JORNALECO
A P O I O C U LT U R A L
H FUNDADO EM 18 DE MAIO DE 1994 H
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APOIO CULTURAL
ANO 25 • Nº 509 • FEVEREIRO DE 2019 Periodicidade mensal - Tiragem: 1.000 exemplares Fechamento desta edição: 04/02/2019 8h30
PANFLETO CULTURAL
E-MAIL: jornaleco.ara@gmail.com CNPJ 28.000.138/0001-00
EDIÇÃO, DIAGRAMAÇÃO E REVISÃO Ricardo Grechi CONTATOS Rossana Grechi ASSISTÊNCIA Guaraciara Rezende, Gibran Rezende Grechi, Nilson Nunes Filho IMPRESSO NA GRÁFICA CASA DO CARIMBO DE Rosa e Aristides César Machado PRODUÇÃO Nicolas Nazari Machado PREPARAÇÃO DO FOTOLITO David Machado Fernandes CORTE Toninho Abel IMPRESSÃO Valdo Martins
TAGS z FLYERS z FOLDERS z CONVITES z PANFLETOS z EMBALAGEM z NOTAS FISCAIS z CARTAZES z CARTÕES DE VISITA z IMPRESSÃO DE LIVROS
© Ricardo Francisco Gomes Grechi (reg. nº 99866, prot.4315/RJ de 17/07/1995)
Leia o JORNALECO em https://issuu.com/jornaleco (desde jan.2009) e assista nossos vídeos no YouTube: Jornaleco Araranguá SC UMA PUBLICAÇÃO
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‘Gomes, Garcia focaliza a Garota do Mês’ ...em 1964
JORNALECO ARARANGUÁ, FEVEREIRO DE 2019 • ANO 25 • Nº 509 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA – CORTESIA DOS ANUNCIANTES
Zé Arthur
Memórias do Arroio P. 6 e 7
Aeromoças
De 1995 a 2001, o JORNALECO publicou, regularmente, a série fotográfica “A Bela Araranguaense”. Na época, era bastante comum a publicação de fotos das moças da cidade nos jornais impressos. Isso, antes do advento da internet e de suas redes sociais, quando a publicação de fotografias dependia dos veículos impressos. Embora o Correio de Araranguá já publicasse fotos das debutantes nos anos 1960, o jornal O Sul, do Osmar Nunes, que circulou em nossa cidade em 1964, foi o pioneiro em publicar aleatoriamente fotografias de garotas araranguaenses. Os retratos reproduzidos aqui são das garotas que saíram naquele semanário, durante aquele ano, e foram reproduzidos diretamente das páginas de O Sul. Os clichês eram patrocinados pela loja de tintas e ferragens Gomes, Garcia & Cia. Ltda.
Araranguaenses que ingressaram na aviação. Manuela (ao fundo), com colegas da LATAM. P. 3
Fotografado no Salvador; e hoje, aos 71 anos. P. 2 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
Balancete da Festa do Divino em 1965 Jadne Elias
Nilcéia Gomes
Detalhes: dos gastos com foguetes e banda ao lucro das novenas. P. 5
Marília Machado
OS PAIS: Madalena - Maria e Edgar Jadne - Alaíde e Salim Nilcéia - Cremilda e Pedro Marília - Jurema e Ivo Sandra - Darci e Max Iris - Ines e Fermínio Maria Célia - Zélia e Osmar
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1981. Turmas do CICIAR são levadas ao Cine Roxy para ver Christiane F. A intenção é dar um choque antidrogas nos estudantes. P. 9
ESCOLA: Curso Normal, no Colégio Madre Regina, Araranguá - SC
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FESTA DO DIVINO NOS ANOS 1960
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O CLUBE QUE FAZ PARTE DA NOSSA HISTÓRIA Av. XV de Novembro, 2030 - Centro - Tel. (48) 3522-0447 gremiofronteira.com.br facebook.com/gremiofronteiraclube
Zé Arthur ○
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RICARDO G RECHI ○
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Zé Arthur é um caminhante. É fácil
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encontrá-lo subindo a Cel. João Fernandes em direção à Praça, a partir de sua casa, na Pedro Fernandes, onde mora há mais de 40 anos com a esposa. Sua caminhada começou em 18 de outubro de 1947, ao vir à luz, em Araranguá, filho de Maurília Vieira Bertoncini e Otávio Bertoncini. A família formada por Otávio e Maurília, que contaria no total oito filhos: além do Zé Arthur, João, Iolanda, Maria Zélia, Selva, Luiz Oscar, Salete e Maria da Graça, deu uma grande volta: vieram de Orleans para Araranguá, foram para Tubarão, voltaram para Orleans, e, finalmente, de retorno a Araranguá, aqui permaneceram. Quando chegou a Araranguá, Otávio trabalhou na Gomes, Garcia e depois abriu um armazém. Zé Arthur se criou na Cidade Alta. Lá estudou no Grupo Escolar Maria Garcia Pessi. Alguns amigos de infância foram o Pedroca e o Prezalino. E foi na Cidade Alta, no armazém de Luiz Bertoncini, que conheceu Maria Agatônia, sua futura esposa, com quem tem o filho José Alberto Bertoncini. A partir da adolescência, Zé Arthur trabalhou em diversos lugares: com seus tios, na Farinha Vascaína, do Otacílio, e na Fábrica de Café Bertoncini, do Arthur; na fábrica de chimias Ciribel, de Walter Belinzoni, onde, comandados pelo seu Anselmo, descascava-se a banana para fervê-la com açúcar numa grande caldeira. Pronta, a chimia abastecia em grandes latas os armazéns da cidade, onde o consumidor comprava o produto pesado na balança e empacotado. O Zé conta que faziam também chimia de abacaxi, e que as chimias também eram embaladas em potes. Mais tarde, Zé Arthur trabalhou na
Telesc, no Móveis Almeida, na granja de galinha dos Turatti, e no Posto Texaco, do seu irmão Luiz. Finalmente, foi trabalhar na Prefeitura, no tempo do Mota. Ali serviu na UCRE, nas escolas da Divineia e do Jardim das Avenidas, e quando ia ser transferido para a Biblioteca Municipal, foi remanejado para trabalhar na Casa da Cultura com o Alexandre Rocha, no tempo do Neri, e ali se aposentou, depois de 27 anos.
