JornalCana 312 (Janeiro/2020)

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AGRÍCOLA

Janeiro 2020

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Eventos Calendário de Eventos 2020

DESDE 1988

PROGRAME-SE www.jornalcana.com.br/ eventos

w w w . j o r n a l c a n a . c o m . b r Janeiro 2020

Série 2

Número 312

www.prousinas.com.br

HINOVE AGROCIÊNCIA INAUGURA A PRIMEIRA INDÚSTRIA ´´FLEX´´ DE FERTILIZANTES NPK ESPECIAIS LÍQUIDOS E SÓLIDOS DO MATO GROSSO DO SUL A Indústria localizada em Rio Brilhante tem capacidade produtiva de quase 1 milhão de toneladas de Fertilizantes Especiais líquidos e sólidos, oferecendo ao mercado Fertilizantes de alta tecnologia para os agricultores


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AGRÍCOLA

Janeiro 2020


Janeiro 2020

AGRÍCOLA

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Julho 2017 Julho 2017

Julho 4 2017CARTA AO ulho 2017

LEITOR

� Comitê de Gestão - Relacionamento Com Clientes Reduzir o uso Reduzir o uso Lucas Mes ias Reduzir A r t e � Reduzir uso Ano deo o de água é regra! uso de água é regra! expectativas positivas de água é regra! lucas.mes ias@procana.comde .br água lientes Gustavo Santoro - arte@procana.com.br � Relacionamenéto Com Cregra!

carta ao leitor índice carta ao leitor Josias Messias josiasmessias@procana.com.br índice ÍNDICE CARTA c at a rMessias t AO aa oLEITOR ajosiasmessias@procana.com.br ol e li e Josias c a r t oi tro r í n d i c e íAgenda n d .i. c e DelcyMessias Mac Cruzjosiasmessias@procana.com.br - delcymack@procana.com.br Josias ..................................6 Josias Messias josiasmessias@procana.com.br

NOS A MIS ÃO

EVENTOS Agenda ....................................6 Agro Expo Mercado . . . Internacional . . . . . . . . . . . . será . . . . realizada . . . . . . . . .em . . . .8 a 14 Agenda . . . . na . . .capital . . . . . .paulista . . . . . . . ................................. . . . . . . . . . . . . . . . 66 novembro enda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . � A aposta.no Mercado . .RenovaBio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. .. 6.8 a 14

��Entrevista com A aposta Mercado . .no . .RenovaBio .Roberto . . . . .Rodrigues . . . .está . .na. .estreia . . . .do. .Quem . . . .é .Quem . . .8 a 14 MasterCana Nordeste ercado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8 a 14 ��Por que o arrendamento de terras ficou caro do Quem é Quem Entrevista com Roberto Rodrigues na estreia � A aposta no RenovaBio com abertas ........................................... 7 � A aposta noinscrições RenovaBio

��55 a pagarde pelo usoficou da água estado de SP Porusinas que opassam arrendamento terras carono � Entrevista com Roberto Rodrigues na estreia do Quem é Quem � Entrevista com Roberto Rodrigues na estreia do Quem é Quem 55 usinas passam a pagar da caro água no estado de SP ��Por que o arrendamento de pelo terrasuso ficou � Por que o arrendamento de terras ficou caro � 55 usinas passam a pagar pelo uso da água no estado de SP � 55 usinas passam pelo uso da água estado de SP � Como fazeraapagar correta manutenção de no bombas

INDUSTRIAL Industrial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16 a 26 Eficiência industrial é Industrial . . para . . . . .as . . usinas . . . . . . .............................. . . . . . . . . . . . . . 10 .16ea11 26 prioridade

��Previsões Endividamento Agrícola . . para . . .asucateia . safra . . . 17/18 . .sistemas . .no. .Nordeste .de. .irrigação . . . . .em . . Alagoas . . . . . .24 a 34 rícola . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .crescer . . . .até . . 30% . . . na .24 a 34 AGRÍCOLA ��Investimentos em herbicida devem 17/18 Previsões para a safra 17/18 no Nordeste � Endividamento sucateia sistemas de irrigação em Alagoas Gigantes avaliam entrar na � Endividamento sucateia sistemas de irrigação em Alagoas ��Manejo integrado em controledevem ambiental gera maior Investimentos herbicida crescer até 30%produtividade na 17/18 � Previsões para em a safra 17/18 no Nordeste produção de17/18 etanol de milho .............................. 15 � Previsões para a safra no Nordeste

Manejo integrado em controle ambiental produtividade ��Investimentos em herbicida devem crescergera até maior 30% na 17/18 � Investimentos em herbicida devem crescer até 30% na 17/18 � Manejo integrado em controle ambiental gera maior produtividade � Manejo integrado em controle ambiental gera maior nas produtividade � Os departamentos de compliance avançam empresas do setor

Gestão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .37 Hinove abre fábrica no MS e avança Gestão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .37 no mercado de fertilizantes líquidos ......... 16 e 17 � Os departamentos Gestão . . . . . . . . .de. compliance . . . . . . . avançam . . . . . .nas . . empresas . . . . . . do . .setor . . .37 stão . . . do . . .Bem . . . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .37 Usina . . . . .38 � Os departamentos de compliance avançam nas empresas do setor Censo de variedades � Os departamentos deenergia compliance � Usinas Usina do doam Bem . . . 19/20 . elétrica . . .avançam . ............................................ .para . . .hospital .nas . .empresas . em . . Barretos . . .do. .setor . . . . . . . 18 .38 detalha a safra

sucroenergético, dis eminando

� Usinas doam energia Usina do Bem . . . . . elétrica . . . . .para . . hospital . . . . . em . . Barretos . . . . . . . . . . . .38 inaNegócios do Bem . &. .Oportunidades . . . . . . . . . . . . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .38 .40 a 42 Moagem daenergia 20/21 � Usinas doam elétrica para hospital em Barretos � Usinas doam energia elétrica para hospital em Barretos Negócios & Oportunidades . . . . . . . . . . . . . . . .40 a20 42 deve repetir a da 19/20 ......................................... Negócios & Oportunidades . . . . . . . . . . . . . . . .40 a 42 gócios & Oportunidades . . . . . . . . . . . . . . . .40 a 42 Usinas registram recorde de moagem ............................... 23, 24 e 25

conhecimentos, estreitando

GENTE Quem é Quem Entrevista: Miguel Ivan Lacerda, o ‘pai’ do RenovaBio ...... 37, 38 e 39 Quem é Quem no Setor ................................ 40 e 41

FUNDO DE RECEITA FIXA “NemFUNDO ponham sua esperança na incerteza da riqueza, 42 DE RECEITA FIXA NEGÓCIOS & OPORTUNIDADES ......................... mas em Deus, que de tudo nos provê ricamente” “Nem ponham suaDE esperança na incerteza da riqueza, FUNDO RECEITA FUNDO DE RECEITA FIXAFIXA

Recomendação de Paulo, apóstolo ade Timóteo, primeira carta, capítulo 6, verso 17 masponham em Deus, que tudonana nos provê ricamente” “Nem sua esperança incerteza da riqueza, “Nem ponham sua esperança na incerteza da riqueza, Recomendação de Paulo, a Timóteo, na primeira capítulo 6, verso 17 mas em Deus,apóstolo que de tudo nos provêcarta, ricamente” mas em Deus, que de tudo nos provê ricamente” Recomendação de Paulo,cansemos apóstolo a Timóteo, de na primeira carta,o capítulo 6, verso 17 “E não nos fazer bem, pois Recomendação de Paulo, apóstolo a Timóteo, na primeira carta, capítulo 6, verso 17 no tempo próprio colheremos, se não desanimarmos”

relacionamentos e gerando Gálatas 6:9

Assim como outros importantes segmentos da indústria da transformação, o setor sucroenergético é um Assim como outros importantes segmentos da indústria da transformação, setor sucroenergético grande consumidor de água. Esse líquido é prioritário nos processos industriaisodas usinas e destilarias.é um unidades de etanol e de biodiesel estavam O setor sucroenergético entra em 2020 grande consumidor denaágua. líquido é prioritário nos processos industriais dasPaulo usinas e destilarias. Assim outros importantes segmentos da indústria da transformação, setor sucroenergético é umem secomo ter ideia, safraEsse 2010/2011 as unidades produtoras do Estado deoSão consumiam AssimPara como outros importantes segmentos da indústria da transformação, o setor sucroenergético é um em emPara ritmo expectativas positivas. Há bonsnos fase dedo processo junto em ao Resemetro terdeideia, safra 2010/2011 unidades produtoras Estado dededas São Paulo consumiam grande consumidor de na água. Esse líquido éasprioritário processos industriais usinas e destilarias. média 1,52 cúbico porlíquido tonelada de cana. Naquela safra, segundo a União dacertificação Indústria de Cana-degrande consumidor de água. Esse é prioritário nos processos industriais das usinas e destilarias. exemplos que embasam esse cenário. novaBio. média 1,52 metro cúbico por tonelada de as cana. Naquela safra, segundo a União daque Indústria de550,2 Cana-dePara se ter ideia, nacolhidas safra 2010/2011 unidades produtoras do Estado São Paulo consumiam Açúcar (Unica), foram 362 milhões de toneladas nos exigiram Para se ter ideia, na safra 2010/2011 as unidades produtoras docanaviais Estado depaulistas, SãodePaulo consumiam em em As cotações do açúcar fecharam dezemO número é expressivo, diante um uniAçúcar1,52 (Unica), foram colhidas 362 milhões deNaquela toneladassafra, nos canaviais exigiram 550,2 média metro cúbico por de cana. segundo apaulistas, União da que Indústria de Cana-dede metros cúbicos detonelada água. médiamilhões 1,52 metro cúbico por tonelada de cana. Naquela safra, segundo a União da Indústria de Cana-debro em altaforam ecúbicos sinalizam mercado acessível verso deprodutoras. pouco mais de exigiram 300 unidades. milhões de metros água. Açúcar colhidas 362 milhões de toneladas nos canaviais paulistas, que 550,2 TamNão(Unica), significa que todo odevolume foide consumido pelas unidades Háexigiram muito o 550,2 setor Açúcar (Unica), foram colhidas 362 milhões toneladas nos canaviais paulistas, que para osignifica alimento. O etanol, que dominou o bém volume. Os principais Nãode todo opara volume foi consumido pelas unidades produtoras. Há muito o setor milhões metros cúbicos de água. empreende ações eque sistemas reduzir e tornar eficiente o usoédoexpressivo líquido. em milhões de metros cúbicos de água. mix das unidades na ode safra 2019/20, tende a unidades players produtores demuito etanol, exemplo, empreende ações epalavra sistemas para reduzir e tornar eficiente o uso doprodutoras. líquido. Não significa que todo volume foi pelas Há o setorpor O reuso é uma ordem nasconsumido empresas sucroenergéticas. ComHá ações como o reuso, o setor Nãomanter-se significa que todo o volume foi consumido pelas unidades produtoras. muito o setor na 20/21 por conta dade deestão em fase o2010/2011 que significa O reusoações é em uma palavra de ordem nas sucroenergéticas. Com ações como reuso, o setor empreende ealta sistemas para reduzir eempresas tornar eficiente uso do líquido. sucroenergético paulista despencou as captações água. consumo médiode decertificação, 1,52 naosafra empreende açõesaquecida. e sistemas para reduzir e tornar eficiente o usoOodo líquido. manda 50% Com de todo biocombustível produsucroenergético paulista despencou as captações desucroenergéticas. água.que O consumo médio de o 1,52 nao reuso, safra 2010/2011 Opara reuso é palavra uma palavra denaordem nas empresas 0,91 metro cúbico safra 2016/17. Ocaiu reuso é 20/21 uma de ordem nas empresas sucroenergéticas. Com açõesações como como o reuso, o setoro setor A no Centro-Sul deverá ter mesma zido por ano pelo setor vias de ser caiuOu para 0,91 cúbico na safrapaulistas sucroenergético paulista despencou as2016/17. captações de água. O consumo médio de na 1,52 naestá safraem 2010/2011 seja, emmetro dezdespencou anos as usinas 39,7% menos para os processos industriais. sucroenergético paulista asem captações deacaptaram água. O consumo médioágua de 1,52 safra 2010/2011 oferta de cana-de-açúcar relação 19/20, certificado. Ouqueda seja, em dezdo anos asna usinas paulistas captaram 39,7% menosaprimoramento água para os processos industriais. caiu A para 0,91resulta metro cúbico safrade 2016/17. fechamento circuitos com reuso de água; dos processos caiu para 0,91 metro cúbico na safra 2016/17. conforme projeções da União da Indústria O avanço gradativo do RenovaBio A queda resulta doeficiência fechamento de circuitos come reuso dedamenos água; aprimoramento dos processos Ou seja,dez em dez as anos as usinas paulistas captaram 39,7% água para os processos industriais.pode industriais, com maior e menor captação; avanço limpeza a os seco com a colheita Ou seja, em anos usinas paulistas captaram 39,7% menos água para processos industriais. de Cana-de-Açúcar (UNICA). Significa que ser considerado boa notícia, uma vez que as industriais, com maior e menor captação; avanço limpeza a seco com a colheita A queda do eficiência fechamento de circuitos com ereuso de da água; aprimoramento dos processos Amecanizada. queda resultaresulta do novamente fechamento deterão circuitos com reuso de água; aprimoramento dos processos as unidades à disposição mecanizada. terão de investir em gaindustriais, com maior eficiência menor dapelas limpeza secoforam aapresentadas colheita As informações sobre uso de eágua e a captação; redução nae avanço captação unidades no dia industriais, maior eficiência e menor captação; e avanço daunidades limpeza a certificadas secoa com acom colheita 590com milhões de toneladas. Asjunho informações sobre uso de água eAgricultura, a redução na captação pelas unidades foram apresentadas no dia 06 de pelo secretário estadual da Arnaldo Jardim, em evento na sede da Unica, em mecanizada. mecanizada.A oferta enxuta de cana não significa pre- nhos de eficiência. Isso significa aportes em 06 de pelo secretário estadual dae Agricultura, Jardim, emnovos eventoforam na sede da Unica, que, em comemoração dos dezsobre anosuso do Protocolo Agroambiental dopelas Setor Sucroenergético. Asjunho informações de a redução naArnaldo captação pelas unidades apresentadas ampliações, equipamentos As informações sobre uso água eágua a redução na captação unidades foram apresentadas no diano diainfejuízo produtivo de de etanol. O setor cumpriu comemoração dos dez anos do Protocolo Agroambiental dolizmente, Setor Sucroenergético. deO junho pelo secretário estadual da Agricultura, Arnaldo Jardim, em evento nadesede da em Protocolo integra o Projeto Verde, das Secretarias estaduais da Agricultura e doUnica, Meiofornecedoo parque empresas 06 de06 junho secretário estadual daEtanol Agricultura, Arnaldo seu pelo papel em 2019, ao ofertar 33 bilhões de Jardim, em evento na sede da Unica, em O Protocolo integra o Projeto Etanol Verde,edas Secretarias daoAgricultura do eMeio comemoração dosanos dez do anos do Protocolo Agroambiental dodesenvolvido Setor Sucroenergético. Ambiente, e representa um modelo de parceria diálogo entre setor produtivo o Estado. ras – estaduais assim como o setor –e ficou penalizado comemoração dez Agroambiental litros,dos incluindo aí oProtocolo biocombustível feitododeSetor Sucroenergético. Ambiente, e representa um modelo decena parceria e mês diálogo desenvolvido entre o setor produtivo e o Estado. O Protocolo integra o Projeto Etanol Verde, das Secretarias estaduais da Agricultura e do Meio A segunda fase do Protocolo entra em neste de julho, formatada por técnicos das duas pela crise dos quase dez últimos anos. O Protocolo o Projeto Etanol Verde, Secretarias milho. Eintegra seguirá responsável nestedas 2020 com estaduais da Agricultura e do Meio A segundaeefase Protocolo entra em cena neste mês de desenvolvido julho, formatada poro setor técnicos dasdeduas Ambiente, representa um modelo de parceria e diálogo entre produtivo e o Estado. não Secretarias da do Unica. Uma crise que, diga-se passagem, Ambiente, e representa um modelo de parceria e diálogo desenvolvido entre o setor produtivo e o Estado. oferta garantida. e dadoUnica. ASecretarias segunda fase Protocolo entra em cena neste mês de julho, porem técnicos das duas Nesse mesmo mês de julho, em vigor cobrança pelooformatada uso da quatro bacias foi setor quem criou. Mas a situação é de A segunda fase do Protocolo em entra cena mêsade julho, formatada porágua técnicos das duas O ano começa entra também comneste a entrada em Nesse mesmo mês de julho, entraPardo, em vigor a cobrançaempresas pelo uso dafornecedoras água em quatro bacias de Secretarias e da Unica. hidrográficas do Estado São Paulo: Baixo-Pardo/Grande, Sapucaí-Mirim e Mogi-Guaçu. e mesmo produtoras Secretarias e dadaUnica. vigor Política Nacional de Biocombustíhidrográficas do Estado dejulho, São Paulo: Pardo, Baixo-Pardo/Grande, Sapucaí-Mirim e Mogi-Guaçu. Nesse mesmo mês de entra em vigor a cobrança pelo uso da água em quatro Conforme reportagem desta edição do JornalCana, 55 unidades sucroenergéticas captam dessas fase deem adequação, obacias queágua exige investiNesse mês de julho, entra em vigor a cobrança pelo em uso da água quatro bacias vel,mesmo o RenovaBio. Conforme reportagem desta edição do JornalCana, 55 unidades sucroenergéticas captam água dessas hidrográficas do Estado de São Paulo: Pardo, Baixo-Pardo/Grande, Sapucaí-Mirim e Mogi-Guaçu. bacias. O custo médio da cobrança de água por tonelada de cana varia de acordo com o reuso pelas de toda eparte. hidrográficas do Estado Paulo:em Pardo, Baixo-Pardo/Grande, Sapucaí-Mirim Mogi-Guaçu. Criado porde leiSão federal 24 de dezembro mentos bacias. O mas custoreportagem médio da cobrança de água por tonelada de cana varia de acordo comcaptam o reuso Conforme desta edição do JornalCana, 55 unidades sucroenergéticas água dessas unidades, a média é projetada entre R$ 0,03 e R$ 0,12 por tonelada. como resiliente que opelas setor sucroConforme reportagem desta edição JornalCana, unidadesMas sucroenergéticas captam águaé,dessas de 2017, esse Programa dedo Estado entra55em unidades, mas amédio média éreportagem projetada de entre R$ 0,03 e R$ 0,12 por tonelada. bacias. O custo da cobrança água por tonelada de cana varia de acordo com o reuso pelas A Unica explica na que o avanço dessa cobrança não assusta porque o setor novamente dará a volta por cima bacias. O custo médio da cobrança de água por toneladacom de canaenergético varia de acordo com o reuso pelas prática dois anos após sua promulgação A Unica explica naése reportagem que oR$avanço dessa cobrança não assusta porque o setor unidades, mas a média projetada entre 0,03 e R$ 0,12 por tonelada. sucroenergético paulista preparou ao longo dos anos para arcar com esse custo e colaborar com a gestão fará o Brasil ter projeção mundial com um unidades, a média projetada entreasR$qualidades 0,03 e R$ 0,12 o mas objetivo deéexternalizar dos poretonelada. sucroenergético paulista se preparou ao olongo dosdessa anos para arcar com esse custo e colaborar com a gestão A Unica explica na reportagem que avanço cobrança não assusta porque o setor das bacias hidrográficas. Conforme o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), do governo reduz emissões de poluentes A Unica explica na reportagem que o avanço dessa cobrança não assustaque porque o setor biocombustíveis para reduzir as emissões de programa das bacias oessa Departamento de para Águas Energia Elétrica do com governo sucroenergético paulista seConforme preparou ao longo dos para anos arcar com esse custo eRecursos colaborar a gestão paulista, os hidrográficas. valores arrecadados com cobrança irão para o eFundo de(DAEE), porque háEstadual décadas emprega biocombustísucroenergético se preparou ao longo dos anos arcar com esse custo e colaborar comHídricos a gestão gases depaulista efeito-estufa pelos transportes. paulista, os valores arrecadados comodemandados essa cobrança irãopróprias para oe Fundo Estadual de Recursos das bacias hidrográficas. Conforme Departamento de Águas Energia Elétrica (DAEE), do Hídricos governo (Fehidro), que os usará nos projetos bacias. Com isso, enquanto países buscam sadas bacias hidrográficas. o Departamento de pelas Águas Energia Elétrica (DAEE), do governo Miguel IvanConforme Lacerda, secretário do Mi- e veis. (Fehidro), que osque usará nos projetos demandados pelas próprias bacias. paulista, os valores arrecadados com essa cobrança irão para o Fundo Estadual de Recursos Hídricos No mês em se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente, as usinas fazem questão de reassumir ídas emergentes para reduzir paulista,nistério os valoresdearrecadados essa cobrança para o Fundo Estadual de Recursos Hídricosos poluentes, Minas e com Energia, e ‘pai’ irão do ReNo mês emosque se nos comemora oodemandados Dia Mundial do eMeio Ambiente, as usinas fazem questão reassumire o (Fehidro), que usará projetos pelas próprias bacias. e manifestar seu compromisso com meio ambiente com o uso sustentável de água. E águaoédesinônimo Brasil respira melhor com biodiesel (Fehidro), que os usará nos projetos demandados pelas próprias obacias. novaBio, explica, em entrevista nesta edição, e manifestar seuque compromisso como oDia meio ambiente e comAmbiente, o uso sustentável defazem água.questão E água de é sinônimo de vida! No mês em se comemora Mundial do Meio as usinas reassumir No que mês em que se comemora o Dia Mundial do vigor Meio Ambiente, as usinas fazem questão de reassumir o Programa de Estado entra em e etanol. demanifestar vida! Boa leitura! e seu compromisso com o meio ambiente e com o uso sustentável de água. E éágua é sinônimo e manifestar seu compromissoserá comrápida, o meio mas ambiente e com o uso sustentável de água. E água sinônimo a implementação gradativa. Boa leitura! de vida! de vida! Até no fim de dezembro, menos de 200 Boa leitura! Boa leitura! Boa leitura! NOSSOS PRODUTOS

