Jornal de Toronto
O mais eficiente de todos os investimentos: controlar as despesas
A “estreia” do nosso mais novo colunista fixo, Alexandre Rocha, já velho conhecido no Jornal de Toronto. p. 5
Visto do Brasil também será eletrônico para os canadenses
O programa “Quintal da Cultura” é maior que o mundo, e saiu
Ótima notícia para os nossos cônjuges e amigos norte-americanos. A partir do começo de 2018, a emissão do visto ao Brasil será solicitada eletronicamente. p. 2
das terras tropicais pra levar felicidade para as famílias brasileiras no Canadá. p. 7
edição # 5 | ano # 1 | novembro 2017 | www.jornaldetoronto.ca | info@jornaldetoronto.ca | ISSN 2560-7855
“Dating” As coisas são difíceis aqui na
Aumento drástico no imposto de propriedades comerciais está mudando a cara de Toronto
Terra dos Solteiros p. 3
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márcio tuller espósito
Você já ouviu falar na A vitamina Síndrome do Imigrante? dos raios Sabemos que o ser humano tem uma capacidade de superação fantástica, e que é capaz de enfrentar situações críticas adversas. Mas, infelizmente, isso nem sempre acontece no processo de imigração. p. 10
Cerveja é fruto do trabalho colaborativo entre Brasil e Canadá p. 5 Website com vídeos e matérias complementares
de sol
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Com três sócios no Brasil e outros três no Canadá, a marca foi a primeira micro cervejaria brasileira a participar com estande próprio na Mondial de La Bière de Montreal. A oportunidade surgiu após a obtenção do duplo selo de qualidade, dentre os 14 possíveis que estavam sendo disputados na edição do Rio, com mais de 500 concorrentes.
rafael salsa correa
O legado das comemorações dos 150 anos do Canadá Gaby no Canadá O ano de 2017 está quase chegando ao fim e certamente deixará muita saudade. Isso porque foi um ano muito aguardado para os moradores e turistas, já que foi – e ainda está sendo – comemorado os 150 anos do país. Muita coisa legal foi construída por causa desta data, e ficará permanente. Pensando nisso, eu resolvi fazer uma lista de 4 lugares que foram inaugurados este ano no Canadá, em função dos seus 150 anos, e que continuarão alegrando e enchendo os olhos das pessoas que os visitarem. p. 7
Leia um trecho do livro “Cavaleiro das Américas”, de Filipe Masetti Leite
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Editorial Cada edição do nosso jornal segue um plano, mas, ao longo do processo, esse plano vai sofrendo a influência das matérias que vão chegando... Sim, porque o Cristiano, por exemplo, vai de homofobia no esporte a pernilongos gigantes como num passe de mágica, o que significa que é sempre uma aventura esperar seu próximo texto. E assim é com os outros colunistas, que têm liberdade total para escrever o que lhes vier à cabeça (a propósito, damos aqui as boas-vindas ao nosso mais novo colunista fixo, Alexandre Rocha, já velho conhecido no JdeT). Temos também as boas surpresas dos textos recebidos pelos colaboradores convidados e, claro, os muito apreciados leitores que nos enviam textos para avaliação. Esse conjunto rico de material vai remodelando o tal plano inicial, e assim cada edição vai se configurando. Enfim, o caso é que, nessa edição, temos matérias que tratam, das mais variadas formas, do quanto se pode fazer certo ou (muito muito) errado – e, claro, alguma coisa entre um e outro. Se a questão está no tempo, na burocracia, na exploração aos comerciantes ou aos trabalhadores, também há exemplos fabulosos de superação e determinação, que nos mostram que o amor a um sonho rende sempre bons frutos. Em todos os casos há um ensinamento, e em todos os casos há a chance de fazer melhor. “Tamo junto!” ADR Editor-chefe: Alexandre Dias Ramos Gerente de marketing: Sonia Cintra Gerente de mídia social: Luiza Sobral Revisor: Eduardo Castanhos Fotógrafos: Alexandra Stockmar, Artur Augustynowicz, Barbara Nettleton, Cintia Freitas, Julie Artacho, Ken Dobb, Nadja Kouchi, Rafael Salsa Correa & Ricardo Rios Colunistas: Alexandre Rocha, Cristiano de Oliveira, Emma Sheppard, Gabriela Ghisi & José Francisco Schuster Colaboradores dessa edição: Ana Lélia Beltrame, André de Miranda, Christopher Grant, Erika Sendra Tavares, Filipe Masetti Leite, Helena Ritto, Juliana Nogueira, Letícia Tórgo, Luiza Sobral, Márcio Tuller Espósito, Milton Rodrigues & Socorro Lustosa Agradecimento especial para: Phil Alain Agências, fontes e parceiros: Blog Gaby no Canada, Brazil-Canada Chamber of Commerce, Canada 150 Mosaic, Editora Harper Collins Conselho editorial: Nilson Peixoto, Rosana Entler & Sonia Cintra © Jornal de Toronto. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução de qualquer trecho desta edição sem a prévia autorização do jornal. O Jornal de Toronto não é responsável pelas opiniões e conteúdos dos anúncios publicados. Circulação: O Jornal de Toronto é mensal e distribuído em Toronto, GTA, Montreal, Ottawa e Vancouver. Contato: info@jornaldetoronto.ca Siga nossa página no Facebook, Twitter e nosso site: www.jornaldetoronto.ca Edição #5, ano #1, novembro 2017 ISSN 2560-7855
Cotidiano
Visto do Brasil também será eletrônico para os canadenses Luiza Sobral é jornalista Ótima notícia para os nossos cônjuges e amigos norte-americanos. A partir do começo de 2018, a emissão do visto ao Brasil será solicitada eletronicamente. A iniciativa é parte do “Brasil Mais Turismo”, um pacote de medidas do Ministério do Turismo que visa alavancar o setor e tem a intenção de dobrar, até 2022, o número de visitantes que o Brasil recebe por ano. Facilitar a emissão de documentos para países estratégicos como o Canadá, os Estados Unidos, a Austrália e o Japão, tem o potencial de ampliar o fluxo de viajantes em até 25%, de acordo com estudo feito pela Organização Mundial de Turismo. Os australianos serão os primeiros contemplados e já poderão usar o sistema a partir desse mês. Os outros três países serão be-
neficiados até fevereiro próximo – mais especificamente, a data divulgada pelo Ministério para o início da emissão de visto eletrônico aos canadenses é 8 de janeiro de 2018. Hoje, os Visa Centers levam entre 5 e 45 dias para a emissão do visto aos turistas que querem visitar o Brasil. No sistema online, o processo deverá ser realizado em até 72 horas. “Essa facilitação (...) também contribuirá para fortalecer a economia brasileira”, explicou Vinícius Lummertz, presidente da Embratur. Para nós, brasileiros morando no exterior, a medida também deve estreitar os laços entre nossas famílias, que são um pouco daqui e um pouco de lá. Afinal, quem aí nunca ouviu a frase: “eu sempre quis conhecer o Brasil”? Agora será mais fácil.
