JornalCana 313 (Fevereiro/2020)

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AGRÍCOLA

Fevereiro 2020

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Eventos Calendário de Eventos 2020

DESDE 1988

PROGRAME-SE www.jornalcana.com.br/ eventos

w w w . j o r n a l c a n a . c o m . b r Fevereiro 2020

Série 2

Número 313

www.prousinas.com.br

ROBÔ DUO RESOLVE CHAPISCO NAS MOENDAS Conheça o robô de eletrodo que reduz custo e traz segurança Páginas 10 e 11


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AGRĂ?COLA

Fevereiro 2020


Fevereiro 2020

AGRĂ?COLA

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Julho 2017

Julho 4 2017CARTA AO ulho 2017

LEITOR

� Comitê de Gestão - Relacionamento Com Clientes Reduzir o uso Reduzir o uso Lucas Mes ias Reduzir A r t e � Reduzir ouso uso de água é regra! o Muitas e boas iniciativas de água é regra! de água é regra! de água é regra! lucas.mes ias@procana.com.br � Relacionamento Com Clientes Gustavo Santoro - arte@procana.com.br

carta ao leitor índice carta ao leitor Josias Messias josiasmessias@procana.com.br índice ÍNDICE CARTA c at a rMessias t AO aa oLEITOR ajosiasmessias@procana.com.br ol e li e Josias c a r t oi tro r í n d i c e íAgenda n d .i. c e Alessandro - editoria@procana.com.br Josias MessiasReis josiasmessias@procana.com.br ..................................6 Josias Messias josiasmessias@procana.com.br

NOS A MIS ÃO

EVENTOS Agenda ....................................6 ProCana. .Eventos Mercado . . . . . . . garante . . . . . . . conteúdo . . . . . . . . . . . . . . . .8 a 14 Agenda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 enda . . . . . . . . . . . . . . .. .. 6.8 a 6 de alto nível e networking � A aposta.no Mercado . .RenovaBio . . . . . . .. .. .. .. .. .. .. .especializado . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .............. 14

��Entrevista com A aposta Mercado . .no . .RenovaBio .Roberto . . . . .Rodrigues . . . . . .na. .estreia . . . .do. .Quem . . . .é .Quem . . .8 a 14 ercado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8 a 14 INDUSTRIAL ��Por que o arrendamento de terras ficou caro do Quem é Quem Entrevista com Roberto Rodrigues na estreia � A aposta no RenovaBio � A aposta no RenovaBio Próton ajuda aabater metas produção, ��55 pagarde pelo usoficou da de água estado de SP Porusinas que opassam arrendamento terras carono � Entrevista com Roberto Rodrigues na estreia do Quem é Quem � Entrevista com RobertoeRodrigues na estreia do Quem é............. Quem reduz custo aumenta segurança 10 e 11

55 usinas passam a pagar da caro água no estado de SP ��Por que o arrendamento de pelo terrasuso ficou � Por que o arrendamento de terras ficou caro � 55 usinas passam a pagar pelo uso da água no estado de SP � 55 usinas passam pelo uso da água estado de SP � Como fazeraapagar correta manutenção de no bombas

Industrial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16 a 26 Unidades. produtoras Industrial . . . . . . . . . . .usam . . . . .conceito . . . . . . . .de . . Usina . . .16 a 26 4.0 parafazer otimizar geração debombas energia ........ 12 e 13 ��Secagem de alevedura pode gerar renda extra de R$ 40 milhões Como correta manutenção de Industrial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16 a 26 dustrial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16 a 26 ��Cozimento contínuo ganha no setor Secagem podeespaço gerar renda extra de R$ 40 milhões � Como fazerde a levedura correta manutenção de bombas � Como fazer a correta manutenção de bombas Usinas da Raízen diminuíram Cozimento espaço no setor ��Secagem decontínuo leveduraganha pode gerar renda extra de R$ 40 milhões consumo água 16 � Secagem de levedura Geral . . . . .de . .pode . . .gerar . .em . renda . . 50% . .extra . . ................................... .de. .R$. .40. .milhões . . . . . . . . . . .30

� Cozimento contínuo ganha espaço no setor � Cozimento contínuo ganha espaço no setor � Empresas têm até 31 de agosto para aderir ao Refis

“Desenvolver o agronegócio

��Previsões Endividamento Agrícola . . para . . .asucateia . safra . . . 17/18 . .sistemas . .no. .Nordeste .de. .irrigação . . . . .em . . Alagoas . . . . . .24 a 34 rícola . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .crescer . . . .até . . 30% . . . na .24 a 34 Estação da Paraíba é ��Investimentos em herbicida devem 17/18 Previsões para a safra 17/18 no Nordeste � Endividamento sucateia sistemas de irrigação em Alagoas referência em biodefensivos ............................... 20 � Endividamento sucateia sistemas de irrigação em Alagoas � Manejo integrado em controle ambiental gera maior produtividade

Investimentos herbicida crescer até 30% na 17/18 ��Previsões para em a safra 17/18devem no Nordeste

� Previsões para a safra 17/18 no Nordeste Manejo integrado em controle ambiental produtividade ��Investimentos em herbicida devem crescergera até maior 30% na 17/18 � Investimentos em herbicida devem crescer até 30% na 17/18 � Manejo integrado em controle ambiental gera maior produtividade � Manejo integrado em controle ambiental gera maior nas produtividade � Os departamentos de compliance avançam empresas do setor

ESPECIAL Gestão . . . .RENOVABIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .37 Conheça as usinas que já Gestão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .37 obtiveram certificação Renovabio .............. 23 a 25 � Os departamentos Gestão . . . . . . . . .de. compliance . . . . . . . avançam . . . . . .nas . . empresas . . . . . . do . .setor . . .37 stão . . . do . . .Bem . . . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .37 Usina . . . . .38 � Os departamentos de compliance avançam nas empresas do setor MERCADO � Os departamentos deenergia compliance � Usinas Usina do doam Bem . . . . elétrica . . .avançam . .para . . .hospital .nas . .empresas . em . . Barretos . . .do. .setor . . . . . . . .38 Bolsonaro apoia venda direta de etanol das � Usinas doam energia elétrica para hospital em Barretos Usina do Bem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .38 usinas inaNegócios do Bem para . &. .Oportunidades . .os . . postos . . . . . . .de . .. combustíveis .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. ............. .. .. .38 .40 a 28 42

sucroenergético, dis eminando

� Usinas doam energia elétrica para hospital em Barretos � Usinas doam energia elétrica para hospital em Barretos

Negócios & Oportunidades . . . . . . . . . . . . . . . .40 a 42 Usinas poderão criar agentes Negócios & Oportunidades . . . . . . . . . . . . . . . .40 a 42 gócios & Oportunidades . . . .. ........................................ . . . . . . . . . . . .40 a 42 29 para vender hidratado Adecoagro investirá R$ 445 milhões em usinas no Mato Grosso do Sul ...................... 32

conhecimentos, estreitando

GENTE Quem é Quem Entrevista: Mario Lorencatto, CEO da Coruripe ................... 40

FUNDO DE RECEITA FIXA “NemFUNDO ponham sua esperança na incertezaFIXA da riqueza, 42 DE RECEITA Negócios & Oportunidades .................................. mas em Deus, que de tudo nos provê ricamente” “Nem ponham suaDE esperança na incerteza da riqueza, FUNDO RECEITA FUNDO DE RECEITA FIXAFIXA

Recomendação de Paulo, apóstolo ade Timóteo, primeira carta, capítulo 6, verso 17 masponham em Deus, que tudonana nos provê ricamente” “Nem sua esperança incerteza da riqueza, “Nem ponham sua esperança na incerteza da riqueza, Recomendação de Paulo, a Timóteo, na primeira capítulo 6, verso 17 mas em Deus,apóstolo que de tudo nos provêcarta, ricamente” mas em Deus, que de tudo nos provê ricamente” Recomendação de Paulo, apóstolo a o Timóteo, na primeira carta, 6, verso 17 “Reconhece SENHOR emcapítulo todos Recomendação de Paulo, apóstolo a Timóteo, na primeira carta, capítulo 6, verso 17 os teus caminhos, e Ele endireitará as tuas veredas”.

relacionamentos e gerando

Provérbios 3.6

COLABORADORES

Assim como outros importantes segmentos da indústria da transformação, o setor sucroenergético é um Assim como outros importantes segmentos da indústria da transformação, setor sucroenergético grande consumidor de água. Esse líquido é prioritário nos processos industriaisodas usinas e destilarias.é um mais energia elétrica, por do O conceito de Usina 4.0 está em alta e grande consumidor denaágua. líquido é prioritário nos processos industriais dasPaulo usinas econta destilarias. Assim outros importantes segmentos da indústria da transformação, setor sucroenergético é umreasecomo ter ideia, safraEsse 2010/2011 as unidades produtoras do Estado deoSão consumiam AssimPara como outros importantes segmentos da indústria da transformação, o setor sucroenergético é um em fornecedores industriais entram em umanos proveitamento dedas geradas Para semetro ter ideia, na safra 2010/2011 unidades produtoras doindustriais Estado de São Paulo quentes consumiam em grande consumidor de água. Esse líquido éasprioritário processos usinas e destilarias. média 1,52 cúbico porlíquido tonelada de cana. Naquela safra, segundo a União daáguas Indústria de Cana-degrande consumidor de água. Esse é prioritário nos processos industriais das usinas e destilarias. média 1,52 metro cúbico poraotonelada de as cana. Naquela safra, segundo a União daque Indústria de550,2 Cana-dePara se ter ideia, nacolhidas safra 2010/2011 unidades produtoras do Estado São Paulo consumiam Açúcar (Unica), foram 362 milhões de toneladas nos exigiram corrida para dispôr mercado tecnolopelas caldeiras. Para se ter ideia, na safra 2010/2011 as unidades produtoras docanaviais Estado depaulistas, SãodePaulo consumiam em em Açúcar (Unica), foram colhidas 362de milhões deas toneladas nosDa canaviais 550,2iniciatimédia 1,52 metro cúbico por tonelada delevar cana. Naquela segundo apaulistas, União da que Indústria de Cana-dede metros cúbicos água. giasmetro que cumpram adetarefa usia exigiram excelente médiamilhões 1,52 cúbico por tonelada de cana. Naquela safra,safra, segundo aParaíba União datemos Indústria de Cana-demilhões de metros cúbicos água. Açúcar foram colhidas 362 milhões dematétoneladas nos canaviais paulistas, que exigiram Nãoa(Unica), significa que todo odevolume foide consumido pelas unidades produtoras. Háexigiram muito o 550,2 setor 550,2 Açúcar (Unica), foram colhidas 362 milhões toneladas nos canaviais paulistas, que nas este ideal, como mostra nossa va da Usina Vale Verde que investiu na Nãodesignifica todode opara volume foi consumido pelas unidades milhões metros cúbicos água. empreende ações eque sistemas reduzir e tornar eficiente o uso do produtoras. líquido. Há muito o setor milhões de metros cúbicos de água. ria de capa (Págs. 10 e 11) que apresenta o produção de biodefensivos da Estação empreende ações epalavra sistemas para reduzir e tornar eficiente o uso doprodutoras. líquido. Não significa que odevolume foi pelas unidades Há muito o setoro setor O reuso é uma ordem nasconsumido empresas ComHá ações como o reuso, Nãorobô significa que todo otodo volume foi consumido pelassucroenergéticas. unidades produtoras. muito o setor de chapisco eletrodo desenvolvido Experimental Camaratuba, em Mataraca, O reusoações é uma palavra de ordem nas sucroenergéticas. Com como reuso, o setor empreende e sistemas para reduzir eempresas tornar eficiente uso do líquido. sucroenergético paulista despencou as captações de água. consumo médioações de 1,52 naosafra 2010/2011 empreende ações e sistemas para reduzir e tornar eficiente o usoOodo líquido. pela Duo Automation. O equipamento sucroenergético paulista despencou as captações desucroenergéticas. água.que O consumo médio de 1,52 naouma saframédia 2010/2011 Opara reuso é palavra uma palavra denaordem nas empresas Com ações 0,91 metro cúbico safra 2016/17. em produziu Ocaiu reuso é uma de ordem nas empresas sucroenergéticas. Com2019 ações como como o reuso,reuso, o setoro setorde 126 usa alta tecnologia para chapiscar até três caiu para 0,91 cúbico na safra sucroenergético paulista despencou as2016/17. captações de água. O consumo médio de na 1,52 safraindustriais. 2010/2011 Ou seja, emmetro dezdespencou anos as usinas paulistas 39,7% menos para os safra processos mil copos de1,52 vespas ena11.368 kg de funsucroenergético paulista as captações decaptaram água. O consumo médioágua de 2010/2011 Ouqueda seja, em dezdo anos asna usinas paulistas captaram 39,7% menosaprimoramento água para os processos industriais. caiu para 0,91 metro cúbico safra 2016/17. A resulta fechamento de circuitos com reuso de água; dos processos camisas completas por dia — o dobro de caiu para 0,91 metro cúbico na safra 2016/17. gos. Com essa iniciativa beneficiou planA queda resulta doeficiência fechamento de circuitos come reuso dedamenos água; aprimoramento dos processos Ou seja, em dez as anos as usinas paulistas captaram 39,7% água para os processos industriais. industriais, com maior e menor avanço limpeza a os seco com a colheita um chapiscador manual —, ecaptação; também Ou seja, em dez anos usinas paulistas captaram 39,7% menos água para processos industriais. tadores de cana em Pernambuco, industriais, maior e menor captação; avanço limpeza a seco comdos a colheita A quedacom resulta do eficiência fechamento de circuitos com ereuso de da água; aprimoramento processos Alagoas Amecanizada. queda do fechamento de circuitos com reuso de água; aprimoramento dos processos pararesulta fornecer relatórios de indicadores e Rio Grande doforam Norte, que agora têm à mecanizada. industriais, com maior eficiência menor dapelas limpeza seco aapresentadas colheita Ascom informações sobre uso de eágua e a captação; redução nae avanço captação no dia industriais, maior eficiência e menor captação; e avanço da limpeza a unidades secoa com acom colheita prontos, no celular e no computador, diinformações sobre uso de água a redução na captação pelasem unidades foram apresentadas no diapara mecanizada. 06 deAsjunho pelo secretário estadual da eAgricultura, Arnaldo Jardim, evento técnicas na sede da avançadas Unica, em disposição mais mecanizada. minuindo o tempo que um técnico gasta 06 de pelo secretário estadual dae Agroambiental Agricultura, Jardim, em pragas eventoforam na(Pg. sede da Unica, no em Asjunho informações de a redução naArnaldo captação pelas unidades apresentadas comemoração dos dezsobre anos do Protocolo dopelas Setor Sucroenergético. controle de 20). As informações sobre uso deuso água eágua a redução na captação unidades foram apresentadas no dia dia apurando números eestadual análises. comemoração dos dez anos doescrevendo Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético. deO junho pelo secretário da Agricultura, Arnaldo Jardim, em evento na da sede da Protocolo integra o Projeto Verde, das Secretarias estaduais danaAgricultura e doUnica, Meio em 06 de06 junho pelo secretário estadual daEtanol Agricultura, Arnaldo Jardim, emEspecial evento sede Unica, em No Renovabio, apresentamos OPublicamos Protocolo integra o Projeto Etanol Verde,edas Secretarias estaduais daoAgricultura e do eMeio comemoração dosanos deztambém anos do Protocolo Agroambiental dodesenvolvido Setor Sucroenergético. Ambiente, um modelo de parceria diálogo entre setor produtivo o Estado. nas páginas 12 comemoração dose representa dez do Protocolo Agroambiental do eSetor Sucroenergético. as seis usinas que até o fechamento Ambiente, e representa modelo decena parceria diálogo desenvolvido entre otécnicos setor produtivo e o Estado.desProtocolo oum Projeto Etanol Verde, das Secretarias estaduais da e do Meio segunda fase dointegra Protocolo entra em neste de julho, formatada porAgricultura duas 13O os casos das usinas SJC, Cevasa ee mês CaOAProtocolo integra o Projeto Etanol Verde, das Secretarias estaduais da Agricultura e dodas Meio ta edição —por obtiveram certificação A segundaeefase Protocolo entra em cena neste mês de desenvolvido julho, formatada técnicos dasaduas Ambiente, um modelo de parceria e diálogo setor produtivo e o Estado. e Secretarias da do Unica. Ambiente, umutilizando modelo de parceria e diálogo desenvolvido entre entre o setoro produtivo e o Estado. eté,e representa que representa estão uma plataforma e dadoUnica. ASecretarias segunda fase Protocolo entra em neste cena neste mês de julho, técnicos das duas Há outras Nessedo mesmo mês de julho, entra em vigor cobrança peloformatada uso da em quatro bacias estão aptas apor emitir CBIOs. A segunda Protocolo entra cena mêsade julho, formatada porágua técnicos dasosduas de fase balanço de massa eemenergia e inteligênNesse mesmo mês de julho, entraPardo, em vigor a cobrançanapelo uso da água quatro baciasapresentadas Secretarias e da hidrográficas do Unica. Estado São Paulo: Baixo-Pardo/Grande, Sapucaí-Mirim e Mogi-Guaçu. reta final deem certificação, Secretarias eartificial da Unica. cia online, no conceito de Usina hidrográficas do Estado São Paulo: Pardo, Baixo-Pardo/Grande, Sapucaí-Mirim e Mogi-Guaçu. Nesse mesmo mês dedejulho, entra em a cobrança pelodauso da em águaquatro em quatro baciaságua dessas reportagem desta do vigor 55 unidades sucroenergéticas captam NesseConforme mesmo mês de julho, entraedição em vigor aJornalCana, cobrança pelo uso água nas páginas 23 a 25.bacias 4.0, para otimizar a geração de energia, Conforme desta edição do JornalCana, sucroenergéticas captam hidrográficas doreportagem Estado São Paulo: Baixo-Pardo/Grande, Sapucaí-Mirim e Mogi-Guaçu. bacias. Odocusto médio dadecobrança de Pardo, água por tonelada55 deunidades cana varia de acordo com o reuso água pelasdessas hidrográficas Estado de São Paulo: Pardo, Baixo-Pardo/Grande, Sapucaí-Mirim e Mogi-Guaçu. Na página 39 temos uma entrevista bacias. O mas custo médio da cobrança de água por tonelada de canatonelada. varia de acordo comcaptam o reusoágua pelasdessas exreduzir o reportagem específico de vapor Conforme desta edição doR$JornalCana, 55 unidades sucroenergéticas unidades, aconsumo média é projetada 0,03 e R$ 0,12 por Conforme reportagem desta edição doentre JornalCana, 55 unidades sucroenergéticas captam água dessas com o CEO da Coruripe, Mario unidades, mas amédio média projetada entre 0,03 e R$ 0,12 por tonelada. bacias. O custo cobrança de água por tonelada declusiva cana varia de acordo reuso A Unica explica nadaéreportagem quepor o R$ avanço dessa cobrança não assusta porque oosetor em seus processos e obter, como ganho bacias. O custo médio da cobrança de água tonelada de cana varia de acordo com ocom reuso pelas pelas A Unica explica naése reportagem que oR$avanço dessa cobrança não assusta porque o setor com unidades, mas apaulista média projetada eanos R$ por 0,12 por tonelada. sucroenergético preparou ao0,03 longo dos para arcar com esseque custo a gestão Lorencatto, dáe colaborar detalhes sobre como mais incremento na unidades, mas avisível, média é significativo projetada entre entre R$ e0,03 R$ 0,12 tonelada. sucroenergético paulista se preparou ao olongo dos anos para arcar comassusta esse custo e colaborar com a gestão A Unica explica na reportagem avanço cobrança não porque bacias hidrográficas. Conforme Departamento de Águas e Energia Elétrica do governo uma gestão competente assegura a utiliAdas Unica explica nade reportagem que ooque avanço dessadessa cobrança não assusta porque o(DAEE), setoro setor exportação bioeletricidade. das bacias hidrográficas. Conforme oessa Departamento de para Águas eFundo Energia Elétrica (DAEE), doHídricos governo sucroenergético paulista se preparou ao longo dos anos arcar com esse custo e colaborar com a gestão paulista, os valores arrecadados com cobrança irão para o Estadual de Recursos sucroenergético paulista se também preparou aoolongo dos para arcar com esse custodae colaborar com aprodutiva gestão zação plena capacidade de Publicamos case daanos Raízen paulista, os valores arrecadados comodemandados essa cobrança irãopróprias para oe Fundo Estadual de Recursos Hídricos das bacias hidrográficas. Conforme Departamento de Águas Energia Elétrica (DAEE), do governo (Fehidro), que os usará nos projetos pelas bacias. das bacias hidrográficas. Conforme o Departamento de Águas e uma Energiausina. ElétricaConfira (DAEE), do governo essas edeoutras boas (Pág. 16) que, através docom Programa Redu(Fehidro), que osque usará nos projetos demandados pelas próprias bacias. paulista, os valores arrecadados essa cobrança irão para o Fundo Estadual de Recursos Hídricos No mês em se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente, as usinas fazem questão reassumir paulista, os valores arrecadados com essa cobrança irão para o Fundo Estadual de Recursos Hídricos iniciativas Za, oseconsumo água de suas Nodiminuiu mês seu emosque comemora ode Dia Mundial do eMeio Ambiente, as usinas questão reassumir usará nos projetos próprias e(Fehidro), manifestar compromisso com odemandados meio ambiente com o usobacias. sustentável de fazem água. E água édesinônimo (Fehidro), que osque usará nos projetos demandados pelas pelas próprias bacias. e manifestar seu compromisso com o meio ambiente e com o uso sustentável de água. E água é sinônimo No mês em que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente, as usinas fazem questão de reassumir edição. de unidades vida!em que produtoras 50%. AdoeconoNo mês se comemora oem Dia Mundial Meio Ambiente,nesta as usinas fazem questão de reassumir demanifestar vida! e seu compromisso com o meio ambiente e com o uso sustentável de água. E éágua é sinônimo Boa leitura! mia equivale a uma captação de 4,5 bie manifestar seu compromisso com o meio ambiente e com o uso sustentável de água. E água sinônimo Boa leitura! de vida! de vida! lhões de litros a menos, que resulta em Boa leitura! Boa leitura! Boa leitura!

