Jornal Dia de Campo - nº 12 - outubro

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Ano I - Edição 12 | Outubro, 2010 | Distribuição gratuita

jornal

Dia de Campo

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O meio rural com informações produtivas

Desafios na pós-colheita A Associação Brasileira de Pós-Colheita promoveu, em outubro, a 5ª Conferência Brasileira de Pós-Colheita e o Fórum Latino- Americano de Pós-Colheita, em Foz do Iguaçu-PR. Armazenagem com garantia de qualidade do produto e melhoria dos aspectos de segurança são expectativas da agroindústria para as próximas safras

Foto de Capa: Lucas Martins / Arquivo DC

Pág. 6e7

Agronegócio paranaense diz o que espera do novo governo

Pág. 3

Vacinação contra a febre aftosa começa em 1º de novembro no Paraná

Pág. 9

Literatura rural: ‘Da Cor da Terra’ recorda “causos” típicos dos homens do campo

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| Ano I - Edição 12 | Outubro, 2010 | Dia de Campo

Editorial

Dia de Campo: há um ano na lida rural Com a originalidade de um jornal produzido para o leitor do campo e da cidade É com muito orgulho e enorme satisfação que anunciamos a todos os nossos leitores, parceiros, colaboradores e articulistas que, há exatamente um ano, era publicada a primeira edição do Jornal Dia de Campo. Mais do que noticiar fatos, o Dia de Campo é um canal de comunicação mensal com a pretensão de sempre contribuir positivamente nas discussões presentes e futuras, relacionadas ao agronegócio da cidade, região e, por que não, do país. Em meio a todos os percalços da atualidade enfrentados pela maioria dos veículos de comunicação impressa, fren-

te ao vertiginoso progresso das mídias virtuais, o Dia de Campo, no início, também enfrentou alguns obstáculos dessa

O Dia de Campo é um canal de comunicação com a pretensão de sempre contribuir positivamente nas discussões presentes e futuras natureza, mas sente que, aos poucos, apoiado num projeto editorial inovador, pela dedicação e persistência de seus editores, tem angariado a admiração

de muitos. Uma mídia que veio com o objetivo de inovar a comunicação rural, disponibilizando a todos os seus leitores um material de fácil manejo pelo seu tamanho e visualização agradáveis. Com um corpo editorial constituído por jornalistas profissionais, todos dedicados à pesquisa e à extensão rural, o Dia de Campo tem como proposta de trabalho a cooperação com os diversos segmentos do setor agropecuário, abrindo suas páginas para o encaminhamento de assuntos pertinentes às áreas econômica, técnica, administrativa, educacional e cultural, com vistas a promover o desenvolvimento sustentável da produ-

ção no campo. O diferencial do jornal está na originalidade de suas produções (reportagens, matérias, fotos e projeto gráfico). E acreditamos ser este o ponto central desta nossa conquista junto ao público empresarial, urbano e rural. Mas, o que mais nos anima a continuar nesta grande jornada é o apoio, a participação e a credibilidade de todos os nossos amigos leitores, parceiros e colaboradores. Primeiro ano de vida. Primeiro passo de uma história, que pretendemos continuar contando a todos por muito mais tempo. Junte-se a nós. Muito obrigado pela sua leitura, sugestões e atenção para com o seu Dia de Campo!

Foto do Campo

Carta do Leitor

Aniversário no Campo Parabéns pelo aniversário e pelo jornal: além de bem escrito, está lindamente diagramado! Regina Krauss, jornalista e professora (Londrina-PR)

Combate à Ferrugem Sou produtor de soja no norte do Paraná e gostaria de saber o que o produtor que encontrar ferrugem na sua lavoura deve fazer? José Helcio Vieira, produtor rural (Cambé-PR) O produtor que suspeitar de ferrugem em sua propriedade deve informar o laboratório conveniado mais próximo, que no seu caso fica na Embrapa Soja, em LondrinaPR. O contato pode ser feito pelo telefone (43) 3371-6000. O Consórcio Antiferrugem prevê o monitoramento da dispersão do fungo causador da doença. Para isso, foram credenciados 54 laboratórios em 16 estados brasileiros, formando uma verdadeira rede de diagnose e identificação da ferrugem. As informações geradas pelos laboratórios credenciados e pelas unidades de alerta são repassadas à administração do Sistema de Alerta, página da internet administrada pela Embrapa Soja, que estará disponível também no site do MAPA e de outras instituições participantes do Consórcio. Mais informações pelo site http://www.consorcioantiferrugem.net/portal/ Muito obrigado pelo contato e esperamos ter ajudado! Equipe do Dia de Campo

Foto enviada por Mariana Matias (Londrina-PR) Morangos: com o calor que se anuncia já nesta primavera, nada como essa delícia natural para uma boa alimentação e uma vida mais saudável! Envie sua foto e faça parte, também, do Dia de Campo: contato@diadecampoonline.com.br

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Frase

Biodiesel no Paraná Interessantes as matérias sobre a produção de biodiesel no nosso estado publicadas na última edição do jornal Dia de Campo. Sou produtor rural no norte do Paraná e tenho acompanhado as discussões sobre a produção de combustíveis alternativos e nos reflexos disso para a agricultura. Acredito que essa seja uma grande oportunidade de crescimento para o Brasil e para o Paraná. Ainda mais quando vemos que existem iniciativas para produção de biodiesel contando com o apoio da agricultura familiar, que é muito forte no nosso estado. Antonio C. Lima, produtor rural (Londrina-PR)

