AGRÍCOLA
Julho 2017
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w w w . j o r n a l c a n a . c o m . b r Série 2
Número 284
A SOLUÇÃO É POTENCIALIZAR OS ATIVOS DE GERAÇÃO DE ENERGIA TGM aplica engenharia operacional com foco em plantas existentes
DIVULGAÇÃO
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AGRÍCOLA
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ÍNDICE DE ANUNCIANTES
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ÍNDICE DE ANUNCIANTES FEIRAS E EVENTOS ÁREAS DE VIVÊNCIA OBJETIVA (11) 2255.5759 11 ALFATEK (17) 3531.1075 3 REED ALCÂNTARA (11) 3060.5000 53 AUTOMAÇÃO DE ABASTECIMENTO FERTILIZANTES DWYLER (11) 2682.6633 31 AMINOAGRO (LONGEVUS) (19) 2516.8700 39 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL KOPPERT DO BRASIL (15) 3471.9090 30 AUTHOMATHIKA (16) 3513.4000 41 GRÁFICA BMA BRASIL (11) 3097.9328 55 SÃO FRANCISCO GRÁFICA (16) 2101.4151 51 DANFOSS DO BRASIL (11) 2135.5400 29 METROVAL (19) 2127.9400 34 IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS AGRIMEC (55) 3222.7710 42 CALDEIRAS DMB (16) 3946.1800 15 CALDEMA (16) 3946.2700 49 ENGEVAP (16) 3513.8800 18 INDUSTRIA QUIMICA ONIBRÁS (16) 3969.4957 7 CARRETAS ALFATEK (17) 3531.1075 3 INDUSTRIAL SERVIÇOS SIMISA (16) 2105.1200 45 CARROCERIAS E REBOQUES SERGOMEL (16) 3513.2600 35 INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO E CONTROLE METROVAL (19) 2127.9400 34 CENTRÍFUGAS BMA BRASIL (11) 3097.9328 55 IRRIGAÇÃO IRRIGA ENGENHARIA (62) 3088.3881 25 COLETORES DE DADOS MARKANTI (16) 3941.3367 4, 60 MELAÇO MELAÇOS BRASILEIROS (19) 3439.2529 44 CONSULTORIA/ENGENHARIA INDUSTRIAL CPFL BRASIL (19) 3795.3900 4 MOENDA E REDUTORES VILLARES METALS (19) 3303.8157 13 CONSULTORIA INDUSTRIAL BMA BRASIL (11) 3097.9328 55 METALÚRGICA METALÚRGICA RIO GRANDE (16) 3173.8100 24 CONTROLE DE FLUIDOS METROVAL (19) 2127.9400 34 MONTAGENS INDUSTRIAIS ENGEVAP (16) 3513.8800 18 DEFENSIVOS AGRÍCOLAS BASF (11) 3043.2125 33 NUTRIENTES AGRÍCOLAS DOW AGROSCIENCES (11) 5188.9000 37 UBYFOL (34) 3319.9500 43 KOPPERT DO BRASIL (15) 3471.9090 30 PEÇAS AGRICOLA E INDUSTRIAL ENERGIA ELÉTRICA - COMERCIALIZAÇÃO E-MACHINE (16) 3511.9000 59 CPFL BRASIL (19) 3795.3900 4 PLANTADORAS DE CANA ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO CIVIL DMB (16) 3946.1800 15 CONSTRUPLAN (16) 3101.3000 36 PRODUTOS QUÍMICOS ENGEVAP (16) 3513.8800 18 PROSUGAR (81) 3267.4760 27 ENGENHARIA INDUSTRIAL REFRATÁRIOS CONSTRUPLAN (16) 3101.3000 36 REFRATÁRIOS RIBEIRÃO PRETO (16) 3626.5540 57 BMA BRASIL (11) 3097.9328 55 FURCO (16) 9 8128.4866 6 SISTEMAS DE ENERGIA MCE (19) 3429.8600 28 HPB ENGENHARIA (16) 3513.4600 22, 23 SGE (81) 34392367 28 SOFTWARE INDUSTRIAIS EQUIPAMENTOS E MATERIAIS ELÉTRICOS S-PAA (16) 3512.4312 58 AUTHOMATHIKA (16) 3513.4000 41 SOLDAS INDUSTRIAIS DANFOSS DO BRASIL (11) 2135.5400 29 MAGÍSTER (16) 3513.7200 19 EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS TRANSBORDOS JW (16) 3513.2000 17 TESTON (44) 3351.3500 2 ESPECIALIDADES QUÍMICAS TUBULAÇÕES PARA VINHAÇA SOLENIS (19) 3475.3055 9 DHC TUBOS (18) 3643.7923 32 EVAPORADORES VÁLVULAS E ACOPLAMENTOS BMA BRASIL (11) 3097.9328 55 ZANARDO (18 3117.1195 26
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CARTA AO LEITOR CARTACARTA AO AO LEITOR LEITOR
Julho 2017 Julho 2017 2017 Setembro
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carta ao leitor CARTA c a r t aAOaLEITOR o leitor Josias Messias josiasmessias@procana.com.br
índice ÍNDICE índice
Josias josiasmessias@procana.com.br Josias Messias Messias - josiasmessias@procana.com.br
AGENDA Agenda . . ................................................................. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66 Agenda ....................................6 MERCADO Mercado . . Vasconcellos . . . . . . . . . . . . .Romão, . . . . . . . . . . . . . . . . .8 a 14 Eduardo � A aposta no RenovaBio Mercado . . . . . . . . . . . . . . . ....o . . jogo. . . . . .................. . . . . .8 a 14 presidente da Orplana, .abre 8 � Entrevista com Roberto Rodrigues na estreia do Quem é Quem A aposta no RenovaBio Geração Distribuída: oportunidades � Por que arrendamento debiomassa. terras ficou caro para as otérmicas .................. 10 e 12 Entrevista com Roberto a Rodrigues na estreia do Quem é Quem Safra longa favorece a venda � 55 usinas passam a pagar pelo uso da água no estado de SP Por que o arrendamento de terras ficou caro de eletricidade da biomassa........................... 14 � 55 usinas passam a pagar pelo uso da água no estado de SP Drones têm Industrial . . . . atividade . . . . . . . . . .regulamentada. . . . . . . . . . . . . . . . .16 a 26 O� que muda Como fazer Industrial . . a. correta . .agora?............................ . . .manutenção . . . . . . .de. .bombas . . . . . . . . .16, . . . 18 .16ea19 26 � Secagem de levedura pode gerar renda extra de R$ 40 milhões
� Como fazer a correta manutenção de bombas INDÚSTRIA � Cozimento contínuo no setor Secagem de levedura podeespaço gerar renda extra de R$ 40 milhões Com 25 anos deganha mercado, TGM � Cozimento ganha espaço no setor avança nocontínuo mercado de cogeração.......... 20 e 21 Geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .30 Riscos e desafios da � Empresas Geral . . . . têm .no . .até .açúcar .31. .de. .agosto . VHP. . . .para . ........................... .aderir . . . ao . .Refis . . . . . . . 30 . . .e. 31 .30 umidade � Empresas têm 31 de agosto parapara aderir ao Refis Doutores daatéCana: dicas Agrícola . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .24 a34 34 reduzir custos com tratos culturais............... � Endividamento sucateia sistemas de irrigação em Alagoas Agrícola . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .24 a 34 Usinas ‘ensinam’ a diminuir o volume � Previsões paraem a safra 17/18 no Nordeste Endividamento sucateia sistemas de irrigação em Alagoas de vinhaça até 25%...................... 36, 38 e 39 � Investimentos herbicida crescer até 30% na 17/18 Previsões paraem a safra 17/18devem no Nordeste
AGRÍCOLA � Manejo integrado controle ambiental gera Investimentos em em herbicida devem crescer atémaior 30% produtividade na 17/18 Mosca-de-estábulo: mais um � Manejo integrado em controle ambiental gera maior produtividade problema para as usinas de cana........... 40 e 42 Gestão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .37 Safra 17/18 registra florescimento � Os departamentos Gestão . . . . . . . . de . .compliance . . . . . . .avançam . . . . . nas . . .empresas . . . . . .do. setor . . . .37 em área produtiva ......................................... 44 � Os departamentos de compliance avançam nas empresas do setor
Usina do É Bem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .38 QUEM QUEM Em entrevista, garante: � Usinas doam energia Usina do Bem . . . .Rubens .elétrica . . . . para . . Ometto .hospital . . . . .em . .Barretos . . . . . . . . . . . .38 “há espaço paraelétrica todos”............................ 46 e 47 � Usinas doam energia para hospital em Barretos Negócios & Oportunidades . . . . . . . . . . . . . . . .40 a 42 GESTÃO Negócios & Oportunidades . . . . . . . . . . . . . . . .40 a 42 Investir em cultura de qualidade gera mais produtividade.................................. 50 USINA DO BEM Programas de aleitamento materno avançam nas empresas .................. 52 NEGÓCIOS & OPORTUNIDADES .............. 54 a 58
FUNDO DE RECEITA FIXA CADEIA DEna VALOR RECEITA “NemFUNDO ponham sua DE esperança incertezaFIXA da riqueza, “Nem suaque esperança naem incerteza da as riqueza, masponham em Deus, de tudo nos provê ricamente” "Sabemos que Deus age todas coisas
mas em Deus, que tudo na nos provê ricamente” Recomendação deoPaulo, apóstolo ade Timóteo, primeira capítulo 6,dos verso 17 para bem daqueles que ocarta, amam,
Recomendação de Paulo,chamados apóstolo a Timóteo, de na primeira carta, capítulo verso 17 que foram acordo com6, o seu
propósito".
Afirmação de Paulo ao Romanos, no capítulo 8, verso 28.
Reduzir o uso Reduzir o uso A vitória da inovação de água é de água é regra! regra!
tecnológica esegmentos estratégica Assim como outros importantes da indústria da transformação, o setor sucroenergético é um
Assim como outros importantes segmentos da indústria da transformação, setorusinas sucroenergético é um grande consumidor de água. Esse líquido é prioritário nos processos industriaiso das e destilarias. Esta edição circula na semana da Fenasucro & Agrocana, o maior evento técnico comercial do grande dena água. líquido éasprioritário processos das usinasconsumiam e destilarias. Paraconsumidor ter ideia, safraEsse 2010/2011 unidades nos do industriais Estado de São em setor nosemundo, que atrai milhares de visitantes deprodutoras todas as regiões do Brasil e Paulo de mais de 40 países. Para se metro ter ideia, na safra 2010/2011 as unidades do Estado de São Paulo consumiam média 1,52 cúbico por tonelada cana. Naquela safra, segundo a União dae de Indústria de Cana-deAlém dos tradicionais eventos quedediscutem açõesprodutoras políticas, institucionais mercado, comoemo média 1,52 metro cúbico por tonelada de cana. safra, segundo União daque Indústria Açúcar (Unica), colhidas 362 de Naquela toneladas nos canaviais exigiram 550,2 avanço para a foram implementação do milhões Renovabio, o que chama a atençãoapaulistas, na programação dade25ªCana-deEdição da Feira asforam mais de 300 horas de conteúdo técnico,nos emcanaviais mais de paulistas, 100 palestras eventos,550,2 que deAçúcar (Unica), colhidas 362 milhões de toneladas que eexigiram milhões desão metros cúbicos de água. vem contribuir fortemente para a disseminação de inovações tecnológicas para a atividade. milhões metrosque cúbicos água. foi consumido pelas unidades produtoras. Há muito o setor Nãode significa todo de o volume E o que não falta são inovações tecnológicas para as usinas, sendo crescente sua adoção em todas Não significa eque todo o para volume foi consumido pelas unidades Há muito o setor empreende sistemas reduzir e tornar eficiente o uso doprodutoras. líquido. as áreas eações vertentes! Os cases bem-sucedidos de incorporação de inovações que se traduziram em empreende sistemas reduzir eempresas tornaralgumas eficiente o uso do líquido. O reusoações éeconômicos umae palavra depara ordem nasrevelam sucroenergéticas. Com ações como reuso, o setor resultados sustentáveis, premissas. A primeira é queo inovação requer O reuso é da uma palavra ordemasnão nas empresas Com ações comonao safra reuso, oaplicação setor maturidade equipe. Sede a equipe tem a percepção necessidade oudecapacidade para sucroenergético paulista despencou captações desucroenergéticas. água. Odaconsumo médio 1,52 2010/2011 de para determinada inovação, estasafra não será incorporada menos, nãodevai1,52 apresentar sucroenergético paulista despencou as2016/17. captações de água.ou,O pelo consumo médio na safraresultados 2010/2011à caiu 0,91 metro cúbico na usina. Outra premissa é que toda inovação requer engenharia para se integrar aos processos e sistecaiu Ou paraseja, 0,91emmetro cúbico safrapaulistas 2016/17.captaram 39,7% menos água para os processos industriais. dez anos as na usinas mas em operação na usina pois, na essência, trata-se de uma engenharia parcial que precisa respeitar Ouintegrar seja, em anos as usinas paulistas captaram 39,7% menos água para os processos industriais. queda resulta do fechamento defuncionamento. circuitos com reuso de água; dos mais processos e seA à dez engenharia total em Por último, eaprimoramento talvez a premissa importante, quedaestratégia resulta do fechamento de circuitos comereuso deda água; aprimoramento processos industriais, com maior eficiência e menor captação; avanço limpeza a seco comdos a colheita sejaA uma assertiva. Quando observamos as razões pelas quais a incorporação de inovações tecnológicas apresenta maus resultados, conseguimos identificar algumas estratégias que industriais, com maior eficiência e menor captação; e avanço da limpeza a seco com a colheitaderrotam a mecanizada. inovação tecnológica, mecanizada. As informações sobredentre uso deelas: água e a redução na captação pelas unidades foram apresentadas no dia Comodismo – “Deixe para depois.a Deixe os outros inovarem, quando aforam tecnologia pegar a no gente As informações sobre uso de águadaeAgricultura, redução naArnaldo captação pelas em unidades apresentadas dia 06 de junho pelo secretário estadual Jardim, evento na sede da Unica, em adota”. O equívoco desta estratégia é que tempo é dinheiro! Numa indústria de processo contínuo, 06 de junho pelo secretário estadual da Agricultura, Jardim, da Unica, em comemoração dos dezainda anos maior do Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético. esta equação tem impacto pois cadaArnaldo mês, cada ano em semevento o usonadasede inovação representa comemoração dosintegra dezda anos do Protocolo do Setorestaduais Sucroenergético. O Protocolo oempresa. Projeto Etanol Agroambiental Verde, das Secretarias da Agricultura e do Meio perdas no balanço Imediatismo – Famoso tapa buraco! Devido à falta de planejamento, adota-se parte O Protocolo integra o Projeto Etanol Verde, das Secretarias estaduais da oAgricultura e doou Meio Ambiente, e representa um modelo de parceria e diálogo desenvolvido entre setor produtivo e oapenas Estado.o conceito da inovação tecnológica mas não a solução original completa. Pode até funcionar, mas somente Ambiente, representa um modelo de cena parceria desenvolvido entre setor produtivo e o Estado. A segunda efase do Protocolo entra em nestee diálogo mês de julho, formatada poro técnicos das duas apresenta resultado em condições ideais, muito específicas, gerando custos e dependência de terceiros. A segunda fase Protocolo entra em cena neste mês de julho, formatada por técnicos das duas Secretarias e dado Unica. Personalismo – “É do jeito que eu quero”. Quando a estratégia é implantar a inovação que agraSecretarias ecomanda da Unica. mêse de entra em vigor cobrança pelo uso da água em quatro da bacias deNesse quemmesmo nãojulho, a inovação que faz amais sentido conforme a engenharia unidade. Nesse mesmo mês de entra emestá vigor a cobrança pelo usodeterminado da água em quatro baciasou parceria, Fisiologismo – Quando gestãoPardo, comprometida com fornecedor hidrográficas do Estado dejulho, São aPaulo: Baixo-Pardo/Grande, Sapucaí-Mirim e Mogi-Guaçu. independentemente aSão tecnologia se JornalCana, encaixa integralmente na engenhariaeda unidade ou dessas se vai hidrográficas Estado se dedesta Paulo: Baixo-Pardo/Grande, Mogi-Guaçu. Conformedoreportagem ediçãoPardo, do 55 unidadesSapucaí-Mirim sucroenergéticas captam água apresentar osmédio melhores resultados econômicos para a empresa. Conforme desta edição do JornalCana, sucroenergéticas bacias. O custoreportagem da cobrança de água por tonelada55deunidades cana varia de acordo comcaptam o reusoágua pelasdessas Corporativismo – Quando a inovação é a ideal do ponto de vista empresarial e até da engenhabacias. O custo cobrança de água tonelada de cana varia de acordo com