JornalCana 347 (Outubro/Novembro 2023)

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Outubro/Novembro 2023

Série 2

Número 347

MANEJO BIOLÓGICO Uma estratégia eficaz para os desafios climáticos

O estudo avaliou parâmetros químicos e biológicos, além da atividade fisiológica da planta, em três regiões diferentes: Lençóis Paulista – SP e duas áreas em Primavera do Leste – MT




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CARTA AO LEITOR

Outubro/Novembro 2023

carta ao leitor

índice

Andréia Vital - redacao@procana.com.br

MERCADO Agenda ambiental será fortalecida com Frente Parlamentar do Etanol . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6 Fórum Nacional Sucroenergético passa a se chamar Bioenergia Brasil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7 Cias aéreas apostam no SAF de etanol para redução de emissões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8 GranBio investe na produção de combustível para aviação sustentável (SAF) . . . . . . . . . . . . . . . . .9 Raízen é o primeiro player no mundo a receber certificação para produção de SFA . . . . . . . . . .10 Zilor conquista certificação CORSIA e ingressa no restrito mercado do SAF . . . . . . . . . . . . . . . . . .10 Plantas de etanol de milho projetam expansão da produção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11 Produção de etanol de milho atingiu 2,75 bilhões de litros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12 e 13 Produção de etanol no mundo em 2050 deve ser de 810 milhões de toneladas . . . . . . . . . . . . . .14 Jalles e Albioma inauguram planta de biogás a partir da vinhaça em Goiás . . . . . . . . . . . . . . . . .15 Açúcar brasileiro representará 22,8% da produção global do alimento na safra 2023/24 . . . . . .16 Potencial bioenergético do agave pode transformá-lo na “cana do sertão” . . . . . . . . . . . . . . . . .17 Uma joia para o setor REDI@CANA impulsiona a Jornada Agroindústria 50 . . . . . . . . . . . . .18 e 19

AGRÍCOLA Manejo biológico – Uma estratégia eficaz para os desafios climáticos . . . . . . . . . . . . . . . . . .20 e 21 Com tecnologia IAC Usina Denusa vira líder nacional em produtividade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .22 Novo prêmio do IAC mapeia a produção de cana em todo o Brasil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .23 Como o El Niño impacta em andamento e deve afetar a 2424/25 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .24 e 25 Sephenophorus levis é sinônimo de prejuízo no canavial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .28 e 29

INDUSTRIAL Nova caldeira ampliará produção de energia na Usina Estiva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .30

USINAS Usina Água Bonita homenageia herdeiros que impulsionaram seu desenvolvimento . . . .32 e 33 Araporã Bioenergia amplia eficiência agrícola e industrial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .34 Morre fundados da Usina Santo Ângelo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .34 Simpósio GEP-2023 fomenta inovações tecnológicas para a indústria bioenergética . . . . . . . . .35

EVENTOS Números da 29ª Fenasucro e Agrocana projetam crescimento para próximo ano . . . . . . . . . . . .38 GBIO promove encontro sobre Manejo Regenerativo & Biológico na Fenasucro . . . . . . . . . . . . .39 Importância da bioeletricidade é destaque na Fenasucro & Agrocana . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .40 “Cogeração é solução eficaz para diversificação da matriz energética” . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .41 Brasileiros são homenageados durante congresso na Costa Rita . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .42

MASTERCANA MasterCana Centro-Sul reforça presença feminina no agro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .42 a 46

Orai pela paz de Jerusalém! Sejam prósperos os que te amam. Salmos 122:6

A Evolução do Setor Sucroenergético:

O FUTURO SUSTENTÁVEL DO BRASIL O Brasil, conhecido internacionalmente como o país do futebol e do carnaval, tem muito mais a oferecer ao mundo do que alegria e entretenimento. Nos últimos anos, testemunhamos um notável avanço no setor sucroenergético, um setor que não só abraçou a tecnologia, mas também promoveu um impacto social positivo, valorizando o nosso maior ativo, o capital humano. Nessa jornada, a cana−de−açúcar mudou de patamar, mostrando que pode alçar voos mais elevados. Dos modestos engenhos de aguardente, migramos para parques industriais de grande porte. Além de sinônimo de pinga, a cana agora também é sinônimo de biocombustível, energia e sustentabilidade. Um exemplo de transformação e inovação. Os indicadores colocam hoje, o Brasil em posição de destaque, como o segundo maior produtor mundial de etanol e o primeiro produtor mundial de açúcar. É a cana contribuindo significativamente para a economia nacional. O presidente da DATAGRO, Plínio Nastari, ressalta a grande oportunidade que existe para o setor, afirmando que a produção de etanol no mundo em 2050 deve ser de 810 milhões de toneladas. Esse potencial de mercado equivale a 9 vezes mais a produção mundial de 2022, conforme mostra matéria nesta edição. O Brasil segue neste caminho, garantindo bons números para o setor, como no caso da produção de etanol de milho, que vem em crescimento constante. No acumulado desde o início da safra, a produção de biocombustível a partir do cereal atingiu 2,75 bilhões de litros – avanço de 44,79% na comparação com igual período do ano passado. No entanto, nosso potencial não se limita ao etanol. O biogás e o biometano têm o potencial de substituir o diesel em várias aplicações, representando oportunidades de investimento significativas. Além disso, o etanol de segunda geração pode duplicar nossa produção sem a necessidade de expandir a área plantada. Nesta edição, o leitor vai ver que a indústria da aviação também se beneficia com o SAF (combustível de aviação sustentável) baseado em etanol, abrindo um mercado 20 vezes maior do que o setor de mobilidade veicular. Além disso, a edição de outubro/novembro, mostra que o Brasil, assim como acontecerá em 2023/24, será o grande protagonista no que tange a oferta de açúcar, representando 22,8% da produção global – aumento anual de 5,2 ponto percentual – ganhando share frente a queda produtiva na Índia, principalmente. Não podemos deixar de citar também a cogeração. São mais de 240 usinas exportando energia elétrica para a rede a partir da biomassa da cana. Já a matéria de capa desta vez destaca um mercado que vem em constante crescimento, o de bioinsumos, tendo movimentado cerca de US$ 20 bilhões na safra 2022/23. Essa expansão de 12% no faturamento superou de longe a previsão de 4% para o mercado global. Além disso, a área tratada com bioinsumos no Brasil aumentou significativamente de 9% na safra 2022/23, em comparação com apenas 3% na safra 2017/18. Uma pesquisa liderada pelo renomado consultor e Prof. Dr. Carlos Crusciol, da Unesp Botucatu, em conjunto com uma equipe de 6 especialistas, revelou uma descoberta impactante e inédita. O estudo investigou a capacidade da Biotecnologia Microgeo® em potencializar a qualidade do solo, reduzir a temperatura foliar e beneficiar o rendimento da cultura da soja. O estudo avaliou parâmetros químicos e biológicos, além da atividade fisiológica da planta, em três regiões diferentes: Lençóis Paulista − SP e duas áreas em Primavera do Leste − MT, com foco no cultivo da soja, durante a safra 2022/23. Ao longo do ano de 2023, a pesquisa continua em um sistema de rotação com o plantio de outras culturas, como cana−de−açúcar, milho e algodão. Além disso, o leitor encontra nesta edição, a cobertura sobre o MasterCana Centro−Sul 2023. É muito conteúdo interessante. Boa leitura!



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MERCADO

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Agenda ambiental será fortalecida com Frente Parlamentar do Etanol A nova Frente conta inicialmente com a participação de 192 deputados federais e 11 senadores O etanol ganha protagonismo na agenda energética do Congresso Na− cional, com o lançamento da Frente Parlamentar do Etanol, no dia 23 de agosto, em Brasília. Presidida pelo de− putado federal mineiro Zé Vitor (PL/MG), a Frente envolve mais de uma centena de parlamentares inte− ressados na valorização do biocom− bustível e sua contribuição para a des− carbonização da frota nacional. “Estamos aqui nesta Frente Par− lamentar porque senadores e deputa− dos entenderam a importância de trabalharmos não pelo setor, mas pe− los benefícios que o setor tem gerado para o Brasil”, afirmou o deputado Zé Vitor. “Devemos apoiar todos os elos dessa cadeia vital, fomentando um ambiente propício para a inova− ção tecnológica e políticas públicas eficazes”, completou. O grupo vai substituir a antiga Frente Parlamentar em Defesa do Se− tor Sucroenergético, liderada pelo de− putado federal paulista Arnaldo Jardim (CIDADANIA/SP), que abriu a ceri− mônia lembrando a importância do diálogo do Legislativo com o Execu− tivo, órgãos de pesquisa e o setor pri− vado para estimular o setor de bio− combustíveis. A nova Frente Parlamentar terá como desafio ampliar as vantagens do etanol como fonte de energia limpa e benéfica ao meio ambiente, valori− zando um produto nacional que reduz em até 90% as emissões de CO2 em relação à gasolina. Além disso, o setor gera mais de 2,1 milhões de postos de trabalho diretos e indiretos em toda a cadeia de produção. “O Parlamento brasileiro dá mais uma demonstração de seu compro− misso com a agenda ambiental, inicia− da em 2017 com o RenovaBio, o maior programa de descarbonização do mundo, que já evitou a emissão de 100 milhões de toneladas de CO2 pa− ra a atmosfera”, disse o presidente da União da Indústria de Cana−de− Açúcar e Bioenergia (UNICA), Evandro Gussi. Ele também destacou o impor− tante passo do Congresso com a apro−

vação, no ano passado, da Emenda Constitucional 123, que estabelece o diferencial de competitividade para o etanol no capítulo de Meio Ambien− te da Constituição. Para Mário Campos, presidente do Fórum Nacional Sucroenergético, que passa a se chamar Bioenergia Brasil, a partir de hoje (23/08), o setor tem uma importância muito grande no desenvolvimento regional, na geração de emprego e renda no interior do Brasil.“O Censo de 2022 mostra co− mo a população está indo para o in− terior do Brasil. O setor, como um dos representantes dessa vocação nacional para o agronegócio, tem uma impor− tância muito grande no desenvolvi− mento das regiões”, disse Campos. No Brasil, o uso de etanol anidro na gasolina somado ao uso de etanol hidratado (E100) nos veículos flex evitaram que mais de 630 milhões de toneladas de CO2 fossem lançadas à atmosfera nos últimos 20 anos.Atual− mente, 83% dos veículos leves fun− cionam tanto com gasolina quanto com etanol, ou com os dois em qual− quer proporção. No cenário internacional, Gussi destacou a formação da Aliança Glo−

bal para os Biocombustíveis, que será lançada em setembro pelo Brasil, Ín− dia e Estados Unidos, na Cúpula do G20.“Uma ideia que nasceu no âm− bito do nosso setor no Brasil e foi ampliada para a esfera governamental dos países”, lembrou Gussi.

Produção ocupa 0,9% do território O Brasil é o segundo maior pro− dutor de etanol do mundo, atrás ape− nas dos Estados Unidos. Em todo o país, o cultivo de cana−de−açúcar e milho para a produção do biocom− bustível ocupa apenas 0,9% do terri− tório nacional. Na safra 2022/23, o volume pro− duzido atingiu 31,2 bilhões de litros. Desse total, 4,43 bilhões de litros fo− ram produzidos a partir do milho, que vem ampliando a participação e deve ultrapassar os 20% na atual safra. Paralelo ao movimento no Con− gresso, o governo federal apresentou em julho a proposta de ampliar a mis− tura de etanol na gasolina de 27% pa− ra 30%, como parte do programa Combustível do Futuro. “O E30 é uma questão técnica para melhorar a

qualidade da gasolina”, disse o secre− tário de Petróleo, Gás Natural e Bio− combustíveis do Ministério de Minas e Energia, Pietro Mendes. Mendes também destacou a ado− ção do princípio da neutralidade tec− nológica nas rotas tecnológicas para a descarbonização, e reforçou a con− fiança do governo federal no etanol como aliado na transição energética. “O nosso inimigo é o carbono. Qual− quer tecnologia que reduza as emis− sões de CO2 será levada em conside− ração”, assegurou Mendes. A frente é formada por 192 depu− tados e 11 senadores, que tem o ob− jetivo e o compromisso de valorizar o combustível no processo de transição energética. São apoiadoras da iniciativa a Fe− deração dos Plantadores de Cana do Brasil (FEPLANA), a Bioenergia Bra− sil, a Associação de Produtores de Açúcar, Etanol e Bioenergia (Nova− Bio), a Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil (OR− PLANA), a União Nacional do Eta− nol de Milho (UNEM), a União Nordestina dos Plantadores de Cana (UNIDA) e a Confederação da Agri− cultura e Pecuária do Brasil (CNA).


MERCADO

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Fórum Nacional Sucroenergético passa a se chamar Bioenergia Brasil Apresentação do novo nome, marca e site da entidade aconteceu durante o lançamento da Frente Parlamentar do Etanol Bioenergia é uma das palavras− chave para o futuro energético do Bra− sil e do mundo.Agora, é também a no− va marca e nome adotados pelo Fórum Nacional Sucroenergético, que passa a ser conhecido como Bioenergia Brasil. A estreia formal do novo nome, marca e site aconteceu no lançamento da Frente Parlamentar do Etanol. “Além de demonstrar a maturi− dade de um grupo que comemora 20 anos trabalhando junto para o desen− volvimento do setor, a mudança vem em um momento de transição ener− gética, em que é fundamental que o Brasil priorize o caminho dos bio− combustíveis, que são a vocação do nosso país”, afirma o presidente da

Bioenergia Brasil, Mário Campos. Campos, que também preside a Associação das Indústrias Sucroener− géticas de Minas Gerais (Siamig), des− taca a grande oportunidade que a Reforma Tributária pode representar para o uso do etanol em todo o país. “Temos que aproveitar a implemen− tação da alíquota única para fazer com que o consumo do etanol cresça em

todas as regiões, não mais se concen− trando apenas nos principais estados produtores”, completou. Para a liderança da instituição, o nome Bioenergia Brasil transmite com mais precisão a realidade da entidade, representante verdadeiramente nacio− nal com presença em todos os estados produtores de bioenergia do país. Ao mesmo tempo, abre as portas para que

as diversas vertentes energéticas, que crescem no Brasil e no mundo no contexto das bioenergias, caminhem juntas. “A Bioenergia Brasil nasce em um momento estimulante da trajetó− ria do país e dos biocombustíveis”, concluiu Campos. Com sede em Brasília, a liderança da Bioenergia Brasil conta ainda com o vice−presidente Renato Cunha, também presidente do Sindicato dos Produtores de Açúcar e Etanol de Pernambuco (Sindaçúcar−PE), e com o diretor executivo Roberto Hollan− da Filho, ex−presidente da Associação dos Produtores de Bioenergia do Ma− to Grosso do Sul (Biosul). A Bioenergia Brasil é uma entida− de nacional sem fins lucrativos que representa o setor sucroenergético brasileiro no plano nacional, com o objetivo de criar e ampliar canais de diálogo entre indústria, governo e a sociedade. Fundada em 2003 como Fórum Nacional Sucroalcooleiro, a entidade congrega associações de classe de 17 estados brasileiros que re− presentam 214 unidades produtoras de bioenergia e açúcar.


