JORNALECO
[1965] A mais violenta enchente...
DISTRIBUIÇÃO GRATUITA – CORTESIA DOS ANUNCIANTES
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ARARANGUÁ, AGOSTO DE 2018 • ANO 25 • Nº 503
ANO 25 • Nº 503 • AGOSTO DE 2018 Periodicidade mensal - Tiragem: 1.000 exemplares
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lados, conseguindo mobilizar centenas de veículos, canoas, pessoal, abrigo e roupas para os atingidos.
Explosão de solidariedade humana Foi uma verdadeira explosão de solidariedade humana, pois toda a população da cidade se movimentou em socorro às vítimas. O bairro mais atingido foi o de Barranca, cuja zona ficou inteiramente submergida. Rotary Clube, Lions Clube, LBV, Associações de Pescadores, todos se atiraram heroicamente, sem medir sacrifícios, para prestar colaboração aos necessitados. A gente de Araranguá acorreu ao chamado da emissora, fornecendo milhares de peças de roupa, alimento, oferecendo também abrigo em suas residências.
Primeiros socorros
As indústrias não se fizeram ausentes
A Rádio Araranguá, ZYT-3, como acontece nessas ocasiões, diante da calamidade que se apresentava, procurou lançar campanha de auxílio aos flage-
Várias indústrias da cidade ofereceram sua ajuda, fornecendo artigos aos flagelados. Assim é que a sede da ZYT-3 ficou completamente lotada pelas l PÁGINA 12
E-MAIL: jornaleco.ara@gmail.com CNPJ 28.000.138/0001-00
© Ricardo Francisco Gomes Grechi (reg. nº 99866, prot.4315/RJ de 17/07/1995)
Av. XV de Novembro, 1807 - Centro - Araranguá Tel. (48) 3524-5916 graficacasadocarimbo@gmail.com
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Fechamento desta edição: 28/07/2018 12h40
EDIÇÃO, DIAGRAMAÇÃO E REVISÃO Ricardo Grechi CONTATOS Rossana Grechi ASSISTÊNCIA Guaraciara Rezende, Gibran Rezende Grechi, Nilson Nunes Filho IMPRESSO NA GRÁFICA CASA DO CARIMBO DE Rosa e Aristides César Machado PRODUÇÃO Nicolas Nazari Machado PREPARAÇÃO DO FOTOLITO David Machado Fernandes CORTE Toninho Abel IMPRESSÃO Valdo Martins
TAGS z FLYERS z FOLDERS z CONVITES z PANFLETOS z EMBALAGEM z NOTAS FISCAIS z CARTAZES z CARTÕES DE VISITA z IMPRESSÃO DE LIVROS
(Fundamentos de Filosofia. Gilberto Cotrim e Mirna Fernandes. Editora Saraiva, 2013, p. 388)
Com as copiosas chuvas caídas em todo o Sul do País, Araranguá está passando dias de verdadeiro suspense, com a cidade alarmada pelas consequências das enchentes. O rio, revoltando suas águas assustadoramente, invadiu as moradias ribeirinhas, provocando pânico entre seus habitantes. A estrada federal, completamente alagada, impede as comunicações rodoviárias com o Norte. Desta forma, ficaram praticamente isolados do restante do país o Sul catarinense e o Estado do Rio Grande do Sul. Transbordando o rio Pelotas, culminou com o desmoronamento da ponte de concreto sobre o mesmo, impedindo a passagem.
Leia as edições do JORNALECO em https://issuu.com/jornaleco ou www.facebook.com/jornalecoararangua (desde jan.2009) UMA PUBLICAÇÃO
ORION EDITORA Calçadão Getúlio Vargas, 170 88900.035 Araranguá-SC Brasil
É permitida a reprodução de nossos textos originais desde que citados devidamente o autor e o JORNALECO como fonte da publicação.
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APOIO CULTURAL
PANFLETO CULTURAL
H FUNDADO EM 18 DE MAIO DE 1994 H
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JORNALECO
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A P O I O C U LT U R A L
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Para afastar o perigo de epidemia, que geralmente ronda as vítimas das enchentes nessas ocasiões, o Rotary e o Lions entraram imediatamente
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Pudemos observar o carinho com que senhoras pertencentes à elite araranguaense se colocaram à disposição dos trabalhos de ajuda, localizando diversos núcleos de socorro, um dos quais na sede da ZYT-3.
A fim de evitar consequências alarmistas, as autoridades locais, mais tarde, procuraram transferir a sede de recebimentos de auxílio para a Prefeitura Municipal. Solicitaram à rádio moderação em suas reportagens, a fim de não aumentar o pânico reinante. Assim mesmo, a população continuou emprestando seu decidido apoio à ZYT-3, que acatando a equilibrada sugestão das autoridades, prosseguiu em sua meritória campanha. (+ p. 5)
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O perigo da epidemia
Senhoras da sociedade em ação
Transferido o QG de socorro
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em socorro, com a colaboração do Posto de Saúde. O Dr. Sabino de Barros Lemos, do Lions Clube, e o Dr. Edward Mendoza, do Rotary Clube, mostraram-se incansáveis em seus trabalhos.
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doações que iam chegando. As Indústrias Belinzoni, num gesto humanitário e digno, entregou à emissora local centenas de quilos de farinha de trigo, bem como pacotes de bolachas, fornecendo também saquinhos para o acondicionamento dos demais artigos. VEM DA CAPA l
[1965] A MAIS VIOLENTA ENCHENTE
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Fotografia aérea da Foto Zappelini, de Criciúma, que por essa época instalava uma filial em Araranguá, gerenciada por Querino Mazzuco. Observa-se o bairro Barranca alagado, à esquerda do leito do rio, com a estação da Estrada de Ferro Dona Tereza Cristina e o vagões do trem parcialmente submersos pelas águas transbordantes do Rio Araranguá, nessa enchente que seria superada em amplitude no sul-catarinense pela enchente de 1974
cria a cultura de massa, ou seja, a cultura destinada às multidões. Isso não tem nada que ver com cultura popular, que seria a cultura própria e espontânea de um povo, refletindo suas particularidades regionais e recuperando a tradição e os valores autênticos de certo tipo social. A cultura de massa, ao contrário, homogeneíza as manifestações artísticas ao oferecer à exaustão determinado fenômeno de venda e veicular sempre o mesmo, o que desestimula o espírito inovador e empobrece o cenário cultural.
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A indústria cultural
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CULTURA POPULAR
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VERSUS
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CULTURA DE MASSA
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A cerâmica Banda de músicos, do pernambucano mestre Vitalino (1909-1963), é uma peça de arte popular que, com estilo ingênuo e significativa brasilidade, resgata nossas tradições
APOIO CULTURAL
O CLUBE QUE FAZ PARTE DA NOSSA HISTÓRIA Av. XV de Novembro, 2030 - Centro - Tel. (48) 3522-0447 gremiofronteira.com.br facebook.com/gremiofronteiraclube
EM MEMÓRIA
Pastor Natalício Álvaro Batista
Os acampamentos de antanho na Lagoa da Serra
“Às vezes a garotada pode pensar que o homem, quanto mais velho, menos tem a aprender. Muito pelo contrário: quanto mais maduros ficamos, mais Deus tem a nos revelar.”
