outubro
de
2017
desde 1985
PrÊmio
ARI 2016 Jornalismo Impresso
1º Lugar
porto alegre
reportagem Geral
PORTO ALEGRE
1942
w w w . j o r n a l j a . c o m . b r
Caminho aberto
Pelo menos cinco fundos previdenciários de servidores públicos que investiram no projeto do Cais Mauá, em Porto Alegre, estão tentando resgatar ou transferir as quotas que têm no empreendimento. O principal deles é o IPE, dos funcionários públicos do Rio Grande do Sul, que tem uma quota de R$ 17,7 milhões no projeto. O Instituto de Previdência do Estado, o IPE, aplicou R$ 17,7 milhões numa cota de investimento do FIP Cais Mauá, o fundo criado para financiar o projeto de reforma
do cais de Porto Alegre, orçado em R$ 600 milhões. Com o atraso do projeto, há uma preocupação com esse investimento. Houve tentativa de vender a quota aos outros acionistas, mas não surgiu interessado. O regulamento impede o resgate antes do quarto ano. A aplicação foi feita em maio de 2014 e reforçada em 2015. Outros fundos de funcionários públicos, de municí�pios distantes como Oeiras, no Pará, Santana, no Amapá, ou Ipojuca, em Pernambuco, também estão preocupados,
querendo resgatar valores aplicados no projeto de revitalização do Cais Mauá. As informações foram reveladas pelo repórter André Mags, do jornal Metro.
Frente jurídica em defesa das fundações estuda que medidas tomar
Alegre, que determinava a realização de negociação coletiva. Para os servidores, o pedido da PGE foi atropelado a desrespeitou a negociação que estava em andamento. A Casa Civil afirma que o dinheiro para os custos das demissões está previsto no orçamento do Estado. Na época do envio do projeto, o custo estimado era de cerca de R$ 40 milhões. Ainda não
há estimativa atualizada. Aprovado pelos deputados em dezembro de 2016, o projeto prevê extinção das fundações: Zoobotânica, Cientec, Fundação de Economia e Estatí�stica (FEE), Piratini, Fundação para Desenvolvimento de Recursos Humanos (FDRH) e Metroplan; além da Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH), e da Corag.
O que levou o reitor à morte
Luiz Carlos Cancellier Olivo, de 59 anos, reitor da Unversidade Federal de Santa Catarina jogou-se do quarto andar do shopping Beira Mar, em Florianópolis, com um bilhete no bolso: “Minha morte foi decretada no dia em que fui banido da universidade”. Seu gesto pensado denunciou uma situação de injustiça insuportável para ele, o bilhete de três linhas apontou uma realidade amendrontadora para todos. Se o reitor de uma das mais importantes universidades do paí�s, com
Divulgação /UFSC
Fundos de previdência querem deixar o projeto
A partir da liminar concedida pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, o governo pretende extinguir ainda este ano seis fundações, uma companhia e uma autarquia. Segundo a Casa Civil, os dois projetos que estão mais encaminhados, com um plano de desativação pronto, são o da Companhia Rio-Grandense de Artes Gráficas (Corag) e da Fundação Piratini, responsável pela TVE e FM Cultura. Com o fim da Corag, o Diário Oficial passará a ser apenas digital, sem versão impressa, e será transferido para a Procergs. O Governo afirma que a extinção da Piratini não representa o fim das emissoras. As demissões estavam suspensas por decisão da 4ª Vara do Trabalho de Porto
Arquivo/Jornal JÁ
Ricardo Stricher/Jornal JÁ
para as demissões
Foto: Tania Meinerz
Cais Mauá
vara a madrugada. Quando amanhece, fica para os moradores o lixo e o cheiro ruim nas calçadas. O MP fez uma série de recomendações a respeito de alvarás, carros de som e atuação de vendedores ambulantes. Pediu também a revisão do decreto 17.902/12, para que os bares fechem à meia-noite. Um novo decreto está sendo discutido entre Prefeitura, Câmara e representes de moradores e comerciantes. O texto deve vir a público no final de outubro. O que já se sabe é que o horário dos bares não deve ser alterado, mas a atividade dos ambulantes será restrita e os estabelecimentos terão maior responsabilidade sobre o lixo e o barulho.
