JornalCana 315 (Abril/2020)

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AGRÍCOLA

Abril 2020

1

Eventos Calendário de Eventos 2020

DESDE 1988

PROGRAME-SE

w w w . j o r n a l c a n a . c o m . b r Abril 2020

Série 2

Número 315

www.prousinas.com.br

ACERVO USINA CEVASA

www.jornalcana.com.br/ eventos

ESPECIAL: O SETOR CONTRA A COVID-19

Saiba quais medidas preventivas as usinas estão tomando e suas contribuições com a sociedade Página 6 a 16


2

AGRร COLA

Marรงo Abril 2020


AGRÍCOLA

INDUSTRY 4.0 SUGAR MILL WITH EFFECTIVE GAINS, ONLY WITH S-PAA!

Abril 2020

3

37 Sugar & Ethanol Mills Installed = 100 MTC

FEATURES

Planning System

Advanced Control

Global, in Real Time and multi-goals

Recommendation, based on “n” simulations

Local

Optimization with efficiency (minimizing relief and with V1 adjustment)

Recommendation

Optimization with a defined backpressure

S-PAA

hicommarketing

ARTIFICIAL INTELLIGENCE FOR MANAGEMENT AND INDUSTRIAL CONTROL OF SUGAR MILLS

Virtual Model representing the plant (Digital Twin) Optimization Integrated Platform Optimization Optimization of Electrical Energy Export Energy and Mass Balance “Open Loop” – suggestion of improvements Ascertainment of Set Point based on Balances and Restrictions “Closed Loop” – Automatic Actuation on the “set-points” Reduction of Variability

Plant Stability

Stability of One Variable

Management at Sight (On-line Follow-up of Indicators) Online PDCA (Workflow) Offline Simulation Scalability

www.prousinas.com.br | prousinas@procana.com.br | +55 16 99635-3205 - Chat Helpdesk


Fone163512.430 Fax35124309 NOS A MIS ÃO Av.CostábileRomano,1.54 -Riberânia �ComitêdeGstão-Cmercial&Eventos “Desenvolver o agronegócio 1suc4r0o9e6-ne30rg—étRiciboe,rdãoisPeemtoi—naSnPdo RoseMsia conhecimentos, estreitando prelacrioocnanam@epnrotcoasne.gomerbarndo rose@procan.ombr

Julho 2017

Julho 4 2017CARTA AO ulho 2017

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LEITOR

índice ÍNDICE

ídni d iec e ín cCOVID-19 ESPECIAL

� Comitê de Gestão - Relacionamento Com Clientes

w .jornalc na.com.br

Quemé nosetrucoenrgético USINADELTA JornalC Onie PERFOMANCE w .jornalc .ombr SBIO&Sugar INATUBecnolgia InteraiolMagzine Lideranç mAprioament TMapBrsildeUnas écnioeAtualizção Map BrasildeUnida es Técni oeAtualização ProdutorasdeAçúcareÁlco l Tecnológica

CARTA AO LEITOR 5 CARTA AO LEITOR 5 CARTA LEITOR CARTA AO AO LEITOR 5Abril5 2020

carta ao leitor carta ao leitor Josias Messias josiasmessias@procana.com.br CARTA rMessias t AO aa oLEITOR ajosiasmessias@procana.com.br ol e li e Josias c ac rat a t oi tro r

COLABORADORES

o usoo uso� Arte Reduzir LucasReduzir Mde es ias água Reduzir omovimenta uso Setor se para que Reduzir o uso é regra! de água é regra! a população fique em casa de água é regra! é regra! lucas.mes ias@procana.comde .br água Gustavo Santoroao- arte@pro2016 cana.com.bre estão arrependidas até hoje”. R e l a c i o n a m e n t o C o m C lientes chegou � O novo coronavírus

............................6 Usinas avançam contra coronavírus ......................... 6 Agenda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

Alessandro - editoria@procana.com.br Josias MessiasReis josiasmessias@procana.com.br Josias Messias josiasmessias@procana.com.br

. . .Agenda . . . . . . .. .. .. .. .. ..... .. .. .. .. .. .. . . .8 . . .a. 14 ................6 enda . . . cautela . . .. .. .. .. .usinas Com Mercado . .. .. .. .. .. .sustentam . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. 6.8 a 14 aBio números produtivos ...................................................... 8

� A aposta . .no. .RenovaBio . . . .Quem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8 a 14 erto Mercado Rodrigues ercado . . . .na. .estreia . . . . do . . . . . .é. Quem . . . . . . . . . . . . . . .8 a 14

Assim como outros importantes segmentos da indústria da transformação, o setor sucroenergético é um Assim como outros importantes segmentos da indústria da transformação, o setor sucroenergético é um grande consumidor de água. Esse líquido é prioritário nos processos industriais das usinas e destilarias. 11 grande consumidor de água. Esse líquido é prioritário nos processos industriais das usinas e destilarias. Assim como outros importantes segmentos da indústria da transformação, o sucroenergético setor sucroenergético Assimna como importantes segmentos da indústria da transformação, o setor um é um Para se ter ideia, safraeoutros 2010/2011 as unidades produtoras do Estado de São Paulo consumiam emesse équadro De qualquer forma, Brasil instalou a mais aguda crise do Para se ter ideia, safra 2010/2011 unidadesnos produtoras doindustriais Estado de das São usinas Paulo consumiam em de grande consumidor de na água. Esse líquido éasprioritário processos e destilarias. grande consumidor de água. Esse líquido é prioritário nos processos industriais das usinas e destilarias. por tonelada de cana. Naquela safra, segundo a incerteza União da Indústria de Cana-deea União queda consumo global país nos últimos 50 anos. No entanto, Industrial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . média . .16 a 1,52 26 metro cúbico média 1,52 metro cúbico por tonelada de as cana. Naquela safra, segundo da do Indústria de Cana-dePara se ter ideia, na 2010/2011 safra 2010/2011 unidades produtoras do Estado dePaulo São Paulo consumiam em Para se ter ideia, na safra as unidades produtoras do Estado de São consumiam em a manutenção de bombas de� usinas respeita decreto . . ...................................... 16 de açúcar em torno de quase 2 miem meio a essa turbulência econômicolhidas 362 milhões detonelada toneladas nosde canaviais paulistas, que aexigiram 550,2 Como fazer Industrial . . .a .correta . . . .manutenção . . . . . . . de . . bombas . . . . . . . . . . . .Açúcar .16 a 26(Unica), foram Açúcar (Unica), foram colhidas 362 milhões toneladassafra, nos canaviais paulistas, que exigiram 550,2 média 1,52 metro cúbico por de cana. Naquela segundo União da Indústria de Cana-dedustrial . . renda . . . . extra . . . de . . R$ . . 40 . . milhões . . . . . . . . . . . . . . .16 a 26 ra pode gerar média cúbicos 1,52 cúbico por tonelada deacana. Naquela safra, segundo União da Indústria conforme de Cana-de- prevê ca emetro social percebemos força do selhões ade toneladas, Secagem pode gerar renda extra de R$ 40 milhões milhões de metros demetros água. ��Como fazerde a levedura correta manutenção de bombas milhões(Unica), de cúbicos de água. Açúcar foram colhidas 362 milhões de toneladas nos canaviais paulistas, que exigiram �ganha Como fazer a correta espaço no setormanutenção de bombas MERCADO Açúcar (Unica), foram colhidas 362 milhões de toneladas nos canaviais paulistas, que exigiram 550,2550,2 tor sucroenergético, quepelas estáunidades fazendo a trading Czarnikow, revela um cresCozimento espaço no setor ��Secagem decontínuo leveduraganha pode gerar renda extra de R$ 40 milhões Não significa que todo o volume foi consumido produtoras. Há muito o setor � Secagem de levedura pode gerar renda extra de R$ 40 milhões Não que todode o volume foi consumidofipelas cimento unidades produtoras. Háde muito o setor para esta milhões designifica metros cúbicos água. Safra 2020/21 no centro-sul do mix açúcar a parte dele para que a população milhões de metros cúbicos de água. � Cozimento contínuo ganha espaço no setor empreende ações eempreende sistemas para reduzir e tornar uso doeficiente líquido. ganha espaço setor .�.Cozimento . Geral .deve . . . .contínuo .. .. .. ..no.açucareira ações e sistemas paraeficiente reduzir eotornar o uso do líquido. eHá Nãoem significa que o volume foi consumido unidades produtoras. muito setor ser .. .. ..maior .. .. .. .. .. .e..mais . .. .. .. .. .. ..30 . . ............................ . . . . . . . . . . . . 19 .30 casa de forma safra 2020/21 não háo dúvida de que Nãoque significa que todo otodo volume foisegura. consumido pelas pelas unidades produtoras. Há muito o setor O reuso é uma palavra de ordem nas empresas sucroenergéticas. Com ações como o reuso, o setor 31 de agosto para aderir ao Refis OMedidas reusoações é uma palavra de ordem nas empresas sucroenergéticas. Com ações como o reuso, o setor empreende e sistemas para reduzir e tornar eficiente o uso do líquido. � Empresas Geral . . . . .têm . . até . . 31 . . de . .agosto . . . . para . . .aderir . . . .ao. Refis . . . . . . . . . . . .30 de para prevenção nas eficiente usinas,o usoasdousinas, empreende ações e sistemas reduzir e tornar líquido. que podem, darão prioridaral Chuvas . . . . . . .regulares . . . . . . . . permitem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .30 sucroenergético paulista despencou as captações delitros água. O consumo médio de 1,52 na safra sucroenergético paulista despencou asnas captações desucroenergéticas. água. O consumo médio de2010/2011 1,52 nao reuso, safra 2010/2011 O reuso é uma palavra de ordem empresas Com ações � Empresas têm até 31 de agosto para aderir ao Refis de ao adoçante. A estimativa prelimidoações de milhões de de álcool O reuso é uma palavra de ordem nas empresas sucroenergéticas. Com ações como como o reuso, o setoro setor .�.Empresas . Agrícola .maior . . . .têm .oferta .até . .agosto . ..cana .. .................................................... ..aderir .. .24 .. ..31 .. ..de .de ... ..para . . .aoa . Refis . 34 . . . . . . . . . . caiu . .24 para a20 34 0,91 metro cúbico na safra 2016/17. caiu parae0,91 metro cúbico safraas2016/17. sucroenergético paulista despencou captações de água. O consumo médio deConsulting 1,52 na 2010/2011 safra 2010/2011 nar da Archer é de que o 70% em gel para onaassistema de sucroenergético paulista despencou captações de saúde água. O consumo médio de 1,52 na safra ateiaAgrícola sistemas de.irrigação � Endividamento . . . . sucateia . em . . .Alagoas . .sistemas . . . . .de. .irrigação . . . . .em . . Alagoas . . . . . .24 a 34 mix açucareiro alcance 44% (contra e à população, e a elogiável decisão Ou as seja, em dez anos asna usinas 39,7% água paraindustriais. os processos industriais. caiuanos para 0,91 metro cúbico safrapaulistas 2016/17. usinas paulistas captaram 39,7%captaram menos água paramenos os processos rícola . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .24 a 34 Ou seja, em dez caiu para 0,91 metro cúbico na safra 2016/17. Etanol de milho entra no radar dasem usinas Previsões parasucateia a safra 17/18 no Nordeste fra 17/18 Nordeste ��no Endividamento sistemas de irrigação Alagoas........... 22 safra 2019/2020). Nas págide um dos mais importantes � Endividamento sucateia sistemas de irrigação em Alagoas Afechamento queda resulta do fechamento de circuitos comaprimoramento reuso34.5% de água;da aprimoramento dos processos seja,dez em dez anos as usinas captaram água para os processos industriais. A queda resulta doOu de circuitos compaulistas reuso degrupos água; processos �Previsões Investimentos em herbicida devem crescer até 30% na 17/18 erbicida �devem crescer 30% na 17/18 Ou seja, em anos as usinas paulistas captaram 39,7%39,7% menosmenos água dos para os processos industriais. paraaté a safra 17/18 no Nordeste � Previsões para a safra 17/18 no Nordeste 20 aaprimoramento estimativas doAeficiência segmento deeficiência não reduzir seu quaindustriais, com e menor captação; ereuso avanço da limpeza aapresentamos seco comdos a colheita queda resulta do fechamento circuitos com de água; processos industriais, com maior emaior menor captação; edeavanço limpeza anas seco com a22 colheita INDUSTRIAL Manejo integrado em controle ambiental produtividade m controle ambiental gera produtividade ��Investimentos emmaior herbicida devem crescergera até maior 30% na 17/18 A queda resulta do fechamento desão circuitos comdareuso de água; aprimoramento dos processos � Investimentos em herbicida devem crescer até 30% na 17/18 dro de funcionários, detalhes da de safra que podem ajudar Passos transformar mecanizada.com maior eficiência e menor captação; e avanço da limpeza a seco com a colheita a nortear industriais, � Manejopara integrado em controle ambiental gera maior produtividade mecanizada. industriais, com maior eficiência e menor e avanço daas limpeza a seco com colheita � Manejo integrado em controle ambiental gera maior produtividade reportagem especial dascaptação; páginas 6naacaptação estratégias deaforam mercado e produção. .. .. .Usina . .. .. .. ..37 . . . . . . . . . . . . . . . 26 .37 . . .Gestão .sua . . .planta . . .. .. .. ..em . ..... .. .. 4.0 .. .. ................................................ As informações sobre uso de água e a redução pelas unidades apresentadas no dia mecanizada. As informações sobre uso de água e a redução na captação pelas unidades foram apresentadas no dia mecanizada. 19, que mostram a rápida resposta Para momentos como esse, de jor� Os departamentos de compliance avançam nas empresas do setor Gestão . . . . . .nas . . . . . . . . .do. .setor . . . . . . . . . . . . . . . . . . .37 de compliance 06 de pelo secretário estadual dae Agricultura, Jardim, em evento na sede da Unica, no emdia Asjunho informações sobre uso de eágua a redução naArnaldo captação pelas unidades foram apresentadas stão . . . . .avançam . . . . . . . .empresas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .06 .37de junho pelo As secretário estadual da Agricultura, Arnaldo Jardim, em evento na sede da Unica, em informações sobre uso de água a redução na captação pelas unidades foram apresentadas no dia nada de trabalho reduzida ou remoà pandemia daquele que se mostra AGRÍCOLA � Os departamentos de compliance avançam nas empresas do setor comemoração dos dez anos do Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético. 06 de junho pelo secretário estadual da Agricultura, Arnaldo Jardim, em evento na sede da Unica, em � Os departamentos de compliance avançam nas empresas do setor . . .frota . . . . . . . reduz . . . . . . . . . . comemoração . . . . . .38 anos dosecretário Protocolo Agroambiental do SetorArnaldo Sucroenergético. 06dos dedez junho pelo estadual da Agricultura, evento na sede da Unica, ta, aemtransformação em em Usina 4.0 é um dos mais organizados setores da Jardim, . . . Usina .Padronização . . . .do . . Bem . . . . ..de . . .. .. .. .. .agrícola . . . . . .38 O Protocolo integra o Projeto Etanol Verde, das Secretarias estaduais da Agricultura e do Meio comemoração dos dez anos do Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético. � Usinas doam energia elétrica para hospital em Barretos inovação agroindústria Usina dohospital Bem . . .Barretos . . .e. manutenção . . . . . . . . . . . .......................... . . . . . . . . . . . . .38 custo aquisição 30 integra o Projeto das Agroambiental Secretarias estaduais da Agricultura e do que Meio está contribuindo comemoração dos dez Etanol anos brasileira. doVerde, Protocolo do Setoruma Sucroenergético. a elétrica parade ina do Bem . . . . .em . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .38 O Protocolo Ambiente, e representa modelo de veio parceria e diálogo desenvolvido entre o setordezenas produtivo ede o Estado. OPorém, Protocolo integra oum Projeto Etanol Verde, das Secretarias estaduais da Agricultura e do Meio � Usinas doam energia elétrica para hospital em Barretos para modernizar unidade ode O Protocolo integra o coronavírus Projeto Etanol Verde, dasacomSecretarias estaduais da Agricultura do Meio Ambiente, e representa um modelo parceria e diálogo desenvolvido entre o setor produtivo e o eEstado. � Usinas doam energia elétrica para hospital em Barretos Negócios & Oportunidades . . . . . . . . . . . . . . . .40 a 42 A segunda fase do Protocolo entra em cena neste mês de julho, formatada por técnicos das duas Ambiente, e representa um modelo de parceria e diálogo desenvolvido entre o setor produtivo e o Estado. Manutenção automotiva preditiva panhado queda nos preços doformatada etaprodutoras e duas torná-las unidades . . . . . . . . . . . . . . . .40 a 42 Ambiente, e representa um modelo de mês parceria e diálogo desenvolvido entre odas setor produtivo e omais Estado.flexíveis, A segunda fase do Protocolo entrada em cena neste de julho, por técnicos Negócios & Oportunidades . .de . . custo . . . . . ...................... . . . . . . .40 a 32 42 é estratégica para redução Secretarias e da Unica. A segunda fase do Protocolo entra em cena neste mês de julho, formatada por técnicos das duas nol, afundado pelos baixos preços seguras e eficientes. Nas páginas 26 a gócios & Oportunidades . . . . . . . . . . . . . . . .40 a 42 Secretarias eAdasegunda Unica. fase do Protocolo entra em cena neste mês de julho, formatada por técnicos das duas globais doUnica. barril de entra petróleo. Nesse mesmo mês de julho, em vigor aIsso cobrança29 pelopublicamos uso da água em um quatroartigo bacias bem didáSecretarias e da Secretarias e da Unica. Nesse mesmo mês de julho, entra em vigor a cobrança pelo uso da água em quatro bacias Japungu viabiliza expansão do tico que passo a passo sobre fará com muitas repensem hidrográficas doque Estado São usinas Paulo: Pardo, Baixo-Pardo/Grande, Sapucaí-Mirim e Mogi-Guaçu. mesmo mês dedejulho, entra em vigor a cobrança pelodauso da explica águaquatro em quatro NesseNesse mesmo de julho, entra em vigor a cobrança pelo uso água em baciasbacias gotejamento reduzindo lâmina de irrigação.hidrográficas ........ 34 do Estado deestratégia Sãomês Paulo: Pardo, Baixo-Pardo/Grande, Sapucaí-Mirim eesse Mogi-Guaçu. como processo pode mais sua de safra, principalmenConformedoreportagem desta ediçãoPardo, do JornalCana, 55 unidadesSapucaí-Mirim sucroenergéticas captam águaser dessas hidrográficas Estado dePaulo: São Paulo: Baixo-Pardo/Grande, e Mogi-Guaçu. hidrográficas do Estado de São Pardo, Baixo-Pardo/Grande, Sapucaí-Mirim e Mogi-Guaçu. Conforme reportagem edição sucroenergéticas captam água teConforme aquelas que do só fabricam o unidades biocombem bacias. Odesta custoreportagem médio da JornalCana, cobrança de 55 água por tonelada canaconduzido. varia de acordo comdessas o reusoágua pelasdessas desta edição do JornalCana, 55de unidades sucroenergéticas captam Inoculante é uma das tendências Conforme reportagem desta edição do JornalCana, 55 unidades sucroenergéticas captam água dessas bustível. Também apresentamos nas págibacias. O custo médio da cobrança de água por tonelada de cana varia de acordo com o reuso pelas unidades, mas amédio médiadaé cobrança projetada de entre R$por 0,03 e R$ 0,12 por tonelada. bacias. O custo água tonelada de varia cana varia de acordo o reuso para aumentar produtividade da cana .................. 36 bacias. O custo médio da cobrança deas água por tonelada de cana de acordo com ocom reuso pelas pelas nas 30 a 37 as principais tendências Há esperança para usinas que fiunidades, mas a média projetada entre 0,03 e entre R$ por tonelada. Aé Unica explica naéR$ reportagem que0,12 oR$avanço cobrança não assusta porque o setor unidades, a média projetada edessa R$ por 0,12 por tonelada. unidades, mas amas média é projetada entre desse R$ 0,03 e0,03 R$ 0,12 tonelada. xaram seu açúcar antes colapso. para o campo. Medidas importantes Unica explica na reportagem que o avanço dessa cobrança não assusta porque oesse setorcusto GENTE ............................................................................A38 sucroenergético paulista se preparouque ao olongo dosdessa anos para arcarnão comassusta e colaborar A Unica explica na reportagem avanço cobrança porque setor com a gestão A Unica explica na reportagem que oArnaldo avanço dessa cobrança não assusta porque o setoroacaba Todavia, o consultor Luiz para essa safra, que de começar FUNDO DE RECEITA FIXAsucroenergético paulista se preparou ao longo dos anos para arcar com esse custo e colaborar com a gestão das bacias hidrográficas. Conforme o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), do governo sucroenergético paulista se preparou ao longo dos anos para arcar com esse custo e colaborar com a criativo gestão Corrêa, da Archer Consulting alerta: e com queesse exigirá trabalho sucroenergético paulista se preparou ao longo dos anos para arcar custo e colaborar comduro, a gestão NEGÓCIOS & OPORTUNIDADES .......................... 42 hidrográficas. Conforme o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), do governo O DE RECEITA FIXA “Nem ponham sua esperança na incerteza da riqueza, FUNDO DE RECEITA FIXA das bacias paulista, oshidrográficas. valores arrecadados como Departamento essa cobrança irãoÁguas paraeficaz. oe Fundo Estadual de Recursos das bacias Conforme de Energia Elétrica (DAEE), do Hídricos governo como FUNDO DE RECEITA FIXA “Tomara queConforme essas não sejam Mas, principalmente, das bacias hidrográficas. ousinas Departamento de Águas e eEnergia Elétrica (DAEE), do governo mas em Deus, de tudo na nosincerteza provê ricamente” sua esperança na incerteza da riqueza, “Nem ponham suaque esperança da riqueza, paulista, os valores arrecadados com essa cobrança irão para o Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro), os usará nos projetos demandados pelas bacias. paulista, osque valores arrecadados com essa cobrança irão próprias o Fundo de Recursos “Nem ponham sua esperança na incerteza da riqueza, picadas pelo bichinho dacobrança especulação ouvi de Estadual umdeexecutivo deHídricos usina espepaulista, os valores arrecadados com essa irão para opara Fundo Estadual Recursos Hídricos Recomendação Paulo, a Timóteo, na primeira capítulo 6, verso 17 s, que de tudo nosemdeprovê ricamente” mas Deus,apóstolo que de tudo nos provêcarta, ricamente” “Nenhum mal te sucederá, nem praga No emosque sesuas comemora o demandados Diapróprias Mundial do Meio Ambiente, asem usinas fazem questão de reassumir (Fehidro), que usará nos projetos pelas próprias bacias. nosmês demandados pelas bacias. mas em Deus, que de tudo nos provê ricamente” (Fehidro), que os usará cializado gestão de risco, muita fé e que recomprem posições de (Fehidro), osprojetos usará nos projetos demandados pelasfutupróprias bacias. de Paulo,carta, apóstolo a Timóteo, na 17 primeira capítulo 6, verso 17 apóstolo aRecomendação Timóteo, na primeira capítulo 6, verso alguma chegará à tuacarta, tenda. Recomendação de Paulo, apóstolo a Timóteo, na primeira carta, capítulo 6, verso 17 e manifestar seu compromisso com o meio ambiente e com o uso sustentável de água. E água é sinônimo No mês em que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente, as usinas fazem questão de reassumir para depois acharem que em Deus. No mês em que se comemora ocomemora Dia Mundial Meio Ambiente, as usinas fazem questão reassumir No ros mês em que se o DiadoMundial doconseMeio Ambiente, as usinas fazem de questão de reassumir Porque aos seus anjos dará ordem a teu guirão vender novamente num preço de vida! e manifestar seu compromisso com o meio ambiente e com o uso sustentável de água. E é sinônimo e manifestar seu compromisso com o meio ambiente e com o uso sustentável de água. E água é sinônimo respeito, para te guardarem em todos os e manifestar seu compromisso com o meio ambiente e com o uso sustentável de água. E água éágua sinônimo teus caminhos." Boa leitura! alto — algumas fizeram isso em Boa leitura! demais vida! de vida! de vida! Salmos 91:10,11 Boa leitura! Boa leitura! Boa leitura!