Envie suas dúvidas, opiniões e sugestões para o Dia de Campo. E importante: mande também o seu nome completo, profissão e cidade onde vive. O Dia de Campo agradece a atenção e garante que fará o máximo para atender o maior número possível de leitores. O Dia de Campo poderá editar ou publicar, apenas, trechos das mensagens. contato@diadecampoonline.com.br

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“Não podemos pensar somente em termos de quantidade. Devemos focar também na qualidade dessas estruturas armazenadoras” Denise Deckers do Amaral, vice-presidente da Abrapós, sobre os desafios no aumento da capacidade estática dos armazéns brasileiros

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Expediente

Av. São João, 1095, sala 4, Londrina-PR (43) 3337-0873 www.jornaldiadecampo.com.br contato@diadecampoonline.com.br Jornalista responsável: Lino Tucunduva Neto (MTb: 1307-SP) Reportagem e edição: Dulce Mazer, Felipe Teixeira, Flávio Augusto, Mariana Fabre e Pedro Crusiol Projeto gráfico e diagramação: Flávio Augusto O Jornal Dia de Campo é uma publicação mensal da DC Comunicação e Editora Jornalística Ltda. CNPJ: 10.937.352/0001-21


Agronegócio

Divulgação

Dia de Campo | Outubro, 2010 | Ano I - Edição 12 |

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Pesquisa do MAPA aponta que a produtividade da agropecuária brasileira teve crescimento médio anual de 3,57%, entre os anos de 1975 e 2009. (DC)

Eleições 2010

Expectativas com o novo governo Com as eleições deste ano, líderes do agronegócio fizeram uma radiografia do setor e discutiram necessidades e propostas para os próximos anos Pedro Crusiol pedro@diadecampoonline.com.br

Estas eleições criaram oportunidades para avaliação e discussão do caminho a ser seguido pelo Brasil nos próximos quatro anos. Com o setor do agronegócio não foi diferente. No Paraná, um dos principais estados produtores, a agropecuária passa por um momento decisivo, com limitações a expansão e decrescente participação no PIB agrícola brasileiro, que passou de 11% em 2002, para 8,7% em 2007. Planejamento estratégico, garantia de renda e investimentos em infraestrutura são as grandes reivindicações do setor. “Dentro da porteira nós somos muito eficientes, temos acesso aos meios técnicos e sabemos como produzir com qualidade. O problema maior está do lado de fora das propriedades”, ressalta Narciso Pissinati,

“Esperamos um governo que conheça nosso setor e apóie nosso desenvolvimento com competência” presidente do Sindicato Rural de Londrina. Segundo ele, os produtores precisam ter mais segurança na atividade, principalmente no momento da comercialização. “A agricultura é uma atividade de risco, mas hoje não temos, por exemplo, um seguro que cubra nosso investimento em caso de perdas. Isso serve também para a política de preços mínimos”, diz ele, fazendo referência aos problemas enfrentados este ano devido à redução do preço mínimo do trigo, realizada com a safra de inverno já em andamento. Nestas eleições, a Federação da Agricultura do Paraná (FAEP) e os sindicatos rurais de todo o estado elaboraram o Plano Diretor para o Agronegócio do Paraná. O plano traz uma radiografia da agropecuária e da infraes-

trutura do estado e a sugestão de criação da Agência de Desenvolvimento do Agronegócio, diretamente subordinada ao governador estadual com o objetivo de alavancar a agroindústria. O governador eleito, Beto Richa (PSDB), se comprometeu a implantar o plano, que apresenta duas propostas prioritárias: fomentar a produção de maior valor agregado e aumentar a renda dos produtores rurais. Esta também é a posição defendida pelo presidente da Sociedade Rural do Paraná, Gustavo Andrade e Lopes. Para ele, o grande desafio do próximo governo é garantir a rentabilidade da produção. Em outubro, a entidade promoveu o 5° Rural Tecnoshow e o foco das discussões foi justamente o aumento da renda na atividade agropecuária. “É preciso que o novo governo pense estrategicamente, com a determinação de garantir a renda do produtor. Ainda falta uma política governamental que regule o setor e todos os elos da cadeia produtiva. O planejamento é imprescindível para orientar toda a atividade”, destaca. De acordo com Andrade e Lopes, questões como preços desfavoráveis, altos custos de produção e os baixos investimentos em infraestrutura terão que ser encarados pelos novos governantes. “Existe a necessidade de desoneração da atividade. Além disso, temos uma grande instabilidade nos preços. O governo precisa dar mais atenção aos estoques reguladores para controlar o excesso ou a escassez de produtos agrícolas e dar mais segurança na comercialização”, sugere. No entanto, além do posicionamento do novo governo em relação ao agronegócio, Narciso Pissinati lembra que a classe dos produtores rurais precisa ser mais ativa para reivindicar suas necessidades e anseios. Segundo ele, a falta de união enfraquece o setor. “Esperamos um governo que conheça o agronegócio e apóie nosso desenvolvimento com competência. Mas é fundamental que os produtores se unam em torno de seus representantes para ter mais força e poder de representação. Este é um elemento essencial para buscar mais renda e sucesso na produção”, destaca Pissinati.

