JornalCana 283 (Agosto/2017)

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AGRÍCOLA

Julho 2017

1

w w w . j o r n a l c a n a . c o m . b r Agosto 2017

Série 2

Número 283

A vitória da engenharia e da estratégia Ingenio Sucroalcoholero Aguaí, na Bolívia, vence o desafio de construir uma usina que fosse ao mesmo tempo moderna, tecnológica, segura e sustentável

Cristóbal Roda Vaca, mais conhecido como Pili, presidente da Ingenio Sucroalcoholero Aguaí

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ÍNDICE DE ANUNCIANTES

Agosto 2017

ÍNDICE DE ANUNCIANTES ÁREAS DE VIVÊNCIA ALFATEK

(17) 3531.1075

3

AUTOMAÇÃO DE ABASTECIMENTO DWYLER

(11) 2682.6633

27

AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL AUTHOMATHIKA METROVAL

(16) 3513.4000 (19) 2127.9400

18 26

CALDEIRAS ENGEVAP

(16) 3513.8800

19

CARRETAS ALFATEK

(17) 3531.1075

3

CARROCERIAS E REBOQUES SERGOMEL

(16) 3513.2600

23

í

HIDRÁULICA E PNEUMÁTICA PW HIDROPNEUMÁTICA

(19) 3801.9500

19

IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS AGRIMEC DMB

(55) 3222.7710 (16) 3946.1800

28 31

INDUSTRIA QUIMICA ONIBRAS

(16) 3969.4957

6

INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO E CONTROLE METROVAL (19) 2127.9400

26

IRRIGAÇÃO IRRIGA ENGENHARIA

(62) 3088.3881

29

� 55

MELAÇO MELAÇO BRASILEIROS

(19) 3439.2529

23

Indust

METALÚRGICA METALÚRGICA RIO GRANDE

(16) 3173.8100

12

MOENDAS E DIFUSORES DEDINI

(19) 3403.3222

33

COLETORES DE DADOS MARKANTI

(16) 3941.3367

4 E 44

CONTROLE DE FLUIDOS METROVAL

(19) 2127.9400

26

DEFENSIVOS AGRÍCOLAS KOPPERT DO BRASIL

MONTAGENS INDUSTRIAIS ENGEVAP

(16) 3513.8800

19

(15) 3471.9090

25

ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO CIVIL ENGEVAP

PLANTADORAS DE CANA DMB

(16) 3946.1800

31

(16) 3513.8800

19

PRODUTOS QUÍMICOS PROSUGAR

(81) 3267.4760

30

18

REFRATÁRIOS REFRATÁRIOS RIBEIRÃO PRETO

(16) 3626.5540

41

SISTEMAS DE ENERGIA HPB ENGENHARIA

(16) 3513.4600

7

EQUIPAMENTOS E MATERIAIS ELÉTRICOS AUTHOMATHIKA (16) 3513.4000

Julho

32 35

FEIRAS E EVENTOS OBJETIVA REED ALCANTARA SINATUB

(11) 2255.5759 (11) 3060.5000 (16) 3512.4300

11 43 17

SOFTWARE INDUSTRIAIS S-PAA

(16) 3512.4312

24

TRANSBORDOS TESTON

(44) 3351.3500

2

(16) 3913.7700

21

(18) 3643.7923

9

(15) 3471.9090

25

GRÁFICA SÃO FRANCISCO GRÁFICA

(16) 2101.4151

37

TUBULAÇÕES PARA VINHAÇA DHC TUBOS

�Aa

� En

� Po

� Co

� Se

� Co

Geral

Agríco

� En

� Pre

(31) 3057.2000 (19) 3475.3055

TURBINAS SIEMENS JUNDIAÍ

Merca

� Em

ESPECIALIDADES QUÍMICAS QUÍMICA REAL SOLENIS

FERTILIZANTES KOPPERT DO BRASIL

Agend

� Inv

� Ma

Gestão

� Os

Errata: Na edição de junho do JornalCana, equivocadamente, a General Chains constou no índice de anunciantes como “Consultoria/ Engenharia Industrial”, sendo que a mesma fornece correntes industriais para as usinas.

Usina

� Us

Negóc

“N

Recom

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CARTA AO LEITOR CARTACARTA AO AO LEITOR LEITOR

Julho 2017 Julho 2017 Agosto 2017

5 55

carta ao leitor CARTA c a r t aAOaLEITOR o leitor Josias Messias josiasmessias@procana.com.br

índice ÍNDICE índice

Josias josiasmessias@procana.com.br Josias Messias Messias - josiasmessias@procana.com.br

Agenda Agenda . ................................................................ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66 Agenda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 MERCADO Mercado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8 a 14 Milho: a nova fronteira do etanol ............ 8 a 12 � A aposta Mercado . no . . RenovaBio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8 a 14 Entrevista com Luiz Custódio no � Entrevista com Roberto Rodrigues na estreia do Quem é Quem A aposta no RenovaBio Quem é Quem .................................................. 16 � Por que o arrendamento de terras ficou caro do Quem é Quem Entrevista com Roberto Rodrigues na estreia � 55 usinas passam a pagar pelo uso da água no estado de SP

� Por que o arrendamento de terras ficou caro USINA DO MÊS � 55 usinas passam a pagar pelo uso da água no estado de SP Ingenio Sucroalcoholero Aguaí: exemplo que Industrial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16 a 26 vem da Bolívia .......................................... 17 a 22 � Como fazer Industrial . . a. correta . . . . .manutenção . . . . . . .de. .bombas . . . . . . . . . . . . .16 a 26 � Secagem dealevedura pode gerar renda extra de R$ 40 milhões Como fazer correta manutenção de bombas INDUSTRIAL � Cozimento contínuo ganha espaço no setor Secagem de levedura pode gerar renda extra de R$ 40 milhões O que 17 especialistas apresentaram � Cozimento ganhaSinatub espaço no setor em curso contínuo ProCana ..................... 24 a 27 Geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .30 � Empresas Geral . . . . têm . . .até . .31. .de. .agosto . . . .para . . .aderir . . . ao . .Refis . . . . . . . . . . . .30 AGRÍCOLA � Empresasambiental: têm até 31 de agosto para aderir ao Refis Passivo multas para Agrícola . . . . .sem . . . . redução . . . . . . . .............................. . . . . . . . . . . . .24 a28 34 o setor. fi. cam � Endividamento Agrícola . herbicidas . . . . sucateia . . . . . sistemas . com . . . . .de. irrigação . . . . . .em. .Alagoas . . . . . .24 a 34 Aplicar � Previsões paratem a safracusto 17/18 nozero Nordeste tecnologia ...................... Endividamento sucateia sistemas de irrigação em Alagoas 29 e 30 Depois da seca, agora é crescer a chuva � Investimentos em herbicida até 30% na 17/18 Previsões para a safra 17/18devem no Nordeste que penaliza safra no Nordeste .................. 32 � Manejo integrado em controle ambiental gera produtividade Investimentos em a herbicida devem crescer atémaior 30% na 17/18 � Manejo integrado em controle ambiental gera maior produtividade

GESTÃO Gestão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .37 Os ganhos 34 � Os departamentos de Gestão . . . . . de . . .ter . .compliance . postura . . . . . .avançam . .proativa . . . nas . . .empresas . ......... . . . .do . setor . .a. 36 .37 Os 5 maiores desafi os para � Os departamentos de compliance avançam nas empresas do setor subirdode cargo Usina Bem . . . .no . . .setor . . . . ............................ . . . . . . . . . . . . . . 37 . . .e. 38 .38 � Usinas doam energia Usina do Bem . . . . .elétrica . . . . para . . .hospital . . . . .em . .Barretos . . . . . . . . . . . .38 USINA DO BEM � Usinas doam energia elétrica para hospital em Barretos Jovem Aprendiz é destaque Negócios & Oportunidades . . . . .nas . . . .usinas . . . . . ......... .40 a39 42 O que as usinas preparam Negócios & Oportunidades . . . . . . . . . . . . . . . .40 a 42 para comemorar o Dia das Crianças ............. 40 Negócios & Oportunidades .................... 41 e 42

FUNDO DE RECEITA FIXA RECEITA “NemFUNDO ponham sua DE esperança naPESSOAL incertezaFIXA da riqueza, COACHING

“Nem suaque esperança na incerteza da riqueza, masponham em Deus, de tudo nos provê ricamente” "Se algum de vocês tem falta de sabedoria, mas em Deus, que adeTimóteo, tudo na nosprimeira provêcarta, ricamente” Recomendação de Paulo, apóstolo capítulo 6, verso 17 peça-a a Deus, que a todos dá livremente, Recomendação de Paulo, apóstolo a Timóteo, na primeira carta, capítulo 6, verso 17 de boa vontade; e lhe será concedida". Orientação de Tiago, apóstolo, em sua carta no capítulo 1, versos 5 e 6.

Reduzir o uso Reduzir o uso O mau uso de água é regra! de água é regra! da informação

Assim como outros importantes segmentos da indústria da transformação, o setor sucroenergético é um Assim como outros importantes segmentos da indústria da transformação, setorusinas sucroenergético é um grande consumidor de água. Esse líquido é prioritário nos processos industriaiso das e destilarias. Altamente demandante de mão de obra e de capital e exposta a fatores complexos e de grande dena água. líquido éasprioritário processos industriais das Paulo usinasconsumiam e destilarias. Paraconsumidor se ter ideia, safraEsse 2010/2011 unidades nos produtoras Estado de São em baixo controle, como clima e mercado de commodities, adoatividade sucroenergética é consiPara sedemetro teraltíssima ideia, nacomplexidade, safra 2010/2011 as unidades produtoras do Estado de São Paulo consumiam em média 1,52 cúbico por tonelada de mais cana. Naquela safra, segundo a União da Indústria de Cana-dederada exigente do que muitas empresas industriais de alta média 1,52 metro cúbico por automotivo tonelada de cana. Naquela segundo apaulistas, União daque Indústria de Cana-deAçúcar (Unica), foram colhidas 362 milhões toneladassafra, nosentre canaviais exigiram 550,2 tecnologia e dos setores e de petroquímico, outros. Os(Unica), resultados obtidos por entraram na produção Açúcar foram colhidas 362 milhões de grupos toneladasestrangeiros nos canaviaisque paulistas, que exigiram 550,2 sumilhões depéssimos metros cúbicos de água. croenergética, acreditando ser essa uma atividade fácil, nos conduzem à quebra de milhões metrosque cúbicos água. foi consumido pelas unidades produtoras. Há muito o setor alguns Nãode significa todo de o volume paradigmas no setor, como o conceito de que uma usina é uma empresa simples de gerir. Não significa todo o para volume foi consumido pelas unidades Há muito o setor empreende eque sistemas reduzir e tornar eficiente o uso doaprodutoras. líquido.de uma Para seações ter uma ideia, apenas da “porteira para dentro” gestão usina tem que lidar empreende ações e sistemas para reduzir e tornar eficiente o uso do líquido. O reuso é uma palavra de ordem nas empresas sucroenergéticas. Com ações como o reuso, opositivo setor diariamente com mais de três mil variáveis para se obter um resultado econômico O reuso é uma de ordemasindustrial, nas empresas ações como reuso, o setor considerando aspalavra áreas agrícola, logística, financeira, legal, fiscal, saúde e sucroenergético paulista despencou captações desucroenergéticas. água. Ocomercial, consumoCom médio de 1,52 nao safra 2010/2011 segurança, meio ambiente… sucroenergético paulista despencou captações de água. O consumo médio de 1,52 na safra 2010/2011 caiu para 0,91 metro cúbico na safraas2016/17. É uma diversidade de dados que se inicia no planejamento agrícola e vai até o hedge da caiu Ou paraseja, 0,91emmetro cúbico safrapaulistas 2016/17. dez anos as na usinas captaram 39,7% menos água para os processos industriais. receita. O desafio se inicia na captação dos números, com a decisão sobre quais os critérios e Ou seja, em dez anos as usinas paulistas captaram 39,7% menos água para concentram-se os processos industriais. A queda resulta do mas fechamento de circuitos com reuso água; aprimoramento dos processos fontes de medição, as maiores dificuldades, na de minha percepção, na nosquedacom resulta fechamento de circuitos demuito água; aprimoramento processos industriais, maior eficiência e menor captação; ereuso avanço da limpeza aoseco comdos a colheita sa Acultura que, dedocerta forma, aprendeu acom respeitar mais feeling humano do que os números.com Fruto da eficiência cultura brasileira, que é mais ligadadaà limpeza criatividade que à lógica. industriais, maior e menor captação; e avanço a secodo com a colheita mecanizada. É informações certo que asobre criatividade é fundamental para vencermos os enormes os cotidianos mecanizada. As uso de água e a redução na captação pelas unidades foramdesafi apresentadas no dia doAs setor, afi nal a lógica apenas aponta os caminhos possíveis e é a criatividade que escolhe o informações sobre uso de água e a redução na captação pelas unidades foram apresentadas no dia 06 de junho pelo secretário estadual da Agricultura, Arnaldo Jardim, em evento na sede da Unica, em destino e o trajeto. 06 deContudo, junho pelo secretário estadual da Agricultura, Arnaldo Jardim, em com evento na sede da Unica, emmas comemoração dosquais dez anos do Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético. são os resultados quando tomamos decisões base na criatividade, comemoração dosintegra dez anos do Protocolo Agroambiental doter Setor Sucroenergético. O Protocolo o Projeto Etanol Verde,é das Secretarias estaduais da Agricultura do Meio sem um embasamento lógico? E como possível um embasamento lógicoe sem informações confi áveis? O Protocolo integra um o Projeto Verde, edas Secretarias estaduais da oAgricultura e do Meio Ambiente, e representa modeloEtanol de parceria diálogo desenvolvido entre setor produtivo e o Estado. Criatividade semum lógica é arte, nãoneste produtividade econômica! Ambiente, efase representa modelo de cena parceria e diálogo desenvolvido entre setor produtivo e o Estado. A segunda do Protocolo entra em mês de julho, formatada poro técnicos das duas Podemos dizer que o primeiro erro seria desprezar os números, mantendo um modelo de A segunda fase Protocolo entra em cena neste mês de julho, formatada por técnicos das duas Secretarias e dado Unica. gestão baseada majoritariamente no feeling do gestor ou da equipe de gestão. Secretarias e da Unica. Nesse mesmo mês de julho, entra vigoresse a cobrança uso dadeágua quatro bacias Temos diversos exemplos de em como modelo,pelo apesar ser em considerado conservador Nesse mesmo mês entra em vigor a cobrança pelo uso da água quatro bacias e bem-sucedido ao de longo décadas, não suporta ciclos longos deem crise a que o setor hidrográficas do Estado dejulho, São de Paulo: Pardo, Baixo-Pardo/Grande, Sapucaí-Mirim e como Mogi-Guaçu. está sendodo submetido. hidrográficas Estado dedesta São Paulo: Baixo-Pardo/Grande, e Mogi-Guaçu. Conforme reportagem ediçãoPardo, do JornalCana, 55 unidadesSapucaí-Mirim sucroenergéticas captam água dessas Já no outro extremo, encontramos a supervalorização dos números em detrimento das Conforme desta edição do JornalCana, sucroenergéticas bacias. O custoreportagem médio da cobrança de água por tonelada55deunidades cana varia de acordo comcaptam o reusoágua pelasdessas pessoas e do respeito à cultura local da unidade de produção. bacias. custo médio cobrança água tonelada de cana varia de acordo comquente, o reuso pelas unidades, mas ademonstram médiada é projetada R$por 0,03 e R$ 0,12 por tonelada. OsOfatos que entre adeprodução sucroenergética é uma atividade com forte unidades, masexplica a média éreportagem projetada entre 0,03 dessa e R$ 0,12 por tonelada. A Unica na querespeitada! oR$ avanço cobrança não assusta porque o setor carga emocional, que precisa ser dificuldade da reportagem maioria está meio valoriza os assusta números eeas mas não AAUnica explica na que o avanço dessa cobrança porque opessoas, setor com sucroenergético paulista se preparou aono longo dostermo, anos para arcar não com esse custo colaborar a gestão adota um sistema que garante a consistência dos números e sua aplicabilidade prática. sucroenergético paulista se preparouo ao longo dos anos para arcar com esse custo(DAEE), e colaborar com a gestão das bacias hidrográficas. Conforme Departamento de Águas e Energia Elétrica do governo Um bom exemploConforme está numa usina que conta com euma consultoria de mercado e despredas bacias hidrográficas. o Departamento de Águas Energia Elétrica (DAEE), do governo paulista, os valores arrecadados com essa cobrança irão para o Fundo Estadual de Recursos Hídricos zou os números apresentados por ela, confiando no feeling dos gestores. Resultado: perdas paulista, valores arrecadados comdemandados essa cobrança irãopróprias para o Fundo (Fehidro), os usará nos projetos pelas bacias.Estadual de Recursos Hídricos de 17%osque na receita para a safra! (Fehidro), que usará nos projetos demandados pelas próprias bacias. No mês emosprodutividade que se comemora o Dia Mundialque do Meio Ambiente, as usinas fazeminformações questão de reassumir Não tem agroindustrial compense o mau uso destas caras! No mês em que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente, as usinas fazem questão de reassumir e manifestar seu compromisso com o meio ambiente e com o uso sustentável de água. E água é sinônimo Boa leitura! edemanifestar seu compromisso com o meio ambiente e com o uso sustentável de água. E água é sinônimo vida! de vida! Boa leitura! Boa leitura! NOSSOS PRODUTOS EVENTOS PUBLICAÇÕES PRODUTOS NOSSOS

