JornalCana 291 (Abril/2018)

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Julho 2017

w w w . j o r n a l c a n a . c o m . b r Abril 2018

Série 2

Número 291

Gargalos desafiam produtividade das usinas Agricultura de precisão, mecanização e canavial velho ajudam no 'sumiço' de 100 milhões de toneladas de cana. Como recuperar a perda agrícola? páginas 26 a 31


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AGRÍCOLA

Abril 2018

GIGANTE 22.000.

GANHOS EXPRESSIVOS DE PRODUTIVIDADE.

Gigante 22.000 se destaca de qualquer outro implemento porque possui regulagem de bitola e o menor raio de giro do mercado; isso o torna mais rápido, seguro e garante melhor desempenho em terrenos irregulares. Seu tempo de transbordamento também é, comprovadamente, 40% mais ágil.

A Teston conquistou o Prêmio Visão 2017, que elegeu o GIGANTE, como a melhor linha de transbordos do do País.


Abril 2018

AGRÍCOLA

3

O seu compromisso com o Brasil agora tem um novo selo de qualidade

Com este selo, o consumidor vai poder identificar as empresas do agronegócio que fazem bem para você e para o Brasil inteiro. O agronegócio sempre foi um líder do desenvolvimento e da modernização do país. Agora, com o Programa Agro+ Integridade, este compromisso fica ainda mais forte. Com este novo selo, criado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o consumidor vai poder identificar as empresas e entidades do agronegócio que atuam com ética, transparência, respeito às leis, aos trabalhadores e ao meio ambiente. O merecido reconhecimento dos consumidores para quem produz alimentos que fazem bem às pessoas e à economia do país inteiro. Um verdadeiro pacto do agronegócio pela integridade. Para saber como se cadastrar e obter o selo, acesse agricultura.gov.br.

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO


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ÍNDICE DE ANUNCIANTES

Abril 2018

ÍNDICE DE ANUNCIANTES AUTOMAÇÃO DE ABASTECIMENTO DWYLER

FEIRAS E EVENTOS

(11) 2682.6633

27

ÓRGÃOS PÚBLICOS

REED ALCÂNTARA

(11) 3060.5000

43

SINATUB

(16) 3512.4300

5

(19) 2127.9400

19

GRÁFICA SÃO FRANCISCO GRÁFICA

DMB

(16) 2101.4151

(16) 3513.8800

37

(16) 3513.2600

IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS

COLETORES DE DADOS

AGRIMEC

(55) 3222.7710

29

DMB

(16) 3946.1800

15

7

(16) 3941.3367

RODOTREM

(18) 3623.1146

31

4, 44

INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO E CONTROLE COLHEDORAS DE CANA CNH INDUSTRIAL

(41) 2107.7400

METROVAL

(19) 2127.9400

CONTROLE DE FLUIDOS

(19) 2127.9400

EMBREAGENS EMBREMAC

ENGEVAP

(17) 3524.9199

23

(16) 3513.8800

ESPECIALIDADES QUÍMICAS SOLENIS

ENGEVAP 19

ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO CIVIL

19

13

MONTAGENS INDUSTRIAIS METROVAL

(16) 3946.1800

15

(19) 3436.0012

21

REFRATÁRIOS RIBEIRÃO PRETO (16) 3626.5540

33

COVALDIS

IMPLEMENTOS RODOVIARIOS MARKANTI

PRODUTOS SIDERÚRGICO

CARROCERIAS E REBOQUES SERGOMEL

3

14

CALDEIRAS ENGEVAP

(61) 3218.2828

PLANTADORAS DE CANA

AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL METROVAL

MINISTÉRIO AGRICULTURA

37

(19) 3475.3055

9

Circula em todas as usinas e destilarias do Brasil Canal direto com seu público-alvo É o maior e mais completo veículo de informação do setor. Produção de matérias e reportagens para sua empresa, na linguagem que conquista o setor (16) 99128.6551 www.jornalcana.com.br

(16) 3513.8800

37

REFRATÁRIOS

SIDERURGIA E CONTRUÇÃO ESCO BETIM

(31) 3539.1200

SOFTWARE INDUSTRIAIS

16

PROUDFOOT

(11) 3305.7800

32

S-PAA

(16) 3512.4312

42

(16) 3513.7200

41

SOLDAS INDUSTRIAIS MAGÍSTER

TELAS PARA FILTRAÇÃO INDUSTRIAL BIG TELAS

TRANSBORDOS TESTON

34

(44) 33513500

TRATAMENTO DE AFLUENTES BIG TELAS

(19) 3439.4411

2

(19) 34394411

Temos o pacote ideal para você!

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AGRÍCOLA

Abril 2018

5º curso de diversificação e Máximo aproveitamento agroindustrial

2º CURSO DE CUSTOS, PERDAS E GESTÃO INDUSTRIAL MAI 9

5º Curso de Destilação, Desidratação e Aproveitamento de Vinhaça AGO 22

AGO 23

8º curso de recepção, preparo e extração

16º curso de caldeiras, vapor e energia

AGO 24

NOV 29

2º Curso de Manutenção Industrial e Segurança Operacional

2º Usinas de Alta Performance Agrícola

3º Curso de Instrumentação e Automação Industrial

AÇÚCAR

6º Curso de Processos e Fermentação JUN 6

MAI 10

JUN 7

(Moenda e Difusor)

NOV 28

SET 19 e 20

6º CURSO DE FABRICAÇÃO, SECAGEM E EMBALAGEM DE AÇÚCAR

5

Cursos Técnicos (16) 3512.4300 | WWW.SINATUB.COM.BR Patrocínio

Apoio

F o c o n o R e s u l t a do !

S-PAA by


JornalCana - O MAIS LIDO! � Presidente Anuário da Cana ISSN 1807-0264 Brazil an Sugar and Ethanol Guide Josias Mes ias c accraat arr tt aaa oaa ool e lli eet oii ttroo rr índice ÍNDICE í n ídni d c iec e A Bíblia do Setor! josiasmes ias@procana.com.br Reduzir o uso Reduziro ouso uso Reduzir RenovaBio, um recém- Quem é Quem no setor sucroenergético Fone 16 3512.4300 Fax 3512 4309 de água é regra! www. j o r n al c ana. c om. b r de água é regra! -nascido quer crescer água éque regra! JornalCana Online Av. Costábile Romano, 1.544 - Ribeirânia � Comitê de Gestão - Comde ercial & Eventos w w.jornalcana.com.br 14096-030 — Ribeirão Preto — SP Rose Mes ias B I O & S u g a r r o s e @ p r o c a n a . c o m . b r procana@procana.com.br International Magazine M a p a B r a s i l d e U n i d a d e s � Comitê de Gestão - Relacionamento Com Clientes Produtoras de Açúcar e Álco l

Julho 2017 Julho 6 2017CARTA AO ulho 2017

LEITOR

CARTA AO LEITOR Josias Messias josiasmessias@procana.com.br

ACONTECE Eventos relacionados ao setor sucroenergético ..... 7 Agenda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 Agenda .DIRETA ...................................6 endaLINHA ....................................6 Mercado . . . . . . .fábrica . . . . . . .e.CPFL . . . . . . . . . . . . . . . . .8 a 14 Yara inaugura � A aposta no RenovaBio Mercado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ................ . . . . . . . 8.8ea10 14 Energia ercado . . . . . tem . . . . novo . . . . . presidente, . . . . . . . . . . .etc . . . . . . .8 a 14

� Entrevista com Roberto Rodrigues na estreia do Quem é Quem A aposta no RenovaBio � A aposta no RenovaBio � Por que o arrendamento de terras ficou caro do Quem é Quem Entrevista com Roberto Rodrigues na estreia � Entrevista com Roberto Rodrigues na estreia do Quem é Quem � 55 usinas passam a pagar pelo uso da água Por que o arrendamento de terras ficou caro no estado de SP � Por que o arrendamento de terras ficou caro � 55 usinas passam a pagar pelo uso da água no estado de SP � 55 usinas passam a pagar pelo uso da água no estado de SP

MERCADO Raio X da Empresa de Pesquisa Energética sobre o setor ........... 11 a 17 Industrial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16 a 26 � Como fazer Industrial . . a. correta . . . . .manutenção . . . . . . .de. .bombas . . . . . . . . . . . . .16 a 26 Térmicas dustrial . . . . . .a. .biomassa . . . . . . . . .ganham . . . . . . . . . . . . .16 a 26 � Secagem dealevedura pode gerar renda extra de R$ 40 milhões Como fazer correta manutenção de bombas com novas regras de GD . . ........................... 18 e 19 � Como fazer a correta manutenção de bombas

� Cozimento contínuo ganha no setor Secagem de levedura podeespaço gerar renda extra de R$ 40 milhões � Secagem de levedura pode gerar renda extra de R$ 40 milhões � Cozimento contínuo ganha espaço no setor � Cozimento contínuo ganha espaço no setor

INDUSTRIAL Geral . . . . . . .em . . .Tempo . . . . . . .Real . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .30 Otimização � Empresas têm até 31 de agosto para Geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .aderir . . . ao . .Refis . . . . . . . 24 . . .e. .30 25 ral chega . . . . . . a. .20 . . usinas . . . . . . .......................................... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .30

� Empresas têm até 31 de agosto para aderir ao Refis � Empresas têm até 31 de agosto para aderir ao Refis

Agrícola . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .24 a 34 AGRÍCOLA � Endividamento Agrícola . . . . . sucateia . . . . . sistemas . . . . . .de. irrigação . . . . . .em. .Alagoas . . . . . .24 a 34 Setor rícola . . . .corre . . . . .para . . . . vencer . . . . . . .gargalos . . . . . . . . . . .24 a 34 � Previsões a safra 17/18 no Nordeste Endividamento sucateia sistemas de irrigação em Alagoas 26 a 31 no campopara e na tecnologia .......................... � Endividamento sucateia sistemas de irrigação em Alagoas

� Investimentos herbicida crescer até 30% na 17/18 Previsões paraem a safra 17/18devem no Nordeste � Previsões para a safra 17/18 no Nordeste � Manejo integrado em controle ambiental gera Investimentos em herbicida devem crescer atémaior 30% produtividade na 17/18 � Investimentos em herbicida devem crescer até 30% na 17/18 � Manejo integrado em controle ambiental gera maior produtividade � Manejo integrado em controle ambiental gera maior produtividade

NOSSA MISSÃO

Doutores da Cana: avaliações do diretor do Grupo Queiroz de Queiroz .............. 33

Josias josiasmessias@procana.com.br Josias Messias Messias - josiasmessias@procana.com.br Josias Messias josiasmessias@procana.com.br

