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Novidades na Vieira de Castro Quais são os negócios que estão mudando o perfil do bairro
Hospital de clínicas
Nova paisagem na avenida
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á mais de meio século o Hospital de Clí�nicas domina a paisagem de uma das regiões mais conhecidas de Porto Alegre - a avenida Protasio Alves, antigo Caminho do Meio, na sua confluência com a Ramiro Barcelos, onde se encontram cinco bairros e circula diariamente uma parte da cidade e mesmo do interior do Estado. No próprio HCPA, todo dia circu-
lam mais de 15 mil pessoas, entre funcionários, pacientes e familiares. Só médicos são 1.500. Os mais antigos ainda lembram do “esqueleto”, o prédio inacabado que marcou a paisagem ali por trinta anos. Depois, o prédio, a barra horizontal projetada por Jorge Moreira, discí�pulo de Niemayer, que agora será encoberta.
Um terço da obra já muda o cenário Concluído em 1971, depois de 40 anos no papel, o prédio do HCPA foi o primeiro edifício modernista de Porto Alegre - linhas retas, funcionalidade. Com seus 13 andares e suas mais de 900 janelas, dominou aquela parte da paisagem
FECHAMENTO DA unidade DA BM
O posto policial da esquina da avenida Osvaldo Aranha com a rua José Bonifácio vai ser ocupado pelo Hospital de Pronto Socorro. A direção do hospital e a Secretaria de Saúde não informam qual será a finalidade, mas quem passa pela frente vê uma placa que indica vaga para veí�culos oficiais. A unidade, que funcionava desde 1987 com ajuda da comunidade, foi desativada no iní�cio de abril. O fechamento gerou protestos dos moradores do Bom Fim e de bairros do entorno. “Reabertura já!”, gritavam os manifestantes
Foto: Jornal JÁ
HPS vai ocupar posto da Redenção
no abraço simbólico ao postinho. A comunidade pedia que o posto policial fosse reaberto pela Segurança Pública e a Guarda Municipal foi sugerida como alternativa. A Secretaria Municipal da
Fazenda informou que imediatamente após a desocupação o HPS solicitou o uso do prédio, que foi construí�do colaborativamente por moradores e comerciantes e pertence à Prefeitura.
urbana da cidade até poucos meses atrás. Agora já se erguem os perfis dos novos prédios anexos que vão ampliar em quase 70% a área física do hospital. Um terço da obra está pronta, o suficiente para mudar toda a paisagem novamene.
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Redenção terá mais vinte monumentos recuperados O projeto Construção Cultural vai reformar mais vinte monumentos da Redenção. A iniciativa é do Sinduscon, com a Prefeitura de Porto Alegre e o Ministério Público Estadual. Na primeira etapa do projeto, concluí�da em dezembro de 2015, foram reformados o Monumento ao Expedicionário e outros onze. Nesta edição, o projeto prevê a recuperação de outras 20 obras na Redenção, incluindo estátuas bem conhecidas, como a do Gaúcho Oriental, que será também deslocada para a área do espelho d’água, e outras pouco lembradas, caso do Marco Contra as Armas de Brinquedo. O restauro deve ser concluí�do até o meio do ano e vai custar R$
O Plano Diretor, que é a “constituição da cidade” foi alterado mais uma vez. Está desfigurado. Não houve discussão pública, não há um estudo do impacto que as mudanças podem causar - no trânsito, nos serviços, na paisagem. Mudou-se para conveniência dos empreendedores, pura e simplesmente. Do mesmo jeito foi desativado o postinho policial no parque da Redenção, junto à avenida Osvaldo Aranha. O posto surgiu em resposta a um clamor da comunidade, ante a carência do poder público para garantir as condições mínimas de segurança. Cidadãos deram dinheiro, empresas forneceram material, entidades comunitárias mobilizaram o bairro para construir e equipar aquele espaço. No final, até o celular para uso dos policiais foi fornecido pela comunidade. Mas aí, a autoridade decide que o postinho não serve mais, contra todas as evidências. Da noite para o dia extingue o posto sem ouvir ninguém e sem sequer avisar.