EM CIMA
n o bom estilo do Araranguá dos meus tempos de
Dr. Ivan Holsbach MÉDICO PEDIATRA Eletroencefalograma - Mapeamento Cerebral RESP. TÉC.: Dr. Carlos Roberto de Moraes Rego Barros - CRM 3270 RQE 2755
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V
EMBAIXO
S S
A BANDA uplemento
DICA DE PORTUGUÊS
Para não errar mais a grafia das palavras “em cima” e “embaixo”, imagine a letra V: em cima – separado, embaixo – junto.
http://www.culturatura.com.br/gramatica/ortografia/erros.htm
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15 - Quebrou "o" óculos. Concordância no plural: os óculos, meus óculos. Da mesma forma: Meus parabéns, meus pêsames, seus ciúmes, nossas férias, felizes núpcias. 16 - Comprei "ele" para você. Eu, tu, ele, nós, vós e eles não podem ser objeto direto. Assim: Comprei-o para você. Também: Deixe-os sair, mandou-nos entrar, viu-a, mandoume. 17 - Nunca "lhe" vi. Lhe substitui a ele, a eles, a você e a vocês e por isso não pode ser usado com objeto direto: Nunca o vi. / Não o convidei. / A mulher o deixou. / Ela o ama. 18 - "Aluga-se" casas. O verbo concorda com o sujeito: Alugam-se casas. / Fazem-se consertos. / É assim que se evitam acidentes. / Compram-se terrenos. / Procuram-se empregados. 19 - "Tratam-se" de. O verbo seguido de preposição não varia nesses casos: Trata-se dos melhores profissionais. / Precisa-se de empregados. / Apela-se para todos. / Contase com os amigos. 20 - Chegou "em" São Paulo. Verbos de movimento exigem a, e não em: Chegou a São Paulo. / Vai amanhã ao cinema. / Levou os filhos ao circo. 21 - Atraso implicará "em" punição. Implicar é direto no sentido de acarretar, pressupor: Atraso implicará punição. / Promoção implica responsabilidade. 22 - Vive "às custas" do pai. O certo: Vive à custa do pai. Use também em via de, e não "em vias de": Espécie em via de extinção. / Trabalho em via de conclusão. 23 - Todos somos "cidadões". O plural de cidadão é cidadãos. Veja outros: caracteres (de caráter), juniores, seniores, escrivães, tabeliães, gângsteres. 24 - O ingresso é "gratuíto". A pronúncia correta é gratúito, assim como circúito, intúito e fortúito (o acento não existe e aqui só está indicando a letra tônica). Da mesma forma: flúido, condôr, recórde, aváro, ibéro, pólipo. 25 - A última "seção" de cinema. Seção significa divisão, repartição, e sessão equivale a tempo de uma reunião, função: Seção Eleitoral, Seção de Espor tes, seção de brinquedos; sessão de cinema, sessão de pancadas, sessão do Congresso.
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O fraco jamais perdoa; o perdão é uma característica do forte. MAHATMA GANDHI
CEM ERROS DE PORTUGUÊS - 3
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Natalício Álvaro Batista ocupava, pela primeira vez, o microfone de uma rádio para pregar o Evangelho. Estava na Rádio Gaúcha, no 11º andar do edifício União, em Porto Alegre, realizando um sonho. Um sonho que tomou forma em Araranguá, a cidade onde nasceu em 2 de julho de 1931, e de onde partiu, aos 19 anos, rumo ao Rio Grande do Sul, a se aventurar em busca de oportunidades de trabalho em Veranópolis, Bento Gonçalves, Porto Alegre, Canoas. E foi em Canoas que Natalício, batizado católico em Araranguá, convertera-se ao protestantismo, ingressando na Igreja Assembleia de Deus. “Como morrer e viver felizmente” foi o tema com que iniciava sua pregação religiosa no rádio. O quarto filho dos treze que tiveram Álvaro e Elvira, um casal de agricultores muito pobres da Lagoa da Serra, também realizava o sonho da mãe, que desejava ter um filho “pastor de almas”. Em 1955, Natalício casou com Alice, uma bela jovem que conhecera na capital gaúcha. Já em 1994, o pastor retorna a Araranguá com a família. No mesmo ano, aqui ele funda a “SOS Vida”, uma instituição não filiada a nenhuma outra entidade que atendia gratuitamente a pessoas com os mais diversos tipos de problemas espirituais e psicológicos. Dependentes de droga, casais em crise de relacionamento, sofredores de depressão tinham na SOS Vida uma opção para tratar o seu problema. Muita gente se beneficiou do trabalho do Natalício, ajudado pela filha psicóloga Dione. Em 2000, Natalício publicou a autobiografia, onde conta sua história, desde os tempos de infância na Lagoa da Serra, sua alfabetização na escolinha do lugar, indo depois para o Grupo Escolar Castro Alves, sua partida para o estado vizinho, suas andanças, seus trabalhos, sua pregação, as pessoas com quem conviveu, até o retorno a Araranguá e seu ministério na Comunidade Cristo é a Vida e, depois, na Igreja Renascer em Cristo. Pouco tempo depois, retornando ao Rio Grande do Sul, Natalício publicou seu segundo livro: “SOS - A Vida Em Busca de Socorro”. Estabelecido atualmente em Canoas, como pastor da Igreja Batista Filadélfia de Canoas, Natalício Álvaro Batista Ricardo Grechi faleceu neste dia 18 de julho.
juventude, o must era ir a pé acampar na Lagoa da Serra, naquele tempo apenas natureza e muito bucolismo. O mano Aimberê reunia meia dúzia de amigos, juntavam as tralhas, preparavam o farnel e lá iam. Numa dessas vezes, me levou. O acampamento tinha poucos predicados de conforto ou segurança. Tenda de abrigo era quase luxo. Era ao relento mesmo, no chão. Os temerosos de cobras e outros bichos peçonhentos passavam trabalho. Alguns preferiam alojar-se em estratégicos galhos de árvores, amarrar-se lá e tentar dormir. Tentar. Isso quando não cruzavam a noite conversando e rindo, contando um amontoado de mentiras assustadoras. Num dos verões, os filhos do Zé Bem-Bem foram (um deles tinha o apelido de “Porca”, talvez por ser gordo. Era politicamente incorreto, mas eles cagavam e andavam pra isso) também e todos se embebaram durante o dia. A lagoa pedia um bom banho, mas caiu um vento forte e as ondas ficaram além do normal. O Porca resolveu ir assim mesmo, saltitou de todo lado, tentou nadar e retornou, sentenciando: “As ondas estão super-molares”. Seja lá o que isso significasse, mas não tinha a menor importância. A finalidade era mesmo esta, gastar espaço de tempo. Aliás, jamais consegui concluir a razão daqueles rapazes de uma mesma idade, com mil coisas pra fazer na cidade (mil é demais, certo, porque o que havia era só jogar sinuca no Fronteira Clube, ir ao cinema, dançar no Quitandinha e circular na praça), perderse no meio daquele matagal inóspito e silencioso, com mosquitos a dar com pau, sapos de todos os tamanhos e, eventualmente, cobras para ficar apenas conversando. Na volta, sempre à noite do outro dia, sempre um domingo porque na segunda tinha aulas, a farra continuava no caminho. Eram horas de muita algazarra. Contam, até, que numa dessas, passando diante do cemitério e com melancias nas costas roubadas de uma roça do caminho, o Porca, de gozação, gritou: “Defuntarada, você querem melancia?”. Azar dele: lá dentro estava um mendigo que usava a proteção do local pra dormir e berrou: “Eu queeeeeeeero”. Imaginem o monte de melancia sobrando no chão e a turma correndo mais do que o Mpabbé.
