Jornal de Toronto
Agora também no Jornal de Toronto A blogueira Gabriela Ghisi traz seu olhar sobre o cotidiano da nossa cidade. p. 3
Canadá 150 anos. O que isso significa? Se Montreal tem 375 anos e Toronto 183, o que estamos comemorando, afinal? p. 2
“Aqui me tens de regresso” A volta de Cristiano de Oliveira e seu estilo imperdível O grande cronista do samba e das letras não perde o ritmo e nos brinda com seu texto irreverente. p. 7
edição # 1 | ano # 1 | julho 2017 | www.jornaldetoronto.ca | info@jornaldetoronto.ca | ISSN 2560-7855
O grande lançamento do ano Jornal de Toronto marca uma nova fase do jornalismo na comunidade de língua portuguesa
Metade dos medicamentos continua a ser concebida e dosada para homens
A maioria dos remédios são generalizados para as mulheres, a quem se receitam dosagens planejadas para o peso e metabolismo médio dos homens. p. 11
Fala Brasil José Francisco Schuster estreia coluna mensal no Jornal de Toronto
Jornalista que comandou por 8 anos o programa Fala Brasil escreve sobre a riqueza da língua portuguesa. p. 6
Website com vídeos e matérias complementares
www.jornaldetoronto.ca
O Jornal de Toronto nasce com o intuito de trazer boa notícia e informação com a qualidade que a comunidade merece. Os conteúdos do Jornal são escolhidos pensando no público leitor que mora nas cidades de Toronto, GTA e Montreal; ou seja, é um jornal feito para você. Além dos colunistas fixos de Toronto, há também matérias vin-
Passar as férias onde não se fala uma palavra do idioma local
Você já viajou para algum lugar onde não falava absolutamente nada da língua? As pessoas sempre dizem que, nas viagens, deveríamos saber pelo menos como falar “olá” e “obrigado” – e talvez, “Onde fica o banheiro?”. p. 9
das de jornalistas de Montreal e Vancouver, de reconhecidas agências de notícias internacionais, e também de releases enviados para o Jornal pela comunidade local. Esse conjunto traz diversidade de conteúdo, diferentes visões jornalísticas, maior interesse nas matérias e, mais importante, uma forte conexão com nosso público leitor.
Toronto Reference Library p. 3
A abordagem é sempre clara, inteligente, bem estruturada, para que a informação seja publicada da melhor forma possível. Essa é, sem dúvida, uma nova fase do jornalismo na comunidade de língua portuguesa em nossa cidade.
Projeto de lei pretende legalizar a maconha para fins recreacionais p. 10
Editorial Saímos do nosso país e viemos morar em Toronto. Tem a saudade dos amigos e da família, daquele pão na chapa do boteco, do abraço acalorado... sentimos até falta das brigas no almoço de domingo. Imigrar tem todos os benefícios que nós já sabemos, mas certamente não é um processo nada fácil. Talvez a maior dificuldade seja a língua, e é por isso que o sentimento de comunidade é tão importante. E é por isso também que o nosso jornal é em português. O lançamento do Jornal de Toronto é uma comemoração e uma homenagem a todos aqueles que falam nossa língua e vivem a experiência de estar aqui no Canadá. Na era da informação, é difícil saber o que é notícia confiável e o que é – para usar um termo da moda – fake news. A partir de agora, o Jornal de Toronto é o melhor lugar para ler matérias de qualidade, preparadas por profissionais da área e selecionadas para informálo da melhor maneira possível. Escreva para a gente, compartilhe suas ideias, anuncie seu negócio; faça do Jornal de Toronto o seu espaço, para que todos nós cresçamos juntos e em benefício de todos. Sejam bem-vindos ao Jornal de Toronto! ADR Editor-chefe: Alexandre Dias Ramos Revisor: Eduardo Castanhos Fotógrafos: Erika Wittlieb, Fabio Torres, Juliano Ghisi, Pawel Kryj, Rachel Scott & Rafael Salsa Correa Colunistas: Cristiano de Oliveira, Emma Sheppard, Gabriela Ghisi & José Francisco Schuster Colaboradores dessa edição: André Oliveira, Ângela Mesquita, Bianca Bold, Carolina Soares, Erika Sendra Tavares, Fabio Torres, Geisa do Amaral Mainardes, Luciana da Luz Silva, Marcelo Pires Mendonça, Mônica Candido, Oláguer Chacón, Rosana Entler & Tom Cardoso
Cotidiano
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Canadá: 150 anos Visto eletrônico de seus primeiros facilita a vinda de passos como nação brasileiros ao Canadá
Oláguer Chacón é jornalista especializado em assuntos internacionais O Canadá se veste de gala para comemorar seus 150 anos por meio de celebrações e atividades em todo o país. Mas para muitos imigrantes, especialmente aqueles que ainda estão se familiarizando com a história deste país, o número é curioso, especialmente quando temos cidades como Montreal e Toronto, com 375 e 183 anos, respectivamente. Daí surge a pergunta: O que estamos comemorando, afinal? Em 2017 celebra-se o 150º aniversário da Confederação do Canadá, ou seja, o processo de união (numa unidade política) das colônias britânicas na América do Norte. Estas colônias foram, inicialmente, Ontário, Quebec, Nova Escócia e Nova Brunswick. E assim, em 1867, começou o processo de consolidação do Canadá para se tornar uma nação independente. A esta nova Confederação deu-se o nome de "Domínio do Canadá". Mais tarde, tomaram parte deste "Domínio" as
províncias de Manitoba e os Territórios do Noroeste (1870), Colúmbia Britânica (1871), Prince Edward Island (1873), seguidos de Yukon (1898), Saskatchewan e Alberta (1905), Terra Nova e Labrador (1949), e Nunavut (1999). Não se pode confundir a Confederação do Canadá como a independência do país, pois o Domínio do Canadá, embora tivesse um autogoverno, permaneceu sob o controle do Reino Unido entre o anos de 1867 a 1931. Foi a partir do Estatuto de Westminster que o Canadá, assim como os outros domínios, adquiriram o status de igualdade política com a Grã-Bretanha. É importante saber, para entender melhor a data, que ao contrário dos processos de independência do resto da América (com exceção do Brasil), onde a independência foi forjada através da luta dos libertadores, com a ruptura abrupta com o país mãe, o processo canadense tem sido gradual e harmonioso. A Confederação é considerada o ponto de partida para a independência do Canadá, e por isso 2017 é um ano de grandes comemorações para o povo canadense.
