JornalCana 287 (Dezembro/2017)

Page 1

1

Julho 2017

w w w . j o r n a l c a n a . c o m . b r Série 2

Número 287

Fazenda Boa Esperança tem as áreas de cana-de-açúcar mais produtivas do Brasil Ademir Ferreira de Mello preside a Boa Esperança, fazenda em Campo Florido (MG) que registra 15 toneladas de açúcar por hectare

ALESSANDRO REIS

Dezembro 2017


2

AGRĂ?COLA

Dezembro 2017


Dezembro 2017

AGRĂ?COLA

3


4

ÍNDICE DE ANUNCIANTES

Dezembro 2017

ÍNDICE DE ANUNCIANTES ÁREAS DE VIVÊNCIA ALFATEK (17) 3531.1075 AUTOMAÇÃO DE ABASTECIMENTO DWYLER (11) 2682.6633 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL AUTHOMATHIKA METROVAL

(16) 3513.4000 (19) 2127.9400

ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO CIVIL ENGEVAP (16) 3513.8800

32

INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO E CONTROLE METROVAL (19) 2127.9400

13

EQUIPAMENTOS E MATERIAIS ELÉTRICOS AUTHOMATHIKA (16) 3513.4000

11

MONTAGENS INDUSTRIAIS ENGEVAP (16) 3513.8800

32

FEIRAS E EVENTOS FENASUCRO (11) 3060.5000 SINATUB (16) 3512.4300

43 6

3

30

11 13

PLANTADORAS DE CANA DMB (16) 3946.1800 31

PRODUTOS INSUMOS AGRÍCOLA FERTILIZANTES WISER (19) 98133.4041 CALDEIRAS FERTILÁQUA (LONGEVUS) (19) 2516.8700 15 ENGEVAP (16) 3513.8800 32 KOPPERT DO BRASIL (15) 3471.9090 7 PRODUTOS QUÍMICOS

21

PROSUGAR (81) 3267.4760 25 CARRETAS GRÁFICA ALFATEK (17) 3531.1075 3 SÃO FRANCISCO GRÁFICA (16) 2101.4151 26 PRODUTOS SIDERÚRGICO COVALDIS (19) 3436.0012 16 CARROCERIAS E REBOQUES IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS SERGOMEL (16) 3513.2600 28 DMB (16) 3946.1800 31 REFRATÁRIOS COLETORES DE DADOS REFRATÁRIOS RIBEIRÃO PRETO (16) 3626.5540 41 MARKANTI (16) 3941.3367 4,44 CONSULTORIA/ENGENHARIA INDUSTRIAL CPFL BRASIL (19) 3795.3900 CONTROLE DE FLUIDOS METROVAL (19) 2127.9400 DEFENSIVOS AGRÍCOLAS KOPPERT DO BRASIL (15) 3471.9090

4

13

7

SOLDAS INDUSTRIAIS MAGÍSTER (16) 3513.7200

27

SOFTWARE INDUSTRIAIS S-PAA (16) 3512.4312

29

TELAS PARA FILTRAÇÃO INDUSTRIAL BIG TELAS (19) 3439.4411

19

DESTILARIA EXAL (19) 3413.3878 17

TRANSBORDOS TESTON (44) 3351.3500 2

ENERGIA ELÉTRICA - COMERCIALIZAÇÃO CPFL BRASIL (19) 3795.3900

TRATAMENTO DE AFLUENTES BIG TELAS (19) 3439.4411 19

4

Soluções integradas em energia CPFL. É mais competitividade para a sua usina crescer. Nosso compromisso é garantir mais economia, sustentabilidade, rentabilidade, segurança e previsibilidade para seus recursos energéticos. Conte ainda com uma equipe especializada em viabilizar projetos de eficiência energética e geração distribuída, e para comercializar e gerenciar seus contratos de energia no Mercado Livre. Tudo desenvolvido de maneira integrada, customizada e com a solidez de um grupo que tem mais de 30 anos de relacionamento com o setor sucroenergético. Descubra o que mais a CPFL pode fazer para otimizar o seu negócio.

w w w.cpfl.com.br/solucoesintegradas w w w.cpfl.com.br/solucoesintegradas


CARTA AO LEITOR CARTACARTA AO AO LEITOR LEITOR

Julho 2017 Julho 2017 2017 Dezembro

carta ao leitor CARTA c a r t aAOaLEITOR o leitor Josias Messias josiasmessias@procana.com.br

índice ÍNDICE índice

Josias josiasmessias@procana.com.br Josias Messias Messias - josiasmessias@procana.com.br

ACONTECE Agenda . . . . ............................................................ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66 LINHA DIRETA .................................................... 8 Agenda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 Mercado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8 a 14 MERCADO � A aposta Mercado . no . . RenovaBio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8 a 14 Os ganhos de quem investe � Entrevista com Roberto Rodrigues na estreia do Quem é Quem A aposta no RenovaBio em excelência operacional ................ 9, 10 e 11 � Por que o arrendamento de terras ficou caro do Quem é Quem Entrevista com Roberto Rodrigues na estreia � 55 usinas passam a pagar pelo uso da água no estado de SP

� Por que o arrendamento de terras ficou caro Sudão pode abrir caminho � 55 usinas passam a pagar pelo uso da água no estado de SP para o agronegócio do Brasil ................. 12 e 13 Industrial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16 a 26 � Como fazer Industrial . . a. correta . . . . .manutenção . . o. .desafio . . .de. .bombas . . . . . . . . . . . . .16 a 26 Usinas enfrentam � Secagem dealevedura pode gerar renda extra de R$ 40 milhões Como fazer correta manutenção de bombas de ajustar cadastro na ANP ........................... 14 � Cozimento contínuo ganha no setor Secagem de levedura podeespaço gerar renda extra de R$ 40 milhões � Cozimento chegarão contínuo ganhaa espaço Elétricos 6% no setor Geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ............................. . . . . . . . . . . . . . . . . 15 .30 da frota mundial em .2035 � Empresas Geral . . . . têm . . .até . .31. .de. .agosto . . . .para . . .aderir . . . ao . .Refis . . . . . . . . . . . .30 � Empresas têm até 31 de agosto para aderir ao Refis INDUSTRIAL Agrícola . . . . com . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .24 a 34 Benefícios � Endividamento Agrícola . . . . . sucateia . de . . . caldeiras . sistemas . . . . . .de. irrigação ....................... . . . . .em. .Alagoas . . . . . 18 .24ea19 34 manutenção � Previsões para sucateia a safra 17/18 no Nordeste Endividamento sistemas de irrigação em Alagoas

Software S-PAA amplia � Investimentos em herbicida crescer até 30% na 17/18 Previsões para a safra 17/18devem no Nordeste ganhos da Usina Pitangueiras ....... � Manejo integrado em controle ambiental gera Investimentos em herbicida devem crescer até..maior 30% produtividade na20, 17/1822 e 23 � Manejo integrado em controle ambiental gera maior produtividade

AGRÍCOLA Gestão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .37 Líder em � Os departamentos Gestão . . . .produtividade . . . . de . .compliance . . . . . . .avançam . . . . . nas . . .empresas . . . . . .do. setor . . . .37 canavieira revela estratégias .......... 27, 28 e 29 � Os departamentos de compliance avançam nas empresas do setor Usina do Bem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .38 Produtores � Usinas doam energia Usina do Bem .de . . .Alagoas .elétrica . . . . para . . .hospital . . . . .em . .Barretos . . . . . . . . . . . .38 retomam investimentos em cana ................. 33 � Usinas doam energia elétrica para hospital em Barretos Negócios & Oportunidades . . . . . . . . . . . . . . . .40 a 42 GENTE & Oportunidades . . . . . . . . . . . . . . . .40 a 42 Negócios lideranças são premiadas no Mastercana Brasil ................. 34, 35, 36, 37 e 38 QUEM É QUEM Entrevista com Antonio Eduardo Tonielo ....... 39 NEGÓCIOS & OPORTUNIDADES ............. 41 E 42

FUNDO DE RECEITA FIXA RECEITA “NemFUNDO ponham sua DE esperança na incertezaFIXA da riqueza,

Benchmarking

“Nem suaque esperança na incerteza da riqueza, masponham em Deus, de tudo nos provê ricamente” mas em Deus, quediz tudo nos provêcarta, ricamente” Recomendação de Paulo, apóstolo ade Timóteo, primeira capítulo 6, verso 17 “Aquele que quena permanece nele, essededeve também como Recomendação Paulo, apóstolo a Timóteo,andar na primeira assim carta, capítulo 6, verso 17 ele andou" 1ª Carta de João, capítulo 2 e verso 6.

5 55

Reduzir o uso Reduzir o uso PL do RenovaBio de de água água éé regra! regra!

é Assim umcomosopro de alívio outros importantes segmentos da indústria da transformação, o setor sucroenergético é um Assim como outros importantes segmentos da indústria da transformação, setorusinas sucroenergético é um grande consumidor de água. Esse líquido é prioritário nos processos industriaiso das e destilarias. grande dena água. líquido éasprioritário processos das Paulo usinasconsumiam e destilarias. Paraconsumidor se ter ideia, safraEsse 2010/2011 unidades nos produtoras do industriais Estado de São em O programa RenovaBio, que estabelece dade uma oferta extra de 20 bilhões de litros Para se metro ter ideia, na safra 2010/2011 as unidades produtoras do Estado de São Paulo consumiam em média 1,52 cúbico por tonelada de cana. Naquela safra, segundo a União da Indústria de Cana-depolítica de biocombustíveis, finalmente sai da de etanol, como originalmente era estimado média 1,52 metroforam cúbico por tonelada de safra, segundo apaulistas, União daque Indústria Cana-deAçúcar (Unica), colhidas 362 milhões de Naquela toneladas nos canaviais exigiram 550,2 no retórica. Lançado pelo Ministério decana. Minas e no compromisso assinado pelo degoverno Açúcar (Unica), colhidas 362 de toneladas paulistas, queCop exigiram milhões dehámetros cúbicos Energia umforam ano, emde14água. de milhões dezembro de fimnosdecanaviais 2015, em Paris, na 21. 550,2 milhões metrosque cúbicos de água. 2016, ode programa foi de audiência pú-pelas unidades Agora éprodutoras. brigar para o RenovaBio entrar Não significa todotema o volume foi consumido Há muito o setor blicas, polêmicas e de numerosas discusemunidades Uma coisa o PLo setor tornar-se lei e Nãode significa todo o para volume foi consumido pelas Há émuito empreende ações eque sistemas reduzir e tornar eficiente oprática. uso doprodutoras. líquido. sões e apresentações. outra é essa lei ser estruturada em ouma empreende sistemasdepara reduzir tornar eficiente o uso do líquido. O reusoações é umae palavra ordem nas eempresas sucroenergéticas. Com ações como o reuso, setorregulamentação evite distorções. Criado regulamentar oasnas mercado da O reuso para é uma palavra de ordem empresas Com ações comonao safra reuso,2010/2011 o setor sucroenergético paulista despencou captações desucroenergéticas. água. O consumoque médio de 1,52 A implementação do programa certamenbioquerosene de aviação, do biodiesel e do sucroenergético paulista despencou captações de água. O consumo médio de 1,52 na safra 2010/2011 caiu para 0,91 metro cúbico na safraas2016/17. etanol, o RenovaBio ganhou de pronto o te soa desafiadora, não só pelos percalços a caiu Ou paraseja, cúbico safrapaulistas 2016/17.captaram 39,7% menos água para os processos industriais. emmetro anos as usinas serem superados na esfera pública. apoio de 0,91 toda adez cadeia dona setor sucroenergéOu seja, em dez anos as usinas paulistas captaram menos água para os processos industriais.exiA queda resulta do fechamento de circuitos com reuso de água; dos oprocessos tico. Esse apoio é embasado em uma das ra- 39,7% Uma vezaprimoramento implementado, RenovaBio Ado queda resulta doque fechamento de circuitos comereuso água; aprimoramento dos processos industriais, com maior eficiência menor captação; avanço da limpeza a seco a colheita zões programa, é a deecriar metas dos girádeuma batalha a sercom vencida por toda a caindustriais, com maior eficiência e menor captação; e avanço da setor limpezasucroenergético. a seco com a colheita deia do biocombustíveis na matriz energética. mecanizada. Integram essa desafios como AAsfalta dessas metas gera incertezas no semecanizada. informações sobre uso de água e a redução na captação pelas unidadesbatalha foram apresentadas no dia o tor sucroenergético, para quem odaeetanol umanaArnaldo planejamento das unidades para obter uma Asjunho informações sobre uso de água a redução captação pelas em unidades foram apresentadas no dia 06 de pelo secretário estadual Agricultura, Jardim, evento na sede da Unica, em hora é o patinho feio, o pato que bancou o oferta extra de 20 bilhões de litros de etanol 06 de junho pelo estadual da Agricultura, Arnaldo Jardim, em evento na sede da Unica, em comemoração dossecretário dez anos do Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético. preço da gasolina, como nos últimos anos, e em pouco mais de uma década. comemoração dosintegra dez anos do Protocolo do Setorestaduais Sucroenergético. O Protocolo o Projeto Etanol Agroambiental Verde, das Secretarias da Agricultura e do Meio uma hora é a bola da vez, como ocorreu nos E como obter recursos financeiros para O Protocolo integra um o Projeto Etanol Verde, edas Secretarias estaduais da oAgricultura e do Meio Ambiente, e representa modelo de parceria diálogo desenvolvido entre setor produtivo e o Estado. últimos meses, quando o açúcar perdeu em investir na produção dessa oferta, uma vez Ambiente, e representa um modelo de parceria e diálogo desenvolvido entre o setor produtivo e o Estado.asA segunda fase diante do Protocolo entra em cena neste mês deque julho, por técnicos remuneração o biocombustível. as formatada instituições públicasdasdeduas fomento, A segunda fase do Protocolo entrapor emMedida cena neste mês desim julho, formatada por técnicos das restritivas duas Secretarias e dameses Unica. como os bancos, seguem para Após três ‘criado’ ProSecretarias e da visória quemesmo nãoUnica. saiu dedajulho, gaveta, RenovaBio a maioria empresas do bacias setor. A minoria Nesse mês entrao em vigor a cobrança pelo usodas da água em quatro ganhou por PL Pardo, do vigor deputaquepelo temuso acesso a crédito certamente não terá Nessecorpo mesmo mês meio de entra em a cobrança da água em quatro bacias hidrográficas do Estado dejulho, Sãode Paulo: Baixo-Pardo/Grande, Sapucaí-Mirim e Mogi-Guaçu. do Evandro Grussi (PV/SP), presidente da condições de produzir 20 bilhões de litros hidrográficas Estado dedesta São Paulo: Baixo-Pardo/Grande, e Mogi-Guaçu. Conformedoreportagem ediçãoPardo, do JornalCana, 55 unidadesSapucaí-Mirim sucroenergéticas captam água dessasem Frente Parlamentar Mista doedição Biodiesel na Câ- pouco maissucroenergéticas dedeuma década.o reusoágua Conforme desta do JornalCana, bacias. O custoreportagem médio da cobrança de água por tonelada55deunidades cana varia acordo comcaptam pelasdessas mara Federal. Por isso mesmo, enquanto o projeto de bacias. O custo cobrança entre de água tonelada de cana varia de acordo com o reuso pelas unidades, mas amédio médiada é projetada R$por e R$ 0,12 por tonelada. O PL gera um sopro de alívio, mas a0,03 guerlei entra na fase de tramitação no Congresunidades, masexplica ademédia éreportagem projetada entre 0,03 dessa e R$ 0,12 tonelada. A Unica que oR$ avanço cobrança nãosucroenergético assusta porque o setor ra está longe sernavencida. so, opor setor tem uma lição de A Unica explica na reportagem que o avanço dessa cobrança não assusta porque o setor sucroenergético paulista se preparou ao longo dos anos para arcar com esse custo e colaborar com a gestãoe A tramitação do projeto, mesmo em regi- casa para fazer que envolve planejamento sucroenergético paulista se preparou longo dos anos para arcar com esse custouma e colaborar com a gestão das bacias hidrográficas. Conforme o ao Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), governo me de urgência, exigirá um tempo que inclui estratégias para que, vez do implementado, dasrecesso baciasoshidrográficas. Conforme o essa Departamento de Águas Energia Elétrica do governo opaulista, parlamentar e umcom 2018 decobrança campa-irão opara programa entre emde(DAEE), prática e Hídricos faça o Brasil, valores arrecadados oeFundo Estadual Recursos nhas eleitorais. enfim, tornar-se vitrine mundial de exemplo paulista, osque valores arrecadados comdemandados essa cobrança irãopróprias para o Fundo (Fehidro), os usará nos projetos pelas bacias.Estadual de Recursos Hídricos Mas a pedra do programa foi fincada e de respeito ao meio fazem ambiente. (Fehidro), que usará nos projetoso Dia demandados pelas próprias bacias. No mês emosque se comemora Mundial do Meio Ambiente, as usinas questão de reassumir psicologicamente já há ganhos. Sabemos, por No mês em que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente, as usinas fazem reassumir e manifestar seu compromisso com o meio ambiente e com o uso sustentável de água.questão E água édesinônimo exemplo, que o projeto de lei prevê a necessiBoa leitura! edemanifestar seu compromisso com o meio ambiente e com o uso sustentável de água. E água é sinônimo vida! de vida! Boa leitura! Boa leitura! NOSSOS PRODUTOS EVENTOS PUBLICAÇÕES PRODUTOS NOSSOS

