Jornal Laboratório | Universidade Federal do Espírito Santo | N. 89 | 11 de junho de 2018
Quando o namoro dos sonhos se torna um pesadelo
Cidades
A vida na comunidade
Moradores de comunidades da Grande Vitória ainda enfrentam desafios e desmistificam estereótipos relacionados à vida na periferia > 3
Segundo dados da ONU Mulheres, cerca de 41% dos casos de violência acontecem dentro de casa. No mês dos namorados, é preciso lembrar que nem tudo são flores: precisamos falar sobre relacionamentos abusivos. > 4 e 5
Economia
Consumo consciente ganha adeptos
Foto: André Rangel
Brechós e marcas sustentáveis descobrem a internet como meio para divulgação e começam a se consolidar > 9
Cultura
O que há por trás do novo “Brasil cacheado”
Cultura Drag ganha notoriedade, mas ainda sofre preconceito
O papel da família na construção da autoestima das mulheres negras é um tema subestimado, que traz impactos no futuro. > 10
Drag Queens fazem sucesso mesmo com a desaprovação da sociedade. > 11
Vida Universitária
Pesquisa aponta presidente ideal para o estudante da Ufes > 6 Confira dicas de músicas no Culturentanto > 13
Por que os universitários estão adoecendo mentalmente? Adoecimento de universitários levanta discussão sobre cuidados com a saúde mental de estudantes > 7
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Editorial e Expediente EXPEDIENTE edição, ARTE E DIAGRAMAÇÃO André Rangel Bethania Miranda Jonathan Amaro Laís Santana Maria Pelição Weslley Vitor PROJETO GRÁFICO
Pedro Cunha
REDAÇÃO Agnes Gava Beatriz Moreira Cássia Rocha Clara Curto Heloísa Bergami Isabela Luísa Karla Silveira Larissa Tallon Maria Pelição Milena Costa Pedro Cunha
No Entanto
Segunda-feira, 11 de junho de 2018
EDITORIAL Por Clara Curto No mês dos namorados, em que o romantismo paira no ar, trazemos o outro lado da moeda: os relacionamentos abusivos, muitas vezes romantizados pela sociedade, se tornam cada vez mais comuns e banalizados. É sobre isso que tratamos na reportagem especial desta edição, trazendo relatos de pessoas que viveram essas experiências. Também discutimos uma questão cada vez mais presente no meio acadêmico: a importância de cuidar da saúde mental. O estresse excessivo pode levar a diferentes patologias e até mesmo ao suicídio. Faltando aproximadamente quatro meses para as eleições, o No Entanto traz, com exclusividade, o que os jovens universitários esperam das eleições, e como anteveem um candidato ideal para governar o país nos próximos quatro anos. Cheia de cultura e informação, a edição 89 também aborda assuntos como a vida na periferia, a visibilidade das drag queens e dicas de alguns rolês para você curtir durante a Copa! Esperamos que você curta, pois o No Entanto é feito sempre com muito carinho!
DIGITAL E MÍDIAS SOCIAIS Daniel Jacobsen Gabrielly Minchio Letícia Soares
COLABORADOR Pedro Melo
Turma de Jornalismo 2017/1
NoE nas redes
PROFESSORA orientadora Ruth Reis (MTB 256/ES)
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NoEntanto Jornal laboratório do curso de Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Produzido pelos alunos do terceiro período. Av. Fernando Ferrari, 514, Goiabeiras | Vitória, ES Email: noentanto.ufes@gmail.com Telefone: (27) 4009-2603
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@noentantojornal
Cidades
No Entanto Segunda-feira, 11 de junho de 2018
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A vida na comunidade Moradores de comunidades da Grande Vitória ainda enfrentam desafios e desmistificam estereótipos relacionados à vida na periferia Por Karla Silveira
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Vista de uma comunidade da Grande Vitória. Foto: Joás Marinho
1% relacionam a favela à droga e à violência, é o que aponta uma pesquisa feita em 2015 pelo Instituto Data Popular, que entrevistou 3.050 pessoas em 150 cidades do país. O dado revela o preconceito e a exclusão social sofrido por moradores de comunidades brasileiras, iniciado no processo de favelização ocorrido no país durante o século XIX e que se consolidou no século seguinte. Para o coordenador do Círculo Palmarino (organização do movimento negro), Lula Rocha, 33, a periferia é criminalizada em diversas situações, pela visão construída historicamente desde o seu surgimento. “Acredito que as periferias são frutos dessa sociedade desigual que vivemos. No Brasil, ela está diretamente relacionada com a falsa abolição e com o processo de embranquecimento fracassado da elite colonial. Por isso, até hoje, são espaços onde podemos enxergar de forma mais evidente as contradições do sistema econômico vigente”, diz. Além do preconceito, os moradores mais antigos tiveram que lidar com a falta de recursos básicos. Ao chegar em 1962 no morro do Cruzamento, onde reside até hoje, a aposentada Ana Maria da Silva, 79,
encontrou um bairro quase sem iluminação pública nos postes e que, apesar de possuir água encanada, dificilmente chegava até as torneiras. “Eu tinha que acordar às 5h da manhã para pegar água em um antigo posto de gasolina”, relembra. Com o passar dos anos, esses problemas foram resolvidos e as casas, até então, de madeira ou de estuque e zinco – como era a de Ana Maria – passaram por reformas e deram lugar a alvenaria. Mas, atualmente, ainda existem questões pendentes e a acessibilidade é uma das reivindicações que persiste. Para o universitário Isaac Willian, 20, que viveu 14 anos no bairro Estrelinha e que há seis se mudou para Jardim da Penha, essa foi uma das maiores diferenças encontradas entre os dois lugares. Ele acredita que a locomoção de seu atual bairro tem melhor fluidez, além da maior atenção e qualidade dos serviços públicos, como unidades de saúde. Lula Rocha acha que “enquanto as áreas nobres, mesmo em contexto de crise, continuam sendo prioridade na garantia dos serviços básicos, em muitas comunidades da Grande Vitória, enfrentamos problemas como uma simples coleta de lixo, pegar um ônibus e levar o filho para curtir uma área de lazer pública bacana”, afirma.
