Jornaleco 530 janeiro 2021

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JORNALECO

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PANFLETO CULTURAL

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ANO 27 • Nº 530 • JANEIRO DE 2021 Periodicidade mensal. Tiragem: 1.000 exemplares Fechamento desta edição: 11/01/2021 9h20 E-MAIL: jornaleco.ara@gmail.com CNPJ 28.000.138/0001-00

EDIÇÃO, DIAGRAMAÇÃO E REVISÃO Ricardo Grechi CONTATOS Rossana Grechi ASSISTÊNCIA Guaraciara Rezende, Gibran Rezende Grechi, Nilson Nunes Filho IMPRESSO NA GRÁFICA CASA DO CARIMBO DE Rosa e Aristides César Machado PRODUÇÃO Nicolas Nazari Machado PREPARAÇÃO DO FOTOLITO David Machado Fernandes CORTE Toninho Abel IMPRESSÃO Valdo Martins

© Ricardo Francisco Gomes Grechi (reg. nº 99866, prot.4315/RJ de 17/07/1995)

Leia o JORNALECO em https://issuu.com/jornaleco (desde jan.2009) e assista nossos vídeos no YouTube: Jornaleco Araranguá SC

Av. XV de Novembro, 1767 - Centro | (48) 3524-5916 (48) 99982-7783 | graficacasadocarimbo@gmail.com

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Calçadão Getúlio Vargas, 170 88900.035 Araranguá-SC Brasil

UMA PUBLICAÇÃO

É permitida a reprodução de nossos textos originais desde que citados devidamente o autor e o JORNALECO como fonte da publicação.

Filmagens em VHS, que realizamos em 1995 e 1996, foram editadas e produzidas em vídeos curtos, já disponibilizados no YouTube. Encontre em nosso canal: JORNALECO ARARANGUÁ SC

JORNALECO VIDEOS apresenta Ricardo Grechi

fazia, também me felicitando pelo investimento na aquisição de uma filmadora, o que nos possibilitou fotografar pessoas e eventos, resguardando a cena agora perdida no tempo. Na estrada, o mais das vezes Nilson Nunes Filho, Alexandre Rocha e Gibran Rezende Grechi me acompanharam. E assim registramos muitas coisas, que aos poucos vamos editando em pequenas peças, com média de 10 minutos cada. Até agora foram produzidos 12 vídeos, já disponibilizados no YouTube, no canal do JORNALECO, e ainda temos material para outros trabalhos. Além dos vídeos, também oferecemos em nosso canal os áudios-vídeo produzidos pelo Marco Aurélio Grechi, com textos adaptados do JORNALECO. OS VÍDEOS: Happy hour no Calçadão de Araranguá em novembro de 1995 (8.800 visualizações até hoje)

CN

Arroio do Silva, domingo à tarde de 3 de dezembro de 1995 (3.300 visualizações)

Uma tarde de trabalho na Gráfica Orion em 1995

O dia seguinte da enchente do Natal de 1995 (em 4 partes)

Paixão de Cristo - Araranguá 1996 (em 3 partes)

(15.600 visualizações as 4 partes)

1º Encontro dos Galo-Velhos. 2000 (1.100 visualizações)

(417 visualizações)

(1.172 visualizações as 3 partes)

Passeio por avenidas de Araranguá em 1995 POSTADO EM JANEIRO DE 2021

CANOAS / RS

ARARANGUÁ / SC

DISTRIBUIÇÃO GRAT U I TA CORTESIA DOS ANUNCIANTES

Texto e desenhos: Alexandre Rocha

DEFINIR UM GALO-VELHO é uma parada nada fácil, pois há galosvelhos e galos-velhos! Não há um estatuto a ser cumprido para ser um galo-velho. Ele é, ou não é, pois galovelho é antes de tudo um estado de espírito. Uns têm traços mais fortes, outros características galovelhianas mais comedidas. Talvez haja um e outro galo-velho mais galo-velho do que outro, mas de todo modo, não haverá dúvidas quando estivermos diante de um típico galo-velho. O traço legítimo de um galo-velho nasce no modo como vê a vida, a rua, a cidade, as pessoas. Portanto, tomado por tal comportamento e postura, temos no galo-velho um filósofo que carregará sua sabedoria e seu jeito de ser para toda a vida. Outros traços seus vão se esmiuçando no dia a dia, como no jeito como cumprimenta um amigo, chega numa conversa, torce pro time, se irrita e se acalma, disfarça o sorrateiro olhar, sai de fininho... Na ida à Praça, quando vem de um bairro, o galovelho leva junto as suas manhas. Ele chega, apoia o pedau da bicicleta na calçada e fica só chuleando o movimento. Se não encontrar ninguém, a ida não deu nem pro esquento, mas sem problemas, ele chega calado e sai mudo, mas voltará na semana

seguinte. Tem aquele que fica no seu reduto e de lá sairá só de vez em quando, dando um pulo na lotérica pra pagar a conta da luz, bem quietote receber o aposento, e arriscar uma apostinha no jogo do bicho. Se for da Praça, chega de mansinho, na dele, com as mãos nos bolsos e assobiando, enquanto checa o terreno. Também, aos domingos, com a fatiota melhorzinha que tiver, faça chuva ou faça sol, dará aquela passada sem pressa no Jardim, aproveitando a saída da missa. Já, outros galos-velhos podem ser vistos o tempo todo, aqui e ali, ora a passos apressados em direção à rodoviária, ora como um vulto ao longe, na outra esquina. Alguns não passam um dia sem bater ponto na área central. Na banca de revistas, sempre será visto um galo-velho folheando um jornal, sentado belo e formoso numa cadeira como se fosse um príncipe. No quiosque do cafezinho, enquanto troca umas ideias com o engraxate, o galo-velho é figura carimbada. Se num dia não é visto, os outros notarão e dirão que alguma coisa aconteceu. Embora algumas características sejam comuns, não há um tipo único de galovelho, ao contrário, há uma variedade

casa e construção

CASA NENA

ARARANGUÁ-SC JANEIRO 2021 ANO 27 • Nº 530

O galo-velho

COPISO A mais completa

Tel. (48) 3524-7797 Av. Sete de Setembro, 2520 - Vila São José (esquina com a rua Amaro José Pereira)

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APOIO CULTURAL

“Em 1995, eu adquiri uma filmadora. Com a câmera na mão, a ideia era registrar imagens da cidade, seus eventos, sua gente. Naquele período de aprendizado e experiências, fizemos muitos registros importantes, com alguns belos momentos. Vinte anos depois, estou editando o material e publicando no YouTube. As imagens originais de padrão VHS e um programa arcaico para edição mantêm a textura artesanal de barbeiragens e intuição criativa.” Este texto abre nosso primeiro vídeo, editado em 2016: “Happy hour no Calçadão de Araranguá em novembro de 1995”. Depois vieram outros onze, cada trabalho requerendo muitas horas com a seleção de cenas, a elaboração de um roteiro definindo uma narrativa, a escolha da música adicional, a edição. E, ao mesmo tempo em que lamentava a pouca experiência à época em filmagens, reconhecia a criatividade e a disposição em sair pela cidade apontando a câmera para registrar parte da história que se

JORNALECO

H FUNDADO EM 18 DE MAIO DE 1994 H

deles, de diferentes idades, origem social, jeito de ser, uns mais “gente boa”, outros insuportavelmente marrentos. Enquanto o discreto fala pouco e fica bispando o movimento a distância, o expansivo mostra-se mais conversador, muitas vezes do tipo papudo garganteador, que conversa mais do que o homem da cobra, demonstrando ser imbatível conhecedor de certos assuntos, nem que para isto precise mentir um pouquinho, usando uma falácia toda sua. Todos, no entanto, possuem alguma cumplicidade entre si e se identificam de muitas formas,

