 MMT (valor br uto)
M E R C A D O Agosto/Setembro 2023 14
A justes de mix e cana realizados para a região na projeção de julho/23 são os motivos
Mário Campos e Renato Cunha são reeleitos para o Fórum Nacional Sucroenergético
Fórum será renomeado como Bioenergia Brasil
Os líderes do Fórum Nacional Su croenergético, Már io Campos e Rena to Cunha, foram reeleitos para os cargos de presidente e vice presidente, respec tivamente, durante reunião realizada no dia 12 de julho, em Brasília – DF Már io Campos, presidente da As sociação das Indústr ias Sucroenergé ticas de M inas Gerais (SIAMIG), e Renato Cunha, presidente do Sindi cato da Indústr ia do Açúcar e do Ál cool no Estado de Per nambuco (Sin daçúcar PE), continuarão à frente do Fór um pelos próximos dois anos
O Fór um Nacional Sucroenergé tico, em breve renomeado como Bio energ ia Brasil, é composto por 16 en tidades representativas de 15 estados produtores de cana, açúcar, etanol e bioenerg ia Atualmente, o Fór um de sempenha um papel fundamental na defesa dos interesses do setor sucroe nergético, abordando questões impor tantes como a Refor ma Tr ibutár ia
A reeleição de Már io Campos e Renato Cunha recebeu o apoio unâ nime de todos os membros do Fór um, refletindo o reconhecimento pelo tra balho realizado até o momento O presidente Már io Campos destacou a impor tância de dar continuidade aos esforços empreendidos e expressou sua g ratidão pela confiança depositada
“O Fór um Nacional Sucroener gético ocupou um espaço fundamen tal na busca por políticas públicas vol tadas para o setor, demonstrando uma atuação for te e estratég ica de seus membros em Brasília Vamos continuar coordenando nossas ações com exce lência durante mais um mandato d e dois anos ” , afir mou Campos
Com a recond ução de Már io Campos e Renato Cunha à presidên cia do Fór um Nacional Sucroenergé tico, espera se que o setor sucroener gético possa contar com uma repre sentação sólida e comprometida, tra balhando em prol do desenvolvimen to e for talecimento dessa impor tante indústr ia no país
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Em busca de eficiência energética
Alpina Orion investe em pesquisa
únicos no merca do, com os quais opera se numa f aixa de medição am pla, entre 0 e 100%, sem a necessida de de pré configuração de fábr ica e com calibração linear com coeficien te de cor relação muito próximo a 1, dispensando as onerosas e frequentes recalibrações dos demais equipamen tos no mercado
Como conhecer a melhor tecno log ia? A resposta a essa indagação se baseia em saber onde e como buscá la e como f azer uso dela Tudo isso aliado ao conhecimento do processo, ou seja, saber o que buscar Essa é o pr incípio básico que nor teia as ações da Alpina Or ion, empresa que investe em pesquisa e desenvolvimento, para que a produção do açúcar possa atin g ir um novo pa tamar de eficiência e de economia energética
Para que o seu medidor de concen tração por microondas e o seu cozedor com calandra colmeia atuem definitiva mente na otimização do processo de cr istalização do açúcar, a Alpina Or ion promove pesquisa no conhecimento das particular idades da solubilidade da saca rose em soluções açucaradas impuras e no estudo da cinética da cr istalização
Por meio do seu diretor, Maximi lian Goehler, trabalhos acadêmicos na área vêm sendo desenvolvidos em instituições renomadas de ensino su per ior no Estado de São Paulo, como o Centro Univer sitár io FEI, Instituto Federal de São Paulo – Campus Ma tão e Univer sidade Federal de São Carlos – UFSCar
Entre esses trabalhos destacam se o seu mestrado, a idealização e apoio a dois trabalhos de iniciação científica, os quais contam com o apoio finan ceiro da agência gover namental CA PES – Coordenação de Aperfeiçoa mento de Pessoal de Nível Super ior e o seu prog rama de doutorado
Seu trabalho foi recentemente aceito para apresentação no 24° CO BEQ – Cong resso Brasileiro de Enge nhar ia Química, o maior evento de educação em engenhar ia química do país, que será realizado entre os dias 1 e 4 de outubro deste ano, em Salvador
Maximilian Goehler explica que a sacarose, ou açúcar, tem um compor tamento par ticular da sua solubilidade em soluções aquosas impuras, a qual é crescente com o aumento da impure za O conhecimen to da solubilidade tem papel fundamental no processo de cr istalização
“Já o conhecimento da cinética da cr istalização promove a redução no
tempo dos processos industr iais de cozimento Ambos os estudos podem contr ibuir para que a quantidade e a qualidade do açúcar produzido alcan cem padrões europeus, ag regando va lor ao produto, e sobretudo reduzin
do a indesejada e onerosa recirculação na fábr ica, diminuindo os custos de cor rentes disso”, ele afir ma Os medidores de concentração ou de br ix com tecnolog ia de microon das for necidos pela Alpina Or ion são
É aplicado na medição de con centração ou d ensidade em soluções açucaradas, como caldo, xarope, mel ou licor ; total de sólidos em massas cr istalizadas; densidade aparente em leite de cal; e densidade aparente de lodo de decantadores
Aplicam se em linhas de evapora ção no monitoramento da concentração do xarope e são especialmente eficazes no controle do processo de cr istalização (cozimento), na indicação do ponto de semeadura e no seguimento da curva operacional do cozedor Nos decanta dores e clar ificadores de caldo têm sua aplicação na busca do adensamento apropr iado do lodo, de modo que esteja bem condicionado para o seu tratamen to no filtro rotativo ou filtro prensa
As calandras colmeia para coze dores, produzidas pela Alpina Or ion, contam com um sistema exclusivo de distr ibuição dos tubos de aquecimen to, que proporciona um aumento de cerca de 20% na área de troca tér mi ca para um mesmo volume e vai ain da além, com um aumento de cerca de 8% no coeficiente de troca de calor, melhorando o desempenho do coze dor Ele poderá processar mais massa por unidade de tempo ou passar a operar com vapor vegetal mais fr io, proveniente de um efeito mais ao fim da linha na evaporação
Com projeto único, as calandras Al pina Or ion ajustam se tanto em seções retangulares de cozedores contínuos, como circulares de cozedores de bate ladas Os seus benefícios promovem o aumento efetivo da capacidade de pro dução da planta industr ial e a melhora da qualidade da produção, independen temente do tipo de açúcar produzido
As calandras Alpina Or ion podem reequipar cozedores existentes de qualquer tipo, sempre promovendo o aumento da sua capacidade e da qua lidade da sua produção São mais leves do que as calandras convencionais A sua for ma constr utiva possibilita ain da a eliminação de praticamente toda a superfície sujeita a incr ustação du rante a operação Elimina assim a for mação de tor rões escuros, compro metedores da qualidade da produção
M E R C A D O 17 Agosto/Setembro 2023
Para promover ganho na qualidade, aumento na produção e redução de custos na fabricação do açúcar
THERMACT-B, projetado para otimizar caldeiras é aprovado pela Pitangueiras
O THERMACT B, especialmen te projetado para otimizar o funciona mento de caldeiras movidas a bagaço de cana de açúcar e cavaco var iados, ob têm resultados positivos na Usina Pi tangueiras O produto for necido pela Ter ra Tech contr ibui para a ESG e au menta a eficiência das caldeiras
O produto é de responsabilidade da Ter ra Tech Bioenergy Ltda, empre sa brasileira co mprometida com a missão de for necer soluções tecnoló g icas e sustentáveis para as empresas sucroalcooleiras e outras que utilizam caldeiras movidas a bagaço de cana de açúcar e cavaco var iados
“Sabemos que as caldeiras movi d a s a b a g a ç o d e c a n a d e a ç ú c a r e c ava c o s ã o u m c o m p o n e n t e v i t a l desse setor, e é por isso que buscamos for mas de otimizar o uso dessas tec nolog ias, seguindo as práticas das po líticas ESG”, afir ma a direção da em p re s a , d e s t a c a n d o q u e o T H E R
M AC T B c o n t r i bu i p a r a t o r n a r a s c a l d e i r a s m e n o s p o l u e n t e s e m c o n for midade com as nor mas de susten tabilidade
A adoção do THERMACT B
pela Usina Pitangueiras, uma das pr incipais sucronergéticas da reg ião, na avaliação da Ter ra Tech, tem alcança do resultados sur preendentes “Com uma notável melhor ia na eficiência da combustão e uma redução significati
va nas emissões de gases po luentes O produto também contr ibuiu para prolongar a vida útil das caldeiras, redu zindo a necessidade de ma nutenções dispendiosas e minimizando o tempo de inatividade da usina”, infor ma a direção
Além da Pitangueira, também estão no por tfólio de clientes da Ter ra Tech: Usina Santa Adélia, FS Bio energ ia, Inpasa, entre outras Essas parcer ias prosperam g raças ao nosso compromis so com a qualidade, a inova ção e o respeito ao meio ambiente
“O futuro sustentável começa com a Ter raTech! Estamos comprometidos em apoiar negócios com solu ções que combinam eficiên
cia, economia e responsabi lidade ambiental, sempre buscando inovação com sus tentabilidade”, afir mou Ke len Alcântara Injatkar, pro pr ietár ia da empresa Os escr itór ios da Ter ra Tech estão localizados na ca pital de São Paulo, em Jabo ticabal e Mato Grosso e a empresa conta com um cen tro de distr ibuição em San tos, que possibilita ag ilidade e eficiência nas entregas O back office de processamen to de dados e apoio técnico está estrateg icamente locali zado na Índia, e a empresa deve viabilizar a aber tura da fábr ica em 2025 no Brasil, visando apr imorar sua dis tr ibuição e, ao mesmo tem po, contr ibuir para a geração de empregos no país
M E R C A D O Agosto/Setembro 2023 18 www.youtube.com/canalProcanaBrasil
O produto fornecido pela Terra Tech contribui para alcançar as metas de ESG e aumenta a eficiencia das caldeiras
Atul Injatkar, João Henrique de Andrade, Omkar Samant e Kelen Alcântara Injatkar (abaixo)
Usinas aderem ao DT Faceum na implantação de reconhecimento facial
reconhecimento f acial
“Conhecemos o DT Faceum em 2020, quando par ticipamos de evento do GERHAI, quando, então, perce bemos sua impor tância, usabilidade e toda tecnolog ia na marcação e con trole de ponto”, infor ma Sylvio Ro dr igues Neto, gerente Gestão de Pes soas e Jurídico, da companhia
A tecnolog ia de marcação de ponto, através de reconhecimento f a cial, vem ganhando cada vez mais adesão por par te das usinas do setor bioenergético Um dos destaques des se segmento é a fer rame nta DT Fa ceum, desenvolvida pela Dimastec
O prog rama tem gerado interesse, não apenas pela economia que pro porciona, mas também pela f acilidade de incor poração no dia a dia das usi nas O funci onamento no modo off line, é u m dos g randes f acilitadores para sua utilização no campo
Adepto ao conceito de usina 4 0, o Gr upo Moreno vem investindo em sistemas de automação de sua planta industr ial e, em março deste ano, deu início a implantação da tecnolog ia de
Segundo Rodr igues, “ o sistema DT Faceum se mostrou ideal para as nossas necessidades, pr incipalmente por per mitir o reg istro de marcação em modo off line, o que é de extrema impor tância para as áreas com difícil acesso às redes de telefonia”, disse
Entre os benefícios que estão sen do obtidos com a implantação do sis tema, Rodr igues elencou a precisão e confiabilidade “É uma fer ramenta precisa na identificação de colabora dores, eliminando er ros humanos ou intencionais nos reg istros de ponto Garantindo maior confiabilidade nos dados de frequência e evita fraudes ou reg istros indevidos”, disse.
