JornalCana 293

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Julho 2017

w w w . j o r n a l c a n a . c o m . b r Série 2

Número 293

China deve abrir mercado gigantesco para o etanol País asiático anuncia mistura de 10% de biocombustível à gasolina e a medida gera necessidade de 4 bilhões de galões. Entidade de produtores dos EUA quer parceria com o Brasil para participar desse apetitoso mercado Páginas 16, 18, 19 e 20

ARTE: GASPAR MARTINS

Junho 2018


2

AGRÍCOLA

Junho 2018

AGUARDE.

EM BREVE, NOVA CONCESSIONÁRIA

EM SERTÃOZINHO - SP.


Junho 2018

AGRÍCOLA

3


4

ÍNDICE DE ANUNCIANTES

Junho 2018

ÍNDICE DE ANUNCIANTES

AUTOMAÇÃO DE ABASTECIMENTO DWYLER

(11) 2682.6633

ESPECIALIDADES QUÍMICAS 23

IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS

QUÍMICA REAL

(31) 3057.2000

8

SOLENIS DO BRASIL

(16) 3311.1800

21

(16) 3513.8801

25

RODOTREM

FEIRAS E EVENTOS REED ALCANTRA

(11) 3060-500

35

(18) 3623.1146

37

13 PRODUTOS INSUMOS AGRÍCOLAS

CARROCERIAS E REBOQUES SERGOMEL

(16) 3946.1800

IMPLEMENTOS RODOVIARIOS

CALDEIRAS ENGEVAP

DMB

(16) 3513.2600

34

FERRAMENTAS DURAFACE

(19) 3508.0300

3

HEXAGON AGRICULTURE

(48) 4009-2704

10

WISER

(11) 4044-4300

15

(16) 3518-9001

17

REFRATÁRIOS RIBEIRÃO PRETO (16) 3626.5540

43

COLETORES DE DADOS MARKANTI

(16) 3941.3367

3, 44

REDUTORES

FERRAMENTAS DE CORTE AGRÍCOLA BUSSOLA

(16) 3221.9000

11

ZANINI RENK

CONSULTORIA PROUDFOOT

(11) 33057800

27

SÃO FRANCISCO GRÁFICA (16) 2101.4151

CONTROLE DE FLUIDOS METROVAL

REFRATÁRIOS

GRÁFICA

(19) 2127.9400

18

SIDERURGIA E CONSTRUÇÃO

19

ESCO BETIM

31) 3539.1200

29

(16) 3513.7204

9

(44) 3351.3500

2

CORRENTES E TRANSMISSÃO SUDAMÉRICA CONSULTORIA (11) 5548-4226

SOLDAS INDUTSRIAIS

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MAGISTER EMBREAGENS EMBREMAC

(17) 3524.9199

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5

Junho 2018

6º Curso de Processos, Fermentação e Produção de Etanol

2º Usinas de Alta Performance Agrícola AGO 22

JUN 6

5º curso de diversificação e Máximo aproveitamento agroindustrial

1º CanaBio – Controle e Produtos Biológicos para Cana-de-Açúcar

16º curso de caldeiras, vapor e energia SET 19 e 20

AGO 23

SET 26

8º curso de recepção, preparo e extração

AÇÚCAR

(Moenda e Difusor)

NOV 28

6º CURSO DE FABRICAÇÃO, SECAGEM E EMBALAGEM DE AÇÚCAR

NOV 29

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Apoio

F o c o n o R e s u l t a do !

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JornalCana - O MAIS LIDO! � Presidente Anuário da Cana ISSN 1807-0264 Brazil an Sugar and Ethanol Guide Josias Mes ias c accraat arr tt aaa oaa ool e lli eet oii ttroo rr índice ÍNDICE í n ídni d c iec e A Bíblia do Setor! josiasmes ias@procana.com.br Reduzir o uso Reduzir ouso uso Reduzir o Nada melhor que Q u e m é Q u e m n o s e t o r s u c r o e n e r g é t i c o Fone 16 3512.4300 Fax 3512 4309 de água é regra! www. j o r n al c ana. c om. b r de água é regra! uma boaé roda de amigos água regra! JornalCana Online Av. Costábile Romano, 1.544 - Ribeirânia � Comitê de Gestão - Comde ercial & Eventos w w.jornalcana.com.br 14096-030 — Ribeirão Preto — SP Rose Mes ias B I O & S u g a r r o s e @ p r o c a n a . c o m . b r procana@procana.com.br International Magazine M a p a B r a s i l d e U n i d a d e s � Comitê de Gestão - Relacionamento Com Clientes Produtoras de Açúcar e Álco l

Julho 2017 Julho 6 2017CARTA AO ulho 2017

LEITOR

ACONTECE............................................................... 7 Eventos relacionados ao setor sucroenergético Agenda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 LINHA .DIRETA Agenda . . . . . . ................................................. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8. a . .10 .6 enda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 Mercado . . . .ligadas ......a . .companhias . . . . . . . . . . . sucroenergéticas . . . . . . . . .8 a 14 Novidades � A aposta Mercado . no . . RenovaBio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8 a 14 ercado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8 a 14 MERCADO � Entrevista com Roberto Rodrigues na estreia do Quem é Quem A aposta no RenovaBio � A aposta no RenovaBio Em entrevista, Paulo Montabone, gerente-geral � Por que o arrendamento de terras ficou caro do Quem Entrevista com Roberto Rodrigues na estreia é Quem � Entrevista com Roberto Rodrigues na estreia destaca do Quem é Quem da Fenasucro & Agrocana, as novidades � 55 usinas passam a pagar pelo uso da água no estado de SP Por que o arrendamento de terras ficou caro � Por da que ofeira arrendamento terrasque ficou caro destedeano, abre espaço para novos � 55 usinas passam a pagar pelo uso da água no estado de SP � 55 usinas passam pagar pelo uso da água no estado de SP nichos deamercado........................................14 e 15 Industrial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16 a 26 � Como fazer Industrial . . a. correta . . . . .manutenção . . . . . . .de. .bombas . . . . . . . . . . . . .16 a 26 Entrada dustrial . . . . .da . . .China . . . . . na . . .adição . . . . . . de . . .10% . . . . de .16 a 26 � Secagem dealevedura pode gerar renda extra de R$ 40 milhões Como fazer correta manutenção de bombas etanol na gasolina mercado de � Como fazer a correta manutençãogera de bombas � Cozimento contínuo ganha no setor Secagem de levedura podeespaço gerar renda extra de R$ milhões 15,2 bilhões de litros........................ 16,4018, 19 e 20 � Secagem de levedura pode gerar renda extra de R$ 40 milhões

� Cozimento contínuo ganha espaço no setor � Cozimento contínuo ganha espaço no setor

Geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .30 PESQUISA � Empresas 31 Geral . . . . têm . . .até . .para . .de. .agosto . . . .para . . .aderir . . . ao . .Refis . . . . . . . . . . . .30 Enzima-chave o ral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .30 etanol 2Gtêm é descoberta emaderir lago......................... 24 � Empresas até 31 de agosto para ao Refis � Empresas têm até 31 de agosto para aderir ao Refis Agrícola . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .24 a 34 INDUSTRIAL � Endividamento Agrícola . . . . . sucateia . . . . . sistemas . . . . . .de. irrigação . . . . . .em. .Alagoas . . . . . .24 a 34 rícola . . . . .que . . . .implantaram . . . . . . . . . . . .o. S-PAA . . . . . . para . . .24 a 34 Usinas � Previsões para sucateia a safra 17/18 no Nordeste Endividamento sistemas de irrigação em Alagoas � Endividamento sucateia sistemas de irrigação em Alagoas a�safra 18/19a já colhem oscrescer primeiros Investimentos herbicida até 30% na 17/18 Previsões paraem safra 17/18devem no Nordeste � Previsões para a safrapositivos 17/18 no Nordeste resultados .....................................22 e 23 � Manejo integrado em controle ambiental gera maior produtividade

NOSSA MISSÃO

CARTA AO LEITOR Josias Messias josiasmessias@procana.com.br

Delcy Cruz -josiasmessias@procana.com.br delcymack@procana.com.br Josias Mac Messias Josias Messias josiasmessias@procana.com.br

Assim como outros importantes segmentos da indústria da transformação, o setor sucroenergético é um Assim como importantes segmentos da indústria da transformação, setorusinas sucroenergético grande consumidor de água. Esse líquido é prioritário nos processos industriais e destilarias. Assim como outrosoutros importantes segmentos da indústria da transformação, o setoro das sucroenergético é um é um A safra de cana-de-açúcar 2018/19 na reA interação entre palestrantes e público grande dena água. Esse líquido éasprioritário nos processos das Paulo usinas e destilarias. Paraconsumidor se terdeideia, safralíquido 2010/2011 unidades produtoras do industriais Estadodas deusinas São consumiam em grande consumidor água. Esse é prioritário nos processos industriais e destilarias. gião Centro-Sul entra no terceiro mês emba- nos eventos da ProCana Sinatub gera um Para se ter ideia, na safra 2010/2011 as unidades produtoras do Estado de São Paulo consumiam média 1,52 metro cúbico por tonelada de cana. Naquela safra, segundo a União da Indústria de Cana-dePara teruma ideia,série na safra 2010/2011 as unidades produtoras do Estadoque de São Paulo consumiam em em ladaseem de descompassos. Indefiniaprendizado os profissionais podem colomédia 1,52 metro cúbico por tonelada de cana. Naquela safra, segundo a União da Indústria de Cana-deAçúcar (Unica), foram colhidas 362 milhões de toneladas nos canaviais paulistas, que exigiram 550,2 ções sobre o comportamento dos preços do car em prática imediatamente. Essa facilidade média 1,52 metro cúbico por tonelada de cana. Naquela safra, segundo a União da Indústria de Cana-deAçúcar (Unica), foram colhidas 362 milhões de toneladas nos canaviais paulistas, que exigiram açúcar no mercado internacional, ededo etanol implantar conhecimentos decorre do fato milhões de foram metros cúbicos de água. Açúcar (Unica), colhidas 362 milhões toneladas nosdecanaviais paulistas, que exigiram 550,2550,2 no mercado interno, exigem redo-pelas deunidades que cursos como oHádemuito 9 deo maio milhões de metros cúbicos de água.esforços significa que todo o volume foi consumido produtoras. setor oferecem milhões deNão metros cúbicos de água. brados de planejamento e ação dos gestores técnicas consolidadas e já empregadas nas Não significa o para volume foi consumido pelas unidades Há muito empreende ações eque sistemas e tornar eficiente o uso doprodutoras. líquido. Não que todo otodo volume foireduzir consumido pelas unidades produtoras. Há muito o setoro setor das significa unidades. unidades produtoras. empreende e palavra sistemas para reduzir eempresas tornar eficiente odouso do líquido. reusoações uma de ordem sucroenergéticas. Com açõesSampaio, como o reuso, o setor empreende ações eé sistemas paracomplexa reduzir e nas tornar eficiente o usoFernando líquido. AOsituação fica mais com episóCullen gerente indusO reuso é uma palavra de ordem nas empresas sucroenergéticas. Com ações como o reuso, o setor sucroenergético paulista despencou as captações de água. O consumo médio de 1,52 na safra 2010/2011 como Copa do Mundo as eleições de trial da Com Usina Iracema, Grupo Odios reuso é umaa palavra de ordem nase empresas sucroenergéticas. ações como o do reuso, o setorSão Martisucroenergético paulista despencou as captações de água. O consumo médio de 1,52 na safra 2010/2011 outubro próximo. nho, abriu a série de palestras pontualmente caiu para 0,91 metro cúbico na safra 2016/17. sucroenergético paulista despencou as captações de água. O consumo médio de 1,52 na safra 2010/2011 Preços indefinidos, Copa e eleições já eram às 8h e relatou reprocessos esporádicos e incaiu Ou paraseja, 0,91emmetro cúbico na safrapaulistas 2016/17.captaram 39,7% menos água para os processos industriais. dez anos usinas caiu para 0,91 metro cúbico na as safra 2016/17. esperados, assim como a necessidade de gerir corporados na área industrial. Ouqueda seja,dez em dez as anos as usinas paulistas captaram 39,7% menos água os para os processos industriais. A resulta do fechamento de circuitos com reuso de água; dos industriais. processos Ou em anos usinas paulistas captaram 39,7% menos águaaprimoramento para processos as seja, unidades com severo controle das perdas O público acompanhou quase que sem A queda resulta doum fechamento dede circuitos comereuso deda água; aprimoramento dos processos industriais, com eficiência menor captação; avanço a seco com a colheita indústria diante mercado margens piscar. Elimpeza começou uma sequência de pergunAna queda resulta domaior fechamento de ecircuitos com reuso de água; aprimoramento dos processos industriais, com maior eficiência e menor captação; e avanço da limpeza a seco com a colheita mecanizada. apertadas. tas que só ampliou o volume de informações industriais, com maior eficiência e menor captação; e avanço da limpeza a seco com a colheita Atuar contra assobre perdas umna captação compartilhadas. mecanizada. As informações usoéderegra água número e a redução pelas unidades foram apresentadas no dia mecanizada. dos gestores. As estratégias para essa atuação Artur de em Abreu Lima Melo, diretor As informações sobre uso de água e a redução na captação pelas unidades apresentadas no diain06informações de junho pelo secretário Agricultura, Arnaldo Jardim, eventoeforam na sede da Unica, As sobre uso de estadual águasistemas, e a da redução na necaptação pelas unidades apresentadas no diaem podem estar em sofisticados mas dustrial da Cofcoforam International, participou do 06 de junho pelo secretário estadual da Agricultura, Arnaldo Jardim, em evento na da sede da Unica, em comemoração dospassam dez anos do Protocolo Agroambiental do Setor 06 decessariamente junho pelo secretário estadual da Agricultura, Arnaldo Jardim, em evento nadasede Unica, em “foi por aprendizado com evento eSucroenergético. resumiu seguinte forma: um comemoração dos dez do anos do do Setor Sucroenergético. O Protocolo integra oProtocolo Projeto Etanol Verde, dasdoSecretarias estaduais da Agricultura e do Meio profissionais experientes doProtocolo setor. SeAgroambiental possível, dia ímpar para nós profissionais, que saímos comemoração dos dez anos Agroambiental Setor Sucroenergético. O Protocolo integra o Projeto Etanol Verde, das Secretarias estaduais da Agricultura e do Meio numa conversa demodelo roda de informações que serão revertidas em reAmbiente, eintegra representa um deamigos. parceria e diálogocom desenvolvido o setor e o Estado. Ocomo Protocolo o Projeto Etanol Verde, das Secretarias estaduais da entre Agricultura eprodutivo do Meio Foi nesse ritmo que mais de 70 gestores insultados nas usinas.” Ambiente, e representa um modelo de parceria e diálogo desenvolvido entre o setor produtivo e o Estado. A segunda fase do um Protocolo em cenae neste mês de julho, formatada por técnicos das Ambiente, e representa modeloentra de parceria diálogo desenvolvido entre o setor produtivo e oduas Estado. dustriais defase grupos sucroenergéticos deneste portes Em formatada determinado momento, durante sua A segunda do Protocolo entra em cena mês de julho, por técnicos das duas Secretarias e da Unica. A segunda fase dopassaram Protocolo dez entrahoras em cena mês de julho, formatada técnicos das duas diferentes da neste quarta-feira, palestra no por meio da tarde, Eduardo CalichSecretarias e da Unica. Nesse mesmo mês denojulho, entra em a cobrança pelo uso dade água em quatroindustriais bacias corporaSecretarias emaio da Unica. 09 de passado, auditório dovigor Centro man, diretor processos Nesse mesmo mês de entra em(SP). vigor a cobrança pelo uso da em água em quatro baciasda ProCana, hidrográficas do Estado dejulho, São Pardo, Baixo-Pardo/Grande, Sapucaí-Mirim e Mogi-Guaçu. de Eventos Zanini, em Sertãozinho tivouso dadaRaízen, relatou ao diretor Nesse mesmo mês de julho, entraPaulo: em vigor a cobrança pelo água quatro bacias hidrográficas doreportagem Estado São Baixo-Pardo/Grande, Sapucaí-Mirim e Mogi-Guaçu. Eles participaram do 2º Paulo: Curso de JornalCana, Custos, Josias Messias, quee aMogi-Guaçu. fermentação é um tema Conforme desta edição do 55 unidades sucroenergéticas captam água dessas hidrográficas do Estado de Sãode Paulo: Pardo,Pardo, Baixo-Pardo/Grande, Sapucaí-Mirim Perdas e Gestão Industrial, realizado pela Proque merece um curso exclusivo. Conforme desta do JornalCana, 55deunidades sucroenergéticas água bacias. Oreportagem custoreportagem médiodesta da cobrança água por tonelada cana varia de acordocaptam comcaptam o água reusodessas pelasdessas Conforme ediçãoedição dodeJornalCana, 55 unidades sucroenergéticas Cana Sinatub. Os palestrantes, assim como Em ritmo de informalidade, Messias lembacias. O custo da cobrança de por água por tonelada de cana varia de acordo o reuso unidades, mas amédio média é projetada entre R$ 0,03 e R$ 0,12 por tonelada. bacias. O custo da cobrança de água tonelada acordo com ocom reuso pelas pelas de ferboa partemédio do público, são conhecidos de expe-de cana brouvaria ao de executivo que os processos unidades, a média projetada e R$ por 0,12 por tonelada. Amas Unica explica naéreportagem que0,03 oR$ avanço dessa cobrança não assusta porque setor da ProCana riências profissionais. Já estiveram juntos mentação serão tema de ocurso unidades, amas média é projetada entre entre R$ e0,03 R$em 0,12 tonelada. Aou Unica explica na reportagem o avanço cobrança não porque o setor sucroenergético paulista se preparou ao longo dos dessa anos para arcarassusta comassusta esse custo e colaborar a gestão outra unidade. Sinatub neste mês de para com o qual ele já Auma Unica explica na reportagem que oque avanço dessa cobrança não porque ojunho, setor Essa democratiza e deixa todos estava sucroenergético paulista se preparou longo dosno anos para arcar comcusto esse custo e colaborar com a gestão das baciasrelação hidrográficas. Conforme o ao Departamento de arcar Águas econvidado. Energia Elétrica (DAEE), do agoverno sucroenergético paulista se preparou ao longo dos anos para com esse e colaborar com gestão mesmo piso. Palestrante com microfone em O que se percebe é que, para os profissiodas bacias Conforme Departamento de Águas Energia Elétrica doHídricos governo paulista, oshidrográficas. valores arrecadados como essa cobrança irão para oeFundo Estadual de(DAEE), Recursos das bacias hidrográficas. Conforme o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), do governo punho interage imediatamente com qualquer nais que têm a responsabilidade de gerir usipaulista, osque valores arrecadados comdemandados essa cobrança irãopróprias o Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro), os usará projetos bacias. paulista, os valores arrecadados com essa cobrança irãopelas para opara Fundo Estadual Recursos Hídricos participante que façanos perguntas. Há cordialinas em uma safradedesafiadora, nada melhor do (Fehidro), osque usará nos projetos demandados pelas próprias bacias. No mês emcomo comemora oque Dia Mundial Ambiente, as usinas questão reassumir dade, assim colocam o Meio que contar com umafazem boa roda de de amigos! (Fehidro), que osque usará nosseperguntas projetos demandados pelas do próprias bacias. No mês em que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente, as usinas fazem questão de reassumir e manifestar seu com o meio ambiente e com o usoassustentável de questão água. E de água é sinônimo palestrante ‘nasecompromisso parede’. ficar pressionado No mês em que comemoraMas o Dia Mundial do Meio Ambiente, usinas fazem reassumir éedemanifestar comum em osua briga pela seuprofissionais compromisso ambiente uso sustentável de água. E éágua é sinônimo vida!seu aos e manifestar compromisso com ocom meio meio ambiente e comeocom uso osustentável de água. E água sinônimo incessante redução de custos. Boa leitura! de vida! Boa leitura! de vida! Boa leitura! Boa leitura!