Assim como outros importantes segmentos da indústria da transformação, o setor sucroenergético é um Assim como importantes segmentos da indústria da transformação, setorusinas sucroenergético grande consumidor de água. Esse líquido é prioritário nos processos industriais e destilarias. Assim como outrosoutros importantes segmentos da indústria da transformação, o setoro das sucroenergético é um é um APara Política Nacional de Biocombustíveis, tesprocessos indicaram que de se São umPaulo fornecedor de em cana grande consumidor dena água. Esse líquido éasprioritário nos das usinas e destilarias. se terdeideia, safra 2010/2011 unidades produtoras do industriais Estado consumiam grande consumidor água. Esse líquido é prioritário nos processos industriais das usinas e destilarias. conhecida por RenovaBio, completa quatro de determinada usina não tiver regularizado Para se ter ideia, na 2010/2011 safra 2010/2011 as unidades produtoras do Estado dePaulo São Paulo consumiam média 1,52 metro cúbico por tonelada cana. Naquela safra, segundo a União da Indústria de Cana-dePara se ter ideia, naneste safra asde unidades produtoras do Estado de São consumiam em em meses de idade abril e vivencia o estágio com o Cadastro Ambiental Rural (CAR), essa média 1,52 metro cúbico por tonelada de cana. safra, segundo apaulistas, União daque Indústria de Cana-deAçúcar (Unica), foram 362 milhões de Naquela toneladas nos canaviais exigiram 550,2 médiade 1,52 metro cúbico porcolhidas tonelada de cana. Naquela safra,unidade segundo a União da Indústria de Cana-dequalquer recém-nascido. estará impossibilitada de emitir os Açúcar (Unica), colhidas 362 milhões de toneladas nos canaviais que exigiram milhões de foram metros cúbicos deem água. Açúcar (Unica), colhidas 362 milhões toneladas canaviais paulistas, que exigiram 550,2550,2 Criado por foram lei federal 26/12deapós um nosCertificados depaulistas, Biocombustíveis. milhões de metros cúbicos de água. significa todo o volume consumido produtoras. Há o setor na plateia ano inteiro de que discussões comfoivários ato-pelas unidades Outro momento de muito apreensão milhões deNão metros cúbicos de água. NãoGoverno, significa o para volume foi consumido Há muito empreende ações eque sistemas e tornar eficiente oa uso doprodutoras. líquido. res do dootodo setor sucroenergético epelas foiunidades indicação de de produção Não significa que todo volume foireduzir consumido pelas unidades produtoras. Háimpedimento muito o setoro setor empreende ações e sistemas para reduzir e tornar eficiente o uso do líquido. da sociedade civil, o RenovaBio implementa de cana-de-açúcar em áreas de cerrado O reuso é uma palavra de ordem nas empresas sucroenergéticas. Com ações como o reuso, o setor para empreende ações e sistemas para reduzir e tornar eficiente o uso do líquido. os biocombustíveis como mitigador dos gaatender à estruturação donaoprograma. Assim O reuso uma palavra de ordem nas empresas Com ações como reuso, o setor paulista captações desucroenergéticas. água. O consumo médio de 1,52 safra 2010/2011 Osucroenergético reuso é umaé palavra de despencou ordem nas as empresas sucroenergéticas. Com ações como o reuso, o setor ses de efeito estufa (GEE) provocados pelos como a exigência do CAR para todos os forsucroenergético paulista despencou as2016/17. captações de água. O consumo médio de na 1,52 na 2010/2011 safra 2010/2011 caiu para 0,91 metro cúbico naassafra sucroenergético paulista despencou captações de água. O consumo médio de 1,52 safra transportes. Essa mitigação se dará pelo maior necedores, o veto ao plantio de cana em cercaiu Ou paraseja, 0,91em metro cúbico na safra 2016/17. dez anos as usinas paulistas captaram 39,7% menos água para os processos industriais. caiu para 0,91 metro cúbico na etanol, safra 2016/17. consumo de biodiesel, bioquerosene e rado integra as propostas em formatação pelo Ouqueda seja,dez em dez as anos as usinas paulistas captaram 39,7% menos água os para os processos industriais. A resulta do fechamento de circuitos com reuso de água; aprimoramento dos industriais. processos Ou seja, em anos usinas paulistas captaram 39,7% menos água para processos biometano, já que emitem menos GEE, como grupo que dá forma ao RenovaBio. E só poA queda resulta doeficiência fechamento de circuitos comereuso deda água; aprimoramento dos processos industriais, menor captação; avanço limpeza a secodos com a colheita Aforma queda resulta domaior fechamento de ecircuitos comgases reuso de água; aprimoramento processos de com compensar as emissões de dem ser consideradas sugestões, como bem industriais, com maior eficiência e menor captação; e avanço da limpeza a seco com a colheita mecanizada. pelo consumo combustíveis fonte fóssil. um dos interlocutores industriais, com maiorde eficiência e menorde captação; e avançodisse da limpeza a seco com a colheita durante a apremecanizada. As informações sobre uso de água e a redução na captação pelas unidades foram apresentadas Não é tarefa fácil implantar o RenovaBio. sentação dos representantes do grupo.no dia mecanizada. As informações sobre uso de água e a redução na captação pelas unidades foram apresentadas no revedia Apesar de pelo amparado semeSeJardim, são sugestões que 06informações de junho secretário estadual Agricultura, Arnaldo em evento nanão, sedeodafato Unica, em As sobre uso depor águaprogramas e a da redução na captação pelas unidades foramouapresentadas noé dia lhantes aplicados emanos outros países, ele esban- Arnaldo lam aJardim, complexidade danamontagem do prograde junho pelo estadual da Agricultura, em evento sede da Unica, comemoração dossecretário dez do Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético. 06 de06 junho pelo secretário estadual da Agricultura, Arnaldo Jardim, em evento na sede da Unica, em em ja complexidades. diz respeito àSecretarias ma queestaduais prometedadeixar o Brasil na liderança comemoração dosintegra dezUma anos dodelas Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético. O Protocolo oProtocolo Projeto Etanol Verde, dasdo Agricultura e do Meio comemoração dosdas dez anos do Agroambiental Setor Sucroenergético. aplicação regras. Conforme a lei, quem as mundial de redução de emissões de poluentes. O Protocolo integra o Projeto Etanol Verde, Secretarias estaduais da oAgricultura e do Meio Ambiente, eintegra representa um modelo de parceria edas diálogo desenvolvido entre setoreprodutivo e o Estado. Ocumprirá Protocolo o Projeto Etanol Verde, das Secretarias estaduais da Agricultura do Meio serão as distribuidoras de combustíA cultura canavieira não quer ocupar áreAmbiente, efase representa um modelo de cena parceria e diálogo desenvolvido entre setor produtivo e o Estado. A segunda do um entra em neste mês de julho, formatada poro técnicos das Ambiente, e representa modelo deemissões parceria ede diálogo desenvolvido entre o setor e oduas Estado. veis, que terão deProtocolo ‘pagar’ as GEE as verdes e nem ferirprodutivo o Código Florestal. Mas A segunda fase do Protocolo entra em cena neste mês de julho, formatada por técnicos das duas Secretarias e da Unica. apuradas noProtocolo ano anterior comcena a comercializacomo ator por da técnicos formatação desse importante A segunda fase do entra em neste mês de julho, formatada das duas Secretarias e da Unica. Nesse mesmo mês de julho, entra em vigor a cobrança pelo uso da água em quatro bacias ção de biocombustíveis ou com a compra dos programa, quer procedimentos viáveis para Secretarias e da Unica. Nesse mesmo mês de julho, entra em vigor a cobrança pelo uso da água em quatro bacias hidrográficas do Estado de São Paulo: Pardo, Baixo-Pardo/Grande, Sapucaí-Mirim e Mogi-Guaçu. Certificados de Biocombustíveis (CBios), ain- pelo todos Fora aparar as arestas Nesse mesmo mês de julho, entra em vigor a cobrança uso os da elos águaenvolvidos. em quatro bacias hidrográficas do Estado de São Paulo: Pardo, Baixo-Pardo/Grande, Sapucaí-Mirim e Mogi-Guaçu. da em fase embrionária e que serão emitidos do debate acalorado em torno doágua RenovaBio, Conforme reportagem desta edição do JornalCana, 55 unidades sucroenergéticas captam dessas hidrográficas do Estado de São Paulo: Pardo, Baixo-Pardo/Grande, Sapucaí-Mirim e Mogi-Guaçu. por unidades produtoras de biocombustíveis. ode próximo passo será liberar, ainda em maio, Conforme desta do JornalCana, 55 unidades sucroenergéticas água dessas bacias. Oreportagem custoreportagem médiodesta da cobrança água por tonelada cana varia de acordo comcaptam o água reuso pelas Conforme ediçãoedição dodeJornalCana, 55 unidades sucroenergéticas captam dessas Até o fim de março, o País registrou pelo o processo que define as metas de descarbobacias. O custo da cobrança de por água por tonelada de varia cana varia de acordo o reuso unidades, mas amédio média é projetada entre R$ 0,03 e de R$cana 0,12 por tonelada. bacias. O custo médio da cobrança de água tonelada de acordo com ocom reuso pelas pelas menos cinco eventos nos quais o RenovaBio nização, ou quanto o País precisará mitigar de unidades, a média projetada entre 0,03 e R$ por 0,12 por tonelada. Amas Unica explica naéreportagem que0,03 oR$ avanço cobrança não assusta porque o setor unidades, amas média éO projetada R$ dessa 0,12 tonelada. foi protagonista. último entre delesR$ foi em eRecife emissões. Essa etapa está sendo conduzida em A Unica explica na reportagem que o avanço cobrança não porque o setor com a gestão sucroenergético paulista se preparou ao longo dos dessa anos para arcarassusta comassusta esse custo e colaborar A(PE), Unica explica na reportagem que oem avanço dessa cobrança não porque o setor em 26/03, e o penúltimo, 14/03, em reuniões técnicas semanais. sucroenergético paulista se preparou longo dos para anos paraOarcar comcusto esse custo eacompanha colaborar com a gestão das baciasPreto hidrográficas. Conforme o ao Departamento de arcar Águas e Energia Elétrica (DAEE), do agoverno Ribeirão (SP). JornalCana, o Renovasucroenergético paulista se preparou ao longo dos anos com esse eque colaborar com gestão dasNesse bacias hidrográficas. Conforme o essa Departamento de Águas Energia Elétrica doHídricos governo paulista, osevento valores em arrecadados com cobrança irão para oeFundo de(DAEE), Recursos Ribeirão Preto, represenBio desde a Estadual apresentação seu projeto em das bacias hidrográficas. Conforme o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), dodegoverno paulista, os valores arrecadados com essa cobrança irão para o Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro), que os usará nos projetos demandados pelas próprias bacias. tantes do grupo que estrutura propostas para 14/12/2016, seguirá junto a cada paulista, os valores arrecadados com essa cobrança irão para o Fundo Estadual de Recursos Hídricospasso para usará nos projetos demandados pelas próprias bacias. a(Fehidro), implementação do RenovaBio geraram desinformar aosas integrantes setordesucroenerNo emosque seprojetos comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente, usinas fazem do questão reassumir (Fehidro), quemês osque usará nos demandados pelas próprias bacias. conforto na plateia, formada em sua maioria gético. Queremos que esse recém-nascido No mês em que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente, as usinas fazem questão de reassumir e manifestar seusecompromisso comMundial o meio ambiente e com o usoassustentável de questão água. E de água é sinônimo No mês em que comemora o Dia do Meio Ambiente, usinas fazem reassumir por executivos do setor sucroenergético. cresça e dê muita alegria a todos osé sinônimo brasileiros! edemanifestar seu compromisso ambiente osustentável uso sustentável de água. E éágua vida! e manifestar seu compromisso com ocom meioo meio ambiente e comeocom usoBoa de água. E água sinônimo O clima pesou quando esses representanleitura! de vida! Boa leitura! de vida! Boa leitura! Boa leitura!

Lucas Mes ias lucas.mes ias@procana.com.br

Gestão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .37 Nordeste cria projeto para � Os departamentos Gestão . . . . . . . . de . .compliance . . . . . . .avançam . . . . . nas . . .empresas . . . . . .do. setor . . . .37 stãorecuperar . . . . . . . . .produção . . . . . . . . .perdida . . . . . . .de . . .cana . . . . .............. . . . .37 34 � Os departamentos de compliance avançam nas empresas do setor

� Os departamentos de compliance avançam nas empresas do setor

Usina do Bem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .38 QUEM É QUEM � Usinas doam energia Usina do Bem . . . . .elétrica . . . . para . . .hospital . . . . .em . .Barretos . . . . . . . . . . . .38 Entrevista ina do Bem . . . .com . . . . Alexandre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .38 � Usinas doam energia elétrica para hospital em Barretos Andrade Lima, presidente Feplana ............. 35 � Usinas doam energia elétrica para hospital emda Barretos Negócios & Oportunidades . . . . . . . . . . . . . . . .40 a 42 Negócios & de Oportunidades . . . . . . . . . . . . . . . .40 a 42 Imagens executivos gócios & Oportunidades . . . . e. .personagens . . . . . . . . . .40 a 42 do setor sucroenergético ........................... 36 e 37

“Desenvolver o agronegócio

� Comitê de Gestão - Controladoria & TI

EXTERIOR Josias Messias visita unidades sucroenergéticas na América Latina ........ 38 e 39

Mateus Mes ias presidente@procana.com.br FUNDO DE RECEITA FIXA

USINA DO BEM Ações empreendidas pelas unidades sucroenergéticas ........................ 40 e 41

sucroenergético, dis eminando

RECEITA “NemFUNDO ponham sua DE esperança na incertezaFIXA da riqueza, NEGÓCIOS &DE OPORTUNIDADES ........................ 42 FUNDO RECEITA FIXA “Nem suaque esperança na incerteza da riqueza, masponham em Deus, de tudo nos provê ricamente” “Nem ponham sua esperança na incerteza da riqueza, mas em Deus, que adeTimóteo, tudo na nosprimeira provêcarta, ricamente” Recomendação de Paulo, apóstolo capítulo 6, verso 17 mas em Deus, que de tudo nos provê ricamente” Recomendação Paulo, apóstolo Timóteo, na primeira carta, esta capítulo 6, verso 17 "Emdeapóstolo tudo, daia graças, porque Recomendação de Paulo, a Timóteo, na primeira carta, capítulo 6, verso 17é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco."

conhecimentos, estreitando

� Comitê de Gestão - Jornalismo

COLABORADORES

� Arte

� Relacionamento Com Clientes

Gustavo Santoro - arte@procana.com.br

Robertson Fetsch 16 9 9720 5751 publicidade@procana.com.br

� Editor

Delcy Mac Cruz - editor@procana.com.br

� Assistente

Thaís Rodrigues thais@procana.com.br

José Murad Badur

� Assinaturas & Exemplares

FINANCEIRO

Ales andro Reis - editoria@procana.com.br

1 Carta aos Tessalonicenses, capítulo 5, versículo 18

relacionamentos e gerando

Prêmio MasterCana Tradição de Crediblidade e Suces o Fórum ProCana USINAS DE ALTA PERFORMANCE SINATUB Tecnol gia Liderança em Aprimoramento Técnico e Atualização Tecnológica

CARTA AO LEITOR 5 CARTA LEITOR CARTA AO AO LEITOR 5Abril5 2018

� Editor de Arte - Diagramação

Ar tigos as inados (inclusive os das seções Negócios & Opor tunidades e Vitrine) refletem o ponto de vist a dos autores (ou das empresas cit adas). JornalCana. Direitos autorais e comercia s reser vados. É proibida a reprodução, tot al ou parcial, distribuição ou disponibil zação pública, por qualquer meio ou proces o, sem autorização expres a. A violação dos direitos autorais é punível como crime (art. 184 e parágrafos, do Código Penal) com pena de prisão e multa; conjuntamente com busca e apre nsão e indenização diversas (ar tigos 12 , 123, 124, 126, da Lei 5.98 , de 14/12/1973). NOSSOS PRODUTOS EVENTOS PUBLICAÇÕES PRODUTOS NOSSOS NOSSOS PRODUTOS JornalCana - O MAIS LIDO! PUBLICAÇÕES

Prêmio MasterCana EVENTOS

� Presidente EVENTOS PUBLICAÇÕES Anuário da Cana Tradição de Credibilidade e Brazilian Sugar- and Ethanol Guide JornalCana O MAIS LIDO! Josias Messias PrêmioSucesso MasterCana AAnuário Bíblia do JornalCana - O MAIS LIDO! � Presidente Prêmio MasterCana josiasmessias@procana.com.br da Setor! Cana Tradição de Credibilidade e Fórum ProCana � Presidente ISSN 1807-0264 Quem é daQuem no setor sucroenergético Anuário Cana Fone 16 3512.4300 Fax 3512 4309 e Brazilian Sugar and Ethanol Guide Tradição de Credibilidade Josias Messias Sucesso USINAS DE ALTA ISSN 1807-0264 Brazilian Sugar and Ethanol Guide A Bíblia do Setor! Josias Messias Sucesso JornalCana Online Av. Costábile Romano, 1.544 - Ribeirânia josiasmessias@procana.com.br � Comitê de Gestão - Comercial & Eventos PERFORMANCE Fórum ProCana AQuem Bíbliaédowww.jornalcana.com.br Setor! josiasmessias@procana.com.br Quem no setor sucroenergético Fórum ProCana Fone 16 3512.4300 FaxPreto 3512— 4309 —Fax Ribeirão SP Rose Messias USINAS Tecnologia DE ALTA Quem é Quem no setorJornalCana sucroenergético FoneAv. 1614096-030 3512.4300 3512 4309 SINATUB BIO & Sugar Online Costábile Romano, 1.544 Ribeirânia � Comitê de Gestão - Comercial & Eventos USINAS DE ALTA rose@procana.com.br procana@procana.com.br PERFORMANCE Liderança em Aprimoramento International Magazine JornalCana Online Av. Costábile Romano,—1.544 - Ribeirânia www.jornalcana.com.br � Comitê de Gestão - Comercial & Eventos PERFORMANCE 14096-030 Ribeirão Preto — SP Rose Messias www.jornalcana.com.br Técnico SINATUBe Atualização Tecnologia Mapa BIO Brasil& de Unidades 14096-030 — Ribeirão Preto — SP Sugar Rose Messias rose@procana.com.br procana@procana.com.br � Comitê de Gestão - Relacionamento Com Clientes SINATUBLiderança Tecnologia Tecnológica em Aprimoramento de Açúcar e Álcool BIOProdutoras & Sugar International Magazine rose@procana.com.br procana@procana.com.br COLABORADORES � Arte Lucas Messias Liderança em Aprimoramento InternationalMapa Magazine Técnico e Atualização Brasil de Unidades � Comitê de Gestão - Relacionamento Com Clientes lucas.messias@procana.com.br � Relacionamento Com Clientes Gustavo Santoro - arte@procana.com.br Tecnológica Mapa Brasil de Unidades Produtoras de Açúcar e Álcool Técnico e Atualização � Comitê de Gestão - Relacionamento Com Clientes COLABORADORES � Arte Lucas Messias Produtoras de Açúcar (inclusive e Álcool os das seçõesTecnológica Robertson Fetsch 16 9 9720 5751 Artigos assinados Negócios & COLABORADORES � Arte Lucas Messias lucas.messias@procana.com.br � Relacionamento Com Clientes Gustavo publicidade@procana.com.br � Comitê de Gestão - Controladoria & TI � Editor Santoro - arte@procana.com.br Oportunidades e Vitrine) refletem o ponto de vista dos autores � Relacionamento Com Clientes - arte@procana.com.br “Desenvolver o agronegócio lucas.messias@procana.com.br Robertson Fetsch 16 9 9720 5751 Gustavo Santoro Mateus Messias Delcy Mac Cruz - editor@procana.com.br Artigos assinados (inclusive os das seções Negócios & Robertson Fetsch 16 9 9720 5751 (ou das empresas citadas). JornalCana. Direitos autorais e Artigos assinados (inclusive os dasrefletem seções Negócios publicidade@procana.com.br � Comitê de Gestão - Controladoria & TI � Editor presidente@procana.com.br � Assistente Oportunidades e Vitrine) o ponto de& vista dos autores publicidade@procana.com.br de Gestão - Controladoria & TI � Editor “Desenvolver o agronegócio sucroenergético, disseminando � ComitêMateus comerciais reservados. Éoproibida reprodução, total ou Messias Mac Delcy Diagramação Thaís Rodrigues � Editor deCruz Arte -- editor@procana.com.br Diagramação Oportunidades e Vitrine) refletem ponto dea vista dos autores “Desenvolver o agronegócio (ou das empresas citadas). JornalCana. Direitos autorais e Mateus Messias Delcy Mac Cruz editor@procana.com.br Hi Comunicação - diagramacao@procana.com.br presidente@procana.com.br � Assistente thais@procana.com.br � Comitê de Gestão - Jornalismo José Murad Badur parcial, distribuição ou disponibilização pública, epor qualquer (ou das empresas citadas). JornalCana. Direitos autorais presidente@procana.com.br Assistente � sucroenergético, disseminando conhecimentos, estreitando comerciais reservados. É proibida a reprodução, total ou Thaís Rodrigues � Editor de Arte - Diagramação Alessandro Reis - editoria@procana.com.br ou processo, sem autorização expressa. dos sucroenergético, disseminando comerciaismeio reservados. 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A violação dos conhecimentos, estreitando Alessandro Reis -Lima editoria@procana.com.br do Códigosem Penal) com penaexpressa. de prisãoA eviolação multa; dos conjuntamente � Assinaturas & Exemplares FINANCEIRO meio ou processo, autorização atendimento@procana.com.br contasapagar@procana.com.br Luciano direitos autorais é punível como crime (art. 184 e parágrafos, relacionamentos e gerando � Assinaturas & Exemplares FINANCEIRO negócios sustentáveis” Paulo Henrique Messias (16) 3512-4300 � Comitê de Gestão - Marketing contasareceber@procana.com.br com busca e apreensãocrime e indenização (artigos 122, www.loja.jornalcana.com.br luciano@procana.com.br direitos autorais é punível 184 ediversas e multa; parágrafos, relacionamentos e gerando do Código Penal)como com pena de(art. prisão conjuntamente Paulo Henrique Messias (16) 3512-4300 � Comitê de Gestão - Marketing contasareceber@procana.com.br atendimento@procana.com.br contasapagar@procana.com.br Luciano Lima 124,com 126,pena da Lei de 14/12/1973). do Código123, Penal) de 5.988, prisão e multa; conjuntamente negócios sustentáveis” atendimento@procana.com.br contasapagar@procana.com.br Luciano Lima com busca e apreensão e indenização diversas (artigos 122, www.loja.jornalcana.com.br luciano@procana.com.br negócios sustentáveis” com busca e apreensão e indenização diversas (artigos 122, www.loja.jornalcana.com.br luciano@procana.com.br

ISSN 1807-0264

negócios sustentáveis”

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123, 124, 126, da Lei 5.988, de 14/12/1973). 123, 124, 126, da Lei 5.988, de 14/12/1973).


