JornalCana 296 (Setembro/2018)

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Julho 2017

w w w . j o r n a l c a n a . c o m . b r WWW.SINATUB.COM.BR

Setembro 2018

Série 2

Número 296

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Acionamentos de alta performance Eficiência e Confiabilidade

Com duplo alternado, Case IH oferece linha completa de colhedoras de cana


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AGRÍCOLA

Setembro 2018


Setembro 2018

ACONTECE

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MERCADO 4caixa.gov.br/creditorural

Setembro 2018

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Setembro 2018

MERCADO

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ÍNDICE DE ANUNCIANTES

Setembro 2018

ÍNDICE DE ANUNCIANTES AÇOS INOXIDÁVEL APERAM ACIONAMENTOS ZANINI RENK ACIONAMENTOS ELÉTRICOS SEW EURODRIVE AGRICULTURA DE PRECISÃO AGRIGEO AGRICULTURE

(11) 3818.1821 (11) 4044.4300 (19) 3835.8000 (17) 3531.1075

AUTOMAÇÃO DE ABASTECIMENTO DWYLER (11) 2682.6633

63 25,27 67 19 47

CONTROLE DE FLUIDOS METROVAL EMBREAGENS EMBREMAC ENERGIA ELÉTRICA CPFL

(19) 2127.9400 (17) 3524.6199 (19) 3795.3900

ENGENHARIA E CONTRUÇÃO CIVIL HPB ENGENHARIA (16) 3513.2000 ENGETRAD (16) 3821.5500

45

FERRAMENTAS DE CORTE AGRÍCOLA DURAFACE (19) 3508.0300

33

53

GRÁFICA SÃO FRANCISCO GRÁFICA (16) 2101.4151

44

IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS DMB

(16) 3946.1800

23

ISOLAMENTOS TÉRMICOS GOTERMA

(16) 3942.6648

50

PRODUTOS QUÍMICOS BASE QUÍMICA ECOLAB

(46) 2101.1200 (11) 4745.4734

46 35

PRODUTOS INSUMOS AGRÍCOLAS WISER (11) 4044.4300

34

REFRATÁRIOS REFRATÁRIOS RIBEIRÃO

65

30,31 58,59 11

EQUIPAMENTOS INDÚSTRIAIS JW EQUIPAMETOS (16) 3513.2000 RZX ZANARDO (18) 3117.1195

39 13

ESPECIALIDADES QUÍMICAS QUÍMICA REAL (31) 3057.2000 SOLENIS DO BRASIL (16) 3311.1800

28 49

ESTEIRAS E CORREIAS TRANSPORTADORAS IRBI (18) 3631.5000 CALDEIRAS

21

FEIRAS E EVENTOS REED ALCANTARA (11) 3060.5000 CRM OBJETIVA (11) 2255.5759

29 41

BANCO CAIXA ECONÔMICA FEDERAL (61) 3206.9404 BOMBAS ANDRITZ BRASIL

(41) 3622.1366

BRONZE E COBRE MAGISTER

(16) 3513.7200

4,5 7 15

ENGEVAP CALDEMA

(16) 3513.8801 (16) 3946.2700

26 15,16

CARRETAS ALFATEK

(17) 3531.1075

3

CORRENTES GENERAL CHAINS

(19) 3417.2800

32

CARROCERIAS E REBOQUES SERGOMEL (16) 3513.2600 RODOTREM (18) 3626.5540

38 36

COLHEDORAS DE CANA CHN INDUSTRIAL

41) 2107.7400

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(16) 3941.3367

68

(16) 3626.5540

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(31) 3539.1200

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(19) 3469.4411

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(19) 3936-9055

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Julho 2017 Julho 8 2017CARTA AO ulho 2017

LEITOR

ISSN 1807-0264

� Presidente

carta ao leitor índice c arta ao leitor Josias Messias josiasmessias@procana.com.br índice ÍNDICE CARTA c at a r t AO aa oLEITOR a ol e li e c a r t oi tro r Josias Messias josiasmessias@procana.com.br í n d i c e íAgenda n d .i. c e Josias Messiasjosiasmessias@procana.com.br - josiasmessias@procana.com.br Josias Messias ACONTECE.............................................................. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10 .6 Josias Messias josiasmessias@procana.com.br

Josias Mes ias o uso josiasmes ias@procana.com.br Reduzir Reduzir o uso À mercê do clima, Reduzir ouso uso de água é regra! Reduzir o Fone 16 3512.4300 Fax 3512 4309 de água éé regra! novamente! de água regra! de água é regra! Av. Costábile Romano, 1.544 - Ribeirânia � Comitê de Gestão - Comercial & Eventos 14096-030 — Ribeirão Preto — SP Rose Mes ias procana@procana.com.br rose@procana.com.br

Agenda . . .Caldeiras . . . . . . . .e. CanaBio, . . . . . . . . entre . . . . . outros . . . . . . eventos .....6 Curso de Mercado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Agenda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8 . . a. .14 6 enda �. A. aposta . . . . no . . RenovaBio ............................6 Mercado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8 a 14 � � Entrevista A aposta. no EVENTOS................................................................. Mercado .com . RenovaBio . .Roberto . . . . .Rodrigues . . . . . .na. .estreia . . . .do. .Quem . . . .é .Quem . . .8 a12 14 ercado� Por . . .que . . o. arrendamento . . . . . . . . .de. terras . . . .ficou . . .caro . . . . . . . . .8 a 14 � Entrevista com Roberto Rodrigues na estreia do Quem é Quem A aposta no RenovaBio 10 motivos para não perder a Fenasucro & Agrocana � A aposta no RenovaBio

� usinas a pagar uso daestreia água deQuem SP � 55 Por que o passam arrendamento depelo terras ficou caro no Entrevista com Roberto Rodrigues na do estado Quem é � Entrevista com Roberto Rodrigues na estreia do Quem é Quem � 55 a pagar uso da água Porusinas que o passam arrendamento depelo terras ficou caro no estado de SP � Por que o arrendamento de terras ficou caro � 55 usinas passam a pagar pelo uso da água no estado de SP � 55 usinas passam a pagar pelo uso da água no estado de SP � Como fazer a correta manutenção de bombas

Industrial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16 a 26 MERCADO Industrial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16 a 26 Diretor da avalia safra � levedura pode � Secagem Como fazer correta de Industrial . de . a.Unica . . . . .manutenção . . . gerar . . .a.renda . .bombas . extra . . 18/19 . de . . R$ . . 40 . .milhões . . .16 a 26 dustrial . . . . . . contínuo . . . . . ganha . . . . espaço . . . . .no. .setor . . . . . . . .16 a 26 � Cozimento � Secagem de levedura pode gerar renda extra de R$ 40 milhões Como fazer a correta manutenção de bombas e faz projeções para a próxima .......................... 14 � Como fazer a correta manutenção de bombas

� Cozimento contínuo ganha no setor Secagem de levedura podeespaço gerar renda extra de R$ 40 milhões � Secagem de levedura pode gerar renda extra de R$ 40 milhões � Cozimento contínuo ganha espaço no setor � Cozimento contínuo ganha espaço no setor � Empresas têm até 31 de agosto para aderir ao Refis

Tire suas 18 Geral . . . . dúvidas . . . . . . . .sobre . . . . .a . .RenovaCalc. . . . . . . . . . . ............... . . . . . . .30

Geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .30 � Empresas Geral . . . . têm . . .até . .31. .de. .agosto . . . .para . . .aderir . . . ao . .Refis . . . . . . . . . . . .30 ral Agrícola . . . . . . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .30 TECNOLOGIA .24 a 34 � Empresas têm até 31 de agosto para aderir ao Refis

� Empresas têm até 31 de agosto para aderir ao Refis � Endividamento sucateia sistemas de irrigação em Alagoas

Agrícola . . . .gera . . . . espuma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .24 a 34 Cigarrinha � a. safra � Previsões Endividamento Agrícola . . para . . . sucateia . . . 17/18 . sistemas . . .no. .Nordeste .de. irrigação . . . . . .em. .Alagoas . . . . . .24 a 34 rícola . . .se . . proteger . . . . . . . . .na . . cana.............................32 . . . . . . . . . . . . . . .24 a 34 e 34 para � Investimentos em herbicida devem crescer até 30% na 17/18

NOSSA MISSÃO

Lucas Mes ias lucas.mes ias@procana.com.br

AGRICULTURA Gestão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .37 Especialista Gestão . . . . . .explica . . . . . . porque .......a . . . . . . . . . . . . . . . . .37

� Os departamentos Gestão . . . . . de . . . de . .compliance . . . . . . .avançam . . . . . nas . . .empresas . . . . . .do. setor . .e. 38 .37 Agricultura stão . . . do . . .Bem . . . .. .. .. Precisão .. .. .. .. .. .. .. .. não .. .. .. ..decola .. .. .. .. .. .. .............36 .. .. .. .. .37 Usina . . . . .38 � Os departamentos de compliance avançam nas empresas do setor

� Os departamentos de compliance avançam nas empresas do setor � Usinas doam energia elétrica para hospital em Barretos

Usina do Bem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .38 � Usinas doam energia Usina do Bem . . . . .elétrica . . . . para . . .hospital . . . . .em . .Barretos . . . . . . . . . . . .38 INDUSTRIAL inaNegócios do Bem . &. .Oportunidades . . . . . . . . . . . . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .38 .40 a 42 � Usinas doam energia elétrica para hospital em Barretos � Usinas doam energia elétrica para hospital em Barretos Por que o software S-PAA Negócios & Oportunidades . . . . . . . . . . . . . . . .40 a 42

Negócios & Oportunidades . . . . . . . . . . . . . . . .40 a 42 gera ganhos para as. .usinas.........................52 gócios & Oportunidades . . . . . . . . . . . . . .40 a 42 e 53 Brasileiros descobrem

“Desenvolver o agronegócio

� Comitê de Gestão - Controladoria & TI

Nova rota fermentativa................................56 e 57

Mateus Mes ias FUNDO DE RECEITA FIXA presidente@procana.com.br FUNDO DE RECEITA FIXA

GENTE

Entrevista com Arnaldo Jardim

sucroenergético, dis eminando

na série Quem é Quem......................................... 60 “Nem ponham sua esperança na incerteza da riqueza, Quem é quem fotos .....................................62 mas em Deus, de tudo nos provê ricamente” FUNDO DE RECEITA FIXA “Nem ponham suaque esperança na incerteza da riqueza,e 64

FUNDO DE RECEITA FIXA

Recomendação de Paulo, apóstolo ade Timóteo, capítulo 6, verso 17 “Nem sua esperança naprimeira incerteza da riqueza, masponham em Deus, que tudo na nos provêcarta, ricamente”

“Nem ponham sua esperança na incerteza da riqueza, mas em Deus, que adeTimóteo, tudo na nosprimeira provêcarta, ricamente” Recomendação de Paulo, apóstolo capítulo 6, verso 17 mas em Deus, que de tudo nos provê ricamente” “O Senhor, pois, é aquele vai carta, adiante ti; ele Recomendação de Paulo, apóstolo a Timóteo,que na primeira capítulode 6, verso 17 Recomendação de Paulo, apóstolo a Timóteo, na primeira carta, capítulo 6, verso 17 será contigo, não te deixará, nem te desamparará; não temas, nem te espantes.”