ISSN 1807-0264 ISSN 1807-0264 Fone 16 3512.4300 Fax 3512 4309 Av. Costábile Romano, 1.544 - Ribeirânia Fone 16 3512.4300 FaxPreto 3512— 4309 14096-030 — Ribeirão SP Av. Costábile Romano, 1.544 - Ribeirânia procana@procana.com.br 14096-030 — Ribeirão Preto — SP procana@procana.com.br

NOSSA MISSÃO NOSSA MISSÃO

“Desenvolver o agronegócio “Desenvolver o agronegócio sucroenergético, disseminando sucroenergético, conhecimentos,disseminando estreitando conhecimentos, relacionamentosestreitando e gerando relacionamentos e gerando negócios sustentáveis” negócios sustentáveis”

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Presidente Josias Messias � Presidente josiasmessias@procana.com.br Josias Messias josiasmessias@procana.com.br � Comitê de Gestão - Comercial & Eventos Rose Messias � Comitê de Gestão - Comercial & Eventos rose@procana.com.br Rose Messias rose@procana.com.br � Comitê de Gestão - Relacionamento Com Clientes Lucas Messias � Comitê de Gestão - Relacionamento Com Clientes lucas.messias@procana.com.br Lucas Messias lucas.messias@procana.com.br � Comitê de Gestão - Controladoria & TI Mateus Messias � Comitê de Gestão - Controladoria & TI presidente@procana.com.br Mateus Messias presidente@procana.com.br � Comitê de Gestão - Jornalismo Alessandro Reis - editoria@procana.com.br � Comitê de Gestão - Jornalismo Alessandro - editoria@procana.com.br Gestão - Marketing � Comitê deReis Luciano Lima Comitê de Gestão - Marketing � luciano@procana.com.br Luciano Lima luciano@procana.com.br �

www.jor nalcana.com.br www.jor nalcana.com.br COLABORADORES Relacionamento Com Clientes COLABORADORES Robertson Fetsch 16 9 9720 5751 � Relacionamento Com Clientes publicidade@procana.com.br Robertson Fetsch 16 9 9720 5751 publicidade@procana.com.br � Assistente Thaís Rodrigues � Assistente thais@procana.com.br Thaís Rodrigues thais@procana.com.br � Assinaturas & Exemplares Paulo Henrique Messias (16) 3512-4300 � Assinaturas & Exemplares atendimento@procana.com.br Paulo Henrique Messias (16) 3512-4300 www.loja.jornalcana.com.br atendimento@procana.com.br www.loja.jornalcana.com.br �

� Arte Gustavo Santoro - arte@procana.com.br � Arte Gustavo � Editor Santoro - arte@procana.com.br Delcy Mac Cruz - editor@procana.com.br � Editor Delcy Mac Diagramação � Editor deCruz Arte -- editor@procana.com.br Diagramação Gaspar MartinsBadur - diagramacao@procana.com.br José Murad � Editor de Arte - Diagramação José Murad Badur FINANCEIRO contasareceber@procana.com.br FINANCEIRO contasapagar@procana.com.br contasareceber@procana.com.br contasapagar@procana.com.br

JornalCana - O MAIS LIDO! PUBLICAÇÕES Anuário da Cana Brazilian Sugar- and Ethanol Guide JornalCana O MAIS LIDO! AAnuário Bíblia do da Setor! Cana Quem é Quem no setor sucroenergético Brazilian Sugar and Ethanol Guide A Bíblia do Online Setor! JornalCana Quem é www.jornalcana.com.br Quem no setor sucroenergético BIO & Sugar JornalCana Online International Magazine www.jornalcana.com.br Mapa BIO Brasil& de Unidades Sugar Produtoras de Açúcar e Álcool International Magazine Mapa Brasil de Unidades Produtoras de Açúcar e Álcool

Prêmio MasterCana EVENTOS Tradição de Credibilidade e PrêmioSucesso MasterCana Tradição de Credibilidade Fórum ProCana e Sucesso USINAS DE ALTA PERFORMANCE Fórum ProCana USINAS Tecnologia DE ALTA SINATUB PERFORMANCE Liderança em Aprimoramento Técnico SINATUBe Atualização Tecnologia LiderançaTecnológica em Aprimoramento Técnico e Atualização Tecnológica

Artigos assinados (inclusive os das seções Negócios & Oportunidades e Vitrine) refletem o ponto de vista dos autores Artigos assinados (inclusive os das seções Negócios & (ou das empresas citadas). JornalCana. Direitos autorais e Oportunidades e Vitrine) refletem o ponto de vista dos autores comerciais reservados. É proibida a reprodução, total ou (ou das empresas citadas). JornalCana. Direitos autorais e parcial, distribuição ou disponibilização pública, por qualquer comerciais reservados. É proibida a reprodução, total ou meio ou processo, sem autorização expressa. A violação dos parcial, distribuição ou disponibilização pública, por qualquer direitos autorais é punível como crime (art. 184 e parágrafos, meio ou processo, sem autorização expressa. A violação dos do Código Penal) com pena de prisão e multa; conjuntamente direitos autorais é punível como crime (art. 184 e parágrafos, com busca e apreensão e indenização diversas (artigos 122, do Código Penal) com pena de prisão e multa; conjuntamente 123, 124, 126, da Lei 5.988, de 14/12/1973). com busca e apreensão e indenização diversas (artigos 122, 123, 124, 126, da Lei 5.988, de 14/12/1973).

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ACONTECE

Agosto 2017

Prêmio MasterCana Centro-Sul celebra os 25 anos da Fenasucro DIVULGAÇÃO

Ceise-BR, Reed e ProCana Brasil se unem para marcar evento oficial de 25 anos da Fenasucro com presença das maiores autoridades e personalidades do setor A Fenasucro & Agrocana, o principal evento técnico/comercial do setor sucroenergético no mundo, que atrai empresários e profissionais de usinas do Brasil e de mais de 40 países, completa 25 anos de realização. Para celebrar o feito, os realizadores da Feira, Ceise BR e Reed, fecharam um convenio com a ProCana Brasil transformando o Prêmio MasterCana Centro-Sul como evento oficial da celebração, que deve contar com a presença das maiores autoridades e personalidades do setor, como o Ministro das Minas e Energia, Fernando Coelho. O convênio foi assinado na última

Paulo Montaboni (gerente geral da Fenasucro), Aparecido Luiz (presidente do Ceise BR) e Josias Messias (presidente da ProCana), durante a assinatura do convênio na sexta-feira (7/6), na sede do Ceise BR

sexta-feira (7/6), na sede do Ceise BR, por Josias Messias, Paulo Montabone, gerente geral da Fenasucro & Agrocana, e Aparecido Luiz, presidente do Ceise/Br. Tradicional premiação que reconhece o mérito de quem, de fato, desenvolve o setor, o Prêmio MasterCana Centro-Sul acontecerá na noite de abertura da Fenasucro, terça-feira, 22 de agosto de 2017, no Maison VS em Sertãozinho. A programação especial inclui ain-

da a premiação do MasterCana Social, o reconhecimento de sete personalidades “Quem é Quem no Setor” e homenagens aos Ex-presidentes do Ceise BR. O convenio firmado inclui também a realização do inédito Forum Usinas de Alta Performance – Agrícola, que apresentará cases de cinco usinas que apresentam alta produtividade em cana-de-açúcar, organizado pela ProCana Brasil como parte da grade de eventos técnicos da Fenasucro.

Ex-presidentes do Ceise BR serão homenageados Como parte da comemoração dos 25 anos da feira, os ex-presidentes do Ceise Br serão homenageados durante o jantar de gala. São eles: Adézio José Marques, Almir Lazarini, Eduardo Antônio Toniello Filho, Aparecido Luiz, Carlos Roberto Liboni, João Luiz Sverzutti, José Osvaldo Marques Junior, Mário Garrefa, Paulo Galo e Vagner Stefanoni.

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AGRÍCOLA

Agosto 2017

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Fase nal de montagem do Sistema de Geração de Vapor HPB/B&W adquirido pelo Ingenio Adolfo López Mateos S.A. de C.V., sucursal do Grupo Piasa no México, com capacidade nominal de produzir 250.000 kg/h de vapor superaquecido a 525 °C e 87 bar(a), operando em ciclo regenerativo otimizado com turbogerador de contrapressão de 50 MW, conferindo maior eeciência ao ciclo térmico da planta.

