Jornal de Toronto #24

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Jornal de Toronto 2 anos de Jornal de Toronto! p. 2 e 3

Não dá pra esquecer o Galo Toronto Antes de

falar que eu sou bairrista, tenha calma. Não sou não, viu? Inclusive quando tem que malhar BH eu não recuo. Mas hoje estou aqui no mais puro espírito cristão pra fazer justiça... p. 7

edição # 24 | ano # 2 | julho 2019 | www.jornald

etoronto.ca | info@jornaldetoronto.ca | ISSN 2560-7855

Mais importantes do que nunca:

Dica sustentável Ana Paula Buttelli

Os jornais comunitários no Canadá

O consumo e o descarte consciente respeitam e preservam o meio-ambiente. Toronto tem 3 principais tipos de coleta seletiva de lixo: orgânico (verde), rejeito (preto) e reciclado (azul). A Prefeitura distribui anualmente um calendário com todas as informações da coleta do lixo, mas descartar da maneira certa é responsabilidade de cada um. O aplicativo TOwaste é muito útil para tirar dúvidas. Tem dicas sobre o descarte de 2.500 produtos, mostra o dia e o tipo da coleta na sua área e o local dos centros de doações.

p. 3

Pequenas atitudes

constroem um grande país p. 5

valf

A um passo da imigração p. 4

Andrew Scheer está começando a ter problemas com sua candidatura para Primeiro Ministro do

Canadá (pelo Partido Conservador) graças ao desmonte institucional que seu colega Doug Ford tem promovido em Ontário. As últimas pesquisas mostram queda nas intenções de voto ao candidato. Uma das estratégias do Partido Conservador agora é tentar desassociar a imagem de Scheer à de Ford; mas não será fácil, considerando que suas plataformas continuam as mesmas.

O verão no casulo p. 5

flickr

O premier de Ontário, Doug Ford.

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Editorial _ 2 anos de Jornal de Toronto

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Outubro de 2018 Ana Bailão

Alexandre Dias Ramos

Ana Lélia Benincá Beltrame

Vice-prefeita de Toronto

Editor-chefe do Jornal de Toronto

Consul-Geral do Brasil em Toronto

A edição de julho do Jornal de Toronto assinala o seu segundo aniversário. Ao longo destes dois anos, o Jornal tem mantido a comunidade portuguesa e brasileira bem informada, relativamente a assuntos importantes da cidade. O Jornal de Toronto oferece aos seus leitores uma abordagem alargada sobre vários assuntos, desde a cobertura de notícias, passando pela economia, cultura e muito mais. Sua publicação promove e proporciona um importante benefício social e comunitário, facilitando o acesso à informação a milhares de leitores da língua portuguesa em Toronto. Quero, pessoalmente, agradecer ao Jornal de Toronto pelo seu contínuo esforço e dedicação em manter a nossa comunidade devidamente informada e empenhada, assim como felicitá-los por esta importante conquista.

O Jornal de Toronto desde o início se mostrou um projeto bem maior do que uma publicação comum. Ele é, sem dúvida, um importante instrumento de conexão entre as pessoas, e um modo de dar voz a diferentes grupos e gêneros e opiniões que, juntos e misturados, formam a complexidade da nossa comunidade brasileira no Canadá. Muito do que é desenvolvido não aparece no papel impresso: as reuniões, os debates, cafés e cervejas com tantos colaboradores e amigos que têm se juntado à nossa equipe. O resultado é um grupo forte, com opinião e estilo, e com a visão necessária para oferecer para nosso leitor um conteúdo cada vez mais relevante. O que conseguimos fazer nesses dois anos é muito gratificante e extraordinário.

Minha experiência de quase vinte anos no serviço consular brasileiro ensina que uma comunidade com boa autoestima, que cultiva sua herança cultural e se mantém conectada com familiares e amigos no país de origem, vive mais plenamente sua integração em um país estrangeiro. É importante que a comunidade não corte os laços com a própria história e saiba valorizar a si mesma. A imprensa comunitária tem um papel muito importante neste processo. O Jornal de Toronto, ao longo de seus dois anos de existência, muito tem contribuído para a manutenção saudável dos laços culturais e emocionais dos imigrantes brasileiros com o Brasil. Isento, porém sem medo de expressar opinião, o Jornal de Toronto vai além de sua função de valorizador da cultura brasileira, para se constituir em espaço de discussão, em alto nível, de temas do interesse da sociedade na qual se insere a comunidade. Por isto, o Consulado cumprimenta efusivamente o Jornal de Toronto pelo aniversário e deseja, ao jornal e aos seus jornalistas, anunciantes e colaboradores, muitos mais anos de profícua atividade.