Página central
Fundações estaduais
Cidade Baixa sob intervenção
Na madrugada do sábado, dia 7, duas confusões trouxeram a noite da Cidade Baixa de volta ao debate. Na João Alfredo, a Brigada Militar utilizou balas de borracha e bombas de gás para dispersar um confronto entre dois grupos. No viaduto da João Pessoa, o Brooklin, um homem com um carro atropelou jovens que participavam de uma festa de rap, que teve de ser encerrada. Os transtornos causados pelo movimento noturno na Cidade Baixa geram reclamações por parte de moradores. Em agosto, o Ministério Público pediu à Prefeitura uma intervenção no bairro. O foco é a João Alfredo, onde, aos finais de semana, reúnem-se centenas de jovens. A festa
Um bunker no viaduto
Cancellier era reitor da UFSC
uma carreira acadêmica brilhante, conhecido e reconhecido em seu meio, é levado à morte por uma trama de arbí�trios dentro do aparelho estatal, o que não pode acontecer ao cidadão comum? Página 3
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porto alegre
Nota do Editor
Vinte e quatro vereadores de Porto Alegre, dois terços da casa legislativa, pedem que o prefeito Nelson Marchezan Júnior retire três projetos, em tramitação na câmara, que alteram o plano de carreira dos servidores e permitem que o executivo municipal parcele os salários. Os paralmentares já assinaram um requerimento pedindo a retirada dos projetos e encaminharam ao prefeito. O projeto de emenda à Lei Orgânica 8/2017 altera a forma de pagamento de salários e pensões, modificando a redação de três artigos: o 39, passando o pagamento do último dia do mês para o quinto útil do mês seguin-
Divulgação/Simpa
Vereadores pedem retirada de projetos do Governo
Crime de Imprensa
Retirada dos projetos é principal pauta da greve dos municipários
te; o 40, passando o pagamento do décimo terceiro do 20 de dezembro para o quinto dia útil de janeiro; e o 41, permitindo o parcelamento de salários. A proposta de emenda à Lei orgânica 7/2017 extingue a licença-prêmio de assiduidade dos servidores municipais, alterando o artigo 37. Atual-
reza (ISS), de todas as empresas operadores de transporte por aplicativos (Uber, Cabify, 99 pop, entre outros). Como não é um procedimento comum em Porto Alegre, o presidente da casa, vereador Cássio Trogildo (PTB) solicitou aos procuradores uma avaliação sobre as normas a serem seguidas. Na mesma data do pedido, a lei que regula o serviço em Porto Alegre, teve 13 artigos suspensos em caráter liminar pela Justiça.
Despertador da República
Os moradores da esquina da Rua da República com a José do Patrocí�nio têm um novo vizinho. Há cerca de três meses, um galo se mudou para aquelas bandas. A intensidade da vida noturna da Cidade Baixa destrambelhou o relógio biológico do bicho, que canta em diversos horários.
seu café desde 1998.
Expediente
O endereço certo para saborear
1985 porto alegre
Redação: Av. Borges de Medeiros, 915, conj. 203, Centro Histórico CEP 90020-025 - PoA/RS Edição fechada às 19h do dia 13 de outubro de 2017
Espaço de cultura, saúde e lazer. Segunda à domingo das 9h às 21h Av. José Bonifácio, 731 | (51) 3331-1646 /coletaneapubcafe
Servidores municipais de Porto Alegre decidiram manter a greve. A decisão foi tomada em assembleia no dia 10/10, sexta dia de paralisação, após reunião sem acordo com o vice-prefeito Gustavo Paim e vereadores. A categoria pede o fim dos parcelamento dos salários a retirada de projetos do Executivo que alteram o plano de carreira.
… e no Estado também
Até o fechamento desta edição, os professores das escolas estaduais completavam 38 dias de greve. Os servidores públicos estaduais já completam 22 meses de salários parcelados. Os policiais civis aderiram à paralisação durante cinco dias, encerrando a greve na sexta-feira, 13, após compromisso de pagamento dos salários pelo Governo.
O Jornal Já Porto Alegre é uma publicação da Jornal Já Editora Editor responsável: Elmar Bones Editor: Matheus Chaparini Reportagem: Cleber Dioni Tentardini, Felipe Uhr, Higino Barros e Tiago Baltz Fotografia: Arquivo Jornal JÁ, Matheus Chaparini, Ricardo Stricher, CMPA, PMPA, Tânia Meinerz Edição de arte: CF Design de Com.
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No décimo mês a frente da prefeitura, Nelson Marchezan Júnior está diante do primeiro pedido de impeachment. Dois representantes do sindicato dos taxistas, Lucas da Costa Braga e Lisandro Zwicenirk, protocolaram o pedido na Câmara no dia 11. Os requerentes alegam que o prefeito não cumpriu a lei 12 162/2016, que obriga a prefeitura a cobrar a TGO (Taxa de Gerenciamento Operacional) e o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natu-
Desde
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mente, a cada cinco anos sem faltar ao serviço, o servidor ganha licença-prêmio de três meses. O projeto acaba com a licença-prêmio, mas assegura a manutenção dos benefí�cios já obtidos e os relativos ao quinquênio em andamento. O terceiro projeto altera o Estatuto dos Funcio-
nários Públicos de Porto Alegre (Lei Complementar 133/1985), modificando o regime de trabalho e gratificações. A gratificação por tempo de serviço, de 5% a cada três anos de trabalho, passa a ser de 3% a cada cinco anos, e fica limitada a oito gratificações. O projeto extingue os chamados adicionais por tempo de serviço, de 15% e 25%. Este benefí�cio será concedido à razão de 1% ao ano. A proposta determina ainda que os servidores que cumprem regime especial de trabalho precisam passar por uma revalidação e o regime especial passa a ter validade de um ano podendo ser cessado a qualquer momento.
