Jornaleco 513 junho 2019

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JORNALECO

A P O I O C U LT U R A L

©

PANFLETO CULTURAL

H FUNDADO EM 18 DE MAIO DE 1994 H

JORNALECO

APOIO CULTURAL

ANO 26 • Nº 513 • JUNHO DE 2019 Periodicidade mensal - Tiragem: 1.000 exemplares

DESDE 1987

Fechamento desta edição: 12/06/2019 16h30 E-MAIL: jornaleco.ara@gmail.com CNPJ 28.000.138/0001-00

EDIÇÃO, DIAGRAMAÇÃO E REVISÃO Ricardo Grechi CONTATOS Rossana Grechi ASSISTÊNCIA Guaraciara Rezende, Gibran Rezende Grechi, Nilson Nunes Filho IMPRESSO NA GRÁFICA CASA DO CARIMBO DE Rosa e Aristides César Machado PRODUÇÃO Nicolas Nazari Machado PREPARAÇÃO DO FOTOLITO David Machado Fernandes CORTE Toninho Abel IMPRESSÃO Valdo Martins

TAGS z FLYERS z FOLDERS z CONVITES z PANFLETOS z EMBALAGEM z NOTAS FISCAIS z CARTAZES z CARTÕES DE VISITA z IMPRESSÃO DE LIVROS

© Ricardo Francisco Gomes Grechi (reg. nº 99866, prot.4315/RJ de 17/07/1995)

Leia o JORNALECO em https://issuu.com/jornaleco (desde jan.2009) e assista nossos vídeos no YouTube: Jornaleco Araranguá SC UMA PUBLICAÇÃO

Av. XV de Novembro - Centro - Araranguá Tel. (48) 3524-5916 graficacasadocarimbo@gmail.com

ORION EDITORA Calçadão Getúlio Vargas, 170 88900.035 Araranguá-SC Brasil

É permitida a reprodução de nossos textos originais desde que citados devidamente o autor e o JORNALECO como fonte da publicação.

As balsas da Itoupava

ENTREGA:

3524-0090

ZAP

ARARANGUÁ, JUNHO DE 2019 • ANO 26 • Nº 513

9991-81881

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA – CORTESIA DOS ANUNCIANTES

CELESTE ROMAN conta a sua história, a chegada em Araranguá, em 1967, para lecionar no Colégio Nossa Senhora Mãe dos Homens, e seu envolvimento com o esporte no futebol, no Jerva, Jesc e Jasc. P. 6 e 7 ○

DO BAÚ DO IRMÃO CELESTE: Ao lado, Celeste fala ao megafone e Madeca comemora; na foto abaixo, professores, organizadores e colaboradores no Jerva de 1981, em Turvo: acima, e/d: Olga e Dick Pizzolo e Zequinha Nunes; abaixo: Barbosa, João Batista de Souza, Beto, Rosa, Simone Hahn, -, -, Albertina Pizzolo, Visnone e Deoclécio; no centro: Nilson Costa (Tainha) e Juarez; agach.: Pedro Ernesto, -, César Dias, -, -, Joel Patel e Bárbara; à frente: Celso de Souza; de saída, Enio Lodetti.

REPORTAGEM E TEXTO: GETÚLIO PEPLAU

2004 COM : ANTONINO ALVES DA SILVA, nascido a 16 de dezembro de 1916, em Itoupava, filho de Aurelina e Lino Alves da Silva, e casado com Maria Carbone da Silva, com quem tem os filhos Aurelino, Ataíde, José, Dimas, Tadeu, Elza, Isaurita, Catarina, Maria Hilda e Márcia. ENTREVISTA EM

João Alves, avô de Antonino, era um próspero comerciante na Itoupava, localidade do lado de cá do rio Araranguá. Em seu armazém eram vendidos arreios, utensílios domésticos, peças de couro, sal, pregos, pás, enxadas etc. Gente e mercadoria atravessavam o rio numa canoa grande; os cavalos e bois vinham a nado. Com o aumento do fluxo e a necessidade de travessia de caminhões e ônibus, João Alves encomendou a Alfredo Train a confecção da primeira balsa, por volta de 1920. Após 15 anos de bons serviços, esta balsa foi substituída por uma outra (foto), agora de propriedade do filho de João Alves, Lino Alves, o pai do Antonino. A balsa foi construída pelo carpinteiro Henrique Nierenberg, pai do conhecido Hildárico, e inaugurada no dia 20 de janeiro de 1936. Atrelada a um cabo de aço, a balsa era tracionada pela força humana, através de um braço de madeira que se encaixava no cabo de aço, como forma de alavanca. Nas enchentes, trazia-se a balsa para o barranco, acompanhando

by João

Irmão Celeste e sua era esportiva em Araranguá Segunda balsa da Itoupava, inaugurada em 20 de janeiro de 1936 o nível das águas, sempre presa a cabos de aço e cordas, até o rio voltar ao leito normal. Antonino era caixeiro do armazém durante o tempo em que a balsa funcionava até a construção da ponte de concreto e asfaltamento da rodovia, mudando assim o roteiro e a história das expedições. Conta Antonino que o rio Araranguá era muito piscoso. Pegavam bagres de 18 quilos, miraguaia e muita tainha. Tanta, que precisavam de carroça para levar a pesca do dia. HOUVE UMA OUTRA BALSA, mais abaixo, onde é hoje a ponte de concreto na estrada para Sapiranga e Meleiro. Seu primeiro dono foi Otto Kritzmayer, que a vendeu a Henrique Amboni, que

depois passou a Joaquim Mota, pai do ex-prefeito e ex-deputado estadual Manoel Mota. Nesta segunda balsa, houve um acidente que ficou marcado na região. Um jipe, conduzido por um padre, levando uma senhora e duas crianças, caiu no rio, matando todos os ocupantes. Ainda hoje tem lá uma capelinha, construída em memória das vítimas do trágico acidente. A partir daquele dia, foram redobrados os cuidados de segurança na embarcação. Os passageiros dos ônibus do Zé Máximo (pai do Nado e do Ari) desciam para fora, até o veículo atingir a terra firme. Um dos caminhoneiros mais frequentes a usar os serviços daquela balsa foi o Domingos Aguiar. z

PASSAGEM DO 1ºAVIÃO SOBRE ARARANGUÁ P. 3

CN

CASA NENA CANOAS / RS

ARARANGUÁ / SC

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joão batista de souza

EDIÇÃO: RICARDO GRECHI

A primeira metade do século passado

“Diretrizes do pensamento filosófico”

c ostumo dizer que sou da primeira metade do século

“CADA um de nós tem consciência imediata e dire-ta de ser livre – de poder dominar todas as leis da natureza, pelo menos por alguns momentos. “Com esta consciência está conexa uma outra propriedade do homem: ele é capaz de reflexão. Não só está voltado para o mundo exterior – como parece ser o caso dos outros animais – mas pode pensar também em si mesmo, pode preo-cupar-se com seu próprio eu, pode perguntar pelo sentido da própria vida. Parece ser também o único animal que tem consciência clara do fato de um dia precisar morrer. “Quando se consideram todas essas peculiaridades do homem, não se pode estranhar que o fundador de nossa filosofia ocidental, Platão, tenha chegado à conclusão de que o homem é algo inteiramente distinto de todo o resto da natureza. Ele, ou antes aquilo que o faz ser homem – a psiquê, a alma, o espírito – está, sim, no mundo mas não é do mundo, não pertence a este mundo. Eleva-se acima de toda a natureza” (p. 84).

