JornalCana 301 (Fevereiro/2019)

Page 1

1

Julho 2017

w w w . j o r n a l c a n a . c o m . b r by

www.prousinas.com.br

Fevereiro 2019

Série 2

AÇÚCAR BRASILEIRO ENFRENTA UMA GUERRA. MAS PODE VENCER

Número 301

CONFIRA A AGENDA 2019 WWW.SINATUB.COM.BR

Ações de outros países, campanhas contrárias e consumo com tendência de baixa afetam o produto. Reportagem aponta como é possível dar a volta por cima

Entenda como a Fazenda Santo Inácio, em Campo Florido (MG), mantém TCH de três dígitos mesmo com canavial com 4,1 cortes.


2

AGRÍCOLA

Fevereiro 2019

Fevereiro 2019

ACONTECE

3


4

ÍNDICE DE ANUNCIANTES

Fevereiro 2019

5

Fevereiro 2019

ÍNDICE DE ANUNCIANTES

AGÊNCIA DE PUBLICAÇÃO MEDIALINK COMUNICAÇÃO

FERRAMENTAS DE CORTE AGRÍCOLA (11) 2693.5919

17

AGRICULTURA DE PRECISÃO AGRIGEO AGRICULTURE

DURAFACE

INSTRUMENTOS DE CONTROLE E MEDIÇÃO

(19) 3508.0300

22

5

SÃO FRANCISCO GRÁFICA

(16) 2101.4151

23

CALDEIRAS IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS

ENGEVAP

(16) 3513.8801

28

COLETORES DE DADOS MARKANTI

(16) 3941.3367

44

(19) 2127.9400

14

(34) 3319.9500

26

PRODUTOS INSUMOS AGRÍCOLAS (16) 3946.1800

9

WISER

(11) 4044.4300

24

REFRATÁRIOS RIBEIRÃO

(16) 3626.5540

42

(16) 99781.8308

42

TUDO O QUE VOCÊ PRECISA para um excelente plantio, NA PONTA DOS SEUS DEDOS

ECOJATO

TRANSBORDOS (11) 3039.7771

16

FEIRAS E EVENTOS REED ALCANTARA

UBYFOL

SERVIÇOS HIDRÁULICOS

EVENTOS GPTW

20

REFRATÁRIOS

CONTROLE DE FLUIDOS METROVAL

DMB

(11) 3229.8344

NUTRIENTES AGRÍCOLAS

GRÁFICA (17) 3531.1075

ALEM MAR

(11) 3060.5000

TESTON

(44) 3351.3500

2

(17) 3531.1075

3

TORRES SOLARES 43

ALFATEK

21 DE FEVEREIRO | 2019

agrigeo.com | comercial@agrigeo.com | Tel.: (17)3305-5700


M

Page 5

Julho 6 2017CARTA AO ulho 2017

Map BrasildeUnida es Técni oeAtualização ProdutorasdeAçúcareÁlco l Tecnológica

55 CARTA LEITOR Fevereiro CARTA AO AO LEITOR 5 5 2019 CARTA CARTA AO AO LEITOR LEITOR

Julho Julho 2017 2017

LEITOR

íí n nd d ii c ce e ÍNDICE í n ídni d c iec e

NOS A MIS ÃO

� Comitê de Gestão - Relacionamenccto ComaaCliernrtestt aa aa oo ll ee ii tt oo rr crat a r t AO aa oLEITOR a ol e li e c aCARTA t oi tro r CARTA AO LEITOR 5 Reduzir o uso A r t e � Lucas Mes ias Reduzir carta ao lde e i t o r Reduzir ouso água é uso regra! o faz Quem a mudança? de água é regra! de água é regra! lucas.mes ias@procana.com.br o uso� Relacionamento Com Clientes Gustavo Santoro - arte@procana.com.br Reduzir de água é regra! Josias Josias Messias Messias

josiasmessias@procana.com.br josiasmessias@procana.com.br

COLABORADORES

EVENTOS

Fevereiro 2019

7

Josias Messiasjosiasmessias@procana.com.br - josiasmessias@procana.com.br Josias Messias MERCADO Agenda .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. 66 Josias Messias josiasmessias@procana.com.br Agenda Como o setor pode enfrentar (e vencer) a guerra contra o açúcar .............. 10, 12, 13 e 14 Mercado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8 aa 14 Mercado Agenda . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .8 . . . .14 6 enda �.A. aposta . . . . no . . RenovaBio ............................6 Projeção de produção maior de milho impulsiona � A aposta no RenovaBio Josias � Entrevista com unidades etanol Mercado . .com .de . .Roberto . . . . .Rodrigues . .do . . .cereal .na . .estreia . . ............. .do . .Quem . . .15, .ééMessias .Quem . 16 . .8ea17 14 josiasmessias@procana.com.br � Entrevista Roberto Rodrigues na estreia do Quem Quem Assim ercado� Por . . .que . . o. arrendamento . . . . . . . . .de. terras . . . .ficou . . .caro . . . . . . . . .8 a 14 Assim como como outros outros importantes importantes segmentos segmentos da da indústria indústria da da transformação, transformação, oo setor setor sucroenergético sucroenergético éé um um

A aposta RenovaBio de terras ficou caro � Por que ono arrendamento � A aposta no RenovaBio � 55 usinas passam a pagar pelo uso da água no estado de SP Entrevista com Roberto Rodrigues do estado Quem é � 55 usinas passam a pagar pelo usona daestreia água no deQuem SP � Entrevista com Roberto Rodrigues na estreia do Quem é Quem � Por que o arrendamento de terras ficou caro � Por que o arrendamento de terras ficou caro � 55 usinas passam a pagar pelo uso da água no estado de SP � 55 usinas passam pelo uso da água estado de SP � Como fazeraapagar correta manutenção de no bombas � Como fazer a correta manutenção de bombas

grande grande consumidor consumidor de de água. água. Esse Esse líquido líquido éé prioritário prioritário nos nos processos processos industriais industriais das das usinas usinas ee destilarias. destilarias. 2019 começa com profundas mudanças no cenário 2º Erro: Executar a Mudança com o Processo Assim como outros importantes segmentos da indústria da transformação, o setor sucroenergético é um Para se ter ideia, na safra 2010/2011 as unidades produtoras do Estado de São Paulo consumiam Para se outros ter ideia, na safra 2010/2011 as unidades produtoras do Estado de São Paulo consumiam em Assim como importantes segmentos da indústria da transformação, o setor sucroenergético é um em político e econômico do Brasil! errado Industrial .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .16 grande consumidor de água. Esse líquido é prioritário nossafra, processos industriais das usinas e destilarias. média 1,52 metro cúbico porlíquido tonelada de cana. Naquela segundo aa União da Indústria de Cana-de.16 aa 26 26 média 1,52 metro cúbico tonelada dedo cana. Naquela safra, segundo União da Indústria . . Industrial . Como . . . . . . devem . . . . . . .ficar . . .8 os a 14preços do grande consumidor de água. Esse é prioritário nos processos industriais dasdeusinas e destilarias. A metodologia mudança devedeterCana-deinício a partir Mais do que causa, a por eleição e posse Presidente Para se ter ideia, na safra 2010/2011 as unidades produtoras do Estado de São Paulo consumiam Açúcar (Unica), foram colhidas 362 milhões de toneladas nos canaviais paulistas, que exigiram 550,2 MWh pelo PDL ao longo do ano ...................... 19 de um diagnóstico detalhado de preferência realizado Bolsonaro é uma consequência da mudança da maioria Açúcar (Unica), foram colhidas 362 milhões de toneladas nos canaviais paulistas, que exigiram 550,2 Para se ter ideia, na safra 2010/2011 as unidades produtoras do Estado de São Paulo consumiam em em � Secagem de levedura pode gerar renda extra de R$ 40 milhões por segundo terceiros a– União dos principais processos e indicadores da população brasileira, determinada a lutar contra a safra, Industrial . .levedura . é. Quem . . .pode . . . gerar . . . .renda . . . extra . . . de . . R$ . . 40 . .milhões . . .16 a 26 � Secagem. de média 1,52 metro cúbico por tonelada de cana. Naquela da Indústria de Cana-demilhões de metros cúbicos de água. gues na estreia do Quem dustrial . . . .embarques . .contínuo . . . . . ganha . . . .de . . .açúcar . .no. setor . . . . . . . . .16 a 26 milhões de metros de água. 1,52 metro cúbicocúbicos tonelada cana. eNaquela segundo a Uniãoéada Indústria Cana-de- confiável é � Cozimento espaço Menos atuais. Somente partir de umdediagnóstico corrupção endêmica nos poderes públicos cansadao safra, da Assim como outrosmédia importantes segmentos daporindústria dade transformação, setor sucroenergético um Como fazer a corretaganha manutenção � Cozimento contínuo espaçode nobombas setor rras ficou caroa correta Açúcar (Unica), foram colhidas 362 milhões de toneladas nos canaviais paulistas, que exigiram Não significa que todo oo volume foi consumido pelas unidades produtoras. Há muito oo550,2 setor � Como fazer manutenção de bombas possível tomar as decisões sobre quais são as reais neilusão criada pelo populismo econômico dos governos afetam a balança comercial do setor ............. 20 Não significa que todo volume foi consumido pelas unidades produtoras. Há muito setor 550,2 Açúcar (Unica), foram colhidas 362 milhões de toneladas nos canaviais paulistas, que exigiram � Secagem de levedura pode gerar renda extra grande de R$ 40 milhões consumidor de água. Esse líquido é prioritário nos processos industriais das usinas e destilarias. o uso da água no estado de SP cessidades e prioridades de correção, pois toda mudananteriores do PT. � Secagem de levedura pode gerar renda extra de R$ 40 milhões milhões de metros cúbicos de água. empreende ações e sistemas para reduzir e tornar eficiente o uso do líquido. Geral .. .. .. .. ..contínuo .. .. .. .. ..ganha .. .. .. ..espaço .. .. .. .. no .. .. setor .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .30 ações esucroenergético sistemas para reduzir e não tornar eficiente o uso do líquido. de No metros cúbicos de água. Geral � Cozimento Para se ter .30 ideia, namilhões safraempreende 2010/2011 as unidades produtoras do Estado São Paulo em ça consumiam implica em trade-off, ou seja, é preciso abrir mão de mercado também édedifeAGRÍCOLA � Cozimento contínuo ganha espaço no setor Não significa que ode volume foi pelas unidades produtoras. Há muito o setor O éé uma palavra ordem nas empresas sucroenergéticas. Com ações como oo reuso, oo setor � Empresas têm até 31 de agosto para aderir ao Refis O reuso reuso uma palavra de ordem nasconsumido empresas sucroenergéticas. ComHá ações como reuso, setor de agosto aderir ao Refis algoprodutoras. para obter algo aparentemente melhor! rente. Asdecrescentes exigências segurança e meio Não significa que todo otodo volume foiem consumido pelas unidades muito o setor . . . .Como .�.Empresas ...a . .Fazenda .têm . . até . . .31.16 a 26 para Santo Inácio, em Campo média 1,52 metro cúbico por tonelada cana. Naquela safra, segundo a União da Indústria de Cana-deempreende ações e sistemas para reduzir e tornar eficiente o uso do líquido. sucroenergético paulista despencou as captações de água. O consumo médio de 1,52 na safra 2010/2011 Outro fator importante para o êxito da Gestão da ambiente, bancabilidade e de liquidez em meio à granGeral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .30 Florido ..... 23 sucroenergético paulista despencou as captações de água. médio de 1,52 na safra 2010/2011 nção de empreende ações e sistemas para reduzir e tornar eficiente oque usoO doconsumo líquido. ral Agrícola . .bombas . . . . ..(MG) .. .. .. .. ..mantém .. .. .. .. .. .. .. ..TCH .. .. .. .. de .. .. ..três .. .Açúcar .. ..dígitos .. .. .. ..(Unica), .. .30 foram colhidas 362 milhões de toneladas nos canaviais paulistas, exigiram 550,2 . .24 a 34 Mudança é a criação de um setor especializado, com de volatilidade do mercado, vem obrigando as usinas Agrícola . .R$têm . .40.até . .31 . .de. .agosto . . . .para . . .aderir . . . ao . . Refis . . . . . . . .24 a 34 Opara reuso é palavra uma dena ordem nas empresas sucroenergéticas. Com ações como o reuso, o setor � Empresas caiu 0,91 metro cúbico safra 2016/17. erar renda extra milhões caiu para 0,91 metropalavra cúbico na safra 2016/17. O reuso é uma de ordem nas empresas sucroenergéticas. Com ações como o reuso, o setor � Empresas têmdeaté 31 de agostosistemas para aderir ao Refis em Alagoas pessoal e ferramentas de Organização & Métodos ou, a mudarem constantemente a forma de gerir e operar � Endividamento sucateia de irrigação milhões de metros cúbicos de água. Quantas variedades devem compor o grupo � Endividamento sucateia sistemas de irrigação em Alagoas sucroenergético paulista despencou as captações de água. Oainda consumo médio de na 1,52 na 2010/2011 safracom 2010/2011 Ou seja, em dez anos as usinas paulistas captaram 39,7% menos água para os processos industriais. paço no setor melhor, de1,52 design thinking, a implementasuas atividades! Ou seja, em dez anos as usinas paulistas captaram 39,7% menos água para os processos industriais. sucroenergético paulista despencou as captações de água. O consumo médio de safra � Previsõesdo paracanavial? a safra 17/18 no Nordeste em entrevista varietal Confira foi consumido pelas unidades produtoras. Há muitoção o setor Agrícola . . para . . . a. safra . . . 17/18 . . . .no. .Nordeste . . . . . . . . . . .Não . . . significa . .24 a 34que todo o volume � Previsões de metodologias comodos Lean Manufacturing, Seis Jáqueda que é do permanente, exceto a mudança", caiu A para 0,91"nada metro cúbico na 2016/17. safra 2016/17. resulta fechamento de circuitos com reuso de água; aprimoramento processos rícola . . .Marcos . . . . . .em .Landell, .herbicida . . . . . devem . .do . . IAC .crescer . . ..................... .até . . 30% . . . na .24 a 34 com A queda resulta do fechamento de circuitos com reuso de água; aprimoramento dos processos � Investimentos 17/1824 e 25 caiu para 0,91 metro cúbico na safra Endividamentoem sucateia sistemas de irrigação em Alagoas � Investimentos herbicida devem crescer até 30% na 17/18 Sigma, mas que roda muito bem com o ciclo PDCA. como sentenciou Heráclito, quanto mais planejada for empreende ações e sistemas para reduzir e tornar eficiente o uso do líquido. . Endividamento . . . . . . . . . sucateia . . . . . sistemas . . . . . .de.30 � irrigação em Alagoas Ou em seja,dez em dezconsistentes anos as usinas paulistas captaram 39,7% menos água para os processos industriais. industriais, com maior eficiência menor captação; ee avanço da limpeza aa os seco com aa colheita � Manejo integrado em controle ambiental gera maior produtividade Seja qual for a metodologia adotada, a Gestão da aseja, mudança, mais e eegraduais serão os39,7% reindustriais, com maior eficiência menor captação; avanço da limpeza seco com colheita Ou anos as usinas paulistas captaram menos água para processos industriais. Previsões para a safra 17/18 no Nordestegera maior O � Manejo integrado em controle ambiental produtividade reuso é uma palavra de ordem nas empresas sucroenergéticas. Com ações como o reuso, o setor sto para aderirpara ao Refis INDUSTRIAL � Previsões a safra 17/18 no Nordeste Mudança envolve o descongelamento dos processos, a sultados. A queda resulta do fechamento de circuitos com reuso de água; aprimoramento dos processos mecanizada. � Investimentos em herbicida devem crescer até 30% na 17/18 Amecanizada. queda resulta do fechamento circuitos com reuso de na água; aprimoramento dos processos Por que oherbicida S-PAA consegue dar retorno menospaulista despencou sucroenergético as captações deusinas água. oOdeconceito consumo médio de da 1,52 safra 2010/2011 � Investimentos em devem crescer até 30% na 17/18 implementação das alterações com o treinamento dos Ao aplicarmos às da Gestão Gestão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .37 industriais, com maior eficiência eágua menor e avanço dapelas limpeza a com secoforam com aapresentadas colheita As informações sobre uso de ee aa captação; redução na captação unidades no dia .. dias .integrado .. .. .. .após ..em .. ..24 .controle . .a. 34 .implantado . . . . . . gera . . . maior . ............. . .produtividade . . . . 26 . . .e. 27 .37 100 ser ambiental .� Manejo . Gestão . .de .�.Manejo . . . . . As informações sobre uso de água redução na captação pelas unidades foram apresentadas no dia industriais, com maior eficiência e menor captação; e avanço da limpeza a seco a colheita envolvidos e o recongelamento do processo dentro dos Mudança, uma área de estudo da Administração criada integrado em controle ambiental gera maior nas produtividade caiu parado0,91 � Os departamentos de compliance avançam empresas setormetro cúbico na safra 2016/17. � Os departamentos de compliance avançam nas empresas do setor mecanizada. 06 de pelo secretário da Jardim, em da em novos procedimentos. disciplina à metodologia é com o objetivo de garantirestadual a competitividade e a sus-Arnaldo mas de irrigação em Alagoas 06 de junho junho pelo captaram secretário estadual da Agricultura, Agricultura, Jardim, em evento evento na naAsede sede da Unica, Unica, em mecanizada. TENDÊNCIA Ou seja, em dez anos as usinas paulistas 39,7% menos água para osArnaldo processos industriais. Gestão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .37 fundamental para garantir a integridade das mudanças, tentabilidade das empresas, mesmo em meio a cenários As informações sobre uso de água e a redução na captação pelas unidades foram apresentadas no dia no Nordeste comemoração dos dez anos do Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético. stão . . . do . . .Bem . . . .. .. ..número .. .. .. .. .. .. .. ..de . .. .greenfields . . . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .37 comemoração dos dez anos do Protocolo Agroambiental dopelas Setor Sucroenergético. Usina .. .38 Estudo revela As informações sobre uso de água eágua; a redução na evitar captação foramsituações apresentadas no dianas quais os sem ounidades risco de criar de “limbo”, de grandes adversidades como o atual, é aprimoramento possível Usina Bem .17/18 . . de . .compliance . . . . . . ..avançam . .. .. .. .. nas . . .empresas . .A. .queda . .do.. .setor . ..resulta .38 do fechamento de circuitos com reuso de dos processos � Osdo departamentos evem até 30% na 06 de junho pelo secretário estadual da Agricultura, Arnaldo Jardim, em evento na sede da Unica, � Os crescer departamentos de compliance avançam nas empresas do setor O Protocolo integra o Projeto Etanol Verde, das Secretarias estaduais da Agricultura e do Meio projetadas no Brasil 2030 em ............ � Usinas doam energia elétricaaté para hospital Barretos28, 29 e 30 procedimentos se perdem entre ao antigo o novo. alguns dos erros mais comuns nas estratégias adotadas Oe menor Protocolo integraestadual o avanço Projeto Etanol Verde, das com Secretarias estaduais e do em Meioeem de junho pelo secretário dada Agricultura, Arnaldo Jardim, em eventoda naAgricultura sede da Unica, � Usinas doam energia elétrica para hospital emindustriais, Barretos com maior 06 eficiência captação; e limpeza a seco a colheita ambiental gera maior produtividade pelas usinas. comemoração dos dez anos do Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético. Ambiente, e representa um modelo de parceria e diálogo desenvolvido entre o setor produtivo e o Estado. Ambiente, modelo Agroambiental de parceria e diálogo entre o setor produtivo e o Estado. Usina do Bem .tende . . . . . . . . . . . . . . . . . mecanizada. . . . . . . . . . . . . .38 comemoração dose representa dez anos doum Protocolo do Setordesenvolvido Sucroenergético. Safra 3º Erro: Esquecer de quem faz a Mudança inaNegócios do Bem19/20 . &. .Oportunidades . . . . . . . .mesmo . . . . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .38 .40 a 42 O Protocolo integra o Projeto Etanol Verde, das Secretarias estaduais da e do Meioe constantes, A segunda fase do Protocolo entra em cena neste mês de julho, formatada por técnicos duas & . hospital . . . .a.em . .Barretos . . ................. . . . . . .40 a31 42 Usinas para segunda do oProtocolo entracom em cena neste mês de julho, formatada porAgricultura técnicos das duas atesta FGV 1º Erro: ana Mudança o Propósito Como mudanças são inevitáveis OAProtocolo integra Projeto Etanol Verde, das Secretarias estaduais daasno Agricultura e dodas Meio . Negócios . .a.�ser .doam . . mais . energia .doam . .Oportunidades . alcooleira, .energia . . . . elétrica . . . hospital .37 �. Usinas elétrica para em Barretos As informações sobre uso de água efase a Planejar redução captação pelas unidades foram apresentadas dia Ambiente, eeerepresenta um modelo de parceria e diálogo desenvolvido entre setor produtivo e oéEstado. Secretarias da errado quem vai liderar a oGestão da Mudança o fator mais ance avançam nas empresas do setor Secretarias da Unica. Unica. Ambiente, e representa um modelo de Jardim, parceria e diálogo desenvolvido entre o setor produtivo e o Estado. da Agricultura, Arnaldo em evento na sedeimportante da Unica, em Usina é um tipo de empreendimento que não pode para a obtenção de êxito. Escolha a tripulaGERAL & Oportunidades . . . . . . . 06 Negócios . . .de . . junho . . . .40pelo a 42secretário estadual A segunda fase do mês Protocolo entra em neste cena neste mês de julho, formatada porem técnicos das duas Nesse mesmo de julho, entra em vigor aade cobrança pelo uso da água quatro bacias gócios & Oportunidades . . . . . . . . . . . . . . . .40 a 42 Nesse mesmo mês de julho, entra em vigor cobrança pelo uso da água em quatro bacias A segunda fase do Protocolo entra em cena mês julho, formatada por técnicos das duas ser gerido pensando nas ambições do sócio controlação antes do ônibus. Se você conta com a melhor tripuDestaques de campanhas e empreendimentos comemoração dos dez anos do Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .38 Secretarias e da Unica. hidrográficas do Estado de São Paulo: Pardo, Baixo-Pardo/Grande, Sapucaí-Mirim e Mogi-Guaçu. dor, como aconteceu com alguns grupos estrangeiros, lação, então pode escolher o destino que quiser! de empresas em comunidades ......... 36, 37 e 38 hidrográficas do Estado de São Paulo: Pardo, Baixo-Pardo/Grande, Sapucaí-Mirim e Mogi-Guaçu. e da Unica. O Protocolo integraSecretarias o Projeto Etanol Verde, das Secretariasdeestaduais da Agricultura e do Meiocom uma equipe comprometida e motivapara hospital em Barretos mas nas Premissas e Restrições cada unidade pro- 55 unidades Nesse mesmo mês de julho, entra em a cobrança peloContar da em águaquatro em quatrocaptam baciaságua Conforme reportagem desta edição do JornalCana, sucroenergéticas Conforme reportagem desta edição dovigor JornalCana, 55 unidades sucroenergéticas captam água dessas dessas Nesse mesmo mês de julho, entra em vigor aentre cobrança pelo uso dauso dutora. da passa entender abacias cultura informal da empresa, Ambiente, e representa um modelo de parceria e diálogo desenvolvido o setor produtivo eágua opor Estado. GENTE hidrográficas do Estado de São Paulo: Pardo, Baixo-Pardo/Grande, Sapucaí-Mirim e Mogi-Guaçu. bacias. O custo médio da cobrança de água por tonelada de cana varia de acordo com o reuso pelas Como principal Restrição temos o fato de que as da região e do próprio mercado, para identificar qual o bacias. O custo médio da cobrança de água por tonelada de cana varia de acordo com o reuso pelas hidrográficas do Estado de São Paulo: Pardo, Baixo-Pardo/Grande, Sapucaí-Mirim e Mogi-Guaçu. es . .Ex-presidente . . . . . . . . . . . . .da .40Unica a 42 na Esalq, A novo segunda fase do Protocolo entra em cena neste mês de julho, formatada por técnicos das duas usinas não controlam o clima e nem o mercado, portanperfil é mais adequado aos desafios da empresa. Afinal, Conforme reportagem desta edição do JornalCana, 55 unidades sucroenergéticas captam água dessas unidades, mas a média é projetada entre R$ 0,03 e R$ 0,12 por tonelada. CEO na Bunge e Felix retorna ao MME ........... 39 unidades,reportagem mas a média é projetada R$ 0,03 55 e R$ 0,12 porsucroenergéticas tonelada. Conforme desta edição doentre JornalCana, unidades captam água dessas Secretarias e da Unica. to, não conseguem garantir nem volume depor produção como afirma Peter Drucker, “a culturapelas devora a estratébacias. O custo médio da cobrança de água tonelada de cana varia de acordo com o reuso A Unica explica na reportagem que o avanço dessa cobrança não assusta porque o setor A Unica explica na reportagem que o avanço dessa cobrança nãoacordo assusta porque o setor bacias. O custo médio da cobrança de água por tonelada de cana varia de com o reuso pelas nem o preço de seus produtos. De forma que toda e gia no café da manhã”. Nesse mesmo mês de julho, entra em vigor a cobrança pelo uso da água em quatro bacias Quem é Quem no setor: entrevista unidades, mas apaulista média projetada R$ter eanos R$ por 0,12tonelada. porObservando tonelada. sucroenergético se preparou ao longo dos para arcar com custo ee colaborar gestão qualquer mudança naséusinas deveentre sempre o prode aausinas, sucroenergético paulista se preparou aoSapucaí-Mirim longo dos anos arcar com esse essecases custobem-sucedidos colaborar com com gestãoduas mas aPardo, média é projetada entre R$ 0,03 e0,03 R$ 0,12 com o ‘sr. Indústria’ Gilmar Galon ..................do40 hidrográficas Estadounidades, de São Paulo: Baixo-Pardo/Grande, e para Mogi-Guaçu. pósito de garantir bancabilidade e a Liquidez em meio características se destacam no perfil dos profissionais FUNDO DE RECEITA FIXA A Unica explica na reportagem o avanço cobrança não assusta porque bacias hidrográficas. Conforme Departamento de ee Energia Elétrica do governo FUNDO DE RECEITA FIXA das hidrográficas. Departamento de Águas Águas Energia Elétrica (DAEE), do governo amor ao Adas Unica explica na reportagem que oooque avanço dessaedessa cobrança não assusta porque o(DAEE), setoro setor à bacias volatilidade, com foco Conforme nos controles de Custos na que, de fato,dessas produzem mudanças sustentáveis: Conforme reportagem desta edição do JornalCana, 55 unidades sucroenergéticas captam água “Nem ponham sua esperança na incerteza da riqueza, JornalCana em visita a sucroenergético paulista se preparou ao longo dos anos para arcar com esse custo e colaborar com a gestão “Nem ponham sua esperança na incerteza da riqueza, paulista, os valores arrecadados com essa cobrança irão para o Fundo Estadual de Recursos Hídricos Governança, únicos fatores queao selongo encontram sob para doque e gratidão quecom lheHídricos a oportunidade! paulista, oságua valores arrecadados com essados cobrança irão para o faz Fundo de Recursos sucroenergético paulista se preparou arcar com esse custo àeempresa colaborar adá gestão bacias. O custo médio da cobrança deda porempresa. tonelada de cana varia deanos acordo com o reuso pelasEstadual empresas do setor no Sudão ................... 41 e 42 mas em Deus, que de tudo nos provê ricamente” FUNDO DE RECEITA FIXA mínio própria O sentimento de gratidão conduz ao mas em Deus, que de tudo nos provê ricamente” das bacias hidrográficas. Conforme odemandados Departamento de próprias Águas e Energia Elétrica (DAEE), do governoverdadeiro (Fehidro), que os usará nos projetos bacias. FUNDO DE RECEITA FIXA (Fehidro), que os usará nos projetos demandados pelas próprias bacias. das bacias hidrográficas. Conforme o uma Departamento de pelas Águas e Energia Elétrica (DAEE), do governo Recomendação de Paulo, apóstolo a Timóteo, na primeira carta, capítulo 6, verso 17 unidades, mas a média é projetada entre R$ 0,03 e R$ 0,12 por tonelada. Como a cana-de-açúcar é atividade de ciclo engajamento através atitudes como senso de missão, “Nem ponham sua esperança naprimeira incerteza da riqueza, Recomendação Paulo, apóstolo a Timóteo, na capítulo 6, verso 17 paulista, os valores arrecadados com essa cobrança irão para o Fundo Estadual de Recursos Hídricos No mês em que se comemora oo Dia Mundial do Meio Ambiente, as usinas fazem questão de reassumir “Nem ponham desua esperança na incerteza dacarta, riqueza, No mês em que se comemora Dia Mundial do Meio Ambiente, as usinas fazem questão de reassumir longo, qualquer estratégia de gerenciar Custos e o Fluflexibilidade para aprendizagem, bom humor e comupaulista, os valores arrecadados com essa cobrança irão para o Fundo Estadual de Recursos Hídricos A Unica explica na reportagem que o avanço dessa cobrança não assusta porque o setor mas em Deus, que de tudo nos provê ricamente” (Fehidro), que os usará nos projetos demandados pelas próprias bacias. mas em Deus, que de tudo nos provê ricamente” e manifestar seu compromisso com o meio ambiente e com o uso sustentável de água. E água é sinônimo xo de Caixa deve corresponder não apenas ao exercício, nicação responsável. Características perenes que, e manifestar seu compromisso o meio ambiente eecom o uso sustentável água. E água é sinônimo nestes (Fehidro), que ao os longo usará nos anos projetos demandados pelas próprias bacias. Recomendação de Paulo, apóstolo a Timóteo, na primeirasucroenergético carta, capítulo 6, verso 17paulista se preparou dos paracom arcar com esse custo colaborar com a gestãode mas ao ciclo todo, normalmente de 5 anos, evitando tempos de grandes mudanças, devemde serreassumir altamente vaRecomendação de Paulo, apóstolo a Timóteo, na primeira carta, capítulo 6, verso 17 No mês em que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente, as usinas fazem questão "Consagre ao Senhor tudo o que você faz, e os de vida! deuma vida!em No mês queainda se comemora o Dia Mundial do Meio (DAEE), Ambiente, asgoverno usinas fazem questão de reassumir RECEITA FIXA prática comum de “criar” uma performanlorizadas e preservadas! das bacias hidrográficas. Conforme o Departamento de Águas e Energia Elétrica do seus planos serão bem-sucedidos." e manifestar seuexcepcional compromisso oexercício, meio ambiente eocom uso sustentável de água. E éágua é sinônimo leitura! ceBoa econômica emocom um deixando Boa leitura! rança na incerteza da riqueza, e manifestar seu compromisso com meio ambiente e com uso osustentável de água. E água sinônimo paulista, os valores arrecadados com essa cobrança irão para o Fundo Estadual de Recursos Hídricos Boa leitura! problema para as safras e administrações seguintes. deovida! tudo nos provê ricamente” Provérbios 16:3 (Fehidro), que os usaráde nosvida! projetos demandados pelas próprias bacias. Boa leitura! imóteo, na primeira carta, capítulo 6, verso 17 Boa leitura! No mês em que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente, as usinas fazem questão de reassumirNOSSOS PRODUTOS NOSSOS PRODUTOS EVENTOS e manifestar seu compromisso com o meio ambiente e com o uso sustentável de água. E água é sinônimo PUBLICAÇÕES EVENTOS PUBLICAÇÕES JornalCana - O MAIS LIDO! Prêmio MasterCana JornalCana O MAIS LIDO! de vida!Presidente Prêmio NOSSOS Anuário da Cana PRODUTOS Tradição de MasterCana Credibilidade e Presidente NOSSOS daPRODUTOS Cana Guide Tradição de Credibilidade e ISSN 1807-0264 Brazilian Anuário Sugar and Ethanol Josias Messias Sucesso ISSN 1807-0264 Brazilian Sugar and Ethanol Guide EVENTOS PUBLICAÇÕES Josias Messias Sucesso A Bíblia do Setor! Boa leitura! josiasmessias@procana.com.br EVENTOS PUBLICAÇÕES A Bíblia do Setor! Fórum ProCana

