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PANFLETO CULTURAL
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JORNALECO
H FUNDADO EM 18 DE MAIO DE 1994 H ANO 26 • Nº 521 • FEVEREIRO DE 2020 Periodicidade mensal. Tiragem: 1.000 exemplares Fechamento desta edição: 09/02/2020 21h30 E-MAIL: jornaleco.ara@gmail.com CNPJ 28.000.138/0001-00
EDIÇÃO, DIAGRAMAÇÃO E REVISÃO Ricardo Grechi CONTATOS Rossana Grechi ASSISTÊNCIA Guaraciara Rezende, Gibran Rezende Grechi, Nilson Nunes Filho IMPRESSO NA GRÁFICA CASA DO CARIMBO DE Rosa e Aristides César Machado PRODUÇÃO Nicolas Nazari Machado PREPARAÇÃO DO FOTOLITO David Machado Fernandes CORTE Toninho Abel IMPRESSÃO Valdo Martins
© Ricardo Francisco Gomes Grechi (reg. nº 99866, prot.4315/RJ de 17/07/1995)
Leia o JORNALECO em https://issuu.com/jornaleco (desde jan.2009) e assista nossos vídeos no YouTube: Jornaleco Araranguá SC
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UMA PUBLICAÇÃO
É permitida a reprodução de nossos textos originais desde que citados devidamente o autor e o JORNALECO como fonte da publicação. AUTORIA DESCONHECIDA
Araranguá sitiada
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nos fastos da história republicana do sul do Brasil
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APOIO CULTURAL
Faz hoje 34 anos que, ao alvorecer da memorável data que encima estas linhas, foi esta cidade – então vila – assaltada, com surpresa de seus habitantes, por numeroso grupo de revolucionários comandados pelos famigerados Candinho Bahiano e os três irmãos Rodrigues (Manoel, José e Gordiano). Em um momento, reuniu-se pequeno número de patriotas, homens destemidos e republicanos até a medula dos ossos, e enfrentaram intemeratamente os assaltantes na defesa da praça, exposta a todo ataque dos revoltosos. Comandava esses abnegados patriotas o Cel. João Fernandes e seu irmão, capitão Pedro Fernandes, este há já alguns anos desaparecido do cenário da vida terrestre. Os defensores da Vila apenas atingiam ao número de 25 homens, ao passo que os assaltantes eram em número superior a 200 revolucionários. Sobrevivem a esses abnegados patriotas, que não mediram sacrifícios na defesa de sua terra, o Cel. Fernandes, srs. Bernardino Campos, Antonio Theodoro, Jenuvencio Santa Helena, Fidelis Vieira e outros cujos nomes escapam-nos da memória. Um mês antes do assalto inopinado à Vila de Araranguá, os revolucionários atacaram
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o Passo do Sertão, segundo distrito deste Município, que foi heroicamente defendido pela bravura de um grupo de guardas cívicos sob o comando do saudoso alferes Damásio Machado. Nesse tiroteio, que durou algumas horas, o inimigo foi rechaçado, destacando-se um guarda civil que, expondo-se às balas dos encarniçados revolucionários, avançou para o campo aberto tiroteando os adversários sem lhes dar trégua. Aqui na Vila, o inimigo não conseguiu seu escopo, pois um fogo vivíssimo fê-lo recuar precipitadamente, sem desalojar um só republicano de suas trincheiras! Entre os destemidos defensores da Vila, felizmente não se registrou uma só morte; os assaltantes, porém, deixaram sem vida, no campo de batalha, cinco mortos e fugiram precipitadamente, levando vários feridos! Gordiano Rodrigues, um dos comandantes da força revolucionária, morreu valorosamente sobre uma trincheira que constituíra ao sul da Vila, ponto preferido para o ataque a esta localidade. Em frente ao ‘Campinas Hotel’, onde existia um cemitério naquela época, jazem os corpos do capitão Gordiano e de cinco
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De meados dos anos 1890, este registro da Cavalaria do Exército em frente à antiga Capela talvez seja nossa fotografia mais antiga
de seus soldados mais destemidos. Durante os ataques à Vila, as famílias e alguns homens tímidos abandonaram seus domicílios, os homens internando-se nas matas e as famílias em demanda da Lagoa da Serra, Cangicas e outros povoados onde se supunha ao abrigo dos assaltantes. O atual encarregado da estação telegráfica, que naquele tempo já exercia as funções deste cargo, desmontava todas as noites o aparelho telegráfico, comunicando-se durante o dia todo com o então governador Cel. Moreira Cesar, pondo-o ao corrente dos acontecimentos. Ao anoitecer, o denodado telegrafista corria as trincheiras animando seus companheiros de defesa com o valor de patriota abnegado e sem temor. Felizmente, chega à Vila um contingente de 50 praças do 10° Regimento de Cavalaria sob o comando dos distintos oficiais do Exército, tenentes Nolasco e Theodomiro e alferes Lecracio, Evaristo e Rosa, que guarneceram todos os pontos expostos mais facilmente aos assaltos dos revolucionários. [...]” Apud Memória do Poder Legislativo de Araranguá, de Micheline Vargas de Matos Rocha, 2012, edição do autor, pp. 21 a 24. (Mais à p. 9)
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GIBRAN REZENDE GRECHI
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CASA NENA CANOAS / RS
ANO 26 • Nº 521 DISTRIBUIÇÃO GRAT U I TA CORTESIA DOS ANUNCIANTES
A questão ambiental não é problema apenas de uma classe. Ela interessa a todos nós
Em 10 de setembro de 1928, A VERDADE, de Araranguá, em sua edição n0 14, relembrou a defesa do povo da Vila contra 200 bandidos, remanescentes do conflito entre governistas e federalistas ocorrido em 1894. O jornal, seguindo seu vínculo partidário, glamoriza os republicanos (governistas)
27 de agosto de 1894: uma data memorável
ARARANGUÁ-SC FEVEREIRO 2020
Economia ambiental: responsabilidade de todos or séculos, desde a chegada dos primeiros portugueses, os recursos naturais do que hoje é território brasileiro foram explorados e utilizados sem qualquer preocupação, com raras exceções, quanto ao seu esgotamento. As florestas eram dizimadas por sua madeira e utilização de seu espaço; a fauna, pela caça indiscriminada, sofreu a extinção ou quase extinção de muitas centenas de espécies; a qualidade da água sempre vinha a sofrer com supressão de matas ciliares, degradação do solo e edificações em áreas de nascentes; outros recursos naturais também eram seriamente ameaçados pelo homem. Entra-se assim no século XX, mais especificamente na década de 1930, quando o governo nacionalista de Vargas aposta na transformação de uma humilde economia agrícola em uma potência industrial. Ainda que não houvesse
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uma consciência ambiental entre a população, já estava claro aos governantes que os recursos naturais deveriam ser mantidos íntegros, visando a
naturais para futuro aproveitamento. Passa o Brasil a ter protegidos legalmente os seus recursos minerais, com o Código de Mineração, os recursos hídricos com o Código de Águas e a flora com o primeiro Código Florestal. Não havia um interesse neste momento com a proteção da qualidade do meio ambiente, mas apenas que os recursos nacionais fossem devidamente protegidos, por meio de nacionalizações, para uso futuro.