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Cias aéreas apostam no SAF de etanol para redução de emissões Assunto foi pauta do 17º Encontro de Açúcar e Álcool promovido pelo banco Citi A produção de combustível para aviação (SAF) a partir do etanol po− tencializa o mercado de etanol e é visto pelas companhias aéreas como uma das principais alternativas para o segmento aéreo reduzir suas emissões, a fim de cumprir as metas de descar− bonização fixadas entre 2030 e 2050. O assunto foi pauta da 17ª edição do Encontro Anual de Açúcar e Álcool, realizado pelo banco Citi, que tratou das tendências nacionais e internacio− nais do mercado de açúcar e álcool, com ênfase no combustível sustentável de aviação (SAF) e em oportunidades para o etanol brasileiro. O Citi Commercial Bank atende grandes empresas com receita anual de até US$ 3 bi e atende, dentro do Citi Brasil, a maior parte das empresas bra− sileiras do agronegócio. O CCB pos− sui escritórios distribuídos nos prin− cipais centros estratégicos do país, co− brindo, aproximadamente, 90% do PIB brasileiro. O evento contou com os painéis “Tendência do Mercado Nacional e Internacional de Açúcar e Álcool”, apresentado pelo CEO da Datagro Consultoria, Plínio Nastari, e “SAF: Combustível de Aviação Sustentável (SAF) e Oportunidade para o Etanol brasileiro”, que reuniu Francis Queen,VP Executivo de etanol, açú− car e energia da Raízen, que falou como a empresa se tornou a 1ª pro− dutora de etanol do mundo a obter selo para SAF; Roberto Chaves, VP de suprimentos da Embraer, que fa− lou sobre a adaptação dos aviões pa− ra operar com SAF e a meta da pró− pria Embraer de ter todos seus voos de transporte, de aeronaves até clien− tes, abastecidos com SAF até 2040, e Ligia Sato, gerente de sustentabilida− de da LATAM Airlines Brasil, que fa− lou sobre quais os benefícios para a empresa com o SAF sendo produzi− do no Brasil. Para André Cury, Head do Citi Commercial Bank (CCB) para a América Latina, o mercado sucroe− nergético brasileiro já é uma potên− cia. “E há, no horizonte, a possibili− dade de voos ainda mais altos. Com relação ao SAF, a expectativa também

é positiva, com possibilidade de o etanol suprir a demanda. A conjun− tura é favorável a curto prazo e, a médio e longo prazo, tem potencial bem significativo”, disse. Para Francis Queen, da Raízen, um dos grandes desafios é a produção: “O mercado de hoje produz pouco e tem desafios de escalar a produção atual existente”, disse. “E como se dá essa demanda, nós precisamos chegar a 450 bilhões de li− tros lá em 2050. Mas vamos pensar a curto prazo, no qual a Europa já fala, em 2025, de 5% de SAF. Se não inves− tirmos em infraestrutura, não vamos

ter como chegar a esses 5%, que re− presentam cerca de 20 bilhões de li− tros, contra uma produção, no ano passado, de 300 milhões de litros. É uma demanda gigante e um desafio enorme. O que a gente tem na mesa para chegar a isso? A tecnologia que está na mesa é a produção do SAF a partir do etanol, já com várias empre− sas desenvolvendo essa rota. As outras tecnologias ainda estão muito distan− tes, o que nos coloca num papel im− portante na disponibilização dessa so− lução”, ponderou Queen. Segundo Ligia Sato, a Latam, no ano passado, estabeleceu o compro−

misso de usar 5% de SAF em suas operações até 2030.“Entendemos que isso é necessário para demonstrar que há demanda. A aviação é responsável por 2% das emissões, embora se pen− se que seja mais. Porém, independen− temente disso, estamos 100% com− prometidos em reduzir nossas emis− sões”, disse. Para Roberto Chaves, no que se refere ao uso de energia em suas ope− rações globais, a Embraer pretende chegar a 100% de fontes de energia renovável até 2030. “Ano que vem, nossas operações no Brasil e em Por− tugal, que representam 80% do nosso consumo, já estarão operando com fontes de energia renovável”, disse. Segundo ele, o SAF ocupará o prota− gonismo nas operações de substituição do querosene de aviação. A presidente do CEISE Br, Rosa− na Amadeu, avaliou como boas as perspectivas do cenário apresentado durante o encontro, que reuniu alguns dos principais tomadores de decisão da indústria sucroenergética. Para Rosana, o evento deixou bem claro o potencial do setor sucroener− gético, diante da demanda global pela descarbonização do planeta.“As nos− sas indústrias precisam estar prepara− das para se capitalizar e investir em inovação e tecnologia, para que pos− samos atender às futuras demandas do setor”, disse Rosana.


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GranBio investe na produção de combustível para aviação sustentável (SAF) Valor total para esse projeto será de US$ 220 milhões A GranBio busca promover o uso da cana−ener− gia para a produção de combustível de aviação sus− tentável (SAF) no Brasil. Bernardo Gradin, CEO da empresa, afirmou que estão desenvolvendo um mo− delo abrangente para uma biorrefinaria que integra a cana−energia, que é mais rica em celulose e 2,5 ve− zes mais produtiva, com etanol para produzir SAF. Gradin mencionou, em seminário sobre o tema, realizado pela Unicamp, que o modelo de cluster es− tá na fase preliminar de design e que eles estão em conversas com clientes interessados em estabelecer biorrefinarias em terras degradadas no Brasil para cultivar a cana−energia, conhecida comoVertix, que foi desenvolvida no laboratório da empresa. O conceito proposto da biorrefinaria envolve o cultivo de cana−energia em terras degradadas, não utilizadas para a produção de alimentos, incorpo− rando tanto a produção de etanol de primeira e se− gunda geração, produção de SAF e uma usina ter− melétrica de cogeração. Com o desempenho atual da cana−energia, Gradin afirmou que é possível produzir, por ciclo de colheita e em 50.000 hectares, 1 bilhão de litros de etanol de primeira e segunda geração, juntamente

com 100 milhões de galões de SAF. Ele se referiu a isso como potencialmente a produção integrada de SAF mais econômica do mundo. Além de sua maestria na produção de etanol de segunda geração, alcançada por meio de tecnologia proprietária e implementação em escala real em

Alagoas, a GranBio também está explorando outra rota comercialmente viável para a produção de SAF. Essa rota alternativa envolve a tecnologia AVAP, que converte biomassa em açúcares, lignina, polpa de ce− lulose e nanocelulose. Em relação à produção de SAF, a lignina gerada pelo processo AVAP, assim como o etanol de segun− da geração, se torna uma matéria−prima para a pro− dução de combustível de aviação sustentável usando rotas fermentativas (Alcohol−to−Jet) e catalíticas. No início do ano, a GranBio foi selecionada pelo governo dos Estados Unidos para receber uma con− cessão de US$ 80 milhões para acelerar o desenvolvi− mento da tecnologia AVAP para a produção de SAF. Esse apoio financeiro ajudará na construção de uma planta demonstrativa capaz de produzir 3 milhões de litros de SAF anualmente, usando lascas de madeira e resíduos de cana como matéria−prima.O investimen− to total para esse projeto será de US$ 220 milhões. A planta irá produzir SAF, diesel verde e nafta verde. O plano é utilizar os mesmos fornecedores necessários para a planta em escala real. Gradin ex− pressou confiança de que, se a planta de demonstra− ção operar com sucesso em sua escala, ela funciona− rá em uma escala muito maior também. Ele também mencionou que, além de converter diretamente o carbono da celulose em SAF, eles também planejam utilizar o CO2 da fermentação para aumentar a eficiência da produção de SAF.


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Raízen é o primeiro player no mundo a receber certificação para produção de SAF O etanol da companhia foi certificado pelo padrão ISCC Corsia como feedstock para a produção de combustível sustentável de aviação A Raízen conquistou um reco− nhecimento internacional pioneiro que reforça o Brasil como referência em biocombustíveis avançados. A companhia recebeu a certificação ISCC CORSIA Plus (Carbon Off− setting and Reduction Scheme for International Aviation), que compro− va que o etanol, produzido no parque de bioenergia Costa Pinto, em Piraci− caba – SP, cumpre os requisitos inter− nacionais para a produção de Com− bustível Sustentável de Aviação (Sus− tainable Aviation Fuel – SAF). Essa conquista torna a Raízen a primeira produtora de etanol do mundo com a certificação. Com a certificação, a Raízen se torna pioneira no fornecimento de etanol para produção de SAF no Bra− sil e no mundo, reforçando seu com− promisso com a inovação e a susten− tabilidade, além de posicionar a com− panhia como líder na transição ener− gética em setores de difícil descarbo− nização, como de aviação.

A certificação ISCC (Internatio− nal Sustainability & Carbon Certifi− cation) é um sistema global que abrange toda a cadeia de valor dos biocombustíveis, desde o cultivo da biomassa até o consumo final. O ob− jetivo é garantir que os biocombustí− veis sejam produzidos de forma sus− tentável, respeitando os critérios so− ciais, ambientais e econômicos. Já o programa CORSIA é mantido pela Organização da Aviação Civil Inter− nacional (ICAO), agência especializa− da da ONU, para a redução de emis− sões de CO2 provenientes da indús− tria de aviação. “A busca por alternativas mais limpas e sustentáveis é um desafio global e temos a meta de contribuir com este objetivo por meio do etanol

da cana−de−açúcar”, afirma Francis Queen, vice−presidente de Etanol, Açúcar e Bioenergia da Raízen. “Com o ganho de produtividade e o investimento em inovação nos nossos processos, conseguimos pro− duzir etanol de forma mais eficiente, portanto, com uma pegada de carbo− no cada vez menor, atendendo pa− drões internacionais de sustentabili− dade. A certificação do nosso etanol é a comprovação de que estamos no caminho certo na contribuição para descarbonização de todos os setores da economia”. Setores de difícil descarbonização devem impulsionar a demanda por etanol, a exemplo do SAF. Produzido a partir de matéria−prima renovável, o SAF é capaz de reduzir em até 80%

o volume total de emissões de gases de efeito estufa em comparação ao com− bustível fóssil de aviação, segundo es− timativa da IATA (Associação Inter− nacional de Transportes Aéreos). A ICAO estabeleceu metas ambi− ciosas para diminuir as emissões no setor, sendo o uso de SAF uma das principais estratégias para alcançá−las. Diante do desafio, a aviação global se comprometeu em reduzir as emissões gradualmente para, até 2050, atingi− rem emissões líquidas zero. Estima−se que a demanda global por SAF atinja aproximadamente 20 milhões de m³ em 2030. Se 25% des− ta demanda for atendida pela tecno− logia Alcohol−to−Jet (AtJ), haverá aproximadamente 9 milhões de m³ de demanda adicional de etanol, o que representa menos de 10% de produ− ção global atualmente. “Com a única planta de etanol certificada no mundo, temos a opor− tunidade de impulsionar o desenvol− vimento do mercado global de SAF, atraindo interesse de países onde a sustentabilidade é fator determinante nas rodadas de negócio”, comemora Paulo Neves, vice−presidente de Tra− ding da Raízen. “Estamos sempre atentos às necessidades do mercado e, principalmente, dos nossos clientes para oferecer soluções personalizadas de baixo carbono. Esse é apenas mais um passo para sermos o partner of choice em diferentes mercados, com diferentes soluções”.

Zilor conquista certificação CORSIA e ingressa no restrito mercado do SAF A certificação permite fornecer etanol para a produção de combustível de aviação sustentável de baixo carbono A Zilor dá um passo importante para ingressar no, ainda restrito, merca− do de produção do SAF, combustível essencial para o setor de aviação reduzir suas emissões de CO2 na atmosfera.Um dos requisitos para esse acesso é a certi− ficação ISCC/CORSIA, conquistada pela companhia,em setembro,que passa

a fazer parte deste seleto grupo apto pa− ra participar da produção do SAF. “É um momento muito especial porque existem apenas quatro usinas no mundo reconhecidas para a produção de etanol limpo a partir da cana−de− açúcar. Duas são da Zilor, em nossas unidades de Macatuba – SP e Lençóis Paulista −SP”, disse. Fabiano Zillo, pre− sidente na Zilor. O SAF, sigla em inglês que signi− fica “Combustível Sustentável para Aviação “, é capaz de reduzir em 80% as emissões de gases de efeito estufa na atmosfera e diminui a dependência dos combustíveis fósseis, que estão entre os principais responsáveis pelo aquecimento global.

A certificação ISCC (International Sustainability & Carbon Certification) é um sistema global que abrange toda a cadeia de valor dos biocombustíveis, desde o cultivo da biomassa até o con− sumo final. O objetivo é garantir que os biocombustíveis sejam produzidos de forma sustentável, respeitando os crité− rios sociais, ambientais e econômicos. Já o programa CORSIA é manti− do pela Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO), agência espe− cializada da ONU, para a redução de emissões de CO2 provenientes da in− dústria de aviação. “Obter a certificação ISCC/ CORSIA é uma conquista para todos nós, e reflete nosso compromisso e le−

gado. Além de colocar a agroindústria brasileira na liderança mundial da pro− dução de combustível limpo para aviação e trazer inúmeros benefícios para o meio ambiente, é a comprova− ção de que sempre podemos voar mais alto quando o assunto são as melhores práticas agrícolas e inovações em sus− tentabilidade”, ressaltou. Para o presidente, a Zilor segue rumo à descarbonização, por um pla− neta mais limpo e uma economia mais forte. “Agradeço a Copersucar pelo apoio e a todos os nossos colaborado− res, que trabalham com dedicação pa− ra nos colocar no topo da tecnologia e da inovação global do setor”, destaca Fabiano Zillo.


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Plantas de etanol de milho projetam expansão da produção Expectativa é de que o grão seja a matériaprima de quase 20% do biocombustível em 2023/24 A sustentabilidade e competivi− dade do etanol de milho são pontos que ficaram bem nítidos durante o Bioenova – 1o Encontro Nacional de Inovação das Indústrias de Bioenergia, realizado em agosto na capital de Ma− to Grosso.A expectativa para 2023/24 é de que o grão seja a matéria−prima de quase 20% do volume total do biocombustível no mercado brasilei− ro, impulsionando a produção através de projetos greenfields e da expansão das plantas atuais. Na percepção de Aparício Bezerra, diretor de Operações da Lucas E3,pro− vedora de tecnologia para plantas de etanol de milho, este é um bom mo− mento para o mercado de etanol de milho,com muitas expectativas de pro− jetos. “O preço acessível do milho cria um cenário positivo para a indústria. O etanol vem sobrevivendo às mudanças da paridade com a gasolina e, quando olhamos para a demanda global, temos a certeza de que os biocombustíveis continuam uma forte solução para mo− vimentar o mundo”, explica. Para ele, os produtores de milho viram a oportunidade de serem pro− tagonistas do setor, atuando em dois segmentos – alimentos e bioenergia −

, agregando mais valor à produção de grãos. Mas neste cenário atual de ex− pansões, um dos pontos que requer atenção nos projetos deste tipo é quanto ao consumo de biomassa, de− vido ao crescente aumento nos preços e inconstância na oferta. “Nós, enquanto provedores de tecnologia, temos que apoiá−los na busca pela melhor eficiência, princi− palmente no âmbito do uso de vapor, reduzindo o consumo de biomassa. Neste sentido, a Lucas E3 está muito bem−posicionada, pois detém uma engenharia de processo que propor− ciona o menor consumo de vapor do mercado, o que é muito importante para os projetos no Mato Grosso, frente a organização que o setor faz pela disponibilidade da biomassa”, in− forma Bezerra.

www.youtube.com/canalProcanaBrasil

Já algumas plantas de etanol de milho existentes, na busca pela melhor eficiência do balanço térmico e redu− ção do consumo de biomassa, também estudam a implantação do software S− PAA, inicialmente para otimizar em tempo real os processos de combustão das caldeiras, a carga dos turbogerado− res e do vapor de escape, com o foco

em estabilizar o processo com o me− nor consumo de vapor. O S−PAA é uma tecnologia única no mundo, de− senvolvida pela Soteica do Brasil, que otimiza em Tempo Real mais de 100 de plantas de processos contínuos no Brasil e América Latina, especialmen− te usinas bioenergéticas e unidades termoelétricas.


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MERCADO

Produção de etanol de milho atingiu 2,75 bilhões de litros Volume representa um avanço de 44,79%% na comparação com igual período do ano passado

A produção de etanol de milho vem em crescimento constante. No acumulado desde o início da safra, a produção de biocombustível a partir do cereal atingiu 2,75 bilhões de litros – avanço de 44,79% na comparação com igual período do ano passado. Esse volume pode crescer ainda mais rápido com os investimentos, já divulgados por algumas empresas, em novas plantas de etanol de milho co− mo no caso da Inpasa, que anunciou uma nova planta de etanol de milho

em Balsas, no Maranhão. Será a quin− ta unidade do grupo, que receberá in− vestimento de R$ 1.2 bilhões, poden− do chegar até R$ 2.5 bilhões. A uni− dade irá processar 1 milhão de tone− ladas de cereais para uma produção de 460 milhões de litros de etanol, 230 mil toneladas de DDGS, 23 mil tone− ladas de OIL Premium e 200 GWH/ano de energia elétrica. A Pagrisa, única produtora de açú− car cristal e etanol do Pará, também iniciará a produção de etanol de milho em 2024, no Estado, em parceria com a norte−americana Lucas E3. Com visão estratégica, o projeto da planta Flex tem previsão de dar início à sua primeira etapa de produção em 2024. Lucas E3, conhecida por seus projetos de alta per− formance nos Estados Unidos e no Brasil, uniu forças com a Pagrisa em um planejamento plurianual ambicioso. Es− se casamento entre experiência e ino− vação promete consolidar a presença do etanol de milho no mercado nacional.


