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PANFLETO CULTURAL
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H FUNDADO EM 18 DE MAIO DE 1994 H
ANO 27 âą NÂș 531 âą FEV-MAR DE 2021 Periodicidade mensal. Tiragem: 1.000 exemplares Fechamento desta edição: 07/03/2021 11h45 E-MAIL: jornaleco.ara@gmail.com CNPJ 28.000.138/0001-00
EDIĂĂO, DIAGRAMAĂĂO E REVISĂO Ricardo Grechi CONTATOS Rossana Grechi ASSISTĂNCIA Guaraciara Rezende, Gibran Rezende Grechi, Nilson Nunes Filho IMPRESSO NA GRĂFICA CASA DO CARIMBO DE Rosa e Aristides CĂ©sar Machado PRODUĂĂO Nicolas Nazari Machado PREPARAĂĂO DO FOTOLITO David Machado Fernandes CORTE Toninho Abel IMPRESSĂO Valdo Martins
© Ricardo Francisco Gomes Grechi (reg. nÂș 99866, prot.4315/RJ de 17/07/1995)
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AraranguĂĄ, terra de bandidos? A L E X A N D R E R OCHA morte do delegado Ma- OUTROS TEMPOS MĂ FAMA Talvez, quando alguĂ©m procurar noel Maciel, em 1924, foi A afirmação de que um fato marcante e de uma sombra no jardim que leva o nome âAraranguĂĄ era terra de repercussĂŁo no Estado, de AlcebĂades Seara, entre um bate bandidosâ ouvida pelo que botou lenha na fo- papo e outro poderĂĄ dizer que toda mĂ©dico mineiro AntĂŽnio gueira, ainda mais sendo aquela conversa era coisa dos tempos de Barros Lemos, quase ele um homem da lei, antigos, em que nĂŁo havia lei, nem o fez mudar de idĂ©ia e nĂŁo vitimado, pelo que se sa- justiça, e que agora, em tempos mais querer instalar-se modernos, nĂŁo mais caberia aplicar a be, por intrigas polĂticas. em AraranguĂĄ em 1933. cruel pecha para uma cidade tĂŁo De fato, a fama destas formosa. TOCAIA NA SERRA terras de longĂnquos serCarregando a mĂĄcula de tĂ”es fronteiriços e vasto terra violenta, AraranguĂĄ ASSASSINATO DO PREFEITO interior quase inĂłspito Dr. AntĂŽnio de Barros nĂŁo parecia muito con- SALMI PALADINI nĂŁo era lĂĄ das melhores. Lemos Mas os fatos nĂŁo vidativa para um Isto, em muito, se deve sossegam e, por muiao fato da antiga vila ter sido uma visitante ou quem a procurasse to tempo, inevitareceptora de refugiados dos levantes para recomeçar a vida. Ă de velmente, um assuniniciados no Rio Grande do Sul. Pri- se imaginar, entĂŁo, o que nĂŁo to que tambĂ©m repermeiro a Revolução Farroupilha, depois teria pensado o jovem mĂ©dico percutirĂĄ com espana Federalista, quando pela regiĂŁo quando, estando na cidade hĂĄ to geraçÔes afora Ă© o passavam ou aportavam destemidos poucos anos, soube do assasassassinato do entĂŁo vagantes debandados que acabavam se sinato do ex-prefeito AlcebĂaprefeito Salmi Palaenvolvendo em confusĂ”es de vila em des Seara, que era alguĂ©m resdini, ocorrido no dia vila e AraranguĂĄ, estratĂ©gico lugar de peitado atĂ© pelos adversĂĄrios, 1Âș de novembro de esconderijo temporĂĄrio, era uma delas. ainda que tambĂ©m contasse 1980, durante sua caOutro motivo da mĂĄ fama eram os alguns desafetos polĂticos. Sua minhada diĂĄria pela posteriores sangrentos acertos de con- morte aconteceu nas proximimargem da estrada tas pelo interior, envolvendo adversĂĄ- dades da construção da Serra Salmi Paladini para o Arroio do Silva. rios locais partidĂĄrios das mesmas da Rocinha, obra que administrava. A tocaia armada nĂŁo lhe deu DĂ©cadas depois, ao se referir ao fatĂdico revoltas. chances, e o episĂłdio ainda repercute episĂłdio, as pessoas ainda parecem âfaatĂ© os dias de hoje, envolto em grande lar de lado e olhar pro chĂŁoâ, segundo DELEGADO ASSASSINADO Chico Buarque em âApesar de vocĂȘâ. DĂ©cadas depois, a repercussĂŁo da mistĂ©rio.
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ARARANGUĂ-SC FEV-MAR 2021 ANO 27 NÂș 531
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100 anos do nascimento de Ernesto Grechi Filho, o maior jornalista da histĂłria de AraranguĂĄ
N
ASCIDO EM LAGES, em 2 de fevereiro de 1921, chegou a AraranguĂĄ com os pais, vindos de SĂŁo JosĂ©, em 1928. Em 1940, ingressou no 14Âș BatalhĂŁo de Caçadores, em FlorianĂłpolis. Depois, foi para o ParanĂĄ e fez a vida lĂĄ. Casou em 1953 com a araranguaense Neda Gomes. Morando em ParanaguĂĄ, tiveram os dois primeiros filhos. Voltando em 1956 para morar definitivamente em AraranguĂĄ, tiveram outros cinco filhos. Dono de posto de gasolina no ParanĂĄ, aqui ele abriu as Lojas Grechi, primeira loja de departamentos da regiĂŁo, famosa pela variedade, novidades e artigos finos. Em 1960, convidado pelo 02/02/1921 mĂ©dico Wladinir Luz, fundaram o 24/06/1997 Correio de AraranguĂĄ, que atĂ© 1975 foi nosso Ășnico jornal (salvo 1964 e 1974-1975 com O Sul, de Osmar Nunes). Adquirindo a grĂĄfica impressora do jornal (que transformaria na GrĂĄfica Orion), Ernesto tocou o Correio de AraranguĂĄ que, atĂ© inĂcio dos anos 1990, detinha o
tĂtulo de o mais longevo da nossa histĂłria, entĂŁo ultrapassado pelo Tribuna do Vale, que circularia por 21 anos, e mais tarde pelo Jornaleco. Praticando um jornalismo empenhado no progresso do municĂpio, foi partidĂĄrio da UDN, depois ARENA, mas tambĂ©m dava espaço para outras siglas no seu jornal, fomentando sempre o diĂĄlogo, nunca o revanchismo. O famoso âGraxaimâ foi poeta e o mais prolĂfero jornalista do extremo sul catarinense: alĂ©m de editar e escrever o Correio de AraranguĂĄ, foi correspondente do Correio do Povo, de Porto Alegre, de O Estado, de FlorianĂłpolis, e do Jornal de Santa Catarina; em AraranguĂĄ ainda colaborou assiduamente com O Sul, Tribuna do Vale, Folha do Vale, Nosso Tempo; em CriciĂșma, com a Tribuna Criciumense, Correio do Sudeste, Jornal da ManhĂŁ. Depois de 30 anos, aposentou a pena em 1991. O acervo que nos deixou do Correio de AraranguĂĄ Ă© um dos nossos maiores patrimĂŽnios histĂłricos. + p. 2 e 4
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