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Julho 2017
w w w . j o r n a l c a n a . c o m . b r Março 2018
Série 2
Número 290
Atvos: a renovação do amanhã Com 10 anos de atuação, a empresa confirma sua estratégia de investimento de médio e longo prazo no setor sucroenergético páginas 16 a 25
2
AGRร COLA
Marรงo 2018
Marรงo 2018
AGRร COLA
3
4
ÍNDICE DE ANUNCIANTES
Março 2018
ÍNDICE DE ANUNCIANTES
DWYLER
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL METROVAL
IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS 35
(19) 2127.9400
21
(16) 3513.8800
CARROCERIAS E REBOQUES SERGOMEL
14
COLETORES DE DADOS MARKANTI
METROVAL
32
ENGEVAP
EMBREAGENS
4, 44
(17) 3524.9199
FEIRAS E EVENTOS
11
(16) 2132.8936
33
+44 (0) 203 377 3658
43
(16) 3512.4300
5
SINATUB
GRÁFICA (16) 2101.4151
(19) 3436.0012
REFRATÁRIOS 14
7
23
REFRATÁRIOS RIBEIRÃO PRETO (16) 3626.5540
ESCO BETIM
25
(16) 3513.7200
SOFTWARE INDUSTRIAIS
17
(16) 3512.4312
TRANSBORDOS
ECOLAB
(31) 3539.1287
SOLDAS INDUSTRIAIS
TESTON
41
20
(44) 3351.3500
2
(16) 3492.3600
15
38
As informações mais importantes do setor em apenas um clique Baixe gratuitamente o aplicativo do JC
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(19) 3872.8288
TRATAMENTO DE ÁGUAS
SÃO FRANCISCO GRÁFICA
21
COLVADIS
19
PRODUTOS SIDERÚRGICO
S-PAA
FENASUCRO
STOLLER
MAGÍSTER
EMBREMAC
3
(16) 3513.8800
(16) 3946.1800
PRODUTOS INSUMOS AGRÍCOLA
(19) 2127.9400
DMB
SIDERURGIA E CONTRUÇÃO
(16) 3941.3367
PLANTADORAS DE CANA 19
(18) 3623.1146
MONTAGENS INDUSTRIAIS
(16) 3513.2600
RODOTREM
(16) 3946.1800
INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO E CONTROLE
ENGEVAP
DMB
IMPLEMENTOS RODOVIARIOS
CALDEIRAS
F.O. LICHT'T
(11) 2682.6633
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AUTOMAÇÃO DE ABASTECIMENTO
AGRÍCOLA
Março 2018
5º curso de diversificação e Máximo aproveitamento agroindustrial
2º CURSO DE CUSTOS, PERDAS E GESTÃO INDUSTRIAL MAI 9
5º Curso de Destilação, Desidratação e Aproveitamento de Vinhaça
AGO 23
3º Curso de Instrumentação e Automação Industrial
AÇÚCAR
NOV 29
2º Curso de Manutenção Industrial e Segurança Operacional
2º Usinas de Alta Performance Agrícola AGO 22
AGO 24
6º Curso de Processos e Fermentação JUN 6
MAI 10
JUN 7
8º curso de recepção, preparo e extração
16º curso de caldeiras, vapor e energia
(Moenda e Difusor)
NOV 28
SET 19 e 20
6º CURSO DE FABRICAÇÃO, SECAGEM E EMBALAGEM DE AÇÚCAR
5
Cursos Técnicos (16) 3512.4300 | WWW.SINATUB.COM.BR Patrocínio
Apoio
S-PAA F o c o n o R e s u l t a do !
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Julho 2017 Julho 6 2017CARTA AO ulho 2017
CARTA AO LEITOR 5 CARTA LEITOR Março CARTA AO AO LEITOR 5 5 2018
LEITOR
índice ÍNDICE
ídni d iec e ín c............................................................... ACONTECE. 8
LINHA DIRETA.................................................. 9 e 10 Agenda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 Agenda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 endaMERCADO ....................................6 Mercado . . . . . . sobre . . . . . .a. safra . . . . . 18/19, . . . . . . . . . . . . . .8 a 14 13 avaliações � A aposta no RenovaBio Mercado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8 a 14 segundo ercado . . . . . . Alexandre . . . . . . . . . .Figliolino............................. . . . . . . . . . . . . . . . .8 a 14 11
� Entrevista com Roberto Rodrigues na estreia do Quem é Quem A aposta no RenovaBio � A aposta no RenovaBio � Por que o arrendamento de terras ficou caro do Quem é Quem Entrevista com Roberto Rodrigues na estreia � Entrevista com Roberto Rodrigues na estreia do Quem é Quem � 55 usinas passam a pagar pelo uso da água Por que o arrendamento de terras ficou caro no estado de SP � Por que o arrendamento de terras ficou caro � 55 usinas passam a pagar pelo uso da água no estado de SP � 55 usinas passam a pagar pelo uso da água no estado de SP
RenovaBio segue em regulamentação, mas as companhias já devem iniciar projetos de investimento............................ 13 e 14 Industrial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16 a 26 USINA DO � Como fazer correta Industrial . . a.MÊS . . . . .manutenção . . . . . . .de. .bombas . . . . . . . . . . . . .16 a 26 dustrial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16 a 26 Atvos, a renovação amanhã. 16 a 25 � Secagem dealevedura podedo gerar renda extra................. de R$ 40 milhões Como fazer correta manutenção de bombas
� Como fazer a correta manutenção de bombas � Cozimento contínuo ganha no setor Secagem de levedura podeespaço gerar renda extra de R$ 40 milhões � Secagem de levedura pode gerar renda extra de R$ 40 milhões � Cozimento contínuo ganha espaço no setor � Cozimento contínuo ganha espaço no setor
INDUSTRIAL Os ganhos Geral . . . . . .da . . .Usina . . . . . Tapejara, . . . . . . . . .do . . .Grupo . . . . . .Usacucar . . . . .30 Santa Terezinha, com a inteligência � Empresas Geral . . . . têm . . .até . .31. .de. .agosto . . . .para . . .aderir . . . ao . .Refis . . .artificial . . . . . . . .em .30 ral processo . . . . . . . . .de . . .desidratação . . . . . . . . . . . .alcoólica.......... . . . . . . . . . . . . .30 26 e 28 � Empresas têm até 31 de agosto para aderir ao Refis
� Empresas têm até 31 de agosto para aderir ao Refis
Agrícola . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .24 a 34 As novidades dos 29 ea 30 � Endividamento Agrícola . . . . . sucateia . . . .cursos . sistemas . . . . Procana . .de. irrigação . . . . .Sinatub .em. .Alagoas . . . ....... .24 34 rícola . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .24 a 34
� Previsões para sucateia a safra 17/18 no Nordeste Endividamento sistemas de irrigação em Alagoas � Endividamento sucateia sistemas de irrigação em Alagoas � Investimentos herbicida crescer até 30% na 17/18 Previsões paraem a safra 17/18devem no Nordeste � Previsões para a safra 17/18 no Nordeste � Manejo integrado em controle ambiental gera Investimentos em herbicida devem crescer atémaior 30% produtividade na 17/18 � Investimentos em herbicida devem crescer até 30% na 17/18 � Manejo integrado em controle ambiental gera maior produtividade � Manejo integrado em controle ambiental gera maior produtividade
AGRÍCOLA Doutores da Cana ................................................ 32
GESTÃO Gestão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .37 Pesquisa revela como estão as remunerações � Os departamentos Gestão . . . . . . . . de . .compliance . . . . . . .avançam . . . . . nas . . .empresas . . . . . .do. setor . . . .37 stãode . . profissionais . . . . . . . . . . . .de . . .empresas . . . . . . . . .do . . .setor . . . . . . .37 � Os departamentos de compliance avançam nas empresas do setor sucroenergético............................................ � Os departamentos de compliance avançam nas empresas do setor 36 e 37 Usina do Bem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .38 � Usinas doam energia Usina do Bem . . . . .elétrica . . . . para . . .hospital . . . . .em . .Barretos . . . . . . . . . . . .38 QUEM ina do Bem .É. QUEM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .38 � Usinas doam energia elétrica para hospital em Barretos Entrevista � Usinas doam energiacom elétricaRoberto para hospitalHollanda em Barretos Filho, Negócios & Oportunidades . . . . . . . . . . . . . . . .40 a 42 presidente da Biosul, que representa Negócios & Oportunidades . . . . . . . do . . . . . . . . .40 a39 42 as & companhias do Mato gócios Oportunidades . . . . . Grosso . . . . . . . . . .Sul............ .40 a 42 Profissionais que fazem o setor sucroenergético....................................... 40 NEGÓCIOS & OPORTUNIDADES................. 41 e 42
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO “Não que sejamos capazes, por nós, de FUNDO RECEITA FIXA pensar algumaDE coisa, como de nós mesmos; FUNDO RECEITA mas a nossa capacidade vemFIXA de “Nem ponham sua DE esperança na incerteza da Deus”. FUNDO DE RECEITA FIXA riqueza, “Nem suaque esperança na incerteza da riqueza, masponham em Deus, de tudo nos provê ricamente” Apóstolo na segunda aos Coríntios, 3, verso 5 “Nem ponham suaPaulo esperança nacarta incerteza da capítulo riqueza, mas em Deus, que adeTimóteo, tudo na nosprimeira provêcarta, ricamente” Recomendação de Paulo, apóstolo capítulo 6, verso 17 mas em Deus, que de tudo nos provê ricamente”
Recomendação de Paulo, apóstolo a Timóteo, na primeira carta, capítulo 6, verso 17 Recomendação de Paulo, apóstolo a Timóteo, na primeira carta, capítulo 6, verso 17
Erramos: Diferente do que foi publicado na edição 288 do JornalCana. O equipamento da TGM não garante 100.000 horas sem manutenção, e, sim com vida de rolamento calculada para 100.000 horas + manutenções preditivas.
carta ao leitor
c r t AO aa oLEITOR a ol e li e c aCARTA rat a t oi tro r Josias Messias josiasmessias@procana.com.br
Josias josiasmessias@procana.com.br Josias Messias Messias - josiasmessias@procana.com.br Josias Messias josiasmessias@procana.com.br
Reduzir o uso Reduziro cercados ouso uso Reduzir Estamos de água éé regra! de água regra! expectativas dedeágua é regra!
Assim como outros importantes segmentos da indústria da transformação, o setor sucroenergético é um Assim como importantes segmentos da indústria da transformação, setorusinas sucroenergético grande consumidor de água. Esse líquido é prioritário nos processos industriais e destilarias. Assim como outrosoutros importantes segmentos da indústria da transformação, o setoro das sucroenergético é um é um dena água. Esse líquido éasprioritário nos processos das Paulo usinas e destilarias. Paraconsumidor se terdeideia, safralíquido 2010/2011 unidades produtoras do industriais Estadodas deusinas São consumiam em grandegrande consumidor água. é prioritário nos processos industriais e destilarias. 2018 encerra o Esse primeiro bimestre cerfocar mais na produção de biocombustível Para se ter ideia, na safra 2010/2011 as unidades produtoras do Estado de São Paulo consumiam média 1,52 metro cúbico por tonelada de cana. Naquela safra, segundo a União da Indústria de Cana-dePara ter ideia, na safra 2010/2011 asEm unidades produtoras do Estado de São Paulo Estratégia consumiam em cadose de muitas controvérsias. primeie menos na de açúcar. essaemque média 1,52 cúbico por tonelada de cana. safra, segundo apaulistas, União daque Indústria de Cana-deAçúcar (Unica), colhidas 362 milhões de Naquela toneladas nospode canaviais exigiram 550,2 palugar, émetro anoforam deporeleições majoritárias, in-safra,não partilhada pelos principais médiaro 1,52 metro cúbico tonelada de cana. Naquela segundo aser União da Indústria de Cana-deAçúcar (Unica), colhidas 362 de toneladas nosprodutores canaviais paulistas, que exigiram 550,2 milhões deaforam metros cúbicos de água. cluindo paraforam presidente da milhões República, o nosíses exclusivos de550,2 açúcar. Açúcar (Unica), colhidas 362 milhões de toneladas canaviais paulistas, que exigiram milhões de cúbicos de água. foi que por simetros só acirra os Háconsumido os errospelas unidades Os elosprodutoras. do setor estão atentos significa que todo oânimos. volume Há muito o setora qualquer milhões deNão metros cúbicos de água. políticos eações acertos econômicos doconsumido ação focada na Há regulamentação do RenovaNão significa o para volume foi pelas unidades Há muito empreende eque sistemas egoverno tornar eficiente o uso doprodutoras. líquido. Não significa que todo otodo volume foireduzir consumido pelas unidades produtoras. muito o setoro setor federal, o que por si só também causa anBio. Essa atitude ajuda não apenas a agilizar empreende sistemas para reduzir eempresas tornar eficiente do líquido. Oações reusoações umae palavra ordem sucroenergéticas. Com ações como o reuso, o setor empreende eé sistemas parade reduzir e nas tornar eficiente o uso odouso líquido. siedade. a implantação do como já cria O reuso uma palavra de ordem nas empresas Com ações como reuso, o setor paulista captações desucroenergéticas. água. O consumo médio deprograma, 1,52 nao safra 2010/2011 Osucroenergético reuso éconta umaé palavra de despencou ordem nas as empresas sucroenergéticas. Com ações como o reuso, o setor Por própria o setor sucroenergéum ambiente favorável a investimentos. sucroenergético paulista despencou as2016/17. captações de água. O consumo médio de 1,52 na 2010/2011 safra 2010/2011 caiu para 0,91 metro cúbico naassafra sucroenergético despencou captações de água. O consumo de 1,52 safra tico tem paulista um 2018 repleto de questionaNão médio é à toa quenafundos internacionais caiu Ou paraseja, 0,91emmetro cúbico na safrapaulistas 2016/17.captaram 39,7% menos água para os processos industriais. anos usinas caiu para 0,91 metro na as safra 2016/17. mentos. Não cúbico édezpossível estimar ainda se a já vêm a público demonstrar interesse em Ouqueda seja,dez em dez anos asrepetirá usinas paulistas 39,7% menos água os para os processos industriais. A resulta do fechamento deocircuitos com reuso de água; aprimoramento dos industriais. processos produtividade agrícola bomcaptaram deadquirir usinas. Ou seja, em anos as usinas paulistas captaram 39,7% menos água para processos A queda resulta doeficiência fechamento de circuitos comereuso deda água; aprimoramento dos processos industriais, com menor captação; avanço limpeza a secodos com amovimentação colheita dodomaior ano passado. Também Existe também uma tíAsempenho queda resulta fechamento de ecircuitos com não reuso de água; aprimoramento processos industriais, com maior e menor captação; e avanço damas limpeza secoacom a colheita está garantido que eficiência a performance positiva mida, de busca de orçamenmecanizada. industriais, com maior eficiência e menor captação; e avanço da limpeza acrescente, secoa com colheita do etanol, registrada a partir de agosto de tos de serviços e de bens de capitais mecanizada. As informações sobre uso de água e a redução na captação pelas unidades foram apresentadas nojunto dia mecanizada. 2017, se repetirá esse ano. aos pólos de fornecedores de Sertãozinho As informações sobre uso de água e a redução na captação pelas unidades foram apresentadas no 06informações de junho pelo secretário da Agricultura, Arnaldo Jardim, em evento na sede da Unica, As sobre uso de estadual águade e a cana-de-açúredução na captação pelas unidades foram apresentadas no diaem dia Sabemos que o volume e de Piracicaba. 06 de junho pelo estadual da Agricultura, Arnaldo Jardim, em evento na da sede da Unica, comemoração dossecretário dez anos do Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético. 