ISSN 1807-0264 ISSN 1807-0264 Fone 16 3512.4300 Fax 3512 4309 Av. Costábile Romano, 1.544 - Ribeirânia Fone 16 3512.4300 FaxPreto 3512— 4309 14096-030 — Ribeirão SP Av. Costábile Romano, 1.544 - Ribeirânia procana@procana.com.br 14096-030 — Ribeirão Preto — SP procana@procana.com.br

NOSSA MISSÃO NOSSA MISSÃO

“Desenvolver o agronegócio “Desenvolver o agronegócio sucroenergético, disseminando sucroenergético, conhecimentos,disseminando estreitando conhecimentos, relacionamentosestreitando e gerando relacionamentos e gerando negócios sustentáveis” negócios sustentáveis”

� Presidente Josias Messias � Presidente josiasmessias@procana.com.br Josias Messias josiasmessias@procana.com.br � Comitê de Gestão - Comercial & Eventos Rose Messias � Comitê de Gestão - Comercial & Eventos rose@procana.com.br Rose Messias rose@procana.com.br � Comitê de Gestão - Relacionamento Com Clientes Lucas Messias � Comitê de Gestão - Relacionamento Com Clientes lucas.messias@procana.com.br Lucas Messias lucas.messias@procana.com.br � Comitê de Gestão - Controladoria & TI Mateus Messias � Comitê de Gestão - Controladoria & TI presidente@procana.com.br Mateus Messias presidente@procana.com.br � Comitê de Gestão - Jornalismo Alessandro Reis - editoria@procana.com.br � Comitê de Gestão - Jornalismo Alessandro - editoria@procana.com.br Gestão - Marketing � Comitê deReis Luciano Lima � Comitê de Gestão - Marketing luciano@procana.com.br Luciano Lima luciano@procana.com.br

www.jor nalcana.com.br www.jor nalcana.com.br COLABORADORES � Relacionamento Com Clientes COLABORADORES Robertson Fetsch 16 9 9720 5751 � Relacionamento Com Clientes publicidade@procana.com.br Robertson Fetsch 16 9 9720 5751 publicidade@procana.com.br � Assistente Thaís Rodrigues � Assistente thais@procana.com.br Thaís Rodrigues thais@procana.com.br � Assinaturas & Exemplares Paulo Henrique Messias (16) 3512-4300 � Assinaturas & Exemplares atendimento@procana.com.br Paulo Henrique Messias (16) 3512-4300 www.loja.jornalcana.com.br atendimento@procana.com.br www.loja.jornalcana.com.br

� Arte Gustavo Santoro - arte@procana.com.br � Arte Gustavo � Editor Santoro - arte@procana.com.br Delcy Mac Cruz - editor@procana.com.br � Editor Mac Delcy Diagramação � Editor deCruz Arte -- editor@procana.com.br Diagramação HiCOM - diagramacao@procana.com.br José Murad Badur � Editor de Arte - Diagramação José Murad Badur FINANCEIRO contasareceber@procana.com.br FINANCEIRO contasapagar@procana.com.br contasareceber@procana.com.br contasapagar@procana.com.br

JornalCana - O MAIS LIDO! PUBLICAÇÕES Anuário da Cana Brazilian Sugar- and Ethanol Guide JornalCana O MAIS LIDO! AAnuário Bíblia do da Setor! Cana Quem é QuemSugar no setor sucroenergético Brazilian and Ethanol Guide A Bíblia do Online Setor! JornalCana Quem é www.jornalcana.com.br Quem no setor sucroenergético BIO & Sugar JornalCana Online International Magazine www.jornalcana.com.br Mapa BIO Brasil& de Unidades Sugar Produtoras de Açúcar e Álcool International Magazine Mapa Brasil de Unidades Produtoras de Açúcar e Álcool

Prêmio MasterCana EVENTOS Tradição de Credibilidade e Sucesso Prêmio MasterCana Tradição de Credibilidade Fórum ProCana e Sucesso USINAS DE ALTA PERFORMANCE Fórum ProCana USINAS DE ALTA SINATUB Tecnologia PERFORMANCE Liderança em Aprimoramento Técnico SINATUBe Atualização Tecnologia LiderançaTecnológica em Aprimoramento Técnico e Atualização Tecnológica

Artigos assinados (inclusive os das seções Negócios & Oportunidades e Vitrine) refletem o ponto de vista dos autores Artigos assinados (inclusive os das seções Negócios & (ou das empresas citadas). JornalCana. Direitos autorais e Oportunidades e Vitrine) refletem o ponto de vista dos autores comerciais reservados. É proibida a reprodução, total ou (ou das empresas citadas). JornalCana. Direitos autorais e parcial, distribuição ou disponibilização pública, por qualquer comerciais reservados. É proibida a reprodução, total ou meio ou processo, sem autorização expressa. A violação dos parcial, distribuição ou disponibilização pública, por qualquer direitos autorais é punível como crime (art. 184 e parágrafos, meio ou processo, sem autorização expressa. A violação dos do Código Penal) com pena de prisão e multa; conjuntamente direitos autorais é punível como crime (art. 184 e parágrafos, com busca e apreensão e indenização diversas (artigos 122, do Código Penal) com pena de prisão e multa; conjuntamente 123, 124, 126, da Lei 5.988, de 14/12/1973). com busca e apreensão e indenização diversas (artigos 122, 123, 124, 126, da Lei 5.988, de 14/12/1973).


6

ACONTECE

LUANA MAIA / DIVULGAÇÃO

FOTOS DIVULGAÇÃO

Dezembro 2017

SUGAR AND ETHANOL BRAZIL 2018 Acontece de 25 a 27 de abril de 2018 o Sugar and Ethanol Brazil promovido pela consultoria F.O. Licht. O evento pretende trazer informações atualizadas para a temporada de 2018/19 em termos de disponibilidade de cana, a divisão de açúcar/etanol e preços. O que há de mais atual em novos investimentos e novos desenvolvimentos políticos no Brasil. Além disso, como o Brasil vai fornecer tanto para o mercado interno como para os mercados internacionais.

AGRISHOW 2018 Considerada uma das três principais feiras de tecnologia agrícola do mundo e a maior e mais importante na América Latina, a Agrishow é vitrine das mais avançadas tendências e inovações tecnológicas para o agronegócio. São 440 mil m², 159 mil visitantes, um público altamente qualificado, formado, em sua maioria, por produtores rurais de todo o território nacional e do exterior. Mais de 800 marcas em exposição, que levam inúmeras novidades em termos de máquinas, implementos agrícolas, sistemas de irrigação, acessórios, peças, entre outros produtos.

PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO: CURSO Especialista em governança e planejamento sucessório em empresas familiares, o professor Pedro Adachi, será um dos professores do Curso de Governança e Planejamento Sucessório na Empresa Familiar, promovido pela Universidade de São Paulo (USP/Ribeirão Preto) e a Fundace em fevereiro de 2018. O curso oferece todo o aparato sobre como um gestor deve atuar trabalhando em um empresa familiar e as estratégias para promover uma sucessão bem sucedida e estabelecer um modelo de governança corporativa.

www.informagroup.com. br/sugar/pt

www.agrishow.com.br

www.fundace.org.br

UNICA FÓRUM 2018 Para fomentar o debate em alto nível de temas estratégicos para o setor sucroenergético e as energias renováveis no Brasil e no mundo, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar realiza em 2018 o UNICA Fórum. O evento de um dia se alterna com o Ethanol Summit, um dos principais congressos globais sobre questões energéticas e biocombustíveis, com foco no etanol e outros derivados da cana. O UNICA Fórum, assim como o Ethanol Summit, é organizado pelas empresas MCI Group,. www.unica.com.br/forum

Os profissionais das áreas Agrícola e industrial já sabem onde vão se encontrar em 2018 05

MAI 2018 S 7

T

Q

Q

S

S

D

1

2

3

4

5

6

10

11

12

13

8

9

06

JUN 2018 S 4

T 5

Q

Q

6

7

S

S

D

1

2

3

8

9

10

08

AGO 2018 S

T

6

7

09

SET 2018

Q

Q

S

S

D

1

2

3

4

5

8

9

10

11

12

3

S

T 4

Q 5

Q

S

6

7

S

D

1

2

8

9

11

NOV 2018 S 5

T

Q

6

7

Q

S

S

1

2

3

D 4

8

9

10

11

14

15

16

17

18

19

20

11

12

13

14

15

16

17

13

14

15

16

17

18

19

10

11

12

13

14

15

16

12

13

14

15

16

17

18

21

22

23

24

25

26

27

18

19

20

21

22

23

24

20

21

22

23

24

25

26

17

18

19

20

21

22

23

19

20

21

22

23

24

25

28

29

30

31

25

26

27

28

29

30

27

28

29

30

31

24

25

26

27

28

29

30

26

27

28

29

30

16 | MAI 2º Curso de Custos, Perdas e Gestão Industrial 17 | MAI 5º Curso de Diversificação e Máximo Aproveitamento Agroindustrial

20 e 21 | JUN 16º Curso de Caldeiras, Vapor e Energia

22 | AGO 2º Usinas de Alta Performance Agrícola

www.sinatub.com.br

19 |SET 6º Curso de Processos, Fermentação e Produção de Etanol 20 | SET 5º Curso de Destilação, Desidratação e Aproveitamento de Vinhaça

28 | NOV 8º Curso de Recepção, Preparo e Extração (Moenda e Difusor). 29 | NOV 6º Curso de Fabricação, Secagem e Embalagem de Açúcar

Cursos Técnico

16 3512-4300 E-mail: thais@procana.com.br l Av. Costábile Romano 1544 - Ribeirânia - Ribeirão Preto-SP


Dezembro 2017

AGRĂ?COLA

7


LINHA DIRETA

Dezembro 2017

QUEM MAIS VALORIZOU

DIA A DIA

(em preços recebidos pelo produtor paulista)

Mandioca

Borracha

Cana-de-açúcar

49,32%

36,11%

12,70% Fonte: IEA/Secretaria Agricultura de SP

Cana fica em terceiro lugar no PIB ‘dentro da porteira’ A cana-de-açúcar ocupa a terceira posição entre os produtos agrícolas destinados à indústria, com valorização de 12,70% em 2017, na comparação com 2016. É o que revela estimativa preliminar do VPA (Valor da Produção Agropecuária) do estado de São Paulo, chamado de PIB ‘dentro da porteira.’ Processado pelo Instituto de Economia Agrícola, da Secretaria estadual da Agricultura, o VPA

soma R$ 77 bilhões, alta de 2,06% sobre o VPA anterior. Em termos reais, com valores deflacionados pelo IPCA, o Valor da Produção Agropecuária apresenta queda de 0,63% ante 2016. Essa queda, conforme o IEA, reflete menor renda para o produtor no campo, uma vez que a variação do índice de preços recebidos pelo produtor foi negativa em quase todos os grupos de produtos, exceto pelos destinados para a indústria.

Usina Coruripe lança campanha contra o assédio

A Usina Coruripe lançou em novembro uma campanha com o objetivo de conscientizar os colaboradores sobre assédio moral e sexual. A ideia é promover uma reflexão sobre o assunto por meio de cartazes e displays, distribuição de camisas e canecas, avisos nos banheiros, filas e no ônibus da companhia com o slogan "Sem assédio, com respeito". A companhia sucroenergética também foi desenvolvido um vídeo sobre o tema, que está sendo divulgado nas redes sociais da Coruripe. As peças reforçam que assédio é crime, conforme o artigo 61 da Lei 3688/1941, e informa o telefone para denúncias. A campanha foi concebida a partir de uma ação realizada no Dia Internacional da Mulher, em que

sete colaboradoras assumiram as diretorias da companhia e debateram sobre igualdade de direitos e fizeram reuniões para tratar sobre o papel da mulher na empresa. A partir dessa ação, elas identificaram a importância de conscientizar todos os colaboradores da Coruripe sobre respeito às mulheres e sugeriram a campanha. Atualmente, dos 9,4 mil funcionários da empresa, 670 são mulheres. Fábio Moniz, diretor-administrativo e de Recursos Humanos da Usina Coruripe, explica que o objetivo da campanha é valorizar as mulheres e possibilitar o aumento da participação delas na empresa. "Nós temos investido na igualdade de gêneros e acreditamos que é muito importante contarmos com a competência de todas as nossas colegas para o crescimento da empresa no mercado..

SAIBA MAIS A RESPEITO Com o objetivo de disseminar a campanha, a Coruripe vai disponibilizar as peças de conscientização para que outras empresas também possam divulgá-las aos colaboradores. A empresa que tiver interesse pode entrar em contato pelo e-mail corp.coruripe@ usinacoruripe.com.br e solicitar o material.