Robertson Fetsch 16 9 9720 5751 � Comitê de Gestão - Controladoria & TI public dade@procana.com.br � Editor Mateus Mes ias Delcy Mac Cruz - editor@procana.com.br presidente@procana.com.br � As istente Thaís Rodrigues � Editor de Arte - Diagramação thais@procana.com.br José Murad Badur � Comitê de Gestão - Jornalismo Ales andro Reis - editoria@procana.com.br � As inaturas & Exemplares FINANCEIRO Paulo Henrique Mes ias (16) 3512-430 contasareceber@procana.com.br � Comitê de Gestão - Marketing atendimento@procana.com.br contasapagar@procana.com.br Luciano Lima w w.loja.jornalcana.com.br luciano@procana.com.br

Geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .30 AGRÍCOLA � Empresas Geral . . . . .têm . . até . . 31 . . de . .agosto . . . . para . . .aderir . . . .ao. Refis . . . . . . . . . . . .30 Usinas ral Agrícola . . . . . . .do .. .. .. .. .. ..e.. Nordeste .. .. .. .. .. .. .. .. ..finalizam .. .. .. .. .. .. .. .. safra .. .. .. .30 . .. .. Norte .24 a 34 � Empresas têm até 31 de agosto para aderir ao Refis acima de 51 milhões de toneladas ............. 18 e 19 � Empresas têm até 31 de agosto para aderir ao Refis � Endividamento Agrícola . . . . .sucateia . . . . .sistemas . . . . . de . .irrigação . . . . . em . . Alagoas . . . . . . .24 a 34

Map BrasildeUnida es Técni oeAtualização ProdutorasdeAçúcareÁlco l Tecnológica

CARTA AO LEITOR 5 CARTA AO LEITOR 5 CARTA LEITOR Fevereiro CARTA AO AO LEITOR 5 5 2020

Julho 2017

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� Presidente Josias Messias � Presidente josiasmessias@procana.com.br Fone 16 3512.4300 Fax 3512 4309 ISSN 1807-0264 Josias Messias Av. Costábile Romano, 1.544 - Ribeirânia C �josiasmessias@procana.com.br Po remsitdêendtee Gestão - Comercial & Eventos Fone 16 3512.4300 Fax 3512—4309 � Preside nte Messias ISSN 1807-0264 14096-030 — Ribeirão Preto SP Rose Josias Messias ISSN 1807-0264 Josias Messias Av. Costábile Romano, 1.544 Ribeirânia � Comitê de Gestão - Comercial & Eventos rose@procana.com.br procana@procana.com.br josiasmessias@procana.com.br josiasmessias@procana.com.br Fone 16 3512.4300 Fax 3512 4309 14096-030 — Ribeirão Preto — SP Rose Messias FoneAv. 16Costábile 3512.4300 Fax 3512 4309 Romano, 1.544 - Ribeirânia Comitê de Gestão - R aceirocnialm&enEtvoen Ctoom �rose@procana.com.br procana@procana.com.br Ceolm s Clientes Av. Costábile Romano,—1.544 - Ribeirânia de GMessias eMessias stão - Comercial & Eventos � ComitêLucas COLABORADORES � Arte 14096-030 Ribeirão Preto — SP Rose 14096-030 — Ribeirão Preto — SP Rose Messias C o m i t ê d e G e s t ã o R e l a c i o n a m e n t o C o m Clientes � Gustavo Santoro - arte@procana.com.br lucas.messias@procana.com.br � Relacionamento Com Clientes rose@procana.com.br procana@procana.com.br rose@procana.com.br procana@procana.com.br Lucas Messias COLABORADORES � Arte Robertson Fetsch 16 9 9720 5751 � Relacionamento Com Clientes publicidade@procana.com.br Comitê de Gestão - C Editor Santoro - arte@procana.com.br �lucas.messias@procana.com.br �Gustavo Roenlatcroiolandaomriean& toTCI om Clientes de GeMessias sMessias tão - Relacionamento Com Clientes “Desenvolver o agronegócio � ComitêMateus Robertson Fetsch 16 9 9720 5751 Delcy Lucas COLABORADORES � ArteMac Cruz - editor@procana.com.br (ou das empresas citadas). JornalCana. Direitos autorais e Lucas Messias COLABORADORES � Arte � Comitê de Gestão - Controladoria & TI � EditorSantoro - arte@procana.com.br presidente@procana.com.br seslaisctieonntaemenPublicidade �publicidade@procana.com.br lucas.messias@procana.com.br Gustavo R to Com Clie&ntPatrocínios es Editor A Atendimento Oportunidades e Vitrine) refletemaoreprodução, ponto de vista autores namento CFetsch om Clie16 nte9s 9720 5751 Gustavo Santoro � RelacioThaís sucroenergético, “Desenvolver odisseminando agronegócio lucas.messias@procana.com.br comerciais reservados. É proibida totaldos Mateus Messias Delcy Cruz - Deditor@procana.com.br �Alessandro EditoMac r -darte@procana.com.br eReis A rte- -editoria@procana.com.br iagramação Robertson GilmarRodrigues Messias - publicidade@procana.com.br Artigos osJornalCana. das seçõesDireitos Negócios &ou e (ou dasassinados empresas(inclusive citadas). autorais Robertson A9ss9153.8690 iste16 nte9 9720 5751 �Fetsch Artigos assinados (inclusive os das seções Negócios & thais@procana.com.br José Badur Comitê de Gestão - JCoorntarloislamdooria & TI �presidente@procana.com.br publicidade@procana.com.br tor � EdiMurad parcial, distribuição ou disponibilização pública, por qualquer (16) Oportunidades e Vitrine)Érefletem o ponto de vistatotal dos ou autores conhecimentos, estreitando � ComitêAlessandro sucroenergético, disseminando publicidade@procana.com.br de GesMessias tão Reis - Con-teditoria@procana.com.br roladoria & TI � Editor � Editor de Arte - Diagramação comerciais reservados. reprodução, “Desenvolver o agronegócio Thaís Rodrigues Mateus Delcy Mac Cruz - editor@procana.com.br Produção de conteúdo Oportunidades e Vitrine) refletem o proibida ponto deaexpressa. vista dos Aautores meio ou processo, sem autorização violação dos “Desenvolver o agronegócio (ou das empresas citadas). JornalCana. Direitos autorais e Mateus Messias Delcy Mac CruzMac - editor@procana.com.br A Assinaturas José Murad � Comitê de Gestão - Jornalismo ssinsatetunrtaes & Exemplares Exemplares �thais@procana.com.br FINANCEIRO Delcy CruzBadur - delcymack@procana.com.br presidente@procana.com.br parcial, distribuição ou disponibilização pública, por qualquer (ou das empresas citadas). JornalCana. Direitos autorais e direitos autorais é punível como crime (art. 184 parágrafos, relacionamentos e gerando presidente@procana.com.br conhecimentos,disseminando estreitando A s s i s t e n t e � sucroenergético, Silvan (16) Messias 9 9635-3205 comerciais reservados. Éautorização proibida a reprodução, total ou dos Paulo Henrique (16) 3512-4300 Comitê de Reis Gest-ãoeditoria@procana.com.br - Marketing �Alessandro contasareceber@procana.com.br Thaís Junior Rodrigues � Editor de Arte - Diagramação meio ou processo, sem expressa. A violação sucroenergético, disseminando comerciaisdo reservados. É proibida a reprodução, ou conjuntamente Código Penal) com de prisão etotal multa; Thaís Rodrigues � Editor d e A rtMurad e - DiaBadur gramação atendimento@procana.com.br Diagramação � Assinaturas & Exemplares FINANCEIRO atendimento@procana.com.br Luciano Lima contasapagar@procana.com.br thais@procana.com.br José de Gestão - Jornalismo � Comitê parcial, distribuição oupena disponibilização pública, por qualquer direitos autorais é punível como crimediversas (art.qualquer 184(artigos e parágrafos, negócios sustentáveis” relacionamentos e gerando � Comitê luciano@procana.com.br www.loja.jornalcana.com.br conhecimentos, estreitando thais@procana.com.br José Murad Badur deCGoemsittãêodReis -e JGoern-sateditoria@procana.com.br Gaspar Martins - diagramacao@procana.com.br parcial, distribuição ou disponibilização pública, por com busca e apreensão e indenização 122, Paulo Henrique Messias (16) 3512-4300 ãliosm - oMarketing � contasareceber@procana.com.br www.loja.jornalcana.com.br Alessandro Financeiro meio ou processo, sem autorização expressa. A violação dos conhecimentos, estreitando do Código Penal) com pena de prisão e multa; conjuntamente Alessandro Reis editoria@procana.com.br atendimento@procana.com.br Luciano Lima contasapagar@procana.com.br � Assinaturas & Exemplares FINANCEIRO meio ou processo, sem autorização expressa. A violação dos Renata Macena 123, 124, 126, da Lei 5.988, de 14/12/1973). direitos autorais é punível como crime (art. 184 e parágrafos, negócios sustentáveis” relacionamentos e gerando r a s & E x e m p l a r e s � Assinatu FINANCEIRO com busca e apreensão e indenização diversas (artigos 122, www.loja.jornalcana.com.br luciano@procana.com.br Paulo Henrique Messias (16) 3512-4300 � Comitê de Gestão - Marketing contasareceber@procana.com.br gerentefinanceiro@procana.com.br direitos autorais é punível como pena crime (art. 184 ee multa; parágrafos, relacionamentos e gerando do123, Código Penal) prisão conjuntamente Paulo Henrique Messias (16) 3512-4300 � Comitê de Gestão - Marketing contasareceber@procana.com.br atendimento@procana.com.br Luciano Lima contasapagar@procana.com.br 124, 126, dacom Lei prisão 5.988,de demulta; 14/12/1973). do Código Penal) com pena de e conjuntamente negócios sustentáveis” atendimento@procana.com.br Luciano Lima contasapagar@procana.com.br com busca e apreensão e indenização diversas (artigos 122, www.loja.jornalcana.com.br luciano@procana.com.br negócios sustentáveis” com busca e apreensão e indenização diversas (artigos 122, www.loja.jornalcana.com.br luciano@procana.com.br

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EVENTOS

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ProCana Eventos garante conteúdo de alto nível e networking especializado FOTOS DIVULGAÇÃO

Em um mercado que requer presença, a ProCana Eventos realiza premiações que reúnem o C Level dos principais grupos, usinas e empresas do setor. Além disso, organiza eventos técnicos voltados para a área agrícola e industrial com conteúdo de alto nível e benchmarking especializado, com a participação de profissionais dos principais grupos e usinas do Brasil e América Latina. Confira a seguir os eventos dos próximos meses de 2020.

UAP foi o evento técnico mais bem avaliado da Fenasucro & Agrocana 2019

4º SINATUB Custos, Perdas e Gestão Industrial 27 de Maio | Ribeirão Preto (SP) Abrindo a temporada de eventos técnicos, o SINATUB Custos, Perdas e Gestão Industrial já se tornou o Encontro Anual dos Gestores Industriais das usinas! Nele são apresentados e discutidos os principais indicadores e as melhores práticas de uma gestão industrial de alta eficiência. 8º SINATUB Processos, Fermentação e Produção de Etanol 28 de Maio | Ribeirão Preto (SP) O evento apresenta cases relevantes sobre avanços e inovações tecnológicas nas áreas de processos, tratamento de caldo, filtragem, fermentação, destilação, desidratação e tratamento de vinhaça, apresentadas e discutidas por gestores de usinas e especialistas da área. Prêmio MasterCana Centro-Sul 17 de Agosto | Ribeirão Preto (SP) O MasterCana Centro-Sul reunirá em Ribeirão Preto (SP), grupos, usinas e entidades que são destaque na região. A premiação é o evento social de abertura da FENASUCRO & AGROCANA 2020. 4º USINAS DE ALTA PERFORMANCE AGRÍCOLA 19 de Agosto | Sertãozinho (SP) Evento técnico mais bem avaliado da Fenasucro & Agrocana 2019, o Usinas de Alta Performance Agrícola promove o benchmarking anual com as usinas TOP10 em produtividade e inovação,

MasterCana reúne o C Level dos principais grupos, usinas e empresas do setor

além de produtores que ultrapassam os três dígitos de produtividade. 18º SINATUB Caldeiras, Vapor e Energia 23 e 24 de Setembro | Ribeirão Preto (SP) Com o foco em “Eficiência Energética para a Máxima Produção de Etanol, Açúcar e Exportação de Energia”, o evento fornece informações relevantes sobre os avanços tecnológicos nas áreas de balanço energético, geração e consumo de vapor e de energia elétrica, envolvendo os aspectos técnicos e econômicos, aplicados a plantas industriais e centrais termoelétricas. PRÊMIO MASTERCANA BRASIL 5º MasterCana Award 26 de Outubro | São Paulo, Capital O evento MasterCana Brasil e

MasterCana Award premia as melhores usinas e empresas e reconhece as personalidades mais influentes do setor no Brasil e no mundo. Reservado a apenas 200 convidados VIPs, o evento tornou-se ponto de encontro do C Level das usinas e grupos produtores, entidades e traders do setor, gerando um ambiente exclusivo e intimista favorável à troca de informações, relacionamentos e negócios. 10º SINATUB Recepção, Preparo e Extração 2 de Dezembro | Ribeirão Preto (SP) Apresenta informações relevantes e casos de inovações tecnológicas e melhorias operacionais nas áreas de Recepção, Preparo e Extração, visando o máximo aproveitamento da matériaprima, redução de custos,

incremento na qualidade e índices de eficiência, aumento na capacidade e na segurança de processamento da cana por Moenda ou Difusor. 8º SINATUB Fabricação de Açúcar 3 de Dezembro | Ribeirão Preto (SP) O evento é focado em conhecimento técnico, casos de inovações tecnológicas e melhorias operacionais nas áreas de Sulfitação, Calagem/ Controle de PH, Tratamento de Caldo, Evaporação, Cozimento, Cristalização, Centrifugação, Secagem, Carregamento, Embalagem e Armazenamento de Açúcar, visando a máxima recuperação de fábrica e qualidade do produto.


USINAS

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Usinas do Mato Grosso do Sul processam 44,2 milhões de toneladas de cana FOTOS DIVULGAÇÃO

Mesmo com duas geadas e tempo seco, as usinas de cana-de-açúcar do Mato Grosso do Sul moeram 44,2 milhões de toneladas até 31 de dezembro. Segundo a Associação de Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul (Biosul), o montante representa queda de 4% ante a moagem do ciclo 2019/20. Em 2019, a colheita da cana se manteve adiantada e a desaceleração da moagem no mês de dezembro, de acordo com o presidente da Biosul, Roberto Hollanda Filho, é reflexo do comportamento atípico do clima no Estado. “Tivemos um ano extremamente seco e duas ocorrências de geadas, que somadas à falta de chuva permitiu as unidades avançarem na moagem com maior velocidade, sem interrupção, chegando em dezembro com pouca cana a ser colhida”, explica. Essa variação no ritmo de colheita deve influenciar na estimativa inicial para o ciclo, que se encerra em 31 de março de 2020. “Já prevemos uma moagem reduzida no período tradicional de entressafra (dezembro a março) para outros Estados produtores, que

Roberto Hollanda Filho: montante representa queda de 4% ante a safra passada

ainda pode variar por ser um período considerado chuvoso em Mato Grosso do Sul”, ressalta. A atualização da estimativa para a safra 2019/20 ainda será analisada pela Associação, que já previu uma redução de 2 milhões de toneladas por conta das geadas. De abril a dezembro, a produção de etanol somou 3,1 bilhões de litros, volume 1,8% acima com relação ao mesmo período da safra passada. Desse montante, 2,5 bilhões de litros são de etanol hidratado (+7%) e 637 milhões de litros são de etanol anidro (-15%).

Usina Colorado realiza terceira maior moagem de sua história A Usina Colorado celebra a terceira maior moagem de cana-de-açúcar em sua história. Localizada em Guaíra, no interior paulista, e controlada pelo Grupo Colorado, a unidade encerrou a safra 2019/20 com 7,205 milhões de toneladas processadas. O montante só perde para as moagens das afras 2013/14 (7,360 milhões  de toneladas) e para a 2009/2010 (7,306 milhões de toneladas). A terceira maior safra em

moagem da Usina Colorado foi realizada em 238 dias, entre 22 de abril a 16 de dezembro de 2019. No período, a  Usina Colorado produziu 401.542.310 toneladas de açúcar VHP. Já a produção de etanol hidratado alcançou 256,772 mil metros cúbicos. O volume produzido de etanol anidro pela Usina Colorado chegou a 120,440 mil metros cúbicos. Por sua vez, a termelétrica da Usina Colorado exportou 28,35 megawatts-hora (MWh).