06 decar junho pelo secretário estadual dade Agricultura, Arnaldo Jardim, em evento na sede Unica, em em seguirá contido, abaixo 590 milhões Esse movimento parte das usinas e grucomemoração dosintegra dez do anos do Protocolo Agroambiental do Setorestaduais Sucroenergético. O Protocolo oProtocolo Projeto Etanol Verde, dasdoSecretarias da Agricultura e do Meio comemoração dos dez anos Agroambiental de toneladas na região Centro-Sul, e que o Setor posSucroenergético. produtores que, cientes de que terão O Protocolo integra o Projeto Etanol Secretarias da oAgricultura e do Meio Ambiente, eintegra representa um modelo de parceria edas diálogo setor e o Estado. Oaçúcar Protocolo o Projeto Etanol Verde, das Secretarias estaduais da entre Agricultura do não deverá guiar o mix daVerde, maioria dedesenvolvido estarestaduais preparadas paraeprodutivo osMeio padrões do ReAmbiente, e representa um modelo de parceria e diálogo desenvolvido entre o setor produtivo e o Estado. A segunda fase do Protocolo entra em cena neste mês de julho, formatada por técnicos das duas das unidades produtoras, considerando que novaBio, precisam investir em melhorias Ambiente, e representa um modelo de parceria e diálogo desenvolvido entre o setor produtivo e o Estado. A segunda fase Protocolo entra em neste cena neste mês dedejulho, por técnicos das duas Secretarias e Protocolo dado Unica. os mercados futuros continuam sinalizanseusformatada processos produtivos e das plantas A segunda fase do entra em cena mês de julho, formatada por técnicos das duas Secretarias e da Unica. do mais uma safra de preços baixos para o industriais. E quem vai agora atrás de orçaNesse mesmo mês de julho, entra em vigor a cobrança pelo uso da água em quatro bacias Secretarias e da Unica. alimento mentos, certamente pagará menos do que Nesse mesmo mês de entra em vigor a cobrança pelodauso da em águaquatro em quatro bacias hidrográficas do Estado dejulho, São Pardo, Baixo-Pardo/Grande, Sapucaí-Mirim e Mogi-Guaçu. Nesse mesmo mês de julho, entraPaulo: em vigor a cobrança pelo uso água bacias No mais, o setor segue a sina da depenquem deixar para depois, quando a demanhidrográficas doreportagem Estado dePaulo: São Paulo: Pardo, Baixo-Pardo/Grande, Sapucaí-Mirim e Mogi-Guaçu. Conforme desta edição do JornalCana, 55 unidades sucroenergéticas captam água dessas hidrográficas do Estado de São Pardo, Baixo-Pardo/Grande, Sapucaí-Mirim e Mogi-Guaçu. dência das ações públicas. A regulamentada junto aos fornecedores ficará disputada. Conforme desta do JornalCana, 55deunidades sucroenergéticas água bacias. Oreportagem custoreportagem médiodesta da cobrança água por tonelada cana varia de acordocaptam comcaptam o água reusodessas pelasdessas Conforme ediçãoedição dodedepende JornalCana, 55 unidades sucroenergéticas ção do programa RenovaBio baMas 2018 não inicia apontando que será bacias. O custo da cobrança de por água por tonelada de varia cana varia de acordo com o reuso pelas unidades, mas amédio média é projetada entre R$ 0,03 e de R$cana 0,12 por tonelada. bacias. O custo médio da cobrança de água tonelada de acordo com o reuso pelas sicamente dos agentes de instituições e de um ano fácil. Isso, no entanto, não é noviunidades, a média projetada entre e R$ por 0,12 por tonelada. Amas Unica explica naéfederal. reportagem que oR$ avanço cobrança nãoquem assustaatua porque setor e sabe que unidades, amas média é projetada entreSe R$ 0,03 e0,03 R$ dessa 0,12 tonelada. órgãos do governo não houver dade para noo setor A Unica explica na reportagem que o avanço dessa cobrança não assusta setor com a gestão sucroenergético paulista se preparou ao longo dos anos para arcar comsafra esse custo e colaborar nessa fase atual de odiscussão das nunca uma é porque igual aooutra. Aagilidade Unica explica na reportagem que avanço dessa cobrança não assusta porque o setor sucroenergético paulista se preparou longo dos anos paraEnfrentar arcar comcusto esse custo e colaborar com a gestão das bacias hidrográficas. Conforme o ao Departamento de arcar Águas e Energia Elétrica (DAEE), do agoverno regras, corremos risco deaonão haver temadversidades, sejam elas clisucroenergético paulista seopreparou longo dos anos para com esse e colaborar com gestão das suficiente bacias Conforme o essa Departamento de Águas Energia Elétrica doHídricos governo po de arrecadados o programa vigorar, como máticas, políticas oude(DAEE), econômicas, faz parte paulista, oshidrográficas. valores com cobrança irão para oeFundo Estadual Recursos das bacias hidrográficas. Conforme o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), do governo projetado, a partir de janeiro de 2020. do jogo de quem participa do setor. paulista, osque valores arrecadados comdemandados essa cobrança irãopróprias o Fundo Estadual de Recursos HídricosO que (Fehidro), os usará noscom projetos bacias. paulista, os valores arrecadados essa cobrança irãopelas para opara Fundo Estadual de Recursos Hídricos Há também expectativas positivas. O Meio não faltam sãousinas expectativas! (Fehidro), usará nos projetos demandados pelas próprias bacias. No emosque comemora o Dia Mundial do Ambiente, as fazem questão de reassumir (Fehidro), quemês osque usará nosseprojetos demandados pelas próprias bacias. mercado consumidor de etanol segue pulNo mês em que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente, as usinas reassumir e manifestar seu compromisso comMundial o meio ambiente e com o usoassustentável defazem água.questão E de água édesinônimo No mês em comemora o Dia do Meio Ambiente, usinas fazem questão reassumir sante, o que quesealivia as usinas e as permite Boa leitura! edemanifestar seu compromisso ambiente uso sustentável de água. E éágua é sinônimo vida!seu compromisso e manifestar com ocom meioo meio ambiente e comeocom uso osustentável de água. E água sinônimo de vida! Boa leitura! de vida! Boa leitura! Boa leitura! NOSSOS PRODUTOS EVENTOS PUBLICAÇÕES PRODUTOS NOSSOS NOSSOS PRODUTOS JornalCana - O MAIS LIDO! PUBLICAÇÕES
Prêmio MasterCana EVENTOS
� Presidente EVENTOS PUBLICAÇÕES Anuário da Cana Tradição de Credibilidade e Brazilian Sugar- and Ethanol Guide JornalCana O MAIS LIDO! Josias Messias PrêmioSucesso MasterCana AAnuário Bíblia do JornalCana - O MAIS LIDO! � Presidente Prêmio MasterCana josiasmessias@procana.com.br da Setor! Cana Tradição de Credibilidade e Fórum ProCana � Presidente ISSN 1807-0264 Quem é daQuem no setor sucroenergético Anuário Cana Fone 16 3512.4300 Fax 3512 4309 e Brazilian Sugar and Ethanol Guide Tradição de Credibilidade Josias Messias Sucesso USINAS DE ALTA ISSN 1807-0264 Brazilian Sugar and Ethanol Guide A Bíblia do Setor! Josias Messias Sucesso JornalCana Online Av. Costábile Romano, 1.544 - Ribeirânia josiasmessias@procana.com.br � Comitê de Gestão - Comercial & Eventos PERFORMANCE Fórum ProCana AQuem Bíbliaédowww.jornalcana.com.br Setor! josiasmessias@procana.com.br Quem no setor sucroenergético Fórum ProCana Fone 16 3512.4300 FaxPreto 3512— 4309 —Fax Ribeirão SP Rose Messias USINAS Tecnologia DE ALTA Quem é Quem no setorJornalCana sucroenergético FoneAv. 1614096-030 3512.4300 3512 4309 SINATUB BIO & Sugar Online Costábile Romano, 1.544 Ribeirânia � Comitê de Gestão - Comercial & Eventos USINAS DE ALTA rose@procana.com.br procana@procana.com.br PERFORMANCE Liderança em Aprimoramento International Magazine JornalCana Online Av. Costábile Romano,—1.544 - Ribeirânia www.jornalcana.com.br � Comitê de Gestão - Comercial & Eventos PERFORMANCE 14096-030 Ribeirão Preto — SP Rose Messias www.jornalcana.com.br Técnico SINATUBe Atualização Tecnologia Mapa BIO Brasil& de Unidades 14096-030 — Ribeirão Preto — SP Sugar Rose Messias rose@procana.com.br procana@procana.com.br � Comitê de Gestão - Relacionamento Com Clientes SINATUBLiderança Tecnologia Tecnológica em Aprimoramento de Açúcar e Álcool BIOProdutoras & Sugar International Magazine rose@procana.com.br procana@procana.com.br COLABORADORES � Arte Lucas Messias Liderança em Aprimoramento InternationalMapa Magazine Técnico e Atualização Brasil de Unidades � Comitê de Gestão - Relacionamento Com Clientes lucas.messias@procana.com.br � Relacionamento Com Clientes Gustavo Santoro - arte@procana.com.br Tecnológica Mapa Brasil de Unidades Produtoras de Açúcar e Álcool Técnico e Atualização � Comitê de Gestão - Relacionamento Com Clientes COLABORADORES � Arte Lucas Messias Produtoras de Açúcar (inclusive e Álcool os das seçõesTecnológica Robertson Fetsch 16 9 9720 5751 Artigos assinados Negócios & COLABORADORES � Arte Lucas Messias lucas.messias@procana.com.br � Relacionamento Com Clientes Gustavo publicidade@procana.com.br � Comitê de Gestão - Controladoria & TI � Editor Santoro - arte@procana.com.br Oportunidades e Vitrine) refletem o ponto de vista dos autores � Relacionamento Com Clientes - arte@procana.com.br “Desenvolver o agronegócio lucas.messias@procana.com.br Robertson Fetsch 16 9 9720 5751 Gustavo Santoro Mateus Messias Delcy Mac Cruz - editor@procana.com.br Artigos assinados (inclusive os das seções Negócios & Robertson Fetsch 16 9 9720 5751 (ou das empresas citadas). JornalCana. Direitos autorais e Artigos assinados (inclusive os dasrefletem seções Negócios publicidade@procana.com.br � Comitê de Gestão - Controladoria & TI � Editor presidente@procana.com.br � Assistente Oportunidades e Vitrine) o ponto de& vista dos autores publicidade@procana.com.br de Gestão - Controladoria & TI � Editor “Desenvolver o agronegócio sucroenergético, disseminando � ComitêMateus comerciais reservados. Éoproibida reprodução, total ou Messias Mac Delcy Diagramação Thaís Rodrigues � Editor deCruz Arte -- editor@procana.com.br Diagramação Oportunidades e Vitrine) refletem ponto dea vista dos autores “Desenvolver o agronegócio (ou das empresas citadas). JornalCana. Direitos autorais e Mateus Messias Delcy Mac Cruz editor@procana.com.br Hi Comunicação - diagramacao@procana.com.br presidente@procana.com.br � Assistente thais@procana.com.br � Comitê de Gestão - Jornalismo José Murad Badur parcial, distribuição ou disponibilização pública, epor qualquer (ou das empresas citadas). JornalCana. Direitos autorais presidente@procana.com.br Assistente � sucroenergético, disseminando conhecimentos, estreitando comerciais reservados. É proibida a reprodução, total ou Thaís Rodrigues � Editor de Arte - Diagramação Alessandro Reis - editoria@procana.com.br ou processo, sem autorização expressa. dos sucroenergético, disseminando comerciaismeio reservados. É proibida a reprodução, total ouA violação Thaís Rodrigues � Editor de Arte - Diagramação thais@procana.com.br � Comitê de Gestão - Jornalismo José Murad Badur parcial, distribuição ou disponibilização pública, por qualquer � Assinaturas & Exemplares FINANCEIRO direitos autorais é punível comopública, crime por (art.qualquer 184 e parágrafos, conhecimentos, thais@procana.com.br de Gestão - Gestão Jornalismo José Murad Badur relacionamentosestreitando e gerando � ComitêAlessandro parcial, distribuição ou disponibilização - editoria@procana.com.br Paulo Henrique Messias (16) 3512-4300 Marketing � Comitê deReis contasareceber@procana.com.br meio ou processo, sem autorização expressa. A violação dos conhecimentos, estreitando Alessandro Reis -Lima editoria@procana.com.br do Códigosem Penal) com penaexpressa. de prisãoA eviolação multa; dos conjuntamente � Assinaturas & Exemplares FINANCEIRO meio ou processo, autorização atendimento@procana.com.br contasapagar@procana.com.br Luciano direitos autorais é punível como crime (art. 184 e parágrafos, relacionamentos e gerando � Assinaturas & Exemplares FINANCEIRO negócios sustentáveis” Paulo Henrique Messias (16) 3512-4300 � Comitê de Gestão - Marketing contasareceber@procana.com.br com busca e apreensãocrime e indenização (artigos 122, www.loja.jornalcana.com.br luciano@procana.com.br direitos autorais é punível 184 ediversas e multa; parágrafos, relacionamentos e gerando do Código Penal)como com pena de(art. prisão conjuntamente Paulo Henrique Messias (16) 3512-4300 � Comitê de Gestão - Marketing contasareceber@procana.com.br atendimento@procana.com.br contasapagar@procana.com.br Luciano Lima 124,com 126,pena da Lei de 14/12/1973). do Código123, Penal) de 5.988, prisão e multa; conjuntamente negócios sustentáveis” atendimento@procana.com.br contasapagar@procana.com.br Luciano Lima com busca e apreensão e indenização diversas (artigos 122, www.loja.jornalcana.com.br luciano@procana.com.br negócios sustentáveis” com busca e apreensão e indenização diversas (artigos 122, www.loja.jornalcana.com.br luciano@procana.com.br
ISSN 1807-0264
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NOSSA MISSÃO NOSSA MISSÃO NOSSA MISSÃO
123, 124, 126, da Lei 5.988, de 14/12/1973). 123, 124, 126, da Lei 5.988, de 14/12/1973).
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FOTOS DIVULGAÇÃO
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ACONTECE
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14º F.O. LICHT'S SUGAR & ETHANOL BRAZIL O 14º F. O. Licht's Sugar & Ethanol Brazil Anual acontece de 25 a 27 de abril em São Paulo, capital. Na conferência, um panorama internacional dos mercados de açúcar e etanol, com a divulgação dos números apurados pela F.O. Licht, além de apresentações sobre mercados de exportação para o etanol brasileiro, nova configuração dos fluxos comerciais globais de açúcar, biocombustíveis de aviação e outros temas estratégicos para o setor. energy.knect365.com/sugarethanol-brazil
REUNIÃO CANAPLAN Considerado um dos eventos de maior importância no que diz respeito à previsão e análise das safras de cana-de-açúcar, a Reunião Canaplan, realizada duas vezes ao ano, terá sua primeira edição no dia 24 de abril em Ribeirão Preto (SP) e levará a seus participantes painéis dedicados à discussão dos principais aspectos relacionados ao setor, tanto no âmbito técnico-agrícola, quanto no econômico. O dinamismo dos assuntos abordados durante as reuniões confere ao evento um público composto por representantes dos diferentes segmentos da cadeia de produção da cana-de-açúcar, como produtores de cana, usinas, tradings, agentes financeiros, empresas químicas, empresas de bens de capital, consultores, entre outros. www.canaplan.com.br
AGRISHOW Em sua 25ª edição, a Agrishow segue com reconhecimento nacional e internacional. É a terceira maior feira de tecnologia agrícola do mundo e a maior e mais importante na América Latina. O evento é aguardado por conta do lançamento das principais tendências e inovações tecnológicas para o agronegócio e acontece de 30 de abril a 4 de maio. São 440 mil m², 159 mil visitantes, público qualificado, formado por produtores rurais, agricultores, agrônomos, pecuaristas e todos que fazem parte do agronegócio brasileiro. Não é por acaso que mais de 800 marcas em exposição participam da Agrishow levando o que há de mais moderno e exclusivo ao evento, que permite que as maiores e mais potentes máquinas agrícolas sejam demonstradas.
LINHA DIRETA
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Economista assume a presidência da Usina Coruripe DIVULGAÇÃO
anos e integra agora o Conselho de Administração da Coruripe. “Empresas competentes, eficientes e preparadas para tirar proveito desse momento vão continuar crescendo e mantendo os bons resultados, como é o caso da Coruripe”, declarou Lorencatto em sua posse. “Será uma tarefa desafiadora, mas com entusiasmo, talento e contando com o apoio de nossos colaboradores, acredito que vamos manter os bons resultados alcançados, nos tornando ainda mais produtivos, competitivos e rentáveis.”
Lorencatto: no comando da Coruripe
O economista Mario Luiz Lorencatto assumiu em fevereiro a presidência da Usina Coruripe, companhia sucroenergética com sede em Coruripe (AL) e controladora de quatro unidades em Minas Gerais e uma em Alagoas. Lorencatto substitui Jucelino Sousa, que presidiu a empresa durante cinco
Perfil Mario Luiz Lorencatto é graduado em economia pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/ USP), com MBA na Vanderbilt University – School of Management dos Estados Unidos e especialização em controladoria/contabilidade financeira pela London Business School, em adente para a América do Sul da Lonza Group AG, além de ter exercido cargos executivos em empresas do setor de agronegócios: El Tejar Group da Argentina e Zilor. No exterior, ele já atuou na Philip Morris, Kraft Foods e Caterpillar.
