Jornal de Toronto
Eventos para você curtir o Natal 2017 em Toronto
Dezembro chegou e com ele começam as celebrações e tradições natalinas. No texto deste mês, Gaby mostra para vocês 9 destas celebrações. p. 7
Investir por investir Um conto de Natal p. 8 não vai fazer diferença na sua vida O mercado financeiro possui
produtos para todos os objetivos e se você não traçar muito bem os seus, guardar dinheiro por guardar não vai levar você a lugar algum. p. 5
edição # 6 | ano # 1 | dezembro 2017 | www.jornaldetoronto.ca | info@jornaldetoronto.ca | ISSN 2560-7855
Adeus ano velho, feliz ano... Jornal de Toronto completa 6 meses! Foram mais de 3 anos de planejamento, 9 meses de trabalho intenso e, desde julho deste ano, 6 surpreendentes edições. A cada mês, mais e mais gente legal vem trabalhando duro para produzir o que já é considerado (e isso em muito nos honra) a melhor mídia impressa brasileira no Canadá. p. 2
p. 9 darren bourne
Há muito o que comemorar na ceia de Natal
Website com vídeos e matérias complementares
O valor nutritivo dos alimentos é possivelmente a última coisa na lista de prioridades durante o planejamento da ceia de Natal. No entanto, a ceia tradicional é altamente nutritiva e balanceada. Uma boa ceia é aquela que reúne a família e amigos queridos, alimenta o corpo e conforta o coração. p. 10
O Papai Noel como o conhecemos hoje p. 5
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Editorial
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Jornal de Toronto completa 6 meses!
Happy Hour do lançamento da 2a edição do Jornal de Toronto, no Another Bar.
Edição número 6. Foram mais de 3 anos de planejamento, 9 meses de trabalho intenso e, desde julho deste ano, 6 surpreendentes edições. A cada mês, mais e mais gente legal vem se juntando, colaborando, palpitando e trabalhando duro para produzir o que já é considerado (e isso em muito nos honra) a melhor mídia impressa brasileira no Canadá. Em cada edição trabalham em média 34 pessoas, muitas já da equipe, e sempre outras novas que vêm somar com a gente. Até agora foram 110 matérias, escritas por 63 pessoas (das mais diversas áreas), de 17 diferentes cidades (não apenas do Canadá, mas também do Brasil, Estados Unidos, Inglaterra e Holanda),
Editor-chefe: Alexandre Dias Ramos
50 fotógrafos, 9 ilustradores e 28 parceiros institucionais. É muito bom saber que não somos apenas tinta impressa em papel jornal, mas sim uma comunidade de amigos e profissionais engajados em produzir e compartilhar conhecimento de qualidade.
Foram 110 matérias, escritas por 63 pessoas, de 17 diferentes cidades. A dúvida no início era se o público apoiaria um jornal com um perfil tão diferente, com modos de trazer os assuntos como nunca antes havia sido feito por aqui; e
Revisor: Eduardo Castanhos Fotógrafos: Darren Bourne, Jennifer Ralston, Juliano Ghisi, Stephane Venne Colunistas: Alexandre Rocha, Emma Sheppard, Gabriela Ghisi & José Francisco Schuster Colaboradores dessa edição: Alexandre Dias Ramos, Cecília Queiroz, Helena Bengtsson, Juliana Nogueira, Lemez Machado, Luiza Sobral, Nick Hopkins, Patricia Cortezzi, Rodrigo Toniol, Silas Corrêa Leite, Simone Almeida, Taís Seibt Agradecimento especial para: LD, Marina Dias Agências, fontes e parceiros: Agência Pública, Blog Comunicadores, Blog Gaby no Canada, Brasa Canada, British Museum, Centro de Epidemiologia Ufpel, Bumble, Flickr, Fundação Gairdner, Ontario College Faculty, Outras Palavras, The Guardian Conselho editorial: Nilson Peixoto, Rosana Entler & Sonia Cintra © Jornal de Toronto. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução de qualquer trecho desta edição sem a prévia autorização do jornal. O Jornal de Toronto não é responsável pelas opiniões e conteúdos dos anúncios publicados. Circulação: O Jornal de Toronto é mensal e distribuído em Toronto, GTA, Montreal, Ottawa e Vancouver. Contato: info@jornaldetoronto.ca Siga nossa página no Facebook, Twitter, e matérias complementares, durante todo o mês, em nosso site:
ISSN 2560-7855
O resultado não poderia ser melhor; ao longo desses 6 primeiros meses foram 19 mil exemplares lidos em papel e, no online, passamos de 2 mil para 4 mil acessos mensais. Somando a edição física e digital, temos hoje uma média de 8 mil leitores mensais (sem contar o Facebook, que tem mais de mil seguidores e um alcance médio de 11 mil pessoas por semana). Esses números mostram, sem dúvida, que o público tem gostado muito, tem acompanhado cada edição e tem indicado o Jornal de Toronto a outras pessoas.
tes, que nos apoiam tanto e acreditam no benefício que o Jornal de Toronto traz à comunidade.
Só temos a agradecer, mais que tudo, aos nossos leitores, que têm sido nosso maior estímulo. Que esses incríveis primeiros 6 meses sejam apenas uma pequena mostra do que ainda virá pela frente, tantas boas matérias e pessoas que ainda farão parte dessa nossa jornada.
Um brinde a todos e que venha 2018!
Reunião com parte da equipe, comemorando a 3a edição do Jornal de Toronto, no Imperial Pub.
Canadá: por que escolhê-lo?
Gerente de mídia social: Luiza Sobral
Edição #6, ano #1, dezembro 2017
Hoje são, em média, 8 mil leitores mensais.
Os números são ótimos e continuam crescendo, mas mostram apenas uma parte, não conseguem mostrar um outro lado: o calor humano do projeto, a valorosa conexão entre as pessoas que escrevem e seus públicos, e as mensagens, os e-mails e comentários tão positivos que nos estimulam a fazer uma edição melhor a cada mês. Os números também não mostram o complexo processo de elaboração do jornal, nem nossos divertidos happy hours mensais com a equipe (com ótimas cervejas, claro!) e o relacionamento com nossos queridos anuncian-
Cotidiano
Gerente de marketing: Sonia Cintra
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também se os diferentes públicos da comunidade – liberais e conservadores, cidadãos e recém-chegados, religiosos e céticos – gostariam ou não de ler nosso jornal. De cara, vimos que a escolha dos colunistas e colaboradores foi acertada, e que as diferentes seções e as matérias com diferentes linguagens – leves ou pesadas, curtas ou longas – trouxeram aos leitores abertura para todos os gostos.
Patricia Cortezzi trocou o jaleco pela sala de aula de programação em Kitchener brasa canada
Quando resolvemos sair definitivamente do Brasil, pensamos em muitos fatores para nossa nova moradia, entre eles segurança, qualidade de vida e educação do povo. E é sobre educação que vou falar aqui. Não da educação-escolaridade, mas sim da educação-cortesia, embora elas estejam intrinsecamente ligadas e a presença de uma se faz na da outra.