�AEntrevista com Roberto Rodrigues na estreia do Quem é Quem aposta RenovaBio ento de�terras ficounocaro � A aposta no RenovaBio Usinas dão exemplo de Por que ocom arrendamento de terras na ficou caro do Quem é Quem ��Entrevista Roberto Rodrigues estreia pelo uso águaeRodrigues nocooperação estado na de estreia SP social �pagar Entrevista com da Roberto do Quem é Quem contingência ........................... � 55 usinas passam a pagar pelo uso da água � Por que o arrendamento de terras ficou caro no estado de SP � Por que o arrendamento de terras ficou caro uso da água no estado de SP .�.55. usinas .Unica .�.55. passam .usinas .garante . . passam .a.pagar . . que . apelo . pagar . .funcionamento . .pelo . . água .16 no a estado 26 de SP uso da

negócios ustentáveis”

Robertson Fetsch 16 9 9720 5751 � Comitê de Gestão - Controladoria & TI public dade@procana.com.br � Editor Mateus Mes ias Delcy Mac Cruz - editor@procana.com.br presidente@procana.com.br � As istente Thaís Rodrigues � Editor de Arte - Diagramação thais@procana.com.br José Murad Badur � Comitê de Gestão - Jornalismo Ales andro Reis - editoria@procana.com.br � As inaturas & Exemplares FINANCEIRO Paulo Henrique Mes ias (16) 3512-430 contasareceber@procana.com.br � Comitê de Gestão - Marketing atendimento@procana.com.br contasapagar@procana.com.br Luciano Lima w w.loja.jornalcana.com.br luciano@procana.com.br

Ar tigos as inados (inclusive os das eções Negócios & Opor tunida es e Vitr ne) refl tem o ponto de vist a dos autores (ou das empresa cit ad s). JornalCan . Dire tos autorais e comercia s res r vados. É proib da reprodução, to al ou parcial, distribuição u disponib lização pública, por qualquer meio u proces o, sem autorização expres a. A violação dos diretos autorais é punível como crime (art. 184 e parágrafos, do Código Penal) com pena de prisão e multa; conjuntamente com busca e apre nsão e indenização diversa (ar tigos 12 , 123, 124, 126, da Lei 5.98 , de 14/12/1973). NOSSOS PRODUTOS

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� Presidente Anuário da Cana Tradição de Credibilidade e EVENTOS EVENTOS PUBLICAÇÕESPUBLICAÇÕES Brazilian Sugar Ethanol JornalCana - O-MAIS LIDOLIDO!Guide Prêmio Josias Messias Sucesso JornalCana OandMAIS PrêmioMasterCana MasterCana A Bíblia do Setor! MAIS LIDO! JornalCana - O MAISJornalCana LIDO! - O Anuário Tradição de Credibilidade e Sucesso �josiasmessias@procana.com.br Presidente MasterCana Anuário daPrêmio Cana MasterCanaPrêmio Tradição de Credibilidade e da Cana Fórum ProCana Quem é Quem no setor sucroenergético Fone 16 3512.4300 Fax 3512 4309 � P r e s i d e n t e ISSN 1807-0264 da Cana � Presidente eDE ALTA Brazilian SugarTradição and Ethanol Guide Tradição ede Credibilidade Josias Messias Anuário da Cana Anuário Sucesso de Credibilidade USINAS Fórum ProCana Brazilian Sugar and Ethanol Guide ISSN 1807-0264 Brazilian Sugar and Ethanol Guide A Bíblia do Setor! Josias Messias JornalCana Online Romano,Josias 1.544 Ribeirânia SN 1807-0264Av. Costábile Sucesso Brazilian Sugar and Ethanol Guide A Bíblia do Setor! Sucesso � Comitê de Gestão - Comercial & Eventos Messias josiasmessias@procana.com.br Usinas deFórum Alta Performance PERFORMANCE ProCana BíbliaédoQuem Setor! www.jornalcana.com.br A Bíblia do Setor! AQuem no setor sucroenergético Fórum ProCana Fone 16 3512.4300 Fax Preto 3512 — 4309 14096-030 — Ribeirão SP josiasmessias@procana.com.br Rose Messias josiasmessias@procana.com.br USINASTecnologia DE ALTA Quemnoé setor Quem sucroenergético no BIO setor&sucroenergético SINATUB Fórum ProCana SINATUB Tecnologia Quem é Quem Fone3512 16Costábile 3512.4300 Fax 3512 4309 Sugar Quem é Quem no setor sucroenergético 2.4300 Fax 4309 JornalCana Online Av. Romano, 1.544 Ribeirânia procana@procana.com.br Comitê de Gestão - Comercial & Eventos �rose@procana.com.br USINAS DEemALTA PERFORMANCE Liderança em Aprimoramento Liderança Aprimoramento Técnico e USINAS DE ALTA International Magazine JornalCana Online Av. Costábile Romano, 1.544 Ribeirânia www.jornalcana.com.br JornalCana Online C o m i t ê d e G e s t ã o C o m e r c i a l & E v e n t o s � PERFORMANCE JornalCana Online 14096-030 — Ribeirão Preto — SP omano, 1.544 - Ribeirânia l & EvMessias entos � Comitê de Gestão - ComerciaRose Técnico Tecnológica eTecnologia Atualização www.jornalcana.com.br www.jornalcana.com.br Atualização MapaBIO Brasil de PERFORMANCE Unidades SINATUB 14096-030 — Ribeirão Preto — SP & Sugar Rose Messias www.jornalcana.com.br C o m i t ê d e G e s t ã o R e l a c i o n a m e n t o C o m C l i e n t e s � rose@procana.com.br — Ribeirão Preto — procana@procana.com.br SP Rose Messias Tecnológica SINATUBLiderança Tecnologia de Açúcar e Álcool em Aprimoramento &Produtoras Sugar International Magazine SINATUB Tecnologia BIOBIO& Sugar - International Magazine rose@procana.com.br procana@procana.com.br BIO & Sugar International Lucas Messias COLABORADORES � Arte - Seminário de Manejo Liderança CanaBio em Aprimoramento Magazine rose@procana.com.br @procana.com.br Técnico e Atualização Mapa Brasil deProdutoras Unidades Liderança em Aprimoramento International MagazineMapa Brasil de Unidade de Técnico eBiológico Gustavo Santoro - arte@procana.com.br � Relacionamento Com Clientes & Orgânico em Comitê de Gestão - Relacionamento Com Clientes �lucas.messias@procana.com.br Atualização Tecnológica Mapa Brasil de Unidades Produtoras de Açúcar e Álcool Técnico e Atualização Tecnológica � Comitê de Gestão - Relacionamento Com Clientes Açúcare(inclusive eÁlcool Álcool Mapa Brasil de Unidades Robertson Fetsch 16 9 9720 5751 Atendimento Publicidade & Patrocínios Lucas COLABORADORES � Arte Editor Cana-de-açúcar Produtorasassinados de Açúcar Artigos os das seções Negócios & Presidente entoMessias Com Clientes � Comitê de Gestão - Relaciona m Tecnológica Produtoras de Açúcar e Álcool Lucas Messias COLABORADORES � Arte � Comitê de Gestão - Controladoria & TI Alessandro � Editor-Santoro lucas.messias@procana.com.br - arte@procana.com.br elacionamento C om Clientes �publicidade@procana.com.br Gilmar Gustavo Messias (16) 9 9153.8690 Reis -Reditoria@procana.com.br Josias Messias Oportunidades e Vitrine) refletem o ponto de vista dos autores Lucas Messias COLABORADORES � Arte Gustavo Santoro - arte@procana.com.br � Relacionamento Com Clientes “Desenvolver o agronegócio lucas.messias@procana.com.br Mateus Messias Delcy Mac Cruz - editor@procana.com.br Robertson Fetsch 16 9 9720 5751 publicidade@procana.com.br Artigos osJornalCana. das seçõesDireitos Negócios & e lucas.messias@procana.com.brjosiasmessias@procana.com.br Gustavo Santoro - arte@procana.com.br � Relacionamento Com Clientes (ou dasassinados empresas(inclusive Robertson Assiste16 nte9 9720 5751 �Fetsch Artigos assinados (inclusive oscitadas). dasrefletem seções Negóciosde& vistaautorais publicidade@procana.com.br Comitê de Gestão - Controladoria & TI �presidente@procana.com.br � Editor conteúdo Oportunidades e Vitrine) dos ou autores Fetsch Produção 16publicidade@procana.com.br 9 9720de5751 (inclusive os edas seções Negócios & deoaponto sucroenergético, disseminando � ComitêMateus de GesMessias tão - Controladoria Robertson & TI � Editor � Editor de Arte - DiaArtigos comerciais reservados. Éo proibida reprodução, total “Desenvolver o agronegócio Thaís Rodrigues gramaçãassinados o Delcy Mac Cruz - editor@procana.com.br Assinaturas & Exemplares Delcy Mac Cruz Oportunidades Vitrine) refletem ponto vista dos autores publicidade@procana.com.br ontrolaLucas doria Messias & TI � Comitê de Gestão - C � Editor “Desenvolver o agronegócio (ou das empresas citadas). JornalCana. Direitos autorais e Mateus Messias Delcy MacJosé CruzMurad - editor@procana.com.br Badur � Comitê de Gestão - Jornalismo Oportunidades e Vitrine) refletem o ponto de vista dos autores presidente@procana.com.br Assistente �thais@procana.com.br parcial, distribuição ou disponibilização pública, por qualquer Silvan Junior (16) 9 9635-3205 Andréia Vital (ou das empresas citadas). JornalCana. Direitos autorais etotal ou Mateus Messias Messias Delcy Mac Cruz - editor@procana.com.br conhecimentos,Mateus estreitando presidente@procana.com.br � Assistente sucroenergético, disseminando comerciais reservados. Éautorização proibida a reprodução, Alessandro Reis - editoria@procana.com.br Thaís Rodrigues � Editor de Arte - Diag(ou ramdas açãoempresas citadas). atendimento@procana.com.br meio ou processo, sem expressa. A violação dos JornalCana. Direitos autorais e Pedro Messias sucroenergético, disseminando comerciaisparcial, reservados. É proibida a reprodução, total ou por qualquer presidente@procana.com.br João � Assistente Thaís Rodrigues � Editor dFINANCEIRO e ArtMurad e - DiaBadur gramação � Assinaturas & Exemplares thais@procana.com.br José � Comitê de Gestão - Jornalismo distribuição ou disponibilização pública, www.procanaloja.com.br Diagramação direitos autorais é punível como crime (art. 184 e parágrafos, comerciais reservados. É proibida a reprodução, total ou relacionamentosestreitando e gerando � Comitpresidente@procana.com.br Thaís Rodrigues � Editor de Arte - José D i a g r a m a ç ã o conhecimentos, thais@procana.com.br Murad Badur êAlessandro d e G e s t ã o J o r n a l i s m o parcial, distribuição ou disponibilização pública, por qualquer Henrique Messias (16) 3512-4300 e Ge-steditoria@procana.com.br ão - Marketing � Comitê dReis contasareceber@procana.com.br Gaspar Martins Paulo - diagramacao@procana.com.br meio ou processo, sem pena autorização expressa. A violação dos conhecimentos, estreitando do Código Penal) com de prisão e multa; conjuntamente thais@procana.com.br Badur ornalismoLuciano � Comitê de Gestão - J Alessandro Reis - editoria@procana.com.br parcial, distribuição pública, porexpressa. qualquer Lima contasapagar@procana.com.br Assinaturas & ExJosé emplaMurad res �atendimento@procana.com.br FINANCEIRO meioououdisponibilização processo, sem autorização A violação dos Financeiro direitos autorais é punível como crime (art. 184 e parágrafos, negócios sustentáveis” relacionamentos e gerando r a s & E x e m p l a r e s � Assinatu FINANCEIRO Alessandro Reis - editoria@procana.com.br com busca e apreensão e indenização diversas (artigos 122, www.loja.jornalcana.com.br luciano@procana.com.br � Comitê de Gestão - Marketing contasareceber@procana.com.br meio ou processo, sem autorização expressa. violação dos direitos autorais é punível comoApena crime 184 ee multa; parágrafos, Renata Macena Eventos Paulo Henrique Messias (16) 3512-4300 relacionamentos e gerando do123, Código Penal) de(art. prisão conjuntamente Messias (16) 3512-4300 � Comitê de Gestão - Marketing contasareceber@procana.com.br mplareHenrique s atendimento@procana.com.br � Assinaturas & ExePaulo FINANCEIRO Luciano Lima contasapagar@procana.com.br 124, 126, dacom Lei 5.988, demulta; 14/12/1973). gerentefinanceiro@procana.com.br Rose Messias (16) 9 9768.8781 direitos autorais é punível como crime (art. 184 e parágrafos, do Código Penal) com pena de prisão e conjuntamente negócios sustentáveis” atendimento@procana.com.br Luciano contasapagar@procana.com.br (16)www.loja.jornalcana.com.br 3512-4300 arketinLima gluciano@procana.com.br Paulo Henrique Messias � Comitê de Gestão - M contasareceber@procana.com.br com busca e apreensão e indenização diversas (artigos 122, eventos@procana.com.br negócios sustentáveis” do Código Penal)com combusca penaedeapreensão prisão eemulta; conjuntamente indenização diversas (artigos 122, www.loja.jornalcana.com.br contasapagar@procana.com.br luciano@procana.com.br atendimento@procana.com.br Luciano Lima

ISSN 1807-0264

NOSSA MISSÃO NOSSA MISSÃO NOSSA MISSÃO A MISSÃO

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ver o agronegócio

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Prepare-se para os principais eventos técnicos da área industrial! Calendário Sinatub 2020! 4º SINATUB Custos, Perdas e Gestão Industrial 27 de Maio | Ribeirão Preto (SP) - FAVOR CONFIRMAR DATA NO SITE www.jornalcana.com.br/eventos

Abrindo a temporada de eventos técnicos, o SINATUB Custos, Perdas e Gestão Industrial já se tornou o Encontro Anual dos Gestores Industriais das usinas! Nele são apresentados e discutidos os principais indicadores e as melhores práticas de uma gestão industrial de alta eficiência.

8º SINATUB Processos, Fermentação e Produção de Etanol 28 de Maio | Ribeirão Preto (SP) - FAVOR CONFIRMAR DATA NO SITE www.jornalcana.com.br/eventos

O evento apresenta cases relevantes sobre avanços e inovações tecnológicas nas áreas de processos, tratamento de caldo, filtragem, fermentação, destilação, desidratação e tratamento de vinhaça, apresentadas e discutidas por gestores de usinas e especialistas da área.

18º SINATUB Caldeiras, Vapor e Energia 23 e 24 de Setembro | Ribeirão Preto (SP)

Com o foco em “Eficiência Energética para a Máxima Produção de Etanol, Açúcar e Exportação de Energia”, o evento fornece informações relevantes sobre os avanços tecnológicos nas áreas de balanço energético, geração e consumo de vapor e de energia elétrica, envolvendo os aspectos técnicos e econômicos, aplicados a plantas industriais e centrais termoelétricas.

10º SINATUB Recepção, Preparo e Extração 02 de Dezembro | Ribeirão Preto (SP)

Apresenta informações relevantes e casos de inovações tecnológicas e melhorias operacionais nas áreas de Recepção, Preparo e Extração, visando o máximo aproveitamento da matéria-prima, redução de custos, incremento na qualidade e índices de eficiência, aumento na capacidade e na segurança de processamento da cana por Moenda ou Difusor.

8º SINATUB Fabricação de Açúcar 03 de Dezembro | Ribeirão Preto (SP)

O evento é focado em conhecimento técnico, casos de inovações tecnológicas e melhorias operacionais nas áreas de Sulfitação, Calagem/Controle de PH, Tratamento de Caldo, Evaporação, Cozimento, Cristalização, Centrifugação, Secagem, Carregamento, Embalagem e Armazenamento de Açúcar, visando a máxima recuperação de fábrica e qualidade do produto.

Informações: eventos@procana.com.br www.sinatub.com.br +55 16 9 9635.3205 - WhatsApp ProCana


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ESPECIAL COVID-19

Abril 2020 ARQUIVO

Assentos sendo desinfetados para deslocamento de colaboradores

Leia mais no site: https://bit.ly/2UHBUfG

USINAS AVANÇAM CONTRA CORONAVÍRUS E demonstram ótimo exemplo de cooperação social O avanço da pandemia do coronavírus gerou incertezas no setor e uma delas se referia ao início da safra de cana-de-açúcar 2020/21, na região Centro-Sul do Brasil em 1º de abril. Embora a paralisação imposta como medida de segurança à disseminação da COVID-19 tenha sido apontada como um empecilho para a largada da nova temporada, levantamento feito pelo ProCana Brasil e o Grupo de Estudos em Recursos Humanos na Agroindústria (Gerhai) com mais de 100 unidades do Centro-Sul do País, mostra que a operação seguiu conforme programado, sendo que muitas usinas já iniciaram o processamento da cana. É interessante destacar que a pre-

venção ao coronavírus não parou o setor, ao contrário, faz dos grupos e unidades produtoras um dos melhores exemplos da agroindústria brasileira em gestão de risco e cooperação social diante do momento de crise. Quanto a questão operacional, o estudo elaborado pela ProCana e o Gerhai apontou que 10% das unidades já aqueceram as moendas, iniciando o ciclo no final de fevereiro e ao longo de março e nas primeiras semanas de abril. Unidades como a Barralcool, Bevap, Cerradão, Clealco – Queiroz, Denusa, Jalles Machado, Moreno, Nardini, Pedra Agroindl, Pitangueiras, Santa Adélia, São Martinho, Raízen, Tereos, Baldin, entre outras, estão neste grupo. Já uni-

dades como Grupo Farias e GVO, iniciarão a produção em maio. “As usinas pesquisadas, em sua maioria, já estão moendo dentro da sua capacidade instalada ou projetam crescimento no volume de cana a ser moída nesta safra, portanto possuem pouca margem de manobra para não deixar cana bisada para a próxima safra”, afirma Josias Messias, presidente da ProCana Brasil. Josias destaca que a pesquisa revelou que as usinas pretendem manter a data prevista por duas razões. “A primeira é manter o cronograma necessário para moer todo o volume de matéria-prima projetado, em sua maioria com um pequeno crescimento”, diz.