ACONTECE

Abril 2018

FENASUCRO & AGROCANA

eira Internacional de Tecnologia Sucroenergética F chega à 26 edição Quando: 21 a 24 de agosto Onde: Centro de Eventos Zanini, em Sertãozinho (SP) Informações: www.fenasucro.com.br

AGRISHOW

Feira Internacional de Tecnologia AgríA cola em Ação chega à vigésima quinta edição em área de 440 mil metros quadrados. Quando: 30/04 a 04/05 Onde: Rodovia Prefeito Antonio Duarte Nogueira, km 321, Ribeirão Preto (SP) Informações: www.agrishow.com.br/pt/Home.html

UNICA FÓRUM 2018

vento promovido pela União da Indústria de Cana-deE -Açúcar (Unica) deverá contar com a participação de 13 pré-candidatos à Presidência da República Quando: 18 de junho Onde: WTC Events Center - Teatro, São Paulo (SP) Informações: http://unicaforum.com.br/site/contato/

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LINHA DIRETA

Abril 2018

O ‘pai’ do RenovaBio, Fernando Coelho Filho, ministro das Minas e Energia, foi homenageado em 20/03 em cerimônia organizada em Brasília por entidades agroindustriais nacionais e regionais brasileiras do setor sucroenergético. Coelho Filho, que deve deixar o cargo neste mês de abril para disputar a reeleição como deputado federal, recebeu da Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana) a honraria do Mérito Canavieiro 2018 pela criação do Programa Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio. “O setor sucroenergético em peso veio prestigiar a nossa homenagem ao ministro Fernando. Acredito que porque todos aqui presentes, assim como nós que representamos os fornecedores de cana do Brasil, sabem da envergadura dos serviços prestados aos canaviais e usinas de etanol com a consolidação deste programa que reduzirá a emissão de CO² da atmosfera via o estímulo à produção e consumo maior do combustível renovável/ limpo em detrimento do fóssil”, disse Alexandre Andrade Lima, presidente da Feplana, durante entrega da homenagem ao ministro, que estava acompanhado do pai, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB). O setor estava representado por presidentes e diretores de dezenas de entidades, a exemplo de

FOTOS DIVULGAÇÃO

Fernando Coelho Filho recebe homenagem de lideranças

Renato Cunha (à esquerda), vice-presidente do Fórum Nacional Sucroenergético; Fernando Coelho Filho e Alexandre Andrade Lima, presidente da Feplana

Elizabeth Farina e Eduardo Leão, da União da Indústria da Cana (Unica), e Renato Cunha, vice-presidente do Fórum  Nacional Sucroenergético – órgão que reúne todas usinas brasileiras. “Agradecemos a todos e desejamos boa sorte ao ministro que deixará o posto para reassumir sua vaga de deputado federal para poder disputar a reeleição este ano”, frisou Andrade Lima.

Engenheiro assume a presidência da CPFL Renováveis O engenheiro mecânico Fernando Mano da Silva assumiu a presidência da CPFL Renováveis em (9/3). O executivo, que atua no grupo CPFL Energia desde 2008, já ocupou as posições de diretor de Estratégia e Inovação, e de diretor de Planejamento Energético e Gestão de Energia. Antes de ingressar na CPFL Renováveis, Fernando Mano foi presidente da CPFL Geração de Energia, cargo em que estava desde maio de 2015. Fernando Mano é formado em Engenharia Mecânica Aeronáutica pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA). Tem pós-MBA em Gestão da Inovação pela HSM e especialização no Insead na França. Trabalhou por oito anos na consultoria Roland Berger Strategy Consultants e por dois anos como executivo de planejamento estratégico da Vivo. Diretor financeiro Já Alessandro Gregori Filho assumiu como diretor Financeiro e de Relações com Investidores da companhia. Formando em ciências econômicas pela PUC Campinas, possui mestrado em Economia Política pela PUC-SP e especialização em gestão pela Harvard Business School. Gregori, ingressou na CPFL Energia em 2002, onde atuou como analista de mercado sênior e posteriormente como gerente de Fusões e Aquisições e Desenvolvimento de Negócios de energias renováveis. Antes o executivo foi especialista em Planejamento Financeiro na Brasilia-

Yara abre primeira fábrica de fertilizantes no Brasil Como parte dos inúmeros investimentos no País e com o intuito de trazer soluções inovadoras para a crescente demanda por fertilizantes à agricultura brasileira, a Yara, líder mundial em nutrição de plantas, inaugurou a primeira fábrica de fertilizantes foliares e micronutrientes da companhia no Brasil, em Sumaré (SP). A escolha para sediar a unidade de produção de fertilizantes foliares e micronutrientes da Yara é estratégica. Além de ser o País que responde por um terço do volume e um quarto do faturamento global da empresa, o mercado deste tipo de tecnologia é promissor, com um produtor rural cada vez mais receptivo ao investimento em tecnologias em prol da produtividade e rentabilidade. Com investimento de R$ 100 milhões, a nova planta é a única localizada fora da Europa e chega com o propósito de levar ao agricultor produtos de alta tecnologia e performance, além de diminuir a importação de matérias-primas. “O Brasil, hoje, é um dos países mais importantes para os negócios da Yara. Com mais de US$ 3 bilhões em investimentos e aquisições em construção e modernização de unidades, a empresa aposta na agricultura brasileira e tem a estratégia de, cada vez mais, aumentar o padrão de qualidade e de eficiência operacional do mercado brasileiro de fertilizantes, que cresce a cada ano”, afirma Lair Hanzen, presidente da Yara Brasil e Vice-Presidente da Yara International. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal (Abisolo), as vendas de fertilizantes especiais, categoria em que se encontram os produtos da linha YaraVita, devem crescer 10% em 2018. Por fim, o mercado de fertilizantes brasileiro está aquecido, com um crescimento médio de 3% nos últimos anos, segundo a Associação Nacional de Difusão de Adubos (Anda). Os principais diferenciais da fábrica de YaraVita são a automatização em quase 100% de todos os processos, sendo a única da empresa no Brasil a produzir fertilizantes foliares. A intervenção humana é mínima, ocorrendo somente no abastecimento de matéria-prima, troca de etiquetas e embalagens.

Fernando Mano é formado em engenharia mecânica pelo ITA

na Energia de 2006 a 2007. Ele está na CPFL Renováveis desde sua fundação em 2011 como diretor de Novos Negócios, cargo que acumulará interinamente. Ambos os executivos tomaram posse nesta sexta-feira e cumprirão mandato até o dia 30 de abril de 2019.

Equipe Yara presente no evento


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Toyota apresenta primeiro protótipo de veículo híbrido flexfuel do mundo DIVULGAÇÃO

A Toyota apresentou em 19/03 o primeiro protótipo de veículo híbrido equipado com motor de combustão interna flexfuel. O projeto, que combina um propulsor elétrico e outro flexível a gasolina e etanol, colocou lado a lado as equipes de engenharia da Toyota Motor Corporation, no Japão, e da Toyota do Brasil, para somar esforços e buscar sintonia entre as tecnologias. O trabalho foi direcionado no sentido de extrair o potencial máximo de cada solução: alta eficiência, baixíssimos níveis de emissões e capacidade de reabsorção dos impactos de gás carbono, ao utilizar combustível oriundo de fonte 100% renovável. O protótipo foi construído sobre a plataforma do modelo Prius, usada como base para condução dos trabalhos. A marca ainda estuda possibilidades de produção desta tecnologia no Brasil no futuro. Estudos preliminares realizados pela Toyota do Brasil apontam que o híbrido flex possui um dos mais altos potenciais de compensação e reabsorção na emissão de CO2 gerado desde o início do ciclo de uso do etanol extraído da cana-de-açúcar, passando pela disponibilidade nas bombas de abastecimento e sua queima no processo de combustão do carro. Quando abastecidos apenas com etanol (E100), os resultados

se mostraram ainda mais promissores. Fase de testes Em 19/03 a companhia deu início à fase de testes de rodagem. No primeiro momento, o veículo percorre um trecho de mais de 1.500 quilômetros entre os estados de São Paulo e Distrito Federal,

colocando à prova a durabilidade do carro em percursos desta natureza, para avaliar o conjunto motor-transmissão, quando abastecidos com etanol, nas estradas brasileiras. A partir daí, novos dados serão coletados. Eles informarão a performance do carro e servirão para possíveis ajustes, com objetivo de buscar o balanço ideal de todo o conjunto.

Motores flex completam 15 anos de benefícios DIVULGAÇÃO

Neste ano de 2018 o Brasil completa 15 anos de benefícios contínuos com os combustíveis renováveis para o consumidor. Em 2003, a indústria automobilística lançava os motores que aceitam tanto o etanol quanto a gasolina, com o modelo Gol Power 1.6 Total Flex. Foi mais um passo importante para a adoção no País de uma matriz energética mais sustentável, com consequente diminuição da dependência dos combustíveis fósseis. Os carros movidos a etanol circulam no Brasil desde os anos 1970, quando foi instituído o Proálcool, mas o incremento no consumo do derivado de cana só foi possível pela melhoria tecnológica do software de controle de injeção eletrônica dos veículos, que passaram a responder adequadamente a cada mistura de combustível. Ao longo dos anos seguintes, todas as montadoras passaram a disponibilizar modelos com o motor flex fluel, capazes de rodar tanto com etanol quanto com gasolina, em qualquer proporção de mistura. Eficiência energética O desempenho do motor com o etanol só melhorou desde então. No estudo mais recente, feito pelo Instituto Mauá de Tecnologia, com o apoio

da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), foi registrado que a eficiência energética do álcool em relação à gasolina comum pode chegar a 75,4%. Como referência, os valores encontrados para estes mesmos modelos de veículos no Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV) ficaram entre 66,7% e 72,1%. Vale destacar que o PBEV utiliza como padrão a gasolina com 22% de etanol anidro, teor de mistura vigente quando o programa foi instituído. Hoje, a gasolina C, vendida ao consumidor nos postos de abastecimento, contém 27% de etanol. Desde a introdução da tecnologia flexfluel, mais de 30 milhões de veículos que podem rodar tanto com etanol quanto com gasolina foram vendidos no mercado brasileiro, e hoje eles compõem mais de 70% dos automóveis leves licenciados no País por ano. A expectativa é que o etanol esteja ainda mais presente no dia a dia dos consumidores com a implantação do RenovaBio, nova política para incentivar a produção de biocombustíveis e cumprir as metas de descarbonização do Acordo de Paris. (Conteúdo produzido pela Copersucar)


MERCADO

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Setor deve ganhar 13 greenfields até 2027 Greenfields serão inaugurados nos próximos dez anos, segundo projeção de estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que faz um raio X do mercado sucroenergético. Confira o material nesta e nas páginas seguintes DELCY MAC CRUZ, DE RIBEIRÃO PRETO (SP)

Até 2027 o setor sucroenergético deverá inaugurar 13 unidades greenfields, responsáveis por uma capacidade instalada de moagem de 38 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. A projeção das novas unidades integra o estudo “Perspectivas para o Setor Sucroenergético nos Próximos 10 Anos”, realizado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), do Ministério de Minas e Energia (MME), divulgado com exclusividade pelo Portal JornalCana no começo de março último. Além das 13 unidades greenfields, nos próximos dez anos 24 unidades passarão por investimentos em expansões. Com isso, essas unidades terão uma capacidade instalada de moagem de 33 milhões de toneladas de cana. O estudo da EPE revela também que 12 unidades hibernadas serão reabertas até 2027. Elas responderão por uma moagem instalada de 22 milhões de toneladas da matéria-prima do etanol. Já outras cinco unidades deverão fechar até 2027. Elas são responsáveis por uma moagem estimada em 4 milhões de toneladas.

825 MILHÕES DE TONELADAS DE CANA EM 2027 Com o planejamento de unidades sucroenergéticas até 2027, a EPE estima que a moagem de cana-de-açúcar crescerá em 89 milhões de toneladas. Com isso, o setor terá 387 unidades em operação em 2027 e uma capacidade instalada de 825 milhões de toneladas. A oferta de cana, no entanto, deve ir a 841 milhões (confira na página seguinte). Em 2017, conforme a EPE, o setor operou com 366 unidades em uma moagem prevista de 635 milhões de toneladas, mas com capacidade instalada de 740 milhões de toneladas.

EXPANSÃO DA CAPACIDADE DE PROCESSAMENTO DE CANA Fuxo de Unidades Produtoras Em unidades

Capacidade efetiva de moagem de cana Em milhões de toneladas

Em milhões de toneladas de cana por ano

Fonte: EPE, MAPA, UNICA, UDCP

*Expansão em 2017 não foram contabilizadas

Cana deve avançar 1,2% ao ano até 2027 O estudo desenvolvido pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), do Ministério de Minas e Energia (MME), revela projeções para o setor sucroenergético também com destaque para a área agrícola. Feito sob coordenação de José Mauro Coelho, diretor de Estudos do Petróleo, Gás e Biocombustíveis da empresa do MME, o estudo revela, por exemplo, que o avanço da área canavieira terá um crescimento médio de 1,2% ao ano até 2027. Neste ano, conforme a EPE, o setor ocupa 8,7 milhões de hectares e, em 2027, deverá alcançar 9,9 milhões de hectares. O avanço de 1,2 milhão de hectares em uma década, entre 2017 e 2027, é conservador e reflete que o setor sucroenergético crescerá a oferta de produtos por conta da verticalização. A maior oferta de produtos, conforme o estudo da EPE, se dará também por conta de variedades de cana energia, que oferecem mais biomassa e, assim, são mais adequadas para a produção de etanol. Até 2027, a cana energia deverá ocupar 123 mil hectares canavieiros no País, conforme o levantamento da Empresa de Pesquisa Energética. A projeção indica que área a ser ocupada pela cana energia representará 1,4% de toda a área canavieira do País em 2027, de projetados 9,9 milhões de hectares.