Robertson Fetsch 16 9 9720 5751 � Comitê de Gestão - Controladoria & TI public dade@procana.com.br � Editor Mateus Mes ias Delcy Mac Cruz - editor@procana.com.br presidente@procana.com.br � As istente Thaís Rodrigues � Editor de Arte - Diagramação thais@procana.com.br José Murad Badur � Comitê de Gestão - Jornalismo Ales andro Reis - editoria@procana.com.br � As inaturas & Exemplares FINANCEIRO Paulo Henrique Mes ias (16) 3512-430 contasareceber@procana.com.br � Comitê de Gestão - Marketing atendimento@procana.com.br contasapagar@procana.com.br Luciano Lima w w.loja.jornalcana.com.br luciano@procana.com.br

��Secagem pode gerar renda Como fazer Industrial . de . .alevedura .correta . . . .manutenção . . . . . . . de . . bombas . extra . . . de . . R$ . . 40 . .milhões . . .16 a 26 dustrial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16 a 26 ��Cozimento contínuo ganha no setor Secagem podeespaço gerar renda extra de R$ 40 milhões MERCADO/INDUSTRIAL � Como fazerde a levedura correta manutenção de bombas � Como fazer a correta manutenção de bombas Primeiro leilão de compra Cozimento contínuo ganha espaço no setor ��Secagem de levedura pode gerar renda extra de R$ 40 milhões � Secagem de levedura pode gerar renda extra de R$ 40 milhões Geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .30 de energia será em maio . . .................................... 12 � Cozimento contínuo ganha espaço no setor � Cozimento contínuo ganha espaço no setor � Empresas têm até 31 de agosto para aderir ao Refis Geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .30 Palestra tema � Empresas Geral . . . .com .têm . . até .o. 31 . . de . .agosto . “Um . . . para . .controle .aderir . . . .ao. Refis . . . . . . . . . . . .30 ral Agrícola .mais . . . . que . .. .. ..avançado” .. .. .. .. .. .. .. .. .. é .. ..destaque .. .. .. .. .. .. .. .. .no . .. .. .. .. .. .. .. .30 .24 a 34 � Empresas têm até 31 de agosto para aderir ao Refis � Empresas têm até 31 de agosto para aderir ao Refis Sugar &.Ethanol � Endividamento em Agrícola . . . .sucateia . . . Latin . .sistemas . . .American . . de . .irrigação . . . . .......................... . . Alagoas . . . . . . .24 a14 34

“Desenvolver o agronegócio

COLABORADORES

Map BrasildeUnida es Técni oeAtualização ProdutorasdeAçúcareÁlco l Tecnológica

CARTA AO LEITOR 5 CARTA AO LEITOR 5 CARTA LEITOR Janeiro CARTA AO AO LEITOR 5 5 2020

Ar tigos as inados (inclusive os das eções Negócios & Opor tunida es e Vitr ne) refl tem o ponto de vist a dos autores (ou das empresa cit ad s). JornalCan . Dire tos autorais e comercia s res r vados. É proib da reprodução, to al ou parcial, distribuição u disponib lização pública, por qualquer meio u proces o, sem autorização expres a. A violação dos diretos autorais é punível como crime (art. 184 e parágrafos, do Código Penal) com pena de prisão e multa; conjuntamente com busca e apre nsão e indenização diversa (ar tigos 12 , 123, 124, 126, da Lei 5.98 , de 14/12/1973). NOSSOS PRODUTOS PUBLICAÇÕES NOSSOS

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JornalCana - O MAIS LIDO! Prêmio MasterCana EVENTOS PUBLICAÇÕES NOSSOS Tradição de Credibilidade e Anuário da Cana PRODUTOS NOSSOS PRODUTOS Brazilian Sugar and Ethanol Guide JornalCana O MAIS LIDO! Sucesso Prêmio MasterCana EVENTOS PUBLICAÇÕES A Anuário Bíblia dodaSetor! Cana Tradição Credibilidade e EVENTOS PUBLICAÇÕES Fórumde ProCana QuemBrazilian é QuemSugar no- O-setor sucroenergético Ethanol JornalCana MAIS LIDOLIDO!Guide Prêmio MasterCana Sucesso JornalCana OandMAIS USINAS DE ALTA Prêmio MasterCana A Bíblia do Setor! JornalCana Online JornalCana - O Anuário MAIS LIDO! Tradição dePERFORMANCE Credibilidade e Sucesso Prêmio MasterCana Anuário da Cana Tradição de Credibilidade e da Cana Fórum ProCana www.jornalcana.com.br Quem é Quem no setor sucroenergético Anuário da Cana eDE ALTA Brazilian Sugar and Ethanol Guide Tradição de Credibilidade Sucesso USINAS Fórum ProCana SINATUB Tecnologia Brazilian Ethanol Guide BIOand&Guide Brazilian Sugar andSugar AEthanol Bíblia doSugar Setor! JornalCana Online Sucesso Usinas deFórum Alta PERFORMANCE Awww.jornalcana.com.br Bíblia do Setor! Liderança em Performance Aprimoramento ProCana AQuem BíbliaédoInternational Setor! Quem no setorMagazine sucroenergético Fórum ProCana Técnico eTecnologia Atualização USINAS DE ALTA Quemnoé setor Quem noBrasil setor&de sucroenergético SINATUB SINATUB Tecnologia MapaJornalCana Unidades Quem é Quem sucroenergético BIO Sugar Online USINAS DEemALTA Tecnológica PERFORMANCE Produtoras e Álcool Liderança em Aprimoramento Liderança Aprimoramento Técnico e International Magazine JornalCana Onlinede Açúcar www.jornalcana.com.br JornalCana Online PERFORMANCE Técnico Tecnológica eTecnologia Atualização www.jornalcana.com.br www.jornalcana.com.br Atualização MapaBIO Brasil de Unidades SINATUB & Sugar Tecnológica Tecnologia de Açúcar e Álcool SINATUBLiderança em Aprimoramento &Produtoras Sugar International Magazine BIOBIO& Sugar - International Magazine - Seminário de Manejo em Aprimoramento Artigos assinados (inclusive os dasLiderança seções CanaBio Negócios &e Atualização International Magazine Técnico Mapa Brasil deProdutoras Unidades Mapa Brasil de Unidade de Técnico eBiológico & Orgânico em Atualização Tecnológica Mapa Brasil deeUnidades Produtoras de Açúcar e Álcool Oportunidades Vitrine) refletem o ponto de vista dos autores Açúcare(inclusive eÁlcool Álcool os das seçõesTecnológica Cana-de-açúcar Produtorasassinados de Açúcar Artigos Negócios &

� Presidente Josias Messias � Presidente josiasmessias@procana.com.br Fone 16 3512.4300 Fax 3512 4309 ISSN 1807-0264 Josias Messias Av. Costábile Romano, 1.544 - Ribeirânia C �josiasmessias@procana.com.br Po remsitdêendtee Gestão - Comercial & Eventos Fone 16 3512.4300 Fax 3512—4309 � Preside nte Messias ISSN 1807-0264 14096-030 — Ribeirão Preto SP Rose Josias Messias ISSN 1807-0264 Josias Messias Av. Costábile Romano, 1.544 Ribeirânia � Comitê de Gestão - Comercial & Eventos rose@procana.com.br procana@procana.com.br josiasmessias@procana.com.br josiasmessias@procana.com.br Fone 16 3512.4300 Fax 3512 4309 14096-030 — Ribeirão Preto — SP Rose Messias FoneAv. 16Costábile 3512.4300 Fax 3512 4309 Romano, 1.544 - Ribeirânia Comitê de Gestão - R aceirocniaalm&en � procana@procana.com.br Ce olm EtvoenCtom s Clientes �rose@procana.com.br Av. Costábile Romano,—1.544 - Ribeirânia de GMessias eMessias stão - Comercial & Eventos � ComitêLucas COLABORADORES � Arte 14096-030 Ribeirão Preto — SP Rose 14096-030 — Ribeirão Preto — SP Rose Messias � Comitê de Gestão - Relacionamento Com Clientes Gustavo Santoro - arte@procana.com.br lucas.messias@procana.com.br � Relacionamento Com Clientes rose@procana.com.br procana@procana.com.br rose@procana.com.br procana@procana.com.br Lucas Messias COLABORADORES � Arte Robertson Fetsch 16 9 9720 5751 � Relacionamento Com Clientes publicidade@procana.com.br Comitê de Gestão - C Editor Santoro - arte@procana.com.br �lucas.messias@procana.com.br �Gustavo Roenlatcroiolandaomriean& toTCI om Clientes de GeMessias sMessias tão - Relacionamento Com Clientes “Desenvolver o agronegócio � ComitêMateus Robertson Fetsch 16 9 9720 5751 Delcy Lucas COLABORADORES � ArteMac Cruz - editor@procana.com.br (ou das empresas citadas). JornalCana. Direitos autorais e Lucas Messias COLABORADORES � Arte � Comitê de Gestão - Controladoria & TI � EditorSantoro - arte@procana.com.br presidente@procana.com.br seslaisctieonntaemenPublicidade �publicidade@procana.com.br lucas.messias@procana.com.br Gustavo R to Com Clie&ntPatrocínios es A Atendimento Oportunidades e Vitrine) refletemaoreprodução, ponto de vista autores namento CFetsch om Clie16 nte9s 9720 5751 Gustavo Santoro � RelacioThaís sucroenergético, “Desenvolver odisseminando agronegócio lucas.messias@procana.com.br comerciais reservados. É proibida totaldos Mateus Messias Cruz �Delcy EditoMac r -darte@procana.com.br eA rte -- Deditor@procana.com.br iagramação Robertson GilmarRodrigues Messias - publicidade@procana.com.br Artigos osJornalCana. das seçõesDireitos Negócios &ou e (ou dasassinados empresas(inclusive citadas). autorais Robertson A9ss9153.8690 iste16 nte9 9720 5751 �Fetsch Artigos assinados (inclusive os das seções Negócios & thais@procana.com.br José Badur Comitê de Gestão - JCoornntarloislamdooria & TI �presidente@procana.com.br publicidade@procana.com.br tor � EdiMurad parcial, distribuição ou disponibilização pública, por qualquer (16) Oportunidades e Vitrine)Érefletem o ponto de vistatotal dos ou autores conhecimentos, estreitando � ComitêAlessandro sucroenergético, disseminando publicidade@procana.com.br de GesMessias tão Reis - Con-teditoria@procana.com.br roladoria & TI � Editor � Diagramação comerciais reservados. reprodução, “Desenvolver o agronegócio Thaís Rodrigues EditMac or deCruz Arte- -editor@procana.com.br Diagramação Mateus Delcy Oportunidades e Vitrine) refletem o proibida ponto deaexpressa. vista dos Aautores meio ou processo, sem autorização violação dos “Desenvolver o agronegócio (ou das empresas citadas). JornalCana. Direitos autorais e Gaspar Martins - diagramacao@procana.com.br Mateus Messias Delcy Mac CruzMurad - editor@procana.com.br José Badur � Comitê de Gestão - Jornalismo Assinsatetunrtaes & Exemplares �thais@procana.com.br FINANCEIRO presidente@procana.com.br parcial, distribuição ou disponibilização pública, por qualquer (ou das empresas citadas). JornalCana. Direitos autorais e e direitos autorais é punível como crime (art. 184 parágrafos, relacionamentos e gerando presidente@procana.com.br conhecimentos,disseminando estreitando A s s i s t e n t e � sucroenergético, comerciais reservados. Éautorização proibida a reprodução, total ou dos Paulo Henrique Messias (16) 3512-4300 Comitê de Reis Gest-ãoeditoria@procana.com.br - Marketing �Alessandro contasareceber@procana.com.br Thaís Rodrigues � Editor de Arte - Diagramação meio ou processo, sem expressa. A violação sucroenergético, disseminando Gestão comerciaisdo reservados. É proibida a reprodução, ou conjuntamente Código Penal) com de prisão etotal multa; Thaís Rodrigues � Editor d e A rtMurad e - Dde iaBadur gMKT/Conteúdo ramação � Assinaturas & Exemplares FINANCEIRO atendimento@procana.com.br Luciano Lima contasapagar@procana.com.br thais@procana.com.br José de Gestão - Jornalismo � Comitê parcial, distribuição oupena disponibilização pública, por qualquer direitos autorais é punível como crimediversas (art.qualquer 184(artigos e parágrafos, Alessandro negócios sustentáveis” relacionamentos e gerando � Comitê Alessandro conhecimentos, estreitando thais@procana.com.br José Murad Badur Reis - editoria@procana.com.brparcial, distribuição deCGoemsittãêodReis -e JGoern-sateditoria@procana.com.br ou disponibilização pública, por com busca e apreensão e indenização 122, www.loja.jornalcana.com.br luciano@procana.com.br Paulo Henrique Messias (16) 3512-4300 ãliosm - oMarketing � contasareceber@procana.com.br Financeiro meio ou processo, sem autorização expressa. A violação dos conhecimentos, estreitando do Código Penal) com pena de prisão e multa; conjuntamente Alessandro Reis editoria@procana.com.br atendimento@procana.com.br Luciano Lima contasapagar@procana.com.br � Assinaturas & Exemplares FINANCEIRO meio ou processo, sem autorização expressa. A violação dos Renata Macena 123, 124, 126, da Lei 5.988, de 14/12/1973). direitos autorais é punível como crime (art. 184 e parágrafos, negócios sustentáveis” relacionamentos e gerando r a s & E x e m p l a r e s � Assinatu FINANCEIRO com busca e apreensão e indenização diversas (artigos 122, www.loja.jornalcana.com.br luciano@procana.com.br Paulo Henrique Messias (16) 3512-4300 � Comitê de Gestão - Marketing contasareceber@procana.com.br gerentefinanceiro@procana.com.br direitos autorais é punível como pena crime (art. 184 ee multa; parágrafos, relacionamentos e gerando do123, Código Penal) prisão conjuntamente Paulo Henrique Messias (16) 3512-4300 � Comitê de Gestão - Marketing contasareceber@procana.com.br atendimento@procana.com.br Luciano Lima contasapagar@procana.com.br 124, 126, dacom Lei prisão 5.988,de demulta; 14/12/1973). do Código Penal) com pena de e conjuntamente negócios sustentáveis” atendimento@procana.com.br Luciano Lima contasapagar@procana.com.br com busca e apreensão e indenização diversas (artigos 122, www.loja.jornalcana.com.br luciano@procana.com.br negócios sustentáveis” com busca e apreensão e indenização diversas (artigos 122, www.loja.jornalcana.com.br luciano@procana.com.br

negócios ustentáveis” ISSN 1807-0264

NOSSA MISSÃO NOSSA MISSÃO NOSSA MISSÃO NOSSA MISSÃO

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123, 124, 126, da Lei 5.988, de 14/12/1973). 123, 124, 126, da Lei 5.988, de 14/12/1973).