Já a segunda, segundo ele, é que, apesar das várias medidas que as usinas estão tomando para mitigar os impactos da COVID-19, “as empresas demonstraram preocupação com as eventuais consequências da pandemia no andamento da safra, tais como restrições de locomoção, afastamentos por conta da doença e no suprimento de insumos fundamentais para a produção, como cal, enxofre e produtos utilizados no tratamento de água e fermentação. E a grande maioria preferiu a estratégia de manter o início da moagem como previsto, ou até antecipá-lo, visando manter um fôlego para mitigar eventuais paradas ou perdas nos próximos meses”, afirmou.


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INDUSTRIAL

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ESPECIAL COVID-19

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COM CAUTELA USINAS SUSTENTAM NÚMEROS PRODUTIVOS Como de costume a Usina Batatais foi uma das primeiras unidades a começar o processamento da cana. Com previsão de moer 4,150 milhões de toneladas, produzir 5,5 milhões de sacas de açúcar de 50 kg e aproximadamente 168 milhões de litros de etanol nesta temporada, a usina deu início à sua safra no dia 3 de março, com previsão de terminar em 18 de dezembro desde ano. A companhia, que recebeu a certificação do RenovaBio no último dia 13 de março, divulgou o investimento de R$ 158 milhões em manutenções agrícolas e industriais, tratos e renovação de canavial para garantir a alta performance dos seus processos produtivos. Para André Rocha, presidente do Fórum Sucroenergético Nacional, que tem mais de 250 unidades associadas, as expectativas em relação à safra 2020/21 ainda continuam positivas. Rocha ressaltou que haverá alguma diferença de produtividade em função de medidas sanitárias para a prevenção contra o vírus, com adequações de layouts, logística, etc, “Essas medidas podem causar um impacto, com algumas unidades contando com menos colaboradores trabalhando em função de algumas restrições”, alertou. Raízen mantém as previsões iniciais A Raízen, maior produtora de açúcar e etanol do Brasil, mantém as previsões iniciais para safra 2020/21 em meio ao cenário de Covid-19, sem alteração programada em suas unidades de produção. Em comunicado emitido dia 26 de março, o grupo confirma previsão de moagem e mix mais voltado para a fabricação de açúcar. “Nossa expectativa é moer entre 61 milhões e 64 milhões de toneladas na temporada 2020/21, com um mix de destinação da cana mais açucareiro”, confirma a empresa. Os cuidados para evitar o contágio ao Covid-19 também foram mencionados no comunicado: “Ao mesmo tempo, a Raízen continua oferecendo eficiência e segurança aos seus parceiros e funcionários, com atividades mantidas de forma remota e presencial e com ações pertinentes nas áreas de segurança física, de higiene e suporte psicológico”, garante. A Raízen também reforça a importância do setor sucroenergético para o conglomerado. “O setor é

Rui: vejo com satisfação o desempenho dos profissionais de RH do setor

fundamental para o funcionamento de serviços essenciais a população

Ações contra COVID-19 contribuirão para uma safra menos traumática

Para José Darciso Rui, Diretor Executivo do Grupo de Estudos de Recursos Humanos na Agroindústria (Gerhai) as ações orientativas e prevencionistas, como palestras, comunicação sobre o vírus, distribuição de álcool gel nas frentes de trabalho, suspensão de algumas atividades não essenciais, acompanhamento do SESMT, trabalho home office quando pertinente, entre tantas outras medidas só vem a mitigar o problema. “Temos acompanhado as medidas preventivas que as usinas têm tomado para conter esta crise provocada pela COVID -19 e vejo com muita satisfação e contentamento o desempenho dos profissionais de Recursos Humanos do setor”, afirmou. De acordo com Rui, as ações contribuirão para uma safra com menor número de problemas e menos traumática, “visto que é quase impossível suspender ou adiar a safra da cana-de-açúcar. Assim, a maior contribuição dos profissionais de RH, incluindo aí, Saúde Ocupacional é conduzir este processo com muita persistência, maturidade, bom senso e cumpridor das diretrizes governamentais e empresariais”, concluiu. O Grupo Biosev, um dos principais do setor, é um bom exemplo de medidas de precaução tomadas para mitigar os efeitos do coronavírus. Ao compreender que as operações da companhia se enquadram no Decreto Federal No. 10.282, de 20 de março de 2020, decidiu que uma vez que as atividades de produção e distribuição de comercialização de combustíveis e derivados são essenciais para ao atendimento da necessidade da população e, portanto, não passível de paralisação, reiterou que, mesmo em meio a um cenário desafiador, sua operação não foi impactada. A empresa também criou um comitê a fim de coordenar medidas preventivas e de mitigação de riscos seguindo estritamente as recomendações dos órgãos oficiais do governo, do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS), tendo como objetivo primordial a saúde de todos. Foram definidas pelo grupo novas regras de conduta que durarão por tempo indeterminado, como afastamento de colaboradores em grupo de risco; antecipação da campanha de vacinação de gripe; intensificação de orientações sobre prevenção e higiene pessoal; suspensão de eventos corporativos, reuniões, treinamentos e eventos presenciais coletivos; cancelamento ou adiamento de viagens, visitas externas, visitas a fornecedores e clientes; restrição de deslocamentos entre as unidades; adoção da rotina de trabalho remoto (home office) para pessoas em área administrativa do escritório de São Paulo e Sertãozinho, bem como realização de reuniões remotas (telefone, aplicativos ou videoconferências); intensificação da higienização dos locais de trabalho, inclusive refeitórios e transporte. Em transporte coletivo, foram reduzidos em 50% o número de colaboradores por veículo, de forma a garantir distância segura entre os ocupantes do veículo; fornecimento de álcool em gel para uso durante o transporte. Essas medidas também foram adotadas por várias outras usinas.

e por isso manter sua produção eficiente se torna ainda mais importan-

te para o País neste momento”, conclui.


ESPECIALINDUSTRIAL COVID-19

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CONFIRA NA TABELA ABAIXO, UNIDADES E GRUPOS COM INÍCIO DE MOAGEM PROGRAMADOS PARA A SAFRA 2020/21

Raízen estima investir R$ 3 bilhões na safra 2020/21 FONTE: PROCANA BRASIL / GERHAI

SAFRA 2020/21 USINAS C/S - INÍCIO DE MOAGEM

EMPRESA DATA/PREVISÃO Nardini Cerradinho Bio 01/02/2020 Santa Adélia - Jaboticabal Energética Santa Helena (MS) 29/02/2020 Santa Adélia - Pioneiros Dacalda 01/03/2020 Santa Fé Pedra Agroindl - Unidade IPÊ 02/03/2020 São José da Estiva GVO - Catanduva 05/03/2020 São Martinho - Boa Vista Ferrari 10/03/2020 São Martinho - Iracema São Domingos 15/03/2020 São Martinho - Pradopolis Diana 16/03/2020 São Martinho - Santa Cruz A Raízen Energia estima inves- 17/03/2020 BioAroeira Tereos - Vertente tir R$ 3 bilhões Tereos - Tanabi durante a safra de já iniciou Renuka - Madhi cana-de-açúcar 2020/21. A proje- 23/03/2020 Alcoeste Baldin - Narandiba Ibéria çãoCocal integra o Ebitda, medidor do 23/03/2020 Cocal Água Bonita fluxo de- Paraguaçu caixa da Paulista companhia, deve 23/03/2020 Colombo Ariranha 23/03/2020 Cerradão chegar a quase R$ 4 bilhões. “Essas Colombo - Palestina 23/03/2020 Jacarezinho estimativas estão sujeitas a diversos 23/03/2020 Ipiranga Agroindl - Iacanga UISA - Itamarati fatores de- Luiz risco e incertezas e são 23/03/2020 Moreno Antonio Jalles Machado - JM feitas considerando SJC Bioenergia - URD as informações 23/03/2020 Jalles Machado - UOL Tietê Agro - Paraíso USA Balbo atualmente disponíveis”, informa 23/03/2020 Tonielo - Santa 23/03/2020 GVO - Monções Guilherme José Inês de Vasconcelos. Cevasa 26/03/2020 Moreno - Coplasa Ele é Vice-Presidente de Finan- 26/03/2020 Santa Adélia - Pereira Barreto Bambuí (MG) çasSJC e Bioenergia Diretor de Relações com In- 27/03/2020 - USF Bazan vestidores Raízen. “Portanto, as 27/03/2020 Virálcool -da Castilho Bevap Alta Mogiana Santa Isabel estimativas dependem substancial- 30/03/2020 Virálcool Pitangueiras 30/03/2020 Colorado - Guaíra mente das condições de mercado.” Tereos demais 05 unidades 30/03 à 03/04 Colorado - Morrinhos A Raízen Energia estima investir R$ Clealco - Queiroz 01/04/2020 Zambianco 3 bilhões durante a safra de cana-de- 01/04/2020 Colombo - Santa Albertina Denusa -açúcar 2020/21. A projeção integra 01/04/2020 Da Mata Glencane - Nova Unialco o Ebitda, medidor do fluxo de caixa 01/04/2020 Pedra Agroindl - Buriti Vale do Paraná Agroindl -deve Serrana Pitangueiras da Pedra companhia, chegar a qua- 01/04/2020 risco e incertezas e são feitas consiMoreno - Monte Aprazível Glencane - Rio Vermelho se R$ 4 bilhões. “Essas estimativas 01/04/2020 derando as informações atualmente

Moagem deve crescer 7,4% ante a da 2019/20

estão sujeitas a diversos fatores de

disponíveis”, informa Guilherme

01/04/2020 01/04/2020 01/04/2020 01/04/2020 01/04/2020 01/04/2020 01/04/2020 01/04/2020 01/04/2020 01/04/2020 02/04/2020 1ª sem. Abril 1ª sem. Abril 06/04/2020 06/04/2020 06/04/2020 06/04/2020 07/04/2020 07/04/2020 07/04/2020 10/04/2020 10/04/2020 13/04/2020 13/04/2020 13/04/2020 13/04/2020 14/04/2020 14/04/2020 meados de abril 15/04/2020 15/04/2020 15/04/2020 16/04/2020 José de Vasconcelos. 21/04/2020 Já a moagem de cana

Barralcool 24/04/2020 DIVULGAÇÃO Rio Pardo milhões e 64 milhões27/04/2020 de toneladas RAÍZEN - 24 unidades 2ª quinzena abril de cana-de-açúcar na safra 2020/21. GVO - José Bonifacio fins de abril A previsão está no guidance Grupo Farias - Anicuns 10/05/2020preliminar divulgado dia 1410/05/2020 de fevereiro. Grupo Farias - Itapaci Clealco - Clementina Conforme a Cosan, 20/05/2020 sócia da RaGVO - Itapira ízen com a Shell, a moagem jun/20 da Bunge - Todas Unidades Dentro Previsto 2019/20 ficou emDentro 59,6 Previsto milhões de Carolo toneladas. Sendo assim, a projeção Coruripe Dentro Previsto para a 20/21 indica alta de moagem Goianésia (GO) Dentro Previsto USJ Araras Dentro Previsto de 7,4%. Vista Alegre (SP) A Raízen é responsável Dentro Previsto pela proZilor - 3 Unidades Previstode lidução de cerca de Dentro 2,1 bilhões Batatais 03/03/2020 tros de etanol de cana-de-açúcar por Coruripe - Iturama 09/03/2020 ano, destinados ao mercado interno Coruripe - Carneirinho 09/03/2020 e externo. Coruripe - Campo Florido Além do biocombustível, 17/03/2020 Coruripe - Limeira as Oeste atuais 26 unidades06/04/2020 de produção Guaíra (UAG) geram 4,2 milhões de08/04/2020 toneladas de CRV Agro Industrial - CRV-GO açúcar anualmente e têm 14/abr 1 GW de CRV Agro Industrial - Rubiataba 23/abr capacidade instalada de produção CRV Agro Industrial - Uruaçu 04/mai

de energia elétrica a partir do bagaço da cana. Na área de combustíveis, a empresa comercializa 25 bilhões de liSAFRA 2020/21 USINAS N/NE para os segmentos de transporINÍCIO DE tros MOAGEM te e indústria por meio de seus 68 EMPRESA DATA/PREVISÃO AgroSerra terminais de distribuição, início além de maio de Pagrisa início maio abastecer sua rede de 6,2 mildepostos Olho D'Água 01/06/2020 das unida- de serviço da marca Shell e 68 aerodes da Raízen deve ficar entre 61 portos.


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CORONAVÍRUS CRIA OPORTUNIDADE PARA BIOELETRICIDADE nergético já apresentado ao MME. “Caso sejam retomados estes leilões de contratação de térmicas fósseis, deixem as térmicas de fonte renovável e sustentável participarem! Isto será uma oportunidade importante para o setor sucroenergético”, reivindica o gerente.

Pandemia provocou a queda no consumo de energia em todo o Brasil, mas pode ser uma oportunidade para o setor sucroenergético ANDRÉIA VITAL

O isolamento imposto por conta do coronavírus já teve impactos no setor de energia do País. A pandemia mudou a rotina de trabalho, afetando, consequentemente, o consumo de energia elétrica. A redução da carga média de energia a partir do 19 de março, no Sistema Interligado Nacional – SIN foi confirmada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico – NOS. Dados mostram que a queda no consumo chegou a quase 9% dia 22 de março, quando comparado com o domingo anterior, 15 de março Por outro lado, a queda na carga de energia propiciou também a redução na geração das hidrelétricas do Sudeste/Centro-Oeste e do Sul. Esse fato tem contribuído para a recuperação do nível de armazenamento dos reservatórios do Sudeste/ Centro-Oeste e para a manutenção dos níveis dos reservatórios do Sul. Em 22/03, o nível de armazenamento no subsistema Sudeste/ Centro-Oeste estava em 48,7%. Em 25/03, estava em 49,6%. O cenário atual é um novo desafio que o setor elétrico deve enfrentar daqui para frente. “No Ambiente de Contratação Regulada (ACR), o mercado é contratado antecipadamente, normalmente, com 4 e 6 anos de antecedência. Uma queda não prevista do consumo de energia elétrica, e o tempo de duração que a retração permanece, pode afetar as futuras contratações por parte das distribuidoras de energia elétrica no ACR, com a diminuição da demanda a contratar nos leilões regulados de energia nova e, portanto, diminuindo a entrada de novos projetos de geração (eólica, solar, biomassa, hidrelétricas etc.)”, explica Zilmar Souza, gerente de bioeletricidade da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA).

Segundo ele, algo semelhante pode acontecer no ambiente livre (ACL), embora o ACL tenha um ajuste mais dinâmico, considerando que a negociação é direta entre as partes (vendedor e comprador de energia elétrica). “Em março, o ambiente regulado (ACR) representou 70% da energia consumida no País e o ACL o restante (30%)”, disse. Adiamento de leilões e oportunidade para setor sucroenergético Devido aos efeitos da pandemia, é possível que o Ministério de Minas e Energia (MME) anuncie, nos próximos dias, o adiamento dos leilões

de energia existente A-4 e A-5, que estavam programados para acontecer simultaneamente em 30 de abril. Os leilões foram estruturados para a contratação exclusiva de usinas termelétricas a carvão mineral nacional e a gás natural, com prazo de suprimento de 15 anos. Para o especialista, o eventual adiamento dos leilões para térmicas fósseis até pode ser uma boa oportunidade para, retomando-se a normalidade depois desta pandemia, haja um novo agendamento, permitindo-se então, a contratação também de projetos de bioeletricidade e biogás, um pleito oficial do setor sucroe-

Cenário nublado Como as usinas já devem estar contratadas, ou seja, já devem ter comercializado a maior parte de sua geração no ACR e/ou ACL prevista para 2020, antes do advento da pandemia, as consequências não devem ser muito negativas. Souza explica, que normalmente, se deixa uma pequena parcela da geração descontratada para o curto prazo, até para amortecer variações na produção para evitar comprometer a entrega dos contratos no ACL e ACR. O que pode acontecer no curto prazo é alguma variação na receita prevista, em virtude da retração do consumo no ACL e queda no preço spot, dependendo da duração da pandemia. “O setor elétrico, antes do evento desta pandemia, estava avançando bastante com o Processo de Modernização do Setor Elétrico e a tentativa de equacionar a judicialização no mercado de curto prazo, que atualmente está com uma dívida superior a R$ 8 bilhões, sendo as usinas à biomassa frequentemente credoras deste mercado”, afirmou o gerente. Segundo o especialista, após passar a pandemia serão retomados os trabalhos para a Modernização do Setor Elétrico e o fim da judicialização no mercado de curto prazo. A modernização do setor elétrico ainda passará por discussão no Congresso Nacional e a expectativa é que o Processo de Modernização trate adequadamente os atributos da Bioeletricidade e promova a configuração de diretrizes de médio e longo prazo estimulantes para o setor sucroenergético e a Bioeletricidade. O equacionamento da judicialização no mercado de curto prazo também passa pelo Congresso Nacional e o encaminhamento de solução para o tema contribuirá para estimular a geração de Bioeletricidade pelas usinas existentes, principalmente no período seco e crítico do setor elétrico. “Esta judicialização se arrasta desde 2015 e é preciso aproveitar este momento para virarmos a página nesta questão”, conclui o especialista.


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MEDIDAS PREVENTIVAS

O quadro a seguir mostra as medidas preventivas adotadas pela BP Bunge Bioenergia que também foram adotadas por boa parte das usinas.

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Usinas dão exemplo de contingência e cooperação social Classificado como atividade essencial pelos governos federal e estadual o setor entrou no combate à pandemia do coronavírus e começa a nova safra com planos de contingência muito bons. De acordo com o diretor técnico da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (UNICA), Antonio de Padua Rodrigues, as unidades estão tomando todas as precauções necessárias para preservar os seus colaboradores uma vez que a manutenção das atividades é fundamental para

garantir a oferta de açúcar, etanol combustível, bioeletricidade ee álcool para assepsia. Além disso, como parte das ações de cooperação social, o setor doou milhões de litros de etanol 70% e em gel para o sistema de saúde e à população brasileira. As entidades do setor articularam doações coletivas para atender estados e grupos e usinas se organizaram para produzir e também para atender seus colaboradores e comunidades locais.

USINA GUAÍRA TOMA MEDIDAS PREVENTIVAS À COVID-19

ZILOR DOA ÁLCOOL 70% PARA COMUNIDADES VIZINHAS A Zilor Energia e Alimentos/SP começou a produção de álcool 70% especificamente para a doação às cidades vizinhas das unidades industriais da empresa que, neste momento, com a pandemia do coronavírus, enfrentam a falta do produto que auxilia na higiene e prevenção. A ação de distribuição e entrega está sendo feita pela UNICA (União da Indústria de Cana-deAçúcar), através de suas associadas, que estão unidas na causa do combate ao coronavírus e adotaram a hashtag #ÉPorTodos numa campanha de mobilização nacional em seus canais nas redes sociais. A expectativa é que a produção atinja de 800 litros a 1 mil litros por dia, que serão doados, neste primeiro momento, às Secretarias de Saúde dos municípios paulistas de Lençóis Paulista, Macatuba, Areiópolis, Borebi, Agudos, Pederneiras e Bauru.

A UAG tomou uma série de medidas preventivas ao novo coronavírus em sua unidade produtora e no cotidiano de seus colaboradores. Algumas delas foram: reunião com os líderes, gerentes da área industrial e agrícola quanto as novas normas da empresa, devido a pandemia da COVID-19. Além disso, houve treinamento intensivo para todos os colaboradores da área de limpeza e refeitório quanto a higienização de banheiros, escritórios, pisos, mesas e maçanetas; proibição de viagens de colaboradores para participarem de cursos, palestras e feiras e orientação dos colaboradores sobre técnicas de lavagem das mãos com água e sabão e o uso de álcool em gel.

