JORNALECO
A P O I O C U LT U R A L
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PANFLETO CULTURAL
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H FUNDADO EM 18 DE MAIO DE 1994 H
ANO 27 • Nº 533 • MAIO DE 2021 Periodicidade mensal. Tiragem: 1.000 exemplares Fechamento desta edição: 07/05/2021 13h00 E-MAIL: jornaleco.ara@gmail.com CNPJ 28.000.138/0001-00
EDIÇÃO, DIAGRAMAÇÃO E REVISÃO Ricardo Grechi CONTATOS Rossana Grechi ASSISTÊNCIA Guaraciara Rezende, Gibran Rezende Grechi, Nilson Nunes Filho IMPRESSO NA GRÁFICA CASA DO CARIMBO DE Rosa e Aristides César Machado PRODUÇÃO Nicolas Nazari Machado PREPARAÇÃO DO FOTOLITO David Machado Fernandes CORTE Toninho Abel IMPRESSÃO Valdo Martins, Welington Coral Abel
© Ricardo Francisco Gomes Grechi (reg. nº 99866, prot.4315/RJ de 17/07/1995)
Leia o JORNALECO em https://issuu.com/jornaleco (desde jan.2009) e assista nossos vídeos no YouTube: Jornaleco Araranguá SC
Av. XV de Novembro, 1767 - Centro | (48) 3524-5916 (48) 99982-7783 | graficacasadocarimbo@gmail.com
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UMA PUBLICAÇÃO
É permitida a reprodução de nossos textos originais desde que citados devidamente o autor e o JORNALECO como fonte da publicação.
JORNALECO
ARARANGUÁ-SC MAIO 2021 ANO 27 Nº 533
DISTRIBUIÇÃO GRATUITA | CORTESIA DOS APOIADORES
1994 - 2021
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Devido à pandemia da Covid-19, no ano passado não publicamos as edições de abril e maio, que foram datadas com junho na edição do 26º aniversário do JORNALECO. Assim, nesta relação, partimos da edição de julho (em 2021, não houve edição em fevereiro).
27 ANOS DO JORNALECO Reprodução das capas com relação de alguns tópicos do último ano
2 contra-capa
JULHO 2020 - Nº 524 z Iniciamos as republicações de material dos acervos dos jornais Campinas e Preto no Branco z Grêmio Fronteira, time de 1967
Araranguá em prosa: “Nossa linda história”
AGOSTO 2020 - Nº 525 z “Oito poetas araranguaenses do século 20” (1 de 2) z “A morte do boto Tanso em 1966”
Parte final da publicação das crônicas do projeto “Nossa linda história”, com texto de Micheline Vargas de Matos Rocha, diretora do Departamento Municipal de Cultura
SETEMBRO 2020 - Nº 526 z “Oito poetas araranguaenses do século 20” (2 de 2) z “Famosos pelo apelido” z “Resultado esportivo da V Festa do Peixe”, Arroio do Silva
2 p. 6 e 7
OUTUBRO 2020 - Nº 527 z O Hospital do Dr. Ângelo
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NOVEMBRO 2020 - Nº 528 z “Gercino Pasquali”
JANEIRO 2021 - Nº 530 z “JORNALECO VIDEOS apresenta”
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casa e construção
CASA NENA CANOAS / RS
ARARANGUÁ / SC
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COPISO A mais completa
Tel. (48) 3524-7797 Av. Sete de Setembro, 2520 - Vila São José (esquina com a rua Amaro José Pereira)
ATENDIMENTO: A P O I O C U LT U R A L
APOIO CULTURAL
ABRIL 2021 - Nº 532 z Dr. Antônio – “O médico mineiro que adotou Araranguá” z “Mariazinha da Rádio”
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Página dos diários de Bernardino de Senna Campos em que ele narra sua chegada à “vila” de Araranguá em 2 de junho de 1894. O texto integral pode ser lido no livro Memórias do Araranguá, que é uma compilação dos diários de Bernardino organizada por Pe. João Leonir Dall’Alba, publicada pela Editora Lunardelli, em 1987, com apoio da Prefeitura Municipal
DEZEMBRO 2020 - Nº 529 z “Renan Ramos Rocha” z “Zacateca, ás do guidom”
FEV-MAR 2021 - Nº 531 z “Araranguá, terra de bandidos?”
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De 2a a 6a: 8h às 12h e 13h30 às 19h Sábados: 8h às 12h e 13h30 às 17h
Tel. 3524-3071 Av. XV de Novembro
Da mídia que deforma e desinforma Ratinho é profeta da alienação, Alexandre Garcia da demagogia, Diogo Mainardi da soberba, Miriam Leitão da rapinagem neoliberal, Silas Malafaia do fanatismo. Ratinho explora a ignorância do povo, Alexandre Garcia abastece a estupidez dos néscios, Diogo Mainardi alimenta o ódio dos reacionários, Miriam Leitão turbina a sanha das elites delinquentes, Silas Malafaia tosquia o gado iracundo.
Da mídia hegemônica em SC
APOIO CULTURAL
Paulo Alceu e Cláudio Prisco Paraíso são o Alexandre Garcia e o Merval Pereira no jornalismo catarinense, e Luis Carlos Prates é o “nosso” Olavo de Carvalho. Picaretagem, embuste e hipocrisia em alta definição.
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A celebração da morte: ‘Abaixo a inteligência, viva a morte’ A guerra civil espanhola foi um conflito armado, ocorrido na Espanha, entre os anos de 1936 e 1939. Duas forças se conflitaram naquela batalha. De modo genérico, de um lado, estavam os republicanos, reunidos em torno da Frente Popular, que unia as forças democráticas. De outro lado, estavam os nacionalistas, ligados ou simpatizantes do fascismo italiano, por sua vez, setores da ultradireita, que defendiam o modelo autoritário. De acordo com a obra Guerra Civil Espanhola, o escritor Josep M. Buades, no texto original, afirmou: “[...] guerra civil é uma guerra entre vizinhos, entre grupos do mesmo país. [...] Foi uma guerra total, em que alguns tiveram oportunidade de mostrar, com seus atos, as maiores bondades do ser humano; e outros, com sua baixeza, aprofundaram a miséria da condição humana até patamares inauditos”. Em outro contexto, embora no mesmo ano do início da Guerra Civil, na Espanha, a revista brasileira de cultura, denominada “Cult”, datada de 13 de maio de 2019, com artigo intitulado “A República dos homens-trapo: abaixo a inteligência, viva a morte”, rememora o ocorrido na Universidade de Salamanca, na ocasião da cerimônia de abertura do ano letivo de 1936. O momento revelado é o da invasão dos franquistas ao ato inaugural acadêmico, em 1936, assinalado pelo grito do General Millán-Astray, que dizia: “Abaixo a inteligência, viva a morte”. Na mesma conduta hostil protagonizada pelos franquistas estava a liberação e o incentivo ao uso de armas, que contava, inclusive, com a instigação de gestos que simulavam “o apontar de um revólver”, além dos ataques desmedidos ao ensino de Filosofia e Sociologia, como também, o corte de 30% das verbas das universidades públicas destinadas às bolsas de mestrado e doutorado. Desta forma, patenteavam a aversão ao conhecimento científico, à inteligência e, como consequência, o estímulo à violência. O final da Guerra Civil Espanhola, em 1939, dá início a 2ª Guerra Mundial, conhecida como a batalha em que duas forças se antagonizaram, isto é, de um lado, o eixo organizado pelos defensores do nazi-fascismo e do outro, os aliados e defensores dos ideais democráticos. Não é intuito desse texto buscar qualquer analogia com o momento em que estamos vivendo em nosso País, ou especificamente, acerca da gestão pública, ainda que existam elementos para certa sincronia. De qualquer maneira, nunca é demais levantar os momentos históricos mundiais para que possamos refleti-los.