Estereótipos De acordo com o Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 243 mil pessoas residem em favelas no Espírito Santo (em todo o Brasil são mais de 11,4 milhões). Apesar do número considerável, os moradores ainda se veem diante de estereótipos, muitas vezes reforçados por pessoas que nunca chegaram a visitar uma periferia. Segundo a servidora pública Débora Maniuza, 21, quem “vê de fora” enxerga a favela como lugar de pobreza e criminalidade, “mesmo sabendo que lá existam pessoas de bem”, relata. Já para Judy Suzany, 20, que mora no bairro Bela Vista desde seu nascimento, muitos fingem gostar das comunidades e de alguns projetos que lá são desenvolvidos, mas na realidade sentem medo. Resistência e união Mesmo com as dificuldades enfrentadas, a periferia também é um local onde a resistência se faz presente e tanto Judy Suzany quanto Isaac Willian também destacam a união como um ponto positivo. Ela diz que “é muito difícil a comunidade não se ajudar”. Ao se referir a seu antigo bairro, Isaac reforça essa cumplicidade existente entre os moradores. “Todo mundo se conhece e se ajuda”, comenta. A produção cultural em diferentes áreas é outro lado citado por Lula Rocha. Ele afirma que existem diversas potencialidades dentro da periferia e os principais profissionais que dão vida e produzem riquezas para o país, como artistas, cientistas, esportistas e intelectuais. “A cultura é pulsante por aqui. São coletivos juvenis, grupos, companhias, bandas, escolas de samba, de estilo e ramos para todos os gostos. Temos de tudo”.
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Capa
No Entanto
Segunda-feira, 11 de junho de 2018 Foto: André Rangel Foto: André Rangel
Quando o namoro dos sonhos se torna um pesadelo Segundo dados da ONU Mulheres, cerca de 41% dos casos de violência acontecem dentro de casa. No mês dos namorados, é preciso lembrar que nem tudo são flores: precisamos falar sobre relacionamentos abusivos! Por Agnes Gava
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ocê conheceu alguém em uma festa, na escola, no bar. Logo começaram a sair e engataram um namoro que ia às mil maravilhas. Mas, de repente, a pessoa começou a sentir ciúmes dos seus amigos e ligar várias vezes querendo saber onde e com quem você estava. Agora, ela já sabe as senhas e vigia suas redes sociais, ou então te desmerece e critica com frequência, até na presença de outras pessoas. Se essa história soou familiar, cuidado! Você pode estar vivendo um relacionamento abusivo. Não é fácil perceber que se está em uma relação de abuso, principalmente quando você se encontra envolvido afetivamente com outra pessoa - ciúmes excessivo pode ser confundido com proteção, insultos passam como brincadeiras. De acordo com pesquisa do Data Popular, apenas 8% das mulheres assumem ter sofrido violência de seus parceiros, mas quando as ações de controle são citadas, o número sobe para 66%. A mestre em Psicologia e psicoterapeuta Livia Maulaz explica que um relacionamento abusivo nunca se inicia pelo abuso escancarado e muitas pessoas sofrem ao perceberem que estão nessa situação, porque tudo começa de forma muito sutil. “Geralmente esse abuso começa com pequenas privações, manipulações, que são facilmente confundidas com ciúme, por exemplo.
Com esses comportamentos, vem também a falta de cuidado, zelo e preocupação com o bem estar da outra pessoa”, explica. Para era, a forma como o relacionamento abusivo se desenvolve varia de acordo com o casal. Então, para identificar que seu namoro não está sendo saudável é preciso primeiro saber como uma relação amorosa deveria ser, de fato. A pessoa precisa te oferecer minimamente respeito, cuidado, companheirismo e liberdade, inclusive de terminar, se quiser. Culturalmente, a violência é mais associada a agressões físicas, o que faz com que muitas pessoas deixem passar atos como manipulação, invasão de privacidade e limitações no cotidiano, como se estes fossem menos violentos que um tapa, por exemplo. Maulaz explica que existe um longo caminho de abusos até a relação chegar a agressões mais “visíveis”, mas recomenda que a vítima procure ajuda assim que perceber o abuso e não espere a situação se agravar: “Ela poderia evitar muitos transtornos, tomando essa decisão. Se você está em uma relação onde chantagem, mentiras, humilhação precisam acontecer de alguma forma, você já sofre abuso, já é grave.” J.D., 19 anos, conta que conheceu o antigo parceiro quando tinha apenas 12 anos. Na época ele tinha 22, mas ela diz que naquele momento a diferença de idade de 10 anos parecia não causar proble-
mas. Contudo, ao completar seus 16 anos, o relacionamento passou a ser mais conturbado - foi quando ela começou a trabalhar e querer sair que começaram as brigas. “Ele ligava toda hora, queria saber com quem eu estava, não gostava que eu saía. Dizia que eu mentia. Eu era muito omissa, aceitava e explicava tudo”, lembra. Ela conta sua história com lágrimas nos olhos, já que não gosta de lembrar do que passou e evita tocar no assunto até com seus familiares. Mas diz que, nesse caso, ela fala para alertar as mulheres, porque mesmo com os avanços de projetos e leis de amparo às vítimas, ainda existem muitas pessoas vivendo namoros ou casamentos tóxicos, como ela. Segundo J.D., a situação chegou ao extremo quando o ex tentou forçar relações sexuais. Ao não aceitar, a jovem sofreu ameaças de agressão física e, então, buscou a ajuda da família, que já era contra o relacionamento. Ela se dirigiu à delegacia e finalmente fez a denúncia dos abusos sofridos. Graças a isso, conseguiu uma medida protetiva que garantia uma distância de 100 a 150 metros do agressor - ele, contudo, não compareceu à audiência de conciliação. A jovem S.E., 20, se viu na mesma situação há alguns anos, quando notou os abusos do ex-namorado. Ela conta que os dois tiveram três términos. Pouco antes do segundo, ela encontrou mensagens de uma moça no celular do companheiro e, quando questionou, foi chamada de louca e descontrolada. Chegou a acreditar nisso, até que descobriu a traição e decidiu terminar mas, ao receber mensagens dele dizendo que estava arrependi-
“Ela ficava na porta da empresa para que eu não saísse para outros lugares.” - A.H., 26 anos, fotógrafo. “Eu achava que ela estava preocupada comigo, porém ela estava querendo saber sobre cada passo meu” - M.B., 20 anos, estagiário. “Eu tinha 16 anos, ela 25. Foi minha primeira namorada. Ela usava a idade pra me controlar, tudo era culpa da minha imaturidade” - R. J., 21 anos, estudante.