BOM FIM
URGENTE Yoga no Parque
Foto: Divulgação Namaskar
As práticas de yoga promovidas pelo coletivo Namaskar na Redenção reúnem cada vez mais alunos. O coletivo, que completou dois anos em março, conta com dez instrutores que se revezam para garantir as “práticas de yoga na sala de aula mais ampla da grande Porto Alegre”. Kaiã Machado, integrante do coletivo, explica que a ideia é popularizar a prática de yoga. “Trabalhamos com contribuição espontânea, contribui quem pode. E não há restrição de idade. Já participaram senhores de 70 anos e meninas de 7”, afirma Kaiã. Mais informações no facebook.com/coletivonamaskar
Reportagem: Felipe Uhr, Matheus Chaparini Fotografia: Arquivo Jornal JÁ, Matheus Chaparini e Ramiro Furquim Comercial: Matheus Dias Edição de arte: Cabeça Fumegante Design de Comunicação cabecafumegante@gmail.com
Distribuição gratuita
Prefeito Fortunati no lançamento da nova etapa do Construção Cultural
247 mil, pagos pelas empresas Gerdau e Braskem via Lei de Incentivo à Cultura do Governo do Estado. O projeto cultural do Sinduscon possui ainda outras duas frentes de ação – a recuperação dos monumentos da Redenção é chamada de Resgate do Patrimônio Histórico. As outras
duas são Vidas em Construção, que promove uma série de debates sobre os conceitos de viver e habitar; e o SinduSom (que tem ainda uma versão jovem, o SinduSom Júnior), que apresenta uma agenda mensal gratuita de shows no Teatro Sinduscon-RS. Essa parte do projeto cultural é financiada diretamente por outros dois grupos empresariais, Nex Group e Melnick Even, além do próprio Sinduscon-RS, que desembolsarão R$ 250 mil.
Assado de rua
Muro do Julinho
Já está virando um hábito. Quem frequenta as praças do bairro Santana nos finais de semana está acostumado a se deparar com o ajuntamento, a fumaça e o cheiro do assado. Na João Paulo I, um grupo de ex-alunos do Colégio Santa Rosa de Lima é frequente. Chegam pelo meio-dia com a churrasqueira de latão e passam a tarde. A praça Julio de Aragão Bozano, entre a Ramiro Barcellos e a Jacinto Gomes, e a Joaquim de Queiros, na Jerônimo de Ornelas, em frente ao Colégio Luciana de Abreu, também têm seus grupos de churrasqueiros.
Depois de cinco meses, o muro lateral do colégio Júlio de Castilhos, na rua Laurindo, finalmente foi refeito. Um trecho de 40 metros do muro do estacionamento havia caí�do em novembro do ano passado. A solução encontrada foi um pré-moldado de concreto vazado. Além de ser essencial para a segurança da escola, o novo muro deixa escapar a iluminação do colégio para a rua. Mal iluminada, aquela quadra da Laurindo acabava sendo utilizada muitas vezes como banheiro público. O mau cheiro era reclamação frequente dos moradores.
O Ildo voltou?
Editor: Elmar Bones
Foto: Divulgação/PMPA
Comunidade excluída
O Jornal Já Bom Fim é uma publicação de Jornal Já Editora
Nos últimos dias, os clientes da Lancheria do Parque foram surpreendidos com uma presença ilustre. O garçom Ildo Berte, clássico personagem do Bonfa, deu as caras novamente. Ildo havia deixado a lanchera em agosto de 2015. Ele garante que sua volta é temporária, está substituindo um colega que está em tratamento médico. Mas Ildo afirma: “Todo dia eles me pedem pra ficar.”