A partir de agora, alguns cidadãos brasileiros poderão solicitar uma Autorização Eletrônica de Viagem (chamada eTA), em vez de um visto de visitante, para viajar ao Canadá por via aérea. Em muitos casos, isso facilitará muito a vinda de amigos e parentes brasileiros para o Canadá. Aqueles que tiveram um visto canadense emitido nos últimos 10 anos, ou que possuem um visto americano de não imigrante válido, serão elegíveis para o eTA. O processo de solicitação é simples, barato, e a autorização é válida por cinco anos ou até o seu passaporte expirar (o que ocorrer primeiro). A autorização permite que pessoas viagem ao Canadá quantas
vezes desejarem, por curtos períodos de tempo (normalmente até 6 meses por viagem), para estudar, visitar ou fazer negócios. Mas lembrem: Todos os cidadãos brasileiros ainda necessitarão de um visto de visitante se ingressarem no Canadá via terrestre (por meio de automóvel, ônibus, trem...) ou de barco. E os residentes permanentes do Canadá não necessitam do eTA, mas precisam viajar com o seu cartão ou documento de PR; caso contrário, podem não conseguir embarcar no voo de volta ao Canadá. Você encontrará informações em português pelo site: www.cic. gc.ca/english/visit/eta-facts-pt. asp
Agradecimento especial para: Danilo Baracho, Deluan Cotts Quintão, Eduardo Baptistão, Janaína Viana, Lidianny Botto, Marcelo Marão & Nayá Ramos Agências, fontes e parceiros: Blog Gaby no Canada, Refugee Citizenship and Immigration Canada, ConsuladoGeral do Brasil em Toronto, Freeimages, Outras Palavras, Pixabay & The Box Factory Conselho editorial: Nilson Peixoto, Rosana Entler & Sonia Cintra © Jornal de Toronto. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução de qualquer trecho desta edição sem a prévia autorização do jornal. O Jornal de Toronto não é responsável pelas opiniões e conteúdos dos anúncios publicados. Circulação: O Jornal de Toronto é mensal e distribuído em Toronto, GTA e Montreal. Contato: info@jornaldetoronto.ca Siga nossa página no Facebook e matérias complementares, durante o mês todo, em nosso site: www.jornaldetoronto.ca ISSN 2560-7855
erika wittlieb
Os 30 anos da imigração brasileira Rosana Entler chegou no Canadá em 2000 Tony foi o primeiro brasileiro que conheci no Canadá. Ele desembarcou nas terras geladas em 1971. Quando perguntei por que ele havia decidido sair do Brasil, a resposta foi “Ah, sei lá, sabe como eram as coisas no Brasil naquele tempo, né?”. Tony saiu do Brasil na época do “ame-o ou deixe-o”, e, quer saber, Tony nunca deixou de amar o Brasil. Também não foi por não
amar o país que, em 1987, voos lotados da extinta Varig pousavam no aeroporto de Toronto. Foram tantos brasileiros que desembarcaram naquele ano que 1987 é considerado o marco da imigração brasileira na terra do hockey. Dizer que imigramos em busca de uma vida melhor é redundância. O que talvez torne cada caso de imigração único seja o significado de uma vida melhor para cada um de nós. Segurança, estabilidade financeira, acesso a sistemas de saúde e educação decentes, são as razões mais óbvias
e imediatas, mas, seja lá qual for a definição de uma vida melhor, buscamos sim oportunidades dentro de um sistema mais justo para todos. Trinta anos se passaram e há muito o que se comemorar. Superamos a dificuldade de se pronunciar o tal do “th”, as temperaturas negativas, a saudade da família, e hoje fazemos a diferença em vários setores da economia canadense. Para os que aqui chegaram em 1987, tenho certeza que trinta anos voaram, mas a verdade é que esses voos corajosos fizeram
com que, diferentemente do tempo em que o Tony chegou, nossa bagagem cultural fosse reconhecida além dos tão insuportáveis clichês. A todos que há trinta anos entraram naquele avião, aos que vieram antes, aos que chegaram depois, e àqueles que ainda chegarão, parabéns e o meu muito obrigada por terem tido a intrepidez e o instinto desbravador. E que venham mais trinta anos.
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O que esperar de Toronto Gabriela Ghisi
Espere gente de todos os cantos do mundo Toronto é uma das cidades mais multiculturais do mundo. Pesquisas mostram que 70% dos moradores da cidade não falam inglês
juliano ghisi_gabynocanada.com
Arredores da Queen Street West.
dentro de casa e 51% não nasceram no Canadá. Toronto é a casa de 230 nacionalidades diferentes e é só passear por lugares famosos como a Yonge Street e o Eaton Centre que você consegue notar esta diversidade cultural. E vale falar aqui que todos se respeitam e a vida segue incrivelmente organizada e pacífica, como deveria ser em todos os outros lugares. Espere festivais e eventos culturais o ano todo Uma das consequências de viver em uma cidade multicultural é poder viven-
ciar diferentes culturas. E uma das maneiras de usufruir disso é participar dos inúmeros festivais e eventos culturais que acontecem na cidade durante o ano todo. Só para vocês terem um gostinho, Toronto possui um festival grego (Taste of Danforth), um festival italiano (Taste of Little Italy), um festival latino (Salsa on St Clair), um festival mexicano (MexFest), um festival polonês (Roncesvalles Polish Festival) e até um festival brasileiro (BrazilFest). A maioria dos eventos acontece nos meses quentes, mas durante todo
o ano há atrações para os moradores e visitantes da cidade. Espere um transporte público bom, mas algumas vezes com eficiência questionável O transporte público de Toronto é chamado de TTC e compreende metrô, streetcars e ônibus. O TTC não é destaque e nunca ganhou nenhum prêmio de “melhor sistema de transporte do mundo”, mas ele cobre 1200km de estradas na cidade e é sim bem efetivo. Apesar disso, espere encontrar vagões de metrô sem ar condicionado em pleno ve-
rão, multidões nos horários de rush, streetcars quebrando (e obstruindo o tráfego de veículos) e atrasos e interrupções dos serviços.
na minha opinião. Se você estiver na cidade, pode dar a volta ao mundo provando pratos de todos os 4 cantos do planeta.
Espere muitos parques Toronto é considerada uma cidade verde e possui mais de 1600 parques, 3 milhões de árvores, 839 campos desportivos e cerca de 670 outras instalações recreativas relacionadas a estas áreas verdes, como piscinas, campos de golfe e parquinhos. Há parques espalhados por toda a cidade e os canadenses realmente curtem estes locais durante todo o ano. No inverno os parques não estão tão cheios quanto no verão, mas ainda assim são visitados. Vale destacar aqui que os parques são muito utilizados para eventos sociais, como festas de aniversário e chás de bebê.
Espere muita arte, de todas as formas Toronto é uma cidade repleta de arte, seja arte de rua (grafite), esculturas, arquitetura, museus ou história. Espere se fascinar por lugares como o Art Gallery of Ontario (museu de arte que possui a maior coleção de obras do Grupo dos 7), a Graffiti Alley (beco cheio de arte de rua, incrivelmente fotogênico) e a Universidade de Toronto (o Campus de downtown, chamado de St. George, possui edifícios lindos e históricos).
Espere restaurantes de todos os lugares do mundo A multiculturalidade da cidade também influencia a culinária local. Em Toronto você encontra restaurantes de todas as cozinhas do mundo e isso é uma das grandes atrações da cidade,
Espere se apaixonar perdidamente pela cidade Visitar ou viver em Toronto é uma experiência incrível. A cidade é dinâmica, multicultural, viva e recebe todos de braços abertos. Portanto, espere se apaixonar por ela. Pode demorar um pouco, mas Toronto irá te conquistar. Foi isso o que aconteceu comigo e foi por isso que não a consegui largar mais.