conhecimentos, estreitando

Deuteronômio 31:8

relacionamentos e gerando

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Assim como outros importantes segmentos da indústria da transformação, o setor sucroenergético é um grande consumidor de água. Esse líquido é prioritário nos processos industriaiso das e destilarias. Assim como outros importantes segmentos da indústria da transformação, setorusinas sucroenergético é um Este mês de setembro pode ser o último do primeiro semestre foi dizimada. Terá Assim como outros importantes segmentos da indústria da transformação, o setor sucroenergético é um de Para se outros ter ideia, safraEsse 2010/2011 unidades produtoras do industriais Estado de São Paulo grande consumidor dena água. líquido da éasprioritário nos processos das usinasconsumiam e destilarias. Assim como importantes segmentos indústria o setor sucroenergético um em da safra 2018/19 para muitas unidades pro- da transformação, ser replantada, o que empurrará épara frente grande consumidor de água. Esse líquido é prioritário nos processos industriais das usinas e destilarias. média 1,52 metro cúbico por tonelada de cana. Naquela safra, segundo a União da Indústria de Cana-dePara se ter ideia, na safra 2010/2011 as unidades produtoras do Estado de São Paulo consumiam em dutoras do Centro-Sul do País. Por tradição, sua colheita em 2019. grande consumidor de água. Esse líquido é prioritário nos processos industriais das usinas e destilarias. Para se ter ideia, nacolhidas safra 2010/2011 as unidades do Estado São Paulo consumiam emsetor Açúcar (Unica), foram 362 milhões de toneladas nosdoConsultores canaviais exigiram 550,2 média 1,52 metro cúbico por tonelada de cana. Naquela safra, segundo apaulistas, União daque Indústria de Cana-deo se ciclo costuma ser concluído fim de produtoras e Paulo instituições ligadas Para ter ideia, na safra 2010/2011 asentre unidades produtoras Estado de Sãode consumiam em ao novembro e começo de dezembro. devem divulgar a partir deste mês as primeimédia 1,52 metro cúbico por de cana. segundo apaulistas, União daque Indústria de Cana-dede metros cúbicos detonelada água. Açúcar (Unica), foram 362 milhões de Naquela toneladas nos canaviais exigiram 550,2 médiamilhões 1,52 metro cúbico porcolhidas tonelada de cana. Naquela safra,safra, segundo a União da Indústria de Cana-deO encerramento antecipado da moagem ras estimativas de moagem para a 19/20 no Açúcar foram colhidas 362 milhões de toneladas nos canaviais paulistas, que exigiram Não(Unica), significa que todo o volume foide consumido pelas unidades produtoras. Háexigiram muito o550,2 setor 550,2 milhões de metros cúbicos de água. Açúcar (Unica), foram colhidas 362 milhões toneladas nos canaviais paulistas, que não reflete decisão de gestão das diretorias, Centro-Sul, mas, independentemente dessas milhões de metros cúbicos de água. empreende ações eque sistemas para reduzir e tornar eficiente o uso doprodutoras. líquido. Há muito o setor Não significa todo o volume foi consumido pelas unidades milhões de metros cúbicos de água. mas das condições climáticas. projeções, sabemos que dificilmente a oferta Não significa odepara volume foi consumido pelas unidades Há muito o setor O é uma palavra ordem nas sucroenergéticas. Com ações o reuso, o setor empreende ações eque sistemas reduzir eempresas tornar eficiente o uso doprodutoras. líquido. Areuso estiagem prolongada também atade cana irá superar acomo da que é catastróNão significa que todo otodo volume foique consumido pelas unidades produtoras. Há muito o 18/19, setor empreende ações e sistemas para reduzir e tornar eficiente o uso do líquido. sucroenergético paulista despencou as captações de água. O consumo médio de 1,52 na safra 2010/2011 O reuso é uma palavra de ordem nas empresas sucroenergéticas. Com ações como o reuso, o setor cou os canaviais de várias regiões a partir de fica em termos de números. empreende ações e sistemas para reduzir e tornar eficiente o uso do líquido. abril permitiu uma verdadeira corrida nassucroenergéticas. Deveremos concluir ao moagem abaixo de Opara reuso é palavra uma palavra denaordem nas empresas Com ações como reuso, o setor 0,91 metro cúbico safra 2016/17. sucroenergético paulista captações de água. O consumo médio de 1,52 na safra 2010/2011 Ocaiu reuso é uma de despencou ordem nas as empresas sucroenergéticas. Com ações como o reuso, o setor operações de corte, carregamento e transpor560 milhões depara toneladas, 30 milhões de tosucroenergético paulista despencou as2016/17. captações de água. O consumo médio de 1,52 na 2010/2011 safra 2010/2011 Ou em dez anos as na usinas paulistas 39,7% menos água os safra processos industriais. caiu paraseja, 0,91 metro cúbico sucroenergético paulista despencou assafra captações decaptaram água. médio de 1,52 te da matéria-prima do etanol, do açúcar e daO consumo neladas abaixo das na estimativas iniciais. caiu A para 0,91em metro cúbico na safrapaulistas queda resulta fechamento de2016/17. circuitos com reuso de Como água; dos processos Ou seja, dez do anos as usinas captaram 39,7% menosaprimoramento água os processos industriais. caiu para 0,91 metro cúbico na safra 2016/17. bioeletricidade. não para há certeza de que as renovaOu seja, em dez anos as usinas paulistas captaram 39,7% menos água para os processos industriais. industriais, com maior eficiência e menor captação; e avanço da limpeza a seco com a colheita A queda resulta do fechamento de circuitos com reuso de água; aprimoramento dos processos Além de ter favorecido as operações de ções ampliem a oferta, a próxima temporada Ou seja, em dez anos as usinas paulistas captaram 39,7% menos água para os processos industriais. A queda resulta doeficiência fechamento de circuitos comaereuso deda água; aprimoramento dos processos moagem, o do tempo seco de também ampliou está marcada no máximo repetir a moaindustriais, com maior ecircuitos menor captação; avanço limpeza apara secodos com a colheita Amecanizada. queda resulta fechamento com reuso de água; aprimoramento processos qualidade da cana. gem da 18/19 no Centro-Sul. industriais, com maior eficiência menor dapelas limpeza a com secoforam aapresentadas colheita Ascom informações sobre uso de eágua e a captação; redução nae avanço captação unidades no dia mecanizada. industriais, maior eficiência e menor captação; e avanço da limpeza aem seco acom colheita Estimativa do diretor técnico da Unica, Mas termos de produção de etanol, a mecanizada. 06 deAsjunho pelo secretário estadual Jardim, eventoforam na sede da Unica, em informações sobre uso de águadaeAgricultura, a redução naArnaldo captação pelas em unidades apresentadas no dia mecanizada. Antonio de Pádua Rodrigues, é de que a safra oferta contida de cana não deve prejudicar. informações uso de eAgricultura, a140 redução naArnaldo captação pelas unidades foram apresentadas no dia comemoração dos dezsobre anos do Protocolo Agroambiental dopelas Setor Sucroenergético. 0618/19 deAsjunho secretário estadual Jardim, em evento nanesse sede da Unica, sejapelo encerrada com média de quilos Assim como ocorre 2018, próximo As informações sobre uso de água eágua a da redução na captação unidades foram apresentadas nono diaem junho pelo secretário estadual da Agricultura, Arnaldo Jardim, em evento na da sede Unica, em Protocolo integra o Projeto Verde, das Secretarias estaduais da Agricultura e açúcar do Meiodeverá comemoração dos dez anos do Protocolo Agroambiental do ano Setor Sucroenergético. dedeOATR tonelada. Se confirmado, o resuloem mercado deda se06 de06 junho pelo por secretário estadual daEtanol Agricultura, Arnaldo Jardim, evento namundial sede Unica, em tado representa alta de 6 quilos antes a média guir com preços abaixo dos custos de producomemoração dos dez anos do Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético. Ambiente, modeloEtanol de parceria diálogo entre setor produtivo e o Estado. O Protocolo oProtocolo Projeto Verde, edas estaduais da oAgricultura e do Meio comemoração dose representa dez integra anos doum Agroambiental doSecretarias Setordesenvolvido Sucroenergético. registrada da primeira quinzena de julho. ção, o que empurrará as usinas a produO Protocolo integra o Projeto Etanol Verde, das Secretarias estaduais da Agricultura e do Meio segunda efase do oProtocolo entra em neste mês de julho, formatada poro técnicos das duas Ambiente, representa um modelo de cena parceria e diálogo desenvolvido entre setoreprodutivo epara o Estado. OA Protocolo integra Projeto Etanol Verde, das Secretarias estaduais da Agricultura do Meio Sendoe representa assim, a melhora dodeATR e aeaceção de biocombustível. Ambiente, um modelo parceria diálogo desenvolvido entre setor produtivo e o Estado. Secretarias e dado Unica. A segunda fase Protocolo entra em cena mês de julho, formatada poro técnicos Ambiente, e representa um modelo de parceria e neste diálogo desenvolvido entre esse o setor produtivo eooduas Estado. leração da moagem trouxeram novos saldos Diante cenário, sedas País deverá cheA segunda fase do Protocolo entra em cena neste mês de julho, formatada por técnicos das duas Nesse mesmo mês de julho, entra em vigor a cobrança pelo uso da água em quatro bacias Secretarias e da Unica. para a 18/19 no Centro-Sul. As unidades da gar a 30 bilhões de litros com as 560 milhões A segunda fase do Protocolo entra em cena neste mês de julho, formatada por técnicos das duas Secretarias e da Unica. hidrográficas do Estado de São Paulo: Pardo, Baixo-Pardo/Grande, Sapucaí-Mirim e Mogi-Guaçu. Nesse mesmo mês de julho, entra em vigor a cobrança pelo uso da água em quatro bacias região, também segundo Pádua, podem ajude toneladas de cana do Centro-Sul e 40 Secretarias e da Unica. darConforme o setor todo odePaís aedição finalizar a tempomilhões deágua toneladas do Norte e Nordeste, Nesse mesmo mês de julho, entra em a cobrança pelodauso da em quatro bacias reportagem desta dovigor 55 unidades sucroenergéticas captam água dessas hidrográficas dode Estado São Pardo, Baixo-Pardo/Grande, Sapucaí-Mirim e Mogi-Guaçu. Nesse mesmo mês de julho, entraPaulo: em vigor aJornalCana, cobrança pelo uso água em quatro bacias rada com produção de 30 bilhões de litros de também alcançará a mesma quantidade hidrográficas doreportagem Estado São Paulo: Baixo-Pardo/Grande, Sapucaí-Mirim e Mogi-Guaçu. bacias. O custo médio dadecobrança de Pardo, água por tonelada55deunidades cana varia de acordo com o reusoágua pelasdessasde liConforme desta edição do JornalCana, sucroenergéticas captam hidrográficas de São Pardo, Sapucaí-Mirim Mogi-Guaçu. etanol.doOEstado volume é 4Paulo: bilhões de Baixo-Pardo/Grande, litros acima tros na próximaetemporada. desta doR$JornalCana, 55 sucroenergéticas captam água dessas unidades, mas reportagem amédio média é projetada 0,03 e R$ 0,12 por tonelada. bacias. Oreportagem custo da cobrança deJornalCana, água por tonelada deunidades cana varia de acordo com o água reuso pelas Conforme desta ediçãoedição doentre 55 unidades sucroenergéticas captam daConforme temporada anterior. Esse, pelo menos, pode serdessas o desenho da bacias. O custo médio da cobrança de água por tonelada de cana varia de acordo com o reuso pelas A Unica explica na reportagem que o avanço dessa cobrança não assusta porque o setor unidades, mas a média é projetada entre R$ 0,03 e R$ 0,12 por tonelada. Lembremos que as unidades das regiões safra. Mas como neste ano as bacias. O custo médio da cobrança de água por tonelada de canapróxima varia de acordo com oassim reuso pelas unidades, mas a média é projetada entre R$ 0,03 e R$ 0,12 por tonelada. Norte e Nordeste do País recém-iniciaram a condições climáticas penalizaram canasucroenergético paulista se preparou ao longo dos anos para arcar com esse custo e colaborar com a os gestão A Unica explica na reportagem que o avanço dessa cobrança não assusta porque o setor unidades, mas a média é projetada entre R$ 0,03 e R$ 0,12 por tonelada. 18/19 com uma previsão de moagem de 46 viais, não dá para projetar estimativas com A Unica explica na reportagem o avanço cobrança não porque o setor bacias hidrográficas. Conforme Departamento de Águas e Energia Elétrica do governo sucroenergético paulista se preparou ao longo dos dessa anos para arcar comassusta esse custo e colaborar com a gestão Adas Unica explica na reportagem que ooque avanço dessa cobrança não assusta porque o(DAEE), setor milhões de toneladas de cana. O volume presegurança até porque já se projeta a presença sucroenergético paulista se preparou ao longo dos para anos para comEstadual esse custo eRecursos colaborar com a gestão paulista, valores arrecadados com cobrança irão paraarcar oeFundo de(DAEE), das baciasospaulista hidrográficas. Conforme o essa Departamento de arcar Águas Energia Elétrica doHídricos sucroenergético se preparou ao longo dos anos esse custo com agoverno gestão visto supera o do ciclo anterior. docom fenômeno Ele colaborar Niño a partir de novembro. das bacias hidrográficas. Conforme Departamento de próprias Águas Energia Elétrica governo chegam (Fehidro), usará nos projetos demandados bacias. paulista, osque valores arrecadados comona essa cobrança para Fundo Estadual de(DAEE), Recursos Mas se aossafra 18/19 entra reta final noirão E,oecom ele, normalmente asdoHídricos chuvas das bacias hidrográficas. Conforme o Departamento de pelas Águas e Energia Elétrica (DAEE), do governo paulista, osque valores arrecadados com essaMundial irão o Fundo de Recursos Hídricos Novalores mês em que se comemora o Dia Meio Ambiente, asEstadual usinas fazem questão de reassumir (Fehidro), os usará nosde projetos demandados pelas próprias bacias. Centro-Sul em clima ATR alto ecobrança moagem com força no Nordeste eHídricos a estiagem chega na paulista, os arrecadados com essa cobrança irãodo para opara Fundo Estadual de Recursos antecipada, a próxima temporada já tem pelo mesma velocidade ao Centro-Sul. osque usará nos projetos demandados pelas próprias e(Fehidro), manifestar seu compromisso com meio ambiente e com o usobacias. sustentável água.questão E água édesinônimo No em comemora ooDia Mundial Meio Ambiente, as usinasdefazem reassumir (Fehidro), quemês osque usará nosseprojetos demandados pelas do próprias bacias. menos uma garantia. É a de que a estiagem desMais uma vez, o setor continua à mercê No mês em que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente, as usinas fazem questão de reassumir de vida!em que e manifestar seusecompromisso comMundial o meio ambiente e com o usoassustentável de questão água. E de água é sinônimo No mês comemora oplantada Dia do Meio Ambiente, usinas fazem reassumir se 2018 penalizou a cana para a 19/20. do clima! edemanifestar seu compromisso o meio ambiente e com o uso sustentável de água. E água é sinônimo Boaseu vida! e manifestar compromisso com ocom meio ambiente e com Emleitura! regiões canavieiras tradicionais do in- o uso sustentável de água. E água é sinônimo deterior vida! Boa leitura! paulista, a cana cultivada em boa parte Boa leitura. de vida! Boa leitura! Boa leitura!

� Comitê de Gestão - Relacionamento Com Clientes

� Previsões para sucateia a safra 17/18 no Nordeste Endividamento sistemas de irrigação em Alagoas � Endividamento sucateia sistemas de irrigação em Alagoas � integrado em controle ambiental gera � Manejo Investimentos herbicida crescer atémaior 30% produtividade na 17/18 Previsões paraem a safra 17/18devem no Nordeste � Previsões para a safra 17/18 no Nordeste � Manejo integrado em controle ambiental gera maior produtividade Investimentos em herbicida devem crescer até 30% na 17/18 � Investimentos em herbicida devem crescer até 30% na 17/18 � Manejo integrado em controle ambiental gera maior produtividade � Manejo integrado em controle ambiental gera maior produtividade � Os departamentos de compliance avançam nas empresas do setor

Prêmio MasterCana Tradição de Crediblidade e Suces o Fórum ProCana USINAS DE ALTA PERFORMANCE SINATUB Tecnol gia Liderança em Aprimoramento Técnico e Atualização Tecnológica

CARTA AO LEITOR 5 CARTA AO LEITOR 5 CARTA LEITOR Setembro CARTA AO AO LEITOR 5 5 2018

Julho 2017

� Comitê de Gestão - Jornalismo

COLABORADORES

� Arte

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Gustavo Santoro - arte@procana.com.br

Robertson Fetsch 16 9 9720 5751 publicidade@procana.com.br

� Editor

Delcy Mac Cruz - editor@procana.com.br

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Thaís Rodrigues thais@procana.com.br

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FINANCEIRO

Ales andro Reis - editoria@procana.com.br

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Ar tigos as inados (inclusive os das seções Negócios & Opor tunidades e Vitrine) refletem o ponto de vist a dos autores (ou das empresas cit adas). JornalCana. Direitos autorais e comercia s reser vados. É proibida a reprodução, tot al ou parcial, distribuição ou disponibil zação pública, por qualquer meio ou proces o, sem autorização expres a. A violação dos direitos autorais é punível como crime (art. 184 e parágrafos, do Código Penal) com pena de prisão e multa; conjuntamente com busca e apre nsão e indenização diversas (ar tigos 12 , 123, 124, 126, da Lei 5.98 , de 14/12/1973). NOSSOS PRODUTOS

EVENTOS PUBLICAÇÕES NOSSOS PRODUTOS JornalCana - O MAIS LIDO! Prêmio MasterCana EVENTOS PUBLICAÇÕES NOSSOS Anuário daPRODUTOS Cana PRODUTOS Tradição de Credibilidade e NOSSOS Brazilian Sugar and Ethanol Guide Sucesso JornalCana - O MAIS LIDO!

� Presidente Josias Messias Prêmio MasterCana EVENTOS PUBLICAÇÕES A Bíblia do Setor! josiasmessias@procana.com.br � Presidente EVENTOS PUBLICAÇÕES Anuário da Cana Tradição de Credibilidade Fórum ProCana e Quem é QuemSugar no -setor sucroenergético Fone 16 3512.4300 Fax 3512 4309 ISSN 1807-0264 Brazilian and Ethanol Guide JornalCana O MAIS LIDO! Josias Messias Sucesso Prêmio USINASMasterCana DE ALTA AAnuário Bíblia do Setor! JornalCana - O MAIS LIDO! JornalCana Av. Costábile Romano, 1.544 - Ribeirânia Presidente Prêmio MasterCana de Gestão - Comercial & Eventos � Comitê josiasmessias@procana.com.br da Online Cana Tradição de Credibilidade e PERFORMANCE Fórum ProCana www.jornalcana.com.br � Presidente ISSN 1807-0264 Quem é da Quem no setor sucroenergético Anuário Cana Fone 16 3512.4300 FaxPreto 3512— 4309 e Brazilian Sugar and Ethanol Guide Tradição de Credibilidade 14096-030 — Ribeirão SP JosiasMessias Messias Rose Sucesso USINAS Tecnologia DE ALTA SINATUB ISSN 1807-0264 Brazilian Sugar and Ethanol Guide A Bíblia do Setor! Josias Messias BIO & Sugar Sucesso JornalCana Online Av. Costábile Romano, 1.544 - Ribeirânia josiasmessias@procana.com.br rose@procana.com.br procana@procana.com.br � Comitê de Gestão - Comercial & Eventos PERFORMANCE Fórum AQuem Bíbliaédowww.jornalcana.com.br Setor! em ProCana Aprimoramento International josiasmessias@procana.com.br Quem no setorMagazine sucroenergético FórumLiderança Fone 16 3512.4300 FaxPreto 3512— 4309 —Fax Ribeirão SP Rose Messias ProCana USINASe Atualização DE ALTA Técnico Quem é Quem no setor sucroenergético FoneAv. 1614096-030 3512.4300 3512 4309 Mapa Brasil de Unidades SINATUB Tecnologia BIO & Sugar JornalCana Online Costábile Romano, 1.544 Ribeirânia Comercial & Eventos USINAS DE ALTA Com Clientes � Comitê de Gestão - Relacionamento rose@procana.com.br procana@procana.com.br PERFORMANCE Tecnológica Produtoras de Açúcar e Álcool Liderança em Aprimoramento International Magazine JornalCana Online Av. Costábile Romano,—1.544 - Ribeirânia www.jornalcana.com.br � Comitê de Gestão - Comercial & Eventos PERFORMANCE 14096-030 Ribeirão Preto — SP Rose Messias COLABORADORES � Arte Lucas Messias www.jornalcana.com.br Técnico SINATUBe Atualização Tecnologia Mapa BIO Brasil& de Unidades 14096-030 — Ribeirão Preto — SP Sugar Rose Messias rose@procana.com.br lucas.messias@procana.com.br � Relacionamento Com Clientes Gustavo Santoro - arte@procana.com.br procana@procana.com.br � Comitê de Gestão - Relacionamento Com Clientes SINATUBLiderança Tecnologia Tecnológica em Aprimoramento de Açúcar e Álcool BIOProdutoras & Sugar International Magazine rose@procana.com.br procana@procana.com.br Robertson Fetsch 16 9 9720 5751 COLABORADORES � Arte Lucas Messias Aprimoramento International Magazine Artigos assinados (inclusive os dasLiderança seções em Negócios Técnico&e Atualização Mapa Brasil de Unidades Relacionamento Com Clientes publicidade@procana.com.br & TI � Comitê de Gestão - Controladoria � Editor Santoro - arte@procana.com.br Técnicodee vista Atualização lucas.messias@procana.com.br � Relacionamento Com Clientes Gustavo Tecnológica Mapa Brasil de eUnidades Produtoras de Açúcar e Álcool o ponto Oportunidades Vitrine) refletem dos autores de Gestão - Relacionamento Com Clientes “Desenvolver o agronegócio � ComitêMateus COLABORADORES � ArteMac Cruz - editor@procana.com.br Lucas Messias Messias Delcy Produtoras de Açúcar (inclusive e Álcool os das seçõesTecnológica Robertson Fetsch 16 9 9720 5751 Artigos assinados Negócios & e (ou das empresas citadas). JornalCana. Direitos autorais COLABORADORES � Arte Lucas Messias lucas.messias@procana.com.br Relacionamento Com Clientes Gustavo presidente@procana.com.br � Assistente publicidade@procana.com.br � Comitê de Gestão - Controladoria & TI � Editor Santoro - arte@procana.com.br Oportunidades e Vitrine)É refletem o ponto de vistatotal dos autores � Relacionamento Com Clientes -de arte@procana.com.br sucroenergético, disseminando lucas.messias@procana.com.br comerciais reservados. proibida reprodução, “Desenvolver o agronegócio Robertson Fetsch 16 9 9720 5751 Gustavo Santoro Thaís Rodrigues � Editor Arte -- editor@procana.com.br Diagramação Mateus Messias Delcy Mac Cruz Artigos assinados (inclusive os dasaseções Negócios &ou Robertson Fetsch 16 9 9720 5751 (ou das distribuição empresas citadas). JornalCana. Direitos autorais e Artigos assinados (inclusive os das seções Negócios & publicidade@procana.com.br Controladoria & TI � Editor thais@procana.com.br � Comitê de Gestão - Jornalismo José Murad Badur presidente@procana.com.br � Assistente parcial, ou disponibilização pública, por qualquer Oportunidades e Vitrine) refletem o ponto de vista dos autores publicidade@procana.com.br de Gestão - Controladoria & TI � Editor conhecimentos, estreitando � ComitêAlessandro “Desenvolver o agronegócio sucroenergético, disseminando comerciais reservados. reprodução, total ou dos Mateus Messias Mac Reis - editoria@procana.com.br Delcy Diagramação Thaís Rodrigues � Editor deCruz Arte -- editor@procana.com.br Diagramação Oportunidades e Vitrine) refletem oproibida ponto dea expressa. vista dos autores meio ou processo, sem Éautorização A violação “Desenvolver o agronegócio (ou das empresas citadas). JornalCana. Direitos autorais e Mateus Messias Delcy Mac Cruz editor@procana.com.br Hi Comunicação - diagramacao@procana.com.br presidente@procana.com.br Assistente & Exemplares � Assinaturas FINANCEIRO thais@procana.com.br � Comitê de Gestão - Jornalismo José Murad Badur parcial, distribuição ou disponibilização pública, qualquer (ou das empresas citadas). autorais direitos autorais é JornalCana. punível comoDireitos crime (art. 184 epor etotal parágrafos, relacionamentos e gerando presidente@procana.com.br � Assistente sucroenergético, disseminando conhecimentos, estreitando comerciais reservados. É proibida a reprodução, ou Thaís Rodrigues � Editor de Arte - Diagramação Paulo Henrique Messias (16) 3512-4300 Gestão - Marketing � Comitê deReis contasareceber@procana.com.br Alessandro - editoria@procana.com.br meio ou processo, sempena autorização expressa. violação dos sucroenergético, disseminando comerciaisdo reservados. É proibida a reprodução, ouA conjuntamente Thaís Rodrigues � Editor de Arte - Diagramação Código Penal) com de prisão etotal multa; thais@procana.com.br de Gestão - Jornalismo � ComitêLima José Murad Badur atendimento@procana.com.br contasapagar@procana.com.br Luciano parcial, distribuição ou disponibilização pública, por qualquer � Assinaturas & Exemplares FINANCEIRO direitos autorais é punívele indenização comopública, crime por (art.qualquer 184(artigos e parágrafos, negócios sustentáveis” conhecimentos, estreitando thais@procana.com.br de Gestão - Gestão Jornalismo José Murad Badur relacionamentos e gerando � ComitêAlessandro parcial, distribuição oue apreensão disponibilização com busca diversas - editoria@procana.com.br www.loja.jornalcana.com.br luciano@procana.com.br Paulo Henrique Messias (16) 3512-4300 Marketing � Comitê deReis contasareceber@procana.com.br meio ou processo, sem autorização expressa. A violação 122, dos conhecimentos, estreitando Alessandro Reis editoria@procana.com.br do Código Penal) com pena de prisão e multa; conjuntamente � Assinaturas & Exemplares FINANCEIRO meio ou processo, sem autorização expressa. A violação dos atendimento@procana.com.br contasapagar@procana.com.br Luciano Lima 123, 124, 126, da Lei 5.988, de 14/12/1973). direitos autorais é punível como crime (art. 184 e parágrafos, relacionamentos e gerando � Assinaturas & Exemplares FINANCEIRO negócios sustentáveis” Paulo Henrique Messias (16) 3512-4300 � Comitê de Gestão - Marketing contasareceber@procana.com.br com busca e apreensãocrime e indenização (artigos 122, www.loja.jornalcana.com.br luciano@procana.com.br direitos autorais é punível 184 ediversas e multa; parágrafos, relacionamentos e gerando do Código Penal)como com pena de(art. prisão conjuntamente Paulo Henrique Messias (16) 3512-4300 � Comitê de Gestão - Marketing contasareceber@procana.com.br atendimento@procana.com.br contasapagar@procana.com.br Luciano Lima 124,com 126,pena da Lei de 14/12/1973). do Código123, Penal) de 5.988, prisão e multa; conjuntamente negócios sustentáveis” atendimento@procana.com.br contasapagar@procana.com.br Luciano Lima com busca e apreensão e indenização diversas (artigos 122, www.loja.jornalcana.com.br luciano@procana.com.br negócios sustentáveis” com busca e apreensão e indenização diversas (artigos 122, www.loja.jornalcana.com.br luciano@procana.com.br