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matérias Editor-chefe: Alexandre Dias Ramos Gerente de mídia social: Luiza Sobral Revisor: Eduardo Castanhos Fotógrafos: Alex Skopje, Lula Marques Colunistas: Alexandre Dias Ramos, André Oliveira, Camila Garcia, Cristiano de Oliveira, José Francisco Schuster, Leandro Calado, Luiza Sobral, Rodolfo Marques Colaboradores dessa edição: Ana Bailão, Ana Lélia Benincá Beltrame, Ana Paula Buttelli, Cristina Tozzi, Nilson Peixoto, Rosana Entler, Valf & Will Leite Agradecimento especial para: Marlene Araújo Agências, fontes e parceiros: Adobe Stock, CHIN Radio, CIUT Radio, Flickr, Immi Canada, TOwaste

Camila Garcia Apresentadora da OMNI TV e membro do Conselho Editorial do JdeT

O Jornal de Toronto faz dois anos. E nesta altura eu gostaria de expressar o meu orgulho e gratidão de fazer parte de um time tão incrível e que em tão pouco tempo tornou o JdeT referência de qualidade e seriedade. O comprometimento do trabalho fomenta o pensamento crítico dos leitores e eleva a produção de mídia étnica na cidade. Como um bebê de dois anos, o jornal já anda com suas próprias pernas e adentra lugares antes inexplorados. A sua simples presença incomoda o status quo. Enraizado nos princípios do verdadeiro jornalismo, o Jornal de Toronto é resistência e publica aquilo que nem todos têm coragem.

Conselho editorial: Camila Garcia, Cristina Tozzi, Nilson Peixoto & Rosana Entler

O Jornal de Toronto não é responsável pelas opiniões e conteúdos dos anúncios publicados.

Leandro Calado

Circulação: O Jornal de Toronto é mensal e distribuído em Toronto, Mississauga, Oakville, Montreal e Calgary.

A minha experiência no Jornal de Toronto foi breve, mas significativa. No momento da minha chegada ao Canadá, o Jornal me acolheu e permitiu que eu explanasse a minha paixão pelo universo cinematográfico em suas plataformas. Me sinto muito bem em ter feito parte de um grupo sério e com uma linha editorial de extrema importância no cenário atual da comunicação brasileira em Toronto. Que o Jornal de Toronto viva por muitos anos tendo um olhar crítico, abraçando a pluralidade e sendo rico em informação!

Subscription: $0.50/cada, $50.00/ano Siga nossa página no Facebook, Twitter, Instagram e matérias complementares, durante todo o mês, em nosso site: www.jornaldetoronto.ca Edição #24, ano #2, julho 2019 ISSN 2560-7855

cópias impressas

Colunista do JdeT

Luiza Sobral Colunista do JdeT

Dois anos! Como dizem por aqui, “Time flies when you are having fun”. O tempo voa quando você se diverte, e foi assim minha experiência com o Jornal de Toronto. Lembro quando vi o primeiro exemplar e fiquei impressionada com a excelente edição, com formatação profissional e com a qualidade dos textos. Quis me envolver, e logo fui super bem recebida pela equipe – que era a exata personificação do projeto. Os jornalistas, editores e todos os profissionais do Jornal de Toronto são brasileiros qualificados, daqueles que já faziam sucesso no Brasil e saíram para também brilhar nessas outras bandas. E, de repente, eu fazia parte desse time também. Muito orgulho: de nós, dos leitores que nos acompanham e, claro, de dois anos do Jornal. Sucesso e muitos anos de vida!

