JornalCana 285 (Outubro/2017)

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Julho 2017

w w w . j o r n a l c a n a . c o m . b r Outubro 2017

Até quando irá a queda do preço do açúcar? Especialistas avaliam as tendências do mercado em reportagem especial do JornalCana. Página 10

Série 2

Número 285


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AGRÍCOLA

Outubro 2017

INFORME PUBLICITÁRIO

TesTon apresenTa GiGanTe TracTor duranTe a Fenasucro & aGrocana 2017 Lançamento também teve transmissão ao vivo pela página da marca no Facebook A 25ª edição da Fenasucro & Agrocana, realizada em Sertãozinho - SP, foi o local escolhido pela Teston para o lançamento do seu novo equipamento, o Gigante Tractor - fato marcante na linha do tempo da marca, já que o maquinário vem com a expectativa de inovar o mercado sucroalcooleiro no Brasil. O evento aconteceu no dia 22 de agosto, no estande da Teston durante a feira, e revelou com muita imponência e uma pintura camuflada inovadora, os atributos do novo equipamento. “Além de um orgulho, é uma conquista para a Teston. O Tractor tem as mesmas vantagens do Gigante, só que agora é motorizado. Muita tecnologia, alto desempenho e performance na colheita. São 280

(foto: assessoria de comunicação Teston)

O novo Tractor chamou atenção pela robustez e imponência, durante a Fenasucro, em Sertãozinho - SP.

cavalos de pura força”, revelou entusiasmado Lucas Teston, diretor comercial da empresa. A Marca do Gigantes, como é conhecida, também expôs durante os quatro dias de feira, sua família completa de transbordos, com os Gigantes 22.000 BP e BR, MCT 10.500, MCSC 14.000 e Gigante Penta. A Teston está presente no mercado brasileiro há quase 20 anos e tem uma sólida estratégia de longo prazo para o Brasil, com confiança no desenvolvimento socioeconômico do País. Tudo isso passa pela valorização do mercado sucroalcooleiro, que gera uma robusta movimentação econômica, de preservação e respeito ao meio ambiente. A frase “PRONTOS PARA A BATALHA” exposta em seu estande, é parte da premissa de atuação da empresa no mercado, em atender sempre com prontidão a todos os desafios da colheita mecanizada.


Outubro 2017

AGRÍCOLA

3


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ÍNDICE DE ANUNCIANTES

Setembro 2017

ÍNDICE DE ANUNCIANTES ÁREAS DE VIVÊNCIA ALFATEK

(17) 3531.1075

3

AUTOMAÇÃO DE ABASTECIMENTO DWYLER

(11) 2682.6633

27

AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL AUTHOMATHIKA METROVAL

(16) 3513.4000 (19) 2127.9400

9 26

CALDEIRAS ENGEVAP

(16) 3513.8800

FERTILIZANTES FERTILÁQUA (LONGEVUS) (19) 2516.8700 KOPPERT DO BRASIL (15) 3471.9090

28 33

GRÁFICA SÃO FRANCISCO GRÁFICA (16) 2101.4151

18

HIDRÁULICA E PNEUMÁTICA HEINRICHS (41) 3387.5589

16

IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS AGRIMEC (55) 3222.7710 DMB (16) 3946.1800 CARRETAS ALFATEK (17) 3531.1075 3 INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO E CONTROLE METROVAL (19) 2127.9400 CARROCERIAS E REBOQUES SERGOMEL (16) 3513.2600 7 MELAÇO MELAÇOS BRASILEIROS (19) 3439.2529 COLETORES DE DADOS MARKANTI (16) 3941.3367 4, 44 MONTAGENS INDUSTRIAIS ENGEVAP (16) 3513.8800 CONSULTORIA/ENGENHARIA INDUSTRIAL EXAL (19) 3413.3878 CPFL BRASIL (19) 3795.3900 4 PEÇAS DE REDUTORES HEINRICHS (41) 3387.5589 CONSULTORIA INDUSTRIAL / CONTROLE DE FLUIDOS METROVAL (19) 2127.9400 26 PLANTADORAS DE CANA DMB (16) 3946.1800 DEFENSIVOS AGRÍCOLAS KOPPERT DO BRASIL (15) 3471.9090 33 PRODUTOS QUÍMICOS PROSUGAR (81) 3267.4760 DESTILARIA EXAL (19) 3413.3878 13 REFRATÁRIOS REFRATÁRIOS RIBEIRÃO PRETO (16) 3626.5540 ENERGIA ELÉTRICA - COMERCIALIZAÇÃO CPFL BRASIL (19) 3795.3900 4 SOLDAS INDUSTRIAIS

ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO CIVIL ENGEVAP (16) 3513.8800 EQUIPAMENTOS E MATERIAIS ELÉTRICOS AUTHOMATHIKA (16) 3513.4000 FEIRAS E EVENTOS OBJETIVA (11) 2255.5759 REED ALCÂNTARA (11) 3060.5000

16

MAGÍSTER

16 9 11 38

(16) 3513.7200

SOFTWARE INDUSTRIAIS S-PAA (16) 3512.4312 TRANSBORDOS TESTON (44) 3351.3500 TRANSPORTE / LOGÍSTICA TE LOG (16) 2105.7870

30 29 26 30 16 13 16 29 14 41 15 37 2 43

Soluções integradas em energia CPFL. É mais competitividade para a sua usina crescer. Nosso compromisso é garantir mais economia, sustentabilidade, rentabilidade, segurança e previsibilidade para seus recursos energéticos. Conte ainda com uma equipe especializada em viabilizar projetos de eficiência energética e geração distribuída, e para comercializar e gerenciar seus contratos de energia no Mercado Livre. Tudo desenvolvido de maneira integrada, customizada e com a solidez de um grupo que tem mais de 30 anos de relacionamento com o setor sucroenergético. Descubra o que mais a CPFL pode fazer para otimizar o seu negócio.

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CARTA AO LEITOR CARTACARTA AO AO LEITOR LEITOR

Julho 2017 Julho 2017 2017 Setembro

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carta ao leitor CARTA c a r t aAOaLEITOR o leitor Josias Messias josiasmessias@procana.com.br

índice ÍNDICE índice

Josias josiasmessias@procana.com.br Josias Messias Messias - josiasmessias@procana.com.br

AGENDA............................................................... Agenda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66 Agenda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 MERCADO Mercado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8 a 14 Cotações do açúcar dependem dos fundos.. 10 � A aposta Mercado . no . . RenovaBio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8 a 14 Fenasucro 2017: balanço e presenças ........... 12 � Entrevista com Roberto Rodrigues na estreia do Quem é Quem A aposta no RenovaBio � Por que o arrendamento de terras ficou caro do Quem é Quem Entrevista com Roberto Rodrigues na estreia

INDUSTRIAL � 55 a pagar uso da água Porusinas que o passam arrendamento depelo terras ficou caro no estado de SP Artigo: software garante � 55 usinas passam a pagar pelo uso da água no estado de SP eficiência operacional.............................. 14 e 15 Industrial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16 a 26 Novidades em processos e � Como fazer Industrial . . a. correta . . .e. produção .manutenção . . . . . . .de. de .bombas . . etanol. . . . . . . ........ . . . 16 .16ea17 26 fermentação � Secagem dealevedura pode gerar renda extra de R$ 40 milhões Como fazer correta manutenção de bombas

� Cozimento contínuo ganha no setor Secagem de levedura podeespaço gerar renda extra de R$ 40 milhões EVENTOS � Cozimento contínuo ganha espaçocelebra no setor MasterCana Centro-Sul Geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 . . .a. 22 .30 profissionais do setor............................... � Empresas Geral . . . . têm . . .até . .31. .de. .agosto . . . .para . . .aderir . . . ao . .Refis . . . . . . . . . . . .30 � Empresas têm até 31 de agosto para aderir ao Refis AGRÍCOLA Agrícola . . . .Performance . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .24 a 34 Usinas .Alta � Endividamento sucateia Agrícola . . . . . . . . . . sistemas . . . .agrícolas................ . .de. irrigação . . . . . .em. .Alagoas . . . . . 23 .24aa25 34 revela as estratégias � Previsões para sucateia a safra 17/18 no Nordeste Código Florestal enfrenta açõesemjudiciais...... 26 Endividamento sistemas de irrigação Alagoas Corte manual ainda é feito � Investimentos herbicida crescer até 30% na 17/18 Previsões paraem a safra 17/18devem no Nordeste em 10%integrado do em estado de SP.......................... � Manejo em controle ambiental gera Investimentos herbicida devem crescer atémaior 30% produtividade na 17/1828 e 29 � Manejo integrado em controle ambiental gera maior produtividade

QUEM. É. .QUEM Gestão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .37 Entrevista � Os departamentos Gestão . . . . .com . . . de . Pedro .compliance . . . . . Mizutani, . .avançam . . . . . nas . . .empresas . . . . . .do. setor . . . .37 diretor da Raízen.............................................. 31 � Os departamentos de compliance avançam nas empresas do setor Profissionais Usina do Bem . . do . . . setor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .38 presentes na Fenasucro. ................................... � Usinas doam energia elétrica Usina do Bem . . . . . . . . . para . . .hospital . . . .em . .Barretos . . . . . . . . . . . 32 .38 � Usinas doam energia elétrica para hospital em Barretos

GERAL & Oportunidades . . . . . . . . . . . . . . . .40 a 42 Negócios Falta de&conexão afeta .a. . . . . . . . . . . . . . .40 a 42 Negócios Oportunidades comunicação no setor.............................. 34 a 37 TECNOLOGIA Como caminha o projeto Rota 2030............... 38

FUNDO DE RECEITA FIXA LEI REVOGADA RECEITA “NemFUNDO ponham sua DE esperança na incertezaFIXA da riqueza, “Nem suaque esperança na incerteza da riqueza, masponham em Deus, de tudo nos provê ricamente” "Porque por Cristo Jesus lei 17 mas em Deus, quemeio tudode nosprimeira provêcarta, ricamente” Recomendação de Paulo, apóstolo ade Timóteo, na capítuloa 6, verso do Espírito de vida me libertou da lei do17 Recomendação de Paulo, apóstolo a Timóteo, na primeira carta, capítulo 6, verso pecado e da morte."

Paulo, apóstolo, aos Romanos, no capítulo 8, verso 2.

Reduzir o uso Reduzir o uso de água regra! A proposta Christiano de água ééde regra!

Assim como outros importantes segmentos da indústria da transformação, o setor sucroenergético é um Assim como outros importantes segmentos da indústria da transformação, setorusinas sucroenergético é um grande consumidor de água. Esse líquido é prioritário nos processos industriaiso das e destilarias. Às vésperas do encerramento da safra de cana-de-açúcar 2017/18 na região Centro-Sul, o setor grande dena água. líquido éasprioritário processos das Paulo usinasconsumiam e destilarias. Paraconsumidor se ter ideia, safraEsse 2010/2011 unidades nos produtoras do industriais Estado de São sucroenergético contabiliza um balanço conturbado. Ao longo do ano, as cotações do açúcarem no Para se ter ideia, na safra 2010/2011 as unidades produtoras do Estado de São Paulo consumiam em média 1,52 metro cúbico por tonelada de cana. Naquela safra, segundo a União da Indústria Cana-demercado internacional foram das alturas para a queda, por conta de previsões de oferta de mundial sumédia 1,52 metro cúbico por tonelada de cana. segundo União daque Indústria de Açúcar (Unica), foram colhidas 362migrarem milhões dea Naquela toneladassafra, nos exigiram 550,2 peravitária. Isso fez as unidades produção paracanaviais o etanolapaulistas, na segunda metade da Cana-desafra, incentivadas também porque o362 biocombustível tornou-se remunerador emque relação ao alimento. Açúcar (Unica), foram colhidas milhões de toneladas nosmais canaviais paulistas, exigiram 550,2 milhões de metros cúbicos de água. O programa RenovaBio, que cria parâmetrospelas de mercado o etanol podeoalavancar a inmilhões de metrosque cúbicos água. Não significa todo de o volume foi consumido unidades para produtoras. Háemuito setor dústria sucroenergética, gera tanta expectativa quanto ansiedade. Até o fim de setembro, quando Não significa eque todo o para volume foi consumido pelas unidades produtoras. Há muito o setor empreende sistemas reduzir e tornar eficiente o uso do líquido. esse textoações foi escrito, o programa esperava aval do governo para avançar como Projeto de Lei no empreende sistemas reduzir tornar eficiente o uso do líquido. O reusoações éNacional, umae palavra depara ordem nas eempresas sucroenergéticas. ações como o reuso, setor esCongresso o que estabelece um longo caminho para seCom tornar realidade. O idealo seria O reusooéRenovaBio uma palavra de Medida ordemasnas empresas sucroenergéticas. Com ações como reuso, o articular setor tabelecer por Provisória, parece que o setor perdeu o timing para sucroenergético paulista despencou captações demas água. O consumo médio de 1,52 nao safra 2010/2011 este caminho. sucroenergético paulista despencou captações de água. O consumo médio de 1,52 na safra 2010/2011 caiu para 0,91 metro cúbico na safraas2016/17. 2017 também registrou a entrada desenfreada de etanol importado. Para estancar a compra de caiu Ou paraseja, 0,91emmetro cúbico safrapaulistas 2016/17. dez anos as na usinas captaram 39,7% menos água para os processos industriais. grandes volumes, o governo criou taxa quando a importação superar 600 mil metros cúbicos ao Ouqueda dez do anos aspróximos usinas paulistas captaram menosaprimoramento água os processos industriais. A resulta fechamento dedois circuitos com de água; dos processos ano. Aseja, taxa,em válida pelos anos, aliviareuso a39,7% concorrência compara o biocombustível comprado A queda resulta doeficiência fechamento de circuitos comereuso deda água; aprimoramento processos industriais, maior e menor captação; avanço limpeza a seco comdos a colheita lá fora. Ocom ano também foi marcado com a volta da incidência do PIS/Cofins sobre o etanol. Para comentarcom a respeito desse tema, recorro ao artigoe que o executivo Antonio Carlos Christiano, CEO industriais, maior eficiência e menor captação; avanço da limpeza a seco com a colheita mecanizada. daAs Usina Santa Fé,sobre produziu do JornalCana, e que foi unidades divulgadoforam em setembro. mecanizada. informações uso depara águao esite a redução na captação pelas apresentadas no dia Christiano atesta que aumentar a rentabilidade do hidratado, na apuração dosapresentadas resultados das usiAs informações sobre uso de água e a redução na captação pelas unidades foram no dia 06 de junho pelo secretário estadual da Agricultura, Arnaldo Jardim, em evento na sede da Unica, em nas, é imperativo para garantir lucratividade e perenidade a toda a cadeia sucroenergética brasileira. 06 deSabemos junho pelo secretário estadual da Agricultura, Arnaldo Jardim, em evento na sedee da Unica, em comemoração dos dez anos do Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético. que o hidratado é utilizado pelas usinas como ferramenta de liquidez possui rentabilicomemoração dosintegra dezàanos do Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético. O Protocolo o Projeto Etanol Verde, dastributação Secretarias estaduais da Agricultura do Meio dade bem inferior do açúcar, que não possui quando é exportado. Esse,epor sua vez, vê os preços internacionais despencarem por conta do superávit mundial, o que afeta também etanol. O Protocolo integra o Projeto Etanol Verde, das Secretarias estaduais da Agricultura e do Meio Ambiente, e representa um modelo de parceria e diálogo desenvolvido entre o setor produtivo e ooEstado. Por outro lado, desde janeiro último cada litro de biocombustível voltou a ser taxado com o PIS/ Ambiente, representa um modelo de cena parceria desenvolvido entre setor produtivo e o Estado. A segunda efase do Protocolo entra em nestee diálogo mês de julho, formatada poro técnicos das duas Cofins. O setor, no entanto, não tem conseguido repassar essa taxação para o preço, o que faz o A segunda fase Protocolo entra em cena neste mês de julho, formatada por técnicos das duas Secretarias e dado Unica. etanol perder rentabilidade. Christiano fez levantamento no qual o governo pretende arrecadar R$ Secretarias e da Unica. mesmo mês de julho,doentra em vigor acom cobrança pelouma uso comercialização da água em quatro 3,4Nesse bilhões com a cobrança PIS/Cofins, base em debacias etanol da ordem mesmo mês de entra Pardo, em vigor a cobrança pelo usoSapucaí-Mirim da água em quatro bacias deNesse 26 bilhões litros. hidrográficas do de Estado dejulho, São Paulo: Baixo-Pardo/Grande, e Mogi-Guaçu. O CEOdoda Santa de Fédesta propõe quePardo, toda a tributação do PIS/Cofins seja transferida o açúcar hidrográficas Estado São Paulo: Baixo-Pardo/Grande, Sapucaí-Mirim e Mogi-Guaçu. Conforme reportagem edição do JornalCana, 55 unidades sucroenergéticas captampara água dessas direcionado ao mercado externo e que seja retirada integralmente do etanol. Conforme ele, seria Conforme desta edição do JornalCana, sucroenergéticas bacias. O custoreportagem médio da cobrança de água por tonelada55deunidades cana varia de acordo comcaptam o reusoágua pelasdessas necessário taxar o alimento exportado em R$ 136 a tonelada, considerando-se um volume de 25 bacias. O custo cobrança entre de água tonelada de cana varia de acordo com o reuso pelas unidades, mas amédio médiada é projetada R$por 0,03 e R$ 0,12 por tonelada. milhões de toneladas. unidades, masexplica a média entre 0,03 ecom R$ 0,12 por tonelada. AEm Unica naéreportagem que oR$ avanço cobrança o setor representa sua proposta, oprojetada executivo lembra quedessa câmbio denãoR$assusta 3,15, aporque taxa proposta 1,96 centavos de dólar libra peso Com isso,para o valor commodity pode ser elevado 16 A Unica explica na reportagem que o(lp). avanço dessa cobrança não assusta porque o setor sucroenergético paulista sepor preparou ao longo dos anos arcarda com esse custo e colaborar com a de gestão a 18 US$/lp no mercado internacional. sucroenergético paulista se preparouo ao longo dos anos para arcar com esse custo(DAEE), e colaborar com a gestão das bacias hidrográficas. Conforme Departamento de Águas e Energia Elétrica do governo Sem sofrer a incidência de PIS/Cofins no etanol, as usinas poderão incorporar boa parte do seu das baciasoshidrográficas. Conforme Departamento de Águas Energia Elétricade(DAEE), doHídricos governo paulista, valores arrecadados como essa cobrança irão para oeFundo Estadual Recursos valor aos preços de venda, sem que isso represente qualquer prejuízo ao consumidor final ou implipaulista, valores arrecadados com essa cobrança irãoJornalCana, para o Fundo Estadual de Recursos Hídricosideias (Fehidro), os usará projetos demandados próprias bacias. que emosque aumento dosnos índices de inflação. Nós,pelas do temos a obrigação de divulgar (Fehidro), que osque usará nos projetos demandados pelas próprias bacias. No mês se comemora o Dia Mundiale do Ambiente, asBrasil usinasafazem questão de reassumir focadas noem dia a dia de um setor complexo queMeio ajuda o PIB do manter-se ativo. Por isso mesmo, a proposta de Chistiano merece atenção. No mês em que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente, as usinas fazem questão de reassumir e manifestar seu compromisso com o meio ambiente e com o uso sustentável de água. E água é sinônimo edemanifestar seu compromisso com o meio ambiente e com o uso sustentável de água. E água é sinônimo vida! Boa leitura! de vida! Boa leitura! Boa leitura! NOSSOS PRODUTOS EVENTOS PUBLICAÇÕES PRODUTOS NOSSOS