ISSN 1807-0264

NOSSA MISSÃO NOSSA MISSÃO NOSSA MISSÃO NOSSA MISSÃO

negócios sustentáveis”

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Luciano Lima luciano@procana.com.br

Paulo Henrique Mes ias (16) 3512-4300 contasareceber@procana.com.br atendimento@procana.com.br contasapagar@procana.com.br www.loja.jornalcana.com.br www.jor nalcana.com.br www.jor nalcana.com.br www.jor nalcana.com.br www.jor nalcana.com.br

123, 124, 126, da Lei 5.988, de 14/12/1973). 123, 124, 126, da Lei 5.988, de 14/12/1973).


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Setembro 2018

N O V A

L I N H A

D E

COLHEDOR AS DE CANA CASE IH E V O L U Ç Ã O PA R A

Q U A L Q U E R DE S A F IO

+29% DE 620 LITROS

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A

E V O L U Ç Ã O

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N Ã O

P O D E

A8810 DUPLO ALTERNADO

PA R A R


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ACONTECE

Setembro 2018

3º MASTERCANA AWARD ACONTECE EM SÃO PAULO

Na noite de 08 de outubro próximo, o MasterCana Award vai reunir em São Paulo os principais nomes do setor para homenagear personalidades, grupos e órgãos internacionais que vem se destacando no mercado. Com apenas 200 convidados VIP, o jantar e cerimônia de premiação do MasterCana Award tornou-se ponto de encontro entre representantes das usinas e grupos produtores, fornecedores e entidades do setor, gerando um ambiente exclusivo e intimista favorável para troca de informações, relacionamentos e negócios. Quando: 8 de outubro de 2018 – 19h30 Onde: V illa Bisutti – Rua Casa do Ator, 642 – Vila Olímpia – São Paulo Informações: w ww.mastercana.com.br | rose@procana. com.br | Whatsapp (16) 99153-8690

16º CURSO DE CALDEIRAS, VAPOR E ENERGIA

Com o foco em “Eficiência Energética para a Máxima Produção de Açúcar, Etanol e Exportação de Bioeletricidade”, o curso fornecerá informações relevantes sobre os avanços tecnológicos nas áreas de balanço energético, geração e consumo de vapor e de energia elétrica, envolvendo os aspectos técnicos e financeiros, aplicados a plantas industriais e centrais termoelétricas. Quando: 19 e 20/9 Onde: O ásis Tower Hotel - Av. Maurílio Biagi, 2955 Ribeirânia, Ribeirão Preto - SP Informações: (16) 3512.4300

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Suas vantagens • Uma vasta gama a partir de M 8x1 até G 2½" • Certificado conforme ISO/TS16949 e ISO 14001 • Mesmo quantidades pequenas a preços competitivos • Curtos prazos de entrega

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O curso tem como objetivo apresentar informações relevantes e casos de inovações tecnológicas e melhorias operacionais nas áreas de Recepção, Preparo e Extração, visando o máximo aproveitamento da matéria-prima. Quando: 28/11 Onde: Oásis Tower Hotel - Av. Maurílio Biagi, 2955 - Ribeirânia, Ribeirão Preto - SP Informações: thais@procana.com.br (16) 3512.4300


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Setembro 2018

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EVENTOS

Setembro 2018

10 MOTIVOS PARA ESTAR NA FENASUCRO & AGROCANA Com 500 expositores e um público visitante profissional de 45 países, a feira tem atrativos de sobra. JornalCana lista alguns deles nesta página Os cerca de 500 expositores da 26a. edição da Fenasucro & Agrocana disputam os visitantes de empresas do setor sucroenergético que visitarão a feira, a ser realizada entre os dias 21 a 24 de agosto em Sertãozinho (SP). Essa disputa por si só já é um atrativo para estar no maior evento mun-

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2 CURSO DE DIVERSIFICAÇÃO E MÁXIMO APROVEITAMENTO AGROINDUSTRIAL

DE OLHO NO RENOVABIO

A Procana Sinatub, especialista em conteúdos para profissionais do setor, promove em 23/08, dentro da programação da feira, o 5º CURSO DE DIVERSIFICAÇÃO E MÁXIMO APROVEITAMENTO AGROINDUSTRIAL, com o tema Oportunidades e Estratégias para Garantir a Rentabilidade das Usinas. Inscrições: www.sinatub.com.br Fone: (16) 3512.4300 - WhatsApp: (16) 99119-5368 E-mail: thais@procana.com.br.

Programado para entrar em vigor em 2020, a Política Nacional de Biocombustíveis, o RenovaBio, projeta uma produção de etanol de 48 bilhões de litros daqui a dez anos, 20 bilhões de litros acima da atual capacidade instalada. Quem quiser aproveitar e não esperar para quando os preços dos fornecedores subirem, é a melhor hora de negociar com expositores sobre retrofits.

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APROVEITE OS CONTEÚDOS

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Aos poucos, a Fenasucro & Agrocana tornou-se também plataforma de palestras e demais conteúdos profissionais. Na edição deste ano, serão mais de 300 horas com conteúdos tão variados quanto qualitativos. É preciso escolher bem porque a oferta é tentadora. A feira oferece o serviço Minha Agenda, que auxilia o visitante. Saiba mais no site da feira: www.fenasucro.com.br.

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dial direcionado ao setor sucroenergético e, que desta vez, amplia espaço para outros segmentos como papel e celulose. JornalCana lista a seguir 10 motivos pelos quais os profissionais e empresários ligados ao universo do setor sucroenergético não podem perder a Fenasucro & Agrocana.

APLICATIVO É UMA SENHORA FERRAMENTA A Fenasucro & Agrocana oferece um aplicativo que tem mil e uma utilidades. Saiba mais no site da feira: www.fenasucro.com.br.

RODADA DE NEGÓCIOS Oportunidades para fechamento de negócios em rodadas de 15 minutos nas quais sentam-se de um lado a empresa vendedora e, de outro, potenciais compradores.

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HORA DE NETWORKING Não é só de negócios que vive a Fenasucro & Agrocana. A maior feira mundial do setor sucroenergético oferece muitas oportunidades de networking com profissionais brasileiros e de 45 outros países esperados para o evento.

DE OLHO NO AVANÇO DO ETANOL Além do próprio Brasil, que está em vias de ter a implantação do RenovaBio, outros países também se preparam para ampliar a utilização do biocombustível. É o caso dos Estados Unidos, onde é negociado o aumento da adição de etanol à gasolina. A China também se movimenta com a adição de 10% do biocombustível à gasolina, o que irá criar um gigantesco mercado. O produtor brasileiro tem tudo para entrar nesse mercado. E a hora de prospectar projetos e custos com fornecedores é agora, na Fenasucro & Agrocana.

BIOELETRICIDADE Embora esteja abaixo da capacidade de geração por biomassa, por conta de falta de incentivos, a bioeletricidade revela-se promissora no curto prazo. A eletricidade feita da biomassa de cana exige poucos investimentos e é capaz de ser produzida de forma eficaz e já está localizada nos grandes centros consumidores. O momento de pesquisar custos de implantação, seja de engenharia, projetos ou equipamentos, é agora. E a Fenasucro tem expositores de sobra nesse nicho.

EVENTO USINAS DE ALTA PERFORMANCE AGRÍCOLA 6 Também promovido pela Procana Sinatub, o evento chega à segunda edição e será realizado em 22/08 no Auditório Zanini, dentro da programação da feira. O Usinas de Alta Performance Agrícola vai apresentar cases e informações relevantes com cases de alta produtividade em ambientes restritivos e, entre outros, benchmarking em irrigação e gotejo subterrâneo. Inscrições: www.sinatub.com. br Fone: (16) 3512.4300 - WhatsApp: (16) 991195368 - E-mail: thais@procana.com.br.

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ACESSO É GRATUITO Um detalhe importante: os visitantes profissionais da Fenasucro & Agrocana têm acesso gratuito à feira. Para fazer o credenciamento online, basta acessar o site da feira: www.fenasucro.com.br.


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MERCADO

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MERCADO

Setembro 2018

6 avaliações de Padua sobre a safra Diretor técnico da Unica prevê moagem menor na 18/19 no Centro-Sul por culta da estiagem, mas afirma que o aumento do ATR deverá compensar parte da perda registrada na oferta de cana-de-açúcar Antonio de Padua Rodrigues, diretor técnico da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), destaca seis avaliações sobre a safra 2018/19 no Centro-Sul do País.

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QUEBRA AGRÍCOLA Temos expectativa de uma grande quebra agrícola da cana que é colhida até o fim da safra. Há levantamentos indicando quebra de 8% e outros de 10%. De fato haverá uma redução.

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ONDE O PROBLEMA É MAIOR Não se pode generalizar a quebra para todo o Centro-Sul. No Estado de São Paulo, as regiões de São Carlos, Ribeirão Preto e de São José do Rio Preto estão mais sensíveis e registram quebra maior. Em Minas Gerais, em Goiás e no Mato Grosso do Sul não deverá ser registrada tanta queda de moagem na comparação com 2017.

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COMPENSAÇÃO Grande parte da perda de produtividade agrícola será compensada pela melhor qualidade da matéria-prima. Se conseguirmos entre três a quatro quilos de ATR por tonelada, poderemos chegar à expectativa de fechar em 140 quilos de ATR. Dependendo da quebra agrícola, 50% dessa quebra será compensada pela melhor qualidade de ATR.

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ANTECIPAÇÃO DE MOAGEM Estamos com moagem adiantada de 20 milhões de toneladas de cana, na comparação com a safra anterior, mas a queda na produtividade agrícola impactará daqui para frente porque usamos a quantidade de cana [para medir a safra].

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FIM DE SAFRA Vai depender muito. Pode ter empresa que não queira encerrar a moagem em outubro e outras que não queiram encerrar em novembro. Podem estender o período de moagem para otimizar a produção de etanol. Não significa maior oferta de cana, mas extensão do processamento para produzir mais biocombustível.

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PREVISÃO PARA A 19/20 A safra 2019/20 será totalmente diferente. A cana plantada entre fevereiro, março e abril deste ano está morrendo em muitas regiões. Essa cana, que era bem produtiva, em 2019 irá demorar mais três meses para ser colhida. E a oferta de cana soqueira também será baixa, assim como ocorre na atual safra.

DIVULGAÇÃO

Padua: safra 19/20 será diferente


MERCADO

Setembro 2018

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NORDESTE TERÁ 2,8% MAIS CANA Unidades deverão processar 46,5 milhões de toneladas na recém-iniciada safra 2018/19, segundo projeção da INTL FCStone. Um dos motivos da alta de oferta é o maior plantio DIVULGAÇÃO

DA REDAÇÃO

As unidades produtoras da região Nordeste do País terão 2,8% mais cana-de-açúcar para moagem na safra 2018/19, a ser iniciada a partir deste mês de agosto. A projeção de aumento é da INTL FCStone, para quem as unidades do Nordeste processamento estimado em 46,5 milhões de toneladas no ciclo atual. A oferta mais se deve ao aumento no plantio de cana-de-açúcar nos principais estados produtores do Nordeste brasileiro no ano passado e o clima chuvoso registrado nos primeiros quatro meses do ano favorecendo novos canaviais. “Este volume, mesmo que seja maior que as duas últimas safras, ainda está significativamente abaixo do que a região processou de cana entre 2005 e 2014, período no qual moagem variou entre 55 e 70 milhões de toneladas”, explica o analista de mercado da

A safra de cana-de-açúcar na região Norte e Nordeste do País deverá moer 46,5 milhões de toneladas, segundo a INTL FCStone

INTL FCStone, João Paulo Botelho. Volumes acumulados Mesmo que as chuvas tenham ficada significativamente abaixo da média desde maio, os volumes acumulados desde o começo do ano suavizaram o impacto sobre a umidade do solo e, consequentemente, sobre a produtividade agrícola. Ainda assim, o risco de quebra não está fora

do radar na região. “Com precipitação acumulada no ano 22,7% abaixo da média dos últimos 10 anos e redução de mais de 55% nos últimos 3 meses, é possível que a queda na umidade dos solos se acelere a partir de agora, aumentando o stress hídrico das lavouras, a depender das chuvas e temperaturas que serão registradas nas próximas semanas”, avalia o analista Botelho.

CLIMA SECO AJUDA NO ATR Ao mesmo tempo em que pode prejudicar o desenvolvimento dos canaviais, o clima seco tem impacto positivo sobre a concentração de açúcares na cana. Considerando a precipitação abaixo da média nos últimos meses e a tendência sazonal de redução nas chuvas para os próximos meses, a INTL FCStone estima que o Açúcar Total Recuperável (ATR) médio apresente alta de 1,6% na comparação com a safra passada, para 129,3 Kg/t. Este aumento, entretanto, ainda indicaria uma qualidade da matériaprima abaixo da safra 2016/17.


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Tire suas dúvidas sobre a RenovaCalc Instrumento do RenovaBio, a calculadora está em fase de implementação, mas já possui versão em Excel na qual as usinas já podem produzir as simulações dos processos DIVULGAÇÃO

mento após a resolução da ANP sobre a calculadora. A ideia é de que seja concluído ainda neste semestre o desenho do mercado de CBios.

DELCY MAC CRUZ, DE PIRACICABA (SP)

A calculadora RenovaCalc é ferramenta integrante da Política Nacional de Biocombustíveis, o RenovaBio. Assim como o programa, a calculadora também está em fase de implementação. Ela ganhou vida em março, já foi tema de consulta pública e passa por adequações. O JornalCana entrevistou a pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente Marília Folegatti, que coordena o grupo técnico de Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) do RenovaBio. Ela também é conhecida como ‘mãe’ da RenovaCalc e detalha na entrevista a seguir como está o processo da calculadora e quais serão os próximos passos.

A senhora uma das responsáveis pela calculadora, mas tire algumas dúvidas em relação à certificação. Essa será feita por unidade? Se um grupo tem cinco ou dez unidades, terá de certifica-las em separado? Sim. Por facilidade de controle, até porque esse processo sofrerá auditoria de uma terceira parte [as empresas de certificação do RenovaBio a serem cadastradas na ANP]. Como essas certificadoras irão atuar? As firmas inspetoras ou certificadoras irão checar nas unidades se os dados da calculadora estão corretos. Depois da visita dessa empresa é que será emitido o certificado de eficiência energética que dá acesso ao CBio.