ÁREA DE CANA-DE-AÇUCAR E CANA-ENERGIA PROCESSADA Em milhões de hectares

Cana-Energia Em milhões de hectares

Fonte: EPE, CONAB


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MERCADO

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Estudo revela como ficará a produtividade Segundo projeção dos técnicos da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a média de toneladas a serem colhidas por hectare chegará a 83 em 2027. No total, usinas terão oferta de 841 milhões de toneladas A produtividade da cana-de-açúcar, que registra estabilidade declinante nos últimos anos e é tema de reportagem nesta edição do JornalCana, também integra o estudo “Perspectivas do Setor Sucronergético para os Próximos 10 Anos.” Realizado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o estudo revela, por exemplo, como ficará a produtividade agrícola do setor sucroenergético até 2027. Em 2017, conforme a EPE, a média nacional foi de 73 toneladas de cana por hectare (TCH). Para 2027, a projeção é que o rendimento chegue a 83 TCH. Processamento O total de cana-de-açúcar processada no País em 2017 chegou a 637 milhões de toneladas, indica o estudo. A matéria-prima do açúcar a ser processada crescerá gradativamente e, em 2017, deverá alcançar 841 milhões de toneladas em todo o País. Destinação Ao longo dos próximos anos, o etanol dominará o mix das unidades sucroenergéticas. Segundo a EPE, já em 2017 o biocombustível abocanhou a maioria do mix produtivo com 55% da cana processada pelas unidades no País. Já em 2027, o estudo da Empresa de Pesquisa Energética estima que 61% da cana serão destinados para a produção do biocombustível, enquanto o açúcar ficará com 39% do mix produtivo das unidades. DIVULGAÇÃO

PRODUTIVIDADE, CANA PROCESSADA E DESTINAÇÃO PARA ETANOL E AÇÚCAR Em milhões de toneladas de cana

Em tonelada de cana por hectares

Mais 5 milhões de toneladas de açúcar O açúcar terá comportamento de mudanças até 2027, conforme o estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). A produção do adoçante será crescente, mas de forma tímida. Em 2017, segundo a empresa do Governo federal, foram ofertadas pelas unidades sucroenergéticas perto 38 milhões de toneladas pelo País. Desse montante, 29 milhões de toneladas seguiram para o mercado externo, enquanto 10 milhões de toneladas foram consumidas dentro do Brasil. Para 2027, a EPE estima que a produção de açúcar chegará a 44 milhões de toneladas. Dessa produção estimada, 32 milhões de toneladas serão embarcadas para países importadores, enquanto 12 milhões de toneladas serão direcionadas ara o mercado interno. O estudo da EPE revela também a participação do Brasil no mercado mundial de açúcar. Em 2017, por exemplo, a participação brasileira no mercado internacional do adoçante foi de 44%. A projeção da EPE para 2027 indica que o Brasil participará com 43% do mercado mundial.

PRODUÇÃO DE AÇÚCAR Em milhões de toneladas de açúcar Particicapação brasileira no comércio internacional


MERCADO

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REPENSE PRODUTIVIDADE A8010 PNEU / UMA LINHA

A8810 DUPLO ALTERNADO

A8810 ESTEIRA / UMA LINHA

EVOLUÇÃO PARA QUALQUER DESAFIO


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MERCADO

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45 bilhões de litros de etanol em 2027 A oferta de etanol pelas unidades sucroenergéticas do Brasil deverá alcançar ou superar 45 bilhões de litros em 2027. A projeção está no estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), do Ministério de Minas e Energia. Conforme a projeção, os 45 bilhões de litros a serem ofertados em 2027 superam em 16 bilhões de litros o volume atual produzido pelas unidades brasileiras. Em 2017, a EPE lembra que a produção ofertada foi de 29 bilhões de litros. Alta anual A projeção de 45 bilhões de litros em 2027 atesta que a produção do biocombustível crescerá em uma média anual de 4,4% entre 2017 a 2027. Do volume previsto para 2027, a EPE estima que 32 bilhões de litros serão de etanol hidratado e 12 bilhões de litros de etanol anidro. No caso do hidratado, serão 15 bilhões de litros extras ante a oferta de 2017, que ficou em 17 bilhões de litros. Para obter essa alta, o crescimento anual de produção será de 6,9%.

OFERTA TOTAL DE ETANOL Em bilhões de litros

Já no caso do anidro, ocorrerá um aumento na oferta de 1 bilhão de litros, uma vez que em 2017 a

EPE lembra que a oferta das unidades foi de 11 bilhões de litros. Para chegar aos 12 bilhões de li-

tros em 2027, as unidades terão de registrar um crescimento anual de produção de 1,1%.

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Usinas farão 16 bilhões de litros extras A demanda por etanol crescerá em 16 bilhões de litros anuais a partir de 2027, chegando a uma necessidade de 45 bilhões de litros. Hoje, a oferta é de 29 bilhões de litros. Essa oferta de 45 bilhões de litros já está projetada pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), do Ministério de Minas e Energia (MME), que também avalia o aumento da demanda pelo biocombustível. Dos necessários 45 bilhões de litros em 2027, a EPE projeta que o etanol hidratado abocanhará a maior fatia da oferta, com 30 bilhões de litros. Hoje, esse tipo de etanol, empregado diretamente nos veículos flex, tem uma demanda de 12 bilhões de litros ao ano. Motivos do aumento A estimativa de alta no consumo de hidratado reflete as previsões de aumento na procura pelo etanol por conta da Política Nacional de Biocombustíveis, o RenovaBio, que incentiva o uso de biocombustíveis para reduzir as emissões de gases de efeito estufa pelos transportes. Mas o aumento da demanda por hidratado, como previsto pela EPE,

DEMANDA TOTAL DE ETANOL Em bilhões de litros

reflete também a melhora da economia que, por sua vez, manterá procura crescente pelo biocombustível. Para dar conta do mercado altista de hidratado, as unidades sucroenergéticas terão de manter uma produção crescente da ordem de 7,4% ao ano até 2027.

Anidro Ao mesmo tempo em que a EPE estima alta no mercado de hidratado, prevê queda no mercado de etanol anidro. Em 2027, conforme a empresa do Ministério de Minas e Energia, o mer-

cado consumirá estimados 11 bilhões de litros por ano de anidro. Em 2017, esse tipo de etanol registrou mercado de 12 bilhões de litros. Com a menor oferta, o EPE calcula que as unidades poderão liberar uma oferta 0,7% a menos por ano.


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MERCADO

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Confira como fica o etanol 2G e de milho No estudo, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), do Ministério de Minas e Energia, destaca também como deverá ficar a produção de etanol celulósico, ou 2G, e o produzido a partir de milho. Segundo o estudo, o biocombustível feito a partir do cereal chegou a uma produção de 500 milhões de litros em 2017. Em 2027, conforme a EPE, a oferta do etanol de milho deverá saltar para 1,8 bilhão de litros. Para chegar à projeção de 1,8 bilhão de litros, crescerá o número de unidades produtoras. Até 2027, a EPE estima que elas somarão 14 unidades, sendo 9 flex (cana e milho), com cinco expansões de plantas já existentes, além de 5 full (100% milho). Com 1,8 bilhão de litros em 2027, o etanol de milho representará, conforme a EPE, 4% da oferta total de etanol. Essa oferta será liderada pelo etanol convencional (42 bilhões de litros, ou 93% do total). 2G Já o etanol 2G, segundo o estudo, que hoje tem produção incipiente,

OFERTA TOTAL DE ETANOL POR TIPO Em bilhões de litros

Etano 2G Em bilhões de litros

FONTE: EPE, MAPA, ANP

chegará a 900 milhões de litros em 2027. Para alcançar essa projeção de 900 milhões de litros, a EPE projeta um total de 10 unidades adicionais,

que responderão por pouco mais de 80 milhões de litros por ano. Essas unidades estarão integradas às de etanol de primeira geração.

As unidades existentes, conforme o estudo, atingirão plena capacidade e custos competitivos a partir de 2023.

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NOSSA EXCELÊNCIA, SATISFAÇÃO DO NOSSO CLIENTE! O Sr. Fernando Vicente, diretor industrial da Usina Alta Mogiana, uma das pioneiras na utilização do sistema ESCO HAMMER comprova a qualidade e os benefícios apontados durante a utilização do produto. Através da estrutura diferenciada do sistema ESCO, composto por duas peças (ponteira e corpo) “não se faz necessária a desmontagem do martelo por inteiro durante o período de safra”, o qual era uma dos objetivos da Usina. “A Usina Alta Mogiana processou, em média, 1 MILHÃO de toneladas sem a necessidade de parada para a troca das ponteiras, através da utilização do sistema ESCO HAMMER!” disse Fernando Vicente. Outro requisito da Usina era a preocupação com a segurança entre os colaboradores, alcançada devido a redução do peso em 80% das ponteiras comparado ao martelo convencional, com o foco na redução do custo, no tempo de troca e na ergonomia do funcionário. Durante várias análises e acompanhamentos técnicos presenciais foram enfrentados alguns desafios, sendo o mais relevante e superado, foi aumentar a vida útil da bucha para uma safra.

A Usina Alta Mogiana, ressalta a confiabilidade e eficiência no sistema ESCO HAMMER atestada pela manutenção do índice de preparo de 85% das células abertas sem a necessidade da utilização do picador durante todo o processo. Para a safra de 2018, os desfibradores da Usina Alta Mogiana já estão utilizando 100% do Sistema ESCO HAMMER, legitimando o reconhecimento da qualidade, segurança, disponibilidade e eficácia da solução desenvolvida conforme as necessidade do cliente.

Fernando Vicente - Diretor Industrial Usina Alta Mogiana e Amanda Maia - District Manager ESCO Brasil

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MERCADO

Abril 2018

Como fica a demanda do ciclo otto O estudo desenvolvido pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), do Ministério de Minas e Energia, projeta também como deverá ficar a demanda de veículos do ciclo otto até 2027. Conforme o estudo, há premissas para veículos leves. Entre elas, a EPE não considera a entrada de veículos elétricos puros até 2027. Também é descartada a entrada de automóveis a diesel no mercado brasileiro. Outra premissa é de que a escolha etanol hidratado e gasolina C será definida em função do preço relativo dos combustíveis. A EPE trabalha também com a produção de híbridos e flex fuel pelas montadoras a partir de 2021. O teor de adição de etanol anidro à gasolina segue em 27%, como ocorre atualmente. O estudo aponta ainda um ganho anual de 1% em eficiência veicular até 2027.

PREMISSAS PARA VEÍCULOS LEVES

NÃO SE CONSIDERA A ENTRADA DE VEÍCULOS ELÉTRICOS PUROS ATÉ 2027

NÃO SE CONSIDERA A ENTRADA DE AUTOMÓVEIS A DIESEL

ESCOLHA ENTRE ETANOL HIDRATADO E GASOLINA C EM FUNÇÃO DO PREÇO RELATIVO

PRODUÇÃO DE HÍDRICOS FLEX FUEL PELAS MONTADORAS NACIONAIS A PARTIR DE 2021

TEOR DE 27% DE ETANOL ANIDRO OBRIGATÓRIO NA GASOLINA C

GANHOS DE 1% A.A. EM EFICIÊNCIA VEICULAR

PARTICIPAÇÃO DOS HÍDRICOS NO LICENCIAMENTO DE LEVES

2017

2020

2023

2027

0,15%

0,40%

1,5%

3,0%

LICENCIAMENTO EM VEÍCULOS LEVES Em milhões de veículos Fatores para Recuperação das vendas

Licenciamentos de leves irão avançar Conforme o estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), os licenciamentos de veículos leves crescerão nos próximos anos por conta da recuperação da atividade econômica no País. A média anual de 2,2 milhões de veículos leves licenciados em 2018 saltará, segundo a EPE, para 4,7 milhões de leves licenciados em 2027.

FONTE: EPE

FROTA DE VEÍCULOS LEVES Em milhões de veículos

Frota O estudo revela que a frota de veículos leves no Brasil chegará a 49 milhões de unidades em 2027. Hoje, essa frota é de 37 milhões de unidades. Dos projetados 49 milhões de veículos leves em 2027, a EPE estima que 87% serão flex, enquanto 12% serão modelos a gasolina. Uma fatia de 1,0% caberá a veículos leves híbridos. Os modelos exclusivamente movidos a etanol irão representa 0,36% da frota de leves em 2027

FONTE: EPE

Perfil da Frota

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MERCADO

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Portaria permite térmica faturar mais Ministério de Minas e Energia passou a estabelecer valor específico para a eletricidade da biomassa da cana negociada no mercado de GD. Novidade garante R$ 349 por MWh DIVULGAÇÃO

DELCY MAC CRUZ, DE RIBEIRÃO PRETO (SP)

As termelétricas movidas a biomassa de cana-de-açúcar ampliarão o faturamento com recente medida do Ministério de Minas e Energia (MME). Em 28/02, a Pasta oficializou a Portaria nº 65, que estabelece um Valor Anual de Referência Específico (VRES) para a eletricidade produzida pela matéria-prima do etanol. Anteriormente, não havia valor especificado para a eletricidade de biomassa de cana. Com a Portaria, ficou estabelecido um VRES para a biomassa residual da cana de R$ 349/MWh. Os R$ 349/MWh representam uma vigorosa remuneração para as usinas de cana com produção de excedente de eletricidade. E superam em 90% o valor médio do indicador empregado para venda de excedente energético de biomassa no mercado spot, o PLD, que deverá ficar em R$ 183/MWh em 2018. O estabelecimento de valor de VRES para a bioeletricidade era discutido desde 2016 por meio de instituições como a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e pela Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen). O VRES vem em boa hora, mas é preciso lembrar que ele é focado no mercado de Geração Distribuída (GD) e operado pelas distribuidoras de energia em suas áreas de concessões. O volume adquirido nesta modalidade de contratação não pode exceder a 10% da carga das distribuidoras, sendo que as distribuidoras costumam comprar a maior parte de sua demanda nos Leilões Regulados, promovidos pelo Governo Federal. Mas o estabelecimento de valor do VERS para a bioeletricidade da biomassa de cana deverá servir de estímulo e ampliará o faturamento das térmicas de cana. Em entrevista ao  JornalCana, Newton Duarte, presidente executivo da Associação da Indústria da Cogeração de Energia (Cogen), revela detalhes sobre o assunto. Confira a entrevista: A definição do valor dos VRES para energia de biomassa no mercado GD deve incentivar a cogeração de exceden-

Newton Duarte, da Cogen

AS USINAS PODERÃO OFERTAR A ENERGIA QUE PRODUZEM, MEDIANTE VRE DA BIOMASSA RESIDUAL. ESSA CONTRATAÇÃO NÃO SERIA POR INTERMÉDIO DE UM AGENTE COMERCIALIZADOR tes das termelétricas de usinas de cana no curto prazo (ainda na safra 18/19, por exemplo)? Por que? Newton Duarte – Sim, essa medida é muito positiva e vai contribuir bastante para incentivar a cogeração. Entendemos que o patamar de R$ 349,00/MWh [Valor de Referência Específico (VRE) para a Geração Distribuída (GD) movida a biomassa residual, a derivada do bagaço de cana-de-açúcar] é uma remuneração que estimula a cogeração de energia – talvez advinda da compra de bagaço adicional ou da própria ampliação dessas usinas. Tais ampliações trarão mais bioeletricidade para o nosso sistema. O Sr. sugere que termelétri-

cas com folga de cogeração contatem agentes comercializadores para oferecer essa produção focada na GD? Newton Duarte – Com esse mecanismo, as distribuidoras de energia precisam fazer uma chamada pública para a contratação da GD. A partir daí, as usinas poderão ofertar a energia que produzem, mediante VRE da biomassa residual. Essa contratação não seria por intermédio de um agente comercializador. O mercado de GD é restrito, ou seja, as distribuidoras só podem adquirir 10% de sua carga? Explique mais a respeito, por favor, e se essa restrição não impede o avanço da GD.

Newton Duarte – Na nossa avaliação, a medida não restringe o avanço da GD; pelo contrário, será um grande incentivo. Atualmente, as distribuidoras têm em torno de 45 mil MW médios de carga e, portanto, 10% representam 4,5 mil MW médios. Se considerarmos que, até hoje, somente 0,098 MW médios foram atendidos com a GD. Podemos concluir que, mesmo com o limite de 10%, há potencial muito grande para o crescimento da oferta. Então, isso não será uma barreira para impedir o avanço da GD. Há uma grande margem para expansão. Qual o valor médio de produzir um megawatt-hora (MWh) por biomassa de cana? Newton Duarte  – É muito difícil precificar. Isto porque o valor pode variar de usina para usina, conforme fatores como o Capex e o custo da tonelada do bagaço, que oscila muito. Então, a Cogen prefere não estabelecer esse valor.