Clariant investe na Romênia A Clariant, empresa de especialidades químicas, investirá na implantação de nova planta comercial de etanol celulósico em larga escala a partir de resíduos agrícolas. Com capacidade projetada de 50 mil toneladas anuais, a unidade será construída no sudoeste da Romênia e empregará a tecnologia sunliquid da Clariant. Esse processo, conforme a empresa, viabiliza a produção de biocombustíveis avançados, eficientes e sustentáveis e tem grande potencial como plataforma tecnológica para uma variedade de materiais bioquímicos.

DIVULGAÇÃO

8

Estrutura em área de vivência

Odebrecht: Projeto de Leitura Com cerca de 300 títulos nacionais, o Projeto de Leitura foi lançado em outubro pela Odebrecht Agroindustrial em seu Polo São Paulo. O objetivo é ampliar o acesso à leitura dos mais de 2 mil colaboradores da empresa no Polo. Segundo a empresa, todas as áreas de vivência – onde os colaboradores descansam no campo – contam com caixas de leitura personalizadas e que foram pintadas por alunos da APAE e da Casa da Criança, ambas do município de Teodoro Sampaio (SP). Campanha da Rumo foca o agro “O Agronegócio Move o Brasil. A Rumo Move o Agronegócio”. Este é o tema de campanha publicitária lançada pela operadora de logística ferroviária Rumo. O objetivo da campanha é esclarecer sobre as vantagens do modal ferroviário. Outro objetivo é focar os benefícios da renovação da concessão da Malha Paulista, como a geração de empregos, a movimentação da economia e a garantia de revitalização da principal via logística para o escoamento das crescentes safras agrícolas.


GESTÃO

Dezembro 2017

9

Por que o conceito de Excelência Operacional ganha espaço na gestão ARQUIVO PESSOAL

Jacyr da Silva Costa Filho, diretor do Grupo Tereos: "companhia investe massivamente em Excelência Operacional e aumentou sua produtividade e reduziu custos nas áreas agrícola e industria"

Em grandes grupos ou pequenas usinas, gestores de empresas do setor adotaram metodologia em busca de melhores resultados agroindustriais ALESSANDRO REIS, DE RIBEIRÃO PRETO (SP)

A Excelência Operacional é um conceito de administração de empresas criado em 1982 focado em clareza, objetividade e coletivismo. O resultado é obtido através da integração e coordenação das diversas funções e processos do negócio, buscando a eficácia através de decisões rápidas. O conceito permanece vivo e foi adotado atualmente tanto pelos grandes grupos, quanto em usinas com menor produção. De acordo com Jacyr da Silva Costa Filho, diretor da Região Brasil do Grupo Tereos, a companhia investe massivamente em aplicar o conceito e, através dele, aumentou sua produtividade e reduziu custos nas áreas agrícola e industrial. “Temos um programa muito importante nesta área sendo desenvolvido em nossa unidade operacional de cana-de-açúcar liderado pelo Pierre Santoul, presidente da unidade. Na parte agronômica quem lidera é o Jaime Stupiello. Estamos encontrando um desempenho importante em relação ao aumento da produtividade e na redução de custos, que é um trabalho de grande relevância”, explica Costa Filho. Segundo ele, o principal indicador de sucesso da Excelência Operacional é a rentabilidade. Para obter esse indicador a direção do grupo enxergou a necessidade de reforçar seu time para pulverizar a metodologia. Contratou, então, o executivo Raul Guaragna, que veio da International Paper, para atuar na parte de operações da Tereos.  “O trabalho de nossos gestores têm obtido resultados importantes em muitas áreas. Mas posso destacar as ações feitas na colheita, na melhoria de redução de consumo de vapor e na melhor performance dos ativos. Mas compreendemos que, sobre todas,

duas áreas precisam atingir máxima eficiência: a agronômica e a eficiência operacional. Capacitação de gestores é fundamental para aplicação do conceito A tecnologia é muito importante para se obter bons indicadores. Costa Filho a considera como braço direito da Excelência Operacional. “Por isso investimos em agricultura de precisão, uso de drones, piloto automático e outras melhorias que sabemos que é o que fará diferença”, afirma.  Mas para ele o ponto nevrálgico é a capacitação de pessoas. “Capacitar gestores é tão importante quanto capacitar operadores. Para a Tereos a gestão de pessoas é fundamental e acreditamos que ela deve ser feita através da meritocracia, alinhada à produtividade e aos resultados fi-

nais de nossas operações”.  Análise de eficiência começa observando-se custo e produtividade Outro grupo do setor que adota a Excelência Operacional é a Raízen, que observa dois fatores: produtividade e custo. “A partir disto, vamos desdobrando os micro indicadores até alcançarmos excelência em todos os processos possíveis”, comenta Ian Dobereiner, diretor de

operações logísticas do grupo. Para ele, é preciso avaliar a produtividade do canavial, medida em


10 GESTÃO

Toneladas de Açúcar por Hectare (TAH), observando também a quantidade de Toneladas de cana por hectare (TCH) e o Açúcar Total Recuperado (ATR), e como esses indicadores se comportam em cada local onde estão os canaviais do grupo. Em relação a redução

Dezembro 2017

de custo, o diretor e sua equipe procuram entender os principais fatores que oneram áreas, como a manutenção o ônus com os colaboradores. Para obter esses indicadores o grupo usa o Pentágono — um dos maiores investimentos tecnológicos

da Raízen e que envolve diretamente mais de 10.000 pessoas. O projeto possui um panorama completo de operações e aumenta a produtividade para toda produção. “Além disso, estamos criando um centro de referência técnico para áreas agrícola e industrial que

consegue nos dar mais profundidade dos dados e nos permitindo fazer uma interação com técnicos acadêmicos e empresas. Apesar de todos esses processos, considero que apurar de perto a execução no dia-a-dia, ainda é insubstituível”, acrescenta Dobereiner.

ARQUIVO PESSOAL

DIVULGAÇÃO

Ian Dobereiner, diretor de operações logísticas da Raízen: "estamos criando um centro de referência técnico para áreas agrícola e industrial"

METODOLOGIA EXIGE DISCIPLINA E TECNOLOGIA Outro responsável por estabelecer as diretrizes da Excelência Operacional na Raízen é Eduardo Calichman, diretor industrial do grupo. De acordo com ele a execução da metodologia exige disciplina e tecnologia. Uma vez que os processos operacionais das usinas oferecem muitos dados, ele os relaciona com os processos das etapas coletivas, sejam agrícolas ou industriais, para identificar as oportunidades e a partir delas executar as melhores práticas onde for necessário. “Avalio que onde há uma falha (GAP) é porque a prática de relacionar dados não existe. Se há um dado já é possível identificar o GAP. Finalmente, se há uma oportunidade devemos buscá-la”, afirma.

Eduardo Calichman, diretor industrial da Raízen: "onde há uma falha (GAP) é porque a prática de relacionar dados não existe"


GESTÃO

Dezembro 2017

11

ARQUIVO PESSOAL

Santa Adélia pretende ampliar seu ROA através da metodologia

Entre outras incumbências e instrumentos, a gestão financeira de uma empresa tem a seu cargo a avaliação da sua situação no respeitante a várias vertentes e áreas. Existem vários métodos, por vezes complementares, de proceder a esse tipo de avaliação, sendo um dos mais utilizados o chamado método dos rácios, que se baseia no cálculo de vários tipos de rácios ou indicadores com base em valores de rubricas dos principais mapas contabilísticos — balanço, demonstração de resultados, etc. — ou outras grandezas econômicofinanceiras. Este método apresenta algumas limitações derivadas da perspectiva exclusivamente quantitativa utilizada, pelo que deverá ser complementado com avaliação de cariz mais qualitativo em termos de gestão. Para Carlos Gregório, da Usina Santa Adélia, de Pereira Barreto (SP) o conceito de Excelência Operacional é caminho para que a empresa aumente o valor de seu Retorno Sobre o Ativo (ROA), índice que representa a capacidade da empresa gerar lucro com seus ativos. “Nosso norte é a nossa aspiração. Para aplicar o conceito de Excelência Operacional estamos reestruturando nossa gestão. Todo conceito aplicado é para que em 2020 alcancemos nosso objetivo: sermos a líder de mercado em rentabilidade. Para isso precisamos crescer para aumentarmos nosso ROA em 20%”, afirma o diretor industrial. Para isso a usina utiliza o conceito como base para eliminar desperdícios. “Temos várias ações que vão eliminar problemas e trazer melhor aproveitamento da cana e aumentar nossa produção”, garante Gregório, que acredita na eficácia do conceito instituído na usina em 2014 através de um programa de treinamento dos líderes.

Carlos Gregório, da Usina Santa Adélia: o conceito de Excelência Operacional é caminho para que a empresa aumente o valor de seu ROA

4 PASSOS PARA UTILIZAR A EXCELÊNCIA OPERACIONAL COMO MÉTODO DE GESTÃO Dicas são de Eduardo Calichman, diretor industrial da Raízen

Identificar através dos dados que já existem nas pequenas, médias e grande usinas Associa-los aos processos da fábrica Utilizar todo o background que os times de operação possuem Unir técnica, dados da operação e conhecimento do time operacional


12

MERCADO

Dezembro 2017

Por que o Sudão é estratégico como plataforma de exportação para o Brasil País pode se transformar em 'porta de entrada' de produtos também do setor sucroenergético junto a países do Golfo Pérsico JOSIAS MESSIAS, ENVIADO ESPECIAL A CARTUM

Já se disse que “a geografia não determina a história, mas a incita”. Com a terceira maior extensão territorial do continente africano, com 1,8 milhão de km2, 60 milhões de há agricultáveis, água abundante para irrigação, topografia plana e adequada para a mecanização e produção em larga escala, o Sudão está reencontrando sua vocação natural para o agronegócio e pode servir como plataforma de exportação do agribusiness brasileiro. Enfrentando séria crise financeira desde a cisão que deu origem ao Sudão do Sul, em 2011, cujo território era responsável por ¾ de suas exportações de petróleo, além dos baixos preços da commodity no mercado internacional, o país ficou sem sua principal fonte de renda e está obrigado a desenvolver todo o seu potencial agrícola e agropecuário. O Sudão possui o maior rebanho do continente africano. É grande exportador de carne in natura para os países vizinhos e caminha desenvolvendo grandes projetos de produção em parceria com países como o Egito e a Arábia Saudita. No norte do país, na divisa com o Egito, milhares de hectares produzem alfafa e outras forrageiras para exportação. Na região sudoeste, próximo à divisa com a Eritréia, há um projeto de produção em larga escala de frutas tropicais, também para exportação. O setor sucroenergético no Sudão possui seis usinas, com moagem de aproximadamente 8 milhões de toneladas de cana por safra, mas possui capacidade instalada para moer 12,6 milhões e produzir 1,2 milhões de toneladas de açúcar. Sua maior e mais moderna usina, a White Nile Sugar, possui uma capacidade instalada para moer 4,5 milhões de toneladas de cana por ano, mas,

USINAS DE AÇUCAR INSTALADAS NO SUDÃO CAPACIDADE INSTALADA

USINA

Moagem Diária (tcd)

White Nile Sugar Factory Kerana Sugar Factoty Sennar Sugar Factory* Assalaya Sugar Factory* New Halfa Sugar Factory* Guneid Sugar Factory* TOTAL

Açúcar Anual (ton)

24.000 450.000 17.000 400.000 6.500 110.000 6.500 100.000 4.500 75.000 4.500 60.000 63.000 1.195.000

PROJETOS DE USINAS NO SUDÃO

PROJETOS DE USINAS NO SUDÃO ÁREA DISPONÍVEL (HÁ) SUDANESE SUGAR COMPANY

Blue Nile Tamboul Horga/Noureldeen Elramash ElRahad Bella Elshamil Gafa Sabina Elredeis

CAPACIDADE PRODUÇÃO DE AÇÚCAR ANUAL (TON)

16.800 125.000 26.880 130.000 16.800 100.000 18.900 120.000 10.500 100.000 10.500 120.000 3.040 25.000 33.600 378.000 37.800 120.000 69.300 500.000

KENANA SUGAR COMPANY

Radais Sugar Rammash TOTAL

42.440 500.000 12.900 144.300 299.460 2.362.300

*Sudanese Sugar Company | Fonte: Infocana, a partir de dados de 2013 da APLA - Arranjo Produtivo Local do Álcool

por dificuldades técnicas e financeiras, está moendo bem abaixo da sua capacidade. Recentemente, a estatal Sudanese Sugar Company assinou um acordo de cooperação com a universidade brasileira Ufscar, através das Nações Unidas e o Itamaraty, para uma consultoria visando aumentar a produtividade da cana no país. Com este objetivo, uma equipe liderada pelo professor Otávio Valsechi, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), de São Carlos (SP), está transferindo conhecimento ao país. O desenvolvimento técnico e tecnológico das usinas de açúcar no Sudão se justifica. Com grande potencial para tornar-se exportador de

açúcar, devido às condições edafoclimáticas favoráveis e proximidade com mercados importantes, como o Egito e Arábia Saudita, o país ainda é importador do produto. Com o objetivo de triplicar a capacidade de produção de açúcar do país, o governo sudanês elaborou um plano reconhecido como “The Sugar Master Plan” que contempla dez novas usinas sob o controle da Sudanese Sugar Company e dois projetos que a Kenana Sugar Company está desenvolvendo de forma privada. O principal entrave continua sendo o funding para colocar o plano em ação. Abertura de espaço Mas, o provável fim das sanções

internacionais impostas pelos EUA relativas ao grave incidente ocorrido no ano de 2000, conhecido como ‘massacre de Darfur’, abre espaço para grandes projetos no país. Na opinião do Embaixador do Brasil no Sudão, José Mauro da Fonseca Costa Couto, “assim que forem levantadas as sanções, o que deve acontecer nos próximos 2 anos, financiamentos para projetos agrícolas de larga escala estarão disponíveis e transformarão o Sudão no principal fornecedor de alimentos do Oriente próximo e da região Nordeste da África”. Isto abre uma grande oportunidade para que os produtores brasileiros façam um exercício de estratégia comercial defensiva. A estratégia atual tem sido ofensiva, abrindo mercados para os produtos brasileiros, o que é importante, mas o embaixador pede que olhem com atenção o Sudão como uma plataforma para preservação e perpetuação de mercados expressivos já conquistados no norte da África e no Oriente Médio. “Os produtores brasileiros, que já abastecem mais de 80% do mercado consumidor de proteína animal no Egito e de países do Golfo Pérsico, têm hoje a oportunidade de consolidar estes mercados a partir da produção no Sudão”, explica. Esta proposta segue a estratégia sugerida pelo ex-ministro da Agricultura do Brasil, Alisson Paulinelli, durante conferência do Banco Africano de Desenvolvimento, ocorrida em Abdjan, na Costa do Marfim, na qual mostra a participação de grupos brasileiros em apenas dez projetos agrícolas em toda a África — o que é muito pouco considerando que o continente possui 54 nações e mais de 1 bilhão de habitantes. “Se a agricultura brasileira cresceu e deu um salto qualitativo graças ao convenio firmado com o Japão na década de 1970, que compartilhou capital e know how próprio, o Brasil pode fazer o mesmo hoje com países africanos, especialmente o Sudão”, sugere Costa Couto. É o que estão fazendo países como o Egito e a Arábia Saudita, ao implantar joint ventures e parcerias no Sudão visando aproveitar a terra e água abundantes no país para abastecer seus próprios mercados de alimentos.