“Ele dava em cima de uma amiga minha, me desrespeitava na minha frente e eu não via.” - S.E. 20 anos, microempresária “Achava as coisas boas que ele fazia pra mim anulavam as coisas ruins” - S.E., 20 anos, microempresária
do e que havia mudado, reatou o namoro. Dois anos depois os abusos recomeçaram. “Me chamava de gorda, eu não podia sair sem maquiagem ou com roupas simples. ‘Você não se cuida mais, isso é desleixo’, dizia. Eu pesava 50kg e comecei a ir pra academia e fazer dieta pra emagrecer pra ele.”, diz S.E. Ela ainda relata episódios em que o rapaz esperava que ela fosse dormir para acessar suas redes sociais, quando bloqueava seus amigos homens e apagava fotos, caso ela aparecesse de biquíni ou short “muito curto”. A gota d’água, porém, veio no aniversário de 18 anos dela. Na data que deveria ser de alegria, o ex bebeu demais e passou a apresentar atitudes violentas e homofóbicas. Ao dizer que gostaria de ir embora, ele puxou seu braço, a xingou e jogou seu bolo no chão. Esse foi o fim do relacionamento dos dois, mas as marcas acompanham a vítima até hoje: “Tive que fazer terapia, com início de depressão, ansiedade e síndrome do pânico”. Ela acredita que namoros são muito idealizados, principalmente nas redes sociais. A “meta do relacionamento perfeito” impediu que ela e até mesmo pessoas próximas percebessem os abusos: “Não sei como eu reagiria na época que namorava se alguém me contasse as coisas que eu não percebia. Quem via de fora achava que era tudo perfeito, quando conto hoje dizem que jamais imaginariam.” Para ela, a idealização contribui para a desinformação e continuação dos abusos. Abuso é questão de gênero? Maulaz explica que nos casos de abusos em relacionamentos afetivos, a questão de gênero é notável - a prática do abuso se dá em sua maioria por parte de homens com suas parceiras. Segundo dados do Data Popular, no Brasil, 3 em cada 5 mulheres jovens são vítimas de relações abusivas. Mas é possível também encontrar muitos relatos de abusos de mulheres sobre ho-
mens ou entre pessoas do mesmo sexo, em relacionamentos homoafetivos. M.B., 20 anos, lamenta até hoje ter conhecido a ex no Tinder - rede social de relacionamentos. No início, ele acordava feliz nos dias em que iria encontrá-la. Com o tempo, porém, ela se revelou uma pessoa com muitos problemas, inclusive por ter sofrido abusos de um ex-namorado. M.B. conta que ela passou a reproduzir ações do ex na relação atual, mas sempre tentou ser muito compreensivo e chegou a marcar consulta com psicólogos duas vezes - às quais ela não compareceu, pois dizia não precisar de ajuda para melhorar. Contudo, foi o ciúme excessivo da moça que tornou o namoro insuportável e o fez tomar a decisão de terminar: “Quando ligava, queria saber quem estava perto e se possível, falar com a pessoa para confirmar se ela realmente estava ali”. O término foi mais difícil para B.H., que desenvolveu ansiedade e síndrome do pânico devido às agressões físicas e verbais que sofreu da ex-namorada em seus acessos de raiva. Ele chegou a ter uma crise na Rodoviária de Vitória quando a companheira o expulsou de sua casa após uma briga - ele morava em Guarapari - e teve que ser levado ao hospital. “Eu tinha crises horríveis, sentia meu peito apertando, ficava todo contraído, sentia falta de ar a ponto de deitar no chão e não conseguir respirar, ficava muito mal mesmo. Mas eu era apaixonado pela pessoa”, relembra. Como psicoterapeuta, Maulaz explica que não existe um passo a passo para sair de um relacionamento abusivo, mas que, certamente, tudo começa com um pedido ou uma oferta de ajuda. No Brasil, é possível denunciar a violência contra a mulher em delegacias especializadas ou pela Central de Atendimento à Mulher - Ligue 180. Maulaz acredita que no caminho para identificar o abuso, tomar a penosa decisão de terminar e se recuperar depois, a Psicoterapia é fundamental.
Chantagear/ pressionar Culpar
Isolar/ Ridicularizar/ controlar/ humilhar proibir
Destruir bens
Bater/ machucar
Forçar relações sexuais Matar
ABUSÔMETRO ATENÇÃO! TODO TIPO DE ABUSO É GRAVE, NÃO ESPERE ELE EVOLUIR PARA AGRESSÕES FÍSICAS, BUSQUE AJUDA.
Piadas ofensivas
Mentir/ Desqualificar enganar
Intimidar/ ameaçar
Xingar
Créditos: Adaptação da campanha contra a violência contra a mulher do Deputado Estadual Jean Freire
Confinar/ prender
Ameaçar de Mutilar morte ou a própria morte (suicídio)
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Na ficção… Você conhece esses três casais da ficção? Então, eles vivem relacionamentos abusivos e muitas pessoas não se dão conta disso. Às vezes em filmes, livros ou séries atos de abusos são banalizados e romantizados. Anastasia e Christian Grey - Na saga de livros adaptada para o cinema, Cinquenta tons de cinza, o relacionamento dessas personagens chama atenção para o erotismo, mas esconde uma série de abusos quando a dominação de Grey deixa de ser apenas na relação sexual e passa a controlar cada aspecto da vida de Anastasia.
Arlequina e Coringa - O casal de vilões mais famoso dos quadrinhos demonstra seu companheirismo e gosto para loucuras. Contudo, é importante lembrar que o Coringa xinga, espanca e tenta assassinar a parceira diversas vezes nas HQ’s e animações da DC. Inclusive, no filme Esquadrão Suicida, aparecem cenas explícitas de tortura da moça, até que ela deixe de ser a pessoa que era - a psiquiatra Harleen Quinzel - para se tornar a cúmplice amorosa e louca do vilão. Jessica Jones e Kilgrave - A série da Netflix, adaptada de uma linha de HQ’s adultos da Marvel, conta a história da heroína Jessica Jones, que larga a vida de heroísmo e afunda em uma existência de desesperança - e muito, muito whisky - após um encontro traumatizante com um vilão terrível. O vilão é Kilgrave, um controlador de mentes que usa seus poderes para obrigar mulheres a terem relações sexuais com ele. Meio óbvia a mensagem, não é mesmo? Imagens: Reprodução
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No Entanto Segunda-feira, 11 de junho de 2018
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Política
No Entanto
Segunda-feira, 11 de junho de 2018
PESQUISA APONTA PRESIDENTE IDEAL PARA OS ESTUDANTES DA UFES
PERFIL POLÍTICO DOS ENTREVISTADOS
Segundo levantamento feito pelo NoE, o novo presidente da república deveria ter curso superior, ser de centro-esquerda, priorizar a educação e ter como a maior virtude a transparência
Centro-esquerda 35,8% Esquerda 31,5% Indiferente 11,7% Direita 8,6% Centro-direita 8% Outro 4,4%
Um em cada 4 dos entrevistados considera entre 35 e 45 anos a faixa etária ideal do candidato
57,1% dos votantes afirmam que o próximo presidente deve dar mais atenção a região Nordeste do país
Outros 14%
Nenhum/Não sabe 24%
Boulos 6% Bolsonaro 5% Amoedo 5% Ciro Gomes 18%
Lula 14% Manuela D'Ávila 15%
A declaração de intenção de voto foi opcional para os participantes. Participaram 112 de 162 respondentes, tendo 125 menções já que alguns dos pesquisados citaram mais de um nome.
Vida Universitária
No Entanto Segunda-feira, 11 de junho de 2018
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Por que os universitários estão adoecendo mentalmente?