COCAL PARTICIPA DE DOAÇÃO DE ÁLCOOL 70 PARA O SUS

COPERSUCAR DOA 185 MIL LITROS DE ÁLCOOL

AGROPÉU DOA 5 MIL LITROS DE ÁLCOOL 70%

O Grupo Cocal é um dos participantes da ação coletiva de doação de um milhão de litros de álcool para a produção de álcool gel e álcool 70% para que sejam utilizados na contensão do coronavírus. A iniciativa coordenada pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) vai beneficiar seis Estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Paraná e Santa Catarina. “A entrega de álcool 70 gratuito ao SUS é um ato de solidariedade que pode contribuir também para uma redução da demanda hospitalar de forma a garantir a normalização do acesso do varejo e da população aos produtos. É uma rede de solidariedade que está se formando, com laboratórios e universidades públicas e privadas transformando o álcool 70 em álcool gel”, afirmou Carlos Ubiratan Garms, Conselheiro da Cocal.

Parte da produção das usinas sócias da Copersucar será doada para o abastecimento gratuito das unidades públicas de saúde de três estados brasileiros. O volume arrecadado de 185 mil litros de álcool 70% será usado, ainda neste mês, para desinfecção, essencial para uso hospitalar. A ação contemplará as Secretarias de Saúde do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina. O primeiro carregamento com 45 mil litros de álcool destinados à Joinville/ SC foi entregue em 25 de março. O volume e distribuição a cada unidade têm a coordenação da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) e o apoio de membros da Associação Brasileira de Transporte e Logística de Produtos Perigosos (ABTLP).

A Agropéu, usina de açúcar, etanol e bioeletricidade de Pompéu, associada à Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (SIAMIG), doou 5 mil litros de álcool 70% ao Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, atendendo a uma solicitação da corporação enviada ao setor, diante da escassez do produto no mercado. De acordo com Geraldo Cordeiro, presidente da companhia, a grave crise de pandemia tem mobilizado a Agropéu para ajudar a população no combate ao coronavírus. A doação ao Corpo de Bombeiros, segundo Cordeiro, é uma forma de contribuir na proteção da corporação que sempre está em contato com a população, ajudando, portanto, na não proliferação do vírus.


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TEREOS DISPONIBILIZA 20 MIL LITROS DE ÁLCOOL 70% A Tereos anunciou a doação de 20 mil litros de álcool líquido 70% para hospitais e postos de atendimento do SUS dos municípios onde estão as unidades industriais de açúcar, etanol e bioenergia do Grupo, na região noroeste do Estado de São Paulo. A iniciativa visa colaborar com o combate à pandemia do coronavírus. A Companhia deu início à produção do álcool hidratado 70%, que será disponibilizado em embalagens de 1.000 litros, para os hospitais, e 25 litros, para postos de atendimento. Entre as instituições que irão receber a doação, estão: o Hospital de Base, de São José do Rio Preto; o Hospital do Amor, de Barretos; as Santas Casas de Barretos, Bebedouro, Cajobi, Colina, Guaíra, Guaraci, Olímpia, Pitangueiras, São José do Rio Preto e Tanabi; e as secretarias de saúde de Guapiaçu, São José do Rio Preto, Severínia, Tabapuã e Viradouro.

SINDALCOOL/PB DISTRIBUI MAIS DE 30 MIL LITROS DE ÁLCOOL 70%

BIOSEV DOA ÁLCOOL 70% PARA SECRETARIAS DE SAÚDE

O Sindicato da Indústria de Fabricação de Álcool no Estado da Paraíba (Sindalcool) começou a distribuir o álcool 70% aos hospitais da rede pública estadual e entidades ligadas ao Comitê de Gestão de Crise Covid-19 dia 24 de março. O produto está sendo produzido pelas seis usinas associadas ao Sindalcool (Miriri, Giasa, Japungu, Monte Alegre, Tabu e D Pádua), que doarão ao todo 31.460 litros de álcool 70%. O primeiro lote de 1.000 litros doado pela Agroindustrial Tabu, em Caaporã, foi entregue ao Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW), em João Pessoa. A operação foi planejada com todos os requisitos de segurança e contou com apoio da Superintendência da Polícia Rodoviária Federal na Paraíba.

A Biosev trabalha na operação de doação de álcool 70% ao Governo Federal e às Secretarias de Saúde Estaduais para a limpeza de hospitais e fabricação de álcool em gel. A companhia reforça que permanece focada em cumprir com todos os compromissos assumidos com colaboradores, comunidades, investidores, clientes e fornecedores. Entretanto, ressalta que está exposta aos riscos operacionais e de mercado relacionados à pandemia e permanece alerta à evolução da situação e orientações oficiais para tomar novas medidas, caso sejam necessárias. “Também por isto, a Biosev segue comprometida a manter todos os stakeholders e o mercado devidamente informados acerca de qualquer nova informação relevante”, finaliza a nota.

SINDAÇUCAR/BA DOA 160 MIL LITROS DE ÁLCOOL 70% O Sindicato das Indústrias de Açúcar e Álcool do Estado da Bahia (Sindaçucar/BA) aderiu aos esforços para enfrentar a COVID-19 e anunciou a doação de 160 mil litros de álcool 70% para o controle do avanço da disseminação do vírus. O álcool 70% foi doado pelas usinas associadas ao sindicato, sendo 100 mil litros disponibilizados pela Agroindústria do Vale do São Francisco S.A (Agrovale), de Juazeiro; 40 mil litros pela Usina Santa Maria Ltda, de Medeiros Neto e 20 mil litros pela Usina Santa Cruz Açúcar e Álcool Ltda, de Santa Cruz Cabrália. O produto será distribuído para colaboradores, unidades de saúde, hospitais, lar dos idosos, igrejas, instituições e organizações sociais, das cidades onde as unidades estão sediadas.

SÃO MARTINHO, EM PARCERIA COM AVON E NATURA &CO, DOARÁ 150 MIL LITROS DE ÁLCOOL 70% A Usina São Martinho anunciou a doação de 150 mil litros de álcool em solução 70% para a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo. A ação, que conta com a parceria da Natura &Co América Latina, grupo que reúne Avon, Natura, The Body Shop e AESOP na região, doará também 15 mil quilos de álcool em gel, a serem processados e envasados na fábrica da Avon, localizada em Interlagos/SP. O álcool em gel não faz parte do portfólio oficial de produtos de ambas as Companhias, mas será produzido em parceria e doado em frascos de 750 ml para uso nos postos de saúde do Estado paulista. A Avon ficará responsável pelo processamento e envase enquanto a São Martinho fornecerá a matéria-prima.


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CEVASA AMPLIA AÇÕES DE PREVENÇÃO AO CORONAVÍRUS A Central Energética Vale do Sapucaí Ltda (Cevasa) vem tomando diversas iniciativas para garantir a saúde dos seus colaboradores diante da pandemia do coronavírus. Nos últimos dias, a empresa implantou a prática de não receber visitas, cancelou reuniões e eventos, como o Workshop de Tecnologia e Culto Ecumênico de Início de Safra, além das participações em eventos externos. Os colaboradores também são orientados a evitar aglomerações e a manter a distância de pelo menos um metro de outras pessoas. Para garantir essa medida, a companhia adotou um novo layout nos escritórios, com mais espaço entre as mesas e disponibilizado álcool 70% em todas as estações de trabalho. Além disso, realiza doações de álcool &0 para UBS e SUS de Patrocínio Paulista/SP e Batatais/SP; SUS e Hospital São Joaquim (Unimed) de Franca/SP. Além destas entidades a usina tem doa para hospitais do SUS, Unidades Básicas de Saúde, lar de idosos (asilos), Polícia Civil , Policia Rodoviária, Polícia Ambiental e Lar da Criança de ao menos 10 municípios de seu entorno.

ATVOS ADIA CICLO DE ENCONTROS A Atvos decidiu adiar o ciclo de encontros com Guilherme Nascimento, do PapodeHomem. O evento ocorreria nesse mês nos estados de Goiás, Mato Grosso do Sul e São Paulo. “Diante da pandemia do COVID-19 e em atendimento a recomendações dos órgãos de saúde, a Atvos está adiando o ciclo de encontros com Guilherme Nascimento”, explica a empresa em nota. Segundo a empresa, a decisão é preventiva e contribui para evitar exposição a riscos desnecessários. “Tão logo seja possível, as novas datas serão divulgadas”, destaca.

USINA SÃO JOÃO DOA TRÊS MIL LITROS DE ÁLCOOL 70% A Usina São João, controlada pelo Grupo USJ, fez a doação de três mil litros de álcool 70% para entidades de Araras/SP, para atender à demanda emergencial pelo enfrentamento do COVID 19. Dois mil litros de álcool 70% foram destinados à Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Araras, que atende, atualmente, cerca de 340 mil pessoas da cidade e de municípios vizinhos, como Conchal, Leme, Pirassununga e Santa Cruz da Conceição. Os outros mil litros foram entregues para a prefeitura de Araras distribuir ao SUS. A USJ também está acompanhando e implementando todos os protocolos e orientações dos órgãos competentes, visando o bem-estar dos seus colaboradores e a comunidade.

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GRUPO TONIELLO DOA 17 MIL LITROS DE ÁLCOOL 70%

DIANA BIOENERGIA DOA ÁLCOOL 70% PARA REGIÃO DE AVANHANDAVA/SP A Diana Bioenergia, localizada em Avanhandava/ SP, começou na semana passada, a distribuição de frascos de álcool 70% com a intenção de contribuir com a prevenção e combate ao coronavírus. Foram entregues seis mil litros para a prefeitura distribuir à população; 250 litros para a Santa Casa, 130 litros para o asilo, 30 litros para a Casa de Apoio de Barretos, todos de Penápolis/ SP; 200 litros para a Casa de Saúde de Barbosa/ SP; 400 litros para a Unidade de Saúde de Promissão/SP e 800 unidades de álcool gel 70% para os colaboradores da empresa. Nos frascos constam as informações de como usar o produto.

As usinas Virálcool, em Pitangueiras/SP, Virálcool 2, em Castilho/SP e Destilaria Santa Inês, em Sertãozinho/SP, do Grupo Toniello, fizeram a doação de 17 mil litros de álcool 70%. O produto foi direcionado à rede pública de saúde e instituições nos municípios onde as usinas têm sede, como também para cidades vizinhas, como Viradouro/SP, que recebeu 1000 litros e Jaborandi/SP, beneficiada com 850 litros de álcool 70% e álcool em gel. Em comunicado, o prefeito de Jaborandi, Marcos Antônio Daniel, agradeceu a doação, que será usada na limpeza e higienização das unidades de saúde do município. Já os frascos, com álcool gel, serão doados para famílias carentes e parte utilizado no administrativo do município. “A doação beneficiará aproximadamente 720 famílias”, disse Daniel. O Grupo Toniello deverá fazer novas doações nas próximas semanas.

USINAS DE PERNAMBUCO DOAM ÁLCOOL 70% PARA COMBATER A COVID-19 Usinas de Pernambuco doam álcool 70% ao governo estadual para colaborar no combate ao avanço do novo coronavírus, o covid-19, no estado. A iniciativa foi formalizada no dia 16 de março pelo Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool do Estado de Pernambuco (SindaçúcarPE). Desde essa data, a entidade, operacionaliza e vence formalidades, em conjunto com as secretarias de Desenvolvimento Econômico e da Fazenda do estado, para doação de álcool 70% produzido pelas indústrias locais. Segundo Renato Cunha, presidente do Sindaçúcar-PE, as doações das indústrias associadas a entidade envolvem 55 mil litros de álcool 70%. Esse montante equivale a estimativa de volumes emergenciais do governo de Pernambuco, como forma de contribuir para a preservação de vidas em cuidados de contenção da disseminação do novo coronavírus. Em Pernambuco, um total de 11 empresas produzem o álcool na concentração recomendada para os melhores graus de desinfecção dos efeitos requeridos.

JALLES MACHADO FAZ DOAÇÃO DE ÁLCOOL 70 PARA POPULAÇÃO DE GOIANÉSIA

DENUSA DOA ÁLCOOL PARA HOSPITAL MUNICIPAL A Denusa, vem atuando fortemente em parceria com o Governo do Estado de Goias e Municipal, doando álcool 70%, para que de forma preventiva os órgãos possam melhorar ainda mais a higiene dos ambientes hospitalares.

A Jalles Machado, localizada em Goianésia/GO, faz doação de álcool 70 para a população. São dois pontos de distribuição: um na Assistência Social da Empresa e outro no Clube Planagri. Foi distribuído 1 litro de álcool 70 para cada família. “Temos que somar forças para ajudar a prevenir o coronavírus e a Jalles Machado vem para contribuir”, ressalta o diretor-presidente, Otávio Lage de Siqueira Filho. Além da distribuição gratuita à população, a Jalles Machado também já doou álcool em gel e líquido para vários órgãos públicos e instituições filantrópicas. A Empresa também anunciou a doação de álcool 70 para as prefeituras de Goianésia e cidades vizinhas, como Vila Propício, Santa Rita do Novo Destino, Barro Alto e São Luiz do Norte, para que possam utilizar nos hospitais e outros locais públicos.

BEVAP PRODUZ ÁLCOOL 70% PARA DOAR NA PREVENÇÃO E COMBATE AO COVID-19 Ressaltando seu compromisso e responsabilidade social com os empregos e a renda da região, a Bevap informa que a doação de álcool 70% é indispensável neste momento para manter a tranquilidade da população e todas as famílias que dependem disso. “Além de todas as questões sociais atreladas a esta pandemia, é nosso dever enquanto gestores tomar as providências cabíveis e ao nosso alcance para mitigar ao máximo os impactos deste processo em nosso negócio, nossa equipe e nossos clientes. Todas as medidas de higiene e limpeza recomendadas estão sendo reforçadas em nossa empresa. O bem-estar e saúde de todos são a nossa prioridade”. Seguindo o anúncio da União das Indústrias de Cana de açúcar, a usina realiza doações de álcool 70% para órgãos essenciais (como hospitais, postos de saúde e polícia militar) da região do Noroeste Mineiro, para reforçar combate e a prevenção ao Coronavírus – COVID19.

PITANGUEIRAS DOA ÁLCOOL 70 E TOMA MEDIDAS PREVENTIVAS Diante da pandemia da COVID-19, a Usina Pitangueiras realizou a doação de 2.700 litros de álcool em solução 70% para hospitais e instituições da região de Pitangueiras-SP, recurso fundamental para a higienização e prevenção contra o vírus. Além disso, a usina tomou medidas de precaução contra o contágio do novo coronavírus, como quarentena para profissionais que são parte do grupo de risco e monitoramento de saúde com os colaboradores que estão em atividade.


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UNICA GARANTE QUE FUNCIONAMENTO DE USINAS RESPEITA DECRETO As União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) informou em comunicado que suas associadas estão em funcionamento respeitando o Decreto 10282/2020 do Governo Federal, o Decreto 64.879/2020 do Governo do Estado de São Paulo e a Portaria Nº 116 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que estabelecem as atividades essenciais que devem prosseguir durante a pandemia do coronavírus. “O setor sucroenergético oferece à sociedade brasileira os serviços essenciais de produção, distribuição e comercialização de combustíveis e derivados; de geração de energia elétrica; de produção, distribuição, comercialização e entrega de alimentos (açúcar); e de disponibilização dos insumos necessários ao funcionamento dos serviços públicos e das atividades essenciais, no caso, o álcool utilizado como desinfetantes em serviços de saúde e pela população em geral (álcool 70 para produção de álcool em gel)”, destaca comunicado da entidade.

Além do abastecimento da sociedade, as empresas associadas à UNICA integram uma operação coletiva de doação de álcool 70 para as Secretarias Estaduais de Saúde manterem as unidades do SUS abastecidas do desinfetante. A doação inicial será de 1 milhão de litros de álcool 70 para envase ou transformação em gel e envase para seis estado (São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Paraná e Santa Catarina). Segurança no ambiente de trabalho Com o intuito de respeitar as determinações do poder público e manter os colaboradores seguros, a UNICA afirma que as operações foram adaptadas seguindo as orientações do Ministério da Saúde e da Anvisa. Entre as ações adotadas pelas empresas associadas estão o cancelamento de viagens aéreas e terrestres; a proibição de participação em eventos, treinamentos e reuniões presenciais; campanhas de comunicação interna de conscientização; reforço das ações de higienização de

ambientes compartilhados; adoção de turnos e revezamentos para evitar a proximidade de colaboradores em refeitórios e transportes coletivos; isolamento de profissionais com sintomas ou que retornam de viagens ao exterior; teletrabalho (home office) para funções que possibilitam a modalidade; medição de temperatura individual na entrada de cada turno, e afastamento compulsório de grupos de risco, como gestantes, colaboradores com mais de 60 anos ou com doenças pré-existentes. As ações das empresas não se resumem às mencionadas acima e diariamente novas medidas estão sendo estudadas e adotadas com o objetivo de manter os profissionais que atuam no setor em segurança, minimizando a disseminação do COVID-19, e acatando as orientações dos órgãos competentes e de especialistas da área da saúde. Destacamos trechos do Decreto 10282/2020 do Governo Federal: As medidas previstas na Lei nº 13.979, de 2020, deverão resguardar

o exercício e o funcionamento dos serviços públicos e atividades essenciais a que se refere o § 1º. § 1º São serviços públicos e atividades essenciais aqueles indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade, assim considerados aqueles que, se não atendidos, colocam em perigo a sobrevivência, a saúde ou a segurança da população, tais como: X – geração, transmissão e distribuição de energia elétrica e de gás; XII – produção, distribuição, comercialização e entrega, realizadas presencialmente ou por meio do comércio eletrônico, de produtos de saúde, higiene, alimentos e bebidas; XXVII – produção, distribuição e comercialização de combustíveis e derivados; 2º Também são consideradas essenciais as atividades acessórias, de suporte e a disponibilização dos insumos necessários a cadeia produtiva relativas ao exercício e ao funcionamento dos serviços públicos e das atividades essenciais.


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Ceise-BR busca ações para reduzir impactos do COVID-19 na indústria Diante do atual cenário da economia, acometida pela pandemia de COVID-19 (coronavírus), o presidente do Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis (CEISE Br), Luis Carlos Júnior Jorge, juntamente com a Diretoria, tem trabalhado incansavelmente para chamar a atenção de autoridades governamentais, nas esferas municipal, estadual e federal, a fim de que medidas urgentes sejam tomadas visando mitigar os impactos na indústria de base. Na semana passada, o presidente encaminhou ofício às prefeituras das cidades onde estão instaladas as empresas associadas à entidade solicitando que posterguem o recolhimento do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS), pelo período mínimo de 90 dias e que, após o prazo, parcelem o acumulado em 24 vezes, bem como para que adiem a cobrança/execução fiscal de dívidas ativas, também por 90 dias. Júnior ainda apresentou reivindi-

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Luis Carlos Júnior Jorge, presidente do CEISE Br

cações à Comissão de Desenvolvimento do Arranjo Produtivo Local – APL Metalmecânico de Sertãozinho, da qual o CEISE Br faz parte, e que serão encaminhadas ao Governo do Estado de São Paulo. Foram propostas medidas que desobriguem ou retardem a arrecada-

ção de ICMS sobre Notas Fiscais inclusas em processos de Recuperação Judicial até a definitiva decisão sobre prazos e condições de pagamento; a criação de linhas de crédito, por meio da DESENVOLVE SP, para capital de giro, aquisição de matéria-prima e insumos, com taxas de juros e ca-

rência adequadas; além da imediata renovação do Convênio 52/91, que trata da redução tributária do ICMS. O presidente ressalta que essas ações são extremamente necessárias, uma vez que a indústria começou, recentemente, a dar sinais de melhora depois de anos assolada pelas crises econômica e setorial que dissiparam, somente em Sertãozinho – um dos principais polos industriais e tecnológicos do setor bioenergético do País, mais de cinco mil empregos. “Quando vagas na indústria são fechadas, outros setores também são atingidos, como o comércio e de serviços. Este é um momento de unir forças para que as empresas resistam à inevitável redução da atividade econômica brasileira e não percam sua competitividade, pois, se as dificuldades para produzir, ocasionadas pela falta de matéria-prima somada à baixa demanda, resultarem em falências, uma nova recessão será instalada sem termos como imaginar o seu tamanho ou fim”, explica.