ISSN 1807-0264 ISSN 1807-0264 Fone 16 3512.4300 Fax 3512 4309 Av. Costábile Romano, 1.544 - Ribeirânia Fone 16 3512.4300 FaxPreto 3512— 4309 14096-030 — Ribeirão SP Av. Costábile Romano, 1.544 - Ribeirânia procana@procana.com.br 14096-030 — Ribeirão Preto — SP procana@procana.com.br

NOSSA MISSÃO NOSSA MISSÃO

“Desenvolver o agronegócio “Desenvolver o agronegócio sucroenergético, disseminando sucroenergético, conhecimentos,disseminando estreitando conhecimentos, relacionamentosestreitando e gerando relacionamentos e gerando negócios sustentáveis” negócios sustentáveis”

� Presidente Josias Messias � Presidente josiasmessias@procana.com.br Josias Messias josiasmessias@procana.com.br � Comitê de Gestão - Comercial & Eventos Rose Messias � Comitê de Gestão - Comercial & Eventos rose@procana.com.br Rose Messias rose@procana.com.br � Comitê de Gestão - Relacionamento Com Clientes Lucas Messias � Comitê de Gestão - Relacionamento Com Clientes lucas.messias@procana.com.br Lucas Messias lucas.messias@procana.com.br � Comitê de Gestão - Controladoria & TI Mateus Messias � Comitê de Gestão - Controladoria & TI presidente@procana.com.br Mateus Messias presidente@procana.com.br � Comitê de Gestão - Jornalismo Alessandro Reis - editoria@procana.com.br � Comitê de Gestão - Jornalismo Alessandro - editoria@procana.com.br Gestão - Marketing � Comitê deReis Luciano Lima � Comitê de Gestão - Marketing luciano@procana.com.br Luciano Lima luciano@procana.com.br

www.jor nalcana.com.br www.jor nalcana.com.br COLABORADORES � Relacionamento Com Clientes COLABORADORES Robertson Fetsch 16 9 9720 5751 � Relacionamento Com Clientes publicidade@procana.com.br Robertson Fetsch 16 9 9720 5751 publicidade@procana.com.br � Assistente Thaís Rodrigues � Assistente thais@procana.com.br Thaís Rodrigues thais@procana.com.br � Assinaturas & Exemplares Paulo Henrique Messias (16) 3512-4300 � Assinaturas & Exemplares atendimento@procana.com.br Paulo Henrique Messias (16) 3512-4300 www.loja.jornalcana.com.br atendimento@procana.com.br www.loja.jornalcana.com.br

� Arte Gustavo Santoro - arte@procana.com.br � Arte Gustavo � Editor Santoro - arte@procana.com.br Delcy Mac Cruz - editor@procana.com.br � Editor Mac Delcy Diagramação � Editor deCruz Arte -- editor@procana.com.br Diagramação HiCOM - diagramacao@procana.com.br José Murad Badur � Editor de Arte - Diagramação José Murad Badur FINANCEIRO contasareceber@procana.com.br FINANCEIRO contasapagar@procana.com.br contasareceber@procana.com.br contasapagar@procana.com.br

JornalCana - O MAIS LIDO! PUBLICAÇÕES Anuário da Cana Brazilian Sugar- and Ethanol Guide JornalCana O MAIS LIDO! AAnuário Bíblia do da Setor! Cana Quem é QuemSugar no setor sucroenergético Brazilian and Ethanol Guide A Bíblia do Online Setor! JornalCana Quem é www.jornalcana.com.br Quem no setor sucroenergético BIO & Sugar JornalCana Online International Magazine www.jornalcana.com.br Mapa BIO Brasil& de Unidades Sugar Produtoras de Açúcar e Álcool International Magazine Mapa Brasil de Unidades Produtoras de Açúcar e Álcool

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Artigos assinados (inclusive os das seções Negócios & Oportunidades e Vitrine) refletem o ponto de vista dos autores Artigos assinados (inclusive os das seções Negócios & (ou das empresas citadas). JornalCana. Direitos autorais e Oportunidades e Vitrine) refletem o ponto de vista dos autores comerciais reservados. É proibida a reprodução, total ou (ou das empresas citadas). JornalCana. Direitos autorais e parcial, distribuição ou disponibilização pública, por qualquer comerciais reservados. É proibida a reprodução, total ou meio ou processo, sem autorização expressa. A violação dos parcial, distribuição ou disponibilização pública, por qualquer direitos autorais é punível como crime (art. 184 e parágrafos, meio ou processo, sem autorização expressa. A violação dos do Código Penal) com pena de prisão e multa; conjuntamente direitos autorais é punível como crime (art. 184 e parágrafos, com busca e apreensão e indenização diversas (artigos 122, do Código Penal) com pena de prisão e multa; conjuntamente 123, 124, 126, da Lei 5.988, de 14/12/1973). com busca e apreensão e indenização diversas (artigos 122, 123, 124, 126, da Lei 5.988, de 14/12/1973).


ACONTECE

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FOTOS DIVULGAÇÃO

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Prêmio MasterCana Brasil A noite que gala que reúne as principais personalidades, executivos empresários e fornecedores do setor acontecerá em São Paulo, capital, no dia 6 de novembro na Villa Bisutti. Em especial a solenidade homenageará as personalidades que compõem a categoria Quem é Quem no Setor Sucroenergético. www.mastercana.com.br

Conferência Datagro A 17ª Conferência Internacional sobre Açúcar e Etanol, que será realizada nos dias 6 e 7 de novembro, é um dos mais importantes eventos do calendário mundial do açúcar e etanol. O foco continuará sendo valorizar conteúdo de mercado, disseminar conhecimento de novas tecnologias e políticas públicas, além estimular o networking entre os participantes. www.datagro.com.br

Curso de Recepção, Preparo e Extração Acontece no dia 29 de novembro no Centro de Eventos Zanini, em Sertãozinho (SP) o Curso de Recepção, Preparo e Extração. O evento irá abordar temas como a influência das impurezas na moagem e extração, bem como, detalhes importantes para obtenção de boa extração no difusor e na moenda. www.sinatub.com.br

Curso de Fabricação, Secagem e Embalagem Será realizado no dia 30 de novembro no Centro de Eventos Zanini em Sertãozinho, o Curso de Fabricação, Secagem e Embalagem. O curso é voltado para os diretores, gerentes, supervisores, técnicos e outros profissionais da área de fabricação, secagem e embalagem. www.sinatub.com.br


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AGRÍCOLA

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MERCADO

Outubro 2017

LINHA DIRETA

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Um espaço para a divulgação de bens e serviços de fornecedores do setor

VTX 6030, DA TMA: EFICIÊNCIA APROVADA

DPASCHOAL INVESTE EM TRUCK CENTER

Na Agrishow 2016 a TMA lançou o transbordo VTX 6030, o maior do mercado, com capacidade de 60 metros cúbicos ou 30 toneladas, com 5 eixos, sendo 4 esterçantes. O transbordo virou realidade, mas era preciso comprovar sua eficiência. E foi isso que o Grupo São Martinho fez. O VTX 6030 foi para os canaviais de Pradópolis para ser posto à prova durante a safra 16/17. Foi aprovado. Ao final da safra passada a usina comprou 12 unidades, uma frente inteira está usando o 6030 este ano.

A DPaschoal, rede varejista de serviços automotivos, reinaugurou a primeira Loja Conceito da marca em Ribeirão Preto. Identificada como Truck Center, reúne tecnologias como a Advanced Time Experience (ATE), que permite ao cliente acompanhar em tempo real os serviços realizados no seu caminhão. Caso não possa esperar no local, recebe as informações em seu smartphone. “Nossos clientes encontrarão aqui um ambiente mais moderno e aconchegante, com instalações dimensionadas e atendimento diferenciado”, explica Divino Lima, Gerente de Negócios da Linha Pesada DPaschoal.

SUBESTAÇÃO DA CPFL ATENDE 33 USINAS

HPB, TGM E WEG NA CERRADINHOBIO

A CPFL inaugurou em 14/09 em Morro Agudo (SP) uma subestação de energia que, somada a instalações de transmissão, exigiu investimentos de perto de R$ 200 milhões. Segundo André Dorf, presidente da CPFL Brasil, a subestação permitirá a conexão de energia elétrica produzida por 33 usinas de cana localizadas em um raio de até 100 quilômetros. Considerando o excedente que essas usinas conseguem produzir, há a possibilidade de injetar na rede mais 227 megawatts (MW), suficientes para atender ao consumo anual de uma cidade como Ribeirão Preto.

A CerradinhoBio inaugurou em 20/09 a segunda etapa de cogeração de sua unidade em Chapadão do Céu (GO). Os investimentos somam R$ 250 milhões e tornaram a termelétrica da companhia na maior do país, com capacidade de exportação de 850 gigawatts/hora (GWh) por ano. Os investimentos incluem a implantação de uma segunda caldeira, fornecida pela HPB, com sistema de ciclo regenerativo, que permite produzir energia e vapor de forma eficiente. Também foram instalados dois turbogeradores, de 45 MW cada, com equipamentos e sistemas da TGM e da Weg.


MERCADO

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Vai construir, ampliar, ou fazer obras em usinas? Conte com a CP Construplan FOTOS DIVULGAÇÃO

Geralmente uma obra civil custa menos de 10% do valor empregado em qualquer empreendimento feito na usina, seja a implantação de fábrica de açúcar ou a instalação de uma nova caldeira. Os custos com as obras são inferiores aos empregados na área elétrica e de automação ou na montagem geral. Mas se as obras civis não forem aplicadas com profissionalismo, elas colocam em risco todo o empreendimento. Na hora de definir quem serão os responsáveis pelo projeto de obras civis, pode-se escolher apenas empreiteiras. Mas e os riscos? As obras civis dentro de uma usina exigem engenharia aplicada. É uma especialização que somente profissionais experientes em construções industriais podem cumprir. A CP Construplan Construção e Planejamento Ltda. tem experiência de sobra. Com sede em Ribeirão Preto (SP), a empresa tem 33 anos e um portfólio com mais de 580 obras que

Planta industrial da Bioenergética Aroeira e depósito de açucar da usina: exemplos de obras da CP Construplan

vão de shopping centers, escolas, hospitais, empreendimentos residenciais e comerciais de alto padrão, a grandes obras para os diversos setores industriais como siderúrgicas, mineradoras, fábricas de papel e celulose, de alimentos e bebidas, a implantação de

usinas e destilarias completas, como por exemplo, Usina Boa Vista, em Quirinópolis (GO), do Grupo São Martinho, também em Quirinópolis, Usina São Francisco, da SJC Bioenergia (Cargill e Grupo USJ), Usina Campina Verde, Usina Cachoeira

Dourada, Bioenergética Aroeira, em Tupaciguara (MG), dentre tantas outras. Além de experiência em obras civis na área industrial, a CP Construplan tem experiência comprovada no setor sucroenergético. José Rubens Higgins Bevilacqua, diretor da CP Construplan, trabalhou na antiga Zanini S/A Equipamentos Pesados, em Sertãozinho (SP). Fundou a Planalcool, consultoria responsável pela implantação de diversas usinas no período histórico do Proálcool. Com a grande demanda de obras civis neste setor, Bevilacqua criou a CP Construplan juntamente com outros sócios também engenheiros civis. Planejar as obras civis em unidades industriais, obedecendo a integração dos demais serviços, montagens, elétrica, interligações, para que o prazo final dos serviços seja obedecido, isto só é feito por uma empresa construtora com larga experiência em obras de usinas e destilarias.


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Preços do açúcar só devem parar de cair no fim do ano

Principais culpados pela queda são os fundos de investimentos. No mercado futuro de NY, commodity tem fechado abaixo de dezembro passado de 2016

FUNDOS CORREM ATRÁS DE RETORNO: DO AÇÚCAR PODEM IR PARA A SOJA Os fundos de investimentos direcionam seus recursos aonde há maior atratividade de retorno, podendo investir hoje em açúcar e amanhã realocar o capital para soja, por exemplo. Por isso, não há como definir quantos fundos hoje atuam no mercado de açúcar, segundo o consultor Jose Carlos De Lima Júnior. Dessa forma, eles investem onde há maior probabilidade de retorno, considerando o grau de risco em que o seu acionista está disposto a correr. “Supondo que um Fundo de Investimento deseja alocar recursos em commodity, geralmente eles observam a relação ‘Oferta’ e ‘Demanda’ e assim o precifica. Do lado da ‘Oferta’ são observados a produção do ano safra e o estoque existente, e do lado da ‘Demanda’ o consumo e todos os fatores que nele interfere, como renda, inflação, políticas públicas, taxa de juros de crédito, entre outros. O ‘Preço’ final sempre é resultado dessa relação”, explica.

RAÍSSA SCHEFFER LOPES, DE RIBEIRÃO PRETO (SP)

Os preços do açúcar devem continuar em baixa no mercado internacional no curto prazo e a estimativa é que uma recuperação comece somente no fim de 2017. Segundo especialistas, o futuro da commodity na bolsa vai depender dos fundos de investimentos. De acordo com Andy Duff, porta-voz no Brasil do banco holandês Rabobank, se os fundos acharem que ainda há mais espaço para lucrar com as posições atuais, eles ficam e a pressão continua. “No momento que surgem notícias que poderiam provocar perdas para eles, eles saem do mercado. E, em tal momento de saída, quanto maior a posição deles no mercado, mais violenta é a reação do preço”, afirma Duff. Ainda segundo o executivo do Rabobank, as notícias que provocam reações assim no mercado são geralmente imprevisíveis, como “mudança de clima que impacta balanço mundial de oferta/demanda, mudança de política que impacta demanda para importações, etc...” O mercado futuro de açúcar em NY tem registrado baixas seguidas, sempre abaixo de 19.49 centavos de dólar por libra-peso, valor da última semana de dezembro de 2016. Variáveis Para o consultor Jose Carlos De Lima Júnior, há muitas variáveis, mas os preços deverão permanecer pressionados no curto prazo, “principalmente pela safra que começou fortemente açucareira no Brasil, forte recuperação dos demais produtores e excedente de países produtores da comunidade europeia, que pode chegar a 3 milhões de toneladas de açúcar na safra mundial 17/18 que se inicia em out/17, fora a recente frustação das importações de Índia e China.”