Rosana Entler Membro do Conselho Editorial do JdeT

É bem difícil traduzir em palavras o quão gratificante tem sido fazer parte da equipe do Jornal de Toronto. Em tempos de fake news e do “control C control V”, lidar com a informação tornou-se um desafio gigantesco. Ao longo desses dois últimos anos aprendi muito sobre a responsabilidade do jornalismo na construção de uma sociedade democrática provida de pensamento crítico. Das discussões de pautas ao contato físico com a versão impressa, descubro em cada edição a magia das ideias, pensamentos e metáforas transcendendo a mente e se tornando a criação de cada colunista e contribuidor do Jornal de Toronto. Muito orgulho e gratidão.

Você já ouviu falar na Síndrome do Imigrante? (Nov. 2017, edição #5) é a matéria com maior frequência de leitura até hoje

© Jornal de Toronto. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução de qualquer trecho desta edição sem a prévia autorização do jornal.

Contato: info@jornaldetoronto.ca

86.500

(edição #16) foi o mês com maior número de leitores até hoje

André Oliveira & Rodolfo Marques Cientistas políticos e colunistas do JdeT

É com muita alegria que parabenizamos o Jornal de Toronto pelos seus dois anos de exuberante existência. Não deve ter sido fácil cumprir o percurso até aqui, mas o resultado é, indubitavelmente, positivo. E há, claro, o componente audacioso de apostar, numa cidade multicultural e cosmopolita como Toronto, em um jornal em língua portuguesa, voltado sobretudo para a comunidade brasileira que mora no país. Nós, daqui da sempre úmida e quente Belém do Pará, nos sentimos, de um modo verdadeiramente intenso, conectados com o Jornal e seus leitores, baseados na crença de que, embora distantes geograficamente, sabemos de onde viemos e o que queremos – um Brasil onde possa florescer a democracia e o bem-estar do seu sofrido povo. Sempre acreditando que o melhor está por vir – “a esperança é um dever do coração”, escreveu o poeta Fernando Pessoa –, desejamos vida longa ao Jornal de Toronto e ao povo brasileiro, esteja onde estiver.


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134 podcasts José Francisco Schuster

Cristina Tozzi

Radialista e colunista do JdeT

Socióloga e membro do Conselho Editorial do JdeT

Ao olhar para os dois anos de história do Jornal de Toronto, a impressão é de que parecem muitos mais, tamanho o impacto que vem causando na comunidade brasileira no Canadá. Primeiro porque revela que, se bem feito, um jornal em papel ainda pode ser ávida e crescentemente buscado, demonstrando que precisamos fugir do estereótipo do fim da imprensa escrita. Segundo, porque agrega qualidade à mídia comunitária de Toronto, com textos criteriosamente selecionados e abordando temas inconvenientes para o conservadorismo, como se preza um bom jornal. Longa vida, Jornal de Toronto! Tim-tim!

Em Toronto abraçamos todos os dias uma quantidade espantosa de novos brasileiros com diferentes sonhos e expectativas, e o Jornal de Toronto vem respondendo a essa diversidade com um jornalismo inovador e variado. Com uma diagramação caprichada e moderna, dá prazer em ler as matérias. Trabalhando há mais de 5 anos na área social com falantes da língua portuguesa, me impressiona o sucesso tão rápido das edições nos pontos onde o JdeT é distribuído, bem como nas mídias sociais. Um jornal à frente do seu tempo que vem trazendo matérias de grande relevância para quem vive no Canadá.

O resultado do primeiro turno das Eleições brasileiras em Ontário (Out. 2018) foi a matéria online mais lida até hoje, com 5.319 leituras (sendo que Ontário tem um total de 5.436 eleitores)

88.378 visualizações

Nilson Peixoto Membro do Conselho Editorial do JdeT

E o Jornal de Toronto celebra seu 20 aniversário! Olha, me sinto extremamente lisonjeado por participar do Conselho Editorial deste maravilhoso veículo de comunicação. As minhas palavras aqui são poucas e curtas; o meu prazer em poder “palpitar” no Conselho do Jornal, imenso! Sigamos para o 30, 40, 50... sempre com o intuito de oferecer o que há de mais informativo para a comunidade brasileira de Toronto e do Canadá! Forte abraço em todos os que colaboraram para o nosso êxito, incluindo os nossos assíduos leitores e apoiadores.

pelo site

Valf Escritor e ilustrador do JdeT

Minha mãe sempre dizia que a oportunidade era personificada por uma velhinha que passava em alta velocidade montada numa moto, bem à sua frente. Caberia a você pegar carona com ela. Sempre achei essa imagem um pouco estranha, porém tenho que concordar totalmente com sua essência. Logo após chegar ao Canadá, conheci a versão impressa do Jornal de Toronto. Pensei em entrar em contato, mas acabei não fazendo isso. Meses depois, durante as Eleições, ouvi de alguém que o editor do jornal estava lá, fazendo a cobertura. Lembrei-me da minha mãe e sem pensar duas vezes pulei na garupa daquela moto. “Olá, meu nome é Valf, sou ilustrador e gostaria de marcar um horário para mostrar meu trabalho para vocês.” E aqui estamos...