A criançada só podia se dar ao luxo de ser criança até os oito, nove anos de idade, depois: trate de virar adulto... Na marra! Com oito, nove anos de idade eu já trabalhava. Juntamente com outros três ou quatro colegas de idade ou pouco mais velhos, carregávamos caminhões de tijolos de Morro da Fumaça e descarregávamos em Criciúma, Mineração de Içara, Santana. Na volta, o caminhão entrava em um reflorestamento de eucaliptos. Nós é que o carregava para abastecer as fornalhas das olarias.

Antonio Maura fará [2017] conferência no Egito para falar do brasileiro. Sócio correspondente da Academia Brasileira de Letras, ele diz que o autor ainda é “um grande desconhecido”. Escritor e crítico espanhol, Antonio Maura acredita que Joaquim Maria Machado de Assis (18391908), o grande gênio da literatura brasileira, não foi devidamente valorizado pela crítica e mereceria ser reconhecido como um dos melhores escritores do século XIX. “Acho que Machado é um dos grandes nomes do século XIX. Não acredito que se compare nem a Dickens, Balzac, Eça de Queiroz ou PERFIL DE MACHADO, EM 1904 (DIVULGAÇÃO) ao nosso [Benito Pérez] Galdós. São grandes escritores, mas estão abaixo nos quesitos riqueza, crítica e análise da sociedade e versatilidade. Não chegam aos pés”, diz. Antonio Maura está no Cairo para a conferência “El autor y sus máscaras: Una aproximación a Cervantes y Machado de Assis” (“O autor e suas máscaras: Uma aproximação de Cervantes e Machado de Assis)”, no Instituto Cervantes local. Ele afirma que, fora de suas fronteiras, o escritor brasileiro “é um grande desconhecido”. Em sua opinião, até mesmo no Brasil os estudos sobre Machado de Assis “não refletiram bem” sua faceta de grande crítico do sistema de sua época e da escravidão. Para Maura, o cronista e poeta teve que recorrer à ironia para falar “na surdina” de um tema que não podia ser encarado abertamente por ele ser neto de escravos. Um exemplo disso é Memórias póstumas de Brás Cubas (1881). De acordo com Maura, a verdadeira intenção do autor é “colocar o dedo na ferida” da sociedade e para isso se serve de uma sutil alegoria para denunciar que o morto é o próprio Brasil. A escolha do nome do protagonista, que coincide com o início do nome do país, “não é à toa” para alguém tão “inteligente e cuidadoso com a linguagem” quanto era Machado de Assis. Para Maura, “a crítica brasileira foge” desta interpretação porque “não é fácil aceitar que seu país é um país morto ou esteve morto”. O crítico espanhol defende que as obras que o romancista e dramaturgo escreveu depois de Memórias póstumas de Brás Cubas, como Dom Casmurro ou Quincas Borba, são dos livros “mais importantes de sua geração, não apenas do Brasil, mas de todo o mundo”. Segundo ele, alguns autores de língua espanhola, como Jorge Edwards, Julián Ríos e Carlos Fuentes, destacaram a importância de Machado de Assis, mas o mestre brasileiro ainda carece do merecido reconhecimento mundial.

Às vezes, em Criciúma, a fiscalização tarifária abordava nosso caminhão, com mercadorias que trazíamos para Morro da Fumaça, e o prendia; nós juntos. Só liberavam-nos com os impostos pagos. Tudo isso, já foi dito, são só lembranças. Por falar em lembranças, tínhamos várias opções de lazer: “peladas” de futebol, jogos de bolas de gude, pião e “bafo” (um jogo entre colecionadores de álbuns figurinhas em que dois ou três guris colocavam suas figurinhas no chão, viradas para baixo. Cada um tinha sua vez de bater nas figurinhas com uma das mãos, em mão em concha. Elas subiam e, ao cair de volta, as que virassem para cima seria sua. Na tentativa de melhor aderência na mão o menino – menina, nem pensar – soprava na mão (bafo). Brincavam-se, muito, à noite, de bang-bang, ou reuniam-se em pequenos grupos, os mais velhos, para escutar programas de rádios na casa de quem possuísse rádios, que poucos tinham. Dentre nós havia, sempre, os mais brutos, verdadeiros brucutus. No futebol, esses compensavam sua falta de habilidade na base de “porrada”. Nole, de uns 16 anos de idade, filho dos Valsekes, era um desses. Todos tínhamos medo dele. Era em sua casa que assistíamos, lá pelas dez, onze horas da noite, aos programas radiofônicos mais apreciados. Certa noite, estávamos lá, atentos, esperando o programa; se não me engano, uma novela radiofônica intitulada “O Anjo”. Nole dormia em seu quarto. Mais ou menos às onze horas da noite ouvimos um forte baque na parede de madeira e uns gritos de dor, intenso. Nole apareceu na sala, onde estávamos, saltitando numa só perna e urrando de dor. Depois nos contou: sonhara que estava jogando uma “pelada” e fora disputar a bola com outro brucutu (Tonhão), e lhe dera uma canelada para se vingar de lhe haver perdido a bola, só que o outro também lhe aplicara uma canelada. O resultado foi aquela gritaria horrível.

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Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe.

uplemento

http://g1.globo.com/pop-ar te/noticia/machado-de-assis-e-maior-que-dickens-balzace-eca-de-queiroz-diz-critico-e-escritor-espanhol.ghtml (Por Agência EFE - 05/05/2017)

JUNHO 2019

“ANTES de mais nada o homem tem a faculdade da abstração: enquanto que os outros animais sempre pensam em coisas particulares e con-cretas, o homem é capaz de pensar de modo universal” (p. 83).

A BANDA

Machado de Assis é maior que Dickens, Balzac e Eça de Queiroz, diz crítico e escritor espanhol

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“GRAÇAS à tradição, o homem é um animal progressivo. Aprende mais e mais; e não é só o indivíduo que aprende – o que acontece também com outros animais – mas a própria humanidade, a sociedade. O homem é inventivo: enquanto que os outros animais transmitem seus conhecimentos de modo fixo e rígido de geração em geração, entre os homens cada geração sabe mais que a anterior – ou pelo menos pode saber mais” (p. 82).

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RUBEM ALVES

passado: 1945; do tempo em que “se amarrava cachorros com linguiça”, tempo da ingenuidade moral. Tempos idílicos, mas, difíceis.