Lucas Mes ias lucas.mes ias@procana.com.br

� Investimentos em herbicida devem crescer até 30% na 17/18 � Investimentos em herbicida devem crescer até 30% na 17/18 � Manejo integrado em controle ambiental gera maior produtividade � Manejo integrado em controle ambiental gera maior produtividade

Cobertura especial do 2º Curso de Custos, Gestão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .37 Perdas e Gestão Industrial realizado em � Os departamentos Gestão . . . . . . . . de . .compliance . . . . . . .avançam . . . . . nas . . .empresas . . . . . .do25 . setor . .a. 33 .37 stão9/5 . . .pela . . . .ProCana . . . . . . . .Sinatub . . . . . . . ........................... . . . . . . . . . . . . .37 � Os departamentos de compliance avançam nas empresas do setor

� Os departamentos de compliance avançam nas empresas do setor

Usina do Bem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .38 AGRÍCOLA � Usinas doam energia Usina do Bem . . . . .elétrica . . . . para . . .hospital . . . . .em . .Barretos . . . . . . . . . . . .38 Doutores ina do Bem . . . da . . .Cana . . . . ................................................. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .38 35

� Usinas doam energia elétrica para hospital em Barretos � Usinas doam energia elétrica para hospital em Barretos

Negócios Oportunidades . . . . . . . . . . . . . . . .40 a 42 QUEM É&QUEM Negócios & . . . . . Filho, . . . . . presidente . . . . . .40 a 42 EntrevistaOportunidades com Mário Campos gócios & Oportunidades . . . . . . . . . . . . . . . .40 a 42 Siamig, entidade do setor em Minas Gerais ..... 36

“Desenvolver o agronegócio

� Comitê de Gestão - Controladoria & TI

Personagens do setor ilustram o Quem é Quem no Setor .................................. 37

Mateus Mes ias presidente@procana.com.br FUNDO DE RECEITA FIXA

JornalCana presente na Agrishow ................... 39

USINA DO BEM Ações empreendidas pelas companhias sucroenergéticas......................................... 40 e 41

sucroenergético, dis eminando

RECEITA “NemFUNDO ponham sua DE esperança na incertezaFIXA da riqueza, FUNDO RECEITA FIXA NEGÓCIOS &DE OPORTUNIDADES ....................... 43 “Nem suaque esperança na incerteza da riqueza, masponham em Deus, de tudo nos provê ricamente” “Nem ponham sua esperança na incerteza da riqueza, mas em Deus, que adeTimóteo, tudo na nosprimeira provêcarta, ricamente” Recomendação de Paulo, apóstolo capítulo 6, verso 17 mas em Deus, que de tudo nos provê ricamente” Recomendação de Paulo, apóstolo a Timóteo, na primeira carta, capítulo 6, verso 17 "Agrada-te do SENHOR, e ele satisfará Recomendação de Paulo, apóstolo a Timóteo, na primeira carta, capítulo 6, verso 17 os desejos do teu coração. Entrega o teu caminho ao SENHOR, confia nele, e o mais ele fará"

conhecimentos, estreitando Sl 37:4-5

relacionamentos e gerando

Prêmio MasterCana Tradição de Crediblidade e Suces o Fórum ProCana USINAS DE ALTA PERFORMANCE SINATUB Tecnol gia Liderança em Aprimoramento Técnico e Atualização Tecnológica

CARTA AO LEITOR 5 CARTA LEITOR Junho CARTA AO AO LEITOR 5 5 2018

� Comitê de Gestão - Jornalismo

COLABORADORES

� Arte

� Relacionamento Com Clientes

Gustavo Santoro - arte@procana.com.br

Robertson Fetsch 16 9 9720 5751 publicidade@procana.com.br

� Editor

Delcy Mac Cruz - editor@procana.com.br

� Assistente

Thaís Rodrigues thais@procana.com.br

José Murad Badur

� Assinaturas & Exemplares

FINANCEIRO

Ales andro Reis - editoria@procana.com.br

� Editor de Arte - Diagramação

Ar tigos as inados (inclusive os das seções Negócios & Opor tunidades e Vitrine) refletem o ponto de vist a dos autores (ou das empresas cit adas). JornalCana. Direitos autorais e comercia s reser vados. É proibida a reprodução, tot al ou parcial, distribuição ou disponibil zação pública, por qualquer meio ou proces o, sem autorização expres a. A violação dos direitos autorais é punível como crime (art. 184 e parágrafos, do Código Penal) com pena de prisão e multa; conjuntamente com busca e apre nsão e indenização diversas (ar tigos 12 , 123, 124, 126, da Lei 5.98 , de 14/12/1973). NOSSOS PRODUTOS EVENTOS PUBLICAÇÕES PRODUTOS NOSSOS NOSSOS PRODUTOS JornalCana - O MAIS LIDO! PUBLICAÇÕES

Prêmio MasterCana EVENTOS

� Presidente EVENTOS PUBLICAÇÕES Anuário da Cana Tradição de Credibilidade e Brazilian Sugar- and Ethanol Guide JornalCana O MAIS LIDO! Josias Messias PrêmioSucesso MasterCana AAnuário Bíblia do JornalCana - O MAIS LIDO! � Presidente Prêmio MasterCana josiasmessias@procana.com.br da Setor! Cana Tradição de Credibilidade e Fórum ProCana � Presidente ISSN 1807-0264 Quem é daQuem no setor sucroenergético Anuário Cana Fone 16 3512.4300 Fax 3512 4309 e Brazilian Sugar and Ethanol Guide Tradição de Credibilidade Josias Messias Sucesso USINAS DE ALTA ISSN 1807-0264 Brazilian Sugar and Ethanol Guide A Bíblia do Setor! Josias Messias Sucesso JornalCana Online Av. Costábile Romano, 1.544 - Ribeirânia josiasmessias@procana.com.br � Comitê de Gestão - Comercial & Eventos PERFORMANCE Fórum ProCana AQuem Bíbliaédowww.jornalcana.com.br Setor! josiasmessias@procana.com.br Quem no setor sucroenergético Fórum ProCana Fone 16 3512.4300 FaxPreto 3512— 4309 —Fax Ribeirão SP Rose Messias USINAS Tecnologia DE ALTA Quem é Quem no setorJornalCana sucroenergético FoneAv. 1614096-030 3512.4300 3512 4309 SINATUB BIO & Sugar Online Costábile Romano, 1.544 Ribeirânia � Comitê de Gestão - Comercial & Eventos USINAS DE ALTA rose@procana.com.br procana@procana.com.br PERFORMANCE Liderança em Aprimoramento International Magazine JornalCana Online Av. Costábile Romano,—1.544 - Ribeirânia www.jornalcana.com.br � Comitê de Gestão - Comercial & Eventos PERFORMANCE 14096-030 Ribeirão Preto — SP Rose Messias www.jornalcana.com.br Técnico SINATUBe Atualização Tecnologia Mapa BIO Brasil& de Unidades 14096-030 — Ribeirão Preto — SP Sugar Rose Messias rose@procana.com.br procana@procana.com.br � Comitê de Gestão - Relacionamento Com Clientes SINATUBLiderança Tecnologia Tecnológica em Aprimoramento de Açúcar e Álcool BIOProdutoras & Sugar International Magazine rose@procana.com.br procana@procana.com.br COLABORADORES � Arte Lucas Messias Liderança em Aprimoramento InternationalMapa Magazine Técnico e Atualização Brasil de Unidades � Comitê de Gestão - Relacionamento Com Clientes lucas.messias@procana.com.br � Relacionamento Com Clientes Gustavo Santoro - arte@procana.com.br Tecnológica Mapa Brasil de Unidades Produtoras de Açúcar e Álcool Técnico e Atualização � Comitê de Gestão - Relacionamento Com Clientes COLABORADORES � Arte Lucas Messias Produtoras de Açúcar (inclusive e Álcool os das seçõesTecnológica Robertson Fetsch 16 9 9720 5751 Artigos assinados Negócios & COLABORADORES � Arte Lucas Messias lucas.messias@procana.com.br � Relacionamento Com Clientes Gustavo publicidade@procana.com.br � Comitê de Gestão - Controladoria & TI � Editor Santoro - arte@procana.com.br Oportunidades e Vitrine) refletem o ponto de vista dos autores � Relacionamento Com Clientes - arte@procana.com.br “Desenvolver o agronegócio lucas.messias@procana.com.br Robertson Fetsch 16 9 9720 5751 Gustavo Santoro Mateus Messias Delcy Mac Cruz - editor@procana.com.br Artigos assinados (inclusive os das seções Negócios & Robertson Fetsch 16 9 9720 5751 (ou das empresas citadas). JornalCana. Direitos autorais e Artigos assinados (inclusive os dasrefletem seções Negócios publicidade@procana.com.br � Comitê de Gestão - Controladoria & TI � Editor presidente@procana.com.br � Assistente Oportunidades e Vitrine) o ponto de& vista dos autores publicidade@procana.com.br de Gestão - Controladoria & TI � Editor “Desenvolver o agronegócio sucroenergético, disseminando � ComitêMateus comerciais reservados. Éoproibida reprodução, total ou Messias Mac Delcy Diagramação Thaís Rodrigues � Editor deCruz Arte -- editor@procana.com.br Diagramação Oportunidades e Vitrine) refletem ponto dea vista dos autores “Desenvolver o agronegócio (ou das empresas citadas). JornalCana. Direitos autorais e Mateus Messias Delcy Mac Cruz editor@procana.com.br Hi Comunicação - diagramacao@procana.com.br presidente@procana.com.br � Assistente thais@procana.com.br � Comitê de Gestão - Jornalismo José Murad Badur parcial, distribuição ou disponibilização pública, epor qualquer (ou das empresas citadas). JornalCana. Direitos autorais presidente@procana.com.br Assistente � sucroenergético, disseminando conhecimentos, estreitando comerciais reservados. É proibida a reprodução, total ou Thaís Rodrigues � Editor de Arte - Diagramação Alessandro Reis - editoria@procana.com.br ou processo, sem autorização expressa. dos sucroenergético, disseminando comerciaismeio reservados. É proibida a reprodução, total ouA violação Thaís Rodrigues � Editor de Arte - Diagramação thais@procana.com.br � Comitê de Gestão - Jornalismo José Murad Badur parcial, distribuição ou disponibilização pública, por qualquer � Assinaturas & Exemplares FINANCEIRO direitos autorais é punível comopública, crime por (art.qualquer 184 e parágrafos, conhecimentos, thais@procana.com.br de Gestão - Gestão Jornalismo José Murad Badur relacionamentosestreitando e gerando � ComitêAlessandro parcial, distribuição ou disponibilização - editoria@procana.com.br Paulo Henrique Messias (16) 3512-4300 Marketing � Comitê deReis contasareceber@procana.com.br meio ou processo, sem autorização expressa. A violação dos conhecimentos, estreitando Alessandro Reis -Lima editoria@procana.com.br do Códigosem Penal) com penaexpressa. de prisãoA eviolação multa; dos conjuntamente � Assinaturas & Exemplares FINANCEIRO meio ou processo, autorização atendimento@procana.com.br contasapagar@procana.com.br Luciano direitos autorais é punível como crime (art. 184 e parágrafos, relacionamentos e gerando � Assinaturas & Exemplares FINANCEIRO negócios sustentáveis” Paulo Henrique Messias (16) 3512-4300 � Comitê de Gestão - Marketing contasareceber@procana.com.br com busca e apreensãocrime e indenização (artigos 122, www.loja.jornalcana.com.br luciano@procana.com.br direitos autorais é punível 184 ediversas e multa; parágrafos, relacionamentos e gerando do Código Penal)como com pena de(art. prisão conjuntamente Paulo Henrique Messias (16) 3512-4300 � Comitê de Gestão - Marketing contasareceber@procana.com.br atendimento@procana.com.br contasapagar@procana.com.br Luciano Lima 124,com 126,pena da Lei de 14/12/1973). do Código123, Penal) de 5.988, prisão e multa; conjuntamente negócios sustentáveis” atendimento@procana.com.br contasapagar@procana.com.br Luciano Lima com busca e apreensão e indenização diversas (artigos 122, www.loja.jornalcana.com.br luciano@procana.com.br negócios sustentáveis” com busca e apreensão e indenização diversas (artigos 122, www.loja.jornalcana.com.br luciano@procana.com.br