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EVENTOS

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Agro Expo International estimula novos negócios FOTOS DIVULGAÇÃO

Lançado em 28/11 pelo governador paulista João Doria, o evento integra os principais agentes do agro e será realizado em novembro de 2020 Os principais agentes do agronegócio estarão reunidos no Agro Expo International. Lançado em 28/11 pelo governador do Estado de São Paulo, João Doria, o evento é desenvolvido para proporcionar uma experiência imersiva aos principais agentes do setor e estimular a geração de novos negócios e investimentos. “O agro tem uma importância capital para nosso Estado. São Paulo representa 22% de toda a produção do agro nacional. Somos líderes mundiais em açúcar, álcool, etanol e

João Doria, governador de São Paulo: o objetivo desse evento é atingir os principais mercados internacionais, com destaque para China, Oriente Médio e EUA

suco de laranja, temos posições destacadas em grãos e proteína animal”, disse Doria. O número de empregos vinculados ao agro também é grande, foi um setor que cresceu quase 9% na oferta de novos postos até outubro e nosso objetivo é atingir 15% de crescimento de mão de obra em 2020. O objetivo desse evento é atingir os principais mercados internacionais, com destaque para China, Oriente Médio e EUA.” O evento, inspirado em modelos internacionais de networking, será re-

O evento vai unir presente e futuro do agronegócio em uma experiência inédita, composta por cinco segmentos: – Agro Produção: do plantio a colheita, quem faz acontecer; – Agro 5.0: as tecnologias emergentes e conectividade; – Agro Excelência: com serviços financeiros, governança e gestão; – Agro Global: agroindústria de alimentos e bens de consumo, exportação e abertura de mercado; – Agro Startups: soluções disruptivas, trazendo as 50 melhores, com o objetivo de captar R$ 100 mil em investimento para cada. Para mais informações, acesse www. agroexpointernational.com.br.

alizado entre 16 e 18 de novembro de 2020 no Transamerica Expo Center, na capital paulista. A Agro Expo International reunirá todos os elos do setor responsável pelo desenvolvimento econômico, aumento da competitividade e internacionalização do Brasil. Serão aproximadamente 100 expositores e são esperados 4,5 mil visitantes altamente qualificados nos três dias de evento, entre produtores e empresas rurais, empreendedores, as principais associações e coopera-

tivas, startups, as maiores tradings do agro global, importadores e câmaras de comércio. Estão previstas 4,6 mil reuniões estruturadas que devem gerar volume de negócios estimado em mais de R$ 2 bilhões. Serão oferecidas aproximadamente 90 palestras para discutir as principais tendências e demandas globais e demonstrar a realidade do agronegócio brasileiro e de produção de qualidade, com sustentabilidade e tecnologia.

Participantes do lançamento da Agro Expo International


EVENTOS / INDUSTRIAL

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ABERTAS AS INSCRIÇÕES DE USINAS PARA O MASTERCANA NORDESTE ARQUIVO

Evento acontece na noite de 6 de fevereiro em Recife (PE) Depois do sucesso do MasterCana Award e Brasil, principal premiação do setor sucroenergético da América Latina, chega a vez da celebração das regiões Norte e Nordeste. Com apenas 200 convidados VIPs, o jantar e cerimônia do Prêmio MasterCana Nordeste está programado para o dia 6 de fevereiro na prestigiada Spettus Steak House, em Boa Viagem, Recife (PE). O evento reunirá os principais nomes do setor e reconhecerá personalidades, grupos e entidades que se destacam na região Norte/Nordeste do Brasil Como sempre, serão premiados os melhores grupos e usinas que estão se destacando na região, e as inscrições ainda estão abertas. Confira a seguir as áreas que serão

contempladas: - ESTRATÉGIA EMPRESARIAL – Ações estratégicas focadas na estrutura interna da empresa, incluindo Governança & Compliance. - RESPONSABILIDADE EMPRESARIAL – Ações estratégicas focadas em atender demandas da

sociedade e mercados relacionados com a empresa, incluindo sustentabilidade. - ADMINISTRAÇÃO & FINANÇAS - COMERCIAL & LOGÍSTICA - PRESERVAÇÃO AMBIENTAL

- RECURSOS HUMANOS - SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO - PROGRAMAS DE QUALIDADE E PRODUTIVIDADE – Programas de incremento na qualidade e produtividade da empresa, como Lean, TPM, etc. - TIC - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÕES - BIOELETRICIDADE - PRODUÇÃO DE ÁLCOOL - PRODUÇÃO DE AÇÚCAR - AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL - AUTOMAÇÃO AGRÍCOLA - ÁREA INDUSTRIAL - ÁREA AGRÍCOLA - AUTOMOTIVA E LOGÍSTICA AGRÍCOLA - MANEJO E TRATOS CULTURAIS - IRRIGAÇÃO Para inscrever os cases de sua usina, baixe o formulário completo com as instruções detalhadas no endereço www.mastercana.com.br.


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INDUSTRIAL

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Canabio

PAT garante aprimoramento técnico e atualização tecnológica para colaboradores de usinas Programa garante participação nos principais eventos técnicos do setor Num mercado em profunda transformação, como o sucroenergético, o acesso a conteúdo técnico atualizado e a benchmarking especializado são fatores importantes na busca pela alta produtividade, eficiência e competitividade. Neste sentido, as usinas que buscam o aprimoramento técnico e a atualização tecnológica de seus colaboradores passam a contar com um programa que facilita a participação deles em importantes seminários das áreas agrícola e Industrial. Trata-se do PAT - Programa de Atualização Técnica ProCana, um convênio que garante a inscrição de pelo menos 2 gestores e profissionais da usina em cada um dos 8 seminários técnicos realizados anualmente pela ProCana Eventos. São 5 seminários Sinatub - os únicos que cobrem especificamente cada setor da área industrial, desde a recepção da cana até a entrega dos produtos finais - e 2 seminários voltados para a área agrícola: o CANABIO - Seminário de Manejo Biológico e Orgânico para Cana-de-açúcar e o Usinas de Alta Performance Agrícola, exclusivo benchmarking anual com as usinas e produtores TOP10 em produtividade e inovação. Através do PAT, a usina obtém descontos a partir de 75% - equiva-

lente a quase R$ 5 mil reais - no calendário anual da ProCana Eventos, reconhecida por focar nas apresentações de cases e inovações de usinas e grandes especialistas das áreas, do Brasil e América Latina. Confira o Calendário Técnico 2020 da ProCana Eventos: 4º SINATUB Custos, Perdas e Gestão Industrial 27 de Maio | Ribeirão Preto (SP) Abrindo a temporada de eventos técnicos, o SINATUB Custos, Perdas e Gestão Industrial já se tornou o Encontro Anual dos Gestores Industriais das usinas! Nele são apresentados e discutidos os principais indicadores e as melhores práticas de uma gestão industrial de alta eficiência. 8º SINATUB Processos, Fermentação e Produção de Etanol 28 de Maio | Ribeirão Preto (SP) O evento apresenta cases relevantes sobre avanços e inovações tecnológicas nas áreas de processos, tratamento de caldo, filtragem, fermentação, destilação, desidratação e tratamento de vinhaça, apresentadas e discutidas por gestores de usinas e especialistas da área. 2º CANABIO - Seminário de


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Manejo Biológico e Orgânico para Cana-de-açúcar 24 e 25 de Junho | Ribeirão Preto (SP) Sucesso absoluto em 2019, com quase 300 participantes, de 58 unidades produtoras, a edição 2020 promete crescer em público e conteúdo técnico! Serão mais de 30 palestras, entre cases de usinas e fornecedores de cana e dos maiores especialistas e desenvolvedores de tecnologia da área de manejo biológico no Brasil e na América Latina.

Caldeiras

4º USINAS DE ALTA PERFORMANCE AGRÍCOLA 19 de Agosto | Sertãozinho (SP) Evento técnico mais bem avaliado da Fenasucro & Agrocana 2019, o Usinas de Alta Performance Agrícola promove o benchmarking anual com as usinas TOP10 em produtividade e inovação, além de produtores que ultrapassam os três dígitos de produtividade. 18º SINATUB Caldeiras, Vapor e Energia 23 e 24 de Setembro | Ribeirão Preto (SP) Com o foco em “Eficiência Energética para a Máxima Produção de Etanol, Açúcar e Exporta-

ção de Energia”, o evento fornece informações relevantes sobre os avanços tecnológicos nas áreas de balanço energético, geração e consumo de vapor e de energia elétrica,

envolvendo os aspectos técnicos e econômicos, aplicados a plantas industriais e centrais termoelétricas. 10º SINATUB Recepção, Pre-

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paro e Extração (Moenda e Difusor) 02 de Dezembro | Ribeirão Preto (SP) Apresenta informações relevantes e casos de inovações tecnológicas e melhorias operacionais nas áreas de Recepção, Preparo e Extração, visando o máximo aproveitamento da matéria-prima, redução de custos, incremento na qualidade e índices de eficiência, aumento na capacidade e na segurança de processamento da cana por Moenda ou Difusor. 8º SINATUB Fabricação de Açúcar 03 de Dezembro | Ribeirão Preto (SP) O evento é focado em conhecimento técnico, casos de inovações tecnológicas e melhorias operacionais nas áreas de Sulfitação, Calagem/Controle de PH, Tratamento de Caldo, Evaporação, Cozimento, Cristalização, Centrifugação, Secagem, Carregamento, Embalagem e Armazenamento de Açúcar, visando a máxima recuperação de fábrica e qualidade do produto. Para participar do PAT e saber maiores informações basta acessar jornalcana.com.br/PAT


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EFICIÊNCIA ENERGÉTICA É PRIORIDADE Tecnologias disponíveis permitem maximização da eficiência energética

EFETIVAÇÃO ONLINE DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO VIA S-PAA

NELSON NAKAMURA, DOUGLAS MARIANI E JOSIAS MESSIAS*

Por definição, a eficiência é a capacidade de realizar tarefas ou trabalhos de modo eficaz e com o mínimo de desperdício, aumentando assim a produtividade. Quando pensamos em aumento de eficiência é comum pensarmos em utilizar equipamentos com melhor performance, cujo consumo de combustível e/ou matéria prima é reduzido, ou obter um aumento da quantidade dos produtos entregue. Estes equipamentos são geralmente resultado de evolução da tecnologia embarcada, frente a outros equipamentos similares antigos. Um exemplo comum no setor sucroenergético são as atuais caldeiras com sistemas de recuperação de calor. Estas caldeiras trocam calor com extrações controladas dos geradores ou sistemas complexos de troca de energia com condensados, visando garantir um menor consumo de combustível para cada tonelada de vapor produzida. O aumento de eficiência aqui se dá pelo uso de tecnologia mais aprimorada. No entanto, este ganho exige um investimento de vulto, uma vez que o custo de capital para dispor desta tecnologia é alto e leva um bom tempo para que este retorne ao investidor. Uma outra maneira de ganhar eficiência é adequar a operação dos equipamentos existentes, sem custo de capital e sem necessidade de um longo tempo de amortização. Neste caso, busca-se “fazer mais com o mesmo”, utilizando também os avanços tecnológicos mas na forma de operar os equipamentos disponíveis. Se algo é unanimidade nas plantas sucroenergéticas é que a estabilidade operacional deve ser perseguida a todo o momento, pois, ao alcançar a estabilidade no processamento de uma matéria-prima tão diversa, a eficiência também será alcançada. Nesta linha, o equilíbrio do balanço de energia é primordial para uma operação mais estável, e uma ferramenta que vêm sendo utilizada para cumprir esta função nas usinas é o S-PAA. A Inteligência Artificial na otimização do Balanço de Energia Presente em 38 usinas, o S-PAA é uma ferramenta de otimização operacional que visa garantir que a operação

EXEMPLOS DE AÇÕES TOMADAS PELO S-PAA ENERGIA - Calcula a demanda de entalpia em tempo real para cada condição de processamento. - Define melhor arranjo da carga para a entrega da entalpia ao processo, definindo os níveis de vapor de escape e vapores vegetais em tempo real. - Define o set-point de alívios em tempo real. - Antecipa as ações nos geradores para mitigar as variações na qualidade de combustível e manter o conjunto caldeira/gerador o mais estável possível. - Busca redução no vapor de escape, buscando o ganho no salto isentrópico a cada condição de processamento. - Padronização rápida da operação frente à um cenário bastante amplo de mudanças.