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Nota do Editor
Expediente
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Redação: Av. Borges de Medeiros, 915, conj. 203, Centro Histórico CEP 90020-025 - PoA/RS Edição fechada às 18h do dia 5 de maio de 2016 Contatos: (51) 3330-7272 www.jornalja.com.br jornaljaeditora@gmail.com jornaljanaweb jornal_ja
Foto: Jornal JÁ
Espelho d’água A revitalização do eixo central da Redenção nem completou seis meses e já precisa de reparos. O espelho d’água está vazio e várias das pedras do piso se soltaram. A obra foi executada pela Torke Engenharia e financiada pela Companhia Zaffari, contrapartida por uma área pública na rua Alcides Cruz, onde planeja construir mais um Bourbon.
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Matheus Piccini/CMPA
Oposição critica falta de debate “Não houve estudo do impacto que essa mudança vai causar, não houve nem uma discussão...” Assim a vereadora Sofia Cavedon (PT) justificou o seu voto contra o projeto que libera espigões ao longo da III Perimetral. Sofia se referiu ao argumento utilizado pelo prefeito Fortunati ao vetar espigões ao longo das avenidas onde será instalado o BRT: “Não foi comprovado o cumprimento do requisito de participação das entidades comunitárias, legalmente c o n s t i t u í� das, para a deliberação de alteração de regimes u r b a n í� s t i cos do Plano Diretor, Sofia Cavedon (PT) c o n f o r m e exige o artigo 177, parágrafo 5o, da Constituição Estadual”, escreveu, ao devolver o projeto para a Câmara. Além de Sofia, votaram contra o projeto Adeli Sell e Marcelo Sgarbossa, do PT, Fernanda Melchionna e Alex Fraga, do Psol, e Lourdes Sprenger e Raul Fraga, do PMDB.
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Plano Diretor alterado
Câmara libera espigões na Terceira Perimetral Venda de índices contrutivos agora é no balcão
Samuel Maciel/PMPA
Se fosse aprovada, esta proposta poderia alterar a paisagem de mais de 20 bairros. Fortunati vetou mas se comprometeu a enviar um novo projeto sobre o tema até o iní�cio de junho. O prefeito também vetou, e a Câmara derrubou o veto, o artigo que tratava da compra de í�ndices construtivos. Pelas normas atuais, a venda direta de solo criado, no “balcão” como se diz, não podia ultrapassar os mil metros quadrados . Agora a compra no balcão pode ir até três mil metros quadrados. O í�ndice construtivo é uma recurso que permite às construtoras ampliarem a altura e a largura de seus empreendimentos “comprando indices construtivos” da Prefeitura A negociação no balcão fica abaixo do valor em leilões. Um exemplo: em 2014, quando foram leiloados 14.100 m² de solo criado, a Prefeitura arrecadou R$ 49,7 milhões. Na venda de balcão, não arrecadaria mais do que R$ 30 milhões.
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Plano Diretor de Porto Alegre foi alterado mais uma vez.Agora será possí�vel a construção de prédios com mais de 20 andares ao longo da Terceira Perimetral - uma faixa de 120 metros para cada lado. Mudou também a forma de venda de í�ndices construtivos fora dos padrões (solo criado) para toda a cidade. O projeto, de autoria do vereador Reginaldo Pujol (DEM), foi aprovado em abril, com veto parcial do prefeito José Fortunati. O prefeito barrou a permissão para espigões ao longo de todas as avenidas por onde está prevista a passagem dos BRT’s - Baltazar de Oliveira Garcia, Sertório, Protásio Alves, Osvaldo Aranha, Bento Gonçalves, João Pessoa, Azenha, Tronco, Cruzeiro do Sul, Teresópolis, Padre Cacique, Borges de Medeiros e Praia de Belas - 120 metros de cada lado.