Gabriela Ghisi é coordenadora de pesquisa clínica (com doutorado na UofT), esposa, mãe (do Thomas e do Jojoe) e blogueira. Seu blog Gaby no Canadá traz seu olhar pessoal e humano sobre tudo que merece amor e atenção, principalmente em Toronto. _ gabynocanada.com rafael salsa correa
Eu pensei bastante sobre qual seria o tema desta minha primeira coluna aqui no Jornal de Toronto e me pareceu óbvio apresentar as muitas faces de Toronto e falar sobre algumas características importantes da cidade; algumas que eu só tomei conhecimento depois de morar aqui por um bom tempo. Todo mundo sabe que Toronto é a maior cidade do Canadá, o centro financeiro do país e a cidade onde fica localizada a CN Tower, a terceira maior torre do mundo. Mas e se eu contar para vocês que Toronto é considerada uma cidade verde e super cool, sendo a Queen Street West considerada uma das regiões mais descoladas do mundo? Toronto é realmente única e as chances de você se surpreender estando aqui são enormes.
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Aposentados devem solicitar atestado de vida anualmente Consulado-Geral do Brasil em Toronto Os aposentados e pensionistas da Previdência Social do Brasil precisam comprovar anualmente que continuam vivos para continuarem a receber seus benefícios. Como quem está no exterior não tem como comparecer a uma agência da Previdência Social, deve dirigir-se pessoalmente a um consulado ou embaixada brasileira para solicitar um Atestado de Vida, que deverá remeter ao Brasil. Para solicitar o Atestado, é necessário apresentar carteira de identidade brasileira ou passaporte brasileiro válido e sua fotocópia, além de preencher um formulário. O Consu-
“
lado-Geral do Brasil em Toronto disponibiliza o formulário em seu website (toronto.itamaraty.gov.br), para que já seja preenchido antecipadamente. A taxa de emissão do Atestado é de apenas $7.50, que pode ser paga por cartão de débito (Interac) no próprio Consulado. Quem não tem conta-corrente em banco canadense deve obter uma money order. O documento fica pronto em uma semana. Residentes das províncias de Ontário e Manitoba também podem solicitar o Atestado de Vida pelo Canada Post ao Consulado-Geral do Brasil em Toron-
to. Neste caso, o formulário deverá ser assinado em notário público. Depois, a firma do notário deverá ser certificada pelo Ministry of Goverment and Consumer Services, no caso de Ontário, ou pelo Department of Finance, Consumer & Corporate Affairs Division, de Manitoba. O pagamento, que nos pedidos por correio é de $30.00, deverá ser feito por money order ou cheque certificado. No serviço pelo correio não deve ser esquecido, por fim, de ser incluído um envelope auto-endereçado do tipo Xpress Post, da Canada Post, para que o Consulado envie o Atestado.
Eu gostaria de parabenizar a todos os brasileiros, em especial aos pioneiros, pelos 30 anos de imigração no Canadá. Vocês foram responsáveis, com sua coragem e esforço, pela criação de um pedacinho do Brasil fora de casa. Bravo!!!! Ângela Mesquita
”
Não deixe de conhecer... Toronto Reference Library Mônica Candido é jornalista e mora em Vancouver Toronto possui diversas bibliotecas públicas e dentre elas um dos destaques é a Toronto Reference Library, localizada perto do cruzamento das ruas Yonge e Bloor (789 Yonge Street). Trata-se de um prédio de cinco andares, com mais de cem anos de história, que reúne um rico acervo distribuído em instalações modernas e, ao mesmo tempo, conectado com elementos naturais. Somente para se ter uma ideia do que está acessível aos visitantes, saiba que existem milhares de exemplares de livros impressos, bem como versões digitais, materiais com áudios em mais de 80 idiomas, filmes,
e até uma impressora 3D. Há coleções raras e uma área dedicada à história da província, inclusive com edições de jornais de várias décadas, devidamente preservados e disponíveis para a leitura. A arquitetura é outro ponto que encanta os frequentadores: inclui um elevador panorâmico e salas em forma de redomas transparentes. Aliás, áreas confortáveis é o que não faltam para quem busca um lugar tranquilo para estudar. Existe também a possibilidade de agendamento prévio de espaços destinados ao uso individual ou em grupo. Vale ainda conhecer o simpático “café” que fica
perto da entrada principal do prédio. Para os apaixonados pelo conhecimento, uma dica é conferir todos os meses a agenda de eventos da Toronto Reference Library; sempre há palestras, encontro com escritores, debates e demais ações culturais que trazem na pauta os mais variados temas. É importante reforçar que esta biblioteca pública é totalmente acessível e adaptada para quem tem necessidades especiais. Quer saber mais a respeito das bibliotecas públicas de Toronto? Acesse o site oficial torontopubliclibrary.ca
Política 18
presidentes eleitos pelo povo*
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Você sabia?
Desde a instauração da República, em 1889, apenas 12 presidentes eleitos pelo povo conseguiram completar seus mandatos
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Presidentes eleitos diretamente que completaram o mandato:
eleitos que completaram o mandato**
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com voto direto mas que não terminaram o mandato**
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presidentes
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presidentes eleitos indiretamente
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Presidentes diretamente eleitos que não completaram o mandato:
Prudente de Moraes (1894-1898) Campos Sales (1898-1902) Rodrigues Alves (1902-1906; não completou o 2° mandato, de 1918) Hermes da Fonseca (1910-1914) Venceslau Brás (1914-1918) Epitácio Pessoa (1919-1922) Arthur Bernardes (1922-1926) Eurico Gaspar Dutra (1946-1951) Juscelino Kubitschek (1956-1961) Fernando Henrique Cardoso (1995-1999 e 1999-2002) Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2007 e 2007-2010) Dilma Rousseff (2011-2015; não completou o 2° mandato, de 2016)
A República no Brasil
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Vices que assumiram a presidência: Floriano Peixoto (1891-1894) Nilo Peçanha (1909-1910) Delfin Moreira (1918-1919) Café Filho (1954-1955) João Goulart (1961-1964) José Sarney (1985-1990) Itamar Franco (1992-1995) Michel Temer (2016-2017)
vices Washington Luís: foi deposto em 24 de outubro de 1930, vinte e um dias antes do término do seu mandato como presidente da república, por um golpe militar. Júlio Prestes: eleito em 1930, mas impedido de tomar posse por causa de um golpe militar. Getúlio Vargas: eleito em 1951, cometeu suicídio em 1954. Jânio Quadros: assumiu em janeiro 1961, mas renunciou em 25 de agosto de 1961. Fernando Collor de Mello: eleito em 1990, sofreu impeachment em 1992. Dilma Rousseff: reeleita em 2015, sofreu impeachment em 2016.