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INDUSTRIAL

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INDUSTRIAL

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Futura termelétrica da Usina Coaf terá 3 unidades geradoras

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Três usinas de cana e dez de milho produzem etanol em janeiro

FOTOS DIVULGAÇÃO

A futura termelétrica da usina da Cooperativa do Agronegócio dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (Coaf) terá três unidades geradoras. “Serão duas com capacidade de geração de 3 mil kW e mais uma com 6 mil kW”, diz Alexandre Andrade Lima, presidente da Coaf. Ele também preside a Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco de Cana de Pernambuco (AFCP) e a Federação Nacional dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana). A implantação da termelétrica da Coaf  foi autorizada, na semana passada, pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Por meio de resolução, a Aneel permite o uso e a comercialização da energia elétrica produzida pelo empreendimento. Quando estiver operacional, a termelétrica da Coaf  terá 12 megawatts (MW) de potencial instalado. Parte dessa energia será utilizada no parque fabril de etanol, cachaça e açúcar. A termelétrica funcionará na mesma instalação do parque fabril de etanol, cachaça e açúcar da cooperativa, em

Timbaúba (PE). Já o restante da eletricidade poderá ser comercializado externamente. “Já que pelo modelo de cooperativa no país não é permitido acumulação de lucro, mas a partilha do faturamento do empreendimento após feito os investimentos.” A outorga tem validade por 35 anos. A Coaf  tem até 3 anos para colocar em operação a termelétrica.

Três unidades produtoras de etanol de cana-de-açúcar e 10 de milho estão em produção neste mês de janeiro. A informação está em levantamento da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) divulgado nesta segunda-feira (27/01) com dados até 16/01.  As informações são relacionadas à região Centro-Sul do País.  Segundo Antonio de Padua Rodrigues, diretor técnico da UNICA, “no período de entressafra deverá prevalecer a oferta de etanol a partir do milho.” Conforme ele, o início da colheita de cana-de- açúcar na região Centro-Sul deverá acontecer a partir da primeira quinzena de março”. A projeção é de que em março de 2020 a quantidade de unidades em operação seja similar àquela registrada no mesmo mês de 2019. Para a primeira quinzena de abril, a previsão é de um número de usinas em safra superior ao do último ano, estima. As unidades em operação totalizaram 95,73 milhões de litros de biocombustível. Ainda assim, os 95,73 milhões superam em 32,84% a produção de janeiro de 2019, quando as unidades

fizeram 72 milhões de litros. Já a produção de açúcar na primeira quinzena de janeiro ficou em 4,27 mil toneladas. No mesmo período de 2019, o volume produzido foi 66,93% maior: 13 mil toneladas. A moagem de cana na primeira quinzena foi baixa:  128 mil  toneladas, 77,06% abaixo do registrado em igual período do ano passado (556 mil toneladas).

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PRÓTON AJUDA A BATER METAS DE PRODU FOTOS DIVULGAÇÃO

Robô de chapisco eletrodo é solução definitiva para rolos superiores de qualquer tamanho de moenda O conceito de Usina 4.0 é uma realidade e as unidades produtoras estão em busca de adequação. Para que isso ocorra é fundamental que os fornecedores dessa cadeia ofereçam produtos e serviços que contribuam com o desafio de superar essa barreira tecnológica. Nesse quesito, a Duo Automation é um ótimo exemplo. A empresa disponibiliza ao mercado desde 2018 o Robô Próton: uma novidade tecnológica para chapisco automático com eletrodo que está ajudando grupos e usinas a bater metas de aumento na produção, redução de custo e estabilidade em segurança. Marcos Lima, engenheiro especialista em robótica e diretor de engenharia da Duo Automation afirma que o Robô Próton é a solução definitiva para o chapisco dos rolos superiores de qualquer tamanho de moenda. “O software do robô permite um chapisco perfeito com a gramatura ideal, uniforme em todos os frisos, protege a camisa, melhora o arraste e dá estabilidade para a moenda. Além disso, não deixa soldas no fundo do friso, o que evita quebras de picote e pentes, diminuindo o gasto de manutenção”. De acordo com Lima, o Próton é todo conectado e alinhado com o conceito de Indústria 4.0, oferecendo relatórios na nuvem sobre a quantidade de eletrodos gastos e a produtividade por turno. “O robô Próton traz relatórios de indicadores prontos tanto no celular como no computador, diminuindo o tempo e gastos apurando números e escrevendo análises. A integração tecnológica também disponibiliza replicação de melhorias e correções de software mais rapidamente para o parque instalado de robôs através da internet”, destaca Lima. A patente do equipamento, informa o especialista em robótica, é exclusivamente nacional e internacional e está ao disponível ao mercado desde 2018 — mas esteve, segundo Lima, em desenvolvimento por mais de cinco anos — apoiado pela Fapesp e pela Desenvolve SP por se tratar de um produto completamente

inovador. Além do modelo que opera nos rolos superiores da moenda, a Duo Automation possui outros tamanhos. “O robô conta com diferentes tamanhos com capacidade de atender a necessidade de sua moenda independentemente do tamanho das camisas. Temos um tamanho ideal de robô para cada usina”, ressalta Marcos Lima, que revela que há também um modelo que está sendo projetado para atender os rolos inferiores da moenda. O protótipo está em fase de testes na Usina Barra Bonita, do Grupo Raízen. Próton chapisca, com eletrodo, até três camisas completas por dia Mais que inovação o robô entrega

resultados. É possível obter redução de até 1,5% na humidade do bagaço e 240 eletrodos de produtividade. O robô faz até três camisas completas por dia — o dobro de um chapiscador manual que faz em média 40 eletrodos por turno em 8 horas. Marcos Lima oferece mais explicações: “A economia do robô em relação ao operador é grande, graças ao tamanho padronizado e reduzido de bitucas, como resultado da programação; outro fator é o jato de água que limpa o friso para melhor penetração do material. É importante frisar que o melhor consumível para realizar chapisco em moendas é o eletrodo. Seu custo em relação ao arame chega a ser quatro vezes menor. A quantidade de quilos de ele-

trodo utilizada é menor e reduz ciclo de chapiscos”, garante. Ainda dentro do escopo de redução de custos operacionais da moenda, o engenheiro especialista em robótica informa que o chapisco ideal melhora o arraste mantendo o bagaço no ponto de pressão dos rolos, contribuindo na redução de consumo de energia. Há também o ganho produtivo, uma vez que o chapisco robótico com eletrodo colabora para um melhor resultado de moagem e extração. A uniformidade do chapisco também proporciona maior estabilidade para o rolo, além dos ganhos relacionados à umidade. “Comprovamos a redução da umidade do bagaço em nossos clientes com a aplicação do robô”, conta Lima.


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ÇÃO, REDUZ CUSTO E AUMENTA SEGURANÇA Eficiência do robô se destaca e mais usinas passam a utilizá-lo

O projeto do Próton nasceu em 2011 como resultado de um pedido exclusivo feito por um grande conglomerado do setor para atender uma necessidade iminente à época: aumentar a segurança na operação de chapisco na moenda. Foram cinco anos de pesquisa e desenvolvimento aplicados no protótipo do robô operando em testes no campo, até que em 2016 a empresa percebeu que não havia no mercado um equipamento que aplicasse o chapisco com eletrodo e cumprisse seu papel com eficiência. Fator que os motivou à em 2016 e 2017, já como um projeto piloto, testar o Próton em várias unidades pra desenvolve-lo ao projeto ideal. Em 2018 e 2019 o Próton, agora finalizado e pronto para atender as expectativas de mercado, foi utilizado por várias usinas obtendo resultados significativos. Além de todas as vantagens do uso do eletrodo o robô Próton melhorou a eficiência da aplicação comparada com a aplicação manual, baixando a humidade do bagaço e colaborando para melhora dos índices de extração. As usinas, portanto, também adotam o robô porque a atividade de chapisco nas partes superiores da moenda é insalubre e o robô substitui o trabalho manual deixando o operador de chapisco menos exposto. De acordo com a empresa, dez unidades produtoras já operam o Próton em suas indústrias e o mercado está crescendo. Outras usinas já fizeram o teste piloto e estão em vias de iniciar um contrato com a Duo Automation. Fora um grande grupo que testou dois robôs em 2019 e solicitou a empresa equipamentos para mais de dez unidades em 2020. “Nossa perspectiva é de ter 30 robôs disponíveis no mercado — triplicando a atual quantidade. Esperamos crescer em 2020 cerca de 300% em relação ao 2019”, afirma Renan Carvalheira, diretor financeiro da Duo Automation.

Marcos Lima: dez unidades produtoras já operam o Próton em suas indústrias

Cocal possui Próton chapiscando eletrodo nos cinco rolos superiores da moenda

A Usina Cocal, unidade Narandiba iniciou em 2018 um trabalho de adaptação da tecnologia às características de sua moenda de cinco ternos, sendo um de 100” e 4 de 90”. Operação que se estendeu até a safra 2019 e garantiu uma aplicação de chapisco com eletrodos, de forma segura, com boa qualidade, com um consumo adequado e boa aderência do material; além de eliminar a operação manual em razão de fatores ergonômicos e segurança aos colaboradores, informou Geraldo José Borin, diretor industrial corporativo da Cocal. “Hoje temos um equipamento aplicando material de forma automatizada nos 5 rolos superiores na unidade de Narandiba, e estudamos aplicar nos rolos inferiores. Queremos também levar a tecnologia para a Unidade de Paraguaçu Paulista”, conta Borin que atestou a qualidade do robô. “A aplicação é uniforme e precisa, o que contribui para proteção das camisas, possibilita melhor preparo da cana (terno a terno) e maior na eficiência de extração do açúcar, e oferece mais segurança às pessoas”, conclui.

Borin, da Cocal: aplicação melhora eficiência de extração do açúcar

USINAS QUE OPERAM O PRÓTON NOS ROLOS SUPERIORES DA MOENDA: • Grupo São Martinho - Pradópolis e Santa Cruz. Já estão equipando as demais moendas do grupo • Usina Cocal – Narandiba • Usina São Manoel • Usina Batatais – Lins • Usina São João - Matriz

UNIDADES FIZERAM O PILOTO E ESTÃO EM VIAS DE INICIAR CONTRATO: • Usina Delta • Usina Adecoagro • Grupo Biosev – Unidade Vale do Rosário • Usina Colombo

Modelo de locação dispensa altos investimentos da usina

O robô Próton não foi projetado apenas para ser eficiente e moderno, mas para garantir economia às usinas. Para a utilização do equipamento a usina não precisa compra-lo. A empresa o oferece através de um contrato de locação, que é vantajoso para as usinas, pois podem obter alta tecnologia operando em suas indústrias sem necessidade de realizar grandes investimentos em compra de maquinário. “A locação inclui instalação do robô na moenda, treinamento da equipe operacional e manutenções do equipamento durante toda safra. Além disso, possuímos peças de reposição para concerto rápido em diferentes polos regionais espalhados pelo Estado de São Paulo, para dar celeridade na manutenção. Há também um hotline dedicado com acesso imediato aos robôs. Tudo para dar ao gestor industrial o máximo de segurança possível”, explica o diretor financeiro da Duo Automation, Renan Carvalheira. Ele também informa que caso haja necessidade de troca completa do equipamento a empresa tem a sua disposição um robô reserva. “Sem contar que há um cronograma de revisão dos robôs com visita mensal de um técnico para manutenção preventiva, com checklist para averiguação de pontos elétricos e mecânicos”, complementa Carvalheira.

Equipe técnica da Duo Automation

Duo Automation é especialista em robótica e possui 27 anos de experiência Fundada em Santa Bárbara do Oeste (SP), a Duo Automation possui 27 anos de experiência realizando diversos projetos para grandes clientes tanto no Brasil como no exterior. A empresa cresceu no mercado brasileiro atendendo indústrias de manufatura que utilizam Máquinas Operatrizes CNC, Robôs e Máquinas Especiais. A partir de 2010 a empresa focou no setor sucroenergético, por acreditar que este é um mercado de grande futuro, graças a produção de combustível limpo e alimentos. Em 2011 surgiu seu primeiro desafio e a empresa fundou um novo braço de atuação para atender o mercado sucroenergético e desenvolver o robô Próton.


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INDUSTRIAL

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CAETÉ É A USINA DO ANO EM BIOELETRICIDADE

Luiz Magno Tenório de Brito, Claudio Tyrrash, Maurício Veras e André Luiz

Treinamento das equipes de engenharia da UTE da Usina Caeté – Matriz, contando com a participação especial do consultor Carlos Pedrosa

Com um case de queima de lignina, palha e bagaço na caldeira de Leito Fluidizado para maximizar a geração, mover a planta de etanol 2G da Granbio e aproveitar as oportunidades do mercado spot, a Usina Caeté – Matriz sagrou-se Usina do Ano em Bioeletricidade - Tecnologia e Inovação do Prêmio MasterCana Nordeste 2020, realizado em Recife. Na reunião com Luiz Magno Tenório de Brito e a equipe de gestão industrial da Unidade, também foi discutida a ampliação do uso do S-PAA, considerando os excelentes resultados proporcionados pelo software RTO, como a economia no consumo de vapor de processo que gerou sobra de combustível equivalente para exportação de energia de 2,08 MW. Os excelentes resultados do S-PAA na unidade de cogeração foram apresentados durante treinamento das equipes de engenharia da UTE, contando com a participação especial do consultor Carlos Pedrosa. A economia no consumo de vapor de processo gerou sobra de combustível equivalente a 2,08 MW, o que apresentou um payback de 45 dias ao projeto.

Marcus Lages, gerente industrial, Iranilson Nascimento, Elvis Faria, Marcelo Coelho e Gustavo Bosco

SJC USINA RIO DOURADO AUMENTA 25% A EXPORTAÇÃO DE ENERGIA

Usina do Ano no Prêmio MasterCana Brasil na categoria Bioeletricidade - Performance, a equipe industrial da Usina Rio Dourado celebra o recorde na exportação de energia elétrica da unidade, controlada pela SJC Bioenergia. Considerando o volume exportado até o momento e o bagaço excedente no pátio, a Usina Rio Dourado deverá encerrar a safra 2019/20 com um aumento de 25% na exportação de energia em relação à safra 2018/19. Uma das ferramentas que ajudaram a equipe a conquistar esse recorde foi o laço fechado de energia do S-PAA, software de Otimização em Tempo Real que permitiu um ajuste fino na gestão de vapor e energia da planta, mesmo considerando que a URD conta com apenas uma caldeira e um gerador e que é muito bem gerida em termos de balanço de vapor.

Equipe de engenharia da USF: Márcio Ferreira, Luís Filipe, André Martins, Bianca Ferreira e Carlos Santana

TECNOLOGIA & INOVAÇÃO NA SJC BIOENERGIA

Usina do Ano em Tecnologia & Inovação na Área Industrial no Prêmio MasterCana Brasil, a SJC Bioenergia aposta na Transformação Digital como caminho para a maior eficiência e rentabilidade de suas operações. Entre as ferramentas em desenvolvimento pela empresa estão a Cleide - uma assistente virtual que permite ao usuário consultar diversos indicadores do processo industrial, bem como receber alertas de paradas e procedimentos urgentes - e o inédito S-PAA para etanol de milho, em modelagem na UPG. Além disso, os ganhos proporcionados pelo S-PAA na outra unidade do Grupo, a Usina Rio Dourado, estimulam a empresa a avançar com o sistema para a área de energia da Usina São Francisco, visando a otimização em conjunto com o S-PAA para etanol de milho na UPG.


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CEVASA MAXIMIZA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA COM S-PAA

Nayara Medeiros, Demétrio Soares, Alberto Silva e Luiz Paulo Sant'Anna

O gerente industrial, Alberto Antônio da Silva, e profissionais da sua equipe na Cevasa

Bruno Paviani e Isaac Roque (OBS: Na sala do COI não é necessário o uso de capacete e EPIs...) Usina do Ano no Prêmio MasterCana Brasil 2019 nas áreas de Recursos Humanos – Gestão, Produção de Etanol – Performance e Automotiva e Logística Agrícola – Performance, a Usina Cevasa, de Patrocínio Paulista, avança na busca pela máxima produtividade e eficiência! Neste sentido, a empresa deu o primeiro passo para implantação do S-PAA como plataforma de gestão avançada da cogeração, incluindo toda a área de vapor, energia e utilidades, integrando a gestão e a operação em laços fechados, utilizando as malhas existentes, e em laços abertos, rodando o PDCA Online. A Cevasa também incluiu no projeto o controle dinâmico e automático da embebição, considerando que o controle do volume de água impacta tanto a umidade do bagaço e, portanto, a eficiência das caldeiras, quanto o consumo de vapor para concentração do caldo. O S-PAA é um sistema de inteligência artificial, no conceito Usina 4.0, que tem apresentado ganhos de no mínimo R$ 1/tc por safra nas 37 plantas instaladas.

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Coruripe investe em caldeira para processar 250 toneladas de vapor por hora FOTOS DIVULGAÇÃO

A Usina Coruripe investe na implantação de nova caldeira na unidade matriz, localizada em Coruripe (AL). A companhia controla outras três unidades produtoras, localizadas em Minas Gerais. A nova caldeira é uma unidade de geração de vapor no modelo TSG, com capacidade para processar 250 toneladas de vapor hora (Tvh). Os investimentos na caldeira são de R$ 24 milhões. Isso corresponde à pressão de operação de de 21 quilograma-força por centímetro quadrado (kgf/cm2) a 320 graus Celsius. Ela é preparada para uma operação futura com pressão superior a 21 kgf/cm2. Segundo a Coruripe, também são investidos R$ 40 milhões em linhas de custeio agrícola na unidade

matriz. O valor do investimento, que soma os R$ 24 milhões da nova caldeira, foi obtido por meio de linha de crédito junto ao Banco do Nordeste do Brasil (BNB). Em nota, o presidente da Usina Coruripe, Mario Lorencatto, destaca que cerca de 25% do valor já foi utilizado. De todo modo, a expectativa é de concluir os investimentos até agosto deste ano. “Investir em uma nova caldeira vai conferir melhor eficiência para solucionar as demandas relacionadas ao calor, eletricidade e energia mecânica”, declara. Por sua vez, o valor destinado para o custeio agrícola inclui despesas com insumos, tratos culturais, colheita na lavoura, produção de mudas, entre outras.