Ag ilidade no reg istro também é um f ator impor tante “É rápido e sim ples, exig indo apenas que o colabora
dor se posicione diante do dispositivo para efetuar o reg istro Isso economi za tempo, evita filas ou atrasos na marcação e elimina problemas de es quecimento ou perda do car tão de identificação”, infor ma Rodr igues, destacando ainda que a fer ramenta contr ibui para a eliminação de frau des. “É uma medida de segurança efi caz para evitar reg istros f alsos de pon to, como "marcação por colega" Isso garante que apenas o própr io funcio nár io possa efetuar seu própr io reg is tro”, explica
R o d r i g u e s t a m b é m f a l o u s o b re a f acilidade da fer ramenta em se adap t a r a d ive r s o s a m b i e n t e s “ O s i s t e m a pode ser utilizado em diferentes am b i e n t e s , c o m o e s c r i t ó r i o s , i n d ú s t r i a e l o c a i s e x t e r n o s c o m o n a s f re n t e s d e s e r v i ç o, f a c i l i t a n d o a i m p l e m e n t a ç ã o e m t o d o s o s s e t o re s d a e m p re s a ”
Uma outra funcionalidade do DT Faceum valor izada por Rodr igues é a ver ificação da localização através do geor referenciamento, que possibilita ver ificar se as marcações de ponto fo ram realizadas no local de trabalho au tor izado, o que evita que os funcioná r ios realizem reg istros de ponto fora do perímetro estabelecido pela empresa
Pa r a o g e st o r d a M ore n o, a l é m d a redução de custos, a fer ramenta con
t r i bu i p a r a a m e l h o r i a n a c u l t u r a o r g a n i z a c i o n a l d a e m p re s a “ H á u m a re d u ç ã o n a m a nu t e n ç ã o d o e q u i p a m e n t o s e c o m p a r a d o c o m o s R E P ( R e g i s t ro E l e t r ô n i c o d e Po n t o ) t r a d i c i o n a i s , o q u e p o d e d i m i nu i r o s c u s t o s o p e r a c i o n a i s e d e m a nu t e n ç ã o Va l e a i n d a d e s t a c a r q u e a a d o ç ã o d e t e c n o l og i a s m o d e r n a s , c o m o o re c o n h e c i m e n t o f a c i a l , p o d e i m p a c tar positivamente a cultura organiza c i o n a l , d e m o n s t r a n d o o c o m p ro m e t i m e n t o d a e m p re s a c o m a i n ova ç ã o e a m e l h o r i a c o n t í nu a ” , e n f a t i z o u
A i m p l a n t a ç ã o n a s u s i n a s d o
G r u p o M o re n o e s t á s e n d o f e i t a e m d u a s e t a p a s “ I n i c i a l m e n t e, e s t a m o s implementando o sistema no polo de L u i z A n t ô n i o E m s e g u i d a , i re m o s e s t e n d e r a u t i l i z a ç ã o p a r a o s p o l o s d e N i p o ã , M o n t e A p r a z í ve l e P l a n a l t o ” , i n f o r m o u R o d r i g u e s
A g i l i d a d e, re d u ç ã o d e c u s t o s e adequação à leg islação trabalhista fo ram alguns dos f atores deter minantes para que as usinas do Gr upo Viralcool ader issem à implantação do DT Fa ceum Segundo Claudia Tonielo, di re t o r a d e R H , “ o G r u p o V i r a l c o o l sempre busca pela melhor ia contínua e m s e u s p ro c e s s o s E p a r a t e r m o s a c e r t e z a d e s t a d e c i s ã o, re a l i z a m o s u m
G E S TÃ O 20
O sistema da Dimastec permite a marcação de ponto o line, facilitando o trabalho de gestão de pessoas no campo
Benchmark
outras
com
empresas que
Sylvio Rodrigues Neto
já possuíam a tecnolog ia implemen t a d a A p ó s a n á l i s e s c r i t e r i o s a s d a s á re a s d a t e c n o l og i a d a i n f o r m a ç ã o, d e p a r t a m e n t o j u r í d i c o e d i re t o r i a , o p t a m o s p o r s u a i m p l e m e n t a ç ã o, j á que a solução adotada segue com to d a s a s d e t e r m i n a ç õ e s d a p o r t a r i a n º 671/2021 do Ministér io d o Trabalho e Previdência”.
D e a c o rd o c o m a d i re t o r a , a p re c i s ã o d o s i s t e m a t a m b é m i n f l u e n c i o u n a e s c o l h a “ C o m a n ova t e c n o l og i a d e re c o n h e c i m e n t o d a f a c e, h á m e n o s e r ro s d e l e i t u r a c o m re l a ç ã o a o a n t i g o m é t o d o d e b i o m e t r i a O n o vo s i s t e m a , p e r m i t e q u e o c o l a b o r a d o r t e n h a a c e s s o d e f o r m a o n l i n e à c o n s u l t a d o s e u p o n t o e l e t r ô n i c o d e q u a l q u e r d i s p o s i t ivo c o m a c e s s o à i n t e r n e t , a t r av é s d e u m a s e n h a d e a c e s s o e x c l u s iva d o c o l a b o r a d o r A s i n f o r m a ç õ e s e m nu ve m s ã o i n t e g r a d a s c o m o s i s t e m a E R P d a u s i n a , o q u e p e r m i t e m a i o r a g i l i d a d e e c o n f i a b i l i d a d e n a s i n f o r m a ç õ e s ” , re s s a l t o u C l á u d i a “ A i m p l a n t a ç ã o f o i i n i c i a d a e m a b r i l d e s t e a n o, nu m p ro j e t o p i l o t o n a u n i d a d e d e C a s t i l h o, c o m a p e n a s u m d i s p o s i t ivo e 2 0 c o l a b o r a d o re s E m m a i o, a m p l i a m o s p a r a a á re a i n dustr ial e oficina automotiva e atual m e n t e j á t e m o s 5 4 d i s p o s i t ivo s a t e n
d e n d o 9 7 0 c o l a b o r a d o re s , q u e s ó n e s t e m ê s d e j u l h o re g i s t r a r a m
5 8 3 4 8 m a rc a ç õ e s ” , i n f o r m a
A diretora conta que aproveitaram equipamentos já existentes na área da Qualidade Ag rícola, onde são realiza dos apontamentos eletrônicos de per das e pragas no campo, para uso dos operadores para reg istro do ponto, evi tando assim deslocamentos desneces sár ios, pois as marcações são realizadas em qualquer local e quando o equipa
mento se conecta a inter net envia as marcações de for ma automática para a nuvem Segundo ela, até o mês de se tembro, será concluída a implantação na unidade de Castilho, onde está pre vista a instalação de mais 20 tablets e 48 smar tphones, totalizando 145 equipa mentos apenas nesta unidade
N e s t a p r i m e i r a e t a p a d e i m p l a n t a ç ã o, C l á u d i a i n f o r m a q u e f o r a m i nve s t i d o s c e rc a d e R $ 3 5 0 m i l , q u e c o n t e m p l a r a m o s c u s t o s p a r a a i n t e
g r a ç ã o d a s o l u ç ã o c o m o s i s t e m a E R P, a a q u i s i ç ã o d o s d i s p o s i t ivo s e o s c u s t o s m e n s a i s d a p l a t a f o r m a M a s a d i re t o r a j á a n t ev ê u m a s i g n i f i c a t i va re d u ç ã o d e c u s t o s c o m a a d e s ã o a o s i s t e m a “ E s p e r a m o s t e r b a i x o c u s t o c o m m a n u t e n ç ã o d o s d i s p o s i t ivo s , p o i s c o m o o s e q u i p a m e n t o s n ã o t e m s i s t e m a d e i m p re s s ã o h á m e n o r c u s t o c o m a s m a n u t e n ç õ e s N a u n i d a d e V i r a l c o o l C a s t i l h o t í n h a m o s o c u s t o m é d i o d e R $ 3 6 0 m i l re a i s a n u a i s a p e n a s c o m e s t e s t i p o s d e m a nu t e n ç õ e s ” , a f i r m a C l á u d i a , q u e j á ava l i a a p o s s i b i l i d a d e d e q u e a f e r r a m e n t a D T F a c e u m p o s s a a t e n d e r a o u t r a s d e m a n d a s d a e m p re s a
“De início vamos utilizar somen te o reconhecimento f acial para mar cação do ponto, mas sabemos que a Dimastec está aperfeiçoando o aplica tivo para os clientes utilizarem tam bém na entrega de EPI s e aponta mento de produção ag rícola”, ressalta Para Dimas Faus to, presidente da Dimastec, uma das vantagens da ado ção do aplicativo, é que ele está sem pre em evolução, de acordo com as necessidades da empresa onde está sendo implantado
A fer ramenta também proporcio na um ambiente de confiança e segu rança no ar mazenamento de dados, atendendo o que preconiza a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) "O DT Faceum: está hospedada na AWS, garantindo total segurança ciber néti ca confor me os padrões de gover nan ça da leg islação", afir ma Fausto "Nos sa platafor ma oferece não apenas uma exper iência excepcional, mas também proteção avançada Com ser viços de backup e segurança integ rados, que asseguram total tranquilidade para as usinas, g raças a nossa tecnolog ia de ponta e medidas robustas de proteção, que estão revolucionando a gestão no setor", finaliza Fausto
G E S TÃ O 21
Cláudia Tonielo
Empresa de ERP mira novos negócios e espera faturar R$1 bi até 2025
C o m a i d e i a d e o t i m i z a r o d i a a dia das empresas e, consequentemen te, transfor mar a sociedade por meio da gestão, a Sankhya organiza e inte g ra infor mações e processos por meio d e u m s o f t wa re d e E R P ( E n t e r p r i s e Resource Planning) que per mite mais f l e x i b i l i d a d e e a u t o n o m i a F u n d a d a em 1989 pelos ir mãos Felipe Calixto e Fábio Túlio, hoje, possui 55 unida des de negócios e 20 mil clientes, en tre eles: Sierentz Ag ro Brasil, Ag roin d ú s t r i a Tr ê s I r m ã o s , B e a b i s a , A g ro confiança, Bispo Alimentos, Microset Tecnolog ia e Smar t Química
E m 2 0 2 0 , a m i n e i r a re c e b e u u m a p o r t e d e R $ 42 5 m i l h õ es a p l i c a d o s pelo fundo soberano de Singapura, o GIC essa transição marcou um dos m a i o re s i nve s t i m e n t o s e m c o m p a nhias de softwares de gestão do País, e, n o s ú l t i m o s d o i s a n o s , p a s s o u p o r quatro M&As: a aquisição da Neppo Te c n o l og i a , e m 2 0 2 1 ; d a Po n t o Te l , Ploomes (maior empresa de CRM da A m é r i c a L a t i n a ) , a m b a s e m 2 0 2 2 e agora em 2023, a star tup de soluções de sales engagement, a Meetime
“A histór ia da Sankhya nasceu em U b e r l â n d i a M G, q u a n d o e u e o F á b i o es t á va m os de i x an d o d e l a d o o s o n h o d e s e g u i r c o m u m a b a n d a d e rock Aos poucos, a empresa que ini cialmente se chamava SOS infor má t i c a c re s c e u e a l c a n ç o u n ovo s p a t a mares Hoje, estamos na lista entre as mais reconhecidas do segmento e nosso investimen t o é c a d a ve z m a i o r e m i n ova ç ã o Q u e re m o s q u e a s m é d i a s e g r a n d e s c o m p a n h i a s o t i m i z e m s e u t e m p o e utilizem seus recur sos de for ma qua lificada”, afir ma Felipe Calixto, fun dador e CEO da empresa
A t e c n o l og i a d a S a n k hya p o s s u i uma metodolog ia capaz de mens urar a gestão dos client es por meio do ín dice Maha, que f az um mapeamento detalhado de todas as áreas dos clien tes para apontar f alhas na gestão e su ger ir mudanças Ainda sobre os dife re n c i a i s t e c n o l ó g i c o s , e m 2 0 1 7 a Sankhya anunciou a BIA a pr imei ra assistente vir tual de ERP, que uti liza uma tecnolog ia inovadora de In