J. M. BOCHENSKI Tradução: Alfred Simon EPU. São Paulo, 1973

S S

Não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses.

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CEM ERROS DE PORTUGUÊS - 10 www.culturatura.com.br/gramatica/ortografia/erros.htm

92 - "Haja visto" seu empenho... A expressão é haja vista e não varia: Haja vista seus esforços. / Haja vista suas críticas. 93 - A moça "que ele gosta". Como se gosta de, o cer to é: A moça de que ele gosta. Igualmente: O dinheiro de que dispõe, o filme a que assistiu (e não que assistiu), a prova de que participou, o amigo a que se referiu, etc. 94 - É hora "dele" chegar. Não se deve fazer a contração da preposição com artigo ou pronome, nos casos seguidos de infinitivo: É hora de ele chegar. / Apesar de o amigo tê-lo convidado... / Depois de esses fatos terem ocorrido... 95 - Vou "consigo". Consigo só tem valor reflexivo (pensou consigo mesmo) e não pode substituir com você, com o senhor. Portanto: Vou com você, vou com o senhor. Igualmente: Isto é para o senhor (e não "para si"). 96 - Já "é" 8 horas. Horas e as demais palavras que definem tempo variam: Já são 8 horas. / Já é (e não "são") 1 hora, já é meio-dia. 97 - A festa começa às 8 "hrs.". As abreviaturas do sistema métrico decimal não têm plural nem ponto. Assim: 8 h, 2 km (e não "kms."), 5 m, 10 kg. 98 - "Dado" os índices das pesquisas... A concordância é normal: Dados os índices... / Dado o resultado... / Dadas as suas ideias... 99 - Ficou "sobre" a mira do assaltante. Sob é que significa debaixo de: Ficou sob a mira do assaltante. / Escondeu-se sob a cama. Sobre equivale a em cima de ou a respeito de: Estava sobre o telhado. / Falou sobre a inflação. E lembre-se: O animal ou o piano têm cauda e o doce, calda. Da mesma forma, alguém traz alguma coisa e alguém vai para trás. 100 - "Ao meu ver". Não existe artigo nessas expressões: A meu ver, a seu ver, a nosso ver.

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Reuniões 4as e 6as feiras, às 19h30 Próximo à Câmara de Vereadores Balneário Arroio do Silva

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EDIÇÃO: ROSSANA GRECHI

DO DIÁRIO DE BERNARDINO DE SENNA CAMPOS

Reuniões 4as feiras, às 20h Sala na Igreja Episcopal, centro - Araranguá

POLÍCIA MILITAR: 190 POLÍCIA RODOVIÁRIA FED.: 191 SAMU: 192 BOMBEIROS: 193 ATENDIMENTO À MULHER: 180

telefones para emergências

Reuniões 3as feiras, às 20h00 Sala na Igreja São Cristóvão - Maracajá ○

Passagem do 1º avião sobre Araranguá e sua queda em Tijucas

Grupos Familiares AL-ANON

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Em 16 de setembro [1919] passou pela primeira vez no nosso município um aeroplano, pilotado por um aviador italiano, por nome Locatelli, que partiu de Buenos Aires, passou por Montevidéu, Porto Alegre, com destino ao Rio de Janeiro. Passou pelo Campo às duas horas em ponto e não foi visto desta vila a não ser unicamente o barulho do motor. Passou na Capital às 12:30. Infelizmente não pôde continuar a viagem, por ter aterrado ao norte de Tijucas, à uma da tarde, perdendo o aparelho, salvando apenas o motor.

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“A amizade é uma alma que mora em dois corpos, um coração que palpita em duas almas.” ARISTÓTELES

As 6 propriedades de uma mente criativa

Memórias do Araranguá, org. Pe. João Dall’Alba. Orion, 1987, p.135 ○

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2. NÃO TER MEDO DE ERRAR Um aspecto importante para quem se afasta dos paradigmas e crenças oficiais é que podem, com facilidade, se direcionar por atalhos que os levarão a graves equívocos. É preciso enorme coragem para se aventurar numa rota desconhecida,

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4. DEDICAR-SE ÀS ‘TRANSPIRAÇÕES’ Citei alguns dentre os inovadores mais notórios, mas é importante perceber que qualquer ato criativo, mesmo que bem menos relevante do que os que foram perpetrados por esses que produziram grandes mudanças na forma como pensamos, percorre o mesmo trajeto: a observação de algo novo e o trabalho enorme para que sejam extraídos todos os subprodutos dessa forma original de pensar. Aqui começa a fase mais longa e difícil, aquela que corresponde à da “transpiração”. Tem razão os que dizem que ela corresponde a 90% do processo! 5. VIVENCIAR O NOVO COM CORAGEM Além disso, é preciso muita coragem para que, no processo de exploração de todos os

TOURNIER Dr. Everton Hamilton Krás Tournier Graduado e especializado na Universidade Federal de Santa Catarina • Pós-graduado no Instituto Adolfo Lutz de São Paulo • Pós-graduado na Universidade do Sul Catarinense E-mail: tournier@contato.net

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6. NÃO SER ESCRAVO DE SI MESMO Afora a coragem e a firmeza para sustentar seus pontos de vista mesmo quando eles são bombardeados por opositores idôneos e competentes, é preciso que a pessoa que pretende permanecer criativa não se deixe escravizar pelas suas próprias inovações. É essencial que o espírito criativo nunca se dê por satisfeito, que sempre vislumbre outras possibilidades além daquelas já conquistadas e das quais ele tenha participado. O processo de desenvolvimento humano é interminável, de modo que toda obra é inacabada. Quando uma pessoa não conseguir avançar mais, outros, mais jovens, irão se apoderar daquele saber e o transformarão em fundação para mais uma edificação. Essa é a beleza e a graça do conhecimento.

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A história da queda do SVA em Tijucas

Aeronave de Locatelli tombada em Tijucas. “Imagem cedida pelo sr. Porto” (blog do 1000TÃO)

Texto: blog do 1000TÃO história cinema aviação (1000tao.blogspot.com.br/2012/05/um-sva-em-tijucas.html?m=1)