ISSN 1807-0264

negócios sustentáveis”

NOSSA MISSÃO NOSSA MISSÃO NOSSA MISSÃO

� Comitê de Gestão - Marketing

Luciano Lima luciano@procana.com.br

Paulo Henrique Mes ias (16) 3512-4300 contasareceber@procana.com.br atendimento@procana.com.br contasapagar@procana.com.br www.loja.jornalcana.com.br www.jor nalcana.com.br www.jor nalcana.com.br www.jor nalcana.com.br

123, 124, 126, da Lei 5.988, de 14/12/1973). 123, 124, 126, da Lei 5.988, de 14/12/1973).


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ACONTECE

FENASUCRO & AGROCANA

O evento amplia o espaço de exposição para os setores de biodiesel. Quando: 21 a 24 de agosto Onde: Centro de Eventos Zanini, em Sertãozinho (SP) Informações: www.fenasucro.com.br

RENOVABIO TERÁ SALA TEMÁTICA ESALQSHOW 2018 - FÓRUM DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA PARA O AGRONEGÓCIO SUSTENTÁVEL

A ESALQSHOW - Feira de Inovação Tecnológica para o Agronegócio Sustentável é um evento realizado pela Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (ESALQ), unidade da Fenasuc ro & Agrocana Quando: 09 a 11/10 Onde: Campus Luiz de Queiroz - ESALQ/USP, em Piracicaba (SP) Informações: http://fealq.org.br/esalqshow/esalqshow-2018/

Política Nacional de Biocombustíveis será tema de uma das 11 salas temáticas do evento. Realizado desde 2008 pela UDOP, o Congresso Nacional da Bioenergia é referência no setor, se firmando, já há 10 anos, como o Maior Congresso Técnico do setor bioenergético! Quando: 1 e 2 de agosto Onde: A raçatuba (SP) Informações: http://www.udop.com.br/index.php?item=congresso

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PLANALTO: TERMELÉTRICA DE 50 MW DIVULGAÇÃO

Esta é a capacidade total autorizada. Companhia sucroenergética obtém outorga em estrutura de cogeração localizada no município de Planalto, no interior do estado de São Paulo A companhia sucroenergética Planalto Bioenergia obtém outorga de termelétrica com capacidade instalada de 50 megawatts (MW). A cogeradora de energia elétrica a partir da biomassa de cana-de-açúcar atende pelo nome de Planalto Bioenergia SPE Ltda. e está localizada junto a unidade produtora Coplasa Açúcar e Álcool, controlada pelo Grupo Moreno no município de Planalto, no interior paulista. A outorga foi oficializada pelo Ministério de Minas e Energia (MME) por meio da portaria 167 publicada na edição de 17/05 do Diário Oficial da União (DOU). A implantação do empreendimento, segundo o MME, está prevista entre 1º de julho de 2021 a 1º de fevereiro de 2023. Os representantes legais da termelétrica são Carlos Alberto Moreno e André Luis Moreno. Aportes previstos: R$ 131,3 milhões com incidência de PIS/PASEP E COFINS e R$ 119,2 milhões sem incidência da tributação.

A Planalto Bioenergia SPE Ltda., inscrita no CNPJ/MF sob o nº 27.119.208/0001-80, com sede na Estrada Vicinal Governador Mário Covas, km 7,7, Zona Rural, no município de Planalto, fica oficialmente autorizada a estabelecer-se como Produtor Independente de Energia Elétrica, mediante a implantação e exploração da Central Geradora Termelétrica denominada Planalto Bioenergia. A termelétrica está cadastrada com o Código Único do Empreendimento de Geração (CEG):

UTE.AI.SP.037515-2.01, com 50 MW de capacidade instalada e 24,6 MW médios de garantia física de energia, constituída por uma Unidade Geradora, em ciclo Rankine, utilizando bagaço de cana-de-açúcar como combustível principal, localizada às coordenadas planimétricas E 614879 m e N 7678803 m, Fuso 22S, Datum SIRGAS2000. A energia elétrica produzida pela autorizada destina-se à comercialização na modalidade de Produção Independente de Energia Elétrica.


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CPFL Renováveis: receita 3,4% maior Crescimento foi no primeiro trimestre de 2018, quando foram apurados R$ 383 milhões, na comparação com o resultado registrado pela companhia entre janeiro e março de 2017 A CPFL Energias Renováveis S.A. (CPRE3), maior geradora de energia por fontes renováveis do Brasil, fechou o primeiro trimestre de 2018 com uma receita líquida de R$ 383,5 milhões, crescimento de 3,4% em relação ao primeiro trimestre de 2017. Já o EBITDA da companhia ficou em R$ 227,8 milhões, registrando redução de 3,7%, enquanto a margem foi de 59,4%, que equivale a 4,4 pontos porcentuais a menos em relação ao mesmo período do ano passado. Em relação aos dados operacionais, a geração de energia no trimestre diminuiu 7,5% na comparação com o mesmo período do ano anterior. No primeiro trimestre deste ano, a geração de energia dos parques eólicos apresentou redução de 20,8% (+167,8 GWh), quando comparada à geração no primeiro trimestre de 2017. Em contrapartida a geração de energia das PCHs e das usinas de biomassa apresentaram um acréscimo de 16,3% (+68,1 GWh) e 2,9% (+2,0 GWh) no 1T18 em relação ao 1T17, respectivamente. O portfólio de ativos da CPFL Renováveis é diversificado, tanto em termos de fontes quanto em localização geográfica. Essa característica é rele-

CONFIRA O DESEMPENHO DA CPFL RENOVÁVEIS Receita líquia EBITDA (1) Margem EBITDA Resultado líquido Capacidade em operação (MW) Nº de usinas / parques em operação Energia gerada (GWh) (2) Nº de funcionários (3)

383.548 227.787 59,4% (72.521) 2.103 93 1.198 431

370.933 236.471 63,8% (54.663) 2.054 91 1.295 448

3,4% -3,7% -4,4 p.p 32,7% 2,4% 2,2% -7,5% -3,8% FONTE: CPFL RENOVÁVEIS

vante, porque mitiga os efeitos das sazonalidades e dos fatores climáticos, que variam de acordo com a

fonte renovável e também com a localização onde está cada um dos ativos da companhia.


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GUARANI FOCA EM MENOS CALORIAS Marca do Grupo Tereos chega com produtos direcionados para a alimentação saudável: o açúcar refinado stevia, inédito no mercado, e o açúcar orgânico DIVULGAÇÃO

A Guarani, marca do Grupo Tereos, terceiro maior produtor de açúcar do mundo, lança dois produtos com foco na alimentação saudável: o açúcar refinado stevia, inédito no mercado brasileiro, e o açúcar orgânico. As novidades embalam a nova campanha da marca, “Tudo na medida faz bem”, que irá contemplar os canais digitais da Guarani, pontos de venda, além da mídia impressa e online. Os lançamentos fazem parte da estratégia da marca em conquistar novos perfis de consumidores e impulsionar ainda mais o crescimento da Guarani no varejo, que registrou um aumento de market share de 4% para 12% em pouco mais de um ano entre 2016 e 2017.

Duas fontes de adoçantes naturais O Açúcar Refinado Especial com Stevia combina duas fontes de adoçantes naturais; sacarose (que é o açúcar proveniente da cana-de-açúcar) com Stevia (que tem origem da planta de mesmo nome) e será comercializado em uma embalagem de 500g. O produto se diferencia por adoçar duas vezes mais que o açúcar convencional, ao mesmo tempo que tem 50% menos calorias. Já o Açúcar Cristal Orgânico também conta com a embalagem de 500g e é produzido a partir do manejo natural da cana, mantendo as propriedades da planta. Os dois produtos têm previsão de chegar aos supermercados durante este mês de junho.

“FAZER AÇÚCAR É NOSSA VOCAÇÃO. SAÍMOS À FRENTE PARA TRAZER AO MERCADO NACIONAL UM PRODUTO PIONEIRO QUE AGRADA AOS PALADARES MAIS EXIGENTES E É UMA ALTERNATIVA PARA QUEM PREFERE ALIMENTOS DE FONTE NATURAL” GUSTAVO SEGANTINI, GERENTE DE MARKETING E PRODUTOS DE VAREJO DA TEREOS.


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Cogeração em compasso de espera DIVULGAÇÃO

Reforma do setor elétrico não sai do papel após quase um ano de Consulta Pública e deixa termelétricas de biomassa sem definições no marco legal do segmento DA REDAÇÃO

A cogeração de energia elétrica das termelétricas do setor sucroenergético segue em compasso de espera. Assim como outras fontes de energia, a da biomassa da cana-de-açúcar aguarda ser contemplada pelo aprimoramento do marco legal do setor elétrico. Mas esse aprimoramento anda a passos bem lentos. O Ministério de Minas e Energia (MME) abriu em 05 de julho de 2017 a Consulta Pública número 33, que propõe o aprimoramento do marco legal do setor elétrico para viabilizar o futuro do setor com sustentabilidade em longo prazo. A Consulta Pública recebeu mais de 200 contribuições de supermercados e de entidades de classe. O volume de contribuições surpreende, mas quase um ano depois e, ao contrário do esperado, os resultados da Consulta Pública não se tornaram um projeto de lei a ser enviado e votado pelo Congresso Nacional. Zilmar de Sousa, gerente de bioeletricidade da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), detalha mais sobre o assunto em artigo de sua autoria pontuado abaixo pelo JornalCana.

Zilmar de Sousa, da Unica: “a agenda central do setor elétrico deve ser a busca pelo fim da judicialização no Mercado de Curto Prazo”

1 O que propõem as contribuições

Aberta em 05/07/2017, a Consulta Pública nº 33 recebeu mais de 200 contribuições da Sociedade Civil, desde supermercados até entidades de classe. Como motivação do trabalho, foram apontadas a necessidade de remoção de barreiras à participação de agentes no mercado (com o fortalecimento do mercado livre) e a retomada da confiança em sinais econômicos como mecanismo de promoção de decisões individuais ótimas e alinhadas com interesses sistêmicos.

5 Sem receber receitas

Contudo, há mais de três anos, os agentes do setor elétrico que têm créditos no MCP estão enfrentando graves problemas para receberem suas receitas. O problema surgiu com o inconformismo dos geradores hídricos, participantes do chamado Mecanismo de Realocação de Energia (MRE), que ficaram na posição de devedores e geraram menos energia do que o previsto a seus compromissos e sua garantia física. O MRE é uma espécie de condomínio das hidrelétricas e uma forma de compartilhamento.

2 Sem virar Projeto de Lei

Em breve completará um ano desde seu lançamento e os resultados da Consulta Pública ainda não se transformaram em um Projeto de Lei, como se pensava inicialmente, para discussão no Congresso e posterior homologação ainda em 2018.

6 Dívida judicializada de R$ 6,13 bi

Atualmente, a dívida judicializada neste tema é de R$ 6,13 bilhões. Somente em 2017, a dívida referente a essa judicialização no MCP aumentou em 248%, significando, em média, um acréscimo de quase R$ 400 milhões a cada mês, sendo que nas liquidações financeiras ocorridas entre outubro e dezembro de 2017, essa dívida cresceu a aproximadamente R$ 1 bilhão a cada mês. A última liquidação financeira aconteceu em 8 e 9 de maio/2018, referente à movimentação de março de 2018.