Zilor conquista Prêmio Qualidade Fornecedores de Ingredientes Coca-Cola A unidade Barra Grande da Zilor ficou entre as três melhores no Prêmio Qualidade Fornecedores de Ingredientes Coca-Cola 2019. O evento reconhece os fornecedores nos requisitos de Segurança de Alimentos, Qualidade, Responsabilidade Social e Sustentabilidade na cadeia produtiva e Responsabilidade na Aquisição de Terras. Segundo a empresa, neste ano a unidade Barra Grande, localizada em Lençóis Paulista (SP), conquistou posição notória no ranking. Garantiu a 3ª posição entre outros 32 fornecedores de açúcar. Desde 2009, a unidade figura no ranking, com destaque para as edições de 2014 (5º lugar) e 2018 (4º lugar). “Conquista” “É com satisfação que comemoramos a conquista dessa premiação junto da equipe da unidade Barra Grande que trabalhou para alcançar esse excelente resultado que garante a confiança na qualidade do nosso açúcar, a credibilidade em nossas ações de responsabilidade social e ambiental, e a continuidade da parceria de valor construída entre a Zilor e a Coca-Cola”, afirma o diretor-presidente da Zilor, Fabiano José Zillo. Nas últimas três safras foram pro-

lidade Bonsucro, atendendo a todos os requisitos exigidos nos processos de cultivo da cana-de-açúcar, processamento, transformação, fabricação e distribuição. Como parte das exigências para o fornecimento de açúcar, a Zilor recebe auditorias diretas de clientes que consomem os produtos da Copersucar. Nas safras 2016/17 e 2017/2018 e 2018/2019, a empresa foi aprovada em 100% desses processos, obtendo notas elevadas com relação à qualidade e aos processos produtivos.

cessadas 408 mil toneladas de açúcar (2018/19), 559 mil toneladas de açúcar (2017/18) e 565 mil toneladas de açúcar (2016/17). Esse volume é comercializado e distribuído integralmente pela Copersucar S.A., a maior companhia global do segmento de trading des-

sa commodity no mundo. Certificações As unidades produtoras de açúcar possuem as certificações FSSC 22000 (segurança de alimentos). Os produtos também são certificados de acordo a certificação de sustentabi-

Sobre a Zilor Fundada em 1946, a Zilor Energia e Alimentos controla três unidades agroindustriais localizadas no estado de São Paulo (Lençóis Paulista, Macatuba e Quatá). A empresa controla também a Biorigin, fundada em 2003 e especializada em processos biotecnológicos a partir de ingredientes 100% naturais. Ela atende aos mercados de alimentação humana, nutrição animal, fermentação industrial e enológico.  Possui unidades no Brasil, Estados Unidos e Bélgica, atua em mais de 60 países.  Cerca de 90% de sua produção é exportada, atendendo principalmente os mercados norte-americano e europeu.


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Usinas da Raízen reduziram consumo de água em 50% DIVULGAÇÃO

Economia equivale uma captação de 4,5 bilhões de litros a menos Nos últimos 8 anos, as unidades produtoras da Raízen Energia reduziram em 50% o consumo de água. Significa uma captação de 4,5 bilhões de litros a menos, em números absolutos, na comparação com a safra anterior. Representa, também, o consumo anual de água de uma cidade com 113 mil habitantes. Isso levando em conta a recomendação da ONU de 110 litros/ dia por habitantes. A economia de água atesta real redução de efluentes líquidos. E gera, assim, maior contribuição ambiental. As informações acima são da assessoria da Raízen. O principal responsável pela redução no consumo de água é o ReduZa. Trata-se de programa criado pela Raízen com foco na captação reduzida do consumo de água de fontes externas.

Sistema de resfriamento de água da Usina Tarumã, da Raízen

Na safra 2019/20, a assessoria da Raízen destaca que todas as unidades em operação da empresa regis-

traram 0,76 metro cúbico (m3) de água captada por tonelada de cana moída. Ao JornalCana a Raízen ates-

ta, por meio da assessoria, que todas as unidades industriais da empresa integram o ReduZa. E a redução de captação de água tende a seguir em queda, conforme a empresa. A expectativa é de uma redução entre 2 a 5% na safra 2020/21. A Raízen também destaca ganho em maior produção de energia elétrica. Isso ocorre por conta do reaproveitamento de águas quentes geradas pelas caldeiras das usinas. Com isso, foi possível gerar uma quantidade adicional de energia elétrica sustentável, obtida pela queima do bagaço da cana-de-açúcar de 307 mil MWh. Corresponde, conforme a Raízen, ao consumo de uma cidade com 120 mil habitantes durante um ano (referência de 2.553 kWh por habitante). O grupo controla 26 unidades de produção de açúcar, etanol e bioenergia — e uma planta de etanol 2G. A capacidade instalada para moagem é de 73 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. Essa matéria-prima pode produzir cerca de 2,5 bilhões de litros de etanol por ano e 4,2 milhões de toneladas de açúcar.


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Calagem em solo para cultivo de cana-de-açúcar

Desafios no mercado ameaçam o abastecimento de cal do setor sucroenergético FOTOS DIVULGAÇÃO

A cal é matéria prima fundamental para o setor sucroalcooleiro, e as diversas oscilações no mercado desse produto precisam ser acompanhadas com atenção. Além dos desafios na economia do país que atingem todas as áreas, há alguns fatos específicos desse ramo, como os pedidos de recuperação judicial de indústrias de produção de cal, entre as quais uma das maiores do país. O produto, que corrige o pH do caldo de cana e possibilita sua coagulação e a decantação, pode se tornar escasso no mercado. Neste contexto, é fundamental que os gestores de supply chain das usinas estejam atentos ao cenário nacional e internacional. Em 26 de março de 2019, o Grupo Ical, que se apresenta em seu website como “a maior usina de cal da América do Sul”, ajuizou um pedido de recuperação judicial para evitar encerrar suas operações. Recentemente, a paranaense Pinocal também apresentou um pedido semelhante. Segundo investidores deste ramo, no estado do Paraná, outras fornecedoras de cal para o setor sucroalcooleiro também vêm enfrentando dificuldades e podem seguir o mesmo caminho das empresas que estão na corda bamba. Diante desse cenário, o setor entrou em alerta. O especialista em inteligência de negócios e presidente do conselho superior do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), Gilberto Luiz do Amaral, considera

Gilberto Luiz do Amaral: setor pode enfrentar escassez de cal neste ano

que os fatos demonstram crise estrutural no mercado da cal. “Quando grandes players enfrentam dificuldades desse nível, percebe-se que o setor está com problemas, com custos elevados e receita que não faz face a eles”, aponta. Contexto internacional O presidente do IBPT também lembra que a cal é uma commodity, cujo valor está suscetível a diversas pressões do mercado. “Insumos relevantes impactam o preço e a oscilação internacional é mais uma dificuldade”, observa o especialista em

tributação. O processo de calcinação – transformação do calcário em cal – utiliza CVP (coque verde de petróleo) como combustível de queima utilizado nos fornos. Assim, a variação no preço do petróleo também impacta a produção da cal. Recentes tensões entre Irã e Estados Unidos também geraram instabilidade e causaram alta no preço do mineral. O país do Oriente Médio está entre os dez maiores produtores de petróleo do mundo e pode dificultar o trânsito no Estreito de Ormuz, do qual tem controle da parte norte.

O estreito é uma das principais rotas do petróleo no mundo, que liga o Golfo Pérsico ao Oceano Índico. Todo esse contexto pode acabar impactando o setor sucroalcooleiro, que também depende de diversos fatores para definir preços – como safra, política de exportação e demanda por álcool ou açúcar. O presidente do IBPT sugere precaução e que os produtores se organizem para adquirir o máximo possível de cal, pois é um importante insumo. “É recomendável que se faça uma reserva, pois pode faltar cal para a produção ao longo do ano”, conclui Amaral.


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Fevereiro 2020

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USINAS DO NORTE E NORDESTE FINALIZAM FOTOS DIVULGAÇÃO

Moagem da 2019/20 supera a da temporada anterior em 8,2% As unidades produtoras das regiões Norte e Nordeste do País finalizam a safra 2019/20 com moagem acima de 51 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. “Foram 51,6 milhões  de toneladas processadas”, informou Renato Cunha, presidente da Associação de Produtores de Açúcar, Etanol e Bionergia (NovaBio) e do Sindaçúcar, entidade representativa do setor em Pernambuco. “Na safra 2018/19 as unidades das regiões moeram 47,7 milhões de toneladas. Sendo assim, a moagem da 2019/20 supera a da temporada anterior em 8,2%”, afirma Cunha. Além disso, a partir das 51,6 milhões de toneladas produziu-se 2,6 milhões de toneladas métricas de açúcar e em torno de 2,4 bilhões de litros de etanol. Do total do biocombustível, 800 milhões de litros são de anidro e 1,6 bilhão de hidratado. Renato Cunha tem boas expectativas para a safra que está por vir. “Estamos perseguindo aumentos de investimentos em irrigação de canaviais e nos processos tecnológicos da Política Nacional de Biocombustíveis,

o RenovaBio. As certificações estão em franco andamento”, celebra. Informações da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) corro-

boram a alta na produção e elevam o número. De acordo com o órgão, a safra de cana-de-açúcar 2019/20 na região Nordeste do País encerrou com moagem de 50 milhões de toneladas. Dado que registra alta

de 12,6% em relação ao ciclo anterior. Ainda segundo a Conab, as usinas produziram 2,73 milhões de toneladas de açúcar na safra de cana no Nordeste. Alta de 10,4% ante a safra passada.

“Moagem em Pernambuco cresceu e tem condições de avançar mais”

Lima: moagem foi 5% superior maior em relação ao ciclo anterior

A safra de cana-de-açúcar em Pernambuco registra resultados vigorosos. O setor sucroenergético pernambucano esmagou 12 milhões de toneladas na safra, que oficialmente terminou em fevereiro. O volume é 5% superior ao total de cana processado na safra anterior (11,4 milhões de toneladas). “O estado, porém, tem potencial de crescer mais”, afirma Alexandre Andrade Lima, presidente da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP). Ele também preside a cooperativa Coaf, gestora de unidade produtora em Timbaúba (PE), e da Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana). Andrade Lima traçou um raio X da safra 2019/20 em Pernambuco. Segundo ele, houve um aumento de produtividade por conta da boa distribuição da chuva no período, que começou em dezembro de 2018 e seguiu até outubro 2019. O Estado possui 13 usinas em funcionamento, das quais duas são cooperativas de fornecedores independentes de cana (Coaf e Agrocan). Sobre a safra 2020/21, Lima acredita que é muito cedo para especular, mas sua expectativa não é boa neste momento. “Contudo, avaliando que já houve um pouco de mortalidade da cana devido a um período bastante seco — meados de outubro 2019 a janeiro de 2020 — pode haver uma menor produtividade”. Com relação a produção de açúcar e etanol, as usinas produziram cerca de 880 mil toneladas de açúcar e cerca de 410 milhões de litros de etanol, além de destinar umas 300 mil toneladas de cana para fabricação de aguardente, segundo informações do presidente do Sindaçúcar-PE, Renato Cunha. De acordo com a Conab, a safra apresentou incremento na produção em comparação à temporada anterior, de 12,6%. Isso tendo em vista a expectativa na melhoria de produtividade e no aumento de área. A previsão é de 12,9 milhões de toneladas de cana-de-açúcar.


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SAFRA ACIMA DE 51 MILHÕES DE TONELADAS

Moagem alagoana foi 9,1% superior ao mesmo período da safra anterior

Alagoas celebra melhor desempenho

Dados levantados a partir de informações do mais recente boletim do Sindaçúcar-AL, sindicato representativo do setor no Estado de Alagoas, mostram que as usinas da região tiveram melhor desempenho nesta safra que se findou em fevereiro. A moagem até 31 de dezembro de 2019 acumulou 11,6 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. O volume é 9,1% superior ao processado mesmo período da safra anterior, quando foram moídas 10,6 milhões de toneladas. Operam na safra 19/20 em Alagoas 15 unidades produtoras. Oficialmente, o ciclo produtivo foi de agosto de 2019 até fevereiro deste ano. Apenas duas das 15 unidades produtoras tiveram produção inferior à do mesmo período do ciclo anterior. No caso da queda, ela foi de 0,59% até 13,5%. Nas demais 13 unidades de Alagoas, a produção avançou de 1,9% a até 54,9% ante a safra 18/19. As unidades produziram 8,2% mais açúcar ante igual período da temporada anterior. No acumulado, foram fabricadas 903 mil toneladas. Além disso, das 15 usinas em operação na 2019/20, 14 delas tiveram aumento na produção de açúcar na comparação com o ciclo 2018/19. Já em relação à produção de etanol, as unidades de Alagoas registram variação positiva de 3,9%. Até 31 de dezembro as unidades alagoanas produziram 335 milhões de litros. No ciclo 2018/19, foram 322 milhões de litros em igual período. Ainda conforme o Sindaçúcar-AL, 12 usinas produziram etanol na 2019/20. Todas registram variação positiva na produção até 31/12 ante mesmo período de 2018. A avaliação da Conab, em Alagoas, é de que a produção de cana-de-açúcar cresceu, devido ao aumento de área e ao rendimento maior, considerando que o Estado produziu 18 milhões de toneladas de cana-de-açúcar colhidas nesta safra 2019/20, aumento de 11,3% em relação à passada. Quanto ao mix, o indicativo é de maior direcionamento ao açúcar em detrimento ao etanol, gerando mais de 1,3 milhão de toneladas do adoçante. (Com informações de Delcy Mac Cruz)

SBW do Brasil disponibiliza máquina para plantio de mudas 100% automatizada DIVULGAÇÃO

Desde o início das suas atividades, a SBW do Brasil, fornece mudas de meristema à diversas empresas do setor. Atenta às necessidades voltadas para plantio embrenhou-se no desafio de encontrar soluções. Como resultado, a empresa trabalha desde 2014 em um projeto integrado de produção de mudas de qualidade atrelado ao plantio automatizado, com baixos custos. O resultado do primeiro objetivo foi a SBW Super Elite, uma muda de qualidade e preço competitivo. A partir disso, concentrou-se em garantir uma operação de plantio eficiente e de baixo custo. Surgirão então, três modelos de equipamentos. Primeiro o plantio com Matraca, que utiliza uma equipe de 11 a 12 pessoas e que garante rendimento de até 2 hectares/dia. Na sequência veio o maquinário de plantio semiautomático: máquinas de duas

linhas operando com equipes formadas por até seis pessoas, mais o trator e o tratorista, mas rendia no máximo até 2,5 hectares/dia. Finalmente, chegou-se ao ideal. Em parceria com a empresa

TTS, fabricante holandesa de máquinas de plantio automatizadas; com apoio da AGRICEF — que além de fabricante de máquinas semiautomáticas também possui larga experiência em operações de

plantio — obteve-se uma máquina de plantio 100% automatizada. O primeiro modelo, montado em um chassis pré-existente da AGRICEF, operará com apenas 2 linhas — formato ideal para os plantios de Meiosi, que é o mais utilizado quando se opta por mudas certificadas — necessitando de apenas uma equipe de no máximo duas pessoas na operação de plantio, mais trator e o tratorista. Tem capacidade de plantio mínima de 3.000 mudas por hora, por linha de operação. Portanto oferece um rendimento mínimo a esta frente de plantio de 6.000 mudas por hora. “Será possível plantar um mínimo de 5 hectares/dia com esta máquina de 2 linhas. Além disso, o investimento da plantadora automatizada pode ser facilmente recuperado em um projeto anual de 800ha”, garante Alewijn Broere, diretor presidente da SBW do Brasil.


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ESTAÇÃO NA PARAÍBA É REFERÊNCIA EM BIODEFENSIVOS FOTOS DIVULGAÇÃO

Estrutura é gerida pela Associação dos Plantadores de Cana (Asplan) Aprimorar os conhecimentos acerca das metodologias de manejo de controladores biológicos da cana-de-açúcar. Este foi o objetivo de técnicos da Usina Vale Verde, uma das maiores produtoras de cana do Rio Grande do Norte, em recente capacitação na Estação Experimental de Camaratuba, em Mataraca (PB). Mantida pela  Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), a  Estação  é referência no Nordeste. A Estação produz em larga escala dois controladores naturais de pragas que assolam a cana: a Cotesia flavipes (Vespas) e o Metarhizium Anisopliae (Fungos). Biodefensivos: em alta desde 2016 Os defensivos biológicos, ou biodefensivos, têm o objetivo de controlar com as pragas agrícolas e os insetos transmissores de doenças a partir do uso de seus inimigos naturais.  Parceiros da Estação Experimental de Camaratuba há anos, a Usina Vale Verde é uma entre as várias unidades industriais que adquirem biodefensivos. E fazem, também, o controle de pragas de forma híbrida, ou seja, com produtos químicos, vespas e

fungos. Principalmente no controle da broca-comum (Diatraea spp.) e da cigarrinha da Folha (Mahanarva posticata). É por isso que, para aprimorar cada vez mais os conhecimentos acerca do método, os técnicos da Vale Verde foram conferir o controle de qualidade da produção de vespas e fungos na Estação Experimental. A ideia é reduzir ao máximo o uso de produtos químicos e fortalecer o uso de inibidores que não deixem resíduos nos alimentos e sejam inofensivos ao meio ambiente e à saúde da população.

Produção da Estação Em 2019, a produção média da Estação chegou a 126 mil copos de vespas e 11.368 kg de fungos. Através da Estação, os plantadores de cana-de-açúcar não só da Paraíba, mas também de Pernambuco, Alagoas e Rio Grande do Norte, têm à disposição técnicas avançadas de controle de pragas. Elas seguem, inclusive, uma tendência mundial de redução do uso de agroquímicos para combater pragas e doenças nas lavouras. “Lá eles têm toda orientação que precisam e têm também a produção de controladores que é vendida a preços acessíveis a outros produtores e entidades de classe”, explica o diretor técnico da Asplan, Neto Siqueira. “Para associados da Asplan, esse defensivo é distribuído gratuitamente”, emenda, salientando que existe uma demanda significativa e que o serviço é oferecido desde a década de 90. Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), desde 2016 o mercado de produtos biológicos vem crescendo desde 2016. Para Luís Augusto, engenheiro agrônomo da Asplan, o crescimento do mercado brasileiro de defensivos biológicos segue uma convergência mundial. “Os agricultores têm investido no controle biológico. As vantagens são indiscutíveis”, explica. “Não tem problema de resíduos químicos e não há desequilíbrios biológicos. São usados o que chamamos de inimigos naturais e isso é uma tendência mundial.” Para Sonildo Ricardo da Silva, engenheiro agrônomo da Vale Verde e responsável pelo setor de Fitossanidade da Usina, a capacitação na Estação foi de grande importância para a equipe. “Já utilizamos os controladores biológicos em nossa cana e queríamos aprimorar o conhecimento que já temos. Foi de suma importância o treinamento por isso”, disse Sonildo. Por sua vez, ele agradeceu aos profissionais da Estação. De seu lado, em especial o supervisor dos laboratórios de vespas e fungos, Roberto Balbino. Esse mostrou aos técnicos agrícolas da Vale Verde como ocorre a produção e armazenamento dos insumos biológicos. Já os produtos da estação são repassados sem custo para os produtores associados à Asplan e, em forma de parcerias, para as usinas nordestinas. Para obter os insumos, basta que o interessado entre em contato com o DETEC – Departamento Técnico da Asplan. Por sua vez, a produção de vespas acontece durante todo o ano. Já a de Fungo se concentra nos meses de março, abril, maio e junho.


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Desafios da irrigação demandam planejamento de curto, médio e longo prazo DIVULGAÇÃO

Quem informa é pesquisadora do IAC No contexto da agricultura irrigada é relevante considerar que cerca de 90% da água consumida pelas plantas retorna para a atmosfera, de forma limpa, por vapor devido à transpiração das plantas. A pesquisadora do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), Regina Célia de Matos Pires, destaca que entre as atuais vantagens da irrigação para a canavicultura estão: o aumento de produtividade e longevidade do canavial; segurança de produção relacionada ao déficit hídrico; possibilidade de melhoria dos atributos qualitativos e aplicação de vinhaça. “Além disso, o uso da irrigação com águas residuárias ou não favorecem o planejamento para plantio e

colheita e também promovem a eficiência hídrica e melhor aproveitamento de nutrientes”, explica. De acordo com a pesquisadora, o crescimento e a produção da cana são favorecidos por boa disponibilidade de radiação e temperatura, desde que com disponibilidade de água e de nutrientes no solo. Por isso, a irrigação contribui positivamente no fornecimento de água às plantas. Para a implementação da irrigação, o produtor

deve estar atento ao planejamento. Esse envolve a obtenção de outorga para uso da água, providências para disponibilização energética para o sistema de irrigação. Envolve, também, análise técnica e financeira do projeto de irrigação associado à execução, programação da implantação, adequação de estruturas físicas e planejamento dos cenários futuros. “Para superar os desafios, o melhor é iniciar pelo planejamento para curto, médio

e longo prazos”, orienta Regina. Devem ser considerados também os aspectos do solo, incluindo a caracterização química e físico-hídrica do perfil. Essa ação auxiliará na obtenção de sucesso pela aplicação da irrigação pois possibilita a realização de práticas prévias à implantação da cultura e da irrigação. Isso evita impedimentos físicos do solo, como a compactação Bem como restrições ao desenvolvimento radicular devido presença de alumínio no solo e promover o uso racional da água. Deve ser considerado também o manejo da palhada e os atributos relacionados à microbiologia. No Brasil houve um aumento de 32% na adoção por pivôs centrais desde 2006. Esses dados foram publicados pela Agência Nacional de Águas (ANA) e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).