o reusoda pelas unidades, mas amédio média é projetada entre R$por 0,03 ecapacidade R$ 0,12 pordetonelada. ria, mas distante da da realidade operacional e da implementação da equipe unidade, unidades, masexplica aomédia projetada 0,03 dessa e R$ 0,12 por tonelada. A Unica naéreportagem que oR$ avanço cobrança não assusta porque o setor complicando cumprimento deentre procedimentos, prazos e resultados planejados. eanos tantos desafios operacionais, importante ANum Unicamomento explica nadereportagem que o avanço cobrança assusta porque o setor comcompresucroenergético paulista semargens preparoutão aoapertadas longo dos dessa para arcar não com esse custo eé colaborar a gestão ender uma regra inexorável de que tanto a engenharia quanto a equipe são soberanas, e o papel de sucroenergético paulista se preparouo ao longo dos anos para arcar com esse custo(DAEE), e colaborar com a gestão das bacias hidrográficas. Conforme Departamento de Águas e Energia Elétrica do governo quem toma as decisões é adotar a melhor estratégia. O Brasil é atualmente o mais importante país das baciasoshidrográficas. Conforme Departamento de Águas Energia Elétricade(DAEE), doHídricos governo paulista, valores arrecadados como essa cobrança irão para oeFundo Estadual Recursos desenvolvedor de tecnologias para a produção de açúcar e etanol a partir da cana-de-açúcar e, em paulista, osque valores arrecadados comdemandados essa cobrança irãopróprias para o Fundo Estadual de possui Recursos Hídricos (Fehidro), os usará nospúblicas projetos pelas bacias. conjunto com políticas sustentáveis, como pretende o RenovaBio, todas as condi(Fehidro), que usará nos projetoso Dia demandados pelas próprias bacias. Nopara mês emosque se comemora Mundial Meio Ambiente, usinas fazem questãoede reassumir ções garantir a competitividade de nossasdo usinas. A vitória daasinovação tecnológica estratégica é maximizar a performance dos ativos e reduzir custos de produção. Com este foco, devemos inovar No mês em que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente, as usinas fazem questão de reassumir e manifestar seu compromisso com o meio ambiente e com o uso sustentável de água. E água é sinônimo sempre, começando por evitar as 5 más estratégias aqui citadas. edemanifestar seu compromisso com o meio ambiente e com o uso sustentável de água. E água é sinônimo vida! Boa leitura! de vida! Boa leitura! Boa leitura! NOSSOS PRODUTOS EVENTOS PUBLICAÇÕES PRODUTOS NOSSOS
ISSN 1807-0264 ISSN 1807-0264 Fone 16 3512.4300 Fax 3512 4309 Av. Costábile Romano, 1.544 - Ribeirânia Fone 16 3512.4300 FaxPreto 3512— 4309 14096-030 — Ribeirão SP Av. Costábile Romano, 1.544 - Ribeirânia procana@procana.com.br 14096-030 — Ribeirão Preto — SP procana@procana.com.br
NOSSA MISSÃO NOSSA MISSÃO
“Desenvolver o agronegócio “Desenvolver o agronegócio sucroenergético, disseminando sucroenergético, conhecimentos,disseminando estreitando conhecimentos, relacionamentosestreitando e gerando relacionamentos e gerando negócios sustentáveis” negócios sustentáveis”
� Presidente Josias Messias � Presidente josiasmessias@procana.com.br Josias Messias josiasmessias@procana.com.br � Comitê de Gestão - Comercial & Eventos Rose Messias � Comitê de Gestão - Comercial & Eventos rose@procana.com.br Rose Messias rose@procana.com.br � Comitê de Gestão - Relacionamento Com Clientes Lucas Messias � Comitê de Gestão - Relacionamento Com Clientes lucas.messias@procana.com.br Lucas Messias lucas.messias@procana.com.br � Comitê de Gestão - Controladoria & TI Mateus Messias � Comitê de Gestão - Controladoria & TI presidente@procana.com.br Mateus Messias presidente@procana.com.br � Comitê de Gestão - Jornalismo Alessandro Reis - editoria@procana.com.br � Comitê de Gestão - Jornalismo Alessandro - editoria@procana.com.br Gestão - Marketing � Comitê deReis Luciano Lima � Comitê de Gestão - Marketing luciano@procana.com.br Luciano Lima luciano@procana.com.br
www.jor nalcana.com.br www.jor nalcana.com.br COLABORADORES � Relacionamento Com Clientes COLABORADORES Robertson Fetsch 16 9 9720 5751 � Relacionamento Com Clientes publicidade@procana.com.br Robertson Fetsch 16 9 9720 5751 publicidade@procana.com.br � Assistente Thaís Rodrigues � Assistente thais@procana.com.br Thaís Rodrigues thais@procana.com.br � Assinaturas & Exemplares Paulo Henrique Messias (16) 3512-4300 � Assinaturas & Exemplares atendimento@procana.com.br Paulo Henrique Messias (16) 3512-4300 www.loja.jornalcana.com.br atendimento@procana.com.br www.loja.jornalcana.com.br
� Arte Gustavo Santoro - arte@procana.com.br � Arte Gustavo � Editor Santoro - arte@procana.com.br Delcy Mac Cruz - editor@procana.com.br � Editor Mac Delcy Diagramação � Editor deCruz Arte -- editor@procana.com.br Diagramação Gaspar MartinsBadur - diagramacao@procana.com.br José Murad � Editor de Arte - Diagramação José Murad Badur FINANCEIRO contasareceber@procana.com.br FINANCEIRO contasapagar@procana.com.br contasareceber@procana.com.br contasapagar@procana.com.br
JornalCana - O MAIS LIDO! PUBLICAÇÕES Anuário da Cana Brazilian Sugar- and Ethanol Guide JornalCana O MAIS LIDO! AAnuário Bíblia do da Setor! Cana Quem é QuemSugar no setor sucroenergético Brazilian and Ethanol Guide A Bíblia do Online Setor! JornalCana Quem é www.jornalcana.com.br Quem no setor sucroenergético BIO & Sugar JornalCana Online International Magazine www.jornalcana.com.br Mapa BIO Brasil& de Unidades Sugar Produtoras de Açúcar e Álcool International Magazine Mapa Brasil de Unidades Produtoras de Açúcar e Álcool
Prêmio MasterCana EVENTOS Tradição de Credibilidade e Sucesso Prêmio MasterCana Tradição de Credibilidade Fórum ProCana e Sucesso USINAS DE ALTA PERFORMANCE Fórum ProCana USINAS DE ALTA SINATUB Tecnologia PERFORMANCE Liderança em Aprimoramento Técnico SINATUBe Atualização Tecnologia LiderançaTecnológica em Aprimoramento Técnico e Atualização Tecnológica
Artigos assinados (inclusive os das seções Negócios & Oportunidades e Vitrine) refletem o ponto de vista dos autores Artigos assinados (inclusive os das seções Negócios & (ou das empresas citadas). JornalCana. Direitos autorais e Oportunidades e Vitrine) refletem o ponto de vista dos autores comerciais reservados. É proibida a reprodução, total ou (ou das empresas citadas). JornalCana. Direitos autorais e parcial, distribuição ou disponibilização pública, por qualquer comerciais reservados. É proibida a reprodução, total ou meio ou processo, sem autorização expressa. A violação dos parcial, distribuição ou disponibilização pública, por qualquer direitos autorais é punível como crime (art. 184 e parágrafos, meio ou processo, sem autorização expressa. A violação dos do Código Penal) com pena de prisão e multa; conjuntamente direitos autorais é punível como crime (art. 184 e parágrafos, com busca e apreensão e indenização diversas (artigos 122, do Código Penal) com pena de prisão e multa; conjuntamente 123, 124, 126, da Lei 5.988, de 14/12/1973). com busca e apreensão e indenização diversas (artigos 122, 123, 124, 126, da Lei 5.988, de 14/12/1973).
ACONTECE
Setembro 2017
FOTOS DIVULGAÇÃO
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Simpósio Internacional de Tecnologia de Aplicação O Centro de Engenharia e Automação do Instituto Agronômico (IAC) e a FEPAF – Fundação de Estudos e Pesquisas Agrícolas e Florestais organizarão, de 11 a 13 de setembro de 2017, o VIII Sintag – Simpósio Internacional de Tecnologia de Aplicação. Com um histórico de sete edições nos últimos 20 anos (o primeiro SINTAG aconteceu em 1996), este evento fundamentou o desenvolvimento da tecnologia de aplicação no Brasil. O evento será realizado em três dias de atividades em Campinas/ SP, contando com palestras, painéis tecnológicos, discussões e reuniões técnicas. fenasucro.pdf 09/08/2017 12:32:09
5º curso de Processos, Fermentação e Produção de Etanol Promovido pela ProCana Sinatub, no dia 20 de setembro, o curso pretende apresentar casos e informações relevantes sobre avanços técnicos e inovações tecnológicas nas áreas de processos, tratamento de caldo, filtragem, fermentação, destilação, desidratação e tratamento de vinhaça, visando o máximo aproveitamento da matéria-prima e de energia, redução de custos, melhorias na qualidade e otimização da produção de açúcar e etanol, apresentadas e discutidas por gestores de usinas e especialistas da área. Inscrições: (16) 3512.4300 WhatsApp: 16 99153.8690 thais@procana.com.br
Prêmio MasterCana Brasil 2017 A premiação é um dos eventos mais expressivos do setor. Reunindo os principais CEOs, empresários e executivos dos principais grupos da agroindústria canavieira, a solenidade acontece na noite de segunda-feira, dia 6 de novembro de 2017, na Villa Bisutti, em São Paulo, capital. Informações: evento@procana.com.br (16) 3512 -4300
Conferência Datagro A 17ª Conferência Internacional sobre Açúcar e Etanol, que será realizada nos dias 6 e 7 de novembro, é um dos mais importantes eventos do calendário mundial do açúcar e etanol. O foco continuará sendo valorizar conteúdo de mercado, disseminar conhecimento de novas tecnologias e políticas públicas, além estimular o networking entre os participantes. Informações: www.conferenciadatagro.com.br
AGRÍCOLA
Setembro 2017
FEITA PELA QUÍMICA DESSE POVO CHEIO DE ENERGIA
Atuação em vários segmentos
Processos de qualificação contínua de mão de obra Investimentos em infraestrutura
Matérias-primas que não agridem ao meio ambiente
Fórmulas que melhoram seu desempenho
Crescimento ecônomico em meio à crise
É com dedicação e trabalho que a Onibras retribui a confiança que recebe desse país para produzir cada vez mais soluções eficazes, valorizando suas raízes consolidadas junto ao seu povo, de ponta a ponta em todo o Brasil.
Certificações Kosher e ISO 9.002
SUGARPOL
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MERCADO
Setembro 2017
DIVULGAÇÃO
EDUARDO VASCONCELLOS ROMÃO, PRESIDENTE DA ORPLANA
“Estamos atentos” Presidente da principal entidade de associações de fornecedores explica porque o produtor de cana foca cada vez mais suas atenções no mercado sucroenergético
elaborou 19 projetos estratégicos para os próximos dez anos, como fortalecer a comunicação interna e externa, levar o conhecimento gerado no setor ao produtor para torná-lo mais eficiente na produção e ter um negócio rentável e sustentável, além de ampliar a atuação da entidade em Minas e no Centro-Oeste. Mais da metade desses projetos está em curso.
BRÁS HENRIQUE, DE RIBEIRÃO PRETO (SP)
Eventos como a Fenasucro são uma oportunidade também para o produtor/fornecedor investir em tecnologia para o seu negócio nas próximas safras? Sim, a feira é importante no cenário do agronegócio e o produtor participa do evento, como é tradição, para fazer negócios e conhecer as novidades. A busca por ganhos tecnológicos para baixar os custos é incessante para permanecer no negócio. E também teremos o Encontro Internacional de Produtores, um evento dentro da feira marcante para fortalecer a comunicação. É uma oportunidade de vitrine e divulgação da nossa imagem, além do contato internacional com os demais produtores.
‘O produtor de cana-de-açúcar está atento ao mercado e na busca por eficiência e no aumento da produtividade. Por isso marca presença em eventos a Feira Internacional de Tecnologia Sucroenergética (Fenasucro), realizada em agosto, em Sertãozinho (SP). Mas não é só isso. Além de frequentar eventos, o fornecedor de cana participa de mobilização da categoria. Eduardo Vasconcellos Romão, presidente da Organização de Plantadores de Cana da Região Centro-Sul do Brasil (Orplana), explica, na entrevista a seguir, sobre tendências do setor e de sua entidade, que contempla 24 associações de fornecedores de São Paulo, 4 de Goiás, 4 de Minas Gerais e 1 do Mato Grosso/Mato Grosso do Sul). Juntas, as associações da Orplan integram 17 mil produtores que fornecem cerca de 70 milhões t cana/ano. Tamanho volume equivale a 12,5% de toda a cana-de-açúcar processada pelas unidades da região Centro-Sul do país. JornalCana - O sr. preside a Orplana desde 2016. Qual a tendência do papel do fornecedor de cana? Eduardo Vasconcellos Romão Nesse período, minha administração
O produtor de cana está satisfeito? Não podemos ser ingênuos e desconsiderar os oito anos de política pública equivocada, que a renovação do canavial não foi a contento, a fertiliza-
ção, o controle de pragas e doenças. O ano de 2016 foi o primeiro dentro de um cenário mais adequado, a falta de açúcar no mercado internacional puxou o preço e tivemos essa oportunidade. Teve um certo alívio. E neste 2017? Neste ano os preços já regrediram um tanto além do que imaginávamos e temos que nos reposicionar para ver como atravessar esse momento. É preciso ter como política pública o RenovaBio, iniciativa do governo federal e do setor como um todo para colocar o etanol na matriz energética e tirá-lo do mercado à vista. O produtor de cana está se movimentando para ampliar a produtividade e, consequentemente, o lucro? Tudo é causa e consequência. 2016 já foi um alento, mas não o suficiente. A busca por eficiência é constante, assim como a sustentabilidade. Cerca de 100 técnicos extensionistas das 33 associações da Orplana estão levando resultados de pesquisas ao nosso produtor, do Centro-Sul, para mudar o seu patamar de produção, tornando-o mais eficiente no processo para aumentar a produtividade. A pesquisa é fundamental para isso. Como o produtor reage à futura cobrança pelo uso da água captada
“100 TÉCNICOS EXTENSIONISTAS DAS 33 ASSOCIAÇÕES DA ORPLANA ESTÃO LEVANDO RESULTADOS DE PESQUISAS AO NOSSO PRODUTOR PARA MUDAR SEU PATAMAR DE PRODUÇÃO, TORNANDO-O MAIS EFICIENTE"
de rios e lençóis freáticos? Alguns Comitês de Bacias já têm o processo de cobrança, outros não. O benefício sempre virá. Não somos irrigantes recorrentes, o maior consumo é das agroindústrias, todas com processo mais eficazes no uso da água. Ao longo do tempo isso vem sendo acolhido e vem em benefício de toda a sociedade. Não vai onerar num primeiro momento, mas estamos atentos. É um caminho sem volta. Qual a expectativa do produtor diante da revisão do Consecana? Consecana é um instrumento de precificação, com parte de produtores e industriais pela Unica e a Orplana pelos produtores. Estamos no período de renovação, o pleito é constante, sempre estamos nos alinhando e nos preparando para que isso avance. A dificuldade está instalada, com anos de represamento em investimentos. As tratativas seguem nos fóruns adequados para avançar, para que o produtor continue na produção. E qual é o futuro do fornecedor de cana particular? Existe espaço para crescimento num setor cada vez mais integrado por grandes corporações? É preciso descruzar os braços e estarmos cientes desse cenário, de profissionalização. A Orplana caminha há vários anos com sensibilidade e atenta a esse momento econômico, que passa não só Brasil, mas os outros países: profissionalização e eficiência de processos. Produzimos uma matéria-prima sustentável, de qualidade. É interessante ocupar esse espaço, nos posicionar. Estamos no caminho certo.