Na minha busca pelo novo país, fui riscando o mapa-múndi e fiquei entre Estados Unidos, Canadá e Itália, a terra dos meus ascendentes. O que me chamou muito a atenção no Canadá é que os canadenses têm fama de serem extremamente educados, gentis e solícitos. Dizem “sorry” até quando têm razão. Como morei os últimos 12 anos no Rio de Janeiro, que é quase o oposto disso, duvidei um pouco desta característica. Será que é tanto assim? Não pode ser. Mas é. Com o passaporte e visto em mãos, já aceita no College, comecei a procurar onde ficar, ainda no Brasil. Um Airbnb pros primeiros dias, um apartamento pros primeiros anos. A negociação com ambos foi a melhor experiência que eu poderia ter para me sentir acolhida. O host do Airbnb fez concessões importantes só porque iriam facilitar a minha estadia e a gerente do prédio fez por mim o que uma mãe faria para a filha, para que eu me sentisse bem recebida nesta fase importante
da minha vida (palavras dela). Até os brasileiros de lá se “canadensearam” e me ajudaram muito, de diversas formas, da mais básica à mais relevante.
Claro que toda generalização possui exceções; porém, como newcomer, tenho o prazer de dizer que só encontrei canadenses-regra até agora.
Consulado-Geral do Brasil em Vancouver muda de sede O Consulado-Geral do Brasil em Vancouver informa que irá mudar para novas instalações no dia 15 de dezembro de 2017. A nova sede será no 10º andar do número 1111 da Melville St., a
apenas 300 metros da sede atual. Por conta da mudança, os serviços consulares precisarão ser suspensos ao público nos dias 14, 15 e 18 de dezembro.
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bumble.com
Para exercer o machismo da paquera Alexandre Dias Ramos é editor Sucesso total a matéria de capa da nossa última edição, escrita pelo canadense Christopher Grant. Pelo visto, o assunto “dating” é algo realmente importante para muitos no Canadá, digo, para os brasileiros no Canadá. Em parte porque lá, no Brasil, sabemos naturalmente as regras do jogo da paquera, como é que algo se inicia, como se desenvolve, como microscópicos movimentos do corpo da pessoa avistada podem dar sinais de que há alguma chance para aproximação, etc. Aqui é completamente diferente: aos olhos de um brasileiro, os canadenses são estranhamente assexuados em suas investidas românticas, nenhum beijo pelas ruas, nem nos bares, e todo aquele flerte aprendido no Brasil... geralmente não funciona. E quando realmente parece um flerte, não, não é. Então o brasileiro fica confuso. Claro, porque as regras são outras. Mas há algo que me intriga nesse mundo da paquera, que é o aspecto majoritariamente machista que rege todos esses jogos de conquista. No Brasil, sabemos o quanto a cultura é super patriarcal; mas aqui, onde o
machismo é tão mal visto e o feminismo é tão enaltecido (aliás, com toda razão), acho realmente um espanto os modos com que as mulheres se auto-representam e se autodescrevem nos aplicativos de paquera. De modo geral, grande parte das descrições giram em torno de autoelogios, do tipo “I’m awesome”, “sexy lady”, “classy and sassy lady” – se vendendo como carne de primeira, ao estilo marketing anos 90 –, ou uma espécie de fake-feminism, onde a mulher diz que não gosta de jogos, é forte e poderosa, quer algo sério, mas suas fotos de biquíni, biquinhos “sexies” e festinhas agarradas com as “migas” dizem outra coisa – e nem vou comentar a bizarrice das aplicações de orelhas e narizes de cachorra. Outra coisa recorrente nas descrições é dizer que procuram um homem “que as façam rir” (Really?!). Essa é uma das piores, porque desejam um homem-objeto com função, no mínimo, tola, que possam usar para sua distração e não para um relacionamento baseado nas duas pessoas envolvidas – e, de mais a mais, há coisas bem mais
interessantes a se fazer a dois, convenhamos. Ok, estamos em tempos de parecer e não de ser; e talvez seja bem inocente da minha parte achar que esses apps são para algum tipo sério de relacionamento. Mas, enfim, voltando à questão machista, outra coisa a se notar é a premissa de que sempre – não importa o quê, onde e como – é o homem quem precisa dar o primeiro (segundo e terceiro) passo; o homem é quem deve escrever primeiro, dizer algo convincente, conquistar a outra pessoa, convidar e ter uma boa performance nos (não tão animados) dates que os bons costumes daqui exigem. As mulheres sempre realmente pressupõem (e esperam) que a iniciativa deve ser do homem, ou seja, que eles devem cumprir seu papel de conquistador, de caçador, e elas de se manterem passivas, avaliando a melhor oferta, aceitando ou rejeitando os flertes, e respondendo a mensagens apenas se os homens cumprirem bem sua posição de liderança. E mesmo quando surge um app que somente libera a conversa se a mulher iniciar o texto (como o Bumble) elas nun-
Imagem de divulgação no Instagram do app Bumble, que só libera a conversa quando as mulheres iniciam o texto.
ca o fazem de modo ativo, mas apenas com um “Hi” para que o homem, então, faça seu papel. E por que razão as mulheres não podem escrever, flertar, chamar para sair, tomar as iniciativas de algo que sentem vontade de fazer? Até quando os relacionamentos terão de ser baseados na perspectiva masculina? Por que razão duas pessoas, quaisquer que sejam, não podem se aproximar, conversar e fazer o que
sentem vontade? Se as super-poderosas-mulheres-maravilha ainda esperam que os homens as tornem seus objetos de desejo, acho que está havendo alguma inversão de forças aí. Numa paquera, não importa quem toma a iniciativa, o que importa é que as pessoas possam se aproximar, conversar e se conhecer, sem que haja esse tipo retrógrado de divisão de gênero.
Greve dos professores nos Colleges Pelo quê eles estão lutando? Emma Sheppard Em novembro, foram cinco semanas de greve dos professores dos Colleges de Ontário. Por conta disso, a raiva e frustração de milhares de estudantes por toda a província, que foram impedidos de estudar, só aumentaram. E com razão. No entanto, toda vez que vejo um post de reclamação de um estudante, fico um pouco incomodada. Porque eu espero que eles saibam o motivo pelo qual temos lutado, e espero que os argumentos não se percam. Minha raiva e frustração têm sido crescentes também. Eu também fui impedida de dar minhas aulas. Eu sei bem pelo quê os professores têm lutado e minha frustração vem do fato de não termos sido, até agora, ouvidos. Tenho trabalhado sob contrato em Colleges de Toronto nos últimos 4 anos, pulando entre diferentes instituições, e muitas vezes tendo de fazer malabarismos com vários contratos, como muitos fazem. Enquanto escrevo isso, quero deixar claro que, tecnicamente, não estive em greve. Fiquei ocio-
sa enquanto os meus colegas e amigos bloqueavam as linhas de piquete todos os dias, sentindo uma ponta de culpa toda vez que via suas postagens na mídia social. Por que não estive em greve? Porque o meu tipo de contrato (part time) não é, na verdade, coberto pelo sindicato. Por qual razão eu apoiei a greve tanto quanto eu adoraria ter estado de volta à sala de aula? Por quê? Porque com meus 10 anos de experiência docente e meu mestrado em ensino, eu ainda estou no grupo de professores para quem a experiência não significa nada para a estabilidade do emprego – ou seja, no grupo dos que são forçados a se candidatar, emprego após emprego, a cada poucos meses; que não sabem de onde vem o próximo contrato; que têm de ficar mudando de escola em escola. O sindicato tem lutado justamente contra os contratos de quatro meses. Muitas vezes, na ESL, meus contratos são de apenas oito semanas, e muitas vezes não sei se vou ou não receber um novo contrato até um dia antes do início das aulas! E então, o que isso significa
Professores lutam por melhores condições de trabalho e estabilidade nos Colleges de Ontário.