18/03/2020 16:53


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Agrishow e eventos específicos do setor são adiados por conta do Coronavírus A nova coronavírus (Covid-19) fez os organizadores adiarem eventos do agro, como a Agrishow, e específicos do setor sucroenergético. Programada entre os dias 27/04 a 01/05, em Ribeirão Preto, a Agrishow será postergada. Eventos da ProCana A ProCana também adiou o lançamento do livro Quem é Quem no Setor. O evento, que ocorreria em abril, foi postergado para o segundo semestre. Os demais eventos da agenda da ProCana, entretanto, permanecem. Os primeiros eventos do Calendário SINATUB 2020, e aqueles que, a princípio, estão passíveis de postergação por conta da COVID-19, são o 4º SINATUB Custos, Perdas e Gestão Industrial e o 8º SINATUB Processos, Fermentação e Produção de Etanol, agendados para os dias 27 e 28 de maio, respectivamente,

em Ribeirão Preto (SP). Aos interessados, solicitamos que confirmem as datas acessando o site www.jornalcana.com.br/eventos Os demais eventos da agenda da ProCana, entretanto, permanecem nas datas agendadas.

Outros eventos Entre outros eventos cancelados pela pandemia da doença em Ribeirão estão a 1ª reunião Canaplan, com foco em mercado e na área agrícola. Marcado inicialmente para 15/04, o evento, segundo a organizadora Ca-

naplan, terá nova data a ser divulgada. Já o Sindalcool-MT transferiu para o 2º semestre o 9º Encontro Sucroenergético de Mato Grosso, que aconteceria no dia 24 de março. A nova data ainda não foi definida até o momento.

Rubens Ometto é elogiado pela decisão de não demitir funcionários A Cosan e suas empresas controladas (Raízen, Rumo, Comgás e Moove) divulgou comunicado na segunda-feira (24/03) diante do novo coronavírus, o Covid-19. “De forma a contribuir para o pleno funcionamento dos sistemas logísticos e de energia do país neste momento de crise oriunda do Covid-19, e em função das necessárias medidas tomadas para quarentena de parte da população, a Cosan e suas empresas controladas (Rumo, Raízen, Comgás e Moove) decidiram que, neste momento, não farão redução do seu quadro de pessoal”, destaca o comunicado. E segue: “Nosso foco está em tomar as medidas necessárias para a continuidade das atividades de forma remota e presencial, garantindo as ações pertinentes nas áreas de segurança física, de higiene e suporte psicológico.” A decisão foi elogiada pelo governador de São Paulo, João Dória. Que destacou o empresário Rubens Ometto Silveira Melo. “Os nossos ti-

mes que precisam estar fora de casa para que todo o resto da população esteja em quarentena estão recebendo todas as orientações e suporte necessários para que estejam seguros e com

as condições de trabalho e saúde adequadas”, emenda a Cosan no comunicado. E conclui: “Neste momento único na história de nosso país, gostaríamos

de prestar os nossos mais sinceros agradecimentos ao time Cosan e seus familiares pelo enorme comprometimento, energia e responsabilidade em fazer o Brasil continuar a funcionar.”


MERCADO

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SAFRA 2020/21 NO CENTRO-SUL DEVE SER MAIOR E MAIS AÇUCAREIRA FOTOS DIVULGAÇÃO

Queda na produção da Índia e Tailândia impulsiona açúcar brasileiro A tradicional estimativa da safra 2020/21 de cana-de-açúcar feita por Plinio Nastari, presidente da consultoria Datagro, foi apresentada no começo da tarde de 11 de março no evento Abertura de Safra, em Ribeirão Preto (SP). Segundo ele, a moagem no centro-sul alcançará 596 milhões de toneladas. No Norte-Nordeste, as unidades deverão processar 50 milhões de toneladas. Conforme pesquisa realizada pela Datagro publicada em relatório anterior, todas as usinas planejam entrar em operação sem grandes atrasos, na primeira metade de março foram destinadas à pro-

dução de açúcar 13,97% da oferta de ATR, contra 6,05% há um ano. Como resultado, 40.832 toneladas de açúcar foram produzidas na primeira quinzena de março, volume quatro vezes maior do que há um ano.

Mix mais açucareiro e impactos do petróleo Plinio Nastari, presidente da consultoria Datagro, avalia que a safra 2020/21 de cana-de-açúcar terá mix maior para o açúcar e que o etanol sofrerá perda de compe-

titividade. O mercado pedirá mais açúcar, por conta, principalmente, da queda de produção na Índia e na Tailândia. Até o dia 11 de março o hedge permitia R$ 1,3 mil por tonelada de açúcar. “Não é ruim”, afirma Nastari.


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CHUVAS REGULARES PERMITEM MAIOR OFERTA DE CANA Mas pandemia da COVID-19 reduz demanda de açúcar Com apelo extra do cenário macroeconômico colocando a oferta e a demanda de etanol em contexto de incerteza, a safra brasileira de cana 2020/21 deve reforçar seu direcionamento à produção de açúcar. “O elevado patamar do dólar comercial estimulou ainda mais a fixação da produção por parte de algumas usinas, visto que os preços do açúcar convertidos ao real alcançaram os arredores de R$ 1.500/t na metade do último mês – proporcionando margem significativa em relação ao custo médio de produção”, avalia o analista de inteligência de mercado da INTL FCStone, Matheus Costa. Segundo a revisão de março, divulgada em 18 de março, a INTL FCStone espera que o Centro-Sul brasileiro produza 33,1 milhões de toneladas de açúcar em 2020/21, crescimento de 24,5% em relação a 2019/20. Especificamente, esse volume representa um mix açucareiro de 42,1%, 4,3% acima da estimativa anterior e 8% além do esperado para 2019/20. A rápida disseminação do COVID-19 aliada ao desentendimento entre dois grandes produtores de petróleo, Arábia Saudita e Rússia, levou à forte derrocada nos preços do óleo bruto. Consequentemente, a Petrobras fez novo reajuste negativo nos preços da gasolina A na quinta-feira (12 de março), na ordem de R$ 0,16/L – fazendo com que no acumulado de 2020, as revisões totalizassem pouco mais de -R$ 0,39/L. Os efeitos positivos da umidade observada em fevereiro de 2020 devem se somar aos ganhos de saúde vegetal obtidos desde o início de outubro de 2019, resultando em maior disponibilidade de matéria prima. Em relação às condições climáticas sobre os canaviais, destaca-se que no acumulado do último mês, as precipitações totalizaram 182,3 mm na média ponderada da região analisada. Embora represente diminuição de 11,3 mm em relação à mesma época de 2019, esse volume supera a média histórica para o período em 6,7%. Uma evidência desse incremento

é a quantidade de usinas em atividade no início de março. Estima-se que 33 unidades produtoras estejam operacionais na 1ª quinzena de mês corrente, superando em 22,2% a quantidade observada na mesma época do ano passado. A quantidade disponível de ATR (açúcar total recuperável) estimada para a próxima temporada é de 82,5 milhões de toneladas, crescimento de aproximadamente 0,8 milhão de toneladas em relação à estimativa anterior e de 0,9% frente ao estimado para 2019/20. Média de TCH no centro-sul ficará em 80 A regularidade das chuvas entre outubro de 2019 e março de 2020 garante oferta 2% maior de cana-de-açúcar na safra 2020/21 no Centro-Sul do País. A previsão de alta é da analista Ana Zancaner, da consultoria Czarnikow. Sendo assim, as unidades produtoras do centro-sul terão 600 milhões de toneladas de cana na temporada que oficialmente começou em 1 de abril. Se confirmado, o montante de 600 milhões de toneladas deverá superar em 20 milhões de toneladas o montante processado até o início de março. Até o dia 1 de março, as unidades do centro-sul moeram 579,7 milhões de toneladas da matéria-prima do açúcar e do etanol, segundo a UNICA, entidade representativa do setor. Segundo a analista da consultoria, as incidências pluviométricas antes da temporada de chuvas no

Costa: preços do açúcar alcançaram cerca de R$ 1.500/t em fevereiro

centro-sul foram essenciais para o desenvolvimento dos canaviais. Com exceção do Mato Grosso do Sul, onde foi registrado déficit de chuvas, em outros estados canavieiros houve excelente volume de incidências entre outubro e março. Com o desenvolvimento dos canaviais, a analista prevê também melhor produtividade em TCH. Por fim, ela estima que na 2020/21 a média de TCH no centro-sul ficará em 80. Na temporada anterior,

essa média ficou abaixo de 78. Mas o consumo global de açúcar neste ano deve cair em quase 2 milhões de toneladas, prevê a trading Czarnikow. Motivo: a pandemia da Covid-19 irá reduzir o uso geral do adoçante em países com medidas de isolamento para conter a doença. Sendo assim, a trading corta em 5% a projeção para o consumo de açúcar em países como China, Alemanha, França, Itália e Coreia do Sul.


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PRODUÇÃO DE ETANOL NA 2020/21 DEVE CAIR EM ATÉ 24%, ESTIMA PECEGE A produção de etanol na safra 2020/21 deverá cair em até 24% ante a temporada 19/20. A estimativa é do relatório Impactos do Coronavírus no Setor Sucroenergético Brasileiro, assinado pelo economista Haroldo José Torres da Silva. Ele é gestor de projetos do Pecege. Segundo o estudo, divulgado em 22 de março, se a produção cair mesmo em 24% as unidades irão produzir 25 bilhões de litros. Na temporada 19/20, conforme o economista, a produção total foi de cerca de 33 bilhões de litros. Por sua vez, o gerente do Pecege destaca que a produção pode ser ainda maior. “Essa redução será mais drástica na produção de etanol hidratado, enquanto o etanol anidro acompanhará o volume de vendas da gasolina”, destaca ele no levantamento.

O relatório atesta, ainda, que o consumo de etanol acompanhe a esperada queda na demanda do ciclo Otto, de 3,7% em 2020. Ou seja, a participação do biocombustível nas vendas de combustíveis do ciclo Otto deverão cair para 37%. Em 2019, essa participação foi de 45%. “Historicamente, no mercado doméstico, o consumo de combustíveis para o ciclo Otto tende a acompanhar o crescimento econômico”, relata. Sendo assim, o arrefecimento da economia brasileira esperado para 2020 implicará numa uma redução na demanda do Ciclo Otto. A estimativa é de uma queda de 3,7% nessa demanda. Por fim, o economista lembra que “a queda nos preços do petróleo apoiará uma maior produção de açúcar no Brasil para a nova safra que se inicia em abril.”

VALOR DA CANA DEVE CAIR EM MAIS 16% E APROFUNDAR CRISE, PREVÊ FEPLANA O valor da cana-de-açúcar para os produtores deverá cair em mais 16%, prevê a Federação dos Plantadores de Cana do Brasil, a Feplana. A queda reflete os impactos da covid-19 (novo coronavírus), segundo a entidade, que representa 60 mil produtores de cana no país. “O cenário que nos espera deve ser mais problemático que o atual, inviabilizando o negócio canavieiro devido aos preços baixos, ficando bem menores que custos de produção”, afirma Alexandre Andrade Lima, presidente da Feplana. Segundo a entidade, imobilizados pela quarentena no país e mundial diante do coronavírus, amargam quedas acentuadas nos valores do açúcar (-15,3%) e do petróleo (– 59%) nas bolsas de valores. “Esta realidade tem reduzido o preço da matéria-prima do açúcar e etanol, com impactos sobre as lavouras e em toda cadeira produtiva canavieira”, afirma Lima. “A cana gera milhares de empregos e responde por ampla fatia do PIB do país.”

“USINAS QUE JÁ FIXARAM SEUS AÇÚCARES ESTÃO MAIS ALIVIADAS”, AFIRMA ECONOMISTA Os baixos preços do barril de petróleo e a influência indireta do isolamento solicitado para tentar conter o avanço da COVID–19 são os motivos da baixa nos preços do etanol, de acordo com André Rocha, presidente do Fórum Sucroenergético Nacional. “Por isso teremos uma maior oferta e ao mesmo tempo uma redução abrupta no consumo”. Avaliação feita pela ProCana mostra que até o dia 31 de março a redução de consumo de etanol chegou a 60%. Especula-se que pode chegar a 80%. Isso fará — segundo Rocha — que muitas usinas repensem sua estratégia principalmente para as unidades que só fazem etanol. Esse quadro de incertezas e sustos contínuos aponta para um enorme crescimento do mix de açúcar para esta safra de 2020/21. Neste caso não há dúvida de que usinas organizadas e capitalizadas, que administram sua própria mesa de futuros e opções vão dar prioridade ao açúcar. “As usinas que já fixaram seus açúcares estão aliviadas”, afirma o economista Arnaldo Corrêa, da Archer Consulting. A Usina Diana, de Avanhadava (SP) é um bom exemplo de quem fez o hedge de seu açúcar adequadamente. A unidade produtora fixou 90% de seu adoçante num patamar de R$ 1.350/ton para a 2020/21 e para a 2021/22 a usina fixou em torno de 67.500 toneladas num patamar de R$ 1.407/ton. “Tudo isso respeitando e seguindo nossa Política

Diana fixou 90% de seu adoçante num patamar de R$ 1.350/ton

de Risk Management”, celebra Ricardo Junqueira, CEO da Diana. “Estamos muito satisfeitos, pois essa política nos protege muito em tempos de pre-

ço baixo”. Segundo estimativa preliminar da Archer Consulting o mix de açúcar para a safra 2020/21 deve alcançar 44% (contra 34.5% da safra 2019/20).


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ETANOL DE MILHO ENTRA NO RADAR DAS USINAS FOTOS DIVULGAÇÃO

Combustível passou a integrar os levantamentos da Conab O etanol de milho entrou definitivamente no radar das usinas e já é considerado como uma possibilidade significativa de incrementar a produção. Informações da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (UNICA), mostram que o biocombustível derivado do milho contribuiu com o recorde de produção de etanol computado na primeira quinzena de março deste ano. “A produção de etanol a partir do milho totalizou 1,50 bilhão de litros até 16 de março, sendo fabricados 85,59 milhões de litros nos primeiros quinze dias de março”, divulgou a UNICA. A produção de etanol de milho também passou a integrar os levantamentos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A pesquisa de dados inclui as unidades produtoras do Mato Grosso. Principal polo produtor de etanol de milho do país, o Mato Grosso teve, na semana de 17 a 21 de março, técnicos da Conab no trabalho de pesquisa de dados. Conforme a Conab, o trabalho incluiu visitas às usinas full (que fazem apenas esmagamento de milho) e usinas flex (milho e cana), além das exclusivas de cana-de-açúcar. As informações levantadas são referentes à área cultivada com a matéria-prima e o resultado na produção de etanol e açúcar. Condições extras Os técnicos também avaliaram as condições gerais das lavouras, a influência do clima, os tratos culturais e as questões mercadológicas que envolvem a commoditie. O resultado do levantamento sobre a produção de etanol à base de milho em Mato Grosso será divulgado no dia 5 de maio, no site da companhia. E marca o início dos estudos voltados a esse sistema produtivo no estado, considerando o impacto atual do produto no mercado. Segundo a Conab, estudos preliminares indicam que a novidade mudou a dinâmica da cadeia produtiva. Por fim, atesta, ainda, o aumento rápido do consumo interno de milho local e, consequentemente, dos preços praticados.

PRODUÇÃO DE ETANOL DE MILHO DEVE CRESCER 74% As projeções da Unem para a produção brasileira de etanol de milho indicam que ao fim da safra 2020/21 teremos chegado a 2,9 bilhões de litros produzidos. Isso significa uma expansão de 74% de um ano para o outro. O incremento atinge 99% quando comparamos a produção 2020/21 com o volume previsto para o ciclo 2024/25, que é de 5,8 bilhões de litros. Culminando com a projeção de 8 bilhões de litros de etanol de milho brasileiro até 2028. Importante observar que os números são fruto de volumes já produzidos atualmente, adicionados com as metas de produção das usinas projetadas ou já em construção. Mudanças conjunturais e alterações no ritmo de investimento privado podem interferir nas previsões. O presidente da entidade Guilherme Nolasco, acredita que os investimentos previstos para o mercado também devem seguir normalmente. “Temos mais três usinas para inaugurar até o final deste ano e continuam em finalização de projeto. O momento atual não vai atrasar este feito e temos vários outros projetos já para os próximos anos iniciando obras”. Pensando na comercialização do milho no Brasil, Nolasco cita o exemplo do Mato Grosso, que neste mesmo período de 2019 tinha 42% da safra de milho já negociada e neste ano já registra vendas em 65% do total, garantindo o abastecimento do mercado e comprovando a mudança no cenário do milho brasileiro.


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SAVE THE DATE 17 de Agosto Ribeirão Preto (SP)

Prêmio MasterCana Centro-Sul

26 de Outubro São Paulo, Capital

Prêmio MasterCana Brasil 5º MasterCana Award


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PROGRAMA DE FERMENTAÇÃO EFICIENTE DA SOLENIS TRAZ GANHO NA PRODUÇÃO DE ETANOL FOTOS DIVULGAÇÃO

A utilização de inibidores de incrustações no setor sucroenergético é uma aplicação considerada de risco, pois vários fatores podem interferir na performance do químico utilizado, tais como: composição do mosto a ser fermentado (mosto com mel esgotado contém mais sais); aglomeração de células de leveduras (floculação do fermento); purgas de fermento (quando não há sangria de creme), entre outros. Desta forma, a necessidade de inibir incrustações de compostos orgânicos e inorgânicos é parte integrante da pesquisa e desenvolvimento do laboratório no PTC (Paulínia Technical Center), em conjunto com formas consistentes de aplicações, monitoramento e diagnóstico do sistema de destilação alcoólica, traz ao mercado soluções anteriormente contestadas. A utilização do Polystabil™ AS 4550 através do Programa de Fermentação Eficiente SolenisSM com seus mecanismos de ação integrados, faz com que o sistema de destilação alcoólica possa operar com campanhas

mais estendidas, permitindo a redução do custo operacional; a manutenção da produtividade da destilação (estabilidade em função da manutenção da temperatura do vinho na entrada das colunas de destilação) e, desta forma a manutenção da eficiência de troca térmica dos condensadores parciais “E”, ou “esquenta vinho”, e dos trocadores de calor multi-tubulares “K”, vinho x vinhaça, além de evitar as incrustações nos pratos das colunas de destilação, impedindo, assim, o maior consumo de vapor empregado para a destilação. A utilização do inibidor de incrustações Polystabil™ AS 4550, na dosagem e ponto de aplicação recomendados, permitiu à destilaria os seguintes ganhos: redução de paradas para o CIP: 9 paradas a menos; ganho na produção de etanol: 653 m³ na safra, ou, R$ 1.4 milhões na safra; redução do consumo de soda cáustica: 11,5 toneladas na safra, ou, R$ 64 mil na safra; estabilidade na produção de etanol; proteção do ativo, evitando paradas frequentes e sustentabilidade ambiental e proteção operacional.

Eficiência do uso do Polystabil™ AS 4550 na base da coluna A

Eficiência do uso do Polystabil™ AS 4550 no trocador de calor K

Caltec inova e lança serviço de monitoramento on-line de cargas para todos os seus clientes ARQUIVO PESSOAL

JOANA NEITSCH

A Caltec, maior produtora de cal de alto magnésio do Brasil, lança em março deste ano uma plataforma que vai elevar a um novo patamar a segurança e qualidade do transporte dos produtos que comercializa. A OJO (olho em espanhol) vai possibilitar visualização em tempo real e rastreabilidade na logística de abastecimento. A tecnologia para gerenciamento do transporte foi desenvolvida internamente pela empresa e é uma novidade no mercado do agronegócio nacional. O setor da cana de açúcar tem um alto nível de exigência nas entregas pois. em geral, as empresas não trabalham com estoque elevado de cal. Assim, é necessário que o transporte seja o mais eficiente possível, pois a falta da cal paralisa o processo de produção da usina Com a tecnologia de Real Time Visibility (visualização em tempo real),

os setores de logística das usinas poderão acompanhar on-line todo o processo logístico até a entrega, etapa por etapa. Após o pedido, é possível visualizar seu registro; se a contratação do caminhão já foi efetuada; em qual ponto do trajeto o caminhão está; se chegou ao destino; e se já descarregou. O gerente de Logística da Caltec, João Paulo Rigueiral, explica que, com a nova plataforma, a empresa pode focar mais nos processos de inteligência logística para que os produtos cheguem no prazo acordado com o cliente. Com essa nova realidade, reduz-se significativamente o tempo e a mão de obra que eram direcionados para o monitoramento do frete e esses recursos são voltados para outros processos da operação a fim de elevar o nível de excelência. Os clientes, por outro lado, têm acesso on-line às informações, o que também gera otimização dos seus recursos; conseguem programar melhor

João Paulo Rigueral, Gerente de Logística da Caltec

o recebimento; e evitar imprevistos que podem resultar na geração de estadia dos veículos. Funcionamento A OJO funciona on-line, em um web site intuitivo, cujo acesso ocorre com login e senha. A cada expedição, também é enviado um e-mail com um link aos gestores. As informações a que cada usuário tem acesso são somente as suas, conforme liberação do

administrador. Durante o trânsito, o motorista recebe mensagens enviadas automaticamente, como as que questionam se encontrou algum problema e se a entrega será realizada dentro do previsto. A rastreabilidade também possibilita o monitoramento da carga, informando se o veículo está parado, em trânsito ou sem sinal naquele momento. A plataforma foi testada em 53% das cargas em 2019. Neste ano, até 7 de março, 93% das cargas já estavam usando a ferramenta, finalizando os testes para que seja lançada oficialmente nesta safra. “Uma grande necessidade dos clientes será atendida. Nossa expectativa é um impacto extremamente positivo na gestão”, aposta Rigueiral. “Com o OJO, estamos dando transparência e melhorando ainda mais nossos serviços na área de logística, na qual já contamos com um histórico excelente de pontualidade”.