ENGENHEIRO E FILHO DE PRODUTORES DE CANA Eduardo Vasconcellos Romão, 57 anos, nasceu em Jaú (SP) e é engenheiro agrônomo, formado na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), de Piracicaba, e de uma família de produtores de cana do município. Desde 2011 é presidente da Associação de Produtores de Cana da Região de Jaú (Associcana) e, desde 2016, preside a Orplana. Sempre esteve ligado e foi participante ativo das reuniões da Orplana, até ser eleito. “Tudo o que faço está incorporado na entidade, me considero um produtor dela”, afirma Romão. “Acredito na nossa organização e sou um incentivador que convida outros produtores para que venham ajudar a nos fortalecer”, emenda ele.
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A hora e a vez da Geração Distribuída Sistema prevê fornecimento de eletricidade para consumidor próximo da unidade geradora e é oportunidade de negócio para as usinas de cana RAISSA SCHEFFER, DE RIBEIRÃO PRETO (SP)
ILUSTRAÇÃO GASPAR MARTINS
Praticada até a década de 40, a geração de energia elétrica perto do consumidor, ou Geração Distribuída (GD), volta a ser uma alternativa para o mercado nacional. Ela ressurge diante um cenário economicamente instável, no qual a frequente escassez de reserva nas hidrelétricas obriga ao acionamento de termelétricas poluentes – e caras, muito caras. O modelo é simples: por meio de contrato com preço pré-estabelecido, a unidade termelétrica (UTE) atende diretamente o consumidor. As unidades produtoras do setor sucroenergético estão inseridas no modelo GD porque têm capacidade para gerar excedente elétrico a partir de biomassa. E apenas no estado de
São Paulo mais de 100 delas estão localizadas a menos de 20 quilômetros dos perímetros urbanos. Ou seja, são vizinhas de potenciais consumidores. “O crescimento da GD nos próximos anos parece inexorável”, atesta o Instituto Nacional de Eficiência Energética (INEE). GD entra em cena nos anos 90 A partir da década de 90, a reforma do setor elétrico brasileiro permitiu a competição no serviço de energia, informa o Instituto Nacional de Eficiência Energética (INEE). E isso criou a concorrência e estimulou todos os potenciais elétricos com custos competitivos. “Com o fim do monopólio da geração elétrica, em meados dos anos 80, o desenvolvimento de tecnologias voltou a ser incentivado com visíveis resultados na redução de custos”, relata. O mercado de Geração Distribuída, conforme o INEE, ganhou impulso com a Lei 10.848, de 2004, que a lança como uma das possíveis fontes de geração de energia. Existe também outra ponte de apoio: a Resolução Normativa 482 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), de 2012. Atualmente, o Ministério de Mi-
nas e Energia (MME) coordena proposta de medias legais para viabilizar o futuro do setor elétrico com sustentabilidade a longo prazo. Essa proposta certamente irá deliberar sobre a GD. Outorgas Hoje, segundo a Aneel, o Brasil tem 3 mil UTEs em funcionamento, o que representa uma potência instalada de 41.015 MW. Desse total, 2,3 mil unidades geram até 5 MW. E são mais 32 unidades em construção, com uma potência outorgada de 2.978 MW. A GD é uma oportunidade para o setor sucroenergético expandir negócios e conseguir consolidar sua recuperação econômica, abalada nos últimos anos por conta principalmente da gestão pública. A biomassa cresce sua participação como fonte geração na matriz energética brasileira. “O setor sucroenergético detém hoje em torno de 7% da potência outorgada no Brasil e 77% da fonte biomassa, sendo a terceira fonte de geração mais importante, atrás da fonte hídrica e das termelétricas com gás natural”, afirma Zilmar Souza, gerente de Bioeletricidade da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica).
O QUE É GD A Geração Distribuída (GD) é uma expressão usada para designar a geração elétrica realizada junto ou próxima do consumido independente da potência, tecnologia e fonte de energia. As tecnologias de GD têm evoluído para incluir potências cada vez menores.
FONTE: INSTITUTO NACIONAL DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA (INEE)
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GD é inovação socioambiental Esta é a avaliação sobre a modalidade Geração Distribuída apresentada pela Aneel, a agência reguladora de energia elétrica do governo federal RAISSA SCHEFFER, DE RIBEIRÃO PRETO (SP)
Desde 2012, com a Resolução Normativa 482/2012 da Aneel, o consumidor brasileiro pode gerar sua própria energia elétrica a partir de fontes renováveis ou cogeração qualificada. Pode inclusive fornecer o excedente para a rede de distribuição de sua localidade. Segundo a Aneel, as chamadas micro e a minigeração distribuídas de energia elétrica são inovações que podem “aliar economia financeira, consciência socioambiental e autossustentabilidade.” Ainda segundo a Aneel, estímulos à geração distribuída se justificam pelos potenciais benefícios que tal modalidade pode proporcionar ao sistema elétrico. Biomassa da cana Segundo Newton Duarte, pre-
sidente da Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen), a microgeração – de até 5 MW- ainda não faz sentido para o setor sucroenergético, porque as unidades que geram energia a partir do bagaço têm capacidade acima dos 30 MW. “Mas a geração distribuída é uma tendência de mercado, seja com a microgeração ou para o mercado sucroenergético. Há muitas oportunidades de crescimento”, explica. Conforme ele, o mercado para a geração e distribuição de energia da biomassa de cana tem forte potencial e a Cogen trabalha nesse sentido. Uma prova, emenda, é projeto da Cogen encaminhado ao governo federal. No projeto, a entidade pede que as usinas a biomassa possam utilizar um mecanismo de garantia física temporária aumentada em períodos de bandeira vermelha ou até mesmo amarela, e aproveitar sua capacidade nominal de geração de energia. “A ideia é a de proporcionar a venda da produção adicional no mercado livre para aproveitar o valor mais elevado do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD), o que estimularia usinas a injetar cerca de 15% a mais de energia na rede próximo ao centro de carga”, explica. A Cogen, atesta Darte, também conversa com o governo sobre as
regras da microgeração. “Fazer a distribuição dessa energia no mercado não é interessante para as distribuidoras, por isso estamos levando ao governo essa proposta”, diz. Hoje, quando a quantidade de energia gerada pela UTE em determinado mês for superior à energia consumida naquele período, o consumidor fica com créditos que podem ser utilizados para diminuir a fatura dos meses seguintes e o prazo de validade dos créditos é de 60 meses. Para onde caminha a GD? Hoje, segundo apurou o JornalCana junto a instituições, 11% da potência instalada vem da geração distribuída. Em todo o mundo são 150 mil MW e deverão ser 350 mil até 2025. Sem dúvida, há uma tendência de mercado para a GD, que é uma vantagem para o setor elétrico. Hoje, em relação à biomassa da cana, há muita sobra de bagaço. Então, mesmo com o aumento na demanda por energia, não há risco de faltar material ou não cumprimento de contratos de entrega da eletricidade adquirida por esse sistema. Dentro do setor sucroenergético ainda existe uma séria de processos e fontes que podem ser exploradas.
Há muitas técnicas, como o biogás da vinhaça e também a produção de biogás junto com a moagem. A GD reforça essa oferta de oportunidades dentro das unidades produtoras. Quanto custa uma UTE R$ 150 milhões é o investimento aproximado em uma unidade termelétrica (UTE) com capacidade de até 30 MW. Investir em uma UTE é bom negócio? Sim, segundo a Associação da Indústria de Cogen (Cogeração de Energia). Além das oportunidades de negócio, o retorno de investimento em uma UTE é significativo. Segundo Newton Duarte, presidente da Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen), em até 7 anos é possível recuperar um investimento de R$ 150 milhões feito em uma unidade com capacidade até 30 MW. “[As unidades usam] caldeiras que funcionam por até 50 anos, com a manutenção correta. Temos casos de usinas que funcionam há aproximadamente 100 anos no País”, conta. Ainda segundo Duarte, hoje, a média de investimento é de R$ 5 mil por KW instalado. E o apoio do BNDES continua sendo fundamental.
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Safras longas geram mais ganhos com bioeletricidade Contratos de venda de energia criam previsibilidade de receita para as usinas de cana em meio à volatilidade dos preços de etanol RENATO ANSELMI, DE CAMPINAS (SP)
A venda de energia é muito saudável, possibilitando a diversificação de receita e a otimização do aproveitamento da matéria prima, afirma Renato Pretti, da CerradinhoBio, com unidade produtora em Chapadão do Céu (GO). “Em meio à volatilidade dos preços do etanol, é importante a receita dos contratos indexada à IPCA com uma previsibilidade saudável e também os upsides que o mercado livre historicamente proporciona”, avalia. Em decorrência de algumas medidas adotadas no gerenciamento de sua produção e também devido aos investimentos realizados em seu parque industrial, a CerradinhoBio tem conseguido ampliar o período de geração de bioeletricidade durante o ano, o que possibilita a elevação de ganhos com esse produto. Ativos “A CerradinhoBio vem trabalhando, nos últimos anos, com safras longas visando maximizar a utilização dos ativos de maneira racional, com um manejo agrícola
adequado e uma manutenção industrial que suporte a operação durante mais de trezentos dias de safra”, comenta Renato Pretti. A continuidade de exportação de energia durante a entressafra ocorre em função de disponibilidade de biomassa e do planejamento das manutenções de caldeiras e dos equipamentos de cogeração – observa. “Com a nova caldeira, ganhamos flexibilidade operacional. Os dois turbogeradores de condensação permitem gerar em dias de entressafra com eficiência”, afirma. A diversificação da matéria-prima utilizada na geração de bioeletricidade também está no radar da CerradinhoBio. Segundo Renato Pretti, dependendo do mercado de energia, a unidade vai utilizar outras fontes, como palha e cavaco. “Além disso, naturalmente a cana da CerradinhoBio possui 12% a 13% de impureza vegetal que segue a rota normal da matéria-prima, juntando-se ao bagaço para geração de energia”, diz. Essa unidade goiana realizou recentemente algumas operações de palha enfardada com uma frente própria de recolhimento – revela o gerente de planejamento estratégico e projetos da empresa. Ele observa que a utilização de biomassa com maior Poder Calorífico Inferior (PCI) demanda mais atenção no controle da temperatura e dosagem, principalmente na caldeira de grelha rotativa. A expectativa da CerradinhoBio – observa Renato Pretti – é que a
“A CERRADINHOBIO VEM TRABALHANDO, NOS ÚLTIMOS ANOS, COM SAFRAS LONGAS VISANDO MAXIMIZAR A UTILIZAÇÃO DOS ATIVOS DE MANEIRA RACIONAL, COM UM MANEJO AGRÍCOLA ADEQUADO E UMA MANUTENÇÃO INDUSTRIAL QUE SUPORTE A OPERAÇÃO DURANTE MAIS DE TREZENTOS DIAS DE SAFRA” RENATO PRETTI
operação seja mais estável na caldeira de leito fluidizado. Mas, ainda não foram testados palha e cavaco neste equipamento. Cerradinho dobra capacidade A comercialização de bioeletricidade desempenha um papel estratégico para a sobrevivência e a saúde financeira de diversas unidades e grupos sucroenergéticos. Para a Cerradinho Bioenergia, de Chapadão do Céu (GO), por exemplo, a importância da venda se energia não é apenas teórica. Algumas ações têm sido desenvolvidas para que a bioeletricidade ocupe um lugar de destaque nos negócios da empresa. Com aproximadamente R$ 250 milhões de investimento – realizado recentemente em seu parque industrial –, a CerradinhoBio dobrou sua capacidade de exportação de bioeletricidade. Foram utilizados recursos próprios e oriundos das parcerias com BNDES e IFC – integrante do Grupo Banco Mundial – informa Renato Pretti, gerente de planejamento estratégico e projetos da empresa. Uma nova termelétrica, praticamente, foi instalada com a nova caldeira de 67 bar e 400 toneladas e os dois turbo-
geradores de 45 MW cada adquiridos pela CerradinhoBio, revela. “Temos uma exportação em torno de 100 kWh/tonelada de cana. Nesta safra exportaremos 540 GWh para uma moagem de 5,4 milhões de toneladas de cana, algo praticamente inédito para o setor”, enfatiza. Essa unidade de Chapadão do Céu tem capacidade de processamento de até 6,2 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por ano. Biomassa A perspectiva da CerradinhoBio, para os próximos anos, é atingir a comercialização de 620 GWh com biomassa própria. “Ainda temos capacidade industrial para absorver biomassa alternativa e chegar em aproximadamente 800 GWh”, ressalta. A capacidade instalada dessa unidade é de 160 MW médios. Na geração de energia, a CerradinhoBio possui dois turbogeradores de contrapressão de 35 MW cada e dois de condensação com 45 MW. Na geração de vapor, essa unidade conta com uma caldeira de grelha rotativa de 340 t/h e a nova caldeira de 400 t/h de leito fluidizado, ambas com 67 bar de pressão – detalha Renato Pretti.
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Ponto certificado diminui número de equipamentos e reduz custos A gestão de pessoas nas usinas será facilitada com o lançamento do ponto eletrônico certificado. A solução foi desenvolvida pela Markanti Tecnologia para o mercado sucroenergético através de uma parceria com a Stefanini. Com a solução, gestora do setor de recursos humanos podem reduzir o número de equipamentos para acompanhamento diário das atividades. “É possível fazer desde o apontamento de produção até o ponto eletrônico do funcionário, evitando assim a utilização de dois equipamentos para cada atividade”, explica Adriano Cantadeiro, diretor da Markanti Tecnologia. A solução atende a normativa da portaria 373 de 2011 do Ministério
do Trabalho e Emprego (MTE), que regulamenta os sistemas alternativos de controle e jornada de trabalho, além de utilizar a certificação oficial da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP Brasil), cadeia hierárquica e de confiança com irrefutabilidade com a tecnologia da ACT BRy, Autoridade Carimbo do Tempo. Assim, cada marcação possui validade jurídica reconhecida reduzindo passivos e oferecendo segurança jurídica. Com o produto é possível realizar o ciclo completo de marcação de ponto, ou seja, registrar, carimbar e armazenar as marcações do colaborador em centrais de dados independentes. Registrar a localização do registro e garantir pessoalidade.
“A solução é flexível e atende às necessidades do setor sucroenergético, para o qual a existência de um relógio de ponto físico não é prático”, afirma Alexandre Winetzki, diretor da Stefanini. A solução é totalmente móvel, conta com estrutura na nuvem e em alta velocidade de implementação, porém opera normalmente mesmo off-line, além de se integrar com os softwares de gestão do mercado, gerando eficiência no controle das horas trabalhadas, gestão de equipes, além da redução de custos de RH e back-office. MARKANTI TECNOLOGIA (16) 3941.3367 WWW.MARKANTI.COM.BR
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De brinquedo a ferramenta RENATO ANSELMI, DE CAMPINAS (SP)
Regulamentação feita pela Aneel profissionaliza a atividade dos drones e cria condições para uma mínima seletividade dos prestadores de serviços A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aprovou em maio o regulamento para o uso das aeronaves remotamente pilotadas, os drones. Além de disciplinar o uso desses veículos na área urbana, as regras estabelecem diretrizes para a operação dos drones no campo, possibilitando inclusive uma maior profissionalização da atividade que tem se tornado um recurso da agricultura de precisão cada vez mais utilizado no manejo das lavouras de cana-de-açúcar. Entre outras medidas, a regulamentação exige registro de todos os drones – conhecidos também como Veículos Aéreos Não Tripulados (Vants) – com peso superior a 250 gramas. Até 25 quilos, o cadastro do equipamento pode ser feito pela internet, caso o veículo não voe acima de 400 pés, aproximadamente120 metros.