CPFL nomeia novo diretor de assuntos regulatórios O engenheiro eletricista André Gomes da Silva é o novo diretor de Assuntos Regulatórios para o Mercado Regulado da CPFL Energia. O executivo passa a responder diretamente para Luis Henrique Ferreira Pinto, vice-presidente de Operações Reguladas da companhia. Graduado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Engenharia de Itajubá (UNIFEI), Silva participou do Leadership Development Program da Darden School of Business, da Universidade de Virgínia, nos Estados Unidos. Possui mais de 19 anos de experiência no setor elétrico, exercen-
do cargos de liderança em órgãos e empresas como AES Eletropaulo e na Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). O executivo também foi Conselheiro Titular do Conselho de Orientação de Energia do Estado de São Paulo (COE-ARSESP) e atuou como Vice-Presidente do Sindicato das Indústrias de Energia do Estado de São Paulo (SindiEnergia). A escolha de Silva para a posição ocorreu após um criterioso processo de seleção e está em linha com as melhores práticas de governança do mercado.
Definidas as regras do Leilão A-4 A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou em 27/2 o edital do leilão de geração Nº 01/2008 - “A-4”. O objetivo do certame é contratar energia elétrica proveniente de novos empreendimentos de geração de energia elétrica de fontes hidrelétrica, eólica, solar fotovoltaica e termelétrica a biomassa, com início de suprimento em 1o de janeiro de 2022. O certame será realizado dia 4 de abril de 2018 na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), em São Paulo. A energia elétrica gerada será objeto de Contrato de Comercialização de Energia em Ambiente Regulado (CCEAR), nas modalidades por disponibilidade com suprimento de 20 anos para os empreendimentos eólicos, fotovoltaicos e termelétricos, e por quantidade de energia para empreendimentos hidrelétricos, com prazo de suprimento de 30 anos. A margem de escoamento de transmissão será
utilizada como critério de classificação. Empreendimentos que entrarem em operação comercial até a data de publicação do Edital não poderão participar do certame. O documento segue as diretrizes publicadas pela Portaria do Ministário de Minas e Energia 11/2018 e do Ofício nº 56/2018 SE-MME. Conforme os documentos os preços iniciais por empreendimentos movido a biomassa são R$ 329,00 o megawatt/hora (MWh). Já o caso de empreendimentos a biomassa com outorga com contrato, o MWh valerá R$ 232,56. Para este leilão, a Empresa de Pesquisa Energética - EPE cadastrou 1.672 projetos de 20 estados, totalizando 48.713 MW de potência instalada. Desse montante, 931 projetos referem-se a empreendimentos eólicos, 620 solar fotovoltaicos, 67 PCHs, 23 CGHs, três UHEs e 28 termelétricas a biomassa.
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DIA A DIA
Valtra destaca a Coopercitrus A Coopercitrus, concessionária Valtra sediada em Bebedouro (SP), vendeu em 2017 um milhão de litros de lubrificantes homologados aos produtores rurais brasileiros. Com o resultado, a Coopercitrus foi a concessionária Valtra em todo o mundo que mais vendeu lubrificantes no ano passado. A marca de um milhão de litros vendidos por uma única concessionária também é um recorde inédito dentro do grupo AGCO no Brasil. “Gostaríamos de parabenizar a Coopercitrus pelo grande engajamento com os clientes. O resultado mostra a preocupação da rede de concessionárias em oferecer a melhor solução aos produtores rurais para garantir a eficiência e produtividade de máquinas Valtra em todas as etapas da safra”, afirma Rafael Almeida, gerente de Marketing, Estratégia e Inteligência de Mercado da AGCO Parts, para Valtra.
Produtor de cana assume Conseagril
O produtor de cana-de-açúcar na Paraíba Rômulo Montenegro foi empossado em 05/03 presidente do Conselho Nacional de Secretários de Estado de Agricultura (ConseagriI). A posse foi no auditório da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan-PB), em João Pessoa. Rômulo Montenegro é bacharel em Direito pelo Instituto Paraibano de Educação (UNIPÊ). É mestre em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e Doutorando pela Universidade Del Museo Social Argentino. Foi Diretor da Associação dos Plantadores de cana da Paraíba – ASPLAN; Gestor e Supervisor da estação de Camaratuba. Atualmente, é produtor de Cana de Açúcar nos municípios de Alagoinha, Araçagi e Alagoa Grande, desde o ano de 1994.
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DIA A DIA
Demora em publicação do Rota 2030 gera riscos DIVULGAÇÃO
Previsto para vigorar no começo de janeiro, programa ainda não saiu do papel e pode afetar investimentos, alerta a KPMG Programado para entrar em vigor a partir de 1º de janeiro deste ano, o programa de incentivo do mercado automotivo, denominado Rota 2030, ainda não saiu do papel. Trata-se de um projeto que vinha sendo elaborado pelo Governo Federal e que iria substituir o Inovar-Auto que deixou de vigorar em 2017. O objetivo dele era beneficiar o setor nos próximos 15 anos. Segundo o sócio da KPMG, Wiliam Calegari, a falta de programas que estimulem investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica em troca de incentivos fiscais torna o custo Brasil maior, direcionando novos projetos da indústria para outras unidades das montadoras no mercado global. “A não renovação do programa de incentivo gera incerteza e afasta os investimentos do setor”, explica o sócio. Até dezembro do ano passado, o Inovar-Auto permitia que uma parte relevante dos custos com pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica fosse recuperada por meio de crédito tributário. Já
o Rota 2030 iria corrigir algumas falhas do anterior e incluir benefícios fiscais para as montadoras, fabricantes de peças e sistemistas do setor. “O programa é crucial para consolidar a posição do Brasil no desenvolvimento de novos produtos, inclusive para o mercado global. Incentivos fiscais semelhantes são comuns em países que possuem políticas de desenvolvimento industrial e a falta de estímulos locais certamente trará redução de projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica no Brasil a médio e longo prazo. É relevante para o país a urgência na aprovação desse programa”, complementa o sócio.
Agrônomo assume gerência geral da australiana Nufarm DIVULGAÇÃO
Gilberto Schiavinato acaba de assumir o cargo de gerente geral da australiana Nufarm para o Brasil. Há 13 anos na companhia, ele ocupou até recentemente a posição de diretor de marketing da Nufarm para a América Latina. Schiavinato é engenheiro agrônomo com especializações e MBA na área de gestão empresarial. Com 37 anos de experiência no setor de defensivos agrícolas e passagens por postos diretivos das empresas Ciba-Geigy, Rhone Poulenc e Bayer, o executivo também liderou o negócio da multinacional Aventis na Argentina. Gilberto Schiavinato foi o 5º funcionário contratado pela Nufarm no Brasil, tendo participado ativamente da expansão dos negócios da empresa no País e na América Latina. A Nufarm atua há mais de 100 anos no agronegócio. Com sede em Melbourne, na Austrália, possui um amplo portfólio para diversas necessidades do produtor. No Brasil, mantém uma unidade fabril em Maracanaú (CE), um escritório em São Paulo (SP) e oito centros de distribuição. A estrutura comercial reúne 150 profissionais especialistas em Vendas, Marketing e Desenvolvimento de Produtos & Mercados, que asseguram a excelência no atendimento às principais regiões
agrícolas. Em parceria com seus distribuidores, a Nufarm investe no programa Nufarm Care, valorizando a segurança no uso de agroquímicos e a preservação do meio ambiente.
Morais no comando da Unida até 2020 José Inácio de Morais, presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), foi eleito por aclamação para a presidência da União Nordestina dos Produtores de Cana-de-Açúcar (Unida). O mandato vigora entre 2018 e 2020. “É uma honra dirigir a Unida e eu sei que terei que ter tempo para me dedicar as ações da entidade, além das atividades na Asplan, além de meus próprios negócios, mas, assumi mais esse compromisso porque sei da importância dos órgãos de classe no fortalecimento das lutas e defesas em prol do setor”, disse Morais.
FS Bioenergia escolhe Sorriso para segunda usina de etanol A FS Bioenergia, a primeira usina de etanol 100% do milho do Brasil, escolheu o município de Sorriso, no Mato Grosso, para implementar sua segunda planta no Brasil. A primeira unidade está localizada em Lucas do Rio Verde. “A região de Sorriso e o estado do Mato Grosso, como um todo, são extremamente importantes e estratégicos para a FS Bioenergia, e estar próximo desses produtores de Sorriso nos dará ainda mais insumo para inovar e continuar produzindo com a qualidade que buscamos. Além disso, queremos ser a oportunidade de compra de milho e biomassa confiável e de qualidade para esses produtores", afirma Henrique Ubrig, CEO da FS Bioenergia. A nova unidade está em fase de licenciamento que antecede a construção e, conforme a FS, terá um investimento de R$ 1 bilhão, irá gerar mais de 1.500 empregos diretos e indiretos, e tem uma produção prevista de 680 milhões de litros de etanol por ano.
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13 avaliações sobre a safra 2018/19 DIVULGAÇÃO
Projeções são feitas para o JornalCana por Alexandre Figliolino, consultor e especialista com 35 anos de vivência no setor sucroenergético DELCY MAC CRUZ, DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO (SP)
Engenheiro agrônomo de formação, Alexandre Figliolino é um especialista do setor sucroenergético. Respira o universo do setor 24 horas por dever profissional, seja como sócio da consultoria MB Agro, seja como conselheiro de companhias sucroenergéticas. Mas Figliolino também respira 24 horas o setor questões pessoais. O setor sucroenergético integra sua vida. Não é por menos que ele costuma estar presente em três a cada três eventos ligados ao universo sucroenergético que ocorrem pelo país. Foi em um desses, realizado recentemente em São José do Rio Preto (SP), que Figliolino atendeu ao JornalCana e fez a seguir avaliações da safra de cana-de-açúcar 2018/19 prestes a começar nas unidades da região Centro-Sul do País. 1 Açúcar em queda Estou há 35 anos no setor e acho até divertido, mas também triste, quando dizemos que no setor sucroenergético nunca um ano é igual ao outro. Estamos às vésperas do início da safra 18/19 em uma situação completamente inversa do que estávamos na safra anterior. Estávamos [no fim de janeiro] com o açúcar a menos de 14 centavos de dólar por libra-peso em Nova York e nessa mesma época de 2017 Nova York registrava 23 centavos de dólar por libra-peso. 2 Quadro negro Há um ano, em função da crise econômica do Brasil nos últimos anos, da crise dos combustíveis, do baixo preço da gasolina no mercado internacional, e a nova política de preços da Petrobras [em vigor desde junho de 2017, de realinhamento dos preços internacionais], estava-se com o quadro muito negro para o etanol, mas muito auspicioso para o açúcar. Isso há apenas um ano. 3 Concorrentes no açúcar Começamos janeiro com situação totalmente inversa ao mesmo perí-
Figliolino: "acho divertido, mas também triste, quando dizemos que no setor sucroenergético nunca um ano é igual ao outro"
odo de 2017. Alguns dos importantes players do mercado açucareiro expandiram bastante sua produção, caso da Índia, que saiu de 20 milhões de toneladas para 25,5 milhões de toneladas de açúcar, e já se fala que o país irá para 27 milhões de toneladas na próxima safra. A Europa, com o fim do regime açucareiro [que libera produtores para a exportação], registrou expansão de produção que veio acompanhada com ganho de eficiência produtiva. A Tailândia, afetada pelo clima nas duas últimas safras, registra nesse ano um clima excelente. O país cresceu 2 milhões de toneladas. E por aí vai. 4 Excedente apontado Com a situação, aponta-se para um excedente de açúcar para a safra mundial 2017/18, a ser encerrada em 30 de setembro próximo, estimado em 10 milhões de toneladas. Isso forçou uma queda forte nas cotações do açúcar na Bolsa de Nova York. Chegou-se em janeiro a 13,50 centavos de dólar por libra-peso. 5 Cotação baixa afeta a todos A baixa cotação em Nova York coloca todos os países produtores de açúcar no vermelho. E vemos um movimento nas commodities de que será preciso um ajuste de produção para haver maior equilíbrio. 6 Recuperação do etanol Mas se o produtor brasileiro avalia a situação do açúcar com muita preocupação, de outro lado vimos uma recuperação extraordinária da competitividade do etanol em relação ao combustível fóssil. Houve um cres-
cimento espetacular do consumo de etanol, principalmente a partir de setembro último. Uma série de medidas colocadas em prática em 2017 ajudou a aumentar a competitividade do biocombustível. 7 Mais etanol na 18/19 Como a safra 17/18 começou mais açucareira, e só veio mudar o mix para o etanol a partir de setembro, o preço do biocombustível ficou interessante. O etanol será a salvação da lavoura do setor também na 18/19. Por dois motivos: primeiro porque ele criou demanda, a partir de sua competitividade. Segundo porque estamos estacionados [em oferta] de matéria-prima. Com certeza a 18/19 será no máximo alcooleira. 8 Oferta de cana Deveremos chegar no máximo a 580 milhões de toneladas de cana no Centro-Sul. Vai depender muito do clima. Foi muito bem entre novembro, dezembro e janeiro em termos pluviométricos. Mas estamos em um regime moderado de La Niña, com estiagem em algumas regiões canavieiras nesse mês. 9 Vantagem de fazer etanol Hoje a vantagem de se fazer etanol hidratado, na comparação com o custo de fazer açúcar, está 30% acima. É exatamente a situação oposta vivenciada um ano atrás. 10 Máxima capacidade mix Tenho avaliado com consultores sobra qual é a máxima de capacidade de mix alcooleiro do setor. Chegamos à conclusão de que é de 59% para eta-
nol e 41% para açúcar. Mas é um número difícil porque depende muito da qualidade da cana ao longo da safra. Se ela for muito rica em sacarose, o que ocorre nos meses de agosto e setembro, quando chamamos o período do ‘estômago’ da usina, com operação a toda carga, perde-se capacidade de mexer no mix. 11 Em quanto deve cair a produção de açúcar Com a tendência da safra mais alcooleira [e com menos oferta de cana], a safra 18/19 deverá gerar menos 3 milhões de toneladas de açúcar em relação à produção da 17/18. Devemos sair de uma produção açucareira de 35,8 milhões de toneladas para 32,5 milhões de toneladas. Tirar as 3 milhões de toneladas do trade mundial é muito positivo. 12 Petróleo acima de US$ 60 Estimamos que ao longo de 2018 o barril de petróleo fique acima de US$ 60 no mercado internacional. Isso é muito bom, uma vez que o barril já chegou a ficar abaixo de US$ 40. ‘É do combustível renovável que vem as notícias positivas para o setor sucroenergético’ 13 Médio e longo prazo Esperamos uma eficiente regulamentação do programa RenovaBio. Temos que trabalhar o cenário de que o programa entre para valer em 2020. Esse ano é fundamental porque o diabo mora nos detalhes. A lei [que cria o RenovaBio] está aprovada, está posta, mas será preciso uma boa regulamentação, e o programa tem suas complexidades.
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Usinas já têm como se adequar para o RenovaBio Programa, que cria certificados a serem comercializados, só deve vigorar em 2020, mas as empresas podem iniciar já a ‘lição de casa’
6 dicas que ajudam nos ganhos financeiros Gestores de usinas de cana-de-açúcar que adotarem já ações de adequação ao RenovaBio têm grandes chances de obterem ganhos financeiros. Confira 6 dicas apuradas pelo JornalCana junto a técnicos do setor e de órgãos públicos integrados na formatação do programa de biocombustíveis.