Como está a RenovaCalc dentro do contexto de implantação do RenovaBio? A RenovaCalc já está em versão próxima da versão final. O processo todo de contabilidade de carbono e de certificação passou por consulta pública a cargo da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Essa consulta culminou em audiência pública já realizada e recebemos 450 contribuições de diferentes. O que ocorre com essas contribuições? Estamos tratamos essas sugestões e implementamos algumas modificações na calculadora. Qual o próximo passo? É termos a versão 34 da calculadora em planilha Excel. E também termos a resolução que trata da operação e do processo de certificação propriamente. Quem trata disso é a ANP. Já existe versão da calculadora disponível? Sim, no site da ANP (www.anp. gov.br), na consulta pública número 10, de 2018. A versão que foi para consulta pública está lá aberta, com todos os campos para edição, para simulação. Está lá para quem quiser conhecer e estudar a forma de cálculo. A versão em Excel é definitiva? Provavelmente será a que deve-

Haverá uma espécie de nota para a unidade? Sim. Haverá uma nota e é o valor dessa nota que dirá a quantidade de CBios que a usina terá acesso. Por isso fazer a certificação por unidade é a melhor maneira de o produtor controlar a informação, fica mais fácil para a auditoria e para a ANP controlar o processo. Isso garante a confiabilidade. rá ser usada no processo de certificação. Mas juntamente com outros parceiros estudamos um sistema informatizado que acessa banco de dados, com acesso online, muito mais simples de se fazer atualizações e correções. Esse sistema poderá substituir a versão em Excel num próximo momento. A planilha Excel é suficiente? Para contabilidade de carbono e chegar às notas de eficiência e acesso às CBios a planilha Excel é suficiente. É possível precificar os valores dos créditos de carbono da usina com a planilha existente? Não é possível chegar a um valor. O que se consegue é saber toda a emissão de gases de efeito estufa no ciclo de vida do biocombustível.

O que é o ciclo de vida? Vai desde a extração de recursos naturais, produção de insumos a até o uso do biocombustível. A calculadora converte essa emissão de carbono em unidade que chamamos de grama de CO2 equivalente por megajoule do biocombustível, no caso o etanol. É a pegada de carbono. Essa pegada é comparada com a pegada do fóssil, no caso a gasolina. A diferença em gramas de CO2 equivalentes é transformada em Certificados de Biocombustíveis (CBios). Eu não consigo dizer o valor do CBio, mas com a calculadora, é possível saber quantos CBios se pode gerar a partir da eficiência da unidade. O valor do CBio será definido pelo mercado. Como deverá se organizar o mercado de CBios? Isso virá em um próximo mo-

Apesar de estarmos na fase de implementação da RenovaCalc e do RenovaBio, a senhora sugere que as usinas já façam sua lição de casa? Sim. Há muitas unidades e associações de produtores que estão proativamente se organizando. Elas já fazem simulações dentro de seus processos produtivos para ver em que situação estão diante o que o programa vai exigir. Lembremos que a adesão ao programa é voluntária. Essas simulações podem ser feitas com a calculadora em Excel já disponível? Sim. Assim será possível simular, ver o que pode ser feito para melhorar a eficiência e estar pronto para quando o RenovaBio entrar em vigência obterem notas de eficiência e gerarem os CBios.


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OBSTÁCULOS NO CAMINHO Demora em alcançar a viabilidade econômica do etanol de segunda geração afasta investidores, mas algumas empresas persistem na corrida FABRÍCIO MARQUES, DA AGÊNCIA FAPESP

A corrida para produzir comercialmente o etanol de segunda geração, obtido a partir de celulose, está durando bem mais do que o esperado. Vários competidores desistiram no meio do caminho e hoje vive-se um momento decisivo, com disputa pela liderança. Três plantas industriais parecem estar próximas de atingir um estágio de eficiência tecnológica e viabilidade econômica. Duas delas estão no Brasil: uma da Raízen, em Piracicaba (SP), e outra da GranBio, em São Miguel dos Campos (AL). Ambas utilizam como matéria-prima resíduos da cana-de-açúcar, como palha e bagaço, que sobram da produção tradicional de bioetanol. A terceira, do consórcio Poet-DSM, funciona em Emmetsburg, no estado norte-americano de Iowa, e converte restos da produção de milho em combustível. A persistência das três empresas é extraordinária em um ambiente que vem acumulando expectativas frustradas. Uma década atrás, evidências de que já existia tecnologia madura para produzir biocombustíveis em grande escala a partir de matéria-prima farta – como madeira ou resíduo agrícola – atraíram um considerável volume de capital de risco, investido na construção do que seriam as primeiras plantas co-

O CUSTO DAS ENZIMAS NECESSÁRIAS PARA PRODUZIR ETANOL DE SEGUNDA GERAÇÃO AINDA É ELEVADO DIVULGAÇÃO

merciais. O preço alto do petróleo – com picos acima de US$ 100 por barril entre 2008 e 2011 – e os fortes incentivos públicos nos Estados Unidos para a produção de etanol de se-

gunda geração tornavam o cenário ainda mais atraente. Mas a decisão de construir as usinas mostrou-se muito mais arriscada do que o esperado. Obstáculos nos processos de

produção, que impediam o funcionamento contínuo dos equipamentos, associaram-se aos custos altos de alguns dos insumos, mostrando que faltavam pesquisa e investimentos para construir uma trajetória mais competitiva. Seguiu-se um período depressivo. Segundo dados da consultoria Bloomberg New Energy Finance, os investimentos globais em biocombustíveis de nova geração, que chegaram perto de US$ 3 bilhões em 2011, caíram para menos de US$ 1 bilhão em 2013 e pouco mais de meio bilhão em 2016. Empresas reviram seus planos. O grupo espanhol Abengoa fechou em 2015 sua usina em Hugoton, Kansas, Estados Unidos. Em novembro passado, a multinacional DowDuPont colocou à venda, por US$ 225 milhões, sua planta de etanol celulósico na cidade de Nevada, em Iowa, Estados Unidos, e ainda não conseguiu um comprador. A empresa anunciou que continuará no mercado de biocombustíveis oferecendo insumos especializados, como leveduras geneticamente modificadas capazes de melhorar o rendimento dos produtores. A unidade tem capacidade para produzir 110 milhões de litros de etanol por ano, mas nunca operou comercialmente. Startups criadas nos Estados Unidos para dar suporte à indústria acabaram corrigindo seus planos de


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Investimentos globais no desenvolvimento da próxima geração de biocombustíveis e bioquímicos (em milhões de dólares)

Fonte: Blomberg/New Energy Balance

AGRESSIVIDADE DA PALHA DE CANA, RICA EM SÍLICA, CAUSOU EROSÃO NOS EQUIPAMENTOS DE PRÉ-TRATAMENTO

negócio, caso da Solazyme, de São Francisco, que se dedica à produção de alimentos, ou da Amyris, de Emeryville, Califórnia, que agora fabrica cosméticos, fragrâncias e medicamentos contra a malária. “O caminho para o desenvolvimento da tecnologia tem sido mais longo e substancialmente mais dispendioso do que havia sido antecipado pelos especialistas”, afirma o engenheiro Viler Janeiro, diretor de negócios de etanol celulósico do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), empresa de biotecnologia que construiu uma planta de demonstração no município paulista de São Manuel. Na produção de etanol de primeira geração, apenas um terço da biomassa é utilizada, por meio da fermentação da sacarose do suco da cana. O desafio, na segunda geração, é aproveitar também o bagaço e a palha, fontes de celulose, hemicelulose e lignina, que respondem pelos outros dois terços da energia da planta e não são metabolizados no sistema

convencional. De modo geral, as tecnologias aplicadas nas usinas de segunda geração submetem a biomassa a um pré-tratamento, para quebrar a estrutura do material lignocelulósico; a processos de hidrólise, em que enzimas são utilizadas para converter polímeros de celulose e hemicelulose em açúcares; e de fermentação, com uso de leveduras modificadas geneticamente que transformam os açúcares provenientes da biomassa em etanol. O desenvolvimento de leveduras avançou de forma desigual no aproveitamento da celulose e da hemicelulose. Há microrganismos mais eficientes na quebra das hexoses, açúcares de seis carbonos originários da celulose, do que na das pentoses, açúcares de cinco carbonos provenientes da hidrólise da hemicelulose. Outro gargalo importante para atingir a viabilidade econômica se relaciona ao custo das enzimas necessárias para gerar os açúcares, considerado ainda muito elevado.

Para o engenheiro químico Carlos Eduardo Vaz Rossell, é crucial melhorar a eficiência das enzimas e reduzir seu preço. “O Brasil tem uma vantagem, que é a disponibilidade de um grande volume de biomassa na própria usina na forma de bagaço. Isso ajuda na busca da viabilidade econômica e justifica novos investimentos em pesquisa”, diz Rossell, que coordenou entre 2010 e 2016 a planta-piloto do Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE), vinculado ao Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas. Já em relação ao aproveitamento da palha, há desafios de ordem logística – ela tem que ser retirada do campo e trazida para a usina – e de produtividade. O engenheiro químico Antonio Bonomi, coordenador da divisão de inteligência de processos do CTBE, afirma que ainda não se sabe ao certo o quanto de palha deve ser retirado dos canaviais para utilizar como matéria-prima.

“A manutenção de parte da palha melhora a produtividade da cana, preservando a umidade e os nutrientes.” Somados a esses desafios, surgiram problemas de engenharia que não haviam sido previstos, alguns de solução cara e complexa, que impediram o funcionamento da maioria das plantas no prazo estipulado. Artur Milanez, gerente de biocombustíveis do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), discorda da percepção corrente de que a demora na viabilidade econômica signifique um fracasso da tecnologia. “Estamos vivendo a fase final de pesquisa e desenvolvimento (P&D). É comum, quando são testadas rotas tecnológicas, ocorrer um processo de afunilamento até chegar ao processo mais eficiente”, afirma. Em 2011, o BNDES e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) empenharam R$ 3 bilhões no Plano Conjunto de Apoio à Inovação Tecnológica Industrial dos Setores Sucroenergético e Sucroquímico (Paiss), para o desenvolvimento de novas tecnologias de processamento da biomassa de cana. Na carteira de projetos apoiados estavam a Raízen e a GranBio, ao lado de empresas como a Abengoa, o CTC, a Petrobras, entre outros. Quem parece mais perto de alcançar a escala comercial é a Raízen. Joint venture da brasileira Cosan e da multinacional Shell, a empresa montou em 2014 uma planta em Piracicaba que produz ao mesmo tempo as duas gerações do combustível. Na última safra, produziu 12 milhões de litros de etanol celulósico – a meta é atingir 25 milhões de litros neste ano e 40 milhões de litros, capacidade total instalada, no ano que vem. A Raízen valeu-se de um investimento feito na década passada pela Shell: a participação na empresa Iogen Energia, que tem uma planta-piloto de etanol extraído de palha de trigo em Ottawa, no Canadá. “Fizemos uma análise da viabilidade da tecnologia e vimos que era interessante”, conta Antonio Stuchi, diretor-executivo de Tecnologias e Projetos da Raízen. No Canadá, a ideia de aproveitar a palha de trigo não vingou: o processo demandava uma quantidade de água considerada antieconômica. Mas o conhecimento foi útil para a estratégia da Raízen. “Tínhamos dúvida se as enzimas teriam eficiência e estávamos no escuro em relação à capacidade das leveduras de atuar sobre as pentoses”, lembra. Nenhum desses temores se concretizou. “Mas fomos pegos de


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surpresa com problemas de engenharia.” O elevado nível de sujeira na biomassa levou à criação de uma etapa de pré-limpeza. Também foi preciso redesenhar o processo de separação de açúcares e de lignina e introduzir mais filtros e centrífugas. Mas o principal problema era a corrosão dos equipamentos no pré-tratamento, levando a uma operação intermitente. “A agressividade da palha da cana, rica em sílica, era muito maior do que a da palha de trigo”, afirma Stuchi. O engenheiro-agrônomo Gonçalo Pereira, professor do Instituto de Biologia da Unicamp que foi cofundador e cientista-chefe da GranBio, observa que as empresas cometeram o erro de transferir tecnologias de plantas-piloto para usinas sem testá-las em um nível intermediário. “Acreditava-se que o grande gargalo estaria nas etapas biotecnológicas, de enzimas e leveduras, que foram superadas. Ninguém imaginou que haveria problemas na parte mecânica do processo, nos equipamentos do pré-tratamento”, diz. Segundo ele, apostou-se que o comportamento da celulose na indústria de papel se repetiria. “Enquanto a estrutura da lig-

nocelulose da madeira repele água e amolece no pré-tratamento, o bagaço de cana funciona como uma esponja e forma uma espécie de mingau com fibras e sílica. Esse material não consegue ser facilmente transportado ou desaguado, levando à erosão, ao entupimento de canalizações e válvulas, e ao travamento de roscas”, afirma. Os problemas enfrentados pela Raízen na operação experimental de segunda geração não impediram a usina de seguir produzindo na primeira geração – enquanto os concorrentes montaram unidades exclusivas de etanol celulósico e não conseguiam fazê-las funcionar. Stuchi explica que a estratégia de produzir os dois tipos de etanol permitiu várias sinergias. “Na primeira geração, obtemos um excedente de biomassa que faz parte do custo operacional. Aproveitamos essa matéria-prima, que está na usina, para o etanol de segunda geração. Também há processos convergentes de fermentação e destilação. Outro ponto é a demanda por água. Parte-se de biomassa sólida e é necessário fazer sua diluição – e eu posso utilizar a água evaporada na unidade de primeira geração. Isso ajudou a conter a necessidade


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de investimentos complementares e a demonstrar aos acionistas que nossos processos poderiam ser mais competitivos.” A produção conjunta de primeira e de segunda geração está sendo útil para garantir a sustentabilidade do processo, mas isso não significa que o modelo híbrido será dominante. “A vantagem de uma planta que opera apenas a segunda geração é que ela teria mais flexibilidade para produzir, trazendo matéria-prima de outras culturas adequadas ao processo produtivo”, diz Artur Milanez, do BNDES. Um expediente adotado na montagem das usinas de segunda geração foi combinar tecnologias licenciadas de outras empresas. Milanez lembra que existia uma crença de que o Brasil poderia se valer das tecnologias desenvolvidas no exterior, bastando eventuais ajustes de “tropicalização”. “Sempre acreditamos que as adequações às características da biomassa brasileira seriam um desafio e o sucesso da Raízen mostra que era indispensável criar soluções localmente”, afirma. A GranBio comprou licenças de várias tecnologias para estabelecer sua usina em Alagoas, a Bioflex. A DSM, da Holanda, forneceu a primeira levedura testada, a Novozymes, da Dinamarca, enzimas para hidrólise, enquanto a italiana Mossi Ghisolfi (MG) foi a responsável pelos sistemas de pré-tratamento e hidrólise. A tecnologia não funcionou como o prometido, em especial o pacote adquirido do grupo da Itália. “O que se viu no primeiro momento foi um autêntico colapso do sistema”, reconhece Bernardo Gradin, presidente da GranBio. Para complicar a situação, a GranBio perdeu seu principal interlocutor junto à MG com a morte trágica de um dos donos do grupo, Guido Ghisolfi, um aparente suicídio, em março de 2015, apenas quatro meses após a Bioflex iniciar seus testes. “Passamos quase um ano sem poder tocar na planta, que estava passando por perícias. O pioneirismo exigiu muito mais paciência do que imaginávamos.” A disputa foi parar em uma corte de arbitragem em Londres e o caso deve ter uma solução negociada em breve. No final de 2017, a empresa italiana entrou em recuperação judicial e interrompeu as atividades da planta que havia construído na cidade de Crescentino para produzir etanol a partir de palha de arroz e de trigo, e de cana-do-reino. Além dos R$ 750 milhões gastos na construção da planta e do sistema de cogeração de energia, a GranBio

investiu R$ 150 milhões em P&D, o que envolveu uma equipe de 45 pesquisadores e a aquisição de patentes complementares, com apoio financeiro da Finep. Também investiu mais R$ 40 milhões em P&D para o desenvolvimento de variedades da chamada cana energia, capaz de fornecer mais de 2,5 vezes biomassa do que a cana tradicional. Hoje, pouca coisa sobrou na Bioflex do pacote oferecido pelos italianos. Um novo processo de pré-tratamento foi desenvolvido e a hidrólise enzimática estendida. A M&G prometia promover a hidrólise em apenas 19 horas, enquanto a tecnologia atual requer entre 48 e

90 horas. Para dar suporte ao novo processo, foi necessário construir seis tanques de fermentação além dos dois que existiam, a fim de abrigar a biomassa por um período maior e adequar o sistema de efluentes. A GranBio investiu em tecnologia própria – criou, por exemplo, leveduras em parceria com a Unicamp – e foi buscar tecnologia fora: investiu em uma empresa norte-americana, a American Process Inc. (API), que havia desenvolvido plataformas de pré-tratamento de biomassa para produção de açúcar celulósico. Detém hoje mais de uma centena de patentes nos Estados Unidos.