Para os drones com mais de 25 quilos, existe a necessidade da realização de registro no Sistema Aeronáutico Brasileiro, como ocorre com as aeronaves tripuladas. Habilitação Outra novidade é a obrigatoriedade de habilitação para os pilotos de equipamentos com mais de 25 kg. As informações detalhadas sobre as regras para o uso de drones estão disponíveis no site www. anac.gov.br/drones. Adeus à ilegalidade “A regulamentação é considerada relevante, porque cria um amparo jurídico para a atividade que era executada em situação de ilegalidade”, observa José Paulo Molin, professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP), campus de Piracicaba (SP). “Agora, as iniciativas nessa área podem ser levadas adiante comercialmente”, ressalta. “Isto é ótimo.”
Seletividade Uma das consequências dessa medida será uma mínima seletividade em prol da qualidade. “Havia uma atuação na agricultura e, especificamente nas áreas de cana-de-açúcar, com muito improviso. Além da redução dessa situação, ocorrerá uma padronização mínima dos serviços que deverá resultar em melhor qualidade”, diz o professor. Em decorrência dessa seletividade, a realização de serviços, deverá apresentar valores com um patamar um pouco mais elevado – constata. “As empresas idôneas cumprem as exigências. Mas, isto tem um custo. Haverá, no entanto, uma compensação, pois a qualidade dos serviços será melhor”, comenta. José Molin participou inclusive ativamente dos debates sobre a regulamentação do uso dos drones na comissão brasileira de agricultura de precisão no Ministério da Agricultura, da qual ele foi presidente de 2012 até o início de 2017.
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“Tiraram os aventureiros do mercado” A aprovação da regulamentação é positiva para quem atua de maneira séria neste segmento, explica Gabriel Evangelista, diretor técnico de uma empresa de geotecnologia e radiocomunicação da região de Bauru (SP). “Ela serviu para tirar os aventureiros do mercado. Há quem ofereça serviços mais baratos, mas não possui certificação dos drones”, observa. Evangelista conta que a empresa, da qual é um dos sócios, utiliza drone até 2,5 quilos, que precisa ser cadastrado no site da Anac. Certificado Esse procedimento gera um certificado
com a foto e o número de série, que é fixado no drone “como se fosse um número de chassi”. Na aplicação de agroquímico liquido o drone pode chegar até 150 kg. “Mas, eu desconheço quem esteja utilizando. Drone que usa agroquímico não ultrapassa de 25 a 30 kg”, diz. Para a pilotagem de drones com 250 gramas até 25 kg, é necessário ter 18 anos. Se o veículo aéreo ultrapassar esse porte (acima de 25 kg), as exigências aumentam: o operador deve realizar um curso mais específico, como se fosse um piloto privado habilitado pela Anac – informa Gabriel Evangelista. “O drone é semi-automático, mas o piloto
pode, a partir de um programa, interferir nele a qualquer momento”, explica. Se o piloto não conseguir mais visualizar o drone durante a operação, o veículo muda de classe e passa a ser de outra modalidade, o que exige novo certificado na Anac, esclarece. Existe a necessidade de contar, nessa situação, com a ajuda de outro operador para que seja mantido o contato visual com o veículo. Rádio Para a operação desses veículos aéreos não tripulados, existe também a necessidade de utilização de rádio que deve ter certificação da Anatel que cuida do sistema de radiocomunicação.
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Antes da operação do drone, há o pedido de liberação de voo junto ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea). “Mesmo até 25 kg, há uma análise. O Decea pode não autorizar o voo, se for passar uma aeronave na mesma área, mesmo a 120 metros”, observa. Mesmo com as turbulências econômicas do Brasil, há um aumento do uso de drone no setor sucroenergético, afirma Gabriel Evangelista, da empresa especializada de Bauru. “Se houver uma área de difícil acesso, é possível monitorar o local com um drone. Após uma chuva, não se consegue nem trafegar com um carro em algumas áreas. O drone decola de uma área e trabalha no local, de di-
fícil acesso, com um determinado objetivo”, exemplifica. “Os nossos drones têm sido mais utilizado para monitoramento e controle biológico de pragas, e na aquisição de imagens para mostrar se está ocorrendo erosão na área, falha no plantio, mato competição”, comenta. Poucas De acordo com ele, há poucas unidades e grupos sucroenergéticas que possuem os seus próprios drones. Na maioria dos casos, há uma terceirização dos serviços nessa área. O pacote completo inclui captação, processamento e interpretação de imagens, e, dependendo do
caso, a aplicação de inseticida biológico. Segundo o professor da Esalq, José Paulo Molin, uma das operações de drones nas áreas de cana tem os dias contados. Trata-se da recuperação das linhas de plantio. “A usina que perdeu as linhas, ou não tinha essas linhas, precisa delas para fazer a colheita com piloto automático na colhedora”, diz.
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A responsabilidade na
matriz energética e suas oportunidades Em 2016, do total de geração da bioeletridade para o SIN, a biomassa da cana de açúcar respondeu por mais de 90% ofertando mais de 21 TWh a rede FOTOS DIVULGAÇÃO
Há exatos 30 anos, quando as primeiras usinas sucroenergéticas iniciaram a exportação dos excedentes de energia elétrica, um novo produto entrou para seu portfólio de produção: a Bioeletricidade. Atualmente, a biomassa da cana é responsável pela 3ª posição na matriz elétrica brasileira, com 11.205 MW instalados, correspondentes à 6,9% da potência outorgada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Isso foi acelerado pelo “apagão de energia” dos anos 2000, provocando a reestruturação do setor elétrico nacional. A partir de então, as unidades sucroenergéticas intensificaram seus investimentos em caldeiras de alta pressão e temperatura que, combinadas com as turbinas a vapor de contrapressão e condensação, aumentaram consideravelmente a capacidade instalada desta fonte de energia. Em 2016, segundo a EPE (Empresa de Pesquisa Energética), das 378 unidades sucroenergéticas em operação, apenas 175 exportavam excedentes de Bioeletricidade para a rede. Assim, há um potencial de mais de 200 plantas que podem passar por um processo de reforma (retrofit), aproveitando plenamente o bagaço e a palha, tornando-se grandes geradoras de Bioeletricidade. Contribuindo há 25 anos para esse setor, a TGM destaca-se no fornecimento de Turbinas, Redutores e Serviços e hoje está presente em mais de 75% dos empreendimentos geradores de energia por biomassa. Com tecnologia própria, a empresa desenvolve seus equipamentos com foco na eficiência, segurança e disponibilidade operacional, que, associados aos estudos de balanço térmico dessas plantas, formam o estado da arte em eficiência na geração de energia. Hoje, a empresa investe no desenvolvimento e potencialização da geração de energia, com o projeto engenharia operacional: uma opção de viabilidade energética para as plantas.
O acordo de Paris de 2016 impulsionará a geração e cogeração pela fonte de biomassa
Engenharia Operacional TGM foca em maior eficiência energética para cogeração
A competividade no mercado de geração de energia elétrica vem aumentando gradativamente nas últimas décadas no Brasil e a necessidade de instalações mais eficientes, redução de custos operacionais e a gestão da operação nas térmicas mostram-se de vital importância para isso. Muitas plantas foram aumentando seus processos sem analisar o impacto no ciclo térmico e, acabaram tendo que rebaixar vapor para atender o processo, devido a limites no projeto dos equipamentos. A Engenharia Operacional da TGM utiliza um algoritmo para a determinação do desempenho térmico das turbinas a vapor levando em consideração a operação atual da seção de fluxo da turbina, calculando os parâmetros do vapor e os seus desvios a partir dos dados do projeto. Um dos integrantes do projeto Leonardo Buranello explica que, ao realizar melhorias no desempenho térmico das turbinas a vapor, a indústria consegue obter vantagens econômicas no mercado pela redução dos seus custos de operação e o aumento da disponibilidade da planta na produção de energia elétrica. “Conseguimos aproveitar o vapor que não estava sendo utilizado pela turbina e gerar energia. E, em alguns casos, ainda é possível melhorar o desempenho das turbinas devido a avanços tecnológicos sobre o perfil aerodinâmico das palhetas. Isso a TGM tem feito tanto em equipamentos de fabricação própria quanto de outros fabricantes com foco em aumentar o potencial da planta do cliente”, conta Buranello. “Uma visão sistemática da Engenharia Operacional da TGM é mapear as unidades consumidoras entendendo como funciona cada equipamento. Com isso, buscamos aproveitar o máximo potencial da instalação existente, onde conseguimos identificar pontos não conformes ou críticos, oferecendo as soluções para minimizar perdas e assim estabelecer os indicadores de monitoramento com base nas medições comparando com as metas”, diz Buranello. É a TGM contribuindo para as indústrias, para a biomassa e para a geração de energia verde.
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G3 FULL TEM 10 DIFERENCIAIS QUE SE DESTACAM EM ACIONAMENTOS DE MOENDAS E DIFUSORES Com a crescente demanda das usinas em maximizar as suas receitas, buscando viabilidade econômica na cogeração de energia e confiabilidade em acionamentos, a TGM foi ao encontro destas necessidades e desenvolveu para o setor sucroenergético o G3 Full: máquina concebida para garantir a melhor eficiência e disponibilidade industrial. Desde a primeira máquina, o planetário se tornou a preferência do setor em projetos de eletrificação e aumento de moagem, comprovando ao longo do tempo seus diferenciais e ganhos operacionais. Mas, foi em 2013, ano de introdução da nova linha de planetários, que o G3 Full comprovou sua performance em campo ao apresentar dez diferenciais. O Coordenador de Engenharia de Redutores, Aristides Mattar, conta que, após alguns anos, os planetários foram passando por melhorias, até se tornarem o que são hoje, uma máquina incomparável. “Começamos a desenvolver os planetários em 2004 e hoje, temos um produto sem precedentes: uma máquina robusta, de altíssima confiabilidade, que permite diversas formas de aplicação com flexibilidade e intercambialidade. Tudo isso se traduz num aumento significativo da eficiência na moagem, contribuindo com melhores resultados na exportação de energia elétrica”, conta Mattar. O gerente da Unidade de Negócios Transmissões, Alexandre Azzine, explica que os diferenciais dos planetários TGM são comprovados pela experiência adquirida em campo nos mais de 1375 equipamentos em operação. “Os planetários sempre foram bem vistos no mercado, mas, quando apre-
TGM exporta para Nicarágua mais um G3 Full. Assim como o Brasil, outros países também buscam em Sertãozinho tecnologias de alto nível
sentamos o G3 Full com 10 diferenciais, o setor sucroenergético apostou de vez na tecnologia, afinal, as características do equipamento são surpreendentes: Eficiência mecânica superior ao divisor de torque; desenvolvido para ciclo 10 safras sem manutenção; carcaça robusta de elevada rigidez; anel de dentes internos nitretados; pinhões e engrenagens planetas cementadas; moderno sistema eletrônico de controle, proteção e monitoramento; permite controle do sincronismo da velocidade periférica dos rolos; lubrificação individualizada e forçada dos estágios de redução; unidade hidráulica moderna
para lubrificação e refrigeração e concepção exclusiva para aplicação em moendas”, diz ele. “De acordo com o mercado, os principais pontos levados em consideração pelas clientes durante as aquisições são: menor custo de implantação, menor custo de manutenção ao longo prazo, máxima eficiência energética e alta disponibilidade industrial, tudo isso é encontrado no G3 Full”, explica Azzine. “Sob o ponto de vista de proteção contra sobrecargas, o G3 Full TGM possui tecnologia eletrônica incorporada, que permite aos ope-
radores monitorarem em tempo real as condições de operação do redutor, um fator preponderante na proteção contra paralizações indesejadas. Tudo isso para garantir maior disponibilidade operacional dos equipamentos e do conjunto. Isso se traduz num aumento significativo da eficiência na moagem, contribuindo com melhores resultados na exportação de energia elétrica”, fala o gerente. Todos esses avanços, aliados ao inquestionável domínio tecnológico da TGM, consolidam a supremacia da terceira geração de planetários G3 Full, tornando o incomparável.
MANUTENÇÃO PLANEJADA: É O SUCESSO PARA ENTRESSAFRA E SAFRA
Serviços rápidos, eficientes e com qualidade são características que as indústrias buscam ao realizar a manutenção de seus equipamentos. Com períodos bem determinados, as usinas investem em manutenções que atendam as características exigidas e que sejam realizadas por empresas que conheçam o setor. Há mais de 25 anos atendendo as indústrias com presteza e zelo, a TGM conquistou a excelência ao proporcionar serviços de qualidade e dentro das normas exigidas. Hoje, com atendimento personalizado e desenvolvido especialmente para cada equipamento e cliente, a empresa investe constantemente em tecnologias e corpo técnico para continuar a prestar serviços com segurança e eficácia. O gerente comercial de serviços, Muriel Mussin, explica que a TGM atende de pequenos a grandes equipamentos e plantas, qualquer marca e modelo de turbinas e redutores. “Ao longo dos anos adquirimos know-how e desenvolvemos formas específicas de atendimento personalizado para cada equipamento, unidade ou grupo, afinal, não podemos apenas oferecer um produto, temos que garantir SEMPRE a solução”, explica ele. “Estamos próximos da entressafra 2017/2018, as usinas que fazem manutenção planejada já estão em fase final de contratação dos serviços, agilizando e garantido equipamentos eficientes, seguros e com disponibilidade operacional”, diz o gerente. “Hoje, além dos serviços de manutenção planejada, também oferecemos ao cliente a opção da manutenção por Contrato de Longo Prazo, ou CLP, uma forma planejada para reduzir os riscos de paradas indesejadas, desgastes prematuros e gastos excessivos com manutenção e disponibilizamos o atendimento emergencial em regime de plantão 24h durante os 365 dias do ano”, fala Mussin. “Além dos serviços habituais, hoje realizamos o monitoramento online, uma ferramenta onde monitoramos os equipamentos na planta do cliente de dentro da TGM. Através de um moderno sistema conseguimos acompanhar e trabalhar rapidamente nas falhas e apoiar as decisões de manutenção preditiva conforme as necessidades, pois recebemos todas as variáveis do equipamento”, conta o gerente. Com a junção de credibilidade, eficiência, atendimentos personalizados e mais de 100 técnicos em campo a TGM está pronta para realizar serviços em turbinas e redutores de qualquer tamanho e fabricante na próxima entressafra.