TSE / Divulgação

Eleições e agropecuária: planejamento estratégico, garantia de renda e investimentos em infraestrutura são as grandes reivindicações do setor


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| Ano I - Edição 12 | Outubro, 2010 | Dia de Campo

Planejamento

Projeto visa Plano de Desenvolvimento Rural em Londrina O Poder Executivo do Município encaminhou projeto de lei para criar o planejamento agrícola junto aos pequenos produtores Felipe Teixeira felipe@diadecampoonline.com.br

Embora as políticas públicas voltadas à agricultura municipal tenham sido criticadas nas últimas administrações, um projeto ambicioso surge com pretensões de planejar novos rumos aos desassistidos produtores rurais de Londrina e região. Proposto pela Prefeitura de Londrina, o chamado Plano de Desenvolvimento Rural (PDR) foi aprovado em primeira discussão na Câmara de Vereadores. O PDR objetiva amenizar as desigualdades existentes entre os habitantes da zona rural e da área

O PDR propõe melhorias da qualidade de vida nas áreas agrícolas e ambientais urbana, com o intuito de promover avanços no poder aquisitivo dos agricultores. “O plano tem importância fundamental no desenvolvimento do agronegócio. É uma pauta historicamente debatida pelo setor, mas que ainda não tinha recebido a atenção necessária para o início de um projeto mais consistente”, declarou a secretária municipal de Agricultura, Marisol Chiesa, uma das representantes presentes na aprovação. Basicamente, o plano engloba três pro-

gramas: Organização Rural e Bem-Estar Social; Desenvolvimento Econômico e de Infraestrutura, e Recuperação Ambiental. Quanto aos custos da empreitada, ainda não há diretrizes acertadas. Segundo o texto aprovado pelos vereadores, os programas serão desenvolvidos “dentro das possibilidades financeiras, observadas as prioridades da Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO), Lei Orçamentária Anual (LOA), do Plano Plurianual (PPA) e de planos anuais estabelecidos pelo Município”. O 3º artigo também evidencia que os recursos podem ser oriundos de instituições financeiras, ONGs e projetos de ordem federal e estadual. Outro ponto destacado no Plano de Desenvolvimento Rural foi a preservação de trechos essenciais ao transporte rodoviário. “Além do sistema de parceria produtiva, haverá uma contrapartida a fim de conservar as estradas e facilitar o escoamento da safra”, explicou Chiesa. De acordo com o raciocínio, o Executivo oferece as máquinas para o asfaltamento desde que o produtor pague o combustível e o valor de aluguel dos maquinários. A verba arrecadada com o pagamento da “hora-máquina” será destinada à criação de um fundo fiscalizado pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural. Até o início de 2011, mais novidades sobre o plano devem ser divulgadas. Por enquanto, as entidades representativas do setor avaliam o projeto como positivo, mas pretendem aguardar novos esclarecimentos referentes à disponibilidade de recursos para se posicionar de modo efetivo.

Mural Agrícola Bolsa de Cereais e Mercadorias de Londrina - Cotações do dia 26/10/2010 Produto Café - PR. Benefic. 60 Kg Safra 10/11 Feijão Carioca - T.1 60 Kg. Milho - 60 Kg

Soja - 60 Kg

Trigo - 60 Kg PH - 80

Tipo/Praça Londrina Tipo 6 Duro - B/C. Tipo 7 Riado - B/C. Tipo 7 S/D - B/C. Apucarana Ivaiporã Londrina Cascavel Maringá Ponta Grossa Cascavel Maringá Ponta Grossa Cascavel Maringá

Preços Máximo Mínimo 300,00 255,00 225,00 120,00 110,00 100,00 22,00 21,00 22,00 45,00 46,00 47,00 27,60 27,60

310,00 260,00 230,00 130,00 120,00 110,00 23,00 22,00 22,00 46,00 47,00 48,00 28,80 28,80

Cotação - Café - NY - em centaos de US$/libra - peso Fechamento Anterior Diferencial Fechamento Abertura Mês/Ano dezembro - 10 março - 11 maio - 11

1,25 1,00 1,65

201,75 203,20 203,75

200,35 201,80 202,00

200,50 202,20 202,10

Mercado Firme Firme Firme Calmo Calmo Calmo Calmo Calmo Calmo Calmo Calmo Calmo Calmo Calmo Variação %

0,62 0,49 0,82

Fonte - CMA

OBS: Cafés que apresetarem gosto de terra, secador e aparência chuvada e barrenta, terão deságil compatível à incidência dos mesmos

PDR - O projeto, inédito até o momento, pretende acertar parceria com os empreendedores rurais de pequenas propriedades da região

Divulgação

Informações sobre o PDR Londrina - O projeto foi proposto com o objetivo de instituir condições de paridade entre as populações dos meios rural e urbano, com melhorias na qualidade de vida nas áreas de agricultura e meio ambiente. - O PDR é dividido em três partes: Organização Rural e Bem-Estar Social; Desenvolvimento Econômico e de Infraestrutura; e Recuperação Ambiental. - Cada uma das partes contém subprogramas que tratam de medidas específicas a cada setor; - Financiamento: o custeio será viabilizado “de acordo com as possibilidades financeiras (...) do Município”.