partiu para São Paulo a bordo de um barco, o paquete “Max”, da empresa Carl Hoepcke. Os restos da aeronave até hoje são um mistério. Não se sabe se acabaram enterrados na lama do “tirirical”, local do pouso forçado da aeronave, ou se foram destruídos por alguns moradores de Tijucas, acreditando que a sua queda fizesse parte de uma série de pestes que se abatiam sobre a cidade nos últimos tempos. v Antonio Locatelli nasceu em Bérgamo (Itália), em 19 de abril de 1895. Filho de Samuele e de Anna Gelfi, foi aviador, jornalista e político italiano. Filho de Samuel e Anna Gelfi, durante a Primeira Guerra Mundial distinguiu-se como piloto da Força Aérea e seus feitos ousados o tornaram famoso. Foi baleado e preso em setembro de 1918, conseguinO tenente-aviador italiano do fugir, disfarAntonio Locatelli, no Chile, çado de soldado em 1919, com o SVA no qual austríaco, depois cruzaria o céu em Araranguá de algumas semanas. Depois da guerra, recebeu a medalha de bronze pelo seu valor militar, e depois a de ouro. De 1924 a 1928 foi membro do Parlamento, diretor da Revista de Bergamo em 1929, e, entre 1933 e 1934, foi prefeito de Bergamo. Faleceu em 1936. v Itália, 1917. O S.V.A. (de Savoia e Verduzio, projetistas, e Ansaldo) foi o melhor avião de reconhecimento e bombardeio leve da Primeira Guerra Mundial. Dele se produziram 1.248 exemplares. Esteve na linha de combate com seis esquadrilhas a partir de fevereiro de 1918 e permaneceu em serviço até 1930. Realizou empreendimentos sensacionais, como o reconhecimento de L. Locatelli e A. Ferrarin sobre sobre Friedrichshafen (700km), e a incursão sobre Viena (1.000 km), efetuada no dia 9 de agosto por 9 aviões da 87ª esquadrilha. Esta era a “Esquadrilha Sereníssima”. Na incursão tomou parte Gabriel D’Annunzio. Em fevereiro de 1919, A. Ferrarin e Masiero, num SVA, ligaram Roma a Tóquio (18.105 km) em 109 horas de voo. z

O DIA 16 DE SETEMBRO DE 1919, uma aeronave SVA com motor de 220HP conduzida pelo tenente-aviador italiano Antonio Locatelli, oriunda da cidade de Santiago no Chile, após fazer escala em Buenos Aires na Argentina, segue sua rota em direção à cidade do Rio de Janeiro. Ao sobrevoar a cidade de Tijucas, o aviador percebeu que algo não estava funcionando muito bem no motor da aeronave. Fortes ventos vindos do sul o obrigavam a realizar manobras que acabaram forçando em demasia o motor do SVA, resultando na perda de rendimento, não restando alternativa senão procurar algum lugar para um pouso na cidade de Tijucas. Agora, imaginem o que representou para uma população que até já ouvira falar em avião, mas que nunca tinha visto um, e muitos deviam até mesmo duvidar da sua existência. Lá vinha o tenente Locatelli manobrando, lutando contra o vento e levando algumas pessoas a acreditar que realizava acrobacias, num exibicionismo desenfreado. Locatelli iniciou uma descida, procurando por um campo onde pudesse pousar e realizar os devidos reparos na aeronave, pois a cada segundo seu motor parecia funcionar mais precariamente. Avistando o que parecia ser o local ideal, parte para o pouso. Mas, para sua surpresa, quando estava já muito próximo de tocar o solo, pôde perceber que se encontrava sobre um grande “tirirical”, ou uma área de banhados, sendo já muito tarde para mudar de ideia e buscar novo local para o pouso. A aeronave então vai entrando na lama, quebrando suas partes mais frágeis e a hélice, e dando fim ao avião com que Locatelli pretendia chegar ao Rio de Janeiro. O piloto ainda teve sangue frio de pular no momento certo, saindo do episódio com apenas pequenas escoriações e sofrendo mais para sair do atoledo em que se encontrava. Logo uma multidão de populares se apresenta para auxiliá-lo, conduzindo-o a cavalo para a sede da cidade, onde mais tarde chegaram os representantes do Governo do Estado para lhe conduzir a capital, onde foi recebido pelo governador, autoridades e representantes da imprensa. No dia seguinte, após palestra sobre suas aventuras e aviação em geral, o jovem tenente de 24 anos de idade

INTERNET

Flávio Gikovate (São Paulo 1943-2016) foi um médico-psiquiatra, psicoterapeuta, conferencista e escritor.

A cidade de Tijucas é provavelmente a protagonista da mais antiga história de acidente aéreo no estado de Santa Catarina, e também do voo mais antigo, pelo menos que se tenha registro.

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1. SER OBJETIVO Assim, ser portador de uma mente focada em um dado tipo de interesse costuma ser um ingrediente muito relevante para o processo criativo. Além disso, é preciso que a pessoa disponha de um modo de pensar bem objetivo, observador dos fatos e pouco afeito a respeitar os paradigmas existentes. Esse descaso com o saber oficial muitas vezes se dá em função de uma convicção de que o mais importante são os fatos que se observa e não as ideias que nos transmitem; em outros casos, a mente de certas pessoas se recusa a aprender tudo o que poderia acerca de seu foco de interesse, preferindo redescobri-lo ao seu modo.

3. CONTAR COM AS INSPIRAÇÕES Sempre é bom considerar que aquele que está observando objetivamente, estudando e se dedicando a um dado ramo do conhecimento terá que ser favorecido pelas circunstâncias: o acaso – ou a sorte – fazem parte do jogo da vida, de modo que é preciso que a pessoa tenha a chance de observar um fenômeno novo ou olhar algo de uma forma nova – que pode ser uma harmonia de sons, um tipo de imagem ou arranjo de cores, um movimento diferente na natureza ou num laboratório de pesquisas, assim como nas reflexões que um físico teórico faz se valendo de cálculos matemáticos. Criaturas como Copérnico, Galileu, Darwin, Freud, Picasso, Bach e tantos outros fizeram esse percurso.

desdobramentos de uma inovação, não se tenha medo de produzir conclusões que sejam desconfortáveis para a maioria das pessoas. Não se pode deixar de louvar a honestidade intelectual como um dos ingredientes fundamentais dos inovadores, posto que eles não raramente enfrentam oposição firme – e nem sempre muito leal – de seus contemporâneos. As pessoas se ressentem e se opõem a conceitos diferentes daqueles aos quais estão acostumadas. Demoram a aceitar o novo; e isso vale para o mundo das ideias, para as artes plásticas, literatura e também para a música. Esse aspecto é menos dramático no caso das ciências físicas e biológicas porque elas costumam gerar desdobramentos práticos de grande utilidade para a maioria da população, o que contribui para a aceitação das novas propostas.

JUNHO 2019

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uando se pensa sobre a criatividade, a maioria das pessoas a associa a uma inteligência excepcional, a uma pessoa com potência psíquica muito fora do comum. Não desconsidero a importância de uma boa inteligência, especialmente vocacionada para uma determinada área de atividade, que pode ser a música, as artes plásticas, a filosofia ou as ciências. Mais importante do que uma inteligência excepcional, o essencial é que a pessoa se dedique com persistência e determinação às tarefas correspondentes àquele dado ramo do conhecimento; não tende a ser bem-sucedido aquele que é um diletante e nem os que se dedicam a múltiplos interesses sem se aprofundar em ramo algum.

sendo que a chance de cometer erros é bastante grande. Não ter medo de errar, de passar pelo constrangimento de se dedicar a uma dada tarefa por meses ou anos para depois ter que reconhecer que ela não conduziu a nada de relevante, é, pois, ingrediente indispensável a uma mente criativa.