Tendências para a bioeletricidade em 2019, . . . . segundo . . . . . . . . Zilmar . . . . . . .de . . Souza, ..6 da Única ................ 18

“Desenvolver o agronegócio

sucroenergético, dis eminando conhecimentos, estreitando relacionamentos e gerando negócios ustentáveis”

Robertson Fetsch 16 9 9720 5751 � Comitê de Gestão - Controladoria & TI public dade@procana.com.br � Editor Mateus Mes ias Delcy Mac Cruz - editor@procana.com.br presidente@procana.com.br � As istente Thaís Rodrigues � Editor de Arte - Diagramação thais@procana.com.br José Murad Badur � Comitê de Gestão - Jornalismo Ales andro Reis - editoria@procana.com.br � As inaturas & Exemplares FINANCEIRO Paulo Henrique Mes ias (16) 3512-430 contasareceber@procana.com.br � Comitê de Gestão - Marketing atendimento@procana.com.br contasapagar@procana.com.br Luciano Lima w w.loja.jornalcana.com.br luciano@procana.com.br

� �

josiasmessias@procana.com.br Fone 16 3512.4300 Fax 3512 4309 Fone 16 3512.4300 Fax 3512 4309 Av. Costábile Romano, 1.544 - Ribeirânia de Gestão - Comercial & Eventos � Comitê Presidente Av. Costábile Romano, 1.544 - Ribeirânia � Presidente � Comitê de Gestão - Comercial & Eventos 1807-0264 14096-030ISSN — Ribeirão Preto — SP Rose JosiasMessias Messias 14096-030 — Ribeirão Preto — SP Rose Messias ISSN 1807-0264 Josias Messias rose@procana.com.br procana@procana.com.br josiasmessias@procana.com.br rose@procana.com.br josiasmessias@procana.com.br Foneprocana@procana.com.br 16 3512.4300 Fax 3512 4309 FoneAv. 16Costábile 3512.4300 Fax 3512 4309 Romano, 1.544 - Ribeirânia Com Clientes � Comitê de Gestão - Relacionamento Comercial & Eventos Comitê de- Gestão - Relacionamento Com Clientes �de Av. Costábile Romano,—1.544 - Ribeirânia Gestão Comercial & Eventos � ComitêLucas Messias 14096-030 Ribeirão Preto — SP Rose Messias Lucas Messias 14096-030 — Ribeirão Preto — SP Rose Messias lucas.messias@procana.com.br rose@procana.com.br procana@procana.com.br lucas.messias@procana.com.br rose@procana.com.br procana@procana.com.br

www.jor www.jor nalcana.com.br nalcana.com.br

Ar tigos as inados (inclusive os das eções Negócios & Opor tunida es e Vitr ne) refl tem o ponto de vist a dos autores (ou das empresa cit ad s). JornalCan . Dire tos autorais e comercia s res r vados. É proib da reprodução, to al ou parcial, distribuição u disponib lização pública, por qualquer meio u proces o, sem autorização expres a. A violação dos diretos autorais é punível como crime (art. 184 e parágrafos, do Código Penal) com pena de prisão e multa; conjuntamente com busca e apre nsão e indenização diversa (ar tigos 12 , 123, 124, 126, da Lei 5.98 , de 14/12/1973).

Quem JornalCana é Quem no setor sucroenergético FórumMasterCana ProCana O MAIS LIDO! USINAS DE ALTA Prêmio Quem é Quem no -setor sucroenergético JornalCana USINAS DE ALTA e JornalCana - O MAIS LIDO!da Online Prêmio MasterCana Anuário Cana PERFORMANCE Tradição de Credibilidade JornalCana Online www.jornalcana.com.br PERFORMANCE Anuário da Cana e Brazilian Sugar and Ethanol Guide Tradição de Credibilidade Sucesso www.jornalcana.com.br SINATUB Tecnologia BIO &Guide Brazilian Sugar and AEthanol Bíblia doSugar Setor! Sucesso SINATUB Tecnologia BIO & Sugar Liderança em ProCana Aprimoramento Fórum Magazine AQuem BíbliaédoInternational Setor! Quem no setor sucroenergético eme Atualização Aprimoramento International Magazine FórumLiderança ProCana www.jor nalcana.com.br Técnico USINAS DE ALTA MapaJornalCana Brasil de Online Unidades Quem é Quem no setor sucroenergético e Atualização www.jor nalcana.com.br NOSSOS PRODUTOS USINAS DETécnico ALTA Mapa Brasil de Unidades Tecnológica PERFORMANCE Produtoras Açúcar e Álcool JornalCana Onlinede www.jornalcana.com.br Tecnológica Produtoras de Açúcar e Álcool EVENTOS PUBLICAÇÕES PERFORMANCE COLABORADORES � Arte www.jornalcana.com.br SINATUB Tecnologia COLABORADORES � Arte BIO & Sugar � Relacionamento Com Clientes Gustavo Santoro - arte@procana.com.br SINATUBLiderança Tecnologia em Aprimoramento BIO & Sugar JornalCana - O MAIS LIDO! International Magazine � Relacionamento Com Clientes Gustavo Santoro - arte@procana.com.br Prêmio MasterCana Robertson Fetsch 16 9 9720 5751 Liderança em Aprimoramento Artigos assinados (inclusive os das seções Negócios &e Atualização International Magazine Técnico � Presidente Robertson Fetsch 16 9 9720 5751 Anuário da Cana Mapa Brasil de Unidades Tradição de Credibilidade Artigos assinadose (inclusive os das seções Negócios & publicidade@procana.com.br & TI � Comitê de Gestão - Controladoria � Editor Relacionamento Com Clientes Técnico e Atualização Tecnológica 264 Mapa Brasil deeUnidades Produtoras de Açúcar e Álcool o ponto de vista dos Oportunidades Vitrine) refletem autores Josias Messias Sucesso publicidade@procana.com.br Comitê de- Gestão - Controladoria & TI �de � Editor Brazilian Sugar and Ethanol Guide Gestão Relacionamento Com Clientes � ComitêMateus “Desenvolver o agronegócio Oportunidades e Vitrine) refletem o ponto de vista dos autores Messias Delcy editor@procana.com.br Tecnológica COLABORADORES � ArteMac Cruz A- Bíblia Lucas Messias Produtoras de Açúcar e Álcool do Setor! “Desenvolver o agronegócio Lucas Messias josiasmessias@procana.com.br Mateus Messias Delcy Mac Cruz editor@procana.com.br (ou das empresas citadas). JornalCana. Direitos autorais e COLABORADORES � Arte Fórum ProCana presidente@procana.com.br Assistente � lucas.messias@procana.com.br Relacionamento Com Clientes Gustavo Santoro arte@procana.com.br (ou das empresas citadas). JornalCana. Direitos autorais e Quem é Quem no setor sucroenergético ax 3512 4309 presidente@procana.com.br Assistente � www.jor nalcana.com.br Diagramação USINAS DE ALTA lucas.messias@procana.com.br Com Clientes � Relacionamento Gustavo Santoro arte@procana.com.br sucroenergético, disseminando comerciais reservados. É proibida a reprodução, total ou Thaís Rodrigues � Editor -de Arte Diagramação Robertson Fetsch 16 9 9720 5751 Artigos assinados (inclusive os dasaseções Negócios &ou JornalCana Online 544 - Ribeirânia sucroenergético, disseminando comerciais reservados. É proibida reprodução, total - Comercial & Eventos � Comitê de Gestão Hi Comunicação diagramacao@procana.com.br Thaís Rodrigues � Editor de Arte Diagramação PERFORMANCE Robertson Fetsch 16 9 9720 5751 Artigos assinados (inclusive osoudas seções Negócios thais@procana.com.br � Comitê de Gestão - Jornalismo José Murad Badur publicidade@procana.com.br Controladoria & TI � Editor parcial, distribuição disponibilização pública, pordos qualquer www.jornalcana.com.br o Preto — SP conhecimentos, Rose Messias estreitando Oportunidades e Vitrine) refletem o ponto de& vista autores thais@procana.com.br Comitê de- Gestão - Jornalismo �de parcial, distribuição ou disponibilização pública, por qualquer publicidade@procana.com.br Gestão Controladoria & TI � ComitêAlessandro � Editor José Murad Badur “Desenvolver o agronegócio SINATUB Reis - editoria@procana.com.br Mateus Messias Delcy Macdigital Cruz -eBIO editor@procana.com.br & Sugar Oportunidades eTecnologia Vitrine) refletem o ponto de expressa. vistaDireitos dos Aautores meio ou processo, sem autorização violação dos conhecimentos, estreitando Mateus Gestão MKT rose@procana.com.br a.com.br“Desenvolver Alessandro Reis - editoria@procana.com.br o agronegócio (ou das empresas citadas). JornalCana. autorais e Messias Delcy Mac Cruz editor@procana.com.br meio ou processo, sem autorização expressa. A violação dos Liderança em Aprimoramento International Magazine � Assinaturas FINANCEIRO presidente@procana.com.br Assistente & Exemplares Matheus Valêncio matheus@ipense.com.br (ou das Técnico empresas citadas). JornalCana. Direitos autorais e direitos autorais é punível como crime (art. 184 parágrafos, � Assinaturas & Exemplares FINANCEIRO relacionamentos e gerando e Atualização presidente@procana.com.br Assistente � sucroenergético, disseminando comerciais reservados. É proibida a reprodução, total ou Paulo Henrique Messias (16) 3512-4300 Mapa de Unidades � Comitê de Gestão - Marketing contasareceber@procana.com.br Thaís Rodrigues � Editor de Arte - Brasil Diagramação direitos autorais é punível como crime (art. 184 e parágrafos, relacionamentos e gerando de Gestão - Relacionamento Com Clientes � Comitê Paulo Henrique Messias (16) 3512-4300 � Comitê de Gestão - Marketing contasareceber@procana.com.br sucroenergético, disseminando comerciaisdo reservados. É proibida a reprodução, ou conjuntamente Tecnológica Código Penal) com de prisão etotal multa; Produtoras Thaís Rodrigues � Editor de Arte - Diagramação atendimento@procana.com.br contasapagar@procana.com.br Luciano Lima thais@procana.com.br de Gestão - Jornalismo � Comitê José Murad Badur de Açúcar e Álcool parcial, distribuição oupena disponibilização pública, por qualquer