para os estudantes? Isso significa que os seus professores, por mais comprometidos e dedicados que sejam, muitas vezes estão “se equilibrando” em vários empregos, o que significa que eles não têm tempo suficiente para planejar, corrigir seus textos, e se reunir com você. Isso significa que para muitos de seus professores, todo esse trabalho não é pago. E isso significa que, por não possuírem cargos permanentes, não estão envolvidos no planejamento do currículo ou no desenvolvimento dos cursos. E isso afeta a
qualidade da educação que você está recebendo, não porque eles não querem dar o melhor, mas porque o melhor deles é limitado pelo sistema. A greve acabou e todos voltaram às aulas, ensinando e aprendendo. Mas ainda espero que os professores à frente das salas de aula consigam conquistar mais
ontario college faculty
estabilidade no trabalho, mais capacidade de crescer em suas carreiras e que tenham mais liberdade acadêmica para transmitir seus conhecimentos aos seus alunos. Os alunos merecem isso. E nós também.
Emma Sheppard é nova iorquina, mas paraense de coração. É professora de inglês há mais de 10 anos, com mestrado em Pedagogia pela UofT. Atualmente, Emma dá aulas para a comunidade brasileira e angolana, e para todos aqueles que desejam melhorar a sua experiência no Canadá. _ teacheremma123@gmail.com
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“Eu quero um desfecho justo”, diz jovem negro preso no show do Coldplay
Gabriel dos Santos Vieira, 27 anos, alega ter sido vítima de preconceito racial após ser retirado algemado do Allianz Parque Taís Seibt é jornalista agência pública_www.apublica.org
Ilustração sobre o episódio, feita por Lemez Machado para Gabriel.
Retirado algemado do show do Coldplay no Allianz Parque, no dia 7 de novembro, Gabriel dos Santos Vieira virou uma espécie de celebridade instantânea depois que um post de sua amiga e advogada Helena Vasconcellos sobre o caso viralizou nas redes sociais, com quase 20 mil reações e 12 mil compartilhamentos. A mobilização resultou numa corrente de solidariedade que permitiu ao
personal trainer de 27 anos ver o tão esperado show em Porto Alegre, dias depois. Mas isso é apenas uma pequena parte da história. Assustado com a repercussão do caso e abalado com as ofensas racistas que sofreu na delegacia, Gabriel não queria falar com a imprensa. Pedidos de entrevistas chegavam de todos os lados no inbox de sua advogada e o telefone não parava de tocar. Ele não queria nada disso. Mal conseguia trabalhar. Tinha vergonha. Não queria mais exposição.
Passada a tempestade, como ele mesmo define, Gabriel resolveu romper o silêncio. Voltou de Porto Alegre decidido a defender seus direitos e aceitou falar sobre o que aconteceu. Conversamos pelo Whatsapp. Foram dezenas de áudios nos quais Gabriel detalhou o que aconteceu na noite de 7 de novembro de 2017, uma noite que ainda está longe de acabar. Leia a matéria completa e a entrevista com Gabriel no site do Jornal de Toronto. www.jornaldetoronto.ca
Economia
O que são os “Paradise Papers” e o que revelam Vazamento de milhões de documentos mostra a escala do império offshore,* que envolve da Rainha da Inglaterra à Apple e Facebook
Vista das Ilhas Cayman.
stephane venne
Nick Hopkins & Helena Bengtsson são jornalistas do The Guardian outras palavras / the guardian O que são os “Paradise Papers”? O nome refere-se a um vazamento de 13,4 milhões de arquivos, que abrangem o período de 1950 a 2016. A maioria dos documentos – 6,8 milhões – é relativa a um escritório de advocacia e um provedor de serviços corporativos que operavam juntos em 10 jurisdições sob o nome de Appleby. Ano passado, o braço “fiduciário” do negócio foi submetido a uma compra de ações e agora chama-se Estera. Há também detalhes sobre 19 registros corporativos mantidos por governos
em jurisdições sigilosas – Antigua e Barbuda, Aruba, Bahamas, Barbados, Bermudas, Ilhas Cayman, Ilhas Cook, Dominica, Granada, Labuan, Líbano, Malta, Ilhas Marshall, São Kitts e Nevis, Santa Lúcia, São Vicente, Samoa, Trinidade e Tobago e Vanuatu. Quantas organizações de mídia examinaram os dados? The Guardian é uma das 96 publicações no projeto. Um total de 381 jornalistas, de 67 países, analisaram o material. Quem conseguiu os documentos – e como?
Os vazamentos foram obtidos pelo jornal alemão Süddeutsche Zeitung, que recebeu também os Panama Papers no ano passado. O Süddeutsche Zeitung compartilhou o material com o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, uma organização com base nos EUA que coordenou a colaboração global. O Süddeutsche Zeitung não discutiu nem discutirá questões que envolvam as fontes. Os “Paradise Papers” têm foco em empresas ou em indivíduos? Em ambos. Eles estão unidos por uma coisa – o dinheiro. Algumas multinacionais gigantes figuram no vazamento, incluindo a
Apple, a Nike e o Facebook, assim como pessoas entre as mais ricas do mundo – da Rainha da Inglaterra ao cantor Bono, e a estrelas de Hollywood. O que mostram os documentos? Os arquivos mostram que o império offshore* é maior e mais complicado do que a maioria das pessoas pensava. E mesmo companhias tais como a Appleby, que se orgulha de ser guardiã das normas do setor, foram denunciadas pelos reguladores que tentam fiscalizar a indústria. Os arquivos expuseram a miríade de caminhos pelos quais empresas e indivíduos podem evitar os im-
postos usando estruturas artificiais. Esses esquemas são legais se operados corretamente. Mas muitos parecem não ser. E políticos em todo o mundo estão começando a perguntar se eles poderiam ser proibidos. Eles são justos? São éticos? Uma questão fundamental colocada pelos Paradise Papers é: a evasão fiscal em todas as suas formas foi muito longe? O que diz a Appleby? A empresa negou qualquer malfeito, seja para si mesma ou para qualquer de seus clientes. Mas admitiu não ser infalível e disse que tenta aprender com seus erros. A companhia
concordou em participar de qualquer investigação formal que venha a ser feita a partir das revelações. A Estera declinou de comentar. [Tradução: Inês Castilho]
*
São chamadas de offshore as sociedades registradas no exterior, em um país onde o proprietário da empresa não é residente. É o que comumente se diz “ter dinheiro em paraísos fiscais”. Segundo declarou o secretário de orçamento francês, Christian Eckert, “Não é necessariamente proibido ter uma sociedade ‘offshore’ ou uma conta no exterior, o importante é saber que atividade real há por trás dessas contas e qual é a origem desses fluxos financeiros”.
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Você sabia?
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O Papai Noel como o conhecemos hoje As histórias sobre um bom velhinho que distribuía presentes é bastante antiga, e relacionadas a diferentes personagens ao longo dos tempos; mas a figura do Papai Noel como o conhecemos hoje foi uma criação do ilustrador americano Haddon Sundblom, contratado pela Coca-Cola em 1931 para padronizar o personagem nas cores da marca.