MERCADO Marcos Zancaner, diretor executivo da Pagrisa, está totalmente empenhado em transformar a companhia em uma referên− cia no fornecimento de produtos de baixo carbono para a região Norte. Por sua vez, o diretor presidente da Lucas E3, Scott Lucas, expressa seu entusiasmo pelo pro− gresso conjunto entre as equipes norte− americana e brasileira, antevendo o suces− so deste novo projeto. Outra companhia que também inves− tirá na produção de etanol de milho é a Agrícola Alvorada.A empresa instalará uma fábrica em Canarana – MT, sendo que as obras estão previstas para o primeiro se− mestre de 2024. O projeto contempla a geração de 150 empregos diretos quando a unidade estiver em funcionamento, o que é esperado para 2025. Outros 800 a mil postos indiretos devem ser gerados durante as obras. Em até dois anos a planta deverá processar 4 mil toneladas/dia de milho, sendo que o cereal será adquirido de produtores de toda região de Canarama. “Ao expandirmos nossa missão de crescimento, estamos ampliando nosso le− que de opções para beneficiar nossos par− ceiros. Além de garantir uma demanda constante pelo produto, a unidade de eta− nol de milho irá aumentar a liquidez dos produtores locais, ao mesmo tempo em que contribuirá para o enriquecimento das comunidades circundantes, estimulando a economia local”, disse Jarbas Weis, sócio− presidente da Alvorada.

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A região deverá ganhar outra planta de etanol de milho nos próximos anos. A FS Bioenergia já comprou uma área em Que− rência e tem planos de construir uma plan− ta ainda nesta década, após concluir as ins− talações em outras localidades do estado. Já a CerradinhoBio deve iniciar as ati− vidades de sua nova planta de etanol de milho em Maracajú – MS, ainda este ano. Com um investimento substancial de R$ 1,08 bilhão, a nova planta da Neomille, projeto da Cerradinho, tem como meta gerar 180 empregos diretos quando estiver completamente operacional. Paulo Motta, presidente da Neomille, explicou que a planta está em fase final de construção e processamento, dentro do planejado em termos de ritmo e custos. Ele prevê a conclusão até o final do ano, pro− vavelmente em dezembro.A usina está si− tuada em uma área de 115 hectares às margens da rodovia MS−157. A capacidade anual de processamento da usina está projetada para alcançar 1,2 milhão de toneladas de milho, resultando na produção de 510 mil metros cúbicos de etanol, juntamente com subprodutos co− mo DDG (310 mil toneladas de farelo de milho), 100 Gigawatts de energia e 22 mil metros cúbicos de óleo de milho. A empresa já está se preparando para operar, recebendo e estocando 600 mil to− neladas de milho, além de 250 mil tonela− das anuais de cavaco de eucalipto para ali− mentar suas caldeiras.


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MERCADO

Outubro/Novembro 2023

Produção de etanol no mundo em 2050 deve ser de 810 milhões de toneladas Esse potencial de mercado equivale a 9 vezes mais a produção mundial de 2022 Com a utilização do etanol na ex− tração de hidrogênio, como combus− tível de aviação (SAF), na navegação marítima (Bunker) e, ainda, na produ− ção de etileno, projeta−se, para o ano de 2050, um potencial para o merca− do de etanol de 810 milhões de tone− ladas, o equivalente a 9 vezes mais da produção mundial registrada em 2022. A avaliação é do presidente da DATAGRO Consultoria, Plínio Nas− tari, durante apresentação do painel “Tendência do mercado Nacional e Internacional de Açúcar e Álcool”, no XVII Encontro Anual de Açúcar e Álcool, realizado pelo Citi Brasil, na noite de quinta−feira (5), no Espaço Golf, em Ribeirão Preto−SP. Segundo Nastari, o potencial para hidrogênio é de 200 MMT; SAF:360 MMT; Bunker: 225 MMT e Etileno: 25 MMT. “Isso tudo dá 810 MMT, que é 9,4 vezes a produção mundial atual. O Brasil, de forma conservado− ra, pode cumprir com mais 113 MMT desses 810 milhões, então existe um grande senso de urgência no setor”, avalia Nastari. Segundo ele, para chegar a esses números, as novas tecnologias na produção de cana terão papel funda− mental. “Temos novas tecnologias entrando. A semente de cana, por exemplo, que o CTC – Centro de Tecnologia Canavieira – vai disponi− bilizar, de forma comercial, em 2025, vai trazer uma revolução nesse mer− cado, com a redução do custo do plantio e o aumento de produtivida− de”. Nastari destacou, também, o aproveitamento de CO2 biogênico; o uso de etanol para SAF, um mercado com potencial para 449 milhões de litros; etanol para navegação maríti− ma; maior uso de etanol 2G, pellets de bagaço e expansão da produção de etileno a partir do etanol. Entre as boas notícias de perspec− tiva para o setor, Nastari destacou, ainda, o impacto causado pelo Reno− vaBio, que, desde 2020, proporcionou um avanço médio de 3,3% na Nota de Eficiência Energética Ambiental (NEEA) e o surgimento de um novo padrão de ESG, que é o + Valor. Com relação à safra atual, o con−

sultor ressaltou que os preços do açú− car em Nova York têm se mantido num patamar entre 25 e 27 centavos por libra/peso. “A evolução do preço do açúcar está sendo extraordinária. O mercado continua sendo sustentado por fundamentos otimistas, uma vez que a queda de produção na Índia e Tailândia levará o equilíbrio mundial a um déficit maior em 2023/24 (out/set), levando a China a recorrer a medidas de curto prazo para contro− lar os preços internos”, explicou. A estimativa de moagem na região

Centro−Sul 2023/24 é de 624,50 milhões de toneladas, uma alta de 13,9% em relação à safra anterior. Se− gundo Nastari, a safra está indo bem, com produção de açúcar 18,7% acima e etanol 5,5% acima. “Devido ao forte mix de produ− ção de açúcar e ao ritmo lento das ex− portações, os estoques de açúcar no Centro−Sul do Brasil atingiram 13.06 milhões de toneladas em 31 de agos− to, um aumento de 22,6% em um ano, o maior volume já registrado para es− se mês. Já os preços do etanol perma−

necem de lado, apesar da recuperação gradual do consumo de etanol hidra− tado, que, para os produtores paulistas, fechou a R$2,1642/litro na última sexta, queda de 0,4% em uma semana. O preço do etanol anidro está 15,5% abaixo do preço da gasolina na refina− ria, um dos motivos da queda do pre− ço da gasolina na bomba, devido à mistura do etanol (27%)”, informou. Já o clima, a curto prazo, até o fi− nal de outubro, vai continuar chuvo− so na região do Centro−Sul.“Mas, na segunda quinzena, a gente observa uma previsão de menor precipitação, o que vai permitir a moagem desse vo− lume enorme de cana, que ainda está disponível para ser moído. Para no− vembro/dezembro, a gente tende a ter uma precipitação abaixo da média, que também vai permitir às usinas a moa− gem”, disse Nastari. “O pico do El Niño, que é bom para o Centro−Sul, mas não é tão bom para o Norte/Nordeste nem pa− ra Índia e Tailândia, deve ser no final deste ano (dez/jan/fev), mas, a partir de maio, junho e julho, a gente come− ça a entrar no ciclo provável do La Niña de novo, que traz menos preci− pitação na região Centro−Sul”, disse


MERCADO

Outubro/Novembro 2023

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Jalles e Albioma inauguram planta de biogás a partir da vinhaça em Goiás Centro de Distribuição e Armazenagem de Açúcar (CDA) com capacidade para estocar 48 mil toneladas de açúcar também foi inaugurado Planta de biogás gerado a partir da vinhaça, já é realidade em Goiás. Ins− talada na Unidade Otávio Lage, em Goianésia, a nova planta, inaugurada em 29 de setembro, que recebeu in− vestimentos na ordem de R$30 mi− lhões, é fruto de uma parceria entre a Jalles e a francesa Albioma. O biogás produzido será utilizado na caldeira para geração de 22 GWh de energia, que são exportados para o Sistema Interligado Nacional, quanti− dade suficiente para abastecer uma ci− dade de aproximadamente 30 mil ha− bitantes por ano. “Um prazer trazer essa tecnologia de ponta para Goiás e continuar desenvolvendo localmente

esse setor para que Goiás continue se destacando na geração de energia ver− de”, ressaltou o diretor−presidente da Albioma, Christiano Forman. O diretor−presidente da Jalles, Otávio Lage Filho, relatou que a em− presa sempre se preocupou com a destinação da vinhaça. Antes, era uti− lizada apenas para a irrigação. Agora, com a planta de biogás, antes de ir pa− ra o campo, a vinhaça, que também possui açúcares em sua composição, será enviada a um reator anaeróbio (um reservatório sem presença de oxigênio), onde será fonte de matéria orgânica para microrganismos. Nesse processo, é produzido o biogás, um

composto de três gases: Metano, Dió− xido de Carbono e Sulfídrico. As vantagens ambientais da planta de biogás são várias, já que após passar pelo reator, a vinhaça é utilizada no campo como biofertilizante, com pH mais próximo da neutralidade, o que pode contribuir para sua melhor ab− sorção no solo. Na ocasião, também foram inau− gurados na Unidade Otávio Lage o Centro de Distribuição e Armazena− gem de Açúcar (CDA) Marilda Fon− toura de Siqueira e uma nova caldei− ra. O diretor−presidente da Jalles, Otávio Lage Filho, explicou que os investimentos, na ordem de R$140,5

milhões, fazem parte do plano de in− vestimentos de R$517,4 milhões nas unidades de Goianésia, anunciado em 2021, para aumentar a capacidade in− dustrial em 1 milhão de toneladas de cana, passando de 5,3 milhões para 6,3 milhões de toneladas. O CDA tem 7.040 m², capacidade para estocar 48 mil toneladas de açú− car e linha de produção com capaci− dade de 60 ton/h. O local recebeu o nome de Marilda Fontoura de Siquei− ra, que foi esposa do fundador da Jal− les, Otávio Lage de Siqueira, e pri− meira−dama do Estado de Goiás. Ma− rilda faleceu em abril deste ano e dei− xou um grande legado na área social. Já a caldeira, com capacidade de produção de 210 mil kg/h de vapor, recebeu investimento de aproximada− mente R$90,5 milhões. A cogeração de energia é feita em parceria com a Albioma e a planta tem capacidade para produzir 390GWh por safra, dos quais 226 GWh são exportados para o Sistema Interligado Nacional, quanti− dade suficiente para abastecer uma ci− dade de aproximadamente 300 mil habitantes por ano.


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MERCADO

Outubro/Novembro 2023

Açúcar brasileiro representará 22,8% da produção global do alimento na safra 2023/24 Produção nacional deve chegar a 45,34 milhões de toneladas O panorama do mercado de açú− car, desde o final de julho, não se al− terou em termos de tendência afirmou a StoneX em recente estimativa de saldo global da commodity. O levan− tamento mostra que em dois meses, o contrato contínuo do NY#11 subiu mais de 200 pontos, cerca de 10,4%, e o março/24, mais líquido no mo− mento, se consolidou acima de US¢ 27,00/lb, o maior patamar desde ou− tubro de 2011. Segundo a consultoria, um dos indicadores consolidados nos últimos meses foi o spread entre a segunda tela e a primeira, que operou seguramen− te em mais de 20 pontos, dando o tom das operações e do balanço do ali− mento: expectativa de estoques ainda mais apertados no médio prazo. “Em agosto, o clima nos mercados asiáticos não foi benéfico para o desen− volvimento das safras nos principais produtores, tensionando fortemente as cotações futuras. Nesse sentido, mesmo que o Centro−Sul brasileiro caminhe para cifras recordes (em volume de moagem e em produção de açúcar) sua contribuição para a oferta internacio− nal não parece suficiente para frear a escalada dos preços”, explica. A potencial ausência da Índia das exportações em 2023/24 (out−set), país cujas estimativas produtivas são cada vez mais pessimistas, somada a menor oferta na Tailândia, são fatores que já são precificados no curto pra− zo pelo mercado, que já começa a tra− balhar com um balanço praticamente equilibrado entre oferta e demanda no próximo ciclo – após três safras segui− das de déficit entre 2019/20 e 2021/22, e uma temporada 2022/23 que se encaminha para um leve supe− rávit, quase inteiramente trazido pela abundante produção no Brasil.

Estimativa de saldo global de açúcar Em termos de balanço de O&D global, a StoneX estima, leve déficit de 0,29 milhão de toneladas de açúcar em 2023/24 (out−set), corte frente ao superávit (de 0,3 MMT) estimado em julho/23. Os ajustes realizados na produção de alguns players (principalmente, da

Ásia) vão em linha com o comporta− mento do clima entre os meses de ju− lho e setembro. Para o consumo glo− bal, a estimativa é de que haja aumen− to de 0,9% frente a 2022/23, chegan− do a 192,2 milhões de tons. Com is− so, os estoques finais devem cair para 74,1 milhões de toneladas (−0,4%), fazendo com que a relação esto− que/uso caia para 38,6% (−0,5 ponto percentual), menor valor desde a safra 2011/12. As principais safras internacionais para o açúcar já terminaram dentro do calendário 2022/23, muitas delas já no primeiro semestre e com os dados fe− chando ao longo dos meses. Daqui para frente, ficarão no radar os fechamentos oficiais para os ciclos no Paquistão, cuja estimativa é de 6,8 milhões de toneladas (valor branco), queda de 15% frente a 2021/22 cau− sada pelo excesso de chuvas e en− chentes nos principais estados produ− tores; e para a União Europeia e Rei− no Unido, outra região que observou

queda produtiva decorrente do clima. Caso haja quaisquer surpresas quanto aos números dessas regiões, o número para o saldo de 2022/23 pode mudar, o qual, no momento, segue numa perspectiva estável uma vez que, como mencionado, praticamente todas as safras já possuem números finais.

Brasil Neste mês de setembro, o Minis− tério de Abastecimento da Agricultu− ra e Pecuária (MAPA) divulgou o fe− chamento da safra 2022/23 (set−ago) do Norte−Nordeste brasileiro. No período, a produção da região atingiu 61,6 milhões de toneladas de cana (maior desde 2011/12) e 3,49 MMT de açúcar, sob um mix açucareiro de 46,4%. No Centro−Sul, até agosto, dentro do calendário 2023/24 (abr− mar), a região produziu 33,5 milhões de toneladas de açúcar (tel quel) e, com a perspectiva de que se produza ao redor de 5,9 MMT em setembro, o CS deve fechar 2023/24 em cerca de

40,2 milhões de tons (valor bruto) – aumento anual de 34,5%. Nesse final da safra 2022/23, o mercado global de açúcar se encami− nha para um superávit, mas em um volume pequeno se colocado em perspectiva com as três safras anterio− res de déficit e estoques internacionais extremamente limitados. No geral, o Brasil, assim como será em 2023/24, será o grande protagonista no que tange a oferta da commodity, repre− sentando 22,8% da produção global – aumento anual de 5,2 ponto percen− tual – ganhando share frente a queda produtiva na Índia, principalmente. Em termos de balanço de O&D global, a StoneX estima um superávit de 1,3 milhão de toneladas de açúcar em 2022/23 (out−set), praticamente estável frente ao estimado em ju− lho/23. Assim, os estoques finais ficam em 74,4 milhões de toneladas (+1,8%), fazendo com que a relação estoque/uso suba para 39,1% (+0,3 ponto percentual) frente a 2021/22.