com especial dedicação às festas da Padroeira dos católicos, vivenciando também as grandes festas do Divino Espírito Santo que havia antigamente. Em relação ao que representa a imagem de Nossa Senhora Mãe dos Homens, o devoto Zé Arthur revela: — Eu tenho uma fé tão grande com ela, tão grande, que ninguém tem como eu tenho. Eu chego na igreja e me sinto bem. Pra mim ela é tudo na minha vida. Zé Arthur conta que a imagem da santa nunca tinha “dormido” na casa de ninguém, até que uma noite ela foi levada à casa de sua avó Bilica, a Maria Emília Bertoncini, então viúva de Antonio Bertoncini. Seu filho Otávio, pai do Zé, ajudou no transporte. Maria Emília, que estava doente, havia pedido esse favor, reforçado pelo seu irmão Arthur, e concedido pelo Pe. Tiago (ou Pe. Santos, Zé não tem certeza). Zé Arthur lembra a noite que a imagem da Santa passou na casa onde residia sua avó Bilica, VENÍCIO / ORLEANS na Cidade Alta, à beira-rio, próEm meados dos anos 90, Zé Arthur, a ximo à ponte, que era a mesma casa esposa e o sogro, montaram um negócio onde morava a família do Zé. No dia artesanal de balas de funcho. Na Grá- seguinte, a santa voltou para a Matriz, fica Orion, éramos seus clientes. O Zé à época, a igreja antiga, derrubada em levava até nós seus deliciosos produtos, 1957, quando a nova foi inaugurada. feitos no capricho e bem embalados. Acima: Graça e Zé Arthur; abaixo: retratos Uma das diversões dos pais, Maurília e Otávio, que durante a juventude do José Arthur carrega na carteira Zé Arthur era o cinema. Ele lembra com carinho dois filmes que assistiu no Cine Roxy: Ben-Hur e Marcelino, Pão e Vinho. O aspecto religioso foi sempre muito presente na vida do nosso amigo, conduzindo sua personalidade e atividades na vida, como católico e servidor da Igreja Nossa Senhora Mãe dos Homens, presente nas celebrações,
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S S
A BANDA uplemento
Primeira vez que o matuto vai ao circo. Ele acompanha atentamente ao perigoso número do atirador de facas, que arremessa suas facas acertando rente ao corpo da ajudante. De repente, o matuto, não se contendo, exclama: — Mas não é possível tanta falta de pontaria!
57 - O time empatou "em" 2 a 2. A preposição é por: O time empatou por 2 a 2. Repare que ele ganha por e perde por. Da mesma forma: empate por. 58 - À medida "em" que a epidemia se espalhava... O certo é: À medida que a epidemia se espalhava... Existe ainda na medida em que (tendo em vista que): É preciso cumprir as leis, na medida em que elas existem.
O sujeito vai ao médico, caindo de bêbado. Durante a consulta, vêm as perguntas: — Nome? — Juvenal dos Santos. — Idade? — 32 anos. E aí o médico, com um olhar inquisidor, encara o Juvenal, com aqueles olhos de peixe morto, e pergunta: — O senhor bebe? — Pois olha, doutor, eu até vou aceitar um traguinho, mas só pra acompanhar o senhor...
PIADAS DO PAPA Albino Luciani, o Papa João Paulo I, que ocupou o Trono de Pedro por apenas 33 dias, em 1978, antes de João Paulo II, gostava de anedotas. Eis duas delas, recolhidas num livro publicado na Itália antes de sua morte:
PERDIDO NO DESERTO, um homem caminhava na areia escaldante, no extremo de suas forças. De repente, ele viu diante de si um vendedor de gravatas, que tentou vender-lhe uma. Com a garganta seca pela sede, o homem disse que ele era maluco: vender uma gravata a alguém que morre de sede? O vendedor deu de ombros e continuou seu caminho pelo deserto. À noite, o viajante sedento chegou a um restaurante luxuoso, com o estacionamento cheio de carros: uma construção grandiosa e solitária em pleno deserto. O homem subiu com dificuldade a escada que levava à porta e gemeu: “Por piedade, um pouco d’água!” O porteiro respondeu: “Sinto muito, senhor, mas aqui não se pode entrar sem gravata.” O MÉDICO se aproximou do homem que estava imóvel sobre a cama. Depois, levantou a cabeça e disse: “É doloroso dizer isso, minha senhora, mas seu marido passou desta para melhor”. A criatura, inerte, deitada sobre a cama, emitiu um protesto com a voz débil: “Não é verdade, ainda estou vivo!” A mulher replicou: “Cale a boca; você vai querer saber mais do que o médico?!” A confiança cega na autoridade compromete a nossa percepção da realidade.
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HENRY DAVID THOREAU (1817-1862) poeta e naturalista estadunidense
www.culturatura.com.br/gramatica/ortografia/erros.htm
O BÊBADO NO MÉDICO
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Mais rico é o homem cujos prazeres custam menos.
CEM ERROS DE PORTUGUÊS - 7
O MATUTO NO CIRCO
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CHARLES DARWIN (1809-1882) naturalista francês
FEVEREIRO 2019
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Uma diferença de grau não justifica a colocação do homem num reino à parte.
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ENTREVISTA E TEXTO:
José Arthur Vieira Bertoncini é muito conhecido na cidade. Quando jovem moeu farinha, moeu café, depenou galinha, descascou banana em fábrica de chimia, trabalhou em fábrica de móveis, posto de gasolina. E se aposentou depois de 27 anos na Prefeitura, servindo, por último, na Casa da Cultura
59 - Não queria que "receiassem" a sua companhia. O i não existe: Não queria que receassem a sua companhia. Da mesma forma: passeemos, enfearam, ceaste, receeis (só existe i quando o acento cai no e que precede a terminação ear: receiem, passeias, enfeiam). 60 - Eles "tem" razão. No plural, têm é assim, com acento. Tem é a forma do singular. O mesmo ocorre com vem e vêm e põe e põem: Ele tem, eles têm; ele vem, eles vêm; ele põe, eles põem. 61 - A moça estava ali "há" muito tempo. Haver concorda com estava. Portanto: A moça estava ali havia (fazia) muito tempo. / Ele doara sangue ao filho havia (fazia) poucos meses. / Estava sem dormir havia (fazia) três meses. (O havia se impõe quando o verbo está no imperfeito e no mais-que-perfeito do indicativo.) 62 - Não "se o" diz. É errado juntar o se com os pronomes o, a, os e as. Assim, nunca use: Fazendo-se-os, não se o diz (não se diz isso), vê-se-a, etc. 63 - Acordos "políticos-partidários". Nos adjetivos compostos, só o último elemento varia: acordos político-partidários. Outros exemplos: Bandeiras verdeamarelas, medidas econômico-financeiras, partidos social-democratas. 64 - Fique "tranqüilo". O u pronunciável depois de q e g e antes de e e i não exige mais o trema: Tranquilo, consequência, linguiça, aguentar, Birigui. 65 - Andou por "todo" país. Todo o (ou a) é que significa inteiro: Andou por todo o país (pelo país inteiro). / Toda a tripulação (a tripulação inteira) foi demitida. Sem o, todo quer dizer cada, qualquer: Todo homem (cada homem) é mortal. / Toda nação (qualquer nação) tem inimigos. 66 - "Todos" amigos o elogiavam. No plural, todos exige os: Todos os amigos o elogiavam. / Era difícil apontar todas as contradições do texto.