Foto: André Rangel
Adoecimento de universitários levanta discussão sobre cuidados com a saúde mental de estudantes Por Milena Costa
E
m novembro de 2016, Rogi Cezarino, estudante de Administração, Ufes, entregou uma carta aberta ao Ministro da Educação, Mendonça Filho, como um claro pedido de socorro em relação à sua saúde mental dentro da universidade. Em um dos trechos da carta ele disse: “pessoas estão morrendo, senhor Ministro, eu estou morrendo e não quero ser mais um na estatística de universitário suicida, não quero ser mais um nesse dado que a cada dia cresce mais e mais. Quero ser um jovem transformador, porém me sinto preso e estou privado de atendimento, estou privado de realizar sonhos”. Menos de um ano depois, mais exatamente em julho de 2017, a estudante de Química da Ufes e policial militar, Fernanda Ferreira Nunes, tirou a própria vida. A tendência do adoecimento mental dos universitários vem se tornando uma discussão muito forte no meio acadêmico. Gabriel Waichert, um dos três psicólogos que atendem no campus Goiabeiras, atribuiu esse fenômeno, além do fator pressão por eficiência, à dinâmica educacional: “O modo de lidar com o ensino é adoecedor, a sociedade valoriza muito a produtividade.” Ainda segundo ele, os problemas mais comuns que os estudantes costumam apresentar durante as consultas são ansiedade, dificuldade em se adaptar à universidade e depressão.Todos esses infortúnios, de certa forma desencadeados devido ao produtivismo. Essa cobrança é sentida pelos pós graduandos de forma ainda mais intensa. O projeto Universidade Positiva, que se dispõe
a oferecer sessões para combater stress e ansiedade na comunidade acadêmica por meio de oficinas, atende principalmente discentes de pós-graduação. Lívia Barreto, uma das estudantes de Psicologia responsável por ministrar as oficinas, acredita que a exigência por publicações, prazos extremamente curtos e tarefas excessivas tornam o processo de estudos desses alunos ainda mais punitivo. Ainda assim, não existe uma divulgação sobre a questão ou sobre o amparo psicossocial ofertado pela universidade. Outro aluno que faz parte da equipe do projeto Universidade Positiva, Gustavo Pfister, afirma que a falta de informação sobre a problemática contribui para manter o misticismo em torno do assunto. “Não existe uma discussão séria e ampla sobre a questão saúde mental, parece que ela é vista como subalterna entre todas as saúdes”, disse. Segundo os alunos, é clara a necessidade da universidade de se voltar para esse assunto e demostrar preocupação com os estudantes que passam por algum contratempo relacionado a saúde mental. Dessa forma, preocupados em melhorar o atendimento e o acompanhamento psicossocial ofertado aos universitários, o Departamento de Assistência Estudantil (DAE) resolveu extinguir o uso da lista de espera para consultas com psicólogos e instalar o método antigo do sistema. Por meio do programa Hora da Escuta, agora os estudantes são atendidos por ordem de chegada. É só comparecer à recepção do Departamento e solicitar o atendimento.
Ressalvamos que não se deve substituir o acompanhamento de um profissional quando sentir necessário.
CUIDE DO SEU CORPO
Durma o bastante para o seu corpo descansar
Tenha uma dieta balanceada
Exercite-se
COMUNIQUE-SE
Fale sobre os seus sentimentos
Não perca o contato com seus amigos
Peça ajuda quando sentir necessário
DISTRAIA-SE
Faça o que você é bom (e goste!)
Faça algo positivo e prazeroso
Mantenha-se ativo diariamente
CVV - DISQUE 188 Centro de Valorização da Vida promove apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, email, chat e voip 24 horas todos os dias.
Tecnologia
No Entanto Segunda-feira, 11 de junho de 2018
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Jogada de mestre Conheça alguns jogadores online e saiba quais são os games mais jogados do momento! Por Isabela Luísa
TOP 10 JOGADORES DE LOL RANKING PUBLICADO NO SITE DO JOGO EM 2017
Foto: André Rangel
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O
s jogos online sempre foram populares entre os jovens. Por volta dos anos 2000, os E-sports (esportes eletrônicos) tiveram um crescimento enorme, e os torneios se tornaram eventos muito esperados pelos jogadores. Segundo o SuperData Games Interactive Media Intelligentce, o game mais jogado no momento é o “League of Legends”, conhecido popularmente como LOL. É um jogo multiplayer de batalha em arena e chega a atingir 27 milhões de jogadores diários. Andressa Oliveira Santos, 22, já foi manager (gerente) de um time de LOL. Isto é, responsável pelas instruções em campeonatos, horários dos treinos, avaliação de rendimento dos players, busca de novos jogadores para o time e até mesmo parcerias. “Todo dia a gente tinha treino, às 19h e os campeonatos costumavam ser nesse horário ou nos finais de semana. Alguns eram presenciais, outros não”, explica. Ela conta que costumava jogar de quatro a cinco vezes na semana, por três ou quatro horas, às vezes até mais que isso. Tem também quem jogue apenas para se distrair. Segundo João Henrique Augusto, 16, competir “é muito complicado”, por isso ele joga apenas por diversão. Ele costuma jogar LOL e “Heroes of the Storm”. Quanto aos seus hábitos de jogo, ele admite que costuma passar muito tempo online: “pelo menos umas duas ou quatro horas por dia, ou
até mais dependendo da situação. Henrique não participa de uma equipe, muitas vezes ele joga sozinho. Polyana Welida, 19, player do jogo “Diablo 3”, também costuma ficar bastante tempo em frente ao computador, pelo menos duas horas por dia, segundo ela. Existem jogadores que, apesar de gostarem muito dos games, não conseguem se dedicar tanto a eles, como Diogo Zimerer, 22, estudante de Engenharia Mecânica na Universidade Federal do Espírito Santo. “Agora que o período está apertado, eu jogo umas duas ou três vezes por semana, durante uma hora ou duas”, estima. Ele costuma jogar com amigos, mas não é uma equipe oficial. Ao serem questionados do motivo pelo qual eles costumam jogar online, as respostas não foram muito distintas. Andressa diz que é uma pessoa muito competitiva, e os jogos estimulam esse lado dela, além do que “os jogos são muito lúdicos, têm universos próprios que são muito interessantes. Polyana parece concordar, dizendo que “é uma fuga da realidade”. Henrique complementa: “é pela imersão, dentro do jogo você não é você mesmo”. A abertura que um jogo online traz, aproximando pessoas de vários lugares do mundo também foi colocada em xeque já que “a cada partida vêm pessoas diferentes e experiências diferentes, não fica sempre a mesma coisa”, conta Diogo.
O OURO PERTENCE A “FAKER”. SEU NOME É LEE SANG-HYEOK, DE 22 ANOS. PLAYER DO TIME SK TELECOM T1.
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SUL COREANO, KIM JONG-IN (PRAY), 24, LEVA A PRATA PARA O KINGZONE DRAGONX.