ARTE Novas regras vão alterar entorno da av. Carlos Gomes. Não há estudo sobre o impacto
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4 Fotos: Guilherme Santos
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Moradores vão ao governador exigir a reabertura
fechamento do posto da Brigada Militar na esquina da avenida Osvaldo Aranha com a rua José Bonifácio está gerando uma mobilização dos moradores do Bom Fim. A Associação dos Amigos do Bairro Bom Fim solicitou agenda com o governador José Ivo Sartori. Até o fechamento desta edição, o gabinete do governador não havia marcado nenhuma data. A unidade encerrou oficialmente suas atividades no dia 6 de abril. Nos últimos tempos, o posto vinha sendo pouco utilizado e já não funcionava durante as 24 horas do dia. No dia seguinte ao fechamento, a comunidade organizou um protesto. “Reabertura já!“, gritavam, empunhando cartazes. Por alguns instantes, o grupo parou a avenida Osvaldo Aranha. Motoristas que passavam buzinavam em apoio.
Posto foi conquista da comunidade
Para além da questão da segurança, há um desconforto com o fim das atividades porque o posto policial era um marco do movimento comunitário do bairro. O prédio foi erguido em 1987, devido à mobilização dos moradores e comerciantes. “Construí�mos com o dinheiro da comunidade, o pessoal se cotizou, não teve quem não participasse”, afirmou a moradora Nara Maria Jurkfitz. Em 2004, a unidade foi reformada, novamente com recursos da população local. Até mesmo um telefone celular foi doado, criando uma linha direta com os policiais de serviço. “Muitas ocorrências eram atendidas diretamente, sem passar pelo 190”, recordou o presidente da associação, Carlos Alexandre Randazzo.
Comunidade condena f de posto da Brigada na BM, que visa assim dar mais visibilidade às ações da corporação, além de permitir o pronto atendimento no policiamento. O argumento do comandante do 9º BPM, tenente-coronel Marcus Viní�cius Oliveira, para o fim das atividades é que o posto representa uma falsa sensação de segurança, pois o policial fica sozinho e não pode abandonar a estrutura para atender qualquer chamado. “Ele vai ligar para o 190 ou chamar uma viatura, coisas que qualquer cidadão pode fazer pelo celular”, observa. Segundo o oficial, os quatro policiais que trabalhavam fi-
xos no posto serão designados para o policiamento de rua ao longo da Osvaldo Aranha. “Quando criaram estes postos, eles eram o centro de referencia do bairro. Hoje, perdeu-se a função social deste modelo. Eu preciso que o policial esteja na rua, abordando, identificando pessoas em situação suspeita”, compara.
Frequentadores não foram informados
Para Roberto Jakubaszko, da Associação dos Amigos do Parque Farroupilha, o principal motivo de descontentamento é a falta de comunicação prévia à comunidade. Fotos: Jornal JÁ
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Matheus Chaparini
“Estamos perplexos! Este posto foi concebido com apoio da comunidade, que se juntou, fez vaquinha e investiu e de repente fecha assim sem avisar? Merecemos um tratamento melhor”, condena. Jakubaszko afirma que os moradores compreendem que há uma mudança na lógica do policiamento, mas sentiram- se excluí�dos do processo de decisão. “Gostarí�amos de ter participado da discussão ou ao menos sermos avisados”, defende.
Comerciantes se sentem inseguros
No posto de combustí�veis que fica em frente ao antigo
Fechamento é estratégia da Brigada
A mudança faz parte de um conjunto de medidas da
Nara Maria Jurkfitz contribuiu com a obra
Bruno Zuanazzi observa que o posto traz sensação de segurança ao comércio local
posto da Brigada Militar a certeza é que a simples presença dos policias já coibia ações criminosas. “Só de cortarem caminho com a viatura por dentro do posto ou virem tomar um café na loja de conveniência já dava uma sensação de segurança, ver que tinha presença da polí�cia por perto”, comenta um funcionário.