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MERCADO

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Milho: a nova fronteira do etanol Biocombustível feito com o grão representa hoje 1% do produzido com a cana-de-açúcar, mas novas unidades e oferta em escala sinalizam que o cereal veio para ficar como matéria-prima

Ampliar a fronteira dos biocombustíveis nacionais, aumentar a produção de etanol em 80% nos próximos 13 anos e agregar valor à produção de milho brasileira são alguns dos fatores que alavancam o mercado do etanol do grão no Brasil. A produção ganhou força na última década no País e, segundo a União das Indústrias de Cana-de-Açúcar (Unica), saiu de 37 milhões de litros na safra 2013/2014 para 234 milhões em 2016/2017 na região Centro-Sul do País. Somente na última safra, houve um salto de 66% na produção de etanol de milho, principalmente no Mato Grosso. Segundo o Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras do Estado de Mato Grosso (Sindalcool/MT), o estado é destaque porque produz milho em larga escala, capaz de abastecer plantas industriais que transformam o grão em biocombustível. A entidade destaca as três unidades produtoras (Libra, Usimat e Porto Seguro), que já fazem o etanol de milho no estado -junto com o de cana-de-açúcar-, e a inauguração de uma nova unidade exclusiva para produção de etanol de milho, em agosto deste ano, no município de Lucas do Rio Verde. E na safra atual, até levantamento da segunda quinzena de junho, o etanol de milho já representava aproximadamente 1% da produção do Centro-Sul do Brasil, com 52 milhões de litros. É uma produção pequena, mas só tende a crescer. Segundo o ministro da Agricultura, Abastecimento e Pecuária, Blairo Maggi, o Brasil “não deve ter medo de defender o etanol de milho”. Em discurso durante a abertura do Fórum Mais Milho, no dia 1º de junho, em Castro (PR), Maggi ressaltou que a inauguração da unidade produtora específica na cidade

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ILUSTRAÇÃO GASPAR MARTINS

RAISSA SCHEFFER, DE RIBEIRÃO PRETO (SP)

de Lucas do Rio Verde (MT) deverá valorizar o cereal produzido no Mato Grosso. Maior produtor brasileiro do grão, o cultivo no Mato Grosso muitas vezes não traz retorno ao agricultor. Potencial Para Murilo Aguiar, consultor em

Gerenciamento de Risco - Açúcar e Etanol da consultoria INTL FCStone, há potencial para ampliação do mercado no Brasil. “A produção de etanol de milho está em desenvolvimento e apresenta para o país um mercado potencial para incremento de produção”, diz. E uma das principais demandas

vem com o acordo do clima celebrado em dezembro 2015 na França, durante a 21ª Conferência das Partes (COP21). Conforme a Unica, com o acordo celebrado o Brasil pretende atingir, nos próximos 14 anos, a participação de 18% de biocombustíveis na matriz energética, entre etanol e biodiesel.

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“Para o mercado de etanol, isso significa produzir até lá aproximadamente 50 bilhões de litros frente aos 28 bilhões de litros registrados na safra 2015/2016”, relata a Unica. Segundo projeções da Unica, para aumentar a capacidade de produção do biocombustível será necessário garantir investimentos na ordem de US$ 40 bilhões.

Usina 100% de milho em Lucas do Rio Verde durante as obras

Mato Grosso vira polo produtor de etanol de milho Polo da produção de etanol de milho no Brasil, o Mato Grosso recebe, neste mês de agosto, uma nova unidade produtora exclusiva de etanol de milho da FS Bioenergia. A FS é uma joint venture entre a Fiagril e o grupo americano Summit. De acordo com a assessoria de imprensa da FS Bioenergia, o projeto da unidade, orçado em US$ 115 milhões, gera trabalho para 200 colaboradores e tem capacidade de processamento de 500 mil toneladas de milho por ano na primeira fase. A meta é chegar a 1 milhão de toneladas na segunda. “A unidade vai produzir 210 milhões de litros de etanol, 6.200 toneladas de óleo de milho e 60 mil megawatts de energia elétrica a rede local”, informa a assessoria de imprensa.

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Cadeia Para o Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras do Estado de Mato Grosso (Sindalcool/MT), a inauguração da primeira indústria de produção de etanol anidro e hidratado 100% a partir do milho vem de encontro ao objetivo da cadeia produtiva de todo o estado, que é fomentar a produção. E o início de funcionamento da indústria coincide com um momento positivo do setor no estado. Conforme o Sindalcool/MT, em maio deste ano as indústrias sucroenergéticas comercializaram 59 milhões de litros de etanol, 28% a mais que no mês anterior, quando foram vendidos 46 milhões. Segundo o diretor executivo do Sindicato, Jorge dos Santos, o mercado vive um momento positivo por

“A PRODUÇÃO DE ETANOL DE MILHO ESTÁ EM DESENVOLVIMENTO E APRESENTA PARA O PAÍS UM MERCADO POTENCIAL PARA INCREMENTO DE PRODUÇÃO” MURILO AGUIAR, CONSULTOR EM GERENCIAMENTO DE RISCO

conta do aumento de produção. O pioneirismo na produção de etanol de milho também é positivo para as contas públicas. Com a expansão na produção do bicombustível, a arrecadação de impostos cresce e gera riquezas para o estado, com o aumento no recolhimento de impostos como ICMS e IPI. “Mato Grosso está pronto para isso. Queremos atrair cada vez mais investidores e potencializar a economia e aptidões do Estado”, declarou o governador do Mato Grosso, Perdo Taques, por meio de assessoria de imprensa.

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Usinas flex operam no MT e em Goiás Até a chegada da FS, são três usinas em Mato Grosso que também investem na produção de etanol a partir do milho, segundo o Sindalcool/MT (Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras do Estado de Mato Grosso). Essa produção é intercalada com a de etanol da cana. São as chamadas unidades produtoras “flex”, como a Usimat, na cidade de Campos de Júlio, que desde 2011 aposta na alternativa. Foram investidos aproximadamente R$ 25 milhões para incrementar a estrutura da usina e torná-la flex. Além da Usimat, a unidade produtora Libra Etanol, em São José do Rio Claro, investiu R$ 25 milhões para começar a processar 20 toneladas de milho por hora, a partir de 2013. Já a Porto Seguro, em Jaciara, também se tornou flex de olho

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no excedente de produção de milho no estado, e alterna a produção com a entressafra da cana-de-açúcar. Em Goiás, em 2016, a SJC Bioenergia também passou a produzir o etanol de milho em uma de suas duas unidades localizada no município de Quirinópolis, que recebeu investimento de R$ 160 milhões. A produção do biocombustível com o grão também é feita no período da entressafra da cana. Juntas, as três usinas do MT têm capacidade para produzir cerca de

150 milhões de litros de etanol por ano. E segundo a estimativa da Câmara Setorial da Soja, do Ministério da Agricultura, para a safra 2017/2018, cerca de 300 milhões de litros de etanol de milho deverão ser produzidos. Ainda segundo o Ministério da Agricultura, a possibilidade de estoque para a produção de etanol durante todo o ano torna esses investimentos interessantes. Grãos secos Outro aspecto que traz uma pers-

DDGS SÃO “ALTAMENTE NUTRITIVOS E PRODUZIDOS COM UMA TECNOLOGIA DE ALTO VALOR AGREGADO PARA A SEPARAÇÃO DAS FIBRAS NO PROCESSO PADRÃO DE ETANOL, NO SISTEMA FST (FIBRE SEPARATION TECHNOLOGY)”

pectiva positiva para o mercado e as unidades produtoras é a produção dos chamados DDGs, grãos secos destilados com solúveis. Subproduto do etanol de milho tem alto valor protéico e é alternativa para baratear a proteína para ração animal. A estimativa é que, com uma tonelada de milho seja possível produzir 250 quilos de DDGs. Já a produção de etanol por tonelada é estimada em 380 litros. Segundo a FS Bioenergia, os DDGs são “altamente nutritivos e produzidos com uma tecnologia de alto valor agregado para a separação das fibras no processo padrão de etanol, no sistema FST (Fibre Separation Technology)” Ao todo, ainda de acordo com a FS Bioenergia, a nova unidade vai ter linhas de DDG com três coprodutos: FS Ouro (75 mil toneladas), FS Essential (58 mil toneladas) e FS Úmido (40 mil toneladas).

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Etanolduto é a aposta do setor no Mato Grosso ALESSANDRO REIS, DE SÃO PAULO (SP)

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Extensão do duto entre Uberaba (MG) à região da Serra de São Vicente (MT) permite a abertura de espaço para mais 2,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar

“NÃO PODEMOS FORNECER PARA ESTADOS AO SUL DO MATO GROSSO PORQUE TERÍAMOS O ÔNUS DE 22 CENTAVOS DE REAIS ACRESCENTADOS AO VALOR DO FRETE DO TRANSPORTE VIA CAMINHÃO. NÃO HÁ COMO AMPLIAR NOSSO MERCADO SEM UMA LOGÍSTICA COMPETITIVA”

“O problema que os produtores de etanol do Mato Grosso enfrentam é logístico. Temos que fazer no máximo 1,2 bilhão de litros de etanol, que é suficiente para atender o mercado que temos. Não há como expandir nossa produção”, lamenta Jorge dos Santos, presidente do Sindalcool (Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras do Estado do Mato Grosso). Limitado por questões geográficas, o etanol produzido no Estado é suficiente para atender sua demanda local e exportar o excedente para Acre, Rondônia e Amazonas. “Não podemos fornecer para estados ao sul do Mato Grosso porque teríamos o ônus de 22 centavos de reais acrescentados ao valor do frete do transporte via caminhão. Não há como ampliar nosso mercado sem uma logística competitiva”, explica. Desta forma na safra 17/18 o Estado do Mato Grosso terá produção semelhante à da temporada passada. Esmagando 16,5 milhões

Santos explica que desta forma o etanolduto estará a meio caminho das unidades produtoras, ou seja, cerca de 200 quilômetros. “Ao passar pela BR 70 é possível incorporar, de acordo com levantamento que fizemos com a Secretaria de Meio Ambiente de MT, 1,5 milhão de hectares de cana plantada em área degradadas — interessantes para cultivar cana com produtividade em torno de 85 toneladas por hectare”, comenta. Para ele, haveria ganho extra para o Estado, beneficiando municípios deprimidos economicamente, como Santo Antônio do Leste, Araguai, Araguaiana, Ponte Branca e Tesouro, que poderiam ter inclusive novas unidades esmagando até 2,5 milhões de toneladas de cana gerando até 2 mil empregos para cada uma destas cidades. “Além disso, com o etanolduto também é possível exportar nosso etanol pelo Porto de São Sebastião (SP)”, acrescenta Santos.

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JORGE DOS SANTOS, PRESIDENTE DO SINDALCOOL

Traçado do etanolduto até Jataí (GO): de lá, o Sindalcool propõe a extensão até a região do Vale de São Vicente (MT)

de toneladas de cana-de-açúcar, as 10 unidades matogrossenses devem produzir 600 milhões de hidratado e 150 milhões de anidro, além de 350 milhões de toneladas de açúcar. “Nosso ATR será proeminente, em torno de 129 toneladas por hectare”, destaca o presidente do Sindacool. Aposta no etanolduto De acordo com Santos, para

ampliar o mercado de etanol mato-grossense a saída mais viável é a ampliação do etanolduto que liga Uberaba (MG) à Paulínia (SP) e de lá para o Porto de Santos (SP). “O etanolduto teria que sair de Uberaba (MG) e ir até Jataí. De lá o ideal seria que chegasse até a região da Serra de São Vicente (MT), possibilitando duas oportunidades”, afirma.

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Nova publicação da ProCana Brasil apresenta Quem É Quem no Setor Conheça algumas das personalidades que estarão compiladas no “Quem É Quem no Setor”, nova publicação da ProCana Brasil que traz um registro histórico das pessoas e organizações que são e foram referenciais do setor nos últimos 30 anos JOSIAS MESSIAS | FOTOS JOSIAS MESSIAS

e o Custodio Jorg Arnaldo Jardim, Deputado Federal Leandro Renat da Sa al er or G da Silva Diret licen ciado (PPS-SP) e Secretario de Bioenergia Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo

Antônio J. Gusmão, Presidente da Authomathika

iz, Aparecido Lu ise-Br Ce Presidente do

Rui Chammas, Diretor Presiden te da

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Biosev

Acácio Masson Filho, Diretor Presidente da Assobari

Paulo Roberto Gallo, Secretário de Desenvolvimen to Econômico de Sertãozinho

, Plínio Nastari GRO TA A D da te Presiden

s Tranin, Miguel Ruben Alcopar Presidente da

Fabio Venturelli, CEO da São Martinho

Sergio Souza (PMDB-PR), Deputado Federal

, Miguel Ivan Lacerda De Oliveira Diretor do Departamento de Biocombustíveis Ministério de Minas e Energia

Francisco Sylvio Malzoni Gavott i, stiano, Diretor Diretor Agrícola da Usi ri Ch os rl Ca na San ta Fé Antonio na Santa Fé Presidente Usi

Alfred Szwarc, Consultor de Emissões e Tecnologia da Unica

ist, Diretor de William Burnqu de na CTC Centro Melhoramento a ir navie Tecnologia Ca

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nda Filho, Roberto Holla Biosul Presidente da

Guilherme Nastari, Diretor da Datagro

eira, de Melo Nogu Pedro Robério L A rca Sindaçú Presidente do

Luiz Carlos Corr êa Carvalho (Caio) Canaplan

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Elizabeth M.M.Q. Farina, Diretora Presidente da Unica

Felipe Nastari, Diretor da Datagro

Gabriel Sustaita , CEO

da Bevap

C Dias Paes do CT Luiz Antonio

ha, tista Lins Roc André Luiz Bap m ru Fo do e Sifaeg Presidente do co ti gé er oen Nacional Sucr

José Bolivar de Melo Neto, Presidente do Grupo Japungu

Lima, José Carlos de Bevap Gerente ADM

Luis Antonio Arakaki, Diretor Presidente da Usina Alcoeste

Vanderlei Adauto Caetano, Diretor Nardini Agroindustrial Tarcilo Ricardo Rodrigues, Diretor da BIOAGENCIA

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Lodovico Trevizan Filho, Direto r Presidente da Usina Rio Pardo

Antonio Cesar Salibe, Presidente Executivo da UDOP

Pedro Isamu Mizutani, Diretor da Raízen

Alexandre Lima, Presidente da Feplana

osling, Diretor Helder Luiz G ho po São Martin Comercial Gru

Luciano Sanches Fernandes, Presidente do Conselho de Administração da Cerradinho Bioenergia

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A


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, dua Rodrigues Antonio de Pa a ic n U o da Diretor Técnic