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As muitas razões para se produzir mais etanol no novo mix das unidades industriais DIVULGAÇÃO
Apesar do tarifaço aplicado pelo Governo, desde o mês de maio o preço do etanol ficou competitivo em relação ao da gasolina em São Paulo, de acordo com os dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O Brasil é o terceiro maior consumidor de combustíveis do mundo (atrás dos EUA e da China), mas entre os refinadores ocupa apenas a oitava colocação. Os números foram apresentados durante evento do setor, realizado em São Paulo, no mês de junho. Durante o Ethanol Summit foi assinado memorando de entendimento entre Anfavea e Unica-SP em busca de maior eficiência energética e redução de emissões na matriz de transporte veicular. O incremento da produção de etanol está na ordem do dia e será a tendência para a estruturação das unidades sucroenergéticas para a próxima safra. A PRG Engenharia completa 20 anos de presença no mercado sucroenergético, ao lado das empresas produtoras, oferecendo todos os serviços relacionados à atividade industrial, desde a prestação de serviços especializados de engenharia e estudos de viabilidade, projetos de usinas completas, com alto nível de automação, reduzida geração de resíduos, baixo consumo de água e caldeiras de maior eficiência. A PRG Engenharia é especializada na implantação completa de
fábricas de etanol, desde o estudo conceitual, até os projetos executivos, que trazem aumento da capacidade e produtividade, incremento de eficiência e rendimento, maior sustentabilidade, com otimização de balanço de processos e sinergia e integração entre todas as áreas das usinas atendidas, visando gerar excedentes econômicos de energia. O foco da PRG é o desenvolvimento de tecnologias de aumento de produção de etanol sem aumento do consumo de vapor; projeto de
peneiras moleculares para desidratação de etanol; evaporação de vinhaça; redução de volume de água captada; evaporadores tipo satélites; destilação a vácuo e fogão a etanol. A área de atuação da PRG Engenharia não se restringe à elaboração de projetos industriais, englobando também a área de planejamento com estudos de viabilidade econômica; financiamento; gerenciamento de obras e de projetos; assessoria técnica e projetos mecânicos deta-
lhados de equipamentos para todos os setores da usina. O corpo técnico da PRG está envolvido em diferentes áreas, que trabalham de forma integrada no Gerenciamento de Processo e a Engenharia Conceitual, possibilitando a melhor relação performance x custos e o gerenciamento de custos, prazos de entrega e cronograma de realização. PRG ENGENHARIA (16) 3203.8653
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O loop da eficiência industrial DIVULGAÇÃO
Técnicos da área industrial observam aumento gradual de acidentes com equipamentos nos últimos anos. O uso das mídias de comunicação como o WhatsApp corrobora a informação. “Pode ser que no passado os acidentes acontecessem com a mesma frequência, mas com a comunicação rápida de hoje pelo uso de mídias como WhatsApp, somos informados sobre acidentes que acontecem nas usinas, em tempo real”, conta Éder Adriano Paz, técnico de qualidade da Usina Tonon, de Paraíso (SP). Paz enxerga no aparente problema uma solução. “A notícia sobre acidentes deixa os técnicos em alerta, iniciando ações preventivas criando um loop que amplia a eficiência operacional. Uma usina que tenha 88% de eficiência, por exemplo, pode aumenta-la em até dois por cento, gerando mais receita”. Passam pelo ciclo soluções como: manutenção preditiva e preventiva e fornecimento de equipamentos com tecnologias mais modernas que garantem redução de custo. “A segurança é um bom negócio. Se há um vazamento de vapor, por exemplo, é necessário eliminar esse problema para restaurar o equilíbrio da planta, que com isso pro-
duzirá mais”, explica Paz. É fato que quanto menos se pára a planta mais se extrai e obtém maior receita. Mas, para isso, manutenções preventivas e preditivas, além de análises de vibração em equipamentos rotativos, por exemplo, são fundamentais. “Do contrário, é melhor parar o equipamento, antes que ele te pare”, alerta o diretor industrial da Usina São Domingos, Luiz Antonio Magazoni. Há 36 anos atuando no setor, ele acredita que os gestores industriais estão mais conscientes em operar suas unidades com segurança. “Isto é fruto
de executivos que trouxeram de outros segmentos uma cultura ainda maior de segurança operacional e a reboque, segurança ambiental”. Um técnico industrial reportou em entrevista recente ao JornalCana um acidente envolvendo uma turbina a vapor, onde houve falha no equipamento, que não identificou um superaquecimento, permitindo vazamento de óleo e incendiando a casa de força. Segundo especialistas, isto não teria acontecido se houvesse um bom monitoramento do equipamento. Para isso, existem hoje tecnologias de ponta para monitoração.. Além dis-
so, equipamentos de alta tecnologia podem contribuir muito para o aumento da eficiência e a segurança operacional na indústria. Como os que são fornecidos por empresas como a multinacional Siemens. “São equipamentos tropicalizados, ou seja, adequados para operar no País”, informa Leandro Trevizolli Costa, gerente nacional de vendas para serviços, da empresa. “Nossos equipamentos se enquadram nessa cadeia de eficiência porque possui contrato de longo prazo, que cobre as manutenções planejadas e oferece monitoramento remoto, possibilitando uma triagem constante da máquina, com diagnósticos precisos sobre degradações e falhas”, explica Costa. Com investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento na casa das centenas de milhões de reais, a área de turbinas a vapor da Siemens, líder mundial neste segmento, desenvolve soluções e produtos inovadores para o mercado, permitindo maior disponibilidade operacional e maioreficiência na transformação do combustível em energia elétrica, trazendo benefícios financeiros expressivos, para a cogeração de energia na indústria do setor sucroenergético.
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INOVAÇÕES EM SUCROENERGIA
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TECNOLOGIA EM BIOCOMBUSTÍVEL
TECNOLOGIA EM TRATAMENTO DE ÁGUAS
O futuro do setor sucroenergético passa pela inovação.
INOVAÇÕES EM SUCROENERGIA
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Indicada por Programa de Pontos da Bayer, Lema Empresarial atende Grupo JCN DIVULGAÇÃO
Em mais uma atuação de sucesso, a consultoria de gerenciamento Lema Empresarial contribui para que o Grupo JCN obtenha um diagnóstico preciso em busca de redução de custos em sua área de motomecanização. O Grupo JCN está localizado no Estado do Mato Grosso do Sul desde 1980. A empresa agropecuária familiar está em sua terceira geração e possui forte participação no Centro-Oeste. Contando com unidades agrícolas produtoras de algodão, soja e milho nos estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso — incluindo uma usina de beneficiamento de algodão em cada estado — e de café no estado São Paulo. Além de recentemente iniciar a atividade pecuária no estado de Mato Grosso. O gerente de controladoria do grupo, Alexandre Diniz Junqueira, explica como foi o inicio das atividades da Lema. “A princípio precisávamos de alguma empresa para efetuar um diagnóstico sobre a rotina de manutenções mecânicas no parque de maquinas agrícolas, o que resulta-
ria, entre outros fatores, na implantação de controles mais eficazes incluindo rotinas de manutenção preventiva e registros mais apurados de peças utilizadas. Identificamos alguns fornecedores no mercado e a Bayer nos sugeriu a Lema via Programa de Pontos - AgroServices”. Junqueira ressalta que ainda que a JCN houvesse iniciado um projeto com outro fornecedor, a sugestão de trabalhar com a Lema foi consolidada assim que o
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Usina Cururipe (AL) - 2016/2017 Usina Cururipe (AL) - 2016/2017
grupo assistiu à apresentação da empresa. “Uma apresentação da consultoria no escritório da JCN foi agendada e conhecendo as nossas necessidades a proposta de serviços logo aceita, bem como o resgate de pontos. Assim, as empresas seguiram para o próximo momento. “Solicitamos um diagnóstico para a Lema em uma de nossas unidades mais carentes e problemáticas em termos de infraestrutura, no caso,
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uma das do estado de Mato Grosso. A Lema ficou durante cerca de uma semana na fazenda onde identificou os principais gargalos e pontos de atenção”, conta. O gerente de controladoria da JCN pontua que as análises sobre gestão de manutenção deveriam abranger: análises de armazenagem de estoques, pneus, lubrificantes, combustíveis comparando com indicadores normalmente aceitos no segmento. “A Lema trouxe pontos de atenção, recomendações, fotos, exemplos, enfim, uma série de fatos bastante completos”, destaca. Com base no diagnostico efetuado pela Lema, o grupo iniciará em um segundo momento, a execução. A partir do descritivo de recomendações, a companhia iniciará as implementações a partir de uma composição de uma nova equipe no setor mecânico afim de atender as principais exigências e desafios para se ter uma manutenção preventiva das máquinas agrícolas de uma fazenda que planta três culturas agrícolas diferentes e quase não para durante o ano.
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Energética Serranópolis (GO) - 2017 Energética Serranópolis (GO) - 2017
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Açúcar VHP: riscos e desafios da umidade para as usinas BRÁS HENRIQUE, DE RIBEIRÃO PRETO (SP)
Pelo menos cinco incêndios de grandes proporções, ocorridos em terminais de açúcar em menos de um ano (em São Paulo e no Paraná), entre 2013 e 2014, desencadearam uma mudança nos teores de umidade e granulometria (tamanho e uniformidade) da commodity produzida nas
usinas do Centro-Sul. O açúcar VHP (Very High Polarization), matéria-prima (produto não acabado, destinado para refino e exportação) mais “seca e fina”, gera uma “nuvem” maior de pó de açúcar se movimentada em grandes volumes. Essa “nuvem” eleva o risco de
incêndios em ambientes de baixa umidade do ar e motores ligados a todo vapor. Por isso, desde então, a umidade do açúcar VHP – o açúcar VVHP (Very Very High Polarization) é ainda mais “leve” que este – deve ficar entre 0,1% e 0,15% antes de sair da
“NÃO TEMOS CASO ALGUM DE RISCO DE EXPLOSÃO, NEM ESTATÍSTICAS SOBRE ISSO” RENATO CUNHA, PRESIDENTE DO SINDICATO DA INDÚSTRIA DO AÇÚCAR E DO ÁLCOOL NO ESTADO DE PERNAMBUCO (SINDAÇÚCAR-PE)
indústria. Gravidade Segundo o consultor Fernando Cullen Sampaio, da FCS Engenharia, o problema é grave, pois devido à formação de pó no açúcar, uma concentração elevada pode levar à
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Tipo de adoçante destinado para exportação possui controle rigoroso com o objetivo de evitar explosões explosão. Não há uma fiscalização do açúcar nos terminais, mas se for constatada a formação de pó, é feita uma análise laboratorial. Se estiver fora da especificação, então a carga de açúcar volta para trás. E se a mesma empresa dona desse produto tiver dez caminhões ali, por exemplo, todos voltam para trás. Ou seja, o prejuízo é multiplicado. “Tem ocorrido devoluções, bastantes reclamações”, informa Sampaio, que não tem conhecimento exato das estatísticas sobre isso. Mas ele avisa: “Os prejuízos são grandes.” Sampaio acrescenta que a maior multa da empresa é ter o retorno desses caminhões, além de ter que reprocessar o açúcar. Nordeste “Não temos caso algum de risco de explosão, nem estatísticas sobre isso”, diz Renato Cunha, presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Pernambuco (Sindaçúcar-PE). Cunha informa que o Nordeste opera com o açúcar VHP, mas não com o VVHP.
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Unique Business: revolução no campo representando empresas com novas tecnologias de ponta ARQUIVO PESSOAL
A Unique Business está representando duas empresas com novas tecnologias: HRC Metalização e Perfect Flight. Com isso passa a oferecer aos profissionais da área agrícola sucroenergética produtos e serviços que estão revolucionando o trabalho no campo, através das tecnologias de Laser Cladding (HRC), e do sistema de gestão e monitoramento em aplicação aérea (Perfect Flight) . A primeira é uma tecnologia robótica que promete viabilizar o uso de facas de corte revestida com pó metálico nas colhedoras de cana-de-açúcar. Seu processo de atuação chegou a duplicar a quantidade de toneladas colhidas por faca, devido ao aumento de durabilidade e diminuição do índice de quebra. “Tal desempenho se dá graças a utilização de ligas de metal de alta tecnologia e laser na produção de diversos equipamentos que são utilizados tanto no campo como na indústria, com resultados muito satisfatórios em todos os componentes que vem sendo experimentado”, explica Carlos Banov, da
Ricardo Cagno: "com a aplicação de nossa tecnologia garantimos a redução do custo direto com facas na ordem de 15 a 20%”
HRC Metalização, empresa de soluções customizadas. Segundo ele a tecnologia Laser Cladding já está sendo aplicada nos grupos Raízen, São Martinho, Fer-
rari e na Usina Vertente, do grupo Tereos, e em outras unidades. O diretor da Unique Business, Ricardo Magalhães Cagno, representante da HRC no setor sucroenergético, ressalta o impacto positivo da nova solução. “Apenas em um dos clientes atendidos pela HRC, os gastos com os jogos de facas, por safra, atingem em média R$ 10 milhões. Com a aplicação de nossa tecnologia garantimos a redução do custo direto com facas na ordem de 15 a 20%”, destaca. Para Cagno, a tecnologia é tão segura que a empresa tem garantido, em contrato, uma redução do custo operacional de 10 a 15%, e no caso desta redução ser ainda maior, o percentual a mais é incorporado ao contrato da safra seguinte, um rebite. “Este é o inicio de uma nova era de comercialização no setor sucroenergético, a economia compartilhada”. As colhedoras disponíveis atualmente no mercado possuem jogos de facas que vão de 10 a 14 facas, com durabilidade média de 25 horas de operação ou
de 120 a 180 toneladas de cana-de-açúcar colhida por jogo. “Com as facas produzidas e revestidas através da tecnologia Laser Cladding a durabilidade passa a ser entre 50 a 70 horas e uma colheita de 270 a 400 toneladas por jogo. Temos alguns jogos que já chegaram a durar até 90 horas de colheita”, explica Cagno. Outra nova tecnologia de ponta, representada pela Unique Business é a Perfect Flight. Um sistema inovador, com patente nacional e internacional, desenvolvida para a gestão e monitoramento de aplicação aérea, que oferece a solução para o controle deste tipo de serviço. Como os custos para este tipo de produto e serviço são altíssimos, com o sistema o usuário consegue gerir de forma eficaz todos os erros e desperdícios que acabam acontecendo, e automaticamente controlando e reduzindo os custos da aplicação. RICARDO CAGNO (16) 98224 0304 - (16) 98111 1324 RICARDO@UNIQUEBUSINESS.COM.BR
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ENTREVISTA – VIVIAN DE OLIVEIRA CUNHA, COORDENADORA DE PLANEJAMENTO P&D AGRÍCOLA - POLO MINAS GERAIS, DA USINA CORURIPE
DOUTORES DA CANA! ARQUIVO PESSOAL
Agrônoma de unidade de cana dá dicas para reduzir custos em tratos culturais Como parte do Departamento de Planejamento e Desenvolvimento Agrícola, da Usina Coruripe o trabalho da coordenadora de planejamento P&D agrícola - Polo Minas Gerais, Vivian de Oliveira Cunha tem obtido ganhos significativos para a unidade. Na entrevista a seguir a engenheira agrônoma formada pela FAZU- Faculdades Associadas de Uberaba e com MBA em Gestão estratégica com ênfase em Agronegócio pela FGV, conta as premissas de seu trabalho. JornalCana – Qual a sua visão sobre a importância da produtividade agrícola dentro do processo produtivo sucroenergético? Vivian de Oliveira Cunha – A produtividade é de extrema importância dentro do setor, visto que produzin-
Vivian de Oliveira Cunha
do mais cana por unidade de área (ha) poderíamos ter um menor custo com arrendamentos de novas áreas e consequentemente economia em plantio, além disso reflete também nos custos de colheita (óleo diesel litros/tonelada) e transporte devido à redução de raio médio podendo devolver áreas distantes que não sejam interessantes para usina e redução dos custos em tratos culturais quando se trata em R$/tonelada. Quais decisões vêm sendo tomadas que refletem na manutenção das altas produtividades dos canaviais? Manejo Varietal, colheita do 3º eixo visando estabilização da produ-
Sistema para Carga de Etanol
tividade nos cortes subsequentes, investimento em tecnologias tais como fungicidas, adubação foliar, controle de pragas e doenças e as práticas comuns muito bem feitas tais como adubação, aplicação de corretivos e herbicidas no time certo. Dentro do pacote tecnológico disponível para a cultura da cana, a nutrição foliar configura-se como uma ferramenta de relevância? De grande relevância para manutenção da produtividade e qualidade da matéria prima, pois um canavial bem nutrido suporta mais a condições adversas de clima, ataque de pragas e doen-
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ças, sendo assim contribui para o ganho em produtividade, e estamos buscando também o ganho em ATR com essa pratica através de nutriente essenciais para a produção de sacarose. Alguma consideração, fique à vontade para discorrer Algumas empresas, como a Ubyfol, vêm realizando encontros e reuniões importantes para o setor. Esses eventos deveriam acontecer mais vezes, pois trazem muitas informações relevantes, as quais o setor sucroalcooleiro é muito carente. O seguimento de grãos está muito evoluído quando o assunto é nutrição e qualidade de matéria prima. Sendo assim, uma empresa que atua em várias culturas agrega e contribui muito para o setor, pois traz toda a experiência de grãos e fruticultura para nossa realidade que é a cana-de-açúcar.
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Com a mãozinha da tecnologia Usinas de cana-de-açúcar empregam soluções tecnológicas para reduzir o volume de vinhaça e volume da produção chega a cair em até 25%. Conheça mais a respeito BRÁS HENRIQUE, DE RIBEIRÃO PRETO (SP)
A vinhaça é utilizada como fertilizante na própria cultura da cana-de-açúcar, mas a produção em excesso e a distribuição desse volume no campo causa preocupação ao setor sucroenergético, pois gera transtorno operacional na distribuição e pode contribuir para o surgimento da mosca-de-estábulo
e até gerar multas ambientais. Por isso, buscam-se soluções e uma delas é a tecnologia de aquecimento indireto por névoa turbulenta (thermally accelerated short time evaporator), já instalada na Usina Santa Maria (Grupo JPilon), em Cerquilho (SP). O consultor em processos in-
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MULTAS VÃO A ATÉ R$ 250 MIL Segundo o gerente exercício da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), regional de Ribeirão Preto, Eli Nicoletto, excesso de vinhaça no campo é difícil constatar (cheiro e empoçamento) e não tem ocorrido, mas geram multas se ocorrerem. O mais comum, não recente, foi encontrar vinhaça em rios, provocando mortandade de peixes. As infrações podem ser leve (10 a 1.000 Ufesp), grave (1.001 a 5.000) ou gravíssima (de 5.000 a 10.000). O valor de cada Ufesp para 2017 é de R$ 25,07.