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EMILY DICKINSON
S S
A BANDA
DESORDEM NO TRIBUNAL Estas são anedotas retiradas do livro “Desordem no tribunal”. São coisas que as pessoas realmente disseram e que foram transcritas textualmente pelos taquígrafos enquanto estes diálogos realmente aconteciam à sua frente 4 Advogado: Qual é a data do seu aniversário? Testemunha: 15 de julho. Advogado: Que ano? Testemunha: Todo ano.
4 Advogado: Seu filho mais novo, o de 20 anos... Testemunha: Sim. Advogado: Que idade ele tem?
4 Advogado: Essa doença, a miastenia gravis, afeta sua memória? Testemunha: Sim. Advogado: E de que modo ela afeta sua memória? Testemunha: Eu me esqueço das coisas. Advogado: Você esquece... Pode nos dar um exemplo de algo que você tenha esquecido? 4 Advogado: Qual foi a primeira coisa que seu marido disse quando acordou naquela manhã? Testemunha: Ele disse: “Onde estou, Bete?” Advogado: E por que você se aborreceu? Testemunha: Meu nome é Célia.
O que é a felicidade senão a mera harmonia entre uma pessoa e a vida que ela leva?
uplemento
4 Advogado: Sobre esta foto sua... O senhor estava presente quando ela foi tirada? 4 Advogado: Ela tinha três filhos, certo? Testemunha: Certo. Advogado: Quantos meninos? Testemunha: Nenhum. Advogado: E quantas eram meninas? 4 Advogado: Poderia descrever o suspeito? Testemunha: Ele tinha estatura mediana e usava barba. Advogado: E era um homem ou uma mulher? 4 Advogado: Doutor, quantas autópsias o senhor
ALBERT CAMUS
já realizou em pessoas mortas? Testemunha: Todas as autópsias que fiz foram em pessoas mortas... 4 Advogado: Doutor, antes de fazer a autópsia, o senhor checou o pulso da vítima? Testemunha: Não. Advogado: O senhor checou a pressão arterial? Testemunha: Não. Advogado: O senhor checou a respiração? Testemunha: Não. Advogado: Então, é possível que a vítima estivesse viva quando a autópsia começou? Testemunha: Não. Advogado: Como o senhor pode ter essa certeza? Testemunha: Porque o cérebro do paciente estava num jarro sobre a mesa. Advogado: Mas ele poderia estar vivo mesmo assim? Testemunha: Sim, é possível que ele estivesse vivo e cursando Direito em algum lugar... NJ: Catada na internet; não conseguimos identificar o autor nem outra referência ao livro senão a do próprio texto aqui reproduzido.
Galeria do Futebol Futebol Araranguaense PONTÃO 1995 – Campeão Maracajaense de Futebol Sete Mesmo integrando o distrito de Hercílio Luz, pertencente a Araranguá, o Pontão participava de campeonatos do município vizinho, no qual era um time de tradição. Desde 2017, os jogadores da época realizam encontros trimestrais para confraternização e realização de jogos amistosos de veteranos. FOTO de pé: Rui, Sérgio, Dalcionir, César, Negão, Cesinha e Fábio; agach.: Legário, Moacir, Chinês, Taio, Jucélio e Gilson.
MAIO 2021
Basicamente, há três tipos no debate político popular. Primeiro, os que se restringem a generalizações, preferencialmente sobre corrupção: “políticos ladrões!”, “são pagos com o nosso dinheiro!” etc., discurso que limita o problema à corrupção, ignorando as demais causas da tragédia: subversão cultural, retrogradação da Educação, má gestão da Saúde, ataque a direitos trabalhistas, sucateamento de estatais com intuito privatizacionista, entrega dos recursos naturais e desconstrução da indústria nacional em favor de interesses estrangeiros, degradação do meio ambiente – causas essas que podem advir de processos legalizados por um governo sem comprometimento com a qualidade de vida das pessoas e a preservação ambiental; segundo, os que baseiam suas opiniões pelo que ouvem dos comentaristas de rádios e TVs controladas pelas elites financeiras no país, estados e cidades; e finalmente os que, não deixando de acompanhar e vigiar a mídia hegemônica – subcutaneamente dada ao perpétuo golpismo –, buscam informar-se dos acontecimentos e ações políticas, com integridade dos fatos, através do jornalismo livre do controle do capital. E são vários os canais independentes que se encontra na internet e em outras mídias oferecendo análises e estudos críticos de jornalistas, juristas, historiadores, educadores, economistas e intelectuais de diversas áreas comprometidos com a verdade e a justiça social. Poderíamos ainda relacionar um quarto tipo, formado por fanáticos. Mas esses não acrescentam nada ao debate.
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Acervo e divulgação: Dejair Inácio
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Três tipos no debate político popular
Que o amor é tudo o que existe, / É tudo o que sabemos do amor...
Prof. MSc. Pedro Paulo de Miranda ○
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SOLO DO EDITOR RICARDO GRECHI
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A.A. Alcoólicos Anônimos as
Reuniões 4as e 6as feiras, às 19h30 Próximo à Câmara de Vereadores Balneário Arroio do Silva
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Exposição curta e sem protetor solar deve fazer parte de uma rotina saudável – mas sempre respeitando o horário Vitiligo, psoríase, dermatite, depressão e osteoporose. O tratamento de todas essas doenças passa por um remédio rápido, prático, indolor e gratuito: o sol. A exposição aos raios solares por 15 a 30 minutos diários, sem o uso de protetor, controla todas essas enfermidades e ainda melhora a absorção do cálcio no organismo, o sistema imunológico, reduz o risco de câncer e de diabetes tipo 2. A exposição deve ser sempre antes das 10h e por um tempo curto – no máximo 30 minutos, dependendo do tipo de pele. Estudos têm comprovado a importância da vitamina D na prevenção de doenças e a relação entre essa substância e o sol está ajudando a mantê-lo como um aliado da saúde. A vitamina é produzida pelo corpo naturalmente depois da exposição aos raios UVB.