Unidade Móv Dias antes do fechamento, uma unidade móvel foi instalada em frente ao auditório Araújo Viana. O micro-ônibus faz parte da estratégia da corporação de maior visibilidade e pronta resposta. O comandante do 9º BPM, considera a troca benéfica para a comunidade. “O posto móvel permite que o guarda se desloque para atender chamados, o que era impossí�vel no sistema anterior, pois o policial não podia abandonar o armamento guardado no local”, afirmou. Mas na prática, o que a reportagem do JÁ� constatou visitando o novo posto móvel é que pouca coisa muda na ação do brigadiano, que precisa lidar com a falta de infra-
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«A marca é um bem intangível, que faz parte do seu patrimônio e que representa o valor econômico da sua empresa. Não permita que outra pessoa registre o seu bem antes de você! Proteja a sua marca, registre-a! Cone seu patrimônio a quem tem experiência: A Patamar está no mercado de Propriedade Intelectual há mais de 20 anos.» Cláudio Freitas, conselheiro do OP
Bairros vizinhos pressionam
fechamento a Redenção Rhyan de Assis é funcionário da floricultura Flora do Sul, localizada no mercado do Bom Fim, há cerca de três anos. Ele diz que a presença do posto sempre trouxe uma sensação de segurança ao local, ainda que não desse conta de cuidar do restante do parque. “Aqui sempre foi seguro, mas na Redenção é comum
ter assaltos. Meu tio já foi assaltado quatro vezes vindo para cá”, afirma Rhyan. Para Bruno Zuanazzi, que trabalha no restaurante Equilibrium , o fechamento do posto policial prejudica os comerciantes locais. “Vai piorar bastante. Antes o assaltante sabia que aqui ia ter polí�cia e não agia. Agora ele já sabe que não vai ter”, lamenta.
Jornal JÁ
vel tem apenas um policial
Viatura não possui banheiro e a comunicação é feita via telefone pessoal
estrutura do veí�culo adaptado para servir de base. Por exemplo, embora o comandante da BM assegure que em emergências o plantonista pode passar a chave no veí�culo e sair para atender a ocorrência, o policial da unidade afirma que a orientação é para chamar reforço.
Mas é preciso usar o telefone pessoal, afinal, a corporação não fornece aparelho funcional, segundo o guarda, que não quis se identificar. “Também não tem rádio”, com plementa. Há outros problemas: “Não tem banheiro nem geladeira. Para tomar uma água, eu preciso ir até um bar e comprar”, exemplifica.
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Além das associações de amigos do bairro e do Parque Farroupilha, o movimento é composto por diversas entidades do Bom Fim e até de outros bairros. A Associação de Amigos da Cidade Baixa e o grupo Vizinhança na Calçada, do mesmo bairro, também integram o movimento. Cláudio Freitas é morador de Petrópolis e Conselheiro do Orçamento Participativo e foi ao protesto com a filha e as netas. No único incidente, com um motoqueiro que quis furar o bloqueio, Freitas se colocou na frente da moto: “só passa se for por cima“.
Guarda Municipal é sugerida
Surgiram ideias em relação ao que fazer com o prédio, que pertence à prefeitura de Porto Alegre. Uma saí�da possí�vel seria a Guarda Municipal assumir o posto. “É� uma alternativa, mas não é a melhor. A solução é o retorno da Brigada”, opinou o vereador Valter Nagelstein (PMDB), cuja base eleitoral é a comunidade judaica do bairro. Roberto Jakubaszko fez coro à ideia e levantou ainda outras possibilidades, como a própria comunidade assumir o posto, através das associações. “Não podemos é ficar com esse posto parado e desocupado”, observou.
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Fotos: Rodrigo Marroni
Com atividades desde a manhã, a Travessa Cultural Redenção atraiu vários públicos até o anoitecer. E eles querem mais dias assim
Vieira de Castro de cara nova Divulgação
Jornal JÁ
Rua centenária ganha novos moradores e novas atividades Jornal JÁ
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Travessa Cultural Redenção foi um exemplo da transformação que está em curso nas calçadas da Vieira de Castro. No dia 16 de abril, o evento movimentou a quadra entre a José Bonifácio e a Venâncio Aires com envolvimento dos comerciantes locais e atrações para todas as idades. “Pela manhã foi voltado para atividade fí�sica, teve shiatsu e treinamento funcional, e com o passar do dia vieram os teatros e performances musicais que se estenderam até as 19h”, explica Rodrigo Marroni, um dos idealizadores, que planeja a segunda edição do evento. Rodrigo é proprietário da Casa Musgo, que abriu as portas oficialmente com a exposição “Redenção: um passeio no tempo”, que traz fotos do parque em diversos momentos da sua história. Além de funcionar como galeria de arte, a Musgo conta com uma loja, que vende os produtos feitos na casa, como fotografias, pinturas e esculturas e de um espaço para aulas de porcelana e pintura.