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caracterizadas como sendo das gerações 1.0, 2.0 e 3.0.

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Nelson Nakamura, Douglas Mariani e Josias Messias*

Abril 2020 O “Característica e Evolução da Indústria” sumariza esta evolução, considerando 3 aspectos: Tecnologia dominante; Forma e fonte de energia utilizada; Capacidade predominante das máquinas utilizadas.

PASSOS PARA TRANSFORMAR SUA PLANTA EM UMA USINA 4.0

A primeira geração é caracterizada pelo uso das máquinas a vapor. Estas máquinas foram as primeiras Uma revisão dos temas abordados em palestras em eventos científicos dos últimos anos irá apontar uma grande prevalência do tema Indústria 4.0. Uma das razões deste interesse se deve capazes de aproveitar, de uma maneira eficiente, a energia acumulada no carvão para gerar movimento aos estudos de firmas de consultoria como a Mckinsey indicarem um potencial de redução de e ser utilizada em trens, navios e teares a vapor. A queima do carvão veio substituir com vantagem a custo de manutenção, consumo de energia e aumento de eficiência da ordem de 10% a 25% potência gerada por moinhos de vento, que dependiam de condições climáticas favoráveis.

Potencial da Indústria 4.0 A segunda geração utiliza o petróleo como principal matéria‐prima e máquinas a combustão interna são Potencial da Indústria 4.0 Atualmente, sistemas largamente utilizadas no transporte de mercadorias e de pessoas. Nas indústrias, os equipamentos inteligentes consideradospassam a substituir a força mecânica e se tornam auxiliares na linha de produção.

no conceito 4.0 comandam Na terceira geração a enegia elétrica se torna fundamental, com grande evolução da capacidade de processamento dos dados e de comunicação, passando os equipamentos a executar tarefas de controle o planejamento e a rotina e as atividades mais rotineiras. operacional e gerencial de Nesta visão de evolução, na quarta geração há uma proliferação de dispositivos inteligentes dezenas de usinas

interconectados ao longo de toda a cadeia de produção e logística. A busca é por formar um sistema de NELSON NAKAMURA, DOUGLAS MARIANI E JOSIAS MESSIAS* produção físico‐cibernético, com intensa digitaização de informações e comunicação direta entre sistemas, máquinas, produtos e pessoas, com fusão da tecnologia de produção com automação e Uma revisão dos temas aborda- tecnologia de informação. Neste cenário, as máquinas tendem a assumir além da função de controle, dos em palestras e eventos científicos dos últimos anos irá apontar também as funções de supervisão e de tomada de decisões operacionais. uma grande prevalência do tema Indústria 4.0. Uma das razões deste interesse se deve aos estudos de firmas de consultoria como a Mckinsey indicarem um potencial de redução de custo de manutenção, consumo de energia e aumento de eficiência da ordem de 10% a 25%. A proposta da Indústria 4.0 é revolucionar a maneira com que produtos e serviços são gerados, conectando e otimizando toda a cadeia de valor (Informações, Pessoas, Equipamentos), com uso intensivo de tecnologia digital. Mas o que caracteriza uma in dústria 4.0? Quais tecnologias estão associadas a esta indústria? Quais as tecnologias mais indicadas para a indústria sucroenergética e como transformar uma planta numa Usina 4.0 em condições de capturar estes ganhos? O presente artigo pretende responder a estas questões e, para tanto, o texto está subdividido em 4 partes. Na primeira parte apresentamos uma visão evolutiva da indústria, na sequência as tecnologias associadas à indústria 4.0 e uma distinção entre Indústria de Manufatura 4.0 e Indústria de Processos 4.0, visto que possuem características diferentes e demandam soluções diferentes. Na quarta parte apresentamos uma recomendação dos passos seguros para transformar uma planta de processos, como é a indústria sucroenergética, numa Usina 4.0. Processo evolutivo das indústrias Naturalmente, se existe uma indústria 4.0, é pressuposto que existem ou existiram indústrias caracterizadas como sendo das gerações 1.0,

Fonte: Mckinsey (2005)

A proposta da Indústria 4.0 é revolucionar a maneira com que produtos e serviços são gerados, conectando e otimizando toda a cadeia de valor (Informações, Pessoas, Equipamentos), com uso intensivo de tecnologia digital. Mas o que caracteriza uma indústria 4.0? Quais tecnologias estão associadas a esta indústria? Quais as tecnologias mais indicadas para a indústria sucroenergética e como transformar uma planta numa Usina 4.0 em condições de capturar estes ganhos? O presente artigo pretende responder a estas questões e, para tanto, o texto está subdividido em 4 partes. Na primeira parte apresentamos uma visão evolutiva da indústria, na sequência as tecnologias associadas à indústria 4.0 e uma distinção entre Indústria de Manufatura 4.0 e Indústria de Processos

2.0 e 3.0. O “Característica e Evolução da Indústria” sumariza esta evolução, considerando 3 aspectos: Tecnologia dominante; Forma e fonte de energia utilizada; Capacidade predominante das máquinas utilizadas. A primeira geração é caracterizada pelo uso das máquinas a vapor. Estas máquinas foram as primeiras capazes de aproveitar, de uma maneira eficiente, a energia acumulada no carvão para gerar movimento e ser utilizada em trens, navios e teares a vapor. A queima do carvão veio substituir com vantagem a potência gerada por moinhos de vento, que

dependiam de condições climáticas favoráveis. A segunda geração utiliza o petróleo como principal matéria-prima e máquinas a combustão interna são largamente utilizadas no transporte de mercadorias e de pessoas. Nas indústrias, os equipamentos passam a substituir a força mecânica e se tornam auxiliares na linha de produção. Na terceira geração a enegia elétrica se torna fundamental, com grande evolução da capacidade de processamento dos dados e de comunicação, passando os equipamentos a executar tarefas de controle e as atividades mais rotineiras.

Nesta visão de evolução, na quarta geração há uma proliferação de dispositivos inteligentes interconectados ao longo de toda a cadeia de produção e logística. A busca é por formar um sistema de produção físico-cibernético, com intensa digitaização de informações e comunicação direta entre sistemas, máquinas, produtos e pessoas, com fusão da tecnologia de produção com automação e tecnologia de informação. Neste cenário, as máquinas tendem a assumir além da função de controle, também as funções de supervisão e de tomada de decisões operacionais.


Ao incorporar robôs inteligentes aos processos da Indústria, o setor ganha em desempenho e disponibilidade, deixando a execução de tarefas de produção logísticas e repetitivas a cargo das máquinas. Além de reduzir os custos, estes robôs representam um importante aumento na produção.

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A figura “Tecnologias associadas à indústria 4.0”, contém as principais tecnologias consideradas em

A figura “Tecnologias associadas à indústria 4.0”, contém Tecnologias utilizadas 2013 por Kagermann como associadas à indústria 4.0 as principais tecnologias consideradas em 2013 por pela indústria 4.0 Kagermann como associadas à indústria 4.0 Atualmente uma série de tecnologias foram incorporadas ao que de nominamos de indústria 4.0, sendo as principais: • Simulação ou Gêmeos digitais Na indústria 4.0 a simulação com putacional é utilizada em plantas in dustriais para análise de dados em tempo real, aproximando os mundos físico e virtual, e no aperfeiçoamento em configurações de máquinas para testar o próximo produto na linha de produção virtual antes de qualquer mudança real, gerando otimização de recursos, melhor performance e mais economia. • Integração de sistemas • Internet das Coisas (IoT) A internet das coisas (em inglês, IoT – Internet of Things) consiste na conexão entre rede de objetos fí sicos, ambientes, veículos e máquinas por meio de dispositivos eletrônicos Fonte: Altus embarcados, permitindo uma coleta e troca de informações mais rápida e efetiva. Na indústria de produtos e e operacionais (TA). Desta forma, é • Segurança cibernética serviços, a IoT representa a integraA indústria do futuro demanda fundamental que as empresas conção de tecnologias que antes não esApesar de não estar explícito neste quadro, consideramos como importante a inclusão das seguintes que todas as áreas da empresa este- tem com sistemas de cibersegurança tavam conectadas e que agora estão tecnologias: interligadas por meio de uma rede jam conectadas, tanto as redes corpo- robustos para proteger sistemas e  Inteligência Artificial rativas (TI) quanto as de automação informações de possíveis ameaças e baseada em IP. 

falhas que podem causar transtornos na produção. • Computação em Nuvem O número de tarefas relacionadas à produção de bens e serviços na Indústria tem crescido cada vez mais, demandando o uso de aplicativos e dados compartilhados entre diferentes localidades e sistemas para além dos limites dos servidores de uma empresa. A computação em nuvem fornece recursos que refletem em uma importante redução de custo, tempo e eficiência na execução destas tarefas. • Manufatura Aditiva Também conhecida como impressão em 3D, este pilar envolve a produção de peças a partir de camadas sobrepostas de material, normalmente em forma de pó, para se obter um modelo 3D. Esta estratégia pode ser utilizada para criar produtos personalizados que oferecem vantagens de construção e desenhos complexos. • Realidade aumentada Utilizando os recursos deste pilar, é possível, por exemplo, enviar instruções de montagem via celular para o desenvolvimento de peças de protótipo e utilizar óculos de realidade aumentada para a gestão e operação de determinadas máquinas, me-

No sentido clássico, forma de reproduzir a capacidade humana de pensar. Por algoritmos traduzir a forma como muitas decisões são tomadas (árvore de decisões). Machine learning

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lhorando procedimentos de trabalho • Big Data e Analytics Análise e gestão de grandes quantidades de dados proporciona o aumento de performance e otimização dos processos industriais, equalizando o consumo de energia com a qualidade de produção ao propiciar uma melhor leitura de cenários e tomadas de decisão mais velozes. • Robótica e Automação Ao incorporar robôs inteligentes aos processos da Indústria, o setor ganha em desempenho e disponibilidade, deixando a execução de tarefas de produção logísticas e repetitivas a cargo das máquinas. Além de reduzir os custos, estes robôs representam um importante aumento na produção. Manufatura 4.0 x Processos 4.0 Os conceitos da indústria 4.0 surgiram em 2011 durante a feira de Hannover e foram estimulados pelo governo da Alemanha, com foco na indústria de manufatura. Posteriormente estes conceios foram estendidos para os demais setores. Como a indústria sucroenergética é de processo, cabe ressaltar as diferenças destes dois tipos de indústria e os desafios. Um exemplo de uma indústria Manufatura é a fábrica de automóveis. Basicamente ela é uma indústria de montagem. Ela incorpora uma série de componentes ou subconjuntos para construir um produto final (carro). Neste tipo de indústria impera a precisão, as partes e peças devem ser padronizadas e sujeitas a inspeção, com as peças ruins sendo descartadas. A fábrica deve ser flexível o suficiente para produzir modelos de carros diferentes a um preço competitivo. A evolução ocorre com a introdução de robôs, inicialmente no setor de pintura e posteriormente passam a ser utilizados em toda a linha de produção. Um exemplo de uma indústria de processos é uma refinaria de petróleo ou uma indústria de açúcar e etanol. Em contraposição a uma indústria de manufatura, uma refinaria é, em suma, uma indústria de desmontagem. O petróleo é “desmontado” gerando produtos como a gasolina, diesel, querosene. Como numa Usina há uma grande variabilidade da matéria-prima, sendo que o processo produtivo deve se adequar à qualidade da matéria-prima, entre outros fatores, e reduzir as perdas para produzir itens padronizados (commodities) em grande volume. Neste tipo de indústria, diferentemente da indústria de manufatura, há décadas os sensores são utilizados

sistema deverá encontrar uma melhor condição operacional da planta em termos de eficiência global, respeitando os limites operacionais de segurança e de qualidade. Abril 2020

O quadro elaborado por Mário Venturelli sintetiza os desafios e as soluções buscadas pela Indústria 4.0. Indústria 4.0 - Desafios e soluções buscadas (Mário Venturelli) Indústria 4.0 ‐ Desafios e soluções buscadas (Mário Venturelli)

Desafio Solução Buscada Indústria Como produzir em baixa escala com Projetar e implantar Fábrica Flexível sistema deverá encontrar uma melhor condição operacional da planta em termos de eficiência global, de Manufatura custo competitivo que permita Massificação e respeitando os limites operacionais de segurança e de qualidade. Personalização Como produzir produtos especiais Projetar e Implantar a Fábrica O quadro elaborado por Mário Venturelli sintetiza os desafios e as soluções buscadas pela Indústria 4.0. em grande escala sob medida Descentralizada que permita a customização em massa Indústria 4.0 ‐ Desafios e soluções buscadas (Mário Venturelli) Como eliminar Lead Time da Cadeia Projetar e implantar a Fábrica de Fornecimento Interoperável Desafio Solução Buscada Indústria Como diminuir / conviver com a Implantar controles inteligentes que de Processos variabilidade da carga possam reduzir a variabilidade da Indústria Como produzir em baixa escala com Projetar e implantar Fábrica Flexível de Manufatura custo competitivo que permita Massificação e carga e/ou da Usina como um todo Personalização Como identificar lacunas de Implantar Otimização em Tempo Como produzir produtos especiais Projetar e Implantar a Fábrica oportunidade de elevação de Real (RTO) para elevação do ponto em grande escala sob medida Descentralizada que permita a produção ótimo de operação customização em massa Antecipação de eventos de Inteligência artificial para Como eliminar Lead Time da Cadeia Projetar e implantar a Fábrica operação e Manutenção prognóstico / modelos preditivos de Fornecimento Interoperável Indústria 4.0 de Processos e o S‐PAA Indústria 4.0 de Processos e o S-PAA Os desafios e muitas das técnicas englobadas pela indústria 4.0 são conhecidas há bastante tempo, mas só nesta década é que as aplicações destes conceitos puderam ser viabilizadas, graças ao avanço no poder de processamento dos computadores, ao barateamento dos sensores e à evolução das redes e da internet.

Um exemplo é o software S‐PAA, desenvolvido e em operação há mais de 10 anos para enfrentar os desafios das usinas de açúcar, etanol e bioeletricidade. O quadro “Indústria 4.0 de Processos e o S‐PAA” mostra o alinhamento do S‐PAA com os objetivos e as técnicas da indústria 4.0. Indústria

4.0

de

Processos

e

o

S‐PAA

para coletar dados de processo e técnicas como simulação de processos, originalmente através de planilhas de balanços de massa e energiaa, surgiram para ajudar os engenheiros a “testar” no mundo virtual as consequências de uma mudança nos parâmetros operacionais ou na configuração do layout produtivo. A tendência evolutiva caminha para modelos representativos de toda a planta e sua simulação e otimização em tempo real. Isto significa que os dados deverão ser disponibilizados e acessados onde elas estiverem, processados, interpretados e, com técnicas de inteligência artificial, o sistema deverá encontrar uma melhor condi-

ção operacional da planta em termos de eficiência global, respeitando os limites operacionais de segurança e de qualidade. O quadro elaborado por Mário Venturelli sintetiza os desafios e as soluções buscadas pela Indústria 4.0. Os desafios e muitas das técnicas englobadas pela indústria 4.0 são conhecidas há bastante tempo, mas só nesta década é que as aplicações destes conceitos puderam ser viabilizadas, graças ao avanço no poder de processamento dos computadores, ao barateamento dos sensores e à evolução das redes e da internet. Um exemplo é o software S-PAA, desenvolvido e em operação há mais

de 10 anos para enfrentar os desafios das usinas de açúcar, etanol e bioeletricidade. O quadro “Indústria 4.0 de Processos e o S-PAA” mostra o alinhamento do S-PAA com os objetivos e as técnicas da indústria 4.0. Os 5 Passos para a Usina 4.0 Sendo a usina uma indústria de processos, as tecnologias a serem implementadas devem buscar a solução dos desafios e utilizando os princípios indicados no quadro “Indústria 4.0 de Processos e o S-PAA”: • Necessidade de operação em tempo real; • Os dados são adquiridos e tra-


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tados quase que instantaneamente, o que permite que decisões sejam tomadas rapidamente; • Modelos representativos da planta real “cópias virtuais / gêmeos digitais”; • Otimização global a partir de Inteligência artificial; • Escalabilidade – A mesma plataforma pode começar em um setor específico e avançar para toda a planta; • As decisões poderão ser tomadas a partir do mundo ciberfísico, de acordo com as necessidades da produção. • As máquinas fornecerão informações relevantes sobre o resultado da atuação, possibilitando o ajuste e o refinamento da operação, por exemplo, ao rodar as rotinas do PDCA. Como passos a serem seguidos 1. Planeje uma estratégia realista para a entrada na Usina 4.0 Você precisa avaliar a maturidade digital de seu negócio no atual momento, projetando onde sua empresa precisa estar. Defina metas claras para reduzir o gap. Priorize as medidas que trarão mais valor ao seu negócio, e garanta que elas estejam alinhadas com a estratégia geral. 2. Identifique uma solução que atenda os desafios do setor Seguindo o mantra de um dos nossos clientes, Claudemir Leonardo, gerente industrial da Usina Pitangueiras: “Pense grande, comece pequeno, mas comece o mais rápido possível”. Pensar grande significa que você deve mirar uma solução escalável, que contemple desde a cogeração até expedição dos produtos finais, mesmo que apenas um ou outro setor seja implementado de início. Isto para garantir que o objetivo da maximização global possa ser atendido dentro de uma mesma plataforma e de forma gradual e segura. Comece pequeno no sentido de que seja um projeto com pouco investimento, mas com retorno seguro e atrativo, que gera confiança e credibilidade para vôos maiores. Comece o mais rápido possível, para que não se espere uma condição ideial de infraestrutura para o seu início, pois as condições ideais nunca existirão e o mercado não permite ficar abrindo mão de ganhos e do melhor conhecimento e controle da planta. 3. Planeje os investimentos tecnológicos A intenção é direcionar os recursos da empresa para a aquisição de tecnologias realmente úteis, sem

Programa “C.R.A. 4.0” da Usina Pitangueiras, que conquistou +1% de Eficiência Industrial na safra: “Pense grande, comece pequeno, mas comece o mais rápido possível”.

precisar, por exemplo, trocar todas as suas tecnologias ou realizar investimentos em instrumentação desnecessários, visto que uma solução RTO como o S-PAA pode gerar dados via medidores virtuais, que estimam com alto grau de assertividade variáveis importantes, tal como o ART, por exemplo. A experiência indica que atualmente 90% das indústrias do setor possuem nível de instrumentação e automação suficientes para implantação da plataforma S-PAA de Usina 4.0. O importante é que as informações de processos e de laboratório estejam acessíveis. 4. Envolva a direção, a gerência, os engenheiros, os supervisores, os operadores, TI, Automação Conquistar o comprometimento de todos os envolvidos é imprescindível para o sucesso de um projeto de Usina 4.0. E a melhor forma de engajar os colaboradores é fazer deles os primeiros beneficiados, os quais, com o auxílio da tecnologia, passam a se tornar mais produtivos e fazer mais, melhor e com mais conforto e segurança. Como os atuais aplicativos de

smartphones, uma verdadeira plataforma Usina 4.0 vem contribuir e acelerar o processo de integração e empoderamento dos colaboradores, e não criar novos núcleos de poder. 5. Treinamento, Capacitação e Adaptação às mudanças Na indústria 4.0 a tecnologia é utilizada para transformar dados em vantagem competitiva. No entanto nem todos tem uma cultura digital, razão pela qual especial atenção deve ser dado para gerar um ambiente colaborativo entre o pessoal pouco afeito à tecnologia, mas com experiência operacional, e com o pessoal afeito à tecnologia, mas com pouco conhecimento prático da operação. Neste sentido, o programa “C.R.A. 4.0” da Usina Pitangueiras é um excelente modelo. Uma plataforma de Usina 4.0 como o S-PAA usa a inteligência artificial para incentivar o melhor aproveitamento dos diversos tipos de inteligência e aptidões de cada profissional no processo, visando obter a otimização dos resultados da planta. Conclusão Hoje, sistemas inteligentes, que podem ser considerados no concei-

to 4.0, comandam o planejamento e a rotina operacional e administrativa de dezenas de usinas. É importante ressaltar a complexidade da planta industrial de uma usina, cuja eficiência depende de centenas de variáveis muito dinâmicas e de profissionais que carecem de tecnologias avançadas para transpor a inteligência da gestão para a operação. Exceto se a usina está num nicho de mercado rentável ou num paraíso edafoclimático, em algum momento dos próximos anos terá que adotar um projeto de Usina 4.0 para se manter competitiva. E, neste sentido, escolher uma plataforma integrada, escalável e com dezenas de cases de sucesso é um quesito estratégico. *Nelson Nakamura, diretor da Soteica, é engenheiro mecânico com pós-graduação em produção, especialização em engenharia química e PhD em administração de empresas. *Douglas Castilho Mariani, é engenheiro químico com doutorado em engenharia química na área de simulação e otimização de processos industriais e consultor da Soteica. *Josias Messias é jornalista e presidente da ProCana Brasil.