Murilo Sgobbi Te ixeira, Gerente de Vendas Açuc ar e Etanol da Siemens

Edmundo Coelho Barbosa, Presidente Exec utivo do Sindalcool-PB

Artioli, Paulo Roberto cnocana Te a Diretor Agrícol

Antonio Albert o Stuchi, Diretor Executiv o de Produção da Raízen

ITC ut, Diretor do Jaime Finguer ieira av cnologia Can Instituto de Te

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te Ferreira, Geren icardo Muniz r ca çú A Contas Corporativo de e Etanol

de gues, Gerente Luciano Rodri da al ri to nalise Se Economia e A Unica

Murilo Correia Paraíso, Presidente da As plan

tivo da Diretor Execu Hugo Cagno, te n te Ver Tereos Usina

Aloísio Nunes de Almeida, Relações Instituc ionais da Copersucar

Luís Roberto Pogetti, Presidente do Conselho de Administração da Copersucar

Luiz Custódio Cotta Martins, Diretor de Produção de Investimentos do Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais

an, cos Camposilv Daniel Marro rasil CEO da CPFL B

Cid Caldas, Diretor de Canade-Açucar e Agroenergia Coordenador - Geral de Açucar e Etanol do MAPA

nsultora de Iza Barbosa, Co ade da Unica Sustentabilid

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ha, o Pontes Cun Renato August PE rca çú Sinda Presidente do

Adalberto Marchiori, Coordenador de MKT da TGM

ério, José Luiz Oliv edini D da Consultor

Ismael Perina, Produtor de can a

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O BRASIL NÃO CONHECE O SETOR! DIVULGAÇÃO

Fundador do Fórum Sucroenergético afirma que o setor não investe o suficiente para que a população reconheça a importância da agroindústria canavieira

LUIZ CUSTÓDIO

ALESSANDRO REIS, DA REDAÇÃO

Nascido na sede da fazenda da Usina Jatiboca, de Urucânga (MG) em 1943, Luiz Custódio Cotta Martins é uma das personalidades cuja história de vida se confunde com a da agroindústria canavieira. O empresário conhece e respira o universo sucroenergético, onde atua desde 1970, como poucos. Graças à sua experiência pessoal e corporativa, Custódio avalia — como fez na entrevista a seguir — que o setor e o valor que ele confere à economia do País, não é suficientemente conhecido ao ponto de que a população brasileira o valorize e apoie. Ele também opinou sobre outros desafios do setor e seu futuro. JornalCana — No momento atual, quais os principais desafios da “porteira pra fora” do setor? E da “porteira pra dentro”? Luiz Custódio Cotta Martins — O que precisamos da porteira pra fora é a agregar na política de preços da gasolina um diferencial ambiental. No caso, uma Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE). Também é preciso um esforço das montadoras de veículos para melhor a eficiência do motor flex. Já da porteira pra dentro, precisamos investir em tecnologia, aumentar a produtividade, diminuir custos e obter novas receitas com subprodutos da cana, como o etanol 2G, por exemplo. Quais lições do passado o setor precisa aplicar para superar estes desafios? É preciso encontrar uma forma de manter a regularidade dos preços dos produtos. Se isto acontecer, haverá condições para se investir em novas tecnologias e aumentar a produtividade. O setor é cíclico e, portanto, precisa de uma política de preços regular. No passado, na época do Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA) havia um monopólio de exportação e controle total da produção e isto nos dava condições de basear os preços mediante ao custo de produção e isto dava estabilidade. Hoje isso não é possível. É o mercado quem dita as regras. Por isso precisamos de uma política que nos dê regularidade de preços. O senhor acredita que o RenovaBio será, de fato, implementado? Como garantir o crescimento sustentável do etanol neste ambiente conturbado? O RenavaBio é o programa que propõe soluções de longo prazo e com previsibilidade. Se for implementado dará ao empresário segurança para investir. Não dá para garantir que será aprovado. Estamos na torcida. O cenário parece favorável, já

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Nome completo: Luiz Custódio Cotta Martins Nascimento: 13/08/1943 Natural de: Ponte Nova (MG)

que pela primeira vez na história vemos um ministro de Minas e Energia lutando por combustível que não é fóssil. Porém, há um problema que precisa ser resolvido imediatamente. Com a nova política da Petrobras o preço do etanol está atrelado ao preço da gasolina e isto nos prejudicará no curto prazo. Isto precisa mudar. A concentração é uma realidade no setor, mas ela é saudável para a cadeia produtiva? Em sua opinião, haverá espaço no mercado para pequenas e médias usinas independentes? As fusões são inevitáveis. Mas observo que os conglomerados de usinas não trouxeram nenhum ganho representativo. O que pesa hoje não é o tamanho que uma usina tem, mas a qualidade de sua gestão. Médias e pequenas usinas, bem geridas, têm bons resultados. Usinas que esmagam até 2 milhões de toneladas de cana-de-açúcar ainda são viáveis. A produtividade agroindustrial do setor está estagnada há anos. Em sua opinião, quais tecnologias são imprescindíveis e nas quais o setor deve investir para garantir a competitividade das usinas brasileiras? A produtividade da cana caiu nos últimos anos, principalmente por causa da mecanização. Por isso, creio que é preciso investir em melhor a tecnologia da mecanização. Além disso, é preciso encontrar uma solução definitiva quanto ao uso e recolhimento da palha. Agora, acima de tudo isso, o setor precisa investir mais na divulgação dos benefícios que o setor traz para a economia e para a sociedade. O Brasil não conhece o setor! É por isso que ele não é valorizado e defendido. E o setor é o culpado por isso. O setor gasta muito pouco ou quase nada sobre o que ele é. As usinas devem investir mais nas comunidades que as cercam e investir em todas as mídias para promove-lo.

Apresentação resumida Custódio vem de uma família de produtores de açúcar e álcool. Seu bisavô fundou, em 1883, a primeira usina de açúcar em Minas Gerais, Ana Florência, em Ponte Nova. Já no ano de 1925, seu avô fundou a Usina Jatiboca, em Urucânia, também na Zona da Mata, até hoje em funcionamento. Depois de formado em agronomia, trabalhou na SUCRAL Engenharia e Processos Ltda em Piracicaba/ São Paulo nos anos de 69 e 70, assumiu vários postos de trabalho nas usinas da família, nos anos 71 e 90, como Gerente Industrial e Diretor da Usina Jatiboca e Usina Ana Florência. De 1991 até hoje como Admistrador na Usina Jatiboca Sendo diretor da Associação de Usineiros de Minas Gerais no período de 1982 a 1988. Foi, também, membro do Conselho Deliberativo do Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA), no período de 1984 a 1989. Foi Secretário-Executivo do Grupo de Países Latino Americanos e do Caribe Exportadores de Açúcar (GEPLACEA), composto por 23 países no México, de 1994 a 1996, com a responsabilidade de divulgar o açúcar e a nova tecnologia brasileira, o álcool combustível, para a região e outros países. Presidiu o Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Minas Gerais (Siamig/Sindaçúcar-MG). Atualmente, Luiz Custódio é vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), já no segundo mandato. É também, há dois anos, dirigente do Instituto de Desenvolvimento Industrial de Minas Gerais (Instituto IND). Principais conquistas Foi diretor da Usina Jatiboca, umas das primeiras usinas a implantar um modelo de gestão com governa corporativa. Contribuiu para divulgar tanto a produção, quanto a tecnologia de produção do açúcar brasileiro para outros países. Em sua gestão presidencial do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Minas Gerais (Siamig/Sindaçúcar-MG), trabalhou para que as usinas do Estado saltassem dua produção de 15 para 60 milhões de toneladas de cana. Como um dos atos mais relevantes de sua história atual, formalizou a fundação do Fórum Nacional Sucroenergético. Formação Curso: Agronomia Instituto: Primeira Turma da Faculdade de Agronomia de Botucatu (SP) Turma: 1970 Premiação Conquistou o Prêmio MasterCana Centro-Sul na categoria Líde do Ano em 2004, 2008 e 2012. Em 2009 conquistou a mesma categoria no Prêmio MasterCana Brasil.

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A vitória da engenharia e da estratégia

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Ingenio Sucroalcoholero Aguaí, na Bolívia, vence o desafio de construir uma usina que fosse ao mesmo tempo moderna, tecnológica, segura e sustentável Os equipamentos de alta tecnologia e as modernas instalações do Ingenio Sucroalcoholero Aguaí SA chamam a atenção de quem passa pelo empreendimento. Operando no leste da Bolívia (estado de Santa Cruz) desde 2013, a planta se dedica à produção de álcool industrial e é a primeira da América Latina a produzir açúcar utilizando o processo de carbonatação, que elimina o uso do enxofre em seu branqueamento, assim como já ocorre em pa-

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íses da Europa e nos Estados Unidos. Considerada a usina sucroenergética mais moderna do país, e uma das mais modernas e belas do mundo, é o primeiro projeto greenfield do setor boliviano nos últimos 45 anos, levou três anos para ser construída e contou com investimento de 160 milhões de dólares. É o maior empreendimento boliviano construído com capital nacional e financiamento proveniente de fundos nacionais, por meio da venda de títulos na Bolsa Boliviana de Valores, os quais foram vendidos em apenas 15 minutos. “Os investidores viram que era um projeto confiável nas mãos de gente com tradição na área agrícola e com conhecimento na área industrial e resolveram apostar”, contou o presidente da companhia, Cristobal Roda, mais conhecido como Pili Roda. Atualmente a empresa é dirigida por uma diretoria que representa os

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14 acionistas que aportaram capital próprio no empreendimento, sendo 4 deles brasileiros que atuam na Bolívia. Todos os acionistas são também fornecedores de cana para a usina, juntos eles forneceram a maior quantidade de matéria prima, garantindo o bom início da produção. A reportagem do JornalCana teve acesso exclusivo às modernas instalações da planta Aguaí, percorreu o complexo, conheceu toda a infraestrutura, conversou com os altos executivos da empresa e também com toda a equipe industrial, que contaram em detalhes sobre os diferenciais estratégicos e tecnológicos do empreendimento e sobre a experiência de trabalhar na planta mais moderna do país. Carbonatação: o grande diferencial produtivo A planta nasceu como destilaria, mas a necessidade do mercado levou à construção da fábrica de açúcar já na terceira safra. Com o início da produção açucareira em 2015, surgiu a ideia e o desejo de fazer algo ousado e diferente para chamar a atenção: ser a primeira e única fábrica da Bolívia (e da América Latina) a fazer açúcar refinado sem utilizar o enxofre em seu processo de branqueamento, utilizan-

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do o processo de carbonatação, assim como o fazem os países da Europa, Estados Unidos e alguns na Ásia. O engenheiro boliviano, Luis Caballero Barba, idealizador do projeto e responsável pela construção da planta, explicou que o açúcar sem enxofre da Aguaí tem um processo de fabricação diferente do existente nas usinas da América Latina. Para clarear o açúcar, ao invés de utilizarem o processo de sulfitação, com uso de enxofre, optaram pela carbonatação, que utiliza o dióxido de carbono que é emitido no processo de fermentação. O resultado deste processo é um produto com características especiais: um açúcar mais branco, mais saudável pela ausência de enxofre e mais doce, portanto, mais econômico para uso doméstico e industrial. Além disso, o sistema ajuda a preservar o meio ambiente, pois diminui a emissão de gás carbônico. “Na destilaria, ocorre a fermentação de onde conseguimos extrair CO2 em abundância e já limpo para a carbonatação, dessa forma também reduzimos a quantidade dele eliminada no meio ambiente”, explicou Caballero. O presidente do Ingenio Aguaí disse que o açúcar sem enxofre teve uma excelente receptividade no mer-

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FOTOS JOSIAS MESSIAS

cado, pois as pessoas e os fabricantes de alimentos e bebidas buscam cada vez mais por produtos saudáveis e que danifiquem menos o meio ambiente. “Temos um açúcar diferenciado, de qualidade premium, mas vendido pelo mesmo valor do produto padrão. Nossos principais clientes são as indústrias alimentícias, que buscam nosso açúcar pela qualidade, grau de brancura e turbidez”, contou.