NOSSA NOSSA MISSÃO MISSÃO

NOSSA MISSÃO NOSSA MISSÃO

Atendimento Publicidade & Patrocínios do Código Penal) com pena de prisão e multa; conjuntamente COLABORADORES � Arte atendimento@procana.com.br contasapagar@procana.com.br Luciano Lima thais@procana.com.br de Gestão - Jornalismo � Comitêluciano@procana.com.br José Murad Badur parcial, distribuição ou disponibilização pública, por qualquer com busca e apreensão e indenização diversas (artigos www.loja.jornalcana.com.br Reis Gilmar Messias - publicidade@procana.com.br Alessandro Consultora ADM- editoria@procana.com.br meio ou processo, sem autorização expressa. violação122, dos � Relacionamento Com Clientes Gustavo Santoro - arte@procana.com.br com busca e apreensão e indenização diversasA (artigos 122, www.loja.jornalcana.com.br luciano@procana.com.br Alessandro Reis editoria@procana.com.br � Assinaturas & Exemplares FINANCEIRO (16) 9 9153.8690 meio ou processo, sem autorização expressa. A violação dos Rute AlmeidaRobertson - gerentefinanceiro@procana.com.br 123, 124, 126, da Lei 5.988, de 14/12/1973). Fetsch 16 9 9720 5751 direitos autorais é punível como crime (art. 184 e parágrafos, Artigos assinados (inclusive os das seções Negócios & 123, 124, 126, da Lei 5.988, de 14/12/1973). relacionamentos e gerando � Assinaturas & Exemplares FINANCEIRO Paulo Henrique Messias (16) 3512-4300 � Comitê de Gestão - Marketing contasareceber@procana.com.br contasareceber@procana.com.br direitos autorais é punível crimede(art. 184 ee multa; parágrafos, Gestão - Controladoria &�TIComitê de Gestãopublicidade@procana.com.br � Comitê � Editor relacionamentos edegerando Código Penal)como com pena prisão conjuntamente Paulo Henrique Messias (16) 3512-4300 - Marketing contasareceber@procana.com.br Oportunidades e Vitrine) refletem o ponto de vistadodos autores contasapagar@procana.com.br atendimento@procana.com.br contasapagar@procana.com.br Luciano Lima gronegócio Mateus Messias Delcy Mac Cruz - editor@procana.com.br do Códigocom Penal) come pena de prisão e multa; conjuntamente negócios sustentáveis” atendimento@procana.com.br contasapagar@procana.com.br Luciano Lima busca apreensão e indenização diversas (artigos 122, www.loja.jornalcana.com.br luciano@procana.com.br (ou das empresas citadas). JornalCana. Direitos autorais e negócios sustentáveis” presidente@procana.com.br � Assistente com busca e apreensão e indenização diversas (artigos 122, www.loja.jornalcana.com.br luciano@procana.com.br sseminando comerciais reservados. É proibida a reprodução, 123, total 124, ou 126, da Lei 5.988, de 14/12/1973). Thaís Rodrigues � Editor de Arte - Diagramação 123, 124, 126, da Lei 5.988, de 14/12/1973). thais@procana.com.br � Comitê de Gestão - Jornalismo José Murad Badur parcial, distribuição ou disponibilização pública, por qualquer streitando Alessandro Reis - editoria@procana.com.br meio ou processo, sem autorização expressa. A violação dos � Assinaturas & Exemplares FINANCEIRO direitos autorais é punível como crime (art. 184 e parágrafos, e gerando Paulo Henrique Messias (16) 3512-4300 � Comitê de Gestão - Marketing contasareceber@procana.com.br

Lucas Messias negócios sustentáveis” conhecimentos, estreitando SSÃO negócios sustentáveis” lucas.messias@procana.com.br conhecimentos, estreitando

do Código Penal) com pena de prisão e multa; conjuntamente

15ª F. O. LICHT SUGAR & ETHANOL BRAZIL Evento reuni usinas, produtores, compradores e investidores do brasil e do resto do mundo Quando: 7 a 9 de maio Onde: São Paulo (SP) Informações: https://energy.knect365.com/ sugar-ethanol-brazil/br

MELHORES EMPRESAS DO AGRO PARA TRABALHAR

Agrishow deste ano sediará a premiação do Ranking Melhores Empresas para Trabalhar – Agronegócio A Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação (Agrishow) sediará pela primeira vez a cerimônia de premiação das Melhores Empresas para Trabalhar – Agronegócio. O evento está programado para 29 de abril, primeiro dia da feira, que será realizada em Ribeirão Preto (SP) até 03/05, fruto da parceria entre a Great Place to Work (GPTW), consultoria presente em 59 países, com a ProCana Brasil, controladora do JornalCana. Pensando na evolução do agronegócio e entendendo a importância para as empresas de estratégias focadas em pessoas, com atenção para a Cultura Organizacional, para as relações internas e ainda em reconhecer as organizações que realizam excelente trabalho na Gestão de Pessoas, o Great Place to Work® Brasil lançou o Ranking Melhores Empresas para Trabalhar Agronegócio! O agronegócio não poderia deixar de ser reconhecido como uma atividade onde existem muitas empresas que são verdadeiros Great Place to Work. O objetivo é mostrar para a sociedade que o agronegócio brasileiro é um excelente lugar para trabalhar. Informações: (16) 3101-3334 relacionamento@gptw.com.br www.gptw.com.br


8

EVENTO

Fevereiro 2019

EVENTO

Fevereiro 2019

FOTOS DIVULGAÇÃO

Cerimônia de edição do MasterCana Nordeste realizada em Recife (PE)

NOITE DE GALA DO SETOR ESTÁ MARCADA PARA 21 DE FEVEREIRO Usinas, entidades, autoridades e personalidades participam da cerimônia de premiação em Recife O MasterCana, principal premiação do setor sucroenergético da América Latina, completou 30 anos em 2018 e chega a sua edição de celebração das regiões Norte e Nordeste.

“É com imenso prazer que realizamos a edição Norte e Nordeste do MasterCana”, afirma Josias Messias, presidente da ProCana, empresa realizadora do evento.

PERSONALIDADES E GRUPOS CONFIRMADOS Entre os laureados do Prêmio MasterCana Nordeste 2018 estão, entre outros, grupos e usinas que obtiveram as melhores performances durante a última safra. Já estão confirmados os Grupos e usinas: Carlos Lyra, Coruripe, EQM, JB, Olho D’Água, Petribu, Trapiche, União e Indústria, Tabu, São João.

Participantes da cerimônia da edição MasterCana Centro-Sul, em Ribeirão Preto

SOBRE O PRÊMIO MASTERCANA

Com apenas 200 convidados VIPs, o jantar e cerimônia de premiação estão programados para o dia 21 deste mês de fevereiro na prestigiada Spettus Steak House, em Boa Viagem, em Recife (PE).

Entidades setoriais e cooperativas que se destacaram durante a safra também serão premiadas, como o Sindicato da Indústria do Açúcar do Estado de Pernambuco (SindaçúcarPE), a Associação dos Fornecedores de cana do Estado (AFCP), o Sindicato dos Cultivadores de Cana de Pernambuco (Sindicape), Associação dos Plantadores de Cana de Alagoas (Asplana) e a Coaf, cooperativa que retomou as atividades da antiga usina Cruangi, representada por seu presidente, Alexandre Andrade Lima, e a Agrocan, empresa que retomou as atividades da usina Pumaty, também representada por seu presidente Gerson Carneiro Leão.

O MasterCana é a mais tradicional premiação setorial que, há 30 Anos, vem reconhecendo o mérito das pessoas e organizações que se destacam no aprimoramento humano, tecnológico e socioeconômico do agronegócio sucroenergético brasileiro. Os grandes momentos do MasterCana são as cerimônias de premiação, em São Paulo (SP), Ribeirão Preto (SP) e Recife (PE), que reúnem cerca de mil pessoas, dentre as quais representantes de 70% da produção sucroenergética do país, líderes empresariais, autoridades, fornecedores, bancos e demais agentes do mercado. São 4 edições anuais, cada uma com abrangência específica: MasterCana Award (internacional), MasterCana Brasil, MasterCana Centro/Sul e MasterCana Norte/Nordeste. A expressiva participação dos empresários e profissionais do setor, tanto na pesquisa quanto nos eventos de premiação, transformaram o Prêmio MasterCana em referência de credibilidade e símbolo de reconhecimento do mercado no Brasil e no mundo. Mais informações: www.mastercana.com.br

As edições MasterCana Award e Brasil são realizadas em cerimônias em São Paulo

Josias Messias, presidente da ProCana: “vez de celebrar o setor da região Nordeste”

9


10 MERCADO

Fevereiro 2019

Como vencer a guerra contra o açúcar

PARA SUA EMPRESA EM 2019

Por meio do emprego da salvaguarda da China, o governo do país decidiu sobretaxar o açúcar importado a partir de maio de 2018.

Não é novidade para ninguém que o açúcar brasileiro enfrenta práticas protecionistas de outros países, produtores e não. Há os subsídios à exportação na Índia e as sobretaxas impostas pelas salvaguardas da China. Junto a essas práticas o açúcar brasileiro é vítima de cruzada dentro e fora do País. Querem torna-lo um vilão, o grande responsável por doenças não transmissíveis. Em meio a isso, iniciativas patrocinadas pelo governo, e que integram representantes da indústria de alimentos, oficializaram parceria no fim de 2018 para a redução gradativa de açúcar em seus produtos até 2022. Essa diminuição pode chegar a totalizar a produção de açúcar de uma usina com moagem de 2 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, segundo Alberto Shinkatu, um dos maiores especialistas em tecnologia de açúcar do País em entrevista ao JornalCana. Bombardeio O açúcar brasileiro possui também uma lista de adversários ‘saudáveis’ e não, cujos produtores investem pesado em um marketing que amplia o bombardeio sobre o alimento que sai dos canaviais. O que pareciam apenas críticas longe da realidade agora se tornaram realidade. O volume de açúcar que deixará de ser injetado pela indústria a partir de 2022, por conta da parceria entre indústria e Governo, chegará a 140 mil toneladas por ano. Trata-se de um montante ínfimo perto da produção da safra 2018/19, que deve alcançar 26 milhões de toneladas apenas nas unidades da região Centro-Sul. Mas se o bombardeio persistir, essa produção tende a perde mais espaço no mercado mundial, até porque a maioria da produção está centrada nos tipos VHP e VVHP. Urgência A vilanização do açúcar brasileiro é um problema para o qual o

Oficialmente, essa sobretaxa é de 15% sobre o primeiro 1,945 milhão de tonelada importada e de 50% sobre quaisquer importações fora dessa cota. O setor sucroenergético brasileiro é um dos principais parceiros comerciais da China e, assim, também o maior prejudicado. O Brasil responde por mais de 60% das importações chinesas de açúcar. Em agosto de 2018 o conselho de ministros da Câmara de Comércio Exterior (Camex) aprovou pedido de o Governo acionar a China. Em outubro, o Brasil iniciou pedido de consulta na Organização Mundial do Comércio (OMC) para contestar as medidas da China às importações de açúcar. O Acordo sobre Salvaguardas da OMC permite que esse tipo de tarifa seja adotado temporariamente para conter um aumento súbito e imprevisto das importações que possa prejudicar os produtores nacionais. Mas, de acordo com o governo brasileiro, a China quebrou 12 regras da OMC sobre salvaguardas, cinco regras sobre a administração da cota tarifária e 13 regras com seu sistema automático de licenciamento. A expectativa de lideranças do setor sucroenergético é de que China e Brasil cheguem a uma saída o quanto antes.

setor sucroenergético precisa despertar com urgência, avaliam especialistas ouvidos pelo JornalCana. Até porque há soluções para enfrentar essa guerra. Uma delas é diversificar a produção para tipos de açúcares como o de baixo índice glicêmico. Esses não elevam muito o açúcar no sangue, não estimulam a produção de gordura e aumentam

a sensação de saciedade. Esse tipo de açúcar já é produzido no Brasil. O Grupo Virgolino de Oliveira (GVO) fez parceria em 2018 com empresa detentora da tecnologia Nucane, que possui índice glicêmico de no máximo 55, bem abaixo dos 80 e 92 respectivos do açúcar mascavo e do refinado. A meta é chegar a 250 mil to-

neladas para serem distribuídas no mercado brasileiro sob a marca Nucane. O primeiro carregamento foi exportado no fim de 2018 para a Malásia. Nesta e nas páginas seguintes o JornalCana apresenta avaliações de lideranças do setor sucroenergético sobre a ‘guerra’ enfrentada pelo açúcar e como dar a volta por cima.

DIVULGAÇÃO

DELCY MAC CRUZ, DE RIBEIRÃO PRETO (SP)

CHINA E AS SOBRETAXAS

11

MARKETING SEGURO E CONFIÁVEL

Produto enfrenta ações condenáveis de países e campanhas que o tornam vilão. Mas é possível dar a volta por cima

Bombardeio de todo lado

MERCADO

Fevereiro 2019

com nosso marketing sua empresa alcança

quem decide no setor! conhecimento

PROCANA mídia impressa

O JornalCana é o mais lido do setor sucroenergético.

relacionamentos

eventos qualificados

pesquisa do ibope

Mais do que eventos de sucesso, uma completa estratégia de marketing

89% dos diretores e gerentes de usinas e destilarias indicaram o JornalCana como a primeira e mais lida publicação especializada do setor no Brasil.

Este hábito de leitura envolve empresários, executivos e

profissionais das usinas, desde o nível técnico até a

negócios

mídia online

São mais de 60.000 leitores na edição impressa e 500.000 na internet.

89%

+ 2000

DIRETORES E GERENTES DE USINAS E DESTILARIAS

PROFISSIONAIS NOS EVENTOS REALIZADOS EM 2018

dos leitores

presidência, além de autoridades, lideranças, pesquisadores

e empresas fornecedoras do setor.

Entre em contato

Telefone: (16) 3512.4300 E-mail: publicidade@procana.com.br

500.000 CIRCULAÇÃO EM TODO TERRITÓRIO NACIONAL

ACESSOS AO PORTAL JORNALCANA.COM.BR


MERCADO

Fevereiro 2019

“BOA PARTE DAS MEDIDAS DOS PAÍSES É ILEGAL”

MERCADO

Fevereiro 2019

Uma delas é investir na produção de açúcar com baixo índice glicêmico, revela Alberto Shintaku, integrante do ITC

Afirmação é do diretor executivo da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Única), Eduardo Leão, em entrevista ao JornalCana

Bombardeio de todo lado

Eduardo Leão, diretor executivo da Única, representa a entidade nas diversas tratativas internacionais em defesa do setor sucroenergético brasileiro. Nesta entrevista ao JornalCana, concedida na primeira quinzena de dezembro último, ele esperava, por exemplo, por um novo capítulo na ‘novela’ das salvaguardas impostas pela China. Como está hoje a ‘guerra’ contra o açúcar brasileiro? Eduardo Leão – Basicamente estamos vivenciando um aumento do protecionismo e de subsídios ao açúcar no mundo. Trata-se de um dos produtos mais protegidos mundialmente. O problema é que boa parte dessas medidas é considerada ilegal à luz das regras da Organização Mundial do Comércio (OMC) e o caminho tem que ser usar os meios formais de questionamento, que são por meio do órgão de solução de controvérsias da OMC. É o caso da Tailândia e da China? Exemplos disso são a Tailândia (que foi questionada pelo Brasil e estava, em dezembro, concluindo as reformas no seu regime, retirando as práticas condenáveis para evitar a instalação do painel na OMC), a salvaguarda na China e os subsídios aos produtores de cana e à exportação de açúcar na Índia.

como Austrália e Guatemala, de forma a aumentar a pressão sobre o governo indiano. São processos demorados? Sim. Sabemos que são processos demorados e custosos, mas é o melhor mecanismo de que dispomos. Apesar de não necessariamente solucionar no curto prazo, às vezes podemos conseguir um acordo exitoso. É o caso da Tailândia que se condenado fica impedido de continuar praticando tais medidas. A queda no consumo de açúcar é preocupante? A redução do uso do açúcar é uma realidade, principalmente nos países desenvolvidos. Mas ainda há um espaço pra crescimento de demanda principalmente na Ásia. A região tem a população que mais cresce no mundo e que tem passado cada vez mais a ter acesso a produtos industrializados. Lembro também que o consumo médio na região ainda é bem inferior à média mundial. E a vilanização? Há também um processo de vilanização muito grande contra o açúcar, responsabilizando-o por uma série de doenças não transmissíveis, quando na verdade o foco da discussão deveria ser na mudança dos hábitos alimentares como um todo e estilo de vida mais saudável.

ÍNDIA E OS SUBSÍDIOS INTERNOS 1 Na primeira quinzena de dezembro de 2018 a Câmara de Comércio Exterior (Camex) autorizou o Brasil a abrir consultas na OMC para questionar a política da Índia de apoio à exportação de açúcar. 2 Em outubro, o País já havia acionado a organização contra tarifas chinesas aplicadas a importação de açúcar. 3 Segundo a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Única), essa política gera uma perda bilionária às usinas nacionais. 4 A consulta do Brasil é no Órgão de Solução de Controvérsias da Organização Mundial do Comércio, em um passo que pode levar a um painel formal contra a Índia. 5 Citando levantamento da empresa Sidley Austin LLP, a Unica afirmou que a oferta adicional indiana na safra 2018/19 - em torno de 5 milhões de toneladas de açúcar - pode gerar queda nos preços internacionais de até 25,5 por cento. Com isso, somente o Brasil, maior exportador mundial do produto, teria perda de 1,3 bilhão de dólares em receita.