Dia de Campo | Outubro, 2010 | Ano I - Edição 12 | Exportações brasileiras de milho chegam a 1,9 milhão de toneladas em setembro, volume 20% maior do que no mesmo período do ano passado. (DC)

Agricultura Divulgação

Agricultura de Conservação Boletim Técnico 71 Recomendações em SPD

Linha de frente contra a erosão

- Nas áreas agrícolas, é necessária a utilização de terraços nos espaçamentos propostos pelo Iapar ou IAC, para o controle da erosão. - Os terraços devem ser mantidos em SPD; a remoção de um terraço a cada dois em SPD não é recomendada. - As perdas de solo em SPD, utilizando espaçamentos de terraços recomendados pelo Iapar e pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC), foram similares entre si

Associado a um conjunto de técnicas conservacionistas, o terraceamento garante boa infiltração de água nos solos e produção agrícola sustentável

flavio@diadecampoonline.com.br

Grande desafio da agricultura no século XXI, a conciliação entre alta produtividade e preservação ambiental tem no sistema de plantio direto na palha (SPD) uma de suas práticas mais eficientes. Em suma, o SPD imita o que a natureza faz há milhões de anos, isto é, mantém o solo coberto, aumentando a absorção de água e nutrientes na lavoura. No entanto, imaginando que apenas o plantio direto seria suficiente para conter a força da água das chuvas, muitos agricultores e técnicos paranaenses deixaram de adotar outros métodos de conservação dos solos, como o terraceamento agrícola. “Isso fez com que a erosão se tornasse mais evidente no estado, devi-

“A discussão sobre o terraceamento, considerando as novas recomendações, já contribui para a nova safra agrícola” do às chuvas que ocorreram nos últimos anos”, aponta o pesquisador do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), Jonez Fidalski, especialista na área de solos. Os terraços, conhecidos também como curvas de nível, funcionam como barreiras na plantação, pois ajudam a “segurar” a enxurrada e a evitar processos de erosão, problema dos mais graves enfrentados no campo. Boletim – No início de setembro, durante o “Seminário Estadual de Uso, Manejo e Conservação de Solos e Água”, o Iapar lançou um boletim técnico com recomendações sobre os espaçamentos adequados para a construção de terraços em SPD. Na ocasião, a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (SEAB) assinou uma resolução que normatiza as orientações fornecidas no boletim. Após quase dois meses do lançamento,

- Em SPD, com terraços na forma recomendada pelo Iapar e na menor erosividade, as perdas de solo foram de 13,7 t/ha/ano, enquanto que no Plantio Convencional foram de 26 t/ha/ano.

o pesquisador Jonez Fidalski, co-autor do boletim, afirma que “a receptividade [do conteúdo] por parte da assistência técnica e dos agricultores tem sido muito boa”. “Eles começaram a discutir o espaçamento dos terraços já para esta safra, considerando as novas recomendações. Um fator positivo é a possibilidade dessa discussão e a importância de se manter o terraceamento. O que já contribuiu para essa nova safra agrícola”, destaca o pesquisador. Demandas – Segundo Fidalski, um dos resultados do boletim será o aumento da demanda por cursos que abordem as recomendações de terraceamento, conforme as particularidades de solo cada região. O primeiro desses cursos ocorre de 26 a 29 de outubro, em Paranavaí-PR, destinado a profissionais da assistência técnica, tanto do setor público quanto do setor privado. No evento, além dos debates, será feita uma demonstração prática de como construir os terraços com trator de pneu, arado de disco e outros equipamentos. “Paralelo a isso, discutiremos o planejamento agrícola: como é que se planeja o sistema conservacionista de uma propriedade, considerando os tipos de solo e o manejo necessário, conforme a cultura que vai ser conduzida”, acrescenta o pesquisador, que, no curso, tratará da física e do manejo do solo. Fidalski reforça que, para um manejo conservacionista mais eficaz, além do terraceamento e do plantio direto, é preciso adotar uma série de técnicas que se complementam, como a rotação de culturas e a escolha do que plantar, de acordo com as características do solo e a declividade do terreno, visando uma boa cobertura de palhada. “O importante é agregar todas as tecnologias conservacionistas que nós temos disponíveis hoje para a agricultura”, completa o pesquisador. Serviço – O boletim técnico do Iapar número 71, “Espaçamentos entre Terraços em Plantio Direto”, custa R$ 5,00 em sua versão impressa. No site do Iapar (www.iapar.br), é possível adquirir a versão digital gratuitamente.

Fonte: Instituto Agronômico do Paraná (Iapar)

Edno Ferreira da Silva/ IAPAR - Assessoria de Imprensa

Flávio Augusto

- Com a retirada parcial de um terraço a cada dois, as perdas de solo foram 1,4 vezes maiores em relação às recomendações propostas pelo Iapar ou IAC. Já com a retirada total dos terraços, as perdas chegaram a ser 2,4 vezes maiores.