DELCY MAC CRUZ, DE RIBEIRÃO PRETO (SP)
FAÇA JÁ OS ORÇAMENTOS A lei federal criadora da Política Nacional de Biocombustíveis, e que gerou o programa RenovaBio, completa três meses de vida no próximo dia 27 deste mês de março. Em meio a isso, lideranças do setor sucroenergético e técnicos de instituições e de órgãos públicos ajudam a formatar a implementação do programa. Esses atores têm visões diferentes, como esperado, mas são unânimes em afirmar que o RenovaBio entra em prática no começo de 2020. Até lá, existe uma série de formatações rumo à implementação. Há prazos previstos pela lei 3.576, a criadora do RenovaBio, e há debates em tom acalorado por conta dos representantes de cada elo do universo de biocombustíveis, lembrando que o programa abrange etanol, biodiesel, bioquerosene, biometano e outros. José Mauro Ferreira Coelho, diretor de estudos do Petróleo, Gás e Biocombustíveis da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), do Ministério de Minas e Energia (MME), é um dos atores integrantes desde o início do programa. Coelho afirma em tom enfático, em entrevista ao JornalCana: “apesar do prazo existente até a implementação do programa, as usinas de cana-de-açúcar devem fazer sua parte.” Que parte é essa? “Há quase dois anos até a entrada em vigor do RenovaBio, e os gestores das usinas sabem, mais do que ninguém, o que precisa ser feito para essas unidades estarem devidamente apropriadas para emitirem os Cbios”, relata Coelho. Cbios? É a sigla para Certificados de Biocombustíveis que as unidades poderão emitir, a partir de 2020, equivalentes a valores financeiros que refletirão o balanço das externalidades (resultados positivos) ambientais versus as emissões poluentes.
Em função da crise vivenciada no setor, por conta de desarranjos de governos, as usinas deixaram de investir como deveriam nos parques industriais. Esses têm equipamentos que precisam de reformas simples ou mais complicadas. Os fornecedores de bens e serviços, que também enfrentaram a mesma crise, hoje estão à espera de clientes. Mas conforme a implementação do RenovaBio ganhe corpo, certamente haverá uma corrida aos fornecedores.
1 PREÇOS DEVEM SUBIR 50%
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ÁREA AGRÍCOLA: CORRA JÁ PARA ELA No tocante às áreas agrícolas que atendem a usina, é a mesma situação relacionada à indústria. Ou seja, terá menos gastos quem correr e planejar o que precisa ser feito para reduzir emissões de poluentes (de produtos para a terra, óleo diesel gasto nos tratores a até o quanto de diesel foi gasto no caminhão que trouxe esses produtos). Já pensou quanto custará um trabalho técnico, que pode exigir apuro tecnológico e profissional, às vésperas de 2020?
3 TERRAS DE PARCEIROS
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VINHAÇA A vinhaça é uma pedra no caminho das externalidades do setor. Empregada como fertirrigante, ela colabora com o solo, mas é envolta em polêmicas sobre como afeta o mesmo solo. Certamente o assunto virá à tona na formatação do RenovaBio. Quem for logo atrás de soluções para a questão terá menos desconforto depois.
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Não bastará deixar a terra própria da usina na devida sintonia com as exigências do RenovaBio. Tem também a terra dos parceiros, que certamente entrarão na base do peso de quanto valerá o certificado de biocombustível (Cbio). Ou seja: de que adianta se a terra da usina estiver devidamente avalizada pelo certificador se a terra do parceiro esbanjar emissões de poluentes (seja por agroquímicos em excesso ou diesel usado em demasia)?
CERTIFICAÇÃO: QUEM FARÁ?
6 Até a formatação de uma Cbio, será preciso aprontar uma calculadora, chamada RenovaCalc, responsável pela montagem do balanço de cada unidade. Não é assunto fácil. No dia 23/02, em Piracicaba, a União da Indústria
Não há um estudo com estimativas corretas, mas usinas que já fizerem contratos de encomendas de bens e serviços industriais com fornecedores deverão economizar em até 50% nos valores a serem praticados em 2020, quando o RenovaBio estiver em vigor.
Aqui, não adianta passar o boi à frente. Os certificadores, que irão avalizar as condições das usinas para a emissão dos Cbios, estão em fase de formatação como o próprio RenovaBio. Sabe-se, por ora, que o cadastro desses caberá à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Mas tudo ainda está na fase inicial. Portanto, cabe às unidades sucroenergéticas estarem aptas para esse aval.
de Cana-de-Açúcar (Unica) e a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da USP, reuniram uma centena de técnicos para uma primeira rodada técnica no estado de São Paulo sobre o RenovaBio. Apena neste mês de março, mais
duas rodadas técnicas estão programadas. Elas têm por finalidade ajudar a formatar a estrutura técnica do programa. Mas, como relatou o diretor da EPE para o JornalCana, as usinas não precisam ficar esperando. “Já podem fazer sua lição de casa”, afirma.
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Saiba o que já existe de pronto do RenovaBio
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Programa passa por debates e formatação, mas legislação exige datas que já servem de pistas para as usinas aplicarem em suas gestões DELCY MAC CRUZ, DE RIBEIRÃO PRETO
O que já existe de pronto em relação à Política Nacional de Bicombustíves (RenovaBio)? JornalCana apurou com técnicos envolvidos na formatação que a fase burocrática caminha lado a lado com a fase propriamente técnica. Na etapa burocrática, que depende de ações políticas, existe a determinação das metas de redução de emissões de poluentes que Brasil precisa cumprir para atender aos compromissos assumidos na COP 21, em 2015. Essas metas deverão ser conhecidas até seis meses após a publicação da lei que cria o RenovaBio, ou seja, até 27 de junho próximo. O Ministério de Minas e Energia (MME), entretanto, pretende ter esse material pronto até 24 de maio porque ele precisa entrar em audiência pública. Depois disso, a proposta das metas de emissões necessita ser aprovada pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), colegiado técnico que validará ou não a proposta. Cbios A metas de redução de emissões, ou de descarbonização, serão
cumpridas a partir dos certificados de biocombustíveis, os Cbios. Esses serão transacionados no balcão, na bolsa de valores, a B3. O segredo do RenovaBio é separar o preço do combustível do valor da contribuição da descarbonização, da redução de emissões, para fazer o país cumprir seu compromisso de redução de metas. Como previsto pela legislação, as distribuidoras de combustíveis serão clientes obrigatórios dos Cbios. Elas terão de adquirir os certificados a partir do histórico de quanto emitiram de poluentes (com gasolina e diesel vendidos) no ano anterior. A individualização de como será a meta compulsória de cada um desses distribuidoras caberá à ANP, a partir do que for estabelecido pelo CNPE. A fiscalização pelo cumprimento dessas metas das distribuidoras, por sua vez, caberá a firmas inspetoras. Essas firmas serão credenciadas junto a ANP e ficarão responsáveis, por exemplo, pela certificação dos biocombustíveis. Daí entra a calculadora do RenovaBio, a RenovaCalc. Essa passa por fase de gestão.
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USINA DO MÊS
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Atvos quer ampliar sua atuação e operar com máxima eficiência Com 10 anos de atuação, a empresa muda de nome e ratifica sua estratégia de investimento de médio e longo prazo no setor sucroenergético Com o objetivo de renovar seu compromisso com a construção de um futuro sustentável, a Odebrecht Agroindustrial muda sua marca para Atvos. O novo posicionamento está em linha com o planejamento da empresa para os próximos anos, que contempla a necessidade de novos investimentos para fazer frente ao crescimento e aos novos desafios do setor sucroenergético. “O mundo vive um cenário de muitas oportunidades relacionadas à matriz energética limpa e à economia de baixo carbono, o que au-
menta o protagonismo do Brasil e da cadeia produtiva nacional. Sabemos da nossa responsabilidade de potencializar o biocombustível e, consequentemente, o desenvolvimento sustentável. Temos que nos preparar para estes desafios”, explica Luiz de Mendonça, presidente da Atvos. Em 2017, a empresa completou 10 anos de uma atuação voltada para o desenvolvimento das comunidades, produção de energia limpa e geração de mais de 11 mil empregos diretos e 30 mil indiretos em quatro Estados brasileiros (Goiás, Mato
Grosso, Mato Grosso do Sul e São Paulo). “Surgimos com o propósito de participar da transformação do setor sucroenergético. Amadurecemos, crescemos operacionalmente e tivemos avanços empresariais significativos. Temos orgulho de contar com algumas das maiores e mais modernas unidades produtivas do setor. Agora, precisamos criar novos caminhos para darmos um novo salto”, acrescenta o executivo. A Atvos tem capacidade de moagem de 36 milhões de toneladas de cana, suficientes para a produção de
3 bilhões de litros de etanol, 700 mil toneladas de açúcar e a cogeração de 3,1 mil GWh de energia elétrica por safra. Desde o início das suas atividades, investiu mais de R$ 12 bilhões e desempenha um importante papel nas regiões onde atua. De acordo com Mendonça, a forte presença no desenvolvimento dos municípios e geração de emprego são legados que continuarão mantidos. “Renovamos nosso compromisso com as comunidades onde estamos inseridos e com a produção de energia limpa para o Brasil e para o mundo”, afirma.
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Atvos trabalha pela diversificação qualitativa dos produtores rurais Para operar as duas unidades do Polo Araguaia em plena capacidade, além de focar na gestão de indicadores e ter equipe operacional capacitada, é necessário expandir a área plantada DIVULGAÇÃO
A Atvos possui um dos modelos de gestão corporativa mais eficazes do setor. Os seis polos onde está presente possuem na pessoa de seus superintendentes autonomia para tomada de decisões estratégicas baseadas na regionalidade, mas sobretudo nos resultados. O trabalho realizado no Polo Araguaia, que compreende as usinas de Morro Vermelho, em Mineiros (GO) e Água Emendada, em Perolândia (GO), reflete a política de atuação do grupo. Em entrevista ao JornalCana o superintendente do Polo Araguaia, Sergio Fiorin revelou detalhes sobre a operação. Ele atua na Atvos desde 2011. Ao ingressar na companhia encarou o setor de bioenergia como uma proposta altamente promissora, mas estava consciente de que sua missão também era desafiadora. Havia a necessidade de criar indica-
dores de desempenho e sistemas corretos para tomar decisões assertivas. Nisto, desenvolveu o que ele acredita ser um diferencial de gestão no setor. “A gestão por indicadores é o caminho que nos guia para a máxima produtividade”, afirma. Fiorin, conta que ao desenvolver o modelo de gestão, veio o desafio de implanta-lo no Polo Araguaia, que possui dois projetos gêmeos instalados no formato greenfield, os quais pretende alavancar para operar em sua plena capacidade de produção nos próximos cinco anos. "Acordo todos os dias motivado com esta missão, porque possuo plantas modernas com capacidade instalada de moagem de 7,6 milhões de toneladas”, ressalta Fiorin, expondo que as unidades atualmente processam cerca de 5,5
Fiorin, da Atvos, elevou a entrega de cana de fornecedores para 40% no Polo Araguaia
milhões de toneladas. O principal objetivo do executivo é operar as usinas em plena capacidade. Ele elenca quais são os passos para isso: “precisamos de equipes estabilizadas, com competência e capacitadas para atuar na operação. Além disso, necessitamos de áreas agricultáveis disponíveis para cana-de-açúcar em uma região mesclada de outras culturas”. Fiorin e sua equipe estão trabalhando para sensibilizar os produtores de grãos da região a respeito das vantagens da diversificação de culturas para a diluição de riscos e estabilidade financeira. "Não queremos concorrer com nenhuma cultura. Nossas conversas são no sentido de mostrar aos produtores a importância da diversificação, sempre em busca da construção de uma relação de confiança."
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Programa Parceiros Mais Fortes gera resultado financeiro positivo ao produtor DIVULGAÇÃO
Elaborado pela Atvos, programa atrai produtores a plantar cana através de um modelo de pagamento transparente e rentável Uma das vantagens do cultivo do Polo Araguaia é a alta produtividade que os canaviais podem alcançar. De acordo com Sergio Fiorin o solo da região é enriquecido pela cultura dos grãos e pela altitude da região. “Essas virtudes nos permitem produzir cana com TCH acima de três dígitos”, revela. E para que mais cana seja produzida na região, Fiorin conta com uma estratégia que tem dado resultado positivo. “Atrair novos produtores de cana na região através do Programa Parceiros Mais Fortes, que tem o objetivo de mostrar que a decisão de plantar e fornecer matéria-prima para a Atvos, é uma
decisão tomada não só por conta da credibilidade do grupo, mas pelo retorno financeiro que o produtor terá”, explica o superintendente do Polo Araguaia. Para ele, a credibilidade é um fator primordial. Algo que Atvos conquistou na região desde seu estabelecimento. “Credibilidade não se compra. É algo que se constrói ao longo do tempo. E este programa de atração garante ao produtor que a rentabilidade da área produzida com cana-de-açúcar será
muito interessante sem contar o efeito positivo que a diversificação traz para qualquer negócio”, afirma. “Buscamos produtores que queiram crescer conosco e ter mais rentabilidade em seu negócio. O que propomos é a construção de uma relação de longo prazo, na qual prevaleçam remuneração elevada e preços competitivos”, destaca Fiorin. Conforme ele explica, o Parceiros Mais Fortes é bem estruturado e carre-
ga consigo as lições aprendidas ao longo dos 10 anos de atuação da empresa. “O programa estende a nossos parceiros nosso compromisso com a sustentabilidade. Além disso, amplia a geração de empregos na região, aumenta a produtividade e garante a alta rentabilidade para todo o setor”, completa Fiorin. O superintendente também mostra aos potenciais produtores de cana-de-açúcar que a credibilidade financeira que a companhia possui atualmente está acima da média comparada a outros players do setor. “A Atvos possui patrimônio líquido positivo e dívida alongada em um período que acreditamos ser mais do que suficiente para termos nossas plantas operando em plena capacidade”, garante. Outro trunfo apresentado por Fiorin é a relação transparente que a Atvos procura estabelecer com seus parceiros, fator que atraiu mais recentemente novos fornecedores de cana-de-açúcar para o polo que possui cerca de 60% de cana própria e a restante produzida por fornecedores.
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"Seguimos em nossa lição de casa" DIVULGAÇÃO
Atvos mantém busca de ganho de produtividade e de eficiência em suas unidades produtoras diante cenário de oportunidades ALESSANDRO REIS, DE RIBEIRÃO PRETO (SP)
“Segunda maior produtora de etanol e principal fornecedora do biocombustível para o mercado nacional, a Atvos está pronta para ampliar o protagonismo do Brasil diante o atual cenário mundial de muitas oportunidades relacionadas à matriz energética limpa e à economia de baixo carbono”, afirma Celso Ferreira, Vice-Presidente de Operações e Engenharia da companhia sucroenergética. Na entrevista a seguir, o executivo comenta sobre esse cenário otimista, destaca estratégias da Atvos e revela suas expectativas diante a Política Nacional de Biocombustíveis, o RenovaBio.
JornalCana - Como começa sua história com o setor sucroenergético? Minha trajetória no setor sucroenergético teve início em 2011, quando fui convidado para ser Vice-Presidente de Investimentos, Inovação e Tecnologia da Atvos. Em 2013, assumi o desafio de liderar as áreas Operações e Engenharia, onde permaneço até hoje. No momento, quais os principais desafios da “porteira pra fora” do setor? E da “porteira pra dentro”? O mundo vive um cenário de muitas oportunidades relacionadas à matriz energética limpa e à economia de baixo carbono, o que aumenta o protagonismo do Brasil e da cadeia produtiva nacional. A Atvos é a segunda maior produtora de etanol e a principal fornecedora do biocombustível para o mercado nacional. Portanto, sabemos da nossa responsabilidade diante deste futuro promissor. Da “porteira pra dentro”, entendo que precisamos continuar fazendo nossa lição de casa, buscando incessantemente o aumen-
NA ATVOS DESDE 2011 Celso Ferreira é Engenheiro Químico, formado pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Possui MBA em Administração pela Fundação Getúlio Vargas e cursos internacionais, como o de Finanças pela Universidade de Columbia, nos EUA. Trabalhou na Braskem entre os anos de 2006 e 2011, como diretor industrial de negócio da petroquímica e, também, atuou como vice-presidente da unidade básica da petroquímica no processo de aquisição da Quattor pela Braskem. Em 2011, foi contratado pela Atvos como vicepresidente de Investimentos, Inovação e Tecnologia. Desde 2013, é vice-presidente de Operações e Engenharia da empresa.
to da nossa produtividade e eficiência, sempre com a segurança das nossas equipes e sustentabilidade das operações em primeiro lugar. Quais são as estratégias de gestão adotadas pela Atvos para alavancar o crescimento do grupo? Entendo que a Atvos teve um in-
tenso aprendizado em seus 10 anos de atuação nas novas fronteiras agrícolas do país e agora está mais madura, pronta para as oportunidades que têm se desenhado para o setor de bioenergia. A empresa seguirá focada na disciplina operacional, no melhor planejamento das operações e na implementação de novas tecnologias.