Como está o caso da China? O Brasil já iniciou o processo de painel, questionando a legitimidade da reserva. Em 18 de dezembro houve reunião de consulta em Genebra e demos mais um passo rumo a uma possível negociação. E o caso da Índia? No caso da Índia, tivemos a aprovação de abertura de painel pela Camex no começo de dezembro, com a formalização do processo. Trabalhamos também com outros países,

Leão, da Unica: “a redução do uso do açúcar é uma realidade, mas ainda há um espaço pra crescimento de demanda”

AÇÚCAR

6 "A suspeita é de que o apoio doméstico e os subsídios à exportação concedidos pelo governo da Índia têm causado impactos significativos no mercado mundial de açúcar, em um cenário de preços em queda e diminuição da produção nos principais centros - Brasil, China e Tailândia", afirmou o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços em nota na véspera da decisão da Camex.

Engenheiro de alimentos pela Unicamp e especialista em processos industriais, Alberto Shintaku é considerado um dos papas em pesquisas e tecnologias de açúcar. Trabalhou no então Centro de Tecnologia Copersucar (CTC) – hoje Centro de Tecnologia Canavieira - por 17 anos. Hoje é consultor autônomo e integra o Instituto de Tecnologia Canavieira (ITC) ao lado de outros experientes profissionais do setor sucroenergético. Confira a seguir entrevista que Shintaku concedeu ao JornalCana durante curso sobre fabricação de açúcar realizado em novembro último, em Ribeirão Preto, pela ProCana Sinatub. Como a indústria sucroenergética brasileira deve enfrentar as pressões cada vez maiores sobre o açúcar? É possível enxergar oportunidades para esse produto? Acredito que um dos vetores de oportunidade para o setor será produzir açúcar com baixo índice glicêmico, ou seja com índice de 55, enquanto a média do açúcar convencional passa de 80. Já existem alguns fabricantes desse tipo de açúcar no Brasil, caso da Nucane que realiza produções em unidade do Grupo Virgolino Oliveira (GVO). O consumo tende a cair com esse açúcar com baixo índice glicêmico? Não. Consome-se normalmente o açúcar sem que isso venha prejudicar a saúde das pessoas. Isso se o consumo for de forma racional e moderada. Há outras soluções diante as pressões mundiais enfrentadas pelo açúcar convencional? É preciso considerar o açúcar não somente pela sacarose, mas pela forma nutricional com que ela vem. Um exemplo é o açúcar brown, que hoje, no mercado, é o VHP ou o VVHP. Mas é possível não passar por eles, e fazer um açúcar com índice glicêmico um pouco mais baixo. Para se fazer açúcar com índice glicêmico mais baixo são

Essa redução é anual e equivale à produção de uma usina com moagem de 2 milhões de toneladas. Além do açúcar com baixo índice glicêmico, quais outros tipos de açúcar tendem a crescer. O orgânico? É um deles. O orgânico irá trazer características de índice glicêmico mais baixo porque ele traz em sua composição a presença de sais. Por isso, ao se ingerir o orgânico provavelmente se terá menos sacarose e menos glicose.

DIVULGAÇÃO

Bombardeio de todo lado

13

Dicas de especialista para vencer a guerra DIVULGAÇÃO

12

necessários altos investimentos industriais? Não. São necessários alguns procedimentos e esses exigem um desenvolvimento a ser feito. Não existe hoje um modelo pronto para se fazer açúcar com baixo índice glicêmico? Não. A Nucane, por exemplo, vem da Austrália. Mas a grosso modo trata-se do nosso velho VHP. Na verdade, seria preciso medir o índice glicêmico dele. Por que não se faz essa medição? Porque nunca nos preocupamos com o valor nutricional do açúcar. A qualidade do açúcar que se busca hoje está na sacarose. Como assim? Quanto maior o teor de sacarose mais apropriado seria o açúcar para adoçar. No entanto, quando se faz isso [obter maior teor de sacarose] há muito teor de glicose inserida. A sacarose, quando quebrada por hidrólise, libera uma quantidade grandiosa de glicose e aí o índice glicêmico sobe em um pico elevado no sangue, o que pode levar a complicações da saúde. Como fazer então?

Quando a liberação é feita de forma moderada, o pico de glicose é mais lento. Ou seja, leva-se um tempo maior para se liberar o açúcar ingerido e ele irá demorar mais tempo até chegar à corrente sanguínea. Isso irá permitir que o pâncreas produza a quantidade necessária de insulina para normalizar e transportar a glicose. Esse mecanismo está atrelado e é tecnologicamente possível de ser feito. O consumidor não sentirá mudanças com o açúcar com baixo índice glicêmico? Terá, por exemplo, de usar volumes maiores para obter mesmo resultado do açúcar convencional? Não. Hoje caminhamos para ter uma população mais propensa a frequentar academias. Muito possivelmente essa frequência fará com que se migre do açúcar branco para outros de menores teores. Mesmo que ele custe um pouco mais caro? Sim. Mesmo que custe um pouco mais caro. Acordo divulgado em dezembro último, e que reúne representantes da indústria de alimentos e governo, prevê redução de 144 mil toneladas de açúcar até 2022.

Diante a situação, o açúcar convencional está com os dias contados? Não. Ele é fonte de energia e só precisa ser consumido com moderação. Mas acredito que a demanda mundial por açúcar será mais rigorosa. Assim como acontece no Brasil [com redução gradativa no consumo], nos Estados Unidos deve ocorrer o mesmo. Mundialmente a população tem ficado obesa. Estatísticas da Organização Mundial da Saúde revelam que o avanço da obesidade é fenômeno mundial e não ocorre apenas em um e outro país. As portas, então, estão se fechando para o açúcar? Não sei se estarão fechadas para o açúcar. Mas temos que pensar de forma racional e achar solução. Qual o prazo para encontrar essa solução? Nos próximos dez anos? Acredito que será preciso achar a solução em menos tempo que isso. Para tanto, precisamos ter fundamentalmente centros de pesquisas trabalhando nisso. Não temos? Não. Como o ITC pode colaborar? O ITC, na verdade, conta com profissionais experientes de alto nível de conhecimento. Mas não tem recursos como centro de pesquisas. Uma saída nesse sentido seria ter esses profissionais trabalhando com aporte da própria indústria sucroenergética? Sim. Seria salutar tanto para os profissionais quanto para a indústria.


14

MERCADO

Fevereiro 2019

MERCADO

Fevereiro 2019

15

NO ONES CARES/UNSPLASH / DIVULGAÇÃO

Lideranças do setor fazem suas avaliações Roberto Hollanda Filho, da Biosul, e Mário Campos, da Siamig, comentam sobre a situação e oferecem estratégias

A oferta de milho em 2019 deverá crescer no Brasil e em outros países produtores

FOTOS DIVULGAÇÃO

“BRASIL PRECISA SE POSICIONAR” "É muito importante que o Brasil se posicione com relação ao que tem ocorrido no mercado internacional do açúcar. Defendemos uma concorrência justa e leal, porém as decisões do governo Indiano têm afetado diretamente outros players do mercado e isso precisa ser revisto. Com relação aos impactos do açúcar na saúde, é importante o consumidor estar atento ao seu bem-estar, as suas recomendações médicas e principalmente a informação de qualidade. Na mídia o açúcar se tornou o grande ‘causador’ dos problemas de saúde do ser humano, contudo temos pesquisas nos Estados Unidos que mostram a redução no consumo do açúcar e o aumento de casos de obesidade na população, ou seja, o açúcar nem sempre é o grande vilão como muitos indicam, pelo contrário, é um energético essencial."

“ASSUNTO PRECISA SER DISCUTIDO DE FORMA GLOBAL”

Roberto Hollanda Filho, presidente da Associação de Produtores de Bioenergia do Mato Grosso do Sul (Biosul)

“O setor precisa encarar de frente o problema das interferências governamentais no sistema produtivo e está mobilizado neste sentido. Já houve uma decisão do governo federal de iniciar contestação no âmbito da OMC tanto no caso da Índia quanto da China, assim como já ocorreu no passado em relação à Tailândia e a União Europeia. Essa ação é importante porque esses dois países são grandes produtores e também estão na região onde ocorre o maior aumento de consumo do produto no mundo e que está dando sustentação à demanda do mesmo. Senão houver interferência estatal na produção de açúcar, o Brasil será beneficiado, pois os mercados serão majoritariamente abastecidos pelo país, devido a sua importante posição de liderança em relação à quantidade e eficiência na produção. Sobre a questão da crítica ao açúcar referente à saúde é um assunto que envolve o mercado interno e principalmente os mercados de países

desenvolvidos, por isso é extremamente importante que o país faça alianças, seja com a indústria de alimentação e os produtores de outros países, pois esse assunto precisa ser discutido de forma regional e global. Mário Campos, presidente da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig)

Oferta de milho em alta favorece o etanol Produção do biocombustível no Brasil deve chegar a 1 milhão de metros cúbicos em 2019, quase o dobro do processado entre abril e dezembro de 2018 A oferta de milho deverá crescer na temporada 2018/19 no Brasil e no mundo. Apenas em território brasileiro, a produção do cereal saltará 2,1% ante o ciclo 17/18, segundo a Conab, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), chegando a estimadas 27,37 milhões de toneladas. A expansão na oferta de milho favorece também as unidades produtoras que fazem etanol a partir do cereal. Em seu levantamento com dados entre 16/04/18 a até 1º de janeiro, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) destacou que a produção acumulada somava 512,8 mil metros cúbicos de etanol. O montante produzido deve alcançar 1 milhão de metros cúbicos em 2019, conforme previsão de Tarsilo Rodrigues, diretor da comercializadora Bioagência, apresentada no Congresso de Bioenergia da Udop em novembro passado em Araçatuba (SP). A projeção de 1 milhão de metros cúbicos, conforme Rodrigues, leva em conta a entrada de novas plantas produtoras, assim como a expansão de outras. Hoje situadas basicamente em Goiás e em Mato Grosso, onde há grande oferta de milho, as unidades de etanol do cereal expandem suas fronteiras.

COMO DEVE FICAR A OFERTA DO CEREAL

Novas unidades em 2019 Em estados tradicionais de produção de etanol de milho, há a chegada de novas unidades como a da Inpasa de Paraguai S/A, em fase de implantação em Sinop (MT). A FS Bioenergia terá sua segunda planta de etanol de milho no MT localizada em Sorriso. A primeira, que opera desde 2017, fica em Lucas do Rio Verde. Já Goiás deverá ganhar duas plantas de etanol de milho em 2019. André Rocha, presidente do Sifaeg, representante do setor no estado, revelou em dezembro que o estado passará a contar com unidade da Cerradinho Bio e da Santa Helena. “Em 2018 já tivemos a entrada em operação da unidade de milho da Usina Caçu”, disse ele em evento com a participação do JornalCana.

Em Paraná e em Minas Miguel Rubens Tranin, presidente da Alcopar, entidade representativa do setor sucroenergético no Paraná, disse para o JornalCana que a entrada de destilarias a milho no estado é apenas questão de tempo. “Temos oferta

A expansão das unidades produtoras de etanol de milho e de fontes proteicas como DDGs, com alto valor agregado, depende muito da oferta do cereal. Por isso mesmo a previsão da Conab, de oferta 2,1% maior no anosafra 18/19, favorece o setor. Essa previsão de alta ocorre devido ao aumento de 0,8% na área e de 1,3% na produtividade média. Em relatório, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, destaca que até o início de dezembro as boas condições climáticas haviam favorecido o desenvolvimento das lavouras de milho verão nas principais regiões produtoras. No entanto, agentes estão receosos quanto aos impactos do clima quente e seco sobre a produtividade registrados em dezembro. Elevação O Cepea, contudo, está otimista para a temporada 2018/19, para quem é esperado aumento na oferta de milho no Brasil e no mundo. No Brasil, segundo a instituição, a elevação deve ocorrer devido aos maiores patamares de preços do cereal nos últimos meses e ao rápido semeio da soja na primeira safra, que favorecerá o cultivo da segunda temporada de milho. Com isso, deve haver aumento dos excedentes internos, mesmo com maior consumo, o que pode pressionar as cotações. Já em termos mundiais, porém, a demanda deve aumentar mais que a oferta, pressionando os estoques e podendo elevar os preços internacionais. Espera-se, também, aumento nas transações internacionais, o que deve ser uma boa alternativa para as exportações brasileiras.

do cereal para isso e já negociamos”, comentou. Minas Gerais também se prepara para entrar na produção de etanol de milho. A Bevap, com unidade no município de João Pinheiro, deve iniciar a fabricação do biocombustí-

vel a partir do cereal no mais tardar em 2020. A informação foi revelada para o Jornal Cana por Gilmar Galon, gerente de divisão industrial da empresa. Leia mais sobre a Bevap em entrevista com Gilmar Galon nesta edição.


16

MERCADO

Fevereiro 2019

Consumo do grão também deverá crescer Previsão é de alta de 4,4% em 2019, segundo o Cepea, da Esalq/USP, e é explicada pela crescente industrialização do cereal pelas unidades de etanol PEDRO DEVANI/SECOM / DIVULGAÇÃO

O Cepea, da Esalq/USP, projeta que o consumo interno de milho em 2019 é estimado em 62,5 milhões de toneladas, elevação de 4,4% em relação à temporada anterior. Essa alta também é projetada por conta da industrialização crescente do cereal, inclusive com novas iniciativas de produção de etanol de milho na região Centro-Oeste e a elevada produção de ração animal. A soma da produção do milho verão ao estoque de passagem, estimada pela Conab em janeiro, estava em 15,8 milhões de toneladas ao final de janeiro/19, o que indica suprimento de 43,15 milhões de toneladas para o primeiro semestre. Este volume é equivalente a 69% do consumo doméstico no ano, cenário que deve favorecer compradores. Para a segunda safra, a perspectiva também é de aumento na área, devido ao semeio do cereal dentro da “janela ideal”. Isso mantém a perspectiva do potencial produtivo da cultura.

A produção de milho também deverá crescer nos Estados Unidos, em projeção de mais 2,2% ante o ciclo anterior

PRODUTIVIDADE REPETE CICLO ANTERIOR A Conab mantém as estimativas de área da temporada anterior em relação a produtividade. Significa que ela terá média de 5,51 t/ha. Com isso, a produção do milho segunda safra 2018/19 está projetada em 63,73 milhões de toneladas, aumento de 18% frente à temporada anterior. Caso as estimativas da Conab se concretizem, a produção total de milho deve atingir 91,10 milhões de toneladas. Apesar da expectativa de produtividade elevada no campo, produtores estão atentos à probabilidade de El Niño em 2019. Caso esse cenário se confirme, as chuvas menos frequentes no Centro-Oeste podem impactar o desenvolvimento das lavouras, relata o Cepea. Oferta mundial Em termos mundiais, em seu relato o Cepea explica que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estima que a produção deva atingir 1,099 bilhão de toneladas, elevação de 2,2% em relação à temporada anterior.

Ranking GPTW Melhores Empresas para Trabalhar Agronegócio 2018! Participe do evento de premiação das melhores do Agronegócio 2018 e descubra o que elas fazem para ser destaque no setor que mais cresce no Brasil. Dia 29 de Abril de 2019, na cidade de Ribeirão Preto!

Ranking na edição de Maio:

Fevereiro 2019

MERCADO

17


MERCADO

Fevereiro 2019

Etanol de milho entra no foco da Logum LOGUM

SISTEMA EM OPERAÇÃO DA LOGUM

EXTENSÃO DO DUTO AO MATO GROSSO

Goiás e Mato Grosso, no Centro-Oeste, alguns dos maiores produtores de grãos do país, disse ele, acrescentando que os novos incen-

tivos aos biocombustíveis que entrarem em vigor em 2020 deverão ajudar a impulsionar a demanda por etanol.

Em entrevista, o CEO da Logum, Wagner Biasoli afirmou que o próximo passo será atingir os estados do Centro-Oeste, polo brasileiro na produção de grãos. A iniciativa antecipa a mudança na legislação de incentivos aos biocombustíveis, prevista para entrar em vigor em 2020. Durante sua entrevista para a imprensa, Biasoli conta que passou por Mato Grosso recentemente e que existe a possibilidade de estender o duto para Cuiabá. A intenção, disse, ocorre porque a Logum prevê que, muito em breve, o estado será responsável pelo beneficiamento de 1 bilhão de litros de etanol de milho por ano, aumentando ainda mais essa produtividade até 2023. “O Estado deve chegar a 5 bilhões de litros nos próximos três a cinco anos”, comentou.

USINA 4.0 COM GANHOS REAIS, SÓ COM O S-PAA!

by JÁ SÃO 22 PLANTAS INSTALADAS, COM LAÇOS FECHADOS E PDCA ONLINE QUE GERAM GANHOS IMEDIATOS E PAYBACK INFERIOR A 90 DIAS! WWW.PROUSINAS.COM.BR

19

A BIOELETRICIDADE EM 12 DESTAQUES Gerente de bioeletricidade da Unica e professor da FGV, Zilmar José de Souza detalha informações da energia de biomassa de cana-de-açúcar em 2018 e faz projeções para 2019

Com aporte de R$ 1,8 bilhão do BNDES, empresa anuncia investimentos em suas operações de transporte de biocombustível por duto A Logum Logística, empresa que tem como acionistas Petrobras, Raízen, Copersucar e Uniduto, mira o etanol de milho para expandir suas operações. A empresa obteve recentemente aprovação de financiamento de R$ 1,8 bilhão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Segundo informação do BNDES em 08/01, o montante será empregado para a implantação da infraestrutura dutoviária e de armazenamento do Sistema Logístico de Etanol. Em entrevista para a imprensa, Wagner Biasoli, CEO da companhia, disse que a Logum garantiu financiamento para uma expansão para ligar novas usinas no Estado de Minas Gerais, impulsionar a entrega para São Paulo e atingir capacidade total de 6 bilhões de litros por ano. Em seguida, estão os Estados de

MERCADO

Fevereiro 2019

1 Em 2018, a bioeletricidade ofertada para a rede foi equivalente a atender mais de duas vezes o consumo de energia elétrica do Uruguai ou do Paraguai.

5 A maior previsibilidade e disponibilidade da bioeletricidade no período seco fazem com que o volume fornecido à rede pela biomassa, ao longo de 2018, seja equivalente a ter poupado 18% da energia armazenada total nos reservatórios das hidrelétricas do submercado Sudeste/ Centro-Oeste

9 Tal política setorial deve primar por diretrizes gerais envolvendo o esforço conjunto de agentes públicos e privados, dentre elas: • Esforços para uma contratação regular e crescente para a bioeletricidade e biogás, com preços adequados nos leilões regulados: 2018 foi o 3º pior ano de contratação de novos projetos nos leilões regulados promovidos pelo Governo Federal, desde sua implantação em 2005. Precisamos promover leilões no ambiente regulado para a biomassa (e continuidade na contratação), com preços remuneradores, incorporando as externalidades da bioeletricidade e as características de cada projeto (retrofit; greenfield; aproveitamento da palha e bagaço; geração de biogás etc.). • Fortalecimento do mercado livre e equacionamento da atual judicialização nas liquidações financeiras no Mercado de Curto Prazo (MCP): desde 2015, os geradores à biomassa não conseguem receber adequadamente pela geração excedente à comprometida em seus contratos.

2 Em 2018, a estimativa é que a fonte biomassa em geral (incluindo as diversas biomassas) tenha produzido 26.563 GWh para o Sistema Interligado Nacional (SIN), volume 4% superior ao mesmo período em 2017, conforme levantamento da Unica a partir de dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

6 A bioeletricidade, cujo predomínio do combustível de geração está no setor sucroenergético (mais de 80% do total), é caracterizada como sazonal, mas não uma fonte intermitente, no estrito senso da operação do SIN, revelando sua importância estratégica para o SIN.

10 Estimulada pelo RenovaBio, a Política Nacional de Biocombustíveis, e um ambiente de negócios favorável no setor elétrico, a bioeletricidade sucroenergética para a rede tem potencial para crescer mais de 50% até 2027, no horizonte do recente aprovado Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2027).