3 Legado do litígio

O esforço do Ministério de Minas e Energia (MME) foi louvável, mas um legado efetivo que poderia ser apresentado à Sociedade seria equacionar o forte litígio judicial em que se encontra o setor elétrico e o Mercado de Curto Prazo (MCP), citado também pelo MME como um dos motivos para um possível esgotamento do modelo regulatório e comercial vigente no Brasil.

7 O que esperar

O fortalecimento efetivo do mercado livre necessariamente passa pelo fim da judicialização presente nas liquidações financeiras no Mercado de Curto Prazo (MCP). O sucesso das futuras reformas dependerá de resolver pendências emergenciais no curto prazo, como a judicialização no MCP.

4 Venda de sobras

No MCP, os agentes vendem sobras ou compram déficits em relação aos seus compromissos contratuais. Segundo o MME, se um consumidor possui contratos mais baratos do que o preço de curto prazo, esse consumidor pode reduzir seu consumo de modo a vender sobras contratuais e ter um resultado positivo na operação. Da mesma forma, um gerador com flexibilidade pode aumentar sua produção de energia para se aproveitar de um preço mais alto no mercado de curto prazo.

8 Pelo fim da judicialização

Enquanto não sai a reforma do setor elétrico brasileiro, nos próximos meses, a agenda central do setor elétrico, quer seja no Poder Executivo ou no Legislativo, deve ser a busca pelo fim da judicialização no Mercado de Curto Prazo. Resolver esta questão será um grande legado positivo para o setor elétrico brasileiro, preparando-o para as futuras reformas estruturais.


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As novidades da Fenauscro & Agrocana DIVULGAÇÃO

Embalada com o RenovaBio, feira chega à 26ª edição e abre espaço a novos segmentos para ampliar os negócios dos expositores do evento

ni, em uma área de 180 mil metros quadrados com área expositiva de 35 mil metros quadrados. Como será possível atender aos novos segmentos nessa mesma área? A partir de levantamento nosso e da nova tendência de expositores foi checado que estávamos com uma feira muito grande e inchada. Os investimentos estavam inchados. Tinha-se multinacionais com 500 metros quadrados e a opção dessas empresas, com a crise registrada no setor, é diminuir o tamanho do estande e continuar participando.

DELCY MAC CRUZ, DE RIBEIRÃO PRETO (SP)

A Fenasucro & Agrocana completa em 2018 ininterruptos 26 anos. Na edição a ser realizada entre os dias 21 a 24 de agosto próximo em Sertãozinho (SP), a feira chega embalada com a implementação da Política Nacional de Biocombustíveis, o RenovaBio, e com a abertura de novos segmentos da indústria para ampliar os negócios dos expositores. Em entrevista ao JornalCana Paulo Montaboni, gerente-geral da Fenasucro & Agrocana, responsável pelas áreas comercial e de marketing, explica as novidades. Ele trabalha para a Reed Exhibitions Alcantara Machado, que organiza e promove o evento para o Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis (CEISE Br). JornalCana – O que o visitante terá na 26ª edição da Fenasucro & Agrocana? Paulo Montaboni – Resultados de pesquisas que fizemos na feira de 2017 com expositores e público apontaram para novas vertentes de mercado importantes para a indústria regional e para as empresas industriais que expõem na Fenasucro & Agrocana. Sendo assim, setores correlatos às usinas de cana-de-açúcar, como papel e celulose, de alimentos, de destilados e de transporte e logística serão vertentes com presença mais forte na feira. Isso possibilitará aos visitantes e expositores novas oportunidades de negócios e nichos nos quais não se trabalhava. Fale mais a respeito, por favor. É assim: como em Sertãozinho você tem empresas que fazem toda a parte de açúcar de uma usina, que podemos chamar de indústria de alimentos, essas mesmas empresas podem atender aos segmentos de bebidas, de alimentos, de papel e celulose. A parte de extração de madeira não é semelhante a uma usina de cana, mas a parte de desfribamento, de carre-

Paulo Montaboni, gerente-geral da feira: expectativa de ótimos negócios

“TEMOS UM PARQUE FABRIL QUE PODE ATENDER A OUTROS NICHOS DE MERCADO, FORA O SETOR SUCROENERGÉTICO, E A PLATAFORMA DA FENASUCRO & AGROCANA SERÁ USADA COMO ALAVANCA DE NEGÓCIOS” gamento e de geração de energia é muito similar. O parque fabril do setor sucroenergético está pronto para atender outros setores, é isso? Sim. Temos um parque fabril que pode atender a outros nichos de mercado fora o setor sucroenergético. E a plataforma da Fenasucro & Agrocana será usada como alavancador de negócios. Comente mais sobre a chegada desses novos segmentos para a feira. Na verdade já trouxemos para a feira em Sertãozinho a logística e os transportes, que são foco da Fenatran, maior feira da América Latina desses segmentos, feita pela Reed. Por meio desse convênio, trouxemos a Sertãozinho montadoras com caminhões específicos para a cana-de-açúcar. Sobre alimentos e bebidas. Hoje, quando falamos de Ypioca, 51,

Coca-Cola ou de uma fábrica de paçoquinha, falamos de alimentos e bebidas, de sanitariedade, de aço inox, de transportes, o que também a ver com o nosso setor. Há outros nichos ‘estreando’, como biodiesel e papel e celulose. Sim. Com o advento do RenovaBio, o biodiesel, que estava meio adormecido, volta latente [por conta dos incentivos em sua demanda] e é uma das vertentes de trabalho. E o setor de papel e de celulose é o mais rápido em termos de conexão com a indústria regional. Sendo assim, Todas indústrias localizadas sentido Campinas para Sertãozinho, e que expõem na Fenasucro, podem abrir o leque de oportunidades para novos segmentos, além do tradicional setor sucroenergético. A feira segue no mesmo local? Sim, no Centro de Eventos Zani-

Foram feitas mudanças? Fizemos um novo layout da feira, com corredores menores. O pavilhão 1, que é coberto, foi readequado com obras de infraestrutura para atender mais expositores no mesmo espaço. E a parte agrícola, com o segmento de transporte e logística, também cresceu. Criamos um novo pavilhão para atender pequenas, médias e grandes empresas. Hoje a Fenasucro & Agrocana é uma feira aberta às micros e pequenas empresas, como startups, porque eles também trazem novas tecnologias. Qual é o número de expositores? 350, sendo que os quatro novos segmentos devem representar no máximo 35 do total de expositores. Isso porque empresas da Fenasucro já atendem em grande parte esses segmentos. O que nós da organização precisamos fazer é levar o visitante desses segmentos para a feira. Como atrair esse visitante? Com rodadas de negócios nacionais e internacionais e com conteúdo. Todos os novos nichos de mercado estão acompanhados de eventos de conteúdo. Explique mais sobre eventos de conteúdo Este ano teremos 320 horas de conteúdo, com quatro auditórios para eventos técnicos que começam às 9h e irão até às 18h, enquanto a feira abre às 13h e vai até às 21h. Percebemos que a Fenasucro também é uma plataforma de atualização técnica e comercial dentro das usinas. Os temas são definidos previamente, conforme demandas de usinas feitas com grupos técnicos como o Gerhai. Os funcionários participam e obtêm certificados que reforçam seus currículos.


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RenovaBio gera efeito positivo na feira DIVULGAÇÃO

Fenasucro & Agrocana volta a atrair expositores que tinham deixado o evento devido à crise imposta por falhas de governantes ao setor sucroenergético do país

Isso já reflete em favor do setor sucroenergético? Sim. Percebemos que o setor, que era desacreditado, passa a novamente se aglutinar. Compõe frentes parlamentares, o empoderamento do produtor rural acontece. Deixa-se de ter um plantador de cana para ter um produtor de bioenergia. Do lado público, começamos a ter um cenário mais substancial nas plataformas trazidas pelo governo.

DELCY MAC CRUZ, DE RIBEIRÃO PRETO (SP)

O RenovaBio está em fase de implementação e só deverá entrar em prática no começo de 2020. Mas Paulo Montaboni, gerente-geral da Fenasucro & Agrocana, afirma que o programa já causa efeito positivo na feira. Que efeitos positivos? Paulo Montaboni - Empresas que deixaram de expor na Fenasucro & Agrocana há quatro, cinco anos, por conta da crise que abateu o setor sucroenergético, estão retornando. Além do RenovaBio, há

A Fenasucro & Agrocana deste ano ganha destaque com o RenovaBio

também os investimentos que aos poucos retornam para a cogeração. Se se pensar há linha de crédito aberta para fazer energia da biomassa da cana e para retrofit, tudo isso antes da entrada do RenovaBio, há oportunidade de negócio a curto prazo e vislumbrando o programa a longo prazo.

Fale mais a respeito. Tudo que não tivemos de iniciativa pública nos últimos dez anos culminou agora. Há a virada de governo e vamos depender de quem ganhe. Mas uma vez estabelecidas, políticas de Estado como o RenovaBio independem do governo.

A Fenasucro & Agrocana 2018 antecede em dois anos a previsão de entrada em prática do RenovaBio. É o momento certo de contratar serviços com os expositores antes que os preços subam? Hoje, quem frequenta a feira já faz compra para 2019. Se houver a encomenda de sequência de caldeira e de turbina, ela não será entregue antes de um ano e meio. E o empresário que pensa em 2020, ano da entrada do RenovaBio, está planejando-se antes da alta dos preços [a ser registrada com a maior demanda por equipamentos].


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ARTE: GASPAR MARTINS

VENTOS SOPRAM A FAVOR DO ETANOL Decisões dos governos da China e dos Estados Unidos em favor do biocombustível abre mercado gigantesco que deverão atender também os produtores brasileiros DELCY MAC CRUZ, DE RIBEIRÃO PRETO (SP)

O etanol avança no mercado global. No mercado doméstico, o biocombustível mantém força junto ao consumidor, mais por conta da competitividade diante da gasolina. Até o fim de maio, as unidades da região Centro-Sul mantinham a projeção inicial de manter a chave do mix mais para a produção do combustível e menos para o açúcar. No mercado internacional, as projeções também oferecem alento ao etanol. A mais impactante delas é da China. Os governantes seguem a já anunciada meta de inserir de vez o etanol na matriz energética. Por conta disso, o governo chinês anunciou um audacioso plano de mistura de 10% de etanol à gasolina (E10) em todo o país a partir de 2020. Essa mistura criará um mercado de etanol de 4 bilhões de galões, conforme projeção de Mike Dwyer, economista che-

fe da organização americana U. S. Grains Council. Os 4 bilhões de galões representam 15,2 bilhões de litros de etanol, levando-se em conta de que cada galão tenha 3,8 litros. Quem irá abastecer esse gigantesco mercado de biocombustíveis que só não será criado em caso de problemas na China? Brasil e Estados Unidos seguem como principais produtores de etanol. Mas os EUA, grandes vendedores de biocombustível para o Brasil, podem não ter oferta extra para atender à abertura desse novo mercado projetado. Isso porque o presidente americano Donald Trump mantinha em maio último a posição de permitir durante o ano todo a venda de gasolina com uma mistura de 15% de etanol, conhecida como E15. Atualmente, a Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) proíbe a mistura de 15% de etanol durante o verão no

Hemisfério Norte, por temores de que ela contribua para aumentar a fumaça em dias quentes. Normalmente, a gasolina no país contém 10% de etanol. O aumento da mistura em 5% amplia o mercado local de etanol. A medida favorece os produtores locais, deverá enxugar o excedente hoje exportado para o Brasil e, para os produtores brasileiros, sinaliza a abertura de um mercado gigante com a adesão da China ao biocombustível que reduz as emissões de gases de efeito estufa e ajuda os países a substitui os combustíveis fósseis. A autorização resultou de discussões sobre o chamado Padrão de Combustíveis Renováveis (RFS). O RFS estabelece os volumes de combustíveis renováveis que deverão ser misturados a combustíveis fósseis em cada ano. Senadores republicanos e a Casa Branca anunciaram o acordo na terça-feira, após uma reunião a portas fechadas.


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Entidade quer EUA e Brasil juntos Economista da organização U. S. Grains Council propõe parceria entre os dois países para atender ao gigantesco mercado de biocombustíveis a ser implantado pela China DIVULGAÇÃO

Os produtores de etanol do Brasil e dos Estados Unidos devem fazer parceria para atuarem diante o gigante mercado que está projetado para os próximos anos. A proposta foi apresentada por Mike Dwyer, economista chefe da organização de produtores americanos U. S. Grains Council em evento da F. O. Licht realizado em abril na capital paulista. “Seria ótimo fazer aliança com o Brasil com foco no mercado a ser criado para o biocombustível”, disse ele. Conforme projeção da U. S. Grains Council, a adição de 10% de etanol na gasolina na China, o E10, irá gerar um mercado de 4 bilhões de galões. Ou seja, serão 15,2 bilhões de litros. Detalhe: o E10 está previsto para vigorar em 2020. “Se os chineses, se não puderem fazer etanol [para dar conta do mer-

cado] irão diminuir a tarifa e permitir importações”, afirmou o economista da instituição americana. “Precisamos de amigos trabalhan-

do conosco”, emendou, referindo-se aos produtores brasileiros de biocombustível. “Precisamos achar algo em comum.”

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CONFIRA AVALIAÇÕES DO ECONOMISTA DOS EUA Confira informações relatadas por Mike Dwyer, economista chefe da organização de produtores americanos U. S. Grains Council, durante evento da F. O. Licht realizado em abril na capital paulista. - Brasil e EUA são 80% do mercado de etanol - A gasolina no Brasil recebe 27% de etanol anidro e temos inveja do que vocês fizeram nessa área. Mas por causa do período da safra, há sazonalidades de preços. - Trabalha-se para finalizar a implementação do RenovaBio e há crescimento potencial do mercado de etanol para 50 bilhões de litros. Hoje o Brasil vive déficit e por isso importa. - Será que temos etanol suficiente para um suprimento global suficiente? Sim, temos refinadores que já planejam. - Nos EUA, precisamos um E15 (adição de 15% de etanol à gasolina) o ano todo. - Também surgimos como o maior produtor de etanol, e a economia do etanol de milho se comprovou principalmente nos últimos cinco anos. - Somos os maiores exportadores, apesar de as margens estarem em baixa para a indústria.