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RÉGUA QUE MEDE A PRODUTIVIDADE DE CANA GANHA NOVA VERSÃO ARQUIVO/JORNALCANA

Criação é de agrônomo do Centro de Cana IAC DELCY MAC CRUZ, DA REDAÇÃO

Gestores agrícolas de usinas poderão obter a partir deste fevereiro a nova versão da régua que mede a produtividade da cana-de-açúcar de cinco cortes. A ferramenta organiza os conhecimentos canavieiros em função do tipo de solo, do clima e do manejo. Utilizada por unidades de produção campeãs em produtividade, a régua é criação do engenheiro agrônomo Hélio do Prado. Ele integra a equipe de Marcos Landell no Centro de Cana IAC. Outra boa notícia é que a nova régua não terá custos. “Iremos imprimir duas mil cópias a serem disponibilizadas”, destaca Prado. Para checar se as cópias estão disponíveis, segue o contato telefônico do Centro de Cana: 16 3919-9920. O contato com  Hélio Prado pode ser feito pelo endereço eletrônico heprado@terra.com. br. Ele também distribui cópias durante palestras. Saiba tudo sobre a régua que mede a produtividade Confira a seguir entrevista que Hélio Prado concedeu ao JornalCana sobre a régua da produtividade. JornalCana - O que é essa régua? Hélio do Prado - A régua é uma forma de organizar os conhecimentos em função do tipo de solo, do clima e do manejo. Como ela foi criada? Criei essa régua com base nos levantamentos de solos que fiz em todos estados do Brasil com cana-de-açúcar. Inclui os históricos de produtividades no manejo convencional com as boas práticas agrícolas de conservação do solo, do correto preparo do solo. E, também, inclui plantio de mudas sadias na época certa, com ausência de ervas daninhas, pragas e doenças. E, finalizando, com a correta época de colheita e

do manejo convencional para o manejo avançado utilizando vinhaça, torta de filtro, cinzas, cama de frango, irrigação plena ou semiplena. E tendo o efeito residual de nutrientes de soja, milho etc deixadas no mesmo local para a cana-de-açúcar. Portanto, existem 2 tipos de manejo: o convencional para enquadrar os ambientes de produção; e, depois, se for utilizado pelo menos um tipo de manejo avançado, o ambiente muda para mais favorável.

escolha de variedades em função do ambiente de produção. Como acertar esse ambiente? Se não ocorrer clima atípico, ou seja, geada, seca intensa e chuva intensa, o índice de acerto do ambiente de produção é muito grande. E agora a régua ganha nova versão? Sim. Há dois anos fizemos uma régua comprida, medindo produtividade ate 150 toneladas por hectare. Mas durante visita à usina Agrovale, em Juazeiro (BA), vi que a régua não media acima de 150 t por hectare. Por isso esticamos a ferramenta para até 200 t por hectare. Como funciona essa régua? No manejo básico, cada letra corresponde à produtividade média de 5 cortes: G2 menos que 50 t por hectares são solos pobres de regiões secas. No outro extremo, A1 produz mais de 100 t por hectare solos ricos de locais chuvosos. Solos intermediários em climas intermediários têm produtividade ente 50 e 100 t por hectare.

Prado: a régua é uma forma de organizar o conhecimento do solo, clima e manejo

O sr. trata de dois tipos de manejos Sim. Se o produtor colhe mais do que previsto na régua ganha ‘prêmio’. Mas para isso ele saiu

Dê um exemplo O Nitossolo eutrófico na região de Assis enquadra-se no ambiente A1 com produtividade média de cinco cortes de 100 a 103 t por hectare. Mas se utilizar vinhaça, a produtividade aumenta 15%, mudando para o ambiente A +1. Ou seja, de 104 a 123 toneladas. Veja o caso da usina Agrovale. No manejo convencional, o ambiente é G2 menos que 50 t por hectare. Mas com gotejamento, a média de 5 cortes atinge o ambiente A+4, de 164 a 183 toneladas por hectare. No enquadramento do ambiente de produção, quem decide é a deficiência hídrica.


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Conheças as usinas que já obtiveram certificação RenovaBio ARQUIVO/JORNALCANA

Unidades estão aptas a emitir os CBIOs DELCY MAC CRUZ, DA REDAÇÃO

Seis usinas até o momento obtiveram a certificação junto a Política Nacional de Biocombustíveis, o RenovaBio. A unidade da Cerradinho, localizada em Chapadão do Céu (GO), teve a certificação oficializada nesta quinta-feira em 16 de janeiro pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O certificado é para etanol hidratado e tem validade até 15 de janeiro de 2023. Já a certificação da Usina da Mata, com unidade em Valparaíso (SP), foi oficializada na terça-feira em 14 de janeiro. No caso da Da Mata, ela está certificada na produção de etanol hidratado e anidro. Com a certificação, a Cerradinho e a da Mata tornam-se emissores primários aptos a emitir Crédito de Descarbonização (CBIO). O CBIO será emi-

Usina Cerradinho

tido em quantidade proporcional ao volume de biocombustível produzido. Os CBIOs já podem ser comercializados na B3 (Bolsa) inicialmente junto às distribuidoras de combustíveis. Mais recentemente, a unidade Barra Grande da Zilor Energia e Alimentos, localizada em Lençóis Paulista (SP), conquistou a certificação na Política Nacional de Biocombustíveis, o RenovaBio. A aprovação pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) foi oficializada dia 27 de janeiro. As demais unida-

des da Zilor: a São José, de Macatuba (SP), e a Quatá, de Quatá (SP), estão na fase final da certificação. Com a certificação no RenovaBio, a unidade está autorizada a emitir e comercializar Créditos de Descarbonização (CBIOs). A unidade da Zilor é a primeira cooperada Copersucar a receber o certificado para comercializar CBIO´s em 2020. Em relato, a empresa destaca: “a certificação do RenovaBio é um reconhecimento no contexto da política do RenovaBio e reforça o engajamento da Zilor para evidenciar a sustentabilidade de suas operações em toda a cadeia de valor.” “O RenovaBio é fundamental para o setor sucroenergético porque vai valorizar o benefício socioambiental do etanol”, relata Fabiano José Zillo, diretor-presidente da Zilor Agroindustrial. “E irá garantir a segurança energética do país, incentivar a inovação tecnológica, gerar renda e garantir a previsibilidade de investimentos no setor com visão de longo prazo”. A unidade produtora Conquista do Pontal, localizada em Mirante do Paranapanema

(SP), obteve certificação no dia 27 de janeiro, na Política Nacional de Biocombustíveis, o RenovaBio. A usina é controlada pela Atvos, que está em processo de recuperação judicial. Parcela de CBIOs A parcela de CBIOs que cada unidade da Zilor terá direito será calculada por meio da quantidade de etanol produzido frente à nota de eficiência energético ambiental da produção. Quanto menor forem as emissões no processo produtivo, maior será o número de CBIOs disponíveis para a comercialização. “Nosso desafio sempre será a eficiência sustentável e a geração de valor”, emenda Zillo. “E a nossa missão continua sendo a de produzir energia limpa e renovável e alimentos para o Brasil e o mundo, a partir do aproveitamento total da cana”. Até o fechamento desta edição 313 do JornalCana, Cerradinho, da Mata, Zilor, a São Martinho (unidade de Boa Vista-GO) e a Vale do Paraná (com unidade em Suzanápolis-SP)e conquista do Pontal, da Atvos, são as usinas certificadas.


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DAS USINAS NA RETA FINAL DE CERTIFICAÇÃO NO RENOVABIO, 10% FICAM NO NORTE E NORDESTE DIVULGAÇÃO

Estados das regiões têm 14 unidades na reta final do processo Os Estados das regiões Norte e Nordeste do País concentram 10% das usinas de cana-de-açúcar do País na fase final de certificação no RenovaBio. São 14 unidades produtoras de 8 estados das regiões na etapa de audiência pública, quando os processos ficam à disposição no site da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A audiência pública é a última etapa antes das unidades receberem a certificação no Programa de Estado RenovaBio. Com as certificações, elas poderão emitir e comercializar os créditos de descarbonização, os CBIOs.

Agroserra Balsas Paraíba: - Destilaria Tabu - Usina Giasa – Grupo Olho D’Água - Usina Miriri  - Grupo Japungu – Unidade Santa Rita (PB) Usina Miriri está prestes a ser certificada

Dados atualizados da reta final Até o fechamento desta edição de número 313, o JornalCana fez o levantamento do número de usinas do Norte e Nordeste em processo final no RenovaBio a partir dos dados da ANP. Conforme o levantamento, ao todo 137 unidades sucroenergéticas estão na etapa final do processo de certificação no RenovaBio. JornalCana apresenta a seguir as 14 usinas em vias de obter a certificação. A apresentação é descrita nos Estados por

ordem alfabética. São elas: Usinas do Norte e Nordeste em processo final no RenovaBio  Alagoas: - Usina Coruripe – Matriz - Usina Leão Irmãos Açúcar e Álcool – Grupo EQM

Pernambuco: - Central Olho D’Água – Grupo Olho D’Água - Usina Coaf - Companhia Alcoolquímica Nacional – Grupo JB Piauí: - Comvap – Grupo Olho D’Água

Bahia: - Bahia Etanol Holding (BEL)

Rio Grande do Norte: - Vale Verde — Unidade Baía Formosa

Maranhão - Usina Agro Serra - Unidade

Tocantins: - Bunge Pedro Afonso

Médio São Francisco baiano tem duas usinas confirmadas DIVULGAÇÃO

RenovaBio estimula os

e empresários da mineira Bevap Bioenergia”, relata João Leão, vice-governador e titular do SDE. “Agora, recebemos empresários especialistas no cultivo de grãos irrigados, como feijão, soja e sorgo”, diz. “Eles vieram ver de perto a viabilidade do negócio e vão enviar técnicos para fazer um estudo in loco”, conta Leão.

novos empreendimentos Duas usinas de cana-de-açúcar estão confirmadas no Polo Bioenergético e Sucroalcooleiro da região do Médio São Francisco, na Bahia. Uma delas está em fase de obras. A Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), do governo estadual, no entanto, projeta mais oito unidades produtoras sucroenergéticas no Polo.  Para isso, a proposta é atrair empresários de estados do Centro-Sul, onde fica 90% da produção nacional de etanol e de açúcar. Representantes da SDE acompanharam comitiva de empresários e técnicos de Minas Gerais em visita à região que já é chamada de Eldorado Sucroenergético do Brasil nos dias 26 e 27 de fevereiro. Os visitantes são da região de Unaí (MG). Eles visitaram os municípios de Barra e Muquém do São Francisco, onde a primeira das 10 usinas do ‘Eldorado’ está em fase de implantação.

Muquém do São Francisco, na Bahía, terá unidade produtora

Trata-se de unidade produtora do Grupo Paranhos, com sede em Pernambuco e extensões em Minas e na Bahia. Segundo o SDE, a implantação da futura usina já emprega 500 trabalhadores locais. Já a segunda usina de cana proposta para a região, conforme o SDE, é a Fazenda Igarité, do empresário Pedro Leite. “No final de 2019, estivemos aqui com representantes de fundos de investimentos, bancos de fomento

Larga experiência em agricultura irrigada “Quem dá conta de plantar de feijão a laranja, vai ter naturalmente sucesso com a cana”, destaca o consultor de negócios Anderson Adauto, que acompanhou a comitiva. “E a grande vantagem deste grupo é ser unido, coeso, todos são agricultores profissionais e têm uma larga experiência em agricultura irrigada.” Segundo Adauto, que foi prefeito de Uberaba e ministro dos Transportes, o projeto da segunda usina do Polo foi apresentado para a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA). “A UNICA congrega todas as indústrias deste ramo, eles estão muito

animados e, com o RenovaBio, o País precisará de 20 a 30 usinas, com 3,5 milhões de toneladas de cana cada uma”, diz. “Temos uma experiência exitosa no triângulo mineiro em relação ao segmento sucroenergético e vi aqui o que precisamos para produzir com sustentabilidade, renda e produtividade”, comenta o agricultor e deputado federal por MG Zé Silva. “Há água abundante, muita luminosidade e, especialmente, solo com topografia plana, todo mecanizável. Então, eu vejo a perspectiva do setor sucroenergético, mas também fazer a integração, a rotação de culturas.” “Pelo que vimos, no plantio dos Paranhos, a produção de cana-de-açúcar está se mostrando de qualidade, pelos experimentos em curso. Então, acho que o projeto é muito promissor”, relata Antonio Giló, empresário e chefe da comitiva mineira. “O que estamos pensando é em formar um grupo, para atuar como indústria de integração, como já fazemos em Minas, com grandes produtores, com tecnologia, e vir para cá”, finaliza.


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PRODUTOR DE CANA QUER RECEBER RECURSOS FINANCEIROS DOS CRÉDITOS DO RENOVABIO DIVULGAÇÃO

Presidente da Canasol fez pedido de mudança da lei do Programa Os produtores de cana-de-açúcar também querem receber os recursos financeiros com a venda dos créditos de descarbonização, os CBIOs. Esses créditos já podem ser emitidos e comercializados pelas unidades produtoras devidamente certificadas na Política Nacional de Biocombustíveis, o RenovaBio. Os recursos financeiros com os CBIOs, no entanto, são destinados às unidades produtoras. E é isso que produtores de cana ligados à Associação dos Fornecedores de Cana de Araraquara e Região (Canasol) querem alterar na lei do RenovaBio. Na quarta-feira 22 de janeiro, o

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presidente da Canasol, Luís Henrique Scabello, fez o pedido de alteração da legislação em audiência com Ricardo Salles, ministro do  Meio Ambiente. Scabello fez a solicitação em nome de todos os fornecedores de cana, já que também é diretor da Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana). Créditos do RenovaBio: canavieiros têm direito Segundo o presidente da Canasol e diretor da Feplana, os fornecedores de cana querem garantir o direito de também receberem os CBIOs. Isso porque fornecem a cana de açúcar para as usinas produzirem o etanol. O assunto sobre os créditos já está sendo tratado pelo Ministério de Minas e Energia. Mas como é um tema transversalmente ambiental, a Feplana buscou o apoio também de Salles. Pela lei, os fornecedores de cana não recebem o dinheiro resultante da venda de CBIOs.

27/01/2020 12:00


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Conhece o Renova APP? FOTOS DIVULGAÇÃO

É lançamento da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) Renova APP é o novo aplicativo lançado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) para indicar ao consumidor qual combustível, entre etanol e gasolina, mais vantajoso para abastecimento. Com layout simplificado, a novidade da ferramenta é informar ao consumidor as vantagens do abastecimento do seu veículo. Seja tanto pelo preço quanto pelos ganhos ambientais ao optar pelo etanol, biocombustível de origem renovável e com emissão de carbono até 90% menor que o combustível fóssil. O aplicativo traz ainda a opção para o consumidor inserir o modelo e ano do veículo, além da média de

Segundo o analista da área de biocombustíveis da EPE, Dan Abensur Gandelman, a conta ideal para chegar nesse resultado é baseada na média de consumo de cada veículo. E não apenas pela relação de preço na bom de combustível.

consumo por tipo de combustível. Informações que auxiliam no cálculo de paridade do consumo. Renova APP: uma nova conta A proposta do Renova APP é trazer para o consumidor um cálculo

mais assertivo do rendimento de cada veículo conforme o combustível utilizado. Isso levando em consideração o modelo, ano de fabricação e o trajeto que o consumidor deseja fazer, cidade ou estrada.

Diferencial do Renova APP “Há vários aplicativos disponíveis que utilizam a regra de 70% da relação de preço dos combustíveis”, explica em vídeo institucional. O diferencial do Renova APP é que ele se comunica com o banco de dados do INMETRO. A instituição possui um banco com todas as informações necessárias sobre a média de consumo de determinado veículo com gasolina e etanol. Por fim, isso indica qual combustível é mais vantajoso para o seu veículo. Para baixar basta buscar por Renova App na loja de aplicativos.

Consumo de etanol registra recorde histórico Renova APP é o novo aplicativo lançado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) para indicar ao consumidor qual combustível, entre etanol e gasolina, mais vantajoso para abastecimento. Com layout simplificado, a novidade da ferramenta é informar ao consumidor as vantagens do abastecimento do seu veículo. Seja tanto pelo preço quanto pelos ganhos ambientais ao optar pelo etanol, biocombustível de origem renovável e com emissão de carbono até 90% menor que o combustível fóssil. O aplicativo traz ainda a opção para o consumidor inserir o modelo e ano do veículo, além da média de consumo por tipo de combustível. Informações que auxiliam no cálculo de paridade do consumo. Renova APP: uma nova conta A proposta do Renova APP é trazer para o consumidor um cálculo mais assertivo do rendimento de cada veículo conforme o combustível utilizado. Isso levando em consideração o modelo, ano de fabricação e o trajeto que o consumidor deseja fazer, cidade ou estrada. Segundo o analista da área de biocombustíveis da  EPE, Dan Abensur Gandelman, a conta ideal para chegar nesse resultado é baseada na média de consumo de cada veículo. E não apenas pela relação de preço na bom de combustível.

correspondem ao etanol anidro, o aditivo à gasolina. Esses números colocam o Brasil na dianteira da sustentabilidade, uma vez que o etanol de cana emite 90% menos gases causadores de efeito estufa (GEE) em comparação a gasolina. O etanol também forma no Brasil um dos maiores mercados consumidores de combustíveis renováveis do mundo.

Diferencial do Renova APP “Há vários aplicativos disponíveis que utilizam a regra de 70% da relação de preço dos combustíveis”, explica em vídeo institucional. O diferencial do Renova APP é que ele se comunica com o banco de dados do INMETRO. A instituição possui um banco com todas as informações necessárias sobre a média de consumo de determinado veículo com gasolina e etanol. Por fim, isso indica qual combustível é mais vantajoso para o seu veículo. Para baixar basta buscar por Renova App na loja de aplicativos.