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Confira quais são os próximos passos Foram cinco anos até a criação do valor de referência para a biomassa de cana. Agora, as ações são focadas junto às distribuidoras para que promovam chamadas de compra de MWh DIVULGAÇÃO

DELCY MAC CRUZ, DE RIBEIRÃO PRETO (SP)

A portaria nº 65 do Ministério de Minas e Energia (MME) é uma conquista muito importante da Associação da Indústria da Cogeração de Energia (Cogen), em parceria com a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), que beneficiará todas as usinas, e contribuirá para a expansão da bioeletricidade. "Tudo isso começou com um grande trabalho que a Cogen iniciou em 2013 com a proposição do Valor de Referência para Geração Distribuída", diz Newton Duarte, presidente executivo da Cogen. Em 2015, emenda, a regulamentação do VR específico foi publicada, abrangendo somente a energia solar e gás natural. Depois, a Cogen, juntamente com a Unica, levou uma proposição de valores para biomassa, a

partir de um estudo realizado pela Thymos Energia, e apresentou tal proposição para a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e para o Ministério de Minas e Energia (MME), que resultou nesse VR específico para a biomassa. Qual o próximo passo?

Sistema para Carga de Etanol

Soluções customizadas em medição de combus veis

"Agora, nosso próximo passo é realizar reuniões pontuais com as distribuidoras, principalmente as que abrangem grande parte das usinas de açúcar e etanol em suas áreas de concessão (CPFL, Energisa, Elektro, Cemig, por exemplo). Queremos motivar as distribuidoras a promover chamadas públicas."

VCDM - Válvulas de Controle Digital

A Política Nacional de Biocombustíveis, conhecida como RenovaBio, irá incentivar também o mercado de bioeletricidade da biomassa de cana-de-açúcar? "Sim, o RenovaBio vai ajudar muito a bioeletricidade", afirma Duarte. "O programa prevê que a produção de etanol possa chegar a 50 bilhões de litros/ano em 2030. Hoje, a produção, em média, varia de 28 a 30 bilhões/ano." Esse incremento, acrescenta, vai aumentar a moagem de cana-de-açúcar, de 650 milhões de toneladas/ ano para algo em torno de 850 milhões de toneladas/ano. "Com esse crescimento de 200 milhões de toneladas, calculamos que isso vá propiciar um aumento de 4GW na geração de energia advinda da biomassa. Hoje, a capacidade é de 12GW", conclui.

Sistema de Medição de Densidade e Controle do °BRIX

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Delta Sucroenergia entra na indústria 4.0 com controle avançado UNYX da SENSYCAL Fig1: Controle do Ph antes do controle avançado

Fig1: Controle do Ph antes do controle avançado

A Delta Sucroenergia entra na vanguarda da indústria 4.0 com a implantação do controle avançado Unyx na estabilização de pH. A empresa integrou o controle industrial Unyx da Sensycal à sua unidade de Volta Grande em um trabalho conjunto com a BTZ Tecnologia e a Sensycal. A implantação do Unyx no controle de pH do caldo caleado e pré-caleado diminuiu drasticamente as oscilações dos processos, trazendo mais eficiência e estabilidade, gerando produtos de melhor qualidade, e trazendo ganhos financeiros significativos. A BTZ Tecnologia ficou responsável por auferir os resultados da implantação do controle avançado em um estudo independente, monitorando parâmetros do processo industrial como o pH do caldo pré-caleado, o pH do caldo caleado, a vazão de caldo primário e vazão de água doce. O acompanhamento dessas e outras variáveis antes e depois da implantação do Unyx permitiu à BTZ realizar um relatório técnico detalhado da performance do Unyx, levando em conta tanto mudanças quantitativas quanto qualitativas nos processos controlados. O relatório apresentando pela BTZ revela que a implantação do o controle avançado da Sensycal gerou ganhos significativos tanto no volume de produção quanto na qualidade do produto fabricado. Os dados levantados mostram que a adoção do Unyx resultou em uma diminuição consistente na inversão de sacarose e no consumo de cal, além de um grande aumento da estabilidade operacional. Dessa forma, o relatório conclui que a implementação do controle avançado trouxe melhorias drásticas em eficiência e qualidade, aumentando a produtividade e o retorno financeiro da unidade de Volta Grande. Para João Henrique Gregório Venâncio, gerente industrial unidade de Volta Grande, diversos

FOTOS DIVULGAÇÃO

A implantação no controle de pH do caldo caleado e pré-caleado diminuiu drasticamente as oscilações dos processos, trazendo mais eficiência e estabilidade, gerando ganhos financeiros

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Fig1: Controledo dopH Ph Depois antes dodo controle avançado Fig2: Controle controle avançado

Fig2: Controle do pH Depois do controle avançado

u Fig2: Controle do pH depois do controle avançado

u outros benefícios, diretos e indi-úSl ção Instrumentação Corporativo do çãosistema devido de aos 43 distúrbios e reduConsiderando-se um tempo totale do efeito de estabilização dias pela retos, foram alcançados pela esta- na Delta Sucroenergia, a empresa ção da interação do operador no aplicação efeSvamente em uma redução na inversão de açúcares bilização do do pHsowware do caldo UNYX, caleado.foi esSmada investe sistematicamente novas processo decorrente da utilização Esses incluem: redução umtecnologias valor de aos açúcar, dos algoritmos de controle ARR,benefícios o que gerou no período acréscimopara de agregar 5853 sacos considerando-se uma difuem torno de 3%média naum dosagem deúSl seus produtos para futuro de do sos, neuraisde e preditivos (MPC)”, Considerando-se tempo total doeefeito de um estabilização sistema 43 devido dias pela produSvidade de 1.648.850 sacos umeacréscimo esSmado na fermentação, ao leite de cal, redução da inversão de pleno desenvolvimento sustentável. explica Willian. “Utilizando como aplicação do sowware UNYX, efeSvamente uma redução na inversão de açúcares sacarose, redução da cor do caldofoi esSmada Segundo Willian, com a utilização parâmetros as variáveis de proclarificado, melhoria controle avançado Unyx foi poscesso,considerando-se o controle avançado ARR, o que gerou na no qualidade período umdoacréscimo de 5853 sacos de açúcar, umaUnyx e produSvidade produção, redução do de consumo sível reduzir a variabilidade do pH na resultou em mais devido eficiência, média 1.648.850 sacos e um acréscimo esSmado fermentação, ao prode insumos, redução do número do caldo pré-caleado em 94,79% e a dutividade e rentabilidade nos nede manobras operacionais e, con- variabilidade do pH do caldo calea- gócios. No sistema anterior eram sequentemente, maior estabilidade do em 95,81%. utilizados dois controles PID, sendo processo. “Constatamos uma otimização do um para o pH do caldo pré-caDe acordo com Willian Ricardo consistente, redução da variabili- leado e outro para o pH do caldo Mendes, coordenador de Automa- dade, menor tempo de acomoda- caleado, independentes com um


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tempo morto de processo de quase 15 minutos. A implantação do Unyx resultou na redução da variabilidade em 0,39 para o pH do caldo pré-caleado e de 0,34 do pH caldo caleado”, afirmou. Nos gráficos ao lado é possívelvisualizar a redução nas oscilações do pH do caldo caleado e pré-caleado após a implantação do Unyx. Considerando-se um tempo útil total do efeito de estabilização do sistema de 43 dias pela aplicação do software Unyx, foi estimada efetivamente uma redução na inversão de açúcares ARR, o que gerou no período um acréscimo de 5853 sacos de açúcar, considerando-se uma produtividade média de 1.648.850 sacos e um acréscimo estimado na fermentação, devido ao poder inibidor da cal de 113.033 litros de etanol hidratado de uma produção média de 31.840.160,00 litros de etanol no período de 43 dias. Além desses benefícios, é possível também citar a melhoria na manutenção da cor do açúcar branco, a maior disponibilidade de máquina na evaporação operando, pela menor incrustação causada pela cal e, portanto, menor necessidade de limpeza desses equipamentos.

O CONTROLADOR INDUSTRIAL MULTIVARIÁVEL UNYX A inteligência artificial na indústria brasileira A Sensycal torna a indústria 4.0 uma realidade no Brasil com o controlador industrial multivariável Unyx. Utilizando técnicas de inteligência artificial, o Unyx é capaz de agregar múltiplas variáveis no seu funcionamento, gerando um controle que leva em consideração o contexto geral do processo controlado. Além disso, o Unyx é capaz de aprender com o processo e gradativamente aperfeiçoar a sua performance. Dessa forma, obtém-se um controle mais inteligente e eficiente, aumentando a produtividade e a estabilidade dos processos nos quais ele é instalado. O controlador combina a versatilidade e poder qualitativo de controles difusos (fuzzy), a adaptabilidade e poder quantitativo de redes neurais, e a eficácia e poder preventivo de controles preditivos (MPC) para obter melhores resultados. Ele supera, assim, formas tradicionais de controle, como o PID, e também outros controladores avançados que não integram múltiplas técnicas de controle. Além disso, o Unyx permite que processos antes considerados muito complexos ou sensíveis para controles automáticos sejam controlados efetivamente sem intervenções de um operador. A cooperação entre a Sensycal, a Delta Sucroenergia, e a BTZ Tecnologia evidencia os benefícios do uso da inteligência artificial no controle industrial, mostrando que os pioneiros na adoção dessa tecnologia terão uma vantagem sobre os seus competidores. Ficou comprovado que a implantação do Unyx no controle de pH do caldo caleado traz ganhos significativos para o processo industrial; tornando-o mais eficiente, com menos variações e gerando produtos melhores e mais rentáveis. Além disso, esse projeto revelou a importância do engajamento da equipe do cliente, como mostrado pelo time de engenharia da Delta Sucroenergia, para agilizar o processo de implantação e auxiliar com questões técnicas, e também a importância da colaboração com uma empresa de engenharia e consultoria independente, como a BTZ, para monitorar os parâmetros de processo e realizar um levantamento detalhado dos retornos financeiros e qualitativos após a implantação do controle avançado.

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Grupo Pedra prioriza produção de etanol Controladora de três unidades no interior paulista, companhia focará no biocombustível na safra de cana-de-açúcar 2018/19, que está prestes a ter início na região Centro-Sul JOSIAS MESSIAS, DE SERRANA (SP)

FOTOS DIVULGAÇÃO

O Grupo Pedra Agroindustrial recebeu com justiça o prêmio MasterCana em 2017 na categoria Produção de Etanol. Entregue anualmente pela Procana, empresa controladora do JornalCana, o prêmio MasterCana celebra companhias e profissionais com destaque no setor sucroenergético. A comissão realizadora do MasterCana decidiu por premiar o Grupo Pedra Agroindustrial pela excelência da companhia na produção de etanol. Controladora de três unidades produtoras no interior paulista, a companhia sucroenergética foca sua fabricação no biocombustível e na produção de eletricidade a partir da biomassa de cana-de-açúcar. Em entrevista para o JornalCana, o gerente da Divisão Industrial do Grupo Pedra Agroindustrial, Alexandre Menezes, comente sobre tendências das unidades da companhia para a safra 2018/19 que está prestes a começar oficialmente na região Centro-Sul do País.

“O INVESTIMENTO NO ETANOL É UM POUCO MENOR, COMPARADO COM O INVESTIMENTO FEITO NA PRODUÇÃO DE AÇÚCAR. E POR CONTA DISSO A GENTE ENTENDE QUE O CAMINHO É A PRODUÇÃO DE ETANOL”

Peneira molecular da Usina Pedra, cujo foco é a produção de biocombustível

O foco, então, é o etanol? Entendemos que este é o caminho. O custo da produção de etanol é um pouco menor na comparação com o custo da produção de açúcar.

Quais os diferenciais do Grupo em relação a produção de etanol? Alexandre Menezes - Temos três usinas: a Pedra, em Serrana; a Buriti, em Buritizal; e a Ipê, em Nova Independência. Nos últimos anos temos feito investimentos voltados para a produção de etanol e de cogeração de energia elétrica a partir da biomassa da cana-de-açúcar. Fale mais a respeito, por favor Na unidade Buriti saímos de uma moagem de 2 milhões de toneladas de cana-de-açúcar para 3 milhões de toneladas. A unidade produz 100% etanol. E 100% etanol anidro. A unidade Ipê é uma usina que nasceu somente como produtora de etanol hidratado. Saímos lá de uma moagem de 2,5 milhões de toneladas de cana por safra para 4 milhões de toneladas de cana. É um grande salto de produção de cana. Na safra 2018/19 a Ipê já deverá

começou lá atrás com a Usina da Pedra, que era unidade exclusivamente açucareira. Depois veio crescendo com o foco produtivo mais na fabricação de etanol e na produção de energia elétrica a partir da biomassa da cana-de-açúcar.

E a variação de preços entre um e outro? Historicamente não existe uma diferença tão grande de preço entre açúcar e etanol anidro. Quando se pega os preços históricos, um ano ou outro o preço do açúcar estoura, e vai lá para cima. Mas na média histórica não existe muita diferença.

Alexandre Menezes, gerente da Divisão Industrial do Grupo Pedra (à esquerda), recebe o Prêmio MasterCana das mãos de Josias Messias, presidente da Procana

processar 3,5 milhões de toneladas de cana. Na 19/20, a unidade alcançará a moagem total de 4 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. A produção da Ipê também é 100% etanol? Sim. A produção da Ipê também é 100% etanol. No caso dessa

unidade, deverá ficar meio a meio: 50% etanol hidratado e 50% etanol anidro. O foco em etanol é uma tendência de todo o Grupo Pedra? Há uma tendência de o Grupo Pedra Agroindustrial ser todo produtor de etanol anidro. O Grupo

E a bioeletricidade? Tem também a questão da energia limpa. Apostamos muito na produção dessa energia, produzida a partir da biomassa da cana-de-açúcar. O Grupo Pedra foi premiado pelo MasterCana. Qual seu comentário? Ficamos bastante satisfeitos com a premiação pelo MasterCana na categoria Produção de Etanol. E sendo o prêmio de uma instituição tão organizada que é o JornalCana, ficamos muito felizes.


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20 usinas vão começar a safra com Otimização em Tempo Real Douglas Castilho Mariani, doutor em engenharia química e consultor da Soteica do Brasil

Com os baixos preços do açúcar e mix mais alcooleiro, usinas terão que buscar máxima eficiência industrial na safra que se inicia DOUGLAS CASTILHO MARIANI*

ILUSTRAÇÕES: Em um momento em que o preço do açúcar segue sofrendo quedas frequentes e a safra 2018 caminha para um mix bem mais alcooleiro do que nos últimos anos, a recuperação máxima possível do ART que chega nas moendas é um fator preponderante para minimizar os impactos dos baixos preços. Nesta linha o S-PAA, Otimizador em Tempo Real, tem sido um poderoso aliado na busca da máxima eficiência industrial neste cenário de mix, que por si só já resulta em uma queda da eficiência global da planta, inerente da maior utilização do processo fermentativo. Esta ferramenta de simulação e otimização on-line dos processos sucroenergéticos é a mais avançada tecnologia de gestão industrial, uma vez que é o único RTO (Real Time Optimization, que significa Otimização em Tempo Real) para usinas. Ela pode ser implementada apenas com foco em vapor e energia (S-PAA Energia), ou da planta como um todo (S-PAA Energia e Processos). Além da modelagem rigorosa do processo produtivo e otimização on-line, o controle de set-points estratégicos em Laço Fechado, garante que as soluções de otimização e de estabilidade dos processos sejam implementadas de forma mais rápida e assertiva.

"ESTA FERRAMENTA DE SIMULAÇÃO E OTIMIZAÇÃO ON-LINE DOS PROCESSOS SUCROENERGÉTICOS É A MAIS AVANÇADA TECNOLOGIA DE GESTÃO INDUSTRIAL, UMA VEZ QUE É O ÚNICO RTO (REAL TIME OPTIMIZATION, QUE SIGNIFICA OTIMIZAÇÃO EM TEMPO REAL) PARA USINAS"

*Doutor em engenharia química e consultor da Soteica do Brasil

FOCO NA OTIMIZAÇÃO DA PRODUÇÃO Além das treze plantas que tem o S-PAA implantado e funcionando, e das sete plantas que já se encontram em processo de implantação para a safra 2018, outro importante grupo produtor, a COFCO Intl, em sua unidade de Sebastianópolis, iniciou a implantação do S-PAA em fevereiro. O foco inicial está na otimização da produção e exportação de energia, além de estabilidade e redução do consumo de vapor de processo. O modelo da usina já foi desenhado e no momento se está fazendo a interligação do modelo com os sistemas de supervisório e qualidade da planta. A safra 2018 já teve seu início em algumas unidades produtoras paranaenses e junto com ela, as usinas que utilizam ou estão implementando o S-PAA nesta safra já começam a ter os primeiros contatos com o sistema ou a colher os frutos das primeiras utilizações.