MERCADO

Dezembro 2017

13

DIVULGAÇÃO

‘Empresa brasileira não deve produzir só no Brasil’ Uma das filosofias básicas para liderar o mercado internacional é produzir em escala global e ter presença local, para entender melhor o consumidor, ganhando capacidade para reduzir custos e agregar valor aos produtos, tornando-os mais competitivos em cada mercado atendido. Para o embaixador do Brasil no Sudão, José Mauro da Fonseca Costa Couto, o Brasil deve adotar esta estratégia, transformando-se de grande exportador de produtos para exportador de capital e do know how desenvolvidos no País. “Os produtores brasileiros investiram pesado e desenvolveram uma expertise preciosa em agribusiness, em tecnologias sensíveis como sementes, manejo, fertilização, irrigação, mecanização e processamento, a qual deveria ser estendida a outros países que apresentem condições parecidas e potencial competitivo”, explica. “As empresas do agronegócio brasileiro devem produzir não apenas no Brasil, mas usar outros países como plataforma de extensão de seus negócios.” Como país africano e ao mesmo tempo árabe, o Sudão reúne condições incríveis para transformar a plataforma de exportação do agribu-

PAÍS ENFRENTA GRANDES DESAFIOS

José Mauro da Fonseca Costa Couto, embaixador do Brasil no Sudão

siness brasileiro para a região e perpetuar a participação do Brasil nos países circunvizinhos. “Creio que este seja o melhor momento para os empresários convocarem uma maior presença do Governo Brasileiro no Sudão, vi-

Sistema para Carga de Etanol

sando participar efetivamente das oportunidades que estão surgindo agora, antes que estas sejam aproveitadas por outros países concorrentes, como Índia, China, Austrália, África do Sul e, inclusive, os Estados Unidos, ao levantar as sanções.

VCDM - Válvulas de Controle Digital

Oportunidades não faltam no país norte-africano. Os sudaneses estão sofrendo uma longa curva de aprendizagem na produção das principais culturas de larga escala, como soja e milho, cujas sementes são oriundas do hemisfério norte, de clima temperado, nos quais as culturas não enfrentam a diversidade de intensidade de pragas e temperaturas como no ambiente tropical. O Brasil poderia ajudar o país, já que superou esta fase e possui expertise e tecnologias para produzir de forma competitiva grãos e proteína animal em larga escala em clima tropical, como o Sudão. Sob o aspecto humanitário, o Brasil também tem a oportunidade de contribuir com o combate à desnutrição que ainda atinge alguns países africanos, impulsionando o desenvolvimento socioeconômico da região. O Sudão pode representar ao Brasil uma volta às origens e um salto ao futuro. Segundo o Censo de 2010 do IBGE, 52% da população brasileira possui ascendência africana. “Nos últimos anos, com a crise econômica no Sudão, a renda per capta que era de USD 1,700 em 2010 caiu mais de 30%, gerando um clamor internacional pelo perdão da dívida externa e o levantamento das sanções por parte dos EUA, o que, na minha opinião, não demora muito a acontecer. Agora é o momento do Brasil montar as parcerias e aproveitar esta oportunidade”, finaliza Costa Couto.

Sistema de Medição de Densidade e Controle do °BRIX

Soluções customizadas em medição de combus veis Sistema de Descarga de Combus veis com sistema de dados GEMAP integrado - 120 m³/h

Transmissor de Densidade

Medidores Volumétricos

vendas@metroval.com.br

Medidores Ultrassônicos

www.metroval.com.br

Medidores Mássicos Coriolis

19 2127 9400


FOTOS DIVULGAÇÃO

14

MERCADO

Dezembro 2017

Regularização fiscal desafia usinas de cana Unidades ganharam mais tempo para apresentar as certidões negativas, mas prazo vence em agosto de 2020. O alerta para as empresas é da ANP DELCY MAC CRUZ, DE SÃO PAULO

O Brasil tem 384 usinas e destilarias em operação em 2017, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Do montante, 38% estão devidamente habilitadas para produzir etanol após obterem recadastramento junto a agência reguladora em atendimento à Resolução 26/10, cujo prazo foi encerrado em 31 de outubro último. Das 384 unidades, 56% cumpriram a Resolução 26/10, mas 6% do total, ou 23 unidades, enfrentam processos de revogação. “Esses processos já foram instaurados”, afirma Aurélio César Nogueira Amaral, diretor da ANP em entrevista ao JornalCana. Amaral explica que o prazo para o recadastramento foi de cinco anos a contar de 2012, quando a ANP passou a regulamentar o setor de biocombustíveis. “E esse prazo venceu agora em agosto de 2017”, disse ele, em entrevista concedida durante a 17ª Conferência Internacional Datagro, na capital paulista. Além do recadastramento, as 384 unidades têm outro prazo a cumprir:

elas possuem até 31 de agosto de 2020 para providenciar a regularização fiscal junto a agência reguladora. O prazo dessa regularização também venceria em agosto último, mas foi prorrogado por três anos, até 30 de agosto de 2020. Segundo o diretor da ANP, o prazo foi prorrogado devido à crise econômica registrada pelo setor sucroenergético nos últimos anos. “Vários agentes [do setor sucroenergético] entraram em dificuldades e a ANP tirou a obrigatoriedade da regularização fiscal no recadastramento e prorrogou o prazo”, explicou. Para essa regularização, as unidades sucroenergéticas têm de apresentar certidões negativas relacionadas à Fazenda, entre outras instituições públicas.

Regularizados, em regularização e sob risco

EM VERDE Unidades recadastradas EM AMARELO Entregaram documentos, mas estão em processo de recadastramento EM VERMELHO Não entregaram documentos e enfrentam processos de revogação Fonte: ANP

SÓ MUDANÇA NA LEI DERRUBA NOVO PRAZO O diretor da ANP, Aurélio César Nogueira Amaral, afirmou ao JornalCana que o prazo de 31 de agosto de 2020 é final para as 384 usinas sucroenergéticas providenciarem a regularização fiscal. Essa regularização complementa o processo de recadastramento junto à ANP vencido no fim de agosto deste ano. Amaral, entretanto, informou que as chances de as empresas do setor sucroenergético ganharem mais prazo para a regularização fiscal pode ocorrer em caso de mudança da legislação. Há gestões de lideranças do setor no sentido de pedir mudanças. Segundo ele, mudanças na legislação precisam de aprovação pelo Congresso Nacional. “Mas também podem ir na esteira do projeto de lei do RenovaBio [protocolado em 14/11 na Câmara Federal]”, lembrou.


MERCADO

Dezembro 2017

15

Elétricos serão 6% da frota mundial em 2035 DIVULGAÇÃO

Deveria ser maior, mas custo de bateria segue um entrave, aponta estudo da Bioagência, que foi divulgado em congresso da Udop em Araçatuba

USINAS TÊM INTERFERÊNCIA DIRETA DO MERCADO DE PETRÓLEO

DELCY MAC CRUZ, DE ARAÇATUBA (SP)

A frota mundial de carros elétricos deverá somar 100 milhões de unidades em 2035, contra 1,2 milhão existente em 2015, segundo projeção de Tarcilo Ricardo Rodrigues, diretor da Bioagência. Segundo ele, a projeção de 100 milhões de carros elétricos em 2035 representará apenas 6% da frota mundial de carros. Dos 100 milhões projetados pelo executivo, três quartos serão de modelos elétricos movidos a bateria (BEVs, na sigla em inglês) e um quarto de carros que funcionam com

Tarcilo Rodrigues, da Bioagencia: previsões

a mistura de energia elétrica com gasolina (PHEVs). Rodrigues divulgou a projeção em Araçatuba (SP), em novembro, durante o 10º Congresso Nacional da Bioenergia, realizado pela União dos Produtores de Bioenergia (Udop). Segundo o diretor da Bioagência, as projeções da frota de carros elétri-

cos para 2035 não têm força para mudar o perfil da frota global de carros. Entrave “Hoje o custo da bateria é o principal entrave [para o avanço dos elétricos]”, disse. Em média, uma bateria custa hoje US$ 250 por quilowatt (kW) gerado, emendou.

As projeções da Bioagência estão baseadas em levantamento da British Petroleum (BP), que concentra dados do mercado mundial de petróleo de 2015 e previsões para 2035. O levantamento da BP, segundo Tarcilo Rodrigues, diretor da Bioagência, é referência para o setor sucroenergético “porque mais do que nunca temos que nos inserir no mercado de petróleo e gasolina, até porque a Petrobras hoje segue preços mundiais.” “Tudo que ocorre no mundo hoje não é mais represado e [o setor sucroenergético] tem interferência direta nos rumos a serem tomados no mercado de petróleo e da gasolina”, afirmou Rodrigues.

“Há tendência de redução do valor porque há longa estrada para a redução de preços”, afirmou. “Mas enquanto isso não ocorre, [o mercado de carros elétricos] é mais moda.”


16

MERCADO

Dezembro 2017

Energia-elétrica produzida pela biomassa da cana pode suprir demanda de hospitais DIVULGAÇÃO

É o que sugere a Empresa de Pesquisa Energética para direcionar a oferta de eletricidade cogerada pelas usinas em 2018, quando a produção deve crescer 3% Com previsões de crescimento de 3% para 2018, segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), crescem as perspectivas para a Geração Distribuída e para a Cogeração. Em recente apresentação, o presidente da EPE, Luiz Augusto Barroso, disse que a entidade tem o objetivo de incentivar a Geração Distribuída valorizando os atributos específicos de cada fonte energética. De acordo com Barroso, uma das tendências da Cogeração, já amplamente adotada no exterior, é o atendimento a hospitais e demais instalações comerciais e industriais.

ção Distribuída, que já se mostra muito vantajoso. Fatores como menor tempo de construção, aproveitamento de resíduos de produção (autoprodução) e potencial redução de custos estão entre os atributos favoráveis ao sistema elétrico nacional”, explica Barroso.

Barroso, da EPE: empregar a energia cogerada junto a hospitais

O presidente da EPE destacou a falta de regulamentação que permita uma evolução mais rápida desse mercado e sugeriu a adoção de uma regulação combinada entre eletricidade e gás, ou seja, combinação da rede para o futuro do fornecimento.

Há locais onde a rede de gás chega onde a rede de distribuição de eletricidade não está presente e isso apresenta oportunidades de sinergias. “A geração de energia elétrica a partir de biomassa fomentaria o desenvolvimento do mercado de Gera-

Crescimento Dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) indicam crescimento de 9% na geração das usinas térmicas movidas à biomassa entre janeiro e setembro deste ano na comparação com 2016. A geração no período foi de 2.865 MW médios, enquanto atingiu 2.630 MW médios no ano passado. O bagaço de cana foi o combustível mais utilizado na geração das usinas movidas a biomassa em 2017 com 85% do total (2.435 MW médios). Na sequência, aparecem o licor negro com 9,2% da produção (262,6 MW médios) e o biogás de resíduos sólidos urbanos com cerca de 2,7% do total (78,7 MW médios).


Dezembro 2017

MERCADO

17


18

INDUSTRIAL

Dezembro 2017

Mudança no conceito de queima Modificações aprimoram processo e diminuem em muito a necessidade de aportes em manutenção, reduzindo a incrustação e o desgaste por abrasão

É preciso superar as demandas geradas pela maior quantidade de impurezas em decorrência da colheita mecanizada

RENATO ANSELMI, DE CAMPINAS, SP

Soluções técnicas – minuciosamente estudadas – voltadas à otimização de caldeiras ou mesmo utilizadas nos projetos de retrofit desses equipamentos podem melhorar o processo de queima do combustível utilizado e reduzir a necessidade de manutenção. Nos projetos desenvolvidos nessa área, existe a necessidade de aplicar conceitos adequados à realidade que envolve atualmente a geração de energia, incluindo a possibilidade de contar com novas matérias-primas, principalmente a palha. Além disso, é preciso superar as demandas geradas pela maior quantidade de impurezas em decorrência da colheita mecanizada. Há caldeiras novas, modernas, que apresentam muitos problemas de manutenção, porque foi criado o conceito de queima em suspensão muito elevada – afirma o engenheiro mecânico Carlos Eduardo de Abreu, diretor da EngBoiler. “Quando ocorre essa queima em suspensão, arrasta-se bastante material particulado para trás que vai para o feixe da caldeira, o pré-ar, lavador, exaustor, chaminé”, detalha. Para corrigir isto, existe a necessidade de melhorar o conceito de queima. “É necessário queimar um pouco mais próximo à grelha (e não na grelha) e melhorar a queima do ar secundário que não pode ser muito alta”, explica. Se a queima for muito alta na fornalha, um pouco longe da grelha, a tendência é a grelha ficar limpa – observa. “O ideal é que uma parte das impurezas fique na grelha. A queima muita alta arrasta tudo para trás, provoca incrustação e desgaste por abrasão e outros motivos”, enfatiza. O posicionamento correto da

USO DA PALHA EXIGE MODIFICAÇÕES NOS PROJETOS DE EQUIPAMENTOS O percentual de palha, misturada ao bagaço, deve ser de 20% no máximo, recomenda o engenheiro mecânico Carlos Eduardo de Abreu. “É uma mistura boa. Ter a queima eficiente é o que mais ajuda”, ressalta. Segundo ele, é preciso estudar mudanças nos projetos de caldeiras novas, nas mais antigas e no retrofit visando a otimização desses equipamentos e, em consequência, do processo de geração de energia. “Todo mundo quer colocar palha. Mas, não há um estudo do projeto da caldeira, considerando o uso dessa biomassa”, diz. O recomendado é usar ar secundário “um pouco mais frio” devido à leveza da palha – esclarece – para proporcionar mais pressão estática. “A redução seria em média de 40ºC a 50ºC, dependendo de cada projeto”, observa. Atualmente é utilizada a temperatura em torno de 220ºC – informa. O mesmo conceito é aplicado no desenvolvimento de projetos para retrofit e equipamentos novos. “No retrofit, há a implementação das melhores tecnologias na caldeira para a queima do combustível, dependendo do espaço físico do equipamento”, afirma. De acordo com Carlos Abreu, é muito importante saber, inicialmente, qual é o combustível que vai ser usado. “Algumas caldeiras começam a operar com bagaço, mudam para bagaço e palha, depois para cavaco”, constata. A partir da definição do combustível, ocorre o desenvolvimento do projeto mais adequado. “A caldeira pode ser operada com outro combustível, que tenha outra característica. Mas, a eficiência maior vai ser em cima do combustível inicialmente definido”, observa. Para queimar bagaço com 50% de umidade em média – tem caso com 52% ou 53% –, o projeto da fornalha considera peso e cálculo volumétrico de ar e de gás para combustível com essas características. “Se ocorrer a adição de palha com 30% de umidade, haverá necessidade de mudanças. Não pode ter temperatura muito elevada. A queima eficiente precisa de uma temperatura de equilíbrio para esse tipo de combustível”, diz. Há mudanças que precisam ser feitas para otimizar a queima do combustível na fornalha. “Quanto menos CO (monóxido de carbono) menos desgaste vai ter na caldeira e mais eficiente vai ser a queima”, enfatiza.

queima é fundamental para a obtenção de bons resultados na geração de bioeletricidade com o uso da palha. Por ser uma biomassa muito leve, a queima inadequada

pode provocar perda dessa matéria-prima. Esse conceito de queima se aplica em caldeiras convencionais, que estão no mercado hoje. “Temos

que trabalhar com o que existe” – enfatiza. Independente da pressão da caldeira, que pode ser de 21, 42, 65, 100 Kgf/cm², o conceito de queima é um só” – afirma.