MERCADO

Outubro/Novembro 2023

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Potencial bioenergético do agave pode transformá-lo na “cana do sertão” O programa BRAVE que envolve Unicamp, SENAI CIMATEC e Shell, desenvolve a viabilidade industrial da planta Em 3,3 milhões de hectares de agave é possível produzir 30 bilhões de litros de etanol. Para se produzir essa mesma quantidade, usando como fonte a cana−de−açúcar, seriam ne− cessários 4,5 milhões de hectares. Uma outra diferença é que o agave é resistente a áreas como o semiárido do sertão do Nordeste brasileiro, onde não é possível plantar outra cultura. “Essas incríveis plantas poderão provocar uma revolução no sertão Bra− sileiro e demais áreas do semiárido do mundo”, afirmou o professor da Uni− camp, Gonçalo Pereira, que integra a equipe de pesquisadores do programa BRAVE, criado para fomentar a pro− dução de bioenergia através do agave.

O programa conta com a partici− pação da Universidade Estadual de Campinas, SENAI CIMATEC, e Shell e busca desenvolver a cultura para ga− nhar maturidade empresarial. O agave é uma planta da espécie das suculentas, de porte gigante, conhecida por ser a principal matéria−prima para produ− ção da bebida mexicana tequila. “Durante o dia, com o sol, ela manda bala e faz a fotossíntese. Ela

guarda o CO2 à noite e libera de dia, com a porta fechada. Aí é que entra a beleza do agave. Ela tem essa caracte− rística e ao mesmo tempo é altamente produtiva. Enquanto numa cana−de− açúcar, mesmo na cana−energia, é preciso 1.200 mm de água, essa planta pode produzir com apenas 300 mm de água (por ano). E de forma regular. Pode ser que tenha um ano em que não chova, mas ela não morre, conti−

nua crescendo”, aponta Gonçalo Pe− reira, que juntamente com Salomão de Sousa Medeiros (IFPB) e Edmundo Coelho Barbosa, presidente do Sindi− cato da Indústria de Fabricação do Ál− cool no Estado da Paraíba (Sindalcool), participaram de um webinar onde se avaliou o potencial do agave. A primeira etapa começou em no− vembro de 2022, na Unicamp, com o estudo das mudas ideais para o sertão. Agora, o projeto avança em duas frentes de atuação: desenvolver solu− ções de mecanização para o plantio e colheita do agave, além de testes de cultivo para as variações da planta; e estudar tecnologias de processamento para produzir etanol de primeira e se− gunda geração. As máquinas de plantio e colheita terão tecnologia do Cimatec e são uma novidade porque, ainda hoje, o cultivo do agave é totalmente manual. Não existe um equipamento dedica− do à cultura. A mecanização é fundamental pa− ra conseguir escala industrial, e avan− çar para o nível seguinte: a produção de biocombustíveis.


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MERCADO

Outubro/Novembro 2023

UMA JOIA RARA PARA O SETOR:

REDI@CANA IMPULSIONA A Maior Rede de Experimentação Digital e Inteligência Artificial para Avaliação das Melhores Práticas de Manejo para a Cultura da Cana-de-açúcar do Mundo

No último dia 29 de setembro, em Ribeirão Preto, durante o evento SMARTBREEDER SUMMIT23, foi lançada a RE− DI@CANA: uma joia rara para o setor Sucroenergético. Contaremos para vocês como e por que essa re− de promete revolucionar a experi− mentação e identificação das me− lhores práticas de manejo para ma− ximizar a produtividade e sustenta− bilidade dos canaviais. O primeiro passo é entender a contribuição de cada um dos mais de 1.000 fatores da complexa inte− ração planta−solo−ambiente− clima−manejo para a produtivida− de. Então, devemos saber o que é feito em cada pedacinho de terra e sua correspondente produtividade, acúmulo de açúcar, probabilidade de ocorrência de doenças e pragas, resposta à nutrição foliar e matura− ção natural e artificial, adaptabilida− de a operações agrícolas e colheita− bilidade, por exemplo. Durante os últimos 15 anos, reunimos o máximo de informa− ções possíveis, desde a cultura ante− rior, preparo e correção do solo, passando pelos tratos culturais e manejo, até a maturação e colheita e suas respectivas produtividades e quantidade de açúcar. Isso só foi possível com um trabalho intenso, constante e orquestrado de 110 usinas e mais de 3.000 colaborado− res, incluindo todos os níveis hie− rárquicos. Com o trabalho dessa rede colaborativa e tecnologias próprias de integração, armazena− mento, manutenção, controle de qualidade e enriquecimento de da− dos, construímos um oceano de in− formações.

DATA OCEAN®

O maior Banco de Dados Ag ríco− las do Mundo O setor deve se orgulhar por cons− truir o maior banco de dados agrícola do mundo com uma arquitetura pro− gramada em nuvem e atualizado auto− maticamente toda noite. Nele estão presentes 3,5 bilhões de informações de manejo de mais de 3 milhões de hec− tares, 600 mil talhões e 25 mil fazendas distribuídas em 6 estados brasileiros. Is− so significa que geramos mais de 2.2 mil dados por minuto e que temos o maior conjunto de informações para avaliar a resposta da lavoura a cada ope− ração de manejo, insumo, defensivo ou qualquer outra tecnologia utilizada pe− los produtores, em cada talhão. Cabe ainda ressaltar que atingimos uma qua− lidade média de dados Data Ocean.® de 85%. Sem dúvidas, um exemplo de Revolução Digital na Agricultura. O Data Ocean® conta com os mais rigorosos sistemas para o impe− dimento de acessos e aquisição inde− vidas de dados, tendo, inclusive, sua segurança sido certificada por empre− sas de Cyber Security de alto nível.

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pequenas, em locais com condições específicas, não são, na grande maioria das vezes, replicáveis para grandes áreas de produção com inúmeras situações de ambiente e manejo variáveis. A performance de tecnologias, insumos, defensivos e operações é determinada em condições controladas em experi− mento em parte de um talhão que não representa as condições da fazenda to− da e muito menos dos quase 2 milhões de talhões da área cultivada com ca− na−de−açúcar no Brasil. Portanto, su− butilizamos o potencial das tecnolo− gias de manejo, pois não determina− mos corretamente as condições nas quais elas devem ser utilizadas (Bula de Uso de Determinada Tecnologia — BULA TECH). Para solucionar esse problema, te− mos hoje uma Plataforma de Experi− mentação Digital e Inteligência Arti− ficial (REDI@CANA), através da união da Eco informática, Bioestatís− tica, Desenho Experimental, Big Da− ta Mining e Inteligência Artificial.

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mais modernas ferramentas de mi− neração de dados e inteligência Ar− tificial para que você possa apro− fundar seu entendimento do agro ecossistema, explicitando o conhe− cimento escondido no DATA OCEAN. Isso é feito utilizando algorit− mos como redes neurais, árvores de decisão, aprendizado profundo (Deep Learning) e algoritmos ge− néticos, como exemplos. Além do Setor Sucroenergético, convidamos a comunidade acadê− mica e científica para explorar as oportunidades que vão muito aquém da nossa capacidade de ima− ginação, incluindo, mas não se li− mitando a, fertilidade de solo, nu− trição de plantas, operações agríco− las, fitopatologia, entomologia, fi− siologia do acúmulo de biomassa e de sacarose, colheitabilidade e até mesmo testar métodos e algoritmos de aprendizado de máquina. Ob− viamente, toda a experimentação no Data Ocean® só é feita por meio de conjunto de dados (data sets) anonimizados, respeitando to− das as regras de Cyber Security e confidencialidade, além dos previs− tos na Lei Geral de Proteção de Dados 13.709/2018.

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MERCADO

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A JORNADA AGROINDÚSTRIA 5.0 Transformação Digital e Inteligência Artificial para Maximizar Produtividade e Sustentabilidade do Setor Sucroenergético.

O crescimento da população mundial, que nos faz acreditar no atingimento de 10 bilhões de pes− soas até 2050, está impondo uma pressão significativa sobre o setor agrícola para que este maximize a produtividade e sustentabilidade da produção de alimentos, fibras e energia. Para fazer face à iminente escas− sez de alimentos, surgiram duas abordagens potenciais: 1) expandir o uso da terra e adotar a agricultura em grande escala; ou 2) adotar prá− ticas inovadoras e aproveitar os avanços tecnológicos para aumentar a produtividade nas terras agrícolas já exploradas. A primeira opção, obviamente, tem uma amplitude extremamente restrita por obstáculos como escas− sez de terra agricultável e mão−de− obra, alterações climáticas, disponi− bilidade de água, questões ambien− tais e diminuição da fertilidade do solo, para citar alguns. Nos resta então a opção pelo uso de tecnologias disruptivas para ma− ximizar a produtividade e sustenta− bilidade. Dentre elas, sem dúvida, a transformação corporativa para a Agroindústria 5.0, caracterizada pe− lo intenso uso de bilhões de infor− mações (Big Data) e Inteligência Artificial, marca a Quinta Revolu− ção da Agricultura. Somente com essa revolução científica e tecnoló− gica, será possível explorar ao máxi− mo o potencial produtivo de cada pedaço de terra, através do favoreci− mento da complexa interação plan− ta−solo−ambiente−clima−manejo, visando maior produtividade e sus− tentabilidade. Isso tudo, através da otimização da gestão e performance do manejo integrado de culturas agrícolas. Mesmo sem saber que haveria a quarta e quinta Revolução da Agroindústria, em 2015 iniciamos nossa Jornada Agro5.0. Construímos uma história de credibilidade pauta−

da em ciência, tecnologia, perseve− rança, comprometimento e resulta− dos, com marcos relevantes mundial− mente. Conquistamos o mais povoa− do Banco de Dados de Manejo Agrí− cola do Mundo (DataOcean®), a mais versátil Plataforma de Vigilância de Culturas (SMARTBIO CropSur− villance®) o maior Programa de Ma− nejo Integrado de Culturas Agrícolas 5.0 do Planeta (SMARTBIOMana− gement®), a única Plataforma Com− pleta para Recomendação, Planeja− mento, Controle de Qualidade e Certificação de Aplicações de Insu− mos e Defensivos (SAIfe Cropping®), a mais abrangente Rede de Experi− mentação Digital e Inteligência Ar− tificial para Avaliação da Performan− ce e Posicionamento de Tecnologias Agrícolas(REDIAGRO®), a única Plataforma Completa para Maximi− zação de Produtividade e Sustentabi− lidade Agrícola (Agroíris®) e o mais efetivo Programa de Capacitação de Consultores, Líderes, Gestores e Usuários da Inteligência Artificial e Conhecimento Agronômico Pro− fundo (Smartbreeder Academy®), inclusive com um revolucionário curso de MBA previsto para início no começo de 2024, em parceria com o PECEGE.

Como vemos, os investimentos em Tecnologias SMARTBREE− DER geraram muitos frutos, não só pelos resultados obtidos em agilida− de de gestão e operação, redução de custos, diminuição de perdas e au− mento de produtividade, mas, pela possibilidade de exploração de no− vas oportunidades. Sem dúvidas, es− tamos no caminho certo e chegou a hora de sonhar ainda mais alto. Uma nova Missão! Mas, como toda gran− de jornada, não será nada fácil. Será preciso empenho redobrado de to− dos os stakeholders. Com certeza, promovemos uma verdadeira revolução tecnológica na maneira de gerir e manejar nossas lavouras, com Inteligência Artificial e Conhecimento Agronômico Pro− fundo. Isso só foi possível devido à visão, crença, comprometimento, persistência, incentivo e contribui− ção de cada um de nossos parceiros e seus colaboradores sugerindo me− lhorias, novas funcionalidades e, principalmente, indicando a neces− sidade e auxiliando o desenvolvi− mento de novas soluções para a re− solução dos problemas do dia a dia do setor. Já estamos preparados, maduros e equipados para a Jornada Agroin−

dústria 5.0, consolidando a SMARTBREEDER como a em− presa de sua escolha para verdadei− ramente conduzir seu Grupo ao pa− tamar da Agroindústria 5.0, por meio de tecnologias, soluções e ser− viços disruptivos proprietários. Para tanto, ao longo da experiência do nosso trabalho colaborativo com o setor e nos grandes cases de sucesso mundial, desenvolvemos cuidadosa− mente e validamos uma nova “Di− nâmica de Pesquisa, Desenvolvi− mento e Transferência de Tecnolo− gias Disruptivas — PD&D” para modelar nossa Jornada Agro5.0, desde a aquisição de uma nova so− lução e capacitação, passando pela prova de conceito (POC), correção e customização, até o uso em escala comercial. Provamos que Agroindústria 5.0 vai muito mais além da aquisição de dados, big data e Agricultura Digital!

SMARTBREEDER Muito além de tecnologias disruptivas Sua Parceira na Jornada Agroindústria 5.0


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MANEJO BIOLÓGICO Uma estratégia eficaz para os desafios climáticos O estudo avaliou parâmetros químicos e biológicos, além da atividade fisiológica da planta, em três regiões diferentes: Lençóis Paulista (SP) e duas áreas em Primavera do Leste (MT) Uma pesquisa liderada pelo reno− mado consultor e Prof. Dr. Carlos Crusciol, da Unesp Botucatu, em conjunto com uma equipe de 6 espe− cialistas, revelou uma descoberta im− pactante e inédita. O estudo investi− gou a capacidade da Biotecnologia Microgeo® em potencializar a quali− dade do solo, reduzir a temperatura foliar e beneficiar o rendimento da cultura da soja. O Manejo Biológico com a Bio− tecnologia Microgeo® foi feito em três regiões distintas: Lençóis Paulista (SP) e duas áreas em Primavera do Leste (MT), com foco no cultivo da soja, durante a safra 2022/23. Ao lon− go do ano de 2023, a pesquisa conti− nua em um sistema de rotação com o plantio de outras culturas, como ca− na−de−açúcar, milho e algodão. Em meio às condições climáticas atuais, a pesquisa ganha ainda mais re− levância. Com a presença confirmada do El Niño, causando variações no clima com presença de eventos extre− mos, as projeções para os cultivos são preocupantes, com expectativa de im− pactos negativos. No entanto, os re− sultados do estudo liderado pelo Prof. Dr. Crusciol surpreendem ao com− provar que o Manejo Biológico, espe− cificamente com a utilização da Bio− tecnologia Microgeo®, é capaz de trazer conforto térmico à soja, desen− cadeando outros diversos benefícios, alcançando produtividade satisfatória. O estudo contou com dois trata− mentos: o controle, que seguiu o pa− drão produtor, e o padrão produtor + Biotecnologia Microgeo®, com 12 repetições. Essa escolha foi feita para garantir que as análises estatísticas fos− sem precisas, aumentando assim a pre− cisão dos resultados. Cada parcela de estudo foi constituída por 12 linhas de soja, espaçadas de 0,5 m, com com− primento de 12 m cada. Segundo a Engenheira Agrônoma Me. Tatiani Galeriani, pesquisadora

Me. Tatiani Galeriani

que participou do projeto, a safra 2022/2023 foi marcada por períodos abundantes de chuvas, representando uma mudança significativa em relação às safras anteriores. Entretanto, um de− safio relevante enfrentado no campo foi a redução da incidência de luz so− lar. "Devido à frequente ocorrência de dias chuvosos, a maior parte do ciclo de crescimento da soja foi afetada por

Equipe de especialistas na condução dos experimentos a campo e coleta das a

uma alta cobertura de nuvens (nebu− losidade), resultando em uma consi− derável diminuição na qualidade da luz solar disponível para a realização da fotossíntese pelas plantas de soja", ex−

TEMPERATURA FOLIAR " REDUÇÃO MÉDIA 1,1OC

plicou a pesquisadora . Os resultados revelaram um au mento na atividade de enzimas no so− lo, como a fosfatase ácida, além de um aumento na quantidade e na massa

EFICIÊNCIA DO USO DA ÁGUA " GANHO MÉDIO DE 8%


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amostras para a realização das análises

seca de nódulos nas raízes da soja e, uma melhor absorção de nutrientes pelas plantas, como nitrogênio, fósfo− ro, potássio e zinco. Em média, a soja tratada com a

biotecnologia reduziu em 1,1oC a temperatura foliar ocasionando efi− ciência em outros processos da planta, como a maior eficiência do uso da água. Mesmo diante da alta nebulosi− dade, as plantas tratadas com a biotec− nologia apresentaram uma maior sín− tese de pigmentos fotossintéticos, o que melhorou a eficiência fotossinté− tica, melhorando assim a assimilação de

FOTOSSÍNTESE LÍQUIDA " GANHO MÉDIO 13%

CO2, outro importante tema vincula− do a sustentabilidade e as práticas ESG. Por fim, observou−se um incremento em produtividade expressiva, alcan− çando como média de ganho 6 sc/ha. "Os resultados deste estudo de− monstram claramente que o uso da biotecnologia se mostrou altamente efi− ciente. Além disso, as plantas de soja cul− tivadas em solo tratado com a Biotec−

MAIOR PRODUTIVIDADE " INCREMENTO MÉDIO DE 6 SC/HA

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nologia Microgeo® exibiram uma nu− trição vegetal aprimorada, o que resul− tou em melhorias notáveis na produção de pigmentos fotossintéticos e trocas gasosas relacionadas à fotossíntese, en− quanto reduzia os sinais de estresse oxi− dativo. Não apenas isso, mas os núme− ros falam por si: aumentou a produtivi− dade da soja em todos os três locais de estudo, com ganhos médios substanciais de 6 sacas", detalhou Galeriani. A adoção do Manejo Biológico na soja, utilizando a Biotecnologia Mi− crogeo® como padrão, é uma estraté− gia inteligente e sustentável para pro− dutores e usinas que desejam melho− rar a diversidade biológica do solo e maximizar seus rendimentos safra após safra, independente da cultura cultiva− da. A pesquisa liderada pelo Prof. Dr. Carlos Crusciol e sua equipe revela um avanço significativo no campo da agricultura, oferecendo soluções prá− ticas e eficazes para os desafios climá− ticos enfrentados pelos produtores. O estudo destaca a importância de in− vestir em tecnologia e pesquisas ino− vadoras para impulsionar o setor agrí− cola e garantir um futuro mais susten− tável para o ambiente e para o bolso do produtor.