Usina Paranacity comprova que é sempre possível evoluir e reduzir custos operacionais

Mais 3 laços fechados na safra 2018

No rol dos que estão colhendo os frutos, temos a Usina de Cidade Gaúcha, que já está com o modelo consolidado há algumas safras e este ano já partiu com os seus três laços fechados (controle de estabilidade de vapor e geração de energia, carregamento de dornas com ART constante, e embebição de moenda) plenamente funcionais e gerando resultados. Assim como a Usina de Rondon, que já habilitou o seu laço de embebição de moenda e se prepara para a migração do S-PAA Energia para S-PAA Processo, com a implantação de mais 3 laços fechados na safra 2018. As duas unidades supracitadas são do Grupo Usaçúcar, mais conhecido como Santa Terezinha, o qual se prepara para um mix bastante alcooleiro no início do processamento, um pouco fora de seu padrão tradicional. Para tanto contam com a ajuda do S-PAA para sobrepor mais este desafio imposto pelo mercado. Todas a unidades do Grupo Usaçúcar que irão operar em 2018 já tem o S-PAA instalado, sendo que a de Goioerê está em processo de implantação nesta safra, com o modelo pronto para a fase de aderência.


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Unidades com o S-PAA estão com modelos em fase final de ajustes FOTOS DIVULGAÇÃO

Interligação de sistemas de controle e qualidade estão entre as implementações para o funcionamento da ferramenta na safra 2018/19

Josias Messias e Douglas Mariani com a equipe da Cia. Melhoramentos Norte do Paraná: João Teodorinho e Everson Schiochet, gerente industrial e subgerente da Unidade Jussara; Angelo Augusto Silva, gerente industrial da Unidade Nova Londrina; e Christiano Mesquita, diretor da CMNP

Ainda no Paraná temos a Usina de Jussara, do Grupo Melhoramentos, que já deu início à moagem e se encontra em fase de ajustar a aderência do modelo matemático do S-PAA com a realidade de sua planta industrial. A implantação prevê três Laços Fechados, que são a embebição da moenda integrada ao fluxo de caldo, controle integrado do sistema de vapor e fermentação com ART constante. O primeiro deles está previsto para operar no início de abril.

Alexandre Menezes, gerente de divisão industrial, e Danilo Gutierrez, gerente de novos negócios da Pedra Agroindustrial

AS DEMAIS UNIDADES QUE ESTARÃO IMPLEMENTANDO O S-PAA NA SAFRA DE 2018 JÁ ESTÃO COM SEUS MODELOS EM FASE FINAL DE AJUSTE, INTERLIGAÇÃO COM SEUS SISTEMAS DE CONTROLE E QUALIDADE E /OU CONFIGURAÇÃO DE RELATÓRIOS E KPIS. ESTAS UNIDADES E OS LAÇOS FECHADOS QUE IRÃO IMPLANTAR SÃO: JACAREZINHO (PR) S-PAA Energia e Processos com Laços Fechados de embebição da moenda integrada ao fluxo de caldo, controle integrado do sistema de vapor, e equilíbrio termodinâmico das colunas de destilação.

PEDRA AGROINDUSTRIAL (SERRANA, SP) S-PAA Energia com Laço Fechado de controle integrado do sistema de vapor e energia.

GOIASA (GO)

S-PAA Energia com Laço Fechado de controle integrado do sistema de vapor e energia.

ITAMARATI (MT)

S-PAA Energia e Processos com Laços Fechados de embebição da moenda, fluxo de caldo, e controle integrado do sistema de vapor e energia.

Todas as usinas citadas têm previsão para o início de safra para a primeira quinzena de abril de 2018. Além das unidades supracitadas, mais cinco usinas brasileiras encontramse em fase de negociação e de formalização de contrato, incluindo 3 grupos produtores Top 10 do país. Algumas usinas da América Latina, visitadas desde o ano passado, também formalizaram recentemente o interesse de implantar o S-PAA para o início da próxima safra, que começa em novembro nos países da América Central.


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Desafios da 18/19 na área canavieira Unidades acumulam uma perda de 100 milhões de toneladas de também devido à produtividade ruim. Situação coincide com o período de mecanização no campo. Agora é hora de correr nas soluções DELCY MAC CRUZ, DE RIBEIRÃO PRETO (SP)

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A safra de cana-de-açúcar 2018/19 nas unidades da região Centro-Sul começa oficialmente neste mês repleta de dúvidas e de certezas. Entre as principais dúvidas está a relacionada ao volume de cana a ser processada. As consultorias especializadas estimam a moagem entre 575 e 585 milhões de toneladas. A União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica) deve divulgar suas projeções neste mês, mas Antônio de Padua Rodrigues, diretor técnico da entidade, avaliou, em evento em 15/03 em Ribeirão Preto, que a oferta da matéria-prima do etanol deverá ser bem semelhante aos volumes da safra 2017/18. A moagem total da 17/18 será conhecida no fim desse mês e dificilmente irá superar 586 milhões de toneladas no Centro-Sul, como indicam as previsões da Unica a partir de boletim com dados de processamento até 01/03. Outra dúvida da safra 18/19, que reflete diretamente no campo, é o comportamento dos preços do açúcar. Em queda por conta da oferta mundial superavitária, o alimento deixou de dominar o mix da maioria das unidades produtoras do Centro-Sul.

GUINADA DO MIX As unidades devem guinar o mix para a fabricação de etanol porque o biocombustível oferece melhor remuneração. Mas essa guinada exige adequações agrícolas e industriais e ainda não é garantido que o açúcar será mantido com valores ruins. O comportamento de preços depende de grandes players produtores como a Índia, que indica uma produção acima de 27 milhões de toneladas na safra mundial que começa em outubro próximo. Os produtores indianos, no entanto, enfrentam pendências internas de pagamentos atrasados de subsídios do governo local. Essa situação pode alterar os valores até então baixistas do adoçante caso a produção fique abaixo do estimado. Outro indício de que o valor mundial do açúcar tenda a sair do viés de baixa é a menor oferta. Já é dado como certo que as unidades brasileira da região CentroSul deverão ofertar 5 milhões a menos de toneladas diante a temporada anterior. A quebra é explicada pela restrição da oferta de cana e a matéria-prima usada na 17/18 para fazer as 5 milhões de toneladas de açúcar agora deverão seguir para a fabricação de etanol.

Corrida por soluções nos canaviais

19 impactam diretamente na área agrícola das unidades produtoras do Centro-Sul. Mas fora as dúvidas listadas neste conteúdo, existem certezas sobre a safra 18/19 e parte delas tem fundo negativo. A principal delas diz respeito aos gargalos decorrentes das tecnologias empregadas nos canaviais. Empresários e gestores do setor, ouvidos pelo JornalCana, são unânimes em afirmar que o setor seguirá 2018 correndo atrás de soluções estratégicas, mas que deverá seguir com resultados ruins porque as soluções não chegarão a tempo do término da moagem. A mecanização ocupa os primeiros lugares no ranking dos gargalos tecnológicos. No estado de São Paulo, ela foi implantada por força de lei a partir da primeira metade da atual década. Em áreas canavieiras de estados como Goiás, as colhedoras já fazem 100% do serviço. A curva de aprendizado com a mecanização está em fase de realização. O setor já emprega soluções contra a compactação do solo ocasionada pela passagem das pesadas máquinas. E avança em produção com a colheita feita sem intervalos durante as 24 horas do dia. Mas controlar as pragas e doenças decorrentes do processo de mecanização, que gera criadouros na área com palha deixada no campo, exige esforços – e muito dinheiro.

“SUMIÇO” Some-se a isso as perdas de produtividade agrícola, o que coincide com o avanço da mecanização. Luiz Carlos Corrêa Carvalho, o Caio, presidente da consultoria Datagro, estima um ‘sumiço’ de 100 milhões de toneladas de cana em todo o País. Segundo ele, a recuperação da produtividade agrícola é essencial para o aumento da produção. “Hoje temos de 80 milhões a 100 milhões de toneladas de cana ‘enterradas’ e só a melhoria da produtividade pode tira-las da terra”, disse Carvalho em 14/03 durante evento em Ribeirão Preto.


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Canavial velho é outro empecilho Foco das unidades deve ser a busca pela produtividade com treinamentos dos operadores para ajudar a reduzir mais perdas junto às áreas com cana-de-açúcar Luiz Carlos Corrêa Carvalho, o Caio, presidente da Canaplan, fez o alerta em evento em Ribeirão Preto: o setor tem 100 milhões de toneladas de cana-de-açúcar ‘enterradas.’ Os 100 milhões de toneladas representam 15% da capacidade oficial de moagem das unidades da região Centro-Sul, que é estimada em 660 milhões de toneladas da matéria-prima. Segundo Caio, o setor tem a obrigação de buscar a retomada da produtividade agrícola para recuperar a cana ‘enterrada.’ Na média, o montante de tonelada de cana por hectare (TCH) está

em 80 na safra 17/18, segundo levantamento da Unica. O resultado praticamente repete o TCH da safra anterior. O TCH da 18/19 até poderá ficar em 80 nas áreas canavieiras do Centro-Sul, mas a idade dos canaviais pesará na quantidade de Açúcares Totais Renováveis (ATR). Em projeção de outubro último, a consultoria Canaplan previu uma idade média de 3,8 anos para os canaviais destinados para a 18/19 no Centro-Sul. A projeção será atualizada neste mês, mas dificilmente irá alterar positivamente o desempenho nos canaviais. DIVULGAÇÃO

REALIDADE QUE NÃO PODE SER ALTERADA O envelhecimento do canavial, que é resultado do desinvestimento do setor, penalizado pela crise setorial dos últimos anos, é uma realidade e não pode ser alterada. A retomada da produtividade canavieira exige investimentos financeiros e de gestão. Se os primeiros não deverão ser viabilizados na safra de cana 2018/19, os compromissos com gestão, por sua vez, podem e devem ser aplicados. Gestores explicam ao JornalCana que treinamentos eficazes dos operadores de máquinas ajudam a reduzir as possíveis perdas no campo decorrentes do pisoteio das máquinas. É certo que treinos às vésperas do início oficial da 18/19 também são difíceis. Mas há em média 200 dias de moagem pela frente. E qualquer investida na melhoria do desempenho dos operadores certamente refletirá positivamente na produtividade agrícola canavieira. (DMC)

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Recuperar perda exige verticalização Emprego de tecnologias deve ser a aposta dos grupos, embora a busca de recursos esbarra em dificuldades de acesso junto a instituições financeiras. Mas há opções viáveis como treinamento FOTOS DIVULGAÇÃO

Como retomar as ‘enterradas’ 100 milhões de toneladas de cana-de-açúcar calculadas por Luiz Carlos Corrêa Carvalho, o Caio, presidente da consultoria Canaplan? Sabe-se que as 100 milhões de toneladas representam a perda de moagem da capacidade instalada das unidades da região Centro-Sul do País nos últimos anos, e que é estimada em 660 milhões de toneladas. Como a safra 2017/18 deverá ser concluída com uma moagem de aproximados 580 milhões de toneladas no Centro-Sul, a diferença para a capacidade de moagem instalada equivale aproximadamente às 100 milhões de toneladas ‘enterradas’ em solos canavieiros. Busca vertical Especialistas do setor, questionados pelo JornalCana, são unânimes em afirmar que a retomada das 100 milhões de toneladas deverá se dar

de forma vertical, e não com extensão de área canavieira. A busca vertical contempla o emprego de tecnologias, mas essas devem vir sem os gargalos constatados nos últimos anos coincidentes com o avanço da tecnologia. Não será do dia para a noite que esses gargalos serão eliminados, nem também a retomada das 100 milhões de toneladas se dará de hora para outra. Mas a aposta no avanço vertical é considerada pelos especialistas como a mais viável. É uma saída que exige investimentos financeiros de um setor ainda afetado pela crise setorial recente. A busca desses recursos enfrentará um desafio na hora de tentar a tomada de empréstimos porque por ora as instituições financeiras tradicionais não demonstram abertura para grupos sucroenergéticos negativados ou recém-saídos de pendências. (DMC)

Fundos devem voltar a focar o setor

Mas há oportunidades de investidores entrantes no setor sucroenergético. Essa ‘porta’ é aberta pela Política Nacional de Biocombustíveis, conhecida por RenovaBio, criada por lei federal em 24 de dezembro de 2017. Atualmente em fase de empreendimento e com projeção de ser lançado ao mercado no começo de 2020, o RenovaBio é um programa de estímulo aos biocombustíveis, entre eles o biodiesel, bioquerosene, biometano e etanol. O estímulo não se dará por meio de subsídios, mas incentivo ao uso de biocombustíveis como forma de o País reduzir as emissões de Gases Efeito Estufa (GEE) pelos veículos, como definido no Acordo de Paris em 2015, a COP 21. Executivos ligados a instituições financeiras consultados pelo JornalCana sinalizam que o setor sucronergético voltará a atrair a atenção de investidores internacionais por conta do RenovaBio. Essa atração virá por conta de fundos para quem a estruturação do mercado de biocombustíveis pelo RenovaBio permite retorno no investimento. Por ora, no entanto, trata-se de uma sondagem. Na prática, os aportes dos interessados no setor devem vir a partir de 2020, com entrada em vigor do RenovaBio, com as metas de mercado local de consumo de biocombustíveis e com a liberação dos certificados de biocombustíveis, os Cbios, pelos quais as unidades devidamente certificadas poderão negociar em bolsa e deverão investir os recursos obtidos no próprio negócio. Por investir no próprio negócio entenda-se aplicar recursos financeiros no crescimento vertical do setor. (DMC)


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“Mecanização começou inadequada” Corte por máquinas ocorreu em áreas não sistematizadas e as perdas por produtividade foram um dos resultados, somados à expansão em regiões sem variedades de cana apropriadas DIVULGAÇÃO

André Rocha preside o Fórum Nacional Sucroenergético e o Sifaeg, sindicato representativo da indústria do setor em Goiás. Para ele, o gargalo com a mecanização resultou, entre outras saídas, com a perda de produtividade. “Muito se fala do nosso setor que tivemos uma perda de produtividade com a mecanização e em parte isso é verdade”, disse Rocha durante evento do setor em 15/03 em Ribeirão Preto (SP). “A produtividade canavieira caiu porque começou-se a mecanizar em área não sistematizada, não adequada.” O executivo lembra que o setor saiu de 300 milhões de toneladas de cana para 600 milhões de toneladas graças, em parte, a regiões de novas fronteiras canavieiras. Nessas não havia variedades de cana adequadas. “Durante a vigência do Progra-

ma Nacional do Álcool, o Proálcool, havia dinheiro para se montar destilarias e elas foram montadas em todo lugar. Com o tempo, ocorreu que muitos ficaram no caminho. E a maior parte dessas unidades foi montada em lugares errados.”

Com o flex A situação seguiu após o Proálcool. O presidente do Fórum lembra que em 2003, com o surgimento dos veículos flex e com a possibilidade de abertura do mercado exportador de etanol para o Japão, o setor vivenciou período

de ebulição. “Montaram-se unidades em todos os lugares”, comenta. Os fundos vieram e ampliaram a implantação de unidades e houve o problema de produtividade, emenda. “Outro motivo [pela perda de produtividade] é que muitos ganhavam bônus pelo que plantavam. E plantou-se de qualquer jeito e não se pensava na colheita. E caiu o rendimento.” Rocha é categórico: não é só a questão da colheita que é afetada pela mecanização. “Há casos de unidades em Goiás nas quais na primeira safra a colheita foi 48 toneladas de cana por hectare (tch) e que hoje estão em 81 tch.” Ele lembra que o setor tem hoje as primeiras variedades de cana adequadas por região. Mas ainda se sofre porque nos últimos anos as condições climáticas atrapalham as estatísticas. “O desafio é o setor estar mais junto e muitas usinas não participam de networking”, afirma.