Como funcionam os fundos de investimento

Fundos são tipos de investimento que integram a participação privada de vários investidores denominados de cotistas. “Dessa forma, toda pessoa física que tenha CPF pode aplicar uma parte do seu recurso financeiro disponível na aquisição de uma cota”, diz o consultor Jose Carlos De Lima Júnior. Esse recurso ficará aplicado por um tempo determinado e o fundo de investimento, ao final desse período, remunerará o cotista em uma taxa de juros. “Essa taxa pode ser pré ou pós determinada, sendo a atratividade da rentabilidade uma relação entre o valor investido e o risco assumido pelo cotista. Portanto, há diversos tipos de fundos de investimentos, cada qual aplicando esses recursos em determinados tipos de ativos, como Dívida do Tesouro Nacional, Dólar e Commodities, por exemplo.” Andy Duff, porta-voz no Brasil do banco holandês Rabobank, explica que os fundos são instituições financeiras que investem em futuros e opções das commodities. “Tais fundos não têm envolvimento nenhum com a produção ou compra de commodities em si, mas buscam lucrar por meio de compra e venda de papeis vinculados às commodities.” Ainda segundo ele há um leque de estratégias usadas na atividade dos fundos no mercado, “desde investidores como fundos de pensão que veem um investimento de longo prazo em commodities como um hedge contra a inflação e uma maneira de diversificar o portfólio, até hedge funds onde a compra e a venda é feita automaticamente, e com uma frequência alta, via um algoritmo/robozinho.”

Já no médio e longo prazo, Lima Júnior diz esperar uma recuperação dos preços, “pois estão abaixo do custo dos principais produtores e precisamos expandir a oferta, tanto de açúcar como de etanol, nos próximos anos. Obviamente, o timing e força de cada movimento depende muito dos preços de petróleo, gasolina doméstica, câmbio, clima e posicionamento dos fundos.” Spot paulista sofre com maior oferta e recuo de compradores Com a produção da safra 2017/18 na reta final nas unidades da região Centro-Sul do País, o preço do açúcar cristal continua caindo no mercado spot do estado de São Paulo,

segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq-USP. Conforme pesquisadores do Cepea, a maior oferta de açúcar e o recuo de compradores são os principais motivos para a queda dos preços no spot paulista. Além disso, o recuo nos preços internacional ajudou a pressionar os valores aqui dentro. “Os fundos chegam a contar para uma fatia grande da atividade no mercado, e o impacto de uma onda de dinheiro dos fundos, ou entrando ou saindo do mercado, pode ser muito mais influente no direcionamento do preço do que a atividade oriunda dos produtores, compradores e tradings de açúcar”, explica

Andy Duff, porta-voz no Brasil do banco holandês Rabobank. Ainda segundo ele, nestes momentos, o preço parece descolar dos sinais do mercado físico de açúcar, frequentemente produzindo movimentos exageros, para cima ou para baixo. Vantagens e desvantagens “Para o produtor de açúcar, isso traz vantagens e desvantagens. Caso os fundos puxem o preço muito acima do nível justo do preço sugerido pelos fundamentos, seria uma boa oportunidade para travar um preço vantajoso. Porém, esta moeda tem um outro lado, ou seja, às vezes os fundos podem puxar o preço muito abaixo do nível justo do preço sugerido pelos fundamentos.”


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HI COM

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MERCADO

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Fenasucro & Agrocana: mais público e negócios FOTOS DIVULGAÇÃO

Evento em Sertãozinho chega à 25ª edição, reúne 37 mil visitantes e deverá consolidar R$ 3,1 bilhões em vendas pelos expositores em um prazo de doze meses 37 mil visitantes compradores, 12% acima da visitação de 2016, e negócios que devem chegar a R$ 3,1 bilhões nos próximos 12 meses. Este é o saldo da 25ª Fenasucro & Agrocana realizada entre 22 a 25 de agosto em Sertãozinho (SP). Realizada pelo Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis (CEISE Br), a Fenasucro & Agrocana deste ano consolida, além dos negócios, o tratamento em primeiro plano do desenvolvimento sustentável. “O setor sucroenergético é um dos principais meios de fomentar renda, empregos e contribuir ecologicamente”, avalia Aparecido Luiz, presidente do CEISE Br. O programa RenovaBio, que foca o desenvolvimento sustentável e as externalidades do etanol, foi amplamente discutido durante a feira. Em 2018, a Fenasucro & Agrocana será realizada entre os dias 21 a 24 de agosto. Rodadas Fora os negócios dos expositores, a feira consolidou as rodadas internacionais, uma tradição da feira organizada pelas instituições APLA/APLEX. Foram 626 reuniões nos quatro dias do evento, com a presença de 60 empresas nacionais e companhias de 45 países. Em apenas dois, a captação de negócios foi de US$ 90 milhões. “Com as rodadas, foi possível conhecer as tecnologias do mercado, além de fazer negócios”, disse Fernando Garcia, empresário de Honduras participante das reuniões. Já as rodadas nacionais, organizadas pelo CEISE Br, somaram 220 reuniões, 12% acima da Fenasucro de 2016. A expectativa é de negócios 16% superiores aos apurados com as rodadas do ano passado. “A edição histórica da Fenasucro & Agrocana cumpriu o objetivo de reunir, em um só lugar, novas tecnologias e conteúdo voltados ao setor sucroenergético”, afirma Paulo Montabone, gerente geral da feira. “A 25ª edição comprovou a tradição da maior feira mundial voltada ao setor.

AVALIAÇÕES DOS EXPOSITORES: Leonardo Matos, Gerente da Unidade de Negócio de Serviços da TGM “Frequento a feira há mais de 15 anos e, com o passar do tempo, é nítida sua evolução. A Fenasucro amadureceu junto com seu público, que hoje está mais focado e em busca de melhores soluções"

EM ESTANDE NA FENASUCRO & AGROCANA, A DIRETORIA DO JORNALCANA RECEPCIONOU VISITANTES E EXPOSITORES

Cristiane Câmara, gerente de marketing da Zanini Renk “Tivemos a oportunidade ímpar de lançar nossa nova tecnologia e perceber que os clientes estão mais otimistas. Fechamos mais negócios e tivemos mais um ano com saldo positivo na Fenasucro & Agrocana.”

Elaine Cristina Gomes Brasca, diretora de marketing da Sergomel “Pela primeira vez promovemos um seminário no estande da empresa. Trouxemos também informação e tivemos um resultado muito positivo, participando de forma completa.”


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MERCADO

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A segurança operacional que DIVULGAÇÃO

A otimização em tempo real, com base em princípios termodinâmicos e fluidodinâmicos, é uma ferramenta poderosa de controle DOUGLAS CASTILHO MARIANI*

A operação das plantas sucroenergéticas apresentam vários riscos, uma vez que lidam com pressões e temperaturas elevadas, e vazões de grande monta. Neste cenário, a preocupação com segurança é cada vez mais importante, visando garantir a integridade do ativo, do meio ambiente e principalmente do colaborador. Em seu livro Safety and Accident Prevention in Chemical Operations, Fawcett diz que “Conhecer é fundamental para sobreviver, enquanto

ignorar fundamentos da química é caminho certo para desastres” A otimização operacional em tempo real com base em princípios termodinâmicos e fluidodinâmicos é uma ferramenta poderosa de controle operacional, e sua implementação por parte do mercado sucroenergético está na quase totalidade das vezes baseada no retorno que este investimento irá proporcionar, com o aumento da produção e/ou redução de custos. No entanto, uma ferramenta de otimização operacional como o S-PAA, que é estado da arte em otimização em tempo real para plantas de açúcar e etanol, traz para a Usina um ganho indireto bastante importante, que é a garantia da operação dentro dos fundamentos da química, e das especificações e padrão operacional dos equipamentos. Durante o processo de modelagem do S-PAA, todos os parâmetros de projeto de cada um dos equipamentos, e as restrições operacionais dos mesmos são inseridas no mode-


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vem com a otimização on-line lo matemático de cada Usina. Como nas soluções de otimização as restrições são sempre garantidas, isso faz com que todas sugestões para a operação estejam dentro de condições ótimas e seguras. Quando o S-PAA está operando em Laço Fechado o nível de segurança aumenta ainda mais, pois considera as boas práticas, tais como a implementação em rampa. Uma vez que para a implementação do Laços a quantidade de restrições é maior, e toda a manipulação de set-points passa por uma curva de integração com o sistema de controle. Para cada set-point é definido um passo máximo permitido para o set-point a cada intervalo de tempo. Um bom exemplo disso está no Laço Fechado dos Geradores e Sistema de Vapor. Para um gerador de 15 MWh por exemplo a usina pode definir que ele poderá operar dentro da faixa de 3 MWh a 12 MWh caso , por exemplo, haja alguma restrição física na máquina, como o entupimento de algum tudo do con-

densador ou alguma situação semelhante. Também pode-se definir que a variação máxima de potência será de 0,300 KWh a cada 30 segundos, evitando variações bruscas que podem afetar a integridade do turbo gerador. Além desta proteção da variável de controle, pode-se incluir restrições que venham de análises e medições, como temperatura de mancal e vibração para os geradores, temperaturas de bandejas em colunas de destilação, limites umidade de bagaço e etc... Ainda pegando o caso do turbo gerador como exemplo, temos casos em que a operação faz mudanças bruscas nos set-points, algumas vezes por engano. Outras vezes temos indicações que ficam congeladas e demoram a ser percebidas e outros tantos eventos que colocam a planta em risco. Os Laços Fechados podem operar com tempo de controle de até 10 segundos. Ou seja, de 10 em 10 segundos, temos o sistema otimi-

zando o processo e verificando se todas as restrições operacionais estão atendidas. Outro ponto importante a salientar é que um acidente operacional é normalmente o resultado de uma sucessão de eventos que não foram interrompidos ou cuja interação entre os eventos não foram avaliados adequadamente. Este é um outro ponto que o S-PAA pode ajudar, uma vez que além de um sistema de controle operacional, o S-PAA também é um simulador rigoroso e permite e execução de estudos de What-If e/ou alimentar estudos de HAZOP (Hazard and Operability Studies, ou seja, Estudo de Perigo e Operabilidade). Com base em todas estas informações ficam três grandes perguntas: - Os seus operadores checam as restrições operacionais e atuam no ajuste dos set-points a cada 10 segundos, 24 horas por dia e durante toda a sua safra? - Toda atuação de seus operado-

res respeitam uma curva de variação de modo a gerar a mínima instabilidade de processo e garantindo a integridade de todos os seus equipamentos? - Sempre estão conscientes das restrições dos equipamentos em um dado momento? Se apenas em duas questões a resposta for negativa, o seu processo corre algum risco operacional que poderia ser mitigado com um controle inteligente. Provavelmente o retorno financeiro da implementação de otimização on-line deve continuar sendo o fator preponderante para a tomada de decisão de se implantar um sistema com o S-PAA, porém como cada dia mais as questões ligadas a segurança têm crescido no setor sucroenergetico, o peso de se operar de forma mais segura e monitorada também deve ser levado em conta. *ENGENHEIRO QUÍMICO E CONSULTOR DA SOTEICA


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INDUSTRIAL

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Cursos Técnicos

Especialistas desvendam os desafios dos processos, fermentação e produção de etanol ALESSANDRO REIS, DE SERTÃOZINHO (SP)

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É ideal condicionar processo

Henrique Berbet de Amorin Neto, diretor da Fementec abriu o Curso de Processos, Fermentação e Produção de Etanol realizado em 20/09 traçando um panorama sobre a evolução da fermentação industrial no setor a partir de antigos métodos como os processos de fermentação com e sem reciclo. “Levedura sozinha não faz milagre! O ideal é condicionar o processo de fermentação a mesma levedura”, afirma o executivo.

Usina lucra R$ 800 mil com redução de perdas

A Usina Santa Terezinha – unidade Paranacity (PR) reduziu cerca de 1.15% as perdas em seu processo fermentativo gerando um lucro da ordem de R$ 800 mil na safra 2017/18. “O controle integrado de todo o processo de fermentação e destilação garantiu as melhores condições operacionais para o setor industrial da usina e resultou em redução das perdas”, explica o engenheiro químico e consultor de negócios da Soteica, Douglas Castilho.


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Cursos Técnicos

Estabilidade das espumas reduz custos

Solução biológica gera menos 20% de custos

Os males do excesso do ácido sulfúrico

Fundamentos da destilação

Economia com controle e medição

Controle de perdas industriais

A tecnologia e seus diferenciais

“Não se reduz custo a qualquer custo”

Usina lucra mais ao fazer açúcar do tipo 2

Sistema de minimização previne incêndios

O gerente da divisão de processos industriais da Alcolina, Valdecir Pinheiro, explanou no evento Procana Sinatub sobre a estabilidade das espumas, destacando a viscosidade do meio, a composição do mosto e a temperatura adequada. Sugeriu para isto o uso de dispersantes e antiespumantes, como o AD 5510 Ultra. Segundo o executivo da Alcolina, o produto químico garante menor consumo e redução de custo.

Guilherme Leira, diretor da Support Engenharia elenca três fatores fundamentais para equilibrar o processo industrial. O primeiro é conhecer o estágio de integridade do equipamento. Outro fator é conhecer, divulgar e treinar os operadores quanto aos riscos e saber como prevenilos. E em terceiro lugar, não sobrecarregar a capacidade operacional dos equipamentos. Patrocínio

O representante da Novozymes, Luciano Gabas Stuchi apresentou os resultados obtidos pelo Fermax, lançado em 2016 como a primeira solução biológica para a indústria de cana-de-açúcar. Segundo ele o produto resulta em cerca de 20% na redução de custo no controle da fermentação e até 70% de redução no uso de químicos. Atualmente 25 usinas fazem uso do produto. “Nossos produtos aumentam o rendimento", afirma Stuchi.

Guilherme Moroço, gerente comercial da Prosugar abordou questões como a necessidade de combater a infecção sem nenhum tipo de antibiótico e a forma como a tecnologia propicia a otimização do consumo de insumos empregados na fermentação. Falou sobre produtos e sistemas oferecidos pela empresa que diminuem a produção de ácidos orgânicos, disponibilizando assim mais açúcares para a produção de etanol.

O coordenador de produção da Usina Rio Pardo, de Cerqueira César (SP), Bruno Henrique Francisco, usou na safra 2016/17 e na 2017/18 um sistema que identifica alguns dos males que a dosagem excessiva de ácido sulfúrico causa na morfologia da levedura durante o seu tratamento. A redução ou eliminação do ácido sulfúrico no processo de fermentação não é uma metodologia inovadora e, sim, o resultado da “lição de casa bem-feita”.

José Ieda Neto, engenheiro químico e consultor industrial, comentou sobre as mudanças na qualidade da matériaprima que é transportada para a usina. Explicou que se os parâmetros da cana que entra na indústria forem monitorados corretamente é possível consumir a quantidade exata de insumos necessários para tratar o caldo e em consequência disto surge a economia desejada.

Harold Amorin Gonzales, gerente de projetos da Authomathika falou sobre a mistura Etanol-Água inicialmente destilada até o Azeótropo, pode agora ser completamente desidratada até valores de menos de 2000 PPM de água. Um produto com um enorme potencial e futuro no setor da energia. Para ele o TOMSA DESTIL também é pioneiro no uso e a implementação do método "PSA", assim como na destilação a vácuo e o duplo efeito.

Alberto Shintaku, engenheiro químico e pós-graduado em Gestão de Produtividade e Qualidade: "uma usina deixa de obter açúcar Tipo 2 e acaba fabricando açúcar do Tipo 4 usando a mesma quantidade de insumos. Isso revela que a diferença não está propriamente nos produtos utilizados no processo de fabricação, mas na técnica aplicada”, explicou ele, durante o curso Procana Sinatub.

Fazendo uso de uma técnica intitulada SUKKARBIO, que automatizou o processo de controle e monitoramento de fermentação etanólica de uma usina do interior paulista, a diretora técnica da ALSUKKAR, Eloisa Mocheuti Kronka, obteve redução de custo de 2,60 reais por metro cúbico de etanol. A técnica é preventiva e promete quebrar antigos paradigmas do processo de fermentação para produção de etanol em usinas de cana.