KANG BEOM-HYEON (GORILLA), 23, SUL COREANO. NA BASE DO PÓDIO TEMOS UM JOGADOR DO KINGZONE DRAGONX
21,2 IDADE MÉDIA 7 DOS 10 MELHORES DOS MELHORES JOAGADORES SÃO SUL COREANOS JOGADORES
RANKING DE 4-10 KIM DONG-HÁ (KHAN), 22, OCUPA O QUARTO LUGAR. MAIS UM SUL COREANO, QUE JOGA PARA O KINGZONE DRAGONX. NA QUINTA COLOCAÇÃO ESTÁ O CHINÊS LI YUAN-HAO (XIAOHU), 20, PLAYER DO ROYAL NEVER GIVE UP. MAIS CONHECIDO COMO BDD, EM SEXTO LUGAR ESTÁ MAIS UM SUL COREANO, GWAK BO-SEONG, 19. PLAYER DO KINGZONE DRAGONX. LEE JAE-WAN (WOLF), 21, SUL COREANO OCUPA A SÉTIMA POSIÇÃO. SEU TIME É O SK TELECOM T1. O COREANO, SUNGJIN LEE, CONHECIDO COMO CUVEE, 20, DONO DA OITAVA POSIÇÃO, JOGA PELA SAMSUNG GALAXY. O CHINÊS TIAN YE (MEIKO), 19, OCUPA A NONA POSIÇÃO E JOGA PARA O EDWARD GAMING. SØREN BJERG, O DINAMARQUÊS, DE 22 ANOS OCUPA A DÉCIMA POSIÇÃO NO RANKING. É MAIS CONHECIDO COMO BJERGSEN, E ATUALMENTE JOGA PARA O TIME SOLOMID.
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Segunda-feira, 11 de junho de 2018
Brechós são opções mais sustentáveis por buscar a continuação do uso de uma peça já existente. Foto: André Rangel.
Consumo consciente ganha adeptos Por Maria Pelição
A
moda está entre as industrias mais intensivas do mundo, tanto em relação à exploração de recursos naturais quanto em recursos humanos, de acordo com dados do Danish Fashion Institute. O impacto da manufatura das roupas vai além do desperdício com o fim da vida útil delas, decorrente da perda de valor simbólico. Segundo uma pesquisa feita pelo Greenpeace em 2016, a velocidade do consumo, característica da sociedade pós-moderna, acaba por danificar não só o meio ambiente, mas a qualidade de vida das pessoas. Foi tentando afastar-se deste contexto que a advogada especializada em Direito Ambiental, Juliana Nepomuceno, começou uma nova empresa, em 2015. Visando realizar uma limpeza nos seus hábitos de consumo, ela criou uma página no Facebook para vender as roupas que não utilizava mais. A prática deu tão certo que um ano depois, a advogada começou a trabalhar exclusivamente nesse projeto: O Brechó da Ju, hoje conhecido como o Duas Delas, que é uma loja e brechó de moda sustentável e colaborativa. Vê-se, portanto, o consumo em brechós como uma alternativa ao modelo tradicional das lojas fast-fashion. É sustentável por buscar a continuação do uso de uma peça já existente. “Fazendo nossa parte mudamos nosso mundo e o dos que nos rodeiam. Portanto, porque fomentar mais produção se tantas coisas já estão prontas?”, diz Juliana. Esse modo de consumo economiza a
energia de produção e resolve a questão do descarte da sociedade do consumo, onde tudo precisa ser diferente do usado no dia anterior. O descarte, mesmo assim, ainda é uma questão muito relevante para o meio ambiente. A maioria das roupas atuais é feita de materiais insustentáveis, como o polyéster, pelo baixo custo. Apesar disso, roupas com tecidos sustentáveis já podem ser encontradas localmente. A marca capixaba Cajuera nasceu em meio a esses ideais sustentáveis. É uma slow-fashion - utiliza tecidos biodegradáveis, que se decompõem em quatro anos, quando em um aterro sanitário. “Quis trazer uma questão diferente para a moda praia, que realmente evidencia a natureza e além disso atrele ao seu posicionamento a sustentabilidade e a produção responsável”, diz Laís Merder Vimercati, proprietária da Cajuera. O material é escolhido para que não se desgaste facilmente e possa ser usado em outras estações, conservando a peça, e impedindo a criação de um novo lixo. Além disso, a produção é local – capixaba – permitindo a fiscalização das condições do trabalhador. “Tem hoje diversos casos de grandes empresas no Brasil que são denunciadas por trabalho análogo à escravidão [...] porque querem produzir cada vez mais por menores custos. [...] A gente tem a preocupação de que a pessoa que está trabalhando para nós esteja produzindo de uma forma responsável, salubre e saudável”, diz a proprietária.
A indústria da moda tem se tornado insustentável Segundo estatísticas do Greenpeace apresentadas em 2016, o sistema econômico e cultural da atualidade é totalmente dependente no consumo excessivo. Muitas roupas são desenhadas como itens fashion para um pequeno tempo de uso e sem a consideração da vida além do primeiro usuário ou do seu destino depois de jogadas fora. A partir desses mesmos dados, descobre-se que o consumidor mediano gasta a cada ano mais de 60% em itens de roupa em relação ao ano anterior. Ainda assim, esse consumidor fica com o produto por cerca de metade do tempo em comparação a 15 anos antes. Mas muito além do impacto do desperdício das roupas, há um impacto anterior, com a manufatura. A produção de roupas – desde as matérias-primas, o processo de manufatura até o descarte – está liberando quantidades significativas de gases de efeito estufa e químicos perigosos à saúde humana, de acordo com pesquisas de água e solo feitas nesse mesmo projeto do Greenpeace. Imagem: Greenpeace
Brechós e lojas com vertentes sustentáveis descobrem a internet como meio para a ascensão desse consumo e hoje começam a se consolidar no mercado local
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Cultura
No Entanto
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O que há por trás do novo “Brasil cacheado” O papel da família na construção da autoestima das mulheres negras é um tema subestimado, que traz impactos no futuro. Por Beatriz Moreira
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Foto: Instagram Karenporfiro
iscussões sobre temáticas que envolvem a autoestima da mulher negra no Brasil é algo comum de se ver atualmente, mas nem sempre foi assim. Entrevistada, a Miss São Paulo 2017, Karen Porfiro, diz que apesar de sua mãe sempre a incentivar a ser forte e respeitar as pessoas, questões raciais não eram abordadas de forma objetiva no seu ambiente familiar, “Eu vim a entender essa questão racial depois de mais velha, depois de ter ganhado o Miss, e de ter feito a transição do meu cabelo”, relata. Ao serem questionadas sobre o ambiente em que foram criadas, as estudantes de Enfermagem da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Michelaine Isabel Silva e Sara Líbina Nascimento dizem que questões relacionadas à autoestima delas, quanto mulheres negras, não foram muito trabalhadas. “Me descobri negra bem mais tarde, e por minha conta própria”, conta Michelaine. Já Sara, diz que sua irmã mais velha tentava trabalhar essas questões com ela, mas nem sempre conseguia, pois também não teve um ambiente preparado.