3 Essa geração pela biomassa equivale a abastecer 14 milhões de residências ao longo do ano, evitando a emissão de quase 8 milhões de tCO2, marca que somente consegue-se com o cultivo de 55 milhões de árvores nativas ao longo de 20 anos.

7 Contudo, ainda aproveitamos apenas 15% do potencial de geração da biomassa no país. Apenas no setor sucroenergético, se houvesse o aproveitamento pleno da biomassa atualmente presente nos canaviais, a bioeletricidade teria potencial técnico para chegar a 146 mil GWh, mais de 5 vezes o volume ofertado em 2018 pela fonte biomassa em geral, o que representaria atender mais de 30% do consumo de energia no SIN.

11 Ainda assim, passaríamos a aproveitar apenas 17% do potencial técnico dessa fonte de geração em 2027, demonstrando que existem grandes oportunidades para a bioeletricidade, sobretudo nos canaviais brasileiros.

4 Esses 26.563 GWh são também praticamente equivalentes ao consumo anual de energia elétrica da cidade de São Paulo ou a atender mais de duas vezes o consumo anual de energia elétrica de um país do porte do Uruguai ou Paraguai.

8 Para diminuirmos o hiato entre a geração efetiva de bioeletricidade e seu potencial é importante uma política setorial estimulante e de longo prazo para a bioeletricidade, com diretrizes claras e de continuidade, buscando garantir o pleno uso eficiente deste recurso energético renovável na matriz de energia do país.

12 A melhoria no ambiente de negócios para a bioeletricidade em 2019, com uma política setorial de incentivo ao investimento, é essencial para contribuir também para o desenvolvimento e sucesso do RenovaBio, que será traduzido na expansão da produção de etanol no Brasil. Etanol e bioeletricidade são produtos coirmãos e precisam de ambiente de negócios atraente para seu desenvolvimento e aproveitamento de seus incríveis potenciais disponíveis para a sociedade civil.

INFOGRÁFICO: GASPAR MARTINS | FOTO DIVULGAÇÃO

18


20 MERCADO

Fevereiro 2019

MWH PELO PLD DEVE VALER R$ 142

MERCADO

Fevereiro 2019

Balança comercial confirma saldo negativo

FURNAS / DIVULGAÇÃO

Valor médio para o indicador de venda de eletricidade no spot é projetado para 2019 pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE)

Usina de Furnas: sistema hidrelétrico é o grande responsável pelo abastecimento energético do país

DA REDAÇÃO

O Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) deve ter valor médio de R$ 142 por megawatt-hora (MWh) em 2019. A estimativa é da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Segundo a CCEE, a projeção leva em conta expectativa menos otimista do cenário hidrológico. Esse cenário impacta diretamente no PLD médio projetado para 2019, que sai dos R$ 89/MWh projetados anteriormente para R$ 142/MWh no submercado

Sudeste/Centro-Oeste. A CCEE destaca que apesar desta elevação no PLD médio projetado, a previsão para 2019 é mais otimista do que o resultado de 2018. No submercado Sudeste, por exemplo, o PLD médio do ano passado ficou em R$ 288/MWh. Ou seja, há uma

expectativa da redução de 50% no preço. “O mês de dezembro apresentou déficit de chuvas em todo país. Houve, na primeira semana do mês, uma convergência de umidade que fez com que Sul e Sudeste tivessem afluências acima da média. Também

21

PORTO DE SANTOS / DIVULGAÇÃO

ALÍVIO SAZONAL Em janeiro, segundo a CCEE, as afluências esperadas ficaram acima da média apenas no Norte (105%). Sudeste (82%) e Sul (80%) permaneceram próximas à Média de Longo Termo (MLT), enquanto a região Nordeste (47%) apresentou índice bem abaixo da MLT. As condições mais positivas de hidrologia, principalmente no Sudeste, impactaram nos níveis iniciais de armazenamento dos reservatórios do Sistema. “Quando comparamos os níveis registrados em 31 de dezembro, frente ao início do mesmo mês, observamos um aumento de 3.5 p.p. no Sudeste (27,6%), de 5 p.p.no Norte (27,3%) e de 9.9 p.p no Nordeste (40%). No Sul (59,4%) houve queda de 10.3 p.p. nos níveis dos reservatórios”, explica Camila.

ocorreu precipitação no Nordeste, o que reduziu a produção eólica. Já na segunda e terceira semanas, se verificou redução das chuvas e consequente aumento da carga, em decorrência do uso de refrigeração”, afirma Camila Giglio, da gerência de preços da CCEE.

Queda nas exportações de açúcar e de etanol em valores foi de 31,7% em dezembro, ante mesmo período de 2017, segundo o Ministério da Agricultura DA REDAÇÃO

A redução das exportações de açúcar em 2018, por conta da menor produção e da maior disponibilidade de estoques externos, já era esperada. Ao longo da safra de cana-de-açúcar 2018/19, as unidades produtoras migraram o mix para a maior produção de etanol. Os efeitos desse comportamento produtivo, mais os do próprio mercado, impactaram na balança comercial do setor sucroenergético. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) apresenta o balanço referente ao mês de dezembro de 2018 por meio de dados apurados junto a órgãos relacionados do próprio governo federal. Quebra O saldo da balança de exportações do setor sucroenergético foi negativo em 31,7% no mês de dezembro. Conforme o levantamento, os produtos do complexo sucroalcooleiro – que é como estipula o Mapa – totalizaram US$ 502,358 milhões em exportações no mês de dezembro. No mesmo período de 2017, as vendas externas do setor somaram US$ 742,993 milhões, alta de 31,7% sobre dezembro de 2018. Importações Em relação às importações, o complexo sucroalcooleiro somou US$ 40,404 milhões em dezembro de 2017, contra US$ 75,555 milhões no mesmo mês de 2018. Sendo assim, as importações cresceram 87% entre dezembro último e o mesmo período de 2017. O levantamento do Mapa destaca, também, que o saldo da balança comercial do setor sucroenergético ficou em US$ 431,803 milhões em dezembro de 2018. Esse montante resulta da diferença dos volumes financeiros decorrentes das exportações (US$ 502,358 milhões) ante as importações (US$ 75,555 milhões).

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio Balança do Agronegócio – Dezembro/2018 A soja Comercial foi o produto mais exportado pelo

Porto de Santos em 2018, seguida do açúcar, cujos embarques somaram 15,06 milhões de toneladas, queda de 27% ante o acumulado de 2017

IMPORTAÇÕES SOMAM US$ 1,13 BILHÃO

I – Resultados do mês (comparativo Dezembro/2018 – Dezembro/2017)

Exportações do agro registram recorde

As exportações do agronegócio brasileiro atingiram o montante de US$ 8,69 bilhões em dezembro de 2018, As exportações do agronegócio brasileiro bateram novo em valor para houve o mêsincremento dezembro. estabelecendo o novo recorde em valor para o mês. Em relação aorecorde recorde anterior de 2011, de 21,1% ou, em valores absolutos, US$ 1,51 bilhão. Com esse desempenho, a participação do agronegócio no total No último mês de 2018, as vendas externas do agro atingiram US$ 8,69 bilhões. exportado pelo subiuanterior de 39,4%de em2011, dezembro de 2017 para 44,4% dezembro devalores 2018. Noabsolutos, que se refere Em relação aoBrasil recorde houve incremento de em 21,1% ou, em às importações agropecuárias, verificou-se diminuição de 4,2% no caindo no de US$ bilhão em 2017 US$ 1,51 bilhão. Com esse desempenho, a participação doperíodo, agronegócio total1,18 exportado pelo para US$ 1,13 bilhão no mês analisado. Dessa forma, o saldo da balança comercial do agronegócio em dezembro Brasil subiu de 39,4% em dezembro de 2017 para 44,4% em dezembro de 2018. de 2018 foi de US$ 7,56 bilhões, o maior superávit comercial registrado para mês desde o início da série histórica No que se refere às importações agropecuárias, verificou-se diminuição de 4,2% no período, (1997).

caindo de US$ 1,18 bilhão em 2017 para US$ 1,13 bilhão no mês analisado. Dessa forma, o saldo

da–balança do agronegócio em dezembro de 2018 foi de US$ 7,56 bilhões, o maior I.a Setores comercial do Agronegócio superávit comercial registrado para mês desde o início da série histórica (1997).

Os cinco principais setores do agronegócio, em relação ao valor exportado em dezembro de 2018, foram: complexo Ranking soja, com US$ 2,28 bilhões e 26,2% de participação; produtos florestais, com US$ 1,44 bilhão e participação de 16,5%; carnes, com US$ 1,30 bilhão e participação de 14,9%; cereais, farinhas e preparações, Os cinco principais setores do agronegócio, em relação ao valor exportado em dezembro de 2018, com US$ 803,54 milhões exportados e market share de 9,3%; e o setor cafeeiro, com vendas externas de US$ foram:milhões complexo soja, comdeUS$ 2,28 bilhões e 26,2% de participação; produtos florestais, com US$ 608,83 e participação 7,0%.

1,44 bilhão e participação de 16,5%; carnes, com US$ 1,30 bilhão e participação de 14,9%; cereais,

farinhas e preparações, comsetor US$do803,54 milhões e market share de de2018, 9,3%;com e o osetor O complexo soja foi o principal agronegócio emexportados valor exportado em dezembro montante de US$ 2,28 bilhões. Emexternas comparação mesmo mês do ano e anterior (US$ 1,19 cafeeiro, com vendas de ao US$ 608,83 milhões participação debilhão), 7,0%. observou-se incremento de 91,7%. No que se refere ao quantum negociado, houve elevação de 91,1%, saltando de 3,1 milhões de toneladas em dezembro de 2017 para 5,9 milhões de toneladas em 2018. O principal produto do setor foi a soja em grãos, com vendas externas recordes para os meses de dezembro de US$ 1,64 bilhão e crescimento de 79,4% em relação ao mesmo mês de 2017 (US$ 913,02 milhões). Tal expansão foi derivada do incremento da Já em dezembro de 2017, a balan- rentes das exportações (US$ 742,993 quantidade comercializada, que aumentou 79,6% no período, enquanto o preço médio do produto brasileiro negociado no mercado externo apresentou variação negativa de 0,1%. números absolutos, milhões) ante as Em importações (US$ o quantum ça comercial totalizou US$ 702,589 negociado passou de 2,36 milhões de toneladas em dezembro de 2017 para o volume recorde de 4,23 milhões de 40,404 milhões). milhões, resultado dos valores decortoneladas em dezembro de 2018 (+79,6%). Em seguida, destacaram-se as vendas externas de farelo de soja, com a soma recorde de US$ 609,08 milhões e a quantidade também recorde de 1,61 milhão de toneladas. Em valor, houve crescimento de 158,0% em relação aos números de dezembro de 2017 (US$ 236,11 milhões), enquanto em volume registrou-se elevação de 138,7% sobre as 674,06 mil toneladas do período anterior. Já a

No que se refere às importações do agronegócio, como já mencionado, atingiuse a soma de US$ 1,13 bilhão. Os principais produtos adquiridos no mês foram: trigo (US$ 145,18 milhões e +79,2%); álcool etílico (US$ 72,65 milhões e +91,3%); malte (US$ 49,90 milhões e -17,4%); papel (US$ 46,98 milhões e -23,2%); salmões frescos ou refrigerados (US$ 42,89 milhões e +5,4%); vestuário e outros produtos têxteis de algodão (US$ 39,31 milhões e +19,7%); óleo de palma (US$ 31,31 milhões e -31,0%); azeite de oliva (US$ 30,70 milhões e -30,4%); outros filés de peixe congelados (US$ 29,56 milhões e +4,0%); e vinho (US$ 29,53 milhões e -9,0%).


22

AGRÍCOLA

Fevereiro 2019

Fertiláqua apresenta programa que aumenta rentabilidade FOTOS DIVULGAÇÃO

A Fertiláqua, um dos maiores grupos de nutrição, fisiologia de plantas e revitalização de solo, traz em seu portfólio para cana-de-açúcar o Programa Construindo Plantas – PCP 360 que tem como objetivo buscar a máxima eficiência do sistema produtivo. Com as tecnologias certas para cada etapa, o Programa inicia na revitalização do solo, reequilibrando a microbiologia, melhorando aspectos químicos, físicos e biológicos do solo. Atua também nas importantes fases do ciclo fenológico da cana, como: brotação das gemas, produção de raízes, desenvolvimento vegetativo e stand adequado de plantas, aumentando a produtividade, qualidade do canavial, sustentabilidade e rentabilidade. Edson Carlos Lopes é produtor de cana-de-açúcar há 20 anos na região de Colina/SP e há pouco menos de um ano vem trabalhando com as tecnologias da Fertiláqua, incluindo o uso da Linha Longevus – desenvolvida especificamente para o setor. Segundo ele, desde o início do uso das soluções foi perceptível a diferença na brotação da

10 MERCADO Fevereiro 2019

Dezembro 23 2018 AGRÍCOLA

Energy Cana proporciona maior desenvolvimento PARTILHAR CONHECIMENTOS É UMA REGRA vegetativo e produtividade DIVULGAÇÃO

PCP

PCP

cana, com uniformidade e coloração verde mais intensa, e no porte e no tamanho das plantas. “A intenção do Grupo Lopes, com a Fazenda Boa Esperança, é crescer verticalmente, ou seja, aumentar a produtividade (TCH) na mesma área que temos hoje. Observando também dados tecnoló-

Padrão

Padrão

gicos, como o ATR (Açúcar Total Recuperável), que acreditamos que possa trazer mais resultados satisfatórios, pois o canavial com Longevus está se mostrando, desde o plantio, um desempenho melhor, no mesmo solo, variedade e tratos culturais”, explica. O produtor espera aumentar sua

Edson Carlos Lopes, produtor de cana-de-açúcar

PCP360 (Tensor Max, Longevus Planta e Energy Cana) x Padrão, ambas após passar por um período de estresse. A cana com PCP360 Longevus apresenta mais raízes e folhas abertas (maior tolerância ao estresse hídrico).

produtividade em mais de 10 toneladas por hectare. “Já realizamos nesse mês a segunda aplicação de Energy Cana (foliar) e a diferença para a área padrão é discrepante. Utilizamos diversas tecnologias do mercado, porém, a Longevus foi a que mais se destacou até hoje entre todas”, conclui Lopes.

Com coragem e competência os desafios acabam virando rotina. Assim pensamos. Assim fazemos.

Excelência gráfica, sem limites.

Sistemas de Impressão: Offset Plana • Offset Rotativa • Offset Digital

Fone (16) 2101-4151 Ribeirão Preto - SP www.saofranciscograf.com.br

Produtor de cana, Daine Frangiosi investe Solução faz parteem pesquisas foco em da Linha com Longevus produtividade e divide desenvolvido pela as informações com os Fertiláqua fornecedores

A produção de cana-de-açúcar dessa safra foiDaine reavaliada, umaFranvez O produtor Anderlei que os canaviais brasileiros sofreram giosi tem as típicas características do com a estiagem prolongada, princifornecedor de cana-de-açúcar. Aspalmente Sudeste, nos mesim comonaa região maioria dos produtoses de abril e maio de 2018. res, fica 100% atento à gestão dos A redução na está produção no cecanaviais, sempre por perto da nário nacional pode chegar a 6%, equipe de profissionais e de forneceaproximadamente 35 milhões todores e começa a trabalhar tãodelogo o que equivale, por exemplo, oneladas, sol surge. a praticamente Há 16 anos toda Dainea produção administradoa estado do Paraná. Fazenda Santo Inácio Jaborandi, em A falta de chuvas no canaviais período Campo Florido (MG). Os citado, somadasão aos100% já conhecidos da propriedade direcionaefeitos invernoprodutora seco e frio da dos parado a unidade da Usimaioria das áreas produtoras, acarna Coruripe localizada no município. retaram umadevisível Com área 4,4 milredução hectares,noa desenvolvimento vegetativo das Santo Inácio é uma das fornecedoras plantas, atrasando assim o desende matéria-prima para a unidade, que volvimento dos canaviais.

DIVULGAÇÃO

entrou em operação em 2000 apenas com cana de fornecedores parceiros. Motivo de celebração no setor sucroenergético pelos resultados obtidos, esse sistema de parceria prossegueNo atéentanto, hoje. as boas chuvas de outubro e contratos novembrogarantidos tiraram a de cultura Com vendo grave estresse hídrico, e as plantas da da cana, os fornecedores bem que já estão aptas a receberem aplicações poderiam afrouxar na gestão do nede soluções que minimizar gócio. Mas isso estápodem longe de aconteas perdas cer. Daine,pronunciadas, por exemplo,propiciando dedica menovos ganhos e, por consequência, tade de seu tempo profissional para a recuperação da produtividade dos

a fazenda e a outra metade investe em pesquisas com foco em ganho de produtividade. Admirador de pesquisas, Daine investe em trabalhos novos ligados a canaviais afetados. cana-de-açúcar. “Como na parte de A Fertiláqua, umaos das maiores extensão de campo professores empresas de nutrição, fisiologia de das instituições não têm como vir plantas e revitalização de solo, deao campo, eu vou até as instituições senvolveu o Energy Cana, os umprojefertipara conhecer e estudar lizantediz. foliar de última geração, com tos”, bioestimulantes (ácidos em orgânicos Esse investimento infore aminoácidos) e complexo nutri-

mações, no entanto, extrapolam as fronteiras da Santo Inácio Jaborandi. cional, o qual expressivo O produtor de promove Campo Florido faz ganho dedemassa verde, impactando questão partilhar o que aprende positivamente na produtividade e na para outros produtores. qualidade prima. Apenasda emmatéria 2018, ele realizou 135 Segundo Alan Borges, gerente trabalhos focados na safra de cana de desenvolvimento da Fertiláqua, 2018/19. Esses conteúdos baseiam o produtodeé doutorados recomendado ser trabalhos em para instituiaplicado entre os meses de novemções como a Esalq, da USP, em Pibro a fevereiro, período queem as racicaba, e os campus da em Unesp plantas estãoe com alta atividade meJaboticabal em Botucatu, no intetabólica. rior paulista. Fora do universo acadê“Com utilização Energy mico, Dainea faz questão do de partilhar Cana, os danos causados pelo peo conhecimento que adquire. ríodo seco serão minimizados,pratiuma Palestras e apresentações vez que ocupam reduzirá aoagenda atraso do no prodecamente senvolvimento vegetativo da canadutor. Em novembro, entre outros -de-açúcar, através do aumento da compromissos, ele participou em um atividade fisiológicadedas plantas dia de apresentação produto de e também por proporcionar um um grande fornecedor em Campo maior número folhas fotossinteFlorido e no diadeseguinte estava em ticamente ativas’’, explica. Quirinópolis, em Goiás, para palesincremento produtitra Além sobre de manejo da canadepara altas vidade, o Energy Cana melhora o deprodutividades. senvolvimento dosetor sistema radicular, Referência do sucroenergéetico complementa a ação dos condicioem gestão canavieira, Daine, de nadores de solonão da admite, linha Longevus, 43 anos idade, mas já é auxiliando na do solo, conhecido no revitalização País como professor bem como no aumento da longevida cana. dade dos canaviais.


AGRÍCOLA

Fevereiro 2019

DICAS PARA MANTER TCH DE TRÊS DÍGITOS DIVULGAÇÃO

Mesmo na safra 2018/19, com canavial de 4,1 cortes, Fazenda Santo Inácio registrou TCH de 111,09. Entenda os motivos A Fazenda Santo Inácio Jaborandi, em Campo Florido (MG), é um case agrícola do setor sucroenergético. A produtividade de três dígitos é um destaque. Começou na safra 2013/14 e veio para ficar. Mesmo na 18/19, com canavial de idade média de 4,1 cortes, a média de TCH foi de 111,09. A Santo Inácio esbanja também resultados em toneladas de açúcar por hectare (TAH). Na safra 18/19, afetada pela estiagem em boa parte do ano passado, a média foi de 14,97. Esse resultado, que reflete a queda de ATR para 134,8 quilos por tonelada, ainda assim só perdeu para as duas safras anteriores, quando o

tigas. O conceito é seguir a seguinte ordem de colheita, colher toda cana planta, depois as socas de segundo, terceiro e assim sucessivamente. O objetivo desse manejo é alcançar melhores ganhos de produtividades, proporcionados pela estabilidade, longevidade e mitigação do estresse hídrico do canavial.”