EFICÊNCIA ENERGÉTICA RESULTADOS OBTIDOS EM 35 USINAS Dentre os resultados típicos obtidos com a implementação do S-PAA para os balanços de energia da planta destaca-se: - Aumento de 3 a 8% na exportação de energia; - Redução do consumo de vapor do processo na ordem de 4 a 8% em relação a cana processada; - Redução drástica de alívios de vapor vegetal ou de escape; - Redução de até 25% das perdas em colunas de destilação por conta da estabilidade do vapor; - Estabilização da planta, permitindo as usinas alcançarem níveis máximos de processamento por longo período; - Gerenciamento eficiente de sistema de vapor mesmo com caldeiras que apresentavam problemas mecânicos ou operacionais; - Em média, o S-PAA Energia gerou retornos financeiros claramente mensuráveis pelos clientes na ordem de R$ 2.000.000,00 a R$ 3.000.000,00 por safra.

do dia-a-dia seja a mais otimizada e equilibrada possível, e que se adeque às variabilidades operacionais inerentes ao processamento de cana-de-açúcar. Ou seja, uma tecnologia aplicada para o ganho de eficiência, mas com baixo custo e curto tempo de retorno. Único sistema integrado de Otimização em Tempo Real implantado em usinas e destilarias do mundo, o S-PAA é o é uma ferramenta que roda os balanços de massa e energia e executa um robusto algoritmo de otimização online, que define os set-points e parâmetros operacionais que levam a uma melhoria no desempenho de todos os processos e, consequentemente, à maior eficiência energética da planta. Diferentemente dos Controles Avançados, que são técnicas que nasceram para resolver problemas de controle com respostas onde o controle PID tradicional tem suas limitações e que, sempre com base nos dados do histórico, permitem otimizações locais e restritas ao subconjunto modelado, como combustão das caldeiras, o S-PAA consegue a complexa tarefa de alcançar a máxima eficiência energética da planta toda mesmo com foco na cogeração. E isto considerando que as usinas são plantas de processo contínuo, no qual cada setor de produção depende e interfere diretamente na eficiência dos demais setores. O modulo de Energia do S-PAA permite acompanhamento online dos sistemas de vapor e energia da planta, monitorando em tempo real os consumos e eficiências, indicando as variáveis que mais influem nestes. O acompanhamento das tendências aumenta o entendimento do equipamento e do seu papel no balanço. Com o mapeamento online da planta, o sistema mostra ao operador em quais set-points os geradores, redutoras e demais equipamentos devem operar a cada momento, de modo a aproveitar a entalpia disponibilizada pelas caldeiras sem afetar sua estabilidade, ajudando ainda a identificar vazamentos, corrigir discrepâncias e estabilizar os consumos da planta. Os modelos matemáticos do S-PAA irão definir qual a demanda de entalpia de processo em cada condição de processamento e, utilizando a modelagem detalhada das caldeiras e geradores e um poderoso algoritmo de otimização híbrida multi-objetivo define qual o melhor arranjo de carga para a entrega de entalpia no escape. O robusto algoritmo de otimização antecipa as ações junto aos geradores para mitigar as variações de combus-


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PARA USINAS FUNCIONALIDADE

S-PAA

Sistema de Planejamento

Controle Avançado

hicommarketing

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL PARA GESTÃO E CONTROLE INDUSTRIAL DE USINAS

Modelo Virtual representativo da planta (gêmeo digital) Plataforma Integrada de Otimização Otimização

Global, em tempo real e multi-objetivos

Recomendação baseado em "n" simulações

Local

Otimização Exportação Energia

Otimização com eficiência (minimizando alívio e ajuste do V1)

Recomendação

Otimização com escape definido

Balanço de Massa e Energia Laço Aberto - Sugestão de melhoria Determinação do Set-point com base no balanço e nas restrições Laço Fechado - Atuação automática nos "set-points" Redução de Variabilidade

Estabilidade da planta

Estabilidade de uma variável

Gestão à Vista - Acompanhamento online dos indicadores PDCA Online (Workflow) Simulação Offline Escalabilidade by

tível e outros fatores que têm como consequência as variações de combustão da caldeira. Com esta ação típica do S-PAA, a otimização da combustão da caldeira faz com o que a qualidade do vapor produzido por esta fonte primária ganhe em qualidade da entalpia disponível e com a redução da variabilidade. Na outra ponta, com o S-PAA calculando apenas a entalpia necessária para manter o vapor de processo estável e adequado às necessidades da planta, leva a uma redução média do vapor de escape e com isso uma maximização do salto isentrópico do sistema de geração, reduzindo o seu consumo específico e evitando o desperdício de entalpia, melhorando toda a eficiência do conjunto. Os ganhos reportados pelas usinas

pagam o projeto do S-PAA em menos de 90 dias. No caso de aluguel, o custo é uma fração do ganho mensal. Qual o tipo de investimento em tecnologia se adequa à sua planta atualmente? Longos paybacks em investimento de capital que levam várias safras para retornar ou soluções tecnológicas de baixo custo cujo retorno é inferior a 90 dias? *Nelson Nakamura, diretor da Soteica, é engenheiro mecânico com pós-graduação em produção, especialização em engenharia química e PHD em administração de empresas. *Douglas Castilho Mariani, é engenheiro químico com doutorado em engenharia química na área de simulação e otimização de processos industriais e consultor da Soteica. *Josias Messias é jornalista e presidente da ProCana Brasil.

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MERCADO / INDUSTRIAL

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VEM AÍ O PRIMEIRO LEILÃO DO ANO Leilão de Energia Nova A-4, aberto também para compra de eletricidade de biomassa, está previsto para maio próximo ARQUIVO

O primeiro leilão de 2020 do governo para compra de energia nova está previsto para o dia 28 de maio. A bioeletricidade está contemplada e a vigência do contrato para a fonte biomassa é de 20 anos. As informações estão na Portaria MME 455, publicada pelo Ministério de Minas e Energia (MME) na edição de 11/12/19 do Diário Oficial da União (DOU). A Portaria estabelece as Diretrizes para a realização do Leilão de Compra de Energia Elétrica Proveniente de Novos Empreendimentos de Geração. Trata-se do denominado Leilão de Energia Nova “A-4”, de 2020. As principais informações sobre o Leilão A-4/2020 são: O Leilão de Energia Nova “A4”, de 2020, deverá ser realizado em 28 de maio de 2020. O prazo para a realização do cadastramento de projetos para o certame e para a entrega de documentos será até as doze horas do dia 17 de janeiro. O início do suprimento contratual de energia elétrica deverá ocorrer em 1º de janeiro de 2024.

NEGOCIAÇÃO MÍNIMO DE 30% Deverão ser negociados no mínimo 30% da energia habilitada dos empreendimentos de geração. Os agentes de distribuição deverão apresentar as Declarações de Necessidade de compra de energia elétrica para o Leilão de Energia Nova “A-4”, de 2020, as quais deverão: I – ser apresentadas no período compreendido entre 17 e 27 de março de 2020; e II – considerar o atendimento à totalidade do respectivo mercado, com início de suprimento de energia elétrica a partir de 1º de janeiro de 2024. A Sistemática do Leilão está anexa à Portaria em tela.

COMO DEVEM SER OS CONTRATOS No Leilão de Energia Nova “A-4”, de 2020, serão negociados os seguintes CCEARs – Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado: I – na modalidade por quantidade de energia elétrica, com prazo de suprimento de trinta anos, para os seguintes empreendimentos hidrelétricos: Central Geradora Hidrelétrica – CGH; Pequena Central Hidrelétrica – PCH; Usina Hidrelétrica – UHE com potência instalada igual ou inferior a 50 MW; e Ampliação de CGH, PCH ou UHE existentes; II – na modalidade por quantidade de energia elétrica, com prazo de suprimento de vinte anos, para empreendimentos eólicos e solares fotovoltaicos; e III – na modalidade por disponibilidade de energia elétrica, com prazo de suprimento de vinte anos, para empreendimentos termelétricos a biomassa. O CCEAR para empreendimento termelétrico a partir de biomassa será diferenciado por CVU – Custo Variável Unitário igual a zero ou diferente de zero. Os empreendimentos de geração que utilizem como combustível principal biomassa composta de resíduos sólidos urbanos, biogás proveniente de aterros sanitários, biodigestores de resíduos vegetais ou animais, ou de estações de tratamento de esgoto, serão enquadrados como empreendimentos termelétricos a biomassa.

DOCUMENTOS PODEM SER APROVEITADOS Os empreendimentos novos que foram habilitados pela Empresa de Pesquisa Energia (EPE) para o Leilão de Energia Nova A-6 de 2019 poderão aproveitar os documentos já apresentados desde que não alterem suas características técnicas, conforme estabelecido no Art. 3º da referida Portaria. Para tanto, é obrigatório o registro desta opção no Sistema AEGE no momento da inscrição do empreendimento. De forma a esclarecer as dúvidas dos agentes do setor sobre o cadastramento e habilitação técnica para os Leilões A-4 e A-5 de 2020, a EPE elaborou um documento com as perguntas e respostas mais frequentes (FAQ) sobre esse processo. A EPE ressalta que caso a dúvida ainda não conste do FAQ, o agente pode enviá-la para o endereço aege@epe. gov.br


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“ESPERAMOS MAIS COMERCIALIZAÇÃO” Expectativa é de Zilmar de Souza, gerente de bioeletricidade da UNICA, diante principalmente os leilões regulados do Governo para 2020 Os leilões regulados de 2020 são a aposta para a energia elétrica produzida a partir da biomassa da cana-de-açúcar. “Esperamos que a bioeletricidade possa comercializar ainda mais energia nos leilões regulados, comparativamente a 2019”, diz Zilmar de Souza, gerente de bioeletricidade da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA). Essa expectativa, emenda, é avaliada com preços remuneradores e um modelo de contratação

que possa caminhar para incorporar as externalidades positivas da bioeletricidade. “E também as características de cada projeto (retrofit; greenfield; aproveitamento da palha e bagaço; geração de biogás etc.)”, afirma ele. Melhora em 2019 A contratação de bioeletricidade nos leilões regulados, promovidos pelo Governo Federal, registrou melhora em 2019 ante o desempenho do ano anterior. Ao longo de 2019, a gerência de bioeletricidade da UNICA confirma venda de 77 megawatts médios (MWM) nesses leilões. “É uma performance ainda bem distante da média anual de comercialização pelo setor (110 MW médios)”, destaca Souza. “[A performance também está longe] do próprio potencial do setor, porém foi o melhor desempenho nos leilões regulados desde 2015.”

Vai e vem da venda de bioeletricidade nos leilões regulados

Fonte: ÚNICA ARQUIVO

Souza, da UNICA: expectativas para 2020


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“UM CONTROLE MAIS QUE AVANÇADO” É DESTAQUE EM CONFERÊNCIA NA COLÔMBIA Apresentação chamou a atenção dos participantes pela inovação e integração da gestão industrial de usinas A palestra intitulada “Um controle mais que avançado”, foi destaque no Sugar & Ethanol Latin American, realizado de 3 a 5 de dezembro em Cali, na Colômbia. A apresentação foi proferida por Décio de Almeida Freitas, diretor da Solution Engenharia e chamou a atenção dos participantes pela inovação tecnológica já implementada em mais de 30 usinas no Brasil, que vem facilitando o trabalho dos gestores industriais, além de gerar expressivos ganhos operacionais e econômicos para as empresas. Apresentada como “Un Control más que Avanzado para Cogeneración y Planta Industrial”, título em espanhol, a palestra explorou inicialmente a seguinte questão: diante da crescente oferta de sistemas de planejamento, RTO (Real Time Otimization), controle avançado e lógicas de automação, qual a melhor estratégia para as usinas? Freitas, então aprofundou o tema discorrendo sobre como a inteligência artificial vem assumindo papel preponderante na eficiência global de usinas e destilarias. “No caso da área industrial, por exemplo, existem diversas tecnologias associadas ao controle e à automação do processo que merecem nossa atenção”, afirmou o palestrante constatando que a técnica que tem recebido maior atenção na indústria de processos para otimizar o desempenho global da planta é o Otimização em Tempo Real (RTO). Segundo ele, o RTO procura otimizar o desempenho do processo (podendo ser medido em termos de eficiência global, custo operacional ou lucro), possibilitando que as empresas possam aumentar a sua rentabilidade nas diversas condições da planta, o tempo todo. O ponto alto da apresentação foram os exemplos de máxima eficiência obtidos por usinas que tem utilizado o S-PAA, sistema integrado de Otimização em Tempo Real

Décio Freitas, da Solution/Pró-Usinas, e Hugo Davila, diretor do grupo Coazucar, do Peru

Emilio Colamarino e Cristobal Roda, do Ingenio Aguaí, da Bolívia; Decio Freitas, Harold Duarte, do HDM Group, da Colômbia; e Hugo Dávila

para usinas e destilarias, desenvolvido pela Soteica e usado para modelagem, simulação e otimização on-line dos processos sucroenergéticos.

“Seu robusto algoritmo de otimização é executado on-line, definindo para os operadores em tempo real quais parâmetros operacionais

levam a uma melhoria no desempenho do processo e, consequentemente, à maior eficiência e rentabilidade”, destacou Freitas.


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Grandes miram o etanol de milho Cofco, Raízen e AMaggi estariam avaliando investir em unidades produtoras do cereal em estados como o Mato Grosso O etanol de milho avança no País e já atrai o interesse de grandes empresas do setor sucroenergético. A comercializadora chinesa de commodities Cofco, o grupo brasileiro de grãos AMaggi e a Raízen, joint venture entre Shell e Cosan, avaliam construir plantas de etanol de milho no Brasil, segundo a Reuters. O país já possui oito fábricas que convertem o grão no biocombustível, além de outras seis em construção e pelo menos sete em fase de design. Novas unidades estão previstas em Roraima e na Amazônia, como

informa texto na página 30 desta edição. Em base de comparação, o Brasil conta com 349 plantas que produzem etanol a partir da cana-de-açúcar, segundo o Ministério da Agricultura. As novas usinas de etanol também visam um uso mais lucrativo da crescente produção de milho do

Brasil, que aumentou conforme os agricultores aprenderam a gerar uma safra de soja e outra de milho dos mesmos campos em um único ano, com a ajuda do clima tropical. A agência de notícias ouviu um engenheiro que trabalha para a Cofco em uma grande fábrica de etanol de milho em Zhaodong, na China,

com capacidade produtiva de 1,2 bilhão de litros por ano. Ele disse que a comercializadora de commodities, que opera quatro instalações de açúcar e de etanol de cana no Brasil, está analisando o cenário do etanol de milho em Mato Grosso. A Raízen também estabeleceu conversas com fornecedores de equipamentos para avaliar um investimento, de acordo com uma das fontes. Um representante da Raízen disse que a empresa “está alinhada às tendências do mercado para investimentos em energia renovável que atendam às necessidades ambientais de longo prazo”. Já a AMaggi, maior trader brasileira de grãos, que possui três plantas de processamento de soja e se uniu à Bunge para transportar soja e milho pelo rio Amazonas e seus afluentes, disse que não pode comentar no momento sobre um possível projeto em etanol de milho. Um porta-voz disse que a AMaggi fará “em breve” um anúncio sobre seus planos para biocombustíveis.


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NOVA FÁBRICA DA HINOVE GARANTE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA AO PRODUTOR AGRÍCOLA BRASILEIRO Instalada em Rio Brilhante (MS), empreendimento contou com investimentos de R$ 25 milhões Em evento de inauguração de sua nova Indústria em Rio Brilhante (MS), a HINOVE AGROCIÊNCIA contou com mais de 400 pessoas, que presenciaram um momento histórico da empresa. A solenidade contou com a presença de importantes produtores locais e autoridades regionais, dentre elas o governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, que celebrou: “Além de gerar empregos, utilizar mão de obra local e aumentar a renda, a nova fábrica amplia a oferta de produtos que nos últimos dois anos aumentou devido à expansão de quase 600 mil novos hectares que adentram à produção agrícola”. A instalação da nova fábrica também foi comemorada por produtores de

cana-de-açúcar da região. “Sabemos da importância que esta Indústria da HINOVE terá para nosso negócio e nosso dia-a-dia e quanto contribuirá com o crescimento de nossa unidade”, celebra Danilo Almeida, gerente de suprimentos da ACP Bioenergia. O empreendimento possui 100 mil m2 com capacidade instalada para produzir anualmente 400 mil toneladas de fertilizantes líquidos e outras 400 mil de fertilizantes sólidos. Ao todo foram investidos R$ 25 milhões no empreendimento. A nova Indústria fornecerá fertilizantes especiais de alta tecnologia para todas as culturas agrícolas, dentre elas: cana-de-açúcar, soja, milho, algodão, reflorestamento, mandioca, pastagem, frutíferas e café.


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Nova tecnologia HiFluid de fertilizantes NPK especiais líquidos pode contribuir com o aumento da produtividade Em seu DNA inovador, a HINOVE AGROCIÊNCIA apresenta em seu portfólio diversas linhas de produtos, com fertilizantes NPK Especiais sólidos, líquidos e foliares, destacando-se por sua eficiência operacional e acréscimo na produtividade das culturas agrícolas. Umas das tecnologias HINOVE é o HiFluid: fertilizante líquido a base de macros e micronutrientes solúveis para aplicação direta no solo, com maior aproveitamento pelas culturas agrícolas, com maior produtividade e retorno econômico. ´´A tecnologia HiFluid permite ganhos operacionais e agronômicos, podendo ser aplicada de diversas formas em todos os cultivos”, descreve Renato Benatti, fundador e CEO da HINOVE AGROCIÊNCIA. A eficácia do produto é atestada por Marcio Verrunes, diretor presidente da Agrícola MV. “Trabalho há mais de 20 anos com cana-de-açúcar. É o primei-

ro ano que apostamos nos fertilizantes líquidos e aplicamos em 100% de nossa área em trato de soqueira, onde já estamos colhendo bons resultados”, destaca. A HINOVE apresenta diversos produtos de alta tecnologia ao mercado de fertilizantes. É o que comprova Alexandre Menezio, diretor operacional de compras da Aliança SCA, um pool de compras de empresa sucroenergéticas, com representantes no MS, GO, MG e SP, que somam 68 milhões de toneladas de cana-de-açúcar processadas anualmente. “A HINOVE é nosso parceiro estratégico no abastecimento de fertilizantes e demonstra uma capacidade exemplar de adaptação às nossas necessidades técnicas, econômicas e operacionais. Tem nos atendido de forma eficiente e competitiva, o que é fundamental para um grupo como o nosso”, enaltece Menezio.

Uma história de inovação A HINOVE AGROCIÊNCIA foi fundada em 2011 com um único objetivo: criar a melhor empresa de fertilizantes especiais do Brasil, inovando, cultivando e prosperando junto com o agricultor brasileiro. Os fertilizantes da empresa são estrategicamente direcionados ao solo e clima brasileiro, pesquisados e desenvolvidos para a nova agricultura, sustentável e sem geração de resíduos, pensada e voltada ao agricultor, trazendo soluções para o aumento da produtividade e rentabilidade da produção agrícola, utilizando as melhores matérias-primas do mercado. A HINOVE possui diversas linhas de fertilizantes, atendendo as necessidades dos clientes de forma customizada. As principais linhas de fertilizantes da empresa são a HiFluid, fertilizantes NPK especiais líquidos, e a linha HiPhós, fertilizantes fosfatos de múltipla ação e que combina as vantagens dos fosfatos naturais reativos com a eficiência dos fosfatos solúveis. A HINOVE também fornece NPK’s especiais sólidos, com todos os nutrientes formulados em um único grânulo, e, na linha de fertilizantes foliares, disponibiliza diversas formulações que

atendem às necessidades de todas as culturas agrícolas, destinadas à correção dos micronutrientes. Há também o Humosfert, um organomineral que contém os principais elementos macro e micronutrientes que as plantas necessitam, adicionando matéria orgânica (turfa) para melhorar as propriedades físicas, químicas e biológicas do solo. Com este portfólio abrangente, a HINOVE é reconhecida pelos seus clientes pelo seu DNA inovador. “Notamos que a empresa inova com foco em qualidade e performance dos produtos. Por isso a HINOVE está na base seleta de fornecedores da Coplacana”, afirma Roberto Rossi, diretor comercial da cooperativa sediada em Piracicaba (SP). Para manter-se na vanguarda tecnológica do desenvolvimento de novos fertilizantes, a empresa consolidou uma série de acordos com instituições acadêmicas para a realização de pesquisas. Entre esses parceiros estão: Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ–USP), Nutrição de Plantas Ciência e Tecnologia (NPCT), Fundação MS Integração, USP-Química e UNESP–Universidade Estadual Paulista.