Marchezan enfrenta pedido de impeachment Greve no município…
MC/Jornal JÁ
O imediatismo que domina as grandes redações já lançou no cesto das notícias velhas o suicídio do reitor da Universidade Federal de Santa Catarina, Luis Carlos Cancellier de Olivo. A principal razão é que até mesmo os vetustos jornalões, que não cansam de proclamar seu compromisso com a verdade dos fatos, sujaram o nome neste episódio. Uma coisa é uma delegada abusar da sua autoridade ou uma juíza inexperiente exorbitar, incorrer em erro. Outra é uma imprensa inteira engolir sem mastigar informações erradas e consagrar versões baseadas em delações duvidosas. O cartaz que uma estudante tentou colocar sobre o caixão, no velório, cobrando “Cadê os 80 milhões?”, diz tudo. Oitenta milhões é o total envolvido no Programa de Ensino à Distância. Os indícios de fraude apontam para o desvio de R$ 350 mil. Mas por conta do noticiário sensacionalista e acrítico, o reitor, que nem investigado era, tornou-se chefe de uma organização criminosa que desviou 80 milhões da UFSC. Depois do seu suicídio, ante o clamor de amigos e colegas, a Folha de São Paulo publicou uma errata de poucas linhas. Os outros nem isso. A mídia tem sido bem sucedida em suas manobras para encobrir erros históricos. Vamos ver agora. Se as reservas de cidadania e consciência democrática que o país ainda tem não forem suficientes para exigir o amplo esclarecimento desse caso, é porque estamos muito pior do que se imagina.
OUTUBRO de 2017
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OUTUBRO de 2017
Série de abusos levou reitor à morte
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por os pés no campus e de ter contatos com funcionários e professores. A delegada É� rika manteve o ritmo: em 15 dias montou a Operação Ouvidos Moucos, deflagrada no dia 14 de setembro. Foram 105 agentes para cumprir 16 mandados de busca e apreensão, sete prisões temporárias e cinco conduções coercitivas. Chancellier, que havia chegado de Portugal no dia anterior, foi surpreendido no apartamento onde morava com o filho, também professor, a poucos metros do campus da universidade. Foi levado algemado e, depois de depor na PF, remetido à penitenciária estadual, onde passou por revista, nú, antes de vestir o uniforme de presidiário e ser jogado numa cela. Para sorte dos detidos, a juí�za se afastou por “motivo de saúde” e o reitor e os demais foram libertados às 19 horas do dia seguinte por uma juí�za substituta, que não viu razões para mantê-los presos. Foi mantida, porém, a proibição de entrar na universidade. O reitor morava ao lado do campus. Há pelo menos 30 anos sua vida era a universidade. Foi estudante, professor, diretor, e havia sido eleito reitor há um ano e meio. De repente, estava proibido de entrar ali. Um recurso
Marco Santiago/NdD
A
tragédia do reitor Luiz Carlos Cancellier se desenrolou em 75 dias: do dia 19 de julho de 2017 (quando um ofí�cio chegou à delegada É� rika Marena, da Polí�cia Federal, acusando-o de obstruir uma investigação interna na universidade) até aquela manhã de segunda-feira, 3 de outubro, quando se jogou do alto do shopping. A denúncia à PF foi feita pelo corregedor da UFSC, Rodolfo Hickel do Prato. A delegada É� rika, uma das estrelas da Operação Lava Jato, agiu como no cinema. Em 15 dias, encaminhou à juí�za Janaina Cassol Machado, da 1ª Vara da Justiça Federal de Santa Catarina, uma peça de 130 páginas, mais 16 anexos, montada com base na denúncia do corredor. Pedia a prisão por cinco dias do reitor e outros seis professores e o seu afastamento da universidade. Mas o reitor nem investigado é. Nenhum deles foi ouvido. A juí�za Janaina Cassol disse aos jornais que trabalhou 55 dias no processo. Deve estar enganada, pois o pedido da delegada está protocolado no dia 5 de agosto e sua decisão foi tomada no dia 28 de agosto. Foram 23 dias portanto. Além de autorizar as prisões, a juí�za proibiu-os de
Reprodução/Youtube
Pipo Quint/Agecom/UFSC/Reprodução
Preso e destituído do cargo sem direito de defesa, Cancelier não resistiu às humilhações
O corregedor (acima à direita), a delegada (no meio) e a juíza (abaixo à direita): os algozes do reitor (foto maior)