INDUSTRIAL

Dezembro 2017

melhora eficiência da caldeira DIVULGAÇÃO

Custo e melhorias tecnológicas abrem caminho para o retrofit

O retrofit é importante para melhorar a eficiência das caldeiras em operação. O custo do retrofif, por tonelada de cana, em relação à aquisição e instalação da caldeira nova é bastante vantajoso – compara Carlos Eduardo de Abreu. O desenvolvimento de um projeto adequado e a realização do retrofit melhoram a tecnologia das caldeiras mais antigas. “Cada caso é um caso diferente. É preciso avaliar a viabilidade”, diz. Segundo ele, o retrofit torna-se vantajoso até 40% ou 50% do custo de uma caldeira nova. É preciso considerar que no retrofit não há gastos agregados com itens exigidos para a instalação de um equipamento novo. “A esteira continua sendo a mesma, o espaço é o mesmo”, exemplifica. Em algumas situações, o retrofit pode não compensar, como na mudança da faixa de pressão de 20 para 40 kgf/cm². Neste caso, há necessidade de fazer modificações em toda a caldeira – observa. “Compensa fazer o retrofit, entre outras situações, quando a usina já tem uma caldeira de 42 kgf/cm² e trabalha na primeira fase com 21 kgf/cm². Há necessidade do aumento da área do superaquecedor e, talvez do pré-ar”, destaca. Com o retrofit, ocorre a otimização da caldeira, havendo a melhoria da eficiência dela e da produção de vapor, sem tirar o equipamento do lugar – ressalta. Ventiladores requerem aumento da pressão estática Em relação aos acessórios utilizados nas caldeiras, as mudanças – por causa do uso da palha – só ocorrem com a pressão estática. “Se a usina tiver ventiladores com pressão estática baixa, haverá necessidade de aumentá-la para criar uma cortina de ar. A pressão mais elevada vai misturar melhor esse ar, esse oxigênio com o combustível. Se não houver pressão adequada, no meio da fornalha não chega ar para queimar, para realizar a segunda queima”, observa Carlos Abreu. Segundo ele, é preciso avaliar também se o ventilador atende – ou não – o dimensionamento adequado. “Temos visto caldeira só para bagaço, com queima ruim por causa de erros de projetos em relação à pressão estática nos tubeiros. Para a palha, esses erros podem ter consequências mais sérias”, comenta. Não há necessidade de mudança no exaustor por causa dos 20% de palha, misturada ao bagaço – avalia. “Mudanças devem ser realizadas caso a usina queira produzir mais. O exaustor precisa, neste caso, ser bem dimensionado”, diz.

19


20 INDUSTRIAL

FOTOS DIVULGAÇÃO

Dezembro 2017

João Henrique de Andrade, diretor administrativo da Usina Pitangueiras

Gestão Participativa potencializando os Resultados da Otimização On-Line Para o êxito desse modelo de gestão nas companhias sucroenergéticas, é preciso disseminar e replicar por todas as equipes de trabalho as informações e boas práticas, comprometendo os funcionários com um objetivo comum DOUGLAS MARIANI, DE PITANGUEIRAS (SP)

As empresas têm buscado constantemente o aumento de sua produtividade e eficiência. No mercado sucroenergético esta busca constante tem se tornado ainda mais importante, pois com o achatamento do preço pago pelos produtos, principalmente o açúcar, o custo de produção e a redução das perdas têm se tornado ainda mais relevante e decisiva. Para trabalhar constantemente nesse nível de excelência é fundamental que os funcionários estejam estimulados e engajados com os objetivos da empresa. Para atingir este objetivo, uma das ferramentas mais utilizadas é a Gestão Participativa, compartilhando méritos e responsabilidades e, assim, comprometendo os funcionários

com um objetivo comum. Mas para que todo este modelo de gestão funcione é necessário que as informações e boas práticas sejam disseminadas e que possam ser replicadas por todas as equipes de trabalho. Outro ponto fundamental é que toda equipe esteja pensando no negócio como um todo e que todos entendam que uma determinada ação pode prejudicar pontualmente uma área em benefício do bem maior da empresa como todo. Este caso é muito comum no processo produtivo de uma planta, que se depara constantemente com estes cenários de tomada de decisão. Como por exemplo, quando o aumento da extração da moenda leva a perda de eficiência na cogeração. Ou como decidir qual o nível de preço que é

viável aumentar a produção de etanol em relação ao açúcar para o nível atual de perdas fermentativas e entre outras coisas. Para direcionar estas decisões e para que todos entendam os movimentos e ações tomadas buscando o bem maior da planta, é indicado o uso do S-PAA, uma ferramenta de simulação e otimização on-line dos processos. O S-PAA simula o comportamento da planta e prevê o desdobramento das ações, indicando ao longo do tempo uma melhor forma de opera-la. Com isso, os gestores conseguem disseminar as boas práticas e fazer com que ajustes/recomendações cheguem mais facilmente para a equipe de operação da planta, e estes também podem utilizar os ferramentais

de execução do ciclo PDCA on-line do S-PAA para passar informações do dia-a-dia do campo para os gestores, potencializando assim a Gestão Participativa. Uma planta sucroenergética tem uma grande quantidade de processos que devem ser acompanhados e controlados pelas equipes de operação, supervisão e gerência para que estes operem dentro dos objetivos propostos e alcancem suas metas. Na Gestão Participativa estes objetivos e metas são definidos com a participação de todos os colaboradores, com base nas informações oriundas em todas as camadas operacionais. As ações que apresentam o melhor desempenho são disseminadas por todas as equipes e se tornam um padrão operacional, que está


Dezembro 2017

INDUSTRIAL

21


22

INDUSTRIAL

Dezembro 2017

constantemente em avaliação. O S-PAA faz com que o ciclo PDCA on-line seja executado para cada cenário vivido na usina e fornece métodos para retroalimentar o ciclo. Uma vez que o gestor tem à sua disposição em uma única ferramenta todas as informações para entender os cenários de desvios e atuações da operação, e com base nisso chegar a uma conclusão com sua equipe

Os dados referentes a cada cenário, como por exemplo, as justificativas que os operadores deram ao ver uma instrução e quais ações foram tomadas durante a ocorrência dos eventos estão facilmente acessíveis. A operação pode retroalimentar o ciclo de maneira estruturada.

JUSTIFICATIVAS OPERADOR DATA 10-11-2015 11:32 10-11-2015 11:32 10-11-2015 11:32 10-11-2015 11:32

EQUIPAMENTO JUSTIFICATIVA Dorna 1 Problema trocadores de calos, causou aumento temperatura. Dorna 2 Problema trocadores de calos, causou aumento temperatura. Dorna 3 Problema trocadores de calos, causou aumento temperatura. Dorna 5 Problema trocadores de calos, causou aumento temperatura.

E os gestores têm controle do nível de informações e direcionamentos que realmente chegam à operação.

RELATÓRIOS DE CLICKS DATA

EQUIPAMENTO TIPO

12-11-2015 16:32

Dorna 2

Fechou

13-11-2015 08:19

Dorna 1

Fechou

EVENTOS OCORRIDOS DATA 11-11-2015 13:00 11-11-2015 13:00 11-11-2015 13:00 11-11-2015 13:00 11-11-2015 13:00 11-11-2015 13:00 11-11-2015 13:00 11-11-2015 13:00 11-11-2015 13:00 11-11-2015 13:00 11-11-2015 13:00 11-11-2015 13:00

EQUIPAMENTO Caldeira Engevap Dorna 3 Dorna 5 Dorna 1 Redutora V1/V2 Caldeira Equipalcool Dorna 2 Vapor Fabrica Alivio_C Aliveio_D Turbo Bomba Equipalc Turbo Bomba Engevap

NÚMERO DE OCORRÊNCIA 12 7 12 11 8 0 0 0 0 0 0 0


INDUSTRIAL 23

Dezembro 2017

Com todos estes dados disponíveis em uma ferramenta integrada e que conta com atuação e otimização on-line, o gestor poderá chegar de modo mais eficaz a uma conclusão e ajustar o plano de ação, iniciando um novo ciclo e garantindo a melhoria contínua com baixo consumo de recursos humanos e liberando a sua equipe para

atividades menos reativas e com maior foco em melhoria, deixando o S-PAA trabalhar e implementar o PDCA por ele. Um exemplo de sucesso de Gestão Participativa aliada à Tecnologia é a Usina Pitangueiras. Na safra de 2017 a usina mudou o seu modelo de gestão industrial, passando de um modelo mais centralizador

para um modelo de Gestão Participativa. A combinação desta Gestão Participativa com a Tecnologia presente nas ferramenta de difusão de informação como o LYNKS e de sistemas de simulação e otimização on-line para o setor de açúcar e etanol (S-PAA) permitiram melhorias relevantes tais como :

PRINCIPAIS MELHORIAS AUMENTO DE 3,5% DA DISPONIBILIDADE INDUSTRIAL AUMENTO DE 3,5% DA MOAGEM EFETIVA REDUÇÃO DE 21,0% DAS PERDAS INDETERMINADAS AUMENTO DE 7,8% DA ENERGIA EXPORTADA AUMENTO DE 7,1% DA CAPACIDADE DO AUMENTO DE MIX AÇUCAREIRO AUMENTO DE CERCA DE 1,0% DA EFICIÊNCIA INDUSTRIAL ATINGINDO O VALOR MÉDIO DE CERCA DE 92%! Usina Pitangueiras: na safra 2017/18 a empresa adota novo modelo de gestão industrial, passando de modelo mais centralizador para modelo de Gestão Participativa

“ATUALMENTE O NÍVEL DE TRABALHO E DEDICAÇÃO É MAIOR, MAS QUANDO VEMOS O RESULTADO OBTIDO E VEMOS QUE FAZEMOS PARTE DIRETAMENTE DISSO, A SATISFAÇÃO COMPENSA O ESFORÇO ADICIONAL” RUAN MANTOVANI, LÍDER DE ENGENHARIA DA USINA PITANGUEIRAS

Vale ressaltar que a Usina Pitangueiras já tinha resultados bastante interessantes e este salto partindo do patamar de eficiência que a usina estava é bastante relevante. Outro ponto de destaque é o espirito da equipe e a ambiência, visto que a Gestão Participativa fez com que todos se sintam mais parte do resultado. Para o Líder de Engenharia e Novas Tecnologias, Ruan Mantovani, “Atualmente o nível de trabalho e dedicação é maior, mas quando vemos o resultado obtido e vemos que fazemos parte diretamente disso, a satisfação compensa o esforço adicional”.

Segundo o Gerente Industrial, Claudemir Leonardo, “Uma ferramenta como o S-PAA ajuda bastante a implementação de uma nova Política de Gestão, onde a base é mais participativa, autônoma e responsável, e a média gestão tem mais disponibilidade para atuar na Gestão Estratégica. Para o sucesso do projeto, foi e continua sendo imprescindível o apoio da diretoria.” Na opinião do Diretor, João Henrique de Andrade,  "Com o novo estilo de Gestão Participativa, estamos colhendo várias possibilidades de melhorias em todos os setores, vindas dos operadores e seus encarregados que realmente sa-

bem a melhor maneira de tocar cada processo da empresa, com o uso do SPAA boa parte dessas melhorias são implementadas e são registrados os ganhos comparando com o que tínhamos antes, tendo um resultado olhando o todo da Planta e não somente o local onde foi implementado a ideia inicial.  As vezes nos surpreendemos vendo que uma mudança gera ganhos em vários índices diferentes de setores diferentes." O caso da Pitangueiras mostra que quando uma forma eficiente e moderna de gestão utiliza ferramentas de alta tecnologia um novo patamar de eficiência operacional é alcançado.


24

INDUSTRIAL

Dezembro 2017

Grupo Exal apresenta suas novas te Sistema permite economizar em 50% o consumo de vapor, além de reduzir em muito o consumo de água no processo FOTOS DIVULGAÇÃO

Com sua fábrica localizada no Distrito Industrial Uninorte, em Piracicaba (SP), o Grupo Exal revela todo seu potencial de soluções para o setor sucroenergético, e se destaca nas tecnologias desenvolvidas. O grupo fabricante de bens de capital é referencia nacional em tecnologia para otimização dos processos e aumento da produção industrial, além, de inovar conceitos. A equipe técnica do Grupo Exal possui cerca de 50 funcionários e técnicos com mais de 40 anos de experiência em usinas e destilarias. O Setor de Engenharia e Projetos, liderada pelos engenheiros Augusto Basualto Diaz e Dino Basualto, é responsável por essa contribuição. Nos últimos anos, desenvolveram e implementaram diversos projetos que se destacaram no setor, dentre eles, Destilação a vácuo, Concentração de vinhaça biconjugado, Colunas Flex, Coluna de CO2, Peneira Molecular, etc.

Da esquerda para a direita: Alex Carrasco;, engenheiro e Diretor Administrativo; Augusto Diaz, Diretor Geral, Dino Basualto, engenheiro e Diretor de Engenharia, Amauri Moura, Gerente de Projeto; e Rodney Roston, Gerente Comercial

A destilação a vácuo é um sistema muito eficaz para as destilarias de hoje, onde é possível economizar 50% do consumo de vapor em relação às convencionais, além de reduzir significativamente o consumo de agua

no processo. O Grupo Exal desenvolveu uma técnica onde é possível viabilizar a transformação fazendo um retrofitt dos aparelhos existentes. Toda engenharia de transformação é gerenciada pelo grupo, tanto a parte

in loco quanto as modificações dos aparelhos, efetuadas em sua fábrica, no Uninorte. “A Destilação a vácuo será o grande trunfo das usinas no futuro próximo” salienta seu diretor, Augusto Diaz.