Consumo de etanol registra recorde histórico O consumo de etanol no Brasil em 2019 registra recorde histórico. Foram consumidor 32,8 bilhões de litros pelo mercado doméstico no ano passado, alta de 10,5% sobre o consumo de 2018. Os dados são da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilados pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA). Do total consumido em 2019, o etanol hidratado respondeu por 22,5 bilhões de litros, aumento de 16,3%. Os outros  10,3 bilhões  de litros

Recorde histórico: 2,74 bilhões de litros a cada 30 dias A manutenção de um contexto externo favorável a ampliação das vendas de biocombustível possibilitou ao Brasil consumir 2,74 bilhões de litros de etanol a cada 30 dias durante o último ano. É a maior média de vendas mensais já registrada em toda série histórica, destaca a UNICA. Por consequência, a participação do etanol (hidratado e anidro) na matriz de combustíveis utilizados pela frota de veículos de passeio e de carga leve (Ciclo Otto – em gasolina equivalente) atingiu 48,3%, a maior desde 2009 no Brasil. Em pelo menos cinco federações o etanol foi responsável por abastecer mais da metade da matriz de transportes leves. Isso significa que nestes estados (Mato Grosso, Paraná, Minas Gerais, Goiás e São Paulo) foram consumidos, em média, 2,1 litros de etanol a cada litro de gasolina pura vendida.


GERAL

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19 de Agosto Na Fenasucro & AgroCana 2020

4º USINAS DE ALTA PERFORMANCE AGRÍCOLA Evento técnico mais bem avaliado da Fenasucro & Agrocana 2019, o Usinas de Alta Performance Agrícola promove o benchmarking anual com as usinas TOP10 em produtividade e inovação, além de produtores que ultrapassam os três dígitos de produtividade.

Informações: eventos@procana.com.br www.jornalcana.com.br/UAP2020 +55 16 9 9635.3205

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Bolsonaro apoia venda direta de etanol das usinas para postos de combustíveis DIVULGAÇÃO

Mudança pode reduzir cerca de 20 centavos o valor do litro do combustível

“PROPOSTA DEVE SER VISTA COMO MAIS UM MECANISMO DE DISRUPÇÃO”

Em coletiva de imprensa realizada dia 9 de janeiro, o presidente Jair Bolsonaro defendeu a possibilidade de venda direta de etanol, pelas usinas, aos postos de combustível. O que pode, segundo ele, reduzir em cerca de 20 centavos o valor do litro do combustível. “Estou trabalhando para que o etanol produzido nas usinas possa ser vendido diretamente para os postos de combustíveis, tire daí do meio do caminho o monopólio, que são as distribuidoras. Às vezes, um caminhão pega o etanol produzido numa usina, anda 200, 300 quilômetros para levar para essa distribuidora, depois volta 300 quilômetros para entregar o etanol do lado dessa usina. O etanol vai chegar mais barato na ponta da linha, vinte centavos [mais barato], é pouco, mas é alguma coisa, estou fazendo minha parte, é o que eu posso fazer”, afirmou Bolsonaro. Um projeto de lei que libera a venda direta tramita na Câmara dos Deputados e já foi aprovado pela Comissão de Minas e Energia da Casa, no final do ano passado. O presidente da República, quer acelerar a votação desse projeto de lei complementar que libera a venda de etanol pelas usinas aos postos. O Projeto de Decreto Legislativo (PDC) 978/18 é de autoria do senador Otto Alencar (PSD-BA), e libera a comercialização direta, sem passar pelas distribuidoras. O texto anula artigo da Resolução 43/09 da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que veda a comercialização direta entre postos e usinas. Pedido a Maia sobre projeto da venda direta Bolsonaro pretende pedir pressa na tramitação do projeto ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O objetivo do governo, com a aprovação do projeto, é que a venda direta permita reduzir o preço do etanol nas bombas. A estimativa oficial é de que seja possível baratear o custo do litro em R$ 0,20. O governo ainda estuda qual a “via mais rápida” para a aprovação,

Um dos protagonistas da campanha e do projeto para a venda direta de etanol pelas unidades e Renato Cunha, que também é presidente executivo da Novabio. Para ele a venda direta de etanol hidratado é uma alternativa à venda por distribuidoras e tem uma perspectiva de adequada consistência. A proposta deve ser vista como mais um mecanismo de disrupção de melhores ofertas ao consumidor. “Isso ainda mais em um cenário nervoso no mundo do petróleo, notadamente com as distâncias menores entre usinas e postos no litoral da nossa região. São distâncias que favorecem nossa entrega de etanol como produto final também no RenovaBio, que inclusive prevê redutores [de notas de eficiência em usinas] para as distâncias maiores como escoamento por transporte a diesel”, explica.

É preciso definir como ficará a tributação com a venda direta de etanol “É necessário definir como ficará a tributação diante a proposta de venda direta de etanol hidratado”. A avaliação é de Silvio Cezar Pereira Rangel, presidente do Sindalcool-MT. A entidade representa a cadeia produtiva de etanol no Mato Grosso. Em entrevista ao JornalCana, o executivo destaca como a entidade avalia a proposta de comercialização direta. O Sindalcool-MT participou de reuniões com representantes do Governo Federal sobre a proposta de venda direta de etanol hidratado pelas unidades produtoras no inicio das discussões. “A posição de nossas associadas é que para definir adesão a venda direta há que se definir algumas etapas. É o caso, por exemplo, da tributação. Estabelecidos todos os critérios para a venda direta, cada empresa adotará sua estratégia de comercialização. Nas discussões sobre o assunto temos pontuado exatamente a necessidade de definições claras, bem como eventual impacto no RenovaBio”, informa Rangel.

Rangel: venda direta precisa de definições claras

segundo representantes do setor sucroenergético. Parlamentares que defendem o projeto estiveram reunidos dia 16 de janeiro com o presidente

Bolsonaro e com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. Entre os representantes do setor estavam o presidente do Sindaçúcar

de Alagoas, Pedro Robério de Melo Nogueira, e Renato Augusto Pontes Cunha, presidente do Sindaçúcar de Pernambuco.


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Usinas poderão criar agentes para vender hidratado luntária, por isso quem não quiser vender direto segue no modelo dual, no qual é mantida a técnica de repartição do recolhimento entre produtor e distribuidor.

DELCY MAC CRUZ, DA REDAÇÃO

O setor sucroenergético deve ganhar nos próximos meses um novo personagem. Trata-se do agente de comercialização de etanol hidratado. Em linhas gerais, seria um distribuidor de biocombustível criado pelas usinas. O nome desse personagem, entretanto, está em fase de definição pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O agente de comercialização ganhou ‘vida’ na quinta-feira dia 23 de janeiro durante reunião em Brasília convocada pela secretária de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia (MME), Renata Becker Isfer. O tema da reunião foi a proposta de venda direta do etanol hidratado pelas usinas. Esse tema ganhou escala nacional e o presidente da República, Jair Bolsonaro, pediu ao MME que reunisse os vários atores integrados no assunto. Antonio de Padua Rodrigues, diretor técnico da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), participou da reunião ao lado do presidente da entidade, Evandro Gussi. Em entrevista ao JornalCana, Padua destaca sobre a criação do agente comercializador e quais as visões da UNICA a respeito dessa novidade. Além da UNICA, quem mais participou da reunião promovida pelo MME?  Participaram representantes do Ministério da Economia e da Receita Federal. Do lado do setor, entre outros estavam presentes André Rocha (presidente do Fórum Nacional Sucroenergético e do Sifaeg), Pedro Robério (Sindaçúcar-AL), Renato Cunha (Sindaçúcar-PE) e Mário Campos (Siamig). A proposta de venda direta de hidratado foi o tema principal do encontro. Ela faz parte de projetos em tramitação no Senado e na Câmara Federal e divide o setor. Do lado da tributação, como a proposta é administrada? Do lado da Receita Federal, a questão da monofasia (tributação concentrada) é antiga. A Receita quer trazer integralmente a carga de PIS/ Cofins para o produtor. Há concorrência desleal entre os que pagam os tributos e os que não pagam. Nós produtores declaramos toda a venda de hidratado. A distribuidora tam-

Como deve ficar? Se houver mudança tributária, terá de ocorrer por meio de Medida Provisória (MP) do Governo. Mas a ANP estuda a criação de um novo agente de comercialização e sistema de PIS-Cofins. Um novo tipo de distribuidor? Terá novo nome. Não há nome claro. Teria o produtor que de um lado produz com CNPJ, que vende com segundo CNPJ. Mas sem toda exigência de hoje, com capital social inferior.

“UNICA não quer dois sistemas tributários”, afirma Padua

O SETOR REGIONAL DEFENDE QUE A VENDA DIRETA É VOLUNTÁRIA, POR ISSO QUEM NÃO QUISER VENDER DIRETO SEGUE NO MODELO DUAL, NO QUAL É MANTIDA A TÉCNICA DE REPARTIÇÃO DO RECOLHIMENTO ENTRE PRODUTOR E DISTRIBUIDOR. bém deve declarar esse volume para a ANP. Mas a Receita não consegue cobrar o valor do PIS/Cofins. Então a venda direta seria uma solução para concentrar a cobrança nos produtores. Sim, porque o produtor tem mais ativos, patrimônio. O assunto da monofasia voltou à tona agora por conta da venda direta. Ganhou força. Além dos produtores, os postos não poderiam assumir a monofa-

sia? O Tesouro não quer perder tributo. A cobrança será feita do produtor ou dos postos. Mas é difícil cobrar de 41 mil postos existentes no País. É preferível que a carga venha ao produtor. Por isso o tema da venda direta gera divisão? Os produtores do Nordeste do País apoiam a venda direta, mas não querem a monofasia. O setor regional defende que a venda direta é vo-

Que mais prevê a criação desse agente?  A tancagem já existe porque a usina já possui. A ANP conversa com agentes, produtores. Mas continuaria como é hoje, com o produtor recolhendo PIS/Cofins pelo seu CNPJ.   Esse novo personagem afeta o RenovaBio? O importante nesse processo é não altera o RenovaBio. Isso porque essa ‘distribuidora’ não tem obrigação de comprar créditos de descarbonização (CBIOS [porque não vende combustíveis fósseis]. Mas ao vender por meio desse agente, a usina terá direito de emitir CBIOs. Preserva o sistema tributário atual, não traz mudança. A UNICA apoia a criação desse agente? A UNICA apoia e não só ela. A UNICA não quer dois sistemas tributários (monofasia e dual) porque pode trazer grande desequilíbrio na distribuição. A entidade tem posição contra a monofasia. O novo agente de comercialização dá viabilidade ao produtor, com facilidades. Há data para que o agente de comercialização entre em vigor?  A ANP deve definir até o fim de junho próximo, com nova legislação no lugar da resolução 43. A alternativa da ANP é o mercado regulado. Não entra na questão da monofasia, quer integrar o novo agente dentro das regras. Já o Governo tem o Congresso e precisa resolver monofasia e a venda direta.


30 GERAL

COSAN TERÁ NOVO PRESIDENTE A PARTIR DE ABRIL Luiz Henrique Guimarães, presidente da Raízen Energia e da Raízen Combustíveis, assumirá as operações da Cosan e da Cosan Logística. Ele toma posse em 1º de abril e substitui Marcos Lutz, que está no grupo desde 2007. Lutz se dedicará exclusivamente aos conselhos e comitês do Grupo. Ricardo Dell Aquila Mussa assume a presidência da Raízen Energia S. A. também a partir de 1º de abril. Ele substituirá Guimarães, que está no comando da maior produtora sucroenergética do País desde abril de 2016. A modificação na diretoria da Raízen foi aprovada em reunião do Conselho de Administração realizada em 21 de janeiro. Ricardo Mussa trabalha no grupo Cosan (sócio da Shell na Raízen) desde 2007. Desde 2017, Mussa é VP da Raízen. Atualmente, Mussa é vice-presidente Executivo de Logística, Distribuição e Trading da companhia. Ele já foi presidente da Radar S.A., da Moove S.A.

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BIOENERGÉTICA DA SÃO MARTINHO TEM NOVO DIRETOR APÓS RENÚNCIA A Bioenergética Santa Cruz S. A., presidida por Fabio Venturelli, também presidente da Usina São Martinho, tem novo diretor de operações. Trata-se de Carlos Fernando Zaneti de Andrade, engenheiro agrônomo. Ele foi eleito em assembleia com a presença de representantes da São Martinho, acionista majoritária da empresa. Realizada em 9 de dezembro último, a assembleia foi divulgada dia 21 de janeiro por meio de ata no Diário Oficial do Estado de São Paulo. Andrade assume no lugar de Marcos Helder Pavan Mônaco, que renunciou ao cargo. A renúncia de Mônaco foi deliberada na assembleia realizada em dezembro. Ele tinha sido eleito para o cargo em 25 de julho de 2019. Já o sucessor terá mandato até 31 de março próximo, quando termina o exercício social da Bioenergética Santa Cruz S. A. Fabio Venturelli, que preside a Bioenergética e a São Martinho, também presidiu a assembleia.

DEFINIDOS OS INTEGRANTES DA CÂMARA DO AÇÚCAR E DO ÁLCOOL O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) oficializou dia 20 de janeiro os nomes dos integrantes da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Açúcar e Álcool. Marcos Montes Cordeiro, ministro substituto do MAPA, assina a portaria 13, de 15/01, publicada na edição de (20/01) do Diário Oficial da União (DOU). Alexandre Andrade Lima, presidente da Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana), foi confirmado presidente da Câmara. Lima presidiu a Câmara também em 2019. QUEM SÃO OS INTEGRANTES Confira a seguir os nomes dos integrantes e dos suplentes da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Açúcar e Álcool do MAPA.

DIRETOR-GERAL DA ANP RENUNCIA AO CARGO Décio Oddone decidiu antecipar sua saída da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Em carta ao presidente da República, Jair Bolsonaro, o executivo enumera os motivos para deixar o cargo de diretor-geral. Oficialmente, o mandato iria até dezembro próximo. Na carta, Oddone explica ser “hora de iniciar o processo de composição da diretoria colegiada que deverá aprovar as alterações regulatórias que vão sustentar as transformações que começamos a construir. Diferentes desafios demandam profissionais com características distintas”, relata ele na carta.

I – Associação Brasileira da Indústria de Alimentos – ABIA Titular: DANILO TOSTES OLIVEIRA Suplente: ALEXANDRE NOVACHI   II – Associação de Produtores de Bioenergia do Estado do Paraná – ALCOPAR Titular: MIGUEL RUBENS TRANIN Suplente: PAULO ROBERTO MISQUEVIS   III – Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul – BIOSUL Titular: ROBERTO CEZAR DE HOLLANDA CAVALCANTI FILHO Suplente: AMAURY EDUARDO PEKELMAN   IV – Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA Titular: ENIO JAIME FERNANDES JUNIOR Suplente: ROGÉRIO NASCIMENTO DE AVELLAR FONSECA   Para ver alisa completa, acesse: jornalcana.com.br/CAA


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Cocal começa a usar caminhão movido apenas com biogás FOTOS DIVULGAÇÃO

A Cocal começa a utilizar um caminhão G 410 XT movido exclusivamente a biogás. Produtora de açúcar, etanol e bioenergia, a Cocal sai na frente no uso de biogás para mover o veículo em parceria com a Lots Group, braço de logística da Scania. Segundo divulgação, o modelo será empregado numa operação off-road, no transporte de cana, rebocando rodotrens canavieiros de 9 eixos. Biometano O caminhão é abastecido com biometano, obtido a partir do processamento dos resíduos da cana-de-açúcar. A Scania apresentou um modelo sustentável de utilização do biometano no ano passado, onde empresas interessadas podem instalar usinas de produção do gás em suas unidades. E, utilizando resíduos da agricultura e pecuária, produzem seu próprio combustível, reduzindo bastante os custos de operação dos veículos.

Tereos estuda uso de renováveis para operar frota de caminhões

Jacyr Costa Filho: estamos confiantes na expansão do consumo de etanol

A  Tereos Açúcar & Energia Brasil estuda desenvolver combustíveis renováveis para operar a frota de caminhões em campo. Com o emprego de renováveis no lugar do óleo diesel nos caminhões, a Tereos irá melhorar a nota dos certificados de descarbonização, os CBIOs, que integram o RenovaBio. As sete unidades produtoras da  companhia estão em fase de certificação junto ao Programa de Estado RenovaBio. A emissão e venda de CBIOs ocorrem após a certificação junto ao Programa. E a nota da unidade melhora em função do seu menor consumo de

combustíveis fósseis no ciclo de vida de produção de etanol. O CBIO é ativo financeiro negociável em bolsa. É derivado da certificação do processo produtivo de biocombustíveis com base nos respectivos níveis de eficiência alcançados em relação a suas emissões. “Estamos confiantes na expansão do consumo de etanol de cana-de-açúcar”, destaca Jacyr Costa Filho, diretor para Região Brasil da Tereos, em seu perfil no LinkedIn. Ele fez a menção após lembrar que “temos [no Brasil] um dos modelos mais bem-sucedidos na produção de biocombustível limpo.”

Em seu perfil, Costa Filho destaca unidade industrial da  Tereos localizada em Escaudoeuvres, na região norte da França, que acaba de instalar uma bomba de ED95. Trata-se de combustível com 95% de etanol feito à partir dos resíduos da beterraba pela Tereos. O objetivo é abastecer os caminhões para o transporte de beterrabas e produtos. A novidade é uma aposta importante dentro da companhia para o processo de descarbonização. E faz parte de uma parceria com a Scania, que desenvolveu os caminhões.

China terá usina de etanol celulósico a partir de resíduos A cidade de Fuyang, na província de Anhui, região do rio Yangtze-Huai, no leste da China, sediará a primeira planta comercial do País produtora de etanol celulósico. A futura usina de etanol celulósico utilizará como matéria-prima resíduos agrícolas. A capacidade de produção anual é estimada em 50 mil toneladas de etanol celulósico. Mas há a opção de dobrar essa capacidade na segunda fase. Os preparativos e as avaliações para a fase de engenharia estão em andamento. Já a execução do projeto depende de acordo final de determinados contratos governamentais.

A usina de etanol celulósico a partir de resíduos agrícolas nasce por meio de três companhias. São elas: Clariant, detentora da tecnologia sunliquid, o Anhui Guozhen Group, conglomerado chinês de energia verde, e a Chemtex Chemical Engineering, empresa de engenharia. Por meio de joint venture, o Anhui Guozhen Group e a Chemtex irão implantar a usina de etanol celulósico. A Clariant, por sua vez, concedeu licença para utilizar sua tecnologia sunliquid. A implantação da usina de etanol celulósico chega em meio à decisão da China de gerar a adição de 10% de bioetanol nos

combustíveis de transporte. A região de Anhui é caracterizada pela agricultura, o que garante a abundância de matéria-prima para a planta de etanol celulósico. Com a obtenção local de matérias-primas como a palha do trigo e os resíduos de espiga de milho, é possível reduzir drasticamente as emissões de gases de efeito estufa. E também e gerar novas oportunidades de negócios ao longo de toda a cadeia de valor e de suprimentos. Segundo a Clariant, o etanol celulósico produzido com sunliquid emite cerca de 95% menos gases de efeito estufa do que a gasolina.