Thales Barreto, presidente da Velho Barreto e Associados Consultoria e Projetos: "o álcool é inflamável e a solução para área de destilaria se encontra no sistema que faz um reparo nos condensadores para evitar as perdas de vapor e recuperar o etanol e em outro que prevê incêndios. Este usa a premissa de eliminar um dos três elementos do triangulo do fogo, que no caso, é o calor.


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EVENTOS

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Premiação reconhece Quem é Quem no Setor Sucroenergético DIVULGAÇÃO

O Prêmio MasterCana Centro-Sul, reuniu cerca de 400 pessoas no VS Maison, em Sertãozinho (SP), na noite de ontem (22). Autoridades e personalidades do setor, como Miguel Ivan Lacerda De Oliveira, diretor do Departamento de Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia estiveram presentes. “Fiquei lisonjeado pelo prêmio e pelo convite. Esse é o prêmio mais importante do setor sucroenergético no país”, disse Oliveira, após receber a láurea. Nova bandeira Maurílio Biagi Filho, agradeceu pelo prêmio, lembrou as raízes de alguns laureados e destacou também o início e a importância do JornalCana — que completará 30 anos em 2018. Também ressaltou o trabalho feito pelo diretor do Departamento de Biocombustíveis do MME. “Me lembro do início da carreira de alguns que receberam o troféu nesta noite. Alguns que comigo fizeram acontecer

Homenagem aos presidentes do CEISE/BR: Por conta dos 25 anos da Fenasucro o atual e os anteriores presidentes da entidade foram homenageados durante o evento. São eles: Carlos Roberto Liboni, Luiz Sverzutti, Almir Lazzarini, Adézio Marques, Mario Garrefa, Paulo Galo, Antonio Toniello Filho e Aparecido Luiz

o Pro-álcool. Agora temos uma nova bandeira, que é o RenovaBio. Precisamos em unidade sustenta-la até o fim”, declarou.

Quem é Quem no Setor Como evento oficial de celebração dos 25 Anos da Fenasucro & Agrocana, o MasterCana Centro-Sul home-

nageou os ex-presidentes do Ceise/ Br, e reconhecimento de personalidades “Quem é Quem no Setor” — publicação que será lançada no primeiro semestre de 2018 e que já conta com perfis publicados na edição impressa do JornalCana. Um dos momentos emocionantes da entrega dos troféus da categoria Quem é Quem, foi ao filho do já falecido ex-superintendente da Usina São Martinho, Agenor Pavan. “Me emociono com esta merecida homenagem ao meu pai, que foi um desbravador deste setor”, disse Agenor Cunha Pavan, atual superintendente de operações do Grupo São Martinho. MasterCana Social Também foi entregue o Prêmio MasterCana Social, realizado em parceria com o Grupo de Estudos em Recursos Humanos do Setor (Gerhai). A Usina Itamarati foi principal laureada na noite, tendo levado o prêmio de Empresa do Ano em Sustentabilidade Sócio-Ambiental.


EVENTOS

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CONFIRA A SEGUIR OS LAUREADOS:

LÍDER DO ANO: MIGUEL IVAN LACERDA DE OLIVEIRA, DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE BIOCOMBUSTÍVEIS, PETRÓLEO E GÁS NATURAL DO MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA. ELEITO POR ENCAMPAR, ELABORAR E INTERMEDIAR A DISCUSSÃO DO RENOVABIO, O ECONOMISTA É A PONTE ESTRATÉGICA ENTRE O SETOR E O MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA.

EMPRESÁRIO DO ANO: OTÁVIO LAGE DE SIQUEIRA FILHO, PRESIDENTE DA JALLES MACHADO. O ADMINISTRADOR DE EMPRESAS É RESPONSÁVEL PELA AMPLIAÇÃO DO GRUPO, QUE HOJE PROCESSA 4,6 MILHÕES DE TONELADAS DE CANA. FOI RECÉM EMPOSSADO COMO PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO PRÓ-DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL DO ESTADO DE GOIÁS (ADIAL) PARA O TRIÊNIO 2017/2020.

EXECUTIVO DO ANO: PEDRO MAEDA, VICE-PRESIDENTE E COO DA BP BIOCOMBUSTÍVEIS. A COMPETÊNCIA NO TRABALHO DE MAEDA FEZ DELE O CHEFE DE OPERAÇÕES DE UM GRUPO QUE PROCESSA ATUALMENTE MAIS DE 10 MILHÕES DE TONELADAS DE CANA. NOS ÚLTIMOS TRÊS ANOS, MAIS DE R$ 2 BILHÕES FORAM INVESTIDOS EM MELHORIAS NAS USINAS PARA ELEVAR EFICIÊNCIA E PRODUTIVIDADE.

JOSÉ PESSOA DE QUEIROZ BISNETO, PRESIDENTE DO GRUPO JOSÉ PESSOA DESCENDENTE DE UMA TRADICIONAL FAMÍLIA DO RAMO CANAVIEIRO, PESSOA ATUALMENTE MIGROU A CHAVE DO GRUPO DE PRODUTOR DE PRODUTOS PARA FORNECEDOR DE MATÉRIA-PRIMA COM UMA ÁREA DE 10 MIL HECTARES DE CANA-DE-AÇÚCAR, PARTE NA REGIÃO NORDESTE E PARTE NO CENTRO-SUL.

LUIZ CUSTÓDIO COTTA MARTINS, DIRETOR DE PRODUÇÃO E INVESTIMENTO DO INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DE MINAS GERAIS ALÉM DE DIRIGIR A USINA JATIBOCA (MG), CUSTÓDIO FOI PRESIDENTE DO SIAMIG E FUNDADOR DO FÓRUM NACIONAL SUCROENERGÉTICO. É ATÉ HOJE UMA DAS FIGURAS PUBLICAS MAIS RESPEITADAS NO SETOR.

QUEM É QUEM NO SETOR

AGENOR PAVAN, EX-SUPERINTENDENTE DA USINA SÃO MARTINHO REPRESENTADO PELO FILHO, AGENOR CUNHA PAVAN, ATUAL SUPERINTENDENTE DE OPERAÇÕES DO GRUPO SÃO MARTINHO, O ENGENHEIRO QUÍMICO, DEDICOU À USINA SÃO MARTINHO E AO SETOR, TODO SEU CONHECIMENTO TÉCNICO PARA PRODUÇÃO DE ETANOL E AÇÚCAR TORNANDO UMAS DAS MAIORES REFERÊNCIAS DA ÁREA.

PROFISSIONAL DO ANO

MAURÍLIO BIAGI FILHO, PRESIDENTE DA MAUBISA: BIAGI FILHO É UMA DAS PERSONALIDADES MAIS EMBLEMÁTICAS DO SETOR. DIRETOR DE USINAS, COMO A SANTA ELISA, DE EMPRESAS COMO A ZANINI, E PARTE DE CONSELHOS PRESIDENCIAIS.

GESTÃO AGROINDUSTRIAL — LUIZ PAULO SANT’ANNA, DIRETOR GERAL DA USINA CEVASA: SANT’ANNA RETOMOU ALTOS NÍVEIS DE PRODUTIVIDADE E EFICIÊNCIA AGROINDUSTRIAL NA UNIDADE, SÃO NECESSÁRIAS ALGUMAS AÇÕES ESTRATÉGICAS COMO A ADOÇÃO DE VARIEDADES DE CANA ADEQUADAS A CADA AMBIENTE DE PRODUÇÃO, MELHORAR A COLHEITABILIDADE E O TREINAMENTO DAS PESSOAS DA BASE OPERACIONAL.

GESTÃO DE BIOENERGIA — ARTUR DE ABREU E LIMA MELO, DIRETOR DA COFCO INTERNACIONAL: NO SEGMENTO SUCROENERGÉTICO, A COFCO AGRI POSSUI QUATRO USINAS NO ESTADO DE SÃO PAULO COM CAPACIDADE PARA MOER 15 MILHÕES DE TONELADAS DE CANA-DE-AÇÚCAR, OPERANDO TRADICIONALMENTE NA PRODUÇÃO DE AÇÚCAR, ETANOL E GERAÇÃO DE ENERGIA ATRAVÉS DA UTILIZAÇÃO DO BAGAÇO DA CANA.

GESTÃO INDUSTRIAL — LUIZ VIEIRA, GERENTE INDUSTRIAL DA BALDIN BIOENERGIA: O TRABALHO DO GESTOR NA USINA FEZ COM QUE NOS PRIMEIROS MESES DESTA SAFRA, A USINA COMEMORA REDUÇÃO EXPRESSIVA NO CONSUMO DE VAPOR DE 30KGV/TC. ALÉM DISSO, À USINA MELHOROU OS NÍVEIS DE EFICIÊNCIA MESMO COM A REDUÇÃO NA MOAGEM DE 350 TC/H PARA 315 TC/H.

GESTÃO AGRÍCOLA — GUSTAVO VILLA GOMES, DIRETOR AGRÍCOLA DA USINA GUAÍRA: PELO TRABALHO DE GOMES A USINA DEVERÁ MOER NA ATUAL SAFRA 3,050 MILHÕES DE TONELADAS DE CANA COM PRODUTIVIDADE DE 102 TCH SENDO A MAIOR SAFRA DA UNIDADE, SUPERANDO OS 2,956 MILHÕES DE TONELADAS PROCESSADAS NA SAFRA 15/16.

GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS — CARLOS LESTON, DIRETOR DE RECURSOS HUMANOS DA TEREOS: CAPITANEANDO A ÁREA DE RECURSOS HUMANOS DO GRUPO, LESTON É RESPONSÁVEL PELO ALINHAMENTO DAS DECISÕES DA ÁREA DE RH ÀS METAS E ESTRATÉGIAS DA EMPRESA TEM SIDO FUNDAMENTAL PARA OS BONS RESULTADOS DA COMPANHIA.


20 EVENTOS

Outubro 2017

PROFISSIONAL DO ANO

MASTERCANA DESEMPENHO

DESTAQUE INSTITUCIONAL — ASSOBARI – ASSOCIAÇÃO DOS FORNECEDORES DE CANA DA REGIÃO DE BARIRI – REPRESENTADA POR ACÁCIO MASSON FILHO, DIRETOR DE SUSTENTABILIDADE: A ASSOCIAÇÃO É UMA DAS PIONEIRAS EM ENQUADRAR VÁRIOS PRODUTORES DE CANA-DE-AÇÚCAR DA REGIÃO DE BARIRI (SP) NA CERTIFICAÇÃO BONSUCRO.

ESTRATÉGIA & GESTÃO — GRUPO LINCONL JUNQUEIRA, USINA ALTA MOGIANA, REPRESENTADO POR RODRIGO TEIXEIRA BOMBIG, GERENTE DE DEPARTAMENTO COMERCIAL: BOMBIG É UM DOS RESPONSÁVEIS POR FAZER COM QUE A COMPANHIA APURE LUCRO LÍQUIDO DE R$ 249,301 MILHÕES NO EXERCÍCIO ENCERRADO EM 30/4/2017. NO EXERCÍCIO ANTERIOR, O LUCRO LÍQUIDO FICOU EM R$ 15,890 MILHÕES.

GESTÃO AGROINDUSTRIAL — USINA SÃO JOSÉ DA ESTIVA, REPRESENTADA POR ROBERTO HOLLAND FILHO, SUPERINTENDENTE GERAL: A COMPANHIA APUROU RESULTADO DE R$ 1,284 MILHÃO NO EXERCÍCIO ENCERRADO EM 31/3/2017. A PERSPECTIVA É QUE USINA SEMELHANTEMENTE A SAFRA PASSADA PROCESSE 3,3 MILHÕES DE TONELADAS DE CANA-DE-AÇÚCAR. DESTE MONTANTE ESPERA PRODUZIR 5 MILHÕES DE SACAS (50KG) DE AÇÚCAR E 110 MILHÕES DE LITROS DE ETANOL.

GESTÃO FINANCEIRA — DIANA BIOENERGIA, REPRESENTADA POR GERSON FERREIRA, DIRETOR FINANCEIRO: A EMPRESA SUCROENERGÉTICA DIANA BIOENERGIA APUROU LUCRO LÍQUIDO DE R$ 5.021 MILHÕES NA SAFRA DE CANA-DE-AÇÚCAR 2016/17, DEPOIS DE REGISTRAR NEGATIVOS R$ 13.228 MILHÕES NA TEMPORADA 15/16.

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÕES — USINA BEVAP, REPRESENTADA POR FÁBIO RAMOS, GERENTE DE TI; FRANKLIN ASANZA, GERENTE DE CONTROLE DE GESTÃO E AUDITORIA: O USO DE TECNOLOGIAS APLICADAS A GESTÃO E AOS PROCESSOS LEVOU A UNIDADE ELEVAR SUA PRODUTIVIDADE E ALCANÇAR RECORDES NA PRODUÇÃO DE AÇÚCAR E VHP.

AUTOMAÇÃO E CONTROLE DE PROCESSOS INDUSTRIAIS — USINA BEVAP, REPRESENTADA POR FÁBIO RAMOS, GILMAR GALON, GERENTE DE DIVISÃO INDUSTRIAL E MARCOS TADEU: COM MONITORAMENTO PRECISO DE SEUS PROCESSOS INDUSTRIAIS A UNIDADE PRODUTORA, MAIS UMA VEZ OBTEVE OS MELHORES ÍNDICES DE PRODUÇÃO INDUSTRIAL DE SUA HISTÓRIA.

TECNOLOGIA NA PRODUÇÃO DE ETANOL — BP BIOCOMBUSTÍVEIS, REPRESENTADA POR DANIEL ISHI, GERENTE INDUSTRIAL: AS DUAS USINAS DO GRUPO, LOCALIZADAS EM ITUIUTABA E ITUMBIARA (MG), CONSEGUIRAM CONTROLAR SEUS PROCESSOS DE PERDAS E AUMENTAR A EFICIÊNCIA INDUSTRIAL DE MANEIRA QUE AS UNIDADES OBTIVERAM 91% DE ART RECUPERADO.

GESTÃO INDUSTRIAL — COFCO INTERNACIONAL, REPRESENTADA POR FÁBIO PELEGRINI E EQUIPE: O PROJETO DA COFCO AGRI BUSCA CRIAR UM NOVO MODELO PARA O SETOR SUCROALCOOLEIRO, DESDE O PLANTIO DA CANA, COM A UTILIZAÇÃO DE ALTA TECNOLOGIA, ATÉ O CORTE MECANIZADO, MINIMIZANDO OS CUSTOS LOGÍSTICOS E MAXIMIZANDO A RENTABILIDADE DO PROJETO.

TECNOLOGIA AGRÍCOLA — USINA GUAIRA, REPRESENTADA POR ANDERSON MALERBA, ENGENHEIRO AMBIENTAL: ESTA É A SEXTA SAFRA DA USINA COM 100% DE PLANTIO MECANIZADO. NA SAFRA PASSADA HOUVE FALHA EM 13% NO PLANTIO E NA ATUAL ESTÁ EM CERCA DE 9% – O OBJETIVO É CHEGAR ENTRE 7% E 8%.

MANUTENÇÃO AUTOMOTIVA — USINA CEVASA, REPRESENTADA POR JÚLIO ARAÚJO, GERENTE DA DIVISÃO AGRÍCOLA E EVERTON TOSTES, GERENTE DE MANUTENÇÃO AUTOMOTIVA: O TRABALHO DOS ENGENHEIROS OBTEVE REDUÇÃO SIGNIFICATIVA DO CUSTO DE CUSTO REPARO E MANUTENÇÃO (CRM) POR TONELADA DE CANA SEM CAPEX.

CCT E MECANIZAÇÃO AGRÍCOLA — USINA BEVAP, REPRESENTADA POR GABRIEL SUSTAITA, DIRETOR PRESIDENTE E HERMES ARANTES, GERENTE AGRÍCOLA: A USINA TAMBÉM ALCANÇOU RESULTADOS RECORDES NA PRODUTIVIDADE DA ÁREA AGRÍCOLA GRAÇAS AO PROJETO DE MUDAS PRÉ-BROTADAS — COM USO DE 350 MIL MUDAS. VAMOS OPERAR COM TRATORES E COLHEDORAS NOVAS.

FORNECEDOR DE CANA DO ANO — GRUPO IRMÃOS VELOSO, REPRESENTADO PELA EQUIPE DOS IRMÃOS VELOSO E CURY: O GRUPO FORNECEDOR É RESPONSÁVEL POR ENTREGAR CANA-DE-AÇÚCAR COM ALTA DE QUALIDADE PARA OS PRODUTORES, COM ATR MÉDIO DE 122 TC/H.