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sendo a mais comum, usar o linguajar típico, com jargões e gírias nativas para todas as situações. Nos relacionamentos, esta figura de muitos rostos até convive com alguma alma nova, mas pra ele conversa boa mesmo é com um velho amigo, de preferência outro galo-velho “dasantiga”. De algum tempo, ser galo-velho é ter visto o Mememo pendurando gaiolas de passarinhos na sua loja agropecuária. Tá, pode ser que nem todo galo-velho tenha visto, e pode ser que outros que não são galos-velhos também tenham visto a cena. Mas o galo-velho se lembrará do Mememo e logo associará o cenário, se lembrará das pessoas, dos bares de então, das lojas que havia, da praça calma, do toque do sino da igreja às 10 da manhã, do William passando, do Forno apressado... Mas tem outras duas chances: se não viu o Mememo com as gaiolas, por misericórdia, o galovelho tem que ao menos tê-lo visto passando com sua mobilete cinquentinha ou tocando seu cavaquinho num casamento da igreja. O próprio Memeno era um típico galo-velho dos velhos. “Aaaan’te galo-velho!” De outro tempo também, o galo-velho se lembrará do Paulo Barbeiro na sua famosa barbearia do Alvorada. Mas se não foi naquele recinto que apararam o bigode, tudo bem que muitos galos-velhos tenham preferido outras barbearias e barbeiros do Centro, talvez o seu Pedrinho, ou o Joãozinho, o Alaor, o Salão Estrela... O mais importante, e que não se pode abrir mão, é que sinta ainda o ardor refrescante e o perfume da colônia pós-barba batidos no rosto, e sentir-se novinho em folha após a sacudida do avental. Mais galo-velho ainda será se, na maior panca, achar-se o “bom das boca” ao sair na rua de barba feita. Ser galo-velho é ser astuto e valente, não o valente valentão, embora muitos galosvelhos assim o fossem, mas ser forte, daqueles que ironizam as coisas, driblam uma crise, dão meia risada contida, ou aquela gargalhada achando graça de sua própria desgraça. E se outro infeliz tropeça ao cruzar-lhe o caminho, o galo-velho será solidário, sim, na medida do possível, mas não perderá a piada de jeito nenhum, e azar de quem perto dele deixar furo ou der sopa.

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Ser malandro, esta é uma face irremediável do galo-velho. Ele vê as coisas por antecipação e mostra ligeireza em assuntos

importantes, sem deixar de opinar sobre as banalidades. A cidade não passa despercebida aos olhos de um bom galovelho. Saudosista, por ele a Praça nunca mudaria, e quando muda ele não perdoa, protestando com a frase “vê se tem cabimento!” Alguns são conservadores politicamente, pensando que ainda estão nos tempos da UDN e PSD, e sobre isto muitas vezes não dizem nada que preste. Se achando sujeito safo e tarimbado, alguns se orgulham de citar as casas que frequentaram, digamos assim, daquelas que, como disse o padre Paulo, eram “antro de perversidade” e onde se praticavam “ademanes impudicos e brejeirices indecorosas”. Havia algumas destas e alguns galos-velhos faziam o carreiro. No cotidiano, seja uma cena inusitada e curiosa, ou na rotineira idas e vindas de autômatos virando suco, teremos por ali um galo-velho a testemunhar tudo. Se na fresta da mesma cena passar aquela moça com o andar que lhe perturba a mente, o galovelho não se distrairá por um segundo, sequer coçará o nariz, no máximo ajeitará o “raiban”. Agora ele apenas dedicará o seu preguiçoso olhar para o que vê e sonha. Não é de luxo, mas para o seu conforto, ficará diante de tudo aquilo em uma de suas posições favoritas: em pé, encostado num muro, parede ou poste, apoiando e dobrando uma das pernas e deixando a outra reta. Ali está o galo-velho só de bituca, sem pressa, nem nada, mastigando um capinzinho como se fosse um petisco num camarote. Ao que parece a estirpe do galo-velho nasceu junto à turma da Praça e aos poucos foi se espalhando pelos bairros próximos, de onde surgiram alguns dos mais típicos galos-velhos da cidade. Isto mostra que galo-velho é uma entidade democrática, independente de classe social ou distinção de tipo algum. Assim, podiam ser vistos nas rodas de galos-velhos, com origens sociais diferentes, colegas de aula, parceiros do time de futebol, trocadores de gibis na porta do cinema, habitués dos clubes de grã-finos – bebedores de whisky, furões “pés-rapados” dos salões de bairro – bebedores de samba. Também chegavam junto jogadores de bilhar do Taco de Ouro e

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A BANDA

Chorar sobre as desgraças passadas é a maneira mais segura de atrair outras.

uplemento

WILLIAM SHAKESPEARE

DOS DIÁRIOS DE BERNARDINO CAMPOS ○

Antes de Araranguá, Torres 1894 ”Como disse acima, fui remo-

sinuqueiros do Bar do Tré. O que caracteriza e aproxima os galos-velhos é a galovelhice, uma identidade que reúne algumas essencialidades e comportamentos. A geração jovem da década de 1970 reuniu a maior parte destas figuras. Porém, muitos bons galos-velhos, já velhos, se enquadraram perfeitamente em tal condição. O galovelhismo, mais do que toda brincadeira, é um pensamento que remete a reflexões sobre a sociologia local. Suas representações e simbologias nasceram com forte originalidade e ainda hoje dão traço, cor e sabor à identidade araranguaense. Não se pode dizer que a figura típica do galo-velho desapareceu, mas percebe-se que ela não se renova como antes, sucumbindo diante da massificação e do crescimento natural da cidade e suas consequências e impactos nas relações sociais. Infelizmente muitos dos velhos galosvelhos já morreram, mas remanescentes da turma da Praça e da geração dos bairros estão por aí, andando pelas ruas, sossegados numa praia, ou vivendo em outros cantos do mundo. Quer vê-los de perto? Observe os que passam e dê uma espiada no jeito. Se for um galo-velho de verdade, não tem erro, bate nas costas e diz: “E daí, galovelho?” Lendo esta modesta tentativa de descrever um galo-velho, muitos irão discordar e chiar. Taí ó, mais um sinal, pois a chiadeira também é coisa de galo-velho. z

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SELEÇÕES READER’S DIGEST Fonte: www.selecoes.com.br/humor

Trabalho num escritório de advocacia que atua no ramo de Direito Público. Certa ocasião, a estagiária atendia ao telefone um cliente que se mostrava muito irritado, a ponto de a atendente me chamar para dar explicações que pudessem convencê-lo. Ao falar com ele, perguntei qual era sua dúvida: – Olha, entrei com um processo aí com o mesmo objetivo de um amigo meu, muito tempo antes dele, e o dele já está bem mais adiantado – disse. Perguntei, então, o nome de seu amigo e consultei o sistema. Verifiquei que o processo do amigo ainda aguardava julgamento em primeiro grau, e o dele já começava a fase de execução. Quando lhe expliquei isso, ainda levei a maior bronca: – Vocês estão todos tentando me enganar. São uns mentirosos. O meu processo ainda está na 1ª Vara da Fazenda enquanto o processo do meu amigo já está na 10ª Vara.

Memórias do Araranguá, org. Pe. João Leonir Dall’ Alba, Lunardelli, 1987, pp. 27, 33-34, 37. Em 2 de junho de 1894, Bernardino chegou aqui, transferido para a estação telegráfica de Araranguá, e se apaixonou por Ambrosina, com quem casou três meses depois.