Passaportes de emergência Ana Lélia Beltrame é Cônsul Geral do
Brasil em Toronto
O Consulado recebe com frequência pedidos dos chamados “passaportes de emergência”, para que a pessoa viaje com urgência ao Brasil, para atender a questões de saúde de seus familiares. Não existe uma lei ou um regulamento que obrigue o Consulado a dar passaportes de emergência – cada Consulado determina como vai agir diante de urgências –, mas, em geral, há aspectos de bom senso que todos os Consulados tentam observar. O que é que caracteriza a urgência? Como distinguir a emergência real da desculpa contada pela pessoa que esqueceu de renovar o passaporte a tempo? Bem, a primeira observação que eu teria a fazer é a exigência de um atestado do médico do doente, confirmando que há uma doença grave e aguda. A segunda observação é a data de compra das passagens aéreas. Se as passagens foram compradas antes de o parente adoecer, algo de errado há. O usuário não teria como adivinhar que o parente ia adoecer. Seria então, neste caso, uma falsa urgência.
A terceira observação é que, em geral, o parente direto do enfermo (ou do morto) vai sozinho, e a mulher ou o marido fica com os filhos – até por economia, pois as emergências verdadeiras sempre estão fora do orçamento. Muito pouca gente tem dinheiro para comprar quatro passagens de ida e volta ao Brasil para visitar o tio na UTI ou ir a um enterro. Finalmente, a quarta observação, que é o tempo de duração da estada no Brasil: quem viaja de emergência fica por pouco tempo – uma semana, em média. Quando marido, mulher e dois filhos vão ao Brasil por 30 dias, mais os finais de semana da ida e da volta, num total de 44 dias, isto são férias, e não uma emergência. As quatro observações acima são, como disse no início, produto do bom senso. Não correspondem a regras, leis ou determinações do Ministério, em Brasília. Mas são o que tomamos o cuidado de observar aqui em Toronto, para evitar que pessoas “furem a fila” dos passaportes e comprometam o tempo de espera daqueles que realmente precisam da prioridade.
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Analisando o prêmio do TTC lá do último banco Cristiano de Oliveira Saudações, elementos de alta periculosidade. Eu já vi gente que oferece serviço ruim pedir desculpa, fazer um agradinho pra compensar o mau jeito, ou no mínimo se esconder esperando a poeira baixar. Mas daí pra oferecer um serviço que todo mundo morre de raiva e ainda anunciar que ganhou prêmio de melhor transporte público da América do Norte, é abusar demais da paciência do cristão. É desrespeitar o sovaco do próximo que a gente é obrigado a cheirar todo dia. Tivemos uma matéria na edição passada sobre o caso, mas permitam-me acrescentar meu pudico comentário. Claro que estou falando do famigerado TTC, o sistema de transporte público de Toronto que ficou parado no tempo por 600 anos, vivendo dos louros do passado, até que um belo dia acordou e notou que a cidade tinha dobrado de tamanho. Daí foi uma bobagem atrás da outra: encomenda de novos streetcars que não chegaram (e seus trilhos que tiveram que ser trocados), dezenas de falhas mecânicas que atrasam praticamente toda viagem de metrô, os constantes suicídios (cerquinha na plataforma é muito caro, eles declaram), o ar condicionado do metrô que, no calor de 42 graus, só voltou a funcionar depois que o prefeito foi lá experimentá-lo... O serviço só piora – uso transporte público aqui desde 1998 e acompanho a decadência – e agora os caras ainda vêm dizer que ganharam prêmio de melhor da América do Norte! Acho que eles concorreram com mais duas cidades onde o transporte público é feito em riquixá e jegue, respectivamente. E pra aumentar a petulância, ainda divulgaram que a empresa deu lucro em 2017, mas o dinheiro não será reaplicado em serviços – nesse momento eles estão decidindo se reaplicam o dinheiro em 7 Belo ou Pip Hortelã. Fato é, pelo menos às 9 e às 17 horas, a penitência continuará. É claro que o povo também não ajuda, apesar das campanhas educativas: ocupar cadeira com bolsa já é normal. Música alta nos fones de ouvido é mato, tem dia que eu ouço três músicas ao mesmo tempo e nenhuma é minha. O corredor do ônibus é
sempre bloqueado por mochilas nas costas. O povo é bruto mesmo. E sempre vem um dizer que canadense é muito educado. Ah, sei... A menos que o movimento separatista da estação Kipling tenha fundado a República Tosca de Jacy Lascaux, esse conceito é jogado pra cima quando o ônibus vem chegando. E se você é um daqueles que lê isso e a frase “então volta pro Brasil” vem à boca, permita-me interromper com um singelo pedido: por gentileza, vá pro inferno! Eu volto quando eu quiser, cê não manda em mim não! Pago 30% de imposto de renda na fonte todo mês, mais $150 de Metropass, levo 1h15 de casa ao trabalho, então reclamo e reclamo gostoso, e ainda encorajo todo mundo a reclamar também no twitter @ttchelps, pois só com pressão popular que eles vão se mexer. E se me irritar muito eu vou passar a cobrar o direito de armar rede dentro do ônibus pra ir dormindo. E Bala Chita e Babalu de cortesia, pois o passageiro em questão gosta de doce. Adeus, cinco letras que choram.
Cristiano de Oliveira é mineiro, atleticano de passar mal, formado em Ciência da Computação no Brasil e pós-graduado em Marketing Management no Canadá. Foi colunista do jornal Brasil News por 12 anos. É um grande cronista do samba e das letras.