EVENTOS

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AGRICOLA/CCT- PRODUTOS E INSUMOS — MARKANTI, REPRESENTADA POR CELESTINO E ADRIANO CANTADEIRO, DIRETORES: EMPRESA É LÍDER NA DISTRIBUIÇÃO DE EQUIPAMENTOS PARA COLETA DE DADOS NO SETOR SUCROALCOOLEIRO. NOSSOS PRODUTOS E SERVIÇOS ATINGEM VÁRIOS SEGMENTOS DO MERCADO COMO APONTAMENTO AGRÍCOLA, SUPERMERCADOS, LOJAS, FROTAS DE VEÍCULOS, GALPÕES DE FÁBRICA E MUITOS OUTROS.

ADMINISTRATIVA/SERVIÇOS — SÃO FRANCISCO GRÁFICA E EDITORA, REPRESENTADA POR VALDENIZE CARDOSO, DIRETORA DE ADMINISTRAÇÃO E VENDAS: EXCELÊNCIA GRÁFICA E COMPROMETIMENTO COM O MERCADO, SÃO OS DIFERENCIAIS DA SÃO FRANCISCO.

AGRÍCOLA/CCT- PRODUTOS E INSUMOS — UBYFOL, REPRESENTADA POR CRISTIANE ABREU, GERENTE DE QUALIDADE: A EMPRESA É REFERÊNCIA EM NUTRIÇÃO COMPLEMENTAR PARA CANA-DE-AÇÚCAR. OFERECE PRODUTOS DE ALTA PERFORMANCE COM TECNOLOGIA EXCLUSIVA GARANTINDO MÁXIMA PRODUTIVIDADE.

INDUSTRIAL/PRODUTOS E INSUMOS — SOLENIS DO BRASIL, REPRESENTADA POR MAGNO MELIAUSKAS, DIRETOR COMERCIAL: A EMPRESA POSSUI SOLUÇÕES COMPLETAS EM ESPECIALIDADES QUÍMICAS FUNCIONAIS E TECNOLOGIAS PARA TRATAMENTO DE ÁGUAS PARA A INDÚSTRIA DE AÇÚCAR E ÁLCOOL.

AGRÍCOLA/CCT- PRODUTOS E INSUMOS — KOPPERT DO BRASIL, REPRESENTADA POR CAÊ RAMOS, COORDENADOR COMERCIAL: A KOPPERT CONTRIBUI COM A SAÚDE DAS PESSOAS E DO PLANETA EM PARCERIA COM A NATUREZA. JUNTO AOS NOSSOS CLIENTES, TORNAMOS A AGRICULTURA MAIS SAUDÁVEL, SEGURA E PRODUTIVA.

COMERCIALIZAÇÃO E FINANÇAS — CPFL BRASIL, REPRESENTADA POR LUÍS RICARDO VARGAS, GESTOR DE ENERGIA: A CPFL BRASIL POTENCIALIZAR OS RESULTADOS DAS USINAS QUE COGERAM ENERGIA ELÉTRICA.

INDUSTRIAL/MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS — JW EQUIPAMENTOS, REPRESENTADA POR JOSÉ LUIZ MARIA, DIRETOR DE OPERAÇÕES: A EMPRESA TRAZ CONSTANTE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA PARA OS EQUIPAMENTOS QUE COMPÕEM A ÁREA INDUSTRIAL DAS USINAS.

ADMINISTRATIVA/SERVIÇOS — LEMA EMPRESARIAL, REPRESENTADA POR MANOEL GOMES DA SILVA, DIRETOR TÉCNICO: COM SEDE EM ARAÇATUBA (SP), A LEMA EMPRESARIAL REDUZ O CUSTO DE MANUTENÇÃO AUTOMOTIVA, AUMENTANDO A CONFIABILIDADE DOS ATIVOS.

INDUSTRIAL/PRODUTOS E INSUMOS — PROSUGAR, REPRESENTADA POR ROBERTO MAIA, DIRETOR: O OBJETIVO DA EMPRESA É TRAZER CONSTANTE INOVAÇÕES EM SUCROENERGIA.

ADMINISTRATIVA/SERVIÇOS — AGRHO, REPRESENTADA POR RENATO FAZZOLARI, DIRETOR: A AGRHO RECEBEU PELA SÉTIMA VEZ CONSECUTIVA O PRÊMIO MASTERCANA, COMO A MELHOR CONSULTORIA DE RECRUTAMENTO E SELEÇÃO DO SEGMENTO SUCROENERGÉTICO; COMPARTILHAMOS O SUCESSO E AGRADECEMOS A TODOS DA FAMÍLIA SUCROENERGÉTICA, QUE POSSIBILITARAM MAIS ESTA CONQUISTA.

AGRICOLA/CCT- MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS — SERGOMEL, REPRESENTADA POR OSWALDO ILCEU GOMES, DIRETOR PRESIDENTE: A SERGOMEL É REFERÊNCIA EM TRANSPORTE E EQUIPAMENTOS PARA O SEGMENTO.

AGRÍCOLA/CCT - PRODUTOS E INSUMOS — TERRENA AGRONEGÓCIOS, REPRESENTADA POR ALBERTO PINHEIRO MARRA, DIRETOR DE FERTILIZANTES, E SÓCIO PROPRIETÁRIO DA TERRENA: A TERRENA AGRONEGÓCIOS, É UMA EMPRESA PRESENTE NO MERCADO HÁ 46 ANOS, RECENTEMENTE EXPANDIU SUA INDÚSTRIA PARA SERTÃOZINHO TRAZENDO INOVAÇÕES EM FERTILIZANTES FLUIDOS E SERVIÇOS PARA CULTURA DA CANA.


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EVENTOS

Outubro 2017

MASTERCANA SOCIAL

AGRÍCOLA/CCT- TORRES — ALFA TEK, REPRESENTADA POR CHRISTIANO DE OLIVEIRA MASSONI, DIRETOR COMERCIAL: INOVAÇÃO, SUSTENTABILIDADE, ECONOMIA, SOLUÇÃO NA PRESERVAÇÃO DE VIDAS, A EMPRESA ALFATEK SE DESTACA NO SETOR VIABILIZANDO A COLHEITA NOTURNA COM EXCELÊNCIA E QUALIDADE.

EDUCAÇÃO E CULTURA - BEVAP - BIOENERGIA VALE DO PARACATU S/A QUE RECEBE O TROFÉU COMO PROJETO MENOR APRENDIZ - INCLUSÃO SOCIAL E OLHOS PARA O FUTURO, REPRESENTADA POR JOSÉ CARLOS DE LIMA, GERENTE DA DIVISÃO ADMINISTRATIVA: A BIOENERGÉTICA VALE DO PARACATU S/A INICIOU EM MAIO DE 2014 UM PROGRAMA VOLTADO PARA INCLUSÃO SOCIAL DE JOVENS APRENDIZES.

MEIO AMBIENTE - DIANA BIOENERGIA S/A, REPRESENTADA POR MARCIO NONO, DIRETOR AGRÍCOLA: A DIANA BIOENERGIA INSPIRADA NOS CONCEITOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL E NOS SEUS COMPROMISSOS DE MISSÃO, VISÃO E VALORES, FUNDOU EM 2012 O PROJETO SEMEAR, PROPORCIONANDO AOS FILHOS DOS COLABORADORES UMA VIVÊNCIA PRÁTICA DOS CONCEITOS DE SUSTENTABILIDADE TAIS COMO RECICLAGEM.

VALORIZAÇÃO DA DIVERSIDADE — GRUPO SÃO MARTINHO S/A, REPRESENTADA POR IVE ZONFRILE, ANALISTA DE RESPONSABILIDADE SOCIAL – ÁREA DE GESTÃO DE PESSOAS: A INICIATIVA TEM COMO OBJETIVO PROMOVER A CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA VISANDO PREPARÁ-LAS PARA O MERCADO DE TRABALHO. O PROJETO É DESENVOLVIDO EM PARCERIA COM O MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO, SENAI E PREFEITURAS.

SAÚDE OCUPACIONAL — USINAS ITAMARATI S/A, REPRESENTADA POR CINTHIA XAVIER MARTINS DE LIMA, GERENTE DE RECURSOS HUMANOS: O OBJETIVO DO PROJETO É GARANTIR UM AMBIENTE SAUDÁVEL IMPLEMENTANDO PROGRAMAS DE SAÚDE QUE ASSEGUREM MAIOR SATISFAÇÃO POR PARTE DOS FUNCIONÁRIOS E MAIOR PRODUTIVIDADE, ALÉM DE AJUDAR A DIMINUIR, CONSIDERAVELMENTE, O RISCO DE DOENÇAS E ACIDENTES DE TRABALHO.

DESENVOLVIMENTO HUMANO - COFCO BRASIL S/A, REPRESENTADA POR JOÃO AUGUSTO DE SOUZA CASTRO, DIRETOR DE RH BRASIL & COLÔMBIA: ESTE PROGRAMA TEM UM PILAR QUE VISA REFORÇAR: A CULTURA DA EMPRESA, BUSCAR O ENGAJAMENTO DOS COLABORADORES E DESPERTAR O SENTIMENTO DE DONO. A ABORDAGEM DO PROGRAMA POSSUI FOCO NO DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES E COMPETÊNCIAS VOLTADAS PARA O NEGÓCIO.

QUALIDADE DE VIDA — AÇUCAREIRA VIRGOLINO DE OLIVEIRA S/A, REPRESENTADA POR JOAMIR ALVES, DIRETOR PRESIDENTE: O CAMPEONATO DO “BEM” FOI DESENVOLVIDO COM O INTUITO DE INTERAGIR OS COLABORADORES DE DIVERSOS SETORES E DAS UNIDADES, ALÉM DE MELHORAR A COMUNICAÇÃO E O RELACIONAMENTO COM SEUS COLABORADORES.

COMUNIDADE — NARDINI AGROINDUSTRIAL, REPRESENTADA PELO DIRETOR NATALIN ANTONIO NATALÍCIO: O PRÊMIO AURÉLIO NARDINI FOI CRIADO PARA INCENTIVAR OS ESTUDANTES DA REDE PÚBLICA DE ENSINO DE VISTA ALEGRE DO ALTO –CIDADE ONDE ESTÁ LOCALIZADA A USINA -AOS ESTUDOS E, AO MESMO TEMPO, HOMENAGEAR AURÉLIO NARDINI, FUNDADOR DO GRUPO AURÉLIO NARDINI, FALECIDO EM 2003.

COMUNICAÇÃO E RELACIONAMENTO - VIRALCOOL - AÇÚCAR E ÁLCOOL S/A, REPRESENTADA POR RENATA TONIELLO, DIRETORA ADMINISTRATIVA: O EVENTO TROFÉU EMPRESA FOI CRIADO COMO FORMA DE HOMENAGEAR OS COLABORADORES QUE COMPLETARAM 10, 15, 20, 25 E 30 ANOS DE TALENTO E DEDICAÇÃO. PARA A VIRALCOOL, QUE ESTÁ HÁ MAIS DE 30 ANOS NO MERCADO, É IMPORTANTE RECONHECER OS ANOS DE TRABALHO E COMPETÊNCIA DE SEUS COLABORADORES.

DESTAQUE EMPRESA FORNECEDORA — GRUPO SÃO FRANCISCO SAÚDE, CARLOS GUSTAVO BRAGA – GERENTE MÉDICO DO NÚCLEO DE PROMOÇÃO E GESTÃO EM SAÚDE: O PROGRAMA QUALIDADE DE VIDA FOI CRIADO PARA DESENVOLVER AÇÕES QUE BENEFICIEM A SAÚDE DE TODOS OS COLABORADORES DO GRUPO SÃO FRANCISCO. POR MEIO DO PROGRAMA, PALESTRAS DE ORIENTAÇÃO E APOIO SÃO DESENVOLVIDAS COM O OBJETIVO DE LEVAR INFORMAÇÃO E SAÚDE.

DESTAQUE ENTIDADE - COPLACANA – COOPERATIVA DE FORNECEDORES DE CANA DE PIRACICABA, JORGE AUGUSTO CALILE: O PROJETO CPS – COMPROMISSO PRÓ-SUSTENTABILIDADE, TEM COMO PROPOSTA DE TRABALHO A COMPREENSÃO E O ENTENDIMENTO QUANTO A IMPORTÂNCIA DA PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE E DA DIVERSIDADE NO CULTIVO DE DIFERENTES PLANTAS.

EMPRESA DO ANO EM RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL — USINAS ITAMARATI S/A, REPRESENTADA POR CINTHIA XAVIER MARTINS DE LIMA, GERENTE DE RECURSOS HUMANOS

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AGRÍCOLA 23

Outubro 2017

Usinas de Alta Performance FOTOS DIVULGAÇÃO

Josias Messias, presidente da ProCana Sinatub: “O Fórum Usinas de Alta Performance Agrícola veio para ficar”

Como ampliar a produtividade agrícola Conheça estratégias apresentadas por gestores da Guaíra, Jalles Machado, Ipiranga, Agrovale e CerradinhoBio no Fórum Usinas de Alta Performance, da ProCana Sinatub BRÁS HENRIQUE, DE RIBEIRÃO PRETO (SP)

Aumentar a produtividade agrícola é regra nas empresas sucroenergéticas. Mas como adotar estratégias em ambientes canavieiros restritivos ou enfrentar as pragas, a estiagem, as chuvas e demais incidências climáticas? Como melhorar a gestão de colheitabilidade, que inclui corte, carregamento e transbordo, ou o plantio mecanizado, que ainda desafia o setor? E os ganhos de TCH por irrigação, como mantê-los e até amplia-los com menos custos? Gestores agrícolas de cinco companhias sucroenergéticas detalharam parte de suas experiências e estratégicas para ampliar a produtividade durante o Fórum Usinas de Alta Performance Agrícola. Realizado pela ProCana Sinatub em 23/08, no Centro de Eventos Zanini, em Sertãozinho (SP), o evento foi realizado

“NOSSO OBJETIVO É AUMENTAR A PRODUTIVIDADE E O AÇÚCAR POR HECTARE, CONSEQUENTEMENTE REDUZINDO CUSTOS, MAS ISSO SÓ CONSEGUIREMOS INVESTINDO EM TECNOLOGIA” JOEL SOARES, DIRETOR DE OPERAÇÕES DA JALLES MACHADO

em simultâneo à grade de eventos da Fenasucro & Agrocana 2017. Disputado, o encontro superou as expectativas dos expositores ligados diretamente à usinas e dos executi-

vos da Ubyfol e da Lema Empresarial, fornecedores do setor que também fizeram palestras, assim como Marcos Landell, pesquisador científico do Programa Cana IAC.

“O Fórum Usinas de Alta Performance veio para ficar”, afirma Josias Messias, presidente da ProCana Sinatub, que avalia uma data para a segunda edição.


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AGRÍCOLA

Outubro 2017

FOTOS DIVULGAÇÃO

Usinas de Alta Performance

Joel Soares, diretor de Operações da Jalles Machado: “Quem paga a conta é o campo, que representa 70% do nosso negócio”

Francisco Celestino, superintendente agrícola da Agrovale: “tecnologia e melhoria da condição de produtividade são importantes para sobreviver nesse mercado”

Fernando Tersi, diretor de Operações Agroindustriais da CerradinhoBio: “investindo em capacitação dos profissionais, todos vemos a empresa como um projeto de vida”

Gustavo Villa Gomes, diretor agrícola da Usina Guaíra: “reduzir custo para nós é ter produtividade, seguindo as recomendações agronômicas”

META DA JALLES MACHADO: 12 TCH NO PLANTIO DE CANA

AGROVALE FOCA EM GOTEJAMENTO SUBTERRÂNEO

CERRADINHOBIO BUSCA 6ª SAFRA ACIMA DE 100 TCH

USINA GUAÍRA ESTÁ PERTO DE SEU RECORDE DE PRODUTIVIDADE

Em Goianésia, norte de Goiás, a Jalles Machado tem plantio e colheita de cana 100% mecanizados. A companhia busca a alta produtividade no ambiente restritivo da região para diminuir a quantidade de mudas de cana plantada por hectare: hoje são 14 tch. Meta: meta para chegar a 12 tch nas duas próximas safras. “Estamos fazendo ajustes nas máquinas para isso e já saímos de 22 tch para 14 tch. É possível chegar a 12 tch, mas não é fácil, pois o ajuste fino é mais complicado”, afirma Joel Soares, diretor de Operações da companhia. O ambiente de Goianésia exige investimento a cada safra, especialmente em irrigação. O déficit hídrico é de cerca de 600 mm/ano. Na atual safra (17/18), a empresa investiu em gotejamento subterrâneo em 400 ha. Segundo Soares, não se planeja reduzir custo sem investimento em tecnologia, mas que a médio prazo a empresa pretende atingir produtividade acima de 100 tch. A previsão de moagem na atual safra é de 4,5 milhões de t nas duas unidades da Jalles, recuperando a queda de produtividade. Na safra 14/15, a companhia apurou 93 tch médios e a expectativa é terminar a safra atual em 85 ou 86 tch. Nos últimos cinco anos, a empresa investiu em irrigação em cerca de 2,5 mil ha/ano e a meta é continuar isso nos próximos três anos: para 2018 já estão projetados mais 2 mil ha.