A corrosão dos equipamentos também foi um problema sério para a empresa. Em um processo conhecido como explosão de vapor (steam-explosion), em que a biomassa é submetida a condições de temperatura e de pressão muito elevadas e sofre descompressão repentina, o choque do material com as paredes dos equipamentos do pré-tratamento provocava avarias quase diárias, interrompendo a produção. Foi necessário simplificar o processo, eliminando uma de suas etapas. “Saímos de uma tecnologia que se mostrou inviável, com dois estágios de pré-tratamento, sendo um deles com a steam-explosion, para uma tecnologia com um único estágio de cozimento menos severo, conhecido como LHW (Liquid Hot Water), acrescido de uma etapa de tratamento mecânico das fibras usando um equipamento específico para esse fim”, explica Gradin. Com isso, a planta começou a operar: em 2017, atingiu capacidade para 28 milhões de litros de etanol de segunda geração – 5 milhões de litros foram exportados para os Estados Unidos. Para assegurar a viabilidade comercial, são necessários mais recursos – R$ 35 milhões neste ano e R$ 45 milhões em 2019 – para alcançar uma produção de 45 milhões de litros e 60 milhões de litros, respectivamente. Embora discreto, um aumento do interesse na segunda geração é estimulado por nova escalada dos preços do petróleo – na casa dos US$ 75 dólares o barril nos últimos meses. Em entrevista ao jornal Financial Times, Feike Sijbesma, executivo da holandesa DSM, que produz etanol celulósico em Iowa, Estados Unidos, em parceria com a norte-americana Poet, disse que a cotação do petróleo amplia as chances de a empresa oferecer um produto competitivo. “Qual é o patamar confortável para nós? Por volta de US$ 70 o barril”, disse. Batizada de Project Liberty, a planta da Poet-DSM foi inaugurada em 2014. Sua meta é produzir 72 galões (272,5 litros) por tonelada de resíduo de milho e ela está perto disso: já obteve 70 galões (265 litros) por tonelada. Há um ano, o consórcio Poet-DSM anunciou a construção de uma unidade para fabricar as enzimas usadas para quebrar a celulose dos resíduos de milho. Segundo Sijbesma, o principal desafio tem sido organizar a coleta de resíduos de milho. A exemplo do que ocorreu com a cana, há dificuldades para remover sujeira e areia do material. Na avaliação de Antonio Bonomi, do CTBE, parte da fragilidade


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26 MERCADO no esforço de pesquisa em busca do álcool de celulose se deve ao fato de não existir um mercado mundial do combustível capaz de pressionar por avanços tecnológicos. “E mesmo no Brasil a segunda geração enfrenta a concorrência de primeira geração, uma rota de sucesso que funciona muito bem.” Uma conjuntura mais favorável surgiu há dois anos, quando a Conferência de Paris estabeleceu o compromisso de limitar o aumento da temperatura no planeta e propôs cenários de baixa emissão de carbono em que a energia de biomassa tem papel essencial. No Brasil, o lançamento de uma nova Política Nacional de Biocombustíveis, que premia a produção sustentável de etanol, pode servir como um estímulo adicional à segunda geração. Pioneiro na pesquisa da utilização de biomassa para produção de energia, o biólogo norte-americano Lee Lynd, professor da Thayer School of Engineering, no Dartmouth College, sustenta que um equívoco cometido por governos e investidores foi apostar maciçamente na construção de grandes usinas, preocupando-se menos em financiar avanços tecnológicos capazes

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de reduzir custos de produção. No desenvolvimento das energias solar e eólica, ele observa, investiu-se primeiro em nichos para depois buscar alvos mais ambiciosos. Aplicações iniciais de pequeno porte propiciam um aprendizado mais rápido, defendeu Lynd em um artigo publicado em outubro na revista Nature Biotechnology. “As tecnologias das baterias foram empregadas em produtos eletrônicos antes de serem usadas em carros híbridos”, exemplificou. Lynd foi um dos fundadores da Mascoma, empresa de pesquisa em biocombustíveis que em 2005 recebeu aportes de investidores como Vinod Khosla, o fundador da Sun Microsystems, e do Departamento de Energia dos Estados Unidos. Como aconteceu com outras startups, não conseguiu viabilizar a meta de converter biomassa não comestível em etanol. Em 2014, a Mascoma foi vendida para uma empresa canadense, a Lallemand, interessada em leveduras desenvolvidas segundo uma técnica criada por Lynd. O biólogo, contudo, não desistiu dos planos originais. Trabalha em outra empresa, a Enchi, com propósitos semelhantes aos da Mascoma.

Unidade da Raízen com produção de etanol celulósico em Piracicaba, no interior paulista


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Inox aumenta produtividade de usinas Corrosão, desgaste e manutenções frequentes de equipamentos e materiais ainda fazem parte da rotina de muitos produtores do setor. Como parte de um programa permanente de inovação, a Aperam investigou o desempenho do aço inox 410 em comparação com materiais tradicionais usados em taliscas da esteira metálica de transporte de cana. E o resultado obtido foi muito positivo: Aumento da vida útil dos equipamentos; Redução das intervenções com manutenção; Redução dos gastos com mão de obra; Redução de peso dos equipa mentos devido às propriedades mecânicas e elevada resistência à corrosão dos aços inoxidáveis; Redução de sobrespessura e/ou pintura. A eficiência do desempenho mecânico do Inox 410 para a aplicação em esteiras transportadoras de cana foi comprovada através da comparação dos resultados obtidos de análises estáticas e dinâmicas para o aço SAE 1008 (espessura 5/16”) e para o 410

Aperam (nas espessuras 8 mm, 6 mm e 4 mm). O 410 Aperam é um aço inox Ferrítico que possui excelente resistência em ambientes corrosivos e abrasivos, além de alta resistência mecânica e boa soldabilidade. Para cada tipo de material, analisamos a capacidade de carga referente aos seguintes modos de falha: devido ao colapso plástico, ao acúmulo de deformações,

localizada e por fadiga. Além disso, verificou-se em cada modelo, os danos devido a carga de impacto através da deformação residual final. Os testes em campo foram realizados em uma usina parceira, com inox 410 (espessura de 4,5 mm) - normalmente, esta usina utiliza taliscas em aço carbono 1008 com espessura 6,35mm. As taliscas em inox 410

instaladas completarão sua quarta safra no fim de 2018. Na entressafra de 2017/2018, a inspeção das taliscas mostrou que não houve perda significativa de espessura e que não houve a ocorrência de freting nos furos. Uma vez que a perda de espessura no inox 410 não foi significativa, estima-se uma durabilidade total de 8 safras sem substituição destas.


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INSETO GERA ESPUMA PARA SE PROTEGER INCT SEMIOQUÍMICOS E ESALQ-USP / DIVULGAÇÃO

Cigarrinha-da-raiz produz material semelhante ao sabão que a blinda às flutuações de temperatura do ambiente externo. Descoberta é de pesquisadores de instituições ligadas à USP

POR QUE O INSETO SURGE NO VERÃO

ELTON ALISSON/AGÊNCIA FAPESP

Durante o verão é possível observar no solo de canaviais, próximo à raiz da cana-de-açúcar, uma espuma semelhante à de sabão que envolve o corpo de formas imaturas (ninfas) de um inseto conhecido popularmente como cigarrinha-da-raiz (Mahanarva fimbriolata). O inseto representa uma importante praga da cana e tem esse nome porque as ninfas se desenvolvem nas raízes da planta. Pesquisadores da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), em colaboração com colegas do Instituto de Física de São Carlos, ambos da USP, descobriram que essa espuma, produzida pela própria cigarrinha-da-raiz, confere ao inseto proteção às flutuações de temperatura do ambiente externo. A temperatura no interior da espuma é semelhante à do solo e ideal para o desenvolvimento do inseto, e permanece constante durante o dia independente da variação da temperatura externa, constataram os pesquisadores. A descoberta, feita durante um estudo realizado no âmbito do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Semioquímicos na Agricultura – um dos INCTs apoiados pela Fapesp em colaboração com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) no Estado de São Paulo –, foi publicada em um artigo na revista Scientific Reports*.

Produzida pela própria cigarrinha-da-raiz, a espuma confere ao inseto proteção às flutuações de temperatura do ambiente externo

JOSÉ MAURÍCIO SIMÕES BENTO, UM DOS PESQUISADORES PRINCIPAIS DO INCT DE SEMIOQUÍMICOS NA AGRICULTURA: “DESDE A DÉCADA DE 1950 JÁ SE ESPECULAVA QUE A ESPUMA PRODUZIDA PELA CIGARRINHA-DARAIZ FUNCIONARIA COMO UM MECANISMO DE TERMORREGULAÇÃO [MANUTENÇÃO DA TEMPERATURA IDEAL] DO INSETO, MAS ATÉ ENTÃO ISSO NÃO TINHA SIDO COMPROVADO. CONSEGUIMOS COMPROVAR ESSAS HIPÓTESES POR MEIO DE ANÁLISES DIRETAS” Sem comprovação “Desde a década de 1950 já se especulava que a espuma produzida pela cigarrinha-da-raiz funcionaria como um mecanismo de termorregulação [manutenção da temperatura ideal] do inseto, mas até então isso não tinha sido comprovado. Conseguimos comprovar essas hipóteses por meio de análises diretas”, disse José Maurício Simões Bento, um dos pesquisadores principais do INCT de Semioquímicos na Agricultura e um dos autores do estudo, à Agência FAPESP.

Os pesquisadores já tinham observado que, com a proibição das queimadas para colheita da cana no Estado de São Paulo a partir de 2016, a cigarrinha-da-raiz começou a surgir em maior proporção nos canaviais paulistas. O inseto costuma aparecer em sua fase ninfal nos pés de cana entre novembro e março, que coincide com o período de verão, em que a umidade do ar é baixa e o excedente hídrico no solo é alto em razão das chuvas da estação. O principal indício do surgimento dele é justamente a espuma que produz e recobre seu corpo. A fim de avaliar se a espuma conferia proteção térmica durante esse estágio crucial de seu desenvolvimento, antes de alcançar a fase adulta, os pesquisadores fizeram experimentos em campo com monitoramento das temperaturas dentro e fora da espuma e a do solo em um canavial na região de Piracicaba, no interior de São Paulo, durante um dia quente de verão, em que a temperatura oscilava bastante. Questão de temperatura As análises indicaram que, enquanto as temperaturas externas variaram entre 24,4 °C e 29,2 °C, a temperatura no interior da espuma se manteve constante ao longo do dia, em torno de 25 °C, que é a ideal para o desenvolvimento do inseto na fase de ninfa e próxima à temperatura do solo. “Confirmamos que a espuma promove proteção térmica aos insetos durante essa fase de seu desenvolvimento”, afirmou Mateus Tonelli, doutorando em entomologia na Esalq e um dos autores do estudo.

*O artigo Spittlebugs produce foam as a thermoregulatory adaptation (doi: 10.1038/s41598-018-23031-z), de Mateus Tonelli, Guilherme Gomes, Weliton D. Silva, Nathália T. C. Magri, Durval M. Vieira, Claudio L. Aguiar e José Maurício S. Bento, pode ser lido na Scientific Reports em www.nature.com/articles/s41598-018-23031-z.


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SAIBA COMO A ESPUMA AJUDA O INSETO DIVULGAÇÃO

Material funciona como um micro-habitat que retém uma parte da temperatura em favor da cigarrinha-da-raiz envolvida pelas bolhas, segundo trabalho dos pesquisadores ligados à USP A fim de avaliar a capacidade de resistência térmica da espuma em temperaturas maiores que as encontradas no campo, os pesquisadores realizaram um experimento em que introduziram ninfas da cigarrinha-da-raiz envolvidas pelas bolhas em uma câmara de crescimento, em laboratório, com temperaturas superiores às do experimento em campo, entre 32 °C e 33 °C. As análises indicaram que, quando a temperatura da câmara foi aumentada para 32 °C, a temperatura no interior da espuma permaneceu 2 °C abaixo da externa, em torno de 30 °C, e a estrutura da espuma se manteve intacta. “Observamos que a espuma atua como um termorregulador para a cigarrinha-da-raiz, mantendo a temperatura a menos de 32 °C, que é letal para o inseto, e funciona como um espécie de micro-habitat ou microambiente, em que a temperatura no interior

Entenda como a espuma é produzida

Os canaviais estão sujeitos ao surgimento da cigarrinha-da-raiz e às bolhas por elas geradas

dele é inferior à do ambiente externo e se mantém constante, independente das flutuações da temperatura externa”, disse Mateus Tonelli, doutorando em entomologia na Esalq e um dos autores do estudo. Composição química Os pesquisadores também analisaram a composição química da espuma, a fim de identificar os compostos relacionados à produção e à estabilidade das bolhas. As análises indicaram que a espuma é composta por ácidos palmítico e esteárico, além de pro-

A espuma é composta por líquido, derivado da seiva da cana, do qual a cigarrinha-da-raiz se alimenta, além de ar e de moléculas de ácidos palmítico e esteárico, proteínas e carboidratos, que reduzem a tensão superficial e interfacial para formar emulsões. Para produzir a espuma, a cigarrinha-da-raiz utiliza seu aparelho bucal para perfurar a raiz da cana e chegar até o xilema (tecido) da planta, por onde circula a seiva, e absorver o líquido. Parte desse líquido se mistura com algumas substâncias presentes nos túbulos de Malpigi – o principal órgão excretor dos insetos – para compor a espuma. Para formá-la, o inseto aspira ar por meio de dutos localizados na cavidade ventral de seu abdome e libera a mistura composta por líquido, ar e moléculas de compostos na forma de bolha, explicaram os pesquisadores.

teínas e carboidratos. Essas substâncias atuam como surfactantes para estabilizar a espuma, ao reduzir a tensão superficial e modular o tamanho e a distribuição da bolha em razão de suas forças elásticas. As interações dos carboidratos com as proteínas criam um filme estável que endurece e estabiliza a espuma, permitindo envolver o inseto, apontaram os pesquisadores. “A composição química da espuma, que permite que as bolhas tenham uma arquitetura rígida, era mal compreendida”, disse Bento.


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Agricultura de Precisão não decola. Por que? Especialista e professor da Esalq, José Paulo Molin explica o que é preciso fazer para os canaviais aderirem a esse conjunto de ferramentas que tanto sucesso faz nos canaviais da Colômbia DIVULGAÇÃO

DELCY MAC CRUZ, DE RIBEIRÃO PRETO (SP)

A agricultura de precisão (AP) engatinha nos canaviais dos fornecedores. Do potencial de 63 milhões de toneladas de cana-de-açúcar dos fornecedores da região Centro-Sul do País, apenas 9 milhões de toneladas são gerenciadas por AP, que integra conjunto de ferramentas e tecnologias aplicadas para permitir sistema de gerenciamento baseado na variabilidade espacial visando aumento de retorno econômico e a redução do impacto ambiental. O lento avanço da AP nos canaviais ocorre em toda área canavicultura e não é um problema, segundo José Paulo Molin, professor da Escola Superior Luiz de Queiroz (Esalq), da USP, e presidente da Associação Brasileira de Agricultura de Precisão (AsBrAP). Na entrevista a seguir, concedida durante evento da Organização

Molin no evento da Orplana: conservadorismo atrasa adesão à Agricultura de Precisão

dos Plantadores de Cana (Orplana) em Ribeirão Preto, Molin comenta sobre avanços da AP e como ela pode ampliar a produtividade canavieira em tempos de RenovaBio. Em suas palestras, o senhor destaca que a Agricultura de Precisão entrou para valer na cana-de-açúcar em 2002. Passados 16 anos e apenas 9 milhões de to-

neladas de cana de fornecedores, em um universo de 63 milhões, têm gerenciamento de ferramentas de AP. Por que isso ocorre? É um paradigma. Falamos de uma modernidade. A cana é mais conservadora do que o grão. Por natureza própria, o produtor de cana é historicamente mais conservador do que o produtor de grão. E mais conservador do que a usina. Como mudar? Há o desafio da mudança, que não é fácil de ser feita. Há um lado positivo e um lado negativo. O lado ruim é quem falamos da Agricultura de Precisão, e da variabilidade espacial, que cresce lentamente, e que exige mudanças dentro do processo, e de repente vem a onda digital. Essa parece que vai passar por cima de tudo [AP, por exemplo] e que [dá a impressão] de que não será mais preciso fazer isso aí [AP].

E o lado bom? O fornecedor precisa continuar resolvendo os problemas básicos do campo, onde a onda digital deveria ajudar a acelerar o processo. Por que? Só o diabo explica. Em Cali, na Colômbia, onde há 215 mil hectares com cana-de-açúcar no vale, e a colheita mecanizada começou depois de nós, metade da área canavieira já possui mapa de colheita. E usam monitores comprados aqui em São Carlos, no interior paulista. Fazem mapas porque entenderam a importância disso. Tem dado certo? Sim. A turma da Colômbia contamina toda a América Central. Hoje, produtores de cana da região copiam a Colômbia [nos mapas de colheitas], que copiou de nós, e nós não fizemos.


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ESPECIALISTA CRITICA A ‘ONDA DIGITAL’ Para José Paulo Molin, que é professor da Esalq e preside a Associação Brasileira de Agricultura de Precisão, muitas adesões às novidades digitais no campo ocorrem porque simplesmente são fáceis DIVULGAÇÃO

Em sua opinião, antes de aderir ao que o senhor chama de onda digital o setor sucroenergético brasileiro deveria fazer a lição de casa e investir nos mapas de colheitas? Sou ferrenho defensor da qualidade da informação. Se tenho como obter informação que é 90% assertiva, porque devo me satisfazer com uma de 60%? Porque é mais fácil? Hoje é esse o argumento: é mais fácil. Fazer mapas de estimativa por imagem não é indicado? O mapa de estimativa de produtividade canavieira por imagem ainda é um assunto nebuloso. Ninguém tem a original para calibrar. Ninguém fez o mapa de colheita, como irá calibrar? Por que isso ocorre? A tecnologia não está redonda. Já ouvi de produtores de tecnolo-

veste em AP, como amostragem de solo, não tem essa informação. Só sabe que uma área precisa de mais calcário que outra, mas eleva todas a um mesmo nível de fertilidade. Não é a melhor solução. Quinze anos depois da chegada da AP, quem vai entrar deveria usar nova abordagem, mas o problema é que quem oferta agora fornece o mesmo modelo do começo dos anos 2.000.

gia que o pessoal da cana ‘não dá bola para nós’, então o produto não é concluído. Não é concluído porque não tem demanda. O setor sucroenergético vive na expectativa de implantação da Política Nacional de Biocombustíveis, o RenovaBio, a partir de 2020. Há como implantar a Agricultura de Precisão no curto tempo? Muitas usinas investem em AP, assim como produtores. Sugiro aos entrantes que pensem em uma forma mais simples de AP. No modelo do início dos anos 2.000, delimitava-se manchas na lavoura, ou zonas de manejo. Era uma forma simplória, mas com muitos resultados porque já parte do conceito de que uma área com cana é diferente de outra. E hoje? Hoje não se faz isso. Quem in-

Molin: “é o conjunto da obra que resultará em aumento de produtividade”

É possível estimar quanto de ganho em produtividade canavieira uma AP devidamente investida pode gerar? Não existe um número mágico. É o conjunto da obra que resultará em aumento de produtividade. A gente sempre atrás de quem faz bem feito. E tem quem faz direito com média acima de 100 toneladas por hectare. É o fazer bem feito, com gente dedicada, envolvida.