Edição #23 (Jun.

2019) foi nossa capa mais vista e compartilhada

Mais importantes do que nunca:

Os jornais comunitários no Canadá Crescimento de leitores de jornais comunitários é reflexo da importância desses veículos para o mercado impresso e online Alexandre Dias Ramos é editor É muito comum se ouvir por aí que a internet está matando as publicações impressas. Mas, vejam só, ledo engano. Um estudo realizado pelo News Media Canada, financiado pelo Department of Canadian Heritage, mostra que o jornal continua sendo a fonte favorita de notícias e informações sobre a comunidade. Segundo o relatório de 2019, 88% das pessoas leem jornais pelo menos uma vez por semana – em 2012 esse percentual era de 85%. Apesar de cada vez mais pessoas terem o costume de ler conteúdos online, e do aumento significativo do tempo gasto com pesquisas e leituras ser na plataforma digital, o tempo gasto com o jornal comunitário impresso ficou inalterado em comparação com dois anos atrás; ou seja, uma plataforma não substituiu a outra, tornaram-se complementa-

res. O estudo mostra justamente que os leitores de jornais comunitários são leitores de múltiplas plataformas – 52% acessam conteúdo tanto em edições impressas como online. Mais da metade dos leitores (51%) leem o jornal impresso, 56% também usam o computador, 68% seus celulares e 51% os tablets. “As fontes de jornais impressos e digitais desempenham um papel único e distinto na vida dos canadenses”, comenta Claude Heimann, presidente da Totum Research. A principal razão para a leitura de jornais comunitários continua sendo a informação local – 91% leem o jornal por esse motivo. O segundo principal motivo são os anúncios publicados – dois terços dos leitores (63%) desejam ver anúncios e usam os jornais como fonte de pesquisa de produtos e serviços. Os jornais comunitários têm a capacidade de falar diretamente para o público de uma comunidade específica, de maneira

mais direta e efetiva. Segundo o relatório, 68% dos leitores ficam sabendo dos produtos pelo impresso, 58% vão online para buscar mais informações sobre os produtos, e 53% do público do online acaba indicando o anúncio para alguém mais. Mas nem tudo o que se anuncia tem a confiança do leitor: depende do veículo. O chamado Community Newspaper Drive Results avaliou o nível de confiança que o leitor tem nas mídias em relação aos anúncios: o jornal ficou em primeiro lugar como a mídia mais confiável, seguido dos anúncios de televisão, rádio e depois as revistas; na plataforma online, os sites de jornais ficaram em primeiro lugar, seguidos dos sites de TVs, rádios, revistas, pesquisas independentes, vídeos e, por último, mídias sociais. Segundo Bob Cox, presidente da News Media Canada, “Devido aos elevados níveis de desconfiança global, existe uma clara e contínua afinidade

por conteúdos confiáveis. Os jornais continuam sendo a principal fonte de notícias confiáveis, tanto no formato impresso quanto no digital”. Nossa experiência com o Jornal de Toronto tem sido reflexo das pesquisas acima. No projeto inicial, apesar do amor e predileção pelo jornal impresso, sabíamos – ou achávamos que sabíamos – que nosso site acabaria sendo mais lido do que as edições físicas. Para nossa surpresa, o crescimento rápido das nossas plataformas digitais (site e Facebook) não inibiram em nada a demanda contínua pelos exemplares impressos. Ambos seguem em crescimento, e parte de nosso público lê sistematicamente ambas as edições. Sabemos que nada se compara à facilidade da navegação digital; por outro lado, certamente nada se compara ao cheiro e ao prazer de folhear um bom jornal.