teligência Ar tificial (IA), para auxiliar os gestores a antecipar o futuro e oti m i z a r p ro c e s s o s d e n e g ó c i o J á e m 2 0 1 9 , f o i a p r i m e i r a a a nu n c i a r u m a p l a t a f o r m a b a s e a d a n o c o n c e i t o d e E I P ( E n t e r p r i s e I n t e l l i g e n c e P l a t for m), que conecta os dados da em presa com o mercado e realiza análi ses preditivas baseadas no compor ta mento do usuár io “ N ó s q u e re m o s t r a z e r i n ova ç ã o P rovo c a r u m a r u p t u r a n a g e s t ã o d a s e m p re s a s q u e i m p u l s i o n e o s e u d e s e nvo l v i m e n t o, l e va n d o m a i s p ro g re s s o t a m b é m à s c o mu n i d a d e s o n d e a t u a m A g e s t ã o é u m a d i t i vo i m p o r t a n t e p a r a a t r a n s f o r m a ç ã o d a s o c i e d a d e, p a r a a g e r a ç ã o d e e m p re g o, o t i m i z a ç ã o d e re c u r s o s e p a r a o a u m e n t o d a q u a l i f i c a ç ã o, n o s s o o b j e t ivo é re a l m e n t e t r a n s f o r m a r a s o c i e d a d e p o r m e i o d a g e s t ã o ” , f i n a l i z a o C E O A S a n k hya h o j e a t e n d e o s d ive r s o s s e g m e n t o s , e n t re e l e s o A g ro n e g ó c i o e o s d e s a f i o s p a r a e s s e s e g m e n t o g e r a l m e n t e e s t ã o l i g a d o s à n e c e s s i d a d e d a g e s t ã o e s t r a t é g i c a “ O s e t o r s u c ro e n e r g é t i c o d e S ã o Pa u l o é u m d o s m a i s i m p o r t a n t e s d o p a í s C o m u m a va s t a e x t e n s ã o d e t e r r a s a g r i c u l t á ve i s e u m c l i m a f avo r á ve l , o e s t a d o l i d e r a a p ro d u ç ã o d e c a n a d e a ç ú c a r n o B r a s i l A a g ro i n d ú s t r i a c a n av i e i r a d e s e m p e n h a p a p e l c r u c i a l n a e c o n o m i a p a u l i s t a , g e r a n d o e m p re g o s e m ov i m e n t a n d o a c a d e i a produtiva Rubens Sp irandelli, Di re t o r e xe c u t ivo d a f i l i a l d a S a n k hya e m R i b e i r ã o P re t o Po r i s s o, a s o l u ç ã o E R P S a n k hya p o s s i b i l i t a u m a v i s ã o c o m p l e t a , d e s e nvo l v i d a p a r a re a l i d a d e s d e d i f e re n t e s a t iv i d a d e s q u e c o m p õ e m o segmento São múltiplas possibilida des para evoluir a gestão do ag rone g ó c i o, p ro p o rc i o n a n d o m a i o r e f i ciência operacional e competitivida de a todo ecossistema Com um sistema integ rado, todas a s i n f o r m a ç õ e s re l eva n t e s s o b re a s atividades da empresa, desde o plan t i o d a c a n a a t é a d i s t r i bu i ç ã o d o s p ro d u t o s , s ã o c e n t r a l i z a d a s e m u m a ú n i c a p l a t a f o r m a I s s o s i m p l i f i c a a g e s t ã o, f a c i l i t a o a c e s s o a o s d a d o s e p ro m ove u m a v i s ã o h o l í s t i c a d o s
processos
A f i l i a l d a S a n k hya e m R i b e i r ã o P re t o a t u a h á m a i s d e 1 1 a n o s n o mercado do inter ior Paulista, junto a m a i s o u t r a s 7 u n i d a d e s n a re g i ã o e está localizada na R Paschoal Barda ro, 1555 no Jardim Botânico
G E S TÃ O Agosto/Setembro 2023 22
Sankhya recebeu um dos maiores investimentos do setor e deve entrar na lista das mais desejadas
Felipe Calixto, CEO e fundador da Sankhya
Fábio Túlio, Diretor Executivo e fundador da Sankhya
Parceria entre Unipar e Usina São José da Estiva apresenta bons resultados no uso do HCl como alternativa sustentável
Grande produtora de ácido clorídrico (HCl), a companhia tem alcançado bons resultados com o uso do insumo no tratamento de leveduras em equipamentos do setor
A Unipar, líder na produção de cloro e soda e a segunda maior pro dutora de PVC da Amér ica do Sul, segue pr ior izando o ácido clorídr ico (HCl) como opção sustentável para o mercado sucroenergético O projeto demonstra a capacidade da companhia para desenvolver novas tecnolog ias e a moder nizar processos industr iais, ga rantindo ainda mais qualidade e con fiabilidade em sua ofer ta de produtos
Tudo isso alinhado ao seu propósito de ser confiável em todas as relações ao oferecer soluções sustentáveis ao lon go de toda a cadeia
Com o cenár io f avorável e ali nhado ao objetivo de dobrar de tama nho nos próximos anos, a Unipar anunciou dois impor tantes investi mentos que dão continuidade a seu crescimento sustentável. O pr imeiro foi a expansão da fábr ica de Santo
André, que entrará em operação no segundo semestre deste ano, que terá um adicional de 15% a sua produção
O segundo investimento, anunciado no ano passado, foi o pr imeiro proje to g reenfield da empresa, uma nova fábr ica no Polo Petroquímico de Ca maçar i, que será responsável pela pro dução de 20 mil toneladas de cloro e 22 mil toneladas de soda cáustica por ano A companhia entendeu que ao associar esse crescimento com a ne cessidade do mercado por uma alter nativa estratég ica, f azia sentido focar no segmento sucroalcooleiro
Como g rande produtora de áci d o c l o r í d r i c o, a U n i p a r re u n i u p a r ceiros reno mados para estudar as ne c e s s i d a d e s d o m e rc a d o d e a ç ú c a r e etan ol Após esse perí odo, a compa n h i a p o d e g a r a n t i r q u e o p ro d u t o é u m a a l t e r n a t iva s e g u r a , e f i c a z e c o m ótimo custo para o acer to do pH no
t r a t a m e n t o d e l eve d u r a s , e m s u b s t i tuição ao ácido sulfúr ico – tradicio n a l i n s u m o u t i l i z a d o n o p ro c e s s o d e produção das usinas
“Acreditamos que o HCl pode ser mais bem explorado pelo setor su croenergético, pr incipalmente após algumas análises já alcançadas no tra tamento de leveduras nos equipa mentos da Usina Estiva, que compro vam a eficácia do insumo no proces so ” , analisa Alexandre de Castro, dire tor comercial da Unipar “Seguindo o direcionamento estratég ico de cresci mento sustentável e obser vando as tendências de mercado, avaliamos co mo uma opor tunidade essa entrada no segmento sucroalcooleiro” completa
O processo de validação dessa so lução começou há alguns anos, com parceiros atuando em duas frentes im por tantes: cor rosão e viabilidade na fer mentação Os resultados quanto à eficácia da aplicação do produto para a demanda do setor foram satisf atór ios e tiveram a viabilidade atestada por instituições de excelência como o Centro de Caracter ização e Desen volvimento de Mater iais (CCDM) da Univer sidade Federal de São Carlos (UFSCAR), a mais renomada em en
genhar ia de mater iais no Brasil
O t e s t e p i l o t o f o i re a l i z a d o n a planta do SENAI em Ser tãozinho SP, com apoio técnico da consultor ia Fer mentec e do Laboratór io de Ele t ro q u í m i c a e C o r ro s ã o d a U S P O objetivo foi revalidar o uso do ácido clorídr ico no pro cesso de fer m enta ção e assegurar seu uso sem impacto na cor rosão dos equipamentos Com o sucesso inicial, o projeto vem sen do colocado em prática na Usina São Jo s é d a E s t iva q u e, d e s d e a s a f r a d e 2 0 2 2 , u t i l i z a a p e n a s o H C l e m s u a produção, em parcer ia técnica inova dora com a Unipar
O projeto ganhou escala comer cial e a safra de 2022 da Usina São Jo sé da Estiva, em Novo Hor izonte SP, marca a entrada do ácido clorídr ico nesse mercado O setor sucroenergé tico é bastante tradicional e o seu pro cesso produtivo é o mesmo há muitos anos Dessa for ma, foi fundamental reunir parceiros renomados para tra balharem junto à Unipar para a apre sentação dessa alter nativa
O processo de troca do ácido sul fúr ico, histor icamente usado no Bra sil, por ácido clorídr ico tem apresen tado bons resultados no que diz res
peito à resistência à cor rosão dos ma ter iais metálicos presentes nas usinas de açúcar e álcool Entre os diver sos benefícios do HCl, o pr incipal é a previsibilidade de custos Isso porque o insumo mais utilizado (ácido sulfú r ico) está sujeito a var iações cambiais, ao mercado inter nacional e à sazona lidade do mercado de fer tilizantes Já o HCl da Unipar conta com menos va r iáveis, pois sua produção é concen trada no mercado nacional e seus in sumos – sal, energ ia e água – são ad quir idos quase em sua totalidade no mercado inter no e ainda se beneficiam dos projetos de autoprodução de energ ia com fontes renováveis, em pregados pela companhia “Seguimos com o nosso propósi to de ser mos confi áveis em todas as nossas relações, entregando a melhor solução para nossos clientes e man tendo nosso compromisso de ser um agente de transfor mação para um fu turo mais sustentável Para isso, segui mos com a nossa produção de HCl, garantindo o produto para o setor, com preço mais competitivo e for ne cimento estável, já que nossa produ ção é 100% nacional”, conclui Ale xandre de Castro
I N D U S T R I A L 23 Agosto/Setembro 2023
Grelha Vibratória (WcVG), da Babcok&Wilcox, é a mais avançada tecnologia em grelhas para combustão de biomassas
Em um momento de transição energética e de crescente busca por fontes renováveis e sustentáveis, a so ciedade demanda soluções de maior eficiência e menor pegada ambiental Inser ida neste contexto, a indústr ia tem igualmente se movido na direção de operações e processos que utilizam os recur sos naturais de maneira res ponsável
Par ticipando da vanguarda desse movimento, a HPB investe massiva mente em seu por tfólio de produtos e nas pessoas, o que a possibilita ofere cer aos seus clientes as mais avançadas e inovadoras tecnolog ias disponíveis no mundo para geração de vapor A mais recente delas é a ofer ta ao mer
cado latino amer icano de um novo sistema de combustão, a WcVG (g re lha vibratór ia refr igerada a água), que chega para preencher uma lacuna tec nológ ica identificada pela HPB
A WcVG tem or igem na secular dinamarquesa Vølund, que foi incor porada pela Babcock&Wilcox Trata se da mais avançada tecnolog ia entre as g relhas para conver são de biomassas em energ ia Como fr uto de sua lon geva e vitor iosa parcer ia com a B&W, a HPB passa a oferecer, com exclusi vidade, mais essa solução patenteada B&W aos seus clientes
Cr iada e desenvolvida com foco em Biomass to Energy, a WcVG ofe rece diver sos diferenciais tecnológ icos em relação às demais g relhas encon tradas no mercado A HPB, por meio de seu diretor de En genhar ia e Co mercial, Marcel Sabino, apresenta essa nova solução em mais detalhes
Jo o r n a lCCa na : Com o a H PB v ê a t r an sição e ne rgé ti ca, a ssu nt o tã o co
mennt t addo o a attuua a lment t e e?