de seus advogados resultou numa decisão mais humilhante ainda: ele poderia entrar por três horas no campus, para reunião com alunos. O isolamento, a condenação pela mí�dia, os comentários cruéis nas redes sociais. Ele disse que sentia-se como um “exilado”. Foram poucos os amigos que não duvidaram dele. E a mí�dia sempre tratou-o como culpado. Preso no dia 14, só no dia 20 foi ouvido pela imprensa. A entrevista exclusiva ao colunista Moacir Pereira não m f i m teve nenhumab orepercussão fora de Florianópolis. EDITAL DE LEILÃO PRESENCIAL E ON-LINE – BANCO BMG, com inscrição no CNPJ n.º 61.186.680/0001-74 por seu procurador, devidamente constituído, REALIZARÁ pelo leiloeiro Oficial, Dilson Marcos Moreira, devidamente matriculado na JUCEMG, sob nº. 267, Leilão Público para vender o imóvel consolidado pela Instituição Financeira, nos termos da Lei 9.514/97, que consiste em um Imóvel em Porto Alegre/RS, a saber: O apartamento nº 23, do edifício sito à rua República, sob o nº 286, localizado no terceiro pavimento, de centro, o terceiro a contar da frente do edifício, com a área útil, inclusive paredes de 42mq95, a este apartamento corresponde uma parte ideal equivalente a 4,14% das coisas de uso comum e fim proveitoso do edifício bem como no terreno o qual mede 5m58 de frente à rua República, mais a meação na parede divisória da casa de nº 296, confinando por um lado, na extensão de 60m00 em linha reta com Jeronimo Baptista Soares da Silveira e Souza e outros, pelo outro lado, com o imóvel de nº 296 de propriedade de Israel Baptista Soares da Silveira e Souza Filho, na extensão de 45m00 em linha reta, alargando 6m68 a partir desse ponto, e, como imóveis que foram de José Baptista Soares da Silveira e Souza Filho, na extensão de 15m00 em linha reta e, pelos fundos com Jerônimo Baptista Soares da Silveira e Souza Filho, onde tem a largura de 12m26. Registrado no Registro de Imóveis da 2ª Zona Comarca de Porto Alegre/RS, Matrícula nº 74.833, com todas as suas benfeitorias e acessórios, tendo como devedor(es) fiduciante(s): Tiago Simões dos Santos, Brasileiro, Coordenador de Vendas, RG nº 2066495843-SSP/RS, CPF nº 918.562.640-68, casado pelo regime da comunhão parcial de bens, na vigência da Lei 6.515/77, com Daniela Dutra Freitas, Brasileira, Vendedora, RG nº 4077634832-SSP/RS e CPF nº 805.349.100-68 residentes e domiciliadas na cidade de Porto Alegre/RS. 1) Fica autorizado ao leiloeiro aqui indicado colocar a venda, em Primeiro Leilão, o imóvel acima descrito e caracterizado, a ser realizado no dia 11 de outubro de 2017, às 17:00 horas, na Av. Raja Gabáglia, nº 4697, Bairro Santa Lúcia em Belo Horizonte/MG, por preço não inferior de R$ 155.000,00 (cento e cinquenta e cinco mil reais), de acordo, com o disposto no § 1º, do artigo 27, c.c inciso VI, do artigo 24, ambos da Lei 9.514/97; O leilão estará disponível também no sistema on-line, devendo os interessados pré cadastrarem no site www.casaleiloeira.com.br para receberem a senha de acesso e automaticamente estarão vinculados aos termos de adesão do leilão on-line, além de todas as disposições legais aplicáveis à espécie. 2). Caso o imóvel não alcance no primeiro leilão o lance acima determinado, fica desde já autorizada a realização de segundo leilão, no dia 24 de outubro de 2017, às 17:00 horas, no mesmo local do primeiro leilão, pelo maior lance, desde que igual ou superior ao valor da dívida, acrescida de todos encargos, multa, prêmios de seguro e demais encargos contratuais, custas de intimação, tributos, imposto de transmissão - ITBI, cotas condominiais ordinárias e extraordinárias e honorários advocatícios, além das despesas de leiloeiro, editais e eventuais anúncios através da mídia pelo valor de R$ 114.397,17 ( cento e quatorze mil, trezentos e noventa e sete reais e dezessete centavos) tudo na forma do disposto nos incisos I e II, do § 3º, do artigo 27, da Lei 9.514/97. 3) Para tanto fica, ainda, autorizada a publicação dos editais necessários e obrigatórios, em jornal de circulação local. 4) Em caso de arrematação, o arrematante deverá pagar no ato do leilão o sinal de 20% sobre o valor arrematado, e mais a comissão de 5% de leilão, sobre o valor da arrematação, de acordo com a legislação que regulamenta a profissão, e o restante 80% deverá ser pago em 72 horas. Os interessados em visitar o imóvel poderão fazê-lo nos dias úteis, desde que haja prévia comunicação à equipe do leiloeiro e concordância do ocupante do imóvel. 5) Em caso de arrematação, quer em primeiro ou segundo leilão, fica estabelecido que: a) Deverá ser expedida, no ato da arrematação, a respectiva carta, devidamente assinada pelo leiloeiro, arrematante, credor fiduciário e 05 (cinco) testemunhas. b) Fica ciente, o arrematante, que o imóvel está ocupado, como fica também notificados os devedores fiduciantes da realização do 1º e do 2º leilão. c) De acordo com a Lei 9.514/97, em seu artigo 27, se o bem estiver locado, a locação deve ser encerrada em 30 dias, após a consolidação da venda. d) O imóvel não possui débitos de IPTU em aberto até a presente data. e) Todas as taxas e impostos correrão por conta do arrematante a partir do momento da imissão de posse do mesmo. Belo Horizonte, 02 de Outubro de 2017. Dilson Marcos Moreira-Leiloeiro Público Oficial-JUCEMG nº 267.