Posteriormente, durante os governos militares dos anos 1960 e 70, na mesma linha de raciocínio econômico-nacionalista, reformula-se o Código Florestal e implanta-se a Lei de Proteção à Fauna e o Código de Pesca; como anteriormente, visando à proteção dos recursos naturais para futuro uso econômico, sem preocupação ecoló© MAURICIO DE SOUSA gica. Finalmente, em 1981, por pressão decorrente do moviutilização dos atributos nacionais no crescimento econômico. Assim, criam- mento ambientalista internaciose Leis (e Decretos-leis) no sentido nal, é implantada no Brasil a Políde impedir a utilização dos recursos tica Nacional do Meio Ambiente,
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A antiga legislação restritiva tornava mais fácil o movimento contrário ao desenvolvimento econômico, pois os grandes recursos eram protegidos de praticamente qualquer exploração. Com o crescimento econômico visualizado a partir dos anos 2000, a necessidade de exploração de recursos fez com que muitas regras protetoras dos recursos ambientais fossem flexibilizadas, tendo em vista o seu uso sustentável. Como resultado, parte da população – principalmente ligada às atividades econômicas exploradoras de recursos – tornou-se absolutamente insensível às preocupações daqueles que defendem o meio ambiente, taxando-os por vezes de “eco-chatos”.
APOIO CULTURAL
Ainda que em muitos momentos alguns ambientalistas adotassem posturas exageradas e até mesmo desnecessárias, suas preocupações sempre foram pertinentes. Basta que se analise as consequências do uso e exploração de recursos em vários
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Antes de começar a criticar os defeitos dos outros, enumera ao menos dez dos teus.
Brasileiros.
A BANDA
Alguns louvam de manhã o que criticam de noite, mas têm sempre por certa a última opinião.
uplemento
ABRAHAM LINCOLN
PAULO FREIRE
ALEXANDER POPE
Impermanência Marta Grechi
Paulo Freire (1921-1997) foi o mais célebre educador brasileiro, com atuação e reconhecimento internacionais. Conhecido principalmente pelo método de alfabetização de adultos que leva seu nome, ele desenvolveu um pensamento pedagógico assumidamente político. Para Freire, o objetivo maior da educação é conscientizar o aluno. Isso significa, em relação às parcelas desfavorecidas da sociedade, levá-las a entender sua situação de oprimidas e agir em favor da própria libertação. Ao propor uma prática de sala de aula que pudesse desenvolver a criticidade dos alunos, Freire condenava o ensino oferecido pela ampla maioria das escolas (isto é, as “escolas burguesas”), que ele qualificou de educação bancária. Nela, segundo Freire, o professor age como quem deposita conhecimento num aluno apenas receptivo, dócil. Em outras palavras, o saber é visto como uma doação dos que se julgam seus detentores. Trata-se, para Freire, de uma escola alienante. “Sua tônica fundamentalmente reside em matar nos educandos a curiosidade, o espírito investigador, a criatividade”, (revistaescola.abril.com.br) escreveu o educador.
ENTREVISTA DE EMPREGO
Sou instante Não sou constante O manifesto de ontem foi meu Hoje defraudei sua bandeira Morreu! Só breu! Sou instante Não sou constante Não dou o passo maior que o dia Não crio raízes nos fatos A letargia me causa alergia! Sou instante Não sou constante Sou onda, sou mar Sou vento, sou brisa Sou barco, sou praia, areia Sou instante Não sou constante Sou fogo, sou água, sou ar Sou alimento de cada dia! Amanhã é página em branco!
Barbaridades ditas por candidatos em entrevistas de emprego ENTREVISTADOR: Como você administra
a pressão? CANDIDATO: Ah, tranquilo. No
máximo 12 por 8. o foco é muito importante, e me parece que você tem alguns lapsos de concentração. CANDIDATO: O senhor poderia repetir a pergunta? ENTREVISTADOR: Como você se
sente trabalhando em equipe? CANDIDATO: Bom, desde que não tenha gente dando palpite, me sinto muito bem. ENTREVISTADOR: Como você se definiria em
termos de flexibilidade? CANDIDATO: Ah, eu faço academia. Sou capaz de encostar o cotovelo na nuca. ENTREVISTADOR: Vejo que você demonstra uma
tendência para discordar. CANDIDATO: Muito pelo contrário.
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ENTREVISTADOR: Em sua opinião, quais seriam os atributos de
um bom líder? CANDIDATO: Ah, são várias coisas. Mas a principal é ter liderança. ENTREVISTADOR: Noto que você não mencionou a sua idade
ENTREVISTADOR: Manter sempre
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quando, pela primeira vez, reconhecese a importância do equilíbrio ecológico como indispensável à qualidade de vida, e até mesmo às atividades econômicas, e impõe-se aos Poderes Públicos nacionais o dever de proteção do meio ambiente por meio do uso racional dos recursos naturais. A partir de então, o crescente movimento ambientalista, a presença do Ministério Público com novas atribuições dadas pela Lei da Ação Civil Pública de 1985 e pela Constituição da República de 1988 e a constatação de várias catástrofes ambientais ocorridas por todo o globo em função do uso desmedido dos recursos, criam um cenário nunca antes visto neste país. Observou-se, por exemplo, grandes estabelecimentos sendo severamente punidos e até mesmo grandes empreendimentos não recebendo permissões do Poder Público para sua implantação.