ATR, o TAH e o TCH foram superiores. Por trás desse saldo positivo está a gestão do manejo agrícola, a cargo de Daine Anderlei Frangiosi. JornalCana apresenta a seguir avaliações e projeções do produtor que ajudam a explicar porque a Santo Inácio alcança expressivos resultados. Matriz do terceiro eixo “Investimos na Matriz 3D, ou Matriz do Terceiro Eixo criada pelo Instituto Agronômico (IAC). Fazemos a gestão em colher os canaviais seguindo a lógica da idade da cana. Iniciando a safra com as canas mais novas e finalizando com as mais an-

Trazer os conceitos das culturas dos cereais para a cana “Em toda palestra, prezo muito que se migre os conceitos da cultura de cereais para a da cana. A cana é uma cultura tão sensível quanto qualquer outra, portanto merece todos tipos de cuidados. Dificilmente um sojicultor deixa de ir no campo para ver se há necessidade de aplicar fungicida, inseticida, adubação complementar, etc. Na cana invisto no conceito de que devemos respeitar e seguir rigorosamente os “times” de aplicações e manejos. Acompanhar o canavial bem de perto, levantamentos constantes.” É preciso entrar no canavial “A regra é a seguinte: a tomada de

decisão vem do campo, todos devem entrar no canavial. Os conceitos de reuniões para tomada de decisões de planejamento, não podem vir só de dentro de salas de escritório. Tem-se de começar a fazer encontros dentro do canavial. Costumo dizer que a planta só falta falar, tudo ela mostra por sintomas visuais suas exigências. Portanto, tem que sujar a botina, para coletar as informações necessárias e agir com maior eficiência.” Prezar a sanidade foliar é regra “Manter a qualidade de folha é um fator muito importante, sendo que esta é a biofábrica da cana. Através das folhas, todo sistema de fisiologia é ativado, na qual, gera energia para crescimento e maior síntese de açúcar para ser armazenado nos colmos. O uso de tecnologias como a utilização de fungicidas e nutrição complementar, proporciona uma melhor qualidade de folha, consequentemente aumenta a eficiência na utilização de outros produtos e mantém senescência natural, resultando em maiores ganhos de produtividade.”

AGRÍCOLA 25

Fevereiro 2019

Quais os tipos ideais de variedades de cana? A pergunta tem respostas de Marcos Landell, diretor do Centro de Cana do IAC que, em entrevista ao JornalCana, destaca informações colhidas por meio do Censo Varietal realizado pela instituição DIVULGAÇÃO

DELCY MAC CRUZ, DE RIBEIRÃO PRETO

Que o cultivo de uma variedade de cana-de-açúcar depende da área, não é novidade para ninguém no setor sucroenergético. Mas frente a tantas variedades disponíveis no mercado, é possível acertar na escolha diante tantas imprevisões climáticas? Uma boa ferramenta de ajuda é o Censo Varietal IAC. Diretor do Centro de Cana do Instituto Agronômico (IAC), Marcos Landell e sua equipe conduziram a edição de 2018 do levantamento. Segundo o levantamento, que contempla os 5,957 milhões de canaviais da região Centro-Sul do País, as variedades RB lideram em área plantada. Disponibilizadas pela Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroenergético (Ridesa), a variedade RB867515 ocupa 23% da área cultivada. O segundo lugar no ranking é da RB9666928, que predomina em 13% do território canavieiro recenseado no Centro-Sul. Apesar da liderança das RB, as áreas canavieiras da região atestam o avanço de variedades mais recentes, como a CTC4, do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), que ocupa 8% dos canaviais cultivados do Centro-Sul. O Censo do IAC foi publicado em páginas da edição de dezembro último do JornalCana. Mas as variedades seguem como molas propulsoras da área agrícola, que responde por 70% do preço de produção do litro do etanol e, assim, exige ‘tiro certeiro’ na hora de escolher a variedade. Em entrevista para o JornalCana, Marcos Landell comenta sobre o Censo e as variedades. Como o Censo ajuda os gestores agrícolas das unidades? Por meio do Censo, chegamos ao chamado grupo varietal. Essa definição, aliás, é praticada por Rubens Braga Júnior desde que ele trabalhava na Copersucar [quando era cooperativa, e não a comercializadora atual]. Ele foi convidado para coordenar o Censo do IAC, trabalho que está no seu terceiro ano. Fale mais a respeito, por favor. O Censo faz uma fotografia, uma série de leituras e todas são importantes. E é produzido por uma ins-

“O PARANÁ ESTÁ COM BAIXÍSSIMA PRODUTIVIDADE. MUITO DA SITUAÇÃO TEM A VER COM A OPÇÃO VARIETAL. NÃO É APENAS QUESTÃO DE DOENÇAS, MAS DE VARIEDADES QUE NÃO DEVERIAM TER SIDO PLANTADAS PELAS SUAS CARACTERÍSTICAS”

Landell, diretor do Centro de Cana do IAC: “por meio do Censo, sabemos onde estão áreas canavieiras vitimizadas por doenças”

VARIEDADES RB LIDERAM O RANKING DO CENSO FONTE: CENTRO DE CANA DO IAC

24

exemplo, identificaram áreas enormes com uma variedade que foram afetadas por doença e precisaram ser dizimadas. O Censo explica os motivos de pouca produtividade canavieira em algumas regiões? Sim. O Paraná, por exemplo, está com baixíssima produtividade. Há unidades produtivas sendo fechadas, mas muito da situação tem a ver com a opção varietal no estado. Não é apenas questão de doenças, mas de variedades que não deveriam ter sido plantadas pelas suas características. Como evitar esse tipo de cultivo inadequado? Ao mesmo tempo em que temos uma rede experimental, que testa as variedades destinadas ao Centro-Sul, conferimos com o Censo. Quando ele revela que há uma variedade ocupando grande área e ela tem desempenho fraco na rede experimental, alertamos o produtor.

tituição como o IAC, que é isenta, preocupada em promover a verticalização e a produtividade agroindustrial da cana. A fotografia gerada pelo Cen-

so, então, serve de parâmetro para a gestão agrícola canavieira? Por meio do Censo, sabemos onde estão áreas canavieiras vitimizadas por doenças. [Estudos semelhantes] feitos na Austrália, por

Esse alerta é feito por uma instituição pública que é o IAC? Exatamente. Vocês podem indicar determinadas variedades? Não há consenso sobre todas as posições. Mas colocamos alguns alertas como esse feito ao Paraná.


26 AGRÍCOLA

Fevereiro 2019

INDUSTRIAL

Fevereiro 2019

Dicas de Landell sobre o cultivo de variedades

S-PAA EM NÚMEROS

Confira a sequência da entrevista com Marcos Landell, diretor do Centro de Cana do IAC. Nesta página, ele aponta como a área canavieira deve fazer a gestão de variedades

Nove usinas entram na safra 2019/20 com o único sistema de Otimização em Tempo Real (RTO) especialmente desenvolvido para o setor sucroenergético

DIVULGAÇÃO

Qual o percentual ideal que uma variedade deve ocupar da área da unidade produtora? Falamos em 15%. Esse percentual representa um volume de cana que, em média, se consegue plantar por ano. Anualmente reforma-se 15% da área. Então se ocorrer uma doença que abata essa variedade, e derruba a produtividade, teoricamente consegue-se reformar a área com esse tipo de cana. Por isso limita-se a 15% a área com cada variedade? Sim. Se uma variedade ocupa 30% da área, fica-se dois anos perdendo dinheiro [levando em conta que há reforma de 15% da área por ano]. Isso pode quebrar uma empresa. Sendo assim, quantas variedades são ideais para uma área canavieira? Se cada uma deve ocupar 15%

destinadas a ocupar cada uma 15% da área total, por conta da versatilidade, da adaptação, o correto é ter algumas com 15% da área, outras com 10% e outras com 5% da área. Então o time passa de 10 variedades? Sim. Chega-se a 15 variedades de cana. É preciso conhecer 15 variedades com bom potencial biológico e fazer todo o jogo de xadrez. Ou seja, jogar a variedade no ambiente onde tende a melhor se expressar, ter a melhor quantidade de açúcar por hectare.

Uma variedade de cana nunca deve ocupar mais do que 15% da área cultivada, segundo Marcos Landell, do IAC

da área, teremos no mínimo 7 variedades. Ou seja, seis variedades com 15% de área cada e uma com 10%. Existe como definir a melhor variedade para a área canavieira?

Podemos dizer que uma variedade é boa para entrar no time. Mas na canavicultura nunca podemos pensar em uma, duas ou três variedades. Tem-se que pensar em um time. E como não são poucas as variedades

A regra para medir a produtividade é a quantidade de açúcar por hectare? A quantidade de açúcar por hectare representa a multiplicação da tonelada de cana por hectare (TCH) pelo teor de sacarose. Por isso não adianta usar só o TCH.

DOUGLAS MARIANI*

A safra de cana-de-açúcar 2019/2020 que se inicia em 1º de abril deste ano tem previsões de moagem que variam de 560 a 570 milhões de toneladas de cana, e cerca de 10% desta moagem já iniciará a safra sendo gerenciada pelo S-PAA. Para esta safra já estão contratadas onze novas implementações, que fará com que o S-PAA chegue a cerca de 87 milhões de toneladas gerenciadas em tempo real, em 31 plantas em todo o Centro-Sul, atingindo ao final da safra mais de 15% do total de cana processado. A tecnologia de sistemas que fazem Otimização em Tempo Real (Real Time Optimization – RTO), que hoje também são conhecidas como Indústria 4.0, Gêmeos Digitais, dentre outros nomes usados atualmente, já é bem consolidada em outras áreas, como a de óleo e gás. O S-PAA é único RTO especialmente desenvolvido para o setor sucroenergético. *Consultor de negócios da Soteica

RETORNO NO MÁXIMO EM 90 DIAS Como toda nova tecnologia, houve uma inércia inicial para a implantação do sistema nas plantas sucroenergéticas, no entanto, os benefícios mostrados naqueles que foram pioneiros impulsionaram a implementação em outras plantas e a popularização dos Laços Fechados, que garantem o retorno do investimento em no máximo 90 dias. O tempo de retorno e as possibilidades da ferramenta impulsionou o crescimento das implementações como mostra o diagrama abaixo.

Anuncio_JC_2018-11.indd 1

05/11/2018 16:57

54 MÓDULOS INSTALADOS EM 22 USINAS Terminamos 2018 com 54 módulos do S-PAA instalados (Energia, Processos, Evaporadores e Peneira Molecular) em 22 Usinas e iniciaremos 2019 com mais 15 módulos contratados em 9 novas Usinas.

27


28 INDUSTRIAL

Fevereiro 2019

Fevereiro 2019

TENDÊNCIA 29

RETORNO ECONÔMICO VEM NO PRIMEIRO ANO 19 NOVAS UNIDADES DE ETANOL ATÉ 2030 DIVULGAÇÃO

Por que o S-PAA proporciona ganho financeiro e crescimento exponencial em apenas doze meses de implantação

Futuras plantas greenfield são de cana-de-açúcar e de milho e integram estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), do Ministério de Minas e Energia

Em todo o projeto a Soteica (empresa desenvolvedora e implementadora do S-PAA) e a usina fazem a “quatro mãos” uma análise do retorno obtido com a implementação no primeiro ano. O gráfico abaixo mostra que assim como as implementações, os retornos tiveram um crescimento exponencial, com o S-PAA sempre gerando valor.

Estudo da EPE

O OS-PAA S-PAAjájáestá estáimplementado implementadoem emusinas usinasdedetodos todosososportes porteseeperfis perfisdedeprodução: produção: Moagem Máximo: 5.500 kTC Média: 2.700 kTC Mínimo: 1.250 kTC

Exportação Máximo: 500.000 MW Média: 160.000 MW Mínimo: 12.000 MW

Açúcar Máximo: 33.000 sc/d Média: 23.000 sc/d Mínimo: 14.000 sc/d

Etanol Máximo: 2.200 m3/d Média: 520 m3/d Mínimo: 200 m3/d

Quem está no portfólio do S-PAA

No nosso portfólio temos desde a maior UTE do setor (500.000 MW/ano) a usinas RETRANCA sem cogeração, que se beneficiam do menor consumo específico de vapor para

VALE SALIENTAR QUE O RETORNO MÉDIO DO S-PAA É DE CERCA DE R$ 2.800.000,00 POR PLANTA IMPLEMENTADA POR SAFRA, MAS EM ALGUMAS CHEGOU-SE A ATINGIR MAIS DE R$ 5.000.000,00 POR SAFRA.

Nos 54 módulos já instalados e funcionais nas 22 usinas que terminaram a safra de 2018 com o S-PAA funcional, temos as seguintes quantidades produzidas:

lucrar com a sobra de bagaço. Temos de destilarias plantas com superiores Nos 54 módulos já instalados eafuncionais nas 22 usinas mix que terminaram a safra de 2018 com o GW de energiacom exportada em uma safra S-PAA funcional, as seguintes quantidades produzidas: a 82% de açúcar. Ou seja, todos os layouts játemos foram modelados e 2.560 otimizados o S-PAA, mostrando quão flexível é a ferramenta. Nos 54 módulos já instalados e funcionais nas 22 usinas que terminaram a safra de 2018 com o S-PAA funcional, Nos 54 módulos já instalados e funcionais nas 22 usinas que terminaram a safra de 2018 com o 2.560 GW de energia exportada em uma safra temos as temos seguintes produzidas: S-PAA funcional, as seguintesquantidades quantidades produzidas: 8.800.000 litros por dia

Quem está no portfólio do S-PAA

No nosso portfólio temos desde a maior UTE do setor (500.000 MW/ano) a usinas sem cogeração, que se beneficiam do menor consumo específico de vapor para lucrar com a sobra 2.560 GW de energia exportada em uma safra 345.000 sacas de açúcar por dia 8.800.000 litros por dia de bagaço. Temos de destilarias a plantas com mix superiores a 82% de açúcar. Ou seja, todos os layouts 345.000 sacas de açúcar por dia nível de produção, o S-PAA gerencia o equivalente a: Neste 8.800.000 litros por dia já foram modelados e otimizados com o S-PAA, mostrando quão flexível é a ferramenta.

O País deve ganhar 19 novas unidades produtoras de etanol até 2030. As plantas greenfield deverão aumentar a capacidade nominal de moagem de cana em 67 milhões de toneladas, ou pouco mais de 10% da atual capacidade de moagem das unidades existentes na região Centro-Sul, que é de 660 milhões de toneladas. Junto com as novas unidades de cana convencional, o setor sucroenergético deverá chegar a uma oferta de 49 milhões de metros cúbicos de biocombustível em 2030. Esse volume contempla também o etanol lignocelulósico e de milho, que irão somar respectivamente 2 e 2,3 milhões de metros cúbicos aos previstos 49 milhões de metros cúbicos. Durante a safra 2018/19, a moagem no Centro-Sul deverá ser concluída em 580 milhões de toneladas de cana, segundo a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica). A produção de etanol alcançou 30 milhões de metros cúbicos até a segunda quinzena de dezembro último. Sendo assim, a projeção de 49 milhões de metros cúbicos representa alta de 163% ante a produção da safra em andamento no Centro-Sul. As informações integram o Informe “Investimentos e Custos Operacionais e de Manutenção no Setor de Biocombustíveis”, elaborado pela Área de Biocombustíveis da Diretoria de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), do Ministério de Minas e Energia (MME). Apresentado no fim de dezembro de 2018, o documento “visa apresentar a metodologia de cálculo, premissas e estimativas de investimentos (CAPEX) e custos operacionais e de manutenção (OPEX) relativas ao etanol de cana-de-açúcar (1G, 2G), etanol de milho, biodiesel e biogás (setor sucroenergético), para o período de 2018 – 2030.”

Com unidades de ponta, o setor sucroenergético prepara-se para ganhar novas plantas até 2030, como prevê a Empresa de Pesquisa Energética (EPE)


etanol alcançará 49

valores consideram o arrendamento de terra, maquinário

30 TENDÊNCIA ocumento Cenários

Fevereiro 2019 agrícola e a parte industrial com cogeração otimizada,

o Otto (crescimento

conforme detalhado na Tabela 1.

TENDÊNCIA

Fevereiro 2019

31

Tonelada de cana na greenfield vale R$ 359 Aportes em OPEX passam de R$ 700 BILHÕES Tabela 1: Estimativa de CAPEX das usinas de cana de

a convencional, os

de Estimativa etanol deé damilho Empresa

de Pesquisa Energética bilhões de litros em (EPE), do Ministério de Minas e Energia; valor cai para R$ 256 por ima-se a entrada de tonelada nas brownfield que aumentam a

a em 67 milhões de Estudo da EPE

hõesO de toneladas Informe “Investimentos

e Custos Operacionais e de Manutenção no Setor de Biocombustíveis”, da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), do Ministério de Minas e Energia (MME), revela também os valores estimados de investimentos em novas unidades e em expansão (brownfield). Segundo o documento dos técnicos da EPE, o CAPEX (investimentos) das usinas de cana de primeira geração é informado por tonelada de cana, já que pode haver a destinação de parte da produção para o açúcar, o que não ocorre nas unidades 2G ou de milho. O investimento nas unidades greenfield ficará em R$ 359,60 por tonelada de cana, segundo o Informe da EPE. Esse valor contempla R$ 287,60/ tonelada na área industrial (inclui cogeração otimizada), R$ 67,90/ tonelada em maquinário agrícola (inclui caminhões) e R$ 4/tonelada de arrendamento (região Centro-Oeste).

éticas de primeira

entos

necessários,

ESTIMATIVA DE CAPEX DAS USINASgeração DE CANA DE PRIMEIRA GERAÇÃO primeira

CAPEX

R$ (dez. 2017) / tc

Novas unidades (Greenfield)

359,6

Industrial (inclui cogeração otimizada)

287,6

Maquinário agrícola (inclui caminhões)

67,9

Arrendamento (região Centro-Oeste)

4,3

Expansão de usinas existentes (Brownfield)

256,0

Nota: CAPEX foi de dado por de cana, que Nota: O CAPEXO foi dado por tonelada cana, visto que tonelada pode haver a destinação de parte visto da produção parapode o açúcar, o que não ocorre nas unidades de E2G e Etanol de milho. Fonte: EPE com base em CTBE (2018) e UNICA (2014) haver a destinação de parte da produção para o açúcar, o que não ocorre nas unidades de E2G e Etanol de milho. 23 BILHÕES Fonte: EPE comINVESTIMENTOS base em CTBE SOMAM (2018) eR$UNICA (2014) O Informe da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) constata que com base no fluxo das unidades, os investimentos em capacidade industrial, apenas para o etanol, serão da ordem de R$ 23 bilhões. Ou seja: R$ 15 e R$ 8 bilhões respectivamente para as unidades greenfield e brownfield. Para realizar o trabalho, os profissionais da Área de Biocombustíveis da Diretoria de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) levaram em conta que as novas unidades seriam mistas ou destilarias, com perfil tecnológico otimizado e tamanho médio de 3,5 milhões de toneladas de capacidade nominal de moagem.

Dessa forma, com base no fluxo de unidades, os

eriam mistas ou

investimentos em capacidade industrial, somente para o

mizado e tamanho

etanol, serão da ordem de 15 e 8 bilhões de reais para as

capacidade nominal

unidades greenfields e brownfields, respectivamente.

ento médio de R$

UNIDADES EM EXPANSÃO No caso das unidades em expansão (brownfield), os investimentos até 2030 deverão totalizar R$ 256 por tonelada de cana. Esses aportes, segundo o estudo, permitirão uma entrada de 55 milhões de toneladas adicionais de cana.