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Reuniões 4as e 6as feiras, às 19h30 Próximo à Câmara de Vereadores Balneário Arroio do Silva
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Reuniões 4as feiras, às 20h Sala na Igreja Episcopal, centro - Araranguá
POLÍCIA MILITAR: 190 POLÍCIA RODOVIÁRIA FED.: 191 SAMU: 192 BOMBEIROS: 193 ATENDIMENTO À MULHER: 180 ○
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EDIÇÃO: ROSSANA GRECHI
telefones para emergências
Reuniões 3as feiras, às 20h00 Sala na Igreja São Cristóvão - Maracajá ○
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Reun. 2as f., 20h - Junto ao A.A. - Araranguá
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Voa, voa alto águia, voa! Voa até perder a casca Até perder as penas Até perder as asas Até rever as cenas E renovar os átomos E desfazer os nós E recriar os laços! Até descer a noite E renascer os sonhos E despertar Aurora! E ao desfazer a neblina Avistar à frente e ao alto A vastidão do espaço aberto Desperto, incerto! Invista, insista, vista-se de estrela E brilhe além das aparências Exale essência pura Fuja da rota, de cambalhota, voe nas direções inesperadas Faça piruetas, transpasse as altas montanhas Faça eco, faça torto, faça reto Solte o esqueleto, o espírito, o estômago, a garganta e o coração Movimente as mãos, os braços, os pés Sacode as cadeiras, a cabeça, as ideias, os pensamentos Desmanche os cabelos, as poses, as malas, as franjas dos tapetes! Desça de paraquedas, do salto, das certezas Não apresse a nova rota Viaje na terra, descalça Nas águas, nos montes, nos vales das lágrimas E das graças, dos trotes, dos tombos, dos micos, dos enganos E ao sentir cansaço, dá um pause, dá um tempo, descanse! Afofe a cama, a rede, a areia, a grama, apaga o sol Chama a lua e revele suas fases e acolha a sua luz, a sua sombra E durma sob o manto das estrelas! E refeita, renove o estoque, o beijo, o flerte, a lança, a flecha! Acerta o alvo e se jogue confiante nos braços da vida!
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Corrida ou caminhada: qual o melhor para cada objetivo https://SAUDE.ABRIL.com.br/bem-estar/corrida-ou-caminhada (por Theo Ruprecht)
uma vida saudável
CORRIDA
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1 - PERDER (E MANTER) PESO
Um dos artigos do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley deixa claro que corredores emagrecem com facilidade extra e conseguem se manter em forma por anos a fio. E não apenas graças ao alto gasto calórico que a intensidade elevada propicia. Além da queima de gordura, esse esporte acarreta mais saciedade, porque regula melhor os hormônios que diminuem o apetite. 2 - DESENVOLVER OS MÚSCULOS
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Manter-se em alta velocidade demanda bastante da musculatura das pernas, do abdômen e até das costas e braços. “A corrida, ao longo do tempo, fortalece essas regiões e aprimora a resistência física”, esclarece Cassio Trevizani, ortopedista e médico do esporte do Hospital das Clínicas de São Paulo.
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4 - GARANTIR UM BOM SONO
Em sedentários, por exemplo, até passos vagarosos incitam a produção de hormônios como a endorfina, que relaxam o corpo e melhoram a qualidade das horas sob os lençóis. Mas, como explica o fisiologista Marco Túlio de Mello, diretor técnico do Centro de Estudos em Psicobiologia e Exercício, em São Paulo, conforme a pessoa evolui no treino, o indicado é elevar a intensidade, partindo para a corrida. “Ela liberaria maiores quantidades dessas substâncias em quem está preparado fisicamente.” 5 - TRAZER ALEGRIA
A endorfina também possui papel fundamental nesse estado de humor. Isso porque é umas das moléculas responsáveis por gerar aquela sensação de prazer depois de suarmos a camisa. “E ela é ainda mais produzida quando a carga de exercícios é maior, como ao corrermos”, avalia Orlando Laitano, fisiologista da Univasp.