Pele nova
APOIO CULTURAL
Para quem tem psoríase, doença crônica que atinge 2% da população mundial, causando inflamações nas articulações e lesões vermelhas ou descamações na pele, o sol diminui o processo inflamatório e melhora a resposta imunológica. O resultado: as lesões diminuem e, em muitos casos, desaparecem. A indicação dos médicos é para que a área lesionada seja exposta. Parece fácil, mas não é. “Mesmo com todos os benefícios, muitos pacientes não aproveitam porque tem vergonha de tornar públicas as lesões”, diz José Celio Peixoto Silveira, 51 anos, presidente da União Nacional das Associações dos Portadores de Psoríase do Brasil. O próprio José por muito tempo preferiu enfrentar o calor do Nordeste (ele mora em Pernambuco) de mangas compridas a expor a doença. “Teve uma época em que eu só ia à praia quando sabia que poucas pessoas estariam por lá. A psoríase não é contagiosa e melhora com o sol, mas mesmo assim era difícil encarar o preconceito”, relata.
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um aliado da saúde
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N.A. Narcóticos Anônimos
Circulou cerca de 3 anos entre 1929-1931 e 1936-1937
Reuniões 4as feiras, às 20h Sala na Igreja Episcopal, centro - Araranguá
POLÍCIA MILITAR: 190 SAMU: 192 BOMBEIROS: 193 ABUSO INFANTIL /DENÚNCIA: 100 ATENDIMENTO À MULHER: 180 PREVENÇÃO AO SUICÍDIO: 188
telefones para emergências
Reuniões 3as feiras, às 20h00 Sala na Igreja São Cristóvão - Maracajá
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EDIÇÃO: ROSSANA GRECHI
“Cartões de visita, enveloppes, contas corrente, papeis para cartas, mata-borrão, facturas commerciaes etc. Nesta Typographia”
FAZENDA SÃO JORGE Fone (0**48) 3524-0280 Estr. Geral Volta do Silveira - Araranguá ○
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Dermatite atópica O mecanismo de ação do sol sobre a dermatite atópica é semelhante: há redução na inflamação e a pele é renovada. A doença congênita se manifesta principalmente na infância, tem aspecto parecido com um eczema, geralmente concentrado nas dobras do corpo e nas bochechas. A pessoa sente uma coceira intensa e, em geral, esse quadro está associada a bronquite, asma e rinite.
Câncer Uma nova pesquisa publicada na revista Câncer Epidemiology Biomarkers and Prevention identificou que a exposição ao sol reduziu substancialmente o risco de câncer de mama em mulheres na pós-menopausa. Os médicos do INSERM, Instituto Nacional de Saúde e de Pesquisa Médica, da França, revisaram diversos estudos realizados com 67 mil mulheres. De acordo com a pesquisa, mulheres que moravam em lugares ensolarados como a Provence, tinham 50% menos risco de apresentar câncer de mama em comparação com aquelas de regiões mais escuras, como Paris. E o mais surpreendente: aquelas que ingeriram menos vitamina D, mas se expuseram com mais frequência ao sol, apresentaram chances 32% menor de desenvolver câncer de mama.
Depressão O sol tem ação antidepressiva. Com a luminosidade, o cérebro reduz ou interrompe a produção de melatonina, substância que provoca relaxamento corporal, cansaço e sonolência e uma das principais causadoras da depressão. Em países com baixa luminosidade, o índice de depressão na população é maior, explicado pela ausência de luz regular.
FRANCISCO C ARLOS REGIS Acabo de assistir a uma sessão cinematográfica no Cine-Azul, em Tubarão. Cada vez que me disponho a presenciar estas funções, saio sempre revoltadíssimo. O ministro da Educação aprova cada fita, que nos deixa simplesmente decepcionados. Na sessão em apreço, focalizaram uma partereclame – complemento – da Lufthansa (cia. de navegação aérea alemã). Imaginem que todo ele era falado em alemão, apenas com os nomes das cidades por aonde ia passando a aeronave filmadora! Repito: todo em alemão sem letreiros! Ora, os que não entendem alemão – na supracitada sessão, apenas dois entendiam –, que vão plantar bagos de chumbo sem folhas... Na quase sua totalidade, as fitas norte-americanas [trazidas] para o Brasil são habladas em inglês. Raríssimo letreiro. Os complementos! Estes são o cúmulo! Surgem trazendo novidades de todo mundo, menos do Brasil, reservando-se sempre 80% para propaganda norte-americana. Tudo falado em inglês! É uma lástima! O complemento nº 251 da Universal é um verdadeiro desacato: sem legendas, todo falado em inglês... Não mais existe um átomo de patriotismo nos nossos homens do Ministério da Educação. Corroídos pela amizade interesseira, a palavra Pátria desapareceu do cérebro destes homens. Qualquer fita recebe o visto e o pode circular por estes 8.511.189 km2, percorrendo os múltiplos cinemas das 1.014 cidades
TOURNIER Dr. Everton Hamilton Krás Tournier Graduado e especializado na Universidade Federal de Santa Catarina • Pós-graduado no Instituto Adolfo Lutz de São Paulo • Pós-graduado na Universidade do Sul Catarinense E-mail: tournier@contato.net
Diabetes A exposição ao sol garante que os níveis de vitamina D no corpo estejam adequados, o que reduz as chances de desenvolvimento de resistência à insulina ou de deficiência deste hormônio no corpo. Muitas pesquisas estão sendo desenvolvidas nesse âmbito na Ásia, por conta de uma predisposição genética dessa região para o desenvolvimento do diabetes tipo 2.
Cuidados O sol que pegamos no dia a dia pode ser suficiente para evitar a carência de vitamina D no organismo. Os médicos alertam, no entanto, que para garantir os benefícios trazidos pelos raios solares, a exposição da pele deve ser feita somente antes das 10h e após às 16h. E sempre pelo tempo determinado – 15 a 30 minutos por dia. Mais do que isso, o protetor continua sendo essencial. “Ainda falta conscientização da população, não podemos ser radicais. Não pode tomar sol de maneira desmedida, ficar queimado do sol”, recomenda Arthur Dias Duarte.
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O redator exalta o ânimo da festa católica, mas reclama da invasão de jogatina
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Festa do Divino Espírito Santo
Pátria sem patriotismo
O sol está ligado diretamente com a vitamina D, nutriente essencial para o fortalecimento dos ossos. Tomar sol pode ajudar a manter a quantidade de massa óssea e evita o desenvolvimento de ossos ocos, principal característica da doença, que pode surgir mesmo antes mesmo dos 40 anos.