*em 23 eleições diretas, sendo 22 mandatos
71%
dos presidentes que governaram o Brasil não foram eleitos pelo povo
**Rodrigues Alves e Dilma Rousseff estão incluídos
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Novas regras do mercado imobiliário em Ontário André Oliveira é mortgage agent
...1,000,000.00... Nos últimos anos, o mercado imobiliário em Toronto e GTA tem ficado cada vez mais competitivo e com valores cada vez mais altos. Hoje, a média de uma casa em Toronto chega a 1 milhão de dólares, o que significa que cada vez menos famílias podem ter uma casa própria. Em consequência, o mercado de aluguéis também inflacionou, transformou-se
numa dinâmica de leilão, e tornou a vida ainda mais difícil para todos aqueles que não veem seus salários subirem na mesma medida. O que parecia, de início, um desenvolvimento saudável do mercado, foi se mostrando perigoso, e o governo de Ontário adotou, desde abril desse ano, medidas para conter esse crescimento desenfreado
e combater a especulação imobiliária. Foram 16 medidas propostas, dentre elas:
• Imposto de 15% aos compradores que não sejam cidadãos ou residentes permanentes;
• Controle para o aumento dos aluguéis, para impedir o abuso nas renovações de contratos por parte dos proprietários;
• Regras mais justas para controle e proteção na relação locador-locatário; • Legislação para introduzir um imposto sobre imóveis vagos, para incentivar os proprietários a vender unidades desocupadas ou alugá-las; • Um programa de 125 milhões de dólares para incentivar a construção de novos prédios de aparta-
mentos para aluguel;
• Revisão das regras junto aos corretores de imóveis, para garantir maior segurança aos consumidores nas transações imobiliárias; • O lançamento de um grupo consultivo de habitação, que se reunirá trimestralmente para fornecer ao governo uma análise do mercado imobiliário e discutir soluções;
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• Maior transparência e organização na arrecadação e utilização dos impostos pagos na compra e venda de imóveis em Ontário.
O próprio governo admite que não sabe se as medidas irão, de fato, resolver o problema. Resta a nós acompanhar as notícias, observar o movimento do mercado e, como sempre, ter a ajuda de um corretor de confiança.
Cultura
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Dialetos da língua portuguesa se encontram no Canadá José Farncisco Schuster Geralmente, o brasileiro não se dá conta da expressiva presença portuguesa no Canadá até começar a pesquisar sobre o país. É uma surpresa descobrir que em Toronto há um bairro chamado “Little Portugal”, e que há um grande número de portugueses em diversas cidades de Ontário, Quebec e Colúmbia Britânica, em uma população estimada em 550 mil pessoas. Embora os portugueses orgulhem-se de que o primeiro carteiro do Canadá tenha sido um português, Pedro da Silva, em 1693, a imigração lusa começou oficialmente em 1953, devido à crise que a economia da Europa enfrentava, após a Segunda Guerra Mundial. O início oficial da imigração do Brasil para o Canadá foi acontecer muito mais tarde, em 1987. Sendo o Canadá um país cuja população conta com cerca de 22% de imigrantes, os brasileiros encontram aqui ainda outros falantes da língua portuguesa, como angolanos, cabo-verdianos e moçambicanos. Assim, como o número de brasileiros no Canadá é estimado em 60 mil pessoas, o número dos que falam o dialeto brasileiro é muito inferior aos que falam o dialeto europeu. É uma situação oposta ao que ocorre em nível mundial, onde 205 dos 273 milhões dos falantes da língua portuguesa são brasileiros e, portanto, usam o dialeto do Brasil. O brasileiro costuma levar algum tempo até acostumar o ouvido e entender a pronúncia portuguesa, especialmente se for no tão falado sub-dialeto açoriano, mais difícil ainda de entender – lembrando que mais de 60% dos imigrantes portugueses vieram dos Açores. Além disso, não há um dialeto açoriano único, com cada uma das nove ilhas do arquipélago apresentando variantes. O mais importante deles é o micaelense, da ilha de São Miguel.
Com povoadores da França, percebe-se no micaelense traços da língua francesa. A vogal “u”, por exemplo, é muito fechada, assim como no francês, distinguindo-se facilmente do “o”. O ditongo “oi” é pronunciado como “ou”. Assim “noite” vira “nout”. O “e” pode virar um “a” fechado, como em “certeza”, que vira “certâza”. Em termos de conjugação, o “nós” é muitas vezes substituído por “a gente”. Assim, o açoriano não fala “nós fomos à praia”, mas “a gente fou pá praia”. E, como os gaúchos herdaram, não se fala “você” ou “vós” (este último ainda utilizado no português europeu), mas “tu”. Para o brasileiro que chega, buscando aproximar-se da comunidade portuguesa, para se sentir mais ambientado ou em busca de emprego, aprender o dialeto do português tornase uma necessidade tão básica quanto aprimorar o in-
E tem dança brasileira em Toronto?!
nayá ramos
glês. Eu mesmo, pouco depois de chegar, um dia fui a um restaurante português, em busca de uma refeição com paladar mais conhecido, e perguntei pelo prato do dia; no que o açoriano respondeu “pôsh”. Como nem repetir estava adiantando, alguém traduziu para “fish”. Ah, peixe! Às vezes é mais fácil entender inglês do que o dialeto açoriano! Por outro lado, açorianos já me retrucaram “Eu não falo espanhol”, quando eu falava português brasileiro – que, para eles, é “cantado”, como o espanhol. Quem imaginaria, ao imigrar, que o Canadá seria também uma oportunidade de conhecer facetas da língua portuguesa, que não conhecemos no Brasil?
Com mais de 30 anos de experiência como jornalista, José Francisco Schuster atuou em grandes jornais, revistas, emissoras de rádio e TV no Brasil. Foi, durante 8 anos, âncora do programa Fala Brasil, inicialmente pela rádio Voces Latinas e posteriormente pela Camões Rádio.
Bianca Bold é tradutora e professora de forró e zumbini
Pode ser até uma surpresa para quem acabou de chegar ou quem nunca procurou se informar, mas a comunidade de dança brasileira em Toronto vai muito bem, obrigada! Embora haja muito chão pela frente, a cidade conta com um menu até que diversificado de escolas e companhias de dança ligadas à nossa arte e cultura. No cerne dessa diversa comunidade de artistas, escolas e companhias locais, temos a B. Arts, uma instituição sem fins lucrativos que tem por objetivo apoiar, conectar e promover profissionais envolvidos com danças brasileiras no Canadá. Com isso em mente, a empresa lançou há pouco tempo um diretório online para reunir toda essa gente boa! www.b-arts.ca A lista inclui todas as escolas e aulas disponíveis atualmente em Toronto e no GTA, para quem quer aprender estilos de dança brasileiros. Você encontra aulas de samba no pé, dança afro-brasilei-
baila toronto
ra, capoeira (e como há opções!), zouk, forró e samba de gafieira. E algumas escolas oferecem bailes semanais ou mensais, para quem quiser dançar socialmente sem fazer aulas. A lista traz todos os links e as informações de contato com as escolas (clique em "Dance Schools"). Para quem busca contratar um espetáculo ou número de dança para algum evento, casamento, festival, etc., o diretório de companhias locais é um prato cheio. Encontre contatos de artistas para shows de samba no pé (boa parte da lista), dança contemporânea, zouk, capoeira e até maracatu tocado lá do alto de pernas de pau! Todos os detalhes estão lá (clique em "Dance Companies"). Andando bem ao lado desse pessoal da dança, está, obviamente, a comunidade de músicos brasileiros de Toronto... São tantos eventos incríveis pipocando pela cidade! Mais isso é assunto para uma próxima matéria. :)
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Aqui me tens de regresso
Cristiano de Oliveira Saudações, gente boa, gente amiga e gente honesta. Foram 12 anos certinhos escrevendo no muito querido Brasil News, de janeiro de 2004 a fevereiro de 2016, 272 matérias. Depois foi um ano de férias, só escrevendo em inglês – não, não vou posar de bonitão brasileiro recebido de braços abertos pelo gringo amigo pela sua arte e talento, esse negócio me irrita e de gente assim a praça tá cheia. A verdade é que
passei um ano só escrevendo convite de Facebook pra nossa Roda de Samba em inglês. Foi interessante, porque eu não consigo só escrever “Atenção: vai ter samba sábado. Venha”, então mesmo em inglês eu me forcei a dar um molho no texto. Mas foi só, portanto, não tô esnobando, porque não tem o que esnobar. Continuo sendo um rapaz latino-americano sem dinheiro no banco, como Mestre Belchior, que fez o desacato de nos deixar sem sua espetacular poesia, sua voz única e seu bigodão (aquele bigode é
que sempre me intrigou. Sempre me dava a impressão de que ele tinha comido um corvo e o rabo havia ficado pra fora).