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“Dating” é um saco, até deixar de ser
Christopher Grant é cenógrafo (e solteiro) em Toronto A cena de paquera em 2017: uma mistura curiosa de paranoia, rejeição, diversão e desenvolvimento pessoal. Se, como eu, alguém se interessar em
... Está chegando mesmo? Emma Sheppard Lembro-me claramente dos meus primeiros dias trabalhando numa escola de idiomas no Brasil. A cada momento uma nova lição, e mais um choque cultural – deixar os seus colegas te abraçar, deixar os seus alunos te chamar de “tia”, deixar as pessoas perguntarem qualquer coisa da sua vida... E uma coisa que ainda guardo na memória: o momento em que o “sinal” tocava para chamar os professores para subir para as salas. Eu, a gringa mais nervosa do mundo, subia cinco minutos antes do sinal, quase pulando quando finalmente chegava a hora. E os colegas? Lentamente arrumando livros, terminando conversas, ninguém correndo, ninguém nervoso. E isso não é um julgamento, é um exemplo de um dos maiores desafios do processo de se acostumar com o novo país – como se adaptar a um novo ritmo, a novos padrões. Para me inserir no jeito brasileiro, eu tive que aprender a me acalmar um pouco – andar com menos pressa, não pedir desculpas por um atraso... E tive que
aprender uma nova definição de uma frase muita usada: “Estou chegando”. Na minha vida, estar chegando é estar a cinco passos do destino, geralmente correndo, geralmente “atrasada” (3 minutos antes do horário marcado). Mas o “estou chegando” do brasileiro era uma mensagem mandada antes mesmo dele ter saído de casa, quando ainda nem tinha terminado de se arrumar! Quando voltei ao Canadá, voltei para o “I’ll be right there”, faltando 5 minutos antes de chegar. Para muitas pessoas com quem eu trabalho aqui, o desafio é o inverso: Como chegar na hora, como saber se um compromisso ou evento brasileiro, marcado para o meio-dia, começará... ao meio-dia? Mudar para um novo país não é só transplantar os seus jeitos numa nova terra, é também deixar o novo ambiente te afetar um pou-
Emma Sheppard é nova iorquina, mas paraense de coração. É professora de inglês há mais de 10 anos, com mestrado em Pedagogia pela UofT. Atualmente, Emma dá aulas para a comunidade brasileira e angolana, e para todos aqueles que desejam melhorar a sua experiência no Canadá. _ teacheremma123@gmail.com
co, e isso inclui observar melhor os horários – para considerar o “estou chegando” quando se está ainda em casa, e o “on my way” quando se está realmente a caminho, e como escolher entre os dois.
conhecer pessoas novas e descobrir se elas estão na mesma onda para curtir com você, a experiência pode ser bastante gratificante. Se você é propenso
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a ter seus sentimentos abalados, eu recomendaria tentar a vida do eremita celibatário. As coisas são difíceis aqui na Terra dos Solteiros. Eu não tenho certeza se isso é fruto da vida moderna de mensagens de texto e namoros online, ou se as pessoas estão, no geral, mais inconstantes e egocêntricas; mas, definitivamente, há uma tendência na qual as paqueras simplesmente desaparecem, sem ao menos oferecer um adeus educado ou uma rejeição romântica. É o fenômeno insensível e desconsiderado conhecido como “ghosting”. Talvez seja uma parte obscura da natureza humana, onde sempre estamos buscando algo melhor e raramente estamos satisfeitos com o que já nos foi agraciado. Adicione a isso os preconceitos irrealistas sobre o que o “amor” implica, e você tem as pessoas prontas para desistir de seus relacionamentos românticos nos primeiros sinais de tempo feio. Como alguém consegue enfrentar tais mares turbulentos? Apenas continue a nadar, suponho, confiando que, eventualmente, você possa encontrar alguém cujas correntes fluam juntas com as suas. Enquanto isso, o melhor é manter a cabeça erguida e tentar aproveitar a aventura. Avante!
Economia
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Aumento drástico no imposto de propriedades comerciais está mudando a cara de Toronto
Erika Sendra Tavares é moradora na Yonge / Eglinton Toronto é uma cidade de bairros: o Kensington Market com suas lojas, cafés e mercados multiculturais; o “Fashion District” com oficinas de arte, lojas e restaurantes construídos em armazéns históricos; Downtown Yonge com estabelecimentos icônicos, operando há décadas; Queen West com suas lojas de moda. O que faz esses bairros tão únicos é uma combinação da arquitetura com os seus pequenos estabelecimentos comerciais. No entanto, muitos dos prédios históricos e pequenos estabelecimentos estão ameaçados e outros já fecharam, devido ao aumento desproporcional do imposto de propriedade.
Cartazes em lojas da Yonge St., onde comerciantes lutam contra o imposto abusivo. À direita, a icônica House of Lords, que fechou suas portas no mês passado, depois de 51 anos; e a Eliot’s Bookshop, que também está para fechar, após 22 anos de atividade.
Salário mínimo é disfarce para escravidão José Francisco Schuster Quando um patrão paga salário mínimo, está embutindo a mensagem de que “não acho que seu trabalho valha tanto; só não lhe pago menos porque a lei não me permite. Ah, que saudades da escravidão!”. Embora seja politicamente incorreto verbalizar isto, os militares da ditadura militar brasileira tinham a cara-de-pau de chegar a colocar por escrito, com os contracheques dos auxiliares de serviços ge-
rais (faxineiros) do serviço público federal, que recebiam um salário de fome, uma segunda linha onde se lia “complementação para atingir o salário mínimo”. Na Europa e América do Norte, incluindo o Canadá, o salário mínimo é um pouco melhor, não por bondade dos patrões, mas simplesmente devido ao inverno. Com o frio intenso, é impossível ao trabalhador viver com sua família em um barraco ou embaixo de uma ponte, como no Brasil, se-
não a mortandade se transformaria em um escândalo internacional. Não quer dizer, contudo, que o salário mínimo canadense, que varia por província, permita uma vida sem sobressaltos. Uma refugiada de Bangladesh, que veio para o Canadá para escapar de um casamento arranjado com um homem que já tinha três esposas, contou ao jornal The Globe and Mail em 2014 a dificuldade de viver com salário mínimo. Trabalhando nas madrugadas em uma casa para pessoas com deficiência física e mental, $850 dos $1.200
Em 2016, eles receberam uma projeção de 500% de aumento no imposto de propriedade para os próximos 5 anos, que até então era em torno de 2 a 8% ao ano. Atualmente, a avaliação do imposto é baseada no “melhor e mais rentável uso do terreno”, ao invés de um modelo mais realista, baseado no uso atual do imóvel. Ainda assim, isso nunca tinha sido um problema, antes do aquecimento do mercado imobiliário. Porém, com várias torres sendo erguidas em regiões importantes de Toronto, o valor dos terrenos sofreu uma valorização abrupta que refletiu nesse aumento galopante, segundo o critério adotado na taxação. Simplificando, prédios comerciais de poucos andares são taxados com valor similar ao dos grandes edifícios erguidos no mesmo bairro. Os estabelecimentos inquilinos não conseguem absorver o aumento e acabam falindo ou mudando de endereço. Com isso, a única opção para os proprietários acaba sendo a venda de seus imóveis para as grandes incorporadoras. No momento, nenhuma modificação está sendo implementada pelo Governo de Ontário, e a reavaliação está sendo realizada caso a caso. Em Downtown Yonge muita pressão e união dos pequenos comércios, alguns endereços foram reavaliados recentemente e
que ganhava por mês iam para o apartamento subsidiado, que dividia com o pai e o irmão doentes. Para comer, eles dependiam de um banco de comida (food bank), mas as duas passagens para ir até lá eram um peso a mais para quem não conseguia sequer pagar um passe mensal de transporte coletivo (o Metropass). Agora, a proposta das províncias de Ontário e Alberta de aumentar o salário mínimo para $15 a hora encontra reações alarmistas dos bancos e do empresa-
conseguiram deduções baseadas no caráter histórico dos edifícios no qual operam. Outros faliram. Ainda assim, eles podem levar mais de cinco meses para receber devolução do valor pago acima da reavaliação. No Kensington uma moção foi proposta, e aceita pela prefeitura, sugerindo uma
categoria diferente de imposto para manter e promover o comércio de pequenos empreendedores. Mas o tempo é cruel, e 40 lojas já fecharam na Queen West e outras dezenas no Kensington e na Yonge St., tirando muito do que foi a característica e personalidade de cada bairro.