Karen foi Miss MG 2014 e Miss Estado de SP 2017.
O fato de os temas raciais não terem sido tratados de forma efetiva no ambiente familiar das gerações anteriores faz com que, muitas vezes, o reconhecimento do racismo como um problema seja tardio. Para Karen, esse contato veio ao se tornar figura pública “Eu sofri sim essas questões, depois que eu ganhei como Miss, vieram mais à tona, porque isso veio de fora, veio das pessoas que me seguiam, então eu vi muito esses comentários”, ela diz que antes de procurar saber mais sobre as lutas do movimento negro, não entendia a gravidade dos ataques e achava que eram apenas uma questão de gosto. A naturalização do racismo, é algo que também esteve presente na vida da Jornalista recém-formada, Jessyka Faustino, “Eu entender que o racismo me atinge de um jeito que eu achava que não atingia, de um jeito que eu achava que era normal foi doloroso.”, diz a jornalista sobre sensação de reconhecer que esses comentários negativos sobre o cabelo, a pele e a cultura negra vão além dos gostos pessoais.
Desconstrução ou criação de novos padrões? Nas redes sociais, como Instagram e Youtube, há várias meninas chamadas “cacheadas” que falam sobre cabelos cacheados. As empresas de cosméticos aproveitam para vender produtos e pregam a plena aceitação dos cabelos naturais. Um levantamento do Google BrandLab feito sobre as buscas pelos diferentes tipos de cabelo no Google mostra a crescente procura pelos cacheados. A estudante do terceiro ano do Ensino Médio Júlia Oliveira chama a atenção para esse fenômeno: “isso ajuda a trabalhar a autoestima de algumas, mas por outro lado, prende outras em uma certa “ditadura dos cachos”, adverte. Segundo ela, há várias meninas com cabelos crespos que querem a todo custo alcançar os “cachos perfeitos”, e voltam a recorrer a processos químicos no cabelo, como faziam antes para alisar. “O que eu percebo, na verdade, é a criação de novos padrões, e não da aceitação da pessoa como ela é” , analisa Michelaine Isabel. As entrevistadas, em sua maioria, reconhecem que o caminho para a consolidação da autoestima da mulher negra já está sendo traçado, porém, que a trajetória ainda será lenta e exigirá muita luta e força das mulheres negras do país.
Autoestima e força da mulher negra
Com a atuação dos movimentos negro e feminista, na atualidade, as mulheres estão se movimentando para trabalhar o empoderamento da mulher negra no Brasil. O processo de se reconhecer mulher negra e firmar sua autoestima como tal ainda pode ser muito difícil. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dizem que muitas mulheres ainda se declaram mais brancas do que são. Hoje, 53% das mulheres não se declaram mais brancas, tendo em vista que quase 56% dos homens, ou seja, 3% a mais dos homens, têm maior aceitação em ter a pele negra ou parda. “Autoestima não só minha, mas de toda mulher negra é construída. Amor próprio desde o berço é privilégio”, defende Jessyka Faustin. Para ela, este processo de afirmação começou aos 18 anos. É um processo lento e que machuca, “porque você tem que entender porque passou por aquilo [a não aceitação da identidade negra]…Mas quando você começa a se gostar vai valendo a pena”. A estudante Sara Líbina é trancista, e faz box braids. “Eu vi que era uma coisa boa… e tentei colocar um preço acessível para que todas conseguissem fazer”. Para ela, é gratificante saber que está contribuindo com a autoestima da cultura negra. Porém, admite que nem sempre consegue passar a imagem de uma negra forte que essa luta diária pela construção da autoestima exige, e se sente culpada por isso.
Cultura
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Lola Pan
Cultura Drag ganha notoriedade, mas ainda sofre preconceito Drag Queens fazem sucesso mesmo com a desaprovação da sociedade. Por Heloísa Bergami
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om a explosão da música pop de Pabllo Vittar, não só no Brasil, como no mundo todo, a cultura Drag começa a voltar à tona. O último “boom” das Drag Queens foi nos anos 1990. Hoje elas estão ressurgindo não somente nas casas noturnas, como também na internet. Entretanto, as Drags continuam sofrendo muito preconceito. A maioria desses artistas são homens gays, que sofrem ataques homofóbicos. Segundo Alexandre Fairich, ou Lola Pan, a família e até mesmo outras drags dificultam o trabalho. “Com os familiares há sempre um discurso preconceituoso mascarado em conselho do que pode ser melhor para mim. Já no próprio meio drag, a dificuldade é mais no psicológico porque é muita briga de ego envolvida e aí já viu, né?”, afirma. Para Kassandro Santos, ou Kiki Diamond, a família também foi o ponto crítico quando começou a se montar. Segundo ela, a mãe dormiu chorando, pois não sabia do que se tratava, mas hoje apoia a arte do filho. Lola foi influenKiki Diamond.
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ciada pelo reality show da Drag americana RuPaul. Ela começou a assistir em 2011, aos 16 anos, mas parou por proibição familiar. Voltou em 2014, com um olhar mais maduro e já começando a treinar seus primeiros truques de drag. Ela já se encantava por fantasias de carnaval desde a infância e a drag só manteve a paixão. “Eram quatro, cinco fantasias que eu fazia só no carnaval. Com drag eu posso fazer o ano todo”, comemora. Kassandro traz o seu interesse em usar roupas e acessórios do mundo feminino ainda na infância, mas foi reprimido por doutrinas religiosas. A Drag Kiki só surgiu anos mais tarde, na vida universitária, após se tornar amigo de outras drags. “Já existiam drags aqui em Vitória, e com o passar do tempo nos tornamos amigas, sempre com essa vontade de experimentar, até que um dia um amigo me maquiou e foi aquilo: duas semanas depois eu já estava fazendo performance em uma festa de aniversário”, relembra. Apesar de toda dificuldade, Kiki e Lola veem a importância das drags para a comunidade LGBTQ+. “Mais do que andar de mão dada com meu namorado na rua ou me impor como gay assumido aonde quer que eu vá, ser drag é ir para a batalha de armadura e tudo”, afirma Lola Pan. Kiki Diamond ainda faz um lembrete importante: todos nós podemos ser drag. Homens, mulheres, pessoas trans… Todo mundo pode, é uma arte!”.