Roger Suárez mostra a diferença de cor e turbidez do caldo antes e depois do processo de carbonatação

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Usina apostou em tecnologia de ponta, automatização e alta eficiência A Aguaí segue um modelo de eficiência e automatização inovador e nunca antes visto na Bolívia, a usina é o ‘estado da arte’ em termos de tecnologia. Todos os processos produtivos da indústria são automatizados e controlados por um Centro de Operações Industriais (COI), de onde é possível acompanhar, operar e coordenar todos os processos industriais. Na extração não se utiliza moendas, mas sim um moderno difusor com acionamento hidráulico. O terno desaguador e outros equipamentos também possuem acionamento hidráulico. Na parte agrícola, embora a legislação boliviana não proíba a

queima da cana, a colheita é 100% mecanizada, com zero de queima. A planta foi construída com equipamentos e maquinários com tecnologia de ponta importada em sua maioria do Brasil, mas, segundo Cristobal Roda, houve uma grande preocupação em manter a fabricação local da maior parte dos componentes. “Em muitos casos a engenharia era do Brasil, mas os equipamentos foram construídos na Bolívia. Sempre que possível importamos somente o pacote tecnológico, pois queríamos que a maior porcentagem do capital investido na Aguaí permanecesse dentro do nosso país”, explicou Pili. De acordo com o engenheiro Caballero, a fábrica está preparada para ser totalmente automática. “Poderemos trabalhar com somente 80 pessoas se optássemos por deixá-la 100% automatizada”, disse. Na opinião do engenheiro, outros diferenciais da usina são o uso de reboiler para reduzir o consumo de vapor e o layout modular da planta. “Com esse layout, onde cada etapa da produção foi implantada na sua respectiva ilha, é possível trabalhar com grua para acessar a planta, o que é mais seguro e economiza recursos e tempo na hora de se fazer uma ma-

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nutenção ou montar e desmontar algum equipamento. Além disso, nesse formato, em uma futura ampliação, já há espaço previsto para a instalação de outro difusor, caldeiras e todos os equipamentos, sendo possível dobrar a capacidade de produção sem problema algum”, ressaltou. Equipe jovem e treinada pela empresa Ao desenhar um projeto que previa o uso da mais alta tecnologia do setor sucroenergético mundial, a diretoria da Aguaí se deparou com um grande desafio: encontrar pessoal capacitado para gerenciar e pilotar esses equipamentos. “Recursos humanos eram nosso calcanhar de Aquiles. Precisávamos encontrar pessoas capazes de calibrar um instrumento PLC, mas conhecendo perfeitamente o processo para não cometer erros”, explicou Caballero. A solução encontrada foi levar técnicos brasileiros com conhecimento para capacitar e formar gente nova no setor. A média de idade dos funcionários da planta é de 32 anos. “Contratamos funcionários da Bolívia que não conheciam nada da indústria e os formamos, nos tornamos uma espécie de escola técnica,

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capacitando nosso povo. É preferível ter gente nova e treiná-la para que aprenda o correto, sem vícios de outras usinas”, afirmou Caballero. Segundo o CEO da usina, 60% dos funcionários têm origem nas cidades próximas, o que demonstra que é uma grande oportunidade de formação e capacitação dos jovens da região. Na primeira safra havia 11 técnicos do Brasil, agora são apenas cinco, mas contratados de forma permanente. Para o brasileiro Alan Roberto dos Santos, responsável pela área de instrumentação e automação da Aguaí, a oportunidade de trabalhar em uma usina tão moderna, com total liberdade de atuação e estabilidade foi um grande atrativo. “É uma grande oportunidade profissional, já que poucas empresas brasileiras investem tanto em equipamentos de ponta e automatização. No início, a cultura diferente me assustou, mas agora que conheço melhor meu conceito mudou muito, vejo o povo boliviano como sendo muito receptivo e amigável e tenho intenção de plantar raízes e ficar por aqui com minha família”, contou Júlio Cesar Gorio Junior, responsável pela área elétrica. “Fiquei impressionado com o nível

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O papel social da usina

Edwin Mamani, Roger Suárez, Nilo Almeida, Alan dos Santos, Deniza Choque, Miguel Villa, Julio Gorio, Tariq Melhem e Vinicius Braga

A Aguaí tem políticas ambientais, sociais e trabalhistas que permitiram certificações internacionais tanto do processo, como da fábrica e dos produtos. É a única usina na Bolívia que conta com selo do ISCC (International Sustainability Carbon Certification) aprovado pela Comissão da União Europeia e que constitui um requisito imprescindível para a exportação dos seus produtos à Europa, já que 95% do álcool industrial produzido na usina é exportado para o continente europeu. Durante estes primeiros anos, o açúcar está sendo consumido exclusivamente no mercado nacional. O ISCC certifica o uso sustentável da terra; a proteção do habitat natural e a sustentabilidade social. “Construir uma usina que fosse ao mesmo tempo moderna, tecnológica, segura e sustentável foi um grande desafio, mas apliquei meus quarenta anos de experiência para conseguir isso e o resultado pode ser visto agora”, afirmou o idealizador da usina Aguaí, Luis Caballero. Para o presidente da Aguaí, o efeito positivo da instalação da empresa na região é visível, beneficiando toda a comunidade e principalmente os produtores locais. A empresa promoveu a incorporação dos produtores rurais da região como fornecedores de cana para otimizar os rendimentos deles e permitir à Aguaí economizar nos custos de transporte da matéria-prima. A usina tem uma política de remuneração justa e apoio aos produtores de cana, inclusive apoiando a “Unión de Caneros Aguaí” (UCA), que verifica o pagamento correto de toda a cana entregue na indústria, através do Controle Técnico Canavieiro. Os produtores também recebem suporte técnico através do escritório agrícola da empresa e contam com um sistema de rastreamento que fornece informações atualizadas para otimizar a entrega da cana. A usina contribui diretamente com a atividade econômica de mais de 6 mil pessoas, ou seja, 28% da população de 22 mil habitantes da região. “Dessa forma estamos criando um polo de desenvolvimento nessa área e estamos incentivando os pequenos, médios e grandes produtores a mudarem seus cultivos para a cana-de-açúcar”, declarou.

Turbinando soluções para o mercado sucroenergético Aquisição da Dresser-Rand transformou desafios em novas oportunidades A união de estrutura e expertises ampliou as possibilidades para o setor sucroenergético. O portfólio agora conta com motores a gás, turbinas de pequeno porte, liquefação de gás, de transporte de gás e processos de refinaria, além de acionadores para compressores e soluções de micro GNL. E para atender qualquer demanda de forma rápida, eficiente e confiável, cerca de 500 profissionais especializados estão à sua disposição, para transformar necessidades em soluções que turbinem sua operação.

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USINA DO MÊS

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tecnológico da usina na Bolívia e procuro desenvolver e capacitar os funcionários da Aguaí”, informa o também brasileiro Pedro Calegari, que atualmente ocupa a função de gerente industrial. Aguaí em números A capacidade instalada da nova planta permitirá a moagem e processamento de 12.000 toneladas de cana por dia, equivalente a 2 milhões de toneladas de cana de açúcar por safra, com capacidade de produção de 600 mil litros de etanol por dia e 22 mil quintais (saca de 46 kg) de açúcar por dia. Na safra atual, a quinta da Aguaí, o processamento está em apenas 45% da capacidade instalada da moagem, ou seja, 900 mil toneladas. O presidente da usina espera que em quatro anos, com as novas plantações de cana, estejam utilizando 90% da capacidade instalada. No primeiro ano de produção açucareira foram produzidos 1,0 milhão quintais de açúcar, no segundo 1,5 milhões, e a expectativa para a próxima safra é de 2,2 milhões de quintais de açúcar. Para o álcool industrial, a expectativa é novamente Açucara sem enxofre chegar produzir 52 milhões de li-

tros, volume produzido na primeira safra, quando a usina produziu exclusivamente álcool. A planta está construída na localidade de Aguahí, Provincia Obispo Santiesteban, a 120 km ao norte de Santa Cruz de la Sierra, em uma área de 13 hectares e, quando estiver em uso de sua plena capacidade, utilizará somente 8% da área disponível para o cultivo de cana na região, que é de 300.000 hectares. A fertilidade dos solos nesta área gerou o apelido de “filé mignon da agricultura boliviana”, para o rendimento das culturas, devido a seu clima úmido, por isso espera-se que a produtividade seja mais elevada e alcance a média de 80 toneladas por hectare. No momento a empresa gera 400 empregos diretos e mais de 1.000 indiretos vinculados ao plantio, colheita, transporte, serviços, apoio e transporte de álcool. “Nosso maior desafio agora é crescer. No primeiro momento investimos tudo na construção da planta, agora o foco será a produção agrícola. Mas temos convicção absoluta de um futuro promissor, com boa produtividade a alta eficiência”, finalizou Pili.

INGENIO SUCROALCOOLEIRO AGUAÍ COMPRA DA DEDINI ALTA TECNOLOGIA PARA EXTRAÇÃO DE CALDO DA CANA

Caballero e Pili, os idealizadores da moderna usina Aguaí

Empresário é conhecido por seu perfil inovador Quando o empresário boliviano Cristóbal Roda Vaca, conhecido como Pili, ainda estava na presidência da usina Guabirá (entre 2005 e 2009), sentiu a necessidade de empreender um novo projeto sucroenergético. Ele acreditava que o primeiro projeto greenfield do setor no país em 45 anos, deveria ter a mais alta tecnologia disponível no mundo, mas a diretoria da empresa não abraçou a ideia. Com a convicção de que seria bem sucedido na empreitada, Roda persistiu. Buscou financiamento privado e hoje se orgulha de ser o presidente do Ingenio Aguaí, uma das usinas mais modernas do mundo. Nascido em Santa Cruz de la Sierra, em 1957, Roda se formou em engenharia no Brasil, onde teve a oportunidade de conhecer o setor sucroenergético bem de perto. Desde seu retorno à Bolívia, aos 24 anos, ocupou vários cargos de gestão em diferentes empresas, primeiro sob a orientação de seu pai, o empresário, Cristobal Roda Daza, de quem herdou o sonho de construir uma grande usina no país. O engenheiro é conhecido por introduzir constantemente inovações no campo da tecnologia e engenharia financeira, sem abrir mão da responsabilidade social empresarial. Sua trajetória como empresário lhe rendeu prêmios importantes: a revista Nueva Economía nomeou-o Executivo do Ano em 2002; foi eleito Boliviano Classe Mundial pela Transredes e a Associação de Jornalistas da Bolívia. Foi escolhido como o segundo melhor empresário pela Revista Santa Cruz Económico, em 2002. Mais recentemente, em 2012, a Federação de Empresários de Santa Cruz o designou Empresário do Ano. Em 2013 foram quatro grandes conquistas: líder com melhor reputação da Bolívia, pela revista Nova Economia; Personagem do Ano na área econômica pelo jornal El Deber, Empresário do ano pelo Rotary Chuquiago Marka e recebeu o Eslabón Empresarial da Federação de Empresários de Santa Cruz. Desde 2014 figura entre os dez líderes de maior reputação da Bolívia.

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A Dedini Indústrias de Base forneceu ao Ingenio Sucroalcooleiro Aguai, usina localizada na cidade de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, um conjunto de equipamentos com a mais moderna tecnologia para a extração de caldo de cana pelo processo de difusão. Foram comercializados, e já estão em operação, um difusor modular sem corrente e com acionamento individual das mesas, um terno desaguador com grande eficiência, baixo consumo de energia e acionamento eletrohidráulico, e um terno secador robusto e de fácil manutenção. Segundo o engenheiro de vendas Willians Toledo, do setor de exportações da Dedini, os equipamentos comercializados têm capacidade para produzir 12.000TCD, podendo ser aumentada para 15.000TCD. “A Dedini Indústrias de Base está muito satisfeita em ter participado desde a implantação, fornecendo equipamentos, consultoria, assistência técnica e peças de reposição para todo o setor do Ingenio Aguai”, salienta Toledo.

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HÁ QUASE UM SÉCULO FABRICANDO FÁBRICAS, CRIANDO TECNOLOGIA E SERVINDO USINAS COMO O INGENIO AGUAÍ.

A Dedini Indústrias de Base é a maior empresa de bens de capital do Brasil, responsável pelos equipamentos que produzem 80% do etanol no Brasil e 32% no mundo, mas o que realmente engrandece a Dedini é o prestígio clien de clientes como o Ingenio Sucroalcoholero Aguaí que nela confiam sua tecnologia e equipamentos. Registramos aqui nossas congratulações e, sobretudo, nossa gratidão.

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Cursos Técnicos

Soluções em eficiência energética Este foi o tema do curso da ProCana Sinatub, com 17 especialistas Os profissionais de unidades produtoras de áreas ligadas a cogeração e bioeletricidade, entre outras, que participaram do Curso de Caldeiras, Vapor e Energia, não assistiram apenas palestras. Além de acompanhar as apresentações, os participantes do evento da ProCana Sinatub tiveram dois dias (21 e 22 de junho) de interação com profissionais de empresas fornecedoras e de unidades produtoras que relataram cases de sucesso. Acompanhe nesta e nas próximas três páginas um resumo das apresentações dos palestrantes do curso da ProCana Sinatub realizado no Centro de Eventos Zanini, em Sertãozinho (SP), e que chegou à décima quinta edição. “A décima sexta edição já está confirmada para 2018”, garantiu Josias Messias, presidente da Procana Sinatub.

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José Campanari Neto Diretor da MCE Engenharia

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“O precipitador eletrostático, empregado como separador de particulado via seca, não muda o acionamento dos exaustores, não muda os exaustores porque esses ficarão com mais folga; e reduz a potência consumida pelos exaustores.”

Newton José Leme Duarte Presidente executivo da Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen) “País hoje tem 150 mil GW no sistema Geração Distribuída (GD), com previsão de chegar a 350 GW em 2025. A cogeração da biomassa da cana está inserida na GD e ajuda a geração de energia elétrica por hidrelétricas.”

Douglas Castilho Mariani Consultor de negócios da Soteica “Avaliando apenas os ganhos com redução de vapor, durante a safra 2017/18 a Baldin Bioenergia deverá obter um ganho de R$ 2,131 milhões com a implantação do software S-PAA. Esse ganho leva em conta uma safra de 5 mil horas efetivas a partir de R$ 426,30 por hora.”

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Cursos Técnicos

Carlos Eduardo de Abreu Diretor da EngBoiler “Com a crise vivenciada pelo setor, as empresas partiram para aumentar a capacidade das caldeiras por meio de reutilização ou retrofit. Vantagens de executar o retrofit: modernizar a caldeira com o aumento na eficiência e produção de vapor, aproveitar o mesmo espaço físico, diminuição no custo de manutenção, melhora na operação por meio das malhas de controle do supervisório.”

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Francisco Linero Departamento de Engenharia do CTC “Estudos revelam que geralmente 25% da palha da cana colhida vão para a indústria. Os demais 75% ficam no campo. Se retirar 60% da palha da cana que chega à indústria, usina com capacidade de moagem de 3 milhões de toneladas teria uma moagem adicional de 10%, ou 334 mil toneladas. A retirada dos 60% da palha é possível com processo de limpeza a seco.”