- Existe um elefante na sala: taxação de 20% sobre a importação acima de 600 milhões de litros não foi efetiva. Vocês não têm etanol e irão importar de qualquer jeito. - Há um grande desafio de um trabalho global com a China. O RenovaBio é política interessante e muitos países olham como o Brasil implantará esse programa. - US$ 200 milhões é o custo médio de uma planta de etanol de milho. Significa US$ 4 por galão. - Espera mandado [do E15] para atrair investimentos. Ideia é criar aliança e não adversários. Nos últimos 5 anos houve estagnação no aumento da produção. - O E10 em 2020 na China serão 4 bilhões de galões. É muito. O Brasil estará com o RenovaBio, que incentiva, deverá gerar mercado de 30 a 50 bilhões de litros. - O preço do milho está baixo nos EUA. Desejo das plantas é reduzir os custos de processamento, mas há um conjunto de fatores.

- Óleo de milho e DDG fazem a diferença. - Existe a percepção de que o etanol de milho é o pior em termos de emissão de gases de efeito estufa (GEE). Há aumento de investimento para reduzir custo e uso de energia e isso afeta a situação. Temos 43% de redução nas emissõe de GEE ante a gasolina, segundo estudo do Departamento de Agricultura (Usda). - Não somos tão bons quanto o Brasil, que está com redução de emissões de GGE de 60% ou mais.

- O preço da cana caiu, mas não tanto quanto o do milho. Temos baixo custo de energia para fazer etanol, rendimentos são mais de 10 toneladas por hectare, contra 7 a 8 toneladas por hectare no Brasil. - Uma tendência é o etanol do amido do milho, que será grande contribuinte nos próximos dez anos no Brasil. O problema é que o Mato Grosso, principal estado produtor de milho, está no meio do nada. Problema é chegar ao mercado exportador, e será vendido nos mercados vizinhos ao MT.


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Chineses buscam informações Delegação de executivos da State Development & Investment Corp (SDIC), uma das principais empresas de investimentos chinesas, visitaram empresas e instituições no Brasil DIVULGAÇÃO

Chineses apostam no etanol 2G

Representantes chineses com executivos da Unica em encontro em maio último: busca de informações

o plano da China de aumentar o uso de biocombustíveis em sua matriz de transporte. Plano audacioso O governo chinês anunciou um audacioso plano de mistura de 10% de etanol à gasolina (E10) em todo o país a partir de 2020. Donos de uma frota automotiva gigantesca, que ultrapassa 200 mi-

lhões de veículos, grande parte deles movidos a combustíveis fósseis (gasolina e diesel), os chineses têm o desafio de descarbonizar o transporte urgentemente. No Acordo de Paris, assinado em 2015, a China comprometeu-se a reduzir a intensidade de carbono de sua economia a partir de 2030, aumentando o uso e produção de energias renováveis e a cobertura vegetal.

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Os representantes da SDIC também conheceram a produção de etanol 2G no Brasil. Em 10/10, visitaram a Usina Costa Pinto, pertencente ao Grupo Raízen na região de Priracicaba (SP). A proposta foi conhecer de perto a fabricação do etanol de segunda geração (2G), produto feito a partir de resíduos agrícolas, caso do bagaço e da palha da cana no Brasil. Na China, a SDIC já adquiriu quatro plantas para produção de etanol de milho e tem planos de investir em mais seis plantas. Hoje, as quatro unidades já em funcionamento produzem aproximadamente 2,6 milhões de toneladas ao ano, com meta de 13 milhões ton./ano até 2020. Até lá, a prioridade da China deverá ser a utilização dos estoques públicos de milho, boa parte considerada imprópria para o consumo humano e animal, que atinge hoje cerca de 140 milhões de toneladas. A partir daí, deverá haver uma maior diversificação de fontes como a mandioca e sorgo doce para produzir o combustível 2G.

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A China também busca sinergia com o Brasil com foco na indústria sucroenergética. Em 11/05, executivos da State Development & Investment Corp (SDIC), uma das maiores empresas de investimentos da China, vieram ao Brasil em busca de dados sobre o setor. Os executivos da SDIC estiveram na sede da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), em São Paulo, onde, em encontro com a presidente da associação, Elizabeth Farina, a delegação liderada pelo Chairman da companhia chinesa, Wang Huisheng, recebeu informações detalhadas sobre a experiência bem-sucedida do etanol no Brasil, particularmente sobre o cenário da produção, com foco especial em políticas públicas como o Programa RenovaBio. O pano de fundo da viagem dos representantes da SDIC ao Brasil é

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INDUSTRIAL

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USINAS JÁ COLHEM RESULTADOS Retorno positivo é registrado entre unidades produtoras que implementaram o RTO para a safra 2018/19 DIVULGAÇÃO

Douglas Castilho Mariani* As usinas que estão em processo de implementação do software de otimização em tempo real da cogeração e planta industrial, o S-PAA, já estão colhendo os primeiros resultados da utilização do sistema. Este é o caso da Usina Rondon e Destilaria Jussara, ambas situadas no Estado do Paraná. Ambas Usinas fecharam contrato com a Soteica, empresa desenvolvedora e implementadora do software, ainda na safra passada, e com isso já iniciou a safra de 2018 com o modelo matemático representativo da planta pronto e faltando apenas os testes de aderência e adequação. Com isso já puderam implementar os Laços Fechados no mês de abril e já começam a computar ganhos com a aplicação e auferir o retorno do investimento. A Usina Rondon, do Grupo Usaçúcar, iniciou a sua safra ainda no final do mês de março e já está

Técnico de usina do Grupo Usaçúcar: unidades já utilizam o S-PAA

com os Laços de Geração de Vapor e Fluxo de Caldo operando desde

início de abril. A usina já visualizou ganhos oriundos da atuação

em tempo real de ambos os Laços Fechados. O consumo de vapor teve uma redução considerável, sendo clara para a equipe de operação e de gestão que o sistema encontrou um novo patamar operacional do balanço térmico. Com os dados de consumo de vapor de processo e vazão de caldeiras corroborando com o sentimento de todos. Os resultados ainda estão em fase de aferição e verificação, mas a sobra de bagaço ficou evidente, e com isso este importante combustível estará mais disponível para a cogeração de energia elétrica nas UTEs do Grupo. Vale ressaltar que a disponibilidade de bagaço, além de gerar retorno financeiro direto é um ativo estratégico para o Grupo, permitindo a tranquilidade no cumprimento dos contratos de cogeração e o aproveitamento de oportunidades que surjam em relação a variação do preço da energia.

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Douglas Mariani, da Soteica: “projetos implantados para a safra 18/19 com resultados em consolidação”

GANHOS COM O LAÇO FECHADO Unidade do Grupo Usaçúcar obtém estabilidade operacional dos setores de tratamento de caldo e evaporação em um brix maior de xarope A Usina Rondon, do Grupo Usaçúcar, registra outros ganhos com a implementação do S-PAA nesta safra 2018/19. Um desses ganhos com o Laço Fechado de Fluxo de Caldo é a estabilidade operacional dos setores de tratamento de caldo e evaporação, e isso se refletiu em um brix maior do xarope, mesmo com um consumo menor de vapor de processo. O supervisor de produção Thiago Luiz Pereira de Souza comentou que atualmente o tradicional grupo açucareiro tem voltado o seu mix ao etanol, mas que o ganho de qualidade do xarope será ainda mais importante quando a usina voltar a seu mix tradicional. A Usina Rondon ainda irá implementar um controle de carregamento de dornas com ART constante. Para isso depende de uma parada mais prolongada para adequação do sistema de controle da planta. Melhoramentos Na Destilaria Melhoramentos, também no Estado do Paraná, o projeto que começou em novembro de 2017 já está oferecendo informações estratégicas para equipe de gestão e operação desde do começo da safra, e praticamente toda a verificação do modelo foi finalizada no meio de abril, com menos de 25 dias efetivos de safra. O Laço Fechado de Vapor está operando e o sentimento da usina

é que trouxe à tona atuações nunca antes realizadas, buscando adequar o balanço as mudanças que a planta naturalmente sofre e as eficiências dos equipamentos de acordo com suas campanhas. Os resultados do balanço de vapor ainda estão sendo aferidos, buscando sempre comparar períodos equivalentes de moagem. O Laço Fechado de Embebição e Fluxo de Caldo já estão prontos e testados, mas ainda não está em produção por conta de um evento de manutenção pelo qual a moenda está passando. Ambos os projetos seguem dentro de seu cronograma e a perspectiva é que os resultados se consolidem e evoluam conforme a safra caminhe, e mais Laços Fechados entrem em linha. Tereos Outro importante produtor, o Grupo Tereos, fechou contrato com a Soteica para a implementação nas Usinas Tanabi e São José. O kick-off já foi realizado e os modelos das usinas já estão diagramados e sua revisão já estão previstas para segunda quinzena de maio. Com isso, o S-PAA segue expandindo sua atuação no setor e gerando resultados às usinas clientes. *Doutor em engenharia química e consultor da Soteica.


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Descoberta enzima-chave para o 2G IMAGEM: BETA-CLUCOSIDADE AMAZÔNICA / DIVULGAÇÃO

Microorganismos capazes de promover o coquetel enzimático em favor do etanol de segunda geração foram descobertos no lago Poraquê, na Amazônia

Proteína, codificada por gene encontrado em microrganismos do lago Poraquê, poderá potencializar a ação do coquetel enzimático necessário à sacarificação do bagaço de canade-açúcar

JOSÉ TADEU ARANTES/AGÊNCIA FAPESP

A produção do etanol de segunda geração ou etanol celulósico, obtido a partir da palha e do bagaço da cana-de-açúcar, pode aumentar em até 50% a produção brasileira de álcool. Desnecessário enfatizar a importância econômica e ambiental dessa possibilidade, que transforma resíduo em recurso. Para tanto, o país possui a melhor biomassa do planeta, a capacidade industrial instalada, a engenharia especializada e a levedura adequada. Só falta completar a composição do coquetel enzimático capaz de viabilizar o processo de sacarificação, por meio do qual os açúcares complexos (polissacarídeos) são despolimerizados e decompostos em açúcares simples. Compor uma plataforma microbiana industrial para a produção do conjunto de enzimas necessárias é o alvo de pesquisas avançadas na área. Um importante resultado acaba de ser alcançado, com a descoberta, no lago Poraquê, na Amazônia, de microrganismos capazes de produzir uma enzima crítica para o êxito do empreendimento. Isolada, caracterizada e produzida, a enzima mostrou-se compatível com duas fases essenciais da produção do etanol de segunda geração: a fermentação e a sacarificação. A realização simultânea dessas duas etapas oferece a perspectiva de uma grande redução de custos para a indústria sucroalcooleira, uma vez que as reações podem ocorrer em um único reator e há economia de reagentes. O estudo mobilizou pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), da Petrobras, da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), e contou com

ENZIMAS REPRESENTAM ATÉ 50% DO CUSTO DO 2G “A sacarificação é a etapa mais cara do processo. De 30% a 50% do custo do etanol celulósico é despendido com as enzimas necessárias para transformar os açúcares complexos em açúcares simples. E, atualmente, a eficiência da conversão realizada por essas enzimas está entre 50% e 65%. Isso significa que de 50% a 35% do açúcar disponível na biomassa é ‘perdido’ durante a sacarificação. O grande propósito do nosso estudo foi encontrar biocatalisadores capazes de contribuir para o aumento da eficiência”, diz Mário Tyago Murakami do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), um dos coordenadores da pesquisa, à Agência FAPESP. Segundo o pesquisador, no arsenal de enzimas necessárias, atuando de maneira sinérgica, as beta-glucosidases têm importância fundamental, porque respondem pela última fase da cascata de sacarificação da celulose. “Sabemos que, à medida que aumenta o percentual do produto da sacarificação, a taxa do processo de sacarificação cai. Porque a presença do produto inibe a atuação das enzimas. Isso é uma espécie de regra geral”, explicou. “No caso específico, a glicose gerada restringe a atuação das beta-glucosidases. Esse gargalo tecnológico tem sido objeto de estudos exaustivos. Para aumentar a eficiência da sacarificação, é preciso que as beta-glucosidases sejam altamente tolerantes à presença da glicose.” Diferenças Devido a especificidades genéticas, decorrentes de diferenças no processo evolutivo, enzimas homólogas podem apresentar variados graus de resistência à inibição pelo produto. E o alvo dos pesquisadores no estudo em pauta foi encontrar as betaglucosidases mais adaptadas à biomassa existente no território brasileiro. Para isso, foram investigados os processos naturais que ocorrem em diferentes biomas do país, tanto na Floresta Amazônica como no Cerrado.

DIVULGAÇÃO

apoio da Fapesp. Artigo assinado pela equipe de pesquisadores foi publicado

na Biochimica et Biophysica Acta (BBA) – Proteins and Proteomics.

Sacarificação simultânea à fermentação

Em seus estudos enzimológicos, Flavio Henrique da Silva, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), verificou que a beta-glucosidase codificada pelos microrganismos do lago Poraquê apresentava eficiência catalítica para a sacarificação do bagaço de cana-deaçúcar e tolerância expressiva à inibição pela glicose. O passo seguinte foi dado pela equipe de Murakami, especializada em biologia estrutural mecanística, que elucidou, em nível molecular e atômico, as bases do funcionamento dessa enzima. “Foi um bom exemplo de trabalho em equipe, juntando grupos de prospecção, grupos de enzimologia, grupos de estudos mecanísticos, grupos de bioinformática e etc. Utilizamos equipamentos do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron e de outros laboratórios nacionais”, disse Murakami. Em relação à estrutura molecular, o estudo oligomérico evidenciou uma proteína diferente das demais de sua categoria, com uma arquitetura quaternária única. “Esse estudo corroborou pesquisas anteriores do grupo a respeito dos determinantes estruturais para a tolerância da enzima ao produto, validando nosso modelo mecanístico. Além disso, verificamos que essa beta-glucosidase atua em condições de temperatura e pH compatíveis com o processo de hidrólise”, disse Murakami. Condições Essa informação é muito relevante, porque indica que a enzima encontrada pode vir a compor um processo chamado de SSF: sacarificação simultânea à fermentação. Pelo fato de poder atuar em condições de temperatura compatíveis com o crescimento da levedura, essa beta-glucosidase propicia que a disponibilização do carboidrato resultante da sacarificação e sua fermentação pela levedura possam ocorrer ao mesmo tempo. Tal estratégia ajuda a mitigar o efeito de inibição pelo produto, porque, à medida que o açúcar é produzido, ele também vai sendo consumido pela levedura, o que alivia a enzima da inibição por uma quantidade excessiva de glicose


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PROJEÇÕES E AVALIAÇÕES DOS GESTORES

Cursos Técnicos

O 2º Curso de Custos, Perdas e Gestão Industrial “O Encontro dos Gestores Industriais das Usinas” realizado no dia nove de maio, no Centro de Eventos Zanini, em Sertãozinho (SP), reuniu acionistas e profissionais de usinas e destilarias envolvidos na gestão industrial. Confira nas próximas páginas avaliações, constatações e projeções dos palestrantes do evento da ProCana Sinatub.