Glossário da diversidade
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Cultura
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Procurando um rolê cult? Para os amantes de música, arte e cultura, esta edição do NoE traz os melhores eventos culturais que acontecem na Grande Vitória nos próximos dias. A programação conta com shows, festivais e exposição. Confira! Por Milena Costa
Festival Varilux de Cinema Francês 2018
Do dia 09 de junho ao dia 20, o Cine Jardins recebe a programação do Festival Varilux de Cinema Francês 2018. Serão exibidos 20 longas-metragens da cinematografia francesa. Entre os filmes da programação estão: 50 são os novos 30, A noite devorou o mundo, Nos vemos no paraíso, O último suspiro, etc. Os ingressos custam R$ 8 (meia - segunda a quin-
Exposição: A paz no mundo começa dentro de nós
Até o dia 23 de junho, o Sesi, em Jardim da Penha, recebe a exposiçãofotográfica “A paz no mundo começa entre nós”, que reúne diversos “cliques” de Lucas Izoton, foram feitos em 2000, quando o fotógrafo estava em peregrinação a pé pela Terra Santa. Com entrada franca, o evento ainda conta com workshops de produção de origamis, grafismos, jogos de tabuleiro e a releitura da obra “A Pomba da Paz”, de Pablo Picasso. A exposição acontece de segunda a sexta, de 9h30 às 18h, e aos sábados de 8h às 12h. Mais informações: (27) 3334-7327.
Crédito: Findes
ta) / R$ 12 (meia - sexta, sábado, domingo e feriados) e são vendidos na bilheteria do local.
Armandinho No dia 8 de junho, o cantor e compositor de reggae e pop, Armandinho, faz show no Nook Beach Club, em Vila Velha, a partir das 23 horas. Algumas de suas canções de sucesso são: "Desenho de Deus", "Semente", "Analua", "Ursinho de Dormir", "Outra noite que se vai", "Sol Loiro" e "A Ilha". Os ingressos podem ser adquiridos no site da Blue Ticket.
Crédito: Festival Varilux de Cinema Francês
Jardins Jazz Festival
Nos dias 13, 14 e 15 de junho, o shopping Jardins realiza o Jardins Jazz Festival. Com entrada franca, o evento que durante os três dias começa às 19 horas, terá entre as suas atrações Combo Jazz, Fabio Calazans & Roger Bezerra e Chico Chagas. Créditos: Divulgação
25ª edição do Festival do Vinho de Domingos Martins Nos dias 9 e 16 de junho, ocorre a 25ª edição do Festival do Vinho de Domingos Martins. O evento que será realizado no Rancho Lua Grande, terá dois palcos.
Crédito: Reprodução
Entre os artistas que irão se apresentar estão Breno e Bernado, Alemão do Forró e o Grupo Pé de Serra. A abertura dos portões acontece às 21 horas e os ingressos, que custam a partir de R$ 30, podem ser adquiridos no site da Ticket Mais.
Colunas
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a pauta que caiu GREVE DOS CAMINHONEIROS O Brasil parou. Os caminhoneiros reivindicavam a queda no preço do diesel e melhores condições de trabalho. O movimento, que durou aproximadamente 11 dias, gerou uma crise na política, na economia e na sociedade brasileira. Várias cidades ficaram desabastecidas. Até o momento o desconto do diesel ainda não chegou aos R$ 0,46 prometidos pelo governo Temer. Os caminhoneiros ameaçam fazer nova greve. PAC, O “PADRÃO DE ATENDIMENTO CAPIXABA” Dois amigos da coluna decidiram sair à noite no feriado de Corpus Christi, porém um em Vitorinha e o outro no Rio de Janeiro. O amigo que estava no Rio encontrou vários locais abertos até de madrugada. Já o que estava aqui na ilha penou para encontrar um lugar para comer depois da meia noite.
Por Pedro Cunha
A FESTA DOS FRANGOS E OVOS NA ALES Avicultores da região de Santa Maria de Jetibá foram para a frente da Assembleia Legislativa doar frangos e ovos ao povo. Os bichos iam morrer por falta de ração e os ovos iam estragar. “Boa ação” em meio ao frenesi da greve!
Créditos: Reprodução.
GESTÃO DE CRISE? Feio foi o Governo Federal tentando a todo momento descredibilizar o movimento dos caminhoneiros, muito legítimo inclusive.
Chegou até a colocar o Exército nas ruas e assinar decretos que beiravam o autoritarismo. Prova viva que, atualmente, o presidente do país não sabe fazer gestão de crise… INTERVENÇÃO EDUCACIONAL Ainda não entendi o motivo que uma boa parte da população pede por uma intervenção militar. Devem ter esquecido de 21 anos da história brasileira. Tortura, censura à imprensa, cerceamento de direitos… A intervenção que precisa ser feita é educacional, isso sim! GASOLINA SINÔNIMO DE OSTENTAÇÃO A maioria dos postos de combustíveis no país ficaram sem gasolina. Na Grande Vitória, filas e filas intermináveis para abastecer, com o preço passando dos R$ 5. No interior do Estado, o litro do combustível chegou a R$ 10. Tanque cheio a esse preço, isso sim foi ostentar.
Culturentanto Lançada em 2017, o álbum Masseduction ainda traz frutos à cantora St. Vincent. Na última semana, Annie Clark - a St. Vincent - lançou uma versão remodelada da canção Slow Disco, a Fast Slow Disco, composição que se despe das melodias orquestrais incorporadas à versão original da faixa para abraçar as pistas.O sexto álbum da cantora afastou St. Vincent do cenário alternativo estadunidense para entrar no mundo do pop - mesmo que ainda pouco conhecida mundialmente. “Este disco é sobre poder, sedução em grande e em pequena escala. Sedução política ou a sedução sexual, a sedução de produtos químicos e drogas“, resumiu em entrevista à i-D Magazine. Masseduction, Savior, Los Ageless, New York e Save the Future são algumas das faixas que valem a pena prestar atenção.
Na última semana, foi lançada a CançãoManifesto apresentada pela ONG Amnesty International. Obra que conta com a participação de diversos artistas brasileiros, - Criolo, Pericles, Rael, Rico Dalasam, Paulo Miklos, As Bahias e a Cozinha Mineira, Luedji Luna, Rincon Sapiencia, Siba, Xenia França, Ellen Oleria, BNegao, Filipe Catto, Chico César, Paulinho Moska, Pretinho da Serrinha, Pedro Luis, Marcelino Freire, Ana Canãs, Marcelo Jeneci, Márcia Castro, Russo Passapusso, Larissa Luz, Ludmilla e Chico Buarque, Camila Pitanga,
Fernanda Montenegro, Letícia Sabatella e Roberta Estrela D’Alva, Siba Veloso e Marcelo Jeneci. - é uma celebração dos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. A composição é uma “cançãoprotesto” que fala de resistência, cantando contra a violência, o racismo, o machismo, a homofobia. A letra é assinada por Carlos Rennó e música de Russo Passapusso, Rincon Sapiência e Xuxa Levy.
Dirty Computer é o primeiro trabalho de Janelle que não faz uso de sua personna Cindi Mayweather, presente em seus dois primeiros álbums. Distante de sua personagem criada, Monáe entrega uma obra em que trata a si mesma como principal componente criativo. São debates sobre empoderamento feminino e cerceamento dos direitos das mulheres negras, em Django Djane (“E nós vamos começar um motim da buceta”), passando pela repressão religiosa, como em So Afraid e “uma homenagem às mulheres e aos diferentes espectros da identidade sexual”, como a própria cantora disse - vide a faixa PYNK, uma celebração impetuosa da criação. Amor próprio. Sexualidade. E o poder da buceta”, como resume no texto de apresentação da música.