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Texto de Flávio Gikovate Extraído de deu Site oficial http://flaviogikovate.com.br

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O gato ficou pitoco

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Passados meses desde que a família Machado havia retornado de Francisco Beltrão, apareceu na porta de casa, na Guarita, o gato de estimação da família, que pensavam ter deixado no Paraná. A família do senhor Antonino Machado, encorajada por familiares que já a haviam precedido e que se achavam bem localizados no município de Francisco Beltrão e progredindo muito bem economicamente, tomou a decisão de migrar também para o Paraná. Acomodados sobre uma carroceria de caminhão, em um “pau de arara”, como era comum na década de 1960, lá foi a família e toda a sua estrutura em busca de novas terras, novas plantações, um novo lar e a realização de novos sonhos. Um cachorro e um gato de estimação

ATENDIMENTO: De segunda a sexta: das 8h às 12h e das 13h30 às 19h Sábados: das 8h às 12h e das 13h30 às 17h Tel. 3524-3071 Av. XV de Novembro

Estas são anedotas retiradas do livro “Desordem no tribunal”, de Osório Silva Barbosa Sobrinho*. São coisas que as pessoas realmente disseram e que foram transcritas textualmente pelos taquígrafos enquanto estes diálogos realmente aconteciam à sua frente: 4 Advogado: Qual é a data do seu aniversário? Testemunha: 15 de julho. Advogado: Que ano? Testemunha: Todo ano. 4 Advogado: Essa doença, a miastenia gravis, afeta sua memória? Testemunha: Sim. Advogado: E de que modo ela afeta sua memória? Testemunha: Eu esqueço das coisas. Advogado: Você esquece... Pode nos dar um exemplo de algo que você tenha esquecido? 4 Advogado: Qual foi a primeira coisa que seu marido disse quando acordou naquela manhã? Testemunha: Ele disse: “Onde estou, Bete?” Advogado: E por que você se aborreceu? Testemunha: Meu nome é Célia. 4 Advogado: Seu filho mais novo, o de 20 anos... Testemunha: Sim. Advogado: Que idade ele tem? 4 Advogado: Sobre esta foto sua... O senhor estava presente quando ela foi tirada? 4 Advogado: Ela tinha três filhos, certo? Testemunha: Certo. Advogado: Quantos meninos? Testemunha: Nenhum Advogado: E quantas eram meninas? 4 Advogado: Poderia descrever o suspeito? Testemunha: Ele tinha estatura mediana e usava barba. Advogado: E era um homem ou uma mulher? 4 Advogado: Doutor, quantas autópsias o senhor já realizou em pessoas mortas? Advogado: Todas as autópsias que fiz foram em pessoas mortas... 4 Advogado: Doutor, antes de fazer a autópsia, o senhor checou o pulso da vítima? Testemunha: Não. Advogado: O senhor checou a pressão arterial? Testemunha: Não. Advogado: O senhor checou a respiração? Testemunha: Não. Advogado: Então, é possível que a vítima estivesse viva quando a autópsia começou? Testemunha: Não. Advogado: Como o senhor pode ter essa certeza? Testemunha: Porque o cérebro do paciente estava num jarro sobre a mesa. Advogado: Mas ele poderia estar vivo mesmo assim? Testemunha: Sim, é possível que ele estivesse vivo e cursando Direito em algum lugar!!! (CATADO NA INTERNET, DE SUPOSTOS LIVRO E AUTORIA)

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APOIO CULTURAL

m um país de dimensões continentais como o Brasil, podem ser considerados normais os movimentos migratórios. Quase sempre motivados por fatores econômicos, a população brasileira se movimenta e se movimentou através dos tempos por boa parte do território brasileiro. Esse fenômeno, denominado de migração, aconteceu desde os chamados ciclos do ouro, da cana-de-açúcar, da borracha, até chegar ao século XX, como exemplos, na construção de Brasília e no desenvolvimento econômico do sudeste (São Paulo). Nos últimos tempos, houve e ainda há migrações provocadas pelo que os economistas chamam de alargamento das fronteiras agrícolas. Estes mais recentes movimentos iniciaram na década de 1940 e mantiveram-se mais ativos até a década de 1980. Daqui, do sul do estado, os migrantes eram compostos em sua totalidade por agricultores em busca de novas e melhores terras para o plantio, o que levou centenas de famílias do vale do Araranguá a transferirem residência. Porém, as regiões preferidas, nos anos 1950 e 60, foram as mais próximas, como o oeste de Santa Catarina e também o norte e oeste do Paraná. Essa primeira leva de migrantes serviu de base para seus descendentes, mais tarde, alcançarem o Mato Grosso, hoje os dois, Mato Grosso do Sul e do Norte, e até o estado do Pará, mais recentemente. Nos dias atuais, existem famílias de Araranguá e região que têm familiares residindo nesses estados, e também no oeste catarinense, que migraram ainda naquela época. Quando criança, recordo de ter ouvido falar de pessoas conhecidas desejosas de partirem para o oeste de Santa Catarina ou para o estado do Paraná, especialmente em busca de uma famosa terra, a que todos chamavam de “terra roxa”, que se dizia ser

também estavam entre os móveis e outros pertences. Por motivos que não vem ao causo, e passados pouco mais de dois anos, parte da família Machado resolveu não se fixar definitivamente no novo endereço. Decidiram voltar para a morada antiga, na Guarita, onde haviam deixado suas propriedades intactas, aos cuidados de arrendatários. Ao retornarem, os animais de estimação foram deixados no oeste do Paraná. Pelo menos assim pensavam. É crença, na criatividade popular, de que os gatos, mesmo deixados longe de casa, retornam para a residência onde nasceram, estejam onde estiverem, desde que tivessem observado o caminho de ida. Na ida para o Paraná, o gato estava sobre a mobília e pôde observar todo o caminho, enquanto viajava para o estado vizinho. Pois, passados meses desde que a família Machado havia retornado de Francisco Beltrão, apareceu na porta de casa, na Guarita, o gato de estimação da família, que pensavam ter deixado no Paraná. Fez-se uma grande festa com o retorno do gato. Acalmada toda a euforia, veio a grande pergunta: de que forma o gato tinha retornado para a Guarita e como encontrou a residência na qual havia nascido? Opiniões e algumas conjecturas tomaram conta do falatório: — Veio de “carona” com algum conhecido — falou um. — Veio no meio da mudança, sem que nós percebêssemos... — arriscou outro. Até que um membro participante da conversa, olhando para o gato, concluiu que havia decifrado o enigma. — O gato voltou sozinho do Paraná. E mais, veio pelas próprias pernas. Ridicularizado, foi questionado por todos, até lhe perguntarem como havia chegado a essa brilhante conclusão. O “detetive”, muito convicto, apontou para o rabo do gato e foi dizendo: — Olha pro rabo dele! O rabo está gasto... O gato ficou pitoco de tanto arrastar o rabo no asfalto! z

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CASOS E CAUSOS QUE O POVO CONTA

excelente para o plantio do café ou da soja. Ouvi falar de meu tio Eloi Gomes, quando estava se transferindo, com toda a sua família, para o oeste do Paraná. Na ocasião em que as famílias migravam, tudo os acompanhava na hora da mudança. Os pais, os filhos, a mobília, empregados que quisessem ir, tudo seguia junto. Alguns levavam até os animais domésticos, cachorros e gatos. A maioria vendia tudo que possuía e partia em busca de novas terras, quase sempre adquiridas antes de viajarem. Da família tradicional dos Machado, residentes à margem da BR-101, localidade de Guarita, no município de Sombrio, muitos também decidiram migrar para o oeste do Paraná.