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Com tecnologia IAC Usina Denusa vira líder nacional em produtividade A inclusão de novas variedades, melhora na nutrição do solo, introdução do Sistema do Terceiro Eixo e adoção do sistema de MPB, foram algumas das tecnologias que impulsionaram o avanço na produtividade Há 13 anos, a Usina Denusa, no clima árido de Goiás, tinha uma produtividade média de 50 tone− ladas, por hectare, de cana−de−açúcar. A parceria com o Instituto Agronômico (IAC−APTA), inicia− da em 2011, a levou a adotar os pacotes tecnológi− cos desenvolvidos pelo Programa Cana IAC e este ano a empresa ocupa a liderança nacional de pro− dutividade com modernidade pelo Índice IAC, conforme resultado do levantamento feito pelo Pro− grama Cana IAC, em dez regiões canavicultoras brasileiras. Resultado que assegurou a conquista da primeira edição do Prêmio IAC de Produtividade com Modernidade. “Ficamos gratos com o prêmio não só pela pro− dutividade, mas também pelo fato de a Denusa ser uma usina que há 13 anos tinha uma produtividade média de 50 toneladas, por hectare, e saltou para a maior produtividade do Brasil em toneladas de açú− car por hectare. É muito gratificante, ainda mais com o apoio do IAC, que a partir de 2011 passou a nos trazer as informações sobre variedades e nós con− duzimos essas informações”, comenta Antônio Car− los de Oliveira Junior, gerente de planejamento agrícola da Denusa. Ele relata que, naquela época, a Denusa tinha 75% de seus campos concentrados em três varieda− des de cana apenas – uma que ainda é muito plan− tada no Brasil e duas que não são mais cultivadas. O primeiro passo, lembra o gerente, foi a mudança do plantel varietal. “Tínhamos as variedades IACSP95− 5000 e a IAC91−1099, colocamos no viveiro e ti− vemos evolução de 1 para 50, na época. Em um ano nós fizemos duas colheitas de mudas.” A unidade seguia recebendo mais informações e outras variedades novas. Fez−se também a introdução do manejo de matriz bidimensional, em que é feita primeiramente a colheita dos piores ambientes no início de safra, depois os médios e por último a co− lheita nos melhores ambientes. “De 2011 a 2015 nós ganhamos 35 toneladas de cana a mais – saímos de 50 para 85 toneladas de média somente aplicando a ma− triz bidimensional – sem adição de adubos, sem me− lhoria na nutrição e sem correção de solo. A matriz bidimensional proporciona um ganho muito grande em TCH e longevidade do canavial”, destaca. A partir de 2015, com o avanço na produtivida− de e o reforço no caixa da Denusa, foi dado o passo para melhorar a nutrição do solo e da planta. “Fize− mos a classificação de solo e ambientes de produção com base em treinamento feito em Piracicaba, com

o pesquisador do IAC, Hélio do Prado. “Trabalha− mos noventa dias direto fazendo amostragem de so− lo, classificando o solo e o ambiente de produção e enviando para análise do pesquisador. O terceiro passo foi a introdução do Sistema do Terceiro Eixo, que considera o estágio de corte na estratégia de produção", comenta. Ao elencar as tecnologias que o IAC levou para a empresa, Oliveira Junior também ressalta o Siste− ma de Mudas Pré−Brotadas (MPB). A Denusa tem um núcleo de produção de MPB com capacidade para produzir até oito milhões de mudas. “Além da introdução de novas variedades, que trouxe a sustentação no nosso manejo, destaco tam− bém o entendimento do encaixe de cada variedade para a matriz tridimensional de colheita e o ambien− te de produção. Não se sabia o que era ambiente de produção dentro da Denusa”, comenta Oliveira Junior sobre os pilares de tecnologias IAC que elevaram a usina goiana ao patamar de líder estadual e nacional.

Ele conta que até firmar parceria com o IAC, a usina tinha três variedades antigas, que não gera− vam produtividade alguma – pelo contrário – ti− nha decréscimo de produtividade de 25% a 30% por ano! “Hoje a usina tem variedade que apresen− ta queda de produtividade inferior a 8% de um corte para outro, índice considerado normal pelo Landell (Marcos Landell, pesquisador e diretor− geral do IAC)”, diz. Atualmente, no enfrentamento da podridão da casca, a equipe da usina conta com apoio do pesqui− sador do IAC, Ivan Antônio dos Anjos. Segundo o IAC que realizou um levantamento em 10 regiões do país, as que demonstraram maior resistência à adoção de novas tecnologias, apresen− taram os piores resultados. Goiás e Minas Gerais iniciaram o cultivo de ca− na há cerca de dez anos. É a chamada nova frontei− ra. Estabelecida no bioma Cerrado, essa canavicul− tura apresenta resultados superiores aos do estado de São Paulo, mais tradicional nesse segmento e tam− bém mais resistente às novas tecnologias desenvol− vidas e preconizadas pelo Programa Cana IAC. “Essas regiões tendem a ter maior abertura a tecnologias porque já trabalhavam com soja e milho, que têm alto emprego tecnológico. Com a chegada da cana, eles estavam mais abertos aos novos recur− sos ofertados pelo IAC”, comenta o estatístico e consultor do programa Cana IAC, Rubens Braga Jr, responsável pelo levantamento. Ele conta que algumas empresas paulistas ado− taram também os resultados de pesquisas do IAC, mas − na média − as unidades paulistas são mais re− sistentes frente à adoção de novas recomendações. “Goiás e Minas estão suplantando o estado de São Paulo em termos médios de produtividade”, afirma. As regiões paulistas de Assis, São José do Rio Preto e Ribeirão Preto têm bons resultados em pro− dutividade. Já Araçatuba, Jaú e Piracicaba apresen− taram produtividade muito baixa na safra 2022/2023. “Essas três regiões de São Paulo, mais tradicionalistas e com resultados inferiores, são on− de o Programa Cana IAC tem mais dificuldade de entrar com suas tecnologias”, diz.


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Novo prêmio do IAC mapeia a produção de cana em todo Brasil O índice utilizado para auferir os resultados, o IIPM avaliou a produtividade e modernidade em 219 usinas espalhadas pelo país Identificar os produtores de cana que se destacam no setor sucroener− gético pela produtividade e pela ado− ção de novas variedades de cana−de− açúcar desenvolvidas e liberadas pelo Programa Cana IAC e outros progra− mas de melhoramento genético exis− tentes no Brasil. Esse foi um dos ob− jetivos que motivou a criação do Prê− mio IAC de Produtividade com Mo− dernidade, cuja primeira edição ocor− reu em 14 de setembro, no Centro de Cana IAC, em Ribeirão Preto – SP. Na ocasião foi apresentado o Ín− dice IAC de Produtividade com Mo− dernidade (IIPM), que é elaborado a partir de dois fatores: toneladas de

açúcar por hectare dos cinco primei− ros cortes e a idade média das varie− dades plantadas (número de anos após a liberação varietal). Para isso, as usinas que participaram da pesquisa enviaram suas planilhas de produção e produti− vidade da safra 2022/23 e do Censo Varietal desta mesma safra. A partir de um questionário, o Pro− grama Cana IAC levantou informações de 219 usinas, destilarias e grandes pro− dutores, cenário que representa mais da metade das unidades produtoras de ca−

na−de−açúcar no território nacional. As áreas totalizam 356,7 milhões de hectares, cerca de 62% da cana−de− açúcar cultivada no país. Um dado alarmante divulgado foi a porcentagem de empresas produzin− do menos de 60 ton/ha na média de cinco cortes: 12,4%. “Na outra ponta, temos apenas 3% produzindo acima de 100 ton/ha de média nos cinco pri− meiros cortes. Uma variação de 227%. Sair de 60 para 100 toneladas, embo− ra seja uma diferença muito grande, é

possível, e isso que estamos buscando fazer aqui no IAC, selecionando va− riedades com mais perfilho, variedades eretas, que farão com vocês tenham maior produtividade na hora da co− lheita”, explicou o consultor do Pro− grama Cana IAC, Rubens Braga Jr, responsável pelo levantamento. As localidades levantadas e as cam− peãs foram: no estado de São Paulo, as regiões de Araçatuba (Diana Bioener− gia), Assis (Tarumã, do Grupo Nova América), Jaú (Ferrari, do Grupo Fer− rari), Piracicaba (Santa Maria, do Gru− po J. Pilon), Ribeirão Preto (Santa Eli− sa, do Grupo Raízen) e São José do Rio Preto (Irmãos Paro); Estados do Norte e Nordeste exceto Alagoas, que foi considerada uma região específica no levantamento (Maity Bioenergia, do Maranhão); Estados de Goiás/To− cantins (Denusa); Matos Grosso/Mato Grosso do Sul (Rio Brilhante, do Grupo Raízen); Minas Gerais/Espíri− to Santo (Uberaba, do Grupo Balbo) e Estado do Paraná (Jacarezinho, do grupo Maringá. Alguns estados foram agrupados em função do pequeno número de respostas.


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Como o El Niño impacta a safra em andamento e deve afetar a 2024/25 prido. Nome da pedra: o fenômeno cli− mático El Niño, que neste ano está entre forte e muito forte.

A pedidos do JornalCana, especialista em etanol da Argus apresenta projeções sobre o fenômeno climático no setor sucroenergético

As previsões de moagem de cana−de− açúcar na região Centro−Sul estão animadoras. Em levantamento divulgado na última semana de setembro, a con− sultoria Datagro estima em 624,5 milhões de toneladas o total de ma− téria−prima a ser processada no ci− clo 2023/24. Se confirmado, esse volume representará recorde ao su− perar as 623,10 milhões de toneladas processadas no Centro−Sul no ciclo 2015/16. As boas condições climáticas e in− vestimentos em renovação de canaviais explicam, segundo a consultoria, as

Fenômeno gerado pelo aquecimento

projeções otimistas. No caso do Norte−Nordeste, Pli− nio Nastari, diretor da DATAGRO, disse, durante apresentação na Fena− sucro & Agrocana, em agosto, que as usinas dessa região deverão processar 60 milhões de toneladas de cana. No Norte−Nordeste, a safra co− meçou em agosto e deve terminar até março próximo. No Centro−Sul, o ciclo oficialmente começou em abril

e termina no fim de março, mas tra− dicionalmente as unidades encerram os trabalhos entre fim de novembro e começo de dezembro. Desta vez, devido a maior oferta de matéria−prima, muitos grupos planejam estender as operações até a segunda quinzena de dezembro, esti− ma a consultoria. Esse planejamento, contudo, tem uma pedra pela frente para ser cum−

Em linhas gerais, esse fenômeno é caracterizado pelo aquecimento anormal das águas do oceano Pacífico na sua porção equatorial. É responsá− vel por alterar a distribuição de umi− dade e as temperaturas e, no caso do Brasil, gera secas prolongadas nas re− giões Norte e Nordeste e chuvas in− tensas e volumosas no Sul. É isso mesmo. Como o El Niño ainda acontece, o aquecimento das águas influencia o padrão de precipitação e temperatura e “no Brasil os meses de setembro, outubro e novembro terão tempera− tura acima da média”, prevê Caroline Vital, pesquisadora do Centro de Pre− visão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Em relato, ela alerta que deve cho− ver abaixo da média na faixa norte do país e acima da média na região Sul.


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El Niño e a cana-de-açúcar... E quais os impactos do fenômeno climático sobre o setor sucroenergético, cuja safra 2023/24 está no terceiro trimestre no Centro-Sul e apenas começou no NorteNordeste? Para responder a esta e a outras perguntas, o JornalCana recorreu a especialista da Argus, empresa especia− lizada na produção de relatórios e análises de preços para o mercado de combustíveis, agricultura, fertilizantes, gás natural e energia elétrica. Trata−se de Vinicius Damazio, es− pecialista em etanol da empresa. Con− fira a seguir suas avaliações: Jor nalCana: A safra nacional de cana−de−açúcar 2023/24 tende a fe− char em 660 milhões de toneladas (600 mmt no Centro−Sul e 60 mmt no Norte−Nordeste). O El Niño em vigor pode afetar a qualidade da cana (em açúcares totais renováveis − ATR) da safra vigente, cuja colheita deve ter minar até março? Vinicius Damazio − Alguns dos players do setor, como a BP Bunge, por exemplo, já acreditam que a moagem de cana−de−açúcar no Centro−Sul pode ultrapassar esses 600 milhões de toneladas e alcançar até 629 milhões de toneladas no acumulado da safra. Se essas projeções se confirmarem, haverá um aumento de 14% em rela− ção ao volume registrado na tempora− da 2022−23, que atingiu 549 milhões de toneladas de cana, segundo dados da União da Indústria de Cana−de− Açúcar e Bioenergia (UNICA). Como os próprios relatórios da Unica têm mostrado, essa expectativa de alta se deve à produtividade mais elevada na região e como o clima mais seco tem impulsionado o processa− mento de matéria−prima. Do jeito que a safra tem cami− nhado e o quanto está se conse− guindo moer por dia, essa expecta− tiva fica cada vez mais próxima de se concretizar. O único desafio no caminho des− se resultado é justamente uma virada intensa no clima, porque as indústrias têm matéria−prima disponível para chegar até lá, há muita cana para ser colhida. Só que, por enquanto, não há essa expectativa de chuvas fortes no

ra outra sem cortar – em 2023−24. Mas ambos os casos ainda são di− fíceis de prever.

radar. As expectativas são positivas en− tre os produtores. E se o clima ficar desfavorável? Em uma situação hipotética na qual o clima se mostrasse muito des− favorável, o ATR poderia ser afetado e talvez mais usinas busquem a pro− dução de etanol. Por enquanto, isso ainda é um ce− nário distante. Uma possibilidade menos remota, caso o clima vire nessa reta final da temporada, é a chance de termos cana bisada – o contingente de cana dispo− nível, não esmagado na safra anterior ou a cana que sobrou de uma safra pa−

Até o momento (mês de setem− bro), quais os impactos reg istrados do fenômeno climático nos canaviais brasileiros? A safra 2023−24 de cana−de− açúcar teve um começo bem promis− sor na região Centro−Sul, com os ca− naviais beneficiados por um bom ciclo de chuvas do último verão e a promes− sa de forte recuperação na moagem em comparação com a temporada anterior. Isso se estendeu até então. Temos previsões de um pouco de chuva [ainda em setembro] mas, por enquanto, o cenário tem sido favo− rável para o avanço dos trabalhos nos canaviais. A maior parte dos canaviais está em estados (SP, MG, PR, GO, MS) pouco afetados pelo El Niño atual. Se− rá que essa região está livre de quebras de qualidade ou de oferta de cana? Na literatura não existe uma con− vergência tão clara entre a ocorrência do fenômeno El Niño e as quebras de safra de cana−de−açúcar no Centro− Sul, justamente pelo fato das princi− pais áreas sucroalcooleiras se concen− trarem numa região de transição de influência do El Niño.