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Agricultura de precisão é um desafio Confira 13 informações feitas por especialista no assunto e que são prioritárias para quem atua na gestão da área canavieira das unidades produtoras ligadas ao setor sucroenergético do País A agricultura de precisão é uma velha conhecida do setor sucroenergético e também um dos gargalos enfrentados nas áreas canavieiras. Palestrante no Simpósio Integração da Pesquisa Pública em Cana-de-Açúcar no Brasil, realizado em 15/03 em Ribeirão Preto (SP), José Paulo

SEM UNIFORMIDADE Tirou-se o foco da agricultura. Lavouras não são uniformes. Nem canteiro de alface em casa é uniforme. E esse é o ponto. Há oportunidades geradas em 1980 para trabalhar com essa agricultura de precisão.

BALANÇA QUE NINGUÉM COMPRA Foi utilizada balança com tecnologia da Unicamp, levada à indústria e que até hoje ninguém compra: balança para colocar no elevador. Tem dados para montar o suprassumo. Na Colômbia, esse tipo de balança é usado e tem até versão local.

PILOTO AUTOMÁTICO Com a entrada do piloto automático, em 2003, em Catanduva, ele fez sombra em 2006 e todo mundo [no setor] tomou conta. Para sulcação, colocou-se esse piloto. Estamos longe de fechar os buracos. Há uma série de previsões, de conceitos, a serem cumpridos.

OBJETIVOS Objetivos da agricultura de precisão: otimizar (reduzir?) o uso de insumos; aumentar a produtividade, que não está ligada à primeira; otimizar a qualidade do produto (na cana, paga-se pela tonelagem e pelo açúcar e nenhum dos dois é uniforme); melhorar a qualidade das operações e aumentar a lucratividade.

Molin, professor da Escola Superior Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, é um especialista em agricultura de precisão. JornalCana lista a seguir 13 destaques de Molin relacionado ao tema que segue como desafio do setor sucroenergético. (DMC)

ORIGEM Muitos produtores já fazem algo a respeito de agricultura de precisão em seu processo. Tudo começou em 2001 e 2002, quando empresa de fertilizante chegou ao Brasil para vender adubo em taxa variável aplicável. Mas consultorias dedicadas a agricultura de precisão começaram em 2002, exatamente em cana e na região de Ribeirão Preto. O termo agricultura de precisão foi inventado em 1990.

Porque em uma mesma área faz-se tão pouco e tanta cana? Falta adubo. Mas como não é trabalhado em taxa variável, essa pergunta fica sem resposta até mesmo das consultorias especializadas.

Em área de 140 hectares de milho, faz-se de nada a até 8 mil toneladas por hectare. Essa é a diversificação. Divulgo primeiro como [a agricultura de precisão] atua no milho porque é difícil, mesmo em 2018, achar mapa de colheita de cana que revele talhão que produza 50 a outro que faz 180 toneladas de cana por hectare (TCH).

VARIÁVEIS GERENCIAR É DEFINIÇÃO Na teoria, a agricultura de precisão tem por definição gerenciar o sistema de produção considerando a variabilidade espacial e temporal das lavouras. A tentativa é contínua, de dois a dois ou de três a três anos, para tentar uniformizar o solo, o talhão, tentar uniformizar aquilo que na lógica não deveria. Ter retorno em todo pedacinho da lavoura.

O QUE SE FAZ O que se faz com a agricultura de precisão: regularização dos teores no solo, por amostragem. Segue-se um ritual: faz controle, grade, leva ao laboratório, produz mapa que diz qual região precisa e de quanto de calcário. É o ritual. O arroz com feijão nas consultorias, ou na divisão de agricultura de precisão.

DESAFIOS MOTIVO DA PRODUTIVIDADE

DIVERSIFICAÇÃO

Desafios da agricultura de precisão no setor: área que tem potencial produtivo maior, deve ser chamada zona de alta, outra de média e outra de baixa. Cria zonas de manejo e não há pecado em fazer isso. Mas não pode esverdear a vermelha por decreto. Isso é comum. Por isso a agricultura de precisão dá prejuízo, porque não se cumpre as metas.

Na agricultura de precisão uma vertente lida com a variabilidade das lavouras. A outra com as tecnologias de GPS emplacado nas máquinas. A primeira faz mapas via amostragem, via sensores, para fazer a gestão (uso de insumos localizados e em taxas variáveis). A segunda é de tecnologias relacionadas (telemetria, controle de tráfego, automações etc).

ERRAR MENOS Agricultura de precisão é errar menos. Mas há uma série de desafios. Ter lucro na lavoura inteira: na medida que investe no pedaço ruim, tem prejuízo. No mundo faz-se agricultura de precisão perguntando-se quando e onde está produzindo. Neste momento, fábricas borbulham jeito de coletar dados e oferecer isso.

CRÍTICAS Tecnologia para isso existe. A grande crítica é: na cana, cultura de alto valor agregado, faz-se amostragem de três a cinco hectares por ponto. Isso tecnicamente não é aceitável. Certo é um ponto por hectare. Cana que tem vícios de faixas, de máquinas, é perene, torna isso mais evidente e não aceitável.


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Como turbinar as áreas canavieiras Cultivo irrigado e variedades de cana geneticamente modificadas podem assustar pelos custos, mas especialistas asseguram que os ganhos surpreendem desde que haja um emprego profissionalizado DIVULGAÇÃO

As variedades de cana-de-açúcar geneticamente modificadas e o cultivo com irrigação estão entre exemplos tecnológicos que turbinam as áreas canavieiras. A transgenia, no entanto, sempre assustou principalmente os pequenos produtores de cana pelos altos custos. Mas recente parceria que envolve a Embrapa e start up especializada promete viabilizar variedades geneticamente modificada a valores competitivos. JornalCana trata a seguir dessa parceria e da irrigação. Regina Célia de Matos Pires, diretora do centro de Ecofisiologia e Biofísica do Instituto Agronômico (IAC), do governo do Estado de São Paulo, é especialista em irrigação na cana-de-açúcar. “Se a gente pensar em perspectivas e cenários positivos, isso exige a adoção de tecnologias em toda a cadeia produtiva, o que inclui a irrigação”, disse ela no Simpósio Integração da Pesquisa Pública em Cana-de-Açúcar no Brasil, realizado em 15/03 em Ri-

beirão Preto (SP). Segundo ela, existe uma série de tecnologias, mas é preciso fazer bom uso delas. A irrigação na cana-de-açúcar, comentou, traz os seguintes benefícios: - Aumento de produtividade e longevidade do canavial - Melhoria dos atributos qualitativos - Segurança de produção relacionada ao déficit hídrico - Disposição de vinhaça e águas residuárias em geral - Respostas diferenciadas das cultivares à água (disponibilidade e deficiência hídrica) - Melhoria da eficiência do uso da água e dos nutrientes (fertirrigação) - No Centro-Sul, a partir de dados da safra 15/16 em 1,72 milhão de hectares, 45% da área canavieira de São Paulo operou com irrigação, enquanto a tecnologia foi empregada em 22,3% em Goiás e em

ção com outras culturas. “Em se tratando de água, que é o principal componente das plantas, exige monitoramento. Não existe mágica. É preciso acompanhar e saber interpretar esse monitoramento”, afirma. “Para isso há várias ferramentas para fazer o manejo adequado da água. Seja sabendo o sistema radicular da cultura, usar sensores, usar imagens, medir plantas. Temos ferramentas. Há o que aprender, mas há ferramentas.” Além delas, é preciso saber interpretar as informações do monitoramento. 19,9% em Minas Gerais. Reuso Segundo Regina Célia, a aplicação em larga escala com pequenas lâminas de água de reuso oriunda de processos industriais resultou em baixo consumo de água por área e menos uso de lâminas quando na compara-

Variedades As cultivares apresentam variações com respostas diferenciadas diante a irrigação. A especialista lembra que há projetos em desenvolvimento: manejo da água e produção das MPBs sob diferentes condições hídricas (com e sem estresse hídrico) e mesmo rustificação (DMC)


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DOUTORES DA CANA ARQUIVO PESSOAL

"Diretor Agrícola Grupo Queiroz de Queiroz” Qual a importância da produtividade agrícola dentro do processo produtivo sucroenergético? Raphael Queiroz de Queiroz - Entendo que o setor tem deixado muito a desejar quando se compara evolução das produtividades de cana de açúcar com as de culturas de grãos. O crescimento dessas outras culturas nos últimos 20 anos foi expressivo e o da cana praticamente vem estabilizado, depois da colheita mecânica ainda houve queda da produção em muitas regiões. Então precisa de investimento em tecnologia pra elevar a produtividade ao mais próximo do potencial possível. Quais decisões vêm sendo tomadas que refletem na manutenção das altas produtividades dos canaviais? Raphael Queiroz de Queiroz Aqui no grupo praticamente 5% são áreas de expansão em cima de pastagem, o que temos feito é um prepa-

ra-se como uma ferramenta de relevância? Raphael Queiroz de Queiroz - Com certeza hoje não tem mais como pensar em nenhuma cultura sem o uso de nutrição complementar via folha. Usamos desde o início da cana de açúcar e já temos dentro do grupo vários experimentos e dados coletados de ganho de nutrição via folha. Entendemos que há muito a ser pesquisado e estudado, os ganhos já são relevantes. Mas acreditamos que ainda tem muito a se ganhar com o uso da nutrição. Raphael Queiroz de Queiroz

ro de solo bem feito, tentando corrigir o perfil de solo de no mínimo 50 cm de profundidade, e trabalhar com censo varietal bem distribuído pra cada tipo de ambiente de produção. Aqui fazemos plantio manual de cana, pois cremos que tem um pequeno ganho em comparação com mecânico pelo vigor de nascimento

das plantas. E trabalhamos muito bem os fungicidas e adubos foliares, que complementam o potencial de crescimento e de ganho de ATR na cana-de-açúcar. Dentro do pacote disponível para cana de açúcar, a nutrição complementar via folha configu-

Alguma consideração fique à vontade para discorrer Raphael Queiroz de Queiroz - Hoje o carro do chefe da nossa nutrição foliar é uso de micronutrientes, o tratamento padrão é feito com a Ubyfol. O setor precisa realmente trabalhar muito em cima dessas novas pesquisas de nutrição, controle de pragas e doenças, para que a gente consiga realmente buscar a curva de crescimento da cultura de Cana de açúcar e sua sustentabilidade.

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Manutenção preventiva automotiva garante mais eficácia, desempenho e produtividade DIVULGAÇÃO

A Embremac, empresa especializada em embreagens, tem encurtado distâncias e facilitado o trabalho de veículos nas estradas e no campo Veículos de linhas Truck e Agro parados na oficina podem gerar problemas financeiros graves, que vão muito além do prejuízo gerado pelo tempo perdido durante o conserto. E quando o problema com o veículo acontece na lavoura ou na rodovia, os transtornos são ainda maiores. A manutenção preventiva de tratores e caminhões pode evitar esse tipo de problema. Focada na plena solução deste prejuízo e no intuito de melhorar o desempenho, não só de veículos, mas dos negócios que estão por trás deles, a Embremac Embreagens, oferece algumas soluções que podem melhorar o desempenho quanto às embreagens de veículos agrícolas, pesados e extrapesados, e assim melhorar as performances comerciais. De acordo com o Gerente Técnico em embreagens da empresa, Ine-

posição do produto, quando necessário. “Nossa equipe técnica ministra treinamentos in loco e orienta sobre a melhor opção de compra para o sistema de embreagem, assim como a melhor forma de uso deste sistema, programa a produtividade para manter os produtos relacionados ao sistema de embreagem em estoque consignado”, disse.

van Carlos Gomes, uma das soluções mais simples e eficazes é fazer a manutenção automotiva preventiva. Ela consiste em aproveitar uma ida do veículo para oficina para checar as condições do sistema de embreagem (e de outras peças em geral) e verificar se há necessidade de se fazer uma substituição antes que ela dê defeito ou que se esgote seu tempo vida útil. “Mais fácil antecipar problema dentro da oficina, do que remover caminhão

da lavoura ou rodovia. Portanto a manutenção preventiva evita uma manutenção corretiva que tem um custo maior”, esclareceu. O Diretor comercial Carlos Eduardo Corá explicou que uma forma de garantir mais eficácia e melhorar o desempenho da frota é com a consultoria de desempenho, que traz como benefícios maior vida útil do sistema de embreagem, melhor aplicação dos produtos e lead time mínimo na re-

Sobre a Embremac A empresa que comemorou em 2018, 25 anos de história visando sempre o melhor desempenho, atende clientes de todo o país e de diversos setores, como autopeças, concessionárias de todas as marcas além de frotas de empresas de ônibus, transportadoras e usinas. A Embremac vem atraindo cada vez mais quem precisa de embreagens, novas ou remanufaturadas, proporcionando aos seus clientes soluções que trazem melhorias para o transporte que leva insumos à indústria do país. Assim há uma melhor relação custo x benefício.


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Nordeste cria programa para retomar oferta de cana Projeto Renovar pretende recuperar 20 milhões de toneladas sem a distribuição de recursos financeiros DIVULGAÇÃO

Os produtores da região Nordeste do País investem em projeto direcionado para a produção de cana-de-açúcar retomar 60 milhões de toneladas por safra. O projeto focado na retomada da produção canavieira no Nordeste recebeu o nome Renovar e foi apresentado em 12/03 por Gregório Maranhão, consultor da União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida), em reunião realizada em 12/03 em Recife com produtores canavieiros. O presidente da Unida é o José Inácio, a redução da produção canavieira do Nordeste, que caiu de 60 milhões de toneladas para 40 milhões nos últimos anos, não impacta somente na cadeia produtiva, mas na economia e desenvolvimento da região e que o Renovar é uma saída viável para reverter essa situação. “Estamos propondo com esse projeto a recuperação de 300 mil hectares de cana, o que necessitará de um investimento de R$ 90 milhões/ ano para todos os estados”, diz ele, em relato para a imprensa.”

fornecedores de cana”, emenda ele, lembrando que 85% dos beneficiários serão pequenos produtores cadastrados no programa Pronaf.

Nos últimos anos a oferta de cana no Nordeste do País caiu para 40 milhões de toneladas por safra, 20 milhões a menos que a oferta tradicional da região

“Trata-se de uma ideia bastante viável de ser implementada, inclusive, porque ela deverá ser partilhada com o poder público, com uma contrapartida de recursos próprios dos

Proposta Conforme o consultor e autor da proposta, Gregório Maranhão, o projeto ao mesmo tempo em que propõe revitalizar a cultura canavieira nordestina, que é um importante sustentáculo da região, também contempla duas grandes e importantes questões da atualidade que dizem respeito ao combate ao desemprego e melhoria dos indicadores de segurança pública. “Ora, temos hoje 12 milhões de desempregados e problemas graves com segurança pública que advém desta mazela social de desocupação, com o Renovar nós criaremos 60 mil postos de trabalho por ano, ao longo de três anos, em toda área da zona da mata canavieira que, no Nordeste, contempla cinco estados, desde o Rio Grande do Norte até a Bahia”, argumenta.

PROGRAMA DESCARTA REPASSE DE VERBAS O detalhamento do projeto Renovar será entregue ao governador de Pernambuco, Paulo Câmara; ao chefe do Executivo de Alagoas, Renan Filho; e ao da Paraíba, Ricardo Coutinho. A proposta também seguirá para outros estados e instâncias do Governo Federal, que poderão participar deste esforço conjunto de recuperação agronômica da lavoura canavieira do Nordeste. “Vamos pleitear o apoio do poder público nas esferas estadual e federal para implantar esse projeto, pois além de não podermos bancar sozinhos os custos, os ganhos com a implementação do Renovar serão de toda a sociedade e não apenas do setor canavieiro”, afirma o presidente da Unida, José Inácio. Ele lembra que a estrutura do Programa não prevê o repasse de recursos aos produtores, mas a distribuição de kits de renovação por hectare composto de mão-de-obra e insumos agrícolas (herbicidas, calcário, fertilizante, etc).