Ma rcce l Sa bi no A transição energética para um ar ranjo sustentá vel já está consolidada no futuro e va mos todos nesta direção, não há alter nativa Veremos aqui no Brasil diver sas ver tentes energéticas sustentáveis coexistindo Acreditamos que a ener g ia proveniente da conver são da bio massa sustentável per manecerá em destaque na matr iz energética indus tr ial, seja na for ma de energ ia tér mi ca como vapor, seja na for ma de ener g ia elétr ica O setor sucroenergético estará muito bem posicionado nesta jor nada, porém, haverá crescente exi gência por excelência na conver são
energética da biomassa e na reduçã o da pegada ambiental
E nt ã o voccê suge re q u ue h avver á mudançaas na a ma neira com o a indús t r ia b r as il ei ra c onve r t e bi om a ssa e m ener g ia?
S i m , e s e r ã o r e l e va n t e s H ave r á c a d a ve z m a i s e x i g ê n c i a s p o r m e n o r c o n s u m o d e b i o m a s s a , m e n o r e s e m i s s õ e s a t m o s f é r i c a s , u s o r a c i o n a l d a á g u a e b u s c a p o r C O 2 n e t z e ro Pe n s a n d o n i s s o, e s t a m o s i nve s t i n d o c o n t i n u a m e n t e n o n o s s o p o r t f ó l i o d e p ro d u t o s , p a r a o f e r e c e r m o s a o m e rc a d o a l t e r n a t iva s a l i n h a d a s a e s t e f u t u ro
Marcel Sabino, diretor Técnico I Diretor Comercial na HPB Engenharia e
I N D U S T R I A L Agosto/Setembro 2023 24
HPB amplia sua parceria com a Babcock&Wilcox e traz um novo e exclusivo sistema de combustão da Dinamarca
Equipamentos LTDA
Ainda h há noviidades s a apresennttar ao me e r rcado?
Sem dúvidas Em constantes inte rações com a B&W, tivemos oportuni dade de acessar as tecnolog ias mais avançadas do mundo em geração de vapor e as aplicar mos na solução das necessidades do mercado Destas inte rações nasceu a identificação de uma lacuna tecnológ ica importante no par que industr ial brasileiro Por isso trou xemos a WcVG para os nossos clientes
O que é esse s siist e ema que você ci ta , a WcVVGG?
A g relha vibratór ia refr igerada à água, WcVG B&W, é a mais avançada
tecnolog ia de g relha do mundo p ara conver são de biomassas em energ ia Ela foi cr iada e desenvolvida pela Vø lund, hoje Babcock&Wilcox A/S, braço europeu da B&W, sediado em Copenhague, na Dinamarca Esta so lução é aplicada muito amplamente na Europa e Ásia pela B&W A/S, com dezenas de aplicações de sucesso que pudemos conhecer De constr ução modular, a g relha é integ ralmente constr uída e montada em nossa fábr i ca Este sistema consiste em paredes de água sobre as quais a biomassa é con ver tida. De tempos em tempos, em inter valos prog ramáveis, os aciona mentos movimentam a g relha, que
vibra em direção e intensidade esta belecidas para descar regar as cinzas provenientes da combustão e as im purezas minerais
Mas o que este sist emma a tem de re leeva a nt e p ar a int t e g r a r o p or r t f ól io o d a HPB?
Tr a t a s e d e u m s i s t e m a d e l i m p e z a c o n t í n u a d e c i n z a s , ro b u s t o, ve r s á t i l e d e p e r f o r m a n c e s u p e r i o r à s d e m a i s t e c n o l og i a s d e g re l h a s E l e p o d e l i d a r c o m u m a g a m a m a i o r d e b i o m a s s a s , e m e s p e c i a l c o m a m a i o r i m p u r e z a m i n e r a l p r e s e n t e n o b a g a ç o d e c a n a p rove n i e n t e d e c o l h e i t a m e c a n i z a d a A c re d i t a m o s q u e e l e s e a j u s t a mu i t o b e m à s n e c e s s i d a d e s d o s n o s s o s c l i e n t e s e e m g r a n d e p a r t e d o m e rc a d o A d e m a i s , a re m o ç ã o d a s c i n z a s d a c o m bu s t ã o p e l o s i s t e m a W c VG a c o n t e c e s e m c o n s u m o d e va p o r, o q u e a c o l o c a e m g r a n d e va n t a g e m e m r e l a ç ã o à g re l h a P i n H o l e, re s u l t a n d o e m u m a e c o n o m i a i m p o r t a n t e d e c o m bu s t í ve l o u d i s p o n i b i l i d a d e a d i c i o n a l d e va p o r a o p ro c e s s o
Entã o, , coom t toodda a s e est as qualida des, a WcVG o ocupa rá á a vaanngguuaarrda t ecno lóóg iccaa? ?
Veja, trata se de uma solução muito robusta, fácil de montar, de simples manutenção e que trazemos para preencher uma impor tante va cância tecnológ ica estabelecida entre as g relhas disponíveis no mercado brasileiro e a tecnolog ia de Leito Fluidizado
No topo temos o Leito Fluidizado Borbulhante, com sua elevada flexibi lidade e eficiência, bem como seu bai xíssimo impacto ambiental Estas ca racterísticas f azem com que o Leito Fluidizado continue a ser o estado da ar te da tecnolog ia mundial de conver são de biomassa, superando, em muito,
todas as g relhas Como, atualmente, na base tecnológ ica, temos as g relhas Pin Hole e algumas poucas do tipo bascu lante, a WcVG vem justamente para se posicionar no abismo tecnológ ico es tabelecido entre as outras g relhas exis tentes e o Leito Fluidizado.
N a sua opiniã ã o, a WcVG vem pa ra subst ituir as dema is g relhas?
É p rov á ve l , m a s o m e rc a d o e o s atr ibutos da WcVG vão dizer isso De t o d a m a n e i r a , a s t e c n o l og i a s n a s c e m , se estabelecem e declinam É assim em toda a natureza, f az par te da evolução Assim como já aconteceu com as for nalhas fer raduras que foram substituí das por g relhas basculantes, sendo es ta última, poster ior mente, substituída p e l a g re l h a P i n H o l e S e r á n a t u r a l a c o n t e c e r a s u p e r a ç ã o d a P i n H o l e p e l a g re l h a V i b r a t ó r i a A p e s a r d e a g re l h a P i n H o l e t e r s i d o re l eva n t e e estar presente em muitas unidades do setor, ela representa o passado, sendo uma solução em final de vida, que já c u m p r i u s e u i m p o r t a n t e p a p e l n a histór ia
E quando esta novidaddee, a WcVG, , est ará disponível ao setor ?
Já está Após rápidas conver sas com a Babcock&Wilcox, nos movemos nessa direção Adicionamos agora, em nosso por tfólio, a melhor tecnolog ia de g relha para queima de biomassa, WcVG
Esse e relacionamento B&W e H PB é de longa da ta, nã o é m esmo? ?
S i m , d e s d e 2 0 0 5 J á s e v ã o m u i t o s a n o s , p ro j e t o s e m u i t a t ro c a d e e x p e r i ê n c i a s É u m re l a c i o n a m e n t o v i t o r i o s o p a r a n ó s , p a r a a B & W e p a r a o s e t o r, q u e p o d e a c e s s a r, c o m e x c l u s iv i d a d e a t r av é s d a H P B, o q u e h á d e m a i s ava n ç a d o e m c a l d e i r a s n o m u n d o
I N D U S T R I A L 25 Agosto/Setembro 2023
10º SINATUB APRESENTOU CONTEÚDO
TÉCNICO DE ALTA RELEVÂNCIA
Cases e inovações para otimização dos balanços de massa e energ ia, máxima recuperação de fábr ica e qualidade do açúcar, foram apresentados por usi nas e especialistas no 10º SINATUB Balanços de Massa e Energ ia, Tratamento de Caldo e Fabr icação de Açúcar, realizado no dia 19 de julho, Centro Em presar ial Zanini, em Ser tãozinho –SP
O evento, que reuniu representantes de diver sas usinas e g r upos apresentou, através de um cor po re presentativo de gestores e especialistas da área, os processos e implementações através dos quais as usi nas estão obtendo máximo aproveitamento da ma tér ia pr ima, redução de custos, melhor ia da quali dade e dos índices de eficiência
“Redução da Deg radação Tér mica de Açúcares
na Evaporação, Estratég ias e Resultados” foi a pa lestra que abr iu a 10ª edição do SINATUB O ge rente de processos da Tereos, unidade Tanabi, Br uno Henr ique Francisco, f alou sobre o sistema de eva poração em sér ie, adotado pela usina e que per mi tiu avanços na redução das perdas por deg radação (redução dos infer mentescíveis); f acilitar a operação; adequação de duplo bloqueios, resultando também em aumento na produção de açúcar
Em sua apresentação, Francisco citou os f atores que atuam na deg radação de açúcares na evapora ção: temperatura, composição do caldo, potencial hidrogeniônico e tempo de retenção Segundo ele, existe uma g rande dificuldade para mensurar essas
perdas ou identificar os compostos for mados duran te a deg radação dos açúcares, porém essas perdas existem e estão presentes no processo “Iniciamos um projeto para reduzir ainda mais essa perda através de uma mudança estrutural na evapora ção Decidimos então colocar a evaporação em sér ie visando simplificação e redução de perdas de açúcares por deg radação (tempo de retenção)”, explicou
Os resultados sur preenderam: aumento na capaci dade de evaporação, aumento na produção de açúcar, ganho de mix açúcar e redução do mel na fábr ica
A unidade passou a apresentar recordes diár ios na produção de açúcar, reg istrando 1 842 toneladas no dia 12 de julho deste ano
S I N AT U B Agosto/Setembro 2023 26
Com o tema Balanços de Massa e Energia, Tratamento de Caldo e Fabricação de Açúcar, evento realizado no dia 19 de julho, reuniu representantes de diversas usinas
Com ferramentas de monitoramento, Pitangueiras bate recordes na produção
E m a p re s e n t a ç ã o n o 1 0 º S I N AT U B , d i re to r i n d u s t r i a l d a u s i n a d e s t a c a a i m p o r t â n c i a d o s o f t w a re d e o t i m i z a ç ã o e m te m p o re a l
O diretor ag roindustr ial da Usina Pitangueiras, Claudemir Leonardo, apresentou durante a 10ª edição do SINATUB, a estratég ia da empresa, que tem proporcionado recordes de moagem e produção de açúcar, através da otimização do consumo de vapor
N a p a l e s t r a , d e n t ro d a t e m á t i c a “Balanços de Massa e Energ ia, Trata m e n t o d e C a l d o e F a b r i c a ç ã o d e
A ç ú c a r ” q u e n o r t e a r a m e s s a e d i ç ã o d o S I N AT U B, L e o n a rd o d e s t a c o u a impor tância do software de otimiza ção em tempo real, ressaltando a ges t ã o p a r t i c i p a t iva , m o n i t o r a d a p e l o
Sistema S PAA
“O controle de laço fechado da
evaporação S PAA busca otimizar o consumo de vapor da planta e manter a estabilidade das pressões de vapor das linhas Hoje, seguramente, o investi
mento mais baixo para você conseguir rendimento industr ial, redução de va por e aumentar seu mix é o software”, explicou Leonardo
E l e a p re s e n t o u a l g u n s d o s re s u l t a d o s d e m e l h o r i a s e n e r g é t i c a s c o m o re g e n e r a ç ã o va p o r f l a s h d e c a n t a d o re s , c o m re d u ç ã o d e 1 2 , 0 k g va p o r / t c ; a u t o m a ç ã o p a rc i a l d a eva p o r a ç ã o c o m re d u ç ã o d e 1 7 , 2 k g va p o r / t c ; e s t a b i l i z a ç ã o d e va z ã o p a r a eva p o r a ç ã o ; c o n t ro l e d e v á c u o d o s ú l t i m o s e f e i t o s ; re t i r a d a d o s p u r g a d o re s d e va p o re s ve g e t a i s O c o n j u n t o d e s s a s a ç õ e s s o m a d a s re s u l t o u nu m a re d u ç ã o d o c o n s u m o d e va p o r p a r a 3 8 5 k g va p o r / t c, c o m 6 8 % d e m i x d e a ç ú c a r n a s a f r a Durante a apresentação, Leonardo detalhou algumas fer ramentas de ges tão que foram implementadas como: mapeamento das paradas da moenda; planos de ação e análise de causa raiz para as pr i ncipais paradas; planos de ação e análise de causa raiz para equi pamentos com f ator de segurança bai xo; visitas de benchmarking; manu tenção enxuta – redução de manu tenção em 60 % de equipamentos g i rantes (Ex motores, redutores e bom bas); matr iz de responsabilidade; workshop com for necedores e dili genciamento técnico
S I N AT U B 27 Agosto/Setembro 2023
Como maximizar a fabricação de açúcar diante dos desafios da safra 2023?