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Você nunca sabe que resultados virão da sua ação. Mas se você não fizer nada, não existirão resultados. MAHATMA GANDHI

HISTÓRIAS ENGRAÇADAS DO DIA A DIA

vido [de Porto Alegre] para Torres a 4 de março de 1894. [...] Chegamos à Vila de Torres às 7 horas da noite do dia 18 de março de 1894. [...] Chegando a Torres, hospedei-me num quarto da estação, e não fui muito bem recebido pelo meu colega Manoel A. de Souza, apesar de esse colega de Torres dar-se muito bem comigo pelo aparelho... [...] A Vila de Torres é pobríssima e está situada em cima de uns rochedos junto ao mar. São três montes que se erguem na praia isolada, sendo o do norte onde está edificada a vila. De longe e do mar os três montes parecem torres. Daí veio o nome. [...] Tem uma única rua, de norte a sul; as casas do lado de baixo são nos fundos assombrados e dão para uma lagoazinha que há abaixo do dito monte. Em cima deste está edificada a igreja de São Domingos, padroeiro da vila. Há umas casinhas ao norte dela; ao norte da vila, 2 quilômetros, no lugar que chamam Potreiro, passa o rio Mampituba, que faz divisa com o município de Araranguá, em Santa Catarina. Próximo à igreja, para leste, descortina-se todo o oceano, para oeste, a cordilheira da Serra, para o sul, a praia sem fim, que vai a Tramandaí, Cidreira, e, afinal, Rio Grande, e para o norte, as praias pertencencentes já à minha terra, Santa Catarina. [...] Casamento desmanchado Dias depois escrevi para Rio Pardo à minha noiva Hermínia Ferreira, desmanchando nosso casamento, visto não ter mais esperanças de voltar a Porto Alegre e muito menos a Rio Pardo e desejar muito vir para Santa Catarina.”

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Texto e desenhos: Alexandre Rocha

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s O galo-velho

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CAPA

Virgilio Aoki

Um amigo fazia uma longa viagem, quando, após 14 horas dirigindo, parou no acostamento para tirar um cochilo. De repente foi acordado por uma pessoa que batia à sua janela. – Pode me informar as horas? – perguntou um homem. – São quatro e meia – respondeu ele, voltando a dormir logo em seguida. Pouco depois foi acordado por outra pessoa que batia à janela. – Dava para você me informar as horas? – indagou um corredor. – Quinze para as cinco – respondeu ele. Para evitar mais perguntas, escreveu no verso de um mapa: “Eu não sei que horas são!” Relaxou e voltou a dormir. Um pouco mais tarde ele foi outra vez acordado por uma batida à sua janela. – São cinco e quinze – informou-lhe uma senhora. Szabolcs Kámán ACERVO PRATI.COM.BR

Torres em 1904. Rua Carlos Flores, com a igreja no final

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E T C ETERA

“Lutei 19 anos e seis meses por justiça”

Director Proprietario DURVAL MATTOS Gerente BONIFACIO AGUIAR Redactor POMPILIO FERNANDES Collaboradores DIVERSOS

Maria da Penha Maia Fernandes (Fortaleza-Ceará 1945) é uma farmacêutica brasileira que lutou para que seu agressor viesse a ser condenado. Maria da Penha tem três filhas e hoje é líder de movimentos de defesa dos direitos das mulheres, vítima emblemática da violência doméstica. Em 2017 ela foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz.

Circulou cerca de 3 anos entre 1929-1931 e 1936-1937 “Cartões de visita, enveloppes, contas corrente, papeis para cartas, mata-borrão, facturas commerciaes etc. Nesta Typographia”

A Lei Maria da Penha e a brasileira Maria indicada ao Nobel da Paz

F 24 DE JUNHO DE 1930

Texto: Natacha Cortêz (https://ESTILO.UOL.com.br/comportamento/noticias/redacao/2017/10/15/)

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O QUE A LEI PUNE Um soco na cara, um empurrão, um tiro, facadas: esses são exemplos, inclusive comuns, diz Júlia, da violência física que a lei abarca. No entanto, “qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde corporal” deve ser considerada. Xingamentos; olhar o seu celular sem autorização ou chantageá-la para que deixe ver o celular; controlar os lugares aonde você vai e com quem vai: esses são exemplos de violência psicológica. Porém, “qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação,

manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação”, conta. Estupro marital (o que acontece dentro do casamento); tirar a camisinha sem que você perceba; mentir sobre o coito interrompido; forçar o aborto ou impedir que você tome decisões sobre a própria gravidez caracterizam violência sexual. No mais, “qualquer conduta que a constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos”, também. Esconder sua carteira de trabalho; reter seu salário ou usar o seu cartão sem autorização: tudo isso é entendido como violência patrimonial. “Qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades”, também. Pornô de vingança ou gritar com você no meio da rua: os dois são exemplos de violência moral, mas “qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria” também são. SOBRE O AGRESSOR A violência não precisa partir necessariamente do marido para se enquadrar na lei. Pode vir de companheiras mulheres ou outros membros da família, como irmãos ou até mesmo a mãe.

Segundo contam, John Aorons tinha o bom ou mau costume de aplicar uma surrazinha na cara metade, cada vez que esta deixava de cumprir as suas ordens ou cometesse alguma falta. Recentemente, porém, a surra habitual foi mais forte que de costume e a senhora Aorons pôs o chapéu e correu ao tribunal, disposta a iniciar um processo contra o marido. Mas o juiz, evidentemente, era discípulo de Salomão. Escutou atentamente as declarações da mulher; intimou o marido, e, depois de ouvir o que este dizia sobre o caso, sentenciou o seguinte: “Uma boa esposa deve estar disposta a receber uma surra periódica do marido, sempre que tenha motivos justificados para acariciá-la com pancadas”. A sra. Aorons jurou nunca mais em sua vida ver a cara de um juiz. E o sr. Aorons começou a fazer ginástica para adquirir força...

A Maria da Penha amplia e agiliza a proteção dada pelo Estado a vítimas de violência doméstica. Prevê, por exemplo, que, em até 48 horas, o juiz determine o afastamento do agressor do domicílio e determine distância mínima da vítima. POR QUE SÓ PROTEGE MULHERES? Porque tenta combater o grande número de casos de violência contra elas. A cada hora, 503 brasileiras sofreram alguma agressão física em 2016, segundo pesquisa do instituto Datafolha encomendada pelo Fórum de Segurança Pública.

Caso mysterioso em uma typographia em Cerqueira Cezar

TRAVESTIS E TRANSEXUAIS De acordo com o Conselho Nacional de Justiça, a Lei Maria da Penha não pode ser aplicada a favor de homens. Ela tem servido, contudo, de inspiração para juízes que têm determinado medidas de proteção similares a homens agredidos. E mais: em 22 de maio de 2019, foi aprovado o Projeto de Lei do Senado (PLS) nº 191/2017, que amplia o alcance da Lei Maria da Penha para proteger mulheres transgênero e transexuais, na tentativa de combater a violência contra pessoas que se identificam como integrantes do gênero feminino. A ORIGEM DO NOME Maria da Penha dormia quando seu marido na época, o professor Marco Antonio Heredia Viveiros, atirou em suas costas. A mulher que deu nome à lei acabou paraplégica. O ex-marido de Maria da Penha só foi punido pelos crimes que cometeu depois de 19 anos de julgamento. A indignação de vítima diante da punição branda do marido levou-a a denunciar o caso à Corte Interamericana de Direitos Humanos, que condenou o Brasil a criar uma lei mais rígida para casos de violência doméstica.