Só depois da morte do reitor as redes de comunicação corrigiram discretamente um erro grosseiro mantido pelo noticiário: o desvio de recursos é estimado em R$ 350 mil - e não R$ 80 milhões, como foi reiteradamente publicado. Além disso, os desvios apurados eram relativos a gestões anteriores. Quando ele assumiu o cargo, em maio de 2016, os repasses já estavam suspensos há três meses. A acusação de que tentava obstruir as ações da corregedoria, que determinou sua prisão, é inconsistente. O que
havia era um conflito de competência explí�cito, não resolvido. Deflagrada às seis horas da manhã, a operação já rendia manchetes nos noticiários das sete: “PF desarticulou uma organização criminosa e prendeu sete pessoas entre elas o reitor da UFSC”. No Bom Dia Brasil, da Rede Globo, a notí�cia do reitor preso como integrante de uma organização criminosa foi sublinhada com um comentário da apresentadora Ana Paula Araújo: “É� roubalheira para todo o lado!”
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Porto Alegre entra A prefeitura organiza exercício de defesa contra bombardeios, e um abrigo antiaéreo começa a ser construido sob o viaduto
U
m abrigo antiaéreo sob o viaduto Otávio Rocha, na Borges de Medeiros? Sim este projeto existiu. Foi em 1942, o Brasil havia entrado na guerra contra o nazismo. Os exércitos italiano e alemão bombardeavam embarcações brasileiras no Atlântico. O medo de que a guerra chegasse até aqui era real. A construção de bunkers nos subsolos de edifí�cios e de caminhos subterrâneos ligando o Centro e a Cidade Baixa era projeto do prefeito
Loureiro da Silva, atendendo as determinações da Presidência da República. No dia 10 de setembro, foi realizado o primeiro exercí�cio de defesa antiaérea, um blecaute. Uma velha sirene foi instalada na torre da Hidráulica dos Moinhos de Vento. Ao aviso, todas as luzes da cidade foram apagadas, quem estava na rua correu para se abrigar, os motoristas pararam os automóveis. Após soar o segundo sinal, as luzes foram acesas e a cidade voltou à normalidade. O exercí�cio foi considerado um sucesso.
A defesa antiaérea tornou-se “encargo necessário à defesa da Pátria”, pelo decreto 4.098, do presidente da República, em 6 de fevereiro de 1942. Estabelecia obrigações aos cidadãos e órgãos públicos. A União, Estados e Municí�pios deviam construir “para proteção da população, abrigos contra explosivos e gases”. Edifí�cios a partir de cinco andares e locais como hospitais, hotéis, escolas e indústrias, tinham que providenciar bunkers. As empresas tinham que financiar o material para defesa dos funcionários, dos quais seriam descontados depois. Os homens em idade adulta que não estivessem servindo ao exército deveriam desempenhar as funções “determinadas pelos órgãos executores”, como enfermagem, limpeza pública, policiamento e construção de trincheiras. Jornais e revistas ficavam obrigados a transmitir gratuitamente comunicados do Ministério da Aeronáutica. A sociedade porto-alegrense se mobilizou na defesa. Ao menos duas campanhas foram lançadas para arrecadar fundos: uma capitaneada pelo jornal Correio do Povo que busca-
va fundos para construção de abrigos antiaéreos, e outra, do Sindicato dos Metalúrgicos, que juntava dinheiro para ajudar a FAB a adquirir caças. Para o historiador Fernando Cauduro Pureza é difí�cil precisar o quão espontânea era esta mobilização. “Era época do Estado Novo, um estado autoritário, havia muito controle da imprensa. Então essa mobilização que se vê nos jornais era um discurso muito oficial”, afirma o doutor em história, que abordou em sua dissertação de mestrado os impactos da Segunda Guerra na vida dos trabalhadores de Porto Alegre. As contribuições vinham de todas as partes e o jornal fazia o balanço nas edições dominicais. Nas fábricas e locais de trabalho tornaram-se comuns as campanhas para arrecadar doações. Uma comissão de funcionários do Banco do Rio Grande do Sul deu 4:000$000 (quatro contos de réis), a Guarda Civil e funcionários de diversas empresas contribuí�ram com um dia do ordenado. Os operários da pedreira da Serraria também se somaram à campanha. Ofereceram o resultado
No final daquele mês, Porto Alegre deu iní�cio a seu mais ousado projeto na defesa antiaérea: um bunker no Viaduto Otávio Rocha com capacidade para 1.200 pessoas. As arcadas laterais foram cobertas por altos muros. A Prefeitura apontou 22 edifí�cios da região central da cidade que teriam os subsolos transformados em refúgios para bombardeios. Foram construí�dos abrigos em instituições de caridade, como o Asilo Providência, o Orfanato Pão dos Pobres e as creches São Francisco e Navegantes, além do Colégio Americano. Porto Alegre tinha capacidade para abrigar cerca de 13 mil pessoas na eventualidade de um bombardeio. A população total da cidade era de 300.000 habitantes.