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Caroline, da Perky: leveza e gentileza
Biblioteca colaborativa na calçada da Caramellas Rodrigo: arte, loja e cursos na Musgo
A Casa Musgo funciona de terça a domingo das 10h às 17h e a exposição da Redenção vai até dia 15 de maio. Na esquina da José Bonifácio, um ambiente montado na calçada, com bancos, espelho, bicicletário e um mostruário de alpargatas, convida o passante a parar e sentar. No local, funciona a Casa Perky, outra nova vizinha da Vieira, que abriu as portas em dezembro passado. “A marca busca transmitir leveza e gentileza. A ideia é que este espí�rito permeie todo ambiente, até do lado de fora”, explica Caroline, que abriu a loja em dezembro com a sócia Bárbara. Antes disso, a Perky já existia, como marca de calçados desenvolvidos em Porto Alegre. Esta é a primeira loja própria. Para abri-la, foram necessários cerca de seis meses de obras, que incluí�ram o rebaixamento do piso e a construção de um banheiro com acessibilidade para deficientes. Além disso, as sócias adotaram os canteiros em frente, onde plantaram manjericão, boldo e outras plantas.
Cachorro da Lu
“Mudou praticamente tudo” A Vieira de Castro vai da José Bonifácio até a confluência com a Santa Terezinha, junto à Praça João Paulo I. A rua leva o nome do antigo proprietário da Chácara do Leão, Antero Vieira de Castro. Em 1876 seus herdeiros pediram autorização para abrir três ruas na área. Na quadra que inicia na José Bonifácio, quase tudo é novo. Quem bem sabe disso é a Dona Lu, do cachorro quente. Com sua carrocinha ali desde 1999, Lucí�ria de Oliveira viu tudo no entorno mudar, até mais de uma vez. “Hoje não existe mais aquela Vieira, mudou praticamente tudo.” Quando instalou ali seu ponto, o local onde hoje funciona a Casa Perky, na esquina da José Bonifácio, era uma galeria de arte; no lugar do Café Lumiere havia uma danceteria; o ponto da Caramella’s abrigava uma clí�nica e residência para pessoas com deficiência
Lucíria, na Vieira desde 1999, acha melhor agora
mental; e o casarão da esquina da Venâncio abrigava a tradicional Malharia Argentina, depois uma pizzaria, depois o Restaurante Marrocos e hoje funciona no local a Casa Musgo. “Era uma casa velha caindo aos pedaços”, conta Lu. Da rua que Lucí�ria conheceu, só sobrou a vidraçaria - além dela, claro. “Essa Vieira pra mim é nova, mas é muito melhor que a velha”, afirma. Natural de Lajeado, Lu chegou à capital em 1992. No iní�cio, estranhou o hábito local de comer na rua. Com o tempo, fez dele seu trabalho.
O JÁ Bom Fim é um espaço da comunidade. Se você conhece algum assunto interessante, histórias do bairro, novidades no comércio da sua região ou qualquer outro tema local que mereça divulgação escreva para jornaljabomfim@gmail.com ou ligue para redação (51) 3330-7272.