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DOUTORES DA CANA ARQUIVO PESSOAL

Danilo Ferreira de Lima é Gerente Comercial Norte e Nordeste da Ubyfol Qual a visão dos senhores sobre a importância da produtividade agrícola dentro do processo produtivo sucroenergético? A produtividade por essência é um fator econômico associado a vários fatores de produção como: fatores genéticos, hídricos, fitotécnicos, de fertilidade e nutrição, etc. A produtividade agrícola no processo produtivo sucroenergético deve ser dimensionada em TCH, favorável a colheita como também ATR, de modo que o sistema produtivo agrícola e agroindustrial tenha uma margem de contribuição, benefício/investimento, favorável sendo a melhor ferramenta para se medir performance organizacional no setor sucroenergético. Quais decisões vem sendo tomadas que refletem na manutenção das altas produtividades dos canaviais?

Danilo Ferreira de Lima

No aspecto de nutrição, já é possível tratar essa lavoura como qualquer outra, hoje já consideramos algumas janelas fisiológicas definidas da cultura da cana-de-açúcar e com isso direcionar tratamentos específicos em fases distintas com resultados muito interessantes de produtividade agrícola e com melhor acúmulo de ATR. A nutrição foliar está sendo uma ótima ferramenta nes-

se aspecto. Aqui no Nordeste existem ótimos trabalhos na área de fertilidade como por exemplo a fosfatagem associada a um manejo específico que vem otimizando as adubações a base de fósforo, a irrigação por gotejamento gerando ótimos resultados agrícolas e novas variedades. Dentro do pacote tecnológi-

co disponível para a cultura da Cana-de-açúcar, a nutrição complementar via folha e fundo de Sulco configura-se como uma ferramenta de relevância? A nutrição foliar está sendo um diferencial para o aumento de produção da cana e consequentemente de açúcar e etanol no setor sucroenergético, considerando que hoje podemos nutrir essa cultura em várias janelas fisiológicas como: brotação, perfilhamento, crescimento dos colmos e maturação, neste caso consideramos uma nutrição complementar, caso a aplicação seja em apenas uma dessas fases consideramos uma nutrição suplementar. O importante é entender que na maioria dos nutrientes é impossível nutrir via folha toda a extração da cultura, pois consideramos a nutrição foliar na verdade uma nutrição celular que quando bem prospectada com produtos com tecnologia que favoreça mistura, absorção, translocação e metabolização dos elementos os resultados são positivos.


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COM DUPLO ALTERNADO, CASE IH OFERECE O mercado canavieiro ganhou mais uma opção para a colheita de cana-de-açúcar. A Case IH, empresa que atua há quase 75 anos na mecanização das usinas, lançou este ano a colhedora de cana A8810. A Série A8810 conta com modelos de uma linha e para espaçamento duplo alternado, conhecida como A8810DA. Entre os diversos benefícios, esse novo espaçamento reduz tráfego de equipamentos e, consequentemente, diminui os custos na colheita mecanizada. As colhedoras A8810DA trabalham com duas linhas e espaçamento de 0,9 m x 1,5 m. Entre as principais características estruturais e dimensionais do equipamento, destacam-se a abertura de chassi frontal e divisores de linha, o despontador alongado, a caixa do corte de base específico e a bitola das esteiras de 2,4m. Segundo Roberto Biassoto, gerente de Marketing de Produto da Case IH, a colhedora A8810DA contempla mais de cem melhorias que foram introduzidas nas colhedoras de cana Case IH para uma linha. Produtividade com o menor custo Todas essas melhorias proporcionam mais produtividade, com menor custo operacional e melhor qualidade de colheita. Uma das novidades é o tanque de combustível, feito com material plástico desacoplado do chassi. Com capacidade de 620 litros de diesel, além de ter maior autonomia, ele elimina o risco de corrosão e diminui a chance de possíveis vazamentos. As máquinas também apresentam o sistema Autofloat, que funciona como um “copiador de solo dos divisores de linha”, facilitando a operação, já que ele controla automaticamente a altura dos divisores de linha. É possível ajustá-lo em até três níveis de resposta, proporcionando melhor qualidade de colheita dentro de diversas condições de campo encontradas. “A qualidade da colheita aumenta porque o Autofloat evita que colmos de cana passem por baixo do divisor de linha e também porque simplifica a operação, pois o operador não tem mais a necessidade de ajustar o divisor de linha. Além disso, ele gera um desgaste menor dos divisores por trabalhar automaticamente”, explica Biasotto. O novo pacote de radiadores da colhedora tem gavetas com puxadores, que permite a troca independen-

te de cada componente. Ele facilita a manutenção, reduzindo o tempo total de montagem e desmontagem de seis horas para uma hora e meia. Assim, a colhedora fica mais tempo disponível para trabalho. Além disso, ele apresenta a tecnologia Flex Plate, que possibilita a dilatação de

componentes do radiador, aumentando sua vida útil. O tempo necessário para montagem e desmontagem passa de seis horas para uma hora e 30 minutos. O Smart Cruise é um software para redução do consumo de combustível e maior durabilidade

do motor que, associado à curva de potência otimizada, proporciona a diminuição do uso do diesel e, consequente, redução de custos. O Auto Turn, sistema de acionamento e desligamento das funções da colhedora para manobras, é outra ferramenta que reduz o consumo


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LINHA COMPLETA DE COLHEDORAS DE CANA DIVULGAÇÃO

do teto da cabine. A nova iluminação também tem durabilidade mais longa e tem o alcance de até 24 metros. Desenvolvimento contínuo As colhedoras de cana-de-açúcar são produzidas na fábrica da Case IH de Piracicaba (SP). A planta é o centro mundial da Case IH para desenvolvimento de soluções para colheita de cana. Biasotto lembra que no local foram desenvolvidas as mais de cem melhorias que as colhedoras receberam desde 2016. “Além da parte de produtos, nos últimos cinco anos a empresa treinou cerca de 20 mil pessoas para operar as máquinas no país para que o cliente consiga extrair a máxima eficiência da máquina”, conta Biasotto.

de combustível, devido à configuração de automatização de até dez funções, o que facilita a operação e simplifica as manobras da colhedora no final da linha. A máquina também tem o ventilador do sistema de arrefecimento inteligente. Com rotação automática

e variável conforme a temperatura do sistema, garante uma menor demanda do sistema hidráulico para ativação do motor desse ventilador. Assim, proporciona menor consumo de combustível, principalmente nos períodos de menor temperatura no ambiente (noites e inverno).

Para ampliar a visibilidade noturna, a Case IH substituiu todo o sistema de iluminação de halogênio por lâmpadas de LED. Essa mudança melhora em três vezes o alcance da iluminação. Na parte frontal da máquina, foram inseridos mais dois faróis, além de quatro de cada lado

Tecnologias embarcadas A nova colhedora também oferece diversas tecnologias embarcadas, como o monitor PRO700+, que vem com recursos para aumentar a produtividade por meio da facilidade de operação e gerar menos fadiga ao operador. Os principais recursos que aparecem nas seis telas do monitor são o corretor de direção (Anti Drift), a função de manobra (Auto Turn), as Câmeras operacionais (eView), a velocidade da esteira do elevador ajustável e o piloto automático. As três câmeras operacionais que aparecem no monitor estão localizadas na lateral direita, lateral esquerda e na parte inferior da máquina. Como essas imagens aparecem no Pro700+, o operador tem o conforto de não ter que ficar olhando para trás para acompanhar a descarga do elevado no transbordo, bem como ver a qualidade do corte de base simultânea à colheita antes da deposição de palha no solo. Já o piloto automático AFS GUIDE guia a colhedora nos projetos de linhas individualizadas, viabilizando o controle de tráfego com menor compactação do solo, um melhor planejamento agrícola, contribuindo com uma melhor sistematização de áreas. O monitor XCN 2050 agora é um opcional de fábrica para a colhedora de cana, com sistema operacional Android, em que múltiplas soluções servem para aprimorar o uso das ferramentas de produtividade, como a troca de dados sem fio entre campo e escritório, bem como uma maior capacidade de processamento das linhas para o piloto automático.


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CONSULTA AVALIA VENDA DIRETA ANP abriu consulta pública para coletar informações sobre a proposta de venda de etanol pelas usinas DIVULGAÇÃO

A proposta de venda direta de etanol pelas unidades produtoras tem consulta pública aberta pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Denominada Tomada Pública de Contribuições (TPC), a consulta pública é para coletar dados e informações sobre a necessidade de eventual adequação das regras da Agência sobre a venda direta de etanol pelas usinas aos postos revendedores de combustíveis. A consulta fica aberta entre 06/08 a 06/09/2018. Segundo a ANP, a iniciativa tem como objetivo ouvir a sociedade e o mercado sobre um tema que vem ganhando visibilidade nacional para subsidiar a análise técnica da Agência sobre sua regulamentação. Âmbito regulatório A ANP entende que o âmbito regulatório é o mais adequado para essas discussões. No processo de regulação, a

Com a consulta pública, a ANP quer avaliar dados sobre a venda direta de etanol pelas usinas

Agência observa diretrizes da Análise de Impacto Regulatório (AIR), que incluem: identificação do problema; dos atores ou grupos afetados; da base legal que ampara a ação da agência reguladora no tema tra-

tado; definição dos objetivos que se pretende alcançar; descrição e comparação das possíveis alternativas para o enfrentamento do problema; e exposição dos possíveis impactos das alternativas identificadas.

Atualmente, a regra de comercialização de etanol pelo produtor encontra-se determinada pelo art. 17º da Resolução ANP número 734/2018 que regulamenta a atividade.

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DIVULGAÇÃO

COLETA ALCANÇA 7 TONELADAS Recolhimento de embalagens vazias foi feito em campanha com a participação de produtores da Zona da Mata Norte de Pernambuco Os produtores de cana-de-açúcar da Zona da Mata Norte de Pernambuco participaram, no começo de agosto, de mais uma edição de uma campanha ambiental puxada pela Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP) voltada ao cuidado da natureza e proteção também dos trabalhadores. Foram coletadas das propriedades rurais sete toneladas de embalagens vazias de defensivos agrícolas. A campanha contou com a parceira da Agência Estadual de Defesa e Fiscalização Agropecuária (Adagro) e da Associação dos Revendedores de Produtos Agropecuários (Arpan), entidade responsável por recolher o material e depois transformá-lo, através da indústria nacional, em novos produtos para usos diversos, a exemplo de material elétrico, carcaça de bateria e de

outros utensílios. “Este é a nossa quinta edição da campanha Campo Limpo, contribuindo para evitar o risco de contato com o material descartado e contaminação dos rios, solos e das pessoas”, comemora Alexandre Andrade Lima, presidente da AFCP, presente na atividade. As embalagens chegaram com as recomendações dadas referente à tríplice lavagem e perfuradas. Certificado Todos os participantes receberam da Arpan um certificado de entrega das embalagens. O documento entregue tem valor legal e é reconhecido pela Adagro, sendo obrigatório o produtor possuí-lo e apresentar quando em fiscalizações do Ministério do Trabalho ou da Adagro nos engenhos.


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DIVULGAÇÃO

AÇÚCAR DE CANA TRANSGÊNICA TEM SINAL VERDE Para agência do Departamento de Saúde dos Estados Unidos, o alimento de cana geneticamente modificada é seguro A Food and Drug Administration (FDA), agência do Departamento de Saúde dos Estados Unidos, concluiu o processo de avaliação de segurança alimentar para o açúcar produzido a partir de cana geneticamente modificada, desenvolvida pelo Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), empresa 100% brasileira com foco em pesquisa, desenvolvimento e comercialização de variedades de cana-de-açúcar. Com base nas informações e documentos apresentados, a FDA concluiu que, tanto o açúcar bruto quanto o refinado, produzidos a partir da primeira variedade de cana geneticamente modificada do Brasil, são tão seguros para o consumo quanto os provenientes das variedades convencionais. A variedade desenvolvida pelo CTC é resistente à broca da cana (Diatraea saccharalis), que causa perdas estimadas em 5 bilhões de reais por ano nos canaviais brasileiros. O gene Bt usado na variedade tem pelo menos 20 anos de uso seguro na agricultura global, principalmente em culturas como soja, milho e algodão. A aprovação do FDA

reforça a conclusão da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), que avaliou todos aspectos de biossegurança da variedade e aprovou seu uso comercial em junho de 2017. De acordo com Viler Janeiro, diretor de Assuntos Corporativos do CTC, o açúcar produzido a partir da cana Bt é idêntico ao produzido a partir de variedades convencionais. O executivo celebra a nova conquista: “O reconhecimento pelo FDA é motivo de orgulho para todos nós, pois trata-se de uma das agências reguladoras mais relevantes e criteriosas no cenário internacional”, afirma o diretor. A FDA é a agência norte-americana responsável por controlar alimentos e medicamentos por meio da avaliação de testes e pesquisas cientificas. Criada em 1862, a agência responde pela proteção à saúde pública, garantindo a eficácia e segurança de medicamentos humanos e veterinários, produtos biológicos e dispositivos médicos, além da segurança de alimentos. (*Com conteúdo do CTC)


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Longevus para revitalização de soqueira FOTOS DIVULGAÇÃO

Diante do cenário do setor sucroenergético, a utilização da Linha Longevus é essencial para a lavoura, pois proporciona incremento na produtividade do ciclo atual e também no próximo, alongando o número de cortes no canavial instalado. Usinas estão produzindo em média 15% a mais com o auxílio dessa tecnologia, que traz melhorias nas características físicas, químicas e biológicas do solo, além de estimular o desenvolvimento do sistema radicular. Longevus possui baixo custo em relação à reforma do canavial, além de incremento médio de produtividade na ordem de 13,53 toneladas por hectare em soqueiras, pagando-se assim o investimento inicial e alto retorno financeiro para a usina. As áreas tratadas com a tecnologia mostram benefícios diretos na microbiota, melhor enraizamento das plantas no perfil do solo, ampliando o

número de cortes do canavial tratado com grande incremento de produtividade se comparado aos tratamentos padrões da usina. As plantas otimizam o desenvolvimento e crescimento celular devido a revitalização da microbiota do solo,

resultando em uma maior longevidade do canavial. O produtor Celso Junqueira que aplicou o Longevus em uma área de mil hectares diz: “No visual, desde a aplicação do produto, observamos um diferencial significativo no de-

senvolvimento da planta. Nas áreas tratadas pelo produto e que já foram colhidas, a velocidade de brotação do canavial também se mostrou muito mais alta”, assegura. “O uso dessa tecnologia proporciona maior perfilhamento e número de colmos; além de um maior diâmetro e número de entrenós, com maior alongamento”, destaca o professor da UNESP, Carlos Alexandre Costa Crusciol. Ele destaca também que quando faz os cálculos, vê que o investimento dá um retorno garantido, com estabilidade e verticaliza a produtividade. Entendendo o atual momento do mercado e tendo como base os expressivos resultados do Longevus no canavial, a Fertiláqua disponibiliza uma linha de crédito para financiar as usinas na aquisição do produto como também dar suporte na utilização da tecnologia, assegurando assim, o retorno sobre o investimento.


GERAL

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USINA 4.0 JÁ É REALIDADE NO SETOR Software de otimização em tempo real da cogeração e planta industrial traz ganhos e uma revolução na gestão de 22 usinas O software de otimização em tempo real S-PAA completa 22 unidades sucroenergéticas operando na safra atual e, segundo a Soteica e a Pró-Usinas, que respectivamente desenvolve e comercializa o produto, outras sete unidades já estão em processo de implantação para a safra 2019/20, inclusive a primeira no exterior. Baseado em inteligência artificial e princípios de engenharia, o sistema apresenta ganhos em eficiência energética e industrial, que convertidos em valores monetários, alcançam a média de R$ 1,83 por tonelada de cana nesta safra. E isto considerando que das 22 plantas instaladas, em 9 delas estão computados apenas os ganhos obtidos com o Laço Fechado de energia. Mas como o S-PAA garante tantos ganhos? Como ele funciona? Nelson Nakamura, diretor da Soteica, traça 7 detalhes sobre o S-PAA.

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MODELAGEM DA PLANTA

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OTIMIZAÇÃO EM TEMPO REAL

Resumidamente o software modela a planta industrial física numa planta virtual, incluindo toda parte de engenharia (equipamentos), processos e procedimentos, no estado e nas condições operacionais atuais, para simular o cenário seguinte e aplicar algoritmos de otimização para encontrar quais os set-points mais adequados que levarão a planta a atingir as metas de produção. No caso tradicional, que visa a otimização em tempo real de toda a planta industrial, o S-PAA modela toda a área de utilidades (geração de vapor e energia e seus usos, sejam internos ou exportações a terceiros), e todos os processos de produção de açúcar, etanol e demais subprodutos.

Para extrair a máxima lucratividade da cogeração e da planta industrial, o S-PAA captura os dados disponíveis nos sistemas da indústria física, trata os dados para garantir sua integridade e roda os Balanços de Massa e Energia, simulando o cenário de como a planta vai se comportar no momento seguinte. Todas as informações de processo disponibilizados pelos equipamentos de medição disponíveis (pressão, temperatura, vazão, etc) e de qualidade (brix, umidade, teor de fibra, etc), bem como os dados de laboratório, são coletados automaticamente pelo software via protocolos OPC e ODBC, padrões em bancos de dados.

Como as usinas não costumam ter todos os dados de processo online, como o valor do ART por exemplo, o S-PAA gera Medidores Virtuais para calcular alguns indicadores de eficiência. Isto é feito com base nas propriedades físico-químicas dos produtos envolvidos (água, caldo, bagaço, etanol, etc) e dos princípios de engenharia. Neste processo, são estimadas as correntes sem medição e calculados os indicadores de eficiência dos equipamentos envolvidos, de setores específicos e do processo como um todo.

Simular o que vai acontecer com a planta no momento seguinte já seria uma ferramenta importante de controle, mas as funcionalidades do S-PAA vão além. Ele se utiliza de algoritmos de otimização exclusivos da Soteica para encontrar, com rapidez e assertividade, os set-points mais adequados para alcançar as metas de produção, nas atuais condições da planta. A Soteica utiliza com exclusividade algoritmos genéticos e redes neurais específicos para cada tipo de situação, de forma que no processo de otimização o S-PAA leva em conta os Balanços de Massa e Energia; restrições de equipamentos e processos; limites operacionais e de confiabilidade; e os trade-offs que definem atuações locais visando atingir a meta global de produção, que também é inserida no sistema.