CAMINHADA
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1 - PROTEGER O CORAÇÃO
Nas pesquisas do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, notou-se que a taxa de colesterol, assim como o risco de sofrer com diabete, hipertensão e infarto, era reduzida igualmente entre os voluntários que corriam e os que marchavam. “Mas a caminhada exige menos do coração, o que a deixa mais segura para amadores e sobretudo para quem acabou de sair do sedentarismo”, argumenta o cardiologista Nabil Ghorayeb, do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, em São Paulo. Vale ressaltar que
TOURNIER Dr. Everton Hamilton Krás Tournier Graduado e especializado na Universidade Federal de Santa Catarina • Pós-graduado no Instituto Adolfo Lutz de São Paulo • Pós-graduado na Universidade do Sul Catarinense E-mail: tournier@contato.net
os resultados apontados nos estudos se referem a corredores e caminhantes que gastavam quantidades similares de energia. Ou seja, quem andava precisava se exercitar por mais tempo. 2 - FORTIFICAR OS OSSOS “O impacto das passadas estimula a produção de massa óssea”, resume Victor Matsudo, médico do esporte e diretor do Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul, na região metropolitana de São Paulo. O impacto da caminhada fomenta a reciclagem adequada dos ossos, com a vantagem de causar menos fraturas por estresse do que a corrida. Andar chega a ser recomendado até para quem já sofre com osteoporose, de acordo com o estágio da doença. 3 - EVITAR LESÕES
A rapidez e os gestos típicos de quem pratica corrida culminam em sobrecarga, que pode gerar contusões em quem está despreparado. Para chegar a tal conclusão, a educadora física e professora da Universidade de Brasília Ana de David pôs 11 homens para correr devagar e, depois, para caminhar aceleradamente. Resultado: o movimento do trote, por si, castigava mais as articulações. Para acelerar, portanto, é preciso um trabalho prévio de fortalecimento, porque os músculos amortecem o choque. 4 - TURBINAR O SISTEMA IMUNE
Práticas leves ou moderadas aperfeiçoam a função das células de defesa diante dos micróbios nocivos. A informação vem de um relatório elaborado pela educadora física Tania Curi, da Universidade Cruzeiro do Sul, em São Paulo, juntamente com o fisioterapeuta Vinícius Coneglian. Por sua vez, após exercícios mais intensos, a exemplo da corrida, há diminuição do trabalho de neutrófilos, unidades do sistema imunológico. z NET
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CHAMAVAM-SE AEROMOÇAS. O que dava a ideia de anjos que cuidam das pessoas no céu. Certo dia, um burocrata mal-humorado baixou o decreto: “Risca o aeromoça: agora é comissária de bordo”. O que dá uma ideia de polícia, de alguém que fiscaliza os passageiros a bordo. Mas a alma de aeromoça (e de aeromoço) permanece nessas mulheres e homens que continuam cuidando das pessoas que viajam nos céus da aviação. Entre elas e eles, alguns araranguaenses assumiram a profissão. A primeira foi Maricelva Catarina Hübbe, em 1973 (chegou a chefe de equipe em voos internacionais da Varig); até hoje ela mora no Rio, com Neusa de Souza Gomes que, à época, a acompanhou e também fez a vida lá. Depois, Elizabeth Gomes, Adão dos Santos, Lauren Pessi, Leonardo Grechi, Ariel Cardoso. E “A Bela” dos JORNALECO 47-1996 e 135-2001, Manuela Batista Grechi (fotos), filha de Cristina e Marco Aurélio, que em 2007 ingressou na TAM (atual LATAM), iniciando em voos nacionais. Hoje, Manuela faz voos internacionais para os EUA e países da Europa, África e América do Sul. Ela mora em São Paulo e é casada com o comandante Anderson Santos, piloto de Airbus. (RG)
FEVEREIRO 2019
t Saiba as vantagens específicas de cada uma dessas atividades para
3 - BLINDAR OS OLHOS
Em outro estudo do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, foi provado que tanto a corrida como a caminhada evitam o surgimento da catarata. Contudo, ao falarmos da prevenção contra o glaucoma, distúrbio que lesa o nervo óptico, modalidades mais cansativas são mais eficazes. “Em um trabalho que conduzimos com 15 voluntários em forma, treinos fortes abaixaram mais a pressão intraocular, principal fator de risco para o problema”, revela Marcelo Conte, educador físico do Hospital Oftalmológico de Sorocaba, no interior paulista.
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O PRIMEIRO PASSO para começar a correr é investir na caminhada. “Andar é essencial para preparar o corpo de quem deseja apertar o ritmo depois”, orienta Orlando Laitano, fisiologista da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univast), em Petrolina-PE. “Mas aquela história de que a corrida sempre promoverá mais benefícios do que a caminhada não faz sentido, inclusive porque são práticas distintas, da intensidade à própria mecânica dos movimentos”, ele destaca. Ou seja, na busca pela saúde, há situações em que as passadas cadenciadas vencem, enquanto em outras são mesmo as aceleradas que alcançam determinadas metas. Vem do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, nos Estados Unidos, uma série de estudos com milhares de corredores e caminhantes para comparar o efeito dessas modalidades em coração, olhos, barriga… Sem contar que, em vários casos, é a combinação de caminhada e corrida que trará melhores resultados – um especialista pode indicar um treino intercalado mais apropriado a cada caso.
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FOTOS ACERVO MANUELA
As professoras das décadas de 50 e 60 q ue vida difícil tinham as professoras da década de 1950 e início de
Novos tropeços e algumas vertigens Em caminhada pela esquina pre-
1960! A maioria dos casos era de professoras “não tituladas”, isto é, não possuíam o quarto ano primário e ocupavam o cargo, geralmente, por indicações políticas. Às vezes nem possuíam crédito para as compras nos armazéns locais. Não que fossem desonestas. Ocorria que, por serem despreparadas profissionalmente, recebiam míseros salários. Quando recebiam, pois, frequentemente, os salários atrasavam por meses, semestres e até anos a fio. Cheias de filhos, quase sempre com maridos desocupados, essas pobres criaturas tinham que arcar com as despesas de alimentação, com o cigarro e bebida dos maridos e outras coisas mais. Muitos maridos faziam pequenos negócios ou dívidas de jogos contando com o salário das esposas professoras. Os filhos dessas professoras, não raras vezes, seguiam o “exemplo” do pai: relapsos, vadios, beberrões e mulherengos. Quando uma professora, não titulada, morava na zona rural e os maridos trabalhavam na roça, sua família, então, podia contar com alguns confortos materiais. Já as Professoras Complementaristas contavam com alguma titulação, pois, além do quarto ano primário, possuíam mais um ano preparatório ao Magistério, por isso recebiam um pouco mais, porém, nem tanto assim. Professoras Regionalistas tinham titulações comprovadas nos diplomas. Passavam, quase sempre, por concursos públicos, e seus salários eram razoáveis para as exigências sócio-econômicas da época, podiam lecionar nas Escolas Isoladas, Escolas Reunidas e Grupos Escolares, em casos excepcionais, também, em Colégios. O próprio professor Fioravante Espíndola, profissional respeitadíssimo, “queimou” etapas. As Professoras Normalistas já eram bem vistas. Cantadas em prosas e versos por muitos poetas e cantores famosos, eram os sonhos dourados de todas as famílias “de bem” e as cobiças dos rapazes apessoados que viam num “bom” casamento suas redenções financeiras e sociais. Professoras “Catedráticas”, aquelas que detinham o curso superior como licenciatura, principalmente em Pedagogia e outras áreas da educação formal, nem falar, essas eram os supra-sumos dos sonhos casamenteiros. Somente famílias “tradicionais” podiam sonhar com isso. Porém, uma coisa sobre as professoras, de uma forma geral, era certa: todas gozavam de imenso prestígio moral, eram reverenciadas como semideusas. Podiam aplicar verdadeiras surras, método de ensino muito difundido, na época, em marmanjos, que estes nem se atreviam a revidar. Suas palavras eram leis, mesmo que em suas próprias casas não tivessem quaisquer autoridades. Quando uma professora nova chegava numa comunidade, geralmente era recebida com festas e músicas, principalmente nas comunidades interioranas.