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Adecoagro investirá R$ 445 milhões em usinas no Mato Grosso do Sul FOTOS DIVULGAÇÃO

O grupo Adecoagro, controlador de usinas de etanol de Angélica e Ivinhema, no Mato Grosso do Sul, fará investimentos de R$ 445 milhões. O projeto envolve a ampliação, manutenção e recuperação da produção de cana-de-açúcar destinada às unidades localizadas em lvinhema e Angélica, ambas no Mato Grosso do Sul. Além delas, a Adecoagro também controla uma usina em Monte Belo (MG). Em recente portaria publicada no Diário Oficial da União, pelo Ministério de Minas e Energia (MME), está aprovada a prioridade dada ao projeto de investimentos do grupo Adecoagro. A medida é necessária para que a companhia possa fazer a emissão de debêntures incentivadas ou os chamados Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA). Ampliação do canavial Segundo o texto assinado pela secretária de petróleo, gás natural e biocombustíveis do MME, Renata Beckert Isfer, a ampliação do cana-

vial totaliza 14,37 mil hectares. Além disso, o projeto trata da renovação da soqueira em 12,59 mil hectares e da realização de trato cultural em 105,45 mil hectares. No total, 132,41 mil hectares foram afetados pelo projeto, que tem previsão de conclusão em 31 de dezembro deste ano. Conforme

as regras estabelecidas, o ministério considerará que o projeto não foi implantado se houver um atraso na implantação superior a 50% do prazo. Ou seja, considerando que a aprovação é datada de ontem e o prazo estabelecido é no final do ano, a Adecoagro precisaria concluir o projeto até, no máximo, dia 14 de

janeiro de 2020. A informação sobre projetos que não forem terminados, por sua vez, ficará a cargo da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Juntas, as usinas em lvinhema e Angélica têm capacidade para moer até 13 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra. Além disso, possuem autorização para fabricar, diariamente, 1,2 milhão de litros de etanol anidro e 2,8 milhões de litros de hidratado. Segundo o  Campo Grande News, os investimentos foram confirmados pelo secretário de Estado de Produção Jaime Verruck. Ele destaca que o uso de CRAs para captação e recursos via mercado vem crescendo no agronegócio. E explica que as debêntures são uma opção que as pessoas físicas têm de investir em empresas. Isso porque uma vez que ao comprar um deles, na prática, você empresta recursos para uma companhia que vai lhe devolver o montante principal acrescido de juros.

Déficit de açúcar pode ampliar produção de usinas do Centro/Sul em 5,5 milhões de toneladas DIVULGAÇÃO

Produção na 20/21 pode chegar a 32 milhões de toneladas A produção de açúcar pelas unidades do Centro-Sul deve alcançar 31 milhões de toneladas na safra 2020/21. O volume representa alta de 4,5 milhões acima do total de 26 milhões de toneladas ser processado na safra em encerramento, a 19/20. A projeção é de Marcelo de Andrade, responsável por soft commodities no braço de trading da Cofco International. Ele apresentou os dados em entrevista no domingo 9 de fevereiro antes do início da Dubai Sugar Conference. Segundo o executivo, é possível que as unidades cheguem a 32 milhões de tonela-

das na 2020/21. Só depende da melhora contínua dos preços do alimento. Usinas do Centro-Sul: atender ao déficit Conforme o executivo da Cofco, o Brasil precisará produzir mais açúcar para preencher o déficit mundial ampliado pela quebra na produção da Tailândia. Por conta de estiagem, a produção de açúcar da Tailândia deve cair cerca de 30%, para entre 9 a 10 milhões de toneladas. A previsão é da associação Thai Sugar Millers. Na entrevista, Andrade explicou que as unidades do Centro-Sul brasileiro terão mais cana na 2020/21 por conta das chuvas neste período, que ajudam no crescimento da planta. A estimativa de oferta de cana, entretanto, é de 591 milhões de toneladas.


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A geração de eletricidade a partir da cana irá crescer em 2020? FOTOS DIVULGAÇÃO

Confira avaliações de diretor da Cogen A geração de eletricidade a partir da biomassa da cana-de-açúcar irá crescer em 2020? Para responder à pergunta, JornalCana entrevistou Diogo Ferrini, engenheiro de tecnologia e regulação da Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen). Segundo Ferrini, as perspectivas de crescimento da bioeletricidade existem. “[Existem] principalmente devido ao programa RenovaBio, que visa estimular o uso de combustíveis renováveis como o etanol”, destaca. A maior produção do biocombustível, emenda, “poderá aumentar o volume de bagaço de cana para uso em cogeração de energia”, explica. As termelétricas de usinas de cana terão, em maio, oportunida-

Diogo Ferrini Costa em participação no evento da ProCana

de de comercializar eletricidade de cana no leilão denominado  A-4. Nesse leilão, participam empre-

endimentos novos e a entrega da energia contratada será entregue a partir de 2024. O leilão é realizado

pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e está marcado para 28 de maio próximo na sede da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Será por meio de sistema eletrônico. As termelétricas à biomassa concorrerão com novos empreendimentos de geração de fontes hidrelétrica, eólica, e solar fotovoltaica. Conforme o engenheiro da Cogen, o leilão A-4 tem um número razoável de projetos de biomassa cadastrados, “porém é preciso aguardar os resultados.” “Mas um eventual resultado positivo não significa crescimento ainda este ano, uma vez que os projetos vencedores só entrarão em operação até 2024”, emenda. Segundo levantamento da  Cogen, a capacidade atualmente instalada de eletricidade de biomassa é de 11,5 gigawatts (GW). Desse montante, a entidade destaca que 77% são de biomassa de cana, ou seja, bagaço e palha.

Plano Nacional de Energia passa a ser divulgado a cada cinco anos O Plano Nacional de Energia (PNE), que orienta estratégias na formulação de políticas setoriais, terá publicações periódicas. A instituição é do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, na portaria 06 publicada dia 10 de janeiro do Diário Oficial da União (DOU). Até então, o PNE tinha publicação com projeções para o horizonte de uma década. Conforme a portaria do MME, a partir de agora o Plano Nacional de Energia terá publicação a cada cinco anos e com horizonte de, no mínimo, 30 anos. A decisão do ministro do MME de o Plano Nacional de Energia ter publicações periódicas tem o objetivo principal de permitir avaliar os possíveis caminhos da expansão e desenvolvimento da infraestrutura energética nacional. Bem como orientar estratégias na formulação de políticas

setoriais. Antes da inserção a cada cinco anos, o MME destaca que o Plano Nacional de Energia terá a publicação precedida de Consulta Pública à sociedade. Segundo a portaria do MME, os estudos para a elaboração PNE devem buscar convergência com os diversos objetivos das políticas públicas, ouvido o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) fica encarregada da execução dos estudos para a elaboração do PNE. Por fim, o MME, por meio da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético (SPE), deverá estabelecer a metodologia e os parâmetros para a elaboração do Plano Nacional de Energia. À SPE também caberá gerir sobre os cronogramas de atividades a cada ciclo e revisões.


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Tereos e VLI investem em armazéns de açúcar A Tereos Açúcar & Energia Brasil e a VLI devem entregar até no começo da safra de cana-de-açúcar 2020/21 dois armazéns de açúcar. As estruturas ficam nos terminais de Guará, no interior paulista, e no Tiplam, no Porto de Santos. São fruto do acordo firmado entre a Tereos e a companhia logística que integra ferrovias, terminais intermodais e portos. A parceria entre as duas empresas foi firmada em 2018 e um dos objetivos é transportar 1 milhão de toneladas de açúcar por ano. O primeiro embarque no sistema da VLI ocorreu em junho de 2019.

Tiplam, terminal da VLI em Santos, receberá um dos armazéns de açúcar

Nova dragagem do Porto Saem normas sobre uso do Recife permitirá mais de rodovias federais por divisas de exportação veículos especiais O Porto do Recife receberá nova dragagem, o que permitirá o recebimento de navios com calado superior a 9,5 metros. Atualmente, a estrutura tem capacidade para calado de no máximo 8,8 metros. “A dragagem vai eliminar limitações às operações do Porto do Recife e trazer novos investimentos”, afirma Renato Cunha, presidente executivo na Novabio e do Sindaçúcar-PE. Segundo Cunha, a nota de empenho para a dragagem do Porto do Recife já foi assinada pelo Ministério de Infraestrutura. “A ampliação da estrutura permitirá mais divisas de exportação para o País e mais renda e empregos para Pernambuco”, atesta o executivo.

O uso de rodovias federais por veículos especiais é regulamentada por resolução publicada nesta quinta-feira (09/01) no Diário Oficial da União. Segundo a resolução, o uso de rodovias federais é disciplinado por normas do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). As normais são aplicadas a veículos ou combinações de veículos e equipamentos, destinados ao transporte de cargas indivisíveis e excedentes em peso. Valem também para o conjunto de veículo e carga transportada, assim como por veículos especiais. Por sua vez, esses são fundamentados nos art. 21 e 101 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, conhecido como Código de Trânsito Brasileiro (CTB).

Estados Unidos terão de importar mais açúcar

Os Estados Unidos terão de aumentar a importação de açúcar para suprir o mercado interno. Esse aumento de compra se deve à quebra na produção local do adoçante. A previsão é de que os fabricantes americanos registrem quebra de 8% na produção, segundo o Departamento de Agricultura dos EUA, o USDA. Clique aqui para ler mais sobre a quebra na produção de açúcar nos EUA. Diante a situação, os EUA deverão ampliar neste ano a importação de açúcar do vizinho México. Essa importação deverá crescer em 55% na comparação com ano normal. Pelas estimativas do USDA, será necessário comprar 1,657 mil toneladas de açúcar mexicano. Em 2018, essa importação foi de 908 toneladas.

Setor sucroenergético exporta US$ 5,75 bi em 11 meses As exportações do setor sucroenergético brasileiro somaram US$ 5,75 bilhões nos primeiros 11 meses de 2019. Entre janeiro e novembro do ano passado, as unidades produtoras de etanol e de açúcar representaram 6,44% de todas as vendas do agronegócio do Brasil para o exterior. Ao todo, o agro exportou US$ 89,3 bilhões no período. As informações são do Agrostat, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento(Mapa), copiladas pelo JornalCana. Os dados referentes aos 12 meses de 2019

deverão ser divulgados nos próximos dias. Primeiro do ranking Segundo o levantamento, o ranking de exportações do agro é liderado pelo Complexo Soja (34,71% do total das vendas externas), com US$ 31 bilhões. O segundo lugar do ranking é do Complexo Carnes (16,60% do total), com US$ 15 bilhões. Já a terceira posição entre os maiores exportadores do agro é dos Produtos Florestais (13,45%), com US$ 12 bilhões.



Prepare-se para a temporada de eventos técnicos Sinatub 2020! 4º SINATUB Custos, Perdas e Gestão Industrial 27 de Maio | Ribeirão Preto (SP)

Abrindo a temporada de eventos técnicos, o SINATUB Custos, Perdas e Gestão Industrial já se tornou o Encontro Anual dos Gestores Industriais das usinas! Nele são apresentados e discutidos os principais indicadores e as melhores práticas de uma gestão industrial de alta eficiência.

8º SINATUB Processos, Fermentação e Produção de Etanol 28 de Maio | Ribeirão Preto (SP)

O evento apresenta cases relevantes sobre avanços e inovações tecnológicas nas áreas de processos, tratamento de caldo, filtragem, fermentação, destilação, desidratação e tratamento de vinhaça, apresentadas e discutidas por gestores de usinas e especialistas da área.

18º SINATUB Caldeiras, Vapor e Energia 23 e 24 de Setembro | Ribeirão Preto (SP)

Com o foco em “Eficiência Energética para a Máxima Produção de Etanol, Açúcar e Exportação de Energia”, o evento fornece informações relevantes sobre os avanços tecnológicos nas áreas de balanço energético, geração e consumo de vapor e de energia elétrica, envolvendo os aspectos técnicos e econômicos, aplicados a plantas industriais e centrais termoelétricas.

10º SINATUB Recepção, Preparo e Extração 02 de Dezembro | Ribeirão Preto (SP)

Apresenta informações relevantes e casos de inovações tecnológicas e melhorias operacionais nas áreas de Recepção, Preparo e Extração, visando o máximo aproveitamento da matéria-prima, redução de custos, incremento na qualidade e índices de eficiência, aumento na capacidade e na segurança de processamento da cana por Moenda ou Difusor.

8º SINATUB Fabricação de Açúcar 03 de Dezembro | Ribeirão Preto (SP)

O evento é focado em conhecimento técnico, casos de inovações tecnológicas e melhorias operacionais nas áreas de Sulfitação, Calagem/Controle de PH, Tratamento de Caldo, Evaporação, Cozimento, Cristalização, Centrifugação, Secagem, Carregamento, Embalagem e Armazenamento de Açúcar, visando a máxima recuperação de fábrica e qualidade do produto.

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Municípios produtores de cana em MS estão entre maiores economias agrícolas do País FOTOS DIVULGAÇÃO

Cruzamento de dados revelou relação das principais culturas agrícolas do País com os municípios mais desenvolvidos economicamente Estudo divulgado pelo Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) cruzou informações da última edição da Pesquisa Agrícola Municipal (PAM), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com o Produto Interno Bruto por habitante (PIB per capita) dos municípios brasileiros. O levantamento revelou, segundo o Departamento de Financiamento e Informação da Secretaria de Política Agrícola, a relação das principais culturas agrícolas do País com os municípios mais desenvolvidos economicamente. O estudo considerou as culturas de maior valor de produção agrícola do país: soja, cana-de-açúcar, milho, feijão, café, algodão herbáceo, arroz, cacau e laranja. Dos 20 municípios brasileiros com destaque para a cultura da cana-de-açúcar, quatro são de Mato Grosso do Sul. Rio Brilhante, localizado a 160 km da Capital, ocupada a primeira posição com valor da produção de R$ 549.848 (2018) e PIB per capita de R$ 57.462. A média nacional foi de R$ 31.834. Com três unidades sucroenergética em operação, Rio Brilhante destina 97 mil hectares de área para o cultivo da cana-de-açúcar, sendo a segunda maior área plantada de cana no País. Em 2018, a moagem da matéria-prima no município somou 7,8 milhões de toneladas. Seguido por municípios de São Paulo, Minas Gerais e Goiás, a partir da sexta posição Mato Grosso do Sul reaparece no ranking com Nova Alvorada do Sul (6ª), Costa Rica (15º) e Angélica (19ª). Os municípios apresentaram PIB per capita de R$ 69.041, R$ 73,513 e R$ 68.997, respectivamente, enquanto o valor da produção da cana-de-açúcar foi de R$ 409,106, R$ 485,673 e R$ 274.249. No ranking de quantidade de produção de cana, aparece ainda

Nova Alvorada do Sul é o sexto no ranking de maior valor de produção agrícola do país

Cana-de-açúcar aparece com 15,0% no valor de produção

o município de Ivinhema (MS), na décima posição, com produção de 4,2 milhões de toneladas de cana-de-açúcar (2018). A última pesquisa anual do IBGE referente à agropecuária divulgada no final do ano passado (Produção Agrícola Municipal 2018 – PAM) representa uma importante fonte para acompanhamento das informações agropecuárias em nível municipal. As informações referem-se à área, produção, rendimento e valor da produção das lavouras permanentes e temporárias. Foram pesquisadas em sua última publicação 38 lavouras permanentes e 33 temporárias.

Essa pesquisa tem sido a base de diversos trabalhos sobre a agricultura brasileira, além de ser importante fonte de informação sobre os municípios. Há uma excelente publicação do IBGE sobre os resultados dessa pesquisa (IBGE 2019). O uso da terra pelas lavouras mostra uma evolução da área plantada das lavouras permanentes e temporárias que passa de 65,7 milhões de hectares em 2009 para 78,5 milhões de hectares em 2018. Esse aumento de 12,8 milhões de hectares ocorreu integralmente nas lavouras temporárias cuja área passou de 59,4 milhões de hectares para

73,2 milhões de hectares. Por sua vez, as lavouras permanentes que incluem culturas como café cacau e frutas principalmente, apresentaram redução de 6,3 milhões de hectares para 5,3 milhões entre 2009 e 2018. Como destaca o IBGE, no caso das lavouras temporárias a sua área efetivamente ocupada está abaixo daquela indicada. Isso porque parte da área de milho tem seu plantio realizado em áreas liberadas pela soja após a colheita desta. Isso faz com que a área ocupada com grãos seja menor do que a realmente ocupada. Tomando os anos de vigência do Plano real, iniciado em 1994, e indo até 2018, o IBGE destaca que a soja se manteve no topo do ranking em todos os anos com exceção de 1996, quando a cana-de-açúcar alcançou a primeira posição. Em valores nominais o aumento percentual do valor da produção de soja nesses 25 anos, foi de 3 222,0% para a soja, 1 112,0 % para o milho e de 1 540,0 % para a cana-de-açúcar. Estes acréscimos resultam dos avanços tecnológicos nas lavouras que contribuíram para elevar a produção, do crescimento da área plantada e, principalmente, da valorização do Dólar frente ao Real, fazendo com que esses produtos, que são cotados em dólar, sejam mais bem remunerados. Como as pesquisas têm mostrado que as exportações do agronegócio têm impacto significativo sobre a produtividade total dos fatores, os ganhos decorrentes do aumento das exportações afetam positivamente essas lavouras.


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“Gestão competente deve assegurar plena capacidade produtiva”, afirma CEO Mario Lorencatto, da Coruripe, revela estratégia para manter o grupo entre os principais do setor Nascido em Campinas, no interior paulista, Mario Lorencatto, de 60 anos, é hoje um dos expoentes do setor no quesito gestão corporativa. No comando da Coruripe foi eleito recentemente Executivo do Ano no MasterCana Nordeste 2019/20. Não por acaso. O resultado do trabalho realizado pelo CEO é fruto de graduação e experiência. Cursou Ciências Econômicas na FEA-USP, fez MBA na Vanderbilt University, nos EUA; e se especializou em Controladoria, na London Business School. Morou longos anos na América do Norte, Europa e Argentina, o que lhe trouxe bagagem importante. — Tive excelentes professores — destaca Lorencatto — que não somente ensinaram o conteúdo acadêmico de cada matéria, mas também verdadeiras lições de vida em termos de carreira, estratégia, ética e cidadania. O cuidado pessoal é uma de suas prioridades. O executivo pratica esportes regularmente e é amante da leitura e do cinema. Quanto à família o empenho é o mesmo. — Sou casado com a namorada que conheci no campus da universidade e temos três filhas que moram em Londres, Nova York e Washington DC, resultado da carreira internacional que segui. Com a família dispersa dessa forma, procuramos nos juntar, pelo menos, duas vezes ao ano em algum ponto conveniente em termos de logística — revela o executivo, demonstrando o zelo inerente à sua liderança e gestão. Com o Grupo Coruripe não é diferente. Sob sua direção o conglomerado aumenta sua capacidade produtiva, reduz custos e promove uma desalavancagem financeira. Mas não é suficiente. Lorencatto projeta manter a Coruripe entre as empresas líderes do setor. “No longo prazo, pretendemos obter maior flexibilidade em termos de mix de produção, maior capacidade de cogeração e modernização tecnológica”, afirma o CEO. Em entrevista ao JornalCana ele expõe quais desafios o setor precisa superar e a qual a

estratégia para manter o grupo entre os principais da agroindústria canavieira. Confira: JornalCana - Quais os desafios do setor da “porteira pra fora e adentro”? Mário Lorencatto - “Porteira para dentro”, é assegurar a utilização plena das nossas capacidades produtivas, atualização tecnológica e redução de custos. “Porteira para fora”, tem sido a gestão de preços do açúcar num mercado internacional muito mais competitivo e assegurar um marco regulatório para o mercado de etanol que permita a esse biocombustível contribuir em todo seu potencial para a matriz energética do Brasil.   Quanto o cenário político-

-econômico afeta as usinas e o que é possível ser feito para garantir a sustentabilidade da atividade sucroenergética? Esperamos que a instabilidade política diminua para que, então, o país volte a mostrar sinais de melhora na economia e também que surjam iniciativas que incentivem o uso do etanol na matriz energética brasileira.     A chave do mix em 2020 segue mais alcooleira? Quais perspectivas para o mercado de açúcar? Atualmente, na Coruripe, a produção está equilibrada, praticamente meio a meio. Nossa meta é chegar a 80% de açúcar e 20% de etanol. Buscamos também aumentar a venda de energia elétrica que potencialmente podemos ainda pro-

PATROCÍNIO

Foco no Resultado!

duzir considerando a quantidade de biomassa que temos disponível em nossas unidades   A Coruripe adquiriu recentemente uma linha de crédito para investimentos, e comprou uma caldeira. Onde a usina e o grupo pretendem chegar nos próximos anos? Nossos objetivos de curto prazo principalmente são maximizar a utilização da nossa capacidade produtiva, reduzir custos e promover a desalavancagem financeira. No longo prazo, pretendemos obter maior flexibilidade em termos de mix de produção, maior capacidade de cogeração, modernização tecnológica e manter a Coruripe entre as empresas líderes do setor.   Qual a estratégia para obter alta eficiência agrícola e industrial? Possuímos cinco usinas totalmente integradas e com alta capacidade e eficiência. Plantamos cana-de-açúcar e principalmente processamos até 15 milhões de toneladas de cana por safra para produzir açúcar VHP e refinado, etanol anidro e hidratado, energia elétrica e vários outros subprodutos.   Por fim, quais são os números finais de moagem e produção de etanol e açúcar na 2019/20 e quais as perspectivas para a próxima safra?  A Coruripe deverá encerrar esta safra com recorde de moagem: 14,4 milhões de toneladas de cana de açúcar. Nesta safra, serão produzidas aproximadamente 900 mil toneladas de açúcar e 510 mil metros cúbicos de etanol, enquanto a exportação de energia elétrica ficará em torno de 405 mil MWh. As expectativas em relação à produção na safra 2020/21 são positivas, devendo chegar a um novo recorde de moagem: em torno de 15 milhões de toneladas, fruto dos investimentos nas lavouras e a quantidade de chuvas que tem ocorrido em nossas regiões produtoras.