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PADRONIZAÇÃO DE FROTA AGRÍCOLA REDUZ CUSTO DE AQUISIÇÃO E MANUTENÇÃO FOTOS ARQUIVO

Planejamento da safra, facilidade na alocação e substituição de máquinas quando necessário estão entre os benefícios ANDRÉIA VITAL, DA REDAÇÃO

A busca por alternativas para melhorar a eficiência e a rentabilidade é frequente. O uso de toda a tecnologia existente e também do know-how disponível são indicados neste sentido, sendo que uma das ferramentas que vem ganhando terreno e pode contribuir para que os resultados esperados sejam alcançados, é a padronização de frotas agrícolas. Para Marco Lorenzzo Cunali Ripoli, Ph.D, engenheiro agrônomo, mestre em máquinas Agrícolas pela ESALQ-USP e doutor em Energia na Agricultura pela UNESP, a padronização de frotas traz melhor planejamento da safra, facilidade na alocação e substituição de máquinas quando necessário, redução de custos de aquisição e manutenção. Além de melhor preparo do efetivo de trabalho, pois possibilita operar qualquer um dos equipamentos. “É uma tendência quando avaliamos que o cliente é 100% leal à marca e acredita naquilo que foi vendido para ele. Não apenas os equipamentos, mas também a experiência de uso em toda vida útil do produto”, explica Ripoli, comentando que existem

usinas e fornecedores de cana que somente compram uma determinada marca. De acordo com o especialista, para padronizar as frotas é necessário ter um relacionamento muito bom de prestação de serviços e confiança com o concessionário local, dentro de todas as áreas de atuação. A prática proporciona redução nos custos com inventários em peças, manutenções, treinamento de funcionários, ter melhores negociações comerciais de compra e troca de equipamentos, linhas de financiamento diferenciadas, etc. Ripoli ressalta, porém, que quanto maior o cliente, menor o interesse em depender de apenas uma marca para ter onde se socorrer, caso um deixe na mão. Portanto, preferem manter relacionamento com mais de um concessionário, muitas vezes onerando o financeiro da empresa que precisa manter um maior estoque de peças, gastos com treinamento etc. para que os equipamentos e máquinas continuem rodando. “Na maioria das usinas de cana, no caso de colhedoras, existem apenas três marcas no mercado (John Deere, Case e Agco-Valtra), mas apenas as duas primeiras realmente estão em evidência. Diferente do caso de tratores que existem diversas marcas, na sua maioria pertencentes aos grupos acima”, elucida. “Eu, pessoalmente, sou a favor da padronização de frotas mediante um compromisso firme da marca e rede de concessionários. Lembrando que a padronização passa também pelos transbordos, caminhões, veículos de apoio etc”, observa.

Ripoli: é necessário ter bom relacionamento com o prestação de serviços

Wiezel: padronização facilita a manutenção

Prática também é bem vista por produtores Para o produtor de cana-de-açúcar, Pedro Carvalho Wiezel, a padronização facilita a manutenção e possibilita uma economia na compra de peças de reposição e manutenção preventiva, pois se compra em uma escala maior. O engenheiro agrônomo ressalta ainda que é possível aumentar a eficiência de trabalho, devido a manutenção ser igual e se tornar mais previsíveis, evitando assim paradas desnecessárias, como também conseguir mais agilidade do socorro na quebra. “Conseguimos especializar mais a mão de obra de manutenção, padronizamos o almoxarifado de peças de manutenção preventiva e também de peças que se depreciam mais rápido, evitando surpresas ruins na lavoura”, explicou.


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A nova face da mão de obra agrícola em Bioenergia DIVULGAÇÃO

Modernas tecnologias invadem a área agrícola das usinas de cana-de-açúcar, superando os grandes centros na adoção de novas tecnologias. Em tempos não muito distantes, os registros de produção dos trabalhadores do setor eram realizados em marcos e leiras, evoluindo para o caderno com o passar dos tempos e, atualmente, por força de lei, o registro do trabalhador passou a ser em meio digital. Sendo assim, a Usina São Domingos, focada em inovação e pioneira no uso de otimizadores matemáticos no sequenciamento logístico da colheita, passou a utilizar a tecnologia de reconhecimento facial para registro de todas as atividades do trabalhador em campo, adotando diversas tecnologias de última geração, dentro de um Roadmap de Transformação Digital, como Machine Learning e Facial Recognition. Pioneira do segmento a Usina São Domingos implementa o registro de ponto por reconhecimento facial nas atividades no campo, quebrando paradigmas e inovando a forma de coleta e registro de ponto, a tecnologia

registra o ponto com geolocalização dando assim segurança jurídica ao processo de registro de ponto com ganho em produtividade, afirma Sérgio de Mira Machado, Supervisor de Recursos Humanos da Usina São Domingos. Esta adoção não se deu apenas

pelo uso em si da tecnologia, mas sim pela economia gerada pela redução de dispositivos específicos para registro de ponto (REP), com redução de investimento de 40%, garantindo um melhor compliance e segurança para o colaborador, ressalta Juliano Ficher, Diretor Administrativo Fi-

nanceiro da Usina São Domingos. O executivo destaca também que a companhia decidiu em 2019 mudar sua visão de negócio, determinando um novo propósito - “vamos ser referência no setor em maximização e otimização em nossos ativos nos recursos operacionais e principalmente tecnológicos”. Temos um duplo desafio no setor: adotar tecnologias maduras e que caibam em nosso fluxo de caixa. Contudo, no atual cenário de agronegócios, não temos o luxo de experimentar, temos que adotar tecnologias modernas, mas que nos tragam resultados financeiros de curto e médio prazo, afirma Ariel Souza, de Inovação e Tecnologia Gerente da Companhia. A viabilidade de projetos como este está associado a um arrojado e moderno programa de inovação e transformação digital, estruturado para promover uma profunda mudança nos próximos dez anos na empresa, com planejamento de execução em ondas de rápido retorno em modalidade incremental.


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MANUTENÇÃO AUTOMOTIVA PREDITIVA É ESTRATÉGICA PARA REDUÇÃO DE CUSTO DIVULGAÇÃIO

Os gastos na média nesta área da usina giram em torno de R$ 14,00 a R$ 16,00 por tonelada de cana própria produzida

De acordo com Sodré, a otimização dos custos de manutenção automotiva é iniciada desde a estruturação da manutenção automotiva, através da definição da estrutura organizacional, identificação dos processos, procedimentos fundamentados num orçamento consolidado da manutenção e adoção de melhores práticas de manutenção, de suprimentos, de gestão e de acompanhamento através de KPI’ s pré-estabelecidos, que são fundamentais para atingir uma melhor otimização de custos da manutenção automotiva.

ANDRÉIA VITAL

A manutenção automotiva pode ser usada como uma estratégia para redução de custos na produção de etanol, açúcar, energia e seus subprodutos. Os orçamentos nesta área, no segmento, representam cerca de 8% a 15% da ROL (Receita Operacional Líquida) de uma unidade e podem ter índices maiores, caso a área não receba uma atenção especial. Segundo Dário Wilian Sodré, diretor da D2G Consultoria e especialista nesta questão, em média, os gastos com manutenção automotiva numa usina, giram em torno de R$ 14,00 a R$ 16,00 por tonelada de cana própria produzida, para as empresas que tem ao redor de 90% de primarização ou verticalização de sua manutenção. Embora existem usinas, atualmente, com indicadores muito acima disso, fato que impacta significativamente os custos do produto. Portanto, a boa gestão da manutenção automotiva reflete no desempenho das indústrias, influenciando nos indicadores previstos, já que sem garantia de disponibilidade dos equipamentos, não é possível realizar as operações agrícolas dentro dos prazos planejados, com isso, é necessário a contratação de recursos extras de maneira desordenada, sem nenhum planejamento, elevando muito os custos de manutenção e de produção. Para garantir um resultado satisfatório, com mais qualidade e agilidade nas oficinas, é possível fazer a manutenção automotiva e a manutenção preventiva. Mas afinal, qual a diferença entre as duas? Sodré explica que a manutenção preventiva é uma intervenção prevista, preparada e programada antes da data possível do surgimento de uma falha, normalmente estruturada na manutenção TBM (Time Based Maintenance). Já a manutenção preditiva é uma metodologia, CBM (Condition Based Maintenance), conhecida como uma

AS SEIS TÉCNICAS DE ANÁLISES USADAS PELAS USINAS SÃO ESSAS • Análise de óleos lubrificantes feita com instrumentos para reparos programados, de muito menor custo nos equipamentos, através das análises dos fluidos; • Análise de medição de superfícies através das medições programadas do material rodante das colhedoras de cana, com isso, fazendo as intervenções no melhor momento programado; • Análise de pressões e profundidade em pneus através das medições de pressão nos pneus, garantimos a maior durabilidade e produtividade e com a medição da profundidade do sulco de borracha, da melhor hora para fazer a retirada do pneu para reforma ou outras manutenções de pneumáticos; • Análise de vibração em elementos rotativos fazendo a medição de vibração por exemplo em colhedoras de cana, embora, essa tecnologia, muito utilizada na área industrial, ainda é bem embrionária no setor de máquinas automotivas, em função da dispersão dos valores; • Análise de superfícies por termografia, muito utilizada por nós atualmente para fotos térmicas em equipamentos, com isso, fazendo intervenções programadas nos equipamentos antes das falhas; • Análise de trincas em eixos através de testes com partículas magnéticas para detectar trincas e quebras em eixos rotativos.

técnica de manutenção com base no estado do equipamento. A manutenção preditiva faz o acompanhamento periódico das máquinas, baseando-se na análise de dados coletados por meio de monitoramentos ou inspeções em campo. “A manutenção pre-

ditiva já é uma ferramenta usada por empresas do segmento sucroenergético em suas frotas, embora há espaço para evoluir muito nos próximos anos, principalmente com as tecnologias de on board sensor e machine learning”, afirma o especialista.

Indicadores fundamentais A manutenção automotiva identifica dois indicadores fundamentais, ou seja, a disponibilidade e o CRM (Custo de Reparos e Manutenção) com segurança. E para que esses indicadores sejam atingidos, é necessário uma série de planejamentos, programação e gestão que devem ser estabelecidos inicialmente no PDM (Plano Diretor de Manutenção) e realizados através dos Planos Táticos e Operacionais de Manutenção. Pesquisas mostram que o PCM vem sendo muito usado pelas usinas, gerando bons resultados, embora ainda tenha muito a evoluir como instrumento de planejamento, programação e controle da manutenção automotiva. “A padronização e confiabilidade são essenciais em um processo de manutenção”, afirma Manoel Gomes, da Lema Empresarial. Para ele a falta de manutenção preventiva ou uma preventiva mal implantada empobrece a confiabilidade do ativo e muitas usinas já têm um bom padrão; outras precisam se atualizar. Gomes também alerta que é preciso rever a capacitação dentro das oficinas e ter como regra a homologação das peças. “Não é só a falta de uma manutenção preventiva que faz o equipamento parar. É preciso checar a mão de obra do mantenedor e do operador, se possuem baixa capacitação, se os materiais foram comprados de forma adequada, se houve PCM. Enfim, há um conjunto de informações para se averiguar que garantem um desempenho aceitável do equipamento”, explica. “Uma usina que consegue trabalhar com os custos reduzidos tem uma estruturação boa. Com preventiva, pessoal capacitado e plano diretor de manutenção não terá tanto prejuízo”, pontua.


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CRM DA MANUTENÇÃO AUTOMOTIVA REPRESENTA 18% DO EBTIDA DA EMPRESA A falta de uma manutenção bem feita é resultado certo de prejuízo para a empresa. “O CRM da manutenção automotiva numa unidade processadora de cana-de-açúcar representa, atualmente, em média 18% do EBTIDA da empresa, ou seja, o que você gasta com manutenção automotiva reflete 18% da geração de caixa dessa empresa e se não for bem gerenciada, pode significar muito mais, resultando em uma menor geração de caixa, menor LLO (Lucro Líquido Operacional)”, contabiliza o especialista. Segundo ele, na manutenção automotiva das empresas do setor sucroenergético, ainda não se tem indicadores standard validados para melhor gestão, tais como os que já existem na indústria ou na agrícola. “Portanto, se a manutenção não for estruturada dentro dos padrões aceitáveis, a perda para essa empresa e muito grande”, acentua. Outro fator que influencia no

“NÃO TEM COMO QUANTIFICAR EM TERMOS PERCENTUAIS, MAS EMPRESAS QUE ADOTAM ESSA TÉCNICA DO OPERADOR AUXILIANDO NA MANUTENÇÃO, TEM CONSEGUIDO INCREMENTAR SUAS MANUTENÇÕES” bom andamento do trabalho nas oficinas é o humano. Os talentos ou recursos de mão de obra são uma parte fundamental no processo de manutenção. A boa manutenção só é feita se tiver uma equipe desenvolvida, treinada e capacitada para realização dos processos e tarefas. Sodré explica que a utilização do operador como um instrumento de melhorar a manutenção, atualmente, é totalmente permitida, em questões técnicas, legais e se bem formalizados são um fator de contribuição elevado para a melhora da disponibi-

lidade dos equipamentos. “Não tem como quantificar em termos percentuais, mas empresas que adotam essa técnica do operador auxiliando na manutenção, tem conseguido incrementar suas manutenções”, explica. Usina Santa Helena utiliza o método SRS para obter ganhos “Nossa manutenção é linear e utilizamos o método SRS, metodologia de manutenção diferida ao longo do ano”, contou o Sérgio Roberto de Araújo, gerente Manutenção Automotiva da Energética Santa Helena

SÃO FRANCISCO

AS, localizada em Nova Andradina/ MS. Santa Helena é uma das usinas que faz uso do Planejamento e Controle de Manutenção (PCM) e a ferramenta já possibilitou ganhos nesta área, mantendo a disponibilidade dos equipamentos ao redor de 90% para todas famílias de equipamentos. Este ano, iniciaram uma nova ação com a manutenção através da engenharia de confiabilidade. Para Araújo, a manutenção preventiva e preditiva pode ser uma estratégia para reduzir os custos e contribuir para a usina, que está em recuperação judicial desde 2015, a superar a situação. “Em termos de economia, há quatro anos, o orçamento da manutenção se mantém sem nenhum índice de correção monetária ou outros”, assegurou o gerente, comentando que a companhia começou a safra no início de março e deve processar 1,9 milhões de toneladas de cana-de-açúcar e 155.000 m3 de etanol hidratado e anidro.


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Alexandre Guerra e José Bolivar, em canavial da Japungu

JAPUNGU VIABILIZA EXPANSÃO DO GOTEJAMENTO REDUZINDO LÂMINA DE IRRIGAÇÃO Êxito com a tecnologia sagrou a unidade como Usina/Destilaria do Ano em Irrigação A Usina Japungu é conhecida por utilizar a irrigação por gotejamento subterrâneo no cultivo da cana-de-açúcar. Com o uso desse sistema israelense, a propriedade passou a ter produtividade média de 115 toneladas de cana por hectare (TCH), nos 4.400 hectares onde a tecnologia está instalada. No restante da área cultivada com cana, sem o gotejamento, o rendimento médio é de 45 toneladas por hectare. Devido ao êxito com a tecnologia de gotejamento subterrâneo, a Japungu sagrou-se vencedora do Prêmio MasterCana Nordeste na categoria Usina/Destilaria do Ano em Irrigação.

“COM O GOTEJAMENTO SUBTERRÂNEO, O NORDESTE MOSTRA QUE DISPÕE DE TECNOLOGIA PARA EQUIPARAR SUA PRODUTIVIDADE À DA REGIÃO CENTRO/SUL” “A diferença de 70 TCH impressiona e faz com que a cada ano a expansão do sistema seja da ordem de 1.200 hectares”, explica o responsável de irrigação da usina, Alexandre Guerra. Guerra diz que a Japungu só não acelera a adoção do sistema de gotejamento por falta de água, pois mesmo que a economia no consumo seja menor quando comparado com o uso de outros sistemas de irrigação, como pivôs, o investimento na implantação do gotejamento é muito alto e

só vale a pena se houver garantia de disponibilidade mínima de água. Por essa razão, os projetos que estão sendo implantados na Usina contam com o investimento extra na perfuração de poços profundos, entre 250 a 300 metros de profundidade, visando garantir uma vazão mínima de 50 metros cúbicos por hora, que somada a água disponível viabiliza a implantação do sistema. Outra vertente em estudo de forma criativa pela equipe da Japungu é a redução da lâmina diária

no gotejamento. O objetivo é driblar a falta de água para a irrigação plena no gotejamento, adotando uma irrigação com um custo X benefício que justifique o investimento. “Ainda que não seja o ideal, esta irrigação permitiria suprir a cana com água e nutrientes na quantidade mínima e na época certa, sem o risco da lixiviação, o que elevaria a produtividade média da Japungu para algo em torno de 65 TCH”, explica Guerra. Já Bolivar destaca que os resultados com a irrigação por gotejamento são frutos dos investimentos e aprendizagem de quase uma década da Usina com a tecnologia, a qual se encontra madura e permite buscar novos horizontes de competitividade para a cultura canavieira na região. “Com o gotejamento subterrâneo, o Nordeste mostra que dispõe de tecnologia para equiparar sua produtividade à da região Centro/Sul”, conclui o presidente da Japungu.


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Inoculante é uma das tendências para aumentar produtividade da cana FOTOS DIVULGAÇÃO

Grupo varietal, correção de solo, uso de adubação foliar e controle biológico compõem a lista de alternativas ANDRÉIA VITAL, DA REDAÇÃO

Atentos às tecnologias que resultam positivamente nos campos, os fornecedores de cana investem cada vez mais para garantir maior produtividade nos canaviais. Uma das novidades implantadas por grande parte dos mil associados da Socicana, de Guariba/SP, é o uso de inoculante, tecnologia que contribui para o crescimento de raízes, parte aérea, e oferece uma maior absorção de nutrientes. “Os produtores estão usando o inoculante no suco de plantio, muitos testes estão sendo feitos e acreditamos que isso pode gerar um ganho bastante expressivo, principalmente na diminuição de fertilizante nitrogenado”, disse Bruno Rangel, presidente da associação. Beneficiados pela chuva abundante, os canaviais na região prometem uma boa safra este ano. 100% da plantação é feita pelo sistema de meiose. “O que nos dá oportunidade de plantar uma muda sadia no mês de agosto e fazer a dobra dela em fevereiro ou março, o que tem dado muito ganho de produção e rendimento de mudas, com ganhos de 10 a 15% em economia de muda e melhoria de plantio”, comenta o agricultor. Outra tecnologia que os produtores de cana de Guariba estão de olho é a muda encapsulada, que já vem pronta para ser plantada e promete revolucionar o plantio de cana. O insumo está sendo utilizado na Adecoagro, de Ivinhema/MS, e deve expandir as plantações para outras regiões. No caso do agricultor Luiz Carlos Dalben, presidente da Associação dos Plantadores de Cana do Médio Tietê (Ascana), as tecnologias empregadas em uma área plantada de 5.200 hectares são muitas. “Nossos solos são pobres, portanto, os ambientes de produção são restritivos, temos 87% de ambientes E e D”, conta o agricultor. A fazenda

Rangel, da Socicana: inoculante pode diminuir uso de fertilizante nitrogenado

fica em Lençóis Paulista/SP, município onde se localiza a Usina Zilor, que recebe 100% da matéria-prima plantada ali. Para corrigir o solo, Dalben realiza um preparo direcionado e canteirizado. O plantio é feito com espaçamento de 1,40 m por 0,50 m: tipo abacaxi, sendo que 100% de todo o processo é feito com piloto automático e GPS nas operações mecanizadas, com o tráfego na lavoura direcionado na colheita e tratos culturais.