contextos: hoje tem-se preservados ambiental garante que os colegiados menos de 10% da área original ambientais, que discutem e decidem a do Bioma Mata Atlântica, um dos maior parte das ações das políticas ecossistemas de maior biodiversidade ambientais, sejam formados não só por e importância para a manutenção da representantes dos governos, mas vida no planeta; grande parte das águas também por membros de setores da da bacia do Araranguá encontra-se sociedade, tais como federações de degradada, seja por resíduos de mi- indústrias, movimentos agrícolas, neração, efluentes industriais, defen- associações de turismo, ONGs intesivos agrícolas ou esgotos urbanos ressadas na proteção do meio am(vergonha para a região sul do Estado biente e outros. Tem-se visto que os a forma como tratou representantes dos e ainda trata a sua “Não há o que se discutir setores produtivos lá água!); milhares de estão defendendo quanto à legitimidade pessoas morrem ao seus pontos de vista. das preocupações dos ano por problemas E quanto aos amambientalistas” respiratórios debientalistas? Será correntes de poluição industrial; a que estão participando ativamente nos redução das populações de tubarões colegiados, defendendo a causa amameaça a existência do plâncton biental, entendendo muitas vezes o marinho, base da vida na Terra. Logo, porquê de tal exploração, ou até não há o que se discutir quanto à mesmo denunciando publicamente legitimidade das preocupações dos atos de corrupção? E claro, acima dos ambientalistas. colegiados ambientais, temos nossos verdadeiros criadores de normas: os Ainda assim, deve-se sempre ter parlamentares. Será que nossos vereaem mente que jamais cogitamos deixar dores, deputados e senadores estão de utilizar recursos energéticos, água incluindo a importância do uso sustentratada, madeira ou bens minerais para tável de recursos ambientais em suas construção de edifícios e casas. Sem agendas? E mais importante: nós estafalar na produção de alimentos, que, mos acompanhando as ações daqueles com a atual população mundial em quem votamos? Ou apenas cobraconcentrada em cidades, requer-se mos ações dos órgãos ambientais, sem que grandes áreas sejam transfor- nem sabermos quais as políticas de madas em campos de monocultura de Estado e de governo são defendidas cereais, como arroz ou trigo. A cada por aqueles em quem votamos? dia que utilizamos energia elétrica, estamos concordando que se explore Falou-se aqui sobre os ambiencarvão mineral ou com a inundação de talistas e sua inegável importância. grandes áreas de mata nativa ou Mas devemos ter em mente que ocupadas por populações humanas. a questão ambiental não é problema apenas de uma classe. Ela Assim, grosseiramente falando, interessa a todos nós, membros pode-se dizer que nossa sociedade da teia da vida. Enquanto existir passou da era do “nada pode uma classe chamada de “ambienexplorar” para a era do “tudo talistas”, nossa sociedade estará pode, desde que racionalmente”. caminhando para o seu colapso. O Mas quem dirá o que é “racioambientalismo é um sentimento que nalmente”? deve ser inerente a todos nós humanos Vivemos em um Estado Demo- e não apenas a uma classe de pessoas. crático, portanto, vindo o Poder do Do contrário, estaremos retornando à povo, somos nós que diremos até que exploração ambiental desastrosa que ponto nós exploraremos os recursos ocorreu nos primeiros séculos de z ambientais. O ordenamento jurídico colonização do Brasil.
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vem da capa ECONOMIA AMBIENTAL: RESPONSABILIDADE DE TODOS
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aqui no currículo. CANDIDATO: É que eu uso óculos, e isso me faz parecer mais velho. ENTREVISTADOR: Quais seriam seus pontos fracos? CANDIDATO: Ah, é o joelho. Até tive que parar de jogar futebol. ENTREVISTADOR: Por que, dentre tantos candidatos, nós
deveríamos contratá-lo? CANDIDATO: Eu pensei que responder a isto fosse seu trabalho. ENTREVISTADOR: Várias pessoas que se sentaram aí nessa
mesma cadeira hoje são gerentes. CANDIDATO: Puxa, o fabricante da cadeira vai ficar muito feliz em saber disso. ENTREVISTADOR: Há alguma pergunta que você queria me
fazer? CANDIDATO: Eu deixei meu carro lá na frente. Será que eu vou
ser multado?
(Catado na Internet)
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Reuniões 4as e 6as feiras, às 19h30 Próximo à Câmara de Vereadores Balneário Arroio do Silva
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Reuniões 4as feiras, às 20h Sala na Igreja Episcopal, centro - Araranguá
POLÍCIA MILITAR: 190 POLÍCIA RODOVIÁRIA FED.: 191 SAMU: 192 BOMBEIROS: 193 ATENDIMENTO À MULHER: 180 ○
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O palhaço o que é?... É ladrão de mulher!
N.A. Narcóticos Anônimos
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EDIÇÃO: ROSSANA GRECHI
telefones para emergências
Reuniões 3as feiras, às 20h00 Sala na Igreja São Cristóvão - Maracajá ○
joão batista de souza
Reun. 2as f., 20h - Junto ao A.A. - Araranguá
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no chão (sobre um tapete) com as pernas cruzadas, costas retas e apoiadas na parede, cabeça alinhada. Permaneça assim por 10 minutos. Mude a posição das pernas Dicas importantes: depois de 5 minutos. Respire de forma lenta e rítmica, inspirando 3 nunca é tarde para começar a pelo nariz e expirando pela boca; fazer alongamentos; isso vai facilitar o exercício e 3 não espere as dores chegarem e, permitir chegar mais longe com se chegaram, inicie já; 3 independentemente da idade, todas menos esforço; 3 pratique 30 minutos de exercício as pessoas devem fazer exercícios; físico por dia. 3 alongue-se sempre que puder, antes de se levantar, de se deitar, ALONGUE SUAS IDÉIAS! enquanto assiste à TV; 3 seja flexível; 3 procure relaxar enquanto se 3 otimista; alonga; 3 não ultrapasse seu limite a ponto 3 tolerante; 3 confie em você; de sentir dor durante os exercícios; 3 tenha fé; 3 permaneça de 15 a 30 segundos 3 faça diariamente uma higiene esticando em cada posição, se não mental. sentir dor; 3 o conforto chega com o tempo, o processo é em longo prazo; FONTES: texto: Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco (folder impresso); 3 uma das formas de melhorar a ilustração: site Corpo em Treinamento. flexibilidade do quadril é sentar-se
Aprenda a viver melhor músculos, tendões, ligamentos e cartilagens. Os músculos são os motores que tracionam os tendões, que movimentam os ossos e fazem o corpo se mover. Para a realização das tarefas diárias, os músculos passam o dia todo recebendo estímulos da contração que, associados às tensões da vida moderna, fazem com que eles encurtem. Este encurtamento acaba apertando osso contra osso, provocando problemas como dores e deformações. Para manter as articulações em boas condições é preciso fazer exercícios de mobilidade e alongamento.