Cotidiano

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A um passo da imigração Ana Paula Buttelli é jornalista A qualidade de vida e as oportunidades de trabalho no Canadá atraem cada vez mais brasileiros. Toronto e Vancouver são os lugares preferidos por causa da empregabilidade, mas as cidades menores estão cada vez conquistando mais imigrantes. O governo canadense lança novidades e faz alterações em alguns processos de imigração todo ano; por isso, é importante estar sempre atualizado e informado – afinal, mudar de país exige muito planejamento e alto investimento financeiro. Então, não dá para perder nenhum detalhe. Para obter a residência permanente com tranquilidade e a certeza de estar no caminho certo, contratar uma empresa especializada traz segurança e faz toda a diferença. A Immi Canada é referência em consultoria para vistos e imigração desde 2012. A empresa tem escritórios em Vancouver, Toronto, Rio de Janeiro e Fortaleza. A Immi Canada tem a consultora de imigração Celina Hui à

frente de sua equipe, um time de 25 funcionários capacitados para atender às dúvidas e demandas dos clientes. O objetivo da consultoria de imigração é identificar o perfil de cada cliente, considerando seus objetivos, e assim construir um plano de imigração adequado às suas necessidades e interesses. Durante a consulta com a Celina, ela também avalia e recomenda a melhor maneira de colocar em prática o planejamento. Para os que optam por contratar a assessoria da Immi Canada para a aplicação de vistos ou pedidos de residência permanente após a consulta, o serviço contratado inclui desde a orientação inicial para a coleta de documentos, revisão, submissão e acompanhado, até a resposta final da imigração canadense. “Sou realista e pé no chão com todos os clientes”, enfatiza Celina. Sem a intenção de vender sonhos, a consultora explica que o processo algumas vezes é demorado e muito exigente do ponto de vista das comprovações neces-

alex skopje_adobe stock

sárias. O prazo médio da consulta inicial, avaliação da elegibilidade do cliente ao processo que ele gostaria de aplicar, e revisão até o encaminhamento do processo, leva em torno de uma semana – mas também depende da agilidade no envio de documentos do aplicante. O resultado final varia de acordo com cada processo e tempo de processamento dos oficiais de imigração. Os profissionais da área têm o

conhecimento necessário e muita experiência para auxiliar seus clientes a conquistarem suas metas. Há processos de imigração adequados a cada tipo de perfil, o que variam são as oportunidades que cada um terá diante das informações que traz com seu histórico pessoal. Se você está com o seu planejamento em andamento ou tem curiosidade sobre o Canadá, vale a pena assistir às transmissões ao

vivo com temas que variam toda semana no Facebook (Immi Canada) e no Instagram (@immicanada). Se quer saber ainda mais, visite o site www.immi-canada. com, confira as dicas do blog e agende uma consulta.

Escritório da Immi Canada em Toronto: 44 Victoria Street, sala 710 Fone: (647) 351 5800 E-mail: contact@immi-canada.com


Política

Os

O verão no casulo

trouxas _ Will Tirando

Camila Garcia Em suas últimas aparições públicas, o premier de Ontário Doug Ford não tem sido recebido com os calorosos aplausos que tanto anseia; muito pelo contrário, as vaias soam mais fortes e mandam o recado de insatisfação. Os inúmeros cortes anunciados no primeiro orçamento conservador despertaram a revolta de muitos que foram às ruas protestar, e até decepcionou alguns de seus próprios eleitores, que hoje questionam se Ford está realmente preocupado com o “little guy”. Até o momento, sete pesquisas realizadas nos últimos meses confirmam que a popularidade de Mr. Ford está em constante declínio, aparecendo entre os índices de aprovação mais baixos de todo o Canadá. Recentemente, o premier de Ontário optou por realizar uma mudança no seu gabinete e apresentar novos nomes para ministros de pastas de governo fundamentais, tais como: Finanças, Educação e Serviços Sociais. Todas as propostas apresentadas e aprovadas por esses seto-