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O “Correio Paulistano” publicou a seguinte notícia com as epígrafes acima: “Há dias que a nossa pacata Cerqueira Cezar vem passando em verdadeira agitação. Existe nesta cidade uma tipografia, na qual é editada a folha local, ‘O Porvir’. Desde o dia 13 do corrente está paralisado o serviço da mesma, em virtude de um fato misterioso que tem sido observado por quase toda a população desta cidade e por diversas pessoas de Avaré. Esse fato consiste numa força inexplicável, que joga objetos de um lugar para outro, e com especialidade os utensílios da tipografia. Chaves grandes de peso superior a 2 quilos são jogados por cima de muitas pessoas, às vezes batendo em algumas delas sem machucá-las: pinças, tesouras, lingões, quadrados, tipos em quantidade, granel, componedor, enfim, tudo quanto está à vista dos presentes é atirado ao ar caindo no chão com toda força. [...] O vigário de Avaré veio a esta cidade com diversos amigos e observou o fato. O fenômeno dá-se durante o dia, à noite nada há de anormal. O proprietário levou o fato ao conhecimento da autoridade local, sr. dr. Anibal Velloso de Almeida, que mandou que soldados da polícia revistassem o forro da casa, os quais nada encontraram. [...] Após 9 dias de sacrifício, sem poder trabalhar, não só pelo medo dos ferros que constantemente cruzavam por cima dos operários, como também pela aglomeração de curiosos que invadiam as oficinas, resolveu o proprietário da tipografia mudar de prédio, tendo já quase terminada a mudança. NJ: Pesquisamos no Google, mas não encontramos nada sobre o fato. O que de curioso apareceu sobre Cerqueira César foi que em setembro passado câmaras flagraram uma onça “passeando” pelas ruas da cidade. O felino foi pego e devolvido ao mato.

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No caso da Maria da Penha, foi criada a partir do reconhecimento de que as relações domésticas entre homens e mulheres no país são permeadas por abuso. “Havia necessidade de uma lei que quebrasse o ciclo desse tipo de violência que tanto afeta as brasileiras”, diz Júlia Drummond, advogada e mestranda em direitos humanos pela USP. “Toda mulher, independentemente de classe, raça, etnia, orientação sexual, renda, cultura, nível educacional, idade e religião, goza dos direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sendo-lhe asseguradas as oportunidades e facilidades para viver sem violência, preservar sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e social”, diz o artigo 2º da lei.

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ela é vista por juristas como uma “ação afirmativa”. É assim quando uma medida surge para tentar combater desigualdades acumuladas por anos na sociedade.

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Um marido feliz

Há 13 anos, a Lei Maria da Penha está em vigor no Brasil. Reconhecida pela ONU como uma das três melhores legislações do mundo no enfrentamento à violência contra as mulheres, ○

aAc crônica dos anos 1930

Batendo o record... [Recorde de chaleirismo em Araranguá] Estamos no século XX, século das luzes, e... dos recordes. Hoje, o recorde é uma das grandes preocupações dos touristes. Bate-se o recorde de velocidade de automóveis, de barcos, corridas a pé, de altura, de dança etc. etc. Uma coisa que não tinha sido ainda disputado e que fora batido com sucesso aqui em Araranguá foi o recorde de “chaleirismo”, sendo este extraordinário feito alcançado pelo sr. Alexandre Pitsch. Expliquemos o fato: A 29 do mês passado, achavam-se diversas pessoas no café do sr. Durval Borges, quando entra um tal Affonso, já um tanto embriagado. Depois de ter amolado bastante o proprietário do café, a ponto de ter quebrado uma das mesinhas, procurou o sr. Dorval, com bons modos, retirar o importuno, o qual, já nas proximidades da porta da rua, puxa uma faca, gritando que não saía. O sr. Dorval, para se defender, lança mão de uma cadeira, tendo, neste ínterim, deparando-se-lhe a figura do sr. Alexandre Pitsch, que, recostado sobre o espaldar de sua cadeira, importância alguma ligava ao caso. O sr. Dorval chamou-lhe a atenção, pois, sendo S.S. sub-delegado de polícia, e no exercício do cargo, deveria já ter tomado as providências que lhe competiam. Então o sr. Pitsch, um tanto desconcertado, ordena ao bêbado retirar-se, ao que este, alterando-se, gritou que não saía! Em vista do desprestígio da autoridade do sr. Pitsch, dirige-se novamente ao importuno que, compreendendo a intenção do dono da casa, saltou para a rua, e aí, por muito tempo e em altos gritos, dirigi-lhe impropérios. Censurado o sr. Pitsch, por não ter prendido Affonso, respondeu ingenuamente que não o fez por ser Affonso camarada do sr. Seara!* Não querendo ir mais além, deixamos o comentário a critério dos nossos leitores, dizendo somente que o sr. Alexandre Pitsch, deixando de cumprir com seu dever para ser agradável ao seu amo, bateu o recorde em “chaleirismo”. (*) Alcebíades Seara foi o primeiro governante de Araranguá a ser titulado “prefeito” com a Constituição de 1928. Já fora do governo, seria assassinado em 1936, na Serra da Rocinha, num crime que jamais foi elucidado. O Jardim Municipal Alcebíades Seara faz-lhe homenagem, contendo ainda um monumento em seu nome.

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Nomeado o COMDEMA no Arroio

No Balneário Arroio do Silva, o prefeito Mineiro fechou com chave de ouro o seu mandato, decretando a nomeação dos membros do COMDEMA (Conselho Municipal do Meio Ambiente de Balneário Arroio do Silva), através do Departamento Municipal do Meio Ambiente, com a diretora Suelen Santos. O COMDEMA é um órgão criado por Lei em dezembro de 2001, durante o mandato de Paulo Pedroso Vitor, e que finalmente será instalado em 12 de janeiro, durante sua primeira reunião. Inicialmente o Conselho será formado por representantes da Secretaria de Planejamento, Secretaria de Saúde, Secretaria de Agricultura, Secretaria de Educação, Departamento de Meio Ambiente, Câmara Municipal de Vereadores, Câmara de Dirigentes Lojistas, Associação de Pais e Professores e Polícia Militar Ambiental, instituições estas previstas na Lei, podendo admitir futuramente o ingresso de outras entidades.

Diretores CLAUDENIR OLIVEIRA SOUZA e JURACI FERNANDES Editora, redação e diagramação JURACI FERNANDES Arte final MARILENE MARMITT Redação: Av. XV de Novembro, 2010 - Araranguá-SC Impressão: GAZETA DO SUL Santa Cruz do Sul-RS

Do primeiro edifício de apartamentos

PUBLICADO ENTRE 1989 E 1992

ADERBAL MACHADO

Publica o Jornaleco, edição 529 (dezembro 2020), esta imagem:

F MAIO 1990

Com o objetivo de dar assistência e defender os interesses de seus associados, foi fundado, no dia 4 de abril deste ano, o Sindicato dos Funcionários da Prefeitura de Araranguá. O presidente Brasiliano Maciel Pereira salienta que o primeiro passo será legalizar a documentação, além de realizar sua filiação junto ao Sindicato Regional dos Funcionários Públicos de Santa Catarina. O Sindicato atende os funcionários do Hospital Bom Pastor, Samae e Prefeitura, com uma média de 700 trabalhadores. Já estão filiados 150 empregados. Cada um desconta um por cento de seu salário para a manutenção no Sindicato. Pretendem também contratar um assessor jurídico, “e sempre que surgir um problema com um funcionário, tentar resolver através de um diálogo com o executivo”, diz Maciel. A diretoria está composta de: presidente: Brasiliano Maciel Pereira; vice-presidente: Célio Hercílio M. da Silva; secretário geral: Clóvis Henrique dos Santos; secretária: Terezinha de Jesus Freitas; tesoureiro: Roberto Pacheco; tesoureira: Ana Avani Santos; diretor de imprensa: Ivan Francisco Espíndola — Conselho Fiscal: Leonir Leandro, Aurino Rodrigues e Sebastião Mendes de Aguiar; suplentes: Maria das Dores Souza Costa, Rui Antonio Maciel e Antonio de Freitas Gonçalves. NJ: A edição do PB de maio/junho, nº 13, traz a seguinte notícia:

Prof. MSc. Pedro Paulo de Miranda

APOIO CULTURAL

Acredito adequado fazer o exame das expressões e diálogos, sobretudo quando tornado público. Todavia, sem enveredar pelo rigor metodológico da análise do discurso, espaço reservado para os linguistas e afins nos seus devidos territórios, mas evocando a contribuição das raízes que alicerçam a palavra “verdade”, para iniciar breve problematização das fronteiras que estabelecem a utilização do termo “politicamente correto”. Recorre-se, então, ao olhar histórico das clássicas civilizações que contribuíram para a construção, compreensão e o uso do que se convencionou chamar verdade. Embora, singulares, porém com alcance nítido em tempos atuais, considerando o que se busca tratar. Inicialmente registra-se o vocábulo grego “alétheia”, cujo sentido remete à palavra que não é dissimulada ou ocultada quando verbalizada, portanto, o acontecimento em si. No segundo momento,“veritas” do latim, onde o que se procura descrever é o espelho do fato ocorrido, descrição detalhada e precisa do que aconteceu. Esta última parece se confundir com a primeira, porém há nuance, pois enquanto o primeiro termo ocorre no tempo presente o segundo se reporta ao passado. A terceira expressão é “emunah”, palavra judaica que dá origem a interjeição amém, traduzida para o nosso idioma como “assim seja”. Desse modo, o léxico judaico remete ao acordo feito e que se pretende honrado no futuro. Os vocábulos conceituados constituem a genealogia do substantivo verdade que, em tese, quando considerados, oferecem

autenticidade à linguagem, enquanto o contrário, a vulnerabilidade. À luz das etimologias evidenciadas, buscase examinar a utilização frequente e inadequada da crítica à expressão “politicamente correta”. Assim sendo, constata-se que o emissor do julgamento procura sugestionar que a sentença se basta, na certeza de que é autoexplicativa, e dependendo da ocasião, é colocado em tom categórico, não esclarecendo o parâmetro para a sua utilização.

É este o fundamento da reflexão quanto à utilização do referido termo, que embora reivindique autenticidade fere a genealogia que sustenta o significado de verdade, pois dissimula na medida em que oculta a tendência ideológica, porém desvelada quando o crítico “argumenta” na forma onomatopeica do “mimimi”. Fato que compromete tanto a “aletheia” quanto a “veritas”, em razão de nos casos em que o juízo não detalha a extensão e/ou balizas da inadequação, onde inicia e onde termina o desajuste. Em linguagem lúdica, a impressão que passa é análoga ao adágio popular que afirma “coração de mãe tudo cabe”, portanto o pronome indefinido “tudo” deixa patente à imprecisão do julgamento. Dado o limite de linhas do texto, o “emunah” ficará para outra oportunidade, mas é possível antecipar que o silêncio diante das exacerbadas críticas que sofre o “politicamente correto” não significa o de acordo com quem profere o julgamento. Por fim, é temerário que a falta de esclarecimento abra o espaço vazio que venha a ser ocupado pelo antônimo da urbanidade. É bom lembrar! z

Lembra o fato de o prédio ter sido o primeiro edifício de apartamentos de Araranguá. Trouxe-nos, a Dona Sonia e a mim, lembranças muito doces. Aí foi o começo de nossa vida comum independente, pois até ali morávamos com minha mãe, após nascer a primeira filha, Janaína. Fiquei feliz que ainda está lá o prédio, firme e forte. Naquele tempo era quase uma construção isolada numa grande extensão da rua Engenheiro Mesquita, antigo “Loteamento Inco”, um banhadão dos tempos antigos e onde ficou, durante muito tempo, o transmissor da Rádio Araranguá – ZYT-3. Fomos morar ali de uma maneira insólita: a inquilina anterior queria ir embora e não podia rescindir o contrato e nos transferiu, com móveis e tudo, e o proprietário (locador) aceitou – Ary Souza, depois meu amigaço. História: o engenheiro Mesquista morou na cabeça desta rua, poucos metros à frente e foi o planejador que traçou a cidade de Araranguá, ainda hoje uma das mais bem formadas urbanisticamente, com suas avenidas (chamada, por isto e durante muito tempo “Cidade das Avenidas”) enormes – visionariamente implantadas ainda no final do século XIX, começo do século XX. Nosso apartamento era no primeiro andar e do lado que se visualiza. Belos tempos. Sem grana, mas com enormes quinhões de felicidades.

ATENDIMENTO: De segunda a sexta: das 8h às 12h e das 13h30 às 19h Sábados: das 8h às 12h e das 13h30 às 17h Tel. 3524-3071 Av. XV de Novembro

SINDICATO LEGALIZADO O Sindicato dos Funcionários da Prefeitura Municipal de Araranguá, presidido por Brasiliano Maciel Pereira, já se encontra devidamente legalizado. A Diretoria executou um ofício de apresentação ao prefeito Antonio Eduardo Ghizzo, diretor da Samae José Plínio Borges e diretor do Hospital Bom pastor Célio Costa, solicitando que o setor de pessoal proceda aos descontos autorizados pelos associados. Pretendem solicitar uma ajuda financeira junto ao Prefeito Municipal para despesas de documentação do Sindicato.

JANEIRO 2021

JORNALECO 530

DOS ARQUIVOS E TEXTOS DE HISTÓRIA DE ANTONIO SOARES

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Fundado o Sindicato dos Funcionários da Prefeitura

Usos e abusos da expressão “politicamente correto” ○

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APOIO CULTURAL

SOLO DO EDITOR RICARDO GRECHI

Mudança do Cemitério Em 1896, o Cemitério Municipal de Araranguá situava-se no local onde hoje existe a Praça Hercílio Luz [...] [O cemitério foi transferido para um local à época bem afastado da vila, hoje Cemitério Cruz das Almas]. Com o auxílio do arquivo de Antonio Soares, nos foi cedido um dado de grande importância, tanto para nós como todo cidadão araranguaense.

Cemitério Municipal num dia de finados no início do século 20, registrado por Bernardino de Senna Campos

A Lei nº 15, de 3 de janeiro de 1896, autoriza a mudança do cemitério desta vila. O Coronel João Fernandes de Souza, superintendente municipal de Araranguá, faz saber a todos os habitantes deste município que o conselho municipal votou e eu sancionei a seguinte Lei nº 15: Artigo 1º - Fica o superintendente autorizado a mudar o cemitério público desta vila para um lugar mais apropriado e fora da vila. [...] Artigo 4º - Tendo decorrido 5 anos que não tenha havido sepultamentos no cemitério existente, será autorizada a remoção dos restos mortais para o novo cemitério. [...] João Fernandes de Souza - superintendente municipal. Publicada nesta secretaria da superintendência municipal de Araranguá, aos 3 dias de janeiro de 1896. Orestes Galdino de Araújo - secretário.