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Avaliações industriais, segundo Cullen Fernando Cullen Sampaio, gerente industrial da Usina Iracema, do Grupo São Martinho, tratou do tema “Gerenciamento de Perdas no Processo Industrial – Pontos Relevantes e Controles.” DIVULGAÇÃO

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O que é fundamental Tecnologia temos bastante. O gerenciamento deve ocorrer por fatos, não por opiniões. Hoje, a exigência até dos colaboradores não deve ser apenas geração de dados, mas uma geração analítica dos dados. No caso da moenda, por exemplo, devese fazer check list por fotos."

Na entressafra: A questão do planejamento: primeiro passo é o planejamento e condução da manutenção da entressafra. Uma usina que para só quando a gente quer é um sonho. Acima de 99% de aproveitamento industrial não é bicho de setecabeças. O que garante isso é a boa condição na entressafra. Planejamento da safra: Usar o Excel para o planejamento estratégico/tático/operacional, com simuladores. Define os parâmetros operacionais com a equipe. O segredo para ter bons resultados é quando há estabilidade no processo. Se não há variação, não há perdas. Estabelecer malhas de controles para vazão de caldo é um exemplo. Com usina estável, flui-se como relógio. Na safra: Garantir o cumprimento do que foi planejado. Monitoramento preditivo e preventivo de equipamentos estratégicos. Cumprimento das rotas estratégicas dos instrumentistas/eletricistas/ mecânicos. Monitoramento dos KPIs, prefencialmente on-line, além das variações envolvidas com os KPIs. Garantia da estabilidade do processo.

REPROCESSOS Há reprocessos esporádicos e incorporados. A varredura do açúcar é um reprocesso. Não se consegue jogar na planta, e é preciso voltar atrás. Exemplo de reprocesso incorporado é o caldo filtrado. Quando se dimensiona hoje é preciso aquecimento, vapor, e cada vez que retrabalha há perdas associadas. Perdas decorrentes fora da especificação Ainda não há domínio do processo. Como exemplo está a amarelização do açúcar, que é um problema. Faz-se o produto e meses depois, na hora de entrega-lo, ele fica amarelo. Premissas básicas Uma delas é a confiabilidade das

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informações relacionadas aos resultados dos laboratórios (analíticos) como PCTS, industrial e microbiológico. Esse último ganha peso em safra mais alcooleira, como a 2018/19. A qualidade das informações será obtida quando existir um Sistema de Qualidade que garanta, entre outros, a manutenção e calibração dos equipamentos, procedimentos analíticos e pessoal bem treinado. Avaliação do processo industrial Depende do rendimento industrial (RIT) em açúcar ou álcool, que é o que interessa ao acionista por medir a cadeia toda. Sobre a eficiência industrial, os produtos ajudam nos resultados do RIT. Dependerá do mix. Uma boa eficiência deve ser de 85% na desti-

APOIO

laria. Só na fermentação e extração resultam em perda de 13%. Já quem faz açúcar perde 1% a 1,5%. Quanto mais açucareiro o mix, a eficiência sobe. Hoje a eficiência industrial é de 91% ou 92% em indústrias açucareiras que também façam álcool residual. Há perdas aceitáveis de 8% a 13%. Por isso o mix irá interferir. Há, para resolver, a eficiência relativa. Ou seja, qual seria a eficiência máxima se as perdas setoriais estivessem no estado da arte? Se eficiência for 97%, está 3% abaixo da usina no estado da arte. Balanço de ART Mede cana, perdas determinadas e indeterminadas e produtos em t de ART. Perda indeterminada aceitável é de até 2,5%.

Planejamento operacional da safra: Envolve discussões semanais sobre a matéria-prima, com simulações do processo. Nessas simulações do processo, deve-se definir os parâmetros operacionais, as estratégias, as necessidades de utilização dos equipamentos, elaboração dos planos de limpeza, planilhas de ocupação e material para treinamento do pessoal de operação. Interface da indústria e da área agrícola Recomendações: aferições frequentes da balança. Deve-se pesar caminhões na entrada e saída, evitar manter tara fixa. É preciso checar frequentemente a tara. Deve-se também fazer o rodízio do estoque sobre rodas. Constantemente. No PCTS: analisar até 25% da cana. Utilizar amostrador oblíquo. Fazer calibração frequente dos equipamentos. Realizar auditorias com frequência.


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Os custos de produção das usinas

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Levantamento do Pecege apura informações de 103 usinas participantes relacionadas à safra 2016/17 João Rosa, gestor de projetos do Pecege, apresentou no 2º Curso de Custos, Perdas e Gestão Industrial, realizado pela ProCana Sinatub, palestra sobre a abordagem dos custos da indústria. Segundo Rosa, a abordagem oferece valores de referência para se nortear, ter benchmarking. “Ideia não é acertar o ângulo, mas ir no gol”, disse. Ele lembrou que o levantamento de custos do Pecege é feito com mais de 200 usinas

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em 10 safras avaliadas, responsáveis por 40% da moagem de cana do País. A palestra revela resultados da safra 16/17 com 103 usinas participantes. O Pecege não divulga dados das usinas, mas mostra panorama, um indicador. O levantamento revela a apuração dos custos agroindustriais feita pelo custo da cana própria, o custo industrial do processamento da matéria-prima, considerando a cana comprada, e os custos administrativos.

A abordagem oferece valores de referência para se nortear, ter benchmarking. “Ideia não é acertar o ângulo, mas ir no gol”

Valores médios encontrados na 16/17 Indicadores técnicos agrícolas Produtividade dos canaviais em ATR/ha: 10 t de atr/h na região Centro-Sul contra 7,7 t atr/ha na região Nordeste. Custos por estágio de produção na tradicional: R$ 6,5 mil por ha. Na safra 17/18, cujo levantamento está em fase de formatação, a média chega a R$ 7,3 mil. Na produção na chamada região de expansão, como os estados de Goiás e Mato Grosso do Sul, o nível de mecanização e de mudas é maior e custo vai a R$ 6,9 mil por hectare. Em cana soca, os gastos em tratos culturais são de médios R$ 1,7 mil por hectare. Custo do CCT: R$ 31 por tonelada ou R$ 2,493 mil por hectare. Quanto as usinas gastaram para produzir a cana em regiões tradicionais do país: R$ 32,24 em mecanização por t. Na média, o custo por tonelada é de R$ 96,84. Indicadores técnicos industriais Nas regiões canavieiras tradicionais do

País: R$ 26,42 por t processada. Nos estados de expansão, R$ 29 por t. No NE, R$ 34 por tonelada. Esses indicadores incluem custos de mão de obra, depreciação e remuneração de capital. Custos administrativos O que mais chama atenção é o custo de capital de giro, que avançou com o endividamento das usinas. Nas usinas localizadas na região tradicional do País, chegou-se na safra 16/17 a R$ 14 por tonelada. Custo agroindustrial Nas usinas localizadas na região tradicional, o custo agroindustrial na 16/17 ficou em R$ 130 por tonelada de cana. A área agrícola representa R$ 94,77 dos R$ 130, a área administrativa corresponde a R$ 9,01 e a indústria por R$ 26.

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Como ter mais ganhos com tecnologia Avaliações são do diretor de operações e de engenharia da Atvos no evento da ProCana Sinatub Celso Luiz Tavares Ferreira, diretor de operações e engenharia da Atvos, palestrou no evento da ProCana Sinatub sobre o tema “Tecnologia aplicada para aumento de competitividade.” A Atvos, informou, é fundamentalmente indústria de etanol. Do mix, 85% são para o biocombustível. Das 8 unidades hoje em operação, só duas não fazem anidro. “Moemos 37 milhões de toneladas.” A evolução, relatou, não é só em automação, mas em simulação, controle avançado e controle em tempo real. “Antes de começar o novo, quisemos dominar minimamente o que está instalado.” Os ganhos, segundo Ferreira, refletem a boa gestão da rotina. “Há imprevistos, oscilação, mas é importante que haja domínio para o resultado

minimamente esperado.” Hoje, emendou, existe uma massa de informações muito grande. “Mas como transformar essa massa em insumo para tomar a melhor decisão?” A tecnologia chegou à indústria 4.0, com IoT (internet das coisas), robôs, segurança das informações, a nuvem, impressão 3D e o big data, que permite a interpretação para as melhores decisões. No caso da Atvos, disse, a estratégia adotada foi a inteligência artificial e controle avançado de processos. “Começamos esse controle assegurando a integração dos dados com instalação confiável.” Conclusões -D ominar a rotina e extrair o máximo dos ati-

vos: rendimentos e confiabilidade -T ecnologia: oportunidade de melhorar qualidade e domínio das informações para melhores decisões -D efinir estratégia e prioridades: melhor custo x benefício - Começar “pequeno”: validar pilotos e depois extrapolar (assegura aprendizado e minimiza riscos) -B ig data: próxima etapa. Com a facilidade de hoje, e disponibilidade de obter informações não só na indústria, mas na área agrícola, extrai conjunto de variáveis e parâmetros para ser replicado. Gera ganho de produtividade com a obtenção do pico de performance.

Sim, a gestão reduz custos É o que relata economista com especialização em Harvard no 2º Curso de Custos, Perdas e Gestão Industrial DIVULGAÇÃO

Carlos Araújo, COO da Mackensie Agribusiness, está há 40 anos no setor, com atuação em empresas como o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC). É economista e, no 2º Curso de Custos, Perdas e Gestão Industrial, fez palestra focada na gestão voltada à redução de custo. “Você não tem redução de custo se não tiver gestão”, afirma ele. “Nas usinas há muito o que fazer e, em relação à indústria automotiva, estamos atrasados no mínimo há 30 anos.” Confira o que relatou o economista no evento da ProCana Sinatub: Busca da excelência “Temos que buscar a excelência operacional na produção. Ela não é uma alternativa, mas um compromisso com a empresa, acionistas, funcionários e com o mercado. O aumento da produtividade e da rentabilidade do setor é uma questão de sobrevivência para as próximas décadas. Esta safra será muito difícil para as usinas, com preços em baixa e custos elevados.” Primeiro passo “Excelência Operacional da Produção: isso é dar o primeiro passo PATROCÍNIO

ganizar dados, planilhas e estatísticas, medir desempenhos e demonstrar resultados.

quer na área agrícola ou na industrial. Podemos maximizar os processos operacionais, reduzir custos, otimizar a logística, com melhoria contínua.” Gestão industrial “Não quer dizer que precisamos de super-herói, mas de líderes que façam a coisa certa. Duas funções importantes, segundo o professor Warren Dennis, são competências técnicas e gestão de lidar com as pessoas. Hoje, trabalhamos com uma turma que tem 20 anos e, do outro lado, outra com 60 anos. Administrar essas pessoas é o grande desafio. Mas cabe a nós fazer a integração dessas APOIO

pessoas em busca de produtividade. O gestor industrial não pode ficar esperando chegar a cana na esteira, produzir etanol ou açúcar. É um profissional que deve identificar questões específicas, mas as características, implicações e meios de controle de qualidade e produtividade. Para isso, ele precisa ter noções de logística, estoque, tipos de materiais, tecnologia, tendências mundiais, gestão de pessoas, gestão de processos e custos operacionais.” Dicas para um bom gestor “O gestor precisa ter raciocínio lógico, ter facilidade para compreender, visualizar e utilizar números, or-

Custo padrão “Como trabalhei na indústria automotiva, sei que é preciso ter custos padrão. Há como chegar ao custo padrão de um litro de etanol ou de uma saca de açúcar. Isso é técnico, não achismo. São os custos predeterminados na estimativa técnica de mão de obra, insumos e equipamentos. É ter vontade. Sentar na mesa e fazer cálculo. Hoje, para fazer caixa, tem usina vendendo abaixo do preço de mercado. Não avalia depreciação. Hoje, no custo industrial, uma saca de açúcar sai por R$ 19,50 e o litro do etanol anidro por R$ 1,60. Perdas no processo “Há perdas em todos os processos da cadeia de produção do etanol anidro. É no custo fixo que nascem os prejuízos. Não no custo variável. Há muito custo fixo a ser cortado. Todos sabemos que este ano não será superavitário para as usinas. Se ela tem capacidade de moer 2 milhões de toneladas e se moer isso terá prejuízo, então deve reduzir a produção.


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Soteica e Viesser: estratégias Executivos das duas empresas relatam sobre software de otimização real e sobre erros e acertos das usinas “Aplicação de otimizador em tempo real para controle de processos” foi o tema da palestra de Weliton Scarabotto Moorda, engenheiro químico da Soteica. “Desde 1987 no mercado, a Soteica busca maior excelência operacional das empresas do setor sucroenergético com o software de otimização real S-PAA”, disse. Segundo ele, o lucro hoje está no detalhe. Eder Adriano Paz, consultor de planejamento e custos agroindustriais na Viesser Consultoria, fez palestra sobre o tema “Benchmarking

"

sobre indicadores e custos da área industrial.” “O que é custo? No setor é o valor pago ao trabalho necessário para a produção”, relatou. “É preciso calcular porque ele é elemento estratégico das empresas. Incluem o custo a valoração (por quanto vender o produto?), controle e planejamento.” Márcio Mori, consultor da Viesser, também palestrou no curso da ProCana Sinatub. O tema de sua palestra, que encerrou o evento, foi “Como identificar, gerenciar e reduzir perdas industriais.”

Eder Paz, da Viesser: “lucro hoje está no detalhe”

Mori, consultor da Viesser: “como identificar perdas”

Desde 1987 no mercado, a Soteica busca maior excelência operacional das empresas do setor sucroenergético com o software de otimização em tempo real S-PAA”

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Quem faz a diferença na gestão? É preciso uma política de valorização do ativo chamado pessoa. Executivo da Usina São Domingos detalha mais DIVULGAÇÃO

a eles estabelecidos e só é possível faze-lo com gente motivada. Não basta o líder conhecer seu pessoal. O pessoal precisa conhecer o líder. É fundamental que o líder seja acessível, que projete confiança e interesse, que divulgue o máximo possível de informações não distorcidas e aja com decisão. O bom líder tem de gostar de pessoas e ter talento para lidar com elas. Lembre que as pessoas estão constantemente em busca de indicativos da capacidade de seu líder.