Pequenas atitudes constroem um grande país José Francisco Schuster Dinheiro ajuda a trazer conforto, com certeza, mas é sabido que não é tudo na vida. E assim como as pessoas mais ricas não são necessariamente as mais felizes, um vultoso orçamento não é garantia de um bom governo. Um governo, para que seja exitoso e leve bem-estar à população, precisa acima de tudo de princípios éticos, de um programa bem estruturado, elaborado por profissionais qualificados e uma moral onde o objetivo seja o bem de todos, e não um mero levar vantagens pessoais dos próprios políticos e de seus apoiadores de campanha. Um governo moderno necessita ser inclusivo, abrangendo toda classe de cidadãos, com suas mais diversas necessidades, e respeitando-os em sua individualidade, sem preconceitos nem discriminação por classe social,

gênero, orientação sexual, raça, deficiências e assim por diante. O Canadá, certamente, ainda tem um longo caminho a avançar, mas são visíveis indicativos de que acerta mais do que erra, com iniciativas de destaque em todo o mundo. Três recentes fatos demonstram que é necessário muito mais ter atitude do que recursos financeiros para avançar. São três medidas de pequeno custo, mas de um impacto que tomou as manchetes do mundo inteiro. A primeira é o banimento em 2021 – daqui a apenas dois anos – de plásticos de uso único, como sacos plásticos, garrafas de água e canudos, inspirando-se no modelo da União Europeia, já que a reciclagem atingem menos de 10% deste material. O primeiro-ministro Justin Trudeau observou que anualmen-

Éo Brasil na

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te mais de um milhão de pássaros e mais de 100 mil mamíferos marinhos se ferem ou morrem por ficarem presos em meio a dejetos plásticos ou por comê-los, confundindo-os com alimentos. Outra medida é a proibição da captura e criação de cetáceos, como baleias e golfinhos, decisão elogiada pelos ativistas de defesa dos animais, que ponderam com o sofrimento a que ficam submetidos os animais, vivendo em pequenos tanques apenas para entretenimento humano. É uma medida progressista já adotada inclusive por países latino-americanos, como Chile e Costa Rica. O Canadá encomendou,

ainda, um estudo sobre as causas da violência contra as mulheres indígenas, para buscar recomendações de medidas públicas e formas de prevenção. Para isto, foram ouvidas mais de duas mil testemunhas, incluindo sobreviventes de violência e seus familiares. Produzido em três anos, o relatório de 1.200 páginas apresenta mais de 200 recomendações, mas, principalmente, faz com que o Canadá admita ter sido cúmplice de genocídio racial de mulheres indígenas. Atitudes simples e de baixo custo, mas que demonstram o patamar moral de um país. Que sirva de exemplo.

Com mais de 35 anos de experiência como jornalista, José Francisco Schuster atuou em grandes jornais, revistas, emissoras de rádio e TV no Brasil. Foi, durante 8 anos, âncora do programa Fala Brasil, e agora produz e apresenta o programa Noites da CHIN - Brasil, na CHIN Radio.

flickr

O premier de Ontário, Doug Ford.

res enfrentam grande oposição popular e revelam um governo com dificuldades em ouvir a população, forçando os cortes goela abaixo. Inclusive, foi na comunicação que o premier baseou a sua justificativa para o movimento; segundo ele, apesar do bom trabalho desempenhado pelos ministros, a mensagem do governo não ressoou nas pessoas, que hoje têm se voltado contra ele. Vale salientar que os conservadores acabaram de completar um ano de mandato e que remover o Ministro das Finanças a esta altura é uma decisão sem

precedentes na história política, tanto provincial como federal. Parece que Doug Ford está tentando se esquivar da responsabilidade que os cortes de seu governo terão diariamente na vida de milhares de canadenses. Soa estranho aos ouvidos tentar transferir o poder de decisão ao mesmo tempo em que se apresenta como figura central do partido. Talvez alguém tenha orientado Mr. Ford a baixar a bola e ficar dentro do casulo quietinho durante os meses do verão, enquanto o peixe grande vem aí, concorrer nas eleições federais.

Camila Garcia é paulista e já trabalhou com teatro, rádio, televisão e jornalismo. Sempre de olho no universo político, adora trocar suas impressões com os mais chegados, e agora com os leitores do Jornal de Toronto. Atualmente é apresentadora do programa de televisão Focus Portuguese, todos os sábados e domingos, na OMNI TV.