O uso de adubação foliar parcial com a escolha das áreas e estágios da cana, controle biológico e químico nas pragas, principalmente broca, além da remineralização do solo com Reminer, rico em silício, cálcio, ferro e magnésio, e aplicação de composto orgânico em 100% das áreas de plantio são outras medidas tomadas para garantir uma boa produção. “Com o uso dessas tecnologias, o potencial de produção vem variando entre 69 e 71 t por hectares

sem vinhaça e com vinhaça respectivamente. A produtividade nos últimos anos foi em torno de 80t/h”, afirmou. A correção do solo e correção de micro elementos com auxílio de biológicos também ganhou ênfase na fazenda do produtor Rogério Consoni Bonaccorsi, localizada em Luiz Antônio/SP. Adepto do cultivo de mudas pré-brotadas (MPB), sendo um dos pioneiros a utilizar o sistema de plantio do IAC, o adotando em 2013, o agricultor tem plantado, atualmente, 480 hectares, com idade média de quatro cortes, conseguindo produtividade média de 101 ton/ha na safra passada e previsão de 104 ton/ha na safra que se inicia. “Na parte de solos, já usamos há algum tempo, extração de amostragem do solo com sonda, retirando amostras de 0-20 20-40 40-60 cm para verificarmos a mobilidade dos nutrientes e a correção nas diversas camadas. Nas análises de solo verificamos como estão os macros e micros elementos, bem como o alumínio”, contou. De acordo com o produtor, depois de definida a necessidade de aplicação de corretivos, pode-se escolher dois caminhos, um para soqueira e outro para cana planta. Em ambos os casos é usado o aplicador de corretivo em perfil a 20, 40 e 60 cm de profundidade, com auxílio de trator com GPS. No caso da cana soca é posicionado nas entrelinhas e na cana planta na linha de cana antes da sulcação. “Com esses dados definimos a quantidade de macro elementos (N, P r K) que iremos colocar no plantio ou soqueira, bem como a divisão dos micros entre solo e foliar”, afirma, comentando que estão usando também produtos biológicos tanto na aceleração de decomposição da palha, melhorador de enraizamento como combate a nematoides, fixação de nitrogênio e combate a broca e cigarrinha. “Não dá para falar em uma única tecnologia milagrosa, pois já temos uma boa produtividade por hectare. Neste momento, temos uma somatória de pequenas atitudes e tecnologias que nos dão um pouco de melhoria no final”, ressaltou Consoni, que fornece sua cana para a Central Energética Moreno e Biosev Bioenergia S.A. – Santa Elisa.


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Usina Cocal e Cocamar integram soja e cananos porcanaviais meiosi Novas variedades significam mais produtividade ARQUIVO

Não é segredo para ninguém que Colheita da influenciam oleaginosadiretaas variedades mente na produtividade do canavial, está programada para portanto, são tecnologias ainda muito procuradas. “Um grupo varietal mais recentemente lançado tem exeste mês

pressiva vantagens sobre variedades lançadas, por exemplo na década de 90 A do cooperativa século passado. Alguns Cocamar e acomUsiparativos mostram vantagens 2,3 na Cocal programam para estedemês toneladas açúcardepor o início dadecolheita sojahectare”, cultivaafirma Landell, diretor-geral da comMarcos cana-de-açúcar pelo sistedo IAC e líder do Programa Cana ma meiosi. O cultivo é realizado em IAC. do interior paulista próxima a área Ou seja, município um produtor que invesNarandiba, no qual a Cote na fundação e plantio de um novo cal possui unidade produtora. Por canavial, consegue resultado de esse sistema, o cultivo de soja ocorre maisespaços de duas toneladasàsdefileiras açúcar/ em intercalares de hectarede oucana. algo como 15-20 tonelamudas dasAdeoleaginosa colmos superior ao que uma entra para reformar variedade lançada 25 anos atrás as áreas que, com ohápassar dos anos, conseguiria. Brasil tem trêsOprovão perdendo“Oprodutividade. sisgramas melhoramento genético tema de de integração soja e cana por de cana-de-açúcar e muito meiosi já é celebradoativos pela cooperatieficientes, e que sucroenergética. apresentam consva e pela empresa O tantemente novas opções varietais evento demonstrou a viabilidade do aos produtores. Cabe em ao 2019, produtor, projeto, que teve início após unicamente incorporar essasdestaca novas quase dois anos de estudos, varietaisOem suas áreas de aopções cooperativa. projeto, emenda,

cultivo e desfrutar desses expressivos ganhos genéticos conquistados pelos programas RIDESA, CTC e IAC”, indica o profissional. Sempre disponibilizando novidades aos produtores, o Programa Cana do Instituto Agronômico/ SAA, deverá lançar até o final do ano, mais três novas variedades com perfil moderno, ou seja, adaptadas ao plantio mecânico e a colheita mecânica. As novas variedades têm elevada produtividade agroindustrial, e apresentam adicionalidades como hábito de crescimento ereto com boa resistência a acamamento, e elevada população de colmos (próximo de 80 mil colmos/hectare). Com origem em “sites de seleção” distintos, as variedades representam uma ampla variabilidade de ambientes de produção. “Desta forma teremos variedades oriundas de “sites” paulistas (Ribeirão Preto/SP e Assis/SP) e de uma região de extremo déficit hídrico (Côcos/BA). Em ocasião oportuna destacaremos características específicas destes geenvolveu 19 produtores selecionados nótipos”, diz Landell. pela cooperativa e 5,2 mil hectares.

Plantio sem falhas O plantio tem como finalidade estabelecer um canavial de alto potencial produtivo. Para tanto, esses canaviais deverão ter uma boa população de colmos, neste sentido, um dos princípios é um plantio sem falhas e a variedade é uma tecnologia biológica determinante no estabelecimento desta população. “Há variedades que estabilizam a sua população em 60.000 colmos/ hectare com um perfil mais antigo que traz como uma das características marcantes, um diâmetro de colmo maior. No entanto, hoje há variedades que estabilizam a sua população de colmos em 90.000 colmos e apesar de terem diâmetro de colmos mais finos, perfazem uma elevada produtividade agrícola”, explica o diretor. Segundo ele, essas variedades que se estabilizam com uma população maior traz a perspectiva de canaviais mais longevos e mais protegidos contra um eventual dano no oportunidade processo de colheita. Nova Landell lembra que produPara a Cocamar, a os integração

tores têmoferece um cuidado especial cana ejásoja uma oportunina variedadesaos “facilidadeescolha nova edesustentável seus cooperados, a cooperativa. tadoras” pararelata o plantio mecânico Elaquefornece insumos, tem orientação o invariavelmente produtécnica e recebe toda a produção zido canaviais de alta população. nas unidades e Cruzália, ciAlém disso, de se Iepê preocupam com dades que próximas a Naranbida. tudo envolve a fundação de essa estrutura, a Cocamar, umCom canavial, desde o preparo do ao lado Cocal, promove o desensolo, incorporação de resíduos orvolvimento socialgessagem, e econômico. gânicos, calagem, e um Em nota da cooperativa, diretores bom manejo de produtos nutricioda Cocal que a reforma das nais e de relatam ação fisiológica. áreas de canaviais soja é uma 'Como também,com a utilização de forma de aumentar a produtividade produtos e estratégias de proteção da cana. que reduzem os estresses bióticos Além disso,“Podemos melhora odizer perfil que dos e abióticos. solos e reduz operaassociado ao ousocusto de das variedades ções. de maior potencial biológico, um “manejo avançado” deverá nos Diabrevemente, de campo para elevados levar O funcionamento do sistemadesde patamares de produtividade, integraçãoo soja cana por para meiosi locando eixo eprodutivo o foi apresentado em 27de de“três fevereitão almejado canavial díro em que dia de campo que promovido gitos”, é aquele na mépela Cocamar e pela Usina Cocal. dia dos cinco primeiros cortes, A iniciativa atraiu, também, repreproduz acima de 100 toneladas de sentantes de outrasouusinas paulistas colmos/hectare próximo de e dotoneladas Mato Grosso do Sul interessa14 de açúcar/hectare”, dos em conhecer mais detalhes. conclui.


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QUEM É QUEM NO SETOR

O OUTRO LADO DA USINA OLHO D'ÁGUA

Usina do Ano em Estratégia Empresarial - Gestão no Prêmio MasterCana Nordeste 2020, realizado no início de fevereiro em Recife, a Usina Olho D'água é reconhecida pela solidez e eficiência de suas operações. Com foco na melhoria contínua, a Olho D'água reuniu a equipe para dar início aos estudos de viabilidade para implantação do S-PAA, visando otimizar a cogeração e o balanço térmico da planta industrial. Mas o que mais me chamou a atenção foi a escola de 1º grau "Dr. José Hardman", mantida pela empresa. Desde a arquitetura do prédio, em formato de células ligadas por um pátio coberto; passando pelas salas de aula, todas com ar condicionado; e pela organização e esmero com que tudo é feito pela equipe, a escola é um "oásis" para as crianças da região. Muitos dos gestores da empresa tiveram ali sua primeira oportunidade de estudo e impulso para a formação e carreira. A escola é um dos vários investimentos sociais do grupo Olho D'água na região.

PINDORAMA SE DESTACA PELA DIVERSIFICAÇÃO NOS NEGÓCIOS

Tendo como base a agricultura familiar, com mais de 1.100 associados, a cada ano a Pindorama vem construindo uma estrutura produtiva complexa e diversificada. Ainda que a cana-de-açúcar represente 50% de sua área produtiva, localizada na região de Coruripe (AL), a cooperativa possui uma extensa linha de produtos, que inclui balas, sucos, lácteos, óleos, temperos e até complementos para ração animal, como levedura seca inativa, cuja fabricação foi ampliada nesta safra. Essa estratégia bem-sucedida da Pindorama é um dos destaques do Prêmio MasterCana Nordeste, que acontecerá nesta quinta-feira (06/02), em Recife. Tendo como base a agricultura familiar, com mais de 1.100 associados, a cada ano a Pindorama vem construindo uma estrutura produtiva complexa e diversificada. Ainda que a cana-de-açúcar represente 50% de sua área produtiva, localizada na região de Coruripe (AL), a cooperativa possui uma extensa linha de produtos, que inclui balas, sucos, lácteos, óleos, temperos e até complementos para ração animal, como levedura seca inativa, cuja fabricação foi ampliada nesta safra. Essa estratégia bem-sucedida da Pindorama é um dos destaques do Prêmio MasterCana Nordeste, que acontecerá nesta quinta-feira (06/02), em Recife.

LAYERS: AGRICULTURA 4.0 PARA A CANA

CITROTEC COMPLETA 20 ANOS DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA A Citrotec, indústria de bens de capital que revolucionou as usinas com tecnologias como concentrador de vinhaça a partir de névoa turbulenta e condensador evaporativo, além de destilarias para etanol de milho, completou 20 Anos de fundação hoje. A data foi celebrada em evento de homenagens aos fundadores, diretores e colaboradores mais antigos

Xavi Garcia, CEO da Hemav, e Leonardo do Vale, diretor comercial da Uauw, comemoram os primeiros cases do Layers em usinas no Brasil. Agro Layers é a plataforma da Hemav baseada em Inteligência Artificial que utiliza dados agronômicos e dados aéreos capturados através de sensores multiespectrais para fornecer visão, previsões e estimativas agronômicas para diversas culturas, incluindo a cana-de-açúcar.


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19 de Agosto Na Fenasucro & AgroCana 2020

4º USINAS DE ALTA PERFORMANCE AGRÍCOLA Evento técnico mais bem avaliado da Fenasucro & Agrocana 2019, o Usinas de Alta Performance Agrícola promove o benchmarking anual com as usinas TOP10 em produtividade e inovação, além de produtores que ultrapassam os três dígitos de produtividade.

Informações: eventos@procana.com.br www.jornalcana.com.br/UAP2020 +55 16 9 9635.3205


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QUEM É QUEM NO SETOR PERSONALIDADES DO SETOR SE ENCONTRAM NA DATAGRO ABERTURA DE SAFRA 2020/21

Evandro Gussi, da Unica, Guilherme Guiné e Bruno Mourão, da Solinftec, e Marcelo Lopes Faria, da Cevasa

Eduardo Calichman, Consultor, e Henrique Dalkirane Filho, da Usina Itajobi

Jose Bolivar de Melo Neto, do Grupo Japungu, e Gabriel Sustaita, da Bevap

Com Sabrina Condi, da Tereos

Luiz Paulo Sant'Anna, da Cevasa, Azael Pizolatto Júnior, da Ipê Agro, e Fábio Torres, da Jacto

USINA ALTA MOGIANA TREINA SUAS EQUIPES EM USINA 4.0

USINA CEVASA TREINA EQUIPES EM GESTÃO INDUSTRIAL AVANÇADA

A implantação do software S-PAA de Otimização em Tempo Real na Cogeração da Usina Cevasa, de Patrocínio Paulista, segue com o treinamento dos integrantes em Gestão Industrial Avançada

Equipes de Engenharia, Automação, Operação e TI da Usina Alta Mogiana receberam treinamento de PDCA e Laços Abertos no S-PAA. Embalados pelos resultados preliminares alcançados nos primeiros meses de implementação com foco em Laço Fechado, as equipes da Soteica e da Usina dão sequência ao projeto aproveitando a entressafra para capacitação técnica na ferramenta. O único RTO do setor está presente em mais de 40 usinas e se torna cada vez mais o "gênio digital" da Alta Mogiana, um dos mais tradicionais e eficiente


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QUEM É QUEM NO SETOR

Luis Carlos Jorge (Júnior) e Paulo Garrefa, do CeiseBr, com Paulo Montabone, da Reed Fenasucro

João Henrique de Andrade, Fernando Pinheiro e Claudio Cheli Lotufo da Usina Pitangueiras

Luciano Fernandes, da Tree Sales; Luiz Oranges, da Profit; Juliano Ficher, da Usina São Domingos; e Mário Campos, do Siamig

Com Newton Santana, da Alvarez & Marsal Brasil

Evandro Gussi, da Unica, Guilherme Guiné e Bruno Mourão, da Solinftec, e Marcelo Lopes Faria, da Cevasa

Equipe de gestão da Bevap, da trading Sucden; Gustavo Sarti, da Agrobiotech; e René Sordi, do Grupo São Martinho

ZANINI RENK AMPLIA PORTFÓLIO PARA O SETOR

Tradicional grupo fornecedor de equipamentos e tecnologias para as usinas, destacando-se como fabricante de redutores especiais, a Zanini Renk amplia seu portfólio para as usinas. Em parceria com a Siemens, vem acumulando cases de sucesso em manutenção e otimização de turbinas a vapor, e passou a fabricar componentes para caldeiras e outros equipamentos de grande porte na unidade de Sertãozinho (SP). O objetivo agora é usar os canais e eventos da ProCana Brasil para divulgar as novidades. Na foto com Cristiane Câmara, Rodrigo Baratti e Guilherme França

VISITA À TGM

Adalberto Marchiori, gerente de Marketing da TGM e Gilmar Messias, comercial da Procana


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QUICKFIT™ SISTEMA DE TROCA DE ÓLEO SEGURA O Sistema QuickFitTM da Parker transforma as trocas de óleo de motores e máquinas em um processo rápido, limpo e seguro. Com ele é possível realizar tanto a purga do filtro quanto a retirada e o reabastecimento do óleo a partir de um único ponto de conexão, impedindo derramamentos, vazamentos ou respingos e ampliando a eficiência e a segurança do processo. Esta solução inovadora chega para beneficiar empresas de diversos mercados: transportes, agronegócio, construção civil, mineração, geração de energia e limpeza urbana, entre outros. O mesmo ponto de conexão é usado para reabastecer o sistema com óleo novo. Isso reduz o número total de etapas no processo de troca de óleo e elimina qualquer risco à segurança ou derramamentos. Mais Rápido. O processo em três etapas do sistema QuickFit é uma solução mais padronizada. A utilização de uma conexão por

usado corretamente, o QuickFit: • Elimina derramamentos de óleo em 100% • Cria menos lixo consumível • É mais ecológico

compartimento resulta em menor variabilidade durante a manutenção de rotina. Os benefícios incluem: • Custos operacionais mais baixos • Tempo de troca de óleo reduzido em aproximadamente 50% • Maior lucratividade

• Menos treinamento Mais Limpo. A válvula QuickFit se conecta diretamente do veículo à contenção final para controle completo. Isso significa que não há vazamentos, derramamentos e panelas de óleo desajeitadas. Quando

Mais Seguro. O sistema QuickFit é ergonômico, pois permite um acesso mais fácil, o que simplifica o processo de troca de óleo. Ajudando a manter os trabalhadores limpos, seguros e mais produtivos. • Melhorando significativamente as condições de segurança • Reduzindo a possibilidade de escorregões, quedas e queimaduras • Reduzindo a exposição do operador a fluidos Para saber mais, acesse: https:// promo.parker.com/promotionsite/ quickfit/us/en/home

UNIFIBRA É ESPECIALIZADA EM SOLUÇÕES PARA 18/03/2020 ESCOAMENTO E ENRIQUECIMENTO DE VINHAÇA

16:53

DIVULGAÇÃO

Com investimentos ultrapassando a casa dos R$ 8 milhões, a empresa pretende dobrar sua produção para atender a demanda com o RenovaBio O uso adequado da vinhaça está entre as soluções que contribuem para que o setor obtenha mais CBios. Também conhecida como vinhoto e restilo, a vinhaça é um resíduo líquido derivado da destilação do vinho, resultante da fermentação do caldo da cana-de-açúcar ou melaço. Para cada litro de álcool produzido, é gerado, pelo mesmo processo, em média 13 litros de vinhaça. Por ser rica em matéria orgânica, potássio e outros nutrientes, a vinhaça, antigamente vista como fonte potencial de poluição, passou a ter um grande valor econômico na lavoura da própria cana-de-açúcar,

sendo aproveitada para fertirrigação. Esse aproveitamento reduz o custo de aplicação de fertilizantes, pois se economizam máquinas, mão de obra e compra de adubos químicos. A vinhaça possui um alto valor de fertilizante em solos, no entanto são necessários cuidados no armazenamento, transporte e aplicação para que não cause danos ao meio ambiente, o que exige a necessidade de alguns cuidados na escolha e manutenção dos equipamentos utilizados no manejo desse resíduo. No momento várias

empresas do setor estão trabalhando com enriquecimento da vinhaça para fertilização do seu canavial, temos soluções integradas agregando tanques estacionários e agitadores para facilitar o processo, gerando economia e ajudando a descarbornização. Para o transporte da vinhaça em caminhões, os tanques em fibra de vidro, plástico reforçado em fibra de vidro (PRFV) são ideais, pois apresentam alta resistência à corrosão, baixo custo de manutenção e proporcionam um armazenamento mais seguro.

A Unifibra fabrica tanques de transporte (elíptico, semi-elíptico e cilíndrico), tanques especiais como o modelo exclusivo Off-Road para aplicadores de vinhaça localizada, reservatórios para armazenamento e realiza manutenção e recuperação, assim como locação de tanques de transporte e carretas. Também produz peças e acessórios para reservatórios e tanques de transporte. A empresa também atende a indústria química, petroquímica, cervejaria e saneamento básico. Mas o setor sucroenergético representa 70% de seu faturamento, o que justifica os lançamentos mais focados na agroindústria canavieira e a aposta no RenovaBio. "Sabemos que estamos no caminho certo, achamos que os investimentos serão pontuais para um novo rumo à política do biocombustível, proporcionando novas vagas de emprego na região. O Brasil precisa dessa força", afirma Fernando Nardelli, Diretor-Comercial da Unifibra.


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Dwyler oferece tecnologia Anton Paar para usinas de etanol DIVULGAÇÃO

Fundada em 1987, a DWYLER Equipamentos Industrias é uma empresa especializada no desenvolvimento e fabricação de instrumentos e sistemas para medição de vazão e nível, além de soluções para os segmentos de Petróleo e Usinas de Álcool. A Dwyler Equipamentos esta totalmente comprometida com o atendimento aos requisitos da qualidade de seus produtos e serviços. Para isso, baseia-se no contínuo desenvolvimento de seus recursos humanos e tecnológicos para alcançar seus objetivos da qualidade. Pensando na atualização e melhoria de nossos serviços, a empresa vem esse ano com um novo produto, a Válvula de Controle Digital, que tem como função através de comando eletrônico, manter a pressão estável, garantindo alta precisão de carregamento. Estaremos sempre voltados para o atendimento da satisfação de nossos clientes. Estabeleceremos um ambiente de cooperação mútua com colaboradores, na busca da melhoria contínua da eficácia do sistema de gestão da Qualidade.


44 NEGÓCIOS & OPORTUNIDADES

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