Luiz Antônio Magazoni, diretor agroindustrial da Usina São Domingos, fez palestra no evento da ProCana Sinatub com o tema “Gestão industrial, quem faz a diferença?” “Os aspectos que envolvem a gestão de pessoas têm de ser tratados como parte de uma política de valorização desse ativo, nas quais as lideranças e RH são vasos comunicantes”, disse ele. Saiba mais sobre a palestra de Magazoni. Líderes Líderes são todos aqueles a quem se subordinam uma ou mais pessoas; sua responsabilidade é alcançar os objetivos estratégicos e operacionais

Mais sobre liderança É a habilidade de influenciar pessoas para trabalharem com entusiasmo visando atingir aos objetivos para o bem comum. É construir relacionamentos saudáveis. Liderança eficaz é fazer as coisas acontecerem. O acompanhamento é a pedra fundamental para a execução de qualquer tarefa. Líderes que são bons em execução acompanham tudo até o fim. Requisitos para uma boa execução Para uma boa execução deve haver: prestação de contas, metas claras, métodos precisos para medir os resultados e recompensas certas para as pessoas que apresentarem resultados. Muitas empresas esperam até que os resultados financeiros não apareçam para fazerem as correções nas posições chaves de liderança e, aí, pode ser tarde.

1

MOTIVAÇÃO Comprometimento individual de cada pessoa; realização pessoal; incentivos financeiros; desafios; plano de carreira; valorização; propósito da empresa

2

COMUNICAÇÃO Empresa integrada; informações sempre disponíveis; incentivo ao diálogo; sem barreiras hierárquicas; transparência

3

TRABALHO EM EQUIPE Objetivos comuns para todos; funcionários se sentirem relevantes dentro do ambiente organizacional; reuniões de acompanhamentos de resultados

4

CONHECIMENTO E COMPETÊNCIA CHA – conhecimento, habilidades e atitudes

5

TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO Quem fica parado acaba ficando para trás; empresas como um todo, mas também para o desenvolvimento dos funcionários

OS 7 HÁBITOS DAS PESSOAS MUITO EFICAZES 1 – Seja proativo. Não espere, faça acontecer. 2 – Comece com objetivo na mente. Tenha metas bem definidas, planeje antes de fazer alguma coisa 3 – Primeiro o mais importante. Coloque as coisas mais importantes em primeiro lugar 4 – Pense em ganhar-ganhar. Para você ganhar, ninguém precisa perder.

6 – Sinergizar. Valorize as ideias dos outros. Encare as pessoas como colaboradores. 7 – Renovação. Aperfeiçoe-se. Para se ter sucesso é necessário educação, treinamento e dedicação contínua. Segundo Stephen Covey PATROCÍNIO

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5 – Primeiro compreender, depois ser compreendido. Saiba escutar


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Como gerir as perdas industriais Diretor de processos industriais corporativo da Raízen lista dicas para os gestores DIVULGAÇÃO

“Gestão de perdas industriais: Balanço informação x ação” foi o tema da palestra de Eduardo Calichman, diretor de processos industriais corporativo da Raízen.

massa transforma a informação em conhecimento para ações e decisões operacionais para maximizar a produção de açúcar, etanol, energia e demais processos produtivos.

Confira a seguir trechos da palestra de Calichman proferida no curso promovido pela ProCana Sinatub: 1 - A fermentação é um desafio no qual evoluímos, mas ainda precisamos evoluir muito mais.

4 - Temos oportunidade de extrair mais calor das fontes frias e quentes. E fazer estudo financeiro, embora nem não será viável em todas nossas unidades.

2 - Temos a oportunidade de ter massa de dados das 26 unidades da Raízen. Usamos para associar à causa de cada unidade. Cada unidade é diferente da outra.

6 - Um capricho operacional é a filtração do lodo, que resulta em perdas industriais. Há muito arraste de filtro, limpeza das tortas. Isso está na [nossa] mão.

3 - Na análise dos dados, essa

7 - É preciso disciplina operacional

5 - Nosso negócio é uma soma de detalhes.

8 - Há coisas simples de resolver como o filtro prensa que, sem a tela bem lavada, obstrui e não permeia a água. 9 - Perdas residuárias. Não pode deixar vazar para não perder. É preciso gestão de rotina. Usina tem que estar seca. Quando vaza produto semi-acabado gasta desde o custo de cana, açúcar, mão de obra. 10 - Em resumo, a super-tecnologia está no dia a dia. Para a excelência operacional, além de ferramentas é preciso ter processo na gestão de rotina, ter as pessoas capacitadas e engajadas. Temos que fazer o arroz com feijão bem feito.

Como gerir a manutenção Orientações são de Daniel Lobo, gerente industrial da BP Biocombustíveis, apresentadas no evento da ProCana Sinatub Daniel Lobo, gerente industrial da BP Biocombustíveis, proferiu palestra no evento da ProCana Sinatub sobre “Gestão estratégica da manutenção em tempos de mudanças”. “Na indústria somos minimizadores de perdas”, afirma. O açúcar vem do campo, na forma de cana-de-açúcar, e é no campo o grande investimento para os produtos sucroenergéticos. “É melhor investir na indústria, para ganhar 0,5%, ou na área agrícola? Sou da indústria, tem ganho, mas o ganho maior está na área agrícola”, ponderou. Confira trechos da apresentação do executivo no curso da ProCana Sinatub: 1 – Ir nos detalhes “É preciso ter ajuste fino e ir nos detalhes com continuidade. O desafio da manutenção é fazer isso com o menor custo possível. Requer disciplina, trabalho duro. Somos criativos, nós brasileiros, mas somos ruins em disciplina.” 2 – Segurança, sempre “Na BP, antes de toda reunião, tratamos sobre segurança. Não adianta performance sem segurança, que é um bom negócio. A segurança de nossa atividade é garantida através de uma rotina sustentável, onde colaboradores, aprovadores, operadores e executores participam efetivamente do planejamento da atividade.” 3 - Riscos

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O primeiro pilar é a lubrificação confiável. O lubrificante é o sangue do equipamento. Custa menos de 4% mas é responsável por 34% das falhas dos equipamentos”

“Para as atividades com riscos adicionais, como atividades a quente, altura, içamentos, escavações e espaço confinado, as liberações seguem matriz específica de aprovação. Na unidade da BP em Edéia (GO), passamos 13 meses sem acidentes. É um bom resultado e é possível. Traz ganho adicional na motivação.” 4 – Gestão de manutenção “Temos plano diretor de confiabilidade na BP. O primeiro pilar é a lubrificação confiável. O lubrificante é o sangue do equipamento. Custa menos de 4% mas é responsável por 34% das falhas dos equipamentos. Implantou sistema com investimento relativamente baixo. Qualificação e treinamento: o que é lubrificante, diferenças de lubrificantes, certificação de colaboradores. Não é despesa, mas investimento.” 5 – Planejamento e programação “Outro pilar é Planejamento e Programação. Muitas unidades trabalham com isso. Cabe ao

planejador aceitar ou não o pedido. Saem relatórios que vão para engenheiro de confiabilidade, que fazem as prescrições. É um médico para a usina. E vai para a programação.” 6 – Planejar a entressafra “Começa o projeto da entressafra próxima já em abril da safra em andamento. Define cronograma com 10 mil linhas até, com estrutura de pessoal, fechamento de contratos com fornecedores, treinamento, até chegar a dezembro com tudo isso pronto. Isso é feito em etapas. Os imprevistos acontecem.” 7 – Manutenção proativa “Outro pilar é o da manutenção proativa (preventiva e preditiva). Se você atua com análises, evita problemas. Há muito pouco número de anomalias a tratar.” 8 – Organograma da manutenção “Temos sistema de gestão de manutenção com dezenas de itens. A prioridade no sistema é definir as áreas que podem parar a moagem. Se há problema na captação de água, na moenda, no difusor, para na hora. Trabalhar no quebra-conserta não traz performance adequada. Há relatório semanal de uma página, o OPR, que relata índice de lubrificação, manutenção que pode parar a programação, com índices de tolerância, e manutenção proativa, que exige tempo a ser dedicado.”


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O ENCONTRO DOS GESTORES INDUSTRIAIS

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Executivos de empresas ligadas ao setor sucroenergético participaram do 2º Curso de Custos, Perdas e Gestão Industrial realizado em 9/5

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MICRORGANISMOS: PAPEL FUNDAMENTAL PARA UMA VIDA FÉRTIL DO SOLO Os microrganismos presentes no solo possuem funções fundamentais para a manutenção da fertilidade no solo e para o crescimento de plantas saudáveis. A parte viva e mais ativa da matéria orgânica é constituída, em sua maioria, pelos microrganismos; sem eles, o solo seria uma composição de areia, silte e argila. Segundo Alan Borges, gerente de desenvolvimento da Fertiláqua, um único grama de solo possui mais de 10 mil espécies diferentes de microrganismos, cerca de um bilhão de bactérias, um milhão de actinomicetos e 100 mil fungos, além de quantidades significativas de protozoários e algas. “É enorme a lista de processos em que os microrganismos atuam e quanto mais eles existirem, mais produtivo será o solo”, afirma. O conjunto de grupos de microrganismos, com seus genomas e interações em um determinado ambiente é chamado de microbioma. Quando em equilíbrio, torna-se uma forte defesa contra doenças e outras fontes de estresse para as plantas; além de

Padrão disponibilizar grandes quantidades de nutrientes vitais, elevando os patamares de produtividade. É por meio da conversão (fixação) do nitrogênio atmosférico em compostos nitrogenados – que são utilizados pelas plantas na síntese de proteína – que os microrganismos aumentam a fertilidade do solo. Nesse processo, as substâncias orgânicas são convertidas em compostos inorgânicos, tornando-os úteis para os

Linha Longevus vegetais. “Em resumo, são as reações bioquímicas realizadas que fertilizam o solo pelo fornecimento de nutrientes”, explica o gerente. Na cultura de cana-de-açúcar, tem se observado nos últimos anos a presença de microbiomas desequilibrados, principalmente devido à intensa mecanização, ausência de rotação de culturas, diversas aplicações de defensivos agrícolas e excesso de adubação mineral.

Isso foi possível ser monitorado por meio de laboratórios de microbiologia de solo que fazem análises de atividades enzimáticas, bem como de DNA e RNA do solo, possibilitando diagnosticar a saúde do microbioma. Desenvolvida especificamente para atuar no processo de revitalização do solo de áreas de cana-de-açúcar, a Linha Longevus da Fertiláqua conta com dois produtos – Longevus Soca e Longevus Planta – que apresentam em sua composição ácidos orgânicos, aminoácidos e nutrientes. As substâncias húmicas (ácidos orgânicos) atuam diretamente na biologia do solo, tratando-se de uma fonte energética (carbono orgânico) para os microrganismos. Quanto maior for o teor de carbono orgânico de um material, maior será a fonte nutricional para a atividade microbiológica e maiores serão os benefícios. Além de melhorar a qualidade no solo, a nova linha tem como objetivo apresentar maior produtividade e ampliar número de cortes.


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DOUTORES DA CANA ARQUIVO PESSOAL

Cleber de Morais Hervatin, engenheiro agrônomo pela UNIPINHAL, com MBA em Gestão Estratégica do Agronegócio, Mestrando em Energia na Agricultura - FCA/ Unesp Botucatu. Linha de Pesquisa: Fisiologia, Nutrição e Maturação em Cana-de-Açúcar Qual a sua visão sobre a importância da produtividade no setor sucroalcooleiro? De acordo com os últimos dados da Conab, a estimativa de produtividade da safra 18/19 de cana-de-açúcar é de aproximadamente 73 ton/ha, o que é muito aquém do potencial produtivo da cultura e dos 3 dígitos tão desejados pelo setor. A busca por aumento de produtividade deve ser constante, pois só assim garantirá o sucesso do negócio. A palavra chave é verticalização da produtividade com tecnologia e manejo adequado.

Em sua ótica, quais decisões vem sendo tomadas pelo setor que refletem na melhoria de TCH e ATR de nossos canaviais? Ao separarmos todas as maiores produtividades de cana do setor, observamos vários pontos em comum: Definição correta do tipo de solo e ambiente de produção; Variedade certa, no lugar certo e plantado na hora certa; Manejo criterioso de pragas e doenças; Sistematização da área e redução de pisoteio; Manejo nutricional balanceado, ou seja, nutriente certo, na fase certa, aplicado de forma correta. Ao meu ver todas estas decisões são voltadas ao manejo correto e influenciam no incremento tanto de TCH quanto de ATR. Dentro do pacote tecnológico disponível para a cultura da cana-de-açúcar, a nutrição complementar via foliar, Configura-se como uma ferramen-

ta de relevância nesta busca por melhorias? Com toda certeza, a adubação foliar é de extrema importância, pois visa suprir necessidades nutricionais especificas em cada fase da cultura. Uma planta equilibrada nutricionalmente é muito mais resistente a estresses biótipos e abióticos. A adubação foliar já é empregada a muito tempo em várias culturas, porem somente a pouco tempo tem sido utilizada na cana.

Cleber de Morais Hervatin

Se tiver considerações, fique à vontade para discorrer. Temos desenvolvido vários experimentos utilizando aplicações nutricionais na fase de pré maturação e na fase de maturação da cana e os resultados obtidos demonstram ganhos significativos tanto de TCH quanto de ATR, o que nos dá muita segurança em afirmar e recomendar a utilização da nutrição complementar.