POR
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O cronista denuncia a infiltração da propaganda estrangeira através do cinema para domínio cultural e adivinha origens do complexo de vira-lata, ainda tão em vigor entre nós
Osteoporose
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Centro de Reabilitação
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APOIO CULTURAL
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Director Proprietario DURVAL MATTOS Gerente BONIFACIO AGUIAR Redactores e collaboradores DIVERSOS
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Reuniões 2 e 5 f., 20h - dom., 17h Próximo à Igreja Sagrada Família Cidade Alta - Araranguá
Reun. 2as f., 20h - Junto ao A.A. - Araranguá
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as
brasileiras, para gáudio dos 47 milhões de botocudos pacíficos, que a terra do Brasil acolhe! É uma vergonha o cinema estrangeiro no Brasil. Ofende a dignidade das nossas tradições e aniquila o patriotismo. * * * Para que falado em português, quando o nosso Ministério da Educação está aí para aprovar tudo o que aparecer? O leitor amigo já está conjeturando: — Tudo, não! Ainda não vi nenhum filme falado em japonês. — É só o que falta. * * * Este deserto de homens e de ideias acostumou-se a ouvir coisas que não entende, e que, quando assiste a uma fita nacional — filmada com os mais ingentes sacrifícios —, diz: — Não gostei. Palavra; esperava que a coisa fosse melhor. Quase não se entendia. Filmada com a nossa gente, falando a nossa língua, mostrando os nossos costumes, apresentando a nossa música, salientando a nossa tradição, a película nacional “quase não se entende”. E à outra: inglesa, alemã, francesa, espanhola, italiana, japonesa, chinesa, tcheco-eslovaca, turca, romena, norueguesa, libanesa, haitiensa, egípcia etc., que ele nada entende, exclama ao terminar a passagem do celulóide: — Formidável! Mas que coisa linda! Aquela música, como era admirável! Que canções!... Tudo isso devemos ao nosso Ministério, que já nos viciou em assistir coisas estrangeiras, com tudo que possa servir de propaganda para um país estrangeiro. [...]
Com toda pompa, realizou-se domingo, dia 16, nesta cidade, a tradicional Festa do Divino Espírito Santo, da qual foi festeiro o sr. José Hilário de Melo. Foi uma festa bastante concorrida e, a não ser a chuvinha impertinente que de quando em quando fazia dispersar os agrupamentos, correu tudo na maior ordem. Porém, uma coisa veio deslustrar o brilho de tão animada festa e depor contra os nossos foros de civilização: a jogatina desenfreada que foi permitida agir com liberdade! Segundo o que nos foi dito por pessoa nascida e criada nesta cidade, ainda não se consta ter a mesma sido invadida por uma leva tão grande de exploradores da bolsa alheia! [...] Os cafés se transformaram em “Monte Carlos”, numa barbearia, bancava-se a Roleta; Xisplandi, Bacará, Lasquiné, Sete Baiano, Roda da Fortuna etc. nos outros locais. Não devemos retrogradar! Isto depõe muito contra nós! Devemos é procurar civilizar a nossa cidade e não voltarmos ao tempo das “vacas magras”! Oxalá que isto jamais se repita!... Anunciantes do jornal:
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Só de revesgueio
a minha casa, no meu tempo de criança, mamãe, a Dona Otília, ou viúva Otília (não sei por que a chamavam assim, pois seu nome de registro era Audécia), era o pai e a mãe da família (papai morreu quando eu tinha seis anos idade). Educação rígida. Ninguém ousava desafiá-la ou retrucá-la. Quando chegava uma visita “importante” em casa, a viúva Otília só nos olhava pelos cantos dos olhos (revesgueio) e a debandada era geral. Apanhei muito de chinelos e palmadas, pois vivia tomando banho de rio, o que ela nunca permitia; tinha medo que alguém morresse afogado. Fomos, certa vez, quando eu tinha uns sete anos de idade, apanhar taboas num açude para cobrirmos um boi de mamão. Por um descuido, caí com roupa e tudo no açude, que não era muito raso. Se não fosse o Antônio “Cabano” ter me visto cair, nadar até onde eu estava e me puxar pelos cabelos, teria morrido afogado. Por sorte isso ocorreu numa tarde de verão. Tive que pendurar minhas roupas em alguns galhos e esperar secar; as surras (em mim e no Pedro) seriam épicas. Mamãe era uma espécie de líder comunitária, participava de todos os acontecimentos da vila: preparação (com outras senhoras da vila) das galinhas para as festas de São Roque; aplicava injeções na colonada indicadas pelo farmacêutico Maurício; preparava os filhos e outras crianças para as festas folclóricas, Sete de Setembro e de finais de anos letivos; promovia, anualmente, a fogueira de São João da vila, em frente de nossa casa; servia de conselheira a algumas moças e até senhoras… Chegou a escrever – e obteve resposta – ao presidente da República na época, Getúlio Vargas. Não só lá em casa, a maioria das famílias aplicava educações rígidas. E APOIO CULTURAL
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bota rígidas nisso! As varas eram os métodos educacionais familiares mais famosos, mas tinham também bainhas de facões, chicotes, cintas. Papai era tão amável conosco (tenho fraquíssimas lembranças dessa época) que, para castigar um filho, Pedro, o mais velho, ou minhas duas irmãs mais velhas, tirava sua cinta, tomavaos pelos braços, arrastava-os até perto de uma mesa e aplicava horríveis cintadas… nos pés da mesa! Numa coisa o “Zé” Fermino não frouxava: assuntos religiosos. Em épocas de quaresma – Sexta-Feira Santa – ninguém podia, sequer, riscar o chão (Jesus estava enterrado). Em épocas de Natais, todas as noites tínha-mos que rezar um terço ao pé da árvore e do presépio… ajoelhados (disso recordo, pois, mesmo com sono e às vezes cochilando, tinha que me manter de joelhos). Tínhamos uns vizinhos cujo patriarca, Alfredo Valsek, amigo e colega ferroviário de papai era extremamente rústico. Quando estava bêbado e tivesse que castigar seus filhos, ele batia sem dó, principalmente no Noli, o filho mais velho, que também “não era de se pegar com as mãos”. Contava mamãe que, após algumas das surras, a mãe desses infelizes tinha que lhes aplicar compressas e unguentos nas cicatrizes. A família Cândido, vizinhos próximos, e o chefe de casa seu José Cândido eram liberais com seus filhos… Até demais. Senão, vejamos: nossa casa ficava do lado dos trilhos do trem, uns cinquenta metros. Do outro, mais perto ainda e em frente à nossa, ficava a casa dos Cândido. Papai tinha um canário muito cantador que tratava como se fosse seu filho. A gaiola vivia pendurada nas laranjeiras para o bichinho se sentir mais “em casa”. Neri, filho mais velho de José Cândido, tinha