Também conhecidos como curvas de nível, os terraços funcionam como barreiras, pois ajudam a “segurar” a enxurrada, evitando processos de erosão

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| Ano I - Edição 12 | Outubro, 2010 | Dia de Campo

Evento

Conferência discute métodos para proteção de produtos armazenados Experiência australiana em armazenagem, processos de secagem e expurgo, certificação e segurança de unidades armazenadoras foram temas da 5ª Conferência Brasileira de Pós-Colheita Dulce Mazer dulce@diadecampoonline.com.br

Foz do Iguaçu sediou a 5ª Conferência Brasileira de Pós-Colheita e Fórum LatinoAmericano de Pós-Colheita, de 19 a 21 de outubro de 2010, no Centro de Convenções. Entre os temas discutidos no evento, que reuniu mais de mil pessoas entre ins-

Das 147 milhões de toneladas de grãos da safra 2009/10, os armazéns brasileiros têm capacidade estática para receber apenas 136 milhões

João Paulo Triches/Divulgação Cotriguaçu

critos e expositores, o presidente da Associação Brasileira de Pós-Colheita (Abrapós), Irineu Lorini, destaca a experiência australiana em armazenagem; os processos de secagem e expurgo, como o uso da fosfina líquida enquanto inseticida, e a certificação

e segurança de unidades armazenadoras. De acordo com Lorini, diante do volume de grãos produzidos atualmente no Brasil 143 milhões de toneladas, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) -, é preciso buscar novos métodos de eliminação e controle de pragas, assim como uma maior proteção dos produtos armazenados. “Nossos armazéns são preparados apenas para guardar grãos. Não são adaptados ao sistema de expurgo de pragas por intermédio de gases, um dos métodos mais modernos e menos impactantes na eliminação das pragas na armazenagem, por exemplo”, afirma. O encontro foi promovido pela Abrapós e pelo grupo Cotriguaçu, formado pelas cooperativas C. Vale, Coopavel, Coopacol e LAR. Além do público participante, estiveram no evento representantes de 52 empresas expositoras. A conferência também promoveu a divulgação técnico-científica de 112 trabalhos de pesquisa apresentados na forma oral e em banners. Cinco destes trabalhos foram premiados pela Comissão Organizadora. “As universidades trouxeram os resultados científicos mais recentes”, relata Lorini.

O padrão australiano preconiza a higienização dos silos, a redução da temperatura via aeração das estruturas e um eficiente expurgo de pragas, além da medição da hermeticidade e da concentração do gás fosfina

Modelo australiano é exemplo de armazenagem de grãos A Austrália vem se adequando há pelo menos 20 anos para exportar grãos (trigo, sorgo e cevada) com alta qualidade e, principalmente, livres da presença de insetos-pragas em unidades armazenadoras. “Temos que oferecer produtos com zero de insetos e zero de resíduos químicos”, explica o pesquisador do Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento do Estado de Queensland (Austrália), Manoj Nayak, que ministrou palestra na 5ª Conferência Brasileira de Pós-Colheita, realizada em outubro, em Foz do Iguaçu-PR.

De acordo com Philip Burril, extensionista do mesmo departamento, um grande diferencial da Austrália é a unicidade e o comprometimento de todo o setor de pós-colheita. “Temos definido um padrão de armazenagem que preconiza a higienização constante dos silos, o monitoramento mensal da presença de insetos, a redução da temperatura via aeração das estruturas e um eficiente expurgo de pragas”, enumera. Burril destaca como medidas importantes a utilização de um teste que mede a hermeticidade dos silos e um medidor de concentração do gás fosfina. (DM)

Capacidade de armazéns brasileiros deveria ser 20% superior à produção, segundo Abrapós A capacidade estática de armazenagem de grãos no Brasil deveria ser, no mínimo, 20% superior à produção, de acordo com a vice-presidente da Associação Brasileira de Pós-Colheita, a economista Denise Deckers do Amaral. A realidade do Brasil ainda está distante desse ideal, isso porque na safra 2009/2010 foram produzidas 147 milhões de toneladas de grãos, enquanto que a capacidade estática de armazenagem do país é de 136 milhões de toneladas. “Temos muito ainda para crescer”, avalia. Para a economista, deveria haver um esforço conjunto, entre iniciativa privada e governo, para ampliar a capacidade estática de armazenagem no Brasil. Atualmente, o governo disponibiliza linhas de financiamento com juros atrativos para produtores ampliarem a capacidade nas propriedades rurais, além de linhas para cooperativas e para cerealistas. “No entanto, não podemos pensar somente em termos de quantidade. Devemos focar também na qualidade dessas estruturas armazenadoras”, afirma Denise. (DM)


Dia de Campo | Outubro, 2010 | Ano I - Edição 12 | João Paulo Triches/Divulgação Cotriguaçu

Emissão de pó na armazenagem de grãos é tema na Conferência de Pós-Colheita A movimentação de grãos em diferentes etapas na pós-colheita é a principal causa de emissão de pó em grãos armazenados. O consultor Roberto Hajnal, representante da Associação Argentina de Pós-Colheita de Grãos (Aposgran), orienta representantes do setor industrial sobre as principais técnicas e equipamentos criados para a redução da emissão de pó de grãos armazenados e seus riscos. Segundo Hajnal, “o sistema brasileiro de controle de pó não é regulamentado e cada empresa utiliza a técnica de redução que lhe convém”.

Dados do sistema de armazenagem de grãos no Brasil

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Riscos - De acordo com o consultor, cada vez que os grãos são elevados, transferidos ou manuseados, geram pó em grande volume, ocasionando prejuízo à saúde dos trabalhadores e estragos aos equipamentos. O pó pode ainda provocar incêndios e explosões, devido a sua forte capacidade de combustão. “Controle de pó é um meio significativo de prevenir as explosões em unidades armazenadoras de grãos e reduzir a contaminação ambiental. A separação do pó da mistura entre ar e pó é um processo que requer muito cuidado”, afirma Hajnal. (DM)

- Capacidade estática: 135,1 milhões de toneladas.