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por Cláudio Gomes

DESORDEM NO TRIBUNAL

Grandes enigmas z Como é que o Tarzan estava sempre barbeado? z Por que a série se chamava “Missão Impossível” se eles sempre conseguiam realizar as missões? z Se os homens são todos iguais, por que as mulheres escolhem tanto? z Por que os pilotos kamikases usavam capacetes? z Como se escreve zero em algarismo romano? z Por que as luas dos outros planetas têm nomes e a nossa é chamada só de “lua”? z Por que quando a gente liga para um número errado nunca dá ocupado? z Por que as pessoas apertam o controle remoto com mais força quando a pilha está fraca? z Se a ciência consegue desvendar até os mistérios do DNA, por que ninguém descobriu ainda a fórmula da Coca-Cola? z Por que tem gente que acorda os outros para perguntar se estavam dormindo? z E para finalizar: por que existe uma rede de lanchonete chamada “Thank God, It’s Friday”, e não existe uma chamada “Oh shit, It’s Monday”? (textos_legais.sites.uol.com.br)

Percepçaõ visual Fixe seus olhos no texto abaixo e deixe que a sua mente leia o que está escrito. 3573 P3QU3N0 73X70 53RV3 4P3N45 P4R4 M057R4R C0M0 N0554 C4B3Ç4 C0NS3GU3 F423R C01545 1MPR3551ON4N735!!! R3P4R3 N1550!!! N0 C0M3Ç0 3574V4 M310 C0MPL1C4D0, M45 N3574 L1NH4 5U4 M3N73 V41 D3C1FR4ND0 0 C0D1G0 QU453 4UTOM471C4M3N73, 53M PR3C1S4R P3N54R MU170, C3R70? P0D3 F1C4R B3M 0RGULH050 D1550!!! 5U4 C4P4C1D4D3 M3R3C3! P4R4B3N5!!!

Dr. Ivan Holsbach MÉDICO PEDIATRA Eletroencefalograma - Mapeamento Cerebral RESP. TÉC.: Dr. Carlos Roberto de Moraes Rego Barros - CRM 3270 RQE 2755

Av. Engenheiro Mesquita, 361 - Centro - Fone: 48 3524-1380

CREMESC 2390

Fone (48) 3524-2483 Av. Engenheiro Mesquita, 371 - Araranguá SC


Diretor WLADINIR LUZ Redator ERNESTO GRECHI FILHO Gerente HERVALINO CAMPOS Tipógrafos WALDEMIRO, FERRINHO, NEI etc. Impressão: GRÁFICA LIDER (LIDO) (ORION) de 1960 a 1975 Redação e oficina: Av. Getúlio Vargas, 158-170, em frente ao Cine Roxy

Até que esse dia acabe

j LOGOTIPO CRIADO POR C. E. GUASCO (ESTREOU NA EDIÇÃO 169 DE 16/04/1968 E FOI USADO ATÉ O FINAL)

Epitáfios famosos

Amar é sublime; desejar, porém, é que dá gosto. O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera. Ao desejo só cabe mais desejar. Que delícia é gostar de, apaixonar-se por, sonhar com. Dá vontade na gente de malhar, comer comida natural, ler poesia, olhar pro céu, ouvir música boa, ficar mais bonito. E então, por um dia, possuir. Um dia apenas, mas inteirinho seu. Sem jura nenhuma para além desse dia — quanto bem-querer tem ficado só na promessa! Que paixão não se planeja, amor não se decreta. Simplesmente o coração floresce. Que cruel sentença é essa do “até que a morte os separe”. Tão mais verdadeiro seria “até que esse dia acabe”. Esse dia único, como a face compreensível da eternidade.

Galeria Galeria

Balsa na Volta do Silveira nos anos 1950. A casa no fundo, hoje é parte da Fazenda São Jorge.

ARQUIVO JOÃO CÂNDIDO

F A CRÔNICA DOS ANOS 60 F

Algumas sugestões (e ideias de morte) para que, desde já, escolham o que gravar em suas lápides tumulares, evitando o dissabor de saber que os seus familiares, acometidos de dúvidas atrozes para redigi-la, acabem registrando algo que não seja digno de sua significativa e ímpar figura.

ANO VII - Nº 141 - 11 DE JUNHO DE 1966

Nobre gesto dos vereadores de Araranguá. Uma atitude que poderá servir de exemplo

Edis deverão aprovar resolução estabelecendo a gratuidade de seus mandatos até o final da atual legislatura

AGRÔNOMO - “Favor regar o solo com

Neguvon. Evita vermes.” ALCOÓLATRA - “Enfim, sóbrio.” ARQUEÓLOGO - “Enfim, fóssil.” ASSISTENTE SOCIAL - “Alguém aí, me ajude!” CARTUNISTA - “Partiu sem deixar traços.” DELEGADO - “Tá olhando o quê? Circulando, circulando.” ECOLOGISTA - “Entrei em extinção.” ENÓLOGO - “Cadáver envelhecido em caixão de carvalho, aroma formol e after tasting que denota a presença de microorganismos diversos.” ESPÍRITA - “Volto já.” FUNCIONÁRIO PÚBLICO - “É no túmulo ao lado.” GARANHÃO - “Rígido, como sempre!” GAY - “Virei purpurina.” HERÓI - “Corri para o lado errado.” HIPOCONDRÍACO - “Eu não disse que estava doente?” HUMORISTA - “Isso não tem a menor graça.” JANGADEIRO DIABÉTICO - “Foi doce morrer no mar.” JUDEU - “O que vocês estão fazendo aqui? Quem está tomando conta da lojinha?” PESSIMISTA - “Aposto que está fazendo o maior frio no inferno.” PSICANALISTA - “A eternidade não passa de um complexo de superioridade mal resolvido.” SANITARISTA - “Sujou!” SEX SYMBOL - “Agora, só a terra vai comer.” VICIADO - “Enfim, pó.”