Tirava sua cinta, tomava-os pelos braços, arrastava-os até perto de uma mesa e aplicava horríveis cintadas… nos pés da mesa! um, também, só que não cantava. Zé Fermino notou e comentou com a “Nega” (mamãe) que seu canário deixara de cantar e parecia “jururu”. Estava muito preocupado. Por sua vez, o canário de Neri, como um milagre, passou a cantar que dava gosto. Papai reclamou ao agente da Estrada de Ferro José Cândido. A briga foi feia. Papai, seu auxiliar (era o guardachaves), teve que ficar no prejuízo. Numa ocasião, festa de São Roque, lá pelas três da tarde, apareceu um senhor, na casa dos Cândido, para reclamar e pedir de volta sua carteira e o dinheiro que o menino Luiz (o Luizinho, de uns treze anos) havia surrupiado. Se não saísse dali, correndo, o pobre homem apanharia do pai do Luizinho, da mãe e do Neri. Agora, só pra descontrair – “Andar na linha” era um ditado popular para se dizer que um indivíduo necessitava andar sempre corretamente em assuntos de moral, de respeito, de hombridade. Quando uma mãe ou um pai queria advertir certas pessoas meio rebeldes, costumavam dizer: “ande na linha rapaz (rapariga), se não quiser levar uma surra”. Pois bem. Um moço, ainda jovem, decidiu que iria para Porto Alegre – onde havia muitos bondes de ferro – à procura de emprego. Ele não era o que se podia chamar de muito disciplinado. Sua mãe, santa mulher, conhecendo o filho, lhe implorou: “Filho amado, ao chegar à cidade grande, procure andar sempre na linha, não quero ouvir notícia ruins sobre ti”. “Pode deixar, mamãe, farei isso, andarei sempre na linha”. Alguns meses depois, veio a notícia funesta: seu filho havia sido atropelado e morrido bem na linha do bonde. z
Qualidade e bom preço o ano todo TEL. (48) 3524-1646
Diretores CLAUDENIR OLIVEIRA SOUZA e JURACI FERNANDES Editora, redação e diagramação JURACI FERNANDES Arte final MARILENE MARMITT Redação: Av. XV de Novembro, 2010 - Araranguá-SC Impressão: GAZETA DO SUL Santa Cruz do Sul-RS
PRAÇA HERCÍLIO LUZ, 436
ARARANGUÁ SC
PUBLICADO ENTRE 1989 E 1992
F NOVEMBRO 1990
Nº
19F
Grande campeão
O grande campeão da corrida rústica dos últimos tempos é Hildo de Souza Santana, que conquistou o primeiro lugar na rústica do dia 4 de agosto em Turvo. A promoção era do Banco do Brasil e teve 40 participantes. Na Festa do Colono, em São João do Sul, dia 8 de setembro, Hildo ficou em primeiro lugar entre 30 participantes. Já em Criciúma, o número de corredores era de 350, mas o campeão chegou em primeiro lugar novamente. Hildo treina quase todos os dias, correndo no mínimo 10 quilômetros, mas ele salienta que, dependendo da prova, a quilometragem é maior ou menor.
O xadrez chega na frente
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De 19 a 25 de outubro realizou-se, em Tubarão, os Joguinhos Abertos de Santa Catarina, onde os garotos araranguaenses, destaques no xadrez, representaram Meleiro. Acompanhados por Pedrinho, representante da Confederação Municipal de Esportes daquela cidade, Tarciano Santos da Silva, Marcos Eduardo Antunes Giusti, Marcus Vinícius Campos Souza e Lissandro Santos da Silva conquistaram o quarto lugar. No momento, a ideia é fundar um Clube de Xadrez no Colégio Nossa Senhora Mãe dos Homens, onde eles estudam, mas, para isso, esperam a colaboração da comunidade em termos de patrocínio. Eles prometem muito trabalho e muitas vitórias no futuro.
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A história dos presídios Antônio Soares
Prefeito Antonio Eduardo Ghizzo fazendo a entrega da placa de mérito ao atleta destaque Hildo de Souza Santana
APOIO CULTURAL
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MAIO 2021
N
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JORNALECO 533
joão batista de souza ○
O primeiro presídio de Araranguá foi no local do atual Banco Itaú. No passado, naquele local existia um casarão de alvenaria de cor rosa, com aberturas de cor cinza, que era o quartel da Guarda Nacional. Anexo àquele casarão, funcionava o presídio. Mais tarde, passou a ser uma barbearia de Manoel Antônio Soares, que faleceu este ano com a idade de 100 anos [ver J.474]. Mais tarde, seria a secretaria de alistamento militar. O presidente da junta militar era um sargento da Força Pública do Estado de Santa Catarina. Chamava-se Eloi. Em 1927, o dito casarão cedeu lugar para ser construído o prédio da nova prefeitura. O segundo presídio foi construído na av. XV de Novembro, no local do antigo posto animal. Era um prédio de cor branca e aberturas em cinza escuro. Representava ser de alvenaria, com as paredes feitas de pranchões de madeira e guarnecidas com ripas e rebocada com uma argamassa composta de cimento, areia e cal. Era conhecido como o prédio de maior segurança no sul do Estado. O que se sabe deste prédio foi a fuga de dois presos, que tiveram fim trágico. O primeiro preso que fugiu chamava-se Pedro Manfioletto, que ficou atolado em um banhado que existia no fundo do presídio. Quando o guarda deu falta do preso, correu em direção do banhado e também ficou preso na lama. Pediram socorro. E então os dois foram laçados com uma corda e puxados pelo povo. Foi um dia de festa. O segundo preso que fugiu foi Avelino Rocha, o assassino do major Alcebíades Seara, que a polícia matou. Foi carcereiro do primeiro e do segundo presídios Patrício José Pereira. Seu filho ainda vive e reside na Urussanguinha; chamase Pedro Patrício Pereira. O terceiro presídio foi construído na av. XV de Novembro, no governo de Nereu Ramos, mais ou menos em 1945. Dos três, o que teve mais fugas foi o terceiro, que ganhou até o apelido de alçapão falso. NJ: O PB anota, na sequência do texto, que já estava funcionando o quarto presídio, localizado na Sanga do Veado, inaugurado em 29 de outubro de 1990. “Com a transferência dos presos para o novo presídio, o 1º Distrito Policial passa a ser apenas para inquéritos policiais, registros de ocorrências e investigações”.
Quase a ponte cai No dia 30 de outubro, a BR-101, em Araranguá, esteve interditada das 8 horas até as 17 horas por causa de deslizamento do aterro da cabeceira da ponte sobre o rio Araranguá. O patrulheiro Lucênio Bianchi da Rocha diz que o deslizamento ocorreu pelo rompimento de um cano de água do SAMAE. “O cano de água é clandestino, ele deveria possuir uma capa de cimento especial para que não se rompesse”, observa Lucênio. O trânsito foi desviado para Sanga da Toca, Turvo, Meleiro e Forquilhinha, durante todo o dia.