A Bela Gil do Mal Tom Cardoso é jornalista em São Paulo Sou filho de pais hippies. Meu pai abandonou a luta armada pra ouvir Caetano. O Leãozinho e a Vaca Profana são responsáveis pela minha existência. Sou grato a eles.
Mas juro que muitas vezes deu vontade de nascer filho do Bolsonaro com a Marine Le Pen. Principalmente quando me lembro dos quatro anos em que estudei no Mutirão, uma escola semi-integral que se vendia como "alternativa", mas que, na prática, estava mais para sítio dos Novos Baianos administrado por Josef Mengele. A diretora, chefe do campo de concentração de Cotia, era uma mulher chamada Ana Maria Pimentel, que obrigava a gente a comer arroz integral e feijoada de soja em plenos anos 70, numa época em que as crianças levavam cebolitos de lanche.
E não havia nem um tempo de adaptação para as crianças. Pior: quem não comia toda a comida do prato, levava castigo, como ficar quatro horas de pé no pátio fantasiado de agrião ou de tomate, dependendo do peso e altura. Não estou brincando. É sério. A Ana Maria Pimentel era uma ególatra. Toda segunda, a gente tinha que cantar o hino nacional, o de São Paulo e o do Mutirão, que começava assim: "De manhã ao sair para escola, lá se vai estudante feliz... E terminava assim: "Graças aos professores e a diretora Ana Maria".
Eu odiava a Ana Maria e o seu cheiro de grão de bico. Ela morava na própria escola, numa casa rodeada de plantas e flores. Desde que entrei no Mutirão, ouvi sempre a mesma história: a conexão da Ana Maria com a natureza era tanta que ela era capaz de identificar qual aluno havia feito xixi em determinada planta ou flor, mesmo a quilômetros de distância. A história virou lenda e ninguém nunca ousou mijar no seu orquidário. Só eu. Sou mais curioso que medroso e um dia, após a aula de horta (sim, sei até hoje plantar um rabanete), descarreguei o suco de tamarindo inteiro no girassol predileto da Bela Gil do Mal.
Não sei se ela era paranormal, ou mantinha homens da KGB infiltrados no quintal. Só sei que, no dia seguinte, o bedel da escola me pegou pelo braço e me enterrou até o pescoço exatamente ao lado do girassol.
A história foi parar na página policial da revista VEJA, o que obrigou minha mãe, finalmente, a tomar uma providência e me matricular na Escola Chácara Crescer, também igual ao sítio dos Novos Baianos, mas com administração Baby Consuelo, com professores maconheiros e aulas práticas de poligamia. Aí sim o meu mundo passou a ficar Odara.
Crônica do livro Fora do Tom: crônicas de um jornalista de cueca, de Tom Cardoso. Um livro para quem é pró e contra o impeachment, adepto da escola de Chicago e da New School of Social Research, ouvinte de Cartola e de Tiaguinho, apreciador de Claude Monet e de Romero Brito, leitor de Zibia Gasparetto e de Henry Louis Mencken, fã de jaca mole e jaca dura. eduardo baptistão
Acima, à esquerda: a foto é um clássico dos tempos do Bar da Dona Graça, nos idos de 2009.
E depois de tudo isso, estou de volta, tendo a honra de participar do ousado projeto do Jornal de Toronto, ao lado de grandes amigos. É um recomeço difícil, porque honestamente eu já nem sei se ainda tenho algo pra dizer. Depois desse tempo todo, acho que eu já falei o que tinha que falar. Quando comecei a escrever em Toronto, ainda tinha o olhar curioso do recém-chegado, jovem, solteiro e caçando encrenca – os que me acompanham desde as antigas vão lembrar que eu não passava uma matéria sequer sem sugerir que o leitor olhasse fundo dentro do seu coração e verificasse com carinho se por acaso não teria uma prima bonita e de intenção casadoira pra me apresentar (era uma piada recorrente, mas com um tremendo fundo de verdade, pois a seca estava transformando meu cérebro em corti-
ça). O tempo passou, eu casei, separei, criei gato, viajei com a bandeira do Galo, fiz trabalho voluntário, toquei samba, desentortei banana, amei o próximo, mandei o próximo pro inferno mais próximo... Só duas coisas não mudaram: continuo atleticano (porém sempre comedido e sem encher o saco alheio); e nunca deixei de passar o Natal com vó, porque vó é mais. Mas vamos de coluna nova então. Aos que me conhecem, obrigado sempre, lembrei-me de vocês pra voltar a escrever. Aos que não me conhecem, muito prazer e bem-vindos. Aqui não temos tema fixo nem pose de jornalista: fui revisor e detesto erro de português, mas ao mesmo tempo a beleza da língua brasileira mora na linha tênue entre o esculachado e o erudito. Meu desafio é combinar as duas coisas. Juntar só coisa importante no papel: livros, música, cinema, cultura, cachaça, boteco, futebol e a Gretchen. E continuo me despedindo com os versos de Silvino Neto, famosos na voz de Francisco Alves: “Adeus, cinco letras que choram.”
Cristiano de Oliveira é mineiro, atleticano de passar mal, formado em Ciência da Computação no Brasil e pós-graduado em Marketing Management no Canadá. Foi colunista do jornal Brasil News por 12 anos. É um grande cronista do samba e das letras.
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Viagem
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Seu próximo destino
Fabio Torres é arquiteto e fotógrafo em São Paulo A aproximadamente 80km ao sul de Natal - RN, existe um pequeno município-quase-vilarejo de 13000 habitantes, chamado Tibau do Sul. Se o nome da cidade é pouco conhecido, por outro lado ela abriga um dos destinos mais procurados por brasileiros e estrangeiros: a praia de Pipa. A fama é justificada. A maior parte da população
do município se concentra lá, e gira em torno do turismo. Da comida de praia e restaurantes simples até alguns bem cosmopolitas, a cidade abraça todos os gostos gastronômicos. Da mesma forma, campings, pousadas e ótimos hotéis acolhem os visitantes. As diversas agências de passeio disponíveis completam a experiência do turista.