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"Crescimento de forma sustentável" DIVULGAÇÃO
JornalCana - Onde a Atvos pretende chegar nos próximos dez anos em produção e em ações sociais? Celso Ferreira - Do ponto de vista operacional, o objetivo da empresa é que todas as unidades industriais operem em sua máxima capacidade, com a moagem de 36 milhões de toneladas por safra. Queremos seguir nossa trajetória de crescimento de forma sustentável, mantendo o foco na qualidade e na competitividade, atuando em parceiras com as comunidades onde estamos presentes. Fale mais a respeito, por favor Com relação às ações sociais, o compromisso com as comunidades está no DNA da Atvos e continuará inalterado. Desde que foi fundada, em 2007, a empresa desempenha um importante papel no desenvolvimento das regiões onde atua, com forte contribuição sob aspectos sociais, econômicos e ambientais. A empresa manterá seu investimento na capacitação das pessoas e, por meio do seu programa Energia So-
cial, seguirá beneficiando as comunidades nos projetos prioritários para cada município. O senhor acredita que o RenovaBio garantirá o crescimento sustentável do etanol e do
ANJO DA GUARDA
açúcar? O RenovaBio é importante e vem para ratificar o compromisso do Brasil com os biocombustíveis. Mais do que isso, corrige uma série de distorções impostas nos últimos anos por conta da ausência de políti-
cas públicas mais claras. No entanto, o RenovaBio não pode ser encarado como a salvação do setor sucroenergético. É importante que toda a cadeia produtiva continue fazendo sua parte: competitividade, tecnologia e disciplina nas operações.
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De olho nos avanços tecnológicos DIVULGAÇÃO
JornalCana - A chave do grupo para a safra 2018/19 será mais alcooleira ou açucareira? A Atvos foi concebida para ser uma empresa de bioenergia. Das oito unidades da empresa em operação, somente duas produzem açúcar. O carro-chefe é – e continuará sendo – a produção de etanol, hidratado e anidro. O açúcar é importante para nos garantir um portfólio diversificado e uma linearidade de receita, mas nosso maior foco é a produção de etanol. A produtividade agroindustrial do setor está estagnada há anos. Em sua opinião, quais tecnologias são imprescindíveis e nas quais o setor deve investir para garantir a competitividade das usinas brasileiras? A indústria sucroenergética precisa estar sempre em linha com o que existe de mais moderno para aumentar sua eficiência. Nos canaviais, as empresas devem investir em tecnologias como piloto automático, Veículos Aéreos não Tripulados (Vants), plantadoras auto-
matizadas e evolução da tecnologia de adubação. Na área industrial,
Sistema para Carga de Etanol
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estamos olhando para avanços tecnológicos como o conceito de in-
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teligência artificial, que permite a antecipação de desvios.
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Programa capacita os integrantes do futuro DIVULGAÇÃO
Exemplo de capacitação profissional permite que jovens da região entrem qualificados no mercado de trabalho sucroenergético A Atvos investe na juventude da região onde seus polos estão localizados, compreendendo que é possível assim garantir a mão-de-obra qualificada para o amanhã. Um dos casos de sucesso mais recentes é o da Bruna de Jesus. Ela atualmente é integrante do grupo e atua na Unidade Água Emendada, de Perolândia (GO), na Manutenção Automotiva. “Inicialmente participei da peneira, que é o processo seletivo para escolha dos jovens aprendizes, e fui selecionada. Em seguida, estudei por um ano no Senai, do município, recebendo qualificação teórica. No ano seguinte fui enviada para participar do treinamento prático, que é feito na própria unidade agroindus-
Bruna de Jesus: "eu já gostava muito de mecânica, mas quando cheguei me apaixonei de vez"
trial. Eu já gostava muito de mecânica, mas quando cheguei me apaixonei de vez”, conta. Bruna destaca que se encantou pelos detalhes da Manutenção Automotiva entendendo que essa era sua vocação, que por fim, fez dela uma das mais recentes integrantes da Atvos atuando na área. “Me de-
diquei muito durante o programa, porque meu grande objetivo era ser contratada, até que isso aconteceu em 2017. Me lembro com orgulho quando o coordenador do projeto me contou que a razão de me contratarem foi porque encontraram em mim muita garra”, comemora Bruna, enquanto narra os
detalhes de sua contratação com brilho nos olhos. Ela revela que além de vencer os limites do conhecimento técnico também precisou passar por cima do preconceito. “Dizem que essa área é masculina, mas eu não acredito nisso. Porque sou capaz de fazer o que a maioria dos mecânicos faz. Tudo é uma questão de empenho”, garante. Bruna complementa dizendo que mesmo com pouco tempo de contratação, sua atuação competente a permitiu ir para o campo para atender necessidades mecânicas de colheitadeiras. Bruna, que vai para sua segunda safra neste ano, conta que nos momentos mais desafiadores é preciso agir com humildade para desempenhar bem sua atuação profissional. “Há dias em que me deparo com problemas mecânicos com os quais não tenho solução imediata. Nessa hora se eu não sei o que fazer, certamente há um colega que sabe e pode ajudar. Por isso não tenho receio em pedir auxílio, porque sei que nosso trabalho é feito em equipe”, conclui.
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Foco na capacitação e na diversidade profissional DIVULGAÇÃO
Polo Araguaia investiu em capacitar também os líderes de área, que passaram a ver os liderados como peças-chave para o desenvolvimento da empresa O grupo Atvos acredita na capacitação e na diversidade profissional e faz dessa crença um investimento para alcançar suas metas produtivas. Os programas de qualificação profissional e aprendizagem técnica possuem 5 milhões de horas de capacitação e renovação do conhecimento, gerando empregos e alavancando carreiras. O trabalho executado no Polo Araguaia, que compreende as unidades Morro Vermelho, de Mineiros (GO), e Água Emendada, de Perolândia (GO), exemplifica bem o que é feito em todo o grupo. O Polo implantou os programas Acreditar Júnior e Acreditar na Di-
Juraci Rodrigues Bastos, gerente de Pessoas e Administração do Polo
versidade — voltado a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho — que investem na capacitação dos moradores das cidades onde está presente. Quem coordena é Juraci Rodrigues Bastos, gerente de Pessoas de Administração do polo. Bastos atua
na Atvos desde 2007. Trabalhou inicialmente no polo São Paulo. Em 2015 assumiu o desafio de atuar no polo Araguaia. “Chegando aqui pude intensificar o trabalho de treinamento e qualificação de nossos integrantes. Optei em não acumular a capacitação para a entressafra,
o que fez diferença, pois conseguimos fazer uma melhor distribuição de nossos treinamentos no próprio período de safra e obter resultados significativos”, conta Bastos. Como resultado destas ações, o polo vem diminuindo a rotatividade de integrantes ano a ano. O indicador, que era de 17% na safra 2013/2014, deve chegar a 12% no ciclo 2018/2019. “Ainda não é o número almejado. Queremos um valor menor do que 10%”, afirma. Bastos ressalta que parte do crescimento da performance dos integrantes também se dá ao fato de trabalharem a mentalidade das lideranças do polo para que enxerguem os integrantes como peças-chave para o desenvolvimento da empresa. "Os integrantes atuais são oriundos da região, mas mesmo os que vieram de outras partes do País estão bem adaptados e atuando com eficiência", explica Bastos, que informou que desta forma foi possível desenvolver nos líderes de área uma mentalidade onde o valor do integrante tornou-se muito maior.
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Do assentamento ao faturamento DIVULGAÇÃO
Programa Energia Social, da Atvos, transforma trabalho de produtores familiares que vivem em área do município Mineiros (GO) em negócio lucrativo
que o faturamento da cooperativa saltasse de 2 mil reais em 2015 para 460 mil em 2017. A previsão é que neste ano os cooperados faturem cerca de 600 mil reais. Mas o grande salto não é só financeiro, mas também social. A presidente da cooperativa Zenaide de Jesus
Almeida é prova disso. Com a capacitação profissional que recebeu do projeto, a produtora familiar rompeu seus limites como moradora do assentamento Formiguinha em Mineiros (GO) e hoje administra uma confeitaria, que ocupa cerca de 72 metros quadrados, colhendo os frutos de seu
O Grupo ProCana +1 Milhão não para de evoluir!
de visualizações no Facebook Jornalcana no Instagram +48% de alcance nas publicações
trabalho e realizando sonhos. “O desenvolvimento da cooperativa refletiu em nossas casas. Eu, por exemplo, paguei a faculdade das minhas filhas e comprei uma caminhonete. Outros cooperados também prosperaram e adquiriram coisas que antes jamais poderiam ter. Para se ter uma ideia, uma de nossas colegas, sonhava em mobiliar a casa. Hoje, ela tem televisão de última geração, sofá com descanso de perna, geladeira grande e até colocou ar-condicionado no quarto. Coisa mais chique!”, conta Zenaide. Manoel da Silva Santos, que desde 1980 atua na área de olericultura e há quatro anos participa da cooperativa de produtores familiares, onde cultiva em uma área de cerca de três hectares, empregando dez pessoas, afirma que o maior dos benefícios que recebeu através do Energia Social foi o aprendizado sobre administração financeira. “Fizemos dois cursos, um inclusive em São Paulo. De lá para cá nosso dinheiro rendeu mais e assim passamos a investir e produzir mais”, comemora.
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Um dos pilares da cultura empresarial da Atvos é a transformação social e regional dos lugares onde está. O grupo investiu em mais de 74 projeto, beneficiando diretamente mais de 150 mil pessoas por meio do Programa Energia Social. Um dos projetos que merece destaque na região é o de Fortalecimento da Agricultura Familiar, tendo como protagonista a Copermim, que possui 62 cooperados, com 19 atuantes, produzindo e distribuindo laticínios, frutas, hortaliças e outros produtos agrícolas. O resultado do investimento feito pelo Energia Social em parceria com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) fez com
Horta desenvolvida por produtores familiares: fruto do Programa Energia Social
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Agrônoma colheu vidas transformadas ao cultivar relacionamentos DIVULGAÇÃO
Programa Energia Social desenvolvido pela Atvos gera engajamento entre todos os agentes envolvidos promovendo inclusão social Os projetos escolhidos para integrarem o Programa Energia Social, da Atvos, são desenvolvidos no modelo de gestão participativa. em fóruns estabelecidos com membros do governo local, sociedade civil e integrantes da empresa. "Não adianta chegarmos lá e só oferecermos o subsidio que a comunidade não precisa. Avaliamos tudo. Até mesmo as pessoas que irão participar do programa, para que ele seja sustentável”, explica Daniela Sebalhos, que chegou a Mineiros há nove anos, atuando na área de Desenvolvimento de Pessoas da Atvos.
Márcia Maria de Paula, a 'mãe' do assentamento: "costumo dizer que sou agrônoma de gente e não de terra”
Formada em Psicologia, ela ressalta que a premissa mais importante do projeto social é a sustentabilidade. “Não podemos simplesmente oferecer recursos mês a mês, é necessário dar aos beneficiados, estímulos e condições, para poderem crescer através do seu próprio trabalho”. O processo de escolha dos agentes que capacitariam a cooperativa
de Mineiros incorporou uma profissional que se tornou fundamental no desenvolvimento do trabalho: a engenheira agrônoma, Márcia Maria de Paula. Ela chegou ao município em 1993 para atuar na Emater e dar aulas de agronomia na Universidade Federal de Goiás. Os produtores da cooperativa se
referem a ela com muito carinho. “Para todos nós do assentamento, a Márcia é como uma mãe”, afirma Zenaíde Almeida. A presidente da Coopermin, explica que foi através da agrônoma que conheceu o trabalho da cooperativa. “Era sem terra na época e fui abordada pela Márcia na beira da rodovia. Eu tinha um grande receio da sociedade por causa da discriminação e foi através dela que fui socializada”, conta. Pelo programa Energia Social, ela e os demais agentes estudaram a cooperativa para descobrir como capacitá-los. "O programa permitiu que ampliássemos a visão dos produtores apresentando modelos de plano de negócio, planejamento estratégico e gestão", diz. Dentre os atuais resultados, Marcia celebra o fato de brotar em meio aos cooperados o primeiro grupo de produtores orgânicos certificados em toda a região de Rio Verde (GO), distribuindo seus produtos cultivados para a cidade de Mineiros.
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equipamentos. As empresas conjuntamente perceberam que podiam unir competências para desenvolver soluções que melhorassem a operação dos equipamentos, explorando-os em seu Março 2018 máximo, dentro dos limites de confiabilidade e segurança.
Nesta parceria estratégica, a Dedini fornece informações importantes de seu know-how de fabricante e a Soteica utiliza tais informações, juntamente com a sua expertise no desenvolvimento de sistemas utilizando técnicas de simulação, otimização e modelagem de plantas químicas, petroquímicas e sucroenergéticas, para desenvolver uma solução que permite a operação autônoma de equipamentos.
Inteligência Artificial em Proce Expressiva redução no consumo de vapor está entre os benefícios observados na Usina Tapejara, do Grupo Usacucar Santa Terezinha
Mundo Físico (Hardware)
Mundo Virtual (Software)
DOUGLAS CASTILHO MARIANI*
O mercado sucroenergético conta uma nova ferramenta para aumentar a eficiência operacional de seu processo produtivo, o SDExemplo Estrutura Zeólita -PMOL, que é uma inteligência artificial voltada para a operação autônoma de peneiras moleculares Para atingir este objetivo o SD-PMOL on-linedesta a curva de adsorção real damolecular. zeólita, Esta produtoras de etanol anidro. O primeiro equipamento escolhido para calcula a aplicação técnica foi a peneira Esta nova ferramenta é fruto da escolha foi motivadaa fases por conta da característica peculiar utilizada a desidratação potencializando de adsorção e dessorção de acordoda comzeólita a realidade atual,para conseguindo união da Dedini, tradicional fornecedora de equipamentos e plantas do etanol. Uma vez que para retirar o potencial pleno do equipamento é importante que a carg de processamento, e da Soteica, assim encontrar o melhor ponto de operação. Esta abordagem não é possível de ser realizada de etanol hidratado esteja em condições específicas e que fique em contato com a zeólita po empresa desenvolvedora e implena operação com automação tradicional, e só uma ferramenta de inteligência artificial, que é mentadora do S-PAA, que é hojedeterminado o tempo, de modo que a retirada de água do etanol hidratado seja a máxima único e mais avançado sistema de capaz de aprender a condição atual de operação, aliada a um algoritmo de otimização que possível, mas que não sature o leito,Exemplo o queEstrutura pode levar Otimização em Tempo Real (RTO) Zeólita a perda da sua capacidade de absorção Estrutura Zeólita pode realizar tal tarefa e lidar com melhor ponto de operação, de processos industriais do setor encontra em poucos segundos o Exemplo (não seria aDsorção?) e redução de sua vida útil. sucroenergético. A Dedini e Soteica tinham uma as inúmeras variáveis de processo envolvidas. relação de cliente Para e fornecedor, atingir este objetivo o SD-PMOL calcula on-line a curva de adsorção real da ze uma vez que a Dedini utilizava os potencializando a fases de adsorção e dessorção de acordo com a realidade atual, consegu serviços e softwares da Soteica para simular condições específicas encontrar o melhor ponto de operação. Esta abordagem não é possível de ser real no projeto de seus assim equipamentos. As empresas conjuntamente perna operação com automação tradicional, e só uma ferramenta de inteligência artificial, q ceberam que podiam unir competências para desenvolver soluções capaz de aprender a condição atual de operação, aliada a um algoritmo de otimização que melhorassem a operação dos equipamentos, explorando-os encontraemem poucos segundos o melhor ponto de operação, pode realizar tal tarefa e lidar seu máximo, dentro dos limites de as inúmeras variáveis de processo envolvidas. confiabilidade e segurança. Nesta parceria estratégica, a Dedini fornece informações importantes de seu know-how de fabricante e a Soteica utiliza tais informações, juntamente com a sua expertise no desenvolvimento de sistemas utilizando técnicas de simulação, otimização e modelagem de plantas químicas, petroquímicas e sucroenergéticas, para desenvolver uma solução que permite a operação autônoma de equipamentos. O primeiro equipamento escolhido para a aplicação desta técnica foi a peneira molecular. Esta Curva Adsorção Zeólita escolha foi motivada por conta Curva Adsorção Zeólita da característica peculiar da zeólita utilizada para a desidratação do atuação a partir artificialegera benefícios: etanol. Uma vez que para retirar o éA importante que a desta carga inteligência de eta- específicas que um fiqueciclo em de contatempo, de modo que a retirada de potencial pleno do equipamento nol hidratado esteja em condições to com a zeólita por determinado água do etanol hidratado seja a má-
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ssos de Desidratação Alcoólica Curva Adsorção Zeólita A atuação a partirA PARTIR desta inteligência artificial geraARTIFICIAL um ciclo deGERA benefícios: A ATUAÇÃO DESTA INTELIGÊNCIA UM CICLO DE BENEFÍCIOS: SD-PMOL
OTIMIZA O TEMPO DE BATELADA DOS VASOS DE PENEIRAS
MAXIMIZA O CICLO DOS LEITOS
MAIS LEITO USADO -> MENOS FLEGMA GERADO POR HORA
COM MENOS FLEGMA GERADO -> MENOS CONSUMO DE VAPOR NA CLOUNA RETIFICADORA COM MENOS FLEGMA RECIRCULANDO -> ETANOL NA PRODUÇÃO
REDUZ AS BATELADAS E DIMINUI O ESTRESSE SOBRE AS ZEÓLITAS
...A SEQUÊNCIA DE BENEFÍCIOS É INFINITA...