AGOSTO 2018
RICARDO GRECHI, 2001
Num dia de janeiro de 1959, às 8h da manhã, o araranguaense
APOIO CULTURAL
NELSON MANDELA
JORNALECO 503
“Jesus disse: você é o tesouro perdido no mundo e eu vim salvar. Você é importante. Por isso, siga em frente com fé. Agradeça a Deus todas as manhãs pelo ar que respira, pelo sol, pelos passarinhos cantando, pelas palmeiras batendo suas palmas, por estar vivo mais um dia e sentir o coração palpitando. E nem precisa saber quantas vezes ele bate. Deus cuida disso de graça, com o maior carinho, o maior amor. Por isso, deixa tua vida nas mãos d’Ele que ninguém cuidará melhor.”
Nenhum poder na Terra é capaz de deter um povo oprimido, determinado a conquistar a liberdade.
ADERBAL MACHADO
O sobrenome SILVA Por que o sobrenome SILVA se tornou tão comum no Brasil? No Império Romano, o nome era um apelido que designava os habitantes das cidades provenientes da selva. No século I a.C., quando os romanos invadiram a Península Ibérica, muitos lusitanos acabaram incorporando a alcunha. Quinze séculos depois, quando chegaram ao Brasil, grande parte deles tinha o sobrenome Silva. Sua difusão acabou sendo incrementada pelos escravos, que chegavam aqui com apenas um nome, escolhido por padres durante as viagens nos navio negreiros. Com a abolição da escravatura, eles passaram a se registrar com o sobrenome dos seus antigos donos. Outro fator pode ter ajudado a popularizar o Silva: os portugueses que atravessaram o Atlântico recebiam acréscimo ao sobrenome original. Quem ficava no litoral incorporava o Costa; quem ia para o interior ganhava o Silva, de selva. Como a maioria dos escravos era de fazendas do interior, o Silva se espalhou ainda mais após a abolição. (SUPERINTERESSANTE, Nº 149) UM PEREGRINO volta de Jerusalém e o guarda lhe pergunta: – O que traz nesta garrafa. – Água da Terra Santa – responde o peregrino. O guarda destampa a garrafa e diz: – Isto não é água, é uísque! – Oh, milagre, milagre!
REIS DO BARALHO Você sabia que cada rei do baralho representa INTERNET um grande rei da história? OURO: Júlio César ESPADA: Rei Davi COPAS: Carlos Magno PAUS: Alexandre o Grande
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Reun. 2as f., 20h - Junto ao A.A. - Araranguá
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Reuniões 2 e 5 f., 20h - dom., 17h Próximo à Igreja Sagrada Família Cidade Alta - Araranguá
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Reuniões 4as e 6as feiras, às 19h30 Próximo à Câmara de Vereadores Balneário Arroio do Silva
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Reuniões 4as feiras, às 20h Sala na Igreja Episcopal, centro - Araranguá
POLÍCIA MILITAR: 190 POLÍCIA RODOVIÁRIA FED.: 191 SAMU: 192 BOMBEIROS: 193 ATENDIMENTO À MULHER: 180
telefones para emergências
Reuniões 3as feiras, às 20h00 Sala na Igreja São Cristóvão - Maracajá
N.A. Narcóticos Anônimos
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EDIÇÃO: ROSSANA GRECHI
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FAZENDA SÃO JORGE
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ORIENTAÇÃO SEXUAL
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A orientação sexual é parte da constituição sexual de todo indivíduo e refere-se à atração Após a compreensão de que a sexual e afetiva. Quando essa orientação homossexual não é atração é direcionada para o doença, o termo mesmo sexo, ocorre a homossexualismo começou a homossexualidade; quando para cair em desuso, mas ainda é ambos os sexos, ocorre a fortemente utilizado no discurso bissexualidade; quando para o religioso tradicional. Hoje, a sexo oposto, ocorre a homossexualidade é heterossexualidade. compreendida, pelo menos nos meios acadêmico e científico, A expressão “orientação como uma variação normal da sexual” não significa que o sexualidade, como a indivíduo foi orientado a sentir heterossexualidade. determinada atração, mas diz
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respeito à sua atração natural, que está orientada (voltada, direcionada) ao mesmo sexo, ao sexo oposto ou a ambos os sexos. Já o termo homoafetividade surgiu a fim de traduzir com mais precisão os relacionamentos estáveis das pessoas com orientação homossexual. Dessa forma, homossexualidade refere-se à orientação sexual (que pode ou não ser exercida) e homoafetiINTERNET vidade refere-se ao exercício da homossexualidade, ao relacionamento entre pessoas do mesmo sexo, com ênfase nos aspectos emocionais (sobretudo, o amor) e na realização pessoal e conjugal das partes envolvidas. Em se tratando de relações casuais, do hedonismo (promiscuidade e sexo predatório), a palavra homoafetividade não apresenta qualquer relação. Em suma: quando se tratar de orientação sexual, o termo correto é homossexualidade; quando se tratar de relacionamentos, o termo z correto é homoafetividade.
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AGOSTO 2018
A princípio, homossexualidade e homoafetividade podem parecer termos equivalentes, sinônimos. Entretanto, há diferenças essenciais entre essas duas palavras. Homossexualidade é um termo mais antigo e ganhou popularidade nos últimos anos, substituindo o termo homossexualismo, fortemente ligado à noção de patologia e, no vocabulário religioso, à noção de pecado.
No senso comum e religioso, ainda bastante conservador, homossexualidade equivale à pratica sexual. Essa visão deve ser corrigida.