DIVULGAÇÃO

Previsão está em estudo desenvolvido pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), do Ministério de Minas e Energia

COMO DEVEM SER OS INVESTIMENTOS Aportes em relação aos custos operacionais (OPEX) em 2030

R$ 705 BILHÕES

Estudo da EPE

Do montante,

Estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), do Ministério de Minas e Energia (MME), estima quanto o setor sucroenergético investirá em custos operacionais e de manutenção (OPEX) em etanol nos próximos anos. Os aportes estão relacionados ao etanol de cana-de-açúcar (1G e 2G) e de milho. JornalCana apresenta a seguir as projeções que integram o informe “Investimentos e Custos Operacionais e de Manutenção no Setor de Biocombustíveis”, elaborado pela Área de Biocombustíveis da Diretoria de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis” para o período de 2018 – 2030. Apresentado no fim de dezembro de 2018, o documento “visa apresentar a metodologia de cálculo, premissas e estimativas de investimentos (CAPEX) e custos operacionais e de manutenção (OPEX) relativas ao etanol de cana-de-açúcar (1G, 2G), etanol de milho, biodiesel e biogás (setor sucroenergético), para o período de 2018 – 2030.”

R$ 425 BILHÕES

estão direcionados para a área agrícola,

R$ 165 BILHÕES para a área industrial e

R$ 91 BILHÕES para a área administrativa das empresas

Os R$ 705 bilhões em OPEX integram:

R$ 681 BILHÕES

para a Cana 1G (etanol convencional), mas exclui investimentos em formação de canaviais

R$ 19 BILHÕES para a Cana 2G

R$ 4 BILHÕES para milho

O estudo da EPE revela também que os custos relacionados à

PRODUÇÃO DE AÇÚCAR

1

nas unidades 1G somarão

R$ 38 BILHÕES

até 2030. Com isso, os aportes totais em OPEX chegam a

METAS PARA O ETANOL DE MILHO

O cenário de referência projeta a entrada de cinco unidades produtoras até 2030, sendo duas do tipo flex (processam cana e milho) e três do tipo full (processam apenas o milho). Conforme a EPE, estimam-se também expansões em três unidades flex e uma full, que já estão operando. Sendo assim, a capacidade de produção adicionada será de 1,9 milhão de metros cúbicos de etanol, totalizando 2,6 milhões de litros em 2030. O OPEX para a usina full equivale a R$ 0,34/litro. Para a unidade flex, assumiu-se que essa despesa será alocada na unidade produtora de etanol de cana.

R$ 1,15 TRILHÃO

O cálculo do OPEX considera a cana destinada à produção de etanol de todas as unidades em operação a cada ano (entre 2018 e 2030)

METAS PARA O ETANOL 2G

Conforme relato do estudo, para o etanol lignocelulósico (2G, segunda geração), considera-se que as unidades serão anexas às de primeira geração, com capacidade específica de produção de etanol de 80 mil metros cúbicos ao ano até 2026 e de 100 mil metros cúbicos ano entre 2027 e 2030.


32

TENDÊNCIA

Fevereiro 2019

Mix da 19/20 novamente prioriza o etanol Estimativa já compartilhada por instituições do setor também é avalizada pelos especialistas da FGV Energia, da Fundação Getúlio Vargas DA REDAÇÃO

A exemplo da safra 2018/19, que oficialmente termina em abril próximo, a 2019/20 novamente deverá ter mix mais alcooleiro. A previsão consta do Boletim de Conjuntura Energética da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Divulgado em dezembro último, o documento é produzido pela FGV Energia, dirigida por Carlos Otavio de Vasconcellos Quintella. A tendência de manutenção do mix mais alcooleiro na 19/20, segundo o relatório, reflete o bom desempenho de mercado interno do etanol em 2018. Os aumentos de preços da gasolina, praticados pela Petrobras ao longo do ano passado, contribuíram para o aumento da destinação da cana para a produção do biocombustível, uma vez que elevou a competitividade do hidratado em relação ao derivado fóssil nos postos de combustíveis. O Boletim da FGV Energia destaca que a maior procura pelo hidratado fez com que as vendas acumuladas entre janeiro e outubro registrassem um aumento de 42,1% entre 2017 e 2018, enquanto a demanda por gasolina caiu 13,5%. Guinada O bom desempenho do mercado consumidor de etanol no Brasil consolidou o posicionamento da maioria das unidades produtoras na safra 18/19. Diante um cenário de baixas nas cotações internacionais do açúcar, por conta do superávit de oferta, as unidades destinaram quantidade maior de cana para a produção de etanol, em especial o hidratado. A guinada para o etanol foi certeira enquanto solução produtiva. Mas o saldo financeiro final foi ruim para o caixa das unidades, já que os valores do biocombustível são inferiores aos recebidos pelo açúcar.

Proposta de venda direta altera rumos A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) abriu, no dia 6 de agosto, uma Tomada Pública de Contribuições (TPC) com o objetivo de coletar sugestões, dados e informações sobre eventual elaboração de ato normativo estabelecendo novas regras para a comercialização de etanol combustível pelas usinas diretamente aos postos revendedores varejistas. A consulta ficou disponível até o dia 6 de setembro e, após a análise das contribuições, a agência concluiu que não há impedimentos regulatórios para a liberação da venda direta de etanol, contudo menciona ser necessário equacionar a questão tributária relacionada à cobrança de PIS/COFINS e ICMS. Sobre esse ponto, o Ministério da Fazenda se posicionou, defendendo alterações na legislação de forma a permitir a venda direta, propondo concentrar a cobrança dos tributos na produção. As alterações na legislação, no entanto, precisam ser aprovadas pelo Congresso, destaca o documento da FGV Energia.

O AVANÇO DAS IMPORTAÇÕES O Boletim de Conjuntura Energética da Fundação Getúlio Vargas (FGV) destaca também as importações e exportações de etanol. Após dois meses de queda, as importações de etanol voltaram a crescer, em outubro/18, porém mantendo o nível de transações de agosto/18. O volume de 47,7 milhões de litros adquiridos do exterior, em outubro/18, foi 47,7% inferior ao mesmo mês do ano passado (outubro/17), e, no acumulado de janeiro a outubro, as importações de 2018 estão 13,6% abaixo das de 2017. Além do aumento da oferta de biocombustível nacional na safra deste ano, a taxação sobre as importações que excedessem 150 milhões de litros por trimestre, implementada em agosto de 2017, contribuiu para a redução das compras externas. Aquecimento Conforme o documento da FGV Energia, as exportações brasileiras ficaram aquecidas desde agosto, favorecidas pelo fator cambial e pelo aumento da competitividade do biocombustível diante de elevações nas cotações do petróleo, de acordo com a Conab. O aumento da produção de etanol também contribuiu para o aumento das exportações. Em outubro/18, o Brasil exportou 279,4 milhões de litros de etanol, volume 57,8% superior ao de setembro/18, e 81,4% acima do mesmo mês do ano passado (outubro/17). No acumulado do ano, as exportações de 2018 superam em 18,0% as de 2017. Em outubro/18, as exportações superaram as importações em 231,7 milhões de litros. Em termos monetários, as receitas superaram as despesas em US$ 121,4 MM (US$ FOB).

PESQUISA 33

Fevereiro 2019

TODO FOCO NA BIOMASSA DIVULGAÇÃO

Pesquisas buscam melhores formas de utilizar a cana-de-açúcar, o bagaço e a palha para produzir biocombustível HEITOR SHIMIZU, DA AGÊNCIA FAPESP

Desenvolvimento sustentável é “o desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades”, de acordo com o Relatório Brundtland, publicado em 1987 pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. O mesmo relatório, intitulado Nosso Futuro Comum, sugere uma série de medidas a serem tomadas pelos países para promover o desenvolvimento sustentável, entre elas o desenvolvimento de tecnologias com uso de fontes energéticas renováveis. O Brasil é um dos países que mais usam fontes energéticas renováveis e, além disso, não depende tanto do petróleo para seus veículos como os demais países. O motivo é o uso de biocombustíveis, especialmente o etanol, feito à base do caldo extraído da cana-de-açúcar. Mas há outro tipo de etanol de potencial imenso, o etanol celulósico, obtido do bagaço e da palha da cana – também chamado de etanol de segunda geração. O etanol celulósico é um dos mais importantes exemplos do uso de biomassa lignocelulósica para produção de combustíveis líquidos renováveis. “É um consenso que uma economia sustentável dependerá de uma multiplicidade de fontes de energia, mas a biomassa irá desempenhar um papel importante”, disse Roberto de Campos Giordano, professor titular no Departamento de Engenharia Química da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), na FAPESP Week Belgium, realizada nas cidades de Bruxelas, Liège e Leuven de 8 a 10 de outubro de 2018. “Além disso, as biorrefinarias terão de produzir moléculas e monômeros [que se combinam na formação de polímeros] para substituir os derivados do petróleo. No entanto, uma lacuna importante ainda precisa ser superada: como fazer essa transição na economia real?”, disse Giordano, que

Fardos de palha de cana-de-açúcar: matéria-prima para a produção de etanol celulósico

Por bioprocessos avançados Segundo Roberto de Campos Giordano, professor titular no Departamento de Engenharia Química da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), muito trabalho ainda deve ser feito em duas vertentes: o desenvolvimento de bioprocessos avançados e o desenvolvimento de ferramentas computacionais que “apoiem a análise de viabilidade tecno-econômicaambiental desde o início da pesquisa de processos produtivos com baixo impacto de carbono”. Ambos os aspectos estão sendo abordados por um grupo interinstitucional de oito laboratórios reunidos no Projeto Temático “Da fábrica celular à biorrefinaria integrada Biodiesel-Bioetanol: uma abordagem sistêmica aplicada a problemas complexos em micro e macroescalas”, coordenado por Giordano e que integra o Programa FAPESP de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN). “O projeto se propõe a enfrentar desafios tecnológicos colocados por uma nova concepção de biorrefinaria integrada, aproveitando sinergias entre os processos de produção dos dois mais importantes biocombustíveis no contexto brasileiro: bioetanol de primeira e segunda gerações, a partir da cana-de-açúcar, e biodiesel, a partir de óleos vegetais e, também, de fonte microbiana”, disse. “Para tanto, reunimos pesquisadores com larga experiência na área, de várias instituições do Estado de São Paulo. Biocombustíveis líquidos de fontes renováveis são a espinha dorsal dessa biorrefinaria, baseada em rotas bioquímicas, mas moléculas de maior valor agregado também têm sua produção estudada”, disse. O Projeto Temático reúne várias linhas de pesquisa, como: Síntese, otimização e análise tecno-econômica-ambiental integrada à simulação da refinaria de bioetanol; Obtenção de biomoléculas de valor agregado a partir de subprodutos dos processos de produção de biocombustíveis ou da biomassa presente na biorrefinaria; e Integração dos processos de produção de etanol de segunda geração e do biodiesel etílico usando subprodutos da produção de combustíveis como matéria-prima.

dirige o Laboratório de Desenvolvimento e Automação de Bioprocessos,

e falou no evento sobre a contribuição da engenharia de processos e sistemas

para viabilizar o uso da biomassa em uma economia de baixo carbono.


34 PESQUISA

Fevereiro 2019

Fungos que gostam do calor

PESQUISA 35

Fevereiro 2019

Conheça a cana otimizada da Embrapa

DIVULGAÇÃO

Pesquisadores buscam meios de custos menos elevados para quebrar ou remover a lignina no processo de etanol 2G

FOTO GORETI BRAGA

Pesquisadores de várias instituições priorizam estudos sobre o desenvolvimento do etanol 2G

HEITOR SHIMIZU, DA AGÊNCIA FAPESP

A biomassa é uma fonte abundante de polissacarídeos – carboidratos compostos por moléculas de açúcares menores – como a celulose, que podem ser utilizados como matéria-prima renovável para a produção de biocombustíveis (como o etanol de segunda geração) e de compostos de química verde (fertilizantes), entre outros. “O problema é que a conversão desses polissacarídeos em açúcares que podem ser fermentados por via enzimática ainda é um processo lento e de alto custo”, disse Fernando Segato, professor na Escola de Engenharia de Lorena da Universidade de São Paulo, na FAPESP Week Belgium, em Bruxelas, realizada em outubro de 2018. Segato falou no evento em Bruxelas sobre o uso de enzimas produzidas por fungos que sobrevivem a temperaturas elevadas na produção de açúcares a partir da biomassa lignocelulósica, composta de lignina, hemicelulose e celulose. “A produção de biocombustíveis e de outros compostos químicos a partir de materiais renováveis como a biomassa lignocelulósica é difícil, principalmente por causa de sua resistência, o que dificulta a sua desconstrução. Essa resistência é devida principalmente à presença da lignina contida na parede celular da planta”, disse.

Resistência a ataques biológicos A lignina é uma macromolécula encontrada nas plantas terrestres. Está associada à hemicelulose e à celulose na parede celular e tem a função de conferir rigidez, impermeabilidade e resistência a ataques biológicos e mecânicos aos tecidos vegetais. “A lignina pode ser quebrada ou removida da parede celular da planta por tratamentos com custo elevado e que necessitam de produtos químicos, altas temperaturas e alta pressão. A lignina na biomassa lignocelulósica é resistente ao ataque de microrganismos, mas alguns fungos produzem enzimas que podem degradar a lignina”, disse. Por conta disso, o grupo do professor Segato investiga o uso de enzimas produzidas por fungos termofílicos (ou termófilos) na degradação de lignina. Esses microrganismos são capazes de sobreviver a temperaturas elevadas, acima de 45 °C. Alguns desses fungos (hipertermofílicos) podem resistir a temperaturas próximas a 70 °C.

Equipe de cientistas estuda fungos Dentre as principais espécies de fungos estudadas pelos pesquisadores estão Aspergillus niveus (recentemente reclassificado como A. fumigatus var niveus) e Myceliophthora thermophila. A pesquisa tem apoio da FAPESP e é conduzida em colaboração com cientistas da USP, do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), da Universidade Estadual Paulista (Unesp), da University of Nebraska em Lincoln (UNL), onde Segato foi professor visitante, e da Oklahoma State University (OSU). Segundo Segato, mecanismos para degradar materiais lignocelulósicos foram identificados a partir da análise do transcriptoma (conjunto de RNAs de um organismo, órgão, tecido ou linhagem celular) e do secretoma (conjunto de proteínas secretadas) de fungos termofílicos. “Além disso, foi verificado um aumento de até 2,5 vezes na atividade de sacarificação da biomassa, quando os extratos enzimáticos de diferentes espécies foram misturados”, disse. “Esses resultados levaram o nosso grupo a investigar enzimas que poderiam estar agindo em conjunto para melhorar a sacarificação da biomassa lignocelulósica. Para isso, utilizamos técnicas de análise de alta taxa de produção, biologia molecular e expressão heteróloga de proteínas como ferramentas para compreender melhor a interação enzimática que levou a aumentar a sacarificação de biomassa lignocelulósica”, disse. Realizada no Centro Belga de Histórias em Quadrinhos, a FAPESP Week Belgium foi organizada pela FAPESP em conjunto com as organizações belgas F.R.S.FNRS, o Departamento de Economia, Ciência e Inovação (EWI), a Fundação de Pesquisa – Flanders (FWO) e a Wallonie-Brussels International (WBI).

Trata-se da Flexcane, direcionada para processo industrial de etanol 2G que prevê inclusive a redução do custo das enzimas MARCOS ESTEVES, DA EMBRAPA AGROENERGIA

Diminuir a rigidez da parede celular da biomassa que serve como matéria-prima para a produção de etanol de segunda geração (etanol 2G) é um dos grandes desafios dos cientistas da Embrapa. Isso porque a etapa de desconstrução da biomassa é atualmente um gargalo dos sistemas de produção, implicando em grandes custos para instalação de infraestrutura para o pré-tratamento e hidrólise enzimática das biomassas. Neste sentido, identificar e manipular alvos genéticos para a diminuição da recalcitrância é primordial para o desenvolvimento de etanol 2G. Por isso mesmo, um dos ativos biotecnológicos gerados pela Embrapa Agroenergia pode produzir impactos na cadeia produtiva da cana-de-açúcar. Trata-se de um gene que modifica a parede celular da planta e facilita a hidrólise enzimática, processo químico que extrai compostos da biomassa, o qual também ocorre naturalmente, no processo digestivo de ruminantes, ou na indústria sucroenergética. Segundo o pesquisador Hugo Molinari, a equipe da Embrapa Agroenergia identificou um dos genes responsáveis pela resistência da parede celular de algumas gramíneas ao ataque de enzimas. A modificação desse gene diminui essa barreira e facilita o acesso aos compostos da biomassa. Ele explica que a tecnologia pode aumentar a produção de etanol de segunda geração ou outros compostos químicos renováveis, além de reduzir custos na etapa de processamento da biomassa. Intermediários No caso da indústria, a recalcitrância da parede celular é diminuída visando à obtenção de produtos como amido, celulose, hemicelulose, lignina, óleos e proteínas. Cada um desses componentes possui outros

Como a tecnologia chega ao mercado De acordo com o pesquisador Hugo Molinari, a tecnologia Flexcane será oferecida de duas formas. A primeira é por meio de uma cultivar geneticamente modificada de cana-de-açúcar, que já foi desenvolvida e que neste momento está sendo multiplicada para validação da tecnologia em condições reais em campo experimental credenciado pela CTNBio. A outra é com a utilização da nova tecnologia de edição gênica via CRISPR, que pode resultar em um material convencional com essa característica. Molinari explica que serão, no mínimo, quatro anos de avaliação em campo, resultando em dois ciclos de produção da cana. Molinari ressalta que a tecnologia Flexcane é fonte de matéria-prima importante para entrar na cadeia produtiva da produção do etanol de segunda geração, que vem assumindo maior importância como fonte de energia renovável. Para que essa cana esteja nos canaviais brasileiros, a Embrapa Agroenergia está buscando parceiros com interesse em dar continuidade às avaliações e ao seu licenciamento para levar os materiais ao mercado. A tecnologia está disponível na Vitrine Tecnológica da Embrapa Agroenergia. Os ativos e tecnologias que geramos podem ser empregados na sua empresa ou propriedade rural, melhorando processos ou gerando novos negócios. O Chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Agroenergia, Alexandre Alonso, explica as diversas maneiras de fazer negócios com este centro de pesquisa. “As empresas podem ser parceiras na cocriação e no codesenvolvimento de soluções tecnológicas, criando conosco novos ativos/ tecnologias ou validando aqueles que já desenvolvemos. Essas tecnologias poderão então ser cedidas ou licenciadas às empresas parceiras e/ou terceiros, para a produção e oferta de novos produtos, processos e serviços. Por fim, empreendedores podem utilizar como base as tecnologias desenvolvidas na Unidade para novos modelos de negócios por meio de startups e ter acesso à utilização do conhecimento já gerado”, conclui.

intermediários. A expectativa é de que a tecnologia ajude a reduzir os custos de produção desses materiais. “A cana com a parede celular otimizada facilitará diretamente a etapa de pré-tratamento, que faz com que a biomassa ex-

FOCO TAMBÉM NA NUTRIÇÃO ANIMAL

Além da aplicação para o setor de biocombustíveis, a tecnologia pode ser aplicada/utilizada no setor de nutrição animal, uma vez que a modificação genética permite melhorar o valor nutricional de pastagens. “A ideia da tecnologia é ter uma cana-de-açúcar otimizada não apenas para o processamento industrial, mas também como uma forrageira com a parede celular diferenciada para o ruminante poder aproveitar melhor os açúcares e proteínas presentes na biomassa”, diz o pesquisador Hugo Molinari. Ele destaca que a tecnologia pode ser aplicada em gramíneas de importância econômica, como Brachiaria, capim-elefante, sorgo e milho. E ressalta que a modificação genética não afeta a lignina, que dá sustentação e proteção às plantas. “A arquitetura da planta se mantém preservada e apenas as ligações químicas que dificultam o processo de hidrólise são diminuídas.”

ponha os polímeros às enzimas que vão quebrar as moléculas”, afirma o pesquisador. Para Molinari, o custo com enzimas também pode ser reduzido, uma vez que não será necessário o uso de coquetéis enzimáticos muito sofisti-

cados, que são mais caros, e a quantidade de enzimas utilizada no processamento poderia ser ainda menor. Ele também acredita que a tecnologia poderá reduzir o tempo de hidrólise, mas ressalta que esses processos ainda precisam ser testados.