Engenheiro Javier Ibáñez tratou sobre redução de perdas no SINATUB
C o m o d e i x a r d e p e rd e r a ç ú c a r e p ro d u z i r m a i s Fo i s o b re e s s e a s s u n t o a a p re s e n t a ç ã o d e Jav i e r M a nu e l I b á ñ e z , e n g e n h e i ro a ç u c a re i ro n a S u g a r & E t h a n o l , n a 1 0 ª e d i ç ã o d o S I N AT U B
Com uma car reira consolidada na direção e gerência industr ial, Ibáñez, engenheiro açucareiro, com mais de 30 anos de exper iência na gestão da produção, planejamento estratég ico e controle, compar tilhou um pouco de sua vasta exper iência
Ele discor reu sobre tratamento de caldo, química da clar ificação, turbi dez, perdas indeter minadas de decan tadores, velocidade dos decantadores, entre outras diver sas questões
“Se o seu pH for maior que o es timado, você está perdendo açúcares na evaporação, que se tor nam cinzas, n ã o a ç ú c a re s , i n d e t e r m i n a d o s U m
s i s t e m a d e re c i rc u l a ç ã o p re c i s a d e e n e r g i a e x t r a p a r a re c i rc u l a r u m a cer ta quantidade de caldo, cuja ener
g i a d eve s e r f o r n e c i d a n a f o r m a d e va p o r e x t r a O s i s t e m a d e p a s s a g e m
ú n i c a é q u a l i t a t iva m e n t e m e l h o r d o
REDUÇÃO DO CONSUMO DE VAPOR DE PROCESSO NO 10º SINATUB
Especialista Carlos Pedrosa falou sobre a impor tância da redução do vapor na produção de açúcar
Redução do consumo de vapor de processo para aumento da produção de açúcar Este foi o tema da palestra minis trada pelo consultor Carlos Pedrosa, da Pedrosa Consultor ia, durante a 10ª edição do SINATUB
Para o consultor “ a evaporação é o co ração do balanço energético” e apresentou a evolução histór ica do processo, iniciado por Nober t Rilleux, que entre 1 834 e 1 843 desenvolveu o projeto do múltiplo efeito
Em sua explanação, Pedrosa tratou so bre a extração condensados, sang r ia vapo res do quíntuplo efeito, retirada de con densados, evaporador fluxo asc endente, otimização do evaporador, tachos contí nuos – cozimentos B e C, cr istalizadores ver ticais, entre outras questões
que qualquer sistema de recirculação n a s c o n d i ç õ e s m a i s f avo r á ve i s p a r a transferência de calor dentro dos tu bos”, foram alguns dos conceitos por ele explanados
S e g u n d o I b á ñ e z “ a m a n e i r a m a i s precisa de se avaliar o calor trocado é pela medição do condensado da ca landra Medindo se a vazão de con densado, é possível deter minar o ca l o r t ro c a d o i n d e p e n d e n t e m e n t e d a s vazões e das temperaturas do caldo”, explicou
De acordo com Ibáñez as tomadas de decisões ao longo de todo os pro cessos, devem pautar se por : analisar cenár ios; encontrar var iáveis relevan tes; relacionar a interação entre eles; analisar dados e gerar infor mações; dominar o processo; tomar decisões e conhecer seus impactos; e por fim ge rar aprendizado
Na opor tunidade, o especialista sor teou um microscópio 60x para ce lular, que f acilita o acompanhamento do desenvolvimento dos cr istais e também um exemplar do histór ico li vro “Sugar and Alcohol Techniques”, de Lesmoir R Bliss
S I N AT U B Agosto/Setembro 2023 28
Nova configuração da evaporação proporciona salto na economia de bagaço
O case da unidade Queiroz da Usina Clealco mostra que mudança provocou um ganho na economia do bagaço
Com uma nova configuração no seu sistema de evaporação, a unidade Queiroz da Clealco apresen tou um salto na economia do bagaço Esse foi o ca se apresentado pelo gerente industr ial da usina, Oseas Carlos de Oliveira, durante a 10ª edição do SINA TUB, realizado no último dia 19 de julho, no Cen tro Empresar ial Zanini, em Ser tãozinho – SP De acordo com Oliveira, visando a busca cons tante por inovação, o Gr upo Clealco considerou em sua estratég ia de negócio a eficiência e a melhor ia dos processos industr iais “Com isso, voltamos aos estudos da planta de Queiroz para otimizar a utili zação das caldeiras”, disse “É uma planta com alto consumo de vapor, de pende muito de vapor Hoje ela tem uma capacida de de vapor instalada de 680 toneladas, bastante va por, e todo processo era dependente do V1, então destilar ia, cozimento, aquecimento Então a área de evaporação é muito g rande, e a evaporação não tem sang r ia de V2,V3 e muito menos V4 Então o obje tivo era adequar e reorganizar esse processo com a
estr utura que já existia, numa área que já existia”, explicou Oliveira Com as alterações no sistema tér mico a unidade apresentou aumento da eficiência industr ial, com re dução das perdas indeter minadas por inver são de açúcar ; otimização do vapor na planta, com redução do consumo de vapor de escape na evaporação oti mizando os equipamentos existentes, consequente
mente diminuindo a vazão de vapor das caldeiras e consumo de bagaço; aumento na produção de açú car com redução da inver são de açúcar e aumento da produção diár ia; e melhor aproveitamento da evapo ração, com aumento da área do segundo efeito da evaporação, mantendo as vazões de vapor necessár ias para destilar ia, aquecimento e cozimento, com me lhora nos resultados de br ix e pH do xarope
S I N AT U B 29 Agosto/Setembro 2023
FAZENDO O QUE DEVE SER FEITO NO TRATAMENTO DE CALDO
As pr incipais ações em relação ao tratamento de caldo, foram o fio con dutor da pa lestra ministrada por José Ieda Neto, gestor e consultor em Açúcar e E tanol (cana & milho), na 10ª edição do SINATUB
Em sua apresentação Ieda desta cou os desafi os na fábr ica de aç úcar em cenár ios de mix açucareiro Ini cialmente Ieda Neto elencou algumas das práticas que devem ser levadas em consideração para o tratamento do caldo como: boa qualidade da cana, sulfitação adequada quando a produ ção é de açúcar branco, mínimo ne cessár io, dosagem cor reta de Cal (boa decantação e mínimo de Ca+ + no Caldo Clar ificado), quantidade ade quada de P2O5 (nor malmente +/ 250 a 300ppm), bom controle de pro
cesso: fluxo de caldo, temperatura, pH e dosagem de floculante, bom projeto do Balão de Flash (eliminação de gás dissolvido) e decantadores bem d i
mensionados, e ainda bom projeto dos tanques de reação, mínimo 5 minutos; máximo 10 minutos de retenção
“Coisa que não é respeitada devi
do ao crescimento das unidades sem o cor reto dimensionamento”, explicou Ieda destacou entre outras coisas a impor tância do controle do PH no processo de caleação, “Após a sulfita ção é realizada a cor reção do PH pa ra valores entre 7,0 e 7,4 com hidró xido de cálcio ou Sacarato de Cálcio A for mação de sais insolúveis, e os flocos irão sedimentar ar rastando as par tículas em suspensão, compostos coagulados, gorduras, ceras, g raxa, go mas e etc Neste processo de adição do leite de cal ou sacarato é impor tantís simo o ríg ido controle do pH, evitan do se g randes var iações, com r isco de uma má decantação e r isco na cor do açúcar”, explicou
O consultor discor reu ainda sobre floculação, coagulação, polímero, aquecimento, decantação, peneiração, e muitos outros aspectos relativos ao processo de tratamento de caldo Se gundo Ieda é impor tante que haja uma maior integ ração entre todas as áreas da usina, aler tando que é preci so ter mais sinerg ia entre a área ag rí cola e industr ial da usina par a que o processo tenha melhores resultados
Cocal apresenta desafios em mix açucareiro
Entre as ferramentas de gestão o gerente industrial da usina destacou a implementação do S-PAA
Para f alar sobre os “Desafios na fá br ica de açúcar, em cenár ios de mix açucareiro”, na 10ª edição do SINA
TUB, Walter Di Mastrog irolamo, ge rente industr ial da Cocal – U nidade
Paraguaçu Paulista, dividiu sua apre sentação em três tópicos: o mercado atual do açúcar ; o uso da literatura técnica e por fim otimizando o po tencial com fer ramentas de gestão
Em sua apresentação, o gerente da Cocal f alou sobre as projeções do mercado, cujas previsões para a safra 2023/24, apontam para um mix açu careiro, o que tende a se confir mar diante da frag ilidade do mercado de biocombustíveis
M a s t rog i ro l a m o a p re s e n t o u a s e t a p a s d o t r a t a m e n t o d o c a l d o e
d e s t a c o u a i m p o r t â n c i a d o t r a b a l h o d e c a p a c i t a ç ã o d e t o d o s e nvo l v i d o s
n o p ro c e s s o
No tópico fer ramentas de gestão, o gerente da Cocal destacou a imple
mentação do S PAA que p er mitiu controle e estabilidade do pH; otimi zação da vazão de embebição através das análises de fibra da cana, rotação das moendas e capacidade da fábr ica
de açúcar ; otimização do fluxo de cal do, buscando maximizar a produção de açúcar ; e controle da pressão da base e da vazão de entrada de vinho nos aparelhos de destilação
S I N AT U B Agosto/Setembro 2023 30
Especialista tratou dos cuidados deste processo nas fábricas em cenário de mix açucareiro
10º SINATUB discute impacto do
DCH no balanço de massa e energia
“Impacto do uso de aquecedor de contato direto no balanço de massa e energia” foi o tema da palestra apresentada por Marcelo Fer nandes, da Fourteam En genheiros Associados, na 10ª edição do SINATUB Se gundo ele, o objetivo da apresentação é desmistificar o pensamento de que o impacto no consumo de vapor de processo é maior com a utilização de aquecedores de contato direto (DCH)
“Em alguns países, a utilização de aquecedores de contato direto (DCH) já foi desmistificada, com bene fícios diretos na forte redução de OPEX, aumento da segurança operacional, eliminando os r iscos de aciden tes de trabalho e, pr incipalmente, possibilitando o aquecimento de caldo para decantação somente com vapor V3 e V2”, explicou Fer nandes
De acordo com ele, o DCH per mite aproximação de 1º 2º C, enquanto um bem dimensionado aque cedor de contato indireto (casco tubo) tem aproxi mação entre 6º 10º C Assim, vapores de baixa tem peratura (V3 p ex) conseguem aquecer o caldo até 88º C, “ o que ser ia impossível com casco tubo”, disse ele