Mas tudo isso vira detalhe quando começamos a explorar as possibilidades do local. Pipa guarda imperdíveis destinos para quem gosta de esportes, mergulho, ecologia ou apenas caminhar por uma linda praia. Lindas praias; no plural. Mesmo em alta temporada, Pipa abriga algumas praias de falésias bastante desertas; um privilégio contem-
plativo. Uma grande reserva ecológica no topo dessas mesmas falésias convida o visitante a trilhas de vegetação nativa e um museu de ecologia marinha encravado na mata. Avistar golfinhos é muito comum em algumas épocas
do ano. O local é também rota de desova de tartarugas; então elas sempre aparecem por lá. O pôr do sol é um espetáculo à parte. A praia de Tibau do Sul, situada entre uma lagoa e o Atlântico, proporciona um espetáculo de raro encan-
fabio torres
tamento. O sol se põe atrás dessa lagoa entre dunas e árvores. Hipnótico. Não há palavras que tenham a força do que se testemunha por lá. Reserve pelo menos uma semana para conhecer tudo o que puder, e boa viagem!
Visite os parques nacionais do Canadá sem pagar nada Em comemoração aos 150 anos do Canadá, até 31 de dezembro de 2017 você poderá visitar os incríveis parques nacionais de graça. Com o Parks Canada Discovery Pass você não pagará para entrar nos parques, áreas de conservação marinha e locais históricos em todo o país. E o cartão também é de graça! O Discovery Pass é válido para visitantes que entram juntos ou que chegam no
mesmo veículo, ou seja, você só precisa de um cartão para o seu grupo ou família. Mas lembrem, o cartão assegura a entrada gratuita somente em locais administrados pelo Parks Canada, e não é válido nos parques provinciais, municipais ou privados. Consulte a lista completa dos locais no site www.pc.gc. ca e aproveite ao máximo o Discovery Pass. Peça seu cartão pelo site
www.commandesparcs-parksorders.ca E se você tiver dúvidas, entre em contato com o National Information Service, pelo telefone 1-888-7738888 ou pelo e-mail information@pc.gc.ca
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marcelo marão
Passar as férias onde não se fala uma palavra do idioma local Da China ao Brasil, saber algumas poucas palavras pode te salvar de apuros Emma Sheppard Você já viajou para algum lugar onde não falava absolutamente nada da língua? As pessoas sempre dizem que, nas viagens, deveríamos saber pelo menos como falar “olá” e “obrigado” – e talvez, “Onde fica o banheiro?”. Essas expressões são boas, mas decidi que eu deveria sempre saber dizer “esta”, “aquela”, “empurre” e “puxe”. Por quê? Porque a coisa mais difícil para mim, quando não consigo me comunicar, é me sentir desconectada, e me sentir estúpida, e essas palavras me ajudam muito. Quando fui dar aula na China, eu odiava só poder apontar para as imagens do cardápio quando estava tentando fazer um pedido no restaurante – alias, só esco-
lhia restaurantes com imagens no cardápio. Eu me sentia como um mímico! Mas, com as simples palavras “este” e “aquele”, eu sentia que estava falando, ainda que não estivesse dizendo nada. E quando eu estava no Brasil, me vi brigando loucamente com as portas, porque eu empurrava quando via a palavra “puxe”. Aprendendo as palavras certas, eu me poupei de algumas humilhações públicas extras, e de muitas portas na cara. Durante uma viagem, mesmo aprendendo apenas algumas poucas palavras, isso te ajudará a se sentir mais confortável, mais
confiante e também mais seguro. Como sugestão, talvez você também queira saber como pedir café, ou uma cerveja, ou como pedir direções para chegar em algum lugar. Mas, é claro, todos nós sabemos que, quando você está vivendo em um novo país, não é tão simples assim – você precisa do máximo de palavras que puder para começar a se sentir confor-
tável. E o pior é que parece que quanto mais palavras você consegue, mais você precisa. Nesta coluna do Jornal de Toronto, falaremos sobre como continuar aprendendo, dicas para sobreviver em inglês, sobre o
quão difícil pode ser lutar com a linguagem e como se sentir bem com o que você já sabe. Confira com a gente em cada nova edição!
Emma Sheppard é nova iorquina, mas paraense de coração. É professora de inglês há mais de 10 anos, com mestrado em Pedagogia pela UofT. Atualmente, Emma dá aulas para a comunidade brasileira e angolana, e para todos aqueles que desejam melhorar a sua experiência no Canadá. _ teacheremma123@gmail.com
Imagens do filme Até a China, de Marcelo Marão. O curta foi premiado no Brazilian Film and Television Festival of Toronto (Brafftv) em 2016, e pode ser assistido no site do Jornal de Toronto. www.jornaldetoronto.ca
Saúde& Bem Estar
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Cuidados com o seu cão
Muitos parasitas também querem aproveitar o clima dessa época do ano Geisa do Amaral Mainardes é médica veterinária Ansioso pelo verão? O sol e as elevadas temperaturas são esperados ansiosamente pela maioria da população e é um convite para a diversão ao ar livre. No entanto, o clima mais quente e chuvoso transforma os quintais e parques em um habitat ideal para a reprodução e infestação de ectoparasitas, como pulgas e carrapatos, e para o aumento de doenças transmitidas por mosquitos, como a Heartworm disease, e seu pet precisará de alguns cuidados extras. Um estudo publicado em 2010 pelo Ontario Veterinary College mostrou 564 cães positivos para Heartworm disease. Heartworm, também conhecida como Dirofilariose, é uma condição séria em que, sem prevenção, as larvas dos vermes podem obstruir as artérias
do coração e causar problemas cardíacos e pulmonares, levando à morte do animal. Heartworm preventivos e produtos de controle de pulgas, carrapatos e vermes são relativamente baratos e há uma variedade de medicamentos disponíveis no mercado, altamente recomendados, para manter seu cãozinho ou gatinho saudável. Consulte seu veterinário para ter maiores informações dos protocolos. Para reduzir a infestação na propriedade (95% das pulgas estão no ambiente e apenas 5% estão no animal), medidas como a aspiração frequente da casa (e jogar o saco de vácuo fora), cortar a grama do quintal regularmente, além de se livrar de detritos orgânicos, onde pulgas e carrapatos também se escondem, são medidas recomendadas. Fique atento a sinais de coceira, manqueira, diarreia, perda de peso, perda de apetite, vômito, coceira anal, e fezes com sangue ou gelatinosa. Em qualquer desses casos, leve seu amiguinho ao veterinário para um correto diagnóstico e um tratamento adequado.