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TEOLOGIA INCLUSIVA
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DURANTE os anos de minha sobriedade frequentando as reuniões de Alcoólicos Anônimos, algumas vezes tenho ouvido de companheiros que “o mais importante é não beber” ou que “o Primeiro Passo (admitir a impotência perante o álcool, tendo perdido o domínio sobre minha vida) e o Décimo Segundo Passo (a parte de ‘levar a mensagem’) são os que realmente contam”. Talvez essa forma de entender a recuperação tenha funcionado com alguns companheiros, possibilitandolhes usufruir de uma vida útil e agradável, livre do álcool, que é o que o programa de A.A. oferece. Mas, no meu caso, ficar apenas evitando o primeiro gole nunca funcionou e não funcionaria agora. Se eu seguisse lutando diretamente contra a garrafa e tivesse que “matar um leão por dia” para vencer a vontade de beber, eu perderia. Sei disso por que fui derrotado muitas vezes achando que a solução para me libertar do álcool estava apenas no alcance do meu braço, na minha determinação, na minha força de vontade, nunca conseguindo manter a sobriedade por muito tempo animado apenas pelo desejo ou promessa de nunca mais beber. Durante vários anos eu tentei, por conta própria, viver sem beber. Primeiramente, baseava-me no arrependimento. Não funcionou. Depois tentei substituir a bebida pelo trabalho, serviços domésticos, hobbies e outras coisas para preencher o vazio do álcool. Não funcionou. Finalmente, cheio de esperança, mas vazio de humildade, tentei parar com a bebida através de um decreto do tipo “eu posso, eu quero, eu consigo”. Não funcionou. Nesse período, fui apresentado ao A.A., onde conceitos como boa vontade, aceitação, humildade, honestidade, inventário moral, coragem, reparação, gratidão e fé eram realmente desafiadores. Definitivamente, A.A. não era
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http://TEOLOGIAEINCLUSAO.blogspot.com/2015/06/homossexualidade-e-homoafetividade.html?m=1 Pr. Alexandre Feitosa
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Depoimento de um alcoólico anônimo
Homossexualidade e homoafetividade: existe diferença? ○
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Ser feliz sem a bebida
Fone (0**48) 3524-0280 Estr. Geral Volta do Silveira - Araranguá
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34 ANOS DO GRUPO DE A.A. NOVO DIA Em 22 de agosto de 1984, o Grupo de A.A. Novo Dia foi fundado em Araranguá. Sendo o primeiro dos treze grupos que hoje existem na região da AMESC, ajudou a abrir as salas de Sombrio, Turvo, Balneário Arroio do Silva, Timbé do Sul, Maracajá, Balneário Gaivota, Jacinto Machado, Santa Rosa do Sul, Passo de Torres, Morro Grande, Morro dos Conventos e São João do Sul. O texto a seguir é exemplo de um depoimento feito durante suas reuniões e expressa um pouco da recuperação do alcoolismo em Alcoólicos Anônimos e a forma como um de seus membros entende e vivencia o programa dessa Irmandade de mútua-ajuda iniciada nos EUA em 1935, chegando ao Brasil em 1947.
Grupos Familiares AL-ANON
A.A. Alcoólicos Anônimos
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As alegrias das pequenas realizações diárias vão substituindo os devaneios e a insanidade emocional do tempo das bebedeiras.
um lugar para eu me esconder, era um lugar para eu me revelar. Talvez por isso o programa de mútua-ajuda dos Alcoólicos Anônimos fosse a única coisa que eu continuaria evitando por um longo tempo, já que em nenhum outro lugar havia sido chamado à responsabilidade pela minha recuperação como em A.A. Depois de mais uma série de fundos de poço, retornei aos Alcoólicos Anônimos. Já não me restava mais nada. E assim, com um sentimento de derrota, e finalmente resignado, abandonei o orgulho e a autossuficiência. Desta vez faria o que me sugeriam, humildemente, com a mente e o coração abertos. Quando aprendi com meus companheiros mais experientes no programa e com nossa Literatura que parar de beber era apenas a condição inicial para se compreender a recuperação e praticar o programa de Alcoólicos Anônimos com lucidez; quando aprendi que o Primeiro Passo isoladamente não me assegurava essa recuperação e que minha luta não deveria ser apenas uma resistência contra a vontade de beber, comecei a entender como realmente funciona a recuperação em A.A. e como eu poderia me beneficiar se praticasse, sem reservas, o programa sugerido. A partir de então pude experimentar a felicidade de fazer parte dessa Irmandade, com seu programa de recuperação, que me trouxe de volta a noção dos verdadeiros valores da vida e a vontade de viver com alegria, sem o fantasma da obsessão. Aos poucos, esse programa, que me parecia tão difícil no início, se revelou simples de praticar, desde que eu me dispusesse a reconhecer e modificar os problemas de personalidade que a vida no alcoolismo desenvolveu ou ampliou em mim. Assim, libertando-me da mentalidade autopiedosa e ressentida de alcoólico, serenei meu espírito o suficiente para entender a essência do nosso programa e o poder transfor-
mador de sua prática no meu dia a dia. Sentimentos de amor e gratidão vão substituindo meu velho condicionamento para culpar os outros, enquanto aprendo a lidar melhor com frustrações e contrariedades. E as alegrias das pequenas realizações diárias vão substituindo os devaneios e a insanidade emocional do tempo das bebedeiras. Minha transformação continua com os pequenos despertares espirituais que sempre acontecem enquanto me mantenho ativo no programa dos Doze Passos de Alcoólicos Anônimos. Graças a companheiros, padrinhos, Literatura e, principalmente, por buscar uma recuperação baseada em autoconhecimento e novas atitudes, tenho modificado aquele meu jeito de ser e de pensar próprios da psique de alcoólico desenvolvida em anos de bebedeiras. Com o controle que venho adquirindo sobre minhas reações emocionais e julgamentos, agora eu posso fazer escolhas mais conscientes e viver um dia de cada vez com mais serenidade. Recuperação em A.A. significa modificar-se para melhor, ser uma pessoa melhor. E se eu quero ser uma pessoa melhor, com uma vida útil e agradável sem a bebida, é necessário que eu entre em ação, no meu caso, praticando o programa dos Alcoólicos Anônimos. Assim, a pessoa melhor que hoje eu sou, menos ressentida, menos autopiedosa e mais honesta consigo mesma, não precisa nem tem vontade de beber. Parar de beber é importante, mas o mais importante é ser feliz sem a bebida. Para mim, é disso que o A.A. trata. E é isso que eu tenho conquistado junto de meus companheiros em nossos encontros e reuniões. E assim, agindo sobre as coisas que me são devidas e deixando nas mãos do Poder Superior aquelas que eu não posso controlar ou modificar, só por hoje vou vivendo uma vida útil e agradável, livre da obsessão, sem vontade de beber. (Um AA - Araranguá)
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SOLO DO EDITOR RICARDO GRECHI
Carol – o livro e o filme A cabei de ler Carol, segundo ro-
mance de Patricia Highsmith, publicado em 1952. Ela havia estreado dois anos antes com Pacto Sinistro, filmado em seguida por Hitchcock. Mais recentemente, em 1999, o cinema adaptou outro sucesso de Highsmith: O Talentoso Ripley, com Matt Damon, já nas telas com Alain Delon em 1960. Devido à temática homoafetiva, Carol foi publicado sob o pseudônimo de Claire Morgan. O livro conta a história da relação amorosa entre Carol, mulher madura, mãe, divorciando-se, e a jovem Therese, que tenta carreira no teatro como cenógrafa, enquanto é balconista numa loja de departamentos em Nova York. A partir da metade, o romance se desenvolve numa viagem de carro, parando em postos de beira de estrada e cidadezinhas com hotéis rústicos, até Chicago. Num quarto de hotel, a paixão se revela. É início dos anos 1950 e o amor entre as duas mulheres precisa ser oculto de olhos preconceituosos. Uma semana após ler o livro, assisti ao filme Carol (2015). Cate Blanchet faz Carol, uma escolha óbvia para o papel da mulher emancipada, e Rooney Mara é um achado para a tímida Therese. Carol foi indicado ao Oscar, ganhou o Globo de Ouro de drama e foi elogiado em diversos jornais e sites; Rubens Ewald Filho, destoando da maioria, escreveu que o filme, a certa altura, aborrece. E aqui vou eu. O filme é uma novela de época, recriando os anos dourados com um climão hollywoodiano e charme britânico, explorando bem o argumento, mas sem a essência do livro. No livro, Therese já é nossa conhecida quando avista Carol na loja e sente forte atração. Quanto a Carol, vamos conhecê-la só através de Therese. Mas não em primeira pessoa: quem narra é a escritora, através do ponto de vista de Therese.