Fer nandes explicou ainda que os DCH não pre cisam de equipamento reserva, pois não tem feixe tu bular para incrustar e tem perda de carga zero, enquan to aquecedor casco tubo tem em média 10 a 15 mca Além disso, eles não possuem vedação por juntas, en quanto, que casco tubo ocasionalmente apresenta fu gas, e ainda não requer limpeza, eliminando custos de limpeza CIP e com hidrojato
Segundo Fer nandes, eles são de simples fabr icação e de baixo CAPEX “Muito adequado para uso em fluidos fortemente incrustantes e contendo sólidos in solúveis”, explica
Entre as vantagens de sua utilização, Fer nandes ar
gumenta que o aquecedor de contato direto é um tro cador de calor onde o aquecimento e o meio aqueci do entram em contato em contracor rente “Em aquecedores de caldo convencionais, a dife rença de temperatura entre o meio de aquecimento e o meio aquecido (aproximação de temperatura) T é da ordem de 6º 10º C No caso do aquecedor de contato direto, o T pode ser mantido tão baixo quan to 1 2º C Assim, consegue se que a temperatura fi nal do produto possa preceder o vapor quando com parado ao aquecedor tubular”, explicou Fer nandes destacou também a operação contínua sem necessidade de limpeza, dispensando a necessida de de instalar aquecedor de reserva A redução do tem po de retenção, levando a menores perdas de açúcar Como desvantagem do sistema, o profissional aponta o condensado do meio de aquecimento (vapor) é adicionado ao meio aquecido (caldo), o que gera uma carga extra na evaporação
“Comparativamente ao emprego de aquecedores tipo casco tubo é notável a redução do CAPEX em aquecedores, já que os aquecedores de contato direto (DCH) com vapor requerem menos estrutura metáli ca e não tem tubos Também é notável a redução de OPEX, devido a eliminação da necessidade de limpe za de feixes tubulares Além de aumento da segurança operacional, e melhor controle da temperatura do cal do dosado, pois não existe queda de eficiência por in crustações”, concluiu
S I N AT U B 31 Agosto/Setembro 2023
Segundo Marcelo Fernandes é preciso desmistificar que o impacto no consumo de vapor de processo é maior com sua utilização
Veja os destaques do Road Show da Transformação Digital na região Nordeste e Espírito Santo
O Road Show da Transfor mação
Dig ital percor reu a reg ião Nordeste e o Espír ito Santo, destacando os avan ços tecnológ icos nas usinas em busca de maior eficiência e estabilidade em seus processos industr iais
Na Usina Ag rovale, em Juazei ro/BA, profissionais como o gerente industr ial Marcelo Maia e o enge nheiro químico Rubem Almeida Ju nior compar tilharam suas exper iências e desafios para apr imorar os processos de produção
A U s i n a U S J P e m L a r a n j e i r a s / S E t a m b é m f o i d e s t a q u e, c o m o a n a l i s t a d e s i s t e m a s d e a u t o m a ç ã o F á b i o O d a e o c h e f e d e m a n u t e n ç ã o R i c a r d o A l e x a n d r e a p r e s e n t a n d o c a s e s d e s u c e s s o n a a p l i c a ç ã o d e t e c n o l o g i a A u s i n a i m p l e m e n t o u o S PA A e m 2 0 2 1 / 2 2 c o m f o c o n a e s t a b i l i d a d e va p o r e e n e r g i a o b t e n d o g a n h o s e m c o n s u m o
d e v a p o r e r e d u ç ã o d e r e b a i x a m e n t o, o q u e o s l e vo u a e vo l u i r p a r a a p a r t e d e P ro c e s s o s d e s t a c a n d o a e s t a b i l i d a d e d o b r i x e d e f l u x o p a r a p ro d u ç ã o d e a ç ú c a r m a x i m i z a n d o o m i x a ç u c a r e i ro
J á e m A l a g o a s , a s u s i n a s C a e t é m o s t ro u c o m o a t e c n o l og i a t e m i m p u l s i o n a d o a e f i c i ê n c i a d e s u a i n d ú s t r i a A e q u i p e d e C l á u d i o Ty r r a s c h , g e re n t e i n d u s t r i a l d a C a e t é , q u e h á m a i s d e t r ê s s a f r a s u s a o S PA A , e s t á c a d a ve z m a i s c o n t e n t e c o m o s re s u l t a d o s
Enquanto na Utinga Leão e os profissionais da Utinga Leão, sob o olhar estratég ico do super intendente Tony Ramos e liderados pelo gerente Alexandre Medeiros, destacou se a impor tância da integ ração de diferen tes áreas para alcançar resultados ex pressivos
A Usina Por to Rico, em Campo
Rico/AL também se destacou, apre s e n t a n d o s u a s i n ova ç õ e s e c o m o olhar atento na busca de tecnolog ias que possam embarcar suas inovações ag regando e trazendo maiores resul t a d o s à u s i n a , e m bu s c a d e u m a i n dústr ia mais sustentável e tecnolog i camente avançada
Na Pindorama, em Cor ur ipe/AL, o gerente industr ial Er ikson Viana compar tilhou o sucesso da pr imeira Usina Flex do Nordeste, uma destila r ia de etanol de milho, que alcançou resultados impressionantes sob o olhar estratég ico do diretor presidente Klécio Santos
A Usina Sumaúma, também em Alagoas, mostrou avanços na área tec nológ ica com o gerente industr ial Rinaldo Silva, com coordenador Ri cardo Marques e os demais membros da equipe
As usinas Trapiche em Per nambu
co e Mir ir i na Paraíba trouxeram seus gerentes industr iais, Eduardo Mota Valença e Emanuel Pinheiro, respec tivamente, para compar tilhar as mu danças tecnológ icas que estão impul sionando a produtividade e a compe titividade do setor
No Espír ito Santo, a Usi na Pai neiras foi representada pelo gerente industr ial Calebe Silva e o coordena dor de PCM, Pablo Xavier, que acre ditam e veem a tecnolog ia como uma fer ramenta transfor madora e impul sionadora e que somadas a esse esfor ço demostraram como a tecnolog ia tem impulsionado o setor sucroener gético na reg ião
O Road Show evidenciou o compromisso das usinas do Nordeste e do Espír ito Santo em se adaptar às inovações tecnológ icas, buscando maior eficiência para enfrentar os de safios do setor no cenár io atual
Utinga Leao AL
Francisco Laurindo - encarregado PCM, Alexandre Medeiros – gerente industrial, Manoel Andrade – supervisor produção de açúcar, Elton Martiniano – líder de manutenção mecânica, Luciana Vieira –supervisora de controle de qualidade, Jardiel Gustavo – engenheiro químico traine
USJP SE
Da esquerda para a direita - Fábio Oda, analista de sistemas de automação - Ricardo Alexandre - chefe de manutenção
Utinga Leao AL
encarregado de PCM, Manoel Andrade – supervisor de produção de açúcar, Luciana Vieira – supervisora do controle de qualidade,
Jurandir Guedes - supervisor de manutenção elétrica, José Aildo – encarregado da instrumentação, Francisco
– engenheiro químico trainee, Alexandre Medeiros – gerente industrial, Douglas Mariane – Soteica do Brasil/S-PA
R O A D S H O W Agosto/Setembro 2023 34
Laurindo –
Jardiel Gustavo
Caeté AL
Da esquerda para a direita - Deigles, supervisor moenda - Cláudio Tyrrasch, gerente industrialSandro, supervisor de caldeirasJavier Gomez, supervisor automação - César, supervisor fabrica açúcar
Porto Rico AL
Pedro Vinícius - assistente de operação em agricultura de precisão, José Erenildo - supervisor de tratos culturais, Eduardo Ferreira - supervisor agrícola, Luiz Eugênio - gerente agrícola, Denílson da Silva de Lima - técnico agrícola, Jose Amauri - supervisor de planejamento agrícola, Antônio Carlos - coordenador de planejamento agrícola, Nichael Correia Filho - assistente de operação em agricultura de precisão, Nichael Correiasupervisor de TI, Henrique Tenório - coordenador de mecanização e transporte e Marcos Lourenço - coordenador de planejamento e custos agrícolas
R O A D S H O W 35 Agosto/Setembro 2023
Agrovale – BA
Da esquerda para a direita - Carlos Roberto, engenheiro mecânico - Edson Araújo, gestor manutenção industrial - Andrey Guilherme - coordenador manutenção eletroeletrônica - Marcelo Maia, gerente industrial
Trapiche PE
Eduardo Mota Valença – gerente industrial
Pindorama
AL
Erikson Viana – gerente industrial
Sumaúma AL
Ricardo Marques – coordenador de elétrica e automação, Rinaldo Silva – gerente industrial, Miriã Garcia – supervisora de produção, Luiz Carlos – coordenador manutenção moendas, Douglas Mariane – Soteica do Brasil/S-PAA
Paineiras/ES
Calebe Silva Gerente Industrial e Pablo Xavier Coordenador de PCM da Usina Paineiras
Miriri PB
Emanuel Pinheiro – gerente industrial
R O A D S H O W Agosto/Setembro 2023 36
Produtores de cana investem em tecnologia aérea
Drones, vants e aviões agrícolas estão na mira dos produtores
Na busca por melhores resultados nas lavouras, os produtores estão mi rando em novas tecnolog ias, que atuem não apenas na ter ra, mas tam bém no ar Drones, vants (veículos aé reos não tr ipulados) e aviões ag rícolas, que já f aziam par te do cenár io dos ca naviais, agora começam a se r vistos com mais frequência
Em julho, o município de Ser tão zinho SP sediou o Cong resso da Aviação Ag rícola do Brasil (Cong res so AvAg), um dos maiores do seg mento, que contou com cerca de 3,2 mil visitantes e um volume de transa ções que pode chegar a 120 milhões de reais, entre negócios fechados e negociações iniciadas
Segundo o Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Ag rícola, o Bra sil possui a segunda maior e uma das mais avançadas aviações ag rícolas do mundo, atrás apenas dos Estados Uni dos e à frente de Argentina, Austrália, Canadá e de outras potências do setor
Para o secretár io de Desenvolvi
mento Econômico e Inovaçã o de Ser tãozinho, Henr ique Gomes, “ o cong resso é um evento em que se es tabelecem novas tecnolog ias para a aviação ag rícola, do ponto de vista de drones, dos veículos aéreos não tr ipu lados e da clássica aviação ag rícola, que ser ia a distr ibuição de fer tilizante s É um cong resso que movimenta todo o setor comercial e de ser viços de Ser tãozinho”, destacou Entre os associados da Canaoeste que estão ader indo a essa tecnolog ia,
está a Fa zenda São Vicen te, que, re centemente, investiu na aquisição de um drone
“De um ano para cá, estamos f a zendo aplicações com drone durante a entressafra A par tir deste ano, estare mos trabalhando com aplicação aérea, na par te de foliar, fung icida e contro le de broca Acabamos de adquir ir um drone, pois, com o preço que estáva mos pagando por hectare, para um terceiro aplicar, nós já teríamos com prado um, pois a área em que f azemos
aplicações é muito extensa (5 mil hectares em Ser tãozinho)”, infor mou o engenheiro ag rônomo Felipe Jun queira Reis Marchezzi.