No Norte e Nordeste do país, a tendência é de diminuição das chuvas e seca mais severa, enquanto no Sul há um aumento das chuvas. Mas em áreas de maior cultura da cana−de−açúcar, como os estados de São Paulo, Minas Gerais e outros do Centro−Oeste, o El Niño não tem uma assinatura tão linear, portanto, pode não gerar efeitos significativos. Porém, em algumas das mesas de inteligência do setor, não estão descar− tadas as chances de que a ampliação das chuvas na região Sul possa se estender para alguns dos polos sucroalcooleiros de São Paulo e Mato Grosso do Sul no início da primavera. Isso poderia, sim, impactar o en− cerramento dos trabalhos nos cana− viais, fazendo alguns produtores pau− sarem as atividades de corte e moagem temporariamente, ou até encurtar o período considerado ideal para a co− lheita. Mas seria preciso um quadro chuvoso bastante intenso. É possível prever impactos do El Niño para a safra seguinte (2024/25)? As premissas para 2024−25 apon− tam menos área disponível para co− lheita, TCH retornando a níveis mé− dios com clima normal e menos cana de primeiro corte, e maior capacida− de de cristalização. Mas ainda é muito cedo para definir um cenário claro.




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Sphenophorus levis é sinônimo de prejuízo no canavial Pesquisador descobre potencial agente de controle biológico desta praga Plantas amareladas e com cresci− mento reduzido, falhas no canavial e presença de galerias nas raízes das plantas. Esses são alguns dos principais sintomas que alertam o produtor so− bre uma possível infestação do Sphe− nophorus levis, praga também conhe− cida como bicudo da cana, extrema− mente nociva para o desenvolvimen− to do canavial. Atualmente, Sphenophorus levis é uma das pragas mais preocupantes da cultura da cana−de−açúcar, uma vez que, tem causado prejuízos expressi− vos para o setor, reduzindo produtivi− dade e influenciando de maneira ne− gativa na longevidade dos canaviais. O controle populacional desse inseto−praga ainda é um grande de− safio para técnicos e especialistas no assunto, pois a utilização de ferra− mentas isoladas visando o controle não tem sido suficiente, sendo ne− cessário a adoção de uma junção de medidas que conjuntamente promo− vem um melhor controle populacio− nal do inseto, um besouro de tama− nho médio, com cerca de 2,5 cm de comprimento. Os adultos são de co− loração marrom−escura, com uma faixa amarelada nas costas. As larvas

são brancas e cilíndricas, com cerca de 3 cm de comprimento. A praga que assola os canaviais praticamente ao longo de todo ano, responsável por severas perdas, tem mobilizado pesquisadores e agrôno− mos que se debruçam na busca de al− ternativas mais eficazes para o comba− te ao Sphenophorus levis. O Centro de Pesquisa em Engenharia−Fitossa− nidades em Cana−de−Açúcar (CE− PENFITO), avalia um potencial agente de controle biológico para atuar no controle da praga. Recentemente uma equipe de agrônomos da Canaoeste, elaboraram um podcast produzido pela Associa− ção, onde apresentaram as principais técnicas disponíveis para que o pro− dutor rural possa minimizar os danos e prejuízos. As larvas de Sphenophorus levis atacam os rizomas e o primeiro entre− nó basal, abrindo galerias. O que fazer para impedir a sua ação e os cuidados necessários para que ele se propague pelo canavial foi a pauta do Canaoes− teCast, o podcast da Canaoeste. Sob o comando de Alessandra Durigan, André Volpe, Daniela Aragão e Marco Antônio Polegato da Silva, o time de agrônomos da Canaoeste traz importantes informações, que muni− ciam o produtor de cana com as prin− cipais táticas e técnicas disponíveis no mercado para combater esta praga, que vem tirando o sono do produtor e desafiando os técnicos. Prejuízos impactantes. Atacam em

reboleiras e podem reduzir a produti− vidade e a longevidade dos canaviais. Sob infestação severa as touceiras morrem e são observadas muitas falhas no canavial. Os seguidos ataques nas áreas de soqueiras acarretam a redução do “stand” da cultura (número de perfilhos por metro linear) causando perdas significativas, obrigando muitas vezes, a reforma precoce do canavial. Segundo a equipe da Canaoeste, uma das grandes dificuldades do combate a essa praga é sua localização subterrâ− nea, dificultando a aplicação dos agentes inseticidas. Portanto, o combate requer um constante trabalho de levantamento para identificar os focos de infesta− ção. A Canaoeste conta com uma equipe de 13 agrônomos, distribuí− dos em 12 regionais. “É feito o mo− nitoramento, e não só do Sphenop− horus. 90% do trabalho da equipe de campo é para detecção de pragas. É importante identificar e quantificar quais populações danosas estão ali, para que sejam aplicadas ações mais eficientes e assertivas no controle”, disse Alessandra Durigan. Os técnicos lembram, também, que esse controle não se restringe à aplicação de inseticidas, sendo ne− cessária a prática de manejo integra− do, em que pode ser aplicado um

conjunto de soluções, variando com a necessidade e o grau de infestação. Esse manejo inclui a aplicação de in− seticidas biológicos que junto com a aplicação dos inseticidas químicos, pode contribuir muito. Durante o episódio, os técnicos da Canaoeste apresentaram um pa− cote com os principais produtos e tecnologias disponíveis para o com− bate do Sphenophorus, destacando a importância da rotação de culturas e os cuidados na aquisição de mudas, verificando se elas estão sadias e li− vres de pragas. Entre essas novas tecnologias, uma descoberta de um potencial agente de controle biológico, realizada pelo pes− quisador, consultor e entomologista especialista no controle de pragas na cana−de−açúcar, Jivago Rosa, traz um novo alento no combate a essa praga. “A dificuldade no controle está relacionada a muitos fatores peculiares da espécie. Biologia, interação am− biente/hospedeiro e a falta de conhe− cimento pleno do seu comportamen− to dificultam as decisões efetivas para a diminuição populacional. Uma das maiores problemáticas, com relação ao controle do inseto, diz respeito à acu− rácia do alvo, pois o Sphenophorus levis causa prejuízos e injúrias em sua fase larval, porém essa fase obrigato−


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riamente estará dentro do hospedeiro (cana−de−açúcar) mais precisamente entre o início do rizoma até os pri− meiros centímetros do colmo basal da planta”, explica o pesquisador. Desta forma, causar mortalidade do inseto nessas circunstâncias é algo extremamente dificultoso, não haven− do, ainda, evidências científicas con− cretas de controle significativos da es− pécie em sua fase de larva.

Sendo assim, estudos e pesquisas sobre moléculas químicas ou agentes de controles biológicos que promo− vam a mortalidade efetiva de Sphe− nophorus levis presentes internamen− te no hospedeiro, são indispensáveis para alavancar as chances de sucesso no controle da praga. Embora, há registros de controle biológicos por fungos, nematóides e bactérias colonizando o inseto na par−

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te interna da planta, nota−se uma bai− xíssima efetividade em campo da ação desses organismos nessa situação, o que não representa a realidade no contro− le dos adultos externamente ao hos− pedeiro como ocorre com o controle de beauveria bassiana infectando adultos de Sphenophorus levis. Desta forma, é importante ressal− tar que, até o momento, não houve registros de controle biológico por predação ou parasitismo das larvas de Sphenophorus levis internamente ao hospedeiro por macrorganismos. To− davia, recentemente foi registrado por Jivago Rosa, larvas de dípteras se ali− mentando de larvas de Sphenophorus levis, algo jamais visto ou documen− tado até então. Em duas localidades diferentes no município de Cravinhos – SP foram registrados e coletados larvas e pupas desses insetos para a identificação e posteriormente estu− dos dessas espécies. Os materiais coletados foram enviados para o CEPENFITO que fica localizado na Universidade Es− tadual Paulista (UNESP/JABOTI− CABAL). O centro trabalhará na identificação da espécie e possíveis estudos desse organismo para enten− der se realmente estamos lidando com um predador ou parasitóide e seu potencial efeito como agente de controle biológico da praga.


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INDUSTRIAL

Outubro/Novembro 2023

Nova caldeira ampliará produção de energia na Usina Estiva A nova caldeira substituirá as caldeiras 3, em operação desde 1977, e 4, instalada em 1982 A Usina São José da Estiva adquiriu uma nova caldeira para produção de vapor, que deverá entrar em operação regular em abril de 2025. Segundo Marco Antonio Cardoso de Toledo, gerente de Di− visão Industrial, a Estiva já contratou a engenharia mecânica, responsável por todos os estudos de ins− talação e interligação da nova caldeira, que será for− necida pela Caldema, à planta da empresa. “Esse projeto é relativamente complexo, exigin− do ainda a contratação das engenharias nas compe− tências civil, elétrica e automação. Contratamos ain− da empresa inspetora, responsável pelo acompanha− mento desde a fabricação e até o final da montagem, nos garantindo que todos os parâmetros técnicos se− jam respeitados”, explica. A nova caldeira vai iniciar a operação produzin− do vapor com a pressão de 42 kgf/cm² e temperatu− ra de 420 °C, estando já preparada para um segundo momento, em que deverá trabalhar com a pressão de 67 kgf/cm² e temperatura de 520 °C, quando ocor− rer a expansão da cogeração de energia elétrica. Marco Antonio explica que o processo é comple− xo. “O cronograma de implantação do projeto, ainda

em elaboração, prevê algumas atividades durante as entressafras 2023 para 2024 e de 2024 para 2025”. A nova caldeira substituirá as caldeiras 3, em operação desde 1977, e 4, instalada em 1982 −, que hoje operam com as produções de 70 tvh e 60 tvh, respectivamente, sendo que ambas trabalham com a pressão de 18,8 °C. “A substituição se faz necessária porque a falha em qualquer uma delas, compromete o andamento da safra. Com a disponibilidade de 4 milhões de to− neladas de cana a processar, não podemos correr es− te risco”, alerta Marco Antonio.

O gerente lembra que a produção e implanta− ção de um equipamento assim pode levar até dois anos, o que impacta no sistema de gestão e nas de− mandas de crescimento que a empresa tem. “Com esta implantação o parque industrial da Estiva estará bastante robusto, para o desafio de muitas safras de sucesso pela frente. Como ganho adicional, a partir do início de operação da nova caldeira, teremos condições de operar nosso ge− rador 6 a plena carga, que hoje trabalha com ociosidade por não ter vapor suficiente para ali− mentá−lo”, finaliza.



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USINAS

Usina Água Bonita homenageia herdeiros que impulsionaram o seu desenvolvimento Da pequena destilaria que moía 30 mil toneladas de cana, a usina hoje processa 1,7 milhão de toneladas Sediada no município de Tarumã, na zona oeste do Estado de São Pau− lo, a Usina Água Bonita, presta ho− menagem a um triunvirato de her− deiros, a quem se atribui grande par− cela de responsabilidade, pelo cresci− mento da empresa. Fundada em 1919, pela família Holzhausen, como uma pequena destilaria, hoje atua na pro− dução de etanol, açúcar e energia elétrica, ocupando posição de desta− que no cenário regional do segmen− to bioenergético. Grande parte do sucesso da usina, se deve a dedicação que os herdeiros Geraldo Nobile Holzhausen, Claudio Nobile Holzhausen (em memória) e Germano Holzhausen Neto, empe− nharam na condução do negócio. Com espírito de liderança eles bata− lharam ao lado dos colaboradores e familiares para levar o nome do Gru− po Água Bonita ao lugar de destaque que ocupa hoje. Geraldo iniciou sua carreira na Usina Água Bonita aos 17 anos como borracheiro, no ano de 1965. Na épo− ca, o engenho de aguardente moía 30 mil toneladas de cana. Apesar da insis− tência do pai em deixar a empresa e retornar aos estudos, Geraldo sur− preendeu o Sr. Guete (pai), assumin− do a área de produção agrícola e in− dustrial com apenas 24 anos de idade. No ano de 1978 deixou a área agrí− cola e continuou sua trajetória na in− dústria, com muito trabalho árduo, visão de futuro e paixão pelo setor su− croalcooleiro. Nesse período, a usina se qualificou rapidamente para a pro− dução de etanol, energia elétrica e açúcar, tornando−se referência em moenda na região.

Nestes 58 anos, Geraldo deixa um legado de dedicação, liderança e evo− lução contínua. “Acredito que a maior virtude do Sr.Geraldo seja a capaci− dade de adaptação ao novo, quando sugerimos o estudo da governança acreditávamos que haveria resistência dos mais velhos, mas com uma sabe− doria ímpar a geração do meu pai e dos meus tios ajudou a estudar e cos− turar todo o acordo de cotista e a transição dos profissionais de família pelos profissionais de mercado. É muito orgulho e admiração por este empresário e pai”, diz a conselheira Tânia Pires Holzhausen. Já Germano, iniciou sua carreira na Água Bonita no ano de 1978, com 23 anos de idade, quando ainda cur− sava a faculdade de agronomia de Pa− raguaçu Paulista/SP. No ano seguinte, formou−se e colocou em prática seus conhecimentos no cultivo de cana− de−açúcar. Teve em seu trabalho a busca por melhores práticas e empre− go de novas tecnologias na cadeia produtiva da cana−de−açúcar, desde o plantio da cana, tratos culturais e CTT, visando melhor produtividade com menor custo. Um dos seus grandes le− gados deixados durante sua carreira foi o bom relacionamento com os par− ceiros agrícolas da Água Bonita. “Hoje um novo ciclo se inicia na Água Bonita e o sentimento de dever cumprido por meu pai prova que va− leu a pena a etapa que agora se finda. Grandes conquistas foram alcançadas e muitos desafios superados junto a Fa− mília Água Bonita e o seu desejo é de muito sucesso para essa nova gover− nança”, afirma a conselheira Luana Holzhausen Fittipaldi. O tema da despedida dos empre− sários Geraldo e Germano,“Um pou− quinho de você misturado com um pouquinho de mim, multiplicou de 30 mil toneladas para 1 milhão e 700 mil toneladas a Família Água Bonita”, ex− pressa em números, o resultado da de− dicação dos herdeiros no período em que estiveram à frente da empresa, que se prepara para superar novos desafios nesse novo modelo de gestão.