MENOS ETANOL NA ALIMENTAO -> MENOS VAPOR PARA EVAPORAÇÃO
MAIS ETANOL NA PRODUÇÃO -> MENOS ALIMENTAÇÃO
Os principais ganhos da operação com o SD-PMOL são: xima possível, mas que não sature o leito, o que pode levar a perda da sua capacidade de absorção (não seria aDsorção?) e redução de sua vida útil. Os principais ganhos da operação com o SD-PMOL são:
hidratado) é a soma do etanol da produção com o etanol do reciclo.
Quanto menos bateladas menos etanol é desviado da produção e, portanto, menos alimentação é necessária para a mesma produção.
1 – Redução da Quantidade de Bateladas 1 – Redução da Quantidade de Bateladas Quanto mais leito de zeólita é aproveitado em uma batelada, mais água esta batelada irá conter e menos bateladas por hora se necessita.
Menos alimentação significa um menor consumo de vapor. 3 – Redução do Consumo de Vapor na Retificação Ao diminuir o reciclo, menos Flegma é enviado para a coluna de retificação.
alimentação é necessária. Quanto menos alimentação, menor o diferencial de água a ser removido por hora e, portanto, menos zeólita é requerida para a desidratação. Menos zeólita trabalhando significa mais capacidade de desidratação dos vasos. 5 – Aumento da Cogeração Quanto menos reciclo e alimentação necessitando de energia, menos vapor é requerido.
plementou o SD-PMOL nas últimas semanas de safra e está na fase de integração e ajuste do sistema da sua peneira molecular. Os resultados preliminares são bastante promissores, pois se observou uma expressiva redução no consumo de vapor. Este e demais ganhos deverão ser comprovados após o início da safra 2018, quando as equipes da Dedini, da Soteica e da Tapejara irão realizar um ajuste fino na aplicação e esperam comprovar na prática os benefícios previstos neste artigo. Implementação de Inteligência Artificial para controle de processos, com base na união da expertise de fabricantes, empresas de alta tecnologia e tradicionais produtores sucroenergéticos é um exemplo da Industria 4.0 mudando o panorama do setor industrial, reduzindo os custos e trazendo resultados que diferenciem as empresas que estão dando este passo à frente.
o Quanto mais leito de zeólita é aproveitado em uma batelada, mais água esta batelada irá conter e menos bateladas por hora se necessita.
Menos bateladas por hora gera menos estresse na zeólita.
Menos estresse significa uma maior vida útil da zeólita. 2 – Redução do Consumo de Vapor na Alimentação Cada batelada gera um montante de reciclo (Flegma), que é a mistura de água e etanol retida no leito para gerar o anidro. A alimentação da planta (etanol
Menos Flegma necessita ser pré-aquecido.
Menos Flegma necessita ser retificado na coluna. Menos Flegma significa um menor consumo de vapor. 4 – Aumento de Capacidade dos Leitos Quanto menos etanol é desviado da produção no reciclo, menos
Em não se aumentando a produção, esse excedente de vapor pode ser direcionado para a cogeração. Menor consumo de vapor significa maior capacidade de cogeração. Estes são os benefícios que já começam a ser observados na Usina Tapejara, do Grupo Usaçúcar, onde o SD-PMOL está sendo implementado. A Usina Tapejara im-
*É engenheiro químico e consultor da Soteica Brasil
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Cinco razões para participar do 2º Curso Evento será o primeiro do calendário de cursos da Procana Sinatub e está programado para o próximo dia 9 de maio no Centro de Eventos Zanini, em Sertãozinho (SP) só a abordagem porteira a dentro das usinas, A ProCana Sinatub, que ampliou seu calen- de Eventos Zanini, em Sertãozinho (SP). A seguir listamos cinco razões para partici- que é exclusividade da promotora de eventos. dário de eventos para 2018, promove o primeiro curso da temporada no dia 9 de maio no Centro par do curso que promete trazer detalhes que Confira: FOTOS DIVULGAÇÃO
Aprenda a fazer benchmarking sobre indicadores e custos da indústria Eder Paz, consultor de planejamento e custos agroindustriais, da Viesser Consultoria, fará uma abordagem concreta sobre o tema (custo), utilizando o benchmarking como referência para tomadas de decisões. “Na palestra abordaremos a evolução dos custos agroindustriais com o passar das safras, com ênfase na área industrial”, afirma Paz. Ele garante que conhecer o que o mercado está praticando é indispensável
Obtenha melhores resultados dos colaboradores da indústria Saber como extrair melhores resultados e potencializar a capacidade dos colaboradores da área fundamental. “Com a crise em que estamos vivendo, temos que tirar o máximo, que nossos operadores podem nos dar, fazer mais com menos, utilizando o potencial de nossos funcionários”, afirma Luiz Antônio Magazoni, diretor industrial da Usina São Domingos.
O que vale mais para um gestor industrial: conhecimento técnico ou humano Em sua palestra Boas práticas em Gestão de pessoas na Rotina Industrial, o consultor pretende responder à questão; o que vale mais: conhecimento técnico ou industrial? “A ideia é fazer com que os participantes compreendam quão importante é o ser humano na cadeia produtiva”, afirma Antonio Carlos Viesser, que é vastamente conhecido como, Alemão.
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de Custos, Perdas e Gestão Industrial FOTOS DIVULGAÇÃO
Saiba avaliar o ciclo de vida dos ativos industriais
Cases e resultados de Otimizadores em Tempo Real para Controle de Processo
Para maximizar a disponibilidade e o ciclo de vida dos ativos de uma usina é preciso reduzir riscos da operação. Com um plano diretor bem aplicado, gestores podem saber com qual o clico de vida dos ativos da unidade produtora. Estes e outros detalhes serão revelados pelo gerente industrial da BP Biocombustíveis, Daniel Lobo, na palestra Gestão Estratégica da Manutenção em Tempos de Mudanças.
Um dos temas mais procurados por gestores da área industrial nos últimos três anos é a otimização em tempo real. Isto porque várias unidades estão investindo em softwares de gestão e otimização em tempo real e obtendo resultados expressivos de redução de custo e aumento na produtividade. Douglas Mariani, da Soteica, fará um overview sobre o assunto, apresentando cases de sucesso.
OBJETIVOS DO CURSO O CURSO TEM COMO OBJETIVO APRESENTAR CASES E INFORMAÇÕES RELEVANTES SOBRE OS TEMAS: Como Identificar, Gerenciar e Reduzir Perdas Industriais
Benchmarking sobre Indicadores e Custos da Área Industrial
É possível Maximizar o Uso dos Ativos Industriais e obter Maior Rentabilidade Sem CAPEX?
Gestão Estratégica da Manutenção em Tempos de Mudanças
Cases e resultados de Otimizadores em Tempo Real para Controle de Processos nas usinas
Melhores práticas em Gestão de Pessoas na área Industrial
Como integrar as áreas agrícola e industrial visando matéria-prima mais limpa e de melhor qualidade
PÚBLICO ALVO
COMO SE INSCREVER?
Acionistas, executivos, gerentes, supervisores, encarregados, engenheiros, projetistas, técnicos, enfim, todos os profissionais envolvidos com tomada de decisão, projeto, gestão e produção agroindustrial em usinas e destilarias.
Para participar basta se inscrever através do www.sinatub.com.br
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Novo processo gera mais etanol e menos vinhaça FOTOS DIVULGAÇÃO
Conheça os detalhes desta tecnologia de fermentação alcóolica, que é desenvolvida por programa de engenharia química da UFRJ DA REDAÇÃO
JornalCana publica a seguir conteúdo a partir de artigo do engenheiro bioquímico Bernardo Cinelli, doutorando pelo Programa de Engenharia Química da COPPE/UFRJ, publicado originalmente no Boletim de Conjuntura do Setor Energético da FVG Energia de janeiro de 2018. O processo em fase de desenvolvimento é uma combinação inovadora de uma tecnologia emergente denominada destilação por membranas (DM) com os fermentadores de produção de etanol. Através desse método seria possível aumentar o rendimento de conversão de açúcares em etanol, promovendo um aumento na eficiência do processo e assim maior produção de etanol. Na maioria das usinas, o teor final de etanol no interior do fermentador é limitado pela tolerância ao combustível. O próprio produto da reação, o etanol, possui um efeito inibidor sobre o microrganismo, limitando muitas vezes a eficiência do processo. Como consequência, os processos convencionais de fermentação utilizados na indústria de etanol limitam a quantidade de açúcar fornecida, muitas vezes diluindo com água, para manter o teor de etanol dentro dos fermentadores em níveis abaixo da inibição. Ao final de cada batelada, cerca de 8% a 10% de etanol são obtidos. Portanto, a utilização de um processo acoplado de remoção contínua do etanol produzido no meio fermentativo reduz significativamente o poder inibitório na atividade metabólica do microrganismo, assim obtendo um melhor desempenho do processo com aumento na eficiência da fermentação. Existem algumas técnicas que podem ser aplicadas com esta finalidade, dentre elas o uso de um sistema de separação por membranas. Dentre as tecnologias de membranas avaliadas no estudo, a mais promissora foi a destilação por membranas (DM). A DM é uma tecnologia emergen-
te que vem chamando muito a atenção dos setores de tecnologia nos últimos anos, despontando hoje em especial na aplicação para dessalinização como uma alternativa promissora para a destilação convencional e osmose inversa. Na construção do módulo de DM, foram utilizadas membranas de fibras poliméricas produzidas no próprio laboratório da COPPE. A membrana atua como um filtro, com milhares de poros micrométricos que permitem a passagem preferencialmente do etanol em relação aos demais componentes presentes na dorna de fermentação. O etanol é mais volátil do que a água e, assim, esse líquido obtido após a passagem pela membrana, denominado de permeado, pode estar até 5 vezes mais concentrado em etanol. Ou seja, as membranas ficam continuamente removendo o etanol de dentro da dorna, enquanto esse está sendo produzido. Neste caso, torna-se possível uma integração entre a produção e a remoção do etanol de forma contínua. A intensificação de processos A intensificação de processos oferece uma possível solução que aumenta a competitividade das indústrias, tornando os processos industriais mais eficientes, com maior produtividade e ambientalmente amigáveis. A recuperação de produtos in situ é uma forma de integração de
processos em que a formação e a separação do produto ocorrem em um mesmo reator, através de uma combinação de remoção do produto e retenção de células, levando a produtividades e rendimentos mais elevados, possibilitando ainda o funcionamento contínuo do processo. Distingue-se entre os métodos de separação dentro do reator (submerso); e fora do reator (externo), no qual o sistema de separação e recuperação é localizado em um circuito externo. Mais ainda, com a integração e imersão do sistema de separação dentro do reator de produção de etanol, tem-se como consequência inerente uma minimização na geração da vinhaça, tendo em vista que esta é gerada durante a separação convencional por destilação. Neste caso, com este novo processo, o etanol é removido de dentro do reator através da membrana e a água presente no efluente é parcialmente conservada no sistema, minimizando esta geração. A minimização na geração de efluentes líquidos ainda está alinhada com uma nova tendência global, denominada de “zero liquid discharge” ou ZLD. Este é um conceito de processo que busca trazer benefícios tanto para as indústrias e órgãos municipais, bem como para o meio ambiente, trazendo ganhos econômicos e sem a geração de efluente para disposição. Os sistemas ZLD buscam empregar as mais avançadas tecnologias
de tratamento de efluentes para purificar e reciclar praticamente todo o efluente produzido, visando ainda atender aos requisitos de disposição e reuso de água. O paralelo com a tecnologia de MBR Embora seja inovador o uso dessas membranas para esse tipo de aplicação, o sistema proposto se assemelha com os sistemas já existentes e bem estabelecidos de MBR (do inglês “membrane bioreactor”), amplamente utilizados em tratamento de efluentes municipais. A tecnologia de MBR pode ser definida como um processo híbrido que combina um reator biológico à tecnologia de membrana, sendo sistemas em que os módulos de microfiltração ou ultrafiltração funcionam como uma barreira, retendo a biomassa e removendo uma água mais limpa. Os módulos comerciais de MBR apresentam membranas planas ou em fibras e os módulos podem ser internos ou externos ao tanque biológico. Assim, todo o desenvolvimento realizado para MBR nos últimos 30 anos pode ser aproveitado para esse novo conceito de DM submerso em dornas de fermentação. Especialmente com relação à configuração dos módulos, empacotamento e propriedades mecânicas. Usualmente tais membranas apresentam um tempo de vida útil de aproximadamente 5 anos.
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Produção de até mais 3% de biocombustível por ano Tecnologia também gera corte na produção de vinhaça que pode chegar a até 70% do atual volume, conforme resultados obtidos em laboratório FOTOS DIVULGAÇÃO
Nesta segunda parte do artigo do engenheiro bioquímico Bernardo Cinelli, doutorando pelo Programa de Engenharia Química da COPPE/UFRJ, publicado originalmente no Boletim de Conjuntura do Setor Energético da FVG Energia de janeiro de 2018, são avaliadas as vantagens econômicas do processo em fase de desenvolvimento, que é uma combinação inovadora de uma tecnologia emergente denominada destilação por membranas (DM) com os fermentadores de produção de etanol. A tecnologia apresenta um potencial aumento na produção anual de etanol para uma mesma capacidade instalada de cana. Esse aumento na produção de etanol se deve ao aumento no rendimento de conversão dos açúcares em etanol durante a fermentação. De acordo com resultados obtidos em escala de laboratório, estudos com simuladores de processo indicaram um potencial aumento de até 3% na produção de etanol anual das usinas. A tecnologia propõe ainda uma drástica redução na geração da vinhaça, de até 70% no volume produzido. A diminuição na geração da vinhaça se traduz em valioso benefício econômico, que está associado aos custos de logística desse efluente. Importante ressaltar que a quantidade em massa que entra de sais fertilizantes provenientes da cana, como potássio, sai em sua totalidade pela vinhaça. Logo, junto da redução do volume gerado de vinhaça, há equivalente aumento na concentração dos sais fertilizantes da vinhaça destinada ao campo. Portanto menor o volume de água será transportado juntos com a vinhaça, que estará mais concentrada. Somente com a redução do volume, os ganhos para uma usina de médio porte, com capacidade de moagem de 2 milhões de toneladas de cana por ano, poderiam chegar a mais de R$ 4 milhões por ano. Ainda mais, a aplicação de vinhaça, como é realizada convencionalmente, não está otimizada,
na prática sendo aplicada no máximo dos limites legais visando diminuir ao máximo os custos com seu transporte. Assim, com uma vinhaça mais concentrada, poderia se cobrir uma área maior de acordo com a quantidade ótima necessária de potássio pelo solo. Dessa forma, poderiam ser reduzidos ainda os gastos com fertilizantes, e o benefício econômico seria ainda maior. Os resultados indicaram ainda uma economia potencial no consumo de água. Essa redução na captação de água, devido à redução de seu consumo no processo, reduziria a demanda de licenças adicionais industriais, as chamadas outorgas para captação de água. Além de ser um benefício econômico, vale destacar mais uma importante vantagem do ponto de vista do impacto ambiental. Os resultados da análise econômica preliminar indicaram que esta rota tecnológica apresentou viabilidade econômica dentro das premissas estabelecidas. Considerações finais A seguir, trecho final do artigo de Bernardo Cinelli: “Existem muitos desafios no desenvolvimento dessa tecnologia e as mudanças geradas no processo que precisam ser superadas. Todavia, com base no estudo preliminar, a oportunidade de aplicação da tecnologia de DM nesta indústria mostrou ser extremamente promissora, com ao menos
dois grandes benefícios evidentes: o aumento na produção do etanol e a redução na geração da vinhaça. Para ressaltar a importância de tecnologias que buscam a redução dos custos com a logística da vinhaça, diversas tecnologias foram apresentadas e testadas nos últimos anos, mas sendo a concentração a principal delas. Hoje existem diversos fornecedores para unidade de concentração de vinhaça. Além do elevado valor de CAPEX, a tecnologia tem enfrentado dificuldades quanto à durabilidade, devido à alta corrosão causada pela acidez e alta temperatura da vinhaça. Portanto, a solução integrada com membrana, com um investimento igual ou inferior, seria possível não somente para trazer o benefício da redução da vinhaça, mas também para aumentar a produção de etanol. Embora a tecnologia de DM ainda seja muito recente e em fase de desenvolvimento, existem indicativos de viabilidade técnica e econômica, com benefícios claros para a indústria, atacando justamente um dos principais problemas apontados pelo setor. Pode ainda haver uma sinergia com demais alternativas, como a biodigestão da vinhaça, à qual as barreiras de custo tem sido um forte impedimento. Entretanto, a produção de biogás a partir do uso de vinhaça concentrada teria menor volume de reator e possivelmente menores custos.