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dustriais Alberto Shintaku auxiliou no dimensionamento do equipamento da unidade, que opera desde maio. Os resultados preliminares são animadores. Outros dois equipamentos da unidade utilizam aquecimento indireto, mas com tubos convencionais, não por névoa turbulenta. Nesse sistema de aquecimento indireto a unidade diminui de 20% a 25% o volume de vinhaça produzida por litro de etanol, não incorporando a massa de vapor (cerca de 3 quilos/litro de etanol) quando o vinho passa pelos tubos de feixes longos (diferentes dos convencionais por borbotagem de vapor). O aquecimento volatiza o volume de água e volta condensado, sendo reaproveitado na caldeira para gerar vapor novamente. Teor A produção de um litro de etanol gera de 10 a 14 litros de vinhaça, que está associada ao teor alcoólico do vinho. Quanto maior esse teor, menor é a produção de vinhaça. Tirando o condensado que retorna para a caldeira, o volume pode cair para 7 a 10 litros por litro de etanol.
“DEPENDENDO DAS CONDIÇÕES DA LAVOURA, COMO DISTÂNCIA MÉDIA, TOPOGRAFIA, DESCONTINUIDADE, POR EXEMPLO, O INVESTIMENTO SE PAGA NUMA SAFRA” SERGIO BARREIRA CONSULTOR DA FABRICANTE DE PIRACICABA
Com o sistema de névoa turbulenta acoplado à coluna de destilação, o volume de condensado é reaproveitado para fazer vapor novamente e melhora o balanceamento térmico da unidade – o vapor hoje é fundamental para todas as unidades industriais. Sem esse sistema, precisa-se usar um outro equipamento à parte.
(para produzir de 400 m3 etanol hidratado/dia). O valor varia conforme a planta industrial. “Dependendo das condições da lavoura, como distância média, topografia, descontinuidade, por exemplo, o investimento se paga numa safra”, diz o consultor Sergio Barreira, de fabricante de Piracicaba.
Valor do investimento depende de vários fatores O investimento num equipamento de aquecimento indireto por névoa turbulenta, para uma destilaria de pequeno a médio porte, é de cerca de R$ 3,5 milhões
Vantagem Ele destaca que existem diversas usinas já se preparando para isso, pois há vantagem muito grande e não ocorre interferência no processo de destilação. Barreira informa que a metalúr-
gica já instalou outros dois projetos, há três anos, usando o aquecimento indireto, em unidades de Buritizal (SP) e Cambuí (GO), mas não com a tecnologia de névoa turbulenta. Aparecido Bicudo Bueno, gerente de produção da Usina Santa Maria (Grupo JPilon), em Cerquilho (SP), informa que foram gastos oito meses entre a compra e a instalação do equipamento. Antes, a Santa Maria já possuía dois aquecedores indiretos, tipo termo sifão, mas com a mudança para vapor vegetal adquiriu um novo, do tipo de névoa turbulenta. Ainda estão sendo feitos ajustes, mas o aquecimento indireto por névoa turbulenta cria a expectativa de melhoramento do balanceamento energético da unidade, sem contar que a empresa planeja aumentar a produção de etanol, esperando menor geração no volume de vinhaça. Estima-se que o custo da distribuição da vinhaça no campo fica entre R$ 5 e R$ 8/m3, distribuído por caminhões com que transportam 60 m3. “Outra vantagem é que as usinas têm retorno de água de boa qualidade e diminui a captação”, diz Barreira.
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Mosca-de-estábulo: um problema a mais para o setor Não há comprovação científica, mas o surgimento dessa mosca em ambiente com excesso de vinhaça amplia as preocupações dos empresários do setor sucroenergético Empresas e fornecedores de cana-de-açúcar convivem com mais um problema: a mosca-de-estábulo. Ela tem o nome científico de Stomoxys calcitrans e pode causar prejuízos de milhões de dólares anuais. A mosca sempre existiu, mas com boa higiene e sem acúmulo de matéria orgânica, não incomodava. A partir de 2008, esse inseto tem causado sérios problemas, pois suga sangue de bovinos, provocando emagrecimento e mortes de animais, e pode afetar até os humanos. Uma das causas do surgimento da mosca, não comprovada cientificamente, é atribuída à disposição em excesso de vinhaça empoçada, usada no processo de fertilização do solo, misturada com a palha da cana que fica no campo, formando o ambiente ideal para a reprodução da mosca, principalmente após o início da mecanização da colheita. Desde setembro de 2016, a Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, está preocupada com a situação, pois casos surgiram em General Salgado, na re-
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BRÁS HENRIQUE, DE RIBEIRÃO PRETO (SP)
gião noroeste paulista, além de Mato Grosso do Sul e outros estados. Reuniões ocorreram para discutir o assunto e o setor sucroenergético está atuando com os órgãos públicos para contornar o problema. O governo paulista liberou a queima controlada da palhada, como “instrumento fitossanitário”, em caráter excepcional e emergencial de surtos provocados pela mosca-de-estábulo. A liberação só ocorre após análise do caso e autorização, pois a queima é proibida no Estado. As Secretarias paulistas de Meio Ambiente e da Agricultura recomendaram ainda às unidades que evitem a aplicação de vinhaça em locais previamente encharcados pela chuva;
que reduzam ou fracionem a lâmina de aplicação de vinhaça para evitar o excesso de umidade na palhada; que escarifiquem o solo com a palha para permitir a rápida absorção da vinhaça pelo solo; que façam vistorias das áreas após aplicação de vinhaça em até 48 horas para verificar possíveis empoçamentos; e que previnam vazamentos e empoçamentos na distribuição e aplicação de vinhaça. Empresas e fornecedores de cana atuam em conjunto para combater a proliferação da mosca-de-estábulos. O técnico florestal da Associação dos Fornecedores de Cana de Araraquara (Canasol), Guilherme Lui de Paula Bueno, lembra que em setembro de 2016 houve a reunião orga-
nizada pela Secretaria da Agricultura de São Paulo, quando foi anunciado um grupo de trabalho composto por técnicos de extensão rural, defesa agropecuária e de institutos de pesquisa. Segundo ele, antigamente os fornecedores de cana e as unidades utilizavam a queima como método despalhador, mas com o Protocolo Agroambiental assinado, hoje o setor em quase 100% dos canaviais não usa essa prática. O fogo controlava naturalmente inúmeras pragas, mas Bueno diz ser “injusto” atribuir apenas à aplicação de vinhaça nos canaviais o surgimento da doença. “A oviposição ocorre em diversos locais, como em cochos com restos alimentares, em currais e granjas com acúmulo de esterco e restos de alimentos, silagens e outros resíduos”, explica Bueno, acrescentando que o combate precisa ser feito por todos os setores envolvidos, com boas práticas sanitárias de dejetos animais e resíduos alimentares, além de monitoramento constante em aplicações de vinhaça para evitar empoçamentos. O gerente corporativo de Planejamento e Desenvolvimento do Grupo Vale do Verdão (Goiás), Renato Ferreira da Rosa, conhece o problema desde 2009 e não tem problema com o inseto devido ao clima seco onde trabalha atualmente. “O segredo é o manejo dos resíduos vinhaça e palha produzidos pelas usinas e dos estercos e restos de silagens produzidos pelos pecuaristas”, resume ele. “O manejo adequado destes resíduos é a chave do sucesso para o equilíbrio da praga.”
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“PROBLEMA NÃO É EXCLUSIVO DO SETOR SUCROENERGÉTICO” DIVULGAÇÃO
Afirmação é de Arnaldo Jardim, secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, em entrevista ao JornalCana O secretário da Agricultura e de Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, diz que o surgimento da mosca-de-estábulo não é algo exclusivo do setor sucroenergético, mas que todo descuido precisa ser corrigido com atenção. Como surgiu recentemente a mosca-de-estábulo no Estado? Arnaldo Jardim - Estou muito preocupado, pois é um fenômeno que tem ocorrido mais na região Norte e Noroeste de São Paulo. Os casos mais graves ocorreram em General Salgado. Ela (a doença) tem surgido por uma disposição inadequada e não planejada da vinhaça. Quando se distribui a vinhaça e ela fica empoçada, isso é, por natureza, um grande criadouro de mosca-de-estábulos. Você agrega a isso matéria orgânica também. É um problema só do setor sucroenergético? Não. Nós identificamos, na
proximidades de Ribeirão Preto, o surgimento de moscas em Buritizal, com o café. Então, não é que tem uma mistura entre vinhaça e matéria orgânica. Isso muitas vezes significa uma fronteira entre o setor sucroenergético e a produção agropecuária, que são currais mal cuidados, em que há disposição inadequada de dejetos, ou na lavoura de café.
E como resolver o problema? Não levará a lugar algum ficarmos simplesmente identificando culpados ou fazer bate-boca. O que há claro e efetivo: nós baixamos uma série de normas para o pecuarista, no sentido dele cuidar da disposição do material orgânico, e baixamos uma série de orientações sobre a distribuição da vinhaça, que não pode ficar empoçada, não pode ser uma quantidade superior àquilo
que se prevê. Temos que ter um cuidado acentuado em relação a isso. Isso basta? A solução de longo prazo virá na medida em que se consiga reduzir o volume de vinhaça. Há algumas unidades que já estão fazendo isso, concentrando vinhaça. A regra com relação à disposição é imperativa de se adotar. Esse descuido não pode continuar.
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Safra 17/18 enfrenta
florescimento em áreas produtivas DIVULGAÇÃO
Segundo Djalma Euzébio Simões Neto, coordenador do Programa de Melhoramento Genético da Rede Interuniversitária para Desenvolvimento do Setor Sucroenergético (Ridesa), pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), “tem ano que o florescimento não incomoda”. Ele até cita que o produto químico geralmente aplicado como inibidor de florescimento no Centro-Sul, no Nordeste é muito usado como maturador de sacarose (90% da aplicação do produto para esse fim). “Tivemos florescimento na última safra, mas não foi alto e ele não comprometeu a produtividade”, assegura Simões Neto.
Entre os meses de maio e junho, canaviais dos estados de São Paulo e de Goiás tiveram o problema. Impacto só será contabilizado no fim da safra BRÁS HENRIQUE, DE RIBEIRÃO PRETO (SP)
O florescimento das variedades de cana-de-açúcar é um fenômeno que afeta negativamente a produtividade dos canaviais, especialmente nos canaviais de meio e final de safra. Perdas significativas de produção podem ocorrer na lavoura, como redução da Tonelagem de Cana por Hectare (TCH), perda no conteúdo de sacarose (ATR) e diminuição na produtividade de açúcar. Para evitar isso é preciso controlar o florescimento da cana em algumas regiões, por fatores que envolvem o fotoperíodo (período de indução floral), como temperatura, umidade e radiação solar. Os períodos de indução ocorrem anualmente e é variável por latitude, dependendo das condições climáticas para ser favorável ou não ao fenômeno. Entre maio e junho, em Goiás e em municípios centrais do Estado de São Paulo, áreas que não receberam a aplicação de inibidor mostraram canaviais totalmente florescidos, o que preocupa o setor. Câmara O florescimento é pesquisado constantemente pelo Centro de Cana do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), em Ribeirão Preto, que tem uma câmara de fotoperíodo automatizada, inaugurada em 2010, e
faz simulações artificialmente. A câmara ajuda a entender a fisiologia da floração da cana, como induzir o sincronismo da floração e impor vários fotoperíodos. O controle é artificial, pois o Estado de São Paulo tem muitas noites frias (abaixo dos 18 graus ou acima de 31 graus), que também prejudicam a floração. O fotoperíodo no Centro-Sul ocorre entre o final fevereiro até março (cerca de 40 dias). Quem quer colher no meio e no final de safra e quer evitar o florescimento, que afetaria a produtividade, deve aplicar o produto inibidor nessa janela. Em Goiás, o período começa entre 5 e 10 de fevereiro. Em Tocantins é preciso até de duas aplicações para evitar o florescimento. “O problema do florescimento é maior subindo para o Norte do Brasil”, diz Maximiliano Salles Scarpari, pesquisador científico do Centro de Cana do IAC. Ele lembra que em São Paulo tem ano favorável ao floresci-
mento, outros não. Se ocorrer o florescimento, outro fenômeno pode ocorrer: a isoporização, que também gera perdas no canavial. Os fenômenos são independentes, mas com o florescimento a probabilidade de isoporização da cana aumenta (como desidratação dos tecidos do colmo, redução do peso, menor extração da sacarose, reduções da capacidade de moagem e menor rendimento industrial, entre outros problemas). Nordeste dá sua receita O Nordeste tem condições mais favoráveis ao florescimento do que a região Centro-Sul, pois tem um fotoperíodo maior, que vai do final de dezembro até março. Para contornar o problema, produtores de cana plantam mais as variedades específicas desenvolvidas para a própria região em duas estações experimentais (de Pernambuco e de Alagoas), com exceção da RB867515, que também é bem utilizada.
Vale do Verdão Renato Ferreira da Rosa, gerente corporativo de Planejamento e Desenvolvimento do Grupo Vale do Verdão, informa que na região onde atua, em Goiás, uma aplicação de inibidor de florescimento é suficiente. “Duas são realizadas em Tocantins e eu ajudei a encontrar essa forma de aplicação lá”, diz Rosa, ex-funcionário da Bunge. No atual trabalho, o cuidado é dispensado no material colhido a partir de setembro com risco de florescimento, aplicando o inibidor. José Luís Moretti Júnior, engenheiro agrônomo da Usina Santa Fé, de Nova Europa (SP), diz que a unidade sempre se preocupa em evitar o florescimento na cana e que na última safra não teve tantos problemas com esse fenômeno. “Devemos nos preocupar sempre com a questão de variedades que possivelmente possam florescer, respeitando o ciclo de cada uma delas em relação à época de plantio e colheita”, explica ele.
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RUBENS OMETTO Nome completo: Rubens Ometto Silveira Mello Nascimento: 1950 Natural de: Piracicaba (SP) Apresentação resumida Rubens Ometto atuou, de 1971 a 1973, como executivo corporativo no extinto Unibanco. Em 1974, integrou foi diretor financeiro Grupo Votorantim. Ainda na década de 70, foi o primeiro presidente do conselho da TAM Linhas Aéreas.Em 1986, entrou no negócio da família consolidando a Cosan como maior produtora de açúcar e etanol do País. Em 2005, abriu capital na Bolsa de Valores brasileira e, em 2007, na Bolsa de Nova York. Em 2008, comprou da ExxonMobil os ativos da varejista e distribuidora de combustível Esso. Em 2008 criou a empresa de logística Rumo e a Radar, empresa imobiliária agrícola. Em 2009 criou a Raízen, joint venture entre a Cosan e a Shell, trazendo uma receita de R$ 50 bilhões e colocando a Raízen na 5ª posição do ranking de Empresas Brasileiras em termos de receita. Em 2012, adquiriu o controle da Comgás. No mesmo ano, em uma ação que representa a ampliação da presença da empresa no setor de logística, o empresário passou a controlar a ALL — América Latina Logística. Atualmente é presidente do Conselho de Administração da Cosan, da Raízen e da Comgás. Principais conquistas Ampliou o portfólio da Cosan, que vai desde a produção de açúcar e etanol, cogeração, distribuição de combustíveis e produção de óleos base e lubrificantes, até um sistema de logística, levando as exportações agrícolas do campo para o Porto de Santos, no litoral do Estado de São Paulo, além da gestão de propriedades agrícolas. Abriu capital do grupo na Bolsa de Valores brasileira e, em 2007, na Bolsa de Nova York. Em 2008, comprou da ExxonMobil os ativos da Esso. Criou a Raízen, em parceria com a Shell. Formação Bacharel em Engenharia pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo Premiação Empreendedor do Ano em 2010 pela Revista Isto É Dinheiro. Personalidade do Ano em 2013, em Londres, pela Câmara de Comércio Brasil Reino Unido e Homem do Ano em 2014, em Nova York, pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos. Foi eleito Empresário do Ano em 2002 e Líder do Ano em 2003, 2004, 2005, 2009 e 2011 no Prêmio MasterCana, além de ser parte da categoria Hour Concour da premiação.