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ATUAÇÃO EM LAÇO PDCA ONLINE CONTROLE FECHADO GARANTE EM UMA ÚNICA AVANÇADO RTO RESULTADOS FERRAMENTA Para atender demandas de algumas Com o cenário otimizado, INTEGRADA pontuais usinas, a Soteica o S-PAA começa atuando Para que a planta em Laço Fechado, ou toda seja ajustada seja, altera diretamente alguns dos principais set- ao cenário otimizapoints do processo, em do, o S-PAA também conjunto com os sistemas atua em Laço Aberto recomendando aos supervisórios ou de operadores quais automação da planta. Os laços Fechados do softações devem ware emulam Controles ser tomadas no Avançados, dispensando momento em que as a implementação destes variações ocorrem e de outras malhas de no processo. controle, pois pode atuar A atuação em Laço diretamente no controle Aberto do S-PAA regulatório. fornece uma visão de A atuação em Laço engenharia aos opFechado é um diferencial eradores e líderes da exclusivo do S-PAA, planta industrial, que atua em pontos estratégicos da planta, e permite à gestão garantindo um rápido rodar o PDCA Online retorno do investimento, em uma única feralém de estabelecer ramenta integrada. um benchmarking para os operadores.

desenvolveu aplicações específicas para alguns setores da indústria, como evaporação e peneira molecular, por exemplo. Esta modelagem por setor foi denominada Controle Avançado RTO, pois o foco é atender com superioridade setores onde normalmente se pensava no uso de Controles Avançados, mas que estes, por trabalharem apenas por dados históricos e não rodar balanços de massa e energia, não conseguem atuar ou atuam com resultados instáveis e inferiores à uma solução de Otimização em Tempo Real local, como o S-PAA.

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Usinas avançam com a implantação do S-PAA Unidades dos Grupo Usaçucar obtém estabilidade da planta, saldo positivo na qualidade de operação nas dornas e redução no consumo de vapor, com sobra de biomassa DIVULGAÇÃO

A Usina Cidade Gaúcha, do Grupo Usaçúcar, localizada no Paraná, utiliza o S-PAA desde 2013. Confira relato de Jaiza Ogliari de Siqueira Barros, engenheira da unidade na qual exerce atividades relacionadas à gestão de otimização de processos. “Para o controle de alimentação das dornas de forma automatizada, utiliza-se o S-PAA, que possui três módulos principais, sendo um de gerenciamento e otimização de energia, um de gerenciamento e otimização de processo produtivo e outro de operação em laço fechado, denominado S-PAA Closed Loop, que permite que alguns set-points sejam definidos automaticamente pelo sistema, agilizando as implementações propostas e estabilizando o processo em um novo patamar de rentabilidade.” Segundo ela, os resultados positivos são vários. “Além disso, houve um ganho na qualidade de operação”, relata. “Com a automação da alimentação das dornas, os operadores não necessitam desprender tempo para o controle manual das válvulas de alimentação, podendo desempenhar outras funções enquanto o processo de alimentação se encontra em andamento, permitindo que o mesmo só atue no processo em eventuais falhas de comunicação do sistema.”

Técnico de usina do Grupo Usaçúcar: unidades já utilizam o S-PAA

Redução de consumo de vapor Outra usina do Grupo Usaçúcar, a Rondon, no Paraná, iniciou a safra 18/19 com os Laços de Geração de Vapor e Fluxo de Caldo. Entre os ganhos obtidos está o consumo de vapor, que teve redução considerável. Com isso, esse importante combustível fica disponível para a cogeração de energia elétrica nas UTEs do Grupo. A maior disponibilidade de bagaço gera retorno financeiro direto e é um ativo estratégico para o Grupo, permitindo a tranquilidade no cumpri-

mento dos contratos de cogeração e o aproveitamento de oportunidades que surjam em relação à variação do preço da energia. Laço Fechado Na Destilaria Melhoramentos, também no Estado do Paraná, o Laço Fechado de Vapor opera e o saldo é de atuações nunca antes realizadas, buscando adequar o balanço às mudanças que a planta naturalmente sofre e as eficiências dos equipamentos de acordo com suas campanhas.


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WEG é composta pelas unidades de negócios: Motores, Automação, Energia, Transmissão & Distribuição e Tintas Em 16 de setembro de 1961, na cidade de Jaraguá do Sul/SC, as habilidades de um eletricista, de um administrador e de um mecânico foram unificadas e resultaram na fundação da Eletromotores Jaraguá. Nascida da coragem de empreendedores visionários, após um tempo a empresa passou a se chamar WEG, em alusão às iniciais dos fundadores. Nome que, hoje, é reconhecido como um dos maiores fabricantes de equipamentos eletromecânicos do mundo. Produzindo inicialmente motores elétricos, a WEG ampliou suas

atividades a partir da década de 80, com a produção de componentes eletroeletrônicos, geradores, produtos para automação industrial, transformadores de força e distribuição, tintas líquidas e em pó e vernizes eletroisolantes. A WEG é composta pelas unidades de negócios Motores, Automação, Energia, Transmissão & Distribuição e Tintas. Com expressiva presença global o grupo está presente em mais de 30 países e tem um quadro de 30.000 colaboradores. Com essa força mundial e expansão

nos seus negócios, a WEG concretizou em março de 2018 a aquisição da TGM, fabricante de turbinas a vapor, turborredutores, planetários e serviços. Para o Diretor Geral da TGM, Paulo Sinoti, a entrada da TGM no portfólio da WEG foi importante para o escopo de fornecimento global e vai potencializar ainda mais o atendimento aos clientes e ele completa “o setor sucroenergético está na história das nossas empresas e por isso estamos mais uma vez presentes na Fenasucro com nossos produtos e serviços”.

Paulo Sinoti, diretor Geral da TGM

EQUIPAMENTOS DE ALTA PERFORMANCE É PRE REQUISITO NO MERCADO Encontrar soluções que unam tecnologia, know-how e experiência operacional são as primeiras características que uma indústria busca para ter processos mais eficientes. Assim, equipamentos com alta performance, custos controlados e manutenção em menor prazo vêm ganhando espaço nesse cenário. Há 26 anos tendo como premissa contribuir significativamente no processo de geração e cogeração de energia das indústrias, a TGM proporciona, através de seus equipamentos e estruturas, um caminho seguro para os clientes alcançarem a performance desejada. O gerente comercial de produtos novos da TGM, Marcelo Severi, explica que performance corresponde à capacidade de alcançar o resultado desejado com eficiência. “Sabendo disso, na TGM tudo começa com projetos engenhados dentro da exata necessidade do cliente e seguem parâmetros propostos para o pleno funcionamento do equipamento, aliado a isso, temos um conjunto de estruturas em fábrica e recursos tecnológicos que proporcionam cálculos precisos; simulações adequadas e estudo da termodinâmica do equipamento, tudo isso atestado pelos números de máquinas em operação nos mais de 50 países”, completa o gerente. O gerente de serviços de campo, Paulo Campos, diz que é no campo que está a prova real do equipamento perfeito. “Quando uma máquina está em operação ela pode operar fora dos seus requisitos e isso, não temos como prever. Assim, para que o cliente atinja sua melhor performance, oferecemos e realizamos o teste de performance, onde relatamos o comportamento da máquina em suas condições reais”, fala ele. “Com know-how por realizar testes em vários países, temos altos níveis de conhecimento e segurança para propor as melhorias necessárias para que os clientes encontrem e trabalhem no seu potencial máximo, atingindo sua performance”, explica Campos. Todos esses quesitos aliados a competência técnica dos equipamentos, asseguram maior performance e lucratividade da planta, fazendo da TGM a melhor escolha para o fornecimento de soluções, produtos e serviços.


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Planetário G3 Full confirma alta eficiência e confiabilidade operacional Quando lançado, em 2013, o G3 Full, fabricado pela TGM, apresentou um novo conceito na aplicação de planetários em moendas e difusores, além uma série de diferenciais em relação a outras tecnologias de acionamentos e planetários convencionais. Dentre estes, merecem destaques a vida calculada dos rolamentos sempre superior a 100.000 horas (ISO 281) e o dimensionamento - criterioso e robusto - de seus componentes. O gerente da unidade de Transmissões da TGM, Alexandre Azzine, explica que a aceitação do mercado tem sido muito positiva. “O que planejamos no lançamento está acontecendo, o sucesso é tamanho que o G3 Full já ultrapassou a marca das 115 unidades vendidas e está operando em nove países. Definitivamente tornou-se a referência para o mercado em acionamento de moendas e difusores”, ressalta. Ainda no ano de 2013, uma nova instalação – um tande de moagem - que estava sendo concebida na unidade Tanabi, pertencente ao grupo Tereos, precisava de um diferencial. O projeto tinha exigências técnicas para os equipamentos e as premissas para este fornecimento eram ciclos longos entre as manutenções, alta eficiência energética, performance e, principalmente, a confiabilidade operacional. O que casava com o G3 Full, que já possuía em sua concepção tais características, que foram confirmadas pela decisão técnica do cliente e demonstradas nas últimas cinco safras, com o equipamento em operação na planta da Tanabi. O conjunto de seis planetários G3 Full acionam moendas de 78” e 87” na unidade. “Os redutores planetários TGM G3 Full são equipamentos robustos,

O conjunto de seis planetários G3 Full da TGM estão em plena operação na sua quinta safra na unidade Tanabi da Tereos S.A.

que contribuem positivamente para a nossa disponibilidade industrial, devido à forma construtiva e estabilidade de desempenho, mesmo enfrentando alterações nas condições do processo. O sistema de instrumentos instalado é fantástico e nos dá visibilidade da saúde dos redutores, possibilitando ao usuário atuar antecipadamente mediante qualquer alteração do processo”, afirma Carlos Roberto Antunes, gerente de Manutenção Industrial da Tereos. Quando se trata de equipamentos de alta performance, as engenharias do produto e aplicação são fundamentais

no sucesso do projeto. Para o coordenador de engenharia da transmissões da TGM, Aristides Mattar, o G3 Full tem tecnologia embarcada de rolamentos com tratamento superficial em Black Oxide, dimensionados para vida superior a 100.000 horas (ISO 281). O equipamento possui um robusto sistema de lubrificação de alta performance em filtragem, troca térmica eficiente, lubrificação individualizada por estágio e conectado ao sistema de monitoramento. Vale ressaltar que os sistemas Monitork e Protetork também são destaques, monitorando ‘full time’ as con-

dições operacionais do equipamento, ferramenta indispensável para a manutenção preditiva e correta operação. Mattar finaliza que tudo isso está embarcado no planetário da TGM e resulta em 10 safras sem manutenção no equipamento. Tal conceito de dimensionamento e aplicação dos equipamentos é pratica constante na TGM, disponibilizando soluções que ofereçam menor custo de implantação, adequações de layout das bases, buscando o mínimo de interferências com a instalação existente e sempre, garantindo a máxima eficiência e confiabilidade operacional.

ALTA DISPONIBILIDADE OPERACIONAL É GARANTIDA PELA MANUTENÇÃO PLANEJADA Para ter uma safra com maior disponibilidade operacional, segurança e eficiência, é necessário que, durante a entressafra, os equipamentos passem por manutenções. Com 26 anos de experiência em prestação de serviços, a TGM trabalha com o conceito de manutenção planejada: uma garantia de processos eficazes e de assertividade durante a safra. Segundo o gerente da Unidade de Negócio Serviços da TGM, Leonardo Matos, cada vez mais os clientes estão investindo em um melhor planejamento, optando por empresas que fazem serviços completos e que garantem a entrega, respeitando o cronograma da usina. “O primeiro diferencial da TGM é que realizamos os serviços em turbinas e redutores de qualquer fabricante e modelo, facilitando a logística de manutenção e confiabilidade; em segundo lugar temos uma ampla equipe apta a atender qualquer necessidade do cliente e em terceiro, garantimos pontualidade no prazo, tudo instalado e funcionando para o início da safra”, afirma Matos. Outro ponto importante e que agiliza qualquer projeto, é a compra planejada de peças e sobressalentes. “Quando o cliente planeja e antecipa suas necessidades, conseguimos atender e evitar paradas desnecessárias durante a safra, proporcionando alta rentabilidade para a usina”, conta ele.


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BRASILEIROS DESCOBREM NOVA ROTA FERMENTATIVA Fabricação de etanol cresce em mais de 10% por meio de rota fermentativa que ultrapassa a estequiometria de Gay-Lussac FOTOS DIVULGAÇÃO

JOSIAS MESSIAS

Em 1990, o engenheiro aeronáutico José Francisco Lopes realizava a concepção de um processo através do qual, segundo sua expectativa, poderia provocar a redução da quantidade de açúcares não fermentados na produção de etanol por fermentação utilizando levedo e caldo de cana de açúcar. Essa concepção respaldava-se na aplicação de energia ao sistema em fermentação. O aparato experimental era composto de um fermentador de 1.000 litros e micro destilaria em coluna única, em batelada. No período de 1990 a 1991, 64 fermentações foram conduzidas, empregando o levedo Saccharomyces cerevisiae, sendo que 54 dos primeiros desses ensaios foram feitos sem a aplicação de energia ao sistema fermentativo ou seja, na forma convencional. Como resultados, surpreendentes, embora esperados, Lopes computava um aumento no volume de etanol produzido na faixa de 6 a 8%. Em fevereiro de 2012, em visita ao Lopes, Antonio Pedro Lourenço teve contato com os resultados fermentativos feitos por Lopes, seu amigo desde 1984 quando se conheceram na ZANINI Equipamentos Pesados, onde Lourenço era coordenador de Pesquisa e Desenvolvimento e Lopes exercia a função de consultor na transferência de tecnologia de soldagem, sua grande e destacada especialização. Inicialmente reticente quanto aos resultados obtidos, que se apresentavam espetaculares, Lourenço resolve investigar possíveis causas para o fenômeno eliminando causas enganosas provenientes de erros em ensaios ou por condições processuais não observadas, que seriam típicas de processos de reduzida escala, empregando micro destilaria, posto que Lopes medira o volume de etanol como produto de topo da coluna de destilação. Naquele horizonte experimental, conjecturava Lourenço, tomou-se que, de alguma forma ainda não explicada, a possibilidade de aumento da conversão de açúcares em etanol fora aumentada, independentemente da incidência de fatores sistêmicos ou condicionantes. Não seria

necessário apelar-se ao rendimento fermentativo, pois deste não se tinha elementos a considerar. Todas as bateladas com a aplicação energética tiveram esse aumento na possibilidade. E o que seria essa possibilidade? Em um processo fermentativo, tem-se a possibilidade de conversão de açúcares em etanol e isso tem sido frequentemente mensurável pela estequiometria de Gay-Lussac. O rendimento fermentativo realizaria essa possibilidade dentro da eficácia do processo considerado, mas a possibilidade até então estava definida. Contudo, o que Lopes e Lourenço viram revelado é que a persistência de se considerar o aumento da possibilidade de produção de etanol deveria passar por alterações na rota de fermentação ou pela ocorrência de outra rota de fermentação alternativa, induzida ou estimulada pela energia adicional entregue ao sistema em fermentação. Os ensaios revelaram que a aplicação de energia ao sistema em fermentação poderia interferir na

reação de redução intracelular da levedura, de forma que, enquanto a concentração de [etanol] aumenta, a concentração de [dióxido de carbono] pode diminuir, havendo equilíbrio na disponibilidade de carbono C. Todo o modelo teórico apresentava-se completo e coerente e demonstrava que o conceito que adotava uma possibilidade estanque, como que definitiva, agora torna-se móvel e, adicionalmente, pode ser controlada ou gerenciada. Em 22 de outubro de 2012, Lourenço e Lopes apresentam um projeto de execução para a validação do modelo teórico e estabelecimento de linhas operacionais para possível exploração da tecnologia em parceria com MAHLE Metal Leve S.A. A MAHLE decide participar dessa validação, ao que denominou Projeto E2. Com empréstimos de equipamentos de terceiros e treinamento de técnicos químicos do Centro de Tecnologia da MAHLE, é montado laboratório básico para fermentações simples em dupla de reatores,

para processo convencional e com a nova tecnologia, com metodologia e procedimentos definidos e coordenados por Lourenço. As expectativas de aumento de rendimento se confirmaram. Rendimento absoluto de 6,8 a 8,1% foi observado. Em janeiro de 2013, Lourenço reporta os resultados. Em maio de 2013, iniciam-se os trabalhos de laboratório para desenvolvimento de todo o conceito, com direção na fundamentação de aplicação industrial. Os trabalhos no Centro de Tecnologia foram conduzidos com técnicos da LSData e do Centro de Tecnologia da MAHLE, sob a coordenação de Lourenço até final de 2016. Ensaios em escala piloto industrial, com volume de fermentação acima de 100m3, foram executados até início de 2017 com a coordenação técnica da LSData. Os rendimentos em escala piloto-industrial atingiram níveis de 10 a 16%, comprovando-se a eficácia dessa nova tecnologia e de uma nova rota fermentativa que ultrapassa a estequiometria de Gay-Lussac.


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Modelo teórico que explica nova rota fermentativa, a Rota L-L (Rota Lourenço-Lopes) ANTONIO PEDRO LOURENÇO

Em um processo fermentativo, tem-se a possibilidade de conversão de açúcares em etanol e isso tem sido frequentemente mensurável pela estequiometria de Gay-Lussac. O rendimento fermentativo realizará essa possibilidade dentro da eficácia do processo considerado, mas a possibilidade era definida. O aumento da possibilidade de conversão de açúcares em etanol, até então, só poderia ser compreendida pela admissão de que 100 gramas de sacarose hidrolisada poderiam produzir além do limite máximo previsto pela estequiometria Gay-Lussac de 51 gramas de etanol. Com isso pode ser entendido que todos os processos de fermentação, providas desse aumento na possibilidade, apresentariam aumento do volume do produto de topo da etapa coluna de destilação. Na rota glicolítica, caso pudesse ocorrer algo que mudasse o comportamento das reações enzimáticas, seria para o desequilíbrio. Não poderia ser algo que pudesse sustentar-se. Qualquer alteração na rota glicolítica que não garantisse a obtenção do piruvato, presumindo-se que ocorrera a fermentação, considerava-se descartada. Era de se esperar, no entanto, que algo poderia ter acontecido, uma vez ocorrendo a fermentação, o que poderia ser subsequentemente à rota de fermentação, constituída pela descarboxilação do ácido pirúvico e, subsequentemente, na redução do acetaldeido. Poderia estar ali, a explicação para o ocorrido. Restava, então, que a rota de fermentação, como conhecida, poderia alterar-se.