rafael salsa correa
riado, alegando que haverá desemprego. Economistas rebatem que no momento em que Ontário tem a menor taxa de desemprego em 16 anos (de 5,8%), os patrões dizem não podem pagar mais? Além disso, salários maiores reduzem a rotatividade, os custos de recrutamento, e aumentam a produtividade. Afinal, quem tem cabeça para trabalhar pensando que não há comida em casa? E como se concentrar, sabendo que a maior despesa mensal, o custo de moradia,
está crescendo abusivamente no Canadá, com grandes altas nos preços de imóveis e aluguéis? Como diziam os Titãs, “a gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte”. Um mínimo de dignidade para, ao fim de um mês de trabalho, ao menos pagar as contas. A escravidão pode ter acabado no papel, mas não podemos ter salários que remetam a ela.
Com mais de 30 anos de experiência como jornalista, José Francisco Schuster atuou em grandes jornais, revistas, emissoras de rádio e TV no Brasil. Foi, durante 8 anos, âncora do programa Fala Brasil, inicialmente pela rádio Voces Latinas e posteriormente pela Camões Rádio.
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Cerveja é fruto do trabalho colaborativo entre Brasil e Canadá OverHop produz cerveja de açaí, framboesa e café Milton Rodrigues é o criador do blog Breje-se Para a turma da carioca OverHop Brewing, o excesso de lúpulo na cerveja não é problema algum; pelo contrário, é solução para todas as dificuldades! A marca conseguiu faturar duas medalhas de ouro no Mondial de La Bière 2016 (no Rio de Janeiro) com menos de quatro meses de existência. De lá para cá, a equipe soma 1 ano de trabalho e o sonho de alcançar voos maiores e internacionais. Com três sócios no Brasil e outros três no Canadá, a marca foi a primeira micro cervejaria brasileira a participar com estande próprio na edição original do Mondial de La Bière, que ocorreu em junho deste ano, em Montreal. A oportunidade surgiu após a obtenção do duplo selo de qualidade, dentre os 14 possíveis que estavam sendo disputados
na edição do Rio, com mais de 500 concorrentes. A participação na edição canadense rendeu a primeira ação colaborativa internacional da marca: uma Oatmeal Stout, intitulada 8199. A cerveja, feita em coprodução com a montrealense Brasserie Harricana, leva na receita o açaí e a framboesa e ainda uma infusão a frio de café, torrado em Montreal. A ideia é que cada fruta carregue o “porta estandarte” da sua nação; já o nome, vem da distância em quilômetros entre as duas cervejarias – mas que, no paladar, a lonjura pretende ser esquecida. A experiência no Quebec foi tão positiva que os sócios canadenses resolveram apostar nos mercados de Quebec e Ontário, e o lançamento de suas pri-
ricardo rios
meiras produções é nesse mês. Patrícia Rios e Tatiana Fulton, que são sócias aqui juntamente com Ricardo Rios, contam ainda como foram bem recebidas num mercado predominantemente masculino: “para
nós, a cerveja é feminina e nossos rótulos contam histórias de mulheres fortes, como a Sweet Sofia, que se torna a Hop Goddess e no final vem como a Hazy. O Canadá e sua reconhecida inclusão nos acolheu de uma forma surpreendente.
Logo de início conhecemos a Mirella Amato – a única Master Cicerone do Canadá e a única mulher no mundo, entre as 13 pessoas que possuem este título – e ela nos apresentou às fundadoras da Society of Beer Drinking Ladies, que fazem um trabalho incrível de inclusão de mulheres no mundo cervejeiro. Desde então, muitas portas se abriram e conseguimos alcançar metas em tempos recordes”, relata Patrícia. Muito mais que vender cerveja, o time da OverHop pretende estabelecer um intercâmbio cultural cervejeiro entre o público do Brasil e do Canadá. No Brasil, eles fazem parte da Confraria 4 Cantos, criadora de um dos maiores festivais de cervejeiros caseiros do Brasil, que recebeu 1000 participantes em sua
última edição e que em breve terá cervejas feitas com lúpulos provenientes do Quebec. Além disso, eles estão lançando um projeto com o apoio da Embaixada Brasileira, que pretende trazer um grupo de pessoas para descobrir as cervejarias daqui, e fazer o mesmo daqui pra lá: “faz parte da filosofia da Craft Beer Revolution educarmos nosso público e explicar a necessidade de consumir os pequenos produtores locais. Se todo mundo a nossa volta consegue vencer, isso significa que nós também vencemos”, diz Ricardo Rios.
O mais eficiente de todos os investimentos: controlar as despesas Focar em controlar as despesas é o primeiro passo do sucesso financeiro Alexandre Rocha Geralmente, recebo e-mails de pessoas preocupadas com a economia brasileira, com as maluquices do Trump, com os problemas econômicos e políticos na Venezuela... Todos querem saber o que fazer com as finanças no meio de tantas variáveis em jogo. Reparei que as preocupações eram bem semelhantes e passavam,
quase sempre, pelas questões de investimentos, aposentadoria e projetos futuros. O curioso é que ninguém fala em despesa. Eu não recebo um e-mail ou um comentário sobre o tema “despesa”. A maioria das pessoas não compreende a despesa como investimento. Calma, que eu vou explicar. Quando alguém me pergunta “onde eu aplico para não perder dinheiro?”,
“como eu faço para investir com baixo risco?”, “como eu preparo um projeto financeiro com esta crise no Brasil?”, uma simples questão surge: Como estão as suas despesas? Eu posso assegurar que 80% das pessoas não sabem para onde o dinheiro vai (é o famoso ralo). Mas eu sinto o “cheiro do ralo...”. Se você, de um lado, investe uma parte do seu dinheiro e, do outro, sim-
plesmente ignora o ralo por onde ele está saindo, você está perdendo (e muito). Focar em controlar as despesas é o primeiro passo do investimento e é o primeiro passo do sucesso financeiro. Identificar, anotar, acompanhar as despesas e perguntar a si mesmo se vale a pena gastar com aquele produto/serviço que você nem sabe ou nem sabia o motivo que te levou a comprar, são caminhos da gestão financeira e, consequentemente, do investimento. Identificou? Agora é controlar. Eu sei que é difícil, mas aqui vai uma técnica que pode
te ajudar neste processo: 48 horas. Tente identificar o que realmente é importante para você. O bem ou serviço tem que ter utilidade e gerar valor para você. Se sentir vontade de comprar qualquer coisa, espere 48 horas para realizar a compra. Você terá uma grande surpresa e verá que grande parte deste desejo veio pelo impulso, pelo marketing do produto ou por influência de outras pessoas. Comece a colocar em prática não só na sua vida pessoal, como também na hora de pla-
nejar um projeto, um evento, um orçamento, abrir uma empresa... Esta regra é universal e serve para tudo. Quando você conhece bem as suas despesas e corta o que literalmente está indo para o ralo, você naturalmente começou a investir. Se você deseja realmente começar a investir sem perder: controle as suas despesas.