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O clube do Guidin, que também era uma bodega, efetuava grandiosas domingueiras. Seu Guidin tinha um bode velho que estava “cevando” para carneálo pelo Natal. Esse bicho era nosso
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promovendo o relaxamento; 3 evita lesões nos músculos e articulações; 3 promove movimentos amplos e soltos; 3 melhora a circulação do sangue; 3 aumenta a flexibilidade; 3 amplia a mobilidade das articulações; 3 fortalece ligamentos e tendões; 3 auxilia no equilíbrio corporal, importante para o envelhecimento saudável.
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vila de Morro da Fumaça era um sonolento distrito do município de Urussanga e teimava em permanecer estagnada (como todos os vilarejos campesinos da época). Uma “colônia italiana”. Poucos “brasileiros” viviam na vila e eram muito discriminados. Chamados, pelos carcamanos, de “brasilhane”. Bem no meio do povoado passava uma rodovia que ligava Criciúma à Tubarão; até surgir, na década de 1970, a BR-101. No centro da vila havia um clube social: o Clube XV de Novembro, onde a sociedade local desfilava suas vaidades. Perto da estação ferroviária, na bodega dos Guidins, havia um clube popular para o deleite dos pobres: brancos ou negros. Ao lado deste, um extenso gramado recebia as disputas barulhentas de bochas da “talianada”. “Porco Ziole!”, “Porco cane!” (o primeiro impropério era contra o nosso Deus, o segundo, contra o “demo”). Isso era recorrente nos jogos à medida que os impasses se exacerbassem. A criançada — eu junto — adorava assistir aquelas contendas. A talianada falava tão alto, que parecia que as disputas de bocha passariam para socos e pontapés. Certo dia, no intervalo duma dessas pelejas, peguei uma bola de pau e joguei-a para bochar outra. Nesse momento um jogador baixouse para pegar, exatamente, aquela que tentei boxar. Adivinhem...!
ALONGAMENTO: comece já
O corpo é constituído por ossos,
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Início dos anos 1950. A bucólica
Centro de Reabilitação
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divertimento. Os mais valentes mexiam com o bode velho (amarrado) até deixá-lo extremamente irritado. Aí, ele era solto e corria atrás da rapaziada que mostrava suas habilidades atléticas. Numa dessas domingueiras, uma moça “atarraxada” estava bem no meio da porta, só assistindo os casais se divertindo. Pegaram o bicho e levaram até perto da porta do clube. Dois marmanjos, segurando-o pelos chifres, deixaram-no muito irritado; em seguida, soltaram o fedorento em direção à porta. O chifrudo efetuou uma corrida em direção à moça da porta e deu-lhe uma cabeçada tão forte que a jogou bem no meio do salão. No Clube XV de Novembro, baile de Carnaval. Tempos das lindas marchinhas: Mamãe eu quero... Oh! Ibraim, piu, piu... A margarida... Um taliano bruto, quase dois metros de altura, magro, voz de trovão, dançando sozinho, dois dedos indicadores em riste, uns quatro copos de “rabo de galo” na cuca, cantava: “A margarida é uma flor maravilhosa, não tem perfume, mas é... Cheirosa!”
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Também havia divertimentos na época. Além dos bailes, domingueiras, festas religiosas e futebol de várzea. De quando em quando, passava, por lá, projeções de filmes itinerantes, apresentações de mágicos, artistas e humoristas (quase sempre, a mesma pessoa) e o mais celebrado: O MAIOR ESPETÁCULO DA TERRA.
A rapaziada garantia seus ingressos, gratuitos, seguindo o palhaço, em sua perna de pau, pela rua principal, cone de lata na boca fazendo o papel de megafone, gritando: — Hoje tem espetáculo? Nós: — Tem, sim senhor! O palhaço retrucava: — Na casa do teu avô! E seguia: — O palhaço o que é? Nós: — É ladrão de mulher! De qualquer forma, para nós, os ingressos teriam, mesmo, que ser de graça; do contrário, entraríamos por z baixo das lonas do circo.
Na ponte que cruzava o riacho, no centro da vila, só passava um de cada vez. Um ônibus, um automóvel (de século em século), um carro de boi... O patriarca dos Valsekes, com uns oitenta e tantos anos de idade, estava passando pela ponte quando aparece o ônibus da Santo Anjo rumo a Tubarão. O velhinho, naqueles passos de tartaruga, nem aí para o ônibus atrás de si. Motorista nervoso. Buzina a todo fôlego. O ancião virase para trás, levanta sua bengala em direção ao ônibus e decreta: — Primeiro um... Né?
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O verão de 1984
COMBATE NO ARARANGUÁ N Dos diários de Bernardino de Senna Campos N ○
RICARDO GRECHI
Nos sábados à tarde, os supermercados é que geravam algum movimento de pessoas na Getúlio. Mas nos domingos o centro da cidade ficava vazio como um cemitério, com a Eve’Som e os bares fechados. Só de noite é que aparecia alguém, quando o Rola abria o cinema para uma plateia mínima. E dávamos graças ao Miguel ou a alguém da sua equipe quando abriam o Bar Central no final da tarde.