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HÁ ESPAÇO PARA TODOS! Presidente do conselho do maior conglomerado de usinas do Brasil afirma que há lugar no mercado para grandes e médios grupos e pequenas usinas. Só é preciso saber administrar o negócio
"NÃO TEMOS UM CENÁRIO SUCROENERGÉTICO SEGURO PARA O INVESTIDOR NO MÉDIO E NO LONGO PRAZOS E, PARA QUE SE POSSA PRODUZIR MAIS ETANOL, É IMPORTANTE TER UMA POLÍTICA BEM CLARA DE INVESTIMENTO"
ALESSANDRO REIS, DA REDAÇÃO
Piracicabano de nascimento, Rubens Ometto passou a infância em uma casa que ficava a 100 metros da chaminé da Usina Costa Pinto. Os que já escreveram aosbre ele, contam que quando menino, passava boa parte do tempo em meio à colheita da cana. Apesar de passagens importantes durante sua escalada executiva – em empresas como Unibanco, Votorantim, e pela TAM – foi da cana-de-açúcar esmagada que extraiu riqueza e entrou para a história como um dos mais bem-sucedidos empresários brasileiros. Hoje, aos 67 anos, ao ouvi-lo falar em algum evento do setor, ainda é notório em suas palavras o estilo estratégico, ousado e do que tipo que não faz rodeios para dizer o que pensa. Entrevistado pelo JornalCana, Rubens afirma que governo e setor precisam pagar o preço para promover o etanol e que para o mercado é importante que existam grandes e médios grupos, assim como pequenas usinas. Confira. JornalCana – No momento atual, quais os principais desafios da “porteira pra fora” do setor sucroenergético? E da “porteira pra dentro”? Rubens O. Silveira Mello – Da porteira para dentro, como vocês dizem, temos que buscar, cada vez mais, melhoria contínua e aumento de eficiência e produtividade, além de redução de custos operacionais. Em nosso caso, investimos em inovações tecnológicas do campo à indústria, algo inédito no setor. Um exemplo é o Pentágono Agroindustrial, sistema implementado ela Raízen que nos permite controlar, em tempo real, 24 horas por dia. Também temos uma parceria com startups brasileiras, focadas em desenvolver iniciativas de inteligência artificial, que já nos permitem prever, com até um ano de antecedência, qual será a capacidade de produção da safra em todas as unidades. A produção de Etanol 2G também está em linha com essa busca por melhor eficiência e produtividade. Nosso desafio é produzir cada vez mais litros por tonelada de cana produzida e a custos competitivos. Realizamos também um extenso trabalho de pesquisa e desenvolvimento de tecnologias volta"EM CONTRAPARTIDA, PERCEBO QUE O GOVERNO BRASILEIRO FOI TÍMIDO NA VALORIZAÇÃO DO ETANOL E, AO MESMO TEMPO, NÃO SE POSICIONOU COM A FORÇA QUE DEVERIA CONTRA O PROTECIONISMO DE OUTROS PAÍSES, COMO EUA, EUROPA E CHINA”
das à eficiência e produtividade, como a automação dos processos agrícolas, com o monitoramento de colhedoras e utilização de drones para mapear os canaviais, e a busca por novas formas de produção e aproveitamento dos resíduos do processo. Para qualquer empreendedor que mire o crescimento e a perenidade do negócio, inovação, tecnologia, gestão e responsabilidade socioambiental são componentes fundamentais. E da porteira pra fora? Da porteira para fora ainda há a necessidade de aumentar o entendimento sobre as vantagens do etanol como combustível renovável, limpo e autossustentável, para que a sociedade reconheça seus benefícios. Imagino que todos nós gostaríamos de chegar a São Paulo e ver o céu mais claro e menos poluído, por exemplo. Mas para que haja avanços e incentivo a produção e comercialização do etanol, o engajamento de todos é necessário: governo, indústria. Não adianta querer combustível mais limpo e não se dispor a pagar por isso. Quais lições do passado o setor precisa aplicar para superar estes desafios? A busca contínua pela modernização e novas tecnologias é fundamental. Equilibrar custo de operações e produtividade do canavial é prioridade, e é preciso encontrar e investir em alternativas para aumentar o rendimento dos canaviais. Do nosso lado, temos impulsionado o setor a incorporar tecnologias inéditas que elevem a capacidade produtiva. Em contrapartida, percebo que o governo brasileiro foi tímido na valorização do etanol e, ao mesmo tempo, não se posicionou com a força que deveria contra o protecionismo de outros países, como EUA, Europa e China – que recentemente taxou a importação de açúcar. Esta taxação não faz sentido para o livre comércio de açúcar, isto é, livre de incentivos ou embargos governamentais. O Governo e a UNICA, deveriam se posicionar com mais veemência contra essas questões e defender com clareza as externalidades positivas do nosso etanol. O Brasil vive um cenário político-econômico muito conturbado. O quanto este cenário afeta as usinas e o que é possível ser feito para garantir a sustentabilidade da atividade sucroenergética? Mesmo em um cenário adverso, o agronegócio cresce e deve ser a mola propulsora da retomada do crescimento econômico. O setor possui uma importância estratégica relevante para a economia brasileira, especialmente na geração de emprego e renda. A produção de energia elétrica a partir da cana-de-açúcar, por exemplo, tem potencial para
crescer significativamente ao longo dos próximos anos: a capacidade de cogeração tendo esse produto como base poderia ser sete vezes maior. A Raízen, em conjunto com todo o setor, vem mantendo diálogo aberto com o governo no sentido de aumentar o entendimento sobre a importância de promover o etanol e benefícios do uso dele para a sociedade. Mas os ajustes fiscais recentes, tiveram foco principal em aumentar arrecadação, não gerando os incentivos necessários para a indústria, diferenciando o etanol dos combustíveis fósseis em função dos benefícios que ele gera. É preciso estabelecer um reconhecimento claro, financeiro, que equilibre a rentabilidade do etanol e fomente novos investimentos no setor sucroalcooleiro incentivando a produção deste combustível. Como já disse, não adianta querer combustível mais limpo e não se dispor a pagar por isso. O senhor acredita que o RenovaBio será, de fato, implementado? Como garantir o crescimento sustentável do etanol neste ambiente conturbado? Sem o programa, o setor não conseguirá dobrar a produção de etanol até 2030 e, com isso, o Brasil não atingirá as metas de descarbonização. Dificilmente novas usinas serão instaladas, pois está mais barato comprar uma usina do que investir em projetos greenfield. Uma nova usina gera um custo aproximado de US$ 120 por tonelada e, hoje, você consegue comprar uma operação em funcionamento por US$ 40 ou US$ 50 por tonelada. Não temos um cenário sucroenergético seguro para o investidor no médio e no longo prazos e, para que se possa produzir mais etanol, é importante ter uma política bem clara de investimento. A recuperação da situação financeira das grandes usinas levará muito tempo, e o programa pode dar fôlego e atacar os pontos mais críticos enfrentados pelas empresas O reconhecimento das externalidades por meio do RenovaBio, que são academicamente corretas e valorizam a redução das emissões, é importantíssimo, mas é necessário que haja fiscalização para que todo o mercado siga as regras e tenha seus certificados, de modo que a informalidade não limite a eficácia das propostas e o crescimento da indústria. A concentração é uma realidade no setor, mas ela é saudável para a cadeia produtiva? Em sua opinião, haverá espaço no mercado para pequenas e médias usinas independentes? Há espaço para todos: grandes grupos, médias e pequenas usinas. É preciso saber administrar o negócio e, claro, ter políticas públicas e de investimentos claras, além de segurança e previsibilidade. A profissionalização do setor, a utilização de tecnologia de ponta na agricultura e a otimização logística no campo vieram para ficar. Exemplo disso são os projetos pioneiros da Raízen em busca de eficiência energética, melhora da produtividade e dos processos logísticos, que já mencionei. Daí a importância de os pequenos e médios grupos participarem das associações e se engajarem em iniciativas de eficiência e comercialização que fortaleça o setor.
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Publicação da ProCana Brasil apresenta Quem É Quem no Setor Conheça algumas das personalidades que estarão compiladas no “Quem É Quem no Setor”, nova publicação da ProCana Brasil que traz um registro histórico das pessoas e organizações que são e foram referenciais do setor nos últimos 30 anos JOSIAS MESSIAS | FOTOS JOSIAS MESSIAS
Pedro Parente, presidente da Pe trobras
William Waack, jornalista
Alexandre Enrico Silva Figliolino, Consultor Financeiro
maschi, Mônica Berga Usina Santa Fé Conselheira da
do, Luiz Gustavo Junqueira Figueire giana Mo Alta na Usi Diretor Comercial da
Arnaldo Correa , consultor da Ar cher Consulting
nsultora ssad Sallum, Co A da ci re pa A cais e Elimara Assuntos Sindi da Única para Trabalhistas
Adhemar Altieri, Organizador Ethanol Summit e Unica Forum
ecutivo do tos, Diretor Ex Jorge dos San Sindalcool-MT
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Quer mais melhorias? Invista na cultura da qualidade Sistema de gestão deve criar condições para elevação da eficiência, redução de perdas e diminuição de custos RENATO ANSELMI, DE CAMPINAS (SP)
que contribuem para o aumento da eficiência e da produtividade”, ressalta Luca Giobbi, diretor administrativo da Usina Sonora, localizada no município de Sonora (MS). Segundo ele, um sistema eficaz nessa área permite o estabelecimento de indicadores que possibilitam a medição de itens relacionados a perdas e custos, que direcionam a tomada de decisões. Gestão integrada Luca Giobbi observa que a Usina Sonora possui uma política de gestão integrada que inclui, entre os seus principais objetivos, a fabricação de produtos seguros de forma econômica, racional, social e ambientalmente correta. Essa unidade sucroenergética possui as certificações Kosher (atende as exigências da dieta judaica ortodoxa) e FSSC 22000 (Sistema de Gestão da Se-
gurança dos Alimentos) que contribuem para a melhoria da marca e da confiabilidade dos clientes na empresa – destaca. As certificações beneficiam os negócios à medida que abrem portas, onde elas são exigidas”, constata. A Sonora está buscando outras certificações relacionadas à segurança ocupacional, responsabilidade social e meio ambiente – informa. O processo de obtenção dessas certificações converge para os planos da empresa voltados à área de gestão da qualidade. A visão da Sonora é alcançar reconhecimento no setor sucroenergético pela qualidade dos produtos, eficácia dos processos, cumprimento de suas responsabilidades sociais e ambientais, promovendo o desenvolvimento social e econômico de forma competitiva, rentável e lucrativa.
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A incorporação da cultura da qualidade ao dia a dia e ao planejamento da gestão de unidades e grupos sucroenergéticos vai muito além da obtenção de certificações, que é também uma ação relevante desde que esteja vinculada, na prática, à melhoria contínua. É importante que o desenvolvimento de um sistema de gestão da qualidade crie condições para a elevação da eficiência e diminuição dos custos a partir da otimização do processo de produção, proporcionando inclusive redução de perdas – afirmam especialistas da área. Há ainda outros benefícios, provenientes da gestão eficaz da qualidade, que estão relacionados à organização da empresa e à garantia de mercado. “Quando se tem uma cultura da qualidade implantada, melhorias em todas as etapas do processo são consequências,
FOCO NO RESULTADO DEVE SER TRABALHADO EM TREINAMENTOS Os treinamentos devem preparar e reciclar a equipe com a finalidade de criar condições para que seja extraído mais valor do processo de gestão da qualidade – observam profissionais da área. E isto não acontece por acaso. Os programas de desenvolvimento de pessoas precisam estar vinculados às estratégias da empresa e às demandas de cada departamento. O foco na obtenção de resultados deve ser uma das principais abordagens dos treinamentos, segundo especialistas em gestão da qualidade. Os profissionais precisam ser preparados para que tenham compromisso com a melhoria contínua. Para isto, existe a necessidade de ser trabalhado o conceito de proatividade da equipe, entre outros aspectos, visando a busca constante de soluções para os problemas que afetam a gestão e a produção em todos os processos da empresa.
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O aleitamento materno pede espaço Empresas do setor sucroenergético repensam iniciativas de Responsabilidade Social e incluem a amamentação na agenda JÚLIA GARCIA, DE RIBEIRÃO PRETO (SP)
Fernanda Bezerra Araújo: “sabendo dos benefícios do leite materno, optei por continuar a amamentar a minha filha até os 10 meses de idade”
A temática do aleitamento materno ganha força. Além dos benefícios para o bebê, como o fortalecimento do vínculo afetivo com a mãe e a transferência de anticorpos capazes de proteger contra doenças infecciosas, alergias e diarreias, o leite materno também é sinal de mais proteção para as mulheres. A recuperação física e perda de peso são mais rápidas e os riscos de hemorragias no pós-parto são menores. “O aleitamento materno é complexo”, diz a enfermeira Márcia Cristina Guerreiro dos Reis, coordenadora do Programa de Aleitamento Materno da Secretaria Municipal de Saúde de Ribeirão Preto. “O aleitamento representa uma prática cultural e social, cuja responsabilidade acaba recaindo exclusivamente sobre as mulheres, que tem o poder de decisão sobre a amamentação. Daí a importância de orientar cada vez mais gestantes e mães sobre o assunto”, comenta. Segundo ela, a mulher precisa conhecer e desmistificar o aleitamento para fazer uma escolha sábia e consciente, redimindo-se de qualquer tipo de culpa que possa vir a ter. “Por mais simples e instintivo que possa parecer, a prática exige técnicas que devem ser aprendidas pelas mães. Informações que englobam desde o posicionamento correto do bebê na hora de mamar até os cuidados com os seios precisam ser compartilhadas para que a amamentação não se torne um fardo e seja deixada de lado”, diz. Usina Alta Mogiana Na tentativa de alertar colaboradoras
sobre a importância do aleitamento materno, a Usina Alta Mogiana, com unidade em São Joaquim da Barra (SP), decidiu inovar e, desde 1998, passou a oferecer o Curso de Gestantes. Além da amamentação, temas como o acolhimento gestacional, cuidados com o bebê e dicas nutricionais são discutidos ao longo de doze encontros, que contam com a participação de vários profissionais da área da saúde. O curso, organizado pela equipe do Departamento de Gestão de Benefício, acontece duas vezes por ano e tem como objetivo transmitir informações voltadas à saúde e bem-estar da mãe e do bebê. Fernanda Bezerra Araújo, funcionária do setor de Segurança Patrimonial da companhia sucroenergética, elogia a iniciativa. “Fui orientada durante as palestras na empresa e, sabendo dos benefícios do leite materno, optei por continuar a amamentar a minha filha até os 10 meses de idade”, conta. Além do Curso de Gestantes, a Alta Mogiana também faz parte do Programa Empresa Cidadã, da Receita Federal, que possibilita que a licença maternidade seja estendida de 120 para 180 dias, em troca de benefícios fiscais. A adesão ao programa é voluntária e a licença estendida é válida somente para as organizações cadastradas. “Pude aproveitar mais os meus filhos e tive tempo hábil para acostumar o meu bebê à mamadeira”, conta Marciane Ferreira Ananias, colaboradora do setor de Adubação Mineral. “Os dois meses a mais em casa foram fundamentais para que o retorno ao trabalho fosse o menos traumático possível para meu filho”, complementa.