Alexandre Rocha é trader nos mercados futuros do Brasil, EUA e consultor financeiro independente. Em 2014, deixou o Banco do Brasil para fundar a consultoria Aletinvest. Se formou em economia pela UCAM-RJ e é mestre em Études Internationales pela Université de Montréal. Atualmente mora em Montreal, mas é apaixonado por Toronto. _ www.aletinvest.com
Cultura
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Não perca o próximo Sarau Brasil
O Cavaleiro das Américas
barbara nettleton
Filipe Masetti Leite é jornalista, escritor e cavaleiro
artur augustynowicz_yauca’s lounge
Alexandre Dias Ramos é editor O sarau é um tipo de evento que conseguiu resistir ao tempo, e se adaptar a ele. Se antes tinha os requintes dos recitais, dos encontros da côrte ou, mais tarde, da burguesia, depois virou algo mais popular, incorporando também o cinema e até mesmo a música eletrônica. Tradicionalmente, os saraus são em pequena escala, numa residência ou num bar, e acontecem pelo mundo todo. No Brasil, há exemplos extraordinários em Recife, Salvador, Rio, São Paulo e Porto Alegre, onde a música, o teatro, as artes plásticas, a literatura e a dança se misturam, em agradáveis noites de confraternização. E com a diversidade cultural do nosso país, é de se esperar que seus saraus tenham um tempero mais do que especial. E com a diversidade cultural de nossa cidade, Toronto, é de se esperar que tenhamos um sarau brasileiro. O Sarau Brasil acontece uma vez por mês e é organizado pela cantora Carla Dias, que já vinha fazendo saraus no Rio de Janeiro, antes de vir pra Toronto. Ape-
Acima à esquerda, Ana Lara, YJ Josephine e Digué Braga; acima à direita, Juliana Flores, Daniel Pliscki e Carla Dias; acima, YJ Josephine, Joyce Brandt e Carla Dias.
sar do foco na cultura brasileira, sempre foram muito benvindos artistas também de outros países. “O objetivo é dar oportunidade para as pessoas mostrarem trabalhos autorais ou covers, promover debates e unificar a arte... Enfim, um encontro cultural!”, diz Carla. Com um formato único, o Sarau Brasil é um evento aconchegante e descontraído, onde se pode ouvir boa música e assistir a todo tipo de manifestação artística. É também uma boa oportu-
nidade para conhecer gente nova (digo, não só no palco). Minha recomendação? Não percam o próximo Sarau Brasil. Para saber quando os eventos acontecem, fique ligado no Facebook do Sarau Brasil e do Jornal de Toronto. E quem quiser se apresentar, entre em contato pelo e-mail: carla.azdias@gmail.com
Em 2012, Filipe Leite iniciou sua viagem de Calgary (Canadá) até Barretos (Brasil) a cavalo, percorrendo dez países e 16 mil quilômetros em dois anos; em 2016, seguiu a viagem de Barretos ao Ushuaia (Argentina), atravessando quatro países e 7 mil quilômetros, num período de um ano e três meses. Sua próxima viagem será do Alasca a Calgary, percorrendo assim todas as Américas, do extremo norte ao extremo sul, a cavalo.
Estávamos no meio da travessia de um rio turbulento quando o cabo do cabresto de Frenchie escapou da minha mão e, com água até o nariz, vi os olhos cheios de medo do meu robusto palomino. Trocamos um rápido olhar de pânico antes de sermos tragados pela fúria da água marrom. Lutei para alcançá-lo, a água me sacodia como se eu fosse um boneco, até que não consegui mais. Afastei-me e nadei para a margem com medo de nunca mais ver meu cavalo de novo. Minhas botas desgastadas finalmente encontraram as rochas, mas minhas roupas encharcadas continuavam me afundando, fiquei descontrolado. Mesmo com os diferentes e muitos sons da selva, ouvi Bruiser e Dude relinchando aflitos pelo amigo. Conseguira transportar os dois pelo rio minutos antes – um de cada vez – mas na terceira e última vez não tive sorte.
Frenchie, com medo da água, entrou em pânico no meio do rio. Em vez de nadar como os outros cavalos, deu uma guinada para voltar à margem, mas em um instante foi arrastado pela correnteza furiosa. Agora nem sequer dava para vê-lo. Meu menino dourado se foi. E se ele se afogar? E se quebrar uma pata nas pedras? E se um crocodilo o pegar? Saí do rio e corri pela margem. Estava quase perdendo a esperança, quando o encontrei, de pé, com a água na altura da barriga, tentando chegar no chão seco. Gritei seu nome e ele imediatamente virou a cabeça para mim. Caminhei pela água até alcançá-lo. “Calma, filho. Peguei você”, falei e agarrei o cabo do cabresto dele. Encostou o focinho no meu estômago como se dissesse “obrigado”. Fomos para a terra seca. Ele ficou parado, encharcado e ofegante, enquanto eu verificava se havia ferimentos em seu corpo. Para meu grande alívio, ele estava bem. Voltamos, amarrei Frenchie com seus irmãos e então me sentei na sombra, tentando recuperar meu fôlego e me acalmar. Estávamos no sul do México, sozinhos, no meio da nossa longa jornada para casa e, como em muitas outras vezes, tínhamos acabado de escapar da morte. Mas por quanto tempo? Todos os dias eu selava meus cavalos, pedia ao universo para nos manter seguros. A simples travessia de um rio se tornava mortal em segundos. E havia ainda muitos rios a atravessar. “Como chegaremos vivos ao Brasil?”, perguntei aos meninos. “Não tenho certeza”, respondi a minha própria pergunta, algo em que me tornei especialista, já que os cavalos sempre me davam um tratamento silencioso. Eu me controlei, montei na sela e fiz a única coisa possível – cavalguei. Sou um caubói. Levarei meus cavalos em segurança para casa, não importa o quão difícil ou perigoso isso possa ser. Quando começo alguma coisa, vou até o fim. Prólogo do livro Cavaleiro das Américas, de Filipe Masetti Leite (Editora Harper Collins).
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nadja kouchi
“Tenho em mim um atraso de nascença. Eu fui aparelhado para gostar de passarinhos. Tenho abundância de ser feliz por isso. Meu quintal é maior do que o mundo.” Manoel de Barros
Helena Ritto é atriz na TV Cultura Manoel de Barros concordaria que infância com quintal é poder encher as memórias de afeto. Bons tempos em que se brincava de ciranda e amarelinha logo ali, na porta de casa. Antigamente, quintal não era privilégio, era brinquedo.