O legislativo de Araranguá, consoante informações que colhemos em fonte absolutamente segura, deverá apreciar, durante a próxima sessão extraordinária, importante projeto de resolução encabeçada pelos vereadores Artur Espíndola, Arnaldo Copetti e Antonio Rocha. A propositura objetiva a gratuidade das funções de vereador até o término da atual legislatura e outras providências em benefício do erário municipal. Tem-se como certa a acolhida por unanimidade, do inédito projeto, dando, assim, os representantes do povo, uma eloquente demonstração de seus elevados propósitos em prol da comuna. A atitude dos edis araranguaenses está ganhando enorme repercussão ante a opinião pública, pois além de

NA FESTA JUNINA DO CASTRO ALVES - A cidade sempre sofre a ação dos indesejáveis, indivíduos que, à margem da sociedade, despidos de qualquer respeito à família e ao público, procuram importuná-los com atos próprios de suas personalidades. Segundo narrou à nossa reportagem uma senhora, há poucos dias, durante os inocentes festejos juninos no Grupo Escolar Castro Alves, um cidadão, usando e abusando de seu estado alcoólico, exibiu um “trabuco”, procurando desenrolar, naquele respeitável ambiente, uma cena de faroeste. A Polícia procurou resfriar os miolos do forasteiro que estava em ebulição.

(textos_legais.sites.uol.com.br)

Palíndromo Um palíndromo é uma palavra ou um número que se lê da mesma maneira nos dois sentidos – normalmente, da esquerda para a direita, ou ao contrário, da direita para a esquerda. Exemplos: OVO, OSSO, RADAR. O mesmo se aplica às frases, embora a coincidência seja mais difícil de se conseguir. Alguns exemplos:

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NO CINEMA - Volta e meia os frequentadores do Cine Roxy se revoltam com a atitude dos moleques malcriados, que roubam o sossego daqueles que vão ao cinema para assistir filmes. As autoridades não têm se descuidado. Mas acontece que os mocinhos não se dão por vencidos. Ainda agora

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ANOTARAM A DATA DA MARATONA u ASSIM A AIA IA A MISSA A DIVA EM ARGEL ALEGRA-ME A VIDA u A MALA NADA NA LAMA A TORRE DA DERROTA u O CÉU SUECO u O GALO AMA O LAGO O LOBO AMA O BOLO u RIR O BREVE VERBO RIR u SAÍRAM O TIO E OITO MARIAS ZÉ DE LIMA RUA LAURA MIL E DEZ (Catado na internet, sem crédito)

seu aspecto moral, a iniciativa proporcionará aos cofres municipais apreciável economia. Em homenagem ao Poder Legislativo de nossa terra, estampamos aqui o clichê [reprodução ao lado] de seus dignos componentes, os quais certamente passarão a merecer todo o respeito e simpatia da população, mercê de seu desprendido gesto. São os seguintes os vereadores que integram a Câmara Municipal de Araranguá: Artur Francisco Espíndola, Arnaldo Copetti, Antonio Rocha, João Kráes Campos, Hilário Freitas, Antonio Abedeno da Rocha, Otacílio Bertoncini, Mauro A. de Souza, Hipólito Manoel da Silva, Luiz Hahn,

Os indesejáveis

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R. Francisco

Manoel Costa Filho, Darci Lindolfo Gomes e Otávio Belarmino Costa. De qualquer modo, a Câmara de Vereadores tem colaborado com o poder executivo, inclusive a bancada da oposição, que não tem dificultado a ação do governo municipal.

arquitetaram mais uma vergonhosa ação, que bem se coaduna com o feitio sádico de suas mentes. Extraem os parafusos das poltronas, substituindo-as por palitos de fósforo. O cidadão, desprevenido, ao sentar-se, nem sequer imagina o que lhe vai acontecer. Fica mais essa molecagem registrada, para que a polícia também ponha fim a esse abuso.

Homenagem ao Waldemiro, diagramador do CA Dia 7 de junho, contou tempo, o sr. Waldemiro Generoso Mattos, veterano batalhador dos tipos [chapista tipográfico; compõe com tipos (letras) móveis, diagrama e pagina]. Waldemiro, cá de casa, há anos presta sua colaboração ao C ORREIO DE A RARANGUÁ , depois de servir em vários jornais de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. Há pouco foi homenageado no Rotary local, por ocasião do Dia da Imprensa, como um dos mais antigos gráficos do estado. Ao Waldemiro, nossos votos de felicidade.


A ORIGEM Celeste Roman nasceu no interior de Vista Alegre do Prata, no Rio Grande do Sul, às 23 horas do dia 4 de agosto de 1935, como o nono filho dos onze que tiveram Francisco Roman e Antônia Ruggini Roman. Criado no campo, desde cedo teve que aprender a capinar, roçar, plantar, tratar de vacas e porcos, ajuntar lenha... Isso tudo sem esquecer de estudar, ir à missa, brincar com os amigos, jogar bola, tomar banho de rio e comer as frutas dos pomares e as silvestres. Celeste lembra que, na colônia, a vida era muito difícil naquela época: “Praticamente, trabalhava-se para sobreviver; ou, vivia-se para trabalhar”. O seminário era uma opção para uma vida melhor. Mesmo que o aluno não tivesse muita vocação para ser religioso ou padre, possibilitava aos jovens estudos bastante promissores. Assim, em 1952, Celeste ingressou no Seminário Josefino de Fazenda Souza, no Rio Grande. Em 1963, então, realizou seus votos perpétuos em Muriaé-MG. Em 2013 ele completou 50 anos de profissão religiosa.

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POR QUE IRMÃO E NÃO PADRE? Celeste Roman faz parte da Congregação de São José, chamados de Josefinos de Murialdo, fundada em Turim por São Leonardo Murialdo (1828-1900). Ele conta: “A nossa congregação compõe-se de padres e irmãos. Como o carisma apostólico é lidar com crianças, adolescentes e jovens, na minha viCeleste nos anos 1960. No alto: são achei que ser irmão Mirim do Murialdo nos anos 70; seria melhor. “Como irmão religiao lado: Murialdo (adulto) na oso, comecei em Caxias virada dos anos 60/70 do Sul, em 1958, no antigo Abrigo de Menores São José, hoje Colégio Murialdo Paulo VI, em Caxias do Sul. “Em 1963, me formei em Artes Industriais (marcenaria, tipografia, eletricidade e cerâmica) e passei a lecionar essas matérias o dia todo. À noite, cuidava das quadras de futsal, que vinha o pessoal de fora jogar, e onde treinava minhas equipes. Nesse tempo eu tinha uma escolinha de futsal para alunos internos e externos. Chegamos a beirar uma centena de crianças e jovens (de 10 a 18 anos). Em 1966/ 1967 fomos duas vezes vice-campeões do estado na categoria juvenil.