“A INOVAÇÃO ESTÁ EM NOSSO DNA”, AFIRMA CEO DA HINOVE AGROCIÊNCIA


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CENSO DETALHA A SAFRA 19/20 Levantamento do Centro de Cana IAC destaca o comportamento da área canavieira durante a temporada 19/20 nas unidades da região Centro-Sul JornalCana apresenta a seguir o Censo Varietal IAC. Ele revela as variedades de cana-de-açúcar mais cultivadas na região Centro-Sul do país na safra 2019/20. Divulgado nesta terça-feira (12/11), o levantamento é do Centro de Cana

IAC, da Secretaria estadual da Agricultura e do Abastecimento de São Paulo. “É a quarta edição do IAC, embora realizo esse Censo há 22 anos, anteriormente para o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC)”, diz Rubens Leite do Canto Braga Jr., coordenador do trabalho.


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ATENÇÃO NOVA DATA

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MOAGEM DEVE REPETIR A DA 19/20 Estimativa de processamento de cana na próxima safra é de Antonio de Padua Rodrigues, diretor técnico da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) A moagem de cana-de-açúcar da safra 2020/21 pelas unidades produtoras na região Centro-Sul do País deverá repetir a da temporada 19/20, que termina oficialmente em 31 de março próximo. A estimativa é de Antonio de Padua Rodrigues, diretor técnico da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA). A projeção foi apresentada na manhã desta terça-feira (17/12) em entrevista coletiva em 17/12/19 na sede da entidade, em São Paulo. Segundo o executivo, até o fim da 19/20 as unidades do Centro-Sul devem chegar a 590 milhões de toneladas de cana. Esse também deverá ser o volume a ser processado na próxima temporada. Meiosi Em projeção na coletiva, representante do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) destacou que há uma taxa de renovação de canaviais da ordem de 13,3% para a safra em finalização. O percentual representa 1,2 milhão de hectares. Boa parte dessa renovação, entretanto, é feita pelo sistema meiosi – que integra cultivos de cana e de soja na mesma área – e a variedade canavieira geralmente é a de 18 meses. Sendo assim, segundo Rodrigues, a cana cultivada nesse sistema estará disponível para corte em fins de 2020 ou em 2021.

DESEMPENHO PRODUTIVO DAS UNIDADES DA REGIÃO CENTRO-SUL:

A CHEGADA DO RENOVABIO

TAXA DE RENOVAÇÃO ESPERADA NO CENTRO-SUL:

Reduzir carbono O RenovaBio tem como objetivo reduzir a intensidade de carbono da matriz de transportes brasileira, por meio do aumento da participação dos biocombustíveis. A política também cria o mercado de crédito de carbono, com o objetivo de compensar a emissão de gases causadores do efeito estufa gerada pelo uso dos combustíveis fósseis, estabelecendo que cada Crédito de Descarbonização – CBio equivale a uma tonelada de dióxido de carbono que deixa de ser emitida na atmosfera.

ARQUIVO PESSOAL

Expansão diária de 6 milhões de litros

Padua, diretor técnico da UNICA: oferta de cana em 2020 deverá repetir a da 2019

A Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio), instituída pela Lei 13.576/2017, entrou em vigor no dia 24 de dezembro de 2019 com toda a sua regulamentação concluída. Segundo acompanhamento divulgado pela ANP, 199 produtores de biocombustível estão com a certificação em andamento, dos quais 86 estavam em fase final de consulta pública no começo da segunda quinzena de dezembro. Cinco empresas já tiveram a nota de eficiência energética publicada no site. Essas empresas que finalizaram ou estão na reta final da certificação já asseguram uma quantidade significante de CBios para serem comercializados no início de 2020.

Para 2020, a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) registra expansão de capacidade diária próxima de 6 milhões de litros de etanol. Esse montante equivale a quase 1 milhão de toneladas de açúcar em termos de produção efetiva e deve viabilizar uma maior alteração no mix de produção caso as condições de mercado sejam favoráveis para o biocombustível. A expansão da capacidade de fabricação do biocombustível está alinhada com a necessidade de maior oferta nos próximos anos para atendimento das metas de descarbonização da Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio).

O RenovaBio é baseado em mecanismos de mercado que incentivam a competição entre os produtores de culturas energéticas e de biocombustíveis e induzem a eficiência, reconhecendo as cadeias de produção mais sustentáveis. Também estabelece o desmatamento zero e a adequação ao Código Florestal como pré-requisitos para participação no programa.


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RAIO X DA SAFRA 19/20 Moagem pelas unidades da região Centro-Sul do País deve chegar a 590 milhões de toneladas, segundo projeção da União da Indústria de Cana-deAçúcar (UNICA) As unidades produtoras da região Centro-Sul do país deverão encerrar a safra 2019/20 com moagem de 590 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. Dados apurados até 01/12 pela UNICA indicavam que a quantidade de matéria-prima processada pelas unidades produtoras atingiu 575,29 milhões de toneladas. Se as unidades chegarem a 590 milhões de toneladas, será registrado crescimento de 2,9% em relação aos 573,17 milhões de toneladas processadas na safra 2018/2019.

Produtividade maior

Qualidade da matéria-prima

Apesar da redução esperada na área colhida com cana-de-açúcar até o final do ciclo 2019/2020 (queda em torno de 2%), o aumento da moagem deve ocorrer em função da maior produtividade agrícola da lavoura, promovida especialmente pelas condições climáticas favoráveis ao desenvolvimento da planta. De acordo com os dados apurados pelo Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), a produtividade da área colhida até o final de novembro apresentou crescimento de 4,20%, atingindo 76,39 toneladas por hectare no atual ciclo agrícola ante 73,31 toneladas de cana-de-açúcar por hectare na safra 2018/2019.

A maior concentração de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) por tonelada de matéria-prima nas últimas quinzenas exigiu uma revisão nos valores esperados para a safra 2019/2020. No acumulado desde o início do atual ciclo até 1º dezembro, o indicador atingiu 139,22 kg por tonelada de cana-de-açúcar, ante 138,95 kg observados no mesmo período em 2018. A expectativa diante das informações disponíveis é de que a quantidade de ATR totalize 138,50 kg, com ligeiro aumento na comparação com o valor registrado na temporada 2018/2019 (137,88 kg por tonelada).


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ALCOOLEIRA, SAFRA PRODUZ MAIS AÇÚCAR Mix das unidades do Centro-Sul foi 65% para o biocombustível, mas, apesar disso, foi possível crescer o processamento de açúcar em 0,72%

Produção de etanol e de açúcar no Centro-Sul A UNICA estima que 34,29% da cana-de-açúcar processada na safra 2019/2020 será destinada à produção de açúcar, ante 35,21% observados no ciclo anterior. Diante do mix de produção mais alcooleiro, a produção de açúcar esperada para o final da safra é de 26,70 milhões de toneladas, alta de apenas 0,72% sobre a oferta registrada em 2018/2019. Portanto, apesar do aumento da moagem de cana-de-açúcar em quase 17 milhões de toneladas, a produção de açúcar deve apresentar crescimento inferior a 200 mil toneladas. Em sentido contrário, a produção de etanol deve atingir um valor recorde no atual ciclo agrícola: 33,1 bilhões de litros. Tratase de uma expansão de 7,1% comparativamente ao volume observado na temporada passada (30,95 bilhões de litros). Deste valor, projeta-se que 9,72 bilhões de litros correspondem ao etanol anidro e 23,42 bilhões de litros ao etanol hidratado.

Mercado de etanol no país O aumento da produção de etanol permitirá um incremento de 2,7 bilhões de litros na oferta do produto ao mercado brasileiro nesta safra em relação ao volume observado no ciclo 2018/2019. A expectativa é de que as vendas do biocombustível no mercado doméstico alcancem 33,5 bilhões de litros, sendo 10,3 bilhões de etanol anidro e 23,2 bilhões de litros de etanol hidratado. Com isso, a participação volumétrica do etanol no consumo total de combustíveis líquidos leves deve alcançar 61,5% na safra 2019/2020. Considerando a conversão do volume de etanol hidratado em gasolina equivalente, a participação do etanol atinge quase 50%.

Produção de etanol e de açúcar no Centro-Sul A UNICA estima que 34,29% da cana-de-açúcar processada na safra 2019/2020 será destinada à produção de açúcar, ante 35,21% observados no ciclo anterior. Diante do mix de produção mais alcooleiro, a produção de açúcar esperada para o final da safra é de 26,70 milhões de toneladas, alta de apenas 0,72% sobre a oferta registrada em 2018/2019. Portanto, apesar do aumento da moagem de cana-de-açúcar em quase 17 milhões de toneladas, a produção de açúcar deve apresentar crescimento inferior a 200 mil toneladas. Em sentido contrário, a produção de etanol deve atingir um valor recorde no atual ciclo agrícola: 33,1 bilhões de litros. Trata-se de uma expansão de 7,1% comparativamente ao volume observado na temporada passada (30,95 bilhões de litros). Deste valor, projeta-se que 9,72 bilhões de litros correspondem ao etanol anidro e 23,42 bilhões de litros ao etanol hidratado.

Menos emissões O maior consumo do biocombustível gerou economia de R$ 3,4 bilhões aos consumidores brasileiros em 2019 e redução de 80 milhões de toneladas de CO2eq nas emissões de gases de efeito estufa. O menor gasto com combustíveis proporcionado pela presença do etanol no mercado doméstico permitiu a ampliação do dispêndio com outros produtos e serviços, garantindo ativação dos demais setores da economia. Em relação ao mercado externo de etanol, a expectativa é de o País continue superavitário, com as exportações atingindo 1,6 bilhão de litros e as importações 1,25 bilhão de litros no ciclo 2019/2020.


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CMAA REGISTRA MOAGEM RECORDE Processamento de cana-de-açúcar cresce 6,9% e tem TCH 0,6% maior ante o da temporada anterior A Companhia Mineira de Açúcar e Álcool (CMAA) encerra a safra 2019/20 com moagem recorde de 6 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. O resultado aponta que o orçamento estimado das duas unidades produtoras da CMAA foi superado em 6,9%. A moagem recorde reflete, também, o aumento de produtividade, uma vez que a área colhida registrou avanço de TCH em 0,6%. Registro na CVM Companhia aberta registrada na CVM (categoria

B), a CMAA é um dos maiores players de etanol, açúcar VHP e bioeletricidade no estado de Minas Gerais.A empresa controla as unidades produtoras Vale do Tijuco e Vale do Pontal. Moagem recorde Com a moagem recorde, a CMAA alcançou processamento de 4,534 milhões de toneladas na Vale do Tijuco, contra uma projeção de 4,2 milhões de toneladas. Já na Vale do Pontal, a moagem chegou a 1,561

milhão de tonelada. A estimativa era de 1,5 milhão de tonelada. Em área colhida, a Vale do Pontal registrou 23,038 mil hectares, ante previsão inicial de 22,834 mil hectares. De seu lado, a Vale do Tijuco processou cana de 49,452 mil hectares, contra orçamento de 49,231 mil hectares. No total, as duas unidades operaram cana de 72,490 mil hectares, alta de 0,6% sobre a previsão inicial de 72,064 mil hectares.

Desempenho da moagem recorde

Mix de cana Com moagem recorde na 19/20, a CMMA avançou em 13,9% a oferta cana-de-açúcar própria, ou seja, 2,589 milhões de toneladas. O orçamento inicial previa 2,273 milhões de toneladas. Já a matéria-prima de fornecedores também cresceu em 2,3%, com 3,506 milhões de toneladas realizadas. A projeção inicial era de 3,427 milhões de toneladas.

Indicadores de qualidade A chuva favorece o desenvolvimento vegetativo que é inversamente proporcional a maturação da cana. Desta forma, a variação do ATR acumulado na comparação entre os anos de 2018 e 2019, é explicada pelo aumento de chuvas no período de fevereiro a julho de 2019. Ele é praticamente o dobro do ocorrido no mesmo período do ano anterior. Considerando a combinação dos resultados de produtividade agrícola (TCH) e a qualidade da cana (ART), houve efetivamente um aumento de 5,9% no grupo. Isso comparando com o orçamento no início da safra. Esse crescimento reflete diretamente na quantidade de produto final (Açúcar e Etanol) e por consequência no aumento da Receita do grupo.

Mix de produção Em virtude da maior demanda para o etanol e desvantagem de preços para a comercialização de açúcar, a CMAA adequou seu mix de produção para uma safra mais alcooleira. Desta forma, houve aumento de 4,7% na produção de etanol no período. Além disso, a Companhia registrou aumento de 9,1% na produção de açúcar na Usina Vale do Tijuco.


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UISA TEM MOAGEM RECORDE NA 19/20 FOTOS ARQUIVO

Unidade produtora encerra a temporada com 5,025 milhões de toneladas de cana-de-açúcar processadas A Uisa, antiga Usinas Itamarati, encerra a safra 2019/20 com o recorde de moagem dos últimos seis anos. Na temporada recém-encerrada, a unidade processou 5,025 milhões de toneladas de cana. Com essa moagem, a Uisa, localizada em Nova Olímpia (MT), atingiu também uma produção total de 172 mil toneladas de açúcar e de 286 mil m3 de etanol. Na safra de 2018/19, a unidade produziu 284 mil m3 de etanol e 155 mil toneladas de açúcar cristal. “Esses índices refletem nosso potencial e os resultados da reestruturação empreendida nos últimos dois anos, com realização de investimentos em eficiência operacional e no aumento da produtividade”, diz Jose Fernando Mazuca Filho, Diretor Financeiro e de Novos Negócios da Uisa. “O resultado também demonstra nossa capacidade de superar um ano atípico, com instabilidade no preço do açúcar e um longo período de seca severa.”

94% de aproveitamento

Com 94% de aproveitamento industrial no período 2019/20, a Uisa trabalha com a expectativa de chegar a sua capacidade total de moagem — 6,3 milhões de toneladas em 2023. Para a safra 2020/21, seus executivos projetam resultados superiores aos atingidos na safra que se encerra agora. “Vamos continuar a investir em nosso canavial e em tecnologias e equipamentos que permitam reduzir o consumo de combustível, que exijam menos manutenção e que ampliem constantemente nossa eficiência operacional”, afirma Mazuca, em relato.

Fundada em 1980 A Uisa — antiga Usinas Itamarati — foi fundada em 1980 como uma das maiores produtoras de etanol e açúcar do mundo. Este ano, a companhia passou a ser controlada por investidores financeiros liderados pelo fundo de private equity CVCIB. Localizada em Nova Olímpia, a UISA é dona de uma área de 84 400 hectares, dos quais 32 100 hectares estão atualmente ocupados com plantações de cana. Graças a um sistema de fertirrigação abrangente, aliado a um novo modelo de planejamento e gestão agrícola — que envolve manejo varietal, mapeamento de áreas de produção, técnicas avançadas de nutrição vegetal e adoção da matriz 3D de administração do canavial. Segundo a empresa, a produtividade da Uisa supera 90 toneladas de cana por hectare contra uma média de 78 toneladas por hectare das usinas da região Centro-Sul.

Dona de 84.400 hectares

Localizada em Nova Olímpia, a cerca de 200 quilômetros de Cuiabá, no Mato Grosso, a Uisa é dona de uma área de 84.400 hectares, dos quais 32.100 hectares estão atualmente ocupados com plantações de cana. Em seus limites, há 84 quilômetros de estradas asfaltadas. Graças a um sistema de fertirrigação abrangente, aliado a um novo modelo de planejamento e gestão agrícola – que envolve manejo varietal, mapeamento de áreas de produção, técnicas avançadas de nutrição vegetal e adoção da matriz 3D de administração do canavial — a produtividade da Uisa supera 90 toneladas de cana por hectare contra uma média de 78 toneladas por hectare das usinas da região Centro-Sul. Com as marcas Itamarati e Guanabara, a Uisa é líder no mercado de açúcar cristal na região Norte do país.


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Santo Ântelo e Da Mata: recordistas Confira mais duas unidades sucroenergéticas com desempenho recorde de processamento de cana-de-açúcar Desde a edição de dezembro último, o JornalCana apresenta exemplos de unidades sucroenergéticas com recorde de moagem de cana-de-açúcar na safra 2019/20. Confira nesta págian mais unidades recordistas de processamento da matéria-prima do etanol.