O ex-juiz e ministro da Justiça Sergio Moro

tem tido dificuldades em explicar sua atuação na Operação Lava-Jato. Os brasileiros têm acompanhado com apreensão e revolta os desdobramentos do vazamento das conversas de Moro, reveladas pelo site de jornalismo The Intercept Brasil. O acompanhamento do site (www.theintercept. com/brasil) promete trazer novas revelações àqueles que se preocupam com o combate à corrupção em nosso país. lula marques

Noites da CHIN - Brasil

1540AM

com José Francisco Schuster sábados 7pm-12am

www.chinradio.com


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Paola Wortman

Conselheira e Estrategista Financeira

RRSP/RESP/RDSP/TFSA/Corporations Seguros de Vida, Doenças Críticas e por Invalidez

paola.wortman@edwardjones.com

(905) 808-4573

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Esportes

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Não dá pra esquecer o Galo Toronto Cristiano de Oliveira Antes de falar que eu sou bairrista, tenha calma. Não sou não, viu? Inclusive quando tem que malhar BH eu não recuo. Mas hoje estou aqui no mais puro espírito cristão pra fazer justiça, pois fui informado que uma reportagem recente sobre torcidas de times de futebol brasileiros em Toronto sequer chegou a mencionar o Consulado Galo Toronto. Aí não... Aí você causa tumulto na minha barraquinha. Quando eu cheguei a Toronto, a internet só permitia escutar jogo de futebol, e olhe lá. Você precisava conectar meia hora antes do jogo começar, pois as rádios online não aguentavam muita gente. Se chegasse tarde, não conectava mais. E quando a conexão caía no meio do jogo, você ficava lá tentando voltar: aperta botãozinho, “tente mais tarde”, aperta de novo, “tente mais tarde”... Repita 600 vezes até um macabeu cair também e você pegar o lugar dele. Depois, com o auxílio de 450 antenas parabólicas, começaram a chegar os sinais de TV com um joguinho aqui, outro ali. Só dava pra ver no bar, e eu nunca sabia em qual bar o povo se reuniria. Quando o time foi campeão em 2005, andei pela Dundas no frio, vestido só de calça e camisa do Galo, pra ver se achava a torcida em festa. Rá! Tá

bom... Tudo que eu achei foi gripe. Mas com o passar do tempo, foi ficando mais fácil para os bares se equiparem com canais brasileiros, e as torcidas se misturavam pra ver os jogos. Era muito bacana assisti-los com torcedores de todos os times juntos. Sempre me senti respeitado, afinal, quando um cara chega a um bar cheio de cruzeirenses com uma crista do Galo na cabeça, o povo respeita porque mexer com doido pode ser perigoso. Hoje torcedores se reúnem com facilidade, e pra nós foi fundado o Galo Toronto, que não é bem uma torcida organizada, mas sim um consulado atleticano: uma representação local do time, que visa criar um ambiente menos arquibancada e mais família pra reunir torcedores e assistir aos jogos, abrindo inclusive as portas para torcedores de todos os times. O nosso consulado possui 195 pessoas inscritas, o que é muito para torcidas fora do Brasil, e um consulado desse tamanho dá trabalho e é carregado nos braços dos voluntários: é preciso ter

um bar pra ver os jogos, controle de presença, monitoramento dos grupos de Whatsapp, relações com outros consulados, com a diretoria do clube, organização de eventos, design e produção de produtos licenciados, contabilidade... É muita coisa, mas vale a pena, afinal, é o mais perto que dá pra chegar daquela saudosa emoção de torcer no estádio. Bom, é fato que o time do Galo não tem providenciado muito o que ser comemorado, mas atleticano é na saúde e na tristeza, na alegria e na riqueza. Ou algo parecido, não sei. Quando o padre falou eu já estava meio de fogo. Fica aí então o registro de uma torcida batalhadora que não pode deixar de ser mencionada quando o assunto é futebol brasileiro no exterior. Se você é atleticano em Toronto e está sozinho, sofrendo, só dando trabalho em casa e fazendo raiva em vizinho... Procure por Galo Toronto nas mídias sociais e venha se curar dessa abstinência de estádio. Adeus, cinco letras que choram.

Cristiano de Oliveira é mineiro, atleticano de passar mal, formado em Ciência da Computação no Brasil e pós-graduado em Marketing Management no Canadá. Foi colunista do jornal Brasil News por 12 anos. É um grande cronista do samba e das letras.

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