Hélcio Lamonica Especialista em Tecnologia – Energia e Turbinas a Vapor O uso da palha da canade-açúcar é estratégico para gerar eletricidade. Mas quanto da palha pode ser recuperada? “50% da palha (equivalente a 12% dos colmos BU). Para recuperar, a estratégia é trazer até 8% da carga de colmos com a cana. Já um adicional equivalente entre 8% a até 12% da carga deve ser trazida enfardada.”

Carlos João da Silva Gerente de vendas da Zanardo Válvulas

Daniel Chioatto Fernandes Diretor da TotalBioenergy

Um dos temas abordados por ele no curso foi a ventilação do superaquecedor. “Devido ao grande diferencial de pressão, é recomendável a utilização do corpo da válvula no modelo angular. Apesar da utilização dos atenuadores de ruídos na saída desta válvula, em alguns casos é recomendável a utilização de internos de baixoruídos.”

Apresenta tecnologia de combustão da palha de cana em pó. Aspectos positivos: “possibilidade de termos uma caldeira 100% bagaço/100% palha; queima estável e contínua, evitando riscos de explosões de fornalhas; sistema preparado para queima conjunta de álcool e biogás; startup da caldeira sem a necessidade de queima de lenha em toras.”

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Cursos Técnicos

Carlos Alberto Pedrosa Pedrosa Consultoria Açucareira Apresentou palestra sobre “Aumento de Cogeração de Energia com o Melhor Balanço Térmico na Evaporação – Redução de vapor na produção de açúcar e de etanol.” Durante sua palestra, apresentou planilhas comparativas resumidas de 3, 4 e 5 efeitos com múltiplas sangrias com ênfase aos principais pontos.

Leonardo Parente Buranello Gerente de Desenvolvimento de Negócios da TGM “Na hora que se compra um equipamento, compra-se com limites de operação que só se enxerga depois, com o funcionamento. Há perdas de cargas, com limitação da turbina. Outras: válvulas que geram perda de carga na linha e essa perda aumenta pressão da turbina, o que faz perder geração.”

Humberto Vaz Russi Diretor da Aliança Engenheiros Associados

Heitor José Zuntini Gerente de produto da Kurita

Juan Harold Sosa Arnao Diretor Técnico da Inka’s Boller

Fez palestra focada em energias renováveis. Focou também a energia solar. “A energia solar é usada preferencialmente dentro de casa, mas em alguns momentos pode haver sobras de energia. Este excedente segue para a rede, no sentido contrário, abastecendo então a vizinhança. Tudo isso acontece de forma natural, automática e imperceptível.

Discorreu sobre a tecnologia Cetamine para tratamento de água de caldeiras. “O tratamento com aminas formadoras de filme tem combinação de diferentes modos de atuação: ajuste de pH na alimentação, água de caldeira e sistema de vapor/condensado através de aminas alcalinizantes; e proteção do sistema completo pela formação de filme no tanque.”

Importância do cálculo térmico e aerodinâmico da caldeira: “É muito importante porque permite determinar as temperaturas e velocidade dos gases, ar e água, na saída e entrada de cada trocador de calor, ao longo da caldeira para poder compara-los com os valores medidos. A divergência entre os valores permite identificar os problemas que estão acontecendo na caldeira.”

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Cursos Técnicos

Rogério Perdoná Diretor executivo da MFurco Engenharia e Consultoria Como maximizar os resultados da produção de bioeletricidade: instalação adequada com aferição e calibração periódica dos instrumentos de automação; a equipe deve ter conhecimento, responsabilidade, treinamento, padronização dos procedimentos operacionais e padronização dos procedimentos de manutenção”

Álvaro Salla Consultor da Howden “O compressor de vapor (MVR) é basicamente um ventilador projetado para trabalhar com vapor, porém com poucas peças móveis e de fácil e de baixo custo de manutenção.” Ganhos com o emprego do compressor de vapor: “produzir mais açúcar com a mesma estação de evaporação e produzir maior geração de energia elétrica.”.”

Décio de Almeida Freitas Solution Energia “As restrições para a combustão de combustíveis herbáceos, tais como a palha de cana, estão relacionados com a presença de elementos em sua composição, como o potássio, o cloro, a sílica e o enxofre. A formação de incrustações está fortemente ligada às reações químicas entre potássio e sílica.”

Marco Aurélio Zanato Comercial da HPB “Os lavadores de gases cumpriram sua história, mas graças a queima de palha, inerente hoje, e que forma ácidos, há indicação de que o controle de emissões será por tecnologia a seco. A HPB entra no mercado com precipitadores eletrostáticos, ou filtro de mangas.”

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Redução de multas ambientais depende de novo projeto de lei ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO/DIVULGAÇÃO

Projeto recentemente aprovado pela Assembleia Legislativa do estado de São Paulo não contempla redução do valor das multas para empresas do setor sucroenergético paulista BRÁS HENRIQUE, DE RIBEIRÃO PRETO (SP)

As multas ambientais das unidades sucroenergéticas paulistas somam cerca de R$ 350 milhões e o governo estadual deveria incluir o pedido de redução pela metade em projeto de lei (253/2017) enviado recentemente à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). Porém, segundo a Secretaria da Fazenda estadual, não foram incluídas porque essas multas “são débitos não-inscritos”. Para que as multas sejam reconhecidas como ativas, e incluídas no sistema da Procuradoria-Geral do Estado (PGE), a Secretaria de Meio Ambiente precisa seguir o padrão. Assim, Meio Ambiente e Fazenda estaduais dialogam para criar um novo projeto de lei e encaminhar à Alesp, sem previsão para a tramitação. O PL 253, que trata do Programa de Parcelamento de Débitos (PPD), não contemplou o setor sucroener-

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gético, como esperava o secretário de Meio Ambiente, Ricardo Salles, em junho. E nas negociações de compras/ vendas de unidades, ou mesmo de propriedades produtoras de cana, o passivo ambiental pode atrapalhar. As companhias sucroenergéticas podem sofrer multas ambientais em decorrência de queima involuntária de palha, do uso incorreto de água, de vinhaça distribuída em excesso no campo (que pode comprometer o lençol freático e até contribuir para o surgimento da mosca-de-estábulos) no processo de fertirrigação e até por violações do ainda polêmico Código Florestal, que tem quatro ações judiciais no Supremo Tribunal Federal (STF), sem contar inúmeras ações semelhantes nos estados. O contrato de compra e venda de uma empresa é realizado entre as partes envolvidas no negócio e o passivo ambiental existente acompanha a fonte licenciada que a ele deu causa, ainda que por força de venda ela venha a ter sua razão social alterada. O passivo ambiental é o total de autuações e de compromissos assumidos por um empreendimento e pode ser consultado na Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), que é a responsável pelo licenciamento da fonte e detém as informações sobre licenças concedidas, multas e autos de advertência lavrados e termos de compromisso de recuperação ambiental assinados.

Plenário JK da Assembleia Legislativa de SP: novo projeto na expectativa

As multas ambientais também podem ser decorrentes de autos de infração lavrados pela Polícia Militar Ambiental e a Secretaria de Estado do Meio Ambiente disponibiliza, via on-line, a emissão de certidão de débitos, mediante consulta. Unica Sobre o passivo ambiental, a União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica) destaca que o setor tem investido na restauração das áreas de Área de Preservação Permanente (APP), em especial as chamadas APPs hídricas, que são, inclusive, objeto de meta no Novo Protocolo Agroambiental. “A orientação da Unica é a de que

cada usina realize o levantamento de suas áreas de cultivo e pátio industrial, identificando as faixas de APPs, bem como eventual déficit de Reserva Legal. Não havendo, portanto, segurança jurídica para compra e venda de áreas, uma vez que não se sabe quais serão os parâmetros para a referida compensação”, acrescenta a entidade, em nota. A entidade cita que o Estado de São Paulo não tem um Programa de Regularização Ambiental (PRA) vigente (devido ao impasse judicial em Brasília), e assim não existem meios que instrumentalizem os mecanismos de compensação previstos na Lei 12.651 (novo Código Florestal).

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Aplicação correta de defensivo reduz custo operacional em até 10%

Hamilton Humberto Ramos, coordenador do Aplique Bem

Programa de tecnologia da aplicação é operado por unidades de vários estados, que se preparam para a ISO de pulverizadores BRÁS HENRIQUE, DE RIBEIRÃO PRETO (SP)

Empresas e produtores do setor sucroenergético sabem que aplicar defensivos com todos os cuidados possíveis ajuda a reduzir os custos do trato e do cultivo da cana-de-açúcar. Esses cuidados integram a chamada tecnologia de aplicação de defensivos, que possui programas públicos como o Aplique Bem, criado inicialmente para atender produtores do estado de São Paulo. Estudo de 2010, com as usinas paulistas, indica que a boa aplicação de defensivos reduz de 5% a 10% o custo do operacional.

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O custo operacional médio dos canaviais paulistas fica entre R$ 3 mil a R$ 5 mil anuais por hectare de cana soca. Significa que a tecnologia de aplicação de defensivos pode gerar uma redução de até R$ 500 por hectare ao ano. Apesar do ganho, o coordenador do Aplique Bem, Hamilton Humberto Ramos, é categórico: “o conhecimento de tecnologia de aplicação, até mesmo entre os técnicos, é muito baixo.” “Só tem boa uma pulverização se o equipamento for bem regulado e operado por uma pessoa capacita-

da”, acrescenta. O Aplique Bem é brasileiro e fez mais de 55 mil treinamentos de técnicos e operadores responsáveis por pulverizações em dez anos de vida – 13 mil só no setor sucroenergético (66% no Estado de São Paulo) – e está implantado em outros sete países (Costa do Marfim, Burkina Faso, Gana, Mali, Colômbia, México e Vietnã). Pesquisador científico do Centro de Engenharia e Automação do Instituto Agronômico (IAC), da Secretaria da Agricultura e Abastecimento do governo paulista, Ramos

empreende uma inovação da tecnologia de aplicação. Trata-se da norma 16.122 da Organização Internacional de Normalização (ISO). Criada em 2015, ela avalia os pulverizadores em uso. “A avaliação [pela norma] não é obrigatória, desenvolvida como atividade de conscientização do produtor”, explica. Em dezembro desse ano, o programa registrou o primeiro piloto relativo à norma ISO 16.122, na região de Ribeirão Preto, com cerca de 40 pulverizadores de barra (paralela ao solo, mais comum e ideal para a

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cana). Os equipamentos foram avaliados em detalhes. Com as avaliações, é possível reduzir riscos de contaminação ambiental e a exposição do trabalhador, evitar desperdícios de produto e melhorar a performance da aplicação (atingir o alvo exato e evitar deriva). As avaliações ainda ajudam as unidades produtoras a manterem determinadas certificações que possuam – como, por exemplo, a Better Sugarcane Initiative (Bonsucro). Responsáveis por pulverizações aprovam o bom uso da tecnologia Os treinamentos e os bons usos da tecnologia de aplicação de defensivostrazem bons resultados aos produtores. Um dos exemplos é a unidade Cerradinho Bio, que produz etanol e energia em Chapadão do Céu (GO) e está em sua oitava safra de cana. “Estamos no programa Aplique Bem desde as primeiras safras e fazemosreciclagens anualmente”, informa Luiz Fernando de Almeida, supervisor de tratos culturais, fertirrigação e planejamento agrícola da unidade. Com baixa rotatividade de operadores e técnicos (cerca de 45), esses profissionais acompanham com atenção as trocas e regulagens de um

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Tecnologia da Aplicação Usina Cerradinho

pulverizador (dos três) a cada dois anos. “Os ajustes são feitos nos treinamentos, pois sempre tem alguma atualização”, acrescenta Almeida. A Cerradinho cultiva cana em 42 mil hectares de área própria numa região dominada pela soja. “Nossos operadores são treinados e conscientizados para não causar problemas aos vizinhos”, destaca Almeida, citando ainda que a empresa faz controle de qualidade rigoroso com auditorias semanais em todos os equipamen-

tos, certificando doses de produtos, vazão recomendada e qualidade de pontas de aplicação. Marco Antonio Beletti Peres, gerente agrícola da Barralcool, de Barra dos Bugres (MT), destaca a importância da tecnologia de aplicação, já que a unidade está numa cidade úmida e com calor intenso, provocando aumento de pragas e uso de mais defensivos. Há cinco anos cerca de 15 técnicos e operadores participam das reciclagens e treinamentos. “Sempre

tem novidade e temos pessoas bem orientadas”, diz ele. Segundo Peres, as orientações ajudam a obter eficiência na aplicação certa das dosagens de defensivos, ajustando os equipamentos nos mínimos detalhes e os cuidados com o manuseio do pulverizador. Não há um levantamento específico com cana, mas Peres acredita que a unidade, que cultiva cana em 35 mil hectares, gasta dosagem igual ou menor anualmente.