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O INCANSÁVEL SR. FERMENTEC

“PRECISAMOS VOLTAR AO TEMPO DO ATALLA”

Com 80 anos de idade e há 41 no comando da empresa que é referência mundial em fermentação, Henrique Amorim mantém-se atuante e, nesta entrevista, comenta sobre carro elétrico, RenovaBio e revela novos projetos DELCY MAC CRUZ

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José Paulo Stupiello, da STAB, faz referência a Jorge Wolney Atalla, ex-presidente do Grupo Atalla e da Copersucar, que ajudou a criar profissionais do setor

VP de Etanol, Açúcar e Bioenergia da Raízen, Francis Vernon Queen avalia os impactos do programa e comenta sobre emprego da tecnologia para ampliar a produtividade

“CERTA VEZ FUI CHAMADO POR

está até 80 milhões de toneladas abaixo da capacidade plena de moagem de todas as unidades da região, que é de 660 milhões de toneladas. Qual sua opinião? José Paulo Stupiello – Nossa perda de produtividade agrícola é muito grande. Reflete a falta de investimento. Aumentou-se o número de cortes, não se faz reformas adequadas dos canaviais.

Setembro 2019

ENTÃO DIRETOR DE USINAS. ELE ME DISSE COMO

DELCY MAC CRUZ, DE RIBEIRÃO PRETO (SP)

Referência mundial em tecnologias de fermentação e leveduras, a Fermentec nasceu em 1977 com Henrique Amorim, formado 11 anos antes, em 1966, pela Escola Superior Luiz de Queiroz (Esalq), da USP. Com 80 anos completados em julho último, Amorim está longe de ‘pendurar as chuteiras’. Continua à frente da companhia, instalada em Piracicaba (SP), e ao lado do filho – e presidente da empresa – Henrique Amorim Neto, conduz novas tecnologias disponíveis para ampliar a eficiência do setor sucroenergético. Nesta entrevista, concedida em 24/07 durante o primeiro dos dois dias da 41ª Reunião Anual Renovação, promovida pela Fermentec em Ribeirão Preto, o criador da empresa comenta sobre veículos elétricos, RenovaBio e os rumos do setor sucroenergético, da qual participa há 40 anos.

34 GENTE

“RENOVABIO TRARÁ NOVOS INVESTIMENTOS”

FOTOS ARQUIVO PESSOAL

DELCY MAC CRUZ (DE RIBEIRÃO PRETO)

A safra 2019/20 no Centro-Sul deverá encerrar com moagem entre 580 a 590 milhões de toneladas de cana. Esse volume

Agosto 2019

LUCAS MESSIAS

DA REDAÇÃO

Francis Vernon Queen pode ser pouco conhecido entre os executivos tradicionais do setor sucroenergético. Mas já possui oito anos de dedicação profissional à Cosan, uma das principais players e sócia da Shell na Raízen. Em 2008, ele assumiu a posição de CIO do Grupo Cosan. De lá para cá, Vernon Queen ocupa posições na Raízen até chegar a vice-presidente de Açúcar, Etanol e Bioenergia (AEB) da companhia.

HENRIQUE AMORIM Data nascimento: 1º/07/1939 Local: São Paulo (SP) Quais os passos recentes da Fermentec? Trabalhamos atualmente em duas tecnologias já colocadas no mercado. A primeira diz respeito à vinhaça. É preciso reduzir o volume de produção desse subproduto e gerar mais ganho financeiro. A distribuição da vinhaça no campo é cara, por conta do transporte, e não é possível fazer fertirrigação em todas as áreas.

Abril 2019

'É PRECISO ESTIMULAR A PRODUÇÃO' Este é um dos resultados do RenovaBio, programado para entrar em vigor no começo do próximo ano, segundo o executivo Jacyr Costa Filho, diretor da Divisão Brasil da francesa Tereos ARQUIVO PESSOAL

DELCY MAC CRUZ, DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO (SP)

pela sociedade, pelo governo e pelos parlamentares já é um grande siEle conduz o braço sucroenernal. Eu tenho certeza de que a prógético brasileiro da francesa Tereos, pria sociedade irá demandar que o grupo com 12 mil associados-cooA UNIDADE E EU FUI RenovaBio seja implementado. perados em 49 unidades industriais INCISIVO: VOCÊ NÃO de 17 países. Em relação à safra de canaAssim como no Brasil, a Tereos Essa condição ruim persistiPODE PERDER CANA -de-açúcar 2019/20. As unidades rá? entende que seus valores, proximiFrancis Vernon Queen Neto José Paulo Stupiello – Estamos iniciaram com o mix mais alcodade e compromisso de longo praDE FORNECEDORES” Data nascimento: 20/09/1973 crescendo horizontalmente, e não oleiro, a exemplo da temporada zo são essenciais para a sustentabiO sr. radicou-se em Piracicaba, Local: Salvador (BA) verticalmente. Tem grupo que não 18/19, e há dúvidas em relação lidade de seu negócio. onde fica a sede da Fermentec, chega a 60 toneladas de cana por Como é possível reduzir o voao comportamento dos preços A empresa opera sete unidades hectare. Como sobreviver com isso? por conta do curso na Esalq? lume de vinhaça? PERFIL Qual sua expectativa com o do açúcar durante os meses da produtoras sucroenergéticas no inSim. Nasci em São Paulo e minha “DIMINUI MINHA Reduzindo o teor alcoólico do RenovaBio, que entra em vigor Francis Vernon Queen Neto é safra. Qual sua opinião a respeiQual sua opinião sobre o Reterior do estado de São Paulo, das família depois mudou-se para Ribeivinho. Se no final da fermentação em janeiro próximo? formado em Engenharia Elétrica novaBio? to? quais detém o controle de seis e CONDIÇÃO DE rão Preto. Apesar de essa cidade já e desaparece os rendimentos da usi- mandioca sem interferir na alimen- trabalha-se com teor de 10 a 12%, Francis Vernon Queen - O José Paulo Stupiello – Há muipela Escola Politécnica da USP. Jacyr Costa Filho – Eu estou 50% da Unidade Vertente, em soter usinas de cana, não trabalhava no na caem. A outra metade usa leve- tação. Basta ter produtividade maior, temos uma tecnologia de concentraRenovaBio é uma política governata expectativa. TRABALHO, NÃO Em 2008, assumiu a posição de otimista com o mercado de açúcar. ciedade com a Humus. setor. Fui estudar na Esalq e fazia duras selecionadas para produção de sem que seja necessário ampliar áreas ção do mosto para se trabalhar até mental que entrará em vigor a parCIO do Grupo Cosan, vindo da AcNo Brasil, houve reunião, na penúlálcool. Aí a eficiência é maior. de plantio. pesquisas com café. Jacyr Costa Filho dirige a Divicom 14%. Isso diminui o volume de Como está a área industrial tir do ano que vem e poderá trazer PRETENDO MAIS tima semana de abril, entre reprecenture do Brasil. são Brasil do Grupo e é membro vinhaça em quase pela metade. das unidades produtoras? uma maior robustez ao setor sucroPor que isso ocorre no setor? Veículos elétricos: são um iniQuando o sr. entrou para o sesentantes dos governos brasileiro e do Comitê Executivo global da TeEm 2010, foi nomeado Diretor José Paulo Stupiello – Falta VIAJAR PARA USINAS energético nacional. O programa É uma questão de cultura. Usa-se migo do etanol? tor sucroenergético? tecnologia e técnicos com conheindiano para discutir subsídios da E a outra tecnologia que o sr. reos. Executivo responsável pelo Centro reconhece os benefícios oferecidos Eles podem vir, mas em termos trabalha? cimento. Nosso setor precisa voltar Trabalhei com café até 1978. Mas levedura de pão por economia. Mas Índia a seus produtores de açúcar NO EXTERIOR. MAS Ele é uma liderança do setor de Serviços Compartilhados da Copelos combustíveis renováveis, além à década de 70. É preciso um cara de sustentabilidade o correto seriam comecei a trabalhar com fermenta- estão gastando muito mais. Fora as práticas de assepsia, e fapara exportação. e do agronegócio. Presidente do san. Com a formação da Joint Ventude trazer segurança e previsibilidade como o Attala [Jorge Wolney Attala O RenovaBio deve mudar isso, os híbridos, movidos a eletricidade zer a gestão das dornas de fermenção em usinas em 1977, quando a DIVIDO MEU TEMPO Conselho do Agronegócio da Fiesp re entre Shell e Cosan em 2011, assude abastecimento e melhor qualida– 1928-2009, que presidiu o Grupo uma vez que as unidades com melho- e a etanol. E tem as fontes gerado- tação, a melhor maneira de ampliar Fermentec foi criada. A realização desse encontro (Cosag), conselheiro da União de do ar. Atalla e a Copersucar, e foi idealizamiu a gestão do Centro de Serviços DE CONSULTORIA res notas de eficiência terão mais cré- ras dessa eletricidade. Não se pode a eficiência industrial é descobrir a independente do painel junto da Indústria de Cana-de-Açúcar dor do Centro de Tecnologia CanaAlém dos avanços ambientais e de Compartilhados da Raízen. RenovaBio: qual sua avaliação ditos de descarbonização (CBIOs) queimar petróleo, gerar particulados levedura que vai melhor na sua usià Organização Mundial do Covieira]. (UNICA), entre outros cargos, JUNTO A USINAS DO estar alinhado com uma política inEm 2017, tornou-se vice-presipara vender. e emissões, para fazer gás e gerar ele- na. Atualmente já temos 30 unidades sobre este programa de Estado? Tem muita usina açucareira que é mércio (OMC), que o Brasil moJacyr está presente nos constantes ternacional de descarbonização dos Sim. Se a unidade não melhorar tricidade. Além dos incentivos aos biocomdente de Operações de Etanol, Açúindustriais do setor em que cada uma hoje como é graças ao Atalla. NinBRASIL” veria contra a Índia? eventos ligados ao agro. transportes, o RenovaBio trará novos bustíveis, o RenovaBio irá dar uma a eficiência, não terá direito a mais tem a sua levedura. Chegamos a isso car e Bioenergia. guém tem a visão dele, com quem Jacyr Costa Filho – Essa reuNa sexta-feira (12 de abril), parinvestimentos e aportes para o setor, As reuniões anuais da Fermen- com técnicas de identificação das lidireção para o setor. Ele é muito CBIOs para venda. trabalhei por dez anos. Um ano depois, assumiu a vicenião ocorre antes da formalização ticipou de encontro da entidade que serão necessários para conclusão tec chegam à 41ª edição neste nhagens. dividido, por culpa dele mesmo. O -presidência Executiva de Açúcar, do painel. Se os governos têm um regional do setor Biocana, em São da meta estipulada para 2028. José Paulo Stupiello – Na épo- tende. Cansei de falar para os que prestar assistência. Disse que eles Representantes do setor sucro- ano. Como começaram? Onde? RenovaBio fará o setor dar certo. Irá Etanol e Bioenergia da Raízen, coorCom novos investimentos, teacordo, não se abre o painel, que José do Rio Preto, cidade do inteJosé Paulo Stupiello – Eu era ca, a Esalq tinha 235 professores quebraram que para não fazer o que iriam cair nas mãos de picaretas, energético como Pedro Mizutanti Em 1978. Reunimos represencolocar os pingos nos ‘is’. Ainda sobre a Fermentec, denando mais de 23 mil funcionários professor na Escola Superior de que direta ou indiretamente estavam fizeram. remos um setor mais preparado e rior paulista na qual a Tereos inauinclusive tem um alto custo para ser têm encampado proposta de in- tantes de três usinas: Santa Elisa, como fica a gestão, além da presique iam perder dinheiro, que não nas 26 unidades produtoras de canaAgricultura Luiz de Queiroz (Esalq), ligados a agroindústria canavieira. capaz de exportar uma tecnologia gurou neste ano seu centro de seraberto. Em sua opinião, o setor sucro- troduzir o etanol carburante em de Sertãozinho; Vale do Rosário, de dência da empresa estar com seu era esse o caminho. Queriam fazer Dê um exemplo. da USP, e a Copersucar [então sob o Hoje há poucos. -de-açúcar. totalmente brasileira: a utilização de viços corporativos. energético ainda precisa investir outros países, com indústrias lo- Morro Agudo; e Usina da Pedra, de filho? José Paulo Stupiello – Não 10 usinas simultaneamente. comando de Attala] me contratou etanol como biocombustível. Serrana. Depois entrou a Costa Pinmuito para ganhar em eficiência cais. O sr. é favorável? Além do Henrique, já temos 15 Foi no evento da Biocana que O Brasil tem apoio de outros A seu ver, qual é a tendência posso falar [risos]. Uma vez um para formar um grupo de profissioO etanol tem condições de ganhar to, de Piracicaba. Elas investiram em sócios, que são os colaboradores industrial? Jacyr concedeu a entrevista a seguir países produtores na questão Em quantas usinas o senhor já nais. Isso foi no começo dos anos das empresas do setor? Serão ad- grupo estava começando no setor e Em média, as unidades opeSim. Metade das usinas do Brasil o mundo. Mas será preciso conscien- pesquisa. Montamos laboratório de mais antigos da empresa. Tenho só para o JornalCana. dos subsídios da Índia? 70. E assim começou. quiridas por grupos de fora da me chamaram no Hotel JP, em Ri- prestou serviços? Francis Vernon Queen - A Ra- ração Raízen”, que tem o objetivo de conta da possível ram com ociosidade industrial usa levedura de pão para começar a tizar os países de que dá para produ- bioquímica na Esalq financiado por dois filhos, mas a família Fermentec menor produJosé Paulo Stupiello – Duzenárea de cana? RenovaBio, tendências do merbeirão Preto. Estavam construindo Jacyr Costa Filho – Sim. O de 20%. Como reduzir isso sem ízen acredita que o segredo de seu acelerar as carreiras dos colaborado- ção mundial de açúcar. É hora de safra. Essa levedura é para fazer pão zir a partir da cana, do milho e até da essas usinas. é muito grande. O senhor foi um dos precursoJosé Paulo Stupiello – Engana- em outros estados. Eu disse que era tos e trinta e oito. Comecei como cado de açúcar e concentração do Brasil tem apoio da Guatemala e da sucesso está em cada um dos mais res internos. grandes investimentos? do setor dentro da Esalq? -se em entrar no setor quem não en- um erro, que não havia oficina para professor da Esalq. o empresário iniciar investimensetor estão Austrália, entre os o que é muito importante temas analisaCom duração de cerca de 18 tos em sua unidade? Francis Vernon Queen - A Ra- de 29 mil funcionários. Para garantir dos pelo executivo. e relevante. Prova que o Brasil não ízen vê nas novas tecnologias um a melhor capacitação para seus pro- meses, na última safra contou com Francis Vernon Queen - Os inestá isolado PATROCÍNIO nesse processo. Acrefi ssionais, a empresa tem investido abrangência de várias áreas de atua- vestimentos nas unidades produtoras grande aliado para o aumento da Os produtores de biocomdito que isso vá inibir a continuidad 36 constantemente 03/11/2019 20:39 em programas que ção para que os colaboradores conprodutividade no campo. A compadas empresas garantem uma maior bustíveis estão com expectativas de dos subsídios indianos. nhia tem apostado e tido reconhe- visam a preparar nosso time para os templados pudessem ter uma visão eficiência operacional e podem prodiante a entrada em vigor da Po- porque é uma lei promulgada [em para que a Política Nacional de Biomacro da companhia. cimento no mercado por conta das desafios futuros. Foco no Resultado! 26 de dezembro porcionar ganhos significativos. de 2017]. O impor- combustíveis seja estimulante para lítica Nacional de BiocombustíComo está a produção dos Na última safra foram destaques Em outras palavras, a união entre novas soluções utilizadas desde a sua tante Entretanto, as empresas devem nessa lei são as metas. a produção. veis, conhecida por RenovaBio, produtores de açúcar na Índia? formação em 2011. A empresa con- dois programas oferecidos pela Raí- tecnologia, informação e cultura in- analisar suas atuações individuais e a partir de janeiro de 2020. Há Jacyr Costa Filho – A Índia tinuará trabalhando arduamente para zen. O primeiro foi o lançamento do terna de aperfeiçoamento contínuo sempre acompanhar a variação do Como assim? E o que mais? chances de ele não vigorar nessa terá eleições neste mês de maio, que desenvolver o setor ao longo dos “Ampliando Nossa Liderança”, cujo são chaves para que o profissional se mercado para definir se devem ou Jacyr Costa Filho – Se essas ProCana_307.indd 36 31/07/2019 19:25 Jacyr Costa Filho – O que é são importantes. data? Se não entrar, o que deve objetivo era manter o processo de desenvolva no mercado atualmente. não fazer aportes e o melhor mopróximos anos. metas forem menos ambiciosas, bastante importante para nós, do país há 50 milhõesSabe-se que nesse ocorrer? desenvolvimento das lideranças com mento para isso. Cabe ao responmantendo o status quo, o Renova- setor produtivo, é que os mercados de cana. É uma questãode produtores Jacyr Costa Filho – O setor [susocial, mas Quais suas dicas para agilizar base na cultura interna da compaA safra 20/21 tende a ser me- sável pela operação do grupo e/ou croenergético] é forte. De uma forma Bio será cumprido. Mas de qual- sejam estimulados. Então, só o re- passadas as eleições o pragmatismo a capacitação de profissionais? nhia. Já o segundo exemplo é o “Ge- lhor em preços para o setor, por unidade tomar essa decisão. ou de outra o RenovaBio vai sair quer maneira, temos que trabalhar conhecimento dos biocombustíveis irá prevalecer. Então acredito que QUERIA CONDUZIR

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NEGÓCIOS & OPORTUNIDADES 43

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44 NEGÓCIOS & OPORTUNIDADES

Fevereiro 2020


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