USINAS

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USINAS

Outubro/Novembro 2023

Araporã Bioenergia amplia eficiência agrícola e industrial Usina estuda ingresso no mercado de combustível sustentável para aviação SAF A Araporã Bioenergia vem traba− lhando para ampliar sua produtividade, através de um trabalho de aprimora− mento de sua eficiência agrícola e in− dustrial. Com uma produtividade acima de 85 toneladas de cana−de−açúcar por hectare, a usina, que moeu, na safra pas− sada, cerca 1,5 milhão de toneladas, es− pera chegar na safra atual a 1,7 milhão de toneladas de cana processada. Para essa atividade, a usina conta com uma parceria com a Lema Em− presarial, que, há sete anos, já desen− volve um conjunto de ações na área agrícola e, mais recentemente, vem es− tendendo sua atuação na gestão indus− trial e na manutenção automotiva. Se− gundo o diretor presidente da unida− de, Alexandre Franceschi, “a parceria com a Lema Empresarial propõe uma

vasta troca de experiência, que pro− porciona uma otimização de tempo significativa para a tomada de decisão e um amplo amadurecimento da gestão de manutenção industrial”. De acordo com Franceschi, entre os maiores ganhos estão a padroniza− ção de procedimentos e a melhor dis− tribuição de responsabilidades. “A consultoria LEMA teve um impacto significativamente positivo na Araporã Bioenergia, trazendo melhorias em diversos aspectos operacionais e de

manutenção. As principais ações im− plementadas foram muito importantes para alcançarmos os nossos resultados atuais; foi um divisor de águas para a Manutenção Automotiva”, disse. Entre as diversas ações implemen− tadas, Franceschi destacou a implanta− ção do PCM e Engenharia de Manu− tenção; implantação do plano diretor de manutenção; implantação de bar− reiras de segurança; implantação de gerenciamento de projetos e grandes paradas; aumento do HHT (Homem hora trabalhada); redução de Custos CRM; aumento da disponibilidade dos ativos; aumento da confiabilidade dos ativos e Padrões de Operação. “As ações implementadas levaram a uma operação mais eficiente, apri− morando a manutenção e segurança dos equipamentos, meio ambiente e pessoas, tendo um papel muito impor− tante, contribuindo para a redução de custos, resultando em uma melhoria global na produtividade e no desem− penho”, ressaltou Franceschi. Ele comentou alguns indicadores que contribuíram para a melhora. A disponibilidade das colhedoras, por

exemplo, em 2016, alcançava um per− centual de 85,52%. Em 2023, esse nú− mero passou para 91,82%, uma evolu− ção de 8,61%. “Para que vocês tenham uma ideia, o nosso MTBF (tempo médio entre falhas) das colhedoras era de 17h10, em 2016, e, em 2023, é de 42h53, um aumento de 149,91%, sen− do que conseguimos reduzir o tempo nas ações corretivas (MTTR) em 20%”, destacou. A disponibilidade industrial, que, em 2022, estava em 93,07%, em 2023 passou para 95,36%. Segundo Franceschi, a meta ago− ra é chegar à cana de três dígitos, o aumento da produtividade por hec− tare acima de 100 toneladas. Ele in− forma também que a usina estuda in− gressar no mercado de SAF (combus− tível sustentável de aviação). “Por en− quanto, ainda estamos estudando a questão e vendo o que é necessário para obtermos a certificação que cumpre os critérios internacionais do Corsia, um acordo da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI), do qual o Brasil é signatário”, expli− cou Franceschi.

Morre fundador da Usina Santo Ângelo Pedro Redemptor Guidi, faleceu no último dia 30 de setembro, aos 89 anos de idade Íntegro, caridoso, humilde, inteli− gente e empreendedor. Esses são al− guns dos adjetivos que definem a his− tória de vida de Pedro Redemptor Guidi, fundador da Usina Santo Ân− gelo, que faleceu no último dia 30 de setembro, aos 89 anos de idade. O empreendedorismo marcou sua trajetória profissional, e após ven− der uma fábrica de implementos agrícolas, no município de Sertãozi− nho−SP, seguiu para Pirajuba em Minas, onde fundou uma destilaria, que se transformou na Usina Santo Ângelo, que há cinco anos consecu− tivos, conquista o prêmio de campeã de produtividade agrícola, segundo índice criado pelo Grupo IDEA em parceria com o Centro de Tecnolo− gia Canavieira (CTC). A usina tem investido em tecno− logias de ponta e implementando

práticas agrícolas inovadoras e susten− táveis, e adotando métodos eficientes de gerenciamento. Além disso, a usina

valoriza e investe em sua equipe, pro− movendo capacitação e engajamento dos colaboradores.

O bom relacionamento com fun− cionários, sempre foi uma das carac− terísticas marcantes do seu fundador, que dispensava no trato com seus co− laboradores respeito, carinho e muita atenção. “Vou muito pouco às fazen− das, mas os funcionários cuidam de tudo certinho. Eu gosto de tratar todo mundo bem”, dizia Pedro Guidi, que sempre estimulou o trabalho social da usina em apoio a comunidade local. Guidi também foi um dos funda− dores da Copercana, sendo o 42º coo− perado no quadro de fundadores, com significativa participação nas ações de incentivo ao cooperativismo. Ele sempre valorizou a honestidade dos que estavam à frente da cooperativa. “Pessoas boas demais que presidiram a Copercana. Quem é honesto vai bem e é por isso que a cooperativa está completando 60 anos de muito suces− so”, dizia Guidi, que deixa esposa, dois filhos e sete netos. Em nota de pesar, assinada pela Usina Santo Ângelo, Pedro Guidi é descrito como um homem íntegro, caridoso, humilde, inteligente e em− preendedor e que deixou um legado de coisas boas.



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USINAS

Outubro/Novembro 2023

Simpósio GEP-2023 fomenta inovações tecnológicas para a Indústria bioenergética Entre os destaques, Bruno Oliveira, da Soteica mostrou o novo cenário das usinas com a revolução da Otimização em Tempo Real (RTO) Nos dias 20 e 21 de setembro, Ribeirão Pre− to, interior de São Paulo, foi o palco das prin− cipais discussões e inovações industriais do se−

tor. O Grupo de Empresas Parceiras (GEP) rea− lizou o GEP−2023. O evento contou com uma agenda intensa de atividades, incluindo 8 painéis técnicos de dis− cussão e debate, que abordaram os tópicos mais relevantes para os profissionais da área. Cada pai− nel foi liderado por especialistas do setor, forne− cedores de soluções e gestores, proporcionando uma visão completa das mais recentes tendências e desafios da indústria. Um dos momentos mais aguardados e que se destacou foi a palestra de Bruno Oliveira, da Sotei−

ca, no VIII Painel Automação e Indústria 4.0. Oli− veira apresentou cases impactantes sobre como a Otimização em Tempo Real (RTO) está revolucio− nando a área industrial de mais de 90 usinas no Bra− sil e América Latina. Paralelamente aos painéis, a Feira de Negócios permitiu que os participantes explorassem as ofertas de diversos fornecedores e desfrutassem de momen− tos de interação durante os 4 coffee breaks. Os pai− néis foram transmitidos ao vivo em telões dentro do espaço da feira, garantindo que ninguém perdesse nenhum detalhe.



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EVENTOS

Outubro/Novembro 2023

Números da 29ª Fenasucro & Agrocana projetam crescimento para próximo ano O sucesso alcançado neste ano eleva as expectativas para 2024, quando a feira atingirá a marca histórica de sua 30ª edição Nem bem se encerraram as ativi− dades da 29ª Fenasucro & Agrocana, o CEISE Br já se prepara para o ano de 2024, quando será alcançada a marca histórica da 30ª edição da maior feira do setor bioenergético do planeta. Os números obtidos na feira des− te ano, contribuem para elevar as ex− pectativas da edição histórica que se− rá realizada em 2024. Levantamento realizado pelo CEISE Br e pela admi− nistração da feira com os expositores aponta que a geração de negócios ini− ciados durante os 4 dias de evento al− cançou R$ 8,3 bilhões, o que equiva− le a cerca de 60% de crescimento em relação à edição do ano passado. Com relação aos visitantes, a ex− pectativa também foi alcançada. Em 2023, a Fenasucro & Agrocana regis− trou aumento na qualificação do seu público, com 60% deles indicando poder de decisão de compra. Outro

destaque foi a geração de leads para os expositores, a maior de todos os tem− pos, com crescimento de 105% em comparação com 2022. “Estamos gratos por todos os ex− positores, por todos que vieram visi− tar a feira. Tivemos, este ano, recorde de público, recorde de negócios. Nes− te primeiro ano à frente do CEISE Br, com ajuda dos nossos apoiadores, ti− vemos êxito em realizar uma grande feira, que conseguiu reunir um pou− co de tudo. Nós falamos de ESG, de sustentabilidade, falamos de inovação, de questões tributárias, do empode− ramento feminino; enfim, consegui− mos abordar todas as principais pau− tas que estão em alta neste momento, incluindo a transição energética e sustentabilidade, que é a grande pe− gada do CEISE e também da feira”, disse Rosana Amadeu Silva, presiden− te do CEISE Br.. Ao avaliar os resultados da Roda− da Internacional de Negócios da Fe− nasucro 2023, Flavio Castellari, dire− tor executivo do Arranjo Produtivo Local do Álcool (Apla) e do Parque Tecnológico Piracicaba, destacou o sucesso do evento. “A feira foi um su− cesso, superando todas as nossas ex− pectativas. Tivemos mais de 602 em− presas participando das rodadas de ne− gócio e cerca de 50 convidados inter−

nacionais”, destacou. De acordo com o diretor da feira, Paulo Montabone, todas as expectati− vas para a edição de 2023 foram su− peradas. “Recebemos mais de 53 paí− ses no evento deste ano, mostrando que o Brasil é o protagonista do setor de bioenergia e o precursor da tran− sição energética global”, afirmou. Os expositores também celebra− ram os bons resultados da 29ª Fenasu− cro & Agrocana. Para a diretora de marketing e vendas da Zanini Renk, Cristiane Câmara Braz, a participação da empresa na feira foi um sucesso. “Foi um ano muito bom e de grandes negócios, como a venda de três Torq− max, o que representa cerca de R 10 milhões”, celebrou. Carla Luz, do comercial/marke− ting da Fundição Moreno, também elogiou o evento. “Ficamos bem satis− feitos com a edição deste ano. Rece− bemos muitos clientes, inclusive de exportação”, enfatizou. A HPB destacou a visibilidade da feira e o seu enorme potencial em fo− mentar negócios.“Conseguimos aces− sar um número expressivo de pessoas para divulgarmos nossos projetos e tecnologias, em um curto espaço de tempo. Ficamos satisfeitos com a ope− ração que montamos para esta edição. A experiência foi excelente e preten−

demos estar aqui nas próximas”, adiantou o gerente comercial da HPB, Marco Zanato. Em uma parceria com Sebrae, Fatec, SENAI, FAESP, IFSP, FUN− DAM e Prefeitura Municipal, 12 pe− quenas e médias empresas do APL (Arranjo Produtivo Local) Metalme− cânico de Sertãozinho, que agora, em sua nova fase, é gerido pelo CEISE Br, participaram, pela primeira vez, do evento. “As empresas fizeram uma média de 30 a 40 contatos. Alguns clientes, inclusive, pediram proposta comercial. Nessa modalidade que desenhamos, conseguimos viabilizar esse acesso à feira com um excelente custo−benefício”, ressaltou Paulo Arruda, gerente regional do Sebrae Ribeirão Preto. Em 2024, a 30ª edição da Fenasu− cro & Agrocana será realizada de 13 a 16 de agosto, em Sertãozinho−SP. Pa− ra a presidente do CEISE Br, a 29ª edição do evento fez história e foi um sucesso absoluto. “Ao longo de quatro dias, plantamos sementes para um fu− turo mais sustentável para o nosso país e para o mundo. Agora vamos conti− nuar trabalhando para que, em 2024, já possamos estar colhendo os frutos na celebração histórica dos 30 anos de feira. Contamos com a participação de todos”, finalizou Rosana.


EVENTOS

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GBIO promove encontro sobre Manejo Regenerativo & Biológico na Fenasucro Este primeiro seminário contou com a participação de especialistas da RH Agrícola e da Baraúna Soluções Em sua primeira edição, o Grupo de Estudos em Manejo Regenerativo & Biológico em Cana de Açúcar – GBIO, promoveu no dia 17 de agos− to, na Fenasucro & Agrocana, um en− contro com a participação de Ricar− do Delarco, da RH Agrícola e Ro− berto Malimpence, da Baraúna Solu− ções, que apresentaram cases de su− cesso de manejo biológico, e também falaram sobre os horizontes da agri− cultura regenerativa. “Não vamos pensar só em custo. Vamos pensar num solo vivo, num so− lo produtivo. Temos que tirar o quí− mico, sim temos que tirar. O biológi− co é importante? Sim é importantís− simo, hoje é a bola da vez, mas tem que ser usado de forma coerente, de forma correta e não assim de qualquer jeito”, advertiu o engenheiro agrôno− mo Ricardo Delarco, durante sua apresentação. Roberto Malimpence, diretor da Baraúna Soluções, lembrou que quando se fala em regeneração de so− lo, não significa simplesmente fazer ele voltar a ser o que era. Regenerar. “Na verdade, eu tenho que dar mais para ele do que eu posso esperar ao ser re− generado. Eu tenho que manter o so− lo, para que eu tenha a minha cana, para que eu tenha minha soja. Uma regeneração meio dirigida, pois tenho que tirar o máximo do que o meu so− lo consegue me dar”, explicou.

Para o jornalista Josias Messias, da ProCana Brasil, que atua como dire− tor executivo do GBIO, o grupo tem como objetivo proporcionar compar− tilhamento de conhecimentos e benchmarking técnico sobre o mane− jo regenerativo e biológico.“Na apre− sentação do Ricardo, por exemplo, fi− cou demonstrado as oportunidades e práticas, que já vêm sendo feitas e que poderia ser um pouco mais compar− tilhadas para que as ações possam ser

Integradas e assertivas”, disse. Messias disse que o objetivo do grupo é estimular a participação da− queles que são verdadeiramente apai− xonados pelo setor. “É melhor você ter sempre mais espaço para o apaixonado, porque ele pode errar, mas no final ele vai acabar aprendendo e agregando valor. Já aquele que é muito cuidadoso que não avança, olha sempre para o teto como referência. E nós entendemos que pa−

ra fazer a gestão da mudança, temos que olhar no mínimo para a Lua. Que venham os sonhadores que perseguem a lua, porque se eles acertarem o teto, já agregaram valor”, disse Josias ao an− tecipar a apresentação de Roberto Malimpence. Organizado pela ProCana Brasil, o GBIO reunirá organizações e pessoas atuantes na produção e desenvolvi− mento de cana−de−açúcar, tais como usinas, produtores agrícolas, pesquisa− dores e profissionais da área, em duas modalidades de associação: coletiva, para Pessoas Jurídicas; e Individual, para Pessoas Físicas. Entre os objetivos dos encontros estão a promoção de permuta de informações e experiências em to− dos os assuntos relacionados a Ma− nejo Regenerativo & Biológico, buscando permanente atualização e desenvolvimento de seus partici− pantes. Além de promover a mútua assessoria no estudo de desafios téc− nicos, legais e operacionais relacio− nados à área. As ações do grupo se darão atra− vés de reuniões mensais de cada espe− cialidade e realizações de seminários.


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EVENTOS

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Importância da bioeletricidade é destaque na Fenasucro & Agrocana Seminário da Bioeletricidade e do Biogás Unica/CEISE Br foi realizado na ocasião A história da geração de energia a partir da cana−de−açúcar no Brasil começou há mais de 35 anos, na dé− cada de 1980, com a Usina São Fran− cisco. Na sequência vieram as usinas São Martinho e a Vale do Rosário. “Hoje temos mais de 240 usinas exportando energia elétrica para a re− de a partir da biomassa da cana. E tem grande representatividade esta energia que hoje está no sistema”, afirmou Zilmar Souza, gerente de bioeletrici− dade da UNICA (União da Indústria de Cana−de−açúcar), no 13º Semi− nário da Bioeletricidade e do Biogás Unica/CEISE Br, que fez parte da programação paralela da Fenasucro & Agrocana. A importância da bioeletricidade fica evidente ao se visitar vários expo−

sitores na feira. Muitas empresas ex− põem diferentes soluções para o setor sucroenergético com foco na geração de energia, que se tornou um grande negócio para todos os atores da agroindústria sucroenergética. Segundo Evandro Gussi, diretor− presidente da UNICA, hoje, quando se analisa o setor sucroenergético, lo− go se depara com as diferentes possi− bilidades que são propiciadas pela agroindústria canavieira, que não ape− nas estão relacionadas ao bioetanol e à bioeletricidade, mas também ao bio−

gás, ao biometano etc. “Estas diferen− tes oportunidades estão relacionadas às características e decisões tomadas em cada negócio, mas que só são possíveis porque a agroindústria da cana−de− açúcar é uma fonte de bioenergia”. Na visão de Gussi, a bioeletricida− de ganha força a partir do debate da segurança energética e da sustentabi− lidade. “A tendência é termos o cres− cimento das fontes renováveis no país, mas a energia oriunda da cana−de− açúcar tem suas externalidades e que precisam ser reconhecidas, como po−

tência, despachabilidade e descentra− lização na geração. Na UNICA, junto com as asso− ciadas, na Cogen (Associação da In− dústria de Cogeração de Energia) e na CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica), o foco é por im− pulsionar cada vez maior à bioeletri− cidade da cana−de−açúcar. “E essa atenção qualifica e muito a nossa geração de bioenergia”, diz Gussi. “Mas falta as pessoas conhece− rem a relevância e a qualidade dessa energia elétrica que geramos a partir de nossos parques de biomassa. Preci− samos vocalizar isso”, acrescenta. Um dos destaques do Seminário foi a entrega do Certificado/Selo Energia Verde a players que se desta− cam na área de bioeletricidade no país. “Afinal, estamos falando de uma fon− te energética com muitos fatores po− sitivos. Parabéns aos que consomem e aos que fornecem essa energia elétri− ca, fazendo bem não só para seus ne− gócios, mas sobretudo para o meio ambiente e as próximas gerações”, concluiu Gucci.