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Extraído do livro E agora, João?, de João Batista de Souza. Orion, 2015, p. 146 e 147
ferida de Araranguá, na Praça com o Terminal de Passagens que muitos chamam de Rodoviária, tropecei em um bigode branco, um desses bustos centrais que reinventam as cidades, os arquivos e a própria literatura que construímos passo-a-posso (pontos). Me apresentei, com o espírito carioca trazido nos farrapos que carreguei pelas curiosidade de escutar os contos e beirolas da BR-101, já arrependido de invadir os passos do senhor-calmo com aspecto de dia quente. Quando ofereci a mão, em reverência, percebi que o corpo agiu no calor do encontro e da esquina. Mas o senhor me reconheceu. E perguntei das leituras de Araranguá, do Porto, do Coreto e das estações de passagem. Me respondeu das faculdades do Rio Araranguá, da antiga balsa para a Barranca, do trem e do Jogo do Bicho. Puxou uma cadeira no bar da esquina. Perdi o ônibus! Então, Seu Gutierrez dedilhou música em minha imaginação com pandeiro e bandolim: A cidade sem Avenidas, com o Progresso da Modernidade limitado às caminhadas e as esquinas. Em seguida contou das inspirações urbanísticas vindas da Guanabara, da Avenida Rio Branco, da Getúlio Vargas. Contou a cidade até que meu corpo sobrepôs todos os becos. Me reconheci no bigode daqueles passos pela esquina predileta! Onde convido sem filtro os latino-americanos a bebericar conversas e ver os passantes em suas bicicletas, regulando o trânsito e refrescando o corpo com as memórias e as coreografias que criam as leituras. Saúde, Pública, aos caminhos que nos tropeçam!
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ARARANGUÁ SC
Christiane F. e as crianças da Estação Zoo COMENTÁRIO SOBRE UM FILME
Quando Eu, Christiane F., 13 anos, drogada e prostituída foi lançado em 1981, eu estudava no CICIAR. Certa noite, os alunos foram levados para assistir ao filme no Cine Roxy. A intenção era dar um choque nos jovens com as cenas fortes das desgraças do mundo das drogas. A luta pela dose diária, as crises de abstinência e a decadência moral e física dos personagens são realmente chocantes – por isso muita gente não consegue transcender o plano trágico e apreciar a arte cinematográfica. Mas é um choque relativo quanto ao alvo. O principal fator da síndrome de dependência é genético, daí a predisposição; fatores existenciais e sociais são coadjuvantes no desenvolvimento do transtorno. O jovem sem predisposição é mais receptivo e impressionável do que o jovem com predisposição deflagrada. Estes, devido a racionalizações próprias da adicção, não se deixam afetar pela tragédia. Seu raciocínio é claro: uso droga só pra me divertir, não pra me destruir. Assim, a “lição” cai no vazio. E, pior: usado como instrumento de prevenção, o filme pode gerar efeito contrário, ao despertar a curiosidade em pessoas vulneráveis (predispostas) e estimular o desejo de usar drogas nos adictos em abstinência sem um programa de recuperação efetivo.
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POR
RICARDO GRECHI
Contrário ao viés moralista comum à época, que tratava a adicção como livre escolha dos indivíduos – o que reduz a dimensão da doença e dilui a responsabilidade da sociedade –, o livro aponta uma rede de implicações sociais e discute soluções de políticas públicas. Mas o filme de Ulrich Edel, com roteiro co-escrito pelos autores do livro, está longe de se resumir a um libelo antidrogas, mas também não romantiza a drogadição, como ocorre com o alcoolismo em muitos filmes. Christiane F. é, antes de tudo, obra cinematográfica, que dramatiza as vivências compartilhadas no livro, representando a vida como ela é, amoral e acrítica. As “lições” inerentes à história vêm do realismo oferecido e de um discurso superveniente contextualizado à narrativa, longe de fazer pregação. Estabelecer juízos e valores vai da consciência das pessoas.
Momento de felicidade caseira
FEVEREIRO 2019
QUINCAS AVELINO
JORNALECO 509
João Batista de Souza
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A amiga Babsi recolhe Christiane na rua. Babsi morrerá de overdose aos 14 anos, a mais jovem das 84 vítimas – segundo a cifra oficial – que a heroína matou na Alemanha em 1977 Wir Kinder vom Bahnhof Zoo*, livro dos jornalistas alemães Kai Hermann e Horst Rieck, em que se baseou o filme, é um marco na abordagem da drogadição. A Estação Zoo do metrô da Berlim Ocidental era ponto de prostituição e de consumo e distribuição de drogas. O livro, que só fui ler em 2001 e que me fez rever o filme, contém o testemunho e as confissões viscerais de Christiane 9 e depoimentos de outros envolvidos.
Pontos de prostituição na estação do metrô: a única alternativa da maioria das garotas era se prostituir para sustentar a adicção gradante e ambientes soturnos, em que pouco se vê o sol. Se no início brilham as luzes das discotecas, no final as sombras dos pontos de prostituição e drogas dominam o universo de Christiane, onde os homens podem recorrer a furtos para sustentar a adicção, restando a prostituição como alternativa à maioria das garotas. Mas Christiane, a drogada e prostituída, é essencialmente um anjo. Não um anjo caído. É só um anjo doente. Devido à atenção capturada pelos horrores da drogadição, pode escapar ao público a garota sensível e solidária que Christiane é. É comovente seu amor pela mãe, pela irmã, pelo namorado, pelos amigos, pelos animais – ela recolhe a gaiola com o periquito do amigo morto por overdose, abandonando-a depois, alterada pela urgência de se drogar. Sua primeira vez, com o namorado, é planejada. E o ato é terno, romântico e apaixonado. Outra cena lírica do filme é de Christiane e sua mãe cobrindo um bolo de chocolate. Mas o momento íntimo de felicidade caseira da garota é frustrado quando a campainha toca e a mãe avisa que havia convidado o seu novo companheiro para passar o dia com elas. O relacionamento de mãe e filha é conduzido sem melodrama. O filme é uma pérola cult do cinema alemão. Mas não é para todos.