Existem sinais de mudanças no cenário do setor sucroenergético. As usinas devem, e já estão, cada vez mais atentas a essas oportunidades, não só pela possibilidade de aumentar suas receitas e redução dos custos, mas principalmente como uma questão de sobrevivência da própria empresa no setor. A questão da vinhaça é de grande interesse e um dos pontos mais relevantes apontados. Apesar da maturidade existente do processo de produção de etanol, ainda existem oportunidades de inovação no processo de primeira geração. Como qualquer investimento em pesquisa e tecnologia, existe custo e existe risco. Para superar essas barreiras, além de incentivos, é necessário principalmente um fator organizacional, que enxergue essas oportunidades e consiga lidar com os riscos associados. Iniciativas como o programa RenovaBio, que busca assegurar previsibilidade para a participação dos biocombustíveis, com objetivo justamente de impulsionar o desenvolvimento tecnológico e a inovação, poderá impulsionar novos investimentos para o setor. O processo de fermentação acoplado com a tecnologia de DM, com a finalidade de remover continuamente o etanol produzido visando um aumento da eficiência de conversão e menor geração de efluente no processo, apresenta uma grande oportunidade para a indústria do etanol de primeira geração, tendo também um potencial fantástico para a remoção de outros bioprodutos: tanto na remoção do etanol celulósico ou o butanol, por exemplo. Espera-se que futuras parcerias possam levar esse desenvolvimento adiante. Até que a tecnologia atinja a escala industrial, deve-se implementar um projeto piloto para avaliar e aprimorar, em maior escala, o processo aprovado em laboratório, com potencial de desenvolver uma tecnologia nacional com todo o sistema produzido no Brasil.”
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AGRÍCOLA
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DOUTORES DA CANA ARQUIVO PESSOAL
Confira as avaliações do engenheiro agrônomo Roberto Grossi, gerente de suprimentos da Coplacana Qual a sua visão sobre a importância da produtividade agrícola dentro do processo produtivo dos Cooperados Coplacana? Roberto Rossi – A produtividade agrícola hoje mostra-se como o principal ponto de melhoria dentro do processo produtivo da cana-de-açúcar. Neste ponto estamos falando de toneladas de cana por hectare, mas também de produção de ATR por área e longevidade dos canaviais. É sabido que o segmento passou por dificuldades de rentabilidade na cultura, o que dificultou caixa e inibiu investimento em tecnologia. No entanto, mesmo não estando a preços extraordinários hoje, o preço do açúcar e do etanol permitem margem suficiente para investimento em melhoria de produtividade e gestão dos negócios. Não há outro caminho. Nas culturas de cereais, onde também estamos inseridos e atendemos nossos cooperados, o desafio de produzir mais por área também é relevan-
Roberto Rossi, gerente de Suprimentos
te, mas pelos ganhos dos ultimos 10 anos a evolução tem sido mais rápida. Quais decisões vêm sendo tomadas pela Coplacana que refletem no alcance e manutenção de altas produtividades dos canaviais? A Coplacana revisou seu Planejamento Estratégico há alguns meses. Ficou explícito que deveremos focar na prestação de serviços que agreguem valor ao cooperado, além de insumos que permitam patamares produtivos maiores em relação aos atuais.
Como serviços, deveremos avançar rápido em agricultura de precisão (inclui amostragem, weedseeker, laudos de aplicação), irrigação, parcerias com start ups focadas em digital farming, comunicação mais efetiva com o cooperado, dentre outras frentes. Nos insumos, nos assegurarmos da performance dos produtos e recomendar aqueles que apresentam melhores retornos sobre o investimento. Queremos propiciar experiência positiva ao cooperado, gerar confiança, viabilizar o negocio deles, que também é nosso sob a óptica do cooperativismo. Dentro do pacote tecnológico disponível para a cultura da Cana-de-açúcar, a nutrição complementar via folha configura-se como uma ferramenta de relevância? Sem duvidas, é sabido que a planta possui grande eficiência na absorção de nutrientes via folha. Um planta bem nutrida está menos exposta as injurias de pragas, doenças e eventuais estiagens. Estamos falando de produtividade e rentabilidade superiores. Assim, dentro do arsenal para ganhos de eficiencia produtiva a nutrição complementar mostra-
-se como uma importante ferramenta. Se tiver alguma consideração, fique a vontade para discorrer Gostaríamos de agradecer o espaço neste importante veículo e expor aos leitores que a Coplacana completa em 2018 70 anos de existência. Evoluímos com o tempo e chegamos fortes para nos destacarmos no cenário do Agronegócio das próximas décadas. Tradição, transparência e Etica, Eficiencia Operacional, Tecnologia e cooperativismo de resultados serão os principais valores perseguidos por todos os seus colaboradores nesta nova era de constantes transformações e aprendizados. Roberto Rossi - Gerente de suprimentos na cooperativa Coplacana, com sede em Piracicaba (SP), Roberto Grossi é formado engenheiro agrônomo pela Esalq/USP, tem especialização em gestão executiva pela Unicamp e MBA em Gestão Estratégica de Pessoas pela FGV. Em sua carreira, Grossi já trabalhou por três anos na Cargill e por sete anos na Raízen nas áreas de Supply e Comercial.
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Empresas participantes
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Pessoas incluídas na pesquisa
A pesquisa com 14 empresas, somando 92 Foram consideradas 94.495 pessoas na unidades entre pesquisa agrícola/industrial e escritórios
Cargos com amostra
Nº Funcionários
Faturamento
O catálogo conta com 561 cargos, sendo que 439 tiveram matching
Acima de 10mil 33% de 5 a 10mil 25% até 5mil 42%
Acima de 3 Bi 36% Entre 1 e 3 Bi 43% Abaixo de 1 Bi 21%
Quanto ganham os profissionais do setor Pesquisa divulgada com exclusividade pelo JornalCana revela detalhes sobre as remunerações nas empresas DA REDAÇÃO, RIBEIRÃO PRETO (SP)
Qual é a remuneração da alta gerência das empresas do setor sucroenergético? Em quais estados com empresas sucroenergéticas estão as melhores remunerações? Pesquisa da consultoria organizacional Korn Ferry, divulgada com exclusividade pelo JornalCana, revela resultados ligados ao mercado profissional do setor.
Realizado em 2017, o trabalho destaca, por exemplo, que empresas do setor sucroenergético pagam menos para sua alta gerência do que outros setores, como os de óleo e gás e de mineração. A Korn Ferry trabalha com grandes corporações como a Petrobras, que anunciou a contratação da consultoria, em janeiro último, para selecionar um novo diretor de Governança e Conformidade.
A pesquisa de remuneração Club Survey Sucroenergético foi produzida pela Korn Ferry com 14 empresas que integram 94 unidades entre agrícolas, industriais e escritórios. Foram consideradas na pesquisa 94.495 pessoas. O catálogo do trabalho integra 561 cargos. Das empresas consultadas, 42% delas têm até 5 mil funcionários.
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Pesquisas serão realizadas nos próximos anos Parceria com 90% das empresas participantes no trabalho de 2017 foi renovado para 2018, 2019 e 2020 Em entrevista ao JornalCana, Mauro Pires, líder de soluções da Korn Ferry para Agronegócios, e Raquel Marcondes, especialista da Korn Ferry para o setor de Agronegócios, explicam mais a respeito da pesquisa. É a primeira pesquisa da Korn Ferry relacionada ao setor sucroenergético? Se sim, a empresa pretende realizar outras? Se sim, daqui quanto tempo? A Korn Ferry através da sua divisão de negócio Hay Group, especializada em pesquisas de remuneração e benefício atende algumas das principais empresas do setor há mais de 10 anos. Além de demandas voltadas para remuneração, também apoiamos as empresas em outras soluções para o setor, tais como: pesquisa de engajamento, desenvolvimento de liderança, planos de sucessão e projetos de estrutura e dimensionamento visando uma gestão eficaz da força de trabalho. Em agosto de 2013 iniciamos nossa primeira aproximação com as 10 principais Usinas para a criação de um grupo de trabalho estratégico com objetivo de construir um estudo de remuneração e bene-
fícios, porém neste período o setor atravessava um momento de incertezas e riscos. Em meados de 2016 com a retomada e novos investimentos no setor, além da chegada de novos players (competidores) reiniciamos nossa aproximação com o grupo de empresas. Este esforço em conjunto com os executivos e profissionais de RH renderam frutos e maio de 2017 realizamos o 1º Estudo Setorial de Remuneração – Sucroenergético, contando com 14 Usinas de grande e médio porte do setor. A entrega do estudo de 2017 ocorreu no escritório central da Korn Ferry em São Paulo para um público de 40 pessoas, contando com a participação de executivos e profissionais de RH, além do time Korn Ferry envolvido no estudo. O projeto de 2017 foi um sucesso e a parceria com 90% das empresas participantes foi renovado para os próximos 03 anos (2018, 2019 e 2020), grande objetivo é manter a qualidade do estudo e principalmente agregar nossos desafios e temas estratégicos do setor, como por exemplo a Reforma Trabalhista, RenovaBio, entre outros.
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Barralcool promove campanha Companhia coleta sangue em prol do Hospital de Câncer de Mato Grosso O Grupo Barralcool, por meio de sua da sua Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), promoveu mais uma Campanha de Doação de Sangue em prol do Hospital de Câncer de Mato Grosso (HCanMt). Realizada no dia 08 de fevereiro, ação ocorreu no ambulatório da empresa e ao todo foram coletadas 68 bolsas de sangue. “O HCanMT realiza mensalmente, mais de 900 transfusões de sangue, sendo assim, necessita de parcerias com empresas para que consigam atingir a meta. Diante dessa realidade, a nossa empresa, juntamente com a CIPA, colocou como meta no seu plano de trabalho, realizar está campanha todos os anos, dentro de cada Gestão”, explica Danilo Seconello, presidente da CIPA. “O objetivo dessa ação, além de contribuir com o hospital, é conscientizar os nossos colaboradores sobre a importância de ser um doador regular”.
RECOMENDAÇÕES DA OMS SOBRE DOAÇÕES A recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) é que o número de doadores voluntários seja de, pelo menos, 2% da população nacional. No Brasil, 3,6 milhões de pessoas são doadoras, ou seja, 1,8% da população. Para alcançar o mínimo sugerido pela OMS, o nosso país precisa que mais 410 mil pessoas passem a doar sangue.
Objetivo Larissa Yung, 28 anos, auxiliar de recursos humanos do Grupo Barralcool, foi um dos colaboradores que se sentiu tocada pelo objetivo da campanha. “Doar sangue é mais que um ato de solidariedade com
o próximo, é salvar vidas. Eu doei a primeira vez há sete anos atrás, e através da campanha realizada pela Barralcool, senti novamente a necessidade de realizar esse nobre gesto”, diz Larissa. “Pretendo me tornar uma doadora regular.”
Quem pode doar Pessoas entre 16 e 69 anos podem doar sangue. Para os menores de 18 anos é necessário o consentimento dos responsáveis e, entre 60 e 69 anos, a pessoa só poderá doar se já o tiver feito antes dos 60 anos. Além disso, é preciso pesar, no mínimo, 50 quilos e estar em bom estado de saúde. O candidato deve estar descansado, não ter ingerido bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores à doação e não estar de jejum. No dia da doação, é preciso levar documento de identidade com foto. A frequência máxima é de quatro doações anuais para o homem e de três doações anuais para a mulher. O intervalo mínimo deve ser de dois meses para os homens e de três meses para as mulheres.
Coruripe: Zero Acidente Sempre Programa da companhia completa quatro anos como um case de sucesso DIVULGAÇÃO
Após um diagnóstico do setor de Saúde e Segurança no Trabalho, a Coruripe decidiu, em 2014, executar um plano de ação para redução de acidentes. À época, registrava-se 409 acidentes com afastamento por safra. Ao longo dos últimos quatro anos, a empresa investiu intensamente em capacitação para a liderança e campanhas educativas para colaboradores e, em parceria com a Dupont, estabeleceu as principais estratégias para a mudança de comportamento. Para o diretor de Administração e Recursos Humanos, Fábio Moniz, “a busca pelo zero acidente será sempre uma constante. Graças ao trabalho de conscientização e compromisso da liderança com o bem estar coletivo, temos equipes mais disciplinadas quanto ao cumprimento de regras e procedimentos. Isso se reflete em uma econo-
mia de mais de 18 milhões desde que o programa foi implantado.” Hoje, a companhia conta com métodos e ferramentas de controle para que a gestão da Segurança seja um tema presente na vida de todos. Dentre as muitas conquistas, pode-se citar as duas mais recentes: a
Unidade Carneirinho completou 1 ano sem acidentes com afastamento, recebendo o troféu prata e a Unidade Iturama foi reconhecida com o troféu bronze por alcançar 6 meses sem acidentes. Para comemorar cada conquista, todos os colaboradores participam de celebrações.
Compromisso Além das conquistas das unidades e de áreas especificas, a Coruripe alcançou, em março de 2017, 50 dias sem acidentes em todo o grupo, denotando o compromisso pessoal de cada colaborador para que os acidentes sejam extintos de suas rotinas. O gerente de Segurança do Trabalho, Nelson Pilla, acredita que “o respeito pelas pessoas, um de nossos valores, é refletido diretamente na busca pelo zero acidente. Todos os dias, as equipes somente iniciam suas atividades após discutir uma dica de segurança. Inserir o tema em todos os encontros é uma forma de incorporá-lo nas nossas vidas. É uma grande satisfação acompanhar as conquistas da empresa e também o avanço individual de cada colaborador que se compromete com o trabalho seguro.”
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São José: premiação para inovadores Ideia vencedora da primeira edição é de caldeireiro do setor de Manutenção A São José Agroindustrial, com sede em Recife (PE), realizou em janeiro a premiação do programa Ideias para Inovação. Participaram do evento, no Auditório do Centro de Treinamento, colaboradores inscritos e suas lideranças, onde foram apresentadas as ideias finalistas da primeira edição do programa. Todos os inscritos receberam certificado de participação. As ideias foram analisadas pelo comitê formado por Marcia Gonçalves (RH), Antonio Jovino (Indústria), Thiago Pedro (Manut. de Maquinas e Implementos), Marcelo Nicácio (Agrícola), Jorgeana Muliterno (RH) e Stênio Jordan (Planejamento e Gestão) seguindo os critérios do programa: ser inédita, ser útil para o processo, ser viável, trazer benefícios para a empresa e seus processos e está em processo de aplicação ou já aplicada. Três ideias foram finalistas desta edição, de autoria de: Luiz Neto, Samuel Negreiros e
tentabilidade. As ideias de Samuel Negreiros, da Indústria (inserção de contra pinos para travamento das porcas dos parafusos dos arrastadores da mesa alimentadora) e a ideia de Clécio Martins, também da Indústria, (reaproveitamento de tambores de óleo, que seriam descartados, para serem utilizados como chapas para serviços em envelopes de proteção de peças girantes e motores) foram classificadas para próxima edição.