INDUSTRIAL 25

Dezembro 2017

cnologias ao setor Sucroalcooleiro A empresa possui três unidades instaladas no brasil e em operação, além de garantir uma economia de 50% no consumo de vapor no processo, permite a concentração de até 40% do volume de vinhaça, sem desprender energia extra, e melhora a qualidade do etanol devido as condições de temperatura de trabalho, conforme informa o diretor, Dino Basualto. Já pensando na questão ambiental, que hoje em dia impacta diretamente em todas as unidades de destilarias, o Grupo Exal oferece novas tecnologias implantadas no setor, como a coluna “A” Flex é projetada para trabalhar tanto com vinho de cana quanto o de milho. Possui uma alta eficiência na produção e reduz a perda de vinho na vinhaça na base da coluna, com isso é possível a usina manipular sua utilidade de acordo com a matéria prima aplicada. Possuem uma unidade já instalada no Brasil e em pleno funcionamento. Em termos de Concentração de vinhaça, projeto aprimorado pelo departamento de Engenharia,

existem diversas opções de implementação. Onde a economia do consumo de vapor para concentrar a vinhaça pode ser reduzida pela metade dos sistemas convencionais. “A tecnologia de evaporação de alta eficiência, empregada pelo Grupo Exal, alem de possuir um baixo consumo de vapor, é economicamente viável sua implantação" informa o gerente comercial , Rodney Roston. É possível chegar a 90% de redução do volume de vinhaça, o que viabiliza a logística de distribuição na fertirrigação. Sempre enxergando as necessidades dos clientes, o que permite o crescimento da empresa, permitindo sempre novos desafios. O Grupo Exal conta hoje com diversos profissionais experientes e possuem uma estrutura e logística de fabricação totalmente reformulada. “Estamos bem equipados e alinhados com a linha produtiva, com condições de atender as futuras demandas que tendem a ser de grande expressão” afirma o diretor administrativo, Alex Carrasco.

Augusto Diaz, engenheiro e Diretor Geral da Exal


26 AGROINDUSTRIAL

Dezembro 2017

Caminhos para a redução de custos DIVULGAÇÃO

Manutenção e gestão de ativos é o foco de Congresso realizado com sucesso pela Lema Empresarial em Araçatuba no mês de novembro Aconteceu no dia 21 de novembro em Araçatuba (SP) o 1° Congresso de Manutenção Agroindustrial e Gestão de Ativos. Promovido pela Lema Empresarial, consultoria especializada em manutenção automotiva, o evento apontou os caminhos para redução de custos na manutenção e gestão de ativos e superou as expectativas de público dos idealizadores. “O congresso superou nossas expectativas em 15% na quantidade de inscritos. Acredito que isso foi resultado do conteúdo proposto. Tivemos abordagens técnicas para que os responsáveis

O FUTURO DO RENOVABIO Gomes, da Lema: "congresso superou nossas expectativas em 15% na quantidade de inscritos

pelo planejamento operacional e tático das usinas pudessem ampliar seus conhecimentos”, informa Manoel Gomes, diretor da Lema Empresarial. De acordo com ele alguns temas foram altamente relevantes, como, por exemplo, o plano diretor de lubrificação, como se tratar lubrificantes e diesel de forma correta, como fazer o planejamento e controle de manutenção de forma

assertiva. “Procuramos trabalhar estes temas importantes para o processo de manutenção de forma detalhada”, conta. Para Gomes, a próxima safra promete manter a proposta de buscar a redução de custos como forma de rentabilidade. “Fazer mais com menos será o objetivo de muitas usinas diante de um período econômico que dá sinais de que será difícil”, alerta o consultor.

Embora a proposta do evento não tivesse uma pauta política, também deu espaço para que o futuro sobre o Renovabio fosse abordado. Em vídeo, o deputado federal Evandro Gussi (PV-SP), autor do projeto, afirmou que os próximos passos da comissão que trabalha em prol do programa é aprovar com urgência da proposta no Congresso e em seguida no Senado. “Queremos a urgência para que o projeto vá logo ao plenário para ser votado na Câmara e, depois, no Senado”, disse o parlamentar. “No médio prazo o Renovabio representa uma revolução para os biocombustíveis e para o setor sucroenergético”, afirma Guzzi. Segundo o deputado, um dos motivos da crise registrada no setor sucroenergético foi a falta de previsibilidade sobre o etanol. “O Renovabio permite essa previsibilidade”.


AGRÍCOLA

Dezembro 2017

27

Fornecedor revela como alcançar índice de produtividade revolucionário Canaviais da Fazenda Boa Esperança de Campo Florido (MG) comparado com a média de outras regiões remuneram dois mil reais a mais por hectare de cana plantado DIVULGAÇÃO

Na Fazenda Boa Esperança, em Campo Florido, no triangulo mineiro, encontram-se umas das lavouras de cana-de-açúcar mais produtivas do Brasil. O crescimento vertiginoso dos últimos anos revela uma produtividade incomum. De 2011 para 2017 a fazenda dobrou sua área agricultável de cerca de 5,4 para 10,8 mil hectares. A produção de cana foi de cerca de 371 mil para aproximados 1,2 milhão de toneladas. Os desejados três dígitos de produtividade (toneladas de cana por hectare) estão presentes nas últimas safras, definidos atualmente em aproximadamente 106 toneladas por hectare. Mas o indicador que mais impressiona é a quantidade de toneladas de açúcar por hectare, que cresceu de cerca de 9,8

para 15,05 toneladas em seis safras. O que equivale — calculado ao valor do Consecana estabelecido pela associação local, Canacampo: comparado com a média de outras regiões — a dois mil reais a mais por hectare de cana plantado comparado à outras regiões produtoras do País. Além do produtor, quem também colhe a riqueza produtiva dos canaviais da Fazenda Boa Esperança são as usinas Coruripe, também de Campo Florido e a Santo Ângelo, de Pirajuba (MG). O diretor-presidente da fazenda, Ademir Ferreira de Mello, atribui ao sucesso de seu cultivo uma série de fatores, mas ressalta a generosidade da natureza como principal fator. “A terra nos dá tudo o que precisamos,


28 AGRÍCOLA

Dezembro 2017 DIVULGAÇÃO

CANA GLOBAL EVENTOS/SAFRA 2011 ÁREA PRODUÇÃO ATR TCH AÇÚCAR VAR. % ANO VAR. ACUM.

2012

2013

5.343,55 6.123,32 6.648,46 370.530,79 484.503,72 598.670,08 141,31 136,32 129,36 69,34 79,12 90,05 9.798,82 10.786,02 11.648,35 10,1% 10,1%

só temos que saber lidar com ela”, filosofa o produtor. Poesia à parte, Mello encampa uma equipe própria, contando com o suporte de empresas especializadas em produtividade agrícola, como a Ubyfol, por exemplo, que trabalha em conjunto, como cientistas do campo em busca de resultados jamais explorados. “Não sou conservador no que diz respeito a novas formas de cultivo. Por isso há alguns anos me arrisquei com novas técnicas que pudessem ser mais eficazes”, afirma Mello. Ciclo da alta produtividade

8,0% 18,9%

16,2% 38,1%

vai do plantio à colheita O diretor-presidente da Fazenda Boa Esperança conta que deu o primeiro passo para obter maior produtividade há quatro anos, quando adotou diversas práticas para melhoria da lavoura, tais como: plantio de meiose, rotação de cultura com soja, tratamento biológico, entre outras. “O perfilhamento foi excelente”, conta. Outro ponto relevante foi a adubação foliar. Nos últimos 20 anos a Ubyfol fez mais de seis mil análises de folha de cana-de-açúcar. “As pesquisas tiveram o objetivo de descobrir o que o canavial precisava

2014

2015

2016

2017

6.141,86 6.737,93 10.663,56 10.816,14 606.202,32 698.360,19 1.140.609,69 1.166.646,63 137,12 135,32 139,15 143,27 98,70 103,65 106,96 107,86 13.534,08 14.024,95 14.884,45 15.452,97 3,6% 43,1%

6,1% 51,9%

3,8% 57,7%

e não as necessidades de nossa empresa”, destaca. A formação de talentos é outra premissa que traz sucesso às lavouras da Boa Esperança. “Capacitar minha equipe foi e é atualmente um dos pilares do nosso bom trabalho”, ressalta Mello, que possui engenheiros agrônomos e técnicos agrícolas pratas da casa, com conhecimento sobre tratos culturais, utilizando, inclusive, o controle biológico. A colheita é a outra ponta que fecha o ciclo de alta produtividade. “As mudanças da colheita manual para mecanizada foram abruptas. Tivemos que fazer um trabalho in-

cisivo acompanhando o aumento progressivo de velocidade de nossas colhedoras, até encontramos o torque adequado para mandarmos para o transbordo a cana com a quantidade mínima de impurezas trabalhando com a velocidade máxima possível”, explica. Mello diz que ao encontrar a velocidade adequada para a operação da colhedora, mitigou também o pisoteio, poupando o solo de maiores estresses. “Hoje trabalhamos com nossas máquinas colhendo no máximo em média se deslocando a três quilômetros por hora”, informa.


AGRÍCOLA 29

Dezembro 2017

Os fornecedores de cana estão preparados para colaborar com o setor em produtividade ALESSANDRO REIS

Nascido em Pitangueiras (SP) em 1952, Ademir Ferreira de Mello começou sua história com a cana-de-açúcar em 1984 quando os fundadores da Usina Santo Angêlo, de Pirajuba (MG) construíram a unidade e o convidaram para cultivar a gramínea e fornecer a eles. Mello, que havia fundado a Fazenda Boa Esperança em 1980 cultivando cereais, aceitou o desafio. Desde então tem feito um trabalho excelente comprovado por números e desenvolvido sobretudo, por pesquisas. “É importante pesquisar e observar o comportamento da cana. Entende-la e respeitar o comportamento da natureza é a melhor forma de alcançar altas produtividades”, afirma. Tornou-se influente na região, chegando a ser prefeito do município e um dos fundadores da Canacampo, que associa outros fornecedores de cana da região. Atualmente, comanda em sua fazenda uma equipe com mais de 450 funcionários que contribuem para que há seis anos seus canaviais

alcancem resultados de três dígitos. Na entrevista a seguir, Mello fala sobre seus desafios como fornecedor de cana e suas impressões para o futuro. JornalCana - Quais são os desafios do fornecimento de cana-de-açúcar? Ademir Ferreira de Mello - O maior desafio é quebrar os paradigmas da agricultura convencional, que fez diferença aqui em nossa região, principalmente após a saída do corte manual para a mecanização, eliminando-se a queima da cana. É necessário estar atento às novas tecnologias e também melhores práticas adotadas por outros produtores de cana. O fornecedor de cana precisa ser mais competente? Claro! O fornecedor precisa sair do conformismo que o torna menos eficiente. Ele precisa oferecer cana com qualidade para ser valorizado como deve.


30 AGRÍCOLA

Dezembro 2017

ENTREVISTA — DJALMA EUZÉBIO SIMÕES NETO

Busca de produtividade deve ser permanente Essa meta vale principalmente para a região Nordeste, onde não houve aumento de área plantada de cana ARQUIVO PESSOAL

Djalma Euzébio Simões Neto, é o presidente da STAB Regional Setentrional, também coordenador o Programa de Melhoramento Genético da Cana-de-açúcar - PMGCA da UFRPE/RIDESA e é diretor da Estação Experimental de Cana-de-açúcar de Carpina da UFRPE. Formado em Engenharia Agronômica é um dos principais pesquisadores da cana-de-açúcar do país. Na entrevista concedida a Ubyfol, ele fala sobre a importância da produtividade agrícola em tempos de crise. Confira: Qual a importância da produtividade agrícola dentro do processo produtivo? Entre os principais segmentos de importância para a economia nacional, sem dúvida alguma o agronegócio se apresenta como o maior destaque. A cana-de-açúcar participa neste contexto por sua importância na geração de emprego e por fazer do pais um destaque em matéria de produção de energia limpa e renovável. Quanto a produtividade agrícola dentro desse processo produtivo sucroenergético, sua manutenção tem que ser preservada e permanentemente se buscar sua elevação. Na região Nordeste onde não se teve aumento de área plantada nos últimos anos, e em alguns estados até redução, este foco torna-se de suma importância. Quais decisões vêm sendo tomadas que refletem na manutenção das altas produtividades dos canaviais?  A manutenção da produtividade, sem deixar de buscar sempre novas tecnologias para sua elevação, passa por vários fatores. Inquestionavelmente, pode-se iniciar pelos Programa de Melhoramento Genético da Cana-de-Açúcar existentes em pleno funcionamento no Brasil como CTC, IAC e RIDESA, este último com suas variedades RB ocupando mais de 6 milhões de hectares no país, fruto do trabalho de universidades públicas; garantindo geneticamente a substituição das variedades que entram em declínio produtivo por novas cultivares, processo que no Brasil ocorre com muita intensidade e eficácia nas

últimas décadas. Aliados as variedades, os bons equipamentos para preparo do solo e cultivo e os excelentes defensivos existentes no mercado, a nutrição vem se mostrando nos últimos anos como forte componente. Como pontos com espaço para avanços, pode-se citar a falta de mudas, pouca reforma, qualidade da colheita mecanizada, e especialmente no Nordeste a irrigação, com destaque para o sistema de gotejamento. Dentro do pacote tecnológico disponível para a cultura da cana-de-açúcar, a nutrição complementar via folha configura-se como uma ferramenta de relevância? Sem dúvida dentro do pacote tecnológico existente para cana-de-açúcar, a nutrição como todo é uma ferramenta extremamente fundamental, e a foliar faz parte deste contexto aumentando produtividade, sobretudo em soqueiras.  A nutrição foliar nos últimos anos vem crescendo significativamente em cana-de-açúcar, com várias opções no mercado de produtos, e tecnologias de aplicação, mostrando sua contribuição no processo de aumento de produtividade.  Salienta-se, ainda, o importante papel da calagem e gessagem, que são imprescindíveis para o sucesso de um programa nutricional.

DOUTORES DA CANA


AGRÍCOLA

Dezembro 2017

31

Dupla ação na cultura da cana-de-açúcar É o que gera o fungicida e nematicida microbiológico TRICHODERMIL SC 1306, registrado pela Koppert DIVULGAÇÃO

O uso de Trichoderma harzianum vem se consagrando nos sistemas agrícolas brasileiros nos últimos dez anos, muito em função da obtenção do primeiro produto registrado no Brasil a base do fungo Trichoderma hazianum, como fungicida microbiológico, obtido pela Koppert no ano de 2007. Os dados de campo do TRICHODERMIL SC 1306 celebram a excelência do produto na redução e controle de diferentes alvos, como Fusarium (podridão), Rhizoctonia (mela ou tombamento) e Sclerotinia (mofo branco) para diversas culturas desde grãos, gramíneas e HF. Seu modo de ação ocorre de maneiras distintas, dentre elas pelo controle de fungos fitopatogênicos, uma vez que o Trichoderma possui alta competência em colonizar solos e sistemas radiculares, o que primeiramente propicia ao fungo a ocupação dos sítios de infecção e por consequência a produção de metabólitos, enzimas (substancias voláteis) que são liberadas

Luciano Olmos Zappelini, Gerente de Produção e Desenvolvimento Koppert do Brasil

pelo Trichoderma gerando uma barreira química aos fitopatógenos, bem como desencadeiam nas plantas uma resposta fisiológica à produção de fitohormonios, o que diretamente maximiza o potencial produtivo das culturas, caracterizando assim a ação de Promoção de Crescimento de Plantas. O Trichoderma ainda possui a capaci-

dade de parasitar escleródios e hifas e fungos causadores de doenças no solo, inviabilizando-os e contribuindo significativamente na redução da incidência de doenças. A solubilização de nutrientes no solo tornando-os disponíveis às plantas também é atribuída a ação do Trichoderma na rizosfera. Através de muita inovação em pes-

quisa frente aos diferentes modos de ação do agente biológico de controle Trichoderma harzianum, cepa 1306, constatou-se que alguns metabólitos ou enzimas possuem ação direta sobre populações de nematoides fitopatogênicos, dentre eles o Pratylenchus zeae (nematoide das lesões). Desde então a Koppert dedicou-se a condução de repetidos campos experimentais bem como ensaios de praticabilidade agronômica contra o alvo Pratylenchus zeae o acarretou na inclusão deste no registro do produto TRICHODERMIL SC 1306, passando para fungicida e nematicida microbiológico através da aprovação do Ministério da Agricultura desde setembro de 2017. Sendo assim, além de todos os já conhecidos benefícios, o produto TRICHODERMIL SC 1306 passa a ter dupla ação (fungicida e nematicida microbiológico) na cultura da cana-de-açúcar combatendo diretamente fungos e nematoides fitopatogênicos..