A cena é de Therese e Carol é seu objeto. Por isso, sabemos tudo de Therese através de suas vivências e escolhas, sentimentos e reações. Capa do Círculo Já Carol e suas intenções são um mistério sendo desvendado tanto por Therese quanto por nós. Therese se apaixona por Carol e nós somos seus cúmplices. Mas demora para saber o que Carol deseja e o quanto. As dúvidas de Therese são nossas também.
O ar batia fresco e doce em sua testa, fazendo um ruído leve como o de asas em seus ouvidos, e era como se estivesse voando pelas ruas e calçadas. Rumo a Carol. Tradução de Ivan Junqueira (ed. Círculo do Livro, p. 317)
Se no livro conhecemos Carol através da onipresente Therese pelo que ela vê e ouve de Carol, no filme, com um roteiro insensível às nuances literárias, fatos envolvendo Carol são mostrados independentes da presença de Therese, e isso quebra a magia lírica da obra. O final revela uma surpresa feliz e o amor triunfa, mas esse triunfo nos surpreende só no livro, já que o filme voou baixo, optando por contar a história sem o sugestivismo da obra original e desenvolvendo complexidades além da concepção literária de Highsmith. Se o livro nos faz “sentir”, o filme de Todd Haynes preocupa-se mais em “mostrar”, e exagera, como no caso das investidas do marido de Carol. O que sustenta o filme e lhe outorga o prêmio de melhor filme LGBT de todos os tempos pelo Instituto Britânico de
Cinema é a força original do livro. Carol vendeu mais de um milhão de cópias na época do lançamento, continuando o sucesso após Patricia Highsmith assumir publicamente sua autoria, em 1989. A edição do Círculo do Livro, licenciado pela Siciliano, traz um posfácio da escritora americana: “Antes desse livro, os homossexuais, homens e mulheres, nos romances norte-americanos, tinham que pagar por seu desvio cortando os pulsos, afogando-se em piscinas ou virando heterossexuais (assim era dito), ou então sucumbindo – sós, infelizes e alijados – numa depressão pior que o inferno. Muitas das cartas que chegaram a mim traziam mensagens do tipo: ‘Seu livro é o primeiro desse tipo com um final feliz! Nem todos nós cometemos suicídio e muitos de nós estamos muito bem’.” Um filme, como uma obra autônoma, não deveria ser julgado por uma das partes que o compõe. Mas, ao se comparar o filme Carol com o livro que lhe inspira, fica explícito como o cinema comercial geralmente opta por facilitar a linguagem, coisa que nem sempre se justifica ou gera bons resultados. Em Carol, por exemplo, no lugar do lirismo original, uma exposição prosaica suspende o palpitar espiritual do romance e enfraquece a construção existencial das personagens que as expressões vivas da fotografia e a reprodução de diálogos só recuperam superficialmente. Se você quiser conhecer a história de Carol e Therese, leia o livro. Se não puder por ora, veja o filme. Emocionar-se com Carol é para qualquer pessoa sensível e românCapa da edição da tica, independentemente de orienL&PM aproveita o tação sexual. z sucesso do filme
Quem não conheceu o Zé Mingote? NESTA FOTO DE 1975, estão
(da esq.) Primo Menegalli, José “Zé Mingote” Campos, Angelina Campos e Mezzari. Motivo do encontro: José Campos foi sorteado numa rifa da festa da Paróquia de Meleiro. O prêmio: um Fusca 75, sendo entregue ao Zé Mingote por Primo Menegalli, diretor da Dimasa Veículos, de Araranguá, e por Mezzari, representante da Paróquia. Em seguida, José Campos ofereceu um churrasco para vários convidados.
MEU BISAVÔ, o homem da Coletoria, pessoa ilustre, tradicional, amiga e compreensiva. Das frases repetidas (frases repetidas?!). Sim! Tudo o que ele
HEMORRAGIA NASAL (“sangue pelo nariz”) – Cortar uma cebola fresca em duas partes
e cheirar. A hemorragia cessará imediatamente. REMÉDIOS CASEIROS - ACARESC
PALAVRAS DE JESUS “Se o mundo odeia vocês, saibam que me odiou primeiro. Se vocês fossem do mundo, amaria o mundo o que seria dele; mas porque vocês não são do mundo, e eu os separei do mundo, o mundo os odeia.”
w w w. a m f o r m a t u r a s . n e t ARARANGUÁ Av. XV de Novembro, 1790 - Centro - Tel. (48) 3522-0356 CRICIÚMA Av. Universitária, 230 - Sta. Augusta - Tel (48) 99627-5838 TUBARÃO Rua Martinho Ghizzo, 375 - Dehon - Tel. (48) 3622-0822 r e c e p cao @ a m f o r m a t u r a s . n e t
AGOSTO 2018
“Amai-vos uns aos outros como eu vos amei.”
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JONAS CAMPOS IDALÊNCIO (setembro de 2001)
Masaharu Taniguchi Se você
quer ser estimado pelos outros, torne a sua mente alegre. Procure falar e agir descontraidamente. Aprenda anedotas e piadas sadias, e conte-as, observando, porém, a hora e o lugar. Crie hábito de praticar atos de bondade e ser útil aos semelhantes. Não fale dos defeitos alheios. Não toque na “ferida” do próximo. Falar com senso de humor é bom, mas falar mal dos outros não é bom. Se você tem o costume de contar os defeitos do A para o B na ausência do primeiro e vice-versa com o intuito de conquistar a simpatia deles, abandone tal costume. Não seja severo demais a ponto de criticar impiedosamente os erros do próximo. Você deve ser rigoroso para consigo mesmo, mas para com os outros deve ser magnânimo. Quando for solicitado para fazer algum serviço, faça-o prontamente, de bom grado.
Um devoto jovem americano ouviu que Deus atenderia a qualquer pedido feito na oração. Então ele orou fervorosamente para conseguir um automóvel. No entanto, ele não o conseguiu. Ele voltou à igreja e perguntou ao pastor: “Por que a minha oração não foi ouvida?” O pastor indagou ao jovem: “Para que você quer possuir um automóvel?” Respondeu o jovem: “Para sentir a viva emoção de correr em alta velocidade, e também porque tenho vergonha de dizer aos meus amigos que não possuo automóvel”. Dentro desta resposta encontra-se o motivo por que a oração não foi ouvida. (DO LIVRO 365 ITENS PARA ALCANÇAR O IDEAL)
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APOIO CULTURAL
F O R M AT U R A S E A S S E S S O R I A
“No mundo vocês terão aflições, mas tenham bom ânimo: eu venci o mundo.”
