Jornaleco 530 janeiro 2021

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PANFLETO CULTURAL

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ANO 27 • Nº 530 • JANEIRO DE 2021 Periodicidade mensal. Tiragem: 1.000 exemplares Fechamento desta edição: 11/01/2021 9h20 E-MAIL: jornaleco.ara@gmail.com CNPJ 28.000.138/0001-00

EDIÇÃO, DIAGRAMAÇÃO E REVISÃO Ricardo Grechi CONTATOS Rossana Grechi ASSISTÊNCIA Guaraciara Rezende, Gibran Rezende Grechi, Nilson Nunes Filho IMPRESSO NA GRÁFICA CASA DO CARIMBO DE Rosa e Aristides César Machado PRODUÇÃO Nicolas Nazari Machado PREPARAÇÃO DO FOTOLITO David Machado Fernandes CORTE Toninho Abel IMPRESSÃO Valdo Martins

© Ricardo Francisco Gomes Grechi (reg. nº 99866, prot.4315/RJ de 17/07/1995)

Leia o JORNALECO em https://issuu.com/jornaleco (desde jan.2009) e assista nossos vídeos no YouTube: Jornaleco Araranguá SC

Av. XV de Novembro, 1767 - Centro | (48) 3524-5916 (48) 99982-7783 | graficacasadocarimbo@gmail.com

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Calçadão Getúlio Vargas, 170 88900.035 Araranguá-SC Brasil

UMA PUBLICAÇÃO

É permitida a reprodução de nossos textos originais desde que citados devidamente o autor e o JORNALECO como fonte da publicação.

Filmagens em VHS, que realizamos em 1995 e 1996, foram editadas e produzidas em vídeos curtos, já disponibilizados no YouTube. Encontre em nosso canal: JORNALECO ARARANGUÁ SC

JORNALECO VIDEOS apresenta Ricardo Grechi

fazia, também me felicitando pelo investimento na aquisição de uma filmadora, o que nos possibilitou fotografar pessoas e eventos, resguardando a cena agora perdida no tempo. Na estrada, o mais das vezes Nilson Nunes Filho, Alexandre Rocha e Gibran Rezende Grechi me acompanharam. E assim registramos muitas coisas, que aos poucos vamos editando em pequenas peças, com média de 10 minutos cada. Até agora foram produzidos 12 vídeos, já disponibilizados no YouTube, no canal do JORNALECO, e ainda temos material para outros trabalhos. Além dos vídeos, também oferecemos em nosso canal os áudios-vídeo produzidos pelo Marco Aurélio Grechi, com textos adaptados do JORNALECO. OS VÍDEOS: Happy hour no Calçadão de Araranguá em novembro de 1995 (8.800 visualizações até hoje)

CN

Arroio do Silva, domingo à tarde de 3 de dezembro de 1995 (3.300 visualizações)

Uma tarde de trabalho na Gráfica Orion em 1995

O dia seguinte da enchente do Natal de 1995 (em 4 partes)

Paixão de Cristo - Araranguá 1996 (em 3 partes)

(15.600 visualizações as 4 partes)

1º Encontro dos Galo-Velhos. 2000 (1.100 visualizações)

(417 visualizações)

(1.172 visualizações as 3 partes)

Passeio por avenidas de Araranguá em 1995 POSTADO EM JANEIRO DE 2021

CANOAS / RS

ARARANGUÁ / SC

DISTRIBUIÇÃO GRAT U I TA CORTESIA DOS ANUNCIANTES

Texto e desenhos: Alexandre Rocha

DEFINIR UM GALO-VELHO é uma parada nada fácil, pois há galosvelhos e galos-velhos! Não há um estatuto a ser cumprido para ser um galo-velho. Ele é, ou não é, pois galovelho é antes de tudo um estado de espírito. Uns têm traços mais fortes, outros características galovelhianas mais comedidas. Talvez haja um e outro galo-velho mais galo-velho do que outro, mas de todo modo, não haverá dúvidas quando estivermos diante de um típico galo-velho. O traço legítimo de um galo-velho nasce no modo como vê a vida, a rua, a cidade, as pessoas. Portanto, tomado por tal comportamento e postura, temos no galo-velho um filósofo que carregará sua sabedoria e seu jeito de ser para toda a vida. Outros traços seus vão se esmiuçando no dia a dia, como no jeito como cumprimenta um amigo, chega numa conversa, torce pro time, se irrita e se acalma, disfarça o sorrateiro olhar, sai de fininho... Na ida à Praça, quando vem de um bairro, o galovelho leva junto as suas manhas. Ele chega, apoia o pedau da bicicleta na calçada e fica só chuleando o movimento. Se não encontrar ninguém, a ida não deu nem pro esquento, mas sem problemas, ele chega calado e sai mudo, mas voltará na semana

seguinte. Tem aquele que fica no seu reduto e de lá sairá só de vez em quando, dando um pulo na lotérica pra pagar a conta da luz, bem quietote receber o aposento, e arriscar uma apostinha no jogo do bicho. Se for da Praça, chega de mansinho, na dele, com as mãos nos bolsos e assobiando, enquanto checa o terreno. Também, aos domingos, com a fatiota melhorzinha que tiver, faça chuva ou faça sol, dará aquela passada sem pressa no Jardim, aproveitando a saída da missa. Já, outros galos-velhos podem ser vistos o tempo todo, aqui e ali, ora a passos apressados em direção à rodoviária, ora como um vulto ao longe, na outra esquina. Alguns não passam um dia sem bater ponto na área central. Na banca de revistas, sempre será visto um galo-velho folheando um jornal, sentado belo e formoso numa cadeira como se fosse um príncipe. No quiosque do cafezinho, enquanto troca umas ideias com o engraxate, o galo-velho é figura carimbada. Se num dia não é visto, os outros notarão e dirão que alguma coisa aconteceu. Embora algumas características sejam comuns, não há um tipo único de galovelho, ao contrário, há uma variedade

casa e construção

CASA NENA

ARARANGUÁ-SC JANEIRO 2021 ANO 27 • Nº 530

O galo-velho

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“Em 1995, eu adquiri uma filmadora. Com a câmera na mão, a ideia era registrar imagens da cidade, seus eventos, sua gente. Naquele período de aprendizado e experiências, fizemos muitos registros importantes, com alguns belos momentos. Vinte anos depois, estou editando o material e publicando no YouTube. As imagens originais de padrão VHS e um programa arcaico para edição mantêm a textura artesanal de barbeiragens e intuição criativa.” Este texto abre nosso primeiro vídeo, editado em 2016: “Happy hour no Calçadão de Araranguá em novembro de 1995”. Depois vieram outros onze, cada trabalho requerendo muitas horas com a seleção de cenas, a elaboração de um roteiro definindo uma narrativa, a escolha da música adicional, a edição. E, ao mesmo tempo em que lamentava a pouca experiência à época em filmagens, reconhecia a criatividade e a disposição em sair pela cidade apontando a câmera para registrar parte da história que se

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H FUNDADO EM 18 DE MAIO DE 1994 H

deles, de diferentes idades, origem social, jeito de ser, uns mais “gente boa”, outros insuportavelmente marrentos. Enquanto o discreto fala pouco e fica bispando o movimento a distância, o expansivo mostra-se mais conversador, muitas vezes do tipo papudo garganteador, que conversa mais do que o homem da cobra, demonstrando ser imbatível conhecedor de certos assuntos, nem que para isto precise mentir um pouquinho, usando uma falácia toda sua. Todos, no entanto, possuem alguma cumplicidade entre si e se identificam de muitas formas,

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