No citoplasma celular ainda ocorrem as reações reversíveis, sob a ação da enzima Anidrase Carbônica:

esperar na reação abaixo:

CO2 + H2O ↔ H2CO3 ↔ H2CO3 ↔ H+ + HCO3-

Esse efeito induz a necessidade da concepção de outra rota de fermentação alternativa, inferindo na redução de dióxido de carbono oriundo da fermentação. Uma nova rota de fermentação surge desse formalismo, tendo como consequência final a reação abaixo, ainda considerando que o hidrogênio atua sobre o microrganismo:

O dióxido de carbono é transportado para fora da célula, pela enzima anidrase carbônica, ainda controlando a concentração de [H+], pH intracelular. Isso é o que se tinha e o que se tem. A persistência de se considerar o aumento da possibilidade de produção de etanol deve passar, por alterações na rota de fermentação ou pela ocorrência de outra rota de fermentação alternativa. Nesse momento poderia ocorrer, por reduções sucessivas, a síntese do etanol pela ação do hidrogênio (energia entregue ao sistema fermentativo), atuando via Redutores Equivalentes, como se pode

2H2CO3 ↔ 2H+ + 2(HCO3)- + 12H+ → C2H6O + 5H2O

[C12H22O11] + H2O + [H]*[Levedo] ↔ [C2H6O] + [CO2] + [outros metabólicos]

Entende-se nessa equação, que a reação de fermentação toma outros conceitos no que se refere à conversão de açúcares em etanol e dióxido de carbono. Com este modelo teórico para a reação de fermentação apresentando-se definido, enten-

deu-se como a ação do hidrogênio poderia interferir na reação de redução intracelular. Enquanto a concentração de [etanol] aumenta, a concentração de [dióxido de carbono], pode diminuir, havendo equilíbrio na disponibilidade de carbono C. Essa ação infere em outras duas características de grande importância para o processo fermentativo. O que tinha uma possibilidade estanque, como que definitiva, agora a possibilidade torna-se móvel e, adicionalmente, pode ser controlada ou gerenciada. Todo modelo apresentava-se completo e coerente, capaz de explicar o aumento da possibilidade de se obter mais etanol com a mesma quantidade de açúcar adicionado ao processo fermentativo. À essa nova rota fermentativa, ainda não perfeitamente definida pela identificação das reações enzimáticas intervenientes, decidimos denomina-la de Rota L-L (Rota Lourenço-Lopes).

Antonio Pedro Lourenço é físico e titular da empresa LSData Tecnologia Ltda. José Francisco Lopes: engenheiro aeronáutico e titular da empresa ADVEL Tecnologia e Comércio Ltda. Observações: LSData, ADVEL e MAHLE Metal Leve S.A. são sócias na empresa INNOFERM Tecnologia Ltda. MAHLE Metal Leve S.A. é licenciada exclusiva da INNOFERM Tecnologia Ltda., para exploração comercial da tecnologia na produção de etanol de 1ª e 2ª geração.


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Temos de apoiar o RenovaBio O deputado federal Arnaldo Jardim respira agronegócio 24 horas por dia e defende o RenovaBio com unhas e dentes. Afirma: com o programa, o País demonstrará ao mundo a importância dos biocombustíveis como mitigadores de gases poluentes ARQUIVO PESSOAL

O deputado federal Arnaldo Jardim respira agronegócio 24 horas por dia. Polivalente, ele pode explicar detalhes sobre mudas pré-brotadas de cana-de-açúcar, as MPB, inovação que ganhou destaque durante sua gestão à frente da Secretaria estadual da Agricultura e Abastecimento de São Paulo, cargo que deixou para disputar a reeleição como parlamentar. Ao mesmo tempo, Arnaldo Jardim pode também detalhar a quantas anda a Política Nacional de Biocombustíveis, o RenovaBio, complexo programa de Estado em fase de implementação e esperado para entrar em vigor no começo de 2020. Como esse engenheiro civil natural de Altinópolis (SP) domina tanto os temas ligados ao setor sucroenergético, como a outros do agronegócio? Simples: Arnaldo Jardim dedica-se ao agronegócio porque trabalha e vive para o agro. Na entrevista abaixo, concedida em 23/07, durante o Global Agribusiness Forum (GAF), promovido pela consultoria Datagro na capital paulista, o ex-secretário da Agricultura comenta sobre RenovaBio, etanol e tendências do setor sucroenergético. Avaliação do setor sucroenergético Muitas companhias do setor convivem com problemas decorrentes da crise recente. Até o começo dos anos 80, quando a frota de veículos a álcool foi maioria, o setor viveu bons tempos. Entre idas e vindas, o setor cresceu em número de unidades nos anos 2000 até a crise dos últimos anos. Muitas empresas do setor estão com pendências. Etanol e açúcar Como o açúcar vive situação de superávit mundial de oferta, o que deve levar mais alguns anos, o etanol tornou-se o principal produto do setor sucroenergético. A demanda

aquecida por esse biocombustível, mais a previsão de externalidades com o RenovaBio, justificam a aposta no etanol. Etanol 2G Precisamos reforçar investimentos no etanol celulósico, o 2G, porque ele representa possibilidade de o setor ampliar a produção em menor área plantada. Além disso, é exemplo de inovação tecnológica do setor. Variedades Precisamos investir em variedades de cana-de-açúcar mais produtivas e adequadas. O Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) faz isso, assim como instituições ligadas a Secretaria estadual da Agricultura, como o Centro de Cana IAC. Nesse, as companhias sucroenergéticas passaram a trabalhar como parceiras, o que reforça o aporte necessário para os pesquisadores. RenovaBio A Política Nacional de Biocombustíveis, o RenovaBio, é estratégica para mostrar ao mundo as externali-

dades dos biocombustíveis para reduzir as emissões de gases poluentes. Eu, que assumi a coordenação da Frente Parlamentar pela Valorização do Setor Sucroenergético empreendo todos os esforços para a devida implementação desse programa, do qual participamos desde sua apresentação como projeto em dezembro de 2016. Depois, seguimos cada passo do projeto até ele tornar-se lei no fim de 2017. Agora acompanhamos cada passo para a esperada entrada em vigor do RenovaBio no começo de 2020. Papel do governo com o RenovaBio Espera-se que o próximo governo, a ser empossado em 2019, mantenha as atuais gestões em relação ao RenovaBio. O programa está sendo empreendido com todas as regulações pertinentes, e de forma transparente. Como sabemos, o RenovaBio não exige subsídios e é oportunidade de o Brasil demonstrar ao mundo a importância dos biocombustíveis como mitigadores dos gases poluentes nos transportes.

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Foco no Resultado!

ARNALDO JARDIM Nome completo: Arnaldo Calil Pereira Jardim Nascimento: 8/5/1955 Natural de Altinópolis (SP) Apresentação Engenheiro civil e político, foi eleito deputado federal em 2014 pela segunda vez após quatro mantados consecutivos como deputado estadual por São Paulo. Ex-secretário da Agricultura e Abastecimento de São Paulo até 2018, quando deixou o cargo para disputar a reeleição na Câmara Federal, começou a sua vida política como líder estudantil, na Escola Politécnica da USP, onde formou-se em engenharia civil. Foi diretor do DCE da USP e da União Estadual dos Estudantes num período efervescente da luta contra o regime militar e pela democracia. Em 1982, trabalhou ativamente na campanha que elegeu Franco Montoro para Governador de São Paulo. Foi para o governo trabalhar com o então Secretário do Interior, Chopin Tavares de Lima, na condição de Chefe de Gabinete. Foi eleito pela primeira vez deputado estadual em 1986. Presidente Estadual do PPS (2001/02), atualmente, é membro da Executiva Nacional do partido, assim como, do Diretório Estadual de São Paulo. Também foi pré-candidato do partido à Prefeitura de São Paulo (2004). Câmara Federal Arnaldo Jardim é o 1º vice-líder da bancada do PPS na Câmara Federal, onde é titular na Comissão de Minas e Energia e compõe ainda as comissões de Ciência e Tecnologia; Desenvolvimento Urbano; Viação e Transportes; Turismo e a Comissão Mista de Orçamento. Também é diretor do ramo crédito da Frente pelo Cooperativismo (Frencoop); além de fazer parte da Frente Ambientalista, a de Defesa da Indústria Têxtil e de Confecção e a do Setor Coureiro, Calçadista e Moveleiro. É coordenador da Frente Parlamentar pela Valorização do Setor Sucroenergético. Premiação Em 2016, Arnaldo Jardim integrou o grupo de personalidades Mais Influentes do Setor no Prêmio MasterCana Brasil. Em 2014, então presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Setor Sucroenergético, foi homenageado na categoria Autoridade do Ano pelo MasterCana Brasil. Em 2013, recebeu o troféu Honra ao Mérito no Prêmio MasterCana Centro-Sul pelo trabalho desenvolvido como parlamentar.


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QUEM É QUEM NO SETOR Galeria da publicação que trará um registro histórico das pessoas e organizações que são e foram referenciais do setor nos últimos 30 anos Roadshow em unidades da ATVOS apresentando os benefícios e funcionalidades do S-PAA software de Otimização em Tempo Real (RTO) com Laços Fechados

Julio Morales e Saul Estuardo, do Ingenio Magdalena, da Guatemala, visitaram as usinas Vertente, Pitangueiras, Baldin e Raízen, com o objetivo de intercâmbio sobre indicadores e tecnologias que otimizam a cogeracão e a produção industrial, especialmente o software RTO S-PAA

Unidade Santa Luzia

Unidade Eldorado

Equipe competente da Raízen interessada na tecnologia Soteica de Controle Avançado com Otimização em Tempo Real (RTO) e software S-PAA com Laços Fechados Unidade Morro Vermelho

Roberto Oliveira e Yoshiyuki Matsuoka, com o inovador sistema de biodigestão da vinhaça da Adecoagro

Usina Pitangueiras - Daniel Assunção e Ruan Mantovani conhecem a Tecnologia Inovatronic de Tratamento de Caldo pelo Eficaz Controle do Ph

Unidade Água Emendada


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made for life


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11º Congresso da Udop: excelente conteúdo e gente boa!

UNIENERGIA

MONITORAMENTO GLOBAL DE SISTEMAS DE ENERGIA TECNOLOGIA

DE ANÁLISE

PREDITIVA E CONFIABILIDADE?

Ensaios de Descargas Parciais GESTÃO DE ATIVOS ELÉTRICOS EM:

Cabos

Transformadores

Geradores de Energia Elétrica Nordeste: +55(71) 3359-7183 / 3359-7613 Sudeste: +55(11) 2768-7592 (71) 9 9984-6773 SITE: WWW.TECHIMPBR.COM.BR e-mail contato@techimpbr.com.br


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Refratários Ribeirão – Excelência na Qualidade e Eficiência dos Produtos! DIVULGAÇÃO

Fundada em 1970, a Refratários Ribeirão Preto, Grupo Suloy, empresa de tradição no mercado de REFRATÁRIOS e ISOLAMENTOS TÉRMICOS (Lã de Rocha, Lã de Vidro, Fibra de Cerâmica), que nestes 47 anos de existência, ultrapassou as varias mudanças econômicas e políticas monetárias, sempre focado no conceito de inovações e novas técnicas dos produtos. A Refratários Ribeirão Preto iniciou suas atividades em São Paulo e em 1988, transferiu seu Parque Industrial para a cidade de Ribeirão Preto, no interior paulista, pólo das indústrias sucroalcooleiras e indústrias fabricantes de projetos e equipamentos de Usinas. Hoje o trabalho da empresa deixa sua marca no mercado brasileiro, América Latina e Caribe. Somos Distribuidores Autorizados de LÃ DE ROCHA, LÃ DE VIDRO e FIBRA CERÂMICA, tais como: painéis, mantas, calhas/tubos bi-partidos e módulos. Mantemos grandes esto-

ques para entrega imediata. Fornecemos para mais de 300 Usinas, atestando a confiança a nós depositada, tanto pela qualidade, bem como os preços justos de nossos produtos, conquistamos a fidelidade de nossos clientes.

Os milhões de peças produzidas, tais como: tijolos, peças especiais, placas, concretos, massas e cimentos refratários, são acompanhados por uma equipe de profissionais especializados, com o objetivo de uma constante busca pela excelência na

qualidade e eficiência de nossos produtos. REFRATÁRIOS RIBEIRÃO PRETO LTDA FONE: (16) 3626.5540 REFRATARIOSRIBEIRAO@GMAIL.COM WWW.REFRATARIOSRIBEIRAO.COM.BR


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NG METALÚRGICA: NOSSA MAIOR ENERGIA É A INOVAÇÃO DIVULGAÇÃO

Fundada em 1996, em Piracicaba, São Paulo, a NG Metalúrgica conta hoje com uma equipe extremamente qualificada e tecnologias de ponta. Com projetos presentes em mais de 30 países, a empresa atua nas áreas de papel e celulose, madeireiro, alimentício, óleo e gás, químico, petroquímico, fertilizantes, mineração, siderúrgica e açúcar e álcool. É justamente nesta última área citada, de açúcar e álcool, que a NG Metalúrgica inova mais uma vez, agora com a fabricação de equipamentos para a produção de álcool de milho. Visando mais praticidade para o cliente, a empresa entrega um projeto completo, que engloba todo o detalhamento, fabricação, montagem eletromecânica no campo, interligações elétricas, tubulações, painéis elétricos e de controle, além da supervisão de montagem. Dos inúmeros equipamentos fa-

bricados pela NG Metalúrgica neste segmento, destacamos os vaporizadores, fermentadores, tanques, condensadores, scrubeers, colunas de destilação e peneiras moleculares, todos desenvolvidos com Inox: 304, 304L, 316 e 316L, dentro das normas ASME e NR 13, além de turbo-geradores de eletricidade

para potencias até 75.000 kW. Entre os clientes que já adotaram os equipamentos deste novo seguimento, destacamos a nova planta da INPASA, no Paraguai, (a maior produtora de etanol de milho naquele país) com capacidade para 700.000 l/d. Para divulgar a nova área de atu-

ação, bem como todos os demais serviços e produtos, a NG Metalúrgica participa da Fenasucro & Agrocana, a 26ª Feira Internacional de Tecnologia Sucroenergética, que acontece de 21 a 24 de setembro, em Sertãozinho, São Paulo. A grande novidade do estande da empresa fica por conta da experiência de realidade virtual que os participantes da feira poderão vivenciar. Com óculos especiais, você conhecerá virtualmente todos os detalhes de uma peneira molecular para desidratação de álcool, como se nela estivesse. Além disso, a feira é a oportunidade ideal para se relacionar e fechar ótimos negócios. Para saber mais detalhes sobre a NG Metalúrgica, áreas de atuação ou solicitar um orçamento, acesse o site www.ngmetalurgica.com.br NG METALÚRGICA WWW.NGMETALURGICA.COM.BR (19) 3429.7105

Soluções completas e inteligentes para construção de unidades industriais de produção de etanol e açúcar DIVULGAÇÃO

Construir e implantar toda a infraestrutura de uma usina sucroenergética, colocando tudo para funcionar sem riscos e com produtividade é um processo trabalhoso e que requer a contratação de empresas com muito know-how e qualidade. A Comercial Construtora Engetrad utiliza toda sua experiência e conhecimento técnico acumulado em 90 anos de atuação, para oferecer soluções completas, modernas e eficazes para a construção de unidades industriais , principalmente, de açúcar e etanol em todo Brasil. Com foco na execução da obra, desde a terraplanagem, bases de concreto armado, prédios de apoio e acabamentos a empresa já construiu 12 usinas, sem contar as reformas e ampliações. Contando com uma equipe de profissionais com larga experiência em engenharia, gerenciamento e coordenação de projetos, a Engetrad está habilitada a oferecer a seus clientes, construção civil, gerenciamen-

to, consultoria e soluções integradas para usinas de cana-de-açúcar e unidades industriais dos mais variados segmentos. Segundo os diretores da empresa, Moacyr Gonçalves Borsato, Carlos Eduardo Haikel e Carlos Antonio Ferreira Guimarães Rodrigues os grandes diferenciais da empresa são o cumprimento de prazos, comprometimento com o cronograma e a qualidade dos serviços prestados. “Estamos no mercado há décadas,

sempre tendo como prioridade a execução do projeto conforme a demanda do cliente, respeitando os prazos e os orçamentos”, afirmaram. A Engetrad vem atendendo o Grupo Pedra Agroindustrial S/A desde 1994 atuando em diversas obras de construção civil do grupo em todas suas unidades. A parceria teve início na implantação completa da Usina Buriti em Buritizal/SP, voltando para novas ampliações desde

então. Em 2007/2008 executamos a construção completa da Usina Ipê em Nova Independência/SP, voltando para execução de novas ampliações e da capacidade de armazenamento de etanol. Ao longo desta parceria e atualmente atendemos a unidade Usina da Pedra em Serrana/ SP, sempre que consultados, nas suas ampliações e reformas. Está em andamento o projeto de construção das bases dos equipamentos para ampliação da indústria, com previsão para entrega até 2020 Para o gerente de projetos da Pedra Agroindustrial S/A. , Victor Nogueira, a confiança na empresa garante a manutenção da parceira. “A Engetrad sempre cumpriu seus compromissos com qualidade, custo, segurança, soluções inteligentes e ótimo relacionamento de seus colaboradores com os colaboradores do grupo”, explicou. COMERCIAL E CONSTRUTORA - ENGETRAD (16) 3821.5500


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Setembro 2018


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