Irineu Lorini, durante a abertura do evento em Foz do Iguaçu: “é preciso buscar novos métodos de eliminação e controle de pragas, assim como uma maior proteção dos produtos armazenados”

- Quantidade de armazéns brasileiros: 17.548 unidades. - Armazéns graneleiros (produtos a granel): capacidade para 109 milhões de toneladas de grãos (80% do total produzido), distribuídos em 10.216 unidades graneleiras. - Armazéns convencionais (produtos ensacados): capacidade para 26,1 milhões de toneladas de grãos (20% do total produzido), distribuídos em 7.332 unidades convencionais. Fonte: Conab, Agosto de 2010

Dulce Mazer

Fosfina líquida reduz riscos na armazenagem A fosfina é um inseticida utilizado em praticamente todo o sistema de armazenagem de grãos para o controle de pragas. Este produto, bastante tóxico, é a causa de muitos acidentes na pós-colheita, contaminando pessoas e o ambiente com resíduos metálicos que nem sempre se decompõem corretamente. A possibilidade de usar a fosfina em forma líquida é novidade no Brasil e foi apresentada pela primeira vez na 5ª Conferência Brasileira de Pós-colheita, realizada em Foz do Iguaçu-PR. Em 2002, um grupo de pesquisadores chilenos desenvolveu a fosfina em forma líquida como tecnologia para expurgo, ou seja, eliminação das pragas na armazenagem. A fosfina líquida vem sendo implantada nos maiores centros produtores de grãos do mundo, como Estados Unidos, Austrália e Nova Zelândia. “No Brasil, esta é a primeira apresentação pública da tecnologia”, explica o pesquisador Franziskus Horn Feja, diretor da Fosfoquim, destacando o potencial do mercado brasileiro, quarto produtor mundial de grãos. No Brasil, esta tecnologia ainda aguarda registro pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. (DM)

Divulgação

De acordo com a economista Denise Deckers do Amaral, a capacidade estática de armazenagem de grãos no Brasil deveria ser, no mínimo, 20% superior à produção


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| Ano I - Edição 12 | Outubro, 2010 | Dia de Campo

Safra

Produção de feijão deverá crescer no Paraná

Produção - PR, MG e BA são os maiores produtores brasileiros de feijão. Juntos eles respondem, em média, por 53% da produção nacional. O destaque é para o PR, que em média produz 24% do total nacional

Pedro Crusiol

A área plantada no estado registrou um leve aumento; mas se o clima for favorável, a produção do feijão das águas pode crescer 15% nesta safra Pedro Crusiol pedro@diadecampoonline.com.br

Grande parte do feijão consumido pelos brasileiros vem das lavouras do Paraná. O estado é o maior produtor nacional da leguminosa e este ano espera aumentar ainda mais a produção. Mesmo em um ano sob a influência do fenômeno La Niña, com chuvas irregulares e abaixo da média, a expectativa

“O destaque é para a região de Ponta Grossa, que concentra 23% da produção paranaense” é de que a produção nesta primeira safra de feijão seja de 560,7 mil toneladas, um crescimento de 15% em relação ao ano anterior. Por outro lado, a área plantada apresenta números mais modestos e deverá encerrar o plantio com aumento de 4%, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral),

da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná. Com plantio compreendido entre agosto e novembro, esta primeira safra de feijão, conhecida por feijão das águas, é a mais importante no Paraná. Em 2009 a produção foi de 489,5 mil toneladas e representou cerca de 62% do total produzido nas três safras. O destaque é para a região de Ponta Grossa, que concentra 23% da produção paranaense. A situação no norte do estado é um pouco diferente das outras regiões. Para esta safra, a estimativa de produção é de 75,2 mil toneladas, contra 79,9 mil colhidas no último ano. Essa redução também é influenciada pelo recuo de 12% na área plantada, que deverá ser de 49,6 mil hectares nesta safra. Preços - O produtor Osmar Ishikawa, de Londrina, confirma essa tendência. Em 2009 ele semeou 100 hectares com feijão, mas este ano reduziu a área para 15 hectares. O que era feijão, agora é soja e milho. “No ano passado o mercado estava muito ruim. O feijão é muito sazonal e o preço muda muito. Como não temos estabilidade, é complicado para apostar nessa cultura”, explica. Os preços atuais estão agradando os pro-

Área plantada com feijão das águas no PR - Norte: 49.600 ha (-12%) - Noroeste: 700 ha (-39%) - Oeste: 15.300 ha (+11%) - Centro-Oeste: 4.000 ha (+13%) - Sudoeste: 19.500 ha (+11%) - Sul: 245.862 ha (+7%) Fonte: Deral / Seab

dutores. No final de outubro, o feijão de cor estava cotado, em média, a R$ 115 a saca. Já o feijão preto era comercializado a R$ 87 a saca, valor acima do preço mínimo, fixado em R$ 80. Mas Sergio Komura, produtor em Mauá da Serra-PR, tem dúvidas se o preço vai continuar favorável até o momento da colheita. “O ideal é que o preço se mantenha estável pelo menos na casa dos R$ 100. Mas geralmente não é o que acontece. Quando estamos próximos da época de colheita o preço volta a cair”, ressalta.