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Com a mudança prevista, já quase não havia móveis na nossa casa. Por causa do calor, eu dormia na sacada da frente, para onde tinha levado
Quase sempre, nos finais de tarde, eu ia ao Bar Central, pouco além do Supermercado Panelão (que ficava no térreo do nosso prédio) e bem em frente ao Supermercado Giassi, na Getúlio. Uma vez, eu voltava do bar, pelas oito da noite, e o gato estava me esperando em frente ao Panelão, bem junto à parede, apoiado sobre as patas dianteiras, virado para a avenida. No que passei por ele, fui reconhecido, e ele me seguiu até nossa casa. No outro dia, ele tomou coragem e foi comigo até o bar. Quando fui jogar sinuca com algum conhecido, o gato se acomodou debaixo da mesa de sinuca e ficou ali esperando. Cerca de uma hora de-
Numa sexta-feira, eu e o Jean combinamos de ouvir uns discos em minha casa (eu tinha um três-emum Sony — rádio, toca-fita e tocadisco). O Jean, que trabalhava no Mazzuco Foto Som, possuía um bom acervo de rock, e eu tinha os meus Pink Floyd, Supertramp, Rick Wakeman. À noite, meu amigo chegou de bicicleta, vindo de sua casa na Cidade Alta, com seus vinis debaixo do braço. Nos sentamos em antigas poltronas à janela do meu quarto para curtir o visual arborizado que havia nos fundos do prédio. A audição que mais marcou o momento foi a do disco “1984”, do Rick Wakeman. De madrugada, depois de uns baseados, bateu a fome. Aí fomos na Padaria do Zé Guidi, lá do lado, e compramos pão d’água quentinho dos padeiros, que já estavam trabalhando. Lembrei dessas coisas hoje, nesta manhã de domingo de janeiro. Quase quarenta anos depois, detenho-me sobre o teclado, bebo um gole d’água e imagino o tempo como um pintor surrealista pintando a vida camada sobre camada em sua contingência e impermanência, mas eterna em cada ato reencenado, abstração e objeto recuperado na memória dos seus atores. Em minha mente ecoa a voz feminina em Julia’s Song, segunda faixa do lado A do “1984”. z
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Apesar de estar sufocada a Revolução “ Federalista, continuaram em muitos pontos, tanto no Rio Grande, como em Santa Catarina e Paraná, as correrias, tiroteios, incêndios e assassinatos, feitos, na maior parte por bandidos desagregados das forças revolucionárias e mesmo das do Governo. Araranguá não escapou a esta sorte. As costas da Serra que dividem este município do Rio Grande ficaram infestadas de salteadores de toda a espécie, assaltando povoações, casas de negócios, etc. De julho a agosto dormíamos sobressaltados, com ameaças de grupos de bandidos armados, chefiados por uns tais Candinho Baiano, Raimundo, Manuel e José Rodrigues e outros, gente da pior marca. No dia 28 de julho foi atacado o povoado de Passo do Sertão, 2º Distrito da Comarca de Araranguá. Apesar de serem rechaçados, cometeram depredações no interior, onde não existiam forças, salvando-se o Sertão, que estava guarnecido, embora fracamente, por algumas praças do Corpo Cívico do Coronel Apolinário, comandadas pelo Capitão Damásio F. Machado, Alferes Firmino Neto, etc. Dias 20 e 26 recebemos inúmeros avisos da Costa da Serra, do Sombrio, Pedra, etc.... Que estivéssemos atentos, porque nossa vila seria assaltada. Todo mês de agosto não dormimos em casa, era nas trincheiras, de armas em punho. Apesar de constantemente reclamarmos ao Governo, Coronel César, Governador provisório do Estado, não tínhamos forças
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APOIO CULTURAL
Eu trabalhava na gráfica do meu pai e passava as noites e os fins de semana jogando sinuca no Bar Central ou vagando pelo centro da cidade. Meus amigos mais constantes eram o Carlão e o Preta. O resto da Turma da Praça só dava as caras de vez em quando.
Um dia, eu estava sentado na área dos fundos e apareceu um gato lá embaixo. Chamei: “Pspspspsps...”. Ele se deteve por um momento com seu olhar fixo e subiu a escadaria até mim. Eu o acariciei, e ele retribuiu o gesto, roçando seu pelo em minhas pernas. Acabou ficando aquele verão comigo. Não lembro como eu o alimentava, porque também não lembro muito bem o que eu mesmo comia. Meu pai é que fazia algum almoço para nós nos dias de semana. De resto, eu vivia como o meu amigo gato: dormia quando tinha sono, comia quando tinha fome. Aliás, o gato era pardo e não tinha nome.
pois, ao deixar a mesa, o gato, atento, me seguiu. Saímos os dois, porta afora do Bar Central, para casa.
FEVEREIRO 2020
No verão de 1984, quando o pessoal foi veranear, eu escolhi ficar em nossa casa, no prédio em frente ao Cine Roxy. Naquele ano, o retorno da praia seria para uma nova residência, depois de a família habitar, por mais de 25 anos, na avenida Getúlio Vargas. Fui, então, o último a deixar nossa casa antiga, no final daquela temporada de verão, quando eu completava 19 anos de idade.
RG
um colchão. As portas ficavam abertas e meus amigos entravam livremente, às vezes, até indo me acordar pelas manhãs.
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Entre o pedido de casamento – “No dia 6 de agosto de 1894, à tarde, fui ao engenho dos velhinhos tios de minha futura companheira durante 25 anos, com o fim de pedir-lhes a mão de sua jovem sobrinha” – e o casamento em 7 de setembro, o telegrafista Bernardino de Senna Campos, com outros bravos araranguaenses, esteve em luta, conforme conta em seus diários, contra 200 bandidos, remanescentes do conflito entre governistas e federalistas no Sul do país, que atacaram a vila no amanhecer do dia 27 de agosto.
JORNALECO 521
Em 1974, meu pai construiu uma casa no Morro dos Conventos. Embora os filhos de Neda e Ernesto protestassem, preferindo que a casa fosse construída no Arroio do Silva, vivemos momentos muito bons em família, a partir de 1975, veraneando no Morro.
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para reagirmos, a não ser uns 15 guardas civis, mal armados, e outros tantos paisanos em piores condições. Nos dias 25 e 26 de agosto recebemos avisos do Sombrio que por esses dias seríamos atacados. Preparamo-nos. Todas as famílias foram retiradas da vila. Eu, de noite, desmontava o aparelho da estação temendo a invasão dos salteadores e que o inutilizassem. As casas de negócio escondiam ou enterravam seus sortimentos. Diariamente cavamos trincheiras, fizemos cercas de arame farpado na estrada que comunicava com a Serra para, assim, dificultar a passagem da cavalaria. A senhora do meu vizinho João Fernandes, filha dos velhinhos do engenho, também retirou-se para uma casa distante, acompanhando-a minha noiva. Ficou no engenho o casal de velhos, unicamente, apesar de ser a casa mais exposta ao fogo do inimigo. Eu, todas as noites, fazia companhia às forças nas trincheiras, com uma arma de dois canos que fiz aquisição no Araranguá, arma de caça, a cujo esporte me dedicava. Infelizmente, na manhã de 27 de agosto (ou seria 28?) de 1894, foi a vila atacada, ao romper do dia, por um grupo de aproximadamente 200 homens!! Mas os heróicos defensores da vila portaram-se galhardamente, não sendo desalojados das trincheiras. Durou 40 minutos o fogo. Gastamos 1.500 cartuchos de Comblain e Winchester. Comandou os da trincheira o Capitão Pedro Fernandes, estando o Coronel Apolinário doente, já em sua residência, com sua mulher, que