Os desafios no sertão baiano, devido à seca, são imensos. Em Juazeiro, a cultura de cana-de-açúcar só é possível com a irrigação e é essa experiência que então superintendente agrícola da Agrovale, Francisco Celestino, apresentou na Fenasucro, especialmente o gotejamento subterrâneo, que trouxe alta produtividade e melhoria de rentabilidade, com estratégias para estabilizar médias de 150 tch. A Agrovale tem 17,3 mil ha de cana plantada, colhendo em cerca de 16 mil ha. Na safra vigente deve colher 1,7 milhão de t e a meta é fechar com média de 107 tch. “Nessa região as precipitações variam de 160 a 500 mm/ ano, no máximo, e o Nordeste sofre com a seca de mais de cinco anos”, destacou Celestino. A empresa aplica quatro métodos de irrigação. Nos últimos seis anos o investimento tem sido priorizado em gotejamento subterrâneo, com bons resultados. “É mais eficiente, eficaz, produtivo, econômico e mais rentável”, afirma Celestino. A empresa injetou mais de R$ 150 milhões nos últimos anos no sistema de irrigação, além de outro tanto na área industrial. “Só reduzir custo não é uma forma direta e eficaz de conduzir o negócio, mas melhorar a rentabilidade, com tecnologia e melhoria da condição de produtividade”, comenta o executivo.

Fernando Tersi, diretor de Operações Agroindustriais da CerradinhoBio, comenta a performance da empresa, que teve produtividade acima de 100 tch nas últimas cinco safras. Para obter esse sucesso sustentado, explica, são fundamentais o planejamento e comprometimento das equipes, além do investimento em capacitação profissional. A empresa de Chapadão do Céu (GO) está na oitava safra e teve produção de 5,1 milhões de t/cana na safra passada, projetando 5,4 milhões de t para a atual, em área própria de 35 mil ha e mais em 10 mil ha de fornecedores. A unidade é exclusiva na produção de etanol (a meta é produzir 450 milhões de litros) e na comercialização de energia. O tch deverá fechar em 102, com meta de chegar a 106 ou 107 em 2018, e depois voltar aos 108 já atingidos no passado. A empresa trabalha forte para melhor a produtividade, em mão de obra e equipamentos, principalmente das colhedoras, desde o preparo de solo, com 100% de plantio mecanizado. A redução de custo ocorre através de projetos estruturados, nas áreas agrícola, industrial e de manutenção (processa cana em 11 meses por ano): os reparos duram 30 a 40 dias, entre dezembro e janeiro, investindo em equipamentos reservas.

O diretor agrícola da Usina Guaíra, Gustavo Villa Gomes, demonstrou as estratégias adotadas pela empresa, com sede em Guaíra (SP), para ter uma alta produtividade agrícola, desde o preparo de solo à entrega da cana na indústria. O resultado do empenho deverá ser a moagem de 3,050 mi de t/cana (colhidas em 30,3 mil ha), com produtividade de 102 tch. Se atingir essa meta, será a maior safra da Guaíra, superando as 2,956 mi de t processadas na última. Esta é a sexta safra (das nove da empresa) com 100% de plantio mecanizado. Na safra passada houve falhas em 13% no plantio, caindo para 9% agora: a meta é chegar a 7% ou 8%. Gomes citou ainda o custo elevado do plantio mecanizado. “Temos que lidar com essa situação, pois não temos mão de obra especializada para fazer o plantio”, explicou ele. Tratos culturais, adubação, manejo de pragas, herbicidas e maturadores também foram mencionados por ele, além da colheita, com tráfego controlado e eficiente. “Reduzir custo para nós é produtividade, além do comprometimento pessoal, que é importante”, finalizou ele.


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Outubro 2017 Setembro 2017

FOTOS DIVULGAÇÃO

Usinas de Alta Performance

Thiago Veloso, supervisor de Planejamento e Desenvolvimento Agronômico da Ipiranga Agroindustrial: ‘”tratar a cana não é custo, é investimento, tem retorno”

Marcos Landell, pesquisador científico do Programa Cana: “é preciso aumentar a produtividade agrícola com o aumento de população de colmos, com plantio ‘falha zero’”

Manoel Gomes, diretor da Lema Empresarial: “as empresas precisam trabalhar melhor os processos, capacitando-os cada vez mais, com planos de manutenção preventiva”

Israel de Andrade Lyra Neto, gerente regional da Ubyfol: “a planta mais nutrida consegue responder melhor a outros tratamentos de controle de pragas e doenças”

IPIRANGA PRIORIZA MANEJO CONTRA PRAGAS

PESQUISADOR AVISA: É PRECISO AUMENTAR O NÚMERO DE COLMOS

IDENTIFICAR PERDAS LEVA À ECONOMIA, DIZ DIRETOR DA LEMA

NUTRIÇÃO AJUDA NO TRATAMENTO DA CANA, AVALIA UBYFOL

“Tratar a cana não é custo, é investimento, tem retorno”, afirmou o supervisor de Planejamento e Desenvolvimento Agronômico da Ipiranga Agroindustrial, Thiago Veloso. Com esse pensamento, a empresa, com unidades nas cidades paulistas Descalvado, Mococa e Iacanga, não poupou gastos no manejo inteligente de pragas para obter bons resultados. Especialmente em Descalvado, que deverá moer 1,85 milhão de t em 25 mil ha (do total de 7,1 milhões de t do grupo, em 95 ha). Em 2015, houve infestação de pragas de 9,3% em Descalvado, índice reduzido para 1,9% neste ano. “Estamos buscando uma estabilidade e o investimento alto foi necessário, e vamos entrar com outras técnicas e manejo biológico para equilibrar esses gastos”, destacou Veloso. “Estamos colhendo os resultados positivos agora.” Além do combate à broca, Veloso apresentou o manejo integrado contra cigarrinha e bicudo. Drone e um software de monitoramento também foram usados. A tendência da empresa é manter o manejo e introduzir outras moléculas que chegam ao mercado.

O pesquisador científico do Programa Cana IAC (Instituto Agronômico) de Ribeirão Preto (SP), Marcos Landell, está convicto de que o empresário tem que buscar a produtividade dos três dígitos, mas não se esquecer da baixa população de colmos de cana. “No momento do plantio tem que ter sucesso, não plantar com falhas; têm variedades para isso, não é só na operação: uma variedade pode ter 0, outra ter 20% de falha”, citou Landell. Ele exemplificou que novas variedades de cana, mais produtivas, devem ser consideradas. “O melhoramento genético está andando e não se pode se apaixonar por variedade, nem os melhoristas, como eu, nem os empresários”, emendou ele, mostrando duas comparações: sete variedades antigas produzem média de 94,4 tch e oito novas produzem 109,8 tch. Landell disse que o perfil biométrico varietal deve ser perseguido por todos. “Sempre falo que deveríamos ter canaviais de 80 a 110 mil colmos por hectare, esse é um bom indicador”, explicou ele. “A baixa população de colmos compromete todas as outras operações da cana”, continuou ele.

O empresário do setor sucroenergético deve focalizar a redução de custos, com zero de Capex. É o que destacou o diretor da Lema Empresarial, Manoel Gomes. Para ele, é preciso trabalhar melhor, dentro das unidades, os processos com mantenedores, mecânicos, eletricistas, capacitandoos cada vez mais, com planos de manutenção preventiva, lubrificação, Planejamento e Controle de Manutenção (PCM) bem estabelecido, identificando as perdas, para que ocorra um controle melhor. Com a diminuição do Custo de Reparo de Manutenção (CRM), aumenta-se a confiabilidade e reduz-se o custo operacional, enfatizou ele. A empresa de consultoria faz esse levantamento e orienta o empresário, que toma a sua decisão para chegar ao resultado desejado.

A multinacional brasileira Ubyfol, com sede em Uberaba (MG), trabalha com tecnologia de nutrição complementar para estimular o crescimento da cana e que ela atinja um novo patamar de produtividade. “A planta mais nutrida responde melhor a outros tratamentos e ao controle de pragas e doenças”, destacou o gerente regional da Ubyfol, Israel de Andrade Lyra Neto. A cana tem demandado novas tecnologias e a empresa há 10 anos lançou uma ferramenta nos principais players do Brasil, tanto para TCH quanto para ATR. Os produtos (micro e macronutrientes e complexos nutricionais) são formulados de maneira balanceada para cana.

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Ações emperram o Código Florestal DIVULGAÇÃO

Lei completou cinco anos, mas ela ainda espera por aplicação efetiva por enfrentar quatro Ações Diretas de Inconstitucionalidade BRÁS HENRIQUE, DE RIBEIRÃO PRETO (SP)

A Lei 12.651, de 2012, denominada de Proteção da Vegetação Nativa, conhecida popularmente como o novo Código Florestal, completou cinco meses em maio último, mas a sua efetiva aplicação está emperrada por quatro Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs). As ADIs são movidas no Superior Tribunal Federal (STF) pela Procuradoria-Geral da República (em 2013) e pelo Ministério Público Federal. Além disso, diversos estados enfrentam outras ações judiciais, causando insegurança e preocupação nos proprietários e produtores rurais.

As discussões, durante a tramitação do projeto que virou lei, foram intensas e polêmicas. E as ações judiciais posteriores questionam vários pontos da lei e ainda não foram julgadas, deixando dúvidas se as modificações do novo texto serão (ou não) mantidas. A lei refere-se ao uso da terra e à proteção florestal, como a Área de Preservação Permanente (APP) e a Reserva Legal (RL), além de mecanismos de estímulo à regularização de passivo florestal, como o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o Programa

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de Regularização Ambiental (PRA). O CAR é um registro eletrônico de âmbito nacional, obrigatório para todos os imóveis rurais, destinado a integrar informações ambientais. Já foi prorrogado duas vezes e o novo prazo vence em dezembro de 2017. O PRA é o programa de adesão voluntária para que o interessado, após inscrição no CAR, regularize o passivo florestal de seu imóvel rural, dentro de condições e prazos pré-estabelecidos. Há estados que sequer regulamentaram seus PRAs, dificultando a regu-

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larização florestal pelos proprietários rurais. Mesmo os que regulamentaram, há ações judiciais fazendo questionamentos. Como em São Paulo, onde empresas e os produtores de cana-de-açúcar já podem optar pela adesão ao PRA, porém ele está suspenso por liminar em ADI movida pelo Ministério Público Estadual (MPE), sem prazo de julgamento. “Na ilegalidade” “As sucessivas ações colocaram os agricultores na ilegalidade, a lei retroagiu”, diz a presidente do Conselho Diretor da Associação Brasileira do Agronegócio de Ribeirão Preto (Abarg-RP), Mônica Bergamaschi, preocupada com a situação. “O agronegócio de São Paulo é muito importante, é o estado mais rico, mais industrializado, exportador, e tem mais de 20% de área preservada”, emenda ela, lembrando que dos 645 municípios paulistas, mais de 400 tem produção de cana. “Com base no que conheço, o setor sucroenergético é um dos grandes que preservam”, diz Mônika, lembrando que o setor também é alvo predileto de fiscalizações.

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Cana produtiva e saudável: como ter uma boa relação solo-planta e elevar patamares de rentabilidade Alan Borges, engenheiro agrônomo e gerente de desenvolvimento da Fertiláqua Nos canaviais brasileiros, têm se observado nos últimos anos a presença de microbiomas desequilibrados, principalmente devido à intensa mecanização, ausência de rotação de culturas, diversas aplicações de defensivos agrícolas e excesso de adubação mineral. Isso foi possível ser monitorado por meio de laboratórios de microbiologia de solo que fazem análises de atividades enzimáticas, bem como de DNA e RNA do solo, possibilitando diagnosticar a saúde do microbioma. Diante desse cenário, o produtor necessita tomar algumas medidas para tornar o solo mais fértil e equilibrado por meio de uma revitalização do solo e um manejo sustentável. Um dos aliados nesse desafio e que tem um papel fundamental para uma vida fértil do solo, são os microrganismos; eles estão presentes no solo e possuem funções fundamentais para a manutenção da fertilidade e para o crescimento de plantas saudáveis. A parte viva e mais ativa da matéria orgânica é constituída, em sua maioria, pelos microrganismos e sem eles, o solo seria uma composição de areia, silte e argila. Um único grama de solo possui mais de 10 mil espécies diferentes de microrganismos, cerca de um bilhão de bactérias, um milhão de actinomicetos e 100 mil fungos, além de quantidades significativas de protozoários e algas. Quanto mais eles existirem, mais produtivo será o solo. O conjunto de grupos de microrganismos, com seus genomas e interações em determinado ambiente é chamado de microbioma. Quando em equilíbrio, torna-se uma forte defesa contra doenças e outras fontes de estresse para as plantas, além de disponibilizar grandes quantidades de nutrientes vitais, elevando os patamares de produtividade. Por meio de pesquisa, conhecimentos da cultura e seus ambientes de produção, a Fertiláqua desenvolveu a Linha Longevus para atuar no processo de revitalização do solo de áreas de cana-de-açúcar; a linha é composta por Longevus Soca e Longevus Planta, tratando-se de produtos exclusivos, compostos por substâncias húmicas (ácidos orgânicos), aminoácidos específicos e nutrientes, que atuam diretamente na biologia do solo e na fisiologia da planta, propiciando maior atividade dos microrganismos e estímulos fisiológicos às plantas, resultando em maiores produtividades, solos equilibrados biologicamente e maior longevidade dos canaviais. Porque “Somos Solo, Somos Sementes, Somos Mais Produtividade”. (19) 2516-8700 WWW.FERTILAQUA.COM/LONGEVUS

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10% da cana-de-açucar pauli Procedimento ocorre em áreas não mecanizáveis, diz estudo do Instituto de Economia Agrícola, da Secretaria da Agricultura BRÁS HENRIQUE, DE RIBEIRÃO PRETO (SP)

Estudo do Instituto de Economia Agrícola (IEA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, com resultados de junho último, revela que, chegando ao final do Protocolo Agroambiental em dezembro próximo, 10% da área canavieira paulista segue com corte manual de cana nas áreas não mecanizáveis. O estudo também aponta que os municípios com essa característica não atingirão a meta de 100% estabelecida no Protocolo. Os dados não distinguem usinas

e fornecedores e representam o setor sucroenergético como um todo, além de não especificar se os mesmos são signatários do Protocolo Agroambiental, firmado em 2007. Levando-se em conta a Lei 11.241, de 2002, esses municípios ainda têm tempo suficiente para terminar o corte de cana manual e atingir tanto o prazo de 2021 para as áreas mecanizáveis quanto o ano de 2031 para as áreas não mecanizáveis. “Não se deve confundir a Lei 11.241 com o Protocolo Agroambiental”, alerta um dos pesquisadores do estudo, Carlos Eduardo Fredo. “Os que aderiram ao Protocolo e não o cumprirem, não receberão o certificado Etanol Verde, mas terão o prazo governamental para se adequarem”, acrescenta. Mais da metade dos municípios produtores apresentou percentual superior a 90% de cana colhida por máquinas e cerca de 100 apresentam percentual que variam de 0% a 80%, com indícios de que

têm dificuldades para mecanizarem a colheita, considerando-se a declividade do solo acima de 12% e/ ou áreas cultivadas inferiores a 150 hectares, que dificultam o trabalho das máquinas. Nas regiões que somam 50% da produção de cana-de-açúcar estadual (Barretos, Orlândia, Ribeirão Preto, Jaboticabal, São José do Rio Preto, Araraquara, Andradina, Catanduva e Presidente Prudente), os índices de redução no uso de queima oscilaram entre 84,4% em Ribeirão Preto e 99,5% em Andradina. O estudo também cita áreas especializadas em alambiques e destilarias. Em outro estudo, na safra 2007/08, o índice de mecanização era de 40,7% e o restante da área era colhida manualmente. O atual estudo segue o levantamento “Previsões e Estimativas das Safras Agrícolas do Estado de São Paulo, Ano Agrícola 2016/17, Novembro de 2016”, com o índice de mecanização atingindo 90%.