Vetada pesca na boca da barra em 1896 Faço saber, a todos os habitantes deste município, que o conselho municipal votou e eu sancionei a seguinte Lei nº 17: Artigo 1º - É proibida a pesca de qualquer espécie na boca da barra ou no pontal das casas da barra velha para baixo. § 1º - permite-se a pesca de linha sendo feita de terra em qualquer ponto. Artigo 2º - É igualmente proibido colocar feiticeiras no Morro dos Conventos para baixo, bem como não é permitido colocar rede feiticeira que atravesse o rio Forquilha Grande para baixo. Artigo 3º - É igualmente proibido bater na água ou canoa na ocasião de pescaria. Artigo 4º - Não é permitido pescar bagre de rede nas áreas da Barrinha ou Barra Velha do dia 1º de janeiro até 31 de maio de cada ano. Artigo 5º - É expressamente proibido fazer uso de redes nas pescas das águas de lagoas e rios de Urussanga. Artigo 6º - O infrator de qualquer destes artigos será multado na quantia de 30$000 mil réis ou 30 dias de cadeia e o dobro na reincidência. § único - para se efetuar a multa será suficiente a prova da infração feita por 3 testemunhas. Artigo 7º - Revogam-se as disposições em contrário. Mando, portanto, a todos a quem pertencer o reconhecimento e execução da presente Lei que a cumpram e façam cumprir, tão fiel e inteiramente como nela se contém. O secretário faça publicar e correr. Araranguá, 10 de julho de 1896 João Fernandes de Souza - superintendente municipal. Orestes Galdino de Araújo - secretário.

BALNEÁRIO ARROIO DO SILVA DISK ENTREGA

Matriz: 3526-1339 Filial: 3526-1112


joão batista de souza ○

Diretor WLADINIR LUZ Redator ERNESTO GRECHI FILHO Gerente HERVALINO CAMPOS Tipógrafos WALDEMIRO, FERRINHO, NEI etc. Impressão: GRÁFICA LIDER (LIDO) (ORION) de 1960 a 1975 Redação e oficina: Av. Getúlio Vargas, 158-170, em frente ao Cine Roxy

No tempo dos tamancos, chapéus e lencinhos

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O povo era muito mais elegante que hoje. Nas festas de São Roque, os dois alfaiates da vila já não aceitavam mais encomendas de fatiotas 30 dias antes devido a demanda. ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Não era raro vermos guris usando calças (curtas e sem cueca) e camisas (sem golas) feitas de panos de sacos. Minha mãe vivia tingindo roupas que meu irmão mais velho não podia mais usar. Ficavam “novinhas em folhas”. Era até “normal” vermos meninos pequenos andando nus. Hoje, nas festas juninas costuma-se costurar “remendos” nas roupas para nos caracterizar (exageradamente) o caipira, mas, “no meu tempo”, essa prática não era incomum; havia até um ditado – quando se queria dizer que certas pessoas ou certas atitudes ou certas coisas não se coadunavam umas com as outras por serem incongruentes: “Não se usam remendos novos em roupas velhas!” Por outro lado, o povo era

muito mais elegante que hoje. Nas festas de São Roque, os dois alfaiates da vila já não aceitavam mais encomendas de fatiotas 30 dias antes devido a demanda. Homens com melhores condições financeiras usavam ternos, gravatas e chapéus. E as damas não ficavam para traz em suas vestimentas festivas. Tem uma história de um moço que foi até a loja de seu Virgílio Maccari comprar um chapéu novo para a festa. Ele já havia sondado os preços em Criciúma. Seu Maccari tinha recebido um estoque de chapéus prevendo a festa, mas as vendas não foram as esperadas pelo lojista, então, ele teve que abaixar os preços. O rapaz entrou na loja e disse ao balconista: “Quero experimentar uns chapéus!” O balconista trouxe-lhe alguns modelos, dentro de suas respectivas caixas, tudo artigo de “marca”. O cliente: “Gostei desse, qual é o preço?” “Vinte conto derréis!” Como os preços dos chapéus, vistos em Criciúma, deveriam ser muito maiores, o caboclo achou que por aquele preço o chapéu não deve ser bom! Seu Maccari que acompanhava toda a negociação e, pressentindo a situação, interveio: “Mário (balconista), o rapaz tem razão de reclamar, esse chapéu não serve, tenho outro lá dentro que chegou essa semana e é bem melhor, só um pouquinho mais caro”. E trouxe outro chapéu, que estava “encalhado” desde o ano anterior, e decretou: “Esse é do bom, mas vai te custar trinta e cinco contos!” O rapaz gostou do preço, pagou os trinta e cinco e saiu todo prosa, com seu novo chapéu. Os lencinhos também eram muito usados e as “donzelas” costumavam deixá-los cair, “distraidamente”, na esperança que algum moço, mais educado, a chamasse e assim pudesse iniciar um namoro, que popularmente z chamávamos de “carreto”.

F 3 AGOSTO /1968

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Os motoristas de praça de Araranguá promoveram a tradicional Festa de São Cristóvão com magníficas solenidades. O término foi uma churrascada no Campo do Grêmio. Sentimos que a chuva tenha atrapalhado um pouco as festividades. Não arrefeceu, porém, o ânimo da rapaziada do volante, que comemorou e sambou até tarde, apesar do mau tempo. Parabéns aos organizadores.

No dia 22 de setembro último, nos salões do Rodoviário, na Urussanguinha, foi apresentado grande show artístico, com artistas de nossa região. O animador Gula trouxe duplas e trios da nossa música caipira, inclusive Luiz Vidal, da Rádio Tupi de São Paulo. Lídio e Lédio - Antoninho Silva - Pedrinho - Pedrinha e Juarez Terezinha e Julinha - Irmãos Teixeira - os trovadores Miro e Tido - Anibal, Mané e Chiquinho estiveram se apresentando neste grande show, que comemorou mais um aniversário do “Programa Rancho de Palha”, da Rádio Araranguá. O animador Gula, titular dos programas sertanejos da Rádio Araranguá, foi o comandante deste espetáculo junto ao Sílvio, que é seu locutor oficial.

A Empresa Santo Anjo da Guarda inaugurou, recentemente, sua luxuosa linha noturna com ônibus dotado de poltronas-leito. De Porto Alegre para Florianópolis, servindo as localidades de seu itinerário, a Santo Anjo passou a oferecer esse ótimo serviço.

F 24 AGOSTO /1968

174 F

Polícia Rodoviária Federal Foi instalada nesta cidade a Patrulha da Polícia Rodoviária Federal, que terá sob sua jurisdição o trecho da BR-101, de Mampituba a Criciúma. Atualmente, encontram-se nesta cidade o sr. Augusto Xavier Rodrigues Junior, inspetor chefe da Unidade Rodoviária Federal, do 16º DRF, Dr. João Inapólito, chefe do Serviço de Trânsito, patrulheiros Izé Duarte da Silva, chefe do núcleo de Araranguá; Eliziário Ramos Schmidt, técnico de rádio Calimeril Borges, Generino Tavares. O núcleo desta cidade funcionará com onze elementos patrulheiros.

Construções na cidade Entre as construções mais recentes, vamos registrar os prédios do Restaurante Nico Silva e dos irmãos Becker. Ambos situados em pontos centrais. O empreendimento dos irmãos Becker contará com restaurante, hotel, bar e pátio de estacionamento. A Transportes Araranguaense também construirá, no futuro, um magnífico edifício ao lado de suas instalações. O Restaurante Irmão da Estrada já se acha em fase de conclusão.