Dr. Carlos Roberto de M.R. Barros Responsável Técnico - CRM 3270 - RQE 2755 Neurologia - Adulto e Infantil Eletroencefalograma - Mapeamento Cerebral
(48) 3524-1380 | 99675-3202 Av. Engenheiro Mesquita, 361 - Centro - Araranguá SC
fora buscar na Laguna, em julho. Retirarase para uma casa rio abaixo, regressando horas depois do combate. Sendo o inimigo batido e fugindo desordenadamente, deixou quatro homens mortos e muitos fugiram feridos. Saímos em perseguição até a casa do Quintiliano Emerim, que foi cercada por eles, mas não tiveram tempo de saqueá-la. Da vila, até certa distância, a estrada estava lavada de sangue e juncada de armas, facas, etc., abandonadas na precipitação da retirada. Consta ainda que na Serra morreu mais um dos atacantes. Antes de terminar o sucedido, desenterrei o aparelho, montei, falando com a Capital, avisei o Coronel César, Governador do Estado, do ocorrido. Recebi, em seguida, telegrama de felicitações para as forças vencedoras e o heróico povo de Araranguá. Às 10 horas da noite deste memorável dia 27 de agosto de 1894, chegaram as forças de Tubarão, tão esperadas para 2 ou 4 dias antes. Eram compostas duma ala do 10º Batalhão de Cavalaria, comandada por um tenente, aluno da Escola Militar, tendo como auxiliar o Alferes Cristo, Tenente Nolasco, Alferes Leocrácio, Bonoso e Rosinha, alguns do 25º Batalhão. Com a presença destas forças, normalizou-se mais a vida. Todos voltaram a seus lares e nós ficamos mais descansados.” Memórias do Araranguá [memórias de Bernardino de Senna Campos], organizado por João Leonir Dall’Alba, Lunardelli, 1987, pp. 49-52 (Mais à p. 12)
Dr. Ivan Holsbach MÉDICO PEDIATRA CREMESC 2390
Fone (48) 3524-2483 Av. Engenheiro Mesquita, 371 - Araranguá SC
SOLO DO EDITOR RICARDO GRECHI
Jovens x ‘Velhos’ Toda campanha eleitoral traz em seu bojo uma juventude, rodeando os 40 anos, que adota o velho chavão de que “é preciso renovar e acabar com a velha política”. Isso pode conter alguma verdade, mas não é aplicável em todos os casos. Para prefeito de Araranguá, por exemplo. Em Araranguá, a “juventude” tem governado algumas vezes nos últimos 40 anos. Manoel Mota era um jovem político em 1982 quando se elegeu prefeito. Depois, foi a vez de outro jovem, Dau Ghizzo, sucedido por um ainda jovem Neri Garcia. Mota e Neri, então, com o discurso do MDB de superação da “velha política”. Desses jovens, porém, foi Dau o prefeito que, atrelado exatamente à “velha política”, realizou mais. Mas foram dois “velhos políticos” que entregaram o maior conjunto de obras importantes na história do município de Araranguá: Primo Menegalli e Mariano Mazzuco Neto. Em 1997, Primo pegou o barco avariado, reconstruiu a máquina administrativa, acabou com velhos vícios da prefeitura e reformou a cidade, moral e infraestruturalmente, aproveitando muito bem os bons ventos do Plano Real, criado em 1994 no governo de Itamar Franco, e, a partir do ano 2000, da Lei de Responsabilidade Fiscal, sancionada no governo de Fernando Henrique Cardoso. Dos diários de Bernardino de Senna Campos
Já Mariano, na sucessão, manteve o barco aprumado e o seguimento de grandes obras, por sua vez, favorecido pelos incrementos às arrecadações municipais do Governo Lula, como a valorização do Fundo de Participação dos Municípios (fundo este que foi contido pela PEC do teto de gastos do governo de Michel Temer e que não dá sinais de recuperação no atual governo federal, impondo sérias restrições orçamentárias aos municípios brasileiros). Entremeado nesse período, Sandro Maciel, o protótipo do jovem político renovador, passando longe disso, retirou-se sem fazer a história que dele se esperava. Derrotado nas urnas em 1996 e 2000 (com chapa pura do PT) e 2004 (aliado ao PDT), em 2008 coligou-se com um arquirrival da “velha política” de direita no lastro da ARENA-PDS – o PP –, que então ocupava o poder, ao qual passaria a fazer parte como vice-prefeito do Mariano. Em 2012, finalmente, elegeu-se prefeito pelo PT, aliado outra vez ao PDT. E não como a crônica histórica imaginava — uma vitória direcionada sobre os arquirrivais —, mas como herdeiro direto das conquistas e realizações da gestão de Mariano. O fato é que, entre jovens e “velhos”, tivemos boas opções nos últimos pleitos, além de Primo e Mariano, para eleger-se um governante promissor. E neste ano já se anunciam novos nomes para o povo escolher o seu prefeito. Outra vez, serão jovens e “velhos” hasteando suas bandeiras, encontrando-se as gerações para debater sobre os interesses da comunidade e os melhores caminhos para se realizar as necessidades dessa comunidade. Jovens e “velhos” formam uma mistura fundamental para se fazer política com sabedoria e justiça. Porém é importante lembrar que juventude nem sempre significa renovação, nem experiência se traduz necessariamente em maturidade. O que vale é a história, as ideias e a atuação de cada pessoa em todos os aspectos de sua vida, independentemente de qualquer rótulo. z
Diretor WLADINIR LUZ Redator ERNESTO GRECHI FILHO Gerente HERVALINO CAMPOS Tipógrafos WALDEMIRO, FERRINHO, NEI etc. Impressão: GRÁFICA LIDER (LIDO) (ORION) de 1960 a 1975 Redação e oficina: Av. Getúlio Vargas, 158-170, em frente ao Cine Roxy
j LOGOTIPO CRIADO POR C. E. GUASCO (ESTREOU NA EDIÇÃO 169 DE 16/04/1968 E FOI USADO ATÉ O FINAL)
F A CRÔNICA DOS ANOS 60 F ANO VII - Nº 151 - 4 DE FEVEREIRO DE 1967
Cafezinho a 30 cruzeiros A maioria dos cafés da cidade passou a cobrar quarenta cruzeiros por um insignificante cafezinho. Houve reclamações, inclusive de nossa parte, pois convenhamos que aquele preço por um gole de café é absurdo. Entretanto, podemos adiantar que o Bar Central está cobrando trinta cruzeiros por um cafezinho, cinquenta por dois. O Bar e Confeitaria Salete [Padaria do Zé Guidi] passou também a acompanhar o Bar Central.
Rotary Clube: nova diretoria O Rotary Clube de Araranguá elegeu sua nova diretoria, que deverá tomar pose a 30 de junho do corrente ano, para orientar o clube no período de 1967/68. Para presidente foi eleito o rotariano Procópio Silva Jr.; vice-presidente, o major Luiz Fabrício de Lima; secretário, Otávio Munir Bacha; 2º secretário, Antonio Silva; tesoureiro, Alfeu De Boni; 2º dito, Norberto da Costa Baracuí; diretor de protocolo, José Pereira.