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sta segue com corte manual DIVULGAÇÃO

Região de Piracicaba tem mais dificuldade

O pesquisador Carlos Eduardo Fredo, Instituto de Economia Agrícola (IEA), cita que a região de Piracicaba e as adjacentes são as que mais apresentam dificuldades para o cumprimento dos marcos regulatórios devido à declividade das áreas cultivadas. “Outro agravante para essas regiões é o tamanho das áreas cultivadas, geralmente de fornecedores, inferiores a 150 hectares, o que dificulta o processo de mecanização da colheita”, diz Fredo. O índice de mecanização de Piracicaba é 82,2%, com 174,8 hectares de área de corte e 1.810 cortadores de cana. O pesquisador destaca que o estudo aborda o problema da mecanização e os seus efeitos sobre emprego de uma forma geral, mas não focou quantitativamente sobre o destino dos trabalhadores, se eles ficam no próprio setor ou se partem para outras atividades econômicas, ou mesmo os seus estados de origem. “O aproveitamento dessa mão-de-obra deveria ter sido estudada ao longo de todo o processo a partir dos marcos regulatórios, pois são trabalhadores que passaram a vida com esta função e agora veem-se obrigados a aprender um novo trabalho, o que para boa parte deles será muito difícil.” Produtores de cana Os autores do estudo também chamam a atenção para os produtores com áreas não mecanizáveis e com dificuldades para cumprir os marcos regulatórios, como buscar outras formas de atividades econômicas agrícolas, sustentáveis agronomicamente. “A maior dificuldade que vejo é uma questão similar ao dos trabalhadores, pois os produtores de cana-de-açúcar adquiriram seu know how na gestão do seu negócio, comercialização, custo de produção, e a mudança para outra atividade agrícola necessitará de uma revisão de todos esses aspectos, incluindo o risco de entrada numa nova atividade”, diz Fredo. “Ainda não dispomos de informações sobre esse processo, se os produtores estão preparados para essas mudanças.”

FORNECEDORES E PRODUTORES SE PREPARAM PARA SEGUIR A LEI Fornecedores e produtores de cana estão se preparando para cumprir o que determina a lei e dar fim ao corte manual de cana no Estado de São Paulo. José Clóvis Casarin é fornecedor de cana há 47 anos, com produções em Piracicaba (colheita mecanizada) e em Laranjal e Tietê (colheitas com corte manual). Das cerca de 30 mil toneladas de cana previstas na atual safra (já produziu o dobro em tempos passados), diz que 80% estão em Laranjal (em 190 ha) e Tietê (75 ha), com 50% a 60% com corte manual (cerca de 40 trabalhadores). “A hora que eu quiser, mecanizo tudo”, afirma ele. “Eu me preparei, só não sei se vou sobreviver”, diz Casarin, que até faz uma previsão de sair do mercado canavieiro, pois também produz grãos (soja, sorgo, trigo) desde 1992, antevendo tempos difíceis com a cana. “Com a mecanização fica mais barato para colher, mas a produtividade cai”.


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ENTREVISTA – MARCOS CÉSAR BRUNOZZI, FORNECEDOR DA USINA CORURIPE E PRESIDENTE DA CANACAMPO TECH SHOW E DA BRUNOZZI AGROPECUÁRIA

'Alta produtividade é fundamental' ARQUIVO PESSOAL

À frente da CanaCampo, Associação que possui 56 fornecedores que cultivam 57 mil hectares de cana plantados na região de Campo Florido (MG), fornecendo cerca 4,2 milhões de toneladas de cana, Marcos. Ubyfol - Qual a sua visão sobre a importância da produtividade agrícola dentro do processo produtivo sucroenergético? Marcos Brunozzi – Alta produtividade é fundamental. Está mais do que comprovado que a falta de nutrição está relacionada a incidência de pragas e doenças no canavial. Por isso o uso dos microbiológicos são fundamentais para a sanidade da planta para garantir um bom processo produtivo da cana-de-açúcar. Quais decisões vêm sendo tomadas que refletem na manutenção das altas produtividades dos canaviais? Temos feito uma seleção de novos materiais produtivos disponíveis no mercado, além de trabalharmos bem no manejo e na correta adequação, para

Marcos César Brunozzi

podermos fazer início, meio e final de safra. Com isso exploramos muito a questão nutricional com foco direcionado em micronutrientes buscando fazer a dosimetria correta da aplicação. Outro foco importante é a questão dos biológicos, que também é fundamental. Noto que neste quesito também estamos bem atrasados. Esse é o caminho para novos patamares de produção. Dentro do pacote tecnológico

disponível para a cultura da Cana-de-açúcar, a nutrição complementar via folha configura-se como uma ferramenta de relevância? De suma relevância. Hoje é impensável trabalhar sem ela. Eu creio que os produtores de cana-de-açúcar demoraram demais para utilizar o complemento foliar. Algo que foi feito no passado e que hoje possui um poder de resposta ainda maior na cana-de-açúcar do

que nas demais culturas. Isto, porque ela possui um ciclo mais longo e está exposta a variações climáticas devido ao período de exposição maior. Não se pode mais fazer nutrição trabalhando com a mesma NPK e correção de solo só com macroelementos. Os microelementos têm importância fundamental para quem quer buscar alta produtividade e sanidade – acima de tudo. Alguma consideração, fique à vontade para discorrer. Acho importante destacar algumas empresas fornecedoras que merecem atenção no quesito nutrição, como a Ubyfol, que está bem presente no campo junto aos fornecedores trabalhando com parcelas e análises. Na nossa região valorizamos muito o trabalho feito por ela nestas últimas décadas.

DOUTORES DA CANA


GENTE

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Setor deve ser visto como uma estrutura de capital DIVULGAÇÃO

Presidente do Conselho da Unica acredita que executivos do setor não devem se prender a expectativas politicas e demais externalidades

PEDRO MIZUTANI

ALESSANDRO REIS, DE RIBEIRÃO PRETO (SP)

O currículo de Pedro Mizutani é um guia sobre como escalar profissionalmente até o topo de uma das principais corporações do Brasil e do setor: o Grupo Cosan. A subida começou meio que por acaso, logo após se formar engenheiro de produção, na capital paulista. “Meu sonho era voltar para Ribeirão Preto (SP), onde nasci e estagiar na extinta Zanini, na época referência na fabricação de equipamentos industriais. Mas não consegui a vaga. Porém, no último dia de aula da faculdade, percebi que na lousa da sala a divulgação de uma vaga na Usina Costa Pinto, em Piracicaba (SP). Me candidatei imediatamente sem saber o que me esperava. E foi assim que tudo começou”. Trinta e cinco anos depois, Mizutani afirma que foi a melhor decisão de sua vida profissional. E faz sentido. Desde que ingressou na usina piracicabana, o executivo galgou novas posições, atuando em praticamente todas as ações de crescimento e aquisição que agigantaram a Cosan, e a Raízen - braço canavieiro que possui 26 usinas, processando mais de 60 milhões de toneladas de cana - e tornou-se seu principal executivo. Só não superou o presidente da companhia, Rubens Ometto, de quem tornou-se amigo sincero, homem de confiança e materializador de sonhos, quase impossíveis, do empresário. Para Mizutani, Ometto é singular, sabe investir em momentos de crise e arriscar na hora certa. “Eu já sou o executivo, otimizo a ideia e a torno realidade”, diz. Até por isso, o administrador não se furtava em contrariá-lo, mas sabia render-se ao “feeling” do empresário. — Em 2002 ele quis adquirir duas usinas ao mesmo tempo, Da Barra e Junqueira, fui contra e disse que teríamos dificuldade para conseguir o dinheiro. Ele rebateu na hora: “O dinheiro não é seu e a decisão estratégica é minha. Consiga o dinheiro e faça!”, relembra Mizutani, com bom humor, contando que, por fim, graças aos bons preços do açúcar há época, ele conseguiu o montante e a aquisição foi bem sucedida. Com toda essa bagagem, o executivo, agora cidadão piracicabano, atualmente reparte sua experiência como presidente do Conselho da UNICA, onde tornou-se um dos mais expressivos porta-vozes do etanol como canal para que o Brasil cumpra seus compromissos definidos durante a COP 21. De seu escritório na sede da entidade, Mizutani falou ao JornalCana sobre a necessidade que o setor tem de crescer em produtividade, profissionalismo e em comunicação. JornalCana - Quais os principais desafios do setor “porteira pra dentro”? Pedro Mizutani — É a produtividade. O setor precisa melhorar a produtividade se profissionalizando mais e investindo em tecnologia. Temos que

Nome completo: Pedro Isamu Mizutani Nascimento: 1959 Natural de: Ribeirão Preto (SP)

extrair mais litros de etanol por hectare de cana, ter novas variedade e melhor manuseio. Só assim seremos competitivos em um nível onde o preço do barril de petróleo custa 50 dólares. E porteira pra fora? Fazer com que a sociedade e o governo reconheçam a externalidade positiva do etanol. O bem que ele faz para a saúde e meio ambiente e o custo que isso tem. Por que o brasileiro não abraçou a causa do etanol? Primeiro porque somos uma sociedade em desenvolvimento e falta aos produtores de etanol fazer um marketing efetivo do etanol. É fato que em tempos de crise investir em marketing é mais difícil, mas acredito é fundamental. É na crise que se deve fazer marketing do etanol. Haja vista que foi em momentos de crise que conseguimos grandes conquistas na Cosan. Em segundo lugar, porque falta ao etanol um diferencial tributário, que o deixe competitivo em relação à gasolina. A indústria automobilística terá mais disposição em desenvolver o motor elétrico ou invés do motor flex? Não no Brasil. Eu creio que em um futuro próximo cada país terá sua própria matriz energética de combustíveis. Aqui nós temos habilidade de converter etanol da cana de primeira e segunda geração, conseguimos até transformar a luz solar em etanol. Portanto, é certo que nossa matriz será a dos biocombustíveis e o motor flex deve avançar. Que lições do passado podem ser aplicadas no presente do setor para superar seus desafios? No passado recente os produtores queriam crescer embasados em promessas e expectativas políticas que não foram supridas. Os executivos precisam hoje enxergar o setor como uma estrutura de capital. Se não se pode controlar preços e outras externalidades, como é o caso dos que atuam no setor, deve-se formatar a usina como uma estrutura de capital equilibrada.

Apresentação resumida Começou como trainee na Usina Costa Pinto, em Piracicaba (SP), onde trabalhou como supervisor de planejamento, gerente financeiro, superintendente administrativo e diretor da mesma área. Em 2000 assumiu a vice-presidência do Grupo Cosan e no ano seguinte foi nomeado diretor superintendente. Em 2009 foi promovido a presidente da Cosan Açúcar e Álcool, em paralelo ao cargo de vice-presidência do Grupo. Com a formação da Raízen, companhia resultante da joint-venture entre Cosan e Shell, exerceu a vice-presidência do departamento de Etanol, Açúcar e Energia. Em novembro de 2015, deixou a posição para assumir a vice-presidência Executiva da diretoria de Relações Externas e Estratégia da Raízen. É também, o atual presidente do Conselho da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA). Principais conquistas Atual na aquisição das usinas São Francisco, do Grupo Bom Jesus, da Usina da Barra e outras unidades. Participação da formação da Cosan S/A Indústria e Comércio em 2000. Implantou o sistema de geoprocessamento via satélite no Grupo. Atuou no lançamento da Cosan Limited na Bolsa de Nova Iorque em 2007 e em 2008 da aquisição dos ativos da Exxon Mobil. Atuou na aquisição dos ativos da Usina Nova América, incluindo o açúcar “União”. Em 2011 na formação da Raízen. Como presidência do Conselho da UNICA trabalha em ações que visam unificar as demandas dos produtores e em causas que fomentam a redução de CO2 na atmosfera através do uso do etanol. Formação Formado em Engenharia de Produção, pela Escola Politécnica da USP Formado em Administração de Empresas, pela Northwestern University – Kellogg School of Managemment (EUA) Mestre em Gestão Empresarial, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) Premiação Recebeu o Prêmio MasterCana na categoria de Executivo do ano nas edições de 2006, 2008, 2009, 2011, 2014, além de estar na lista dos Mais Influentes do Setor, definidas pelo comitê julgador do MasterCana. PATROCÍNIO


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GENTE

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Publicação da ProCana Brasil apresenta Quem É Quem no Setor Conheça algumas das personalidades que estarão compiladas no “Quem É Quem no Setor”, nova publicação da ProCana Brasil que traz um registro histórico das pessoas e organizações que são e foram referenciais do setor nos últimos 30 anos JOSIAS MESSIAS | FOTOS JOSIAS MESSIAS


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Metarril

®


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Exclusão digital afeta o setor Expansão de redes de telefonia celular e da internet no campo é um desafio FABIANA MARQUES, DE RIBEIRÃO PRETO (SP)

A cadeia sucroenergética movimenta brutos US$ 100 bilhões, com um PIB de aproximadamente US$ 43 bilhões, equivalente a 2% do PIB brasileiro. São 380 unidades produtoras em atividade hoje no País, segundo a plataforma de dados Infocana. E mais de 900 mil empregos formais diretos gerados apenas pelo setor produtivo e 70 mil produtores rurais de cana-de-açúcar independentes, conforme o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Muitos desses 970 mil são profissionais que precisam utilizar o telefone celular profissionalmente para mover aplicativos, trafegar dados ou se comunicar. Se um quarto desses recursos humanos trabalhar na área rural, ou seja, 242

mil pessoas, utilizando o celular duas horas por dia no campo, irão consumir 484 mil horas diárias. Não dá para ignorar o peso do setor, certo? Mas parece que não é o que pensam as operadoras de telefonia celular e internet, já que a área agrícola do setor (e do país) está praticamente deixada de lado. A exclusão digital e suas consequências são registradas no dia a dia dos profissionais (e das empresas) que ficam no campo. E o campo, no caso do setor sucroenergético, é o ‘endereço’ da maioria das empresas. Limitador A falta de conectividade é um limitador para o uso de tecnologias mais avançadas

sem conexã


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m ão

que poderiam aumentar a produtividade e otimizar os processos produtivos na lavoura. A adoção dessas tecnologias esbarra na dificuldade de acesso à internet nas áreas rurais. Sem banda larga no campo, as tecnologias instaladas em máquinas agrícolas, por exemplo, ficam subutilizadas. Algumas práticas e soluções da Agricultura de Precisão também demandam grande volume de tráfego de dados e sem a cobertura das operadoras, o produtor e ou a usina precisa se virar por conta própria. Por conta disso, grandes companhias do setor, como a São Martinho e a Raízen, investem em soluções privadas para o problema. Por que a área agrícola é excluída? As oportunidades de negócios no atendimento ao acesso à internet e celular nas áreas rurais são tão grandes quanto o desafio tecnológico e de infraestrutura para implantá-los. O que se pode observar, na prática, é que as regiões mais populosas contam com maior investimento por parte dos provedores, por serem mercados economicamente mais atrativos e com maior possibilidade de retorno. Para mudar essa dinâmica de mercado, somente com políticas públicas. Entretanto as iniciativas do governo não têm surtido o efeito esperado. Em 2010 foi aprovado o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), cujo principal objetivo é expandir o acesso à internet banda larga no Brasil, especial-

mente em regiões mais carentes em infraestrutura e tecnologia. Mas sete anos depois o PNBL ainda não alcançou suas metas. Já a cobertura da telefonia celular no campo (via frequência 450 MHz) foi uma obrigação imposta às operadoras pela Anatel para o primeiro leilão de 4G, em 2012. Pelo edital, quem levasse o 4G carregaria também obrigações de cobertura do campo. Entretanto, cinco anos depois, elas ainda não começaram a prestar o serviço e a Anatel anunciou estar discutindo a possibilidade de cassação das licenças e realização de um novo leilão. Procurada pela reportagem do JornalCana, a operadora Claro se limitou a anunciar que que investe constantemente na qualidade da sua rede e que está investindo em cobertura e ampliando a rede 3Ge 4G na região. Já a TIM emitiu uma nota argumentando que o processo de melhoria da cobertura do sinal segue rigoroso planejamento, que contempla uma série de aspectos técnicos. “A TIM tem tido um trabalho contínuo para ampliação da melhoria da qualidade de sinal em todo o Brasil,  levando atualmente a cobertura para os todos os estados. Em virtude do leilão 4G, coube à operadora a responsabilidade de atender a área rural dos estados do PR, SC, ES e RJ conforme cronograma e regras estipuladas pela Anatel”, afirmou. As demais operadoras, Telefônica Vivo e Oi , não retornaram até o fechamento dessa matéria.