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MERCADO

Agosto 2015

expectativas sãoDE positivas" O"As EXEMPLO QUE VEM MINAS!

ução de 5% na alíquota de ICMS – estão demonstrando ao Brasil que abrem mão de uma parcela da CMS sobre o etanol arrecadação, mas obtêm preside benefícios com a Para Mário Campos, que aumentos da produção, do PIB setorial, iona outros estados a de emprego e renda nesta atividade. associação das indústrias do setor em ar mineiros e paulistas De um jeito ou de outro, a medida

DIVULGAÇÃO

MÁRIO CAMPOS

o setor. Diversas Minas Gerais, está o movimentando RenovaBio deverá usinas mineiras vendem para outros estados, da mesma forma que produtores impulsionar o mercado decomercializam etanol, etanol mas de outros estados redução da alíquota de ICMS para Minas Gerais. Mas, não é só isto. osdedesafios o etanol, 19% para 14%,também em Osão rankingpreocupantes dos maiores produtores ANSELMI, DE CAMPINAS, SP

Gerais não está gerando impacto do país também deverá ter alterações. no setor sucroenergético “Minas é o segundo maior mercado de o, que teve em maio um consumo combustível do Brasil. Mas, ficava em O economista Mário Ferreira Campos Filho já é conside,8 milhões de litros, um aumento quarto ou quinto lugar no consumo de rado um veterano entre as lideranças universovamos sucroeneror a 170% em relação aos 52,8 etanol. Agora do efetivamente ser o s comercializados no mesmo mês segundo estado em consumo de etanol”, gético, mesmo com ‘apenas’ 15 anos no setor. passado. A medida reabre e afirma o economista Mário Ferreira Nessa década e meia ele trabalha na Associação das Ine o debate sobre a tributação de Campos Filho, presidente da Siamig – dústrias Sucroenergéticas de Minas das Gerais, a Siamig, e nos stíveis no Brasil. Associação Indústrias exemplo de Minas da Gerais, além de Sucroenergéticas Minas Gerais. sindicatos Indústria Fabricação dodeÁlcool e no da Inum pouco de fôlego para Para cada cem litros de dústria do Açúcar no Estado de Minas Gerais. gasolina es sucroenergéticas, caminha no consumidos em Minas Gerais em 2014, o de mostrar para a sociedade os houve um consumo de 15 litros de Quaissociais as previsões para a safra 2018/19 emdeve Minas? cios, ambientais, e etanol. Esse número em 2015 micos do etanol, comenta o – calcula Mário Mário Campos Filhodobrar – A moagem está Campos. prevista em 65 mista Haroldo José Torres da “Com esse aumento, Minas Gerais milhões de toneladas de cana-de-açúcar e novamente chegagestor de projetos e pesquisador pode chegar no ano civil a pouco mais a de uma produção recorde de etanol, com bilhões ege –remos Programa Educação de 1,5 bilhão de litros. Em 32014, foramde uada litros, em Economia e Gestão 750 milhõesTambém de litros. No ano safra, o ter a mesma dadesafra 2015/16. deveremos sas, da Esalq/USP. setorde sucroenergético uma produção de 3,7 milhões toneladas. mineiro pode gundo ele, Minas Gerais e São alcançar até dois bilhões de litros”, – que já adotam a alíquota de 12% detalha.

Assim como outros estados, Minas terá uma safra mais alcooleira? Sim, existe uma certa reversão no mix para etanol. Encerramos a 17/18 ainda mais alcooleiro, o que será repetido na safra vigente, voltando àquele retrato de 2015. O sr. acompanha desde o começo do empreendimento da Polícia Nacional de Biocombustíveis, o RenovaBio. Estamos agora [em abril] na fase de regulamentação do programa, com a expectativa de anúncio das metas que será muito importante porque nos dará uma visão do tamanho [de mercado] que o etanol terá nos próximos anos. A expectativa, então, é grande pelo anúncio da emissão de metas? Realmente há uma expectativa muito grande para que tenhamos esse número e possa-se fazer um trabalho efetivo de todos os lados, seja do lado financeiro, de funding e de produção, para que isso possa efetivamente ocorrer. Enquanto espera-se pelo RenovaBio, como vai o setor sucroenergético? Passamos por uma revolução principalmente em todo o processo de cana-de-açúcar. Em um passado recente tivemos a entrada na mecanização. Foi difícil adaptar, mas nos adaptamos seja no plantio, seja na colheita. Hoje vemos na nossa porta um fenômeno muito importante, que é o da digitalização. Ele foca o uso de dados, com toda a tecnologia. Na indústria chamamos de Indústria 4.0, e no campo vou chamar de Agroindústria 4.0. Como? 4.0 porque iremos aliar o ganho no agro com o ganho industrial. Vejo que no futuro o setor poderá ter ganhos até em função do RenovaBio e da diferenciação que iremos ter

N ome completo: Mário Ferreira Campos Filho Natural de: Belo Horizonte (MG)

entre unidades industriais das de agroindustriais, em termos de descarbonização, entre os mais e menos eficientes. Isso poderá dar um impulso e um olhar diferenciado sobre a questão tecnológica. O futuro do setor virá pela integração? O futuro do setor virá com integração ainda maior de tecnologia com as novas fórmulas de produção e de olhar o Mário Ferreira Campos Filho: 2º maior mercado de segmento combustível com maisficava inteligência e eficiência em em 4º ou 5º lugar no consumo de prol etanol de um resultado ainda maior. Como está a relação do setor com a sociedade? A sociedade está cada vez mais participativa e conhecedora dos processos produtivos. Diante isso, é extremamente importante a gente [do setor sucroenergético] nos comunicarmos bem. Isso está intimamente ligado à ideia do RenovaBio? Sim. Da ideia do RenovaBio de trazer uma descarbonização de uma matriz de transportes, gerando ganhos ambientais a toda a sociedade brasileira. Isso caminha junto com os ganhos sociais em geração de emprego e de renda, fazendo desenvolvimento regional nas cidades nas quais o setor atua. Comente mais, por favor. Vendo o futuro em termos de energia, temos hoje na mesa várias opções e não tenho dúvidas de que o Brasil tem hoje melhor opção do que as de outros países de focar em biocombustíveis. E esses têm uma penetração, em termos econômicos, em toda a cadeia do Brasil e de forma significativa. Mas há desafios, certo? Vejo uma visão de futuro na qual vemos nossos concorrentes subsidiando a produção ou colocando taxas de importação. O que fazer? Acredito que também no futuro precisamos estar muito próximos do governo federal e promover uma política comercial de país pensando efetivamente no que importa para o país. Vimos no passado recente um movimento muito forte no setor de carnes, em uma defesa oficial efetiva, e gostaria de também ver isso com o açúcar. O empenho deve ser o mesmo do empregado a outros setores do agro. Afinal de contas, o setor sucroenergético é um complexo importante para o país e iremos precisar de muita articulação.

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Apresentação resumida Economista, Mário Ferreira Campos Filho tem MBA em Finanças e Relações Governamentais. É presidente da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig), do Sindicato da Indústria de Fabricação do Álcool do Estado de Minas Gerais e do Sindicato da Indústria do Açúcar no Estado de Minas Gerais. Participa de todos os fóruns de discussão do setor como do Fórum Nacional Sucroenergético (FNS) e faz parte das Câmaras Setoriais do Açúcar, do Álcool e de Logística do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), além de membro do Conselho Temático da Agroindústria da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Na sua gestão, o setor tem auferido grandes conquistas como a redução do ICMS do etanol hidratado de 19% para 14%, possibilitando a ampliação do consumo do combustível limpo e renovável no estado. Mário Campos é também diretor do Centro Industrial e Empresarial de Minas Gerais (CIEMG) e faz parte do Conselho Regional do SESI-SENAI-IEL da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG). Premiação Em 2015 recebeu o troféu de Líder do Ano no Prêmio MasterCana Centro-Sul 2015 e no mesmo ano a Ordem do Mérito Legislativo da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). “O FUTURO DO SETOR VIRÁ COM INTEGRAÇÃO AINDA MAIOR DE TECNOLOGIA COM AS NOVAS FÓRMULAS DE PRODUÇÃO E DE OLHAR O SEGMENTO COM MAIS INTELIGÊNCIA E EFICIÊNCIA”

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QUEM É QUEM NO SETOR

Conheça profissionais e personalidades do setor sucroenergético que estarão no “Quem É Quem no Setor”, publicação da ProCana Brasil que trará um registro histórico das pessoas e organizações que são e foram referenciais do setor nos últimos 30 anos

Vicente Tadeu Machado (segundo a partir da esquerda), engenheiro químico da Usina Uberaba (MG), com profissionais da empresa

Hélio Colombo, diretor industrial da Usina Colombo (SP), com equipe

Glencane Rio Vermelho (SP) Edes, Josias Messias, Janaína e Nilton


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QUEM É QUEM NO SETOR

Centenas de executivos ligados a companhias sucroenergéticas e a fornecedores do setor participaram do 4º Sugar & Ethanol Brazil, evento anual da F. O. Licht realizado entre os dias 25 a 27 de abril em São Paulo.

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Cana faz a Agrishow bater recorde A Agrishow 2018 atingiu a marca de R$ 2,7 bilhões, aumento de 22,7% em relação à edição do ano passado, que faturou R$ 2,2 bilhões. A expectativa inicial era de um aumento de 8%. A equipe do JornalCana esteve junto com os expositores da maior feira de tecnologia da América Latina.


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Desafio dos 50 gera estímulo entre colaboradores de usina Aprendiz de Recepção Fiscal e analista de controle agrícola vencem a competição que tem o objetivo de obter perda de peso e promover também o ganho de massa muscular Lucas dos Santos Reis, aprendiz da área de Recepção Fiscal, e Mateus Chbane, analista de Controle Agrícola, foram os colaboradores da Clealco vencedores da edição 2018 da competição Desafio dos 50. Promovida pela Clealco Associação Recreativa, Esportiva, Social, Cultural e Educacional (Cares), a competição é realizada durante 50 dias e estimula a perda de peso e o ganho de massa muscular entre os participantes. Durante o período do desafio, os participantes são acompanha-

dos gratuitamente por uma nutricionista da Cares, que orienta sobre as necessidades alimentares e nutricionais de cada um. Eles também passam por orientação física com a equipe de esporte do Clube Cares, com uma rotina de exercícios que auxilia os na busca pelos resultados. Lucas dos Santos Reis vence na categoria perda de peso. Na categoria ganho de massa muscular, o vencedor foi Mateus Chbane. Eles recebem premiação em dinheiro patrocinada por seguradora parceira da Cares.

Barralcool promove campanha de vacinação DIVULGAÇÃO

O Grupo Barralcool em parceria com o SESI-MT realizou entre os dias 9 e 11 de maio a campanha de vacinação contra a Influenza H1N1. Ao todo 1029 pessoas, entre colaboradores e sócios, foram imunizadas no ambulatório da empresa. A vacina é gratuita aos que manifestaram interesse e assinaram a lista de adesão. A gripe H1N1 é uma doença causada por uma mutação do vírus da gripe. Também conhecida como gripe Influenza tipo A ou gripe suína, ela se tornou conhecida quando afetou parte da população mundial em 2009. Os sintomas são bem parecidos com os da gripe comum e a transmissão ocorre da mesma

forma. A doença pode levar a complicações de saúde gravíssimas, inclusive à morte.


USINA DO BEM

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Sustentabilidade é tema de evento da Cofco Combate à mosca-do-estábulo foi um dos temas do Segundo Workshop realizado pela companhia DIVULGAÇÃO

Prejuízo A primeira palestra contou com Antonio Thadeu Barros, pesquisador da Empresa Brasileira de

Antonio Thadeu Barros, Taciany Ferreira e Fernando Antonio Bauab, proprietário da empresa Medusa Ambiental. Foram discutidos os tópicos das palestras anteriores, com questionamentos do público.

Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que falou sobre a mosca-do-estábulo, o prejuízo econômico causado por ela para as usinas e seus combatentes. Logo depois, foi a vez de Taciany Ferreira, consultora e responsável técnica da empresa Volare Consul-

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toria Ambiental, subir ao palco para dar uma pequena consultoria sobre as formas de combate à mosca. Houve também uma mesa redonda com intermediação de Helio Bellintani Junior, diretor jurídico da COFCO. Os participantes da mesa foram

Alerta Duas apresentações por parte de autoridades policiais sobre suas iniciativas em prol da sustentabilidade, a fim de alertar e conscientizar os presentes, encerraram o evento. O Capitão da PM Ambiental, Alessandro Daleck, apresentou o Projeto “Plantando Água”, enquanto o Capitão Da PM José Luiz Ferrari Ferreira, do Décimo Terceiro Grupamento do Corpo de Bombeiros, falou sobre a importância dos PAMS e ações desenvolvidas para Combate a Incêndio. Ao fim de todas as apresentações, os convidados receberam placas comemorativas de diversos diretores da COFCO International.

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O combate à mosca-do-estábulo foi um dos temas do Segundo Workshop de Sustentabilidade do Noroeste Paulista realizado pela COFCO International em 27/04 no Senac, em São José do Rio Preto (SP). O evento contou com cerca de 170 pessoas e teve palestras falando sobre a prevenção da mosca-do-estábulo, além de uma mesa redonda com especialistas do assunto, que discutiram os malefícios trazidos pelo animal. Com apresentação de Patricia Andrick, a abertura do evento teve Luis Marcelo Spadoto ressaltando a Sustentabilidade como um valor da COFCO, afirmando que pretende disseminá-la para todos os colaboradores da empresa.


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NEGÓCIOS & OPORTUNIDADES

Junho 2018

USINAS NO MASTERCANA DESEMPENHO

USINAS NO MASTERCANA SOCIAL

PATROCINADORES MASTER:

PATROCINADORES STANDARD:


NEGÓCIOS & OPORTUNIDADES 43

Junho 2018

PURIFICAÇÃO DE ETANOL: GARANTIA DE QUALIDADE NO PRODUTO FINAL DIVULGAÇÃO

A JW, em busca de inovações para atender seus clientes de forma eficaz, possui no seu portfólio um sistema de purificação de etanol, seja ele: hidratado, neutro ou anidro. As Unidades de Purificação de Etanol da JW são dimensionadas e construídas em um único módulo e, com o objetivo de desmineralizar o etanol, utiliza resinas de troca iônica, onde o etanol passará pelo leito de resinas em contato direto, para que ocorra assim a remoção das impurezas do produto alimentado. Os contaminantes que acompanham o etanol são sais minerais, sais de ácidos orgânicos e também os ácidos correspondentes (por exemplo, sulfatos e acetatos e os respectivos ácido sulfúrico

e acético). Tais compostos são gerados no tratamento do caldo de cana, ou então durante a produção do etanol na fermentação e podem ficar retidos, pelo menos em parte, no etanol hidratado, anidro ou neutro. O objetivo do sistema de purificação é eliminar os sais presentes no etanol. Sais estes, que causam aumento de acidez e condutividade no etanol, fazendo com que o produto final esteja fora da especificação de qualidade. O equipamento é compacto, podendo facilmente ser transportado para outras unidades. JW EQUIPAMENTOS (16) 3513.2000 WWW.JW.IND.BR


44 AGRÍCOLA

Junho 2018


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