Jonathan Faria, como Osório (esquerda); Helena Ritto, como Doroteia; e José Eduardo Rennó, como Ludovico. A direção do programa é de Bete Rodrigues.
Meu quintal é maior do que o mundo Mas o tempo correu e as cidades cresceram. Hoje, boa parte do tempo de brincar é passado em frente à tela da televisão ou do computador. Mas, e quando atravessamos o continente? Como apresentar aos nossos filhos as memórias de brincadeiras que vivemos nos nossos antigos quintais? Pois a TV Cultura semeia histórias num
de seus estúdios, num quintal de grama verde e bem brasileiro. O programa Quintal da Cultura foi criado em 2011, e desde então já recebeu prêmios importantes, é líder de audiência da emissora e vem se destacando por aliar conteúdo de qualidade com diversão. Na internet você também confere o programa, que traz a atrapalhada Doroteia e o divertido
Ludovico (dois irmãos de cabelo verde), além de Osório, o amigo talentoso de vasta cabeleira invisível. Eles vivem aventuras num quintal onde a imaginação voa alto. Uma minhoca cheia de personalidade e um jabuti com muitas histórias pra contar também entram na brincadeira. Aproveite o tempo com seus filhos com essa dica. Afinal, o
Quintal da Cultura é maior que o mundo, e saiu das terras tropicais pra levar abundância de felicidade para as famílias brasileiras no Canadá.
Você pode assistir ao Quintal da Cultura pelo canal do YouTube!!
O legado das comemorações dos 150 anos do Canadá Os murais do Canada 150 Mosaic
Gabriela Ghisi O ano de 2017 está quase chegando ao fim e certamente deixará muita saudade. Isso porque foi um ano muito aguardado para os moradores do Canadá e turistas que visitaram o país, já que foi – e ainda está sendo – comemorado os 150 anos do país. Diversos festivais e eventos aconteceram durante o ano todo e muita coisa legal foi construída por causa desta data, e ficará permanente, sendo aproveitada e visitada pelas pessoas que vierem ao país nos próximos anos. Pensando nisso, eu resolvi fazer uma lista de 4 lugares que foram abertos ou inaugurados este ano no Canadá, em função dos seus 150 anos, e que continuarão alegrando e enchendo os olhos das pessoas que os visitarem.
O Canada 150 Mosaic é um dos vários projetos que vêm acontecendo no país em comemoração aos 150 anos. Em resumo, de 5 a 15 comunidades de cada província criaram partes de um mural que “conectou o Canadá através da arte”. Os murais representam vagões de trem e durante todo o ano as comunidades estiveram lançando suas obras. Os murais são lindos e estarão embelezando as comunidades permanentemente. (www.canada150mosaic.com/the-project) The Great Trail Em 2017, foi inaugurada aqui no Canadá a maior trilha do mundo, com 22.000km de extensão. Essa trilha é chamada de The Great Trail e sua construção começou em 1992. A trilha não será usada somente por ciclistas, mas cavaleiros, esquiadores cross-country, hikers e motoristas de snowmobile. (www.thegreattrail.ca)
Mural do projeto Canada 150 Mosaic, em Oakville.
Túnel de trem em Brockville O túnel de trem mais antigo do Canadá passa por baixo do centro histórico de Brockville, cidadezinha cheia de charme a 3 horas de Toronto, às margens do rio São Lourenço. O trem foi usado pela última vez em 1970 e ficou fechado até agosto deste ano, quando foi aberto para pedestres em função das comemorações dos 150 anos do Canadá. A experiência
de passar a pé no túnel é incrível, pois inclui luzes e sons. (www. brockvillerailwaytunnel.com) Novos parques espalhados por Toronto Coincidência ou não, 2017 foi
o ano que novos (e lindos) parques foram inaugurados na cidade de Toronto. Entre eles está o Trillium Park, aberto em 19 de junho na Lakeshore, e um dos lugares mais lindos da cidade. Além do Trillium, também foi inaugurado o Grange Park, no centro de Toronto, colado na Art Gallery of Ontario; o Berczy Park, ao lado do Flatiron Building de Toronto, e chamando a atenção de todos pela sua fonte de cachorros; o Guild Park, parque de esculturas em Scarborough, cujo hotel foi reformado e reaberto no verão; e o Elm Street Parklet, que não é um parque, mas um espaço criativo e moderno para as pessoas descansarem ou curtirem o agito de Toronto.
Gabriela Ghisi é coordenadora de pesquisa clínica (com doutorado na UofT), esposa, mãe (do Thomas e do Jojoe) e blogueira. Seu blog Gaby no Canadá traz seu olhar pessoal e humano sobre tudo que merece amor e atenção, principalmente em Toronto. _ gabynocanada.com
Tecnologia &
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A atriz e coautora Laurence Dauphinais no palco com o “monólogo” SIRI.
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julie artacho
SIRI não só entende o que você diz, mas também o que você quer dizer De Montreal para o Rio Letícia Tórgo é produtora cultural
Desde o lançamento do iPhone 6S, o software SIRI ouve o que dizemos a todo momento. Como uma assistente pessoal. Ou como uma amiga. Eu nunca quis ativar SIRI em meu telefone. Talvez porque não gostaria que ela me ouvisse o tempo inteiro. Talvez porque não queria uma nova amiga. Ou os dois. Mas SIRI decidiu cruzar meu caminho de outra forma. Através de um amigo em comum, Pablo Mattos, fui apresentada à Laurence Dauphinais. Ela, em parceria com Maxime Carbonneau, e com a própria SIRI, escreveram e produziram uma peça de teatro inimaginável. Um espetáculo onde uma atriz interage com uma máquina de inteligência artificial e nos faz questionar quem é o verdadeiro programador: o homem ou a máquina. A partir desta conexão, em junho deste ano cheguei a Tadoussac, no Quebec, onde fiz a versão do texto para o português em uma residência de tradução, a Glassco Translation Residency. Conheci uma das cidades mais belas da belle province e ainda trabalhei
durante dez dias vendo baleias da minha janela. Com uma subvenção do Brasil e patrocínio do Oi Futuro, levo SIRI para meu país pela primeira vez. Uma oportunidade única de criar uma ponte cultural entre o Brasil e o Canadá, algo que tento realizar desde que cheguei em terras geladas, em julho de 2014. SIRI estreia dia 23 de novembro no Oi Futuro Flamengo, no Rio de Janeiro, e fica em cartaz até o dia 17 de dezembro. Iremos contar com tradução simultânea, uma sessão com libras para espectadores surdos e uma sessão com audio-descrição para cegos. Depois de muitos desafios em Montreal, a oportunidade de traduzir e produzir um espetáculo canadense, através da minha empresa no Brasil – a Da Gaveta Produções – é um sonho realizado. Mas eu me pergunto, será mesmo que SIRI não sabia deste sonho antes mesmo que eu me desse conta?