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“Rancho de Palha” – mais um ano de sucesso

Empresa Santo Anjo da Guarda

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F 6 OUTUBRO /1968

Churrasco dos taxistas

APOIO CULTURAL

Casos e “causos” da minha época A maioria das pessoas andava descalça. Sapatos, só pra ricos. Tem o “causo” de um moço que morava na roça e conseguiu, com muito custo, adquirir um par de sapatos. O “homi” era, também, muito sovina. Aos domingos, quando ia ao terço na vila, ou uma Missa, o jovem levava os calçados nas mãos, lavava os pés num córrego, perto da igreja, calçava-os, e, ao voltar para casa, tratava de tirálos novamente, pra não gastar as solas. Certa vez, ao voltar para casa, descalço, o roceiro deu um tropicão tão forte em um tronco que lhe arrancou o dedão do pé direito. Como era descendente de italianos – de origem, como se autoproclamavam – o moço falava meio atrapalhado, do tipo: “Eu querria comprá, um caro, mas, é muito carro”. Então o “taliano”, saltitando e gemendo de dor, teria dito: “Que shorte! She eu tiveshe de shapato terria arancado um bico”.

Eu mesmo usei muitos tamancos feitos de madeira; por cima, couro. Muitas calças curtas, sem presilhas, pois, em vez de cintos, usavam-se suspensórios. Cuecas (ceroulas) eram artigos de luxo. Um dia eu estava jogando bolinhas de vidro com outras crianças, na estação ferroviária, enquanto esperava o trem de passageiros, quando vendíamos de tudo: frutas da época, cocadas, pé-de-moleque... Distraído, não percebi que minha calça (curta) havia se rasgado... bem atrás. Um passageiro que, também espera o trem, comentou: “Aquele moleque está tão distraído jogando bolinhas agachado que está até mostrando o ‘fevereiro’”.

JANEIRO 2021

m jornal de 1909 dizia: “Ônibus invade residência e atinge uma idosa de 42 anos”. Não, você não leu errado: quarenta e dois anos era a idade da “idosa” atingida pelo ônibus. Wikipédia: “... Nas primeiras décadas do século XIX a esperança de vida na Europa Ocidental rondava os 33 anos...”. Graças ao bom Deus estamos no século XXI, se não eu já teria morrido uns quarenta e dois anos atrás. Nasci em meados do século XX. Vi coisas bizarras e também progressos. Você admitiria que o pai se metesse no seu namoro? Pois meu pai, o Zé Fermino, ia buscar, na parada do ônibus, o namorado de minha tia Nena, que se criou e morou, até se casar, em nossa casa. Não arredava o pé da sala. Por outro lado, o homem passou a voar como pássaros desde o início do século XX. Isso é ou não é progresso?

F A CRÔNICA DOS ANOS 1960 F

JORNALECO 530

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j LOGOTIPO CRIADO POR C. E. GUASCO (ESTREOU NA EDIÇÃO 169 DE 16/04/1968 E FOI USADO ATÉ O FINAL)

Péssima recepção dos canais de TV Esta aí uma coisa que em vez de progredir, regrediu. Há dois anos, quando foram instaladas as torres de TV na cidade, as imagens eram captadas com perfeição. Hoje, é uma calamidade. Irrita até frades de pedra. Imagens horríveis, sons pavorosos. Uma TV Clube, de Tubarão, tanto fez, que conseguiu transferir uma das [torres] de TV do Morro do Centenário para o Morro Albino, onde já se encontrava a outra retransmissora. Resultado: ambas pifaram. Atualmente, possuir aparelho de TV é mais um passo para a neurastenia. Ou melhora essa coisa, ou o remédio é arrancar tudo. E que venham outros canais. Nem que sejam os da Mancha, do Panamá etc.

F 23 NOVEMBRO /1968

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TVs melhoram imagens Com a visita, ao Sul, de técnicos de São Paulo, as imagens e sons das TVs Piratini e Gaúcha passaram a ser captadas com mais perfeição. Entretanto, segundo fomos informados, num futuro breve deverão as instalações em geral sofrer radical modificação. Uma nova técnica será empregada. Isso redundará numa despesa mais ou menos avultada. Por isso, a colaboração dos proprietários de aparelhos do sul catarinense será imprescindível. Outros fatos que foram notícia neste período de 1968 n A criação do Clube dos Diretores Lojistas (CDL) e do SPC em Araranguá n O “buraco” na rua Rui Barbosa, que ficou meses sem solução (o mesmo que reapareceu em 1995 e em 2019) n A desapropriação da área atingida pelo alongamento da av. Sete de Setembro, que só ocorrerá na administração de Gercino Pasquali, seguinte a de Osmar Nunes

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Reuniões 4as e 6as feiras, às 19h30 Próximo à Câmara de Vereadores Balneário Arroio do Silva

Reuniões 4as feiras, às 20h Sala na Igreja Episcopal, centro - Araranguá

POLÍCIA MILITAR: 190 SAMU: 192 BOMBEIROS: 193 ABUSO INFANTIL /DENÚNCIA: 100 ATENDIMENTO À MULHER: 180 PREVENÇÃO AO SUICÍDIO: 188 ○

1. Fazer do mês de janeiro o marco temporal estratégico para que as pessoas e instituições sociais reflitam e efetivem ações em prol do combate ao adoecimento emocional dos indivíduos e instituições; 2. Chamar a atenção para os temas da Saúde Mental e da Saúde Emocional na vida das pessoas; 3. Aproveitar a simbologia do início de todo ano para incentivar as pessoas a pensarem a respeito da sua vida e do quanto investem em sua Saúde Mental e Emocional e daqueles que estão ao seu redor; 4. Chamar a atenção das mídias e das instituições sociais para a importância da promoção da Saúde Mental e Saúde Emocional dos indivíduos; 5. Contribuir para a construção, fortalecimento e disseminação de uma “Cultura da Saúde Mental” que estimule a elaboração de políticas públicas em benefício da Saúde Mental dos indivíduos.

N.A. Narcóticos Anônimos

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EDIÇÃO: ROSSANA GRECHI

telefones para emergências

Reuniões 3as feiras, às 20h00 Sala na Igreja São Cristóvão - Maracajá ○

Os 5 objetivos da Campanha:

Reun. 2as f., 20h - Junto ao A.A. - Araranguá

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Janeiro Branco: campanha em prol da saúde mental Fonte: https:// OSTOMAIS. com/janeiro-branco-saude-mental/

APOIO CULTURAL

Muitas pessoas, quando pensam no tema “Saúde Mental” acabam na verdade fazendo uma associação com “Doença Mental”. Entretanto, a saúde mental implica muito mais que a ausência de doenças mentais. Estar mentalmente saudável, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) é o estado de bem-estar no qual uma pessoa consegue desempenhar suas habilidades, lidar com as inquietudes da vida, é capaz de trabalhar de forma produtiva e contribuir para a sua comunidade. Um indivíduo mentalmente saudável compreende que não existe a perfeição e que todos os seres humanos possuem limites. Também compreende que a vida real é regada de diversas emoções, como por exemplo: alegria, amor, tristeza, raiva e frustração. Além disso, são capazes de enfrentar os desafios e as mudanças da vida cotidiana com equilíbrio e sabem procurar ajuda quando têm dificuldade em lidar com conflitos, perturbações, traumas ou transições importantes nos diferentes ciclos da vida – como acontece quando a pessoa precisa de uma ostomia. Resumindo, a Saúde Mental de uma pessoa está relacionada à forma como ela reage às exigências da vida e como lida com os seus desejos, capacidades, ambições, idéias e emoções.