DA MATA: 3.597 MILHÕES DE TONELADAS Fundada em 2006 em Valparaíso, no interior paulista, a Da Mata opera desde 2008, com atividades de plantio e moagem de cana-deaçúcar, fabricação de açúcar, etanol, levedura e geração de energia. Toneladas de sucesso A Da Mata gera aproximadamente 1.900 empregos diretos e 5.000 indiretos, oferecendo oportunidades de trabalho e crescimento não só a Valparaíso, mas também para toda a região.

SANTO ÂNGELO: 3,6 MILHÕES DE TONELADAS Confira destaques da Usina Santo Ângelo, localizada no município de Pirajuba (MG), durante a safra 2019/20.

ALINHANDO A REVITALIZAÇÃO DO SOLO COM A FISIOLOGIA DA CANA


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UDOP FAZ PARCERIAS PARA INOVAÇÕES Formalização foi anunciada pelo presidente da entidade, Amaury Pekelman, durante a abertura oficial do 2º Seminário UDOP de Inovações FOTOS ARQUIVO

A União Nacional da Bioenergia (UDOP) formalizou sete parcerias com instituições para desenvolver inovações ao setor sucroenergético. Duas das parcerias foram assinadas no dia 27/11/2019 durante a abertura oficial do 2º Seminário UDOP de Inovações em Araçatuba (SP). “A UDOP segue em seu empenho pelo setor”, disse Amaury Pekelman, presidente da UDOP, durante o evento, no teatro do campus da UNIP. Segundo ele, fora os convênios a entidade realiza seminários como o de Inovações, que começou em 27 e terminou em 28/11, com 200 palestrantes e moderadores. O JornalCana foi a mídia oficial do evento. RenovaBio Participaram do evento de abertura do Seminário o prefeito de Araçatuba, Dilador Borges Damasceno; o deputado estadual Itamar Borges; Renato Cunha, presidente executivo do NovaBio; e Sérgio Murillo, assessor do deputado federal Arnaldo Jardim. Impossibilitado de estar presente, Jardim enviou vídeo no qual relata estar no Congresso, entre outros motivos para colaborar com a finalização do RenovaBio, programa de estado que entrou em vigor em 24 de dezembro.

“Produzimos em períodos diferentes” Em sua participação, Renato Cunha, que também preside o Sindaçúcar-PE e é vice-presidente do Fórum Nacional Sucroenergético, exaltou a vastidão da presença do setor. “Cultivamos cana e produzimos etanol em períodos diferentes do ano”, disse ele, exemplificando que, assim, o setor atende plenamente o mercado. Já o deputado estadual Itamar Borges, que preside a Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa, destacou evento em 09/12, na sede do Legislativo estadual, na capital. No evento, disse, foi feito um balanço e as perspectivas do setor para 2020. Dentro dessas perspectivas, está discussão sobre o convênio 100/97. Esse convênio, que vence em abril de 2020, precisa ser renovado. Ele trata da redução da base de cálculo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que incide nas saídas interestaduais dos insumos agrícolas, como defensivos e fertilizantes, e isenção deste imposto quando ocorre operações internas.

IA substituirá ‘repetitivos’ A Inteligência Artificial (IA) avança nas empresas. “Mas a IA substituirá postos de trabalho repetitivos, e não os realizadores”, afirma Carolina Lucas Fuhrmeister, CEO da Grou Inovação para Gestão de Pessoas. “Tudo que demandar estratégia vai depender do olhar humano”, assegura ela em palestra no Seminário UDOP de Inovação. No RH “Inovação em tecnologia de RH: o futuro da gestão comportamental” é o tema da palestra de Carolina. Segundo ela, o processo de inovação é um caminho sem volta. “E o RH é o principal responsável por nortear as mudanças”, atesta.

Conservação começa no controle de tráfego A conservação do solo canavieiro começa no controle de tráfego, destaca Luiz Gustavo Ares Kabbach. Ele é gerente técnico de Planejamento e Desenvolvimento Agrônomo da Cofco International. O controle de tráfego nos canaviais é obrigação para evitar pisoteios que irão gerar problemas. “Se pisarmos o canavial todo, a água de chuva irá escorrer”, disse Kabbach durante palestra no 2º Seminário UDOP de Inovação. “Não existe receita de bolo” Em sua palestra, o gerente da Cofco foi categórico: “não existe receita de bolo e cada fazenda exige trabalho diferente.” Ele exemplificou com trabalho em fazenda canavieira da empresa. “Há estratégias para ajudar na conservação do solo, como traçado em S, traçado reto e traçado arco”, destacou ele em sala lotada de técnicos de usinas de cana.


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Participantes do Seminário UDOP de Inovação

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Venda direta de etanol é vetada Decisão é do TRF-5 e intermédio das distribuidoras de combustíveis segue obrigatório no país A venda direta de etanol hidratado pelas usinas está vetada. Foi o que decidiu o Pleno do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) em 11/12/19. Na data, o Pleno decidiu pela ilegalidade da venda direta de etanol hidratado aos postos de gasolina, sem o intermédio das distribuidoras. A decisão foi proferida em julgamento do primeiro Incidente de Assunção de Competência (IAC) do TRF5. Segundo a assessoria do TRF5, a apelação julgada foi interposta pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis e União, contra decisão da 10ª Vara Federal de Pernambuco. A decisão tinha acatado os argumentos do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Pernambuco quanto à ilegalidade e inconstitucionalidade das Resoluções da ANP 43/2009 (art. 2º e 6º) e 41/2013 (art.14). Essas que normatizam a comercialização de combustíveis no país e proíbem a venda direta ao comércio varejista.

ANP tem competência legal Por oito votos a cinco, os desembargadores federais decidiram que a ANP tem competência legal para normatizar e regular o comércio de petróleo, gás natural e biocombustíveis no país. Isso de acordo com a Lei 9.878/97 (Lei do Petróleo), que instituiu a agência. Não há, portanto, inconstitucionalidade ou ilegalidade nos artigos questionados das resoluções da ANP. O acórdão será lavrado pelo desembargador Rogério Fialho Moreira, que divergiu primeiro do voto do relator do processo, desembargador federal Manoel Erhardt; Esse tinha julgado desfavoravelmente às apelações da ANP e da União.

Entenda o caso O processo foi judicializado no dia 18 de junho de 2018, devido aos transtornos causados à população durante a greve dos caminhoneiros. Na oportunidade, foi judicializado sob a alegação de que a normatização da ANP fere o princípio constitucional de livre comércio. A primeira decisão foi proferida em 26 de junho de 2018, deferindo tutela de urgência que determinou que as produtoras de etanol hidratado de Pernambuco, Alagoas e Sergipe não aplicassem os artigos 2º e 6º da Resolução ANP 43/09 e o artigo 14 da Resolução ANP 41/13. As usinas e destilarias desses estados ficaram, desde então, autorizadas a venderem etanol diretamente aos postos de combustíveis. A ANP e a União entraram com recurso no TRF5. Esse, em análise pela Quarta Turma, foi encaminhado ao Pleno como Incidente de Assunção de Competência. Foi pela grande repercussão social e sem repetição em múltiplos processos, sendo o único sobre o tema até então. Com o julgamento, todos os processos que surgirem sobre a mesma questão deverão ser analisados de acordo com a decisão desse IAC. A Ação ordinária é a de número 0808280-47.2018.4.05.8300.


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Quer produzir etanol na Zâmbia? País localizado no sul da África busca parceiros no Brasil para entrar na fabricação do biocombustível e também da bioeletricidade A Zâmbia quer produzir etanol de cana-de-açúcar e procura parceiros no Brasil. A informação é do site Lusakatimes. A embaixatriz da Zâmbia no Brasil, Alfreda Kansembe, iniciou tratativas em busca de parceiros brasileiros interessados em parcerias para estabelecer produção de etanol no país localizado no Sul da África. No começo de dezembro último, equipe liderada pela embaixatriz vi-

sitou as instalações da unidade produtora da Usina Santo Ângelo, em Pirajuba (MG). Kansembe convidou representantes da empresa sucroenergética brasileira a visitar Zâmbia. Conforme divulgação, a visita deverá ocorrer em 2020. Foco também na bioeletricidade A Zâmbia, conforme o conteúdo, também está interessada em produzir bioeletricidade para evitar a dependência de energia de usinas hidrelétricas. As usinas de cana são autônomas em geração de eletricidade da biomassa durante a safra (abril a dezembro). Muitas termelétricas de biomassa, no entanto, comercializam eletricidade nos mercados regulado – por meio de leilões – e no mercado livre.

5 RESULTADOS DE PRODUÇÃO DA USINA BIOCOM Unidade produtora da empresa fica na Angola e tem a Odebrecht como sócia A Companhia de Bioenergia de Angola (Biocom), da Angola, chegou a uma produção de 110 mil toneladas de açúcar na safra praticada entre maio a novembro últimos. A informação é da assessoria da empresa, a partir de dados publicados na imprensa. Localizada no município de Cacuso, em Malanje, a Biocom tem a Odebrecht entre as sócias. A companhia brasileira detém 40% da composição acionária da Biocom. Segundo a empresa, os demais sócios são .a Cochan, com 40%, e a Sonangol, com os demais 20%. Mais açúcar A produção de 110 mil toneladas na safra de 2019 supera a da temporada anterior, quando a unidade chegou a 37 mil toneladas. Menos importações Luís Bagorro Júnior, diretor-geral

adjunto da Biocom, explica, no relato à imprensa, que a quantidade de açúcar equivale a 2.200 sacos de 50 quilogramas (kg); Essa produção permitiu reduzir as importações do produto em cerca de 35% das necessidades de consumo do mercado interno.

Etanol Ao longo da safra, terminada em 26/11, a Biocom produziu 14 mil metros cúbicos de etanol. Eletricidade Já a produção de bioeletricidade chegou a 60 mil megawatts

(MW). Moagem A Biocom processou 1.070 toneladas de cana-de-açúcar na safra de 2019 e empregou 2.800 trabalhadores, maioritariamente nacionais, dos quais 2.500 oriundos da província de Malanje.


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AMAZONAS: 3 USINAS DE ETANOL Previsão dos empreendedores é de que as unidades sucroenergética entrem em operação já a partir de 2021 A Millenium Bioenergia pretende implantar três usinas de etanol de milho no Amazonas. A previsão é que as usinas comecem a operar no final de 2021. Elas serão construídas em Rio Preto da Eva, Itacoatiara e Manaus e serão abastecidas por produtores locais, segundo o site BNC Amazonas. A construção das usinas do Amazonas deve ini-

Cinco produtos à base de milho serão produzidos na fábrica. São eles: - etanol, - farelo de milho DDGS [Dried Distillers Grains With Solubles], - gás dióxido de carbono (CO2) alimentício engarrafado, - bio-óleo comestível - excedente será empregado na geração de energia. A Millenium Bioenergia também pretende se instalar em outros estados da região Norte, acompanhado os benefícios da Suframa.

ciar nos próximos meses, e depende agora apenas de um projeto de terraplanagem que está em fase de conclusão. Estratégia logística

O investimento é de pelo menos R$ 4,4 bilhões e geração de 36 mil empregos só no Amazonas. Segundo o site BNC Amazonas, a informação das novas unidades é do diretor comercial da Millenium

Bioenergia, Acácio Rozendo. Ele anunciou os projetos em 08/12/19, durante o lançamento da pedra fundamental que marcou o início das obras da usina de Bonfim (RR). O município fica a 550 km do Porto de Georgetown, na Guiana Inglesa, ponto estratégico por facilitar a rota comercial pelo Atlântico. Segundo Rozendo, as três usinas de etanol do Amazonas irão compor, junto com a usina de Bonfim, a maior cadeia produtiva de biocombustíveis da Região Norte. 600 mil litros por dia As três usinas do Amazonas terão capacidade de produção semelhante à de Bonfim, cerca de 600 mil litros de etanol por dia.

Usina em Roraima em ritmo de obras As obras da usina de etanol da Millenium Bioenergia em Bonfim, município de Roraima, estavam previstas para começar na segunda quinzena de dezembro. O lançamento da pedra fundamental da obra de construção da usina foi em 08 de dezembro. A solenidade aconteceu na sede da Fazenda Nova Esperança. Milho será a matéria-prima O CEO da Millenium, Eduardo Lima, ressaltou a importância do empreendimento para Roraima e para a Millennium. “Para nós, esse momento está sendo muito importante. Estamos todos, da Millenium, agradecidos pela acolhida do poder público e da população. Isso aqui já é uma realidade”, disse, conforme a Folha de Boa Vista. “Vamos fazer as perfurações, a sondagem de solo, terraplanagem e

começar. Então, ao povo roraimense, posso garantir que isso já é uma realidade.” O governador Antonio Denarium (PSL) destacou os esforços que o Governo de Roraima tem feito em

todos os setores para diminuir a burocracia e facilitar o empreendedorismo no Estado. “Recebemos com muita satisfação e muita grandeza esse projeto, que tem total apoio do Governo de

Roraima, que começa com os licenciamentos ambientais. É um empreendimento que vai mudar o Estado, com a geração de milhares de empregos”, disse. 80 mil hectares plantados Para o prefeito de Bonfim, Joner Chagas, o lançamento é um dia histórico e vai garantir o desenvolvimento do município com a geração de emprego e renda. “Quero dizer para a população, que estava na expectativa e não acreditava. Agora, de fato, a empresa Millennium está no nosso município, no nosso Estado”, disse. “Acredito que, a partir de agora, as pessoas produzirão mais ainda, porque a matéria-prima é o milho e eles precisam comprar, no mínimo, 80 mil hectares plantados. Então, pode ter certeza, vai alavancar a agricultura e desenvolver o município de Bonfim“, afirmou.


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Destilaria retoma produção em SP É a Destilaria Santo Antônio, com unidade produtora em Palmital, no interior paulista, e que recebeu investimentos de R$ 6 milhões A Destilaria Santo Antônio volta a produzir após período de inatividade de quatro anos. A empresa retomou a produção de etanol em sua unidade de Palmital, cidade do sudoeste paulista a 425 quilômetros da capital. Um grupo de produtores de cana investiu R$ 6 milhões na compra e modernização da usina e suas instalações, retomando a produção de etanol de cana. As informações são da Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade (InvestSP). Moagem Foram gerados 100 novos empregos na operação da usina que tem capacidade para moer 250 mil toneladas de cana. A produção estimada de etanol é de 2,1 milhões de litros por mês. Parte do investimento foi empregado na mecanização do processo produtivo, que conta com plantio e colheita totalmente realizada com a operação de implementos mecânicos. A empresa tem planos de novos investimentos em silos, moinhos e dornas de fermentação para produzir etanol a partir do milho, o que possibilitaria o uso da usina durante os meses de entressafra da cana. Para o presidente da Destilaria Santo Antônio, Nelson Junqueira Arantes, o setor energético já dá indicações que os próximos anos devem ser positivos. “Retomar a atividade da usina foi uma parte do nosso plano. Agora, estamos procurando formas de estruturar financeiramente os novos investimentos necessários para que possamos crescer e aproveitar o bom momento do setor”, afirmou o presidente da empresa.

InvestSP prestou consultoria A InvestSP prestou consultoria à empresa durante o pedido de licenciamento ambiental e a orientou quanto às normas a serem atendidas para regulação junto ao corpo de bombeiros. “O setor de biocombustíveis é um dos 12 setores estratégicos do Estado de São Paulo. Sabemos que a economia de Palmital colherá resultados positivos com a atividade da usina”, afirma o presidente da InvestSP, Wilson Mello. “O investimento da Destilaria Santo Antônio mostra que existe potencial para novos investimentos nesse setor que tem um peso muito importante na economia paulista”, conclui.

“RETOMAR A ATIVIDADE DA USINA FOI UMA PARTE DO NOSSO PLANO. AGORA, ESTAMOS PROCURANDO FORMAS DE ESTRUTURAR FINANCEIRAMENTE OS NOVOS INVESTIMENTOS NECESSÁRIOS PARA QUE POSSAMOS CRESCER E APROVEITAR O BOM MOMENTO DO SETOR”, AFIRMA NELSON JUNQUEIRA ARANTES, PRESIDENTE DA EMPRESA”


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Zilor conquista prêmio da Coca-Cola A unidade Barra Grande foi eleita uma das melhores fornecedoras de açúcar da multinacional A unidade Barra Grande da Zilor ficou entre as três melhores no Prêmio Qualidade Fornecedores de Ingredientes Coca-Cola 2019. O evento reconhece os fornecedores nos requisitos de Segurança de Alimentos, Qualidade, Responsabilidade Social e Sustentabilidade na cadeia produtiva e Responsabilidade na Aquisição de Terras. Segundo a empresa, em 2019 a unidade Barra Grande, localizada em Lençóis Paulista (SP), conquistou posição notória no ranking. E Garantiu a 3ª posição entre outros 32 fornecedores de açúcar. Desde 2009, a unidade figura no ranking, com destaque para as edições de 2014 (5º lugar) e 2018 (4º lugar). "Conquista" “É com satisfação que comemoramos a conquista dessa premiação junto da equipe da unidade Barra Grande que trabalhou para alcançar esse excelente resultado que garante a confiança na qualidade do nosso açúcar, a credibilidade em nossas ações de responsabilidade social e ambiental, e a continuidade da parceria de valor construída entre a Zilor e a Coca-Cola”, afirma o diretor-presidente da Zilor, Fabiano José Zillo. Produção Nas últimas três safras foram processadas 408 mil toneladas de açúcar (2018/2019), 559 mil toneladas de açúcar (2017/2018) e 565 mil toneladas de açúcar (2016/2017). Esse volume é comercializado e distribuído integralmente pela Copersucar S.A., a maior companhia global do segmento de trading dessa commodity no mundo.