Pecuária

Divulgação

Dia de Campo | Outubro, 2010 | Ano I - Edição 12 |

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Segundo informações do Departamento de Economia Rural da SEAB, o preço da arroba do boi gordo subiu, no último ano, em média 21%, atingindo um pico de R$ 87 no Paraná. (DC)

Aftosa

Vacinação contra febre aftosa começa em 1° de novembro Paraná pretende manter índices de vacinação acima de 98%; segunda etapa da campanha ocorre de 1° a 30 de novembro Mariana Fabre mariana@diadecampoonline.com.br

De 1° a 30 de novembro, os produtores e criadores de bovinos e bubalinos do Paraná têm uma missão fundamental: vacinar seus rebanhos contra a febre aftosa. O lançamento oficial da segunda etapa da campanha ocorreu dia 28 de outubro, no município de Francisco Beltrão, região sudoeste do estado. A Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (SEAB) esclarece que nessa etapa todos os ani-

“Nós vamos procurar manter os índices de vacinação, que sempre foram superiores a 98% nessa etapa da campanha” mais devem ser vacinados, independente da faixa etária, o que representa um contingente de aproximadamente 9,6 milhões de cabeças em todo o estado. Apesar de não ter obtido o status de estado livre da febre aftosa sem vacinação, o Paraná prossegue com as campanhas visando manter a condição sanitária atual e com o intuito de, futuramente, buscar a suspensão da vacina. Para que isso ocorra,

é preciso que a vacinação seja substituída por um sistema eficiente de vigilância. De acordo com o diretor do Departamento de Fiscalização e da Sanidade Agropecuária (Defis), Marco Antonio Teixeira Pinto, o que faltou ao Paraná foi justamente a contratação de pessoal necessário para fazer essa vigilância. “O importante é que o estado continua trabalhando nesse sentido e está chamando mais profissionais para atender as exigências de quadro de funcionários e, assim, montar o sistema de vigilância necessário para suspensão da vacinação”, esclarece. Em relação à segunda etapa da campanha deste ano, Teixeira Pinto afirma que a meta da SEAB é atingir 100% do rebanho no estado. “O Paraná continua sendo um estado livre da febre aftosa com vacinação, então a aplicação da vacina é importante nesse processo. Nós vamos procurar manter os índices de vacinação, que sempre foram superiores a 98% nesta etapa da campanha”, reforça. Após o dia 30 de novembro, a fiscalização sanitária começa a atuar, buscando as propriedades nas quais os animais não foram vacinados. Nestes casos, o pecuarista poderá ser multado em R$ 91,05 por cabeça não vacinada. “Por esse motivo, sempre buscamos atingir 100% do rebanho durante a campanha, pois senão a fiscalização irá buscar os animais restantes após o período estabelecido”, esclarece Teixeira Pinto.

Pequenos produtores podem comprar vacina em sociedade O diretor do Departamento de Fiscalização e da Sanidade Agropecuária (Defis) do Paraná, Marco Antonio Teixeira Pinto, chama a atenção dos pequenos produtores a respeito da importância da vacinação. Muitas vezes os frascos das vacinas contêm mais de 20 doses e o criador possui apenas um ou dois animais em sua propriedade. Dessa forma, a compra do produto acaba sendo considerada inviável financeiramente e ainda pode provocar desperdício de vacina. “Nesses casos, há a possibilidade dos pequenos produtores se junta-

rem e comprarem, em sociedade, um frasco de vacina”, revela Teixeira Pinto. Para isso, é necessário que os pecuaristas entrem em contato com as Unidades Veterinárias da SEAB e recebam as orientações necessárias para adquirir a vacina em conjunto. Esse procedimento torna o produto mais barato ao pequeno produtor e ainda evita o desperdício do produto. Serviço - Para saber a localização e entrar em contato com as Unidades Veterinárias da SEAB, ligue (41) 3313-4000, ou acesse www.seab.pr.gov.br. (MF)

AEN / Divulgação

Objetivo da SEAB é vacinar cerca de 9,6 milhões de animais, em todo o estado, independente da faixa etária, entre os dias 1° a 30 de novembro


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| Ano I - Edição 12 | Outubro, 2010 | Dia de Campo


Dia de Campo | Outubro, 2010 | Ano I - Edição 12 | Comidas típicas marcam a 13ª Festa da Mandioca, que será realizada nos dias 13 e 14 de novembro na Usina Três Bocas, em Londrina-PR. (DC)

Divulgação

Vida Rural

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Literatura

Fotografia

Livro recorda “causos” típicos dos homens do campo

Felipe Teixeira

‘Da Cor da Terra’ traz estórias vividas e ouvidas na roça pelo botânico Moacyr Medri Felipe Teixeira felipe@diadecampoonline.com.br

A sabedoria das prosas levadas ao trabalho diário, à margem de um riacho ou até mesmo ao balcão das vendas de beira de estrada, resultam nos matizes que compõem Da Cor da Terra. Longe de compilar velhas e conhecidas estórias de modo a conferir um caráter caricato ao homem caipira, Moacyr Medri se dedica aos contos autorais. As 23 narrativas da publicação deliciam os leitores com as ricas nuances da vivência em solo rural, por meio de um personagem verdadeiramente nascido e crescido no campo: o próprio autor.