Acima e à direita, cartazes da campanha de Natal da Coca-Cola, em 1931. À esquerda, cartaz da White Rock para o Natal de 1923.
pai Noel já havia aparecido dessa forma em imagens do final do século XIX, principalmente em ilustrações de 1905 e 1908; no entanto, foi a White Rock que criou e desenvolveu uma campanha massiva com a imagem do Papai Noel como o conhecemos hoje. O que dizer, a Coca-Cola sempre foi boa em lutar por copyrights.
Como tudo na publicidade é relativo, na verdade a história não foi bem assim, porque, ao que parece, a Coca-Cola “se inspirou” nos anúncios de uma empresa que detinha 90% do mercado de bebidas na época, a White Rock Beverages, que mostrou um velhinho gordo, simpático, com barba branca e vestindo vermelho e branco em suas campanhas a partir de dezembro de 1915. O Pa-
Investir por investir não vai fazer diferença na sua vida Alexandre Rocha Quando você decide poupar para começar a investir no mercado financeiro, é muito comum, no início do processo, se deparar com diversas dúvidas. Quanto dinheiro eu devo juntar para começar? Em qual produto eu devo investir? Como saber a hora certa de entrar em um investimento? Todas essas dúvidas são pertinentes e de extrema importância para o processo, mas existe algo ainda maior do que simplesmente poupar para investir: o seu objetivo. Saber o objetivo de poupar e investir é o segredo que antecede a entrada em um bom investimento. Por que você guarda dinheiro? Não ter um objetivo claro para começar é um erro básico. Investir por investir,
não vai fazer diferença na sua vida. O mercado financeiro possui produtos para todos os objetivos e se você não traçar muito bem os seus, guardar dinheiro por guardar não vai levar você a lugar algum. Se, por exemplo, você começa hoje a investir em ações, mas daqui a seis meses vai precisar deste dinheiro para fazer uma viagem de férias, pode ser que tenha um valor menor do que investiu para resgatar. O mesmo raciocínio pode ser feito para quem está “investindo” na poupança ou na CELI, apenas para deixar o dinheiro “guardadinho”. Além de perder para a inflação, você está deixando de aplicar em produtos melhores, simplesmente por não ter um objetivo claro. Definitivamente, “deixar o dinheiro guardadinho” não
é um objetivo. Afinal, o q u e
você quer ao investir? Quais são seus planos e objetivos futuros? Trocar de carro? Comprar um imóvel? Garantir a faculdade do seu filho? Se aposentar com uma renda mensal confortável? Ter um objetivo para começar a investir é bom para a sua “saúde financeira” e traz motivação e diversificação. A motivação é o motor do seu projeto de investimentos. Não conheço ninguém que tenha alcançado um verdadeiro objetivo desmotivado. Já a diversificação vai ajudar você a colocar os seus sonhos dentro das caixinhas certas. Seu dinheiro será aplicado em produtos com características dife-
rentes, de acordo com cada objetivo, diversificando seus investimentos. Se você quer fazer uma viagem no início do ano que vem, por exemplo, deve escolher um investimento com baixo risco, já que precisará deste dinheiro em um prazo curto de tempo. Se outro objetivo for a aposentadoria, o longo prazo permite que você invista uma parcela da sua renda em produtos mais agressivos, visto que provavelmente resgatará o investimento em vinte ou trinta anos. Tenha sempre em mente os seus objetivos e saiba o motivo pelo qual você vai investir. Planeje metas para cada valor poupado. Quando o assunto é investimento, o tempo e a rentabilidade estarão sempre a seu favor.
Alexandre Rocha é trader nos mercados futuros do Brasil, EUA e consultor financeiro independente. Em 2014, deixou o Banco do Brasil para fundar a consultoria Aletinvest. Se formou em economia pela UCAM-RJ e é mestre em Études Internationales pela Université de Montréal. Atualmente mora em Montreal, mas é apaixonado por Toronto. _ www.aletinvest.com
Ciência &
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centro de epidemiologia ufpel / fundação gairdner
Brasil retrocede ao não apoiar pesquisa José Francisco Schuster
Dois recentes fatos denotaram a atenção do Canadá à pesquisa brasileira. Um foi o esforço da prefeitura de Mississauga de trazer para a cidade o centro de pesquisa e desenvolvimento da gigante farmacêutica brasileira Biolab, atraída pela agilidade na aprovação de pesquisas e novos produtos e pela forte cultura de inovação no Canadá, em um investimento de $56 milhões de dólares canadenses. O outro foi o epidemiologista Cesar Victora, professor emérito da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), ter recebido o John Dirks Canada Gairdner Global Health Award pelas suas pesquisas sobre os reflexos da amamentação exclusiva na
inteligência, produtividade, renda e escolaridade. Isto ocorre no momento em que a crise econômica e cortes sucessivos de orçamento estão entre os fatores responsáveis pela decadência da ciência brasileira. Entre os estudos afetados estão as pesquisas de doenças neurológicas, como Alzheimer e mal de Parkinson, o programa espacial e a pesquisa agrícola. Para o presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Ildeu de Castro Moreira, a pesquisa no Brasil está sob forte ameaça, decorrente do corte de verbas determinado pelo governo Temer, ao sofrer um contingenciamento de 44%, além da de-
fasagem já existente. As dificuldades não são novidade: o professor Victora lembra que começou seu trabalho na década de 80 com muito pouco dinheiro brasileiro. Aliás, a primeira verba que recebeu foi do Canadá, que apoia a pesquisa em países de renda média ou baixa. Na década passada, porém, excepcionalmente, o Brasil concedeu muito financiamento para a pesquisa, tendo formado muitos pesquisadores e PhDs. “Já hoje está uma crise enorme, há poucas bolsas de estudos”, relata o professor, que testemunhou em pessoa a consequência. “Vi na Universidade de Toronto uma série de jovens pesqui-
O professor emérito da Universidade Federal de Pelotas, Dr. Cesar Victora, na cerimônia de entrega do John Dirks Canada Gairdner Global Health Award, em Toronto.
sadores que o Brasil mandou para cá para passarem seis meses; o Brasil pagou a bolsa, pagou a passagem, e eles não voltam porque as condições lá não estão muito boas. Quando o cara é bom, a universidade aqui o atrai. As universidades do Canadá estão cheias de brasileiros. É uma fuga de cérebros”, lamenta Victora, cujo próprio filho hoje
é pesquisador na Universidade Rockfeller, em Nova Iorque, onde conta com laboratórios e equipamentos caros que não conseguiria no Brasil. Como sair disso? “Na década de 50, terminada a guerra, a Coreia do Sul estava arrasada, muito pior do que o Brasil hoje. Investiu em pesquisa, ciência e tecnologia e hoje possui
empresas do porte de Samsung, LG, Hyundai e Kia.”, aconselha o professor, lastimando que até hoje o Brasil não tem nenhum Prêmio Nobel.
Com mais de 30 anos de experiência como jornalista, José Francisco Schuster atuou em grandes jornais, revistas, emissoras de rádio e TV no Brasil. Foi, durante 8 anos, âncora do programa Fala Brasil, inicialmente pela rádio Voces Latinas e posteriormente pela Camões Rádio.