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ENTREVISTA – ISRAEL DE ANDRADE LYRA NETO

DOUTORES DA CANA! DIVULGAÇÃO

"Elevação da produtividade agrícola é o caminho mais eficiente para reduzir custos" Israel Lyra é engenheiro agrônomo, casado e pai de duas filhas, atua desde 2013 na gestão comercial da Ubyfol, nos estados de São Paulo, Goiás, Paraná e Mato Grosso do Sul, desenvolvendo e aplicando tecnologias de nutrição complementar na cana-de-açúcar. Qual a sua visão sobre a importância da produtividade agrícola dentro do processo produtivo? A elevação da produtividade agrícola é o caminho mais eficiente para a redução de custos. Estamos assistindo a uma corrida em todas as regiões para elevar o patamar produtivo dos canaviais retomando e garantido a sustentabilidade do nosso negócio. Quais decisões vêm sendo tomadas que refletem na manuten-

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Israel de Andrade Lyra Neto

ção das altas produtividades? Nos últimos anos adotamos processos e tecnologias de colheita, transporte, controle de tráfego, geoprocessamento entre outras ferramentas muito modernas do ponto de vista operacional, dando um destaque ao setor diante de outras culturas, no âmbito da engenharia agrícola. Já no âmbito da fitotecnia, o setor está bastante desatualizados e assistimos a uma decadência das produtividades, TCH e da qualidade da nossa matéria prima, ATR, por vários fatores como; elevação da incidência de doenças e pragas, sequelas dos processos mecanizados

(colheita, plantio, compactação dos solos...), nutrição desbalanceada e falta de nutrição. Não é possível atingir um novo patamar de produtividade e ATR, com os mesmos conceitos e manejos utilizados em uma realidade que não existe mais! A grande diferença está na visão de quem tem dado a devida atenção a esta realidade, tratando e manejando o canavial de acordo com a expectativa de produtividade dos materiais genéticos instalados nos mais diferentes ambientes de produção. Dentro do pacote tecnológico disponível para a cana, a nutrição complementar via folha configura-se como ferramenta de relevância? Sem dúvidas a nutrição complementar via foliar tem papel fundamental na elevação não só do TCH como também do ATR dos canaviais. Estamos aplicando tratamentos com alta tecnologia embarcada, que visa a máxima eficiência da utilização dos nutrientes pela planta. Neste sentido é preciso deixar claro que a folha tem uma certa capacidade de absorver e metabolizar

os nutrientes, mas por essa não ser a sua principal função precisamos auxilia-la ao máximo garantindo que além de nutrientes complexados, tenhamos compatibilidade com os defensivos utilizados na mesma calda e tecnologias adicionais para garantir a qualidade física e química da calda de aplicação. Alguma consideração? A nutrição complementar via foliar da Ubyfol tem participado do pacote tecnológico dos principais players do setor, onde nos últimos anos temos avaliado em conjunto os ganhos em TCH, para as aplicações no estádio vegetativo e observado incrementos superiores a 10%. Mais recentemente os tratamentos direcionados para a fase de pré-maturação tem apontado incrementos de 5 a 10 pontos de ATR, auxiliando muito as repostas dos maturadores químicos.

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Chuva sinaliza safra 10% menor no Nordeste Percentual de quebra é previsto nas unidades de Pernambuco. Em Alagoas, déficit na oferta de cana deverá ser maior BRÁS HENRIQUE, DE RIBEIRÃO PRETO (SP)

Nas últimas cinco safras a seca atrapalhou. Neste ano, o problema é outro: as unidades do setor sucroenergético do Nordeste sofrem com o excesso de chuva. “A redução será bem significativa em Alagoas, maior produtor do Nordeste, e o mesmo cenário ocorrerá em Sergipe. Em Pernambuco, poderemos ter um déficit de aproximadamente 10%”, diz Alexandre Andrade Lima, presidente da Feplana (Federação dos Plantadores de Cana do Brasil) e da AFCP (Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco). A safra na região nordestina, marcada para começar em agosto na maioria das unidades, ressente as consequências. Para o presidente da

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Feplana, a safra será maior na Paraíba e no Rio Grande do Norte, mas esses estados não são grandes produtores nordestinos de cana-de-açúcar. A estiagem foi significativa na região nos últimos anos, até em locais que sempre tiveram mais chuvas, gerando queda na produção e mortes de canaviais, “sendo necessário grande investimento para poder recuperar essas vastas áreas”, destaca Lima. Agora o quadro é outro. “A consequência disso, infelizmente, é a nova redução da safra nordestina em torno de 10% se a chuva continuar como está e se ela se prolongar até o começo de outubro”, diz Lima. A chuva apareceu bem em março deste ano, com índices acima da média.

ATR baixo “A chuva vai implicar numa safra com ATR baixo e a previsão é de chuva durante agosto”, diz Djalma Euzébio Simões Neto, coordenador do Programa de Melhoramento Genético da Ridesa (Rede Interuniversitária para Desenvolvimento do Setor Sucroenergético), pela UFRPE (Universidade Federal Rural de Pernambuco). Além da seca e agora da chuva em excesso, Lima, da Feplana, indica que o setor ainda está preocupado com os preços do açúcar e do etanol no mercado interno. “Com estes preços, muitas usinas terão dificuldade de continuar abertas, mas precisamos manter a esperança que eles voltarão a subir”, emenda Lima.

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Marca Proeng evolui para PRG Engenharia e inaugura nova sede

O novo portfólio da PRG Engenharia dá ênfase à gestão de projetos e obras de engenharia multidisciplinares DIVULGAÇÃO

Depois de quatro anos de restrições e crise, o setor sucroenergético avança ante boas perspectivas com uma leve retomada nos investimentos. Atenta a essa realidade de mercado, a PRG Engenharia inaugurou sua nova sede, um espaço corporativo voltado para a elaboração de projetos inovadores. A marca PRG é uma evolução da Proeng, que há quase 25 anos atua na área de projetos de engenharia e construção e ampliação de plantas industriais, notadamente para usinas sucroenergéticas, em todo o país. O novo nome traduz o momento da marca e a consolidação de sua expertise em serviços integrados. “Os ajustes foram planejados para que pudéssemos modernizar a marca, sem, no entanto, perder a identidade original que construiu nossa história vencedora. O novo branding atende o cenário e a estratégia da nossa empresa, gerando valor e fortalecendo a relação com o mercado”, destaca o

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A nova sede da PRG Engenharia permite acesso fácil aos clientes que visitam o escritório, em Jaboticabal

diretor João França. A PRG simboliza o novo patamar de produtividade alcançado, aliando a expertise em tecnologia com a engenharia, resultando, com isso, em ganho na gestão de projetos e obras. “Trabalhamos em parceria com nossos clientes, contribuindo com a modernização e o avanço da competitividade do setor

sucroenergético”, afirma o diretor. O portfólio da PRG Engenharia está mais abrangente, voltado para Gestão de Manutenção de Plantas Industriais, Condicionamento, Comissionamento e Assistência à Partida e Pré-operações, Gerenciamento de Implantação de Projetos, Gestão de Portfólio de Projetos, Estudo de

Viabilidade e Macro Planejamento de Novos Empreendimentos, Engenharia de Projetos Multidisciplinares Conceitual, Básico e Detalhado, Gestão de Segurança, Saúde Ocupacional e Meio Ambiente. O destaque é a Gestão Integrada e Gerenciamento de Engenharia em Empreendimentos nas Modalidades EPC e EPCM. Com a operação, a empresas otimiza a estratégia de ampliar a atuação nos setores da construção civil e infraestrutura para o setor sucroenergético. “Essa transição complementa de forma bastante harmoniosa tanto o portfólio de serviços e a amplitude geográfica da PRG, quanto o perfil da equipe. Nossa empresa ocupa uma posição estrategicamente vantajosa para capturar as novas oportunidades de mercado, com projetos multidisciplinares”, finaliza João França. PRG ENGENHARIA: AV. ROSA CELESTINO, 200, MONTERREY, JABOTICABAL. TELEFONE: (16) 3203.8653 WWW.PRGENGENHARIA.COM.BR

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Postura proativa é fundamental para superar instabilidades Colaborador que tem atitudes que antecipam respostas a conflitos tem papel vital para a atividade sucroenergética RENATO ANSELMI, DE CAMPINAS (SP)

As unidades e grupos sucroenergéticos esperam contar cada vez mais com profissionais que tenham, entre outras características, a proatividade. Em um momento de instabilidades e incertezas no setor e na economia, colaboradores com atitudes que contribuam para a solução de demandas de diferentes áreas desempenham um papel importante para a sobrevivência do negócio. Um profissional proativo tem iniciativa, agilidade e inteligência para antecipar as respostas aos conflitos e dificuldades no trabalho, estar sempre buscando mudanças e também para enfrentar obstáculos impostos por diversas situações, observa Luiz

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“UM PROFISSIONAL PROATIVO TEM INICIATIVA, AGILIDADE E INTELIGÊNCIA PARA ANTECIPAR AS RESPOSTAS AOS CONFLITOS E DIFICULDADES NO TRABALHO, ESTAR SEMPRE BUSCANDO MUDANÇAS E TAMBÉM PARA ENFRENTAR OBSTÁCULOS IMPOSTOS POR DIVERSAS SITUAÇÕES” LUIZ HAROLDO DORO, GERENTE DE RECURSOS HUMANOS DA USINA SÃO JOSÉ DA ESTIVA, DE NOVO HORIZONTE, SP

Haroldo Doro, gerente de Recursos Humanos da Usina São José da Estiva, de Novo Horizonte, SP. Para capacitar o colaborador a ter uma postura proativa, é necessário impulsioná-lo a enxergar a empresa

como sua responsabilidade, fazendo com que se empenhe com mais fervor em ações inovadoras e eficazes, ressalta Luiz Doro, que é também presidente do Gerhai – Grupo de Estudos em Recursos Humanos na

Agroindústria. Com esse comportamento de proatividade, o colaborador terá condições para planejar e executar ideias e tarefas que poderão evitar prováveis problemas antes mesmo que eles aconteçam, que poderiam inclusive proporcionar prejuízos para a empresa – comenta. A Usina Estiva possui vários projetos relacionados ao desenvolvimento pessoal e profissional – informa. Além da capacitação proporcionada pelas ações voltadas ao desenvolvimento de pessoas, a mudança de comportamento depende do interesse do colaborador em realmente modificar a sua forma de agir

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e as atitudes inadequadas que não estejam condizentes com as demandas diárias da atividade – destaca. Os encontros do Gerhai tem também discutido, com frequência, questões relacionadas ao novo perfil dos colaboradores e às características que devem fazer parte dos programas de treinamento das unidades e grupos sucroenergéticos – revela. Foco na obtenção Liderança precisa ter visão estratégica e sistêmica, além de criar condições para o engajamento da equipe nas ações voltadas ao cumprimento de metas estabelecidas pela empresa. A necessidade de formar e capacitar pessoas, a partir de uma nova cultura voltada à melhoria dos processos, tem interferido nos programas de capacitação de pessoas de usinas e destilarias. “Os treinamentos devem abordar conceitos relacionados ao foco na obtenção de resultados, com metodologia teórica e prática, alinhados às estratégias da organização” opina Luiz Doro.

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“OS TREINAMENTOS DEVEM ABORDAR CONCEITOS RELACIONADOS AO FOCO NA OBTENÇÃO DE RESULTADOS, COM METODOLOGIA TEÓRICA E PRÁTICA, ALINHADOS ÀS ESTRATÉGIAS DA ORGANIZAÇÃO” LUIZ HAROLDO DORO, GERENTE DE RECURSOS HUMANOS DA USINA SÃO JOSÉ DA ESTIVA, DE NOVO HORIZONTE, SP

Segundo ele, outro item importante, na área de gestão de pessoas, é definir e gerenciar os indicadores de resultados relacionados às ações executadas em diferentes setores da empresa. É preciso identificar objetivos mensuráveis – ressalta. O gerente de Recursos Humanos da Usina Estiva defende também a necessidade de delegar responsabilidades ao colaborador, fazendo com que ele se sinta peça fundamental para o sucesso da organização. “Não adianta treinar o colaborador e não deixá-lo colocar em prática seus co-

nhecimentos”, enfatiza. Um dos objetivos da gestão e capacitação de pessoas é tornar os integrantes da equipe parceiros do gestor para que consigam atingir as metas estabelecidas pela empresa. O setor sucroenergético precisa inclusive de gestores comprometidos com a geração de melhores resultados para as organizações, com visão estratégica e sistêmica que proporcione o engajamento e o crescimento das equipes – opina o presidente do Gerhai. “Os líderes devem fazer parte da

gestão estratégica da empresa e precisam se qualificar constantemente para atender as demandas existentes no mundo corporativo”, observa Luiz Doro. Eles devem propor melhorias para que o trabalho contribua para o sucesso da equipe e da organização – diz. Nesse momento de incertezas econômicas, as unidades sucroenergéticas precisam de uma equipe engajada em todos os processos. “Para alcançar esse objetivo existe a necessidade de líderes competentes que atuem com maior proatividade”, afirma. Com o objetivo de capacitar os gestores para suas atribuições, a Usina Estiva mantém o projeto “Desenvolvimento Pessoal com Foco na Gestão de Pessoas”, que trabalha diversos itens na formação e reciclagem da liderança, como autoconhecimento, melhoria da motivação, técnica de relacionamento. Além disso, orienta os gestores como devem lidar com as dificuldades e direcionar os liderados.

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Os 5 maiores desafios para subir de cargo no setor

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Falta de conhecimento de gestão de pessoas, contexto econômico e não se atualizar são empecilhos para quem quer ser promovido FABIANA MARQUES, DE RIBEIRÃO PRETO (SP)

Bom desempenho, formação técnica e especialidade em determinada atividade podem até garantir a permanência na empresa, mas não a ascensão de cargo. No setor sucroenergético, assim como no mercado de trabalho em geral, para crescer na carreira, é preciso ir além de simplesmente executar bem a função designada.