Os 23 contos da publicação deliciam os leitores com as ricas nuances da vivência em solo rural Os fatos ocorridos ou contados pelos familiares e figuras da zona rural de Ibiporã-PR são a matéria-prima do livro. Em meio à fumaça de um palheiro e outro aceso, o folclore e as crenças tão particulares de um povo acostumado ao sincretismo entre religião, realidade e fantasia se revelam em cadenciados causos. Apesar do lançamento recente, o livro é um projeto antigo e adiado pela atribulada rotina de aulas e estudos. Há quase quatro décadas, Medri é biólogo e professor da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e atribui a formação à origem campesina. Mesmo com um vasto

CNA / Senar lança 2º concurso fotográfico felipe@diadecampoonline.com.br

Divulgação

currículo em Botânica, que inclui livros e artigos científicos, o autor se despe da visão teórica arraigada à profissão para conferir incrível leveza aos textos, num total de 90 contos redigidos. Há a previsão de publicar o restante do material em outros dois volumes, a serem lançados nos próximos anos. Serviço - Da Cor da Terra - Moacyr Eurípedes Medri; 250 páginas; Editora Schoba; Mais informações: www. editoraschoba.com. br/loja

Até o dia 29 de outubro, o Sistema CNA/ Senar abre as inscrições para seu 2º Concurso Fotográfico. Em 2010, os interessados em participar da premiação retratarão, por meio da linguagem fotográfica, o tema “Pessoas que dão vida ao campo”. Fotógrafos profissionais ou amadores, maiores de 18 anos, de todo o Brasil podem enviar o material pelo site oficial do concurso (www.canaldoprodutor.com.br/concurso-fotografico-2010) ou via correio para a Caixa Postal Nº 10819 - CEP 70306-970 – Brasília-DF. É válido lembrar que nas inscrições efetuadas pelo correio os participantes devem

Com o tema “Pessoas que dão vida ao campo”, a premiação selecionará 24 fotografias; inscrições estão abertas até 29 de outubro

Primeiro de uma série de três, o livro se destaca dentre as demais obras de Medri por não tratar de pesquisas científicas

encaminhar os seguintes documentos: envelope com o título “Concurso Fotográfico – Pessoas que dão vida ao campo”; mídia digital, CD ou DVD, com a foto gravada na extensão JPG, tamanho mínimo 30x20cm, com 300 DPI, identificado com o título e o nome do autor; ficha de inscrição devidamente preenchida e assinada; xerox legível da cédula de identidade e Termo de Cessão de Direitos Autorais e de Direito de Imagem. No total, 24 fotografias serão selecionadas. As 12 que forem consideradas as melhores pela comissão avaliadora receberão o prêmio de R$ 2 mil. As demais serão homenageadas com a Menção Honrosa de participação, conforme os termos previstos pelo regulamento. Cada concorrente pode inscrever quantas fotos desejar, porém, obrigatoriamente, o conteúdo deve ser inédito, ou seja, sem publicação prévia em outro meio de comunicação ou que tenha sido exposto antes do certame.


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| Ano I - Edição 12 | Outubro, 2010 | Dia de Campo Sustentável - O diretor-presidente do Iapar, José Augusto Picheth, discursa durante o evento; laboratório busca tecnologias para obtenção de biodiesel a partir de microalgas

Devanir de Souza Moraes / IAPAR

Inauguração

Pesquisas com microalgas contam com laboratório exclusivo no Paraná Flávio Augusto flavio@diadecampoonline.com.br

Com o objetivo de desenvolver tecnologias de cultivo de microalgas para obtenção de biodiesel, o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) inaugurou, no dia 25 de outubro, um laboratório para uso exclusivo de pesquisas com a espécie. Parte da programação de uma mesa redonda, organizada para avaliar o atual

estágio de estudos, processamento e utilização de microalgas no Paraná, a inauguração do laboratório teve a participação de especialistas da Companhia Paranaense de Energia (Copel) e do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar). Segundo o diretor técnico-científico do Iapar, Arnaldo Colozzi Filho, “o laboratório é resultado da parceria entre o Instituto, a Copel e a Fundação de Apoio à Pesquisa e ao Desenvolvimento do Agronegócio (Fapeagro), para a execução do Projeto Microalgas”.

Agenda

Confira os principais eventos agropecuários programados para os meses de outubro e novembro Leilão de Gado de Corte “Especial Londrina” 26 de outubro Londrina-PR (43) 3373-7077 www.programaleiloes.com

18º Encafé 12 a 16 de novembro Natal-RN (11) 3868-4037 www.abic.com.br/encafe encafe@abic.com.br

BioFach América Latina 2010 3 a 5 de novembro São Paulo-SP (21) 2239-2395 www.biofach-americalatina.com.br expositor@planetaorganico.com.br

Avisulat 2010 - II Congresso Sul-brasileiro de Avicultura, Suinocultura e Laticínios e Feira de Equipamentos, Serviços e Tecnologia 17 a 19 de novembro Bento Gonçalves-RS (51) 3228-8844 www.asgav.com.br asgav@avisulat.com.br

Feileite 2010 - Feira Internacional da Cadeia Produtiva do Leite 9 a 13 de novembro São Paulo_SP (11) 5067-6767 www.feileite.com.br secretaria@agrocentro.com.br

5º Encontro Brasileiro de Hidroponia 12 e 13 de novembro Florianópolis-SC (48) 4052-8089 www.encontrohidroponia.com.br contato@encontrohidroponia.com.br

Trabalhador na Aplicação de Agrotóxicos - Formigas Cortadeiras 17 de novembro Maringá-PR www.sindrural.com.br IV CLANA - Congresso Latino Americano de Nutrição Animal - CBNA 23 e 26 de novembro São Pedro-SP (19) 3232-7518 www.cbna.com.br cbna@cbna.com.br


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