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Voz dos fornecedores de cana DIVULGAÇÃO

Presidente de associação em Pernambuco e da Federação nacional dos produtores da matéria-prima, o executivo briga para o RenovaBio ser a política direcionada ao setor sucroenergético

ALEXANDRE LIMA Nome completo: Alexandre Andrade Lima Natural de: Recife (PE)

DELCY MAC CRUZ, DE RIBEIRÃO PRETO (SP)

Nascido em Recife (PE), um dos berços da cana-de-açúcar no Brasil, Alexandre Andrade Lima trabalha dia e noite pelo setor sucroenergético. Aos 55 anos de idade, Lima investe no setor como produtor de cana-de-açúcar. Mas a maioria de seu tempo é dedicada para as instituições nas quais está diretamente ligado. No seu estado natal, Lima preside a Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP) e da Cooperativa do Agronegócio dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (Coaf), criada em 2009 no interior da Associação. A Coaf merece um capítulo a parte na biografia de Andrade Lima. A Cooperativa foi responsável em 2015 pela reabertura da Usina Cruangi, localizada na Mata Norte de Pernambuco, que tinha encerrado as atividades em 2012. Ao assumir a gestão da Cruangi pela Coaf, o executivo passou também a exercer o papel de produtor no setor sucroenergético. Mas além de fornecedor de cana e gestor de instituições em Pernambuco, Lima preside a Federação dos Fornecedores de Cana do Braisl, a Feplana. Nessa condição, ele tem tido participação efetiva nas questões nacionais do setor sucroenergético. Lima protagoniza os principais episódios relacionados ao setor, como a briga pela taxação do etanol importado ou pela implementação da Política Nacional de Biocombustíveis, conhecida por RenovaBio. As brigas pelo setor sucroenergético estão longe de terminar. Lima adianta que está sempre a postos. Na entrevista a seguir, que Lima concedeu ao JornalCana durante evento em 14/03 em Ribeirão Preto, ele comenta sobre RenovaBio e as tendências do setor. Como liderança nacional, à frente da Feplana, como o sr. vislumbra o setor sucroenergético brasileiro nos próximos anos? Estou um pouco preocupado com a questão do açúcar [que cai de preço diante os estoques]. Mesmo que o Brasil vá produzir menos este ano, entre 3 a 3,5 milhões de toneladas a menos, a produção mundial supre isso. Surpreende as produções da Tailândia, da Austrália, da Índia, além dos países produtores de açúcar de beterraba como os da Europa. Qual o impacto dessa situação junto aos fornecedores de cana? Essa situação impacta diretamente no preço da cana ao fornecedor. Na formação de preços no mé-

todo Consecana o açúcar tem um peso muito grande. [E a queda do preço do açúcar no mercado mundial] achata muito o preço da cana. Dê um exemplo Na safra 2017/18 e nessa que entramos agora estamos recebendo pela cana um valor abaixo do custo de produção. Isso dificulta a vida do produtor, que tem que fazer uma renovação de canavial maior para aumentar a produtividade e, consequentemente, ter um preço de recebimento maior. Como está o papel dos fornecedores de cana dentro do RenovaBio? Eles terão direito a parte da receita a ser apurada pelos Certificados de Biocombustíveis, os CBios, a serem lançados no mercado elas unidades produtoras? Isso deverá entrar no mix do Consecana. Como o método inclui açúcar, açúcar empacotado, álcool, também incluirá os CBios para a formação de preços do Consecana. A chegada do RenovaBio estimulará o setor e já é suficiente para atrair a atenção de investidores? O setor precisa de uma política. Estamos na expectativa de que o RenovaBio seja essa política, para que o setor sinta segurança necessária para voltar a investir. Investir principalmente em produtividade para baixar os custos. Fale mais a respeito. O açúcar de beterraba está aí, com praticamente os mesmos custos do açúcar feito de cana. A expectativa está em torno do RenovaBio, que, conforme decreto assinado em 14/03 pelo presidente Michel Temer, terá coordenação pelo Ministério de Minas e Energia. Esse era um pleito nosso, uma vez que o Ministério de Minas e Energia, por meio do então ministro Fernando Correa Filho, foi quem criou o RenovaBio.

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Apresentação resumida Formado em 1987 em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), integra uma tradição de sete geração da família no cultivo de cana-de-açúcar. Preside a Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP), presidiu a União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida) e a Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana). Premiação Recebeu o troféu MasterCana Nordeste de 2016 como representante da Coaf, cooperativa que retomou as atividades da Usina Cruangi. Também foi laureado em 2016 como liderança do MasterCana Brasil. Em 2015, recebeu o prêmio Destaque Institucional do MasterCana Nordeste como presidente da Unida. Em 2015, foi laureado no Hall da Fama do Prêmio MasterCana Nordeste. “O NORDESTE TEM A PARTICULARIDADE DE QUEIMAR A CANA-DEAÇÚCAR [AO CONTRÁRIO DA REGIÃO CENTRO-SUL]. OUTRA PARTICULARIDADE DOS ESTADOS DESSA REGIÃO DO PAÍS É QUE ELA É FORMADA POR MUITOS PEQUENOS PRODUTORES DE CANA. OBVIAMENTE HAVERÃO ALGUNS GARGALOS ENVOLVENDO ESSES PRODUTORES NA CONCEPÇÃO DO RENOVABIO, PRINCIPALMENTE RELACIONADO À CALCULADORA RENOVACALC”

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36 GENTE

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QUEM É QUEM NO SETOR Conheça algumas das personalidades que estarão no “Quem É Quem no Setor”, publicação da ProCana Brasil que trará um registro histórico das pessoas e organizações que são e foram referenciais do setor nos últimos 30 anos JOSIAS MESSIAS | FOTOS JOSIAS MESSIAS

Usina Vale do Paraná: Ângelo Barboza, Josias Messias, Aberto Jose Otoya Dussan - Diretor Geral e Gilberto Stuchi - Gerente Industrial

Tonon Unidade Vista Alegre, no Mato Grosso do Sul

Unidade Cruz Alta da Tereos: Raul Guaragna - Dir. de Operações, Luiz Fabiano de Azevedo - Ger. de Processos Industriais, Luciano Pinheiro - Eng. Industrial

Usina Vale do Paraná, do Gulberto Stuchi com sua equipe de Gestão Industrial

Jean Gerard Lesur, diretor superintendente da Glencane Bioenergia - Usina Rio Vermelho

Luiz Vieira e José Zanetti, da Baldin Bioenergia

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GENTE 37

7º ENCONTRO SUCROENERGÉTICO DE MATO GROSSO, EM CUIABÁ Josias Messias falou sobre “Gestão Industrial Avançada – Cases de Usinas 4.0 com Otimização em Tempo Real”


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USINAS DA AMร RICA LATINA FOTOS JOSIAS MESSIAS

Ingenio San Antonio - Nicarรกgua


EXTERIOR 39

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na estrada!

Ingenio Magdalena, na Guatemala Josias, Decio, Carlos Coimbra da BRN Intl e Javier Moreira Steingruber

Josias, Julio Morales - Gerente Industrial e Decio

Ingenio Madre Tierra, na Guatemala: Rene Morales - Chefia de Fabricação, Decio, Juan Manuel - Chefe de Automação e Josias

Ingenio Monte Rosa, na Nicarágua: Ing. Manuel Espinoza e sua equipe

Aeroporto Cidade Panamá, no Panamá

Ingenio La Unión, na Guatemala: Deceio, Josias, Victor Linares, Mynor Estrada e Estiven Recinos


40 USINA DO BEM

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Usina Cerradão inicia nova fase do Jovem Aprendiz Companhia realiza programa há três anos com o foco de contribuir na formação dos cidadãos FOTOS DIVULGAÇÃO

O Programa Jovem Aprendiz, realizado pela Usina Cerradão em parceria com o Senar-MG, Sindicato Rural de Frutal (MG) e Aprovale iniciou sua terceira edição na manhã de 06 de março. Ter um compromisso com o futuro iniciado no presente é o caminho trilhado há 3 anos pela Usina Cerradão para contribuir com a formação do cidadão, ao lado de uma centena de adolescentes. O projeto que já se consolidou por proporcionar aos adolescentes a capacitação profissional e oportunidades únicas de conhecimento, vem gerando resultados surpreendentes como destaca o diretor da Usina Cerradão, Florêncio Queiroz Neto. “Há três anos iniciamos este projeto e a gente descobre novos talentos, novas estrelas e, realmente, identificamos jovens de grande potencial para o mercado de trabalho”, relata. “O setor sucroenergético é multidisciplinar, os jovens têm a oportunidade de conhecer diversas áreas profissionais

Integrantes do Programa Jovem Aprendiz gerido pela Usina Cerradão com apoio de instituições: formação do cidadão

e despertar o interesse seja continuando na Usina, ou indo em busca de um aprimoramento específico.” Importância Reginaldo Dias Machado, representando a Aprovale, ressaltou a importância de projetos como este. “É extremamente importante sa-

ber que existem empresas e instituições que procuram capacitar esses jovens para que eles possam desempenhar um trabalho melhor no futuro”, comenta. “Também fiquei muito satisfeito com a presença dos pais apoiando seus filhos.” Cátia Cristina de Menezes, mãe de jovens aprendizes, fala sobre a expe-

riência vivida pelos filhos. “Meu filho Vander tem 16 anos e está na turma de 2017 e agora estou trazendo minha filha, Maria Eduarda, para ingressar nesta nova turma. Estou muito contente em ver o desenvolvimento e aprendizado que o programa proporciona. Me sinto orgulhosa de ter meus filhos no Jovem Aprendiz”.

Nardini sedia reunião do Plano de Auxílio Mútuo

José Nilton, da Usina da Mata, coordena o Doutores Rárárá

A unidade da Nardini Agroindustrial Ltda. de Vista Alegre do Alto (SP) sediou a segunda reunião de acompanhamento do Plano de Auxílio Mútuo (PAM) da região de Catanduva. Membros das usinas Santa Isabel, Tietê, Virgolino de Oliveira, São Domingos, Itajobi, das associações de fornecedores de cana da região de Catanduva, associação Novo Cana de Novo Horizonte e representantes do Corpo de Bombeiros e da Policia Ambiental participaram da reunião, realizada em 07/03. De acordo com informações do engenheiro ambiental da Nardini, Anderson Rodrigo Robes, foram apresentados dados de Risco de Fogo na região, Monitoramento de Focos Ativos no Estado, Plano de Ação da Reunião de Fevereiro, Cronograma de Reuniões e Revisão do PAM, além de temas para a criação de inserções nas rádios da região.

Desde 2012 José Nilton Guedes de Oliveira, destilador da Usina da Mata, realiza trabalho voluntário em suas horas livres. Oliveira criou o grupo Doutores Rárárá. Há um ano e meio os integrantes atuam nos hospitais, escolas e unidades da APAE da região de Valparaíso (SP) fantasiados de palhaços. “O amor contagia, a alegria anima e o sorriso cura”. Este é o lema de José, ou melhor, do Doutor Paçoca. O colaborador explica que o grupo foi formado por meio de um forte sentimento por aqueles que enfrentam um dos momentos mais difíceis da vida, a dor e a tristeza. “Em cada quarto nos deparamos com uma história e com a falta de esperança, mas em questão de minutos já percebemos um sorriso,

Resultados O Corpo de Bombeiros também apresentou os resultados do Simulado de Sistema de Comando de Operações e Emergências e a Polícia Ambiental apresentou os Critérios adotados para verificação do nexo de causalidade nos casos de incêndios que atingem as áreas de cultivo de cana-de-açúcar. E a empresa GMG Ambiental apresentou a ferramenta de Monitoramento de focos via satélite.

uma palavra de agradecimento e um olhar voltado a brilhar. Realizamos essa ação simplesmente porque acreditamos na vida, no amor e principalmente em Deus. Rir é o melhor remédio, o sorriso cura, por isso vamos rir mais.”


USINA DO BEM

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Setor da Paraíba ganha Câmara Setorial Canavieira Foco do fórum busca a retomada do crescimento da atividade sucroenergética no Estado DIVULGAÇÃO

Após uma longa espera, um dos pleitos mais aguardados pelo setor sucroenergético alagoano finalmente saiu do papel, a instalação da Câmara Setorial da Agroindústria Canavieira. Contando com a presença de representantes das entidades do setor sucroenergético alagoano, a exemplo das usinas, fornecedores e trabalhadores do campo e da indústria, a primeira reunião do fórum foi presidida em 09/03 pelo governador Renan Filho, no Palácio República dos Palmares. O industrial Carlo Monteiro, que na oportunidade representou o presidente do Sindaçúcar-AL, Pedro Robério Nogueira, na reunião da instalação da Câmara Setorial, também destacou a importância da fórum para o retomada do crescimento do setor canavieiro. Recuperação “Todas as entidades envolvidas neste colegiado estão alinhados para uma única finalidade, que

para este fim”, disse Monteiro. “O parque industrial e o canavial foram praticamente dizimados pela seca dos últimos anos. Agora, o período de chuvas voltou a regularidade, mas existem muitas dificuldades com a falta de crédito para a recuperação. A Câmara vai ajudar o setor a se erguer novamente e voltar a produção do passado de 30 milhões de toneladas de cana por safra.”

A busca de fortalecimento do setor sucroenergético na Paraíba é o objetivo da Câmara recém-instalada

é recuperar a indústria e os canaviais de Alagoas. Vela ressaltar o

empenho do Governo do Estado de aproximar e encontrar soluções

Reuniões Na ocasião, o governador Renan Filho, que se comprometeu em presidir todas as reuniões do colegiado, afirmou que a Câmara Setorial será um espaço para dialogo de todos os agentes envolvidos no segmento canavieiro. “Acredito muito que, este ano, já iremos ampliar a área plantada, aumentar a oferta de empregos e fortalecer o setor sucroenergético do nosso Estado”, ressaltou Renan Filho.


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NEGÓCIOS & OPORTUNIDADES

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Possibilidades de álcoois de diversas qualidades DIVULGAÇÃO

A indústria sucroalcooleira brasileira, já consolidada há anos na produção de etanol, apresenta crescimento contínuo, especialmente para próximos anos. Para atender à crescente demanda do mercado, os álcoois de padrão especial têm sido um atrativo por terem diferentes aplicabilidades quando comparado com o etanol hidratado ou anidro. Podem ser comercializados para indústrias químicas finas, farmacêuticas, cosméticos, alimentícia, proporcionado no mercado um produto final com preço diferenciado. Tipos de etanol: Etanol hidratado carburante: É o etanol a 920 GL (92% de etanol + 8% de água) utilizado como combustível direto nos veículos com motores movidos à etanol etílico; Etanol anidro: É o etanol a 99.60 GL (99.6% de etanol + 0.4% de água) utilizado como aditivo aos combustíveis. Atualmente a gasolina brasileira possui 27% de etanol anidro; Etanol hidratado especial: É o mesmo etanol hidratado, porém isento de contaminantes. Pode ser conhecido como H1, H2, padrão Coréia; Etanol refinado e neutro: É o eta-

ANJO DA GUARDA

nol neutro de impurezas, com pouco odor. Por ser mais barato que o etanol extra neutro, é utilizado pelas indústrias de bebidas e cosméticos populares; Etanol extra neutro: É o mais puro etanol, não interfere em aromas ou sabores, é utilizado na elaboração de bebidas, cosméticos e produtos farmacêuticos. Para os processos de destilação atual é possível adapta-los afim de produzir estes tipos de etanol. Tais adaptações podem ser simples, desde uma mudança de conceito operacional e alguns cuidados ou até a instalação de um equipamento auxiliar ou partes. Quando se trata de um etanol neutro as modificações são mais complexas, demandando uma quantidade maior de equipamentos existentes ou a instalação de novos. No mercado, esses tipos de etanol constituem uma boa estratégia para atender uma variação de demandas, ampliando o portfólio de uma mesma usina sem muitos custos adicionais. JW EQUIPAMENTOS WWW.JW.IND.BR (16) 3513.2000

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