Com o investimento, eles já pla nejam substituir um dos pulver izado res ter restres “Investimos 250 mil reais no drone com todo o mater ial, gera dor, bater ia, tanque de água limpa, misturador, e já temos um caminhão de transpor te, que será adaptado para quando for mos f azer a aplicação com drone E, quando usávamos o ser viço de terceiros, a gente ficava um perío do ocioso, por depender da disponi bilidade deles”, explicou “Temos dois pulver izadores ter restres e, caso a exper iência com o drone seja positiva, estamos pensando em vender um deles Segundo os f a br icantes do equipamento, eles podem render de 80 a 100 hectares por dia, enquanto o nosso pulver izador f az de 100 a 120 hectares por dia”, disse Marchezzi, comentando que os técni cos da Canaoeste contr ibuíram, f a zendo o mapeamento da f azenda “A nossa estimativa é de alcançar os três díg itos de TCH, uma média de 100 toneladas por hectare A meta é che gar em 500 mil toneladas para a pró xima safra”, disse
A G R Í C O L A Agosto/Setembro 2023 38
Pesquisa do IAC aponta a utilização de 172 milhões de MPB
Pesquisa anual realizada pelo Centro de Cana de Açúcar, do Ins tituto Ag ronômico de Campinas (IAC), aponta que, nesta safra, 75% dos produtores adotarão o sistema de plantio de MPB O censo estima a utilização de 172 milhões de mudas
Os dados foram apresentados por Rubens Braga Junior, da RBJ Con sultor ia/ Prog rama Cana IAC, na pa lestra “Var iedades mais plantadas em MPB e plantio comercial em 2023”, durante a 4ª reunião do Gr upo Fito técnico de Cana IAC em Ribeirão Preto – SP, realizada recentemente
S e g u n d o B r a g a , a p e s q u i s a , n e s
t e a n o, o u v i u 1 9 9 u n i d a d e s , t o t a l i z a n d o u m a á re a d e p l a n t i o e q u iva l e n t e a 9 8 7 m i l h e c t a re s “ O q u e n o s d á u m a a m o s t r a b a s t a n t e s i g n i f i c a t i va e m t e r m o s d e p ro d u t o r e s n o B r a s i l ” , d i s s e e l e Com relação a MPB, Braga des t a c o u o c re s c i m e n t o d a u t i l i z a ç ã o d e s s e s i s t e m a d e p l a n t i o “ D o s 1 9 9 e n t rev i s t a d o s , 1 5 0 d i s s e r a m q u e v ã o utilizar MPB É uma metodolog ia que e s t á s e n d o mu i t o u t i l i z a d a n o s e t o r, então tem 75% ou seja 3/4 das em p re s a s S e r ã o 1 7 2 m i l h õ e s d e mu d a s de MPB que serão plantadas ao lon go do ano ” , infor mou
A pesquisa também avaliou qual a var iedade de cana será utilizada Num total de 719 citações, a mais mencio nada foi a RB 075322
“Trata se de um clone muito no vo Essa é uma das pr incipais caracte rísticas da MPB, a rapidez de multipli cação, o que explica o número de va r iedades novas entre as mais citadas
A G R Í C O L A Agosto/Setembro 2023 40
Ao todo foram ouvidas 199 unidades produtivas e 75% irão adotar esse sistema de plantio
Na sequência aparecem a CTC 2994 a 1007, RB 127825 Nas var iedades IAC, o destaque ficou com 5503, que aparece como a quinta mais citada e em pr imeiro lugar entre as MPB já plantadas É uma satisf ação imensa pa ra o prog rama ver que a nossa pr inci pal var iedade, é pelo segund o ano consecutivo a mais plantada, indican do um futuro muito promissor para essa var iedade”, disse Braga
Com relação ao plantio mec ani z a d o, a p e s q u i s a a p o n t a u m c re s c i m e n t o “ a i n d a i n c i p i e n t e ” n o N o r deste “Eles estão bem desenvolvidos em ter mos de ir r igação, mas, até por q u e s t õ e s g e og r á f i c a s , c o m mu i t o s mor ros, existe uma maior dificulda de Mas apesar disso, eles estão mui t o i n t e re s s a d o s n a m e c a n i z a ç ã o, q u e tem potencial para crescer na reg ião”, infor mou
“No Centro Sul, os números são bem diferentes O plantio mecaniza do teve um crescimento chegando a uma média de 60% Os estados de Goiás e Tocantins, apresentam 86,8% de plantio mecanizado São Paulo apresenta 61,3%. No geral, os dados apontam que o mercado está crescen do, e já passamos a ter 0 7 milhões de hectares em ter mos de plantio meca nizado, o que dá uma boa expectativa para as empresas que atuam com esses equipamentos”, finalizou Braga
O engenheiro ag rônomo Gui lher me Mantovani, da FMC, em sua palestra sobre “Tecnolog ia FMC para o setor sucroenergético”, apresentou conceitos inovadores para o controle eficiente de pragas e produtos seleti vos que garantem maior produtivida de da planta sadia com aplicação se gura A empresa também mostrou o lançamento que complementa o por tfólio de inseticida
“Um produto de a mplo espec tro de controle em relação a Sphenopho r us, desde lar va até a vida adulta”, dis se Mantovani
Também par ticiparam da reunião, representantes das usinas São Mar ti nho e Raízen que apresentaram seus cases sobre plantio mecanizado e opor tunidades de ajustes vis ando plantios de excelência
Estevão Landel, da São Mar tinho,
destacou o investimento em capacita ção e tecnolog ia “Nossa ambição é produzir o car bono renovável de menor custo do mundo O caminho para ating ir essa ambição é pr imeiro é investir em pes soas, desde a capacitação. Histor ica mente a São Mar tinho capacita todos os operadores, gerando um ambiente seguro e com boas condições Também investimos muito em tecnolog ia hoje todos os nossos implementos, equipa mentos estão conectados gerando in for mações de qualidade, infor mações seguras, em tempo real e com essas infor mações nós conseguimos f azer a gestão que nos leva a boas tomadas de decisões”, disse
Pe l a R a í z e n , q u e c o n t a c o m 9 0 % d e p l a n t io m e c a n i z a d o e m s ua s o p e r a ç õ e s , s e n d o o s 1 0 % p a r a p l a n t i o d e m e i o s e, f a l a r a m L e o n a rd o M e l l a d e G o d o i , e s p e c i a l i s t a d e p l a n t i o e We s l ey R ô mu l o d a S i l va , e s p e c i a l i s t a d e q u a l i d a d e E l e s d e s t a c a r a m o t r a b a l h o re a l i z a d o p e l o c e n t r a l d e m o n i t o r a m e n t o q u e “ a c o m p a n h a n o s s a s o p e r a ç õ e s a n í ve l d e re n d i m e n t o e a n í ve l d e q u a l i d a d e M o n i t o r a m e n t o re m o t o, P O P d e o p e r a ç õ e s , p ro j e t o s d i g i t a i s , m a t r i z d e p re p a ro e p l a n t i o, q u a l i d a d e d e mu d a , va r i e d a d e s , i n s u m o s e / o u p l a n t i o t o r t a ” , f o r a m a l g u n s d o s a s p e c t o s d e s t a c a d o s p o r e l e s
A G R Í C O L A 41 Agosto/Setembro 2023
evitar perdas de ATR e TCH
O f l o re s c i m e n t o d o c a n av i a l é u m eve n t o q u e p o d e c a u s a r p re o c u p a ç õ e s s i g n i f i c a t iva s p a r a p ro d u t o re s d e c a n a d e a ç ú c a r, j á q u e e s s e f e n ô m e n o f i s i o l ó g i c o p o d e a f e t a r d i re t a m e n t e a q u a l i d a d e d o a ç ú c a r t o t a l re c u p e r á ve l ( AT R ) e o t e o r d e sacarose (TCH) na planta O proces s o d e f l o re s c i m e n t o re s u l t a e m a l t e r a ç õ e s m o r f o f i s i o l ó g i c a s , c o m o o e n c u r t a m e n t o d o s e n t re n ó s , o q u e i m p a c t a n e g a t iva m e n t e a p ro d u t iv i d a d e e a e f i c i ê n c i a i n d u s t r i a l A influência do clima é cr ucial no desencadeamento do florescimento Fatores como o fotoperíodo (duração do período de luz solar), temperatura, radiação solar e umidade do solo de sempenham papéis impor tantes na ocor rência desse fenômeno Nesse sentido, é essencial que os produtores estejam atentos aos indicativos climá ticos para antecipar e minimizar os possíveis impactos negativos “ U m a d a s p r i n c i p a i s e s t r a t é g i a s p a r a ev i t a r a p e rd a d e AT R e T C H é o b o m p l a n e j a m e n t o d o m a n e j o va r i e t a l n a re g i ã o d e a t u a ç ã o Va r i e d a d e s p re c o c e s d eve m s e r c o l h i d a s n o i n í c i o d a s a f r a , e n t re a b r i l e j u n h o A p a r t i r d e s s e p e r í o d o e s e m o u s o d e i n i b i d o re s , e x i s t e u m m a i o r r i s c o d e f l o re s c i m e n t o e m a l g u m a s va r i e d a d e s , c o m o a R B 9 6 6 9 2 8 e a C T C 9 0 0 1 Po r t a n t o, o c o n t ro l e d o c ro n og r a m a d e c o l h e i t a é c r u c i a l p a r a re d u z i r o s e f e i t o s d o f l o re s c i m e n t o n a p ro d u t iv i d a d e ” , e x p l i c a D i e g o A u g u s t o, e n g e n h e i ro a g r ô n o m o e s p e c i a l i z a d o e m N u t r i ç ã o Ve g e t a l e C a n a d e A ç ú c a r Diego destaca a impor tância dos inibidores de florescimento para o manejo adequado do ca navial Esses inibidores têm como objetivo impe dir o crescimento vegeta tivo da cul tura, evitando a emissão de novas fo lhas Além disso, ele ressalta a relevân cia do processo de translocação do acúmulo de sacarose no colmo, enf a tizando que a aplicação dos inibidores
deve ocor rer nos meses de fevereiro a março no Centro Sul do país, quan do ocor re a indução floral
A adoção de práticas preventivas e
a utilização de inibidores de floresci mento representam impor tantes fer ramentas para enfrentar o desafio do florescimento do canavial Ao alinhar
o manejo var ietal com as característi cas climáticas da reg ião, os produtores têm a opor tunidade de minimizar as perdas de ATR e TC H, garantindo uma produção mais eficiente e rentá vel Com planejamento adequado e a implementação de estratég ias precisas, a indústr ia da cana de açúcar pode enfrentar esse fenômeno natural e al cançar resultados mais consistentes e sustentáveis
O consultor Nilceu Cardozo, da Canaplan e Solucrop, destaca que pa ra trabalhar com florescimento é pre ciso ser asser tivo de acordo com a rea lidade de cada reg ião
“ N ã o h á m od e l o s p e r f e i t o s , c o m relação ao florescimento, porque mo delos são a representação da realida de, não a realidade Nesse caso ainda, vamos depender de um modelo am biental, ou seja, vou depender de al guém que f aça a previsão de chuva e temperatura Por isso, temos proposto sempre manter essas áreas de seguran ç a , o n d e t e n h a va r i e d a d e s c o m a l t o índice de florescimento/isopor ização, para então f azer o uso de inibidores”, explica
Com relação a esta safra, Cardozo avalia uma g rande per spectiva de flo rescimento “Tivemos um desenvol vimento vegetativo bom, e o período indutivo se mostrou com o maior po tencial dos últimos anos ” , disse
O consultor também destacou que o controle do florescimento trava o desenvolvimento “Para desencadear a inibição do florescimento ou indução de resistência do déficit hídr ico há necessidade de modular o balanço hor monal da planta”, explica
A ag rônoma da Canaoeste, Da niela Aragão Bacil, infor ma que este ano tem ocor r ido muito florescimen to nas áreas dos associados da entida de “Mesmo nas reg iões de baixas al titudes, em tor no de Ser tãozinho SP, tem muita ocor rência de floresci mento, até mesmo as var ie dades que não víamos florescer, este ano está ocor rendo”, infor mou Segundo ela, a o cor rência tem provocado prejuízo “Nas reg iões pró ximas aos mil metros de altitude, a ocor rência do florescimento é muito maior A maior ia dos produtores não usaram inibidor de florescimento, en tão f acilmente encontramos essa si tuação Devido aos volumes de chu vas e ao atraso dos plantios, essas áreas de associados estão com colheitas atrasadas, causando um prejuízo para o produtor”, explica Bacil
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Adoção de práticas preventivas e a utilização de inibidores de florescimento representam impor tantes ferramentas para enfrentar o desafio
O desafio do florescimento do canavial: como
Colhedora de duas linhas CH950 aumenta produtividade no canavial