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Projeto de lei pretende legalizar a maconha para fins recreacionais Erika Sendra Tavares é cientista no
SickKids Toronto
A maconha oferece alívio de dor para várias doenças crônicas e tem sido usada legalmente para essa finalidade, aqui no Canadá, desde 2011. Agora o governo federal está propondo uma lei para a liberação para fins recreacionais. O uso recreacional da maconha faz mal para a saúde? Sim. A maconha interfere no processo de memória a curto prazo, na habilidade de foco e na coordenação motora, colocando o usuário em situação vulnerável e podendo acarretar acidentes. O uso contínuo da droga pode causar problemas cognitivos e aumentar a incidência de distúrbios mentais. Para algumas pessoas, pode causar dependência. E fumar, como se sabe, é algo muito nocivo para o pulmão, aumentando a chance de asma, bronquite e câncer. Diante de tantos aspectos negativos, por que o Canada está considerando a legalização? O benefício para a saúde não é, sem dúvida, o motivo para a comercialização legal de drogas, pois muitas delas, como o tabaco e o álcool, liberados para o consu-
mo, não são saudáveis e causam dependência. Há, por outro lado, várias drogas ilícitas, altamente nocivas, como a cocaína, a heroína e o crack, cuja legalização está longe de ser considerada. Ainda assim, por que a maconha está sendo promovida para o outro lado da cerca? Simples. Porque muitas pessoas usam. O projeto de lei é baseado na proteção da saúde e segurança pública. Com a legalização, a procedência e qualidade da maconha consumida serão melhor controladas. A produção lícita enfraque-
cerá o mercado ilícito e diminuirá o contato do cidadão comum com o crime organizado. Outra vantagem será acabar com processos criminais para consumo e posse de maconha, que acarretam em altos custos para o governo e um desserviço para a sociedade, por causarem impacto negativo na trajetória profissional dos indivíduos fichados. E, talvez o mais importante de tudo, o ganho de bilhões de dólares em taxas anuais para o governo.
A palavra yoga, em sânscrito, pode ser compreendida como “autoconhecimento”. Sua prática pode ser entendida como um meio para conhecermos mais sobre nosso corpo e mente. Eu acrescentaria que yoga é uma prática por meio da qual podemos encontrar um ponto de equilíbrio. No nosso mundo contemporâneo, poderíamos dizer ainda que é um meio para não deixar o corpo e a mente serem estraçalhados pelo insano montante de preocupações que acumulamos. A questão, porém, está no fato de estarmos tão envolvidos pelo cansaço corriqueiro que o simples gesto de parar exige um esforço. É por essa razão que, assim como aprender a tocar um instrumento musical ou a falar uma outra língua, para acalmarmos nossa mente e nosso corpo é necessário treino, prática. Como é possível algo tão simples ser tão difícil? Proponho a vocês um rápido teste: tentem sentar em uma cadeira, coluna ereta, mãos relaxadas sobre as coxas e, por apenas 1 minuto, fechem os olhos e não pensem em absolutamente nada, apenas prestem atenção na respiração. Só isso! Eu arrisco dizer que bastará fecharem os olhos para, em poucos segundos, estarem pensando
em um turbilhão de coisas, são até capazes de esquecer do tempo – de tão envolvidos nas tramas da mente – ou mesmo de dormir. Tão simples e tão desafiante! Não há dúvida de que a função da mente é produzir pensamentos; porém, o que a yoga nos ensina é que há meios de não sofrermos com as preocupações e com isso descortinarmos a tal da serenidade que está guardadinha apenas esperando a oportunidade de brotar! Uma ótima notícia para aqueles que se interessam em conhecer um pouco mais sobre a yoga ou avançar na prática: atualmente a yoga está bem difundida no ocidente e, nas grandes capitais, é fácil encontrar estúdios de yoga. Em Toronto não é diferente. Há muitos estúdios, feiras, workshops, cursos de formação para professores, yoga para todas as idades, gestantes, uma infinidade de opções. No verão, há ainda a possibilidade de aulas gratuitas em parques, praças e centros culturais. Para aqueles curiosos que queiram conhecer um pouco mais do universo da yoga em Toronto, sugiro o site www.yogatoronto.ca/ calendar onde podem encontrar uma pluralidade de eventos. Então, aproveitem!
Encontre o seu equilíbrio Carolina Soares é yogi
A yoga nos ensina que há meios de não sofrermos com as preocupações
rachel scott_vancouver, canada
Nasci em 1977, em Manaus, capital do estado do Amazonas. Talvez eu tivesse 8 anos quando fui brincar na casa de uma amiga e qual não foi o meu espanto ao chegar na sala e ver sua mãe fazendo movimentos que mais pareciam os de uma contorcionista. Movida pela a ingênua espontaneidade que só as crianças parecem ser capazes, logo interrompi e perguntei, sem rodeios, “Você trabalha num circo?”. E sem perder a concentração, ela respondeu, sorrindo, “Não, eu estou praticando yoga!” Como eu já estava atrasada para a brincadeira, resolvi não fazer mais perguntas. E essa foi então a primeira vez que escutei a palavra yoga que só veio a adquirir qualquer sentido muitos anos depois. Quando adulta, já morando em São Paulo, num daqueles dias em que a gravidade parece dar lugar ao cansaço, agindo sobre nosso corpo e mente como uma força quase paralisante, uma amiga sugeriu que eu fosse a uma aula de yoga. E num lampejo de memória, lembrei da suave serenidade presente na fala e nos gestos da mãe daquela minha amiga de infância. Foi então motivada por tentar alcançar o que aqui chamo de serenidade que comecei a praticar yoga.
Ciência &
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Metade dos medicamentos continua a ser concebida e dosada para homens
Ciência e Medicina: o viés machista
Luciana da Luz Silva & Marcelo Pires Mendonça são pesquisadores no DF outras palavras
Em 1999 foi lançado nos Estados Unidos o livro mais emblemático sobre gênero e ciência: O Feminismo Mudou a Ciência?, de Londa Schienbinger (obra que chegou ao Brasil em 2001). Ao relatar as consequências das desigualdades de gênero nas áreas médica e farmacêutica, Schienbinger demonstra como o patriarcado influenciou de tal forma a ciência que levou pesquisadores a supor que as doenças de homens e mulheres eram semelhantes, quando de fato não eram; ou que as doenças de homens e mulheres eram diferentes, quando de fato eram semelhantes. Desta
forma, inúmeros aspectos da saúde das mulheres têm sido pouco estudados ou até mesmo negligenciados. As mulheres foram, por exemplo, excluídas dos estudos sobre a interação entre a terapia de estrógeno e doenças cardiovasculares; até o início dos anos 90. Eram totalmente excluídas dos estudos conduzidos para produção de novos medicamentos nos Estados Unidos, apesar de consumirem 80% dos fármacos comercializados no país. E embora pouco se soubesse à época sobre os efeitos da aspirina em doenças do coração em mulheres, mulheres na idade adulta foram
Elizabeth Schulz, M.Sc. Psicóloga Brasileira Ordem dos Psicólogos do QC
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encorajadas a tomar uma aspirina por dia durante décadas até que em 2014 foi concluído o primeiro estudo dos efeitos deste remédio (que foi criado em 1897) nas mulheres, e se descobriu que seu uso contínuo por mulheres abaixo dos 65 anos não é benéfico para a prevenção de doenças cardiovasculares e do câncer, por aumentar os riscos de sangramento gastrointestinal. Até o início do século XXI, apenas metade das drogas pesquisadas no mundo havia sido analisada segundo diferenças relacionadas ao sexo. Os resultados da maioria dos
pawel kryj
testes com medicamentos e protocolos de atendimento foram generalizados para as mulheres, a quem se receitavam (e ainda se receitam) dosagens planejadas para o peso e metabolismo médio dos homens. As razões pelas quais o masculino universal segue como parâmetro em áreas científicas cujos produtos finais podem gerar riscos à integridade física e à quali-
dade de vida de metade da população mundial são basicamente duas: os interesses capitalistas da indústria farmacêutica, que se beneficia com os argumentos da neutralidade científica para conduzir estudos únicos com grupos heterogêneos de homens, o que reduz o custo de produção; e a cultura científica patriarcal, que durante séculos partiu de premissas equivocadas
na condução de estudos e que nas últimas décadas vem sendo problematizada pelas práticas feministas e por cientistas feministas. Por isso, a resposta ao questionamento de Londa Schienbinger “O feminismo mudou a ciência?” é: estamos mudando (não sem luta), mas ainda há muito a avançar. Confira o artigo completo no site do Jornal de Toronto. www.jornaldetoronto.ca
Jornal de Toronto www.jornaldetoronto.ca
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Um jornal que merece ser lido
edição # 2 | ano # 1 | agosto 2017 | www.jornaldetoronto.ca | info@jornaldetoronto.ca | ISSN 2560-7855
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Capricórnio É verão, está calor, e é o mês certo pra você.