Pela primeira vez no Brasil, SIRI, de Laurence Dauphinais e Maxime Carboneau, estreia em novembro no Rio.
Uma atriz e uma máquina de inteligência artificial. Preocupada com os temas da intimidade, corpo, memória e sede de espiritualidade, Laurence Dauphinais visa explorar, neste trabalho, a relação entre o aplicativo SIRI e os seres humanos. Seu interesse é a junção entre ciência, arte e tecnologia, trabalhando com engenheiros, programadores e outros artistas para desenvolver uma ferramenta audiovisual sincronizada com a emoção humana, através de sinais fisiológicos do corpo. “Nossa intenção aqui é aprofundar uma investigação por conta de todas as mudanças de paradigmas pelas quais estamos passando em nossas relações. Esses organismos digitais estão se tornando cada vez mais autônomos e humanos em nosso dia-a-dia. Em um contexto dramatúrgico, tentamos desvendar os limites da linguagem
de SIRI, suas restrições de programação e falhas retóricas na estrutura binária de pergunta e resposta, a partir de onde pode surgir, inclusive, poesia. SIRI é programada para dar versões diferentes de respostas a uma mesma pergunta. Como não tem memória, o objeto teatral é construído através da insistência e repetição. Nosso desafio, a partir desta retórica incomum de linguagem, desta busca por respostas, é conhecer suas estratégias para avançar com a história no palco, ao vivo”, explica a atriz. Os jovens autores Laurence Dauphinais e Maxime Carboneau são apaixonados por novas tecnologias. Em 2013 outro espetáculo sobre o tema, o IShow recebeu os prêmios de Melhor espetáculo pela Associação dos Críticos de Quebec e o prêmio Buddies in Bad Time Vanguard de risco e inovação, no Sum-
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merwork Festival, de Toronto. Em 2015, um esboço do espetáculo SIRI foi apresentado no OFFTA (festival paralelo ao Festival TransAmériques) em Montreal. No formato de um TED TALK, Laurence levantou paradigmas causados pelas novas tecnologias em nossa comunicação e relações humanas. Ela apresentou ao público SIRI, questionando a estreita relação que temos com a tecnologia. SIRI, por sua vez, assumiu o papel de um segundo personagem principal, com igualdade de voz ao lado de Laurence. A partir daí, Laurence e SIRI dividiram a cena face aos espectadores com a mesma força e presença. SIRI provou ser uma musa, um obstáculo, uma coautora e uma artista de atuação imprevisível. Ainda em 2015, o formato atual foi apresentado no Festival TransAmériques (maior festival de teatro e dança contemporâneos da América do Norte). Desde então, tem sido apresentado em diversos teatros de Montréal e, este ano, fez parte do Festival Fringe de Edimburgo, na Escócia, onde foi sucesso de público e crítica.
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Innovation Cluster, de Peterborough, firma parceria com screva incubadora da Universidade Feevale, pra gente, do Brasil
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O Innovation Cluster - Peterborough and the Kawarthas e o Feevale Techpark (incubadora da Universidade Feevale, no Rio Grande do Sul), anunciaram a assinatura de um memorando de entendimento. Esta parceria promoverá o apoio e o crescimento entre as duas incubadoras, baseadas na inovação tecnológica. Com sede na cidade de Novo Hamburgo, o Feevale Techpark se concentra na inovação e no empreendedorismo, contribuindo para o desenvolvimento local e regional, ao mesmo tempo que promove o avanço tecnológico, comercial e empresarial. Agora, o Cluster de inovação estabelece uma parceria internacional com a incubadora, proporcionando uma conexão mais próxima entre suas empresas.
“No Feevale Techpark, acreditamos que as empresas precisam nascer globais e por isso apoiamos fortemente a expansão de novos mercados e a construção de bons relacionamentos”, diz Daniela Carolina Eckert, gestora executiva do Feevale Techpark. “Este acordo contribui e cria oportunidades para que essas conexões ocorram em ambos ecossistemas”, completa. As empresas dentro do Cluster agora terão acesso a conexões em marketing, produtos e serviços em todo o Brasil. “Através desta parceria, o Innovation Cluster e o Feevale Techpark poderão criar novos produtos e ideias de impacto para o desenvolvimento e crescimento econômico de cada incubadora”, diz Michael Skinner, presidente e CEO do Innovation Cluster. “Conectar empresários de Peterborough com uma instituição de tecnologia no Brasil ajudará a impul-
Innovation Cluster, em Peterborough, ON.
sionar futuras inovações.” Por ser uma associação comercial com o objetivo de promover relações mais fortes entre o Brasil e o Canadá, a Brazil-Canada Chamber of Commerce (BCCC), em Toronto, contribuiu para facilitar essa parceria entre as incubadoras. “A união destes dois influentes atores no mundo de startups tecnológicas ajudará a promover o empreendedorismo entre o Brasil e o Canadá e criará novas inovações”, diz Marcelo Konig Sarkis, presidente da BCCC.
Através desta parceria, o Innovation Cluster e o Feevale Techpark se beneficiarão através da troca de melhores práticas, incluindo apresentações em grupos de networking e iniciativas de recrutamento fornecidas por organizações locais, agências governamentais nacionais e regionais, agências de pesquisa e desenvolvimento, e universidades locais.
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Saúde& Bem-Estar
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vitamina dos dos raios raios de de sol sol AA vitamina Juliana Nogueira é nutricionista funcional na Herbal Health Nutrition A vitamina D está envolvida em inúmeros processos no nosso corpo. Ela protege os nossos ossos, cérebro e coração e é extremamente importante para o sistema imunológico. Na minha experiência como nutricionista, esse nutriente também é um dos suplementos mais importantes na luta contra a depressão. No entanto, a maioria das pessoa que moram na América do Norte sofrem de deficiência dessa vitamina. Ao contrário da maioria das vitaminas, que devem ser consumidas na alimentação, a vitamina D existe em pouquíssima quantidade nos alimentos e é produzida em grande parte pelo nosso próprio corpo. Tudo o que precisamos é expor a nossa pele ao sol.