Cultura
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Eventos para você curtir o Natal 2017 em Toronto Gabriela Ghisi Dezembro chegou e com ele começam as celebrações e tradições natalinas. Toronto sempre se prepara lindamente para o Natal e você encontra muitos eventos, mercados de Natal e decorações em toda a cidade. No texto deste mês eu irei mostrar para vocês 9 destas celebrações. Chegada do Papai Noel O Santa Claus, como o Papai Noel é chamado por aqui, chegou em Toronto em novembro, mais precisamente no dia 19 de novembro de 2017. Meio milhão de pessoas vão para as ruas de Toronto todos os anos para ver o Papai Noel chegar na cidade, em um evento de 25 carros alegóricos, 24 bandas e 1700 participantes. O percurso do desfile é de quase 5,6 quilômetros e é uma das maiores produções na América do Norte do seu tipo, e um dos mais antigos desfiles de Natal do mundo (desde 1905). A mais alta árvore de Natal do Canadá A árvore com mais de 30 metros de altura estará mais uma vez exposta no Eaton Centre de Toronto. Ela é realmente enorme e linda, e você não pode deixar de vê-la quando estiver no centro de Toronto. Mercados de Natal Toronto possui a tradição de ter mercados de Natal nesta época do ano, que são feiras onde há muita comida, produtos artesanais e apresentação de artistas, tudo com tema de Natal. O Toronto Christmas Market, que acontece no Distillery District, é o mais popular deles. Este evento anual capta toda a tradição, herança e charme de um mercado de Natal europeu, enquanto mostra centenas de produtos artesanais locais. O entretenimento familiar inclui músicos, cantores e coros infantis, apresentações de palco, animais e, é claro, Papai Noel e seus elfos. O evento acontece este ano até o dia 23 de dezembro. Vitrines de Natal da loja The Bay Todos os anos, as vitrines da loja de departamento The Bay (Yonge e Queen St. W.) são decoradas com temas de Natal e atraem a atenção de milhares de visitantes. Vê-las já se tornou uma tradição de Natal aqui em Toronto.
Patinação no gelo Patinar no gelo é uma atração muito popular durante todo o inverno de Toronto, mas considerada também um evento natalino. Há 52 pistas de patinação no gelo descobertas, e a mais famosa é a que fica na Nathan Phillip Square (que é a praça da prefeitura). Ela fica toda decorada e ao seu lado fica a árvore de Natal oficial da cidade. Assistir ao balé The Nutcraker Desde 1995, o The National Ballet of Canada apresenta o espetáculo de Natal The Nutcracker, que é super popular por aqui. A clássica história acontece na véspera de Natal na Rússia e é mágica. Este ano as apresentações acontecem entre 9 e 30 de dezembro no Four Seasons Centre for the Performing Arts. Disney on Ice Uma atração para crianças que já virou tradição por aqui é o espetáculo Disney on Ice. O show traz os personagens mais queridos da Disney esquiando no gelo, em uma performance que é amada por todos. Este ano, o show acontece em Toronto de 22 de dezembro a 1o de janeiro, no Rogers Centre. Festivais de luzes por Toronto e arredores Uma tradição legal desta época do ano são os festivais de luzes. Este ano o Ontario Place irá ter seu festival de luzes chamado de Winter Light Exhibition, que acontecerá no local de 4 de dezembro a 30 de março. Outras atrações incluem o Niagara Falls’ Winter Festival of Lights e o túnel de luzes de 60 metros em Waterloo (cidade a uma hora de Toronto) como parte do festival Gift of Lights. Musical A Christmas Carol A apresentação do musical A Christmas Carol acontecerá pela primeira vez em Toronto no teatro Elgin (Yonge Street, no centro de Toronto). A história – chamada em português de Um conto de Natal – é de 1843 e é um clássico de Natal. Confira os links dos eventos e locais no site do Jornal de Toronto. www.jornaldetoronto.ca
Gabriela Ghisi é coordenadora de pesquisa clínica (com doutorado na UofT), esposa, mãe (do Thomas e do Jojoe) e blogueira. Seu blog Gaby no Canadá traz seu olhar pessoal e humano sobre tudo que merece amor e atenção, principalmente em Toronto. _ gabynocanada.com
juliano ghisi_gabynocanada.com
O Toronto Christmas Market, que acontece no Distillery District.
A festa do dia 25 Rodrigo Toniol é doutor em antropologia Dia 25 de dezembro, Roma, século II, auge do Império. A cidade está em festa, a população comemora uma das datas mais importantes do calendário; inúmeros cultos religiosos são realizados nos templos e também fora deles. Não, não era o Natal que estava sendo comemorado, mas sim o nascimento do deus Mitra, muito cultuado durante o Império Romano. Mitra, era um deus persa, cuja devoção em Roma começou por volta do século IV a.C, após o imperador Alexandre, o Grande, conquistar o Oriente Médio e algumas tradições da região se espalharem pela Europa. Os romanos, no entanto, não eram os únicos a fazerem festa na semana do dia 25. Aquele era o mesmo período que os gregos devotavam a Dionísio e os egípcios a Osíris. E, muitos séculos depois, no próximo dia 25 de dezembro, também estaremos em festa, com fartura de comida e bebida, celebrando o nascimento de Cristo. Essas sobreposições não são resultado de uma coincidência histórica global. Pelo contrário, elas demonstram fascinantes conexões entre populações que podem nem ter tido muito contato, mas que compartilhavam conhecimentos astronômicos e sabiam que naquela semana ocorre um importante evento natural: o solstício de inverno. O solstício é o dia mais curto do ano (no Hemisfério Norte) e marca a data em que o avanço da escuridão sobre a luz
chega ao fim, já que a partir daquele momento os dias ficam cada vez mais longos – até finalmente chegarmos no solstício de verão, em junho, quando o ápice da luz também marca novamente o início do ciclo de dias mais escuros. A volta do sol é o renascimento da luz, o início dos períodos mais férteis para a agricultura, o momento de celebrar a vida. Historicamente, a data de nascimento de Cristo foi estabelecida no dia 25 de dezembro apenas no ano de 221, e foi aceita pela Igreja somente depois de quase 100 anos. Fazer o nasci-
mento de Cristo coincidir com o de Mitra foi um modo de manter as celebrações que já ocorriam há séculos, substituindo “apenas” o celebrado. A força do Natal, como sabemos, não está em sua precisão histórica, mas sim na sua carga simbólica. Por isso, saber que, de alguma maneira, nessa data, estaremos conectados com tradições persas, africanas e europeias dá à nossa festa ainda mais potência e também nos permite pensar a história dessa celebração de outra maneira.
Escultura romana do séc. II d.C, que está no Museu Britânico. De acordo com a mitologia indo-iraniana, Mitra matou o touro cósmico vivificante e seu sangue fertilizou toda a vegetação.