JORNALECO 503
APOIO CULTURAL
(ANTÔNIO XAVIER TELES. Psicologia Moderna. Ática, 20a edição, p. 226)
falava, após terminar a frase, ele repetia a mesma frase, mas em tom de melodia. Momentos que jamais esquecerei com o homem que me chamava de “Joneco Cabeça de Pica-Pau”. Ele se empenhou em ajudar as pessoas sem se preocupar com qual era sua classe social, conhecendo desde o simples cidadão até o maior empresário. Um homem de várias conquistas, de boa família, de bons amigos e até de boas sortes, adquirindo vários prêmios em rifas e sorteios. Sei que este velhinho não está mais entre nós, mas, apesar da minha pouca idade, tentarei manter em minha mente a maravilhosa convivência que passamos juntos.
O PODER DA CEBOLA
O QUE É ANSIEDADE? Estado emocional decorrente de apreensões, incertezas e medo diante de um perigo real ou imaginário. Assemelha-se ao estado emocional do medo. Neste, a fonte ameaçadora está presente. Na ansiedade, porém, a fonte ameaçadora é algo difuso, ausente, contra o que não é possível uma reação de ataque ou fuga. A pessoa fica num estado de tensão depressiva e angustiante. Na ansiedade, alguns estímulos ameaçadores são tipicamente imaginários, irreais, sem nenhuma existência concreta.
ARQUIVO JONAS CAMPOS IDALÊNCIO
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Diretor WLADINIR LUZ Redator ERNESTO GRECHI FILHO Gerente HERVALINO CAMPOS Tipógrafos WALDEMIRO, FERRINHO, NEI etc. Impressão: GRÁFICA LIDER (LIDO) (ORION) de 1960 a 1975 Redação e oficina: Av. Getúlio Vargas, 158-170, em frente ao Cine Roxy
Concurso do Banco do Brasil em 1972 ○
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j LOGOTIPO CRIADO POR C. E. GUASCO (ESTREOU NA EDIÇÃO 169 DE 16/04/1968 E FOI USADO ATÉ O FINAL)
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Novos auxiliares de escrita do BB
OS PRIMEIROS SUPERMERCADOS DE ARARANGUÁ
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Giassi & Cia. inaugura supermercado
Em Santa Catarina, 3.500 candidatos se inscreveram no concurso para auxiliar de escrita do Banco do Brasil. Foram aprovados 353. De Araranguá, passaram no concurso: Alenir Fernandes Cândido, Alvaci Nara Espíndola, Antoninho Bardini, Nara Conceição de Oliveira, José Luiz Dias, José Otávio do Canto Lummertz, Osvaldo Nagel Trescher, Pedro de Souza Gomes e Sônia Colares. CA 19/08/1972
Instalado à av. Getúlio Vargas, a firma Giassi & Cia. inaugurou um moderno supermercado, que segue à risca aos mais avançados estabelecimentos similares da atualidade. Suas portas foram abertas no dia 18 do corrente, tendo sido servido um coquetel aos convidados e presentes. A firma Giassi & Cia., que tem sua matriz em Içara, há muito mantém uma filial na Cidade Alta, voltada mais para a venda por atacado. Agora, Giassi & Cia., acompanhando o desenvolvimento da cidade, inaugura seu supermercado para servir a população araranguaense.
Banda Musical Rio Verde
Inaugurado Supermercado Santo Antonio
No dia 7 de setembro, a cidade terá ocasião de assistir, pela primeira vez, o desfile da Banda Musical Rio Verde, formada pela prefeitura. De uns anos para cá, com o desaparecimento da banda Maestro Serafim Silva, jamais apareceu outra. As bandas hoje existentes são particulares ou de entidades religiosas. CA 19/08/1972
F A CRÔNICA DOS ANOS 60 F
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ANO VI - AGOSTO DE 1965
Walter não é candidato Na manhã de ontem, a cidade recebeu a notícia de que Walter Belinzoni havia aceitado sua candidatura pelo PTB-PSD. Em contato com o cobiçado líder, o mesmo afirmou que tudo não passa de boatos, e que, por ora, não aceita sua candidatura. NJ: No início de agosto, os partidos ainda não tinham definido seus candidatos a prefeito. Se Belinzoni não confirmava sua candidatura pelo PTB-PSD (outros nomes que o jornal cita são Artur Bertoncini e João Kraes Campos), na UDN falava-se em Manoel Costa e Urbano Grechi, mas seria o radialista Osmar Nunes a concorrer na eleição, apregoand0-se o “Tostão contra o milhão”. Mas como Osmar tinha apoio dos Freitas, donos da rádio, uns consideram que foi milhão contra milhão mesmo. CA 126 08/08/1965
Correio de Araranguá de 29/01/1972
Elias Jorge Elias abriu seu supermercado. O nome: Santo Antonio. Moderno, bem instalado, fica situado na rua Rui Barbosa, próximo ao seu antigo armazém, defronte ao Posto Ipiranga. (Funcionou até os anos 90) Correio de Araranguá de 18/03/1972
Já em 1973 temos o Supermercado Panelão, quase em frente ao Giassi, na av. Getúlio Vargas, com o diferencial de possuir anexo a loja Casa da Criança. Em 1984, o supermercado do Altamiro Matos se mudaria para a Vila São José, onde funcionou até 2017.
Mau estacionamento de veículos Esse já é um problema crônico. Principalmente na avenida Getúlio Vargas, há veículos estacionados até nos vãos dos canteiros municipais. NJ: Não era por falta de vagas, numa época em que a frota de carros recém superava a frota de carroças. Era uma questão de estacionar, de qualquer jeito, o mais perto do desembarque. CA 126 08/08/1965
O verdadeiro significado dos ditos populares segundo o Prof. Pasquale https://MINILUA.COM/verdadeiro-significados-ditos-populares-segundo-prof-pasquale/ [Fonte:Copicola]
DITO POPULAR 2:
“Batatinha quando nasce, esparrama pelo chão.” INTERNET Se a batata é uma raiz, ou seja, nasce enterrada, como ela se esparrama pelo chão se ela está embaixo dele? O correto é: “Batatinha quando nasce, espalha a rama pelo chão.” DITO POPULAR 3: “Cor de burro quando foge.”
Esse foi o pior de todos! Burro muda de cor quando foge? Com qual cor ele fica? Por que ele muda de cor? Eu queria porque queria ver um burro fugindo para ver a cor dele. Sério!
O correto é: “Corro de burro quando foge!” DITO POPULAR 4: “Quem tem boca vai a Roma.” Bom, esse eu entendia, de um modo errado, mas entendia. Pensava que quem sabia se comunicar ia a qualquer lugar. O correto é: “Quem tem boca vaia Roma.” Isso mesmo, do verbo vaiar.