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FORNECEDORES DE CANA RELATAM AS DIFICULDADES DE UMA ROTINA SEM CONEXÃO Ficar sem sinal de celular e sem acesso à internet é um problema corriqueiro na rotina de quem trabalha no campo. Alguns criam estratégias para driblar a situação e outros simplesmente se conformam. Segundo superintendente da Socicana (Associação dos Fornecedores de Cana de Guariba), José Guilherme Nogueira, a falta de sinal é um problema maior em áreas com relevo acidentado. “Dependendo da área da plantação, não consegue falar mesmo. Alguns produtores têm até mapas para saber onde pega o celular”, contou. A fornecedora de cana Paula Bellodi Santana, que tem duas propriedades, em Pereira Barreto e Jaboticabal, enfrenta problemas de conexão em ambas. Ela conta que no passado investiu um bom dinheiro numa sistema chamado Rural Cel, sem muito sucesso. O sistema foi cancelado quando a Vivo assumiu a Telefônica e ela se viu precisando arcar com uma nova ferramenta. Só que dessa vez ela nunca usufruiu do serviço. “Paguei por dois anos e meio sem usar, porque não funcionava. Nunca funcionou com ninguém que eu conheço. Então simplesmente desisti e fui procurar uma solução por conta própria”, desabafou. Atualmente a fornecedora possui dois aparelhos de telefone um para quando está na cidade e outro para quando está nas fazendas, este último se conecta a uma antena externa, e resolve a comunicação por voz. Mas, quando se trata de internet , ela ainda não encontrou solução. “Não posso ter um escritório na minha sede, pois não há disponibilidade de conexão de banda larga. Não consigo fazer cotação de preços, enviar e-mails e mil outras coisas que agilizariam muito meu dia-a-dia”, disse. Para o fornecedor de cana da Bunge, Adolfo Ganeiro, o problema maior é a conexão por voz. Em sua propriedade não pega sinal de nenhuma operadora, o que atrapalha bastante a comunicação com os funcionários. “Se precisar falar com alguém que estiver na frente da lavoura ou da colheita, não tem jeito, tem que ir pessoalmente mesmo”, contou.

se cone


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em exão

GRANDES COMPANHIAS DO SETOR ESTÃO INVESTINDO EM REDES PRIVADAS Ao esbarrar nas dificuldades e possíveis prejuízos da carência de conectividade em algumas áreas do campo, empresas do setor começaram a investir no desenvolvimento de redes privadas de transmissão de dados para poder acompanhar e fazer uso de tecnologias de ponta. É o caso do Grupo São Martinho e Raízen, dois dos maiores grupos sucroenergéticos do país. “A conectividade continua sendo um dos principais desafios para a utilização dos recursos de Tecnologia da Informação e Comunicação no campo”, afirmou Rafael Moreno, gerente de Tecnologias de Comunicação sem Fio do CPqD. Com o objetivo de vencer esse desafio, o CPqD desenvolveu uma infraestrutura de rede móvel banda larga para uso próprio - e exclusivo - do Grupo São Martinho, que utiliza uma faixa de frequência destinada ao Serviço Limitado Privado pela Anatel. O projeto conta com o apoio do BNDES, por intermédio do PAISS Agrícola, iniciativa destinada a fomentar o desenvolvimento tecnológico e a inovação nessa área. A solução desenvolvida pelo CPqD é composta de estação radiobase e de terminais veiculares adaptados aos requisitos operacionais das usinas de cana. “Esse sistema permite a coleta de dados no campo e seu envio, em tempo real, para bancos de dados, proporcionando aumento da eficiência operacional e, consequentemente, da produtividade no campo”, explicou Moreno. A primeira estação radiobase está funcionando desde março, na usina do Grupo em Pradópolis, SP, até o final do ano haverá serão 10. 21 terminais inteligentes veiculares (TIVs) já estão operando em uma frente de colheita. Na Raízen, a solução encontrada para contornar o problema da conectividade foi a criação de um sistema híbrido que mistura rede privada de rádio, telefonia celular 3G e antenas satelitais. “ Optamos por utilizar a rede disponível aliada ao desenvolvimento de nossa própria tecnologia”, explicou Eduardo Barradas, Gerente de Projetos e Otimização Logística da Raízen


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Rota 2030 pode tornar a indústria automobilística globalmente competitiva Programa de mobilidade logística enfrenta desafios, mas favorece o Brasil com o tripe de sustentabilidade em toda a cadeia industrial ALESSANDRO REIS, DE CAMPINAS (SP)

A expectativa de uma mudança sem precedentes na indústria automotiva mundial é alimentada pela crença de que veículos controlados mecanicamente tornem-se em modelos interligados, controlados eletronicamente e, sobretudo, abastecidos por diferentes fontes de energia. Esta inevitável guinada é sem dúvida uma oportunidade para o Brasil produzir veículos mais competitivos, eficientes, sustentáveis e tecnológicos e principalmente movidos a etanol. Está a premissa que permeia a composição do Programa de mobilidade e logística, Rota 2030. “A partir da análise de como estará a indústria automotiva global e as novas tendências de mobilidade, vamos definir qual a inserção que a indústria brasileira deve buscar em 2030. E, a partir dessa visão de posicionamento, vamos traçar a rota para chegar lá. Nosso compromisso é construir uma indústria automotiva brasileira competitiva globalmente. A Rota 2030 vai abranger um período de 15 anos, com 3 ciclos de desenvolvimento”, explica o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira. O Rota 2030 compreende três ciclos de desenvolvimento da indústria automotiva no país, estabelecendo uma visão de longo prazo, com regras claras e previsíveis, para dar segurança aos investimentos e incentivar a competitividade da indústria nacional. “O objetivo é qualificar a produção nacional aos patamares globais, principalmente no que se refere à eficiência energética, aos baixos índices de emissão de gases poluentes, à segurança veicular e à tecnologia. Consequentemente, melhorando as condições para a concorrência no mercado internacional, com integração às cadeias globais de valor”, define Pereira.

Lacunas tecnológicas Para alcançar competitividade global é necessário reduzir ou eliminar as lacunas tecnológicas, além de fortalecer a cadeia produtiva com previsibilidade através de incentivos para pesquisa e desenvolvimento, engenharia e outros fatores estruturantes. É o que sugere Ricardo Abreu, diretor de tecnologia MAHLE, que compõe parte do diretório de um dos seis grupos de trabalho do programa. Atualmente os grupos de trabalho definidos estudam questões como a cadeia de autopeças – que pretende definir uma agenda de reindustrialização; pesquisa e desenvolvimento e engenharia de conectividade; eficiência energética, emissões, biocombustíveis e novas tecnologias de propulsão; segurança veicular, inspeção técnica e renovação de frota; produção em baixos volumes, produção local de sistemas automotivos e de eletrônica embarcada; estrutura de custos para integração competitiva às cadeias globais de valor. O tripé da sustentabilidade De acordo com Ricardo Abreu, o Programa Rota 2030 está alocado à um tripé composto por outros programas que somados poderão gerar um conjunto completo eficiência energética sustentável que farão com que o Brasil cumpra suas metas estabelecidas durante a COP 21, realizada em Paris, França. “O Rota 2030 depende da viabilização do Proconve e do RenovaBio. Sem eles o caminho do programa é mais complicado”, avalia Abreu, que ressalta a diferença dos demais programas globais de descarbonização em relação ao Rota 2030. “Enquanto as demais propostas, como a do carro elétrico na Europa, avaliam a emissão de CO2 percorrendo um caminho que vai do motor à roda, sugerimos a descarbonização saindo da matriz elétrica até à roda do carro”, explica Abreu. Ele lembra que enquanto a matriz energética brasileira é majoritariamente hidroelétrica - além de opções como a cogeração de energia da cana-de-açúcar, parques eólicos e outras fontes – boa parte da matriz energética europeia e de outros países é baseada no carvão, que é altamente poluente. Para se viabilizar, os projetos precisam encontrar sucesso coletivo. Enquanto o

Sustentabilidade

Eficiência Energética

Energéticos

Plano de Ação valorizando o etanol nos grandes programas do governo brasileiro

Eficiência Energética Sustentável - Metodologia poço à roda - Segurança de abastecimento Competitividade internacional

-Combustível Global - E25-E30 de alta octanagem (HOF) RON~100 - E100 com 98,4% m/m aumento da autonomia. -Indice de Carbono como alavancador de biocombustíveis

Novo Veículo Flex com penetração mundial - Veículos eficientes com etanol e gasolina hibridização 48V - Valorizar maior eficiência com etanol no Rota 2030 -Veículo Etanol p/ centros urbanos com redução de Material Particulado

Rápida e efetiva contribuição para redução dos gases de efeito estufa (GEE) - Rápida redução de GEE sem investimentos - Ponte para redução de CO2 e uttilização de eletricidade limpa - Uso de E100 nas plataformas híbridas e em tecnologias como Fuel cell

“A PARTIR DA ANÁLISE DE COMO ESTARÁ A INDÚSTRIA AUTOMOTIVA GLOBAL E AS NOVAS TENDÊNCIAS DE MOBILIDADE, VAMOS DEFINIR QUAL A INSERÇÃO QUE A INDÚSTRIA BRASILEIRA DEVE BUSCAR EM 2030. E, A PARTIR DESSA VISÃO DE POSICIONAMENTO, VAMOS TRAÇAR A ROTA PARA CHEGAR LÁ” MARCOS PEREIRA MINISTRO DA INDÚSTRIA, COMÉRCIO EXTERIOR E SERVIÇOS

objetivo do Rota 2030 é aumentar eficiência energética (tanque à roda), o Proconve prevê a competitividade, e a evolução da tecnologia nacional, além da redução das emissões de poluentes: Co, HC, Nox e PM. Para

tanto, ambos dependem da viabilização — que se espera ser aprovado por Medida Provisória — do RenovaBio, que por sua vez visa garantir a competitividade dos biocombustíveis e a sua evolução.


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Caravana

40 NEGÓCIOS & OPORTUNIDADES

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no setor sucroenergético

Após u m açúcar a implantaçã ,P o Alcoes aulo Henriq bem sucedid ue te a real da , avança com Pompeu, ge de uma fábr rente ica de produç o ind ão indu projeto de otimiz ustrial da strial. ação e m tem po

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NEGÓCIOS & OPORTUNIDADES

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A hora é agora – Entressafra Manutenção é fundamental para evitar prejuízos durante a safra DIVULGAÇÃO

Estamos chegando no período da entressafra, e o setor sucroenergético precisa pensar e programar as manutenções e reformas dos equipamentos da destilaria. Durante tempos, pensou-se que a destilaria era uma área que dispensava atenção quando se referia a sua conservação, embutido no pensamento que “o inox é resistente e dura muito”. Sabemos que o material aplicado na construção de uma destilaria é bastante resistente quanto a corrosão e que o regime de operação ao qual estes são submetidos é bem leve. Entretanto, não podemos desprezar e fazer vistas grossas quanto a integridade e segurança do processo dos equipamentos. Atualmente, muitas unidades estão atentas a manutenção e dedicam tempo em avaliar o estado de conservação de suas destilarias. Temos como base algumas normas que devem ser seguidas - NR’S, que têm como objetivo principal regularizar a documentação de cada equipamento afim de acompanhar a sua vida útil, estabelecer cri-

térios de trabalho e evitar problemas de diversas naturezas. Entre as recomendações feitas pelas NR’S, em particular a NR13, está: “o projeto mecânico do equipamento deve-se basear em um código de projeto reconhecido no mercado”. A maioria dos fabricantes adotam ASME VIII divisão I, por ser mais conhecido no mercado além de ter as informações mais disponíveis e inclusive treinamento de pessoal

para manuseá-lo. Unidades mais antigas foram construídas com base em outros critérios os quais não se adequam as novas regras. É difícil avaliarmos um equipamento antigo e adequá-los integralmente a um código de projeto. Nossa recomendação é modificar os pontos mais críticos desses equipamentos, como por exemplo reduzir o número de flanges, eliminar pontos de vazamento (muitas bocas de visitas), subs-

tituir chapas do corpo em algumas regiões que já estão fragilizadas do equipamento ou até mesmo substituir o corpo aproveitando os internos. Sabemos que essas modificações, na maioria dos casos, não são suficientes para enquadrar em um código de projeto, mas segundo especialistas em NR’S é possível atendê-las. Dentre os benefícios de ter equipamentos dentro das normas, podemos citar: eliminação de pontos de vazamento, redução de custos de manutenção futura (já que os flanges são causadores de vazamento), redução de riscos de rompimento nas regiões fragilizadas e maior segurança para os operadores. A JW fornece soluções que integram engenharia, fabricação, montagem, operação e manutenção para projetos de alta complexidade para elevar a eficiência e performance com confiabilidade. JW (16) 3513.2000 WWW.JW.IND.BR


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NEGÓCIOS & OPORTUNIDADES

Outubro 2017

Equilíbrio expande mercado com peneiras rotativas com grandes capacidades Evolução tecnológica da linha de produtos rotativos garantiu expansão geográfica da marca ARQUIVO PESSOAL

Já consolidados no mercado brasileiro e América Latina com a linha de peneiras rotativas para filtragem do caldo no processamento da cana de açúcar, a Equilíbrio acaba de dar um passo significativo ao consolidar também as peneiras especiais com grandes capacidades operacionais. O maior equipamento fabricado pela empresa já apresenta capacidade produtiva máxima de 900ton/h contra os de 450 a 600 ton/h, considerados os maiores anteriormente. O último produzido nessa categoria faz parte da linha de Peneiras Rotativas de Caldo Misto. Entregue no começo do segundo semestre de 2017 para o mercado externo, o produto tem por finalidade filtrar os resíduos sólidos/líquidos provenientes da moenda ou difusor, separando o caldo primário na fabricação do açúcar ou realizando o peneiramento secundário, na fabricação do etanol. Para Danilo Daniel Jorge, gerente

administrativo da Equilíbrio, a maior demanda por equipamentos especiais com grande capacidade operacional se deve às recentes mudanças no perfil das usinas. “A carga produtiva das plantas aumentou e com isso suas necessidades por equipamentos mais compactos, porém com maior poder operacional”, ponderou. Segundo o gerente, antes o mercado não tinha tecnologia para ofertar esse tipo de equipamento, sendo

necessário fabricar mais de uma máquina, gerando maior custo para as usinas. Atentos a esse mercado, a Equilíbrio se estruturou, promovendo avanços tecnológicos significativos em suas linhas de peneiras rotativas. Uma das melhorias, segundo Carlos Alberto Celeste Jorge, presidente da Equilíbrio, diz respeito à configuração das telas de ranhuras contínuas que integram as peneiras, que passaram por uma

atualização, permitindo um aumento significativo na eficiência da filtragem por m3, maior durabilidade e menor índice de manutenção. Um novo estudo garantiu o desenvolvimento de equipamentos mais leves e compactos, o que incidiu diretamente na redução do consumo de energia. “Os recentes investimentos nos nossos processos contribuíram também para reduzirmos o tempo de produção das peneiras em até 25%”, acrescentou. Desde 1998, a Equilíbrio atua no mercado internacional com seus produtos rotativos. Luís Mendes Júnior, diretor comercial, garante que a segurança nas informações é um dos fatores que contribuíram para a consolidação da marca e, agora, dos equipamentos especiais no mercado externo. EQUILÍBRIO 16 3946.2433 WWW.EQUILIBRIO.IND.BR

HPB avança negócios com a 25ª Fenasucro & Agrocana Clientes nacionais e internacionais conheceram soluções integradas de alto conteúdo tecnológico no estande da empresa DIVULGAÇÃO

A HPB agradece aos participantes da 25ª Fenasucro & Agrocana, os quais fizeram do evento um grande momento para reunir toda a cadeia produtiva do setor sucroenergético e avançar em seu desenvolvimento. Um agradecimento em especial aos clientes nacionais e internacionais que estiveram em nosso estande e que permitiu o avanço dos novos negócios. Em consonância com o alinhamento estratégico da Fenasucro que visa ser o espaço ideal para que as principais empresas do mercado apresentem suas novidades e soluções, a HPB mais uma vez contribuiu com a exposição de suas soluções integradas de alto conteúdo tecnológico, como por exemplo, com a capacidade de fornecimento, em um mesmo pacote, do sistema de geração de vapor e do sistema de controle de emissões particuladas via seca (precipitador eletrostático) sob uma mesma licença tecnológica – The Babcock & Wilcox Company – conferindo aos nossos clientes soluções completas

e que evitam o compartilhamento de interfaces entre o gerador de vapor e a tecnologia ambiental. Neste espaço de relacionamento e inovação, a HPB alcançou vendas substanciais, bem

como iniciou as tratativas para a finalização de outras oportunidades que deverão se concretizar nos próximos meses, evidenciando a importância de estar inserida neste evento que é refe-

rência mundial. HPB (16) 16 3513-4600 WWW.HPBENERGIA.COM.BR


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