Em outubro de 1943, um ano após a sua construção, foi demolido o abrigo antiaéreo que f
Reprodução/Acervo Boletim Municipal
Acervo Museu de Porto Alegre Joaquim Felizardo
“Abrigos contra explosões e gases”
O prefeito Loureiro da Silva
de um dia inteiro de trabalho: 1.130 pedras lapidadas para a construção de bunkers. “Havia uma mobilização popular, agora, se ela fazia o cara que tinha seus vencimentos mais constrangidos pela economia de guerra doar, aí� já não sei. Podem até ter sido voluntário, mas havia pressão do Estado e dos patrões, principalmente o empresariado alemão, que tentava se desvincular da pecha de apoiadores do Eixo”, questiona o historiador. No final da campanha haviam sido arrecadados 460:521$600 (460 contos, 521 mil e 600 réis). O valor estimado pela interventoria federal para a construção de diversos bunkers em asilos e orfanatos era de 20:000$000.
População de Porto Alegre se mobilizou diante da possibilidade de a guerra chegar até aqui
A campanha arrecadou um valor muito maior, porém, não se sabe ao certo quantos abrigos foram construí�dos com o recurso. Como Porto Alegre não foi alvo de nenhum ataque aéreo durante a guerra, o bunker da Borges não chegou a ser testado para sua finalidade origi-
nal, mas “para fins bem outros que os legí�timos”, relatou o jornal Correio do Povo, quando o prefeito Loureiro da Silva mandou desmanchar o abrigo um ano após sua construção. A notí�cia não deixa claro que fins eram estes, mas fala de razões relacionadas à estética, higiene e bons costumes.
porto alegre
Reprodução/Correio do Povo
Reprodução/Wikimapia
na guerra O submarino alemão U-504, foi o algoz do cargueiro Porto Alegre
Alemães afundam “Porto Alegre”
icava no Viaduto Otávio Rocha
No dia 3 de novembro de 1942, os alemães torpedearam por duas vezes e afundaram o Porto Alegre. Desarmado e sem escolta, o cargueiro, batizado com o nome da capital gaúcha, foi atingido no oceano Í�ndico, próximo à Á� frica do Sul. Os torpedos foram disparados pelo submarino alemão U-504. O navio ganhou o nome de Porto Alegre ao ser adquirido pela Companhia Carboní�fera Sul Rio-Grandense, em 1933.
Construí�da em 1921, no estaleiro italiano Cantiere Navale Triestino, a embarcação de 110 metros de comprimento havia sido batizada originalmente como Gilda. O ataque fez apenas uma ví�tima fatal, o imediato Francisco Lucas de Azevedo. A tripulação era composta por 52 pessoas. Em julho de 43, após 16 afundamentos, o carrasco U-504 teve seu fim, atacado por corvetas britânicas, no Atlântico Norte. (MC)
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Dois dias de quebra-quebra Em 15 de agosto, o exército alemão operou uma sangrenta onda de ataques a embarcações brasileiras. Se antes os alvos eram cargueiros, agora eram atacados navios de passageiros, próximos à costa. Em três dias, cinco navios afundados, 610 mortos. A notí�cia despertou revolta. Em Porto Alegre, os dias 18 e 19 de agosto foram de quebradeira generalizada. O interventor federal, Cordeiro de Farias, o chefe de polí�cia do Estado, Aurélio da Silva Py, pouco fizeram para controlar a fúria da massa. Tudo que remetesse aos alemães era alvo. A Casa Guaspari foi depredada e saqueada. Na Casa Lira, na Rua dos Andradas, a coisa foi mais feia. O dono, Reinaldo Langer, era tido como apoiador do Eixo e teria gritado “Viva a Alemanha!”, à chegada dos
revoltosos. Entrou para o cacete e a polí�cia teve de evitar seu linchamento. Só escaparam o Hospital Alemão, que havia adotado a alcunha de Moinhos de Vento, e a fábrica da Renner, que recebeu proteção policial especial. A sociedade Turnerbund tentou desvincular sua origem, mudando o nome para Sociedade Ginástica de Porto Alegre (Sogipa), o que não impediu a depredação. Na Sociedade Germânica, no Moinhos de Vento, a mobí�lia virou fogueira no meio da rua. No quarto distrito, o povo saiu em marcha. Ruas de nome alemão foram rebatizadas com nome de embarcações brasileiras afundadas na guerra. Alguns permanecem. Avenida Napolitana virou Olinda, Rua Italiana virou Arabutan, a Avenida Germânia virou Cairú.