EMPRESAS PRECISAM ESTIMULAR A AMAMENTAÇÃO
Marciane Ferreira Ananias: “[com a amamentação] pude aproveitar mais os meus filhos e tive tempo hábil para acostumar o meu bebê à mamadeira”
Embora a licença maternidade prevista na legislação brasileira seja de 120 dias, é recomendado que o bebê se alimente exclusivamente de leite materno até os seis meses de idade. A Organização Mundial da Saúde (OMS) preconiza ainda que até os dois anos da criança a mãe ofereça o seu leite em conjunto com a alimentação complementar recomendada pelo pediatra. “Para as empresas que não desejam participar de programas como o da Empresa Cidadã, é importante pensar em outras formas de estimular a amamentação. Vale a criação de um espaço reservado para ordenha manual ou mecânica, onde a mãe tenha a possibilidade de estocar o seu leite para oferecer ao bebê quando estiver junto dele”, sugere Márcia Cristina Guerreiro dos Reis, coordenadora do Programa de Aleitamento Materno da Secretaria Municipal de Saúde de Ribeirão Preto. “Investir em programas que incentivem o aleitamento resultam em menores gastos com saúde e melhorias para o meio ambiente. É certamente uma atitude de responsabilidade social a ser considerada pelas empresas”, conclui ela.
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SudAmérica Consultoria oferece peças com alta tecnologia ARQUIVO PESSOAL
O processo de mecanização empreendido por usinas do centro-sul do país, a partir da década de 1990, estabeleceu desafios para as montadoras, mas também para os fabricantes de peças. E isso porque, se uma colhedora de cana realiza o trabalho de até 100 trabalhadores, quando um problema “simples”, por exemplo a quebra de uma corrente, impede o funcionamento da máquina, a situação equivale ao mesmo expressivo grupo de mão de obra convencional, parado. A revolução tecnológica trouxe consigo a exigência de atenção sobre manutenções preventivas nos equipamentos, e impôs padrões de qualidade progressivamente maiores para toda a cadeia de fornecedores para as máquinas que operam nos campos. Roberto Xavier, diretor da em-
presa SudAmérica Consultoria, que responde pelas marcas KMC e AM de correntes de transmissão e transporte, afirma que a multinacional criou uma unidade específica para desenvolvimento de correntes e
soluções em transmissão para aplicação em agricultura, na cidade de Taicang, China. “A KMC enxerga o agronegócio do Brasil com muita seriedade”, afirma. “A empresa desenvolveu modelos usando diferentes ligas metálicas, e investiu na modernização de processos produtivos, para oferecer correntes mais eficientes e com características específicas para culturas como: cana, milho, soja e trigo, entre outras”. No Brasil, o programa KMC de desenvolvimento das correntes transportadoras usadas nos elevadores das colhedoras de cana, está próximo de alcançar duas décadas. E junto aos profissionais que controlam as operações das máquinas nas lavouras, o time de especialistas nos Distribuidores KMC, formam os elos mais importantes para conectar quem
produz, aos avanços tecnológicos da fábrica. José Roberto Barros, engenheiro mecânico na Distribuidora Telmac, sediada em Ribeirão Preto, SP, afirma que o desenvolvimento das correntes KMC CT-2HPX foi referenciado, pelos desafios revelados nas oficinas da região. “Esse modelo de corrente transportadora foi aprimorado com informações que partiram do Brasil”, relembra. “Desde os materiais de cada componente da corrente, até o processo de montagem, com rolos especiais, e pinos reforçados, as novas correntes KMC CT2-HPX, que chegam ao mercado em 2017, reúnem mais de 15 anos de melhoramentos”, conclui. TELMAC (16) 3977.7000 WWW.TELMAC.COM.BR'
HBP implanta sistema de geração de vapor para a Unidade Cruz Alta, da Tereos DIVULGAÇÃO
Quais as características do sistema de geração de vapor comercializado pela HPB ao Grupo Tereos – Unidade Cruz Alta? Quando esta caldeira entra em operação? Trata-se de um Sistema de Geração de Vapor HPB/B&W com capacidade de produção nominal de 270.000 kg/h de vapor superaquecido a 525 °C e 66 kgf/cm²g, para a combustão de bagaço de cana de açúcar e operação em ciclo regenerativo otimizado. A previsão para operação comercial deste equipamento é o quarto trimestre de 2018. Quais são os diferenciais da caldeira para o Grupo Tereos? Este fornecimento completo considera uma solução tecnológica integrada, pioneira para o negócio sucroenergético, mas que é ordinária em outros mercados, mantendo-nos na liderança em fornecimentos de sistema de geração de vapor com alto conteúdo tecnológico. Sob nossa responsabilidade e com licença tecnológica B&W, integramos o sistema de geração de vapor, pré-separador mecânico do tipo multiciclone e precipitador eletrostático. Este é o primeiro fornecimento do setor onde a caldeira é equipa-
particulados do fluxo de gases por via seca, reduzindo substancialmente os custos operacionais da planta. É um sistema modular que permite aumentar a eficiência de retenção adicionando partes componentes do precipitador (campos suplementares), sem perda do instalado, atendendo às maiores exigências ambientais que seguramente surgirão.
da com precipitador eletrostático? Quais os diferenciais deste sistema de remoção de cinzas? Sim, este primeiro fornecimento coloca o setor sucroenergético na página evolutiva de outros segmentos, tal como Papel e Celulose, entre outros. A HPB, contribuindo com o desenvolvimento do setor sucroenergético, uma vez mais inova com o fornecimento de solução tecnológica integrada, contendo em um mesmo pacote o sistema de geração de vapor e o sistema de controle de emissões particuladas, multiciclone e precipitador eletrostático. Este sistema tem como grande diferencial a retenção de
O precipitador também é fornecido pela HPB? A HPB firmou mais um acordo de licença tecnológica com a empresa The Babcock & Wilcox Company, incluindo em seu portfólio a tecnologia de precipitadores eletrostáticos. Com isto, a HPB pode fornecer soluções completas para o mercado, evitando o compartilhamento de interfaces entre o gerador de vapor e a tecnologia ambiental. A B&W possui mais de 100 anos de história como fabricante de precipitadores e um número superior a 1.500 fornecimentos em mais de 800 plantas industriais em todo o mundo. Quais são os principais problemas dos sistemas de remoção de cinzas úmidos? Começando pelo final, reconhecemos que os custos dos Precipitadores
Eletrostáticos, no passado, estavam em um patamar que os tornavam inviáveis. Este cenário mudou. Hoje, o Precipitador Eletrostático custa o mesmo ou menos que um sistema completo via úmida, ou seja, lavador de gases, estação de tratamento da água do lavador e suas interligações. Quando colocamos os custos e a disponibilidade operacional na análise, o precipitador se torna muito mais atraente que os sistemas convencionais via úmida. Por outro lado, não devemos deixar de reconhecer que os sistemas de retenção de particulados via úmida cumpriram seu papel. Foi um grande avanço ambiental, quando nada existia para sua proteção. Porém, a tecnologia avança e está no DNA da HPB estar sempre no forefront tecnológico. A colheita mecanizada e a queima da folha da cana trouxeram novos componentes químicos aos gases de combustão, inexistentes ou em baixíssimo percentual no passado, os quais não afetavam os componentes úmidos da caldeira como acontece atualmente. Deste modo, surge a necessidade de avançarmos em direção aos sistemas a seco, que além de reduzirem substancialmente os gastos operacionais, proporcionam elevada disponibilidade para a planta térmica."
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Sua empresa já está preparada para o Bloco K? O “Bloco K” é uma das partes de informação do SPED Fiscal ICMS/IPI, que se destina à escrituração dos documentos fiscais e dos documentos de uso interno do estabelecimento, no livro eletrônico de Registro de Controle da Produção e do Estoque A partir de 2017, para os estabelecimentos industriais pertencentes a empresas com faturamento anual igual ou superior a R$ 300.000.000,00, as informações deverão conter a quantidade produzida, todas as movimentações internas de estoque, a posição de estoque de todos os seus produtos acabados, semiacabados e matérias- -primas, separando materiais de propriedade da empresa e em seu poder, materiais de propriedade da empresa e em poder de terceiros e materiais de propriedade de terceiros em poder bma 26x16.pdf
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da empresa. A multa pelo não fornecimento de informações relacionadas ao Bloco K ou sua entrega com dados incompletos, pode chegar a 1% do valor total do estoque no período. Dada a alta complexidade de controle de processos ao nível exigido do Bloco K, as empresas estão investindo no que consideram o próximo avanço tecnológico necessário para os seus negócios: a adoção da tecnologia de RFID, que atualmente, é a única capaz de alcançar esse objetivo. A Tecnologia RFID (Identificação por Radiofrequência), utiliza a radiofrequência para acessar dados armazenados em um microchip acoplado a uma pequena antena (etiqueta inteligente), que identifica o objeto nele fixado, sem a necessidade de contato visual, ultrapas-
sando barreiras físicas como tecido (Big Bag), madeira (Palets), papelão (embalagens) e plásticos. Considerada a única tecnologia com 100% de acuracidade no controle de processos como: • Controle das etapas de produção; • Controle de insumos; • Controle de estoque; • Transferência de estoque; • Expedição; • Controle de Patrimônio. A Markanti dispõe de uma vertical de RFID capaz de apresentar soluções que vão permitir a adequação da sua empresa ao desafio do BLOCO K. Agende a visita de nosso consultor. (16) 3941.3367 WWW.MARKANTI.COM.BR
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Novo laboratório da Solenis oferece suporte estratégico às usinas de cana DIVULGAÇÃO
A inauguração do Centro de Tecnologia Solenis, em maio deste ano, já está trazendo uma série de benefícios aos clientes do setor sucroalcooleiro: eficiência e agilidade na identificação de problemas no processo de fabricação de açúcar e de etanol, desenvolvimento de soluções sob medida para ações corretivas e maximização de produtividade. Construída ao lado da unidade produtiva da Solenis de Paulínia (SP), em uma área de 1.000 m², a nova instalação reúne equipamentos de última geração, laboratório-piloto para testes em escala industrial e um time de 14 pesquisadores, sendo dois PHDs e dois mestres. Oferecer atendimento especializado às usinas, assim como em todos os segmentos em que atua, é o foco da Solenis, líder mundial em especialidades químicas que reúne o maior e o mais completo portfólio para o setor de biorrefinaria, tanto em processos como em águas industriais. De
acordo com o gerente de Tecnologia e Desenvolvimento da Solenis para a América Latina, Edmir Carone, a nova estrutura fortalece o suporte técnico de qualidade aos clientes. “Disponíveis no laboratório, as análises físico-químicas e microbiológicas fazem o controle rotineiro das soluções da Solenis utilizadas nas usinas para garantir sua performance durante toda a safra”, afirma Edmir.
“E está disponível para ajudar a encontrar com mais agilidade e precisão soluções de pontos críticos da fabricação, aumentando o rendimento na produção de açúcar e de etanol e evitando danos aos equipamentos.” Por meio da análise de amostras coletadas em qualquer etapa do processo e cedidas pelo cliente, o Centro de Tecnologia consegue investigar os fenômenos químicos que estão
causando alterações na produção. O pesquisador da Solenis para Águas Industriais e Biorrefinaria, Jonathan Melo Bergamaschi, conta o caso de um cliente que enfrentava excesso de incrustação nos evaporadores de caldo de cana e enviou ao laboratório um pedaço de cano com esse problema. “Caracteriza-se o incrustado, estuda-se o seu comportamento e gera um pacote de informações importantes na tomada de decisão”, conta Jonathan. “Realizamos testes com vários compostos químicos até encontrar a formulação ideal para a dissolução das incrustações durante a limpeza. Com isso, desenvolvemos um novo produto de forma personalizada.” O Centro de Tecnologia tem a função também de apoiar a equipe de vendas e de aplicações para entregar soluções Solenis adequadas às necessidades da usina. SOLENIS DO BRASIL WWW.SOLENIS.COM
Magíster: acreditando cada vez mais no Setor Sucroenergético DIVULGAÇÃO
A Magíster, de Sertãozinho, empresa que completa no final de 2017 seus 10 anos de atividades, mais uma vez, provando que acredita fortemente no setor Sucroenergético, amplia suas instalações e instala novos equipamentos para usinagem, dos quais se destacam dois tornos de grande porte para usinar peças extra pesadas; com estes investimentos, a empresa dá um passo importante no sentido de ampliar sua gama de atividades na área de usinagem de camisas e eixos de moendas e outras atividades para fabricação e manutenção de equipamentos para preparo e extração das usinas de açúcar, onde, poderá a partir de agora, realizar negociações mais amplas de reformas de moendas, incluindo praticamente todos os seus componentes expostos ao desgaste de abrasão provocada pela operação de extração do caldo. Com uma atuação exclusiva no
a empresa estar intimamente ligada ao setor e comprometida com os resultados de cada uma das usinas assistidas pela empresa” Faz parte ainda do portfólio de soluções da Magíster, a fabricação e manutenção de desfibradores de todos os modelos e tamanhos e seus componentes, como placas desfibradoras, martelos e todos os demais itens que compõem os equipamentos de preparo da cana para as moendas. Outros itens fabricados pela empresa, são camisas de moendas, flanges, bagaceiras, pentes e principalmente, referindo-se à origem da empresa, os revestimentos especiais anti-desgaste continuam sendo o diferencial da Magíster, que nasceu comprometida com os melhores indicadores de eficiência do mercado. seguimento de açúcar e etanol, a empresa segundo Marcos Mafra, diretor da Magíster, “não só com-
pleta dez anos de existência, mas como gosta de frisar, completa dez safras, isto deve-se ao fato de
MAGÍSTER (16)3513-7200 WWW.MAGISTER.IND.BR
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Refratários Ribeirão – Excelência na Qualidade e Eficiência dos Produtos! DIVULGAÇÃO
Fundada em 1970, a Refratários Ribeirão Preto, Grupo Suloy, empresa de tradição no mercado de REFRATÁRIOS e ISOLAMENTOS TÉRMICOS (Lã de Rocha, Lã de Vidro, Fibra de Cerâmica), que nestes 47 anos de existência, ultrapassou as varias mudanças econômicas e políticas monetárias, sempre focado no conceito de inovações e novas técnicas dos produtos. A Refratários Ribeirão Preto iniciou suas atividades em São Paulo e em 1988, transferiu seu Parque Industrial para a cidade de Ribeirão Preto, no interior paulista, pólo das indústrias sucroalcooleiras e indústrias fabricantes de projetos e equipamentos de Usinas. Hoje o trabalho da empresa deixa sua marca no mercado brasileiro, América Latina e Caribe. Somos Distribuidores Autorizados de LÃ DE ROCHA, LÃ DE VIDRO e FIBRA CERÂMICA, tais como: painéis, mantas, calhas/ tubos bi-partidos e módulos. Man-
temos grandes estoques para entrega imediata. Fornecemos para mais de 300 Usinas, atestando a confiança a nós depositada, tanto pela qualidade, bem como os preços justos de nossos produtos, conquistamos a fideli-
dade de nossos clientes. As milhares de peças produzidas, tais como: tijolos, peças especiais, placas, concretos, massas e cimentos refratários, são acompanhados por uma equipe de profissionais especializados, com o objetivo de uma
constante busca pela excelência na qualidade e eficiência de nossos produtos. REFRATÁRIOS RIBEIRÃO PRETO LTDA. FONE: (16) 3626-5540 WWW.REFRATARIOSRIBEIRAO.COM.BR
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General Chains inaugura nova unidade DIVULGAÇÃO
A General Chains é uma empresa 100% familiar, com uma vasta experiência de mais 50 anos, atuando na fabricação de correntes transportadoras e equipamentos para o setor Sucroenergético, Cítrico, Celulose, Mineração, Extração entre outros. Nossa principal prioridade é atender da melhor forma possível as eventuais necessidades dos nossos clientes. E com este foco, somos a primeira empresa com certificação ISO 9001:2008, fabricante de correntes no Brasil. Nos períodos difíceis é que podemos ver, quem está preparado para acompanhar as evoluções e mudanças do mercado. Então, mantendo o nosso foco de sempre fazer o melhor para atender os nossos clientes, temos a satisfação, de informar para os nossos parceiros, clientes e todos os que torcem pelo nosso Grupo, que estamos inaugurando uma “NOVA” UNIDADE da General Chains, localizada no Distrito Industrial de Rio das Pedras II, em uma área privilegiada de 10.000m2, com fácil acesso em uma das principais Rodovias do interior Paulista, a Rodovia do Açúcar.
GENERAL CHAINS (19) 3417-2800 WWW.GENERALCHAINS.COM.BR
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