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PUBLIEDITORIAL
Meio Ambiente
Cinco secretários em menos de quatro anos
Secretário garante edital para junho
O contrato das empresas encerra em junho e a prefeitura prepara um edital para contratação definitiva. O secretário não definiu uma data, mas garantiu: “o edital sai antes de encerrar o contrato emergencial.” Entretanto, a contratação
50 anos do Salão de Barbearia JONI Fundada em 28 de abril de 1966, pelos barbeiros João e Nilo na cidade de Porto Alegre, através de um cliente nasceu o nome do Salão de Barbearia JONI, sendo a junção dos nomes dos dois sócios da época João (JO) e Nilo (NI). O endereço do Salão de Barbearia Joni nestes 50 anos foi sempre o mesmo, na Av. Venâncio Aires, 1071. Hoje administrada pelo filho do Sr. Nilo Mota Farias, Sr. Silvio Farias, mantem a tradição, pois é um Salão de Barbeiros com a mesma característica dos anos 60, mas repaginado e atendendo os clientes com muita atenção e dedicação.
Leo Bulling substitui Mauro Moura, que silenciou para poder disputar as eleições
de empresas terceirizadas também não vem se mostrando uma saí�da simples, como constata o próprio Bulling: “Ao longo do ano passado tivemos algumas frustrações. As empresas se apresentavam, se habilitavam e no momento de assinar o contrato acabavam desistindo.” Segundo o secretário, o edital ficava “pouco atrativo ao empreendedor” em função das exigências de pessoal e equipamento. “Eram exigidos
5 caminhões cesto, 2 ou 3 caminhões muncks, mais pessoal qualificado: um técnico agropecuário por equipe mais um biólogo ou engenheiro agrônomo para coordenar o serviço. Isso aí� praticamente inviabilizava.” Leo Bulling é coronel aposentado da Brigada Militar e foi comandante da regional de Porto Alegre do Corpo de Bombeiros. Na SMAM era supervisor de praças, parques e jardins há três anos.
Os clientes de hoje, são os avós, que eram atendidos pelo pai do atual proprietário (Sr. Nilo), que trouxeram seus filhos e agora trazem os netos que dá aos atuais profissionais que ali trabalham: Silvio, Cristiano, Clodovil e Alex uma satisfação pessoal muito grande e principalmente profissional. Com o estabelecimento completando 50 anos, queremos agradecer aos clientes de ontem e de hoje pela fidelidade e carinho, pois mostram que sempre vale apena manter-se com um pé no passado, mas atualizando o presente. Obrigado! Silvio Melo Farias e Equipe
Confirmada troca na Redenção
O novo secretário confirma: Regina do Patrocí�nio é a nova administradora do Parque Farroupilha. Ela substitui o engenheiro agrônomo Celso Copstein. Há mais de 20 anos na secretaria, a bióloga também coordena da Zonal Centro da secretaria e as equipes terceirizadas. “Colocamos ela no parque porque, como ela tem a manobra de pessoal da Zonal, ela Regina do Patrocínio consegue reforçar a equipe da Redenção”, explica Bulling. Em março, a reportagem do Jornal JÁ� havia conversado com o então secretário do Meio Ambiente, Mauro Moura, que havia negado a substituição.
Problemas do parque não têm prazo Adoção do parque Parceria com a Pepsi e a Sinergy terminou em 2015. Com as obras na orla do Gasômetro, que fazia parte da adoção, as empresas não quiseram renovar. A prefeitura deve construir uma manifestação de interesse para atrair parceiros. Ainda não há previsão.
Orquidário e sinalização A reforma do orquidário e a sinalização do parque são contrapartidas ainda pendentes da parceria. Responsabilidade da Sinergy, afirma
o secretário. A secretaria elaborou os termos de referência e a empresa protocolou os projetos na Smam no dia 29 de abril. A obra não tem previsão.