Christiane F. é cinema de primeira grandeza, uma obra coesa, com roteiro enxuto e personagens desenvolvidos sob medida. A história evolui dos anseios típicos de uma adolescente até o pesadelo da drogadição devastadora. A edição é perfeita; o senso de suficiência nos diálogos, incorporando silêncios eloquentes e expressões físicas reveladoras; a entrega dos atores, como nas crises de abstinência, com tremores, suores, câimbras e vômito; a fotografia, contundente, com sua paleta escura e brumosa e o indefectível granulado em cenas noturnas e de interiores sob luz natural. Por sua vez, a trilha musical incidental, a par da degradação, é magistral ao potencializar a atmosfera Sob crise de abstinência: dividindo com o namorado trágica. E canções de David uma dose derradeira que se perderá em meio ao vômito E ao revê-lo outra vez, agora com a Bowie tocam em vários momentos, além de uma performance ao vivo do qualidade do Blu-ray em TV de alta definição, a imersão foi total, como num ídolo maior daquela geração. O cenário é quase sempre sombrio. cinema. Uma experiência extasiante. Não é a esplêndida Berlim à luz da civiliCom recortes de fotogramas do filme – zação. É a Berlim de Christiane e da mar- © 1981 Golden Harvest / Solaris Production. ginália, do submundo, de panorama de- (*) “Nós, as Crianças da Estação Zoo”
Diretor WLADINIR LUZ Redator ERNESTO GRECHI FILHO Gerente HERVALINO CAMPOS Tipógrafos WALDEMIRO, FERRINHO, NEI etc. Impressão: GRÁFICA LIDER (LIDO) (ORION) de 1960 a 1975 Redação e oficina: Av. Getúlio Vargas, 158-170, em frente ao Cine Roxy
j LOGOTIPO CRIADO POR C. E. GUASCO (ESTREOU NA EDIÇÃO 169 DE 16/04/1968 E FOI USADO ATÉ O FINAL)
Qual foi o melhor time do ATLÉTICO CLUBE CIDADE ALTA?
F A CRÔNICA DOS ANOS 60 F
O Atlético foi o primeiro clube de futebol da Cidade Alta, fundado nos anos 1950. Em 1970, surgiu o Campinas, que seria absorvido em 1973 pelo UCCA, em sua fundação.
ANO VI - DEZ/1965 e JAN/1966
+J.133 01/06/2001 (Demais escalações dadas pelo nosso saudoso amigo e colaborador Nascimento João dos Santos na época das publicações)
As pílulas milagrosas Muita gente anda desanimada com as tais pílulas milagrosas. Milagrosas, não sei por quê. Acontece que elas são pílulas como outras quaisquer. Redondinhas. Coloridas. Bem embaladas. Luxuosamente embaladas. Sua utilidade é contribuir para evitar a explosão demográfica do globo terrestre. Entretanto, somente os ricos podem usar essas pílulas. Os pobres nem podem conhecê-las. (...) Mas as danadinhas das pílulas têm logrado muitas madames. (...) Agora começam a pifar. (...) vejamos o que diz o Santo Papa João XXIII a respeito disso: “A tarefa das Nações Unidas é conseguir a maneira de que não falte o pão à mesa da humanidade, e não favorecer um controle artificial dos nascimentos”. CA 133 18/12/1965 NJ: Ironia e ética ultrapassadas.
Anos 1950: Walmarino Matos (conv. de honra), Lupércio, Pedro de Bem, João Paulino, Bileco, Prezalininho e Doca; Pedro Paulino, Zé Aguiar, Nascimento Pinheiro, Nereu Bertoncini, Antonio Chico e Gregório. J.144 16/11/2001
Anos 1950: Luiz Bertoncini, Satiro Américo, Severiano (Barraco), Zé Serafim, Vlander Pacheco e Marinho Batista; Pedrinho, Jardelino, Zé Bertoncini, Nico Paulino e Edgar Bertoncini (Salmora). J.160 15/07/2002
Lions realizará III Convenção Distrital
Segundo o Pedroca, a formação acima, do início dos anos 1960, foi a melhor de todas: Flávio Costa (técnico), Nivaldir, Lorinho, Édio, Duílio, Jóia, Serrano e Mota; Macau, Santinho, Valter, Coca e Vilton.