Clécio Martins. Manutenção A ideia vencedora da primeira edição foi do colaborador Luiz Bezerra Neto, do setor de Manutenção de Máquinas e Implemen-
tos Agrícolas. Neto é caldeireiro e realizou com material de sucata a fabricação de escape para caminhão VW 26.280. Sua ideia representa uma economia anual de 8mil reais, além de contribuir para a sus-
Coordenadores E como houveram ideias inscritas por gerentes e coordenadores, o comitê decidiu por criar categorias, sendo lançado o “Liderança com Ideias para Inovação”, onde haverá as categorias 1) Gerentes/ Coordenadores, 2) Engenheiros/ Supervisores e 3) Encarregados/ Lideres. Desta forma, criamos um parâmetro que provoca equidade entre a amplitude e complexidade das ideias inscritas.
Clealco: oportunidade para 700 DIVULGAÇÃO
Profissionais participam do programa realizado pela empresa na entressafra
rador de Máquinas Agrícolas abrangem 27 turmas, com aulas teóricas realizadas no Centro Cultural e Educacional Kenkiti Kimura e aulas práticas nos campos de treinamento próximos as unidades Clealco.
Nos meses de janeiro e fevereiro, período de entressafra no setor sucroenergético, a Clealco promove o programa de treinamentos Clealco Qualifica Lay Off, voltado para mais de 700 colaboradores da Companhia. Realizado por meio de uma parceria da Clealco com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, o Clealco Qualifica Lay Off teve início de maneira pioneira em 2011 e tem como instituição executora o Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza. O projeto, que é referência no
Objetivo Desde 2010, quando teve início, o Clealco Qualifica Lay Off já teve mais de 4 mil participantes. “O curso é desenvolvido com o objetivo de atender as necessidades técnicas de operação da Clealco, utilizando uma metodologia que envolve teoria e prática, permitindo aos alunos uma formação completa e atuação imediata na função em que foi treinado”, declara Emerson Oliveira, Supervisor de Treinamento Operacional. “Iniciamos o curso com a introdução teórica, em sala de aula, e depois, vamos a campo para os treinamentos em operação.”
setor e exclusivo no estado de São Paulo, fomenta o desenvolvimento econômico e social da região, mantendo o vínculo de emprego dos trabalhadores com a Clealco durante a entressafra
por meio da Lay Off (suspensão temporária do contrato de trabalho), viabilizada junto ao programa Via Rápida Emprego, do Governo Estadual. Neste ano, os cursos de Ope-
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Excelência gráfica, sem limites. Para encantar o mercado, não basta oferecer qualidade, pontualidade e preços baixos.
É indispensável agregar um outro fator: a excelência gráfica – o diferencial que assegura acabamentos e efeitos especiais, até debaixo d’água.
Assim pensamos. Assim fazemos.
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É preciso quebrar os paradigmas da produtividade, alerta Hollanda DIVULGAÇÃO
Presidente da Biosul afirma que o setor precisa garantir que é competente para produzir com máxima eficiência
ROBERTO HOLLANDA Nome completo: Roberto Hollanda Filho Nascimento: 8/5/1964 Natural de: Recife (PE)
ALESSANDRO REIS, DE SÃO PAULO, CAPITAL
Nascido em Recife (PE), um dos berços do setor canavieiro, Roberto Hollanda Filho, administrador de empresas com especialização em marketing, ganhou evidência nacional em outro extremo do País que Roberto Hollanda Filho ganhou evidencia nacional. O executivo começou a atuar no setor sucroenergético há 16 anos, destes, sete a frente da Associação dos Produtores de Bioenergia do Mato Grosso do Sul (Biosul). Na entrevista a seguir ele fala sobre perspectivas de produção do estado, os desafios para os próximos anos e alerta que o setor precisa se mostrar capaz de produzir com máxima eficiência. JornalCana — No momento atual, quais os principais desafios da “porteira para fora” do setor? E da “porteira para dentro”? Roberto Hollanda Filho — A porteira para dentro, é sempre a primeira preocupação. Aqui no MS estamos focados em aumento de produtividade. Uma das maneiras de fazer isso é promover o alinhamento dos associados na disseminação do que houver de mais recente em tecnologia, bem como promover o benchmark entre elas. Esse é um papel fundamental de uma entidade de classe. E vamos além, na direção de estimular o desenvolvimento de tecnologia, caminhando ao lado da academia e principais institutos de pesquisa do Brasil. Da porteira para fora o foco é o RenovaBio, fundamental que o excelente trabalho iniciado e coordenado no MME se consolide através de sua normatização.
A produtividade agroindustrial do setor está estagnada há anos. Em sua opinião, quais tecnologias são imprescindíveis e nas quais o setor deve investir para garantir a competitividade das usinas brasileiras? Nosso desenvolvimento ficou comprometido pela limitação de capacidade de investimento por conta da crise, mas temos uma avenida de oportunidades, no campo, novas variedades, métodos de plantio; na indústria, o etanol de milho aqui no Centro-Oeste, o Etanol 2G e um sem-número de outras possibilidades. É hora de retomar investimentos em pesquisa. Aqui no MS foi inaugurado em dezembro passado o Instituto Senai de Inovação em Biomassa, um centro nacional de destaque, com quem já estamos construindo parceria, não só para o MS, mas para todo o País.
Quais lições do passado o setor precisa aplicar para superar estes desafios? O setor ainda vive consequências de uma das maiores crises de sua história. As lições, ainda que dolorosas, haverão de ser úteis. Um dos principais fatores foi ter um de nossos principais mercados, o do etanol, corroído por políticas públicas intervencionistas e equivocadas. Isso não pode acontecer novamente e o RenovaBio é a resposta para isso. Precisamos de previsibilidade, de ter nosso tamanho definido e reconhecido na economia e sociedade brasileiras. Para isso, a ligação é direta com outra lição importante, a união. A velocidade com que foi aprovado o RenovaBio na Câmara e Senado Federais deu clara demonstração da força que o setor tem quando suas entidades trabalham juntas e em harmonia. Foi tremendamente gratificante ter feito parte desse esforço com os companheiros do Fórum Nacional Sucroenergético. Na sequência, precisamos avançar para quebrar paradigmas de produtividade, com os quais convivemos há tempo demais.
Quais as perspectivas de safra para o MS no tocante a moagem, produção de etanol e açúcar? Processamos até a segunda quinzena de janeiro, 44 milhões de toneladas, 5,8% a menos do que o mesmo momento da safra passada. Nossa estimativa no início da safra era chegar a 51 milhões de toneladas, um crescimento de cerca de 2% com relação à safra anterior. O açúcar, com 1,46 milhão de toneladas produzidas, sofre um impacto devido às geadas que ocorreram em julho e agosto, a produção é 12,9% menor que a do ano passado, por enquanto, do etanol com 2,47 bilhão de litros, seguimos com praticamente o mesmo volume que tínhamos na safra anterior, 2,3% a menos. O ATR/TC médio de 130,4 é meio ponto percentual superior, também afetado por chuvas em excesso em abril e maio e pelas geadas. O mix de produção fortemente voltado ao etanol, 73,4%, outra característica marcante do MS. Ao final da safra compilaremos os dados de bioeletricidade entregues ao Sistema Integrado Nacional, com expectativa de superarmos os 2.800 GWh.
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Apresentação resumida Formado em Administração de Empresas pela Universidade Federal de Pernambuco. Especializado em Marketing no Centro de Estudios Empresariales de Madrid, Espanha e no curso de Gestão Estratégica para Dirigentes Empresariais no Insead em Fontainebleau, França. Principais conquistas Ingressou no setor sucroenergético em novembro de 1998, na Associação Brasileira da Indústria de Álcool (ALCO), como secretário-geral. Após 5 anos, assumiu a presidência da entidade. Em outubro de 2008 assumiu a presidência do SINDAL - MS, conduzindo a criação da Biosul, que congrega os sindicatos representativos da indústria Sucroenergética do Mato Grosso do Sul. Premiação Recebeu o Título de Cidadão Campo Grandense em 2010. A Comenda do Ordem do Mérito Anhanguera, Estado de Goiás em 2017. Conquistou os prêmios MasterCana Centro Sul como Líder do Ano em 2012 e destaque institucional em 2013, 2015, 2016. Foi destaque institucional na Fenasucro & Agrocana 2017 e recebeu o reconhecimento por serviços prestados ao RenovaBio pela Datagro em 2017. APOIO
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40 GENTE
Março 2018
QUEM É QUEM NO SETOR Conheça algumas das personalidades que estarão no “Quem É Quem no Setor”, publicação da ProCana Brasil que trará um registro histórico das pessoas e organizações que são e foram referenciais do setor nos últimos 30 anos JOSIAS MESSIAS | FOTOS JOSIAS MESSIAS
Equipe da Associação dos Produtores de Bioenergia do Mato Grosso do Sul (Biosul)
Usina Iaco Agrícola, em Chapadão do Sul (MS)
Usina Caeté, unidade Pauliceia (SP)
Usina São José (Tereos), em Colina (SP)
Usina Santa Helena, em Campo Grande (MS)
Usina Rio Vermelho, em Junqueirópolis (SP)
Usina Açucareira Guaíra, em Guaíra (SP)
Gotherma, em Sertãozinho (SP)
Ana Carolina, marketing da Authomatika
Usina São José (Grupo Zilor), em Macatuba (SP)
Usina Sonora, em Sonora (MS)
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NEGÓCIOS & OPORTUNIDADES
Março 2018
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Novidades da DMB atendem demandas do mercado DIVULGAÇÃO
O setor sucroenergético já está vivendo um novo e promissor momento. Usinas e produtores de cana com recursos ou condições de conseguirem financiamento estão investindo, por exemplo, em equipamentos que possibilitam a redução de custos e a elevação da produtividade. Há também uma perspectiva mais animadora em decorrência da aprovação do RenovaBio, que incentiva o aumento da produção. Essa análise é do engenheiro agrônomo Auro Pardinho, gerente de marketing da DMB Máquinas e Implementos Agrícolas, de Sertãozinho, SP, ao comentar as expectativas e os planos da empresa para 2018. Antenada nas necessidades do mercado, a DMB já programou o lançamento de pelo menos duas novidades para este ano. Uma delas é o sulcador com o dispositivo destorroador, um acessório que será acoplado à Plantadora de Cana Picada - PCP 6000 Automatizada, considerada o carro-chefe do portfólio da empresa. Com lançamento para comer-
cialização na Agrishow 2018, o dispositivo destorroador diminuirá o número de operações de gradagens, reduzindo o custo do preparo do solo de maneira significativa. Com excelente performance, esse novo recurso da plantadora possibilitará um refina-
mento do preparo do solo na linha de cana, criando condições para a melhoria da brotação e redução de falhas no canavial. “Em consequência disto, acreditamos que vai ter uma diminuição ainda maior da quantidade de mudas utilizadas no plantio automati-
zado, porque será dada uma condição muito propícia para a gema brotar”, enfatiza Auro Pardinho. O dispositivo poderá ser adquirido junto a plantadora ou separado, caso o produtor ou a usina já possua a PCP 6000 Automatizada. Outra novidade da DMB, para 2018, é o distribuidor de adubo e calcário, destinado para a aplicação de cálcio e magnésio, juntamente com outros fertilizantes, na cana soca. O equipamento atende uma solicitação do mercado, proporcionando a otimização da aplicação desses insumos. Com caixas separadas para os dois produtos, o distribuidor oferece a opção de enterrar o adubo ou de utilizá-lo em superfície. “O calcário vai ser sempre aplicado em superfície. A caixa para aplicação do calcário é especial com um dispositivo que consegue distribuir o produto com total fluidez” – informa. DMB (16) 3946-1800 WWW.DMB.COM.BR
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NEGÓCIOS & OPORTUNIDADES
Março 2018
Versátil, condensador evaporativo tem vários benefícios DIVULGAÇÃO
No início da década de 1980, indústrias cítricas brasileiras buscavam soluções para políticas de sustentabilidade. Nesse cenário, foi desenvolvido o Condensador Evaporativo, equipamento que realiza, ao mesmo tempo, funções de condensador barométrico e torre de resfriamento. Equipamento versátil, passou a ser utilizado na condensação de vapores de cozedores, turbinas de condensação, bem como de vapores alcoólicos. Foi então que a JW, em busca de inovações para o mercado sucroenergético, em 2016 uniu-se à LM Engenharia, uma das empresas detentoras do know-how dessa tecnologia. O Condensador Evaporativo é um trocador de calor indireto, ou seja, a troca térmica é feita através de uma superfície metálica, onde o vapor é condensado dentro de feixes tubulares. Princípios de funcionamento O vapor entra nos feixes tubulares através de câmaras, onde será condensado e enviado para uma bomba; um sistema de vácuo (ejetores ou bomba de vácuo) conectado ao feixe tubular faz a retirada dos incondensáveis; uma bomba centrifuga promove a re-
circulação de água pela parte externa dos tubos através dos aspersores. Em seguida, um ventilador instalado no ponto mais alto força a circulação de ar pelo feixe tubular; a ação da água recirculada que cai sobre os tubos dos feixes, mais o ar forçado a passar por eles pela ação do ventilador, retiram a energia do vapor no interior dos tubos, resultando em sua condensação. Dentre os principais benefícios, destacamos: baixo custo com instrumentação; baixo custo de manutenção; dispensa a necessidade de torres de resfriamento. Além disso, nas aplicações onde pode reutilizar o condensado dos evaporadores, não requer água de reposição externa; elimina a necessidade de tratamento da água de recirculação, não requer bomba de altas potências; não requer tubulações com grandes dimensões. Possui durabilidade, pois a caixa, feixes, câmaras e estrutura do ventilador são construídos em aço inoxidável. JW EQUIPAMENTOS WWW.JW.IND.BR (16) 3513.2000
CADE aprova aquisição da Monsanto pela Bayer no Brasil DIVULGAÇÃO
Após quase um ano de rigorosa instrução os membros do Tribunal Administrativo do CADE, sob a relatoria do Conselheiro Paulo Burnier, aprovaram no Brasil a aquisição da Monsanto pela Bayer. O anúncio foi feito durante a plenária do conselho em 07/02, em Brasília, e foi aprovado pelos integrantes do conselho. "Receber a aprovação do CADE para a aquisição da Monsanto é uma notícia excelente", diz Liam Condon, membro do Board da Bayer AG e Presidente Mundial da divisão Crop Science. "O Brasil é um dos mais importantes mercados agrícolas do mundo. A decisão de hoje vai ajudar os produtores brasileiros a terem acesso a mais inovação e a mais opções em um mercado altamente competitivo". Os remédios acordados com o CADE são estruturais e comportamentais. No que se refere aos remédios estruturais, todos eles foram regulados no acordo anunciado com a BASF no dia 13 de
outubro de 2017, no qual a Bayer vendeu parte dos negócios da Crop Science. Compromisso Já em relação aos remédios
comportamentais, houve o compromisso de manutenção da política de licenciamento amplo de traits a terceiros, de licenciamento de herbicidas não-seletivos em situações específicas conforme
acordado com o CADE, transparência nas políticas comerciais de distribuição junto ao órgão, além de se comprometer a não impor exclusividade na distribuição e nem a imposição de venda casada de produtos. "O Brasil é um país com significante relevância estratégica para a Bayer, por isso essa aprovação é um marco importante no processo para completar a transação. Estamos muito felizes que conseguimos endereçar as preocupações do CADE", destaca Theo van der Loo, presidente do grupo Bayer no Brasil. Desde o início, Bayer e Monsanto têm cooperado ativamente com o CADE e outros órgãos regulatórios para permitir uma compreensão precisa da transação, suas razões econômicas, sinergias e relevância mercadológica. A Bayer continua a cooperar ativamente com os órgãos regulatórios dos países onde a transação está em processo de aprovação.
AGRÍCOLA 43
Março 2018
25 - 27 de abril de 2018 Tivoli Mofarrej, São Paulo
Reunindo usinas, fornecedores, compradores e investidores do Brasil e o resto do mundo
14º Anual F.O. Licht’s Sugar & Ethanol Brazil
35%
dos Participantes são Fabricantes de Usinas e Destilarias
20+
de Países presentes no evento
30+
Palestras de nível avançado e dinâmico, com informações sobre os lados estratégico e técnico da indústria.
OPORTUNIDADES RENOVABIO : OBTENHA AS INFORMAÇÕES E CONEXÕES QUE VOCÊ PRECISA FAZER AS DECISÕES RÁPIDAS PARA SEU NEGÓCIO Matenha-se atualizado sobre os principais desenvolvimentos Descubra o que está acontecendo em termos de regras, produção e demanda em outras áreas-chave como: EUA, Ásia-Pacífico e o resto da América Latina
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44 AGRร COLA
Marรงo 2018