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O Natal de Deus
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Silas Corrêa Leite é escritor de Itararé
Um dia Deus olhou para um determinado lugar do espaço infinital de sua visão angélica, e perguntou: – O que é isso, Anjo Gabriel? O anjo escriba, saindo de sua pose de garbo, explicou: – A passagem de ano, Senhor. Festa “mais maior de grande”. Então Deus, em sua santa pose, de presto, comentou: – Que desperdício de energia, de bebidas, de comidas e de belezas despossuídas de propósito. Deus estava com o pavio curto a cismar toleimas. Tempos depois, o Criador sondou de novo o lugar-espaço-nave, e indagou curioso para o seu Anjo de gabinete: – Que “forfé” é esse, Gabriel? – Carnaval, Senhor. O tal do entrudo tropical lá deles – respondeu o anjo de gadelha lilás. Deus ficou encafifado. Onde já se viu aquilo de infernal? Era muita Sodoma e Gomorra para um canto continental só. Ali havia risco diluvial, pensou. Mas não disse. E assim Deus foi indagando, de propósito, data após data, os guaiús todos. Feriados, Copa do Mundo, Eleições, barulhanças e contentezas daquele povo que se dizia cristão, mas também, num sincretismo dolente se cercava de velas, imagens, idolatrias disfarçadas de venerações e patuás. Até que chegou um dezembro qualquer, no lumiar de uma nova aurora celeste, e Deus cobrou sobre a bagunça telúrica: – O que é isso, companheiro? Então o Anjo Gabriel, mais por cortesia do que qualquer outra coisa, deitou falatório: – Ora, Chefe. Será o impossível? Estão comemorando de novo o seu “aniversário”. Sabe como é, Natal é “pressas” coisas mesmo. Deus não perdeu tempo: – Mas isso é que é o Natal agora? Só por Deus, quero dizer, só por Mim mesmo. Tristes porres homéricos, tanta gula exacerbada, ainda amigos secretos... sandices... consumismos... grifes... isso foi tudo o que restou da data magna do Cristianismo? Gabriel sondou Deus. O Número Um estava realmente beiçudo, de tromba. Frustrado. Onde já se viu aquilo? Então Gabriel, iluminado, soltou o verbo: – Perdoa, Pai. Eles não sabem o que fazem! Trecho do romance TIBETE - De quando você não quiser mais ser gente, de Silas Corrêa Leite (Editora Jaguatirica).
BRAFFTV: o festival de cinema brasileiro em Toronto Cecília Queiroz é codiretora do Brafftv O Brazilian Film and Television Festival of Toronto, conhecido como Brafftv, trouxe a cinematografia brasileira para o canadense ver. De 2007 a 2016, nas telas dos cines Bloor, Tiff e Carlton, foram exibidos mais de 255 filmes pelo Festival.
Filmes de ficção, animação e documentários de curta, média e longa duração mostraram um Brasil que pouca gente conhece. Imagens do dia a dia, histórias de superação, do sertão e do cerrado, da capital e do interior. O retrato de um país jovem, construído por muitas bandeiras, idiomas e etnias. Em 2006, a atriz e produtora
cultural Bárbara de la Fuente se deu conta de que Toronto dispunha de cerca de 100 festivais anuais, sem nenhum do Brasil. Ela então decidiu criar um festival de cinema e me convidou para ajudá-la nessa empreitada. Juntas, iniciamos o Brafftv, com uma coprodução da empresa dela no Canadá, a Southern Mirrors, e a minha no Brasil, a Puente.
Ao longo desses dez anos, foram três curadores (Celso Sabadin, Hudson Moura e Alexandre Dias Ramos), mais de 50 voluntários, e um total de 113 cineastas e profissionais da indústria cinematográfica que viajaram a Toronto para participar das atividades do Brafftv. E foram inúmeras as atividades além da exibição de filmes: workshops, master
classes, visitas técnicas, mercado de filmes, seminários, festas e coquetéis, premiações e colóquios internacionais (na Universidade de Toronto, com a presença de doutores de quatro continentes).
O Brafftv projetou o Brasil no Canadá e também o Canadá no Brasil, com mais de 2000 matérias publicadas. Em 2012, a Cinemateca Brasileira, em São Paulo, abriu suas portas para premiar os filmes do Brafftv e, no mesmo ano, o Festival foi considerado pelo Metro News Toronto o maior festival de cinema brasileiro realizado no exterior.
As telas do Brafftv apresentaram um Brasil desconhecido não só pelos estrangeiros, mas também por muitos brasileiros. Ponto de encontro da comunidade to-
Fila para a abertura do Brafftv, no Cine Bloor.
dos os anos, cineastas ganharam prêmios, o público ganhou novos amigos e muitos atores, diretores
6 meses de vida!
e novos talentos tiveram a vida impactada pelo Festival.
Agradecemos aos nossos 8 mil leitores que acompanham o Jornal de Toronto todo mês www.jornaldetoronto.ca
Viagem Luiza Sobral é jornalista O ano de 2017 é um que Las Vegas gostaria de poder esquecer, mas a tragédia que aconteceu em outubro deixou o lema que os residentes estão honrados em carregar: #VegasStrong. A famosa cidade de Nevada está mais forte do que nunca, e promete receber número recorde de visitantes para o Réveillon. Adeus ano velho, e entremos no ano novo em grande estilo: imagina no mesmo dia subir na Torre Eiffel, passear de gôndola veneziana, atravessar Nova Iorque em uma montanha russa e assistir um musical famoso? Que tudo se realize no ano que vai nascer. Aqueles que já sonharam em ver o Elvis, os Beatles ou o Michael Jackson, podem ser entretidos por incríveis produções de tributos a esses artistas. Se você é da geração da Cher, da Celine Dion ou, mais recente, da Britney Spears e dos Backstreet Boys, está com sorte: esses são residentes e continuam na “cidade dos pecados” em 2018.
Super dicas Para assistir aos fogos de artifício High Roller Observation Wheel Quem quiser assistir aos fogos de cima, pode reservar uma cabine na High Roller, a roda-gigante mais alta do mundo: a partir de US$150/ pessoa (quanto mais alto você estiver na hora virada, mais caro fica). Dica: mais barato e talvez mais bonito é ir na mesma roda-gigante e assistir o último ou primeiro pôr-do-sol do ano. O preço regular, para o dia, é US$22. Como em Las Vegas quase nunca
Las Vegas representa o ápice da extravagância norte-americana. As limusines são comuns na saída dos resorts, restaurantes são comandados por chefs-celebridades, como Wolfang Puck e Gordon Ransay, e champanhes caras são jorradas nas baladas como se fossem água. Porém, para tudo isso, muito dinheiro no bolso é necessário: a não ser que você tenha pouca sorte no amor (e saiba jogar!). Mas também dá para curtir sem ter que se endividar até 2020. Sendo uma das cidades mais turísticas do mundo, as opções de acomodações são extensas e para todos os bolsos. Dos resorts renomados, o MGM tem ótimo custo-benefício. E também existem opções mais baratas, um pouco mais distantes do buchicho. A festa da virada é de graça na Las Vegas Boulevard, a grande avenida com os hotéis icônicos, como o Bellagio e seu lago das águas dançantes. Também conhecida como a “Strip”, ela será fechada para car-
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ros a partir das 6pm do dia 31. Lá é permitido beber na rua, então nada te impede de comprar seu próprio espumante – “Só não pode levar a garrafa”, já avisou o xerife, em vídeo nas redes sociais. Ótimo motivo para comprar um daqueles copões de plástico souvenir. À meia-noite, a “cidade-neon” fica ainda mais iluminada com um super show pirotécnico. O brilho já existente dos cassinos, combinado com os fogos de artifícios e a festa nas ruas, criam a magia que precisamos para entrar no ano novo. Viva (o Ano Novo em) Las Vegas!