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Não, não deu para ir onde você planejou, mas você está descobrindo coisas incríveis para fazer em Toronto.
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Os parentes acham que você deve ir visitá-los no Brasil, porque, afinal, deve estar nevando por aqui.
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Esse pode ser seu mês mais revelador... ou não.
Touro
Agenda Julho
01
Evento multicultural ao longo da tarde e noite, com música persa, hip hop indígena, rock independente e programação latino-americana. Teatro ao ar livre, arte circense e boa comida; apresentação do maracatu Baque de Bamba (4:30pm) e Baobá (5:45 e 7:15pm) e fogos de artifício às 22h55.
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Comemore o 150º aniversário do Canadá com música ao vivo e entretenimento.
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Esse pode ser seu mês... de verão e férias. Aproveite!
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Sua vida vai mudar, desde que você faça algo para isso.
O cantor, compositor e multi-instrumentista Filó Machado, de São Paulo, se apresenta em Toronto junto com a cantora gaúcha Bel Brasil, Tico Souza (piano), Braxton Raymond (sopros), Ross MacIntyre (baixo) e Alan Hetherington (bate-
Gêmeos Câncer
Sim, é seu aniversário, e é o melhor momento para sair e curtir a vida.
Leão
E então você chegou até aqui e viu que é possível.
Virgem
Está na hora de tomar uma cerveja com aqueles amigos de Montreal.
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Filó Machado Ensemble turing Bel Brasil
ria). Aproveite a requintada mistura de MPB, jazz e outros sabores.
Salsa on St. Clair
9-11:30pm
St. Clair Ave. West (entre Winona Dr. e Christie St.), Toronto
Jazz Bistro 251 Victoria St., Toronto
Canada Days
fea-
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02 Pagode
Curta uma tarde com muito pagode ao vivo.
Sagitário Sim, é isso.
Grátis. 8 e 9 de julho, 10am-10pm
Carifiesta
Não perca esse grande festival de rua de Montreal, com muito carnaval caribenho, bandas brasileiras, fantasias e comidas típicas.
Aproveite para dançar os vários estilos de forró.
Dansation 882a Eglinton Ave W., Toronto $5. 7-10pm
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The Mod Club 722 College St., Toronto 9pm
www.themodclub.com
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Aos amantes de zouk.
Roda de Samba
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Zouk no T.O.
Trinity-St Paul’s United Church 427 Bloor St. West (Spadina Station), Toronto
$5. 3:30-7pm
Yauca’s Lounge 755 Dovercourt Rd. (Ossington Station), Toronto
Festa Baiana
Filhos de Bimba dá as boas-vindas a todos para participar dessa tarde com capoeira, samba de roda e comida!
Mazouca Dance 527 Bloor St. West, 20 andar, Toronto
Ontario College of Traditional Chinese Medicine 283 Spadina Ave. (Dundas/Spadina), 30 andar, Toronto
$10. Toda terça, 9-11:30pm
Importação e Exportação tre Brasil e Canadá
Desde 2013, o evento quinzenal é o melhor do samba de raiz na cidade de Toronto.
$5. 3:30-7pm
Sua noitada semanal de zouk.
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$15. 8pm
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Todo ano, o festival brasileiro apresenta para Toronto um pouco da música, da dança e da culinária brasileira.
Trinity-St Paul’s United Church 427 Bloor St. West (Spadina Station), Toronto
$7. Todo 10 e 30 domingos do mês, 8-10pm
Zouk Me Tuesdays
Yauca’s Lounge 755 Dovercourt Rd. (Ossington Station), Toronto
www.tiny.cc/palestra
St. Anthony’s Church 1037 Bloor St. West, Toronto
Baila Toronto Social
11 Desde 2013, o evento quinzenal é o melhor do samba de raiz na cidade de Toronto.
BrazilFest
Não perca a oportunidade de dançar e socializar, com samba de gafieira e forró.
Grátis. 12-5pm
$7 (ou $10, com aulas). Todo domingo, 6:30-9:30pm
Roda de Samba
Grátis (inscrições até 13 jul.). 10am-1pm
Toronto Public Library - Lillian H. Smith Library 239 College St., Toronto
Grupo Baobá abre para Ifé, num evento imperdível.
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Forró Friday Fix
destinada ao tratamento do pequeno Arthur.
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Ifé
$10. Todo domingo, 3-8pm
ronto promove este evento sobre os processos, regulamentos e oportunidades para começar o seu próprio negócio em comércio exterior, com o palestrante Arnon Melo.
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Rue du Fort & Ste Catherine, Montreal
Não tem desculpa, pega o trem na Union Station e vai. Não espere outros 150 anos.
Um dos maiores festivais de rua de Toronto, com muita comida, música e salsa para dançar.
Yauca’s Lounge 755 Dovercourt Rd. (Ossington Station), Toronto
Libra
Escorpião
Confira os eventos durante todo o mês seguindo nossa página no Jornal de Toronto
$25. 2-5:30pm en-
O Conselho de Cidadania de To-
Festa Julina - Arthur no Arraial de Sto Antônio
Festa com comidas típicas, música ao vivo e quadrilha. A renda será
Earlscourt Park 1200 Lansdowne Ave (St. Clair Ave. West/Caledonia), Toronto Grátis. 11am-11pm www.brazilfest.ca
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Tio Chorinho - Toronto Music Garden
Aproveite o melhor do chorinho brasileiro, com a participação especial de Flávia Nascimento.
Harbourfront 479 Queens Quay W., Toronto Grátis. 4pm