Divulgação SMAM
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novo secretário do Meio Ambiente de Porto Alegre, Leo Bulling, admitiu que o quadro da secretaria “não é o ideal” e defendeu a terceirização, caminho encontrado pela prefeitura para suprir as carências de pessoal e equipamento da secretaria. Após o temporal de janeiro, técnicos da secretaria lançaram uma nota denunciando o sucateamento do órgão. A principal crí�tica era em relação à falta de reposição de pessoal, além da falta de manutenção dos veí�culos e equipamentos. Atualmente, equipes contratadas em caráter emergencial em função do temporal de janeiro engrossam a equipe com 22 operários, dois caminhões munck e dois caminhões cesto. “Eles estão fazendo este trabalho de recompor o vegetal”, afirmou o secretário.
Foto: Deb Dorneles
Leo Bulling defende terceirização para suprir o quadro
Atual equipe está empenhada em manter o atendimento tradicional
Dois meses depois... Na edição de março do JÁ� Bom Fim, mostramos esta árvore que caiu na rua Fernandes Vieira. O vegetal já estava fragilizado pelo temporal de janeiro e tombou sobre um carro, que teve perda total. Dois meses se passaram e pedaços do tronco e da raí�z seguem na calçada. Os moradores já fizeram diversas solicitações à prefeitura. Até agora, nada.
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Barbearia
Café do Lago A prefeitura deve revogar nos próximos dias o decreto de permissão do uso, já que um dos sócios da empresa Reateg Comércio de Alimentos não quis assinar o encerramento do trato. Somente após a revogação, se poderá lançar nova permissão de uso. Por enquanto segue abandonado.
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Casa tem obras irregulares e até uma piscina
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ilitantes dos direitos humanos denunciam a descaracterização da casa onde funcionou o centro de tortura conhecido como Dopinha, na rua Santo Antônio, 600. A denúncia foi feita na Assembleia Legislativa pelo Comitê Carlos de Ré da Verdade e da Justiça, que atua no reconhecimento das ví�timas da ditadura militar. O coordenador do Comitê, o músico Raul Ellwanger, afirmou que o edifí�cio teve demolido um anexo para a construção de novo prédio, além da colocação de uma piscina. O imóvel é inventariado pela prefeitura por seu interesse histórico e qual-
Jornal JÁ
Dopinha está sendo descaracterizado Comemoração aconteceu no dia 27 de abril, no boteco Matita Perê
Agapan completa 45 anos
Imóvel é inventariado pela prefeitura e não pode ser modificado sem autorização
quer alteração precisa ser previamente autorizada. O local já foi reconhecido como centro de tortura clandestino por autoridades públicas e em 2015 houve até uma cerimônia para descerrar uma placa informando as seví�cias aplicadas no local. Moradores da Santo Antônio confirmam a descarac-
terização do imóvel. “Está parecendo a casa do Big Brother”, compara Guilherme Carvalho, morador do prédio ao lado. “Além de tudo o que representa esta casa, ainda tem o transtorno da obra, na hora em que o cara chega do plantão e quer descansar depois de várias horas de trabalho”, reclama Guilherme.
A Agapan (Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural) completou 45 anos no dia 27 de abril. É a mais antiga organização de defesa ambiental do País, fundada em Porto Alegre por um grupo de pioneiros aglutinados por José Lutzenberger, que se tornou uma referência para o movimento ambientalista internacional. Os homenageados deste ano são a geógrafa Lia Luz Livi, o advogado Caio Lustosa e o arquiteto e biólogo Francisco Milanez. Algumas dezenas de pessoas, reunidas no auditório do INPS, no centro de Porto Alegre, assinaram a ata de fundação da Agapan, na noite de 27 de abril de 1971.
Só um mes depois a imprensa registrou o fato e isso porque os líderes do grupo – Lutzenberger e Augusto Carneiro – foram à redação do Correio do Povo levar a notícia e ainda tiveram que redigir a pequena nota para ser publicada. Aos 45 anos, a Agapan vive uma outra realidade, assistindo inclusive um retrocesso na legislação ambiental que ela ajudou a criar. Mesmo com as dificuldades a Agapan continua pregando e agindo efetivamente naquilo que sempre se propôs a fazer: discutir e conscientizar sobre os efeitos que certas atividades podem produzir para o meio ambiente e na sociedade.