36 USINA DO BEM

Fevereiro 2019

USINA DO BEM 37

Fevereiro 2019

EM FAVOR DAS COMUNIDADES Confira nesta e nas páginas seguintes exemplos de ações empreendidas por empresas do setor sucroenergético nas localidades nas quais possuem unidades produtoras JornalCana apresenta nesta e nas páginas seguintes exemplos de investimentos de empresas do setor sucroenergético em 2018 em favor das

comunidades. Os empreendimentos das empresas estão relacionados a ações ambientais e sociais e tam-

bém estão ligadas ao bem-estar, à saúde e ao entretenimento dos moradores das localidades nas quais há unidades produtoras instaladas.

PREVENÇÃO A ACIDENTES

A SJC Bioenergia promoveu a 11ª Semana Interna de Prevenção a Acidentes e Meio Ambiente (SIPATMA) no Teatro Municipal de Quirinópolis, município de Goiás onde a empresa possui uma de suas duas unidades produtoras. O tema do evento foi “Segurança: Eu Pratico!” e contou com a presença de 1 mil funcionários.

CINEMA FRANCÊS

Entre 7 e 20 de junho, a Tereos patrocinou o Festival Varilux de cinema francês, exibido em São José do Rio Preto e Ribeirão Preto, duas das mais de 70 cidades brasileiras que receberam o evento. Na edição de 2018 foram 20 longas-metragens inéditos.

ARRAIÁ TRADICIONAL

O Clearraiá é tradicional arraiá promovido pela Clealco em Clementina, município do interior paulista no qual a empresa tem unidade produtora. Realizado no começo de agosto, em frente à igreja matriz da cidade e em parceria com a Prefeitura, o evento reuniu mil pessoas. Toda a renda é revertida para o Fundo Social da cidade.

PROJETOS CULTURAIS

Trovamores, Saltimbembe e Conto e Outros Contos são alguns dos projetos culturais que a Cocal investe. O objetivo é promover o desenvolvimento cultural, socioambiental e econômico das comunidades da região onde a empresa sucroenergética atua.

PARCERIA PARA REVITALIZAÇÃO

A integração de familiares em espaços abertos é o foco de parceria que a Usina Estiva fez com a Prefeitura de Novo Horizonte (SP) e o Grêmio Novorizontino para revitalizar o Parquinho Municipal Ailina Procópio Magri. O investimento mantém o lema da Usina Estiva de procurar estar presente em ações que tenham impacto positivo na vida das pessoas.

INVESTIMENTOS SOCIOAMBIENTAIS

Com o foco na expansão de seus investimentos socioambientais e contribuir com o futuro das próximas gerações, o Grupo Tércio Wanderley, controlador da Usina Coruripe, mantém desde 2005 o Instituto para o Desenvolvimento Social e Ecológico, o Idese. O objetivo é promover a preservação da natureza e o progresso da comunidade por meio de ações voltadas para o desenvolvimento sustentável.

CAMPANHA DO AGASALHO

A Usina Ferrari realizou a “Campanha do Agasalho - Aqueça uma vida: quanto mais gente mais quente!” durante os dias 23 de maio de 2018 à 22 de junho de 2018. A doação dos 184 itens foi para o Asilo Dom Bosco em Santa Cruz das Palmeiras, no interior paulista, que atualmente abriga 40 idosos.

CONCURSO DE REDAÇÃO

A Jalles Machado realizou em 2018 a 12ª edição do Concurso de Redação Dr. Otávio Construtor de Sonhos. Em 17/10 a Câmara Municipal de Goianésia, em Goiás, sediou evento de homenagens e premiação. A vencedora, Laíssa Tavares, do Colégio da Polícia Militar do Estado de Goiás José Carrilho, ganhou bolsa no valor de R$ 25 mil. O professor Wisks Ley Rodrigues, orientador da aula, foi premiado com um notebook.

OUTUBRO ROSA

A Baldin Bioenergia participa do Outubro Rosa e promoveu palestra sobre Câncer de Mama e do Colo do Útero para colaboradoras da empresa, que possui unidade produtora em Pirassununga, no interior paulista. A palestra foi de profissional de enfermagem da São Francisco Saúde.

CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL Ciente de que o sucesso da empresa não está somente no seu produto ou no mercado em que atua, a Usina Pitangueiras investe em programas de capacitação profissional para qualificar ainda mais a mão de obra. O foco não é apenas o de executar o trabalho operacional, mas sim desenvolve-lo com competência, habilidade, segurança e qualidade.

DIA NACIONAL DO TRÂNSITO

Em 25 de setembro, Dia Nacional do Trânsito, a Bevap Bioenergia promoveu uma blitz educativa na região. Com a participação da Polícia Militar de Minas Gerais das cidades de Paracatu e de João Pinheiro e de Brasilândia de Minas, foram realizadas dinâmicas de grupo a fim de conscientizar os motoristas sobre as leis e segurança no trânsito


38 USINA DO BEM

Fevereiro 2019

GENTE 39

Fevereiro 2019

Quem entra e quem sai do mercado

Ex-presidente da Unica na Cátedra Luiz de Queiroz ‘NATAL ENCANTADO’

Nos dias 11, 12 e 13 de dezembro, as crianças do povoado da Boa Esperança e de entidades de apoio a crianças e a idosos receberam a equipe da Usina Cerradão, com unidade produtora em Frutal (MG). Os colaboradores e parceiros da usina adotaram 421 cartinhas e se dedicaram a realizar os pedidos de Natal dessas crianças, além de doar mais de 600 sacolinhas com doces e toalhas aos idosos.

VACINAÇÃO CONTRA A GRIPE

Em parceria com o Sesi/Fiemg de Uberaba (MG) e com clínica especializada, a Usina Cerradão promoveu em maio campanha de imunização da gripe com vacina do tipo trivalente (H1N1, Influenza tipo A e tipo B). Cerca de 3 mil colaboradores da empresa foram vacinados.

‘NA MÃO CERTA’

A Raízen Energia apoia o programa “Na Mão Certa”, que busca proteger a infância por meio do combate à exploração sexual de crianças e adolescentes nas rodovias brasileiras. A Childhood, uma das ONGs mais respeitadas no assunto, reconheceu o trabalho da companhia sucroenergética pelo cumprimento de todos os requisitos do programa em 2018.

O engenheiro agrônomo formado pela Esalq/USP em 1984, Marcos Sawaya Jank assumiu como novo titular da Cátedra Luiz de Queiroz de Sistemas Agropecuários Integrados. Jank, que presidiu a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) entre 2007 e 2012, substitui Roberto Rodrigues, que coordenou as ações da Cátedra desde sua criação, em 2017. Em sua fala de despedida, Roberto Rodrigues estava emocionado ao agradecer a Esalq/USP pela iniciativa. "Foi uma honra ter assumido esse desafio e agora entrego essa tarefa com tranquilidade ao Marcos Jank, ciente de que ele também honrará esse chamado na nossa Escola".

O ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues dá lugar ao ex-presidente da Unica, Marcos Jank, como titular da Cátedra Luiz de Queiroz de Sistemas Agropecuários Integrados. Já a gigante do agro Bunge nomeou interinamente Gregory Heckman como CEO interino.

Temática Em seu discurso de posse como novo titular da cátedra, Jank abordou a proposta para o ciclo 2019, quando desenvolverá temática voltada para projetos e propostas de políticas e ações públicas e privadas que ampliem a inserção internacional competitiva e sustentável dos Sistemas Agropecuários Integrados brasileiros no mundo. "Nossa intenção é promover um debate sobre novos paradigmas do agro, trazendo especialistas para a Esalq. Além disso, pretendo me dedicar à publicação de um livro sobre a relação Brasil-China nesse setor, algo que tenho certeza que poderá e deverá ser ampliado. Precisamos maximizar essas sinergias entre os dois países". A cátedra uma cadeira voltada para a discussão e realização de atividades abertas à participação de professores e estudantes de graduação e pós-graduação da instituição.

No Ministério de Minas e Energia (MME), quem retorna ao cargo de secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis é o engenheiro Márcio Felix, entusiasta da Política Nacional de Biocombustíveis, o RenovaBio, em fase de implantação.

ARQUIVO PESSOAL

JornalCana apresenta profissionais atuantes no setor sucroenergético que passam a ocupar cargos em instituições e em empresas

Jank, ex-presidente da Unica: titular da Cátedra Luiz de Queiroz de Sistemas Agropecuários Integrados

ARQUIVO PESSOAL

ATENDIMENTOS GRATUITOS

Juntamente com instituições, o Grupo Barralcool empreende a Ação Barralcool com serviços gratuitos para a comunidade. Na 6ª edição, por exemplo, realizada na escola Guiomar de Campos Miranda em Barra do Bugres, município do Mato Grosso no qual a Barralcool tem unidade produtora, houve recorde com 6.270 atendimentos nas áreas de saúde, educação, lazer, estética e cidadania.

AO SOM DOS BEATLES

Rock and roll misturado à música clássica. Essa foi a combinação sonora perfeita que embalou o tradicional encontro de fim de ano da Usina Iracema com convidados especiais da empresa, comunidade e imprensa, realizado no dia 29 de novembro no Teatro Virgínio Ometto, em Iracemápolis (SP). Com apresentação da Orquestra Sinfônica de Limeira tocando música dos Beatles, mais de 300 pessoas compareceram ao evento promovido pela empresa, controlada pela São Martinho.

‘ESCOLA NO CAMPO!’

Promovido pelo Grupo Nova Aralco em parceria com a Fundação Abrinq e com a Syngenta, o projeto “Escola no Campo!” oferece informações e ferramentas de temas ligados à saúde, segurança alimentar, conservação ambiental e agricultura. Desde 2016 integram o programa alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Ângelo Scarin, no município de General Salgado (SP). Uma delas é Letícia Fermino (foto), que ganhou bicicleta por vencer concurso de frases.

DIVULGAÇÃO

Heckman é CEO interino da Bunge

Felix retoma cargo de secretário do MME

A gigante do agronegócio Bunge nomeou em 22/01 um dos novos integrantes de seu conselho como presidente executivo e cortou sua previsão de lucro antes de juros e impostos em 2018, diante do agravamento das condições no mercado global. Gregory Heckman, sócio-fundador da empresa de investimento privado Flatwater Partners, foi indicado para o posto de CEO como parte de um acordo para aliviar a pressão dos acionistas sobre a administração da Bunge no final do ano passado. A empresa, que em dezembro anunciou a saída do CEO Soren Schroder, disse que Heckman assume interinamente. Conforme divulgado, a companhia também cortou nessa terça-feira sua previsão de lucro antes de impostos para o ano de 2018, citando uma queda no valor de suas safras no Brasil. A Bunge informou que o lucro ajustado antes de juros e impostos em seu segmento agrícola seria de

O engenheiro Marcio Felix retornou ao cargo de secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia (MME). A recondução ao cargo foi publicada na edição de 14/01 do Diário Oficial da União. A nomeação de Felix é do ministro de Minas e Energia, almirante Bento Albuquerque. Felix havia ocupado o cargo durante parte do governo de Michel Temer. Com a posse do presidente Jair Bolsonaro, ele foi exonerado e substituído por na secretaria-executiva por Marisete Pereira, antes chefe da Assessoria Econômica da pasta. Ex-executivo da Petrobras, onde chegou a ser gerente-geral de América do Norte e África na área de Exploração e Produção Internacional, Felix ocupou a área de óleo e gás e posteriormente a secretaria-executiva do ministério de Minas e Energia na gestão Temer.

Heckman: CEO interino da Bunge desde 22 de janeiro

90 milhões a 100 milhões de dólares, abaixo do esperado e inferior ao piso do intervalo anteriormente previsto. Para o segmento de açúcar e bioenergia, a previsão ficou em 60 milhões a 70 milhões de dólares. Isso reduziria o número geral para menos de 1,05 bilhão de dólares, que foi dado como extremo inferior em seu último guidance. Três membros do conselho, Patrick Lupo, Ernest Bachrach e Enrique Boilini, não seriam reeleitos, disse a empresa.

Felix, entusiasta do RenovaBio, reassume Secretaria do MME

Felix é um entusiasta da Política Nacional de Biocombustíveis, o RenovaBio. Ele acompanha a implantação dessa política de Estado desde o lançamento do então projeto, em 16/12/2016, na sede do Ministério de Minas e Energia.


40 GENTE

Fevereiro 2019

GENTE

Fevereiro 2019

DICAS DO ‘SENHOR INDÚSTRIA’

QUEM É QUEM NO SETOR

Gestão e seriedade estão no cardápio de Gilmar Galon, para quem o setor só tende a crescer, mesmo diante a chegada dos veículos elétricos

CONFIRA O REGISTRO DO EVENTO QUE REUNIU EXECUTIVOS E GESTORES PARA DISCUTIR CASES DE USINA 4.0

DELCY MAC CRUZ, DE RIBEIRÃO PRETO (SP)

Ele pode ser chamado ‘senhor indústria.’ Com experiências em metalúrgicas e usinas, Gilmar Galon dedica sua carreira profissional à área industrial do setor sucroenergético. Após 16 anos na Usina Pitangueiras, no município de mesmo nome do interior paulista, o executivo, de 58 anos, vive há dois anos um novo salto profissional. Ele é gerente de divisão industrial da Bevap, unidade localizada em João Pinheiro (MG) e repleta de singularidades. Uma delas é o plantio de cana 100% irrigado, outra é a implementação da unidade produtora de etanol de milho, na qual Galon está mergulhado. Sabe-se que a área agrícola representa até 70% da produção de um litro de etanol. Mas a área industrial, também possui obrigação de fazer o setor crescer em termos produtivos. Como fazer isso, por exemplo, nos próximos dez anos? Gilmar Galon - Com essas décadas que dedico ao setor, noto que há quatro princípios básicos. O primeiro diz respeito à produtividade agrícola. Acho que o setor é muito carente nessa área, tanto em toneladas de cana por hectare (TCH) quanto em toneladas de açúcar por hectare (TAH). O segundo princípio é a eficiência industrial. Em sua opinião, como está hoje o setor em eficiência industrial? Melhorou muito, graças às novas tecnologias e aos profissionais. Mas ainda tem muito a crescer. O sr. citou dois dos quatro princípios básicos. Quais os outros? Oportunidades de venda. Se você tem um fluxo de caixa bom, tem boas oportunidades para vender produtos. Infelizmente o mercado é muito oscilante. Então se você tem caixa bom, tem oportunidades. Do contrário, é o mercado quem irá fazer você vender. E o quarto princípio básico? Compras. Quando você tem caixa bom para comprar, tem boas oportunidades para realizar qualquer tipo de aquisição para a unidade. São essas as premissas básicas necessárias em em-

presas de nosso segmento. Qual sua avaliação do setor sucroenergético nos próximos anos? Tem o governo que assumiu em janeiro, no qual acredito muito. E deve gerar muitas oportunidades. Mas o setor depende muito do petróleo. O álcool depende muito. E no caso do açúcar, há uma redução no consumo, mas há oportunidades porque em muitos países o consumo do adoçante é baixo.

DIVULGAÇÃO

GILMAR GALON Nascimento: 15/6/1960 Natural: Pitangueiras (SP)

O etanol tem mercado crescente no Brasil? Sim. Cresce o consumo e o setor, no caso produtivo, conta também com as unidades produtoras flex, que utilizam cana e cereais como o milho. A Bevap planeja entrar na produção de etanol de milho? Sim. Em 2019 ou em 2020 a planta de etanol de milho estará implementada. Temos a matéria-prima na vizinhança. A região noroeste de Minas, onde fica a unidade, tem muita oferta de milho. A futura planta terá como comercializar os complexos protéicos grãos secos de destilação (ddgs, na sigla em inglês)? Sim. Temos muito gado na região da usina. E tem muita seca também. Já fizemos pesquisas que confirmam a viabilidade comercial da planta. Além de fornecer os ddgs, pode-se também fazer confinamento de gado. Como está o ritmo de investimento nessa futura planta? Até o momento [novembro de 2018], fez-se investimentos na unidade processadora de grãos (UPG). É onde há a recepção, peneiramento, armazenamento, moagem e o aquecimento do milho para receber a enzima [necessária para o processo de produção do etanol]. Com a planta flex, a Bevap irá produzir durante todo o ano? Sim. Na entressafra da cana, serão aproveitadas para produzir etanol de milho as dornas e a destilaria. Com os processos já existentes, não é preciso processar a massa e leva-la ao aparelho. Comente mais, por favor. Já se processa apenas o xarope, que é o amido, e tem-se a fermentação e

destilação em tempo maior, mas com as mesmas condições da cana. Será feito etanol o ano todo e, no caso do milho, independente de chuva. Como o sr. avalia a chegada do carro elétrico ao mercado? Ele é um inimigo do setor? Não. É evolução. Teremos daqui a pouco o híbrido [elétrico e outro combustível, como o etanol], o que garante espaço para o biocombustível. E tem outra: a usina produz energia, por meio da cogeração. E pode ser fornecedora de eletricidade. Significa que o setor sucronergético não se acomoda? Não. Nunca se acomodou. Quais suas expectativas sobre o RenovaBio? Ele é ótimo, será implantado. É muito importante para o setor. O sr. acredita em consolidação cada vez maior do setor, com grandes empresas ampliando a aquisição de outras? Trabalhei em usina de menor capacidade de moagem e em usina de maior capacidade. Depende muito da gestão da unidade. E da localização. Mas mesmo com a localização dificultando acesso a cana e gerando concorrência, depende muito da gestão.

PATROCÍNIO

Foco no Resultado!

Apresentação Graduado em Administração de Empresas e em Engenharia de Produção, fez também curso de pós-gradução sucroenergético da Udop. Começou a vida profissional aos 17 anos na extinta Mepam, da também extinta Zanini, em Sertãozinho (SP). Ficou no trabalho por 12 anos, quando saiu para ingressar na unidade Virálcool/Santa Inês, do Grupo Tonielo, em Viradouro (SP). Passou em seguida pela fabricante Planusi, em Sertãozinho, da qual saiu para entrar na Usina Pitangueiras, em Pitangueiras, em fase de implantação. Ficou por 16 anos na empresa. Depois teve a oportunidade de participar da montagem da Usina Cerradão, em Frutal (MG), na época também pertencente aos controladores da Usina Pitangueiras. Após o ciclo de 16 anos na companhia, planejou criar uma consultoria na área industrial. “Mas não faz parte de meu estilo, prefiro o desafio de estar na [usina] para ver e fazer”, diz. Foi quando surgiu a oportunidade de se tornar gerente dedivisão industrial da Bevap, em João Pinheiro (MG). Está no cargo há dois anos. Premiação Galon ostenta diversas premiações nas edições MasterCana Centro-Sul e Brasil, realizadas pela ProCana, controladora do JornalCana. Entre os prêmios MasterCana que conquistou, estão as de Profissional do Ano – Área Industrial em 2014 e em 2013; e a de Mais Influentes do Setor em 2013 e em 2015. Em 2018, também foi homenageado pelo MasterCana.

19º SBA Usina 4.0

41


42

NEGÓCIOS & OPORTUNIDADES

Fevereiro 2019

Internacional

USINAS DO SUDÃO QUEREM AUMENTAR EFICIÊNCIA INDUSTRIAL COM SOFTWARE S-PAA

Sudanese Sugar Company (SSC) - Saeid El Farrag, diretor de produção; Ahmed Elmisbah Ali, Deputy Manager; e Ibrahim Ali, diretor agrícola

Kenana Sugar Company (KSC) - Hassan Mofadel, gerente de desenvolvimento de negócios; Mohammed Kalid, gerente de TI; Mahmoud Ali e Fathel Rahman, responsável corporativo por Automação e Elétrica

Fevereiro 2019

NEGÓCIOS & OPORTUNIDADES 43


44 NEGÓCIOS & OPORTUNIDADES

Fevereiro 2019


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.