Adeus ano velho, feliz ano... Vegas! son estiver muito cheio, a segunda opção é o Therapy. The Linq Promenade A rua fica entre o Flamingo e The Linq, e oferece lojas e restaurantes diversos, como o Fish & Chips do Gordon Ramsay, e o Off The Strip, um bar favorito dos locais. Tem até loja das Havaianas e da Chilli Beans!
chove, as cores do céu ficam maravilhosas e você pode ver a cidade antes e depois de escurecer.
The Park
Sundance Helicopters Se der para esbanjar, dá para assistir os fogos de um helicóptero sobrevoando a cidade. Eles te buscam e levam do hotel em uma limusine e incluem o champanhe e aperitivos no terminal, por US$499. Eiffel Tower Experience NYE A Torre Eiffel americana tem metade da altura da original, mas oferece vistas incríveis em 360°. US$250 inclui foto oficial, open bar de uma hora e champanhe na hora da virada.
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A reprodução da Torre Eiffel tem metade da altura da original.
Sugestão de festas NYE Bridge Party 2018 A festa na Brooklyn Bridge, a réplica da ponte de Nova Iorque, é de céu aberto e fica legal para ver os fogos. Fica em frente ao resort New York-New York, e oferece open bar e DJs por US$150.
luzes neon, e dá para atravessar o quarteirão em zip-line. Uma opção de restaurante legal ali pertinho é o Carson Kitchen – passa lá assim que chegar na região, para já deixar seu nome na lista de espera, e vai passear na Freemont enquanto aguarda sua mesa. Se o Car-
Relativamente novo em Las Vegas, a área fica entre o Monte Carlo e o New York - New York, e oferece música ao vivo – e de graça – no parque, e a cervejaria Beer Hauss, com dezenas de cervejas e joguinhos disponíveis para os adultos se entreterem – também de graça. Las Vegas North Premium Outlet Brasileiro que é brasileiro adora um outlet. A taxa de imposto em Las Vegas é de apenas 8,1%, então os descontos realmente valem a
pena. A variedade de lojas também são melhores do que temos aqui, como a All Saints e a UGG. Outros restaurantes imperdíveis Lago No Bellagio, com vista para as águas dançantes. Eles oferecem menu degustação no almoço, com preço razoável e sobremesa de lamber os beiços. Hexx Entrada para na própria Strip, no complexo do Paris Resort. O menu é extenso, os pratos são bem servidos. Quando fui, a comida demorou demais para chegar – mas o gerente prontamente se desculpou e não cobrou os pratos principais. Super popular no café da manhã: a panqueca de bolo de cenoura é incrível. Confira os links dos eventos e locais no site do Jornal de Toronto. www.jornaldetoronto.ca
Margaritaville New YEar’s eve Party O Margaritaville, na Strip, oferece open bar e música ao vivo em um clima mais tropical (pense camisas floridas e papagaios) por US$99. Hakkasan Nightclub A balada do MGM terá o DJ Steve Aoki comandando a noite da virada; e o Tiesto toca na noite do dia 30. A partir de US$100. Outras sugestões imperdíveis para os outros dias Freemont Street Também conhecida como a “Old Las Vegas”, foi ali que tudo começou. A rua é fechada com um teto de
À esquerda, High Roller, a roda-gigante mais alta do mundo. Acima, duas visões da Las Vegas Boulevard, conhecida como Strip.
darren bourne
Saúde& Bem-Estar
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Há muito o que comemorar na ceia de Natal Juliana Nogueira é nutricionista funcional na Herbal Health Nutrition O valor nutritivo dos alimentos é possivelmente a última coisa na lista de prioridades durante o planejamento da ceia de Natal. A riqueza de sabores, a tradição e a abundância ditam as regras. E é assim que deve ser! No entanto, a ceia tradicional, feita com produtos da estação e preparada com o amor e cuidado que a ocasião me-
rece, é altamente nutritiva e balanceada. Uma boa ceia é aquela que reúne a família e amigos queridos, alimenta o corpo e conforta o coração.
As frutas secas são indispensáveis. A riqueza de sabores e texturas estimula os nossos sentidos e nos conecta com os costumes e tradições das festividades de fim de ano. A noz é a
minha favorita, o formato diferente, parecido com o nosso cérebro, já dá uma dica dos benefícios que ela traz. Os altos níveis de Ômega 3 contribuem diretamente para a saúde do cérebro, aumentando a performance cognitiva e protegendo contra os declínios da idade. Já a uva passa e outras frutas desidratadas, como o figo e o
damasco, adicionam doçura e uma fonte concentrada de nutrientes. Elas são muito ricas em fibras e ainda contêm altos níveis de vitaminas, minerais e antioxidantes.
Lá no centro da mesa, você pode encontrar o peru assado, uma ótima fonte de proteína magra. Ele é rico em vitaminas do grupo B, principalmente a B3, que ajuda na manutenção de níveis saudáveis de colesterol. Ele também contém o aminoácido triptofano, que é necessário para a produção da serotonina, mais conhecida como o “neurotransmissor da felicidade”. Outra opção muito tradicional é o bacalhau, fonte de proteína completa, que também
contém Ômega 3, o ácido graxo que protege o corpo contra inflamação. Ele proporciona ainda altos níveis de vitamina B12, que é indispensável para uma boa digestão e para o coração. Ao invés de usar o azeite no cozimento, experimente adicioná-lo fresco, antes de servir. Assim você não danifica o óleo com o calor e pode se beneficiar de seus altos níveis de antioxidantes e gorduras boas que trazem inúmeros benefícios à sua saúde.
As frutas frescas da estação, que no Brasil incluem a manga, a laranja e o pêssego, entre muitas, também não podem faltar. Elas são extremamente ricas em fitonutrientes, que previnem o câncer e doenças
Elizabeth Schulz, M.Sc. Psicóloga Brasileira Ordem dos Psicólogos do QC
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crônicas, e possuem bastante vitamina C, essencial para o sistema imunológico. Muitas delas, como o abacaxi, contêm enzimas que facilitam a digestão e são muito benéficas nessa época de exageros gastronômicos. Tem também a uva, que contém o antioxidante resveratrol, poderoso protetor do sistema cardiovascular – mas não precisa comer a fruta, você pode receber os mesmos benefícios ao consumir um copo de vinho tinto.
Aproveite a oportunidade e faça um brinde à sua saúde e à saúde da sua família!
juliananutrition@gmail.com
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Tropica e cai, levanta e sai A autonomia da criança Simone Almeida é psicopedagoga A autonomia pessoal é uma característica fundamental para o desenvolvimento da criança. É a autonomia que nos permite executar tarefas como amarrar os sapatos, pegar um copo de água, guardar os brinquedos, resolver conflitos entre os amigos, abrir uma bala, descascar uma banana, desenhar, alimentar-se, ou seja, tarefas simples que fazemos todos os dias. Algumas crianças são estimuladas a desenvolver as habilidades para executar sozinhas essas atividades, mas outras são poupadas das tarefas, por serem consideradas “muito pequenas” para tanta responsabilidade. Ao se tornar autônoma em determinada atividade, a criança também conquista liberdade e responsabilidade. Como? Se a criança sabe que consegue ir ao banheiro sem auxílio, terá liberdade para fazê-lo no
momento mais apropriado, e poderá aplicar o mesmo mecanismo em outras atividades de sua vida. Assim, a criança que é mais estimulada a executar as tarefas corriqueiras sem auxílio, será mais ágil e resolverá os problemas diários de maneira natural. Afinal, como podemos auxiliar as crianças a desenvolver a autonomia? E como a autonomia pode exercer um papel fundamental no desenvolvimento cognitivo das crianças? O desenvolvimento cognitivo é o ato de aprender. Essa atividade é desenvolvida nas escolas, nas famílias, nas relações interpessoais diariamente por todos nós. O ser humano aprende todos os dias e durante toda a vida, mas é na fase inicial de sua vida que adquire as ferramentas necessárias para que suas habilidades e competências se potencializem.