Seguem 5 pontos importantes que vão te ajudar a manter um nível saudável de vitamina D: 1. Ela só é produzida com a exposição direta da pele ao sol. Quando usamos filtro solar, diminuímos significantemente a capacidade do nosso corpo de produzir vitamina D; 2. Você não precisar queimar a sua pele para produzir boas quantidades de vi-
tamina D. Você deve expor a pele ao sol pela metade do tempo que demoraria para a sua pele queimar; para uma pessoa de pele clara, isso poder significar 15 minutos de exposição diária, enquanto uma pessoa de pele escura talvez precise de mais de uma hora de exposição. Quanto maior a área de pele exposta, maior a produção de vitamina D;
3. A quantidade de vitamina D que o seu corpo produz também depende da hora do dia. A produção é maior durante o meio do dia. Ela também depende de onde você mora, quanto mais perto da linha do Equador mais fácil é para o nosso corpo produzir vitamina D; 4. No inverno do Canadá, devido ao frio, a exposição da pele ao sol é muito bai-
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xa. Durante essa estação, fica praticamente impossível produzir níveis adequados de vitamina D. Por isso a suplementação é extremamente recomendada; 5. Os suplementos em forma líquida tendem a ser de melhor qualidade e consequentemente são mais eficientes em aumentar os
nossos níveis de vitamina D. As necessidades diárias de cada pessoa dependem de muitos fatores, como idade e sexo. Para mais informação sobre o assunto e recomendações de dosagem, consulte um profissional. Também há boas informações no site www. vitamindcouncil.org.
Biolab inaugura centro de pesquisa em Mississauga Em outubro, a brasileira Biolab Farmacêutica inaugurou um centro de pesquisa e desenvolvimento em Mississauga, com um investimento de $56
milhões. A iniciativa faz parte do projeto de internacionalização da empresa e será uma oportunidade de empregos do setor na região.
Você já ouviu falar na Síndrome do Imigrante? Socorro Lustosa é terapeuta Sabemos que o ser humano tem uma capacidade de superação fantástica, e que é capaz de enfrentar situações críticas adversas. Mas, infelizmente, isso nem sempre acontece no processo de imigração. Quando o processamento do chamado “luto migratório” não é adequado, e a capacidade de resposta do imigrante não está sendo suficiente na reorganização de sua personalidade, é desencadeada a chamada “Síndrome do Imigrante”, também conhecida como “Síndrome de Ulisses”. O nome dessa síndrome foi inspirado no sofrimento de Ulisses, personagem da mitologia grega que, durante sua jornada de retorno para casa, teve de enfrentar a solidão, o medo e a tristeza... sentimentos muito semelhantes aos sintomas de quem imigra, e que agora são um problema de saúde emergente. O estudo desta síndrome tem sido realizado desde o início dos anos 2000, na Universidade de Barcelona, pelo psiquiatra e psicoterapeuta Dr. Joseba Achotegui, especialista em imigração e saúde mental.
Pessoas que sofrem desta síndrome podem desenvolver transtornos mentais e, mais frequentemente, o alcoolismo e a dependência química, caso haja evolução dos sintomas. E quais são os principais sintomas? Ulisses, personagem da Odisseia, de Homero. Xilogravura do artista André de Miranda, no livro Primas em Cordel (editora Armazém da Cultura).
• Sensação de solidão: sensação de não ter um lugar ou pessoa que o aco-
lha nos momentos mais difíceis, gerando seu isolamento;
• Sentimento profundo de tristeza: que, associado à tensão, medo e preocupações, provocam sentimentos de inadequação e inutilidade;
• Sentimentos de frustração: sensação de fracasso e ressentimentos gerados pela não realização dos planos, e pela incerteza do futuro; • Desgastes físicos: como insônia, enxaqueca, falta de apetite ou ingestão excessiva, aparente envelhecimento e mudanças no estado de humor; • Fadiga: cansaço excessivo que vem acompanhado de falta de concentração e problemas de memória.
Por ser ainda pouco conhecida – apesar de atingir muitos imigrantes –, esta síndrome pode ser confundida com depressão e transtorno pós-traumático, e ser tratada de maneira inapropriada. Seu tratamento requer fundamentalmente um acompanhamento terapêutico, para que as pessoas possam se expressar, processar melhor o que estão sentindo, e desenvolver habilidades para lidar com esses desafios. Uma dica: O uso de técnicas de relaxamento e o exercício físico também são recomendados.
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Novembro
por Nilson Peixoto
É outono, mas mesmo assim, tome aquela gelada! Será bom pra você.
Aquário
Aquelas águas turvas no lago Ontário da sua vida virarão plácidas neste mês.
Peixes
Calor ou frio, lembre que o tempo também muda lá no Brasil.
Áries
Escolha quais batalhas lutar.
Touro
Vá a uma doceria este mês. Seus beijos ficarão mais saborosos!
Gêmeos
Decida-se; não seja tão hesitante.
Câncer
Sabe aquela pessoa que você está procurando? Talvez sim, talvez não...
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Capricórnio
Leão tono.
Ponha aquela roupa bonita... e curta o melhor mês do ou-
Virgem
Novas danças podem trazer novas amizades.
Libra
Aproveite sua capacidade de equilibrar as coisas. Terás o melhor peso e a melhor medida.
Escorpião
Celebre o seu amor-próprio, mas não seja egoísta; o compartilhe.
Sagitário
Cuidado com os cavalos de Troia em sua vida!
Confira os eventos durante todo o mês seguindo nossa página no Jornal de Toronto
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copo
Horós
$5 (lista) e $10 (porta). 9pm-2am Info: 647-679-0932
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Brazilian Jazz Band Zumbini Class.
ken dobb
Forrolloween
Tambor Soul e InTO Brazilian Dance apresentam uma noite diferente para dançar forró. Vista sua fantasia e venha dançar ao som de Aline Morales e sua banda.
A Banda Trama convida para o encontro quinzenal, com o melhor da bossa-nova, MPB e pop, misturados com arranjos jazzísticos.
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Luanda House 974 Bloor St. W., Toronto
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04
Desde 2013, o evento quinzenal é o melhor do samba de raiz na cidade de Toronto.
Sarau Brasil
Evento multicultural brasileiro que apresenta novos músicos, escritores e pintores. Interessados em se apresentar no sarau podem escrever para carla.azdias@
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Café e Cultura Toronto
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Roda de Samba
$5. 3:30-7pm
Grátis. 3:30-4:15pm Inscrições: hello@intofun.ca
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O Café desse mês apresenta a palestra “Diabetes - Fatores de Risco e Medidas de Prevenção”, com a nutricionista Maíra Botelho Perotto
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905.855.2200
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Coro Cênico Brasileiro
Formado por 30 adultos e 10 crianças e adolescentes, o grupo apresenta o espetáculo TXAI. Serão 17 canções, com arranjos vocais e instrumentais, preparados exclusivamente para esse espetáculo.
Salle Sylvain-Lelièvre 2701 Rue Nicolet, Montreal
$20 (adultos) e $12 (2 a 12 anos). Sessões 5pm e 8pm.
$25 (cash only). 6:30-9:30pm
Claudia e Lucio Lopez, da Banda Trama.
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O melhor da Kizomba, com os melhores DJs da cidade. Se você quer conhecer Kizomba de verdade, esse é o lugar.
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Aula grátis para ajudar as crianças a terem um maior contato com o português e a música do Brasil.
Kizomba no Domingo
Bloor Bar Café 1050 Bloor St. W., Toronto Todo domingo, 7pm-1am
Coro Cênico Brasileiro.
Mais detalhes podem ser conferidos no site e Facebook de cada evento.