Por MARIA PELIÇÃO
Sequência do elogiado álbum Mulher do Fim do Mundo (2015), a obra Deus é Mulher, da Elza Soares, é a ampliação do discurso iniciado em seu álbum anterior. Temas como o feminismo, o ser feminino, debates sobre religião e intolerância, o florescer da sexualidade e violência urbana são continuados. A vulnerabilidade e força do feminino se faz perceptível em Banho, composição em parceria com a paulista Tulipa Ruiz. “Acordo maré / Durmo cachoeira / Embaixo, sou doce / Em cima, salgada / Meu músculo-musgo / Me enche de areia / E fico limpeza debaixo da água”, canta junto de vozes e percussão forte do Ilú Obá de Min, bloco paulistano formado apenas por mulheres. Já o debate sobre as questões religiosas - da intolerância religiosa para com as crenças de matrizes africanas - são bem postas nas faixas Credo e Exu nas Escolas “Presa em uma enciclopédia de ilusões bem selecionadas / E contadas só por quem vence / Pois acredito que até o próprio Cristo era um pouco mais crítico”.
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Astronomia
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O Karma na astrologia O Karma é um termo religioso adotado por algumas filosofias de vida, como budismo, hinduísmo, jainismo etc, mas, o que algumas pessoas não sabem é que ele também é utilizado na astrologia, no âmbito da astrologia kármica. Por Beatriz Moreira
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astrologia kármica é um ramo da astrologia que estuda os signos, planetas e casas do mapa natal de uma pessoa, da maneira que representam suas vidas passadas. É a união de dois conceitos, a reencarnação e o karma. A lei do karma é a lei da causa e efeito, não é bom nem ruim, trata-se do retorno de qualquer vibração que a pessoa emite e que pode aparecer de imediato ou em outras reencarnações. Isso se torna possível porque os signos do zodíaco representam simbolicamente as energias celestes que estão à nossa volta. Assim, constituem mecanismos para se compreender o passado de outras vidas e através desta compreensão melhorar a vida atual. Para compreender o funcionamento da astrologia kármica é necessário, primeiramente, saber que os astros e os planetas simbolizam as energias que nos rodeiam. É preciso entender que as pessoas não vêm ao mundo ao acaso, sem relação com um planejamento astrológico como muitos pode-
riam pensar. Alguns indivíduos têm mapas mais complexos que outros, isso se relaciona com a energia que cada planeta possui no Universo, um grau de evolução, uma maneira de o indivíduo manifestar sua existência e que tudo isso se relaciona com suas vidas anteriores. Muitas vezes, o indivíduo é levado a questionar suas complexidades em relação às suas emoções e à maneira como se relaciona com as pessoas e com o mundo e não encontra explicações lógicas. Assim, procura respostas nas estrelas presentes no momento de seu nascimento, que representam esse grau de complexidade. Dessa maneira, podemos dizer, que o mapa astral, calculado no momento do nascimento de uma pessoa, é como uma fotografia tirada das tendências que provêm de sua alma e também uma representação emblemática do que já aconteceu e do que tem potencialidade de acontecer na vida dela.
O Karma nos signos Os signos fixos: Touro/terra, Leão/ fogo, Escorpião/água e Aquário/ar possuem um Karma difícil que irá requerer mais consciência e ação para ser corrigido. Todos eles possuem o dom da estabilidade e da estrutura, mas precisarão aprender a resiliência e eliminar a teimosia. Os signos mutáveis: Gêmeos/ar, Virgem/terra, Sagitário/ fogo e peixes/água podem progredir mais rapidamente, pois possuem flexibilidade e a capacidade de adaptação. Porém, em muitos casos não conseguem eliminar as cor-
rentes do Karma, porque criam constantemente outras correntes, pois podem procrastinar deixando essa tarefa para as próximas encarnações. Os signos cardinais Áries/fogo, Câncer/ água, Capricórnio/ terra, Libra/ar geralmente são signos de líderes que possuem uma enorme potência construtiva e que serão capazes de aprender a lição cármica se se empenhar em bastante. Porém, eles possuem uma enorme tendência a criar novos karmas por causa da sua falta de maleabilidade e seu comportamento arriscado.
Horóscopo
POR BEATRIZ MOREIRA
De acordo com os signos do zodíaco, cada jogador da seleção brasileira tem seu próprio jeitinho em campo. O NoE desta edição traz os jogadores de cada um deles. Consulte e descubra qual jogador você se identifica!
ÁRIES (21/03-19/04): Chegou o Gabriel, ariano, daqueles jogadores agressivos e, como filhos do fogo, trabalham mais na intuição que na razão. Não são estrategistas, vão para cima com toda determinação que seu signo lhes dá. TOURO (20/04-20/05): Dinâmico e determinado, assim como um touro, Marcelo vê no gol a mesma bandeira vermelha das touradas. Os jogadores taurinos costumam ser ambiciosos e querem estar entre os melhores em tudo o que fazem. Queremos os taurinos bem esforçados nesta copa! GÊMEOS (21/05-20/06):Cássio tem capacidade natural de aprendizado e de adaptação, é do signo daqueles que jogam com estratégia e velocidade todo o tempo. Os jogadores desse signo costumam “voar” em campo. Tomara que seja veloz suficiente no gol para nos defender de outro 7x1. CÂNCER (21/06-22/07): Danilo é daqueles defensores basicamente intuitivos e altamente artísticos. Não são exatamente lentos, mas suas jogadas possuem a beleza de uma obra de arte. Parecem estudadas, mas não são, vêm do coração. LEÃO (23/07-22/08): Paulinho é leonino e meio-campista que dentro de campo possui um excelente espírito de equipe, mas adora finalizar as jogadas ou ser o criador do melhor passe da partida. Gosta de aplausos e os quer para si. VIRGEM (23/08-22/09): Thiago tem facilidade para analisar as estratégias do futebol. Para ele, futebol é a prática e o exercício da pura estratégia, fruto de estudos e muito treino diário. É capaz de repetir durante um dia inteiro uma única jogada, até chegar à perfeição. LIBRA (23/09-22/10): O Alisson é capaz de grandes e especiais jogadas mostrando o natural refinamento desse signo. Libra é de uma chiquesa que não gosta de se meter em brigas, mas se entrarem em uma não será para perder, não é mesmo? ESCORPIÃO (23/10-21/11): Outro signo que irá faltar na nossa seleção, são os donos da técnica e da intuição que costumam colocar esses jogadores entre os melhores já encontrados. Normalmente costumam brigar pelo que querem, são os brigões do campo. SAGITÁRIO (22/11-21/12): O talento e a vocação para esportes são inerentes às pessoas desse signo. Podem criar jogadas interessantes e descartar a força do adversário. Competitivos