Tendo como local o balneário Morro dos Conventos, o Lions Clube de Araranguá está elaborando extenso programa que será desenvolvido durante os dias 19, 20 e 21 de abril próximo, nesta cidade, marcando a realização da III Convenção Distrital, ocasião em que será realizada a eleição para a nova governadoria distrital. À prefeitura municipal caberá a responsabilidade de apresentar a cidade perfeitamente em condições de receber dezenas de visitantes, principalmente no que diz respeito à higiene pública e estradas. CA 135 26/01/1966
Acervo: Pedroca
Anos 1950: Deoclécio Machado (presidente), Raimundo Lessa, Oscar Bertoncini, Chiquinho, Venustro, Siloca e Zé Serafim; Abílio, Santo, Salmora e Difendi Zanette. J.138 17/08/2001
RECORTE COM CLICHÊ DA CAPA CA 135
JORNALECO 509
C. 1966: Nedo, Chico, João Paulino, Claudir e Hamilton; Zezinho, Aires, Pedroca, Macau, Maxizinho e Telo J.146 15/12/12/2001
1965: Vevê, Mota, João dos Pintos, Meller, Joloi, Bileco, Teio, Sérgio e Elpídio; Vanderlei, Elin, Oracídio, Macau e Salmora. J.166 15/10/2002
FEVEREIRO 2019
J.135 02/07/2001
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APOIO CULTURAL
Anos 1950: Salvatino, Olavo, Bileco, Joloy, Gregório e Venustro; Meller, Nelinho Nunes, Zé Gomes, Macau e Duílio. J.137 01/08/2001
Anos 1950: Venustro, Arino, Zé Bertoncini, Oscar Bertoncini, Eroni Gomes e Olavo; Newton Pacheco, Nereu Bertoncini, Edoílde Gomes, Nelinho Nunes e Gregório de Bem (Gregório de Bem será o treinador do UCCA bicampeão municipal de Araranguá 1973-1974)
Balancete da Festa do Divino Espírito Santo em setembro e novembro DÉBITO
CRÉDITO
Impressos Gráfica Lido 30.000 Gomes, Garcia & Cia. Ltda. 300 idem 19.750 Casa Cometa 18.530 Madeireira Sulplano 3.840 idem 19.700 Armazém Mesquita 12.600 José Antonio da Silva 195 Comercial de Tecidos Orige 7.023 Livraria do Globo 7.000 Lorena Kreschtmer 36.000 idem 30.450 idem 15.500 Posto vendas bebidas 11.200 6 dúzias de foguetes 9.600 44 dúzias de foguetes 70.400 Coloninha (novena) 11.500 Vila São José (novena) 110.850 Donativos diversos 203.660 Urussanguinha (novena) 277.545 Barranca (novena) 308.140 Cidade Alta (novena) 281.750 Sobras de prendas Cidade Alta 21.200 idem Urussanguinha 46.300 Sobras foguetes não utilizados 73.600 — MOVIMENTO DE NOVEMBRO
Açougue Gaúcho 110.000 Posto vendas bebidas Urus. 85.590 Ser viços Dona Chiquinha 3.350 Emp. União de Transportes 40.000 Bruno Armazém 69.600 Fogos Ferminio Franzoi & Irm. 78.900 Ofer ta p/ Padre Tarcizio 15.000 Hotel dos Viajantes 70.000 Walmarino Matos 15.000 Ferminio Boeira (chope) 40.800 Armazém Sumaré 480 Miro 1.100 Banda Mus. Cruzeiro do Sul 200.000 Orige, Gomes & Cia. Ltda. 113.730 Gomes, Garcia & Cia. Ltda. 8.110 Casa Cometa 1.870 Bar e churrascaria e chope 204.390 Barraquinhas dia 26-11-65 35.580 Barraquinhas dia 27-11-65 129.930 Barraquinhas dia 28-11-65 391.000 Dois suínos dia 28-11-65 25.000 Donativos do comércio 202.100 Sobras de prendas vendidas 90.210 Sobra de foguetes vendidos 73.600 Saldo líquido festa set. e nov. Cr$ 1.199.637 – Festeiros: Braz M. Gomes, Aduci C. Machado – Técnico em contabilidade: Mauro Schwalb CA 133
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As memórias do Arroio do Silva de Juca Borges
GETÚLIO PEPLAU
JORNALECO 230 15/06/2005
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UCA nasceu e cresceu no Arroio do Silva. Estudou até o 2º ano na escolinha local. Sua primeira professora foi a dona Tereza Cordeiro, esposa do seu Paulo Barbeiro. Depois, foi estudar no Grupo Escolar Castro Alves. Para chegar à escola, no centro de Araranguá, a caminhada começava às cinco da manhã, junto dos irmãos Everaldo e Élcio Scaini.
APOIO CULTURAL
Chegando ao entroncamento com o Morro dos Conventos, esperavam o Álvaro, o outro Juca e o Valmor, filho do seu Leonel Batista, que moravam no Caverá, e seguiam juntos pelo areal do Cansão. Só havia pressa na ida, pois tinham horário para entrar na sala de aula. Já, na volta, qualquer brincadeira com a rapaziada, como pião, bolinha de vidro ou futebol, era encarada como parte integrante do bem viver e da liberdade junto à natureza da região, pródiga em frutos silvestres, bergamoteiras e goiabeiras, animais e pássaros.
“Nestas andanças, observei que determinados municípios litorâneos do norte do estado promoviam festas gastronômicas cujo prato principal era o peixe. Numa conversa com o saudoso Severo Scaini e seu filho Everaldo, resolvemos encarar o projeto de divulgação do nosso balneário na baixa temporada e ajudar na construção da nossa igreja, fato consolidado em 1978, na primeira Festa do Peixe do Arroio do Silva.
Canoa de pesca de Antoninho Borges no Arroio do Silva em 1962. Da esq. p/ a dir.: Varvite (um dos primeiros salva-vidas do Arroio), Joédio, Cabano, um turista, Juca, Joel, Getúlio Silveira e, fora da embarcação, Antoninho Borges (fotografia de Fontanela) O curso de admissão foi feito no Ginásio dos Padres, o Colégio Nossa Senhora Mãe dos Homens (Murialdo), sob a batuta do padre Félix Bridi. Mas a permanência do Juca naquele estabelecimento de ensino durou pouco. Seu pai necessitava de sua ajuda no comércio que tinha, o Armazém do Pescador, cujo nome e letreiro fora criação e obra do professor Munir Bacha, benemérito e amigo da família Borges. Quando de sua infância, conta Juca que, na entrada do Arroio do Silva, havia lá uns dez ranchos de palha, de chão batido, e o fogão era uma trempe. Moravam o Fernando Sapo, a Maria Dominga, o Martinho Manguilizo e outros. Ali começava o esteiral de junco para passagem de veículos e a cancela de pedágio para conservação da estrada, que também era fonte de renda para aquela gente. O pai do Juca também teve uma dessas cancelas. Segue o Juca: — O Manguilizo marcou muito minha infância e de tantos outros, pela sua humildade, pela sua aceitação, até com brincadeiras que lhe aprontavam. São
BALNEÁRIO ARROIO DO SILVA DISK ENTREGA
Matriz: 3526-1339 Filial: 3526-1112
Fala Juca: — Ao retornar do serviço militar, estavam construindo o prédio do Fronteira Clube, na avenida Getúlio Vargas. As salas já estavam prontas e o presidente do clube era o seu Alírio Quitanda. Junto a meus irmãos, alugamos uma sala e instalamos a Fiambreria Pescador, que funcionou, sob nossa direção, por três anos. Depois da venda da fiambreria, voltei a pescar (minha verdadeira profissão) e a trabalhar com meu pai no armazém no Arroio.
muitos casos que envolvem sua figura: o fato de comprar seus suprimentos de querosene, farinha, açúcar, sal e café em quantidades mínimas, beber uns tragos a mais, de só comer mariscos, ser alvo de chacotas sem jamais praguejar ou revoltar-se, nunca fazer mal a ninguém. Tenho certeza de que hoje ele se encontra em bom lugar. “Quando era preciso fincar um calão para fixação de espinhel, ele era chamado pela sua habilidade de nadar (de pé e nu). Chegava a carregar, nadando, uma pedra com mais de trinta quilos, levando-a para depois da última coroa. Isso, por qualquer bagatela, ou seja, o que lhe davam, sem importar o valor, mesmo que fosse num dia de frio intenso; com ele não havia tempo ruim. Que o diga o Dão (João Anacleto), que foi salvo de afogamento por esta criatura. “Quero aqui agradecer a Graça, esposa do Dão, quando de sua gestão como vereadora, numa demonstração de gratidão e reconhecimento pelos feitos desta figura inesquecível, pela indicação e aprovação de nome de rua deste autêntico morador do Arroio.”