Depois de tantas marchas e contramarchas, como está acontecendo em todo o País, com respeito à escolha de candidatos, os partidos políticos de Araranguá escolheram seus candidatos à sucessão municipal. Por um lado, como candidato udenista, foi apresentado o nome do radialista Osmar Nunes, diretor da ZYT-3, Rádio Araranguá. Como oposição ao candidato do partido majoritário, a coligação PTB-PSD homologou o nome de Walter Belinzoni, capitão de indústria, dirigente da Indústrias Belinzoni, nesta cidade. Entretanto, ambos os candidatos, independentemente de suas agremiações políticas, disputarão a preferência do eleitorado araranguaense, recebendo os nomes indicados adesões de elementos flutuantes e mesmo de partidos contrários. O povo de Araranguá está sequioso de progresso, de desenvolvimento, de ação. Quer confiar no homem que irá proximamente dirigir os destinos da cidade. CA 127 22/08/1965 NJ: Na eleição ocorrida em 3 de outubro de 1965, Osmar Nunes venceu com diferença de 503 votos; Ivo Silveira (PSD, coligado com PTB) foi eleito governador, mas em Araranguá Konder Reis (UDN, coligado com PDC e PL) superou-o com 602 votos (cfe. CA 130 10/10/1965). Abaixo, os anúncios de campanha dos candidatos a prefeito publicados no Correio de Araranguá.
Os policiais envolvidos no crime dos “pés cortados” estavam sendo julgados na cidade de Torres, no Rio Grande. Entretanto, por quebra de incomunicabilidade de um dos jurados, o julgamento foi transferido para o próximo mês de setembro. Como os leitores se recordam, no ano passado, policiais do Rio Grande soltaram em nossa cidade, seminus e desumanamente feridos, diversos marginais de Porto Alegre. Na ocasião, a denúncia partiu da Rádio Araranguá e jornal “O Sul”, com ampla cobertura do “Correio de Araranguá”. O caso ganhou a imprensa nacional, sendo motivo de farta reportagem na revista “O Cruzeiro”. CA 126 08/08/1965
DITO POPULAR 5: “Cuspido e escarrado.”
Quando alguém quer dizer que é muito parecido com outra pessoa. “Esse… Sei lá!” O correto é: “Esculpido em Carrara.” Carrara é um tipo de mármore.
DITO POPULAR 6:
“Quem não tem cão, caça com gato.” Entendia também, errado, mas entendia. Se não tem o cão para ajudar na caça o gato ajuda. Tudo bem que o gato só faz o que quer, quando quer e se quer, mas vai que o bicho tá de bom humor. O correto é: “Quem não tem cão, caça como gato.” Ou seja, sozinho. Agora me diz: Vai dizer que você falava corretamente algum desses?
Walter e Osmar disputarão o cargo de prefeito municipal
Crime dos “pés cortados”
Alargada a barra do rio Mais uma vez a fúria das águas do rio Araranguá conseguiu rasgar longo trecho da barra. Antigamente, essa notícia poderia significar algo interessante, mas hoje, ficou comprovado que, embora alargada a barra, pouco tempo depois a areia consegue obstruíla novamente. CA 127 22/08/1965
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DITO POPULAR 1: “Esse menino não para quieto, parece que tem bicho carpinteiro.” Minha grande dúvida na infância… Mas que bicho é esse que é carpinteiro? Um bicho pode ser carpinteiro? O correto é: “Esse menino não para quieto, parece que tem bicho no corpo inteiro.”
Candidatos escolhidos – candidatos em ação
REPRODUÇÃO DE CLICHÊS
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CN
Para Prefeito Um candidato bom para executar um bom plano de Governo
Para Prefeito Dinamismo e capacidade a serviço do Município
OSMAR NUNES
WALTER BELINZONI
CASA NENA CANOAS / RS
ARARANGUÁ / SC
Os salões paroquiais do Santuário Diocesano N.S. Mãe dos Homens ○
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Texto de CLÁUDIO GOMES
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JOÃO BATISTA DE SOUZA
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Causos e coisas do interior
CAPÍTULO IV O NOVO CENTRO PASTORAL
A vida na roça, ou nas pequenas vilas (a exemplo da minha Morro
Para contar a história de como e por que nasceu a ideia de se construir um novo centro de Pastoral, fomos ouvir o senhor Djool Maçaneiro. VICENTE A. QUEIROZ
A não mais “igreja matriz”, com antigo centro pastoral no fundo CAPÍTULO V A ELEVAÇÃO DA PARÓQUIA NOSSA SRA. MÃE DOS HOMENS A SANTUÁRIO DIOCESANO
REVISTA W3
para ver da possibilidade de entregar o Centro de Pastoral pronto em maio de 2018. A construtora se colocou a disposição, dando sinal positivo, sem qualquer outro reajuste no custo. Ficamos um pouco apreensivos, mas tudo correu muito bem. Detalhes da obra: 2.400 metros quadrados de área, com três pisos atendidos por um elevador. O novo Centro de Pastoral está assim distribuído: um amplo salão principal para eventos com capacidade para 750 pessoas, mais um auditório para 250 pessoas e outro para 100 pessoas nos pisos superiores, seis salas para catequeses, uma sala para uso das pastorais, uma sala para loja, cozinha, duas churrasqueiras, bar e banheiros. Entregamos a obra dia 22 de abril deste ano de 2018, com dois anos, três meses e 22 dias de trabalho, antecipando em mais de um ano o prazo original, que era para 4 de maio de 2019. Porém, ficamos com um saldo devedor que deverá ser liquidado até 2019. Ficamos muito contentes por ter dado tudo certo.” Foram colocadas, em lugares especiais, duas placas, uma afixada na parede da entrada principal e outra na pedra fundamental no hall de entrada sob a escada de acesso para andares superiores, com o nome de todos os envolvidos, aos quais a comunidade católica de Araranguá tem muito a agradecer.