Para auxiliar e incentivar a autonomia nas crianças, o adulto deverá demonstrar a confiança que tem nela, deve ensinar como fazer as coisas e, após observá-la e orientá-la por algumas vezes em determinada tarefa, permitir que a criança realize essa tarefa sem ajuda e, aos poucos, sem supervisão. Ao permitir que o
filho “se vire” sozinho, os pais estão permitindo seu crescimento, estão potencializando o referencial de conquista e estimulando a aprendizagem.
Ressalto ainda a preocupação com a liberdade de aprendizagem criati-
va e despretensiosa, pois quando permitirmos que a criança interaja livremente com ambientes e pessoas estamos permitindo que ela exercite sua habilidade autônoma e construa diferentes competências, tal
como pular corda ou correr e, por que não, cair. Cair faz parte e ensina que podemos nos levantar.
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Horósopoc Capricórnio
Quero ver você não chorar, não olhar pra trás, nem se arrepender do que faz.
Aquário
Noite feliz. Eis que no ar vem cantar.
Peixes
Seja rico ou seja pobre, o velhinho sempre vem.
Áries
Bem assim felicidade. Eu pensei que fosse uma brincadeira de papel.
Touro
Quero ver o amor vencer, mas se a dor nascer, você resistir e sorrir.
Gêmeos
Hoje a noite é bela, juntos eu e ela.
Câncer
Eu ouvi tocar o sino; eu ouvi chamar por mim. Sendo eu tão pequenino, quem me chamará assim?
Leão
Agenda Dezembro
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O tradicional mercado de Natal que acontece no Distillery District, com boa comida, lojas de roupa e design, restaurantes, teatro, danças e uma programação variada de música.
Uma das histórias mais tradicionais de Natal, apresentada num dos teatros mais antigos e bonitos de Toronto.
Toronto Christmas Market
Distillery District Parliament St. x Mill St.
Grátis até sextas às 5pm, depois é $6. Terça a quinta (12-9pm), sexta (12-10pm), sábado (10am-10pm) e domingo (10am-9pm). Até 23 de dezembro. www.torontochristmasmarket.com
Samba Squad “Groove Addict Dance Party” Se você adora percussão e vocais, esta é a festa pra você. A noite começa com uma aula de dança afro-cubana (9:30pm). Depois o Samba Squad fará sua noite.
Geary Lane 360 Geary Ave., Toronto
$15 ($10 antes das 10pm). 9pm-12am
Libra
E se você tem um desejo, ele responde; e seus sonhos é capaz de realizar.
Escorpião
Ponha na mesa de alguém o que esse alguém sempre quis e não tem.
Então é Natal. O que você fez? O ano termina e nasce outra vez.
Quem é que nunca pediu por um mundo diferente, pra trazer felicidade embrulhada num presente.
Papai Noel, se for me ouvir, esse é o presente que eu mais quis: é desejar pra todo mundo um Feliz Natal.
Virgem
Sagitário
Confira os eventos durante todo o mês seguindo nossa página no Jornal de Toronto
The Christmas Carol
so físico, exploração sexual, recrutamento de gangues e tráfico de crianças. Contamos com sua ajuda.
Liuna Local 183 1263 Wilson Ave., Toronto 11am-2am
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Elgin Theatre 189 Yonge St., Toronto.
$39 a $88. Até 31 de dezembro.
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Kizomba no Domingo
O melhor da Kizomba, com os melhores DJs da cidade. Se você quer conhecer Kizomba de verdade, esse é o lugar.
Bloor Bar Café 1050 Bloor St. W., Toronto
$5 (Grátis antes das 10pm). Todo domingo, 7pm-12am
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Winter Light Exhibition
Depois de uma grande reforma, o local oferece esse ano um show de luzes e muito mais.
Ontario Place 955 Lakeshore Blvd, Toronto Grátis. Até 30 de março.
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Sarau Brasil Dia 7 tem a imperdível comemoração do Jornal de Toronto com a cerveja OverHop.
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Jornal de Toronto & OverHop Brewing Celebration!
Grande evento de confraternização, comemorando os 6 meses de vida do Jornal de Toronto e o lançamento da cerveja OverHop. Sim!! A premiada microcervejaria do Rio de Janeiro, que iniciou há pouco a produção no Quebec, lança no dia 7 sua produção de Ontário. A junção não poderia ser mais perfeita: A Melhor Cerveja com o Melhor Jornal brazuca-canadenses! Venha comemorar com a gente.
The Craft 107 Atlantic Ave., Toronto (Liberty Village) Grátis. 6:30-9:30pm
Café e Cultura Toronto
4th Healthcare Forum
Galeria dos Pioneiros 960 St. Clair Ave. W., Toronto
McCarthy Tetrault 66 Wellington St., Toronto
O Café desse mês apresenta a palestra “Passados com Futuro: Notas sobre a preservação, estudo e divulgação da história de imigração no Canadá”, com o historiador Gilberto Fernandes.
Seminário que abordará casos de sucesso entre empresas canadenses no Brasil, e as oportunidades de network e negócios entre empresários dos dois países.
$15 (cash only). 6:30-9:30pm Inscrições: cafeeculturatoronto@
$60 (membros) e $85. 9am-12pm Inscrições: info@brazcanchamber.
gmail.com
org
suite
5300,
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Festa Brasileira Batucada Carioca apresentará nessa festa os mais tradicionais sambas, outras canções e misturas rítmicas, e o swingue de seus batuques. Bateria super afiada, bar rolando e festa garantida.
Evento multicultural brasileiro que apresenta novos músicos, escritores e pintores. Interessados em se apresentar no sarau podem escrever para carla.azdias@ gmail.com
Yauca’s Lounge 755 Dovercourt Rd. (Ossington Station), Toronto
$5 (lista) e $10 (porta). 9:30pm-2am
Celebrating 5 Years Batu
of
TDot
Noite com muito rock, metal, reggae, percussão e muitas bandas convidadas: YoDub, Malunguinho, TDot Batu, Dubmatix e The 420 Orquestra.
Geary Lane 360 Geary Ave., Toronto
$15 ($10 online). 10pm-2am jennifer ralston
Geary Lane 360 Geary Ave., Toronto $15. 9pm-1am
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Children On The Run Um dia inteiro com muita arte, música, concursos, sorteios, comida e, claro, dança. Este evento destina-se a ajudar milhares de crianças refugiadas que escaparam de abu-
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Brazilian Jazz Band
A Banda Trama convida para os dias 21 e 28 de dezembro, com o melhor da bossa-nova, MPB e pop, misturados com arranjos jazzísticos.
Alleycatz 2409 Yonge St., Toronto Grátis. 7:30-10pm
Mais detalhes podem ser conferidos no site e Facebook de cada evento.