BALNEÁRIO ARROIO DO SILVA DISK ENTREGA
Matriz: 3526-1339 Filial: 3526-1112
Diretor WLADINIR LUZ Redator ERNESTO GRECHI FILHO Gerente HERVALINO CAMPOS Tipógrafos WALDEMIRO, FERRINHO, NEI, ARI e outros Distribuição PEDRO ERNESTO GRECHI Impressão GRÁFICA LIDER (LIDO) (ORION) de 1960 a 1975 Redação e oficina: Av. Getúlio Vargas, 170
j LOGOTIPO CRIADO POR C. E. GUASCO (ESTREOU NA EDIÇÃO 169 DE 16/04/1968 E FOI USADO ATÉ O FINAL)
Poética AraranguaenseG
SELEÇÕES READER’S DIGEST Fonte: www.selecoes.com.br/humor
MARTA GRECHI
Costumo me vangloriar demais do meu estado, Ohio. Um dia perguntei a um amigo: – Você sabia que o primeiro homem num voo a motor era de Ohio? O primeiro homem a orbitar a Terra era de Ohio? E o primeiro homem a pisar na Lua era de Ohio? – Parece que tem muita gente querendo sair de Ohio – foi a resposta dele.
Eu estou, eu me manifesto, eu me honro! E amo! Minha tez, meu colo, minhas mãos, meus joelhos e quadris, minhas pernas e meus pés. Eu me acolho! Sem filtros, sem máscaras, sem culpa de vencer o tempo, de atravessar a ponte e cruzar fronteiras. E me ver inteira, ainda que ao clarão da luz destacam-se as marcas que maquiam minha estadia, com vincos e vínculos que escrevem meus capítulos de tempestades e bonanças, de dualidades e plenitudes. Seguindo e sendo a cada momento, o que me cabe no aprendizado de cada instante, ainda que no dia próximo já tenha esquecido a lição e me perca na sombra da ilusão dos meus enganos. E vivo! Apreciando o sol que brilha no terreno que piso, a flor que desabrocha na terra, com as sementes que eclodem alimentadas do adubo de minhas cascas, do descarte das frases mal formuladas e palavras desprovidas dos meus sentidos que apresento nas minhas erratas! E os frutos doces que resultaram dessa união de mim como parte do todo!
* * * Meu amigo se perdeu a caminho do Flat Rock Playhouse, teatro de uma cidadezinha da Carolina do Norte. Então parou numa fazenda, onde a proprietária lhe deu indicações muito precisas. Uma semana depois, ele voltou para assistir a outra peça, mas se perdeu novamente e parou na mesma casa. Quando a mulher atendeu à porta, admirou-se: – Você ainda não encontrou? * * * O que tem debaixo do tapete de um hospício? Um doido varrido! O que é uma idosa sem relógio? Uma sem hora!
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SORVETE DE MANGA 12 porções 30 min.
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O reverendo Hans Krolow, da Igreja Episcopal Anglicana, deixou-nos um raro testemunho, quando pároco em Araranguá, registrando 25 de março de 1969 para a última viagem do trem na Barranca. Hans, falecido há alguns anos, era casado com a araranguaense Teresinha, que hoje mora em Nova Santa Rita-RS. Patrício de Moraes, falecido de Covid-19 no final de abril, era irmão dela.
A marca da saudade
cionaria até 2018. Atualmente o local abriga a churrascaria Espetão.
REV. H. KROLOW
ZYT-3 em novas instalações Em suas modernas instalações, no alto do Fronteira Clube, a ZYT-3 Rádio Araranguá passou a funcionar em ambiente ultramoderno, considerando-se o mais avançado do sul catarinense. O diretor da ZYT-3, sr. Aristides Ostetto, idealizador da obra, merece aplausos pela maneira arrojada com que encarou a iniciativa. NJ: Até então, a rádio esteve instalada no alto do prédio de
* * * O genro chega para a sogra e diz: – Nossa, sogrinha, eu queria que a senhora fosse uma estrela! – Que lindo! – responde a sogra toda animada. – Jura? Por quê? – Pra ficar a milhões de quilômetros daqui!
Ernesto Grechi Filho, numa parte extinta, onde hoje se localiza o prédio da Casa Nena. No CA nº 186, de 21 de abril, o jornal traz “A nova
programação [...]: Destacamos o programa noturno. Dentro da noite, músicas. [...] Bom gosto na programação. Seus locutores: Adilson e Silvio. Simpáticos e competentes. Aliás, todos os locutores da T3 são excelentes. Ainda mais agora, com a nova aparelhagem. As vozes ficam mais bonitas. E, finalizando, parabéns pela transmissão do baile do UCCA, com o Baldauf.”
* * * Na sala de espera de um hospital, o médico chega para o genro muito nervoso e diz: – Tenho uma péssima notícia para lhe dar… A cirurgia que fizemos em sua mãe… – Não, doutor, aquela não é minha mãe, é minha sogra! – Nesse caso, então, tenho uma ótima notícia para lhe dar…
F 10 ABRIL 1969
Nº
185 F
Afogamento no rio Araranguá Pereceu afogado nas águas do rio Araranguá, o jovem Itamar, de 21 anos, filho de Adriano de Souza, residente na Barranca. O corpo do inditoso jovem somente foi encontrado três dias após, tendo ficado preso a ramadas das margens do rio. Itamar, na noite de sábado, após sair de um baile, juntamente a seus companheiros, propôs-se a atravessar o rio a nado, a fim de ir buscar a balsa. Desse seu ato, adveio-lhe a morte, pois não resistindo atingir a outra margem, desapareceu nas águas, a poucos metros do barranco.
Acidente de carro no Centro Um acidente de automóvel, felizmente sem vítimas, aconteceu na manhã de terça-feira, na av. Getúlio Vargas, esquina com a Praça Hercílio Luz. Próximo ao meio-dia, um Volkswagen de Criciúma, dirigido por uma senhorinha, filha do Dr. Dino Gorini, ao fazer o balão do entroncamento, perdendo a direção, foi de encontro à firma Gomes Garcia & Cia., tendo atingido a proteção de aço da vitrine frontal. Na ocasião, dois jovens se encontravam no local, não tendo sido atingidos por muita sorte. O veículo [...] nada sofreram, além de leves ferimentos da motorista.
MAIO 2021
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184 F
Foi inaugurado, na Cidade Alta, um novo, grande e moderno restaurante. É o Becker. Bem centralizado, funciona o Restaurante Becker em prédio próprio. NJ: O Restaurante Becker fun-
* * * Qual é o nome do carro que mostra que vai chover? Celta preto!
z MODO DE PREPARO Inicie batendo as mangas em um liquidificador. Bata até que forme um suco. Acrescente o leite condensado e o creme de leite e bata até misturar bem. Disponha o creme em uma travessa de vidro e leve ao congelador por 30 minutos. Retire do congelador e bata novamente no liquidificador. Esse processo é importante para que o sorvete não crie pedras de gelo. Repita mais quatro vezes, durante duas horas. Sirva! ZH, “DESTEMPERADOS”, 20/11/2020 (LENA ZANIOL)
Nº
Novo restaurante [Becker]
JORNALECO 533
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F 22 MARÇO 1969
z INGREDIENTES 2 mangas rosas 1 lata de leite condensado 1 xícara de creme de leite
Pequenas receitas, grandes sabores ○
Um rapaz vai à padaria e pergunta: – Moço, esse salgado é de hoje? – Não, é de ontem. – E como faço para comer o de hoje? – Volte amanhã!