32

AGRÍCOLA

Dezembro 2017

Ácidos orgânicos e aminoácidos: agentes complexantes DIVULGAÇÃO

Longevus, do grupo Fertiláqua, integra condicionadores do solo a base de ácidos orgânicos, que atua no processo de revitalização de solo Os ácidos orgânicos desempenham funções importantíssimas na relação solo-planta, influenciando diretamente na estrutura física, química e microbiológica dos solos, além de afetar o metabolismo e crescimento das plantas. Os ácidos fúlvicos, que possuem propriedades redutoras, combinam-se com óxidos de ferro e de alumínio, argilas e outros compostos orgânicos, além de formarem complexos estáveis com Fe, Cu, Ca e Mg. Tal ação desfavorece a manutenção de íons metálicos no solo e, assim, reduz a toxidez destes elementos. Além de aumentar o poder tampão dos solos, reduzindo as variações de pH do meio. O incremento de fósforo solúvel através da complexação de Fe+2 e Al+3 em solos ácidos e do Ca+2 em solos alcalinos também são características dos ácidos orgânicos. Estudos identificaram a eficiência das substâncias húmicas em complexar certos metais pesados como mercúrio e níquel em solos de cultivo, e que o uso das substâncias reduziu o nível de mercúrio em função da relação entre sua quantidade e a fração húmica. Isso traz benefícios para os solos, pois podem complexar ferro de forma

que façam parte da sua configuração e atribua maior fertilidade. Em relação às interferências no metabolismo das plantas, os ácidos possuem a propriedade de complexar e disponibilizar cátions às plantas, principalmente, micronutrientes. A complexação de nutrientes por aminoácidos apresenta vantagens na correção de deficiências nutricionais causadas por estresse biológico, físico ou químico. Além disso, possuem elementos mais biodisponíveis, com um grau maior de aproveitamento, que favorece a velocidade e a eficiência da absorção pelas plantas. Hoje, existem condicionadores do solo a base de ácidos orgânicos, aminoácidos e nutrientes, como a Linha Longevus do grupo Fertiláqua, que atua no processo de revitalização de solo. Os produtos – Longevus Soca e Longevus Planta – contribuem na melhoria dos aspectos do solo e interferem no desenvolvimento e metabolismo das plantas, refletindo em solos mais equilibrados e produtivos. Além de melhorar a qualidade do solo, a linha também tem como objetivo apresentar maior longevidade para o canavial, alinhando com alta produtividade.

Sobre o Grupo Fertiláqua

Um dos maiores grupos de nutrição, fisiologia de plantas e revitalização de solo, a empresa Fertiláqua atua por meio das marcas Aminoagro, Dimicron, Maximus, Longevus no segmento de cana-de-açúcar, e Golden Seeds para sementeiras e produtores de sementes. A companhia pertence ao fundo de investimento Aqua Capital. Com mais de 300 colaboradores e presença em todo o Brasil e no Paraguai, a empresa investe em pesquisa, tecnologia e inovação. A Fertiláqua conta com a sede administrativa em Indaiatuba/SP, fábricas em Cidade Ocidental/ GO, Cruz Alta/RS e Cuiabá/MT, dois Laboratórios de Análise de Sementes (LAS) e um Centro de Inovação Tecnológica (CIT). O grupo disponibiliza uma iniciativa pioneira, o Programa Construindo Plantas (PCP), com ações específicas em cada fase das culturas, do plantio à colheita, para potencializar o desenvolvimento de plantas mais eficientes, e um solo com melhores qualidades físicas, químicas e biológicas, buscando com isso sistemas com maiores potenciais produtivos e consequentemente rentabilidade. Com o objetivo de reconhecer a qualidade das sementes de soja no mercado brasileiro, foi criado pelo grupo o selo Sementes de Verdade. Mais informações no website: www.fertilaqua.com.


AGRÍCOLA 33

Dezembro 2017

Alagoas volta a investir em canaviais ARQUIVO PESSOAL

Safra 18/19 deverá ter 2 milhões de toneladas de cana-de-açúcar acima da oferta da temporada 17/18, diz presidente do Sindaçúcar-AL DELCY MAC CRUZ, DE SÃO PAULO

Os empresários do setor sucroenergético de Alagoas retomam investimentos em cana-de-açúcar. Projeção do Sindicato da Indústria e do Álcool do Estado de Alagoas (Sindaçúcar-AL), feita a pedidos do JornalCana, revela que ao longo deste 2017 foram cultivados hectares com 2 milhões de toneladas de cana. Com esse cultivo, o presidente do Sindaçúcar-AL, Pedro Robério Nogueira, estima que a safra de cana-de-açúcar 2018/19 no estado chegue a uma moagem de 17 milhões de toneladas. A moagem prevista para o ciclo 18/19 seguirá abaixo do patamar histórico de moagem pelas usinas de cana de Alagoas, que é de 23 milhões de toneladas. Mas as previstas 17 milhões de toneladas na 18/19 são motivos de otimismo, uma vez que a safra em andamento deverá chegar no máximo a um processamento de 15 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. “A 17/18 ainda não é safra de recuperação”, diz, em entrevista ao JornalCana, o presidente do Sindaçúcar-AL. A não recuperação da produção sucroenergética, segundo ele, também atinge as demais unidades processadoras de cana-de-açúcar de toda a região Nordeste do país. “A safra 17/18 é a primeira, depois de três safras sucessivas de seca, onde caímos para quase a metade de nosso histórico de produção”, afirma o executivo. Com moagem de 15 milhões de toneladas de cana, a produção das usinas de cana de Alagoas deverá chegar a 600 mil metros cúbicos de etanol, sendo 50% anidro e 50% hidratado, e a 1,2 milhão de tonelada de açúcar. Segundo o presidente do Sindaçúcar-AL, 18 usinas de cana-de-açúcar operam na safra 17/18 em Alagoas.

DIVULGAÇÃO

Pluviosidade Conforme Nogueira, apesar da quebra a 17/18 gera significado positivo. “Essa é a primeira safra na qual o sistema de pluviosidade indica que o período de seca se afastou”, comenta. O mês de novembro, emenda, registrou chuvas regulares. “Significa que se deixou de decrescer a oferta de cana, mas ainda não é a safra de recuperação.” Para essa recuperação, diz, será preciso investir em plantios. “Isso ficará por conta da safra 2018/19”, prevê.

Nogueira, do Sindaçúcar-AL: "a safra 17/18 ainda não é de recuperação"


34 GENTE

Dezembro 2017

CONEXÕES E AMIZADES Promovendo networking de qualidade com as personalidades mais influentes do setor, MasterCana foi considerado o evento mais representativo de 2017 DIVULGAÇÃO

Fazendo uma analogia sobre a forma como as redes sociais, Linkedln e Facebook interligam seus usuários, Josias Messias, presidente da ProCana Brasil abriu a 25a edição do Prêmio MasterCana Brasil, realizado na noite de 6 de novembro em São Paulo, capital. “O Linkedln define a ligação entre seus usuários como conexões, pois é uma rede de executivos. Já o Facebook é uma plataforma que promove amizade. Por isso define a ligação de seus usuários como amigos. A história da ProCana e do Prêmio MasterCana foi construída sob estes dois pilares: conexões e amizades. Este é o propósito do evento”, declarou Messias, durante seu discurso de abertura. A tônica do discurso, realizou-se no evento. O jantar foi o mais representativo do setor em 2017, permitindo aos participantes um networking de qualidade com personalidades emblemáticas. Esta edição do evento incluiu o MasterCana Award, que ampliou a abrangência da premiação a outros países, reconhecendo usinas, empresas e personalidades internacionais. Ao discursar após receber o troféu da categoria Sugar Man of the Year, o presidente do conselho da Cosan, Rubens Ometto, analisou os sinais dos tempos em relação às suas participações na premiação. “Nas primeiras edições do MasterCana, sendo eu mais jovem, vinha para apertar com ideias e fazer perguntas aos mais velhos e experientes líderes do setor. Hoje, sou eu quem ocupo esse lugar. Portanto espero ser apertado por ideias novas e todas essas demais coisas pelos mais jovens presentes aqui”, disse. Carro elétrico e protecionismo do açúcar O empresário aproveitou para alertar contra o avanço do carro elétrico em detrimento ao motor híbrido a etanol. “A palavra da moda é disruptivo. E temos realmente uma ameaça grande pela frente que é o carro elétrico. Por isso, precisamos trabalhar para reduzir custos e organizar nosso negócio”. Ometto também sugeriu que os

Ometto lançou alerta durante discurso no evento: setor deve estar atento quanto à ameaça do carro elétrico

“NAS PRIMEIRAS EDIÇÕES DO MASTERCANA, SENDO EU MAIS JOVEM, VINHA PARA APERTAR COM IDEIAS E FAZER PERGUNTAS AOS MAIS VELHOS E EXPERIENTES LÍDERES DO SETOR. HOJE SOU EU QUEM OCUPO ESSE LUGAR. PORTANTO, ESPERO SER APERTADO POR IDEIAS NOVAS" RUBENS OMETTO, SUGAR MAN OF THE YEAR DO PRÊMIO MASTERCANA 2017

produtores precisam trabalhar para organizar e evoluir a produção de açúcar para obter melhor rentabilidade. “Digo isso, porque o Brasil é o maior produtor e exportador de açúcar e ainda não sabemos organizar isso de forma competente para melhorar a nossa rentabilidade. Temos que continuar lutando para acabar com o protecionismo do

açúcar no mundo, que é ainda muito controlado”. Como é grande o meu amor por você... Como demonstração de que o jantar foi além da busca por conexões profissionais, o presidente do conselho da Unica, Pedro Mizutani, encerrou o evento cantando

com os amigos. Descendente de orientais, Mizutani, interpretou em japonês a canção My Way, conhecida na voz de Frank Sinatra. Finalmente, ao coro quase uníssono dos participantes, Mizutani cantou Trem das Onze — clássico dos Demônios da Garoa. Confira a seguir os laureados:


GENTE 35

Dezembro 2017

MASTERCANA AWARD

SUGAR MAN OF THE YEAR - RUBENS OMETTO SILVEIRA MELLO, PRESIDENTE DO CONSELHO DA COSAN

CEO OF THE YEAR - JOSÉ ORIVE, DIRETOR EXECUTIVO DA ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO AÇÚCAR (ISO)

SUGAR MILL OF THE YEAR - INGENIO SUCROALCOHOLERO AGUAÍ, DA BOLÍVIA, REPRESENTADO POR CRISTÓVAL RODA, PRESIDENTE DO CONSELHO DIRETOR

TRADING OF THE YEAR - COPERSUCAR, REPRESENTADA POR GUILHERME PATRUS PENA, GERENTE DE COMUNICAÇÃO E RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

JOINT VENTURE OF THE YEAR - BEVAP, BIOENERGÉTICA VALE DO PARACATU, REPRESENTADA POR SÉRGIO MACEDO FACCHINI E JUAN MANUEL RUBIO

SUSTAINABILITY OF THE YEAR - GRUPO PANTALEON, DA GUATEMALA, REPRESENTADO POR VICENTE ESQUIT, GERENTE AGRÍCOLA DA UNIDADE VALE DO PARANÁ

EMPRESÁRIO DO ANO - LUCIANO SANCHES FERNANDES, PRESIDENTE DA CERRADINHOBIO

EXECUTIVO DO ANO - LUIS HENRIQUE GUIMARÃES, DIRETOR PRESIDENTE DA RAÍZEN

MASTERCANA BRASIL

LÍDER DO ANO - PEDRO MIZUTANI, PRESIDENTE DO CONSELHO DELIBERATIVO DA UNICA

MASTERCANA DESEMPENHO

DESTAQUE INSTITUCIONAL - FÓRUM NACIONAL SUCROENERGÉTICO, ANDRÉ ROCHA, PRESIDENTE E RENATO AUGUSTO PONTES CUNHA, VICE-PRESIDENTE

ESTRATÉGIA E GESTÃO - COFCO INTERNACIONAL, REPRESENTADA POR MARCELO DE ANDRADE, PRESIDENTE GLOBAL DE SOFT COMMODITIES DA COFCO INTERNACIONAL

RESPONSABILIDADE SOCIAL - GRUPO VIRALCOOL, REPRESENTADO POR ANTONIO EDUARDO TONIELO, PRESIDENTE DO GRUPO VIRALCOOL E DA COPERCANA


36 GENTE

Dezembro 2017

MASTERCANA DESEMPENHO

RESPONSABILIDADE AMBIENTAL E TECNOLOGIA AGRÍCOLA - USINA AÇUCAREIRA GUAÍRA, REPRESENTADA POR EDUARDO JUNQUEIRA DA MOTTA LUIZ, SÓCIO DIRETOR

EXCELÊNCIA OPERACIONAL - TEREOS AÇÚCAR & ENERGIA BRASIL, RAUL GUIMARÃES GUARAGNA, DIRETOR DE OPERAÇÕES

REESTRUTURAÇÃO & PROFISSIONALIZAÇÃO - USINA SANTA FÉ, ANTONIO CARLOS CHRISTIANO, DIRETOR PRESIDENTE

GESTÃO ADMINISTRATIVA - USINA BEVAP, REPRESENTADA POR GABRIEL SUSTAITA, DIRETOR PRESIDENTE

GESTÃO DE PESSOAS - ODEBRECHT AGROINDUSTRIAL, REPRESENTADA KARINA FONSECA, RESPONSÁVEL POR PESSOAS E ORGANIZAÇÃO

BIOELETRICIDADE - CERRADINHO BIOENERGIA, REPRESENTADA POR CHARLES WAGNER ZANOTTI, DIRETOR COMERCIAL, LOGÍSTICA E SUPRIMENTOS

COMUNIDADE - USINA SÃO JOSÉ DA ESTIVA, REPRESENTADA POR LUIZ HAROLDO DORO, GERENTE DE RH

SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO - GRUPO CORURIPE, REPRESENTADO POR NELSON PILLA, GERENTE DE SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - RAÍZEN ENERGIA, EDUARDO CALICHMAN, DIRETOR EXECUTIVO INDUSTRIAL