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porto alegre
OUTUBRO de 2017 Foto: Ricardo Stricher
Os causos desenhados de Santiago
Autor do cartaz da Parada Gráfica realizada no final de agosto, no Museu do Trabalho, o artista plástico gaúcho Jaca, residente em São Paulo, esteve em Porto Alegre na ocasião. Respeitado entre seus pares como um dos mais completos ilustradores do Paí�s, Jaca, cujo nome é Paulo Carvalho, é avesso a entrevistas, mas conversador desembaraçado, sobre tudo, entre quem se sente à vontade. Sua trajetória na imprensa gaúcha, antes de migrar em definitivo para São Paulo, se deu na Folha da Tarde, no Diário do Sul e Gazeta Mercantil, revista Amanhã, e Zero Hora. Fora do Rio Grande do Sul, publicou no Estado de São Paulo, Revista Saúde, Playboy, Carí�cia, Contigo, Marie Claire, Veja, Ciência Hoje e Placar. Publicou também histórias em quadrinhos nas revistas Dumdum, Animal, Big Bang Bang, Flag e nas Edições Tonto. Grande amigo do desenhista e artista plástico Fábio Zimbres, com quem tem afinidades de trabalho, em sua vinda recente à Porto Alegre se encontrou com o cartunista Santiago e com o designer gráfico Andres Vince, para o que ia ser uma entrevista e virou uma conversa informal entre arte, imprensa, mercado de trabalho, Porto Alegre de hoje e outros temas atuais.
ARTE
Foto: Ricardo Stricher
O homem que rasga dinheiro
Santiago, em sua mesa de trabalho: “Procuro não perder a linha” Paulo Carvalho Júnior, o Jaca
Em todos os assuntos, Jaca deixa transparecer sua visão extremamente cética do mundo, sua visão globalizada dos problemas e uma certa doçura em levar a vida, no Brasil conturbado dos dias atuais. Ele passou do circuito de publicações de suas ilustrações na imprensa para ingressar no circuito fechado, e mais valorizado, das galerias de arte da capital paulista. Continua o mesmo Jaca de antes. Sem dar importância à coisas materiais, (uma das histórias saborosas que conta é o dia que literalmente rasgou dinheiro, numa agência de propaganda por divergência com o patrão) antenado com as tendências artí�sticas do mundo e o exemplo do gaúcho cujo talento não comportava mais só os limites da aldeia. Jaca é (HB) do Brasil.
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o lado de Edgar Vasques, Neltair Santiago Abreu, 66 anos, é considerado o cartunista mais completo do Rio Grande do Sul. Tem reconhecimento nacional, premiações no exterior e um numeroso público leitor regional que se reconhece, se identifica e se delicia com as histórias de seus personagens, todos marcadamente gaúchos. Santiago está lançando o álbum de quadrinhos “A menina do Circo Tibúrcio e outros causos desenhados”. É� sua 17ª publicação em formato de álbum, bancado por ele e pela editora Libretos. É� Santiago que explica: “A edição do álbum, feita com rigor e paixão pela Clô Barcellos, está primorosa. Além do design, ela cuidou especialmente da impres-
ARTE
são, dos tons das cores dos desenhos, já que são feitos com aquarelas. É� uma tonalidade lí�quida e para funcionar tem que se respeitar a sua translucidez. E isso foi obtido”, assegura. Santiago tem como referência o belga Hergé, criador do personagem Tim Tim, para quem o desenho não pode brigar com a cor, o traçado que é importante e a cor é secundária. É� a chamada linha clara belga, em que a cor mais insinua do que explicita. No seu desenho não há muita sombra e a linha é o mais importante. Santiago brinca: “Procuro não perder a linha”. O álbum que está sendo lançado é o segundo que tem como tema os “causos”, frutos de sua memória, de relatos, de experiências de vida e andanças. Os outros trazem cartuns e charges feitos ao longo de sua trajetória. Santiago conta que consultou diversos dicionários e em nenhum deles o termo “causos” é registrado.
ARTE
“O corretor de palavras do computador, toda vez que escrevo causos troca para casos. Pois o que faço são causos desenhados. São histórias de apelo oral que têm outro sabor quando desenhadas. A maioria tem um componente de humor, mas há tragédia também. A partir dos 60 anos me permiti registrar fatos pessoais, na primeira pessoa. Deu boa repercussão e descobri um universo comum à muita gente”. Nos últimos 30 anos, Santiago tem marcado sua presença na cena cultural do Estado, algumas vezes trabalhando em jornais da Capital e publicações de entidades sindicais. Crí�tico ferrenho do golpe polí�tico praticado em 2016 e das mazelas nacionais em geral, deixou esses temas fora dos “causos”. Mas compensa isso, com histórias saborosas em que transbordam poesia, leveza e humanidade. Tudo que anda em falta no Brasil de hoje. Av. Jerônimo de Ornelas, 349 TELENTREGA
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porto alegre
OUTUBRO de 2017
100 anos de animação no Brasil Para comemorar o centenário da animação brasileira, será celebrado no dia 28 de outubro o Dia nacional da Animação. Uma mostra com mais de vinte filmes de animação será exibida em centenas de cidades de todo o paí�s. Em Porto Alegre, serão três mostras: histórica, nacional e infantil. Em 22 de janeiro de 1917, estreou no Cine Pathé, na Cinelândia, Centro do Rio de Janeiro, o curta-metragem “Kaiser” (imagem). Considerado o primeiro desenho animado brasileiro, é de autoria do cartunista Seth, pseudônimo de Á� lvaro Marins (1891-1949). “Kaiser” fazia uma crí�tica sarcástica ao expansionismo alemão na Primeira Guerra Mundial (1914-1918). O filme acabou sendo perdido, restando apenas uma imagem de referência. Em 2013, grandes nomes da animação brasileira se juntaram para recriar a obra. A animação coletiva batizada de “Reanimando Kaiser”, está na programação evento. O evento é promovido pela Associação Brasileira de Cinema de Animação (ABCA). Em Porto Alegre, a realização é da Otto Desenhos Animados.