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– Estar bem consigo mesmo e com seus familiares, colegas, amigos e qualquer outro; – Entender os desafios da vida; – Saber lidar com as boas emoções e também com aquelas desagradáveis, mas que fazem parte da vida; – Reconhecer o próprio limite e buscar ajuda quando necessário.

Como manter a saúde mental? Não se isole, ao enfrentar um desafio ou problema; reforce seus laços familiares e de amizade – estar ao lado de quem quer você bem ajuda sempre! Diversifique os seus interesses – que tal uma nova rotina – atividade física, talvez? Mantenha-se intelectual e fisicamente ativo. Procure um livro que goste de ler, desenhe, procure fazer artesanato, caminhe no parque, passeie com seu cachorro! Consulte o seu médico, perante sinais ou sintomas de perturbação emocional.

Por que janeiro e a cor branca? Em janeiro, as pessoas têm a sensação de um recomeço, muitos planos e novo estilo de vida. Esse clima foi a base para que as pessoas começassem o ano pensando também em sua saúde mental. Além disso, é comum experimentar alguma melancolia ou angústia durante a passagem do ano, e janeiro é um momento em que muitas pessoas ainda estão fragilizadas por isso. Então esse o momento ideal para buscar ajuda profissional e começar a cuidar da mente. A cor branca representa um quadro ou página em branco. Significa o papel em branco, no qual escreveremos ou desenharemos uma nova história da saúde mental, sem os tabus e preconceitos que a cercam. Um novo começo!

E como começar a desenhar um novo começo? A campanha Janeiro Branco sugere que, neste início de ano, todos nós tomemos algumas medidas em prol de nossa saúde mental: Refletir: com a chegada do ano novo, será que você está pronto para se tornar uma nova pessoa? Então, aproveite o momento de reflexão para pensar no que você pode mudar na sua vida para ser mais feliz. Aceitar os ciclos: assim como os anos que iniciam e acabam, a vida também é

TOURNIER Dr. Everton Hamilton Krás Tournier Graduado e especializado na Universidade Federal de Santa Catarina • Pós-graduado no Instituto Adolfo Lutz de São Paulo • Pós-graduado na Universidade do Sul Catarinense E-mail: tournier@contato.net

Quais

os principais problemas de saúde mental? No Brasil, estima-se que em cada 100 pessoas pelo menos 30 delas tenham ou venham a ter problemas de saúde mental. A depressão, a ansiedade e a síndrome do pânico são os principais. Conheça um pouco mais sobre cada um deles agora. feita de ciclos. Portanto, entenda que, se você estiver num mau momento, ele vai passar. E uma próxima etapa, de reconstrução e alegrias, chegará. Então aproveite para se preparar para o próximo ciclo que vai começar! Preparar-se para agir: o hábito de meditar e refletir sobre o que está acontecendo com você é essencial para conquistar o estado mental que você deseja. Sendo assim, o que você pode fazer, que pensamentos pode ter, que possam levar você a ter uma vida mais saudável e feliz? s

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DEPRESSÃO De acordo com a definição do Ministério da Saúde, a depressão é um dos problemas de saúde mental mais comuns no mundo. Além disso, acompanha a humanidade por toda a sua história. É considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como o “Mal do Século”. Trata-se de um distúrbio afetivo que afeta a vida emocional da pessoa, que passa a apresentar tristeza profunda, falta de apetite, de ânimo e perda de interesse

JANEIRO 2021

Mas… o que é saúde mental?

Saúde mental tem a ver com:

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Estima-se que em cada 100 pessoas, ao menos 30 sofrem ou sofrerão, em algum momento da vida, de problemas de saúde mental. Além disso, o Atlas de Saúde Mental 2017 da Organização Mundial da Saúde (OMS) identificou que há, em todo o mundo, uma escassez de profissionais de saúde capacitados e de instalações de saúde mental baseadas na comunidade.

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APOIO CULTURAL

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não deixe de procurar ajuda. Além disso, existem ações de apoio à saúde mental, coordenadas pelo Ministério da Saúde, como a Política Nacional de Saúde Mental.

generalizado. Além disso, patologicamente, há presença de pessimismo, baixa autoestima, que aparecem com frequência e podem combinar-se entre si. Assim, é imprescindível o acompanhamento médico tanto para o diagnóstico quanto para o tratamento adequado. ANSIEDADE O Brasil é considerado o país mais ansioso e estressado da América Latina. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nos últimos dez anos o número de pessoas com depressão no mundo todo aumentou 18,4%. Então, isso corresponde a 322 milhões de indivíduos, ou 4,4% da população da Terra. No Brasil, 5,8% dos habitantes – a maior taxa do continente latino-americano – sofrem com o problema. Além disso, também foi identificado que o sexo feminino é o que mais sente as consequências com 7,7% sendo ansiosas. Nos homens, a porcentagem cai para 3,6%. SÍNDROME DO PÂNICO A síndrome do pânico ou, conforme denominada pela Psiquiatria, Transtorno do Pânico, é uma enfermidade que se caracteriza por episódios abruptos absolutamente inesperados de medo e desespero. Exemplificando, a pessoa tem a impressão de que vai morrer naquele momento de um ataque cardíaco, porque o coração dispara, sente falta de ar e tem sudorese abundante. Quem padece de síndrome do pânico sofre durante as crises e ainda mais nos intervalos entre uma e outra, pois não faz a menor ideia de quando elas ocorrerão novamente, se dali a cinco minutos, cinco dias ou cinco meses. Isso traz tamanha insegurança que a qualidade de vida do paciente fica seriamente comprometida.

Onde

procurar ajuda?

Primeiramente, ao perceber que precisa de ajuda ou identificar que alguém que você ama precisa, procure um profissional de psicologia, ao menos para uma avaliação. Então, fale com o seu médico, sua enfermeira estomaterapeuta, profissionais de saúde básica, familiares ou amigos. Enfim,

O que é a Política Nacional de Saúde Mental? Segundo o site do Ministério da Saúde, Política Nacional de Saúde Mental é uma ação do Governo Federal, coordenada pelo Ministério da Saúde. Sendo assim, a ação compreende as estratégias e diretrizes adotadas pelo país para organizar a assistência às pessoas com necessidades de tratamento e cuidados específicos em saúde mental. A Política abrange a atenção a pessoas com necessidades relacionadas a transtornos mentais como: depressão, ansiedade, esquizofrenia, transtorno afetivo bipolar, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) entre outros. Além disso, também possui programas voltados para pessoas com quadro de uso nocivo e dependência de substâncias psicoativas, como: álcool, cocaína, crack e outras drogas. Assim o acolhimento dessas pessoas e seus familiares é uma estratégia de atenção fundamental do programa, para a identificação das necessidades assistenciais, alívio do sofrimento e planejamento de intervenções medicamentosas e terapêuticas, se e quando necessárias, conforme cada caso. Além disso, indivíduos em situações de crise podem ser atendidos em qualquer serviço da Rede de Atenção Psicossocial, formada por várias unidades com finalidades distintas, de forma integral e gratuita, pela rede pública de saúde. Assim como as ações assistenciais, o Ministério da Saúde também atua ativamente na prevenção de problemas relacionados à saúde mental e dependência química. Por exemplo, iniciativas para prevenção do suicídio, por meio de convênio firmado com o Centro de Valorização da Vida (CVV), através de ligações gratuitas em todo o país [Disque 188].

Quem cuida da mente, cuida da vida! Aproveite o clima da campanha Janeiro Branco, curta toda a sensação de renascimento que o mês de janeiro, com sua perspectiva de mudança e faça algo imprescindível à sua saúde mental: reveja, de tempos em tempos, suas atitudes. Então recupere suas energias, feche ciclos e inicie uma nova fase! z

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