GESTÃO INDUSTRIAL - COFCO INTERNACIONAL, REPRESENTADA POR ARTUR DE ABREU E LIMA MELO, DIRETOR INDUSTRIAL

EFICIÊNCIA INDUSTRIAL - USINA BEVAP, REPRESENTADA POR GILMAR GALON, GERENTE DE DIVISÃO INDUSTRIAL

PRODUÇÃO DE AÇÚCAR - BIOENERGÉTICA AROEIRA, REPRESENTADA POR GABRIEL FERES JUNQUEIRA, DIRETOR AGRÍCOLA


GENTE 37

Dezembro 2017

CONSUMO RESPONSÁVEL/TRATAMENTO DE ÁGUAS E AFLUENTES - USINA SÃO JOSÉ DA ESTIVA, REPRESENTADA POR EDGAR SAKAMOTO TSUNODA, GERENTE DE ÁREA UTILIDADES E MANUTENÇÃO

MANUTENÇÃO AUTOMOTIVA - ARAPORÃ BIOENERGIA, REPRESENTADA POR ALEXANDRE PIRILLO FRANCESCHI, DIRETOR PRESIDENTE

CTT E MECANIZAÇÃO AGRÍCOLA - USINA SÃO MARTINHO, LUIS GUSTAVO TEIXEIRA, GERENTE AGRÍCOLA E ANTONIO CARLOS PELIZARI, GESTOR DE MANUTENÇÃO AGRÍCOLA

FORNECEDORES MAIS INDICADOS

PRODUÇÃO DE ETANOL - GRUPO PEDRA AGROINDUSTRIAL, REPRESENTADO POR ALEXANDRE MENEZES, GERENTE DA DIVISÃO INDUSTRIAL DO GRUPO

TRATOS CULTURAIS - IPIRANGA AGROINDUSTRIAL, REPRESENTADO POR BERNARDO TITOTO, DIRETOR AGRÍCOLA E THIAGO VELOSO, SUPERVISOR DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO AGRONÔMICO

LOGÍSTICA E TRANSPORTES - TE LOG TRANSPORTES, REPRESENTADA POR PAULO DAVI E MEMBROS DO COMITÊ DE GESTÃO DA EMPRESA

COMERCIALIZAÇÃO DE ENERGIA - CPFL BRASIL, REPRESENTADA POR GUSTAVO PINOTTTI, GERENTE DE COMPRA E VENDA DE ENERGIA NO ATACADO

AGRÍCOLA/CCT – PRODUTOS E INSUMOS - UBYFOL, REPRESENTADA POR ISRAEL DE ANDRADE LYRA NETO, GERENTE COMERCIAL

AGRÍCOLA/CCT – TORRES DE ILUMINAÇÃO E ÁREA DE VIVÊNCIA - ALFATEK, REPRESENTADA POR CHRISTIANO MASSONI, DIRETOR COMERCIAL DA ALFATEK

ADMINISTRATIVA SERVIÇOS – CONSULTORIA EM CRM – LEMA EMPRESARIAL, REPRESENTADA POR MANOEL GOMES DA SILVA, DIRETOR TÉCNICO

RECURSOS HUMANOS, SEGURANÇA PATRIMONIAL - DIMASTEC GESTÃO DE PONTO E ACESSO, REPRESENTADA POR DIMAS FAUSTO, PRESIDENTE

COMERCIALIZAÇÃO E FINANÇAS – SCA ETANOL DO BRASIL, REPRESENTADA POR MARTINHO SEIITI ONO, DIRETOR


38 GENTE

FORNECEDOR MAIS INDICADO

Dezembro 2017

FLASHES

ARMAZENAGEM E LOGÍSTICA - HIPERCON TERMINAIS, PAULA REIS, DIRETORA COMERCIAL

Patrocínio Master

Patrocínio Standard


GENTE 39

Dezembro 2017

A COGERAÇÃO É A SAÍDA! DIVULGAÇÃO

Antônio Eudardo Tonielo prevê pelo menos mais dois anos difíceis devido aos preços do açúcar e possíveis resultados do RenovaBio apenas no longo prazo

TONINHO TONIELO

ALESSANDRO REIS, DE SÃO PAULO, CAPITAL

Nascido em Sertãozinho, Antônio Edurdo Tonielo herdou de seu pai um engenho de cachaça que passou em 1980, a produzir etanol. Nove anos depois iniciou a produção de açúcar. Décadas depois inseriu a cogeração no portfólio de suas três unidades localizadas em Pitangueiras, Castilho e Santa Inês, todas no Estado de São Paulo. Cabeça de uma das mais tradicionais famílias do setor sucroenergético, seo Toninho, como é conhecido entre os mais próximos, se considera um apaixonado por usina. “Tem que ser, se não desanima”, revela. Na entrevista a seguir, ele avalia o atual cenário sucroenergético, sugere a cogeração como saída para rentabilizar em um momento ruim dos preços do açúcar e defende a gestão familiar como segredo do sucesso de uma usina. Confira. JornalCana — Quais são os desafios do setor porteira para fora? Antônio Eduardo Toniello - O setor tem dois problemas porteira para fora. O primeiro é o preço do etanol, sempre prejudicado por politicas governamentais. Culpado por produzirmos muito açúcar e termos essa baixa nos preços. O outro problema é o custo de assumir toda responsabilidade social, civil e ambiental sem auxílio governamental. E porteira para dentro? A mudança no sistema de Corte Carregamento e Transporte. Mecanizamos tudo sem ter nossa cana e sistema de plantio preparados. Estamos nos adaptando aos desafios da soqueira, da cana que não é possível cortar com máquina. Enfim, o setor passou por tantas mudanças que posso dizer que ele está começando a caminhar de novo. Como fica o setor nos próximos anos? Os preços do açúcar não devem melhorar. Há uma esperança no Renovabio, mas mesmo com ele o setor passará por um momento ruim. Porque as soluções que o programa trará são para longo prazo. Existe alguma saída para os produtores obterem ganhos nas próximas safras? A cogeração é a saída! Quem comercializar energia equilibrará suas contas. Usina que não cogera corre risco de morte. Faturamento extra e rentabilidade melhor quase que com custo

PATROCÍNIO

Nome completo: Antônio Eduardo Tonielo Nascimento: 1940 Natural de: Sertãozinho (SP

OS PREÇOS DO AÇÚCAR NÃO DEVEM MELHORAR. HÁ UMA ESPERANÇA NO RENOVABIO, MAS MESMO COM ELE O SETOR PASSARÁ POR UM MOMENTO RUIM. zero, porque podem reaproveitar o vapor e os geradores. Além disso, o País precisa de energia e a cogeração proporciona uma energia mais barata do que a que o governo compra por aí. Qual lição do passado que o setor deve aplicar no presente? Falou-se no passado que usina de sucesso teria que ter gestão corporativa. Muitos andaram nesse caminho e se deram mal. Veja que as usinas de maior sucesso são as que tem gestão familiar, como a Andrade, Bazan, Colombo, Nardini e outras. Portanto, sucesso é saber realmente o que é uma usina. Tem executivo que nunca plantou um pé de cana e não sabe o que produziu, o que rendeu, por que quebrou. Usina tem que se viver. Tem que ter o negócio correndo no sangue.

Apresentação resumida Antonio Eduardo Tonielo sempre trabalhou nos negócios de sua família. Depois que seu pai fez a partilha das terras da fazenda para todos os irmãos, Antonio Eduardo e seus irmãos Waldemar, Renato e José Pedro compraram as partes das irmãs que não tinham interesse em continuar no ramo e iniciaram um processo de crescimento dentro do setor. Em 1966, os irmãos criaram a Destilaria Santa Inês, Localizada na Fazenda Córrego das Pedras, em Sertãozinho. Em 1984 nasce a Destilaria Virálcool na cidade de Pitangueiras e, em 17 de julho de 1986 teve início a primeira safra da Destilaria Virálcool com uma produção de 30,9 milhões de litros de aguardente. Em 1988, Antonio Eduardo Tonielo realizou um dos seus maiores sonhos, quando a Virálcool começou a produzir álcool. Dez anos mais tarde, a Virálcool começou a produzir açúcar e levedura de cana desidratada. Em 2002 a Virálcool também começou a cogerar energia para a CPFL. Sempre à frente do Grupo Tonielo, Antonio Eduardo é considerado um dos mais conceituados empresários do setor sucroalcooleiro. O grupo também possui revendedoras de automóveis e caminhões. Em julho de 2006, entrou em operação na cidade de Castilho, divisa entre São Paulo e Mato Grosso do Sul, a Usina Virálcool 2. Principais conquistas Antonio Eduardo também é conhecido como grande líder cooperativista. Em 1971 ele se tornou diretor administrativo da Copercana – Cooperativa dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo cargo que ocupou até 1.999 quando passou a ser presidente, exercendo esta posição até hoje na cooperativa. Ele também foi diretor tesoureiro da Canaoeste – Associação dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo (1972 a 2000). Na Sicoob Cocred – Cooperativa de Crédito dos Produtores Rurais e Empresários do Interior Paulista, foi diretor administrativo de 1973 a 1999, depois assumiu a presidência, cargo que ocupou até 2017. Premiação Já foi reconhecido no prêmio MasterCana, nas categorias "Empresário do Ano" e "Mais influentes do Setor".


40 GENTE

Dezembro 2017

Publicação da ProCana Brasil apresenta Quem É Quem no Setor Conheça algumas das personalidades que estarão compiladas no “Quem É Quem no Setor”, nova publicação da ProCana Brasil que traz um registro histórico das pessoas e organizações que são e foram referenciais do setor nos últimos 30 anos JOSIAS MESSIAS | FOTOS JOSIAS MESSIAS

PATROCÍNIO


NEGÓCIOS & OPORTUNIDADES

Dezembro 2017

10° Congresso de Bioenergia da UDOP

41

A negociação coletiva na Reforma Trabalhista DIVULGAÇÃO

Grande foi o peso que a Reforma Trabalhista (Lei 13.467/2017) deu à negociação coletiva de trabalho para regular as condições de trabalho. A ideia foi a de abrir maior espaço para que as partes negociem diretamente condições mais adequadas e próximas, sem revogar as garantias previstas em lei, propiciando maior autonomia às entidades sindicais e, ao mesmo tempo, com maior segurança jurídica às cláusulas que vierem a ser negociadas. Há grandes pontos da Reforma a serem abordados no campo das negociações coletivas. Contudo, muito embora alguns aspectos apresentem-se como grandes oportunidades às empresas, outros vários exigem certa dose cautela. O primeiro deles é a maior amplitude de temas que foram delegados à negociação coletiva (arts. 611-A e 611-B da CLT) e que antes não eram admitidos, com segurança, pelos Tribunais, por exemplo: intervalo para almoço, respeitado o mínimo de trinta minutos, remuneração por produtividade, temas de jornada de trabalho, regulamento de empresa, e outros. Todavia, dado o momento de nosso país, de suma importância é que sejam demonstrados elementos de que houve boa fé nas tratativas. Daí porque a conveniência de uma atuação integrada entre as visões financeira, operacional, administrativa e jurídica, com vistas a imprimir maior segurança e credibilidade ao ajuste. Afinal, um ajuste coletivo, caso anulado, pode trazer um enorme passivo trabalhista e insegurança jurídica a todos os envolvidos. Outro ponto que foi alterado com a Reforma é o fato de que as convenções coletivas e acordos coletivos vi-

gorarão apenas até o fim do prazo de vigência. Isto é, não existe mais aquilo que o pessoal do mundo jurídico denomina “ultratividade” das cláusulas negociadas, de modo que, findo o prazo de vigência, a empresa não tem o dever de seguir concedendo as vantagens previstas no instrumento coletivo. Apenas estará obrigada “se” e “quando” um novo instrumento coletivo for negociado. Há mais novidades: a prevalência do acordo coletivo (negociado entre empresa e sindicato de trabalhadores) sobre a convenção coletiva (negociada entre sindicato patronal e sindicato de trabalhadores). Convém uma boa assessoria jurídica nesta articulação entre os dois níveis de negociação, sob pena de – como ocorre hoje – o Judiciário ignorar o acordo coletivo e escolher aplicar a convenção coletiva por considerá-la mais favorável. Assuntos novos e ainda sem uma resposta definitiva do Poder Judiciário. Por fim, para fortalecer as entidades sindicais, uma das medidas adotadas pela nova lei foi a retirada da obrigatoriedade da contribuição sindical, a qual passou a ser facultativa. Sindicatos, sobretudo de trabalhadores, já têm se movimentado no sentido de buscarem outras alternativas de receita ou, até mesmo, algumas fusões entre entidades ou categorias que antes eram pulverizadas. Estas novas estratégias de receita, contudo, devem passar pela análise jurídica de validade diante da lei. (11) 3372.7440 TULIO.MASSONI@RMLADV.COM.BR WWW.RMLADV.COM.BR


42

NEGÓCIOS & OPORTUNIDADES

Dezembro 2017

Inovação da Rodotrem: locação com gestão da manutenção DIVULGAÇÃO

Quando falamos em mix de produtos sob a responsabilidade do setor de Manutenção Automotiva das Usinas, vamos desde veículos de pequeno porte, tais como automóveis, até as colhedoras de cana. Por eles passa uma imensa gama de equipamentos e implementos de todo o porte e tecnologia embarcada, as quais estão em constante evolução. Durante a safra, a disponibilidade de máquinas e equipamentos significa produtividade. Nada incomoda mais ao Setor Agrícola que a indisponibilidade de equipamentos. Dessa forma, faz-se necessária a otimização da mão-de-obra disponível nas oficinas mecânicas internas. Pensando nisso, a Rodotrem, tradicional fabricante de Áreas de Vivência e Torres de iluminação por energia solar, desenvolveu seu modelo de negócio de locações, incluindo, e disponibilizando para seus clientes, locações com gestão de manutenção. Com experiência nesse modelo de negócio de mais de 24 meses, em dois cases de sucesso, a Rodotrem atende seus clientes com equipamentos em locação, e mensalmente realiza ins-

inspeções preventivas, o permanente treinamento de usuários, objetivando com isso fazê-los entender a importância de estarem envolvidos no cuidado com os equipamentos, o que se reverte também em redução de custos para as Usinas. · A Usina poderá ainda contabilizar as despesas de locação como operacionais, as quais são dedutíveis do IRPJ; · Terá menor imobilização de capital e linhas de crédito; · Constante acesso à novas tecnologias; · Manutenção permanente assistida do Fabricante; · Treinamento permanente de usuários, evitando-se falhas pela rotatividade de mão-de-obra.

peções preventivas e corretivas nos equipamentos. A gestão da manutenção pela Locadora, além de liberar a mão de obra da Usina, que seria absorvida para eventuais inspeções, os equipamentos são

mantidos em perfeito funcionamento, evitando-se assim que os colaboradores fiquem privados de quaisquer recursos disponíveis nos implementos, e afastando o risco de multas por inoperância dos mesmos. Soma-se à essas

Além das locações, os equipamentos também podem ser adquiridos, e contratada a gestão de manutenção para os mesmos. RODOTREM (18) 3623.1146 WWW.RODOTREM.COM.BR


Dezembro 2017

AGRĂ?COLA 43


44 AGRĂ?COLA

Dezembro 2017


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.