Dia da animação
ARTE lancheria do parque
BOM
Barbearia
FIM
Desde 1982
Desde 1966 Av. Venâncio Aíres, 1071
Osvaldo Aranha, 1086 - Fone 3311.8321
(51) 3332-4301
QUANDO: 28 de outubro, sábado – 19h30 ONDE: Sala Redenção (rua Paulo Gama, 110) QUANTO: Entrada Franca Programação completa:
www.abca.org.br/dia/ b o m f i m filmes-dia-2017/
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porto alegre
A agricultura do futuro é ecológica Profissionais de 11 países falaram na Assembleia
O
utubro é o mês da alimentação. No dia 16, é celebrado o Dia Mundial da Alimentação, data estabelecida pela FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura). Durante três dias (4, 5 e 6), 42 especialistas de onze paí�ses se reuniram na Assembleia Legislativa para o Seminário Polí�ticas Públicas para Agroecologia na América Latina e Caribe. Em pauta, a elaboração de polí�ticas públicas para o segmento, além de experiências locais e continentais de produção autossustentável social, econômica e ecologicamente. O presidente do parlamento gaúcho, deputado Edegar
Relacionamento com a comunidade
OUTUBRO de 2017 Ramiro Furquim/Jornal JÁ
Pretto (PT), defendeu que “a alimentação saudável e a segurança alimentar sejam uma causa do parlamento gaúcho.” Pretto tem três projetos de lei tramitando sobre o assunto. Representando a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), o pesquisador Clenio Pillon afirmou que a agricultura do futuro não será de base quí�mica, como ao longo dos últi-
mos 40 anos, mas de base biológica. “A agricultura do futuro dependerá do entendimento dos processos ecológicos e biológicos”, defendeu Pillon. Ele apresentou novas diretrizes da empresa, que incluem a atenção ao consumidor, a valorização dos sistemas integrados, a territorialidade, a atenção às mudanças climáticas e o desenvolvimento de ativos de base biológica.
O representante da FAO, Valter Bianchini, destacou que grande parte das polí�ticas públicas em favor da agroecologia devem-se à mobilização da sociedade civil. Entre os desafios, Bianchini pontuou a necessidade de se pensar formas para que a agricultura agroecológica, produzida em pequenas localidades, chegue aos grandes polos.
Emerson Giacomelli, integrante do Movimento dos Trabalhadores Sem-terra (MST), defendeu a importância de polí�ticas para a comercialização dos produtos. Giacomelli acredita que é possí�vel produzir em larga escala, sem o uso de agrotóxicos. “Nosso grande desafio é no escoamento da produção. Uma polí�tica de comercializa-
Feiras ecológicas ganham adeptos
Política de comercialização é fundamental ção de produtos agroecológicos é fundamental”, defendeu. O representante da Rede Ecovida de Agroecologia, Alvir Longhi defendeu que houve avanços nas polí�ticas públicas, mas a legislação não colabora. “Enquanto querem tirar a rotulagem dos transgênicos, pouco se avança na normatização das pequenas agroindústrias”, afirmou.
28 anos de feira da José Bonifácio A pioneira FAE - Feira dos Agricultores Ecologistas foi criada em 16 de outubro de 1989, no Dia Mundial da Alimentação. O tema dos 28 anos é “Semeando Vida” As três feiras administradas, hoje, pela Associação, envolvem mais de 600 famí�lias e são frequentadas por 25 mil consumidores. O modelo de autogestão da FAE inspirou diversos grupos, até na Europa.
Programação
Hora: a partir das 9h Local: Av. José Bonifácio (1ª quadra - banca do meio) 14 de outubro - Festa de Aniver,
com Bolo e Rádio Feira
21 de outubro - Oficina: Consciência alimentar e saúde na infância com a Nutri e Chef Lu Scavone 28 de outubro - Guardiões de sementes da FAE e Show Musical com Gaita e Violão
Projeto Favos do Sul
DESENVOLVIMENTO É A NOSSA TRADIÇÃO
Ser gaúcho é preservar nossas tradições acima de tudo; é valorizar a educação e acreditar que um futuro melhor nasce nas páginas de um livro. É nossa tradição trabalhar duro, sem fraquejar. Temos orgulho do suor que escorre do rosto, ele reconforta a alma e sedimenta uma vida digna. É nossa tradição valorizar o passado para construir o futuro.
Projeto Educação
Geração de empregos