Equipe da Zilor no evento de premiação da Coca-Cola

Unidade Barra Grande da Zilor

Certificações de segurança de alimentos

Empresa controla três unidades

As unidades produtoras de açúcar da Zilor possuem as certificações FSSC 22000 (segurança de alimentos). Os produtos também são certificados de acordo a certificação de sustentabilidade Bonsucro, atendendo a todos os requisitos exigidos nos processos de cultivo da cana-de-açúcar, processamento, transformação, fabricação e distribuição. Como parte das exigências para o fornecimento de açúcar, a Zilor recebe auditorias diretas de clientes que consomem os produtos da Copersucar. Nas safras 2016/2017 e 2017/2018 e 2018/2019, a empresa foi aprovada em 100% desses processos, obtendo notas elevadas com relação à qualidade e aos processos produtivos.

Fundada em 1946, a Zilor Energia e Alimentos controla três unidades agroindustriais localizadas no estado de São Paulo (Lençóis Paulista, Macatuba e Quatá). A empresa controla também a A Biorigin, fundada em 2003 e especializada em processos biotecnológicos a partir de ingredientes 100% naturais. Ela atende aos mercados de alimentação humana, nutrição animal, fermentação industrial e enológico. Possui unidades no Brasil, Estados Unidos e Bélgica, atua em mais de 60 países. Cerca de 90% de sua produção é exportada, atendendo principalmente os mercados norte-americano e europeu.


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Com coragem e competência os desafios acabam virando rotina.

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Campanha destaca ganhos ambientais ARQUIVO

Bring Back My Blue Sky, da UNICA, foi lançada durante a 25ª Conferência das Partes sobre a Mudança do Clima (COP 25) A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) lançou em dezembro em Madrid, durante a 25ª Conferência das Partes sobre a Mudança do Clima (COP 25), a campanha “Bring Back My Blue Sky”. O objetivo é mostrar os resultados positivos do uso do etanol no Brasil, especialmente para a qualidade do ar nos grandes centros urbanos, a exemplo do estado de São Paulo. “São Paulo teve no passado, sobretudo pelo uso de combustíveis fósseis, o céu azul apagado do seu horizonte, substituído por nuvens de fumaça que além de deixar a cidade mais sombria, trazia prejuízos sociais e econômicos graves. O etanol ajudou a trazer o céu azul de volta para São Paulo e para as grandes metrópoles brasileiras. Vamos apresentar o etanol para o mundo e, com isso, contribuir para que as pessoas mundo afora também possam dizer “Bring Back My Blue Sky”, afirma Evandro Gussi, presidente da UNICA. Poluição no mundo Estimativa da Organização Mundial de Saúde (OMS) revela que a poluição atmosférica provoca cerca de sete milhões de mortes, todos os anos, no mundo inteiro. De acordo com a organização, nove a cada dez pessoas no mundo respiram ar poluído. De acordo com os relatórios, a poluição causa 24% de todas as mortes de adultos por doença cardíaca, 25% das mortes por acidente vascular cerebral (AVC), 43% das mortes por doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e 29% das mortes por câncer de pulmão. A maior parte das mortes atribuídas à poluição do ar tem ocorrido no leste da Ásia e no Pacífico (40%) e regiões do sul da Ásia (33%), segundo levantamento do

Banco Mundial, intitulado The Cost of Air Pollution.

Brasil tem matriz mais limpa, diz AIE Segundo a Agência Internacional de Energia (AIE), o Brasil tem a matriz energética mais limpa entre os grandes consumidores globais, com a maior participação de energias renováveis. Pouco mais de 45% da energia produzida no país é renovável. Para se ter uma ideia, esse percentual representa mais que o triplo da média mundial. E a cana-de-açúcar é a principal fonte de energia sustentável do Brasil, responsável por 17,4% da matriz energética nacional. Em 16 anos, o uso de etanol puro nos tanques dos carros dos brasileiros, mais a mistura obrigatória de 27% do biocombustível à gasolina, transformou o céu do país. Nesse período, 535 milhões de toneladas de CO2 deixaram de emitidos. Esse valor representa as emissões anuais de CO2 da Polônia, ou ainda,

equivalente à soma das emissões totais de Argentina, Peru, Equador, Uruguai e Paraguai. Setor Em dezembro, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) lançou a versão 2019 do Relatório sobre a Lacuna de Emissões (Emissions Gap – Report 2019), que aponta que o Brasil progrediu no setor de energia. De acordo com o documento, o entre 2015 e setembro de 2019, o mercado favoreceu as energias renováveis. O Relatório destaca também que a produção de etanol no Brasil, com o lançamento da nova Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio), será ampliada e, com isso “o país provavelmente atenderá às metas mencionadas na NDC brasileira para o setor de transportes”, diz trecho do documento.

Em São Paulo… A Região Metropolitana de São Paulo passou, nos últimos anos, por uma grande mudança nos índices de poluição e qualidade do ar. Dados da Companhia Ambiental do Estado (Cetesb) mostram uma redução de quase metade das micropartículas inaláveis, aquelas finas o suficiente para entrar no trato respiratório e provocar problemas de saúde. Na média anual, o índice passou de 54 microgramas por metro cúbico em 2000, para 29 microgramas por metro cúbico em 2018. A Cetesb destaca ainda que no ano passado, 89,9% das medições realizadas nas 29 estações apresentaram índices bom para a qualidade do ar. “Abastecer com etanol faz toda a diferença. O que muda, por exemplo, no caso da Região Metropolitana de São Paulo, é o padrão de emissões de micropartículas inaláveis. Essa diferença nos aproxima muito do padrão da Organização Mundial da Saúde, que é de 20 microgramas”, ressalta a diretora-presidente da Cetesb, Patrícia Iglecias.


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TREINAMENTOS PARA ENTRESSAFRA

ETANOL JÁ PASSA A GASOLINA EM DEMANDA

HOJE COM ADVENTO DA TECNOLOGIA 4.0 APLICADA NA MAIORIA DO PROCESSO INDUSTRIAL, É FUNDAMENTAL TER UMA EQUIPE ALÉM DE COMPROMETIDA, CAPACITADA TECNICAMENTE.PENSANDO NISSO, A VIESSER CONSULTORIA E TREINAMENTOS INDUSTRIAIS, PREPAROU UMA GRADE DE TREINAMENTOS PARA SER MINISTRADOS IN COMPANY COM CARGA HORARIA DE 8 HORAS.

TREINAMENTO OPERACIONAL PARA RECEPÇÃO, PREPARO E EXTRAÇÃO OBJETIVO: FORNECER AOS PARTICIPANTES, NOÇÕES BÁSICAS SOBRE OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DAS AREAS EM QUESTÃO. PÚBLICO ALVO: LÍDERES E OPERADORES DO SETOR DEMAIS INTERESSADOS. CARGA HORARIA: 8 HORAS. TOTAL DE PARTICIPANTES: 25 COLABORARES.

Procura pelo biocombustível deve crescer ainda mais, segundo levantamento de especialista O consumo de etanol já supera o da gasolina e tende a crescer mais. Em 2018, a demanda pelo biocombustível no Brasil chegou a 33,7 bilhões de litros. Já o consumo de gasolina ficou em 26,5 bilhões de litros. As informações estão em levantamento de Marcelo Gauto, especialista em petróleo, gás e energia. O trabalho de Gauto emprega dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). “A demanda por etanol no Brasil já é maior do que a de gasolina e deve aumentar ainda mais por conta do RenovaBio“, destaca ele. A Política Nacional de Biocombustíveis, ou RenovaBio, entra em vigor no próximo dia 24 deste mês

de dezembro e reconhece os biocombustíveis (etanol, biodiesel, entre outros) como redutores da emissão de gases de efeito-estufa. Capacidade instalada O levantamento de Gauto revela que em 2018 a capacidade instalada de gasolina tipo A (produzida nas refinarias, sem a adição de etanol) era de 30 bilhões de litros. A produção ficou em 24,9 bilhões de litros. O país conta com 15 refinarias. Já as 384 unidades produtoras de etanol hidratado, conforme Gauto, tinham em 2018 capacidade instalada de 42 bilhões de litros. Elas produziram 33 bilhões de litros do biocombustível no ano passado.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO -

Cana de Açúcar Transporte LPCTS: Pagamento de Cana Pelo Teor de Sacarose Alimentação e Preparo da cana para moagem. Sistema de limpeza de cana. Premissas para novo traçado safra seguinte. Planejamento de entressafra (Noções Básicas) Cuidados básicas para solicitação de peças e serviços. N oções básicas de manutenção, soldagem, triangulação e montagem. Cuidados Operacionais. Embebição. Aplicação de Chapisco Controles em geral (Check List , Ajustes de pentes bagaceiras) Conceitos básicos de Automação Analise Terno a Terno.

BOAS PRÁTICAS EM GESTÃO DE PESSOAS NA ROTINA DIÁRIA OBJETIVO: LEVAR AOS PARTICIPANTES CONHECIMENTOS VIVIDOS NO DIA/DIA POR UM PROFISSIONAL COM MAIS DE 30 ANOS DE EXPERIÊNCIA EM GESTÃO DE PESSOAS. PÚBLICO ALVO: GERENTES, SUPERVISORES, LÍDERES E DEMAIS INTERESSADOS. CARGA HORARIA: 8 HORAS. TOTAL DE PARTICIPANTES: 25 COLABORARES.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO -

Motivação Processo de Comunicação Trabalho em Equipe Conhecimento e Competência Treinamento e Desenvolvimento

CONTROLES INDUSTRIAIS X INTERPRETAÇÃO E AÇÃO

ARQUIVO

OBJETIVO: CAPACITAR OS PARTICIPANTES A ENTENDER AS RAZÕES DE SE MANTER O CONTROLE DOS VÁRIOS PONTOS DO PROCESSO INDUSTRIAL, PROPORCIONANDO ASSIM O ENTENDIMENTO DAS SUAS CAUSAS E SEUS IMPACTOS. PÚBRICO ALVO: GERENTES, SUPERVISORES, LÍDERES E DEMAIS INTERESSADOS. CARGA HORARIA: 8 HORAS. TOTAL DE PARTICIPANTES: 25 COLABORARES.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO -

Definição de Controle Noções de estatística e Grandezas Físicas Indicadores de Qualidade da Matéria-Prima e seus impactos I ndicadores de Eficiência por Processo (Extração / Trat. Caldo / Fabrica Açúcar /Fermentação e Destilação) - Cálculos de Eficiência Industrial e Perdas

(14) 3621.4432 TREINAMENTOS PARA ENTRESSAFRA.


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RenovaBio prevê 100% mais etanol Demanda está prevista nos próximos 10 anos pelo Programa de Estado que entrou em vigor no fim de dezembro último A Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio) irá demandar nos próximos 10 anos um aumento de quase 100% na produção de etanol no Brasil. Dados divulgados em 17/12, pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), apontam que a produ-

“NÓS, QUE COMEÇAMOS PRODUZINDO AÇÚCAR, DEPOIS PARTIMOS PARA O ETANOL E BIOELETRICIDADE, AGORA TEMOS NO PORTFÓLIO DO SETOR SUCROENERGÉTICO, A PARTIR DE JANEIRO DE 2020, O SERVIÇO DE REDUÇÃO DE EMISSÕES, DE GERAÇÃO DE CRÉDITOS DE CARBONO” RELATA EVANDRO GUSSI, PRESIDENTE DA ÚNICA

ção de etanol na região Centro-Sul, na safra 2019/2020, deve atingir 33,1 bilhões de litros, valor recorde na série histórica. Esta é a segunda safra consecutiva de aumento expressivo na produção de etanol, um crescimento de 7,1% em relação ao volume observado na temporada passada (30,95 bilhões de litros). “Este é o primeiro passo para o crescimento necessário para atingirmos a meta do RenovaBio nos próximos anos. De 2018, quando o projeto foi aprovado, até agora, a produção de etanol já aumentou em 7 bilhões de litros, representando um terço da meta para 2029”, comenta Luciano Rodrigues, gerente de Economia da UNICA.

Meta é reduzir emissões

O RenovaBio entrou em vigor em 24/12 com toda a regulamentação concluída. O programa tem como objetivo reduzir as emissões de carbono da matriz de transportes por meio do aumento da participação de biocombustíveis. A política também cria o mercado de crédito de carbono, com o objetivo de compensar a emissão de gases causadores do efeito estufa gerada pelo uso dos combustíveis fósseis. Fará isso estabelecendo que cada Crédito de Descarbonização (Cbio) equivale a uma tonelada de dióxido de carbono que deixa de ser emitida na atmosfera. Também estabelece o desmatamento zero e a adequação ao Código Florestal como pré-requisitos para participação no programa. Para o presidente da UNICA, Evandro Gussi, atualmente os países buscam mais do que negócios sustentáveis, querem reduzir e, posteriormente, neutralizar as emissões de carbono. “Com o RenovaBio, deixamos a fase de ser um negócio sustentável, para ter a sustentabilidade como negócio e, daqui para frente, o que teremos com o RenovaBio é uma redução de CO2 on demand. Nós, que começamos produzindo açúcar, depois partimos para o etanol e bioeletricidade, agora temos no portfólio do setor sucroenergético, a partir de janeiro de 2020, o serviço de redução de emissões, de geração de Créditos de Carbono”, destaca o executivo.

199 com certificação em andamento

Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), 199 produtores de biocombustíveis estão com a certificação em andamento, dos quais 86 já estão em fase final de consulta pública. Cinco empresas já tiveram a nota de eficiência energética publicada no site. Essas empresas que finalizaram ou estão na reta final da certificação já asseguram uma quantidade significante de CBios para serem comercializados no início de 2020. DIVULGAÇÃO

Maior participação do etanol

Os motoristas que escolheram etanol na hora de abastecer também tiveram um alívio no orçamento

Mais motoristas passaram a usar o biocombustível com a produção histórica. De janeiro a outubro de 2019, a participação do etanol chegou a 48%. E os motoristas que escolheram etanol na hora de abastecer também tiveram um alívio no orçamento. Nos dez primeiros meses deste ano, usar o biocombustível representou uma economia de R$ 3,4 bilhões. Além de reduzir a poluição do ar, principalmente, nas grandes cidades.


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“RENOVABIO É UM MARCO PARA O SETOR” Em entrevista exclusiva, Miguel Ivan Lacerda, conta detalhes do programa do qual ele está à frente desde o início. E avalia impactos e previsões para o setor de biocombustíveis ARQUIVO

DELCY MAC CRUZ

O senhor esteve à frente do projeto de criação do RenovaBio, que vigor desde 24 de dezembro último. Quando o projeto desse programa de estado começou? Miguel Ivan Lacerda - O programa RenovaBio é um marco para o setor de biocombustíveis no Brasil. O processo de construção do conceito iniciou-se em 2016, quando assumi o Departamento de Biocombustíveis no Ministério de Minas e Energia. Naquele momento, encontrei uma equipe disposta a trabalhar em prol de uma solução estruturante para o setor, baseado naquilo que eu havia pesquisado antes de assumir o cargo de diretor do Departamento. O primeiro passo foi dialogar com todos os agentes e recrutar os principais especialistas na iniciativa privada, na academia e no governo para juntos, e de forma voluntária, desenharmos uma política pública inovadora e que valorizasse os biocombustíveis na matriz energética do País. O RenovaBio fará o Brasil ganhar investimentos em produção maior de biocombustíveis e em geração de ganhos econômicos em escala? É possível prever quanto até 2030? Miguel Ivan Lacerda - A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) já estimou o impacto do RenovaBio e publicou nota técnica que informa que o programa gerará mais de R$1,3 trilhão em investimentos (CAPEX e OPEX) na produção de biocombustíveis até 2030. Temos a convicção que o RenovaBio significa muito para esse setor e para o País. Caso não trilhássemos esse caminho, boa parte desses recursos deixariam o país por meio da importação de combustíveis, porque o Brasil é importador de gasolina, diesel e QAv, por exemplo. E os ganhos do programa para o Brasil? Miguel Ivan Lacerda - A principal virtude do RenovaBio é estruturar uma política para remuneração do serviço ambiental que os biocombustíveis já prestam para a sociedade. Há quem afirme, dentro e fora do governo, que teria sido melhor que o país tivesse adotado um imposto sobre emissões, uma “taxação do

“HÁ QUEM AFIRME, DENTRO E FORA DO GOVERNO, QUE TERIA SIDO MELHOR QUE O PAÍS TIVESSE ADOTADO UM IMPOSTO SOBRE EMISSÕES, UMA “TAXAÇÃO DO CARBONO” NA ECONOMIA. NÓS DISCORDAMOS DESSA VISÃO”

carbono” na economia. Nós discordamos dessa visão. Por que? Miguel Ivan Lacerda - Admito que seria talvez uma solução para países que não têm como produzir seu biocombustível por falta de terras ou

“O RENOVABIO É UM MECANISMO FLEXÍVEL QUE TEM O POTENCIAL DE REDUZIR O PREÇO DA CESTA DE COMBUSTÍVEIS PARA O CONSUMIDOR”

por inviabilidade de clima. No entanto, o Brasil é exatamente o oposto disso e a produção de biocombustíveis é vocação do País por suas indiscutíveis vantagens comparativas. Temos terra e temos clima adequado. Dessa forma, uma taxação sobre

o carbono seria altamente ineficiente do ponto de vista econômico, onerando o consumidor desnecessariamente e retirando competitividade da nossa economia. O RenovaBio é um mecanismo flexível que tem o potencial de reduzir o preço da cesta de combustíveis para o consumidor.