As colhedoras de duas linhas che garam para ficar Pelo menos essa é a per spectiva apresentada por produto res que já utilizam o equipamento
A CH950, da John Deere, é uma colhedora de cana de duas linhas com sistema de cor tes de base independen tes, desenvolvida especialmente para os canaviais brasileiros A g rande novida de é sua capacidade de colher duas li nhas simultaneamente, no espaçamen to simples (1,4 m ou 1,5 m), na mes ma velocidade das máquinas de uma linha, promovendo redução do custo de colheita e da compactação e au mentando a produtividade e longevi dade do canavial
Segundo Mar ia Renata Gonçalves, especialista de Produto e Mercado pa ra soluções em cana de açúcar da John Deere Brasil, a CH950 já se en contra no quar to ano de safra no mer cado brasileiro "Com mais de 150 má quinas no mercado, já temos acumula das mais de 400 mil horas de motor e, embora exista uma cur va de aprendi zado para se extrair o melhor potencial da máquina, percebemos que ela já atua como catalisador da mudança", disse Segundo Gonçalves, são cada vez mais frequentes os relatos de clientes sobre o aumento de produtividade e de benefícios ag ronômicos ligados ao controle de tráfego "Por ela ter uma bitola de três metros e pular uma en trelinha, ela for ma o canteirão tão de sejado para que a planta tenha melhor produtividade e longevidade, relacio nadas a essa conser vação que f azemos com a soqueira", explica
A especialista ressalta que a CH950 é totalmente diferente de tudo que já havia disponível no mercado "O sis tema RowAdapt™M, que tem dois cor tes de bases independentes, per mi te que ela colha duas linhas de cana na mesma velocidade da máquina de uma linha, o que reduz mão de obra e con sumo de combustível na frente de co lheita, com o diferencial de que esse sistema reduz drasticamente as perdas, tanto no cor te de base como no ex trator pr imár io", infor mou
Ainda segundo Mar ia Renata, esse tipo de colhedora promove quase o dobro da produtividade: redução de 60% da área compactada, beneficiando a brotação e o desenvolvimento das so queiras; 50% menos perdas por estilha ço (aproximadamente três toneladas por hectare): redução de 28% na utilização de tratores de transbordo e redução de 30% no consumo de combustível
A máquina proporciona uma re d u ç ã o d e c o n s u m o d e c o m bu s t í ve l e m t o r n o d e 3 0 % n a f re n t e d e c o l h e i t a , c o n s i d e r a n d o a e c o n o m i a n a s
máquinas (consome menos que duas máquinas de uma linha) e nos trato res transbordos, que serão car regados com a metade do tempo (se compa rados à máquina de uma l inha), tor n a n d o o s m a i s e f i c i e n t e s e c a p a z e s de f azer mais ciclos por dia A CH950 o f e re c e t a m b é m a re d u ç ã o d e a t é
3 6 % n a m ã o d e o b r a n e c e s s á r i a n a frente de colheita
Pedro Fogaça, gerente ag rícola da Pedra Ag roindustr ial, que há três anos dispõe do equipamento, relata avanços "Temos quatro máquinas no g r upo, distr ibuídas nas unidades Pedra e Ipé Eu considero como uma f ase de cur va de aprendizado, mas a colhedora tem se mostrado, tanto ag ronomica mente quanto em desempenho, que ela pode avançar mais Consequente mente, acredito que as empresas de vem embarcar nessa tecnolog ia nos próximos anos", disse
Már io Sérg io, gerente de mecani zação da BP Bunge, viu a produção dobrar com duas colhedoras CH950 "Já estamos na segunda safra testando
esses equipamentos Estamos conse guindo produzir até 50% mais do que com a máquina de uma linha, com a qual conseguimos em tor no de 1 500 toneladas Em canaviais de produção mediana de até 100 toneladas, é um equipamento f antástico, chegando a produzir o dobro da máquina de uma linha", relatou
Para Francisco Felix Junqueira, di retor ag rícola da Bioenergética Aroei ra, o novo equipamento vem revolu cionando o sistema de colheita "A máquina de duas linhas mudou o sis tema de colheita dos canaviais no Bra sil A colhedora começou a ganhar muito rendimento, redução de custo de óleo hidráulicos, redução de custo de óleo diesel e, pr incipalmente, a me tade da compactação Enquanto em outras máquinas a bitola anda com en trelinha de 1,5 m, essas são de três me tros Então temos 50% do canavial que não vai ser pisado; consequentemente, teremos um canavial melhor, mais r i co, com umidade preser vada e palha preser vada", destacou
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Entre os benefícios alcançados, produtores apontam melhora no rendimento e redução nos custos
Maria Renata
Mário Sérgio Francisco Felix Junqueira Pedro Fogaça
Programas ELOS Raízen e Jornada Cultivar reforçam importância
dada a fornecedores pela Raízen
“A cana é a planta cer ta e dela se or ig ina o futuro da agenda 2030” Es sa é a visão da Raízen, uma das g igan tes do setor de bioenerg ia, segundo o diretor executivo de Ag ronegócios do g r upo, Ricardo Ber ni
E para quem não tem tempo a perder, “ o futuro é agora ” A expres são foi t ema da edição de 2023 da Convenção Ag ro, um dos maiores eventos, realizado pela Raízen, volta dos para o ecos sistema da cana de açúcar do Brasil, realizada em Atibaia
SP, nos dias 21 e 22 de junho Com a par ticipação de aproximadamente 800 pessoas, entre produtores de ca na de açúcar parceiros e represen tantes de g randes empresas do setor, reuniu painéis dedicados à sustentabi lidade, mulheres no ag ro, tecnolog ia e produtividade, e também, inovação
“É um evento impor tante para a Raízen Todo ano reunimos uma boa representação do ecossistema de cana de açúcar Nesta última, tivemos a maior quantidade de pessoas, 250 for necedores, 19 empresas parceiras, star tups, que trazem as novidades e novas tecnolog ias, todas lideranças da em presa, enfim para cana de açúcar é um g rande momento, um dos maio res eventos O f uturo é agora, p or conta da velocidade das transfor ma ções que estão acontecendo, focado em duas palavras: inovação e sustenta bilidade Motivo, pelo qual, reafir ma mos junto aos nossos parceiros o es copo dos projetos Jor nada Cultivar e do ELOS, que possuem 10 de anos de implantação”, explica Ber ni
“Através do Jor nada Cultivar, buscamos oferecer as melhores solu ções para esses produtores em toda sua jor nada de negócios, per mitindo que a troca de exper iências com esses par ceiros aconteça de diver sas for mas, seja por meio de fór uns do nosso prog ra ma de relacionamento ou no dia a dia Também mantemos um incentivo contínuo de boas práticas ag rícolas e operacionais por meio do prog rama ELOS Raízen, que busca promover o desenvolvimento sustentável dos for
necedores nos pilares econômico, so cial e ambiental Nosso objetivo é ge rar cada vez mais valo r para cadei a produtiva de cana de açúcar e man ter relações produtivas em uma visão de cur to, médio e longo prazo ” , des taca o executivo Sem custos para os for necedores, os prog ramas vão ganhando projeção, com um número cada vez maior de adesão “Com relação a adesão, o pro g rama cresceu demais após a aquisição da Biosev, com cerca de 500 produ tores par ticipando do Jor nada Culti var Com o ELOS Raízen estamos buscando desenvolver desde tecnolo g ia, até prog ramas de for mação de su cessores E você só consegue ger ir 2 000 produtores em 30 usinas em operação se você tiver algo mais do que simplesmente comprar a cana É preciso se relacionar com essas f amí lias empresar iais, entender o amor de les pela ter ra O amor que eles têm pelas f amílias, é acompanhar a suces são A nossa preocupação é com o empresár io que está tocando hoje, mas também com seus filhos e netos É o ciclo das f amílias e você só f az isso se você tiver visão de longo prazo, e, por tanto, o ELOS traz muito dessa vi são de longo prazo Com ele nós te mos a missão de atender 100% da nossa cadeia produtiva, e visa a gestão de pessoas, meio ambi ente, insumos,
enfim, diver sos temas, e é oferecido a toda rede de for necedores”, infor mou Ber ni
Para Ber ni a necessidade de se in vestir e de ger ir os empreendimentos de for ma sustentável, é um caminho sem volta “A g rande maior ia dos for necedores tem consciência que as questões ambientais, sociais e traba lhistas são fundamentais para o cresci mento do negócio Então a adesão tem sido g rande, pr incipalmente na ques tão do uso de biológ icos Os resíduos de nossa produção que voltam para a lavoura já são um exemplo de econo mia circular
A questão das boas práticas traba lhistas, também tem sido bem difundi da, visando não apenas o cumpr imen to das reg ras, mas também um apr imo ramento na gestão de pessoas ” , disse Como explica Giuliano Begg io Francischini, da Begg io Lorenzo Ag ropecuár ia, um dos par ticipantes dos prog ramas “For necemos cana pa ra a Raízen desde 2011 e par ticipamos dos prog ramas Jor nada Cultivar e ELOS Raízen desde seu início “Par ticipar dos prog ramas muito nos au xiliou em nossa capacidade produtiva, pr incipalmente em nossa mudança de cultura e de mentalidade em relação à ir rever sível tendência de sustentabili dade na implementação do ESG em nossa propr iedade”, destaca
Para Francischini, os prog ramas Raízen “não apenas nos estimularam à prática de mudanças culturais e de ações necessár ias a uma empresa sus tentável como acompanharam de per to nossa g radativa evolução e alte rações de compor tamento em todos os pilares que regem o ESG e o SSMA (Segurança, Saúde e Meio Ambiente) Seja através do apoio às mudanças que a NR31 exige ou através da preocu pação e acompanhamento, desde a colheita até o plantio, inclusive na ho mologação de terceiros que compar tilham os mesmos valores que nós, ou na busca incessante pela produtivida de, a R aízen sempre esteve ao nosso lado, trazendo fer ramentas e soluções para gerar prog resso justo para todos os envolvidos”, ressalta Durante o cong resso também foi efetuada a entrega do prêmio Ag ro Raízen, que contemplou 34 for nece dores “Uma for ma de estimular a adoção de boas práticas de sustentabi lidade, sendo que 50% da cana que movimentam as 30 usinas em opera ção do g r upo, vem de for necedores”, infor mou Ber ni que avalia este ano safra como muito bom “Vamos segu ramente passar das 80 milhões de to neladas de cana , sendo 40 milhõe s vindo de for necedores, uma moagem muito expressiva Temos a cana pró pr ia, mas o crescimento da Raízen se dá também pelo crescimento dos nos sos parceiros”, disse “É impor tante a ampliação do Jor nada Cultivar, através da quantida de de empresas parceiras No ELOS Raízen vamos trabalhar na execução dos manuais de práticas trabalhistas Entendemos que o plantio mecaniza do pode mitigar os r iscos trabalhistas E buscamos or ientar os for necedores a chegarem no nível de excelência, pois desta for ma passam a ser reco nhecidos inter nacionalmente pela platafor ma SAI (Sustainable Ag r icul ture Initiative Platfor m), organização sem fins lucrativos cr iada em 2002 que ajuda a transfor mar a indústr ia ao in centivar o d esenvolvimento de pa drões ag rícolas sustentáveis “ N o s s o f o c o e s t á n a c a d e i a d e c a n a d e a ç ú c a r, n o s s a e s t r a t é g i a a t é 2 0 3 0 é c re s c e r a t r av é s d o s n o s s o s re s í d u o s É o b a g a ç o d e c a n a p a r a o eta n o l d e s e g un d a g e r a ç ã o A u t i l i z a ç ã o d a v i n h a ç a e d a t o r t a d e f i l t ro, que já volta m para a lavoura Estamos n a p l a n t a c e r t a É a c a n a d e a ç ú c a r, q u e d á o r i g e m a u m n ovo f u t u ro ” , f i n a l i z a B e r n i
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“A cana é a planta cer ta e dela se origina o futuro da agenda 2030”, avalia o diretor de negócios agrícolas do grupo
Ricardo Berni