Carnaval nas sociedades z O União Clube Cidade Alta fará realizar quatro bailes carnavalescos. A turma do UCCA sempre foi enfezada em matéria de carnaval. z Fronteira Clube, segundo informou sua diretoria, brindará seus associados com dois bailes: domingo e terça-feira. Esses bailes serão realizados em conjunto com a AABB. z Yate Clube abrirá seus salões nas noites de sábado e segunda-feira. Nas demais noites, os veranistas, de posse de convites especiais, poderão “foliar” no Fronteira. z No Arroio do Silva, a Sociedade Navegantes estará à disposição se seus “habitues” durante as quatro noites carnavalescas. z Araranguá Tênis Clube não realizará bailes neste ano.
Galeria Galeria
AEROPLANO AMERISSA NAS CANGICAS EM 1926 25 de julho [de 1926]: amerissou “ hoje no rio, nas Cangicas, um avião hidroplano, que está fazendo um raid, com três aviadores, de Norte América a Buenos Aires... Devido à forte cerração ao sul, desceram nas Cangicas. Só puderam prosseguir viagem dia 2 [de agosto] às 11 horas da manhã. Sobrevoaram a cidade. Às 11h15 passaram por Torres. Às 11h35, por Conceição do Arroio. Nome dos aviadores: Duggan, Olivero, Campanelli.” FEVEREIRO 2020
Vamos dar um giro pelas praias do extremo sul catarinense. São os balneários dos Conventos e Arroio do Silva. Comecemos pela manhã. Sol brilhante. Ferindo as vistas dos descuidados, tostando a pele das moças bonitas. Arroio do Silva. Mar maravilhoso. Bandeira amarela. Sinal de “trânsito livre” nas ondas chiantes. Centenas de banhistas gozam as delícias daquela manhã tão linda. A alegria é estampada nos olhos dos moços, a satisfação na alma dos velhos. Mas quem dá o toque maravilhoso no cenário são as belas jovens bonitas que se banham nas águas do Arroio. E, agora, cheguemos ao Morro dos Conventos. Verdadeiro conto de fadas. Ficamos deslumbrados. Tudo é belo. A natureza foi pródiga em dotar o Morro de tantos privilégios. Cai a noite. Uma lua redonda, grande mesmo, começa a espiar por entre uma nesga de céu. E vem nascendo. E vai ficando redonda e grande. Grande e muito bonita. Espelhase no mar. Os salões de festas começam a receber seus “habitues”. É um baile no Yate Clube. Concorridíssimo. Gente animada. Saudável. E a boate funciona. A mocidade delira. Os saudosistas desfilam seus rosários de saudades. Saudades da juventude. Saudades do amor. Mas ainda amam. Ansiosamente. Com as forças que lhes restam. No Arroio, a Sociedade Navegantes, do Scaini, regurgita. Música moderna. Gente moderna, Todos se divertem. Ambiente, embora franco, mas de certo modo selecionado. Impressiona bem as reuniões dançantes do Scaini. E, mais adiante, o Paulista. Um cantinho onde se desenrolam muitos romances. Ao som de suaves músicas. Atendido por gente simpática. Gente que procura antes de tudo ser gentil para com seus fregueses. Assim é o nosso veraneio. De ano para ano ficando mais encantador. Crescendo as praias, progredindo os balneários. Acompanhando a evolução dos tempos. Marcus
“...as belas jovens bonitas que se banham nas águas do Arroio”
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APOIO CULTURAL
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Plantão das praias
NJ: Naquele tempo e até os anos 90, a bandeira amarela indicava mar próprio para banhos mas com algum cuidado, a bandeira branca, mar muito manso, a bandeira vermelha, mar agitado, perigoso e a bandeira preta, mar muito brabo, impróprio para banhos; Marcus era o pseudônimo de Ernesto Grechi Filho para poemas e textos líricos.
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NJ: Esta foto de Bernardino está afixada em uma página de um volume do seu “Diário”. Observe o nome do avião: Buenos Ayres, e as iniciais dos tripulantes sob eles: O., D. e C.
[Um retrato do verão de 1967 no Morro dos Conventos e no Arroio do Silva]
BALNEÁRIO ARROIO DO SILVA DISK ENTREGA
Matriz: 3526-1339 Filial: 3526-1112
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Existe a tentativa de reescrever a história e transformar torturadores em heróis.
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o Brasil, está na moda um anti-intelectualismo que lembra a Inquisição. Seus representantes preferem Silas Malafaia a Immanuel Kant. Os ataques miram o próprio esclarecimento, escreve o colunista Philipp Lichterbeck. É sabido que viajar educa o indivíduo, fazendo com que alguém contemple algo de perspectivas diferentes. Quem deixa o Brasil nos dias de hoje deve se preocupar. O país está caminhando rumo ao passado. No Brasil, pode ser que isso seja algo menos perceptível, porque as pessoas estão expostas ao moinho cotidiano de informações. Mas, de fora, estas formam um mosaico assustador. Atualmente, estou em viagem pelo Caribe – e o Brasil que se vê a partir daqui é de dar medo. Na história, já houve momentos frequentes de regresso. Jared Diamond os descreve bem em seu livro Colapso: Como as sociedades escolhem o fracasso ou o sucesso. Motivos que contribuem para o fracasso são, entre outros, destruição do meio ambiente, negação de fatos, fanatismo religioso. Assim como nos tempos da Inquisição, quando o conhecimento em si já era suficiente para tornar alguém suspeito de blasfêmia. No Brasil atual, não se grita "herege!", mas "comunismo!". É a acusação com a qual se demoniza a ciência e o progresso social. A emancipação de minorias e grupos menos favorecidos: comunismo! A liberdade artística: comunismo! Direitos humanos: comunismo! Justiça social: comunismo! Educação sexual: comunismo! O pensamento crítico em si: comunismo! Tudo isso são conquistas que não são questionadas em sociedades progressistas. O Brasil de hoje não as quer mais. Porém, a própria acusação de comunismo é um anacronismo. Como se hoje houvesse um forte movimento comunista no Brasil. Mas não se trata disso. O novo brasileiro não deve mais questionar, ele precisa obedecer: "Brasil acima de tudo, Deus acima de todos". Está na moda um anti-intelectualismo horrendo, "alimentado pela falsa noção de que a democracia significa que a minha ignorância é tão boa quanto o seu conhecimento", segundo dizia o escritor Isaac Asimov. Ouvi uma anedota de um pai brasileiro que tirou o filho da escola porque não queria que ele aprendesse sobre o cubismo. O pai alegou que o filho não precisa saber nada sobre Cuba, que isso