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“NOVA ETAPA COMEÇA A SER DISCUTIDA EM 2020” Metas de descarbonização do RenovaBio vigoram até 2030, mas a fase seguinte deverá começar a ser discutida a partir deste ano, destaca Miguel Ivan Lacerda nesta segunda parte da entrevista ARQUIVO

DELCY MAC CRUZ

Como esse programa de Estado deve se comportar no longo prazo, após 2030? Miguel Ivan Lacerda - Após 2030, o RenovaBio estará plenamente consolidado e será capaz de realizar no plano internacional a comercialização de emissões evitadas, oferecendo uma enorme contribuição para solução do aquecimento global. Cumpridas as metas, teremos estruturado no país uma oferta regular e firme de biocombustíveis, capaz de dar ao país segurança energética de modo sustentado. Devo lembrar que o RenovaBio prevê, pela lei, que o país tenha metas de descarbonização para um prazo mínimo de 10 anos. Ou seja, a partir de 2020 já estaremos discutindo metas para 2030 e além. E no curto prazo? Teremos oferta suficiente de CBIOs para a atender às distribuidoras de combustíveis, que terão de quitar o passivo com a venda de fósseis com a compra desses títulos? Miguel Ivan Lacerda - Os números atualizados da certificação de biocombustíveis pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP demonstram que está havendo uma adesão em ritmo superior ao que o Comitê RenovaBio e o CNPE haviam previsto quando se definiram as metas do programa. Isso é um indicador importante da oferta adequada de CBIOs já no curto prazo. Até dia 09 de dezembro último estavam em audiência púbica 62 unidades produtoras de etanol (fora 2 já certificadas). Representa 17% das 356 unidades que, segundo a EPE, estão em operação em 2019. É pouco ou esse percentual já era esperado? Miguel Ivan Lacerda - No fechamento do mês de novembro, a ANP registrou 199 comunicações de contratações de processo de certificação por parte de unidades produtivas, 68 consultas públicas comunicadas, em andamento ou encerradas, cinco certificações aprovadas. A participação dessas unidades no mercado de combustíveis tem potencial para gerar uma oferta de volume de biocombustíveis certifica-

Matéria-prima do etanol, a cana-de-açúcar é protagonista do RenovaBio que, após 2030, deverá estar plenamente consolidado e irá oferecer uma enorme contribuição para solução do aquecimento global

“OS NÚMEROS ATUALIZADOS DA CERTIFICAÇÃO DE BIOCOMBUSTÍVEIS PELA AGÊNCIA NACIONAL DE PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS – ANP DEMONSTRAM QUE ESTÁ HAVENDO UMA ADESÃO EM RITMO SUPERIOR AO QUE O COMITÊ RENOVABIO E O CNPE HAVIAM PREVISTO QUANDO SE DEFINIRAM AS METAS DO PROGRAMA” dos em proporção compatível com o que foi considerado pelo CNPE para a definição das metas. Temos que raciocinar em termos de volume de biocombustíveis certificados e não, somente, em termos de unidades produtoras certificadas. A chegada, ainda incipiente, dos veículos elétricos pode frear o etanol, com demanda crescente desde 2018? Isso pode refletir no RenovaBio? Miguel Ivan Lacerda - O veículo elétrico ainda é um nicho de mer-

“A PERGUNTA QUE DEVEMOS FAZER É: QUANTO CUSTA EVITAR A EMISSÃO DE UMA TONELADA DE CO2? ESSE VALOR VARIA PARA CADA TIPO DE SOLUÇÃO E A BASE DE CÁLCULO TEM QUE SER A PEGADA DE CARBONO DE TODO O CICLO DO COMBUSTÍVEL EM CADA CASO”

cado. No entanto, ele tem um apelo ambiental e é vinculado, muitas vezes, pela imprensa com programas ou preocupações ambientais. A pergunta que devemos fazer é: quanto custa evitar a emissão de uma tonelada de CO2? Esse valor varia para cada tipo de solução e a base de cálculo tem que ser a pegada de carbono de todo o ciclo do combustível em cada caso. Não importa o combustível ou a plataforma veicular. O que importa é quanto custa essa redução de emissões e qual a

emissão por unidade de energia da fonte considerada. Esse é o mérito do RenovaBio, olhar para o problema em seu cerne. Temos que discernir entre a opções colocadas a cada momento. No caso dos veículos elétricos, sabemos que esse caminho é inevitável e acreditamos que haverá plataformas no futuro que utilizarão combustíveis com maior densidade energética que a bateria. O que eu quero dizer é que devemos separar “carro elétrico” de “carro à bateria”.


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SE NECESSÁRIO, RENOVABIO PODE SER READEQUADO Programa está aberto a receber mudanças caso, por exemplo, o etanol seja empregado na obtenção de moléculas de hidrogênio para rodar os elétricos, diz Lacerda DELCY MAC CRUZ

É possível inserir mudanças no RenovaBio caso, por exemplo, o etanol dê lugar à maior produção de eletricidade a partir da biomassa de cana (para suprir os veículos elétricos) ou do emprego do etanol para se obter moléculas de hidrogênio (e gerar eletricidade para mover veículos)? Miguel Ivan Lacerda - Com certeza, essa seria uma possibilidade caso a questão da bateria estivesse equacionada. O fato é que, hoje, o carro elétrico à bateria (plug-in) não tem as condições de ser uma solução sustentável, ao menos para o Brasil, por dois motivos: custo da plataforma e custo ambiental da bateria. E o que as pesquisas de duas grandes montadoras nos mostram é que existe um caminho possível com as plataformas veiculares dotados da tecnologia de célula de combustível, que seria um veículo elétrico movido a etanol ou a gás natural. O RenovaBio oferece a estabilidade que o produtor de etanol sempre buscou. Em sua opinião, o programa será suficiente para garantir a oferta do biocombustível, mesmo que o açúcar possa ganhar atratividade em 2020, diante produção mundial menor que o previsto, mesmo com a possibilidade de o Centro-Sul repetir a oferta de cana desse 2019? Miguel Ivan Lacerda - Não podemos afirmar categoricamente que a expansão da produção de etanol estará garantida por meio do RenovaBio. Existem diversos fatores que influenciam a decisão do produtor de ofertar mais ou menos etanol em suas usinas. O preço do açúcar é um deles. Preço da gasolina, preço do CBIO, câmbio, entre outros, entram na equação e determinarão em mercado a oferta dos produtos. O que posso afirmar é que temos pela primeira vez um mecanismo que

MIGUEL IVAN LACERDA

Lacerda, em participação na Fenasucro, em Sertãozinho: “RenovaBio é um mecanismo flexível que tem o potencial de reduzir o preço da cesta de combustíveis para o consumidor”

Economista com mestrado em Agronegócio pela Universidade Federal de Goiás. Foi Gerente do Sebrae, diretor de Programas de Desenvolvimento Regional, Secretário Nacional de Irrigação, assessor Internacional do Ministro no Ministério da Integração Nacional, Chefe de Planejamento Estratégico do Metro DF. É analista classe A da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) na Secretaria de Negócios. É diretor de Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia desde novembro de 2016. MasterCana

“O RENOVABIO É UM PROGRAMA QUE CONSOLIDARÁ COM O TEMPO COMO UM MECANISMO DE INDUÇÃO DE RETIRADA DE CO2 DA ATMOSFERA POR MEIO DA EXPANSÃO DA PRODUÇÃO E USO DE BIOCOMBUSTÍVEIS”

poderá regular essa oferta sem intervencionismos artificiais por parte do governo. O que precisamos sinalizar ao mercado é que as metas serão cumpridas. A credibilidade das metas é fundamental para a estabilidade do programa e, consequentemente, dos investimentos. Fique à vontade para comentar sobre outros temas. Miguel Ivan Lacerda - Eu gostaria de enfatizar o fato de que

o RenovaBio é um programa que consolidará com o tempo como um mecanismo de indução de retirada de CO2 da atmosfera por meio da expansão da produção e uso de biocombustíveis. Se conseguirmos dar credibilidade a esse ativo ambiental, poderemos fazer com que outros setores da economia, dentro e fora do Brasil, remunerem o produtor de biocombustíveis pelo serviço ambiental prestado e, com isso, reduzir o preço da cesta de combustíveis para o consumidor brasileiro.

PATROCÍNIO

Foco no Resultado!

Em 2017, Miguel Ivan Lacerda foi condecorado como Líder do Ano durante a premiação MasterCana Centro-Sul.

“NÃO PODEMOS AFIRMAR CATEGORICAMENTE QUE A EXPANSÃO DA PRODUÇÃO DE ETANOL ESTARÁ GARANTIDA POR MEIO DO RENOVABIO. EXISTEM DIVERSOS FATORES QUE INFLUENCIAM A DECISÃO DO PRODUTOR DE OFERTAR MAIS OU MENOS ETANOL EM SUAS USINAS”


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QUEM É QUEM NO SETOR Demétrio, Luiz Paulo Sant'Anna, Josias Rufino e Luiz Gustavo, da Cevasa, e Adelonso Dondo, da Hemav

O NOVO PESO PESADO NO COMBATE ÀS PRAGAS DA CANA Josias Messias, da ProCana e Carlos Peres, líder de MKT cana e pastagem da UPL Com o portfólio mais completo após aquisição da Arysta, a UPL OpenAg ganhou uma força extra para combater as plantas daninhas e as pragas da cultura da cana!

CEVASA REALIZA BENCHMARKING EM AGRICULTURA 4.0 Usina do Ano em Automotiva e Logística Agrícola – Performance no Prêmio MasterCana Brasil 2019, a Usina Cevasa, de Patrocínio Paulista, recebeu a visita de Adelonso Dondo, diretor da Hemav, empresa referência em monitoramento agrícola e recomendações agronômicas atraves de inteligência artificial, para um benchmarking sobre agricultura 4.0.

3º CONGRESSO DE MANUTENÇÃO AGROINDUSTRIAL REÚNE PROFISSIONAIS PARA TROCA DE EXPERIÊNCIAS Evento foi realizado dia 5 de dezembro em Araçatuba (SP) e contou com a participação de representantes de várias usinas. Confira alguns destaques:

Ariane Jamile Queiroz de Souza, da Raízen palestrando sobre A Importância de Sistema de Gestão e a Internalização na Excelência dos Resultados da Manutenção Automotiva

Mariana Gomes, diretora da Lema Empresarial e equipe

Fabio Guapo, da Usina Cevasa palestrando sobre primaverização

Douglas Mariani, da Soteica palestrando sobre Manutenção Preditiva e Estratégica a partir da Gestão On-line de Processos — Case de Identificação de Problemas e Otimização da Manutenção em Plantas Sucroenergéticas

Gisele Torrezan e Edilson Oliveira, da Diana Bioenergia

Douglas Mariani, da Soteica com Luís Júnior e Rafael Sarafin, da Goiasa


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QUEM É QUEM NO SETOR

SUDANESES VISITAM USINA VERTENTE Em visita ao Brasil no mês de outubro, uma comitiva de sudaneses visitou a Usina Vertente para conhecer seus processos agrícolas e industriais. A visita foi guiada pelo diretor executivo da unidade, Hugo Cagno Filho que explicou à comitiva cada etapa dos processos produtivos da unidade.

CMAA ENCERRA A SAFRA COM CULTO E MOAGEM RECORDE A CMAA - Unidade do Vale do Tijuco, promoveu dia 13 de dezembro um culto de ação de graças que contou com a presença do cantor gospel, Régis Danese. A usina termina a safra 2019/20 com excelentes resultados. Amoagem recorde de 6 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. O resultado aponta que o orçamento estimado das duas unidades produtoras da CMAA foi superado em 6,9%. A moagem recorde reflete, também, o aumento de produtividade, uma vez que a área colhida registrou avanço de TCH em 0,6%.

MUDAS SBW SUPER ELITE COM PLANTIO 100% AUTOMATIZADO Fomos conhecer de perto a produção de Mudas SBW Super Elite e a nova tecnologia disponível para Plantio 100% Automatizado TTS holandesa + Agricef brasileira. Trata-se de projeto integrado de produção de mudas de qualidade — 100% testadas para raquitismo e escaldadura e com identidade genética através de finger print (DNA) — e plantio automatizado a baixos custos, que se apresenta como uma solução competitiva para o atual desafio de plantio eficiente de cana.

Joel Soares Alves da Silva, diretor agroindustrial, Belarmino Baptistela, gerente industrial da Unidade Jalles Machado (UJM), Josias Messias, da ProCana e Rogerio Javaroni, gerente industrial da Unidade Otávio Lage (UOL)

APÓS RECORDES, JALLES MACHADO AVANÇA COM OTIMIZAÇÃO EM TEMPO REAL Ao comemorar uma safra recorde de moagem (5,1 milhões de TC), de produtividade agrícola (96,4 TCH) e tambem de eficiência industrial, o Grupo Jalles Machado, de Goianésia (GO), segue na busca pela máxima produtividade e eficiência! Agora, a Jalles Machado avança nos estudos para implantação do S-PAA como plataforma de gestão industrial avançada, integrando a gestão e a operação em laços fechados - utilizando as malhas existentes - e em laços abertos, rodando o PDCA Online. O S-PAA é um sistema de inteligência artificial, no conceito Usina 4.0, que tem apresentado ganhos de no mínimo R$ 1/tc por safra nas 37 plantas instaladas.


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NEGÓCIOS & OPORTUNIDADES

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Ensaios de elevação de temperatura são fundamentais nos serviços de manutenção em máquinas elétricas girantes DIVULGAÇÃO

É o que revela estudo realizado por pesquisadores da WEG e que participam do Programa de Pós-Graduação em Energia da UFABC Estudo desenvolvido por Walter Evaldo Kuchenbecker, PDC (Pesquisador Doutor Colaborador) do Programa de Pós-Graduação em Energia da UFABC e colaborador da Empresa WEG e Júlio Carlos Teixeira, professor desta instituição apresenta uma revisão nos métodos e técnicas para os ensaios de elevação de temperatura em máquinas elétricas girantes, demonstrando a importância e necessidade de realização para a garantia, tanto para reparos quanto para as máquinas elétricas novas. A elevação de temperatura é o ensaio para avaliar as características

Ensaio de elevação de temperatura em bancada de teste na WEG em São Bernardo do Campo/SP

térmicas da máquina elétrica girante. Isto pode ser considerado tanto para as máquinas novas, quanto para reparos. O ensaio visa avaliar se as temperaturas atendem a classe térmica dos materiais utilizados na fabricação da máquina. Porém, além disso, po-

dem-se detectar erros na fabricação como número de espiras, montagens dos ventiladores, trocadores de calor e possíveis componentes que reduzem a eficiência do circuito de troca térmica. A vibração da máquina, também é uma característica que é influen-

ciada pela temperatura e é avaliada neste ensaio. Os componentes que compõem o rotor podem se acomodar por causa da dilatação térmica e influenciar nos valores de vibração com a máquina a quente. A revisão se concentrou nos motores de indução, máquinas síncronas e de corrente contínua. Para os motores de indução, dentre as várias possibilidades já estudadas, o ensaio de dupla frequência se mostra o mais viável, pois não requer acoplar o equipamento e as estruturas são menos complexas, mesmo sendo necessárias duas fontes para o ensaio. Nas máquinas síncronas, a aplicação de carga direta é possível apenas em geradores pequenos. As duas possibilidades são os ensaios do somatório de curto mais vazio e sem excitação e o ensaio de fator de potência nulo. Todas as considerações do estudo estão publicadas e no site do www.jornalcana.com.br e pode ser acessada pelo shortlink: http:// bit.ly/2S9ev7o


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NEGÓCIOS & OPORTUNIDADES 43


INDUSTRY 4.0 SUGAR MILL WITH EFFECTIVE GAINS, ONLY WITH S-PAA! 44 NEGÓCIOS & OPORTUNIDADES

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36 Sugar & Ethanol Mills Installed = 100 MTC

FEATURES

S-PAA

Planning System

Advanced Control

hicommarketing

ARTIFICIAL INTELLIGENCE FOR MANAGEMENT AND INDUSTRIAL CONTROL OF SUGAR MILLS

Virtual Model representing the plant (Digital Twin) Optimization Integrated Platform Optimization Optimization of Electrical Energy Export

Global, in Real Time and multi-goals Optimization with efficiency (minimizing relief and with V1 adjustment)

Recommendation, based on “n” simulations

Local

Recommendation

Optimization with a defined backpressure

Energy and Mass Balance “Open Loop” – suggestion of improvements Ascertainment of Set Point based on Balances and Restrictions “Closed Loop” – Automatic Actuation on the “set-points” Reduction of Variability

Plant Stability

Stability of One Variable

Management at Sight (On-line Follow-up of Indicators) Online PDCA (Workflow) Offline Simulation Scalability

www.prousinas.com.br | prousinas@procana.com.br | +55 16 99148.2020


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