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Questões como o conhecimento de outro idioma e a idade deixaram de ser cruciais para a ascensão de cargo na indústria de Açúcar e Etanol. Atualmente, é preciso se empenhar para superar as expectativas da empresa, se atualizar e, principalmente, mostrar equilíbrio entre as competências técnicas e comporta-

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mentais. Não deixar passar oportunidades de contribuir em situações fora do escopo tradicional de sua função é uma das recomendações dos especialistas para quem quer chamar a atenção dentro da empresa. “É preciso trabalhar sua empregabilidade interna, ou seja sua capacidade de se manter atrativo não para o mercado, mas dentro da própria organização em que se encontra”, explica a consultora organizacional, palestrante e conselheira de carreiras Beatriz Resende. Sem zona de conforto Para o diretor executivo do Gehrai, José Darciso Rui, é importante estar sempre atento às mudanças no mercado, na legislação, nas técnicas de operação e jamais ficar na zona de conforto. “Meu conselho é: aposte na zona da aprendizagem, quem erra aprende! E não deixe de se autodesenvolver com programas de treinamento oferecidos pela empresa, MBA, benchmarking, grupos de estudos e network”, emenda.

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Principais desafios para o avanço profissional JornalCana entrevistou especialistas em Gestão de Pessoas e Recursos Humanos e levantou os cinco principais desafios para o avanço profissional no setor:

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Gestão de Pessoas Priorizar demais o conhecimento técnico e deixar de lado a gestão de pessoas foi apontado como o principal obstáculo. Independente da área de atuação, se mais técnico ou administrativo, lidar bem com as pessoas, formar bons relacionamentos com colaboradores e colegas, e saber trabalhar em equipe são características essenciais para quem quer subir na carreira. Para superar esse obstáculo é preciso buscar capacitação para desenvolver a liderança. Contexto econômico Uma das principais dificuldades está ligada à escassez de oportunidade. Com a crise, muitas empresas desistiram de investir no setor, inviabilizando a criação de novos campos de trabalhos gerenciais. Na atual conjuntura, as oportunidades de cargos de maior relevância ocorrem em casos de aposentadoria ou mudança estrutural, o que é mais raro. Estagnação Executivos do setor, especialmente aqueles que trabalham em empresas mais familiares, tendem a não pensar muito na carreira, não focam em se atualizar, e acabam ficando estagnados. Carreira é nossa responsabilidade e não da empresa. Portanto se ela não patrocina nossa atualização, temos que buscar por conta própria. Reinvestir em nós mesmos, como um negócio. Fazer MBA, pós-graduação, coaching, mentoria. Visão muito técnica Uma falha comum no setor é focar demais na especialização técnica, deixando de lado outros aspectos importantes do desenvolvimento profissional. Exercer a mesma função por muitos anos, valorizando somente a parte técnica e operacional, pode tornar o profissional obsoleto para a empresa e o mercado. É preciso se desenvolver não só em sua área de especialidade. Metas e resultados Sem bater as metas traçadas e alcançar os resultados esperados nenhum executivo sobrevive no mercado, principalmente em cargos de gerência e diretoria. Com a entrada das multinacionais no setor nos últimos anos, esse modelo de entrega de resultados se tornou ainda mais implacável. INFOGRÁFICO: GASPAR MARTINS

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Jovem Aprendiz em destaque nas usinas Empresas sucroenergéticas aceleram parcerias com instituições formadoras e apostam na qualificação da mão de obra jovem para atuar no setor de açúcar, álcool e bioeletricidade POR JÚLIA GARCIA, DE RIBEIRÃO PRETO (SP)

Empresas do setor sucroenergético têm buscado cada vez mais parcerias com instituições que oferecem cursos de formação profissional, como é o caso do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), para auxiliar na capacitação de jovens que almejam ingressar no mercado de trabalho através do Programa Aprendiz Legal, ou Jovem Aprendiz. Destinado a um público com ida-

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de entre 14 e 24 anos, o programa integra atividades teóricas e práticas partilhadas pela instituição formadora e a usina, e se apoia na Lei da Aprendizagem (Lei 10.097/2000), que prevê que empresas de médio e grande porte devem ter uma cota mínima no quadro de funcionários que seja participante desta iniciativa. Para Mateus Rubiano, supervisor do CIEE Ribeirão Preto, inserir os jovens no mundo do trabalho, promover a retenção escolar e combater o trabalho infantil são apenas alguns dos benefícios do programa. “O Jovem Aprendiz não pode ser encarado apenas como uma obrigação por parte das empresas. Mais do que uma exigência legal a ser cum-

prida, ele é um instrumento capaz de transformar a realidade de milhares de jovens e impactar de forma positiva na sociedade”, afirma. Rubiano complementa ainda que por meio do programa, os jovens têm a possibilidade de inclusão social com o primeiro emprego e de desenvolver competências para o mundo do trabalho, enquanto que os empresários podem contribuir para a formação dos futuros profissionais do país. Legislação Segundo o supervisor, muitas das empresas que integram o Programa Aprendiz Legal procuram instituições como o CIEE e o Senai

para atender à legislação e acabam se deparando com uma oportunidade de firmar parcerias que resultem na formação e treinamento de futuros colaboradores nos moldes necessários e adequados para o setor. Jovem Aprendiz Clealco Há seis anos a Clealco colhe bons frutos dos investimentos realizados para a implementação e a promoção de melhorias do programa. Segundo Carlos Eduardo Furlaneti, Gerente de Desenvolvimento Humano e Organizacional, a empresa criou uma área de inteligência interna para desenvolver e gerenciar o Jovem Aprendiz. “O programa representa uma importante porta de entrada para a organização e cerca de 90% dos jovens são efetivados ao final do curso. Ele permite o desenvolvimento de um potencial talento e faz com que o jovem crie, desde cedo, uma intimidade com a empresa. É uma forma de moldarmos o participante à nossa realidade e termos uma troca de benefícios com a aprendizagem que ele recebe”, comenta Furlaneti.

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Usinas preparam comemorações para o Dia das Crianças Lazer e diversão integram filhos de colaboradores das unidades em eventos e visitas às unidades FABIANA MARQUES, DE RIBEIRÃO PRETO (SP)

Há mais de 10 anos a Usina Santa Isabel S/A, com sede em Novo Horizonte (SP) realiza a comemoração do Dia das Crianças em um evento criado para que os filhos dos funcionários e colaboradores da empresa possam de divertir. Todo o ano o Departamento de Serviço Social e Benefícios prepara um dia inteiro com atividades esportivas e de recreação para essas crianças. O próximo evento acontecerá no dia 07 de outubro, no Clube Esportivo e Recreativo Santa Isabel e, desta vez, além de beneficiar os filhos dos funcionários, a companhia sucroenergética abrirá também para a participação dos alunos da escolinha de futebol - projeto realizado pelo clube em parceria com a empresa. “Nesta ação em especial, nosso objetivo é comemorar o Dia das Crianças oferecendo diversão, lazer e integração entre as crianças”, conta Francine Bueno, Supervisora de Benefícios na Usina Santa Isabel S/A. Tradição Na Usina Caeté S/A, cuja matriz está localizada em São Miguel dos Campos (AL), celebrar o Dia das Crianças também já é uma tradição. As atividades acontecem ao longo de uma semana.

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A programação da Semana das Crianças é organizada pelos professores, orientados por um coordenador pedagógico, da Escola Conceição Lyra, projeto mantido pela Grupo Carlos Lyra que educa filhos de colaboradores da empresa, atendendo também a pessoas da comunidade, filhos de fornecedores e prestadores de serviços. Segundo a diretora da escola, Betânia Leite, as crianças aguardam com muita expectativa. “Com a chegada do mês de outubro, as crianças já demonstram ansiedade pela divulgação da programação, que é sempre recheada de atividades lúdicas, que vão além do que costuma ser vivenciado no dia a dia escolar”, disse. Para esse ano, estão planejadas atividades como circuitos esportivos, sessão de cinema no auditório da escola, show de talentos, banho de mangueira, distribuição de picolés e guloseimas, piquenique e lanche coletivo. Em visita Para comemorar o Dia das Crianças, nos últimos anos a Usina Vale do Paraná, de Suzanápolis (SP), levou os filhos dos colaboradores para conhecer as dependências da empresa e realizar algumas brincadeiras dentro da própria usina. Segundo as informações do Departa-

mento de Recursos Humanos, em 2016 as crianças visitaram o complexo industrial, com parada no Centro de Operações Industriais (COI), onde receberam informações sobre o processo de fabricação de etanol e puderam assistir à simulação das operações, além de outras atividades lúdicas. No ano anterior, mais de 150 crianças participaram de passeio interativo e divertido pelas áreas agrícola e industrial, onde puderam conhecer um pouco das atividades da empresa e saber mais sobre a colheita mecanizada. As visitas das crianças foram idealizadas como uma forma de fortalecer a relação do colaborador com a empresa e a família. A intenção era ressaltar a importância da família e despertar o interesse das crianças nas atividades desenvolvidas pelo pai ou mãe. Além de ser uma chance de eles conhecerem um pouco mais sobre o trabalho e a rotina dos seus pais, estreitando os laços. Para esse ano a ideia é fazer alguma atividade diferente, possivelmente fora da usina, mas a programação ainda está sendo discutida e avaliada, precisando passar pelo crivo da Diretoria. Uma coisa é certa, de qualquer maneira a diversão das crianças está garantida!

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Tecnologia da JW Equipamentos aumenta produção de etanol visando melhoria no mercado Sucroenergético DIVULGAÇÃO

A venda de três aparelhos com tecnologia JW possibilitou aumentar a produção em etanol hidratado, anidro, diminuição de consumos de vapor e gastos operacionais Segundo o analista de vendas da JW Equipamentos, o engenheiro Murilo Machado Grecchi, será fornecido para a Pedra Agroindustrial, um aparelho de desidratação de etanol que utiliza o processo de Peneira Molecular modelo HLSM-DE, com capacidade de produção de 1.000.000 de litros por dia, sendo o processo de desidratação com o menor consumo de vapor do mercado, como também um aparelho de destilação para produção de etanol hidratado combus-

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tível com capacidade de 800.000 de litros por dia. O gerente de divisão industrial Alexandre Menezes da Pedra Agroindustrial dá mais detalhes sobre a aquisição: “A Pedra Agroindustrial realizou investimentos em suas unidades contando com a experiência da JW Equipamentos. Na Ipê visamos aumentar a produção e optamos

por um aparelho de desidratação por perceber que haverá uma melhor remuneração no mercado de etanol”. Além de atuar no desenvolvimento e fabricação de novos equipamentos, a JW tem realizado estudos de engenharia visando melhorias na produção de etanol e reduções de consumos. Em outra unidade do mesmo grupo, foram substituídos três aparelhos

existentes por um aparelho de destilação para produção de etanol hidratado combustível com capacidade de 600.000 litros por dia. Ainda de acordo com Alexandre Menezes: “Na Usina da Pedra fizemos o investimento de um novo aparelho de destilação que vem ao encontro com um menor consumo de vapor na planta e um menor custo de operação e manutenção”. A JW tem focado no fornecimento de melhorias de processos com investimentos de rápido retorno. O gerente de suprimentos, da Pedra Agroindustrial, Francisco Gallo, fala sobre a parceria entre a empresa e o grupo produtor. “A JW Equipamentos atende a Pedra Agroindustrial há alguns anos, sempre com cordialidade e cumprindo os prazos estabelecidos. É um fornecedor no qual temos confiança no trabalho e parceria”. JW (16) 3513.2000 WWW.JW.IND.BR

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Coruripe atesta qualidade da área de vivência e torre de iluminação Alfa Tek DIVULGAÇÃO

Os profissionais da área agrícola da Usina Coruripe, de Iturama (MG) atestam a qualidade da área de vivência e torre de iluminação Alfa Tek. Os especialistas contam quais são os benefícios dos equipamentos. “A vantagem da torre é grande pela claridade. Trabalhamos com descarregamento de vinhaça no campo e para distribuir para área é necessário engatar a tubulação para fazer esse descarregamento. Com a torre este procedimento ganha um importante padrão de qualidade, pois sem ela o aumento de acidentes seria maior, além de uma série de outros riscos, como animais peçonhentos que podem estar próximos do local”, avalia José Severo da Cruz, supervisor de manutenção automotiva da filial Iturama. De igual modo, para Fernando Borges de Queiroz Rodrigues, supervisor de produção na área de irrigação e fertirrigação, a satisfação com a área de vivencia é grande. Ele explica as razões: “Antes não tínhamos área

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de vivencia. Era uma lona, com banheiro de lona. Hoje temos uma área completa, com água gelada, banheiro digno, lugar para guardar os pertences e para almoçar”. Ela traz mais qualidade de vida ao trabalhador do campo, para que ele

se alimente e faça suas necessidades fisiológicas. O investimento, segundo ele, contribui para uma maior produtividade de seus colaboradores. “O colaborador tem um bom desempenho. Antes o profissional não parava para fazer

suas refeições. Hoje nosso pessoal tem satisfação em poder tirar um tempo de descanso. Já fomos, inclusive, premiados por conta dos investimentos na área como melhor empresa para se trabalhar”, conta. Além disso, ele destaca a redução de custo operacional não tínhamos torre de iluminação, antes usávamos gerador à diesel, o custo era maior. Hoje nossa economia é de 70 a 80% com a torre solar. Outro ganho é que não houveram autuações por parte da fiscalização do Ministério do Trabalho”, explica. O especialista da área de moto-mecanização também menciona o trabalho de pós-venda da empresa, um dos fatores primordiais para que o Grupo Coruripe investisse em compra-las para todas as suas unidades. “Percebemos que a Alfa Tek se preocupa com seus clientes”. ALFA TEK (17) 3531.1075 WWW.REDPARTS.COM.BR

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