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APOIO CULTURAL
SEM FILTRO
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F A CRÔNICA DOS ANOS 1960 F
PIADAS PARA SE DIVERTIR
Dia 25 de março, pela última vez, ouviu-se o apito da “Maria Fumaça” aqui no lugar onde uma vez foi uma pujante estação ferroviária. ... Exalou seus últimos suspiros D. Tereza Cristina — a Estrada de Ferro que fez com que a Barranca tivesse vida, se tornasse um bairro de Araranguá. De luto, certamente, os velhos moradores da Barranca recordam com saudade os apitos do trem que ao clarear do dia os acordava. Enquanto a criançada pula e brinca, fazendo algazarra nos vagões retirantes. Testemunhas mudas do retrocesso. Pois sempre que algo é arrancado, destruído, demolido, sem nada ser construído em seu lugar há regressão, o retrocesso... Os sulcos que ficaram na terra, onde uma vez estiveram os dormentes e trilhos, são “as marcas da saudade”. Do trenzinho que partiu e não mais voltará... Da Maria Fumaça que não mais virá... Do apito que não mais se ouvirá... Fica somente na lembrança a nostalgia daquilo que um dia se chamou “elo de ligação”, “progresso”, “meio de comunicação” e “transporte... [+J.480 AGOSTO 2016]
F 21 ABRIL 1969
Nº
186 F
Paraquedistas dão show nos ares Mais de uma dezena de paraquedistas da Escola de Paraquedistas de Porto Alegre, no domingo pela manhã e à tarde, deram um show sobre o campo de aviação. A população da cidade acorreu em grande parte ao local das demonstrações, acompanhando todos os lances dos bravos do espaço.
Maranduvá ataca lavouras A terrível praga do maranduvá dizimou grande parte de lavoura de mandioca. Para esta praga, quase não existe combate. Os venenos empregados não são eficientes e, além disso, muito dispendiosos. A queda da produção do corrente ano será acentuada.
3524 1520 | 99628 1360 roberta.daniel@hotmail.com Rua Amaro José Pereira, 1303 Coloninha - Araranguá - SC
Artigos para Festas Produtos de Confeitaria Produtos para Sorveteria Produtos para Lanchonete
Araranguá em prosa: “Nossa linda história” PARTE 2 DE 2
Estas pequenas crônicas fazem parte do projeto “Nossa linda história”, com pesquisa, texto e curadoria de Micheline Vargas de Matos Rocha, diretora do Departamento Municipal de Cultura. O projeto, com exposição de fotografias em diversos locais da cidade, faz parte da comemoração dos 141 anos da emancipação político-administrativa de Araranguá, festejado em 3 de abril
FOTOS ACERVO AHA
CORETO
Esquina de encontros, de negócios, do capital financeiro. Agora lugar de memória. Este espaço abrigou, em diversos tempos, algumas instituições financeiras, tornando-se uma importante referência bancária da cidade. No mesmo local, numa construção anterior, funcionou uma ampla casa de comércio que, na década de 1940, cedeu lugar ao novo prédio, destinado a sediar uma agência bancária, tendo em sua parte superior as acomodações de moradia destinadas a gerência. Mais tarde o edifício foi ampliado, quando alcançou o seu formato atual. Presente na memória dos cidadãos, e de forma particular na lembrança de antigos clientes e ex-funcionários, a famosa esquina é hoje um patrimônio cultural da cidade, com a nobre missão de abrigar, em seu andar térreo, o Museu Histórico de Araranguá. Nada mais digno para um espaço que testemunhou o cotidiano local e as diversas transformações da cidade ao longo do tempo.
Rua Dr. Virgulino de Queiroz, 75 - Centro Tel. (48) 3522-0758 (48) 99680-9777 Casa da Criança - Moda Infantil lojacasadacriançaararangua
Passear pela memória dos moradores de Araranguá que frequentavam o centro da pequena vila, e posteriormente da cidade, e encontrar o singelo e gracioso coreto na parte central do Jardim Alcebíades Seara. E, transpondo o tempo nos braços da imaginação, sentir as sensações, ouvir os risos, a melodia da banda municipal, os segredos dos namorados, ficar horas a contemplar o encontro da comunidade em meio a brincadeiras infantis, as festas religiosas e os discursos de líderes políticos. E também ver o tempo passar, a estrutura do coreto mudar, ganhar longas escadarias, ver as árvores do jardim crescer, o movimento da praça aumentar, carros a circular, e então perceber que o tempo mudou; que as pessoas não mais procuram pelo velho coreto, e sim vencer o cotidiano ligeiro, ver o transeunte apressado para chegar a algum lugar, que não e mais o coreto, que tampouco existe mais... Em seu lugar permanece a biblioteca, guardiã do conhecimento e da memória de tantas pessoas e do eterno coreto. PLANIFICAÇÃO DO MUNICÍPIO Um dos primeiros passos na estruturação de uma cidade é a sua organização territorial, onde serão definidos os espaços urbanos e
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APOIO CULTURAL
PRAÇA HERCÍLIO LUZ No traçado da planificação urbana de Araranguá, largas avenidas foram previstas, causando espanto entre os habitantes, que consideravam um desperdício tanto terreno para ruas tão largas por onde passariam carroças, nada mais que carroças, pois sequer automóveis a cidade possuía. Muitos também perguntavam para que uma quadra inteira reservada para um jardim,
ENTRETENIMENTO Os espaços de entretenimento ajudaram a integrar gerações inteiras em Araranguá. Como esquecer o antigo Café Brasil, o Bruxa’s Center, o Moraco? Quem não curtia um batepapo no Peninha, no Bar Central, no Campinas, no Pedra 90? Que tal aquela passada pelo bar do Crisanto, APOIO CULTURAL
MUSEU HISTÓRICO
MAIO 2021
entre tantos locais ainda presentes na memória do jovem senhor? Para muitos, ainda habita a mente os encontros no Quitandinha e os bailes espalhados pelos salões de bairro e clubes da cidade, como o UCCA, o Tênis Clube e o Grêmio Fronteira. Para as gerações mais recentes, são fortes as lembranças dos incríveis momentos no Salão Amizade, com muita dança e encontros de olhares, e na Eve’Som (foto), com o Tilinho já na entrada, e nem sempre ter o dinheiro para o ingresso. Quantas histórias nos embalos de sábado à noite! A música contagiava já na entrada, onde o tímido, muitas vezes de mão no bolso, começava a dar o primeiro balanço e a se achegar de mansinho. Da mesma forma, chegava o empolgado, pronto para a dança, sempre de olho na diversão e naquela paquera. Sem contar as festas em casa, regadas a ponche e cuba-libre, os aniversários de 15 ou 18 anos, momento mágico em que o aniversariante preparava a casa para receber os amigos e muitos recebiam também o chamado “peru”, que frequentava as festinhas sem ser convidado. Quantas amizades e quantos amores surgiram nestes momentos! Poucos destes locais sobreviveram ao tempo, mantendose salvos apenas nas recordações e álbuns de fotografias. E no tempo presente, assim como em cada época, a juventude encontra uma nova maneira de se integrar, se divertir, propagar a alegria e ser feliz!
