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cabeças cortadas
Mais de vinte decapitações em dezoito meses Página 3
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reportagem Geral
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isenções de impostos
Trinta e seis entidades, entre elas sindicatos de servidores, associação de juí�zes e do Ministério Público, já aderiram ao movimento que pede uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar as isenções de impostos a grupos privados no Estado. “Ninguém é contra os incentivos. Mas tem que haver transparência, tem que se saber o que está sendo feito com o dinheiro público”, diz Carlos De Martini, presidente do Sindicato dos Fiscais de Tributos do Estado (Afocefe), que lidera o movimento. Ele aponta um estudo feito pela FEE: só em 2015, os cofres estaduais deixaram de arrecadar R$ 9 bilhões em desonerações do ICMS, o principal imposto estadual. Se forem somadas as isenções por leis federais, a renúncia pode chegar a R$ 13 bilhões anuais. “É� muito, são contratos bilionários, mas nem o Ministério Público de Contas obtém informações”, diz De Martini. Uma “CPI dos Benefí�cios Fiscais” está proposta na Assembleia desde o ano passado, pelo deputado Luis Au-
Divulgação Afocefe
Campanha para abrir a caixa preta
Os dez maiores beneficiários Empresa
Beneficio em Empregos R$ mihões
Videolar-Innova 343,41 5 293,25 363 Fibraplac John Deere 258,90 500 Duratex 250,14 93 241,35 221 Masisa Brasil Kirin 191,11 360 Oleoplan 179,95 434 Gerdau 146,30 73 Biodiesel Sul 146,13 231 133,01 26 Philip Morris Total 2.183,54 2.306 Fonte: Afocefe
Entidades colhem assinaturas para realização da CPI dos benefícios fiscais
gusto Lara (PTB), mas esbarra nos interesses dos maiores partidos. São necessários 19 assinantes para aprovar a CPI, mas até agora apenas 13 deputados se dispuseram a assinar o requerimento. E não há perspectiva de avanço. “Todos foram governo e todos os governos concederam incentivos, temem que sirva para jogo polí�tico.” Luiza Dorneles/CMPA
Por isso, o movimento das entidades está indo às ruas colher assinaturas para pressionar os deputados. A meta é um milhão de assinaturas. A mobilização se estenderá a todas as regiões do Estado. O PT, a maior bancada da casa, antes a favor de uma investigação, voltou atrás. “Não é nossa priori-
dade no momento” justificou o lí�der do partido, o deputado Tarcí�sio Zimmermann. Os parlamentares do PMDB, partido do governo, também não assinaram, apesar de negar uma decisão conjunta. O lí�der da bancada, deputado Vilmar Zanchin, justificou a desnecessidade da CPI: “não há caixa preta sobre as isenções ficais”. Zanchin destacou que o governo disponibiliza o portal Receita Dados, onde é possí�vel consultar o nome das empresas beneficiadas. Já no PP a decisão foi conjunta. O deputado Sérgio Turra, lí�der do partido, através de sua assessoria, alegou que a bancada decidiu não assinar o requerimento por tratar-se de um movimento polí�tico do proponente.
Porto Alegre: choveu, alagou
Já é quase uma tradição em Porto Alegre. Qualquer chuva um pouco mais forte causa alagamentos por toda a cidade. Na virada de maio para junho, tivemos uma sequência de dias chuvosos. Se os transtornos são grandes na área central, são ainda maiores nas regiões mais afastadas. No São José, uma mulher ficou desaparecida. No Sarandi e no Humaitá, a água entrou nas casas. No Ancheita, empresários ficaram sem poder abrir suas indústrias. Na Juca Ba-
tista, moradores fizeram um protesto que soou até irônico: uma barricada com fogo na rua já interrompida pela água. Nas ilhas, então, os alagamentos sempre chegam primeiro, desalojando moradores. Em 2016, foi desvendado um esquema de corrupção no DEP. A Prefeitura pagava por limpezas de bocas de lobo que não eram realizadas. Nos últimos dias, o vice-prefeito, Gustavo Paim, afirmou que das 21 casas de bombas, só 2 funcionavam plenamente.
E N TRE V I S TA Mauricio Fernandes, novo secretário do meio ambiente e sustentabilidade
“Licenciamento ambiental será feito pela SMAMS”
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