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“Em 1967, um fato marcou muito minha vida como pescador profissional. Em companhia de mais 26 companheiros, fomos a São José do Norte, no Rio Grande, fazer uma pescaria, que durou mais de dois meses. Na volta, sem estradas, num vasto campo, o caminhão quebrou. Tive que caminhar por quatro dias para poder comprar os parafusos da roda para consertar o caminhão e podermos voltar para casa. “Em 1974, passei no concurso da Polícia Rodoviária Federal, indo, inicialmente, em setembro do mesmo ano, trabalhar em Mafra, no norte do estado. O serviço na Polícia Rodoviária exigia várias mudanças e locomoções. Com isso, trabalhei em Catanduva, Campos Novos, Santa Cecília. Em 1979,
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APOIO CULTURAL
E TEXTO:
O primeiro salva-vidas foi o Valvite, o primeiro eletricista foi o Alceu. André Rosa era o proprietário do primeiro motor gerador de energia, que funcionava até as dez da noite, instalado onde hoje é a Galeria Via Veneto.
Em 1962, Juca serviu o exército, em Florianópolis (14º BC), em companhia dos amigos Heitor, Glizar, Bebé (filho do Zé Rocha), Asteróide, João Paulino e outros que não lembrou no momento.
FEVEREIRO 2019
ENTREVISTA
fui transferido para Florianópolis, em 1980, vim para Tubarão e Araranguá. Com esta proximidade, e junto aos meus irmãos Jairo e Sansão, compramos o armazém do nosso pai e iniciamos a construção do Supermercado Pescador.
Este cidadão de Porto Alegre, o André Rosa, foi quem criou a Sociedade Comunitária da Praia do Arroio do Silva (SOCOPAS).
JORNALECO 509
José Hélio Borges, o Juca Pescador, nasceu no Arroio do Silva em 3 de junho de 1943, filho de Antônio Borges Filho, o Antoninho (1918-2009), e de Lucília da Silva Borges, a Cicí (1923-2007), pescadores e comerciantes na praia
Juca Pescador lembra também que, quando garoto, o Arroio do Silva não passava de um amontoado de casas, e um dos passeios da meninada era na carroça do primeiro lixeiro do lugar, o Cola-Chata.
“Foi uma grande festa, que ocupou toda a praça central, na época sem arborização. Conseguimos um balão inflável da Secretaria de Agricultura, cujas medidas chegavam a doze por setenta e cinco metros. Fizemos exposição de veículos agrícolas e produtos regionais, e foram servidos três mil quilos de tainha, todas tratadas pelo seu Valdir Manfredini. Fato curioso foi com respeito à divulgação do evento. Certamente, se feito hoje, seríamos processados por causar poluição: milhares de cartazes foram colados em postes, bancos, muros, portas, em qualquer lugar visível nos municípios vizinhos, missão confiada ao Jairo, Everaldo, Élcio e Sansão. Também a Rádio Araranguá e a TV Difusora de Porto Alegre divulgaram o evento. “Promovemos, no Ciclone Clube, do seu Édio Paladini, o baile da escolha da Rainha da Festa do Peixe, com a presença da cantora Maria Alcina, ocasião em que foi coroada a senhorita Detty Timboni Victor, filha do saudoso Aparício Victor. “Por volta de 1983, desgastado do serviço na Polícia Rodoviária, devido a muitas viagens e trabalhos noturnos, pedi exoneração do cargo e me dediquei, então, aos negócios. Na década de 90, abrimos o Supermercado Pescador na Getúlio Vargas, em Araranguá, e compramos a peixaria Navegantes Pescados, do Nilton e do Evilásio, na rua Rui Barbosa, ao lado do moinho
Belinzoni, o que nos permitiu a comercialização de pescados em grande escala. Logo que efetuada a compra da peixaria, parece que as bênçãos caíram para os pescadores locais: o Aristides e seu sobrinho Mário, filho do Getúlio, compraram uma canoa e foram os primeiros a pescar corvinas na nossa costa e em grande escala, culminando com o recorde do Paulinho, hoje prefeito [em 2005], com mais de 50 mil quilos do produto, numa só redada. “Durante 17 anos vivi dentro de canoa de pesca. Peguei muito peixe, enfrentei várias situações de perigo com chuva, vento e mar agitado. Só uma vez a canoa virou, sem gravidade. Mas um grande detalhe devo ressaltar: não sei nadar!” Em 1995, foi criada uma comissão para tratar da emancipação do Arroio do Silva, contando com Olindo Fontanella, José Hélio Borges, Paulo Pedroso Victor, Lourenço Conti, Everaldo Scaini e outros. Em 1997, com a primeira eleição do recém-criado município de Balneário Arroio do Silva, José Hélio Borges, o Juca Pescador, tornou-se seu primeiro prefeito. A prefeitura foi instalada no prédio do Clube Sasil. Num concurso, cujo vencedor foi o professor Orivalde Pereira, criou-se a bandeira do município. O brasão foi idealizado por José Otávio do Canto Lummertz, o Tatavo. Deu-se então, com muito amor ao torrão natal, o início de uma nova era, cheia de desafios, erros e acertos, baseada no espírito de luta e trabalho dos moradores pioneiros, simples pescadores, que prepararam este lugar para ser um lugar muito bom para se viver e que as novas gerações devem usufruir com amor e aprender a preservar.
Juca viria a falecer em 05/01/2012, viúvo de Carmem Matos Borges, com quem teve os filhos Fernando, Frederico e Fábio. Leia mais das memórias do Arroio do Silva no JORNALECO 496, de jan/2018, com depoimentos de Antoninho e Cicí, pais do Juca.
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OS SEUS OLHOS MERECEM.
ARARANGUÁ • CALÇADÃO
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