“Cogeração é solução eficaz para diversificação da matriz energética” Afirmação é de Sandoval Feitosa, que em evento da Cogen, diz ficar impressionado com pujança do setor de biomassas Em um cenário global que busca cada vez mais fontes de energia mais limpas e sustentáveis, a cogeração de energia é uma solução eficaz para di− versificação da matriz energética e a redução da emissão dos gases de efei− to estufa, destacou o diretor geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, em sua par− ticipação no VII Fórum Cogen − Co− geração e Geração Distribuída, evento realizado em São Paulo, no dia 20 de setembro, pela Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen). Feitosa disse sempre observar que a transição energética no Brasil come− çou na década dos anos 1970, quando,

em um contexto de crise internacio− nal do preço de petróleo, o país tomou uma decisão de desenvolver a indús− tria do etanol, e se acentuou com a crise de geração elétrica em 2001. "Não dependemos mais apenas da hidroeletricidade como aconteceu em 2001. Hoje nós temos um parque de geração muito diversificado e que se diversificará mais ainda nos próximos

anos", afirmou o diretor−geral da Aneel, acrescentando que a cogeração aumenta mais ainda a eficiência do sistema e contribui para a segurança do fornecimento de energia elétrica. Feitosa disse ainda que, quando assumiu uma cadeira na Aneel, ficou impressionado, ao visitar a Fenasucro− 2018, com todos os potenciais da in− dústria sucroenergética, inclusive o

aproveitamento de subprodutos como a vinhaça e a torta de filtro. "Fiquei realmente espantado como se apro− veita praticamente tudo da cana−de− açúcar", acrescentando que nesse con− texto a biomassa e o biogás surgem como recursos valiosos para a geração de energia limpa. O diretor−geral da agência regu− ladora ressaltou ainda as novas rotas tecnológicas em avaliação na Aneel. "Estamos testemunhando avanços sig− nificativos na pesquisa e no desenvol− vimento de tecnologias que prome− tem tornar a bioenergia ainda mais competitiva e sustentável", assinalou. A Aneel, disse ele, vem publican− do vários trabalhos como o Atlas de Bioenergia do Estado de São Paulo desenvolvimento de biodigestores. "Recentemente, na aprovação do pla− no estratégico quinquenal de inova− ção, a Aneel elegeu um dos temas es− tratégicos de energias renováveis, meio ambiente e mudanças climáticas, o que se alinha com a pesquisa e o desenvol− vimento de novas rotas tecnológicas da bioenergia no Brasil”.


Outubro/Novembro 2023

EVENTOS

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Brasileiros são homenageados durante congresso na Costa Rica Realizado a cada 3 anos, o Congresso Latino-Americano ATALAC é voltado para o segmento sucroenergético O presidente da Pró−Usinas e ProCana Brasil, Josias Messias, foi um dos integrantes do setor sucroenergé− tico brasileiro, homenageado durante a realização do XII Congresso da As− sociação de Técnicos de Açúcar da América Latina e Caribe (ATALAC). Iniciado no dia 18, na Costa Rica, o evento prossegue até 22 de setem− bro. Realizado a cada três anos em di− ferentes países latino−americanos, tornou−se uma importante platafor− ma para fortalecer o setor agroindus− trial da cana−de−açúcar na região. Messias proferiu uma palestra sobre “Otimização em Tempo Real das Operações Agrícolas e da Planta Industrial”. Ele destacou a impor− tância da homenagem como forma de reconhecimento do trabalho que vem sendo realizado, agradecendo o apoio da família e de toda equipe de colaboradores. “Deus tem nos sustentado nessa missão de promover relacionamentos, compartilhar conhecimentos e incen− tivar negócios. Não há desenvolvi− mento, em nenhum setor, sem conhe− cimento, relacionamento e negócios. Estamos em uma transição da huma− nidade. A transição energética, não é algo que está isolado. E o nosso setor tem uma parte fundamental nessa transição. E nós como grupo de mídia temos que compartilhar conhecimen−

to, incentivar relacionamentos e pro− mover negócios”, enfatizou Messias. Paulo Montabone, diretor da Fe− nasucro&Agrocana, valorizou o reco− nhecimento internacional da premia− ção. “Promover a transição energética global, através das Américas Latina e Caribe. A Fenasucro esteve represen− tando aqui a maior feira do mundo em bioenergia. A Cláudia Tonielo repre− sentando o CEISE Br. Fizemos aqui uma palestra magna sobre as mega− tendências do setor. Esse reconheci− mento internacional, mostra que o CEISE Br está se comportando de uma maneira diferenciada, em busca da aliança global de fornecedores de equipamentos, de insumos e serviços do setor”, avalia Montabone. “Essa homenagem resulta de pes− quisas com cana−de−açúcar há pou− co mais de 40 anos, sendo 20 anos de interação com alguns países das Amé−

ricas e nos alegra o reconhecimento como importante técnico do setor sucroenergético mundial”, diz o dire− tor−geral do IAC, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, Marcos Landell, também homenageado. Landell comenta que vários países produzem cana−de−açúcar na Amé− rica Central e América do Sul e se reúnem em congressos para compar− tilhar tecnologias. “Desde 2005, o Centro de Cana do IAC atrai pessoas de vários locais do Brasil e do mundo. Esse grupo da Costa Rica tem intera− gido com o Programa Cana IAC, com participações em cursos. Durante as visitas, o grupo do IAC compartilha conhecimentos sobre variedades de cana, manejo, estratégias de produção e o sistema do Terceiro Eixo”, informa. O Projeto Brazil Sugarcane Bio− energy Solution, parceria entre o Apla (Arranjo Produtivo Local do Álcool) e

a ApexBrasil (Agência Brasileira de Pro− moção de Exportações e Investimentos), também participa do congresso. 20 empresas brasileiras integram os espaços de negócios para promoverem seus produtos, equipamentos, máqui− nas, serviços e todas as soluções do Brasil para a produção de bioprodutos derivados da cana−de−açúcar. “Este espaço de negócios serve para as empresas brasileiras fazerem reuniões individuais e mostrar toda a tecnologia do Brasil para negócios li− gados ao setor sucroenergético”, dis− se o diretor−executivo do Apla, Fla− vio Castellari. Plínio Nastari, da DATAGRO, Luiz Carlos Dalben, produtor de cana e consultor em colheita mecanizada e Daniel Ferreira, CEO da DND Quí− mica, também foram algumas das personalidades do setor bioenergético homenageadas durante o evento.


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MASTERCANA

Outubro/Novembro 2023

MASTERCANA CENTRO-SUL REFORÇA PRESENÇA FEMININA NO AGRO A cerimônia de premiação marca a abertura social da maior feira mundial do setor bioenergético: Fenasucro & Agrocana Presentes em grande parte das premiações, nas mais diversas catego− rias, a visibilidade feminina foi um dos destaques da edição 2023 dos prêmios MasterCana Centro−Sul e MasterCa− na Social, cuja solenidade de premia− ção na noite de 14 de agosto, marcou a abertura social da Fenasucro & Agrocana, a maior feira mundial do setor bioenergético. Como bem destacou o jornalista Josias Messias, presidente da ProCana Brasil, que promoveu o MasterCana, o Brasil está no coração da transição energética. “O Brasil é um é a matriz ener− gética mais limpa não só por nature− za, mas por tecnologia. Então o Bra− sil está no centro da transição ener− gética, tão fundamental nesses tem− pos de mudanças climáticas”, afir− mou Messias. Na abertura do evento, Messias também destacou o processo de mu− danças enfrentadas pelo setor, relativas ao processo de transformação digital e seus impactos. “A parte mais assustadora dessa transição é a parte da Inteligência Ar− tificial, da transformação digital, mas eu não sei se ela é origem ou é con− sequência. Na verdade, estamos pas− sando por uma transição da humani− dade, estamos diante de uma transfor− mação antropológica, onde não sabe− mos se a tecnologia é causa ou con− sequência. Acredito que seja os dois e isso está impactando profundamente as gerações, as relações humanas estão impactando a relação de trabalho”, disse Messias. O jornalista também enfatizou a importância da participação feminina, registrando que um dos objetivos da premiação é dar visibilidade para essas mulheres. “Dois aspectos têm me chamado atenção. O primeiro deles é sobre es− sa questão geracional e da importân− cia de criarmos pontes entre gerações. Outro é a presença feminina neste lu− gar, com premiações em categorias

maiúsculas dedicadas às mulheres. E se tem alguém que vai ter um protago− nismo nessa transição são as mulheres. Talvez elas estejam ocupando uma posição que na verdade já era delas”, afirmou Messias. Rubens Spirandelli, gerente de Expansão de Canais da Sankhya, des− tacou em sua fala na abertura do even− to a importância do capital humano. “Não importa qual seja a tecnologia, o que realmente importa é o capital hu−

mano. E é isso que nós estaremos pre− miando nesta noite”, disse. Em cerimônia que exaltou a par− ticipação feminina, a primeira pre− miação não podia ser diferente, ca− bendo à presidente do CEISE Br, Rosana Amadeu Silva, o troféu na ca− tegoria de “Líder do Ano”. Em participação em vídeo, o pre− sidente da UNICA, Evandro Gussi, laureado com o prêmio de “Persona− lidade Bioenergia 2023” disse que o

PATROCÍNIO

APOIO

Brasil tem servido de exemplo para o mundo em termos de proteção do meio ambiente e descarbonização. “Com essa linda história que a gente tem do etanol, da bioeletricida− de e mais recentemente do biogás/biometano e devemos também ser um grande produtor do SAF (combustível da aviação), certamente vamos dar muitas alegrias ao nosso país”, afirmou. Em sua 16ª Edição, o Prêmio MasterCana Social, promovido pelo GERHAI – Grupo de Estudos em Recursos Humanos na Agroindústria em parceria com a ProCana, contou com 191 cases inscritos. Todos foram analisados minuciosamente por uma comissão julgadora que fez a triagem e definiu os TOP 3 de cada categoria. A Empresa do ano em Responsa− bilidade SócioEmpresarial elegida pela Comissão Julgadora foi a Bevap, que inscreveu 16 projetos, sendo TOP 3 em duas categorias e teve seu gestor eleito Profissional de Recursos Hu− manos TOP 3 2023 e também seu CEO, eleito como executivo do ano no MasterCana Centro−Sul. Newton Santana, CEO e José Elias Redigolo Junior, diretor de RH e ADM receberam o mais cobiçado Troféu do MasterCana Social 2023. O Prêmio MasterCana Cen− tro/Sul é realizado graças ao patrocí− nio das empresas: SANKHYA – So− luções disruptivas que dão autonomia e liberdade para a sua empresa ser protagonista no agronegócio.


MASTERCANA

Outubro/Novembro 2023

Evandro Gussi, presidente e CEO da UNICA – União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia

Rosana Amadeu, presidente do CEISE-Br

Renata Sodré Viana Egreja Junqueira, acionista e vice-presidente do Conselho de Administração da Diana Bioenergia

Newton Santana, CEO da Bevap Bioenergia

Claudemir Leonardo, diretor agroindustrial da Usina Pitangueiras

Fred Polizello, diretor agrícola da Usina São Domingos

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Bevap Bioenergia – Newton Santana, presidente/CEO

Fernando Vicente, diretor industrial da Usina Alta Mogiana


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MASTERCANA

Outubro/Novembro 2023

Alta Mogiana – Fernando Vicente, diretor Industrial

UDOP – Hugo Cagno Filho, presidente da UDOP e da Usina Vertente

BioAroeira – Luís Fernando Murakami, gerente Industrial

BP Bunge Bioenergia- Mário Sérgio Salani Junior, gerente Sênior de Mecanização

BP Bunge Bioenergia- Mário Dias Da Costa Filho, gerente Sênior Desenvolvimento Agronômico

Cocal Energia Responsável - Geraldo José Borin, diretor Industrial Corporativo

Clealco - Adriano Furtado, VP de Finanças e Tecnologia

Colombo Agroindústria – Aydrean Ferreira De Carvalho – Gerente Financeiro

Colombo Agroindústria - André Martello, gerente Agrícola

Colombo Agroindústria - Anderson Nahes Ribeiro, gerente de Produção

Clealco – Jonas Gutierres, VP de Operações Agroindustriais

Ferrari -Tecnologia & Inovação – Rafael Murarolli, coordenador de COA, Franciel dos Santos Pinheiro, coordenador de Transporte

Inpasa – Gustavo De Oliveira, diretor Comercial de Biocombustíveis

Pitangueiras – Maicon Henrique Teodoro Caetano (Encarregado de PCMI) e Gustavo Henrique Silva Franco (Eletricista Instrumentista)

Pitangueiras- Cássio Adriano Costa, gerente Industrial e Eugênio de Paula Jr., técnico de Automação

Santa Lúcia – Rafael Ometto Amaral, diretor Industrial


Outubro/Novembro 2023

Tereos – Fernando Mello, gerente de Processos Corporativo

MASTERCANA

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Tereos - José Augusto Buissa, gerente agrícola

Viralcool – Nadir Nascimento Júnior, gerente Corporativo Industrial

Alpina Orion – Maximilian Goehleriret, diretor

Caltec- Ana Lúcia Marques, gerente Comercial

Canoeste - Fernando dos Reis Filho, presidente e Almir Torcato, gestor corporativo

DATAGRO - Alberto Gomes, diretor da DATAGRO Performance

Dimastec – DT Faceum

HPB Engenharia – Marcel Sabino, diretor Comercial

Lema Empresarial – Arlélio Leite dos Santos, membro do Conselho da Lema

MBF Partners – Marcos Antonio Françóia, diretor

Metroval – Robson Luiz Alves de Morais, gerente Comercial

Netafim – Elon Svicero, diretor Comercial

Spray Systems – Sergio Gaiotto, gerente Comercial

Telog- Rosana Amadeu, diretora / Otávio Amadeu

TT do Brasil – Guillermo Abratte, CEO

– Dimas Fausto, CEO


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MASTERCANA

Outubro/Novembro 2023

Bevap Bioenergia - Giovana Pacheco, supervisora de RH

José Elias Redigolo Junior, diretor de DHO/Administrativo – Bevap Bioenergia

Ruben Guimarães, diretor de Gente e Gestão – Grupo Cocal

Vera Lucia Martins Guedes, gerente de Recursos Humanos – Usina Alta Mogiana

Alta Mogiana - Educando para o Futuro Bevap - Educando pessoas para o exercício da Sustentabilidade Vale do Tijuco - Cinema e Teatro na Roça

Colombo – Doce Biodiversidade Moreno – O Ribeirão da Onça Verde Santa Adélia – Guardiões da Natureza

Batatais – APAE – Uma parceria a favor da inclusão Ferrari – Programa Desenvolv-elas Lins – Talento Feminino

Coruripe – Os impactos nas campanhas de saúde Jacarezinho – Benefícios e resultados da fisioterapia São Luiz – Convocados para proteger

Ipiranga - Minha Cana Meu Jardim Pitangueiras - Desenvolvimento de lideranças Viralcool - Fábrica de líderes

Clealco – Eu dirijo com segurança Cooperval – Programa Cooperkids São Domingos – Essencia

Bevap – Meu Pé de Serra Diana – Mão Amiga Diana Novamerica – O amor aquece

COCAL- Somar Ideias Tereos - Influenciadores Digitais Tereos Uisa - Uisa News

HapVida Notre Dame Intermédica – Valorização da Diversidade no ambiente Corporativo Ideal Work -Uniformes e EPI’s Ltda – Ecowork – Uniformes Produzidos a partir da Economia Circular Syngenta Proteção de Cultivos Ltda – Meio Ambiente – Projeto Coexistência




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