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A VINDA PARA ARARANGUÁ “Eu era formado em Artes Industriais. Na época, era exigida nas escolas, a iniciação dos trabalhos das quintas às oitavas séries. Como em Araranguá não se conseguisse professor para essa matéria, fui destinado para essa missão no então Colegio Nossa Senhora Mãe dos Homens, hoje Murialdo. A notícia da troca de Caxias para Araranguá me deixou um pouco contrariado. Em Caxias, eu tinha uma escolinha de futsal. Eram campeonatos e competições de toda sorte. Já estávamos ‘pegando fama’ e Araranguá para mim era uma incógnita. Tinha ouvido falar um pouco do Padre Félix, e até já tinha passado uma semana no Colégio Mãe dos Homens. “Araranguá para mim foi uma experiência positiva. Encaixou perfeitamente. Comecei a trabalhar com a gurizada nas Artes Industriais e, ao mesmo tempo, formando equipes de futebol de campo e de salão. Os campos ficaram lotados. Nos fins de semana então, não havia lugar para todos. “No futsal crescemos tanto que enfrentávamos a AABB [o grande time da época] de igual para igual. No futebol de campo, também brilhamos, tanto com a gurizada quanto com os adultos. A turma por aí sabe bem das façanhas. A gurizada e o ferro velho. As rivalidades entre Murialdo e o UCCA beiravam as raias de batalhas. Mas, no final, tudo terminava em paz. Quem ganhava, convidava os demais para festejar juntos a vitória. “Como atividades no Colégio, além do setor esportivo, eu montei a oficina de Artes Industriais e lecionava essa matéria. Fazíamos miniaturas muito bonitas: conjuntos de cozinha, de varanda, de quarto, de mesa etc. Os trabalhinhos que os alunos faziam, cada qual levava o seu para casa. Ficavam com eles ou presenteavam alguém. “Em Araranguá também fiz o segundo grau: Técnico em Contabilidade, porque em Caxias, talvez por falta de alguém que me orientasse, não tinha completado o segundo grau.

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BALNEÁRIO ARROIO DO SILVA DISK ENTREGA

Matriz: 3526-1339 Filial: 3526-1112

Também fiz a faculdade de Letras. Mas tudo isso não era o que eu sempre queria. Em 1977, comecei a faculdade que eu queria, a faculdade de Educação Física. Fiz na Esede – Escola Superior de Educação Física e Desportos da Fucri, em Criciúma. O CICIAR “Nessa época, eu já estava dando aula de Educação Física, então era muito bom porque a gente recebia as aulas na Faculdade e trazia ‘quentinhas’ para as aulas do Colégio. Com a professora Madeca, assumimos todas as aulas do Colégio, isto na época do Ciciar (Centro Intercolegial Integrado de Araranguá). Belos tempos e muitas saudades. Muitas atividades, participação total, compromisso, dedicação e respeito. As aulas eram, em sua maioria, orientadas para a preparação de atletas para o Jerva. O JERVA “Em 1970, veio o Jerva (Jogos Escolares da Região do Vale do Araranguá). Comecei a trabalhar desde o primeiro Jerva, colaborando no apoio aos locais das competições. No terceiro Jerva, em 1972, no Turvo, entrei com as minhas equipes de futebol de campo e de salão, onde a maioria dos jogadores pertencia ao Murialdo. “Com a implantação do Ciciar, juntamente com a Madeca, tínhamos quase que na totalidade a preparação dos atletas. Isto até 1980, quando me formei em Educação Física e restaura-

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Irmão Celeste

A publicação desta matéria foi uma iniciativa de Pedro Ernesto Grechi, aluno do Irmão Celeste e atleta do Jerva nos anos 1970, e um dos mais atuantes professores de educação física de Araranguá entre 1979 e 2012. O texto saiu de uma visita de Pedro e Ricardo Grechi ao Celeste, em 4 de junho, e de depoimento seu para a Agir & Calar.

mos o nosso sistema de preparação dos atletas envolvendo todos os professores de Educação Física nas diversas modalidades. Araranguá se saiu muito bem e sagrou-se campeão por diversas vezes. “Aqui cabe dar um destaque ao belo trabalho que fazíamos nas diversas modalidades. De modo especial ao atletismo, handebol e futsal. “No atletismo, atuavam e comandavam os professores Celso de Souza e Maria Elenita Clemes, com outros auxiliares. Participamos de diversas competições, desde o mirim, com o Clube Escolar Murialdo, até os Jesc e Jasc (Jogos Escolares e Jogos Abertos). “No futebol, me ajudaram muito o Joênio Luchina (Jóia), o José Pedro Alves (Vânio), o Luiz Carlos de Souza (Navalha) e o massagista Adão. Também havia sempre um grupo de jogadores que se destacavam e colaboravam nos treinamentos e na preparação física. “No handebol feminino colaboraram muito comigo e com a equipe: Márcia Aparecida Cecconi, com um excelente trabalho na escolinha, Luiz Carlos Pessi, Rogério Henrique Gonçalves, Agnaldo Solon, Zé Édio, Zé Fininho, Tatavo, Suquita e outros colaboradores e patrocinadores. Nas demais modalidades havia muitos outros professores e colaboradores muito esforçados. É o caso do volibol com César e Paulo Dias; o futsal com o Antônio Nunes, pai do Leco; professores Nilson Matos Pereira, José Eduardo Nunes de Souza (Zequinha), Valmir Emerim, Pedro Grechi, e muitos outros que colaboraram conosco nesse trabalho esportivo, envolvendo centenas de jovens e crianças. “Isso eu assumo até 1996, quando me ausentei de Araranguá por longos sete anos. Depois, retornando em 2003, não opino mais sobre o assunto. As coisas mudaram. Outros falarão. HOMENAGENS “Todo esse trabalho no setor esportivo e de modo especial com o esporte estudantil e amador nos colégios de Araranguá, e da região da

Amesc especialmente com o Jerva, repercutindo em todo o Estado através das competições, me valeram a honrosa distinção da ‘Comenda do Mérito Desportivo’, que teve lugar no dia 10 de dezembro de 2012, na Assembleia Legislativa, em Florianópolis. Dividindo meu mérito com todos que colaboraram comigo, agradeço a Michele de Souza Serejo, que me indicou, e a Rogério Henrique Gonçalves (Chiquinha), que defendeu minha indicação. “Já, em 2003, tinha recebido o título de ‘Cidadão Araranguaense’ por indicação do professor Celso de Souza e o pessoal do atletismo.” Em 2016, Celeste foi um dos condutores da tocha olímpica em Araranguá. PALAVRAS FINAIS “Cheguei em Araranguá em fevereiro de 1967 e saí para uma pausa de sete anos em janeiro de 1996. Foi uma etapa de ouro, 29 anos seguidos em uma cidade, em uma escola. Juntamente com um grande grupo de abnegados e altruístas, movimentamos o mundo esportivo de Araranguá, do Vale do Araranguá (Jerva) e de Santa Catarina nas competições da Secretaria de Educação (Jogos Escolares) e na Fesporte (com os Joguinhos e Jogos Abertos). Em 2003 retornei a esta cidade, onde permaneço até hoje.” Irmão Celeste mora no Colégio Murialdo. Aos 83 anos, não atua mais no meio esportivo, legando às novas gerações seu grande trabalho. Hoje, tem um livro publicado, sobre os Roman, e trabalha em outros dois: dos Ruggini, e sobre a era esportiva em que atuou em Araranguá. z

Recebendo a homenagem na Capital, com Zé Édio e Celso. No alto: atletas na virada dos anos 70/80

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