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era doutrinação marxista. Não sei se a historia é verdade. O pior é que bem que poderia ser. A essência da ciência é o discernimento. Mas os novos inquisidores amam vídeos com títulos como "Feliciano destrói argumentos de bancada LGBT". Destruir, acabar, detonar, desmoralizar – são seus conceitos fundamentais. E, para que ninguém se engane, o ataque vale para o próprio esclarecimento. Os inquisidores não querem mais Immanuel Kant, querem Silas Malafaia. Não querem mais Paulo Freire, querem Alexandre Frota. Não querem mais JeanJacques Rousseau, querem Olavo de Carvalho. Não querem Chico Mendes, querem a "musa do veneno" (imagino que seja para ingerir ainda mais agrotóxicos). Dá para imaginar para onde vai uma sociedade que tem esse tipo de fanático como exemplo: para o nada. Os sinais de alerta estão acesos em toda parte. O desmatamento da Floresta Amazônica teve o seu maior aumento em uma década: [entre agosto de 2018 e julho de 2019, o desmatamento da Amazônia bateu o recorde: www1.folha.uol.com.br, 18/11/ 2019]. Mas consórcios de mineradoras e o agronegócio pressionam por uma maior abertura da floresta. Jair Bolsonaro quer realizar seus desejos. O presidente não acredita que a seca crescente no Sudeste do Brasil poderia ter algo a ver com a ausência de formação de nuvens sobre as áreas desmatadas. E ele não acredita nas mudanças climáticas. Para ele, ambientalistas são subversivos. Existe um consenso entre os cientistas conhecedores do assunto no mundo inteiro: dizem que a Terra está se aquecendo drasticamente por causa das emissões de dióxido de carbono do ser humano e que isso terá consequências catastróficas. Mas Bolsonaro, igual a Trump, prefere não ouvi-los. Prefere ignorar o problema. Para o ministro brasileiro do Exterior, Ernesto Araújo, o aquecimento global é até um complô marxista internacional. Ele age como se tivesse alguma noção de pesquisas sobre o clima. É exatamente esse o problema: a ignorância no Brasil de hoje conta mais do que o conhecimento. O Brasil prefere acreditar num diplomata de terceira categoria do que no Instituto Potsdam de Pesquisa sobre o Impacto Climático, que estuda seriamente o tema há trinta anos.
(*) Philipp Lichterbeck colabora com reportagens sobre o Brasil e demais países da América Latina para os jornais Tagesspiegel (Berlim), Wochenzeitung (Zurique) e Wiener Zeitung (Fonte: Deutsche Welle)
Em 1° de janeiro de 1955, assim se encontrava a obra da construção da primeira ponte sobre o rio Araranguá, quando a estrada de chão que lhe perpassava era dita BR59. O asfalto só chegaria até nós no início dos anos 1970, então já
Ônibus da Empresa de Transportes Ubirajara Ltda., que em torno da década de 1950
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como BR-101. Com o desvio para a duplicação da estrada federal aberta
em 2014, a ponte, inaugurada em 1958, desligou-se da BR.
fazia a linha Bom Jesus-Araranguá, trazendo o povo serrano para veranear no Arroio do Silva. O ônibus
desembarcava os passageiros em frente ao Hotel Paulista. Bom Jesus é o município mais a nordeste do Rio Grande do Sul e o de maior altitude, atingindo, na Praça Rio Branco, na sede do município, 1.050 metros acima do nível do mar. Se no inverno sua gente vivenciava temperaturas abaixo de zero, com geadas e nevadas constantes, no verão um grande contingente vinha curtir o sol e o mar das nossas praias, resultando disso que bomjesuenses e araranguaenses “cruzaram” e formaram famílias, fixando moradia por aqui. FOTO: SALVADOR ACERVO: JOSÉ MARIO DE BONI
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P HILIPP L ICHTERBECK * ○
Ponte sobre o rio Araranguá, no curso da BR-59 (101)
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Brasil, um país do passado
Araújo, aliás, também diz que o sexo entre heterossexuais ou comer carne vermelha são comportamentos que estão sendo "criminalizados". Ele fala sério. Ao mesmo tempo, o Tinder bomba no Brasil. E, segundo o IBGE, há 220 milhões de cabeças de gado nos pastos do país. Mas não importa. O extremista Araújo não se interessa por fatos, mas pela disseminação de crenças. Para Jared Diamond, isso é um comportamento caraterístico de sociedades que fracassam. Obviamente, está claríssimo que a restrição do pensamento começa na escola. Por isso, os novos inquisidores se concentram especialmente nela. A "Escola Sem Partido" tenta fazer exatamente isso. Leandro Karnal, uma das cabeças mais inteligentes do Brasil, com razão descreve a ideia como "asneira sem tamanho". A Escola Sem Partido foi idealizada por pessoas sem noção de pedagogia, formação e educação. Eles querem reprimir o conhecimento e a discussão. Karl Marx é ensinado em qualquer faculdade de economia séria do mundo, porque ele foi um dos primeiros a descrever o funcionamento do capitalismo. E o fez de uma forma genial. Mas os novos inquisidores do Brasil não querem Marx. Acham que o contato com a obra dele transformaria qualquer estudante em marxista convicto. Acreditam que o próprio saber é nocivo – igual aos inquisidores. E, como bons inquisidores, exortam à denúncia de mestres e professores. A obra 1984, de George Orwell, está se tornando realidade no Brasil atual. É possível estender longamente a lista com exemplos do regresso do país: a influência cada vez maior das igrejas evangélicas, que fazem negócios com a credulidade e a esperança de pessoas pobres. A demonização das artes (exposições nunca abrem por medo dos extremistas, e artistas como Wagner Schwartz são ameaçados de morte por uma performance que foi um sucesso na Europa). Há uma negação paranoica de modelos alternativos de família. Existe a tentativa de reescrever a história e transformar torturadores em heróis. Há a tentativa de introduzir o criacionismo. Tomás de Torquemada em vez de Charles Darwin. E, como se fosse uma sátira, em 2018 houve a homenagem a um pseudocientista na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, que defende a teoria de que a Terra seria plana, ou "convexa", e não redonda. A moção de congratulação concedida ao pesquisador foi proposta pelo presidente da AL e aprovada por unanimidade pelos parlamentares. Brasil, um país do passado.
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TEL. 3524-1633