JORNALECO 533
CALÇADÃO As avenidas de Araranguá ostentam a mais arrojada planificação urbana do Estado, o que faz a cidade ser conhecida como “Cidade das Avenidas”. Um marco referencial da proeza urbana de Araranguá é o Calçadão da Avenida Getúlio Vargas, espaço conhecido como o de maior convivência social e comercial da área central. O famoso Calçadão foi inaugurado em 3 de maio de 1991, e exibe em seus passeios símbolos que lembram a cultura litorânea de Araranguá. O lugar, de breves encontros em suas calçadas, passa a ser protagonista de longas conversas, algumas nos bancos floridos do Calçadão, então recéminaugurado, outras nas mesas do Bar Central. A década de 1990 foi, sem dúvida, o auge deste novo lugar, atraindo a juventude nas tardes de domingo e, nas noites, um encontro com o cinema e com a boate, ainda em funcionamento à época. O tempo passou, mas o Calçadão ainda é uma importante referência local, onde os amigos se encontram para um batepapo e, muitas vezes, para relembrar os bons tempos vividos na cidade, contando fatos pitorescos que só um araranguaense pode entender. Os sobrados do Calçadão também merecem uma referência especial, por serem testemunhas, em diferentes épocas, do cotidiano comercial, mas também da moradia de diversas famílias, sendo, em muitos casos, a extensão de suas casas. Tímidos por detrás de placas comerciais, os sobrados mantém-se preservados à espera de um novo descortinar de sua beleza.
antigo caminho aberto a picaretas compõe a Rodovia SC-447.
rurais, traçados de ruas, criação de praças, áreas comerciais, industriais e de moradia. No entanto, na maioria dos casos, os planejamentos, ou inexistem, ou são elaborados tardiamente para corrigir os problemas que a cidade enfrenta. Segundo Paulo Hobold, “Araranguá encontrou bem melhor sorte ao receber das mãos do engenheiro Antônio Lopes de Mesquita, em 1º de setembro de 1886, uma planta com o título sugestivo de ‘Planta da futura cidade de Araranguá, dotada de arruamento baseado em moderna urbanística, com amplos logradouros públicos, avenidas e ruas largas, simétricas e retilíneas’”. O projeto de Mesquita causou estranheza entre os moradores da época. Como imaginar que ruas para o trafego de carroças e carros de bois tivessem um traçado tão largo, bem diferente das estreitas ruelas de Desterro e Laguna? No entanto, com o tempo, o que parecia ousado demais foi ganhando destaque como exemplo de planejamento, o que mais tarde rendeu à cidade o sugestivo título de “Cidade das Avenidas.”
FOTO SALVADOR As fotografias de Salvador, entre 1940 e 1970, têm uma forte relação com o cotidiano da cidade e das pessoas. Seu acervo é revelador e de fundamental importância para a preservação da história de Araranguá e de outras localidades. Registros preservados pelos familiares de Beppe, como também era chamado, nos levam a caminhar por momentos únicos, em que suas fotografias provocam a imaginação dos que as contemplam. Ali estão poses de um casamento num sábado de uma data distante; os encontros sociais em que a moça colocou o melhor vestido, atos religiosos que enalteciam a fé, festivas inaugurações de obras aguardadas, e tantos outros. Estes momentos, hoje são ilustrados pelas lembranças dos mais velhos, que os revivem, e apresentam o passado desconhecido aos mais jovens. É pelo olhar materializado em fotografias de José Genaro Salvador, que as pessoas podem redescobrir a cidade e suas transformações, assim como conhecer as pessoas e seus feitos.
CAMPANHA DA PEDRA
JOSÉ GENARO SALVADOR
que no início servia mesmo era para um bom potreiro, chegando a ser cercado. Não imaginava o morador antigo de Araranguá que ali seria o grande jardim municipal, onde as árvores seriam as donas absolutas junto a flores, pássaros e sombras para o descanso de visitantes e moradores. Em homenagem ao governador, o superintendente João Fernandes batizou a praça de Hercílio Luz. Mais tarde o jardim da praça seria batizado com o nome do ex-prefeito Alcebíades Seara.
Na década de 1940, o município tinha pela frente o enorme desafio de interligar as diversas comunidades e distritos do interior. Suas largas fronteiras abrangiam as encostas da serra e o litoral. Para o interior havia estradas, ainda que precárias, aproveitando-se boa parte dos antigos caminhos de indígenas e tropeiros. Mas, para as praias, pescadores e veranistas enfrentavam muito areal e atoleiro. Com poucos recursos e equipamentos, uma grande mobilização em forma de mutirão arregimentou voluntários proprietários de caminhões e até de veículos menores para a grande empreitada. No dia 20/11/1948, a campanha da pedra abriu caminho para o Balneário Arroio do Silva, iniciando-se ali o desenvolvimento do turismo em Araranguá. Hoje, o
OS DIÁRIOS DE BERNARDINO Os diários do telegrafista Bernardino de Senna Campos possibilitam conhecer um pouco mais a história local, tendo como base a sua produção fotográfica e sua escrita original permeadas de sensações e cotidianos distantes, que ele mesmo não queria ver apagados no tempo. Na obra de Bernardino, identifica-se uma narrativa detalhada, que ilustra nosso imaginário sobre os costumes e o modo de vida de diversas gerações. Seus escritos também nos convidam a percorrer a pequena urbanidade e o interior da pacata Araranguá de outrora, que tinha no ofício do telegrafista um magnífico e quase único meio de comunicação com o mundo fora da vila. Com sua sensibilidade, inquietude e poesia, Campos nos legou registros valiosos, hoje em dia tão celebrados por pesquisadores e apaixonados pela história local e regional. Preservado pelos familiares, o acervo nos oferece detalhadas anotações que o autor caprichosamente soube separar em títulos, páginas e volumes, entre assuntos públicos e pessoais. z
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OS SEUS OLHOS MERECEM.
ARARANGUÁ • CALÇADÃO
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