BALNEÁRIO ARROIO DO SILVA DISK ENTREGA
Matriz: 3526-1339 Filial: 3526-1112
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Camilo & Ghizzi, Criciúma Construções, Carlessi Construções, e a Antares, de Araranguá. A Construtora Carlessi, de Turvo, foi a que alcançou o menor preço. Um ano depois da demolição, exatamente no dia 1º de janeiro de 2016, se deu início à obra. Nesse ínterim, o idealizador da obra, Padre Antonio Madeira, deixou o comando da Paróquia em dezembro de 2015. Assumiu o seu lugar o Padre Alírio Leandro. No dia em que o novo pároco assumiu, foi lançada a pedra fundamental. Era 3 de janeiro de 2016. Para custear os primeiros passos, contávamos com o saldo citado, que seria acrescido do resultado da festa de maio de 2016, além de um programa de auxílio financeiro, lançado junto ao povo católico, chamado de “Mãos Que Constroem”, pelo Padre Alírio, que abraçara a administração junto a comissão de obra. Em maio de 2017, em reunião com o Bispo Diocesano Dom Jacinto Flach, o projeto e também a demonstração do andamento das obras lhe foram apresentados. Nessa ocasião, Dom Jacinto nos comunicou da decisão de que a elevação da nossa Paróquia a santuário seria uma realidade. Pela nossa contabilidade e até por prazo de contrato, deveríamos terminar a obra em maio de 2019. Porém, motivados pela notícia recebida, reunimos toda a comissão com o Padre Alírio e a Construtora Carlessi
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APOIO CULTURAL
O novo centro pastoral, de arquitetura em estilo contemporâneo, substituiu a construção simplista do final dos anos 1970
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Neste ano da graça de 2018, mais precisamente a 4 de maio de 2018, a nossa cidade de Araranguá e os católicos desta cidade centenária foram agraciados com momentos especiais que vieram marcar a nossa história. Desde 4 de maio de 1848, passados 170 anos, chegamos ao epílogo desta história repleta de fé, perseverança no trabalho e no progresso, às vezes lento, mas contínuo, de muitos fiéis filhos desta terra e filhos adotivos que dela fizeram seu lar. Nós, desta geração, fomos privilegiados por presenciar eventos de grande significado para a igreja dedicada à Nossa Senhora Mãe dos Homens. Embora tenha chovido na noite anterior, o dia 4 de maio de 2018 amanheceu com sol brilhante, para ser tornar esse dia um momento de brilho na história religiosa de Araranguá. Nessa feliz data, vivenciou-se e festejou-se acontecimentos que a história passará a contar. Festejou-se em homenagem à Padroeira Nossa Senhora Mãe dos Homens. Festejou-se os 170 anos da decretação da Freguesia de Nossa Senhora Mãe dos Homens, de 4 de maio de 1848. Culminando, festejou-se, presenciando a leitura do decreto de 2 de maio de 2018, que oficializa nosso santuário, e a entrega, pelo bispo diocesano de Criciúma, Dom Jacinto Inácio Flach, ao então pároco, agora reitor, Padre Alírio Leandro, do referido decreto. Finalmente, a festa da Padroeira de 2018 será sempre lembrada e festejada pelo ato de elevação da nossa Paróquia a Santuário Diocesano Nossa Senhora Mãe dos Homens. z
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Quem fala é o Djool: “Eu fui festeiro de Nossa Senhora Mãe dos Homens em 2014. Entre uma reunião e outra, em preparação da festa da qual eu era o coordenador, o então pároco, Padre Antonio Madeira, começou a “namorar” a ideia de demolir o antigo centro de Pastoral. Justificava o Padre Antonio, e com razão, que o prédio já não atendia às necessidades da Igreja, da comunidade, bem como dos requisitos legais exigidos para a renovação das licenças de uso. Estes fatos foram sobremaneira reforçados pelo desejo dos católicos de Araranguá, em sintonia com o Padre Antonio, pela possibilidade da elevação da Matriz a santuário. Então foi idealizado o primeiro projeto arquitetônico, do qual eu não participei. Para esse projeto foi contratado o arquiteto Julio César Cordeiro. Depois de feitos estudos durante o ano de 2014, se decidiu dar início às demolições do centro antigo no verão de 2015. Se optou por essa época em virtude de, em sendo verão, teria um trânsito menor na cidade o que facilitaria o transporte do material da demolição. Para essa tomada de decisão, foi fundamental a condição financeira. Ainda que não fosse suficiente para a construção, nessa data já reuníamos um bom saldo das festas de 2013/2014 num total aproximado de R$ 560.000,00. Em janeiro de 2015 deu-se, efetivamente, a derrubada do antigo centro de pastoral. A partir deste momento, passou-se ao estudo e complemento do projeto definitivo por completo, ou seja, projetos estrutural, hidráulico, elétrico bem como as licenças legais e necessárias para a construção. Isso demandou aproximadamente oito meses. Após análise da própria Igreja construir ou terceirizar a obra, se optou por esta última opção, tendo em vista os custos, dificuldades e legislação. Nos meses de setembro e outubro se iniciou o contato com as empresas de construção para se fazer uma tomada de preços. Desta licitação participaram diversas construtoras, dentre as quais
da Fumaça) dos bons tempos, era muito mais tranquila e aprazível que hoje. O povo se divertia com qualquer coisa. As festas religiosas ou folclóricas, futebol de várzea, rodeios, eram naturais e não tinham nenhum apelo comercial e mercantilista. Eu acompanhava tudo, principalmente quando comecei a “virar gente”. Lembro das carreiradas de cancha reta onde o cavalo Baio era a estrela desses eventos. Os donos dos cavalos de corrida viviam sempre em estado falimentar, porque era comum perder mais que ganhar. Lembro dos famosos comícios políticos (PTB, UDN, PSD, PR) onde os candidatos marcavam eventos no mesmo dia, somente em locais diferentes da mesma rua. No final, os cabos eleitorais distribuíam novíssimas cédulas de Um Cruzeiro; era uma festa para a criançada. Nas bodegas (espécie de bar e armazém, tudo junto) ou nos bares, era comum aparecer contadores de histórias ou cantores (boêmios). Numa dessas histórias, um delegado folclórico, homem já velho, “seu” Ismael, exercia o papel de delegado de quarteirão e capelão da vila. Apesar de delegado, o homem era por demais pacato, até medroso. Tinha o respaldo de um policial militar, mas que, na verdade, trabalhava como tirador de areia do rio Urussanga. Contavam as más línguas que o velho Ismael, certo dia, teve que efetuar a prisão de um homem tido como valentão. Com ajuda do soldado, conseguiu prender o tal bandido e à noite, quando chegou à vila, ainda tremendo, gaguejante, teria dito: — Quando vi o bandido, saltei da pistola, arregacei os dois canos da égua e gritei: Teje nego seu preso! Aos domingos, o bar do Pupo, bar Central, (bar, hotel e residência dos Naspolini) era muito frequentado, pois tinha duas mesas de sinuca. Eu presenciei apostas fabulosas nesses jogos de bilhar. Agora, quando havia missa na vila, às dez horas, não tinha pra ninguém: dona Zulma enxotava todo mundo do bar. Se alguém estivesse jogando sinuca, ela passava a mão nas bolas de bilhar e gritava: — Vamo à missa, rapaizada! Bem perto desse bar, do outro lado do trilho do trem, havia uma pequenina barraca de madeira onde seu Quinzinho (homem simples, meio analfabeto) vendia seus doces, amendoins torrados, ovos cozidos, cocada, pé-de-moleque e também agenciava os jogos do Bicho. Às seis horas da tarde, ele ouvia, pela Rádio Nacional do Rio, os resultados dos jogos, anotava-os em uma lousa, cobria tudo com um pano e só dava os resultados pouco antes de fechar sua quitanda. O pessoal chegava para comprar seus quitutes e fazer umas “fezinhas”. Um dia o velhinho não tapou bem sua lousa e a primeira letra que aparecia, bem acima, era o “A”. Foi um tal de apostar em águia, avestruz, que “seu” Quinzinho até prorrogou o tempo de fechar sua “boteca”. Chegou seis e meia, e nada. Sete horas… Nada. Já estava querendo anoitecer, e nada. Todo mundo apreensivo, querendo ver, logo, o resultado do jogo. Alguns, mais exaltados, comentavam: — Hoje quebremo o homi! Quando não deu mais para segurar tanta angústia, o quitandeiro retirou o pano que cobria a lousa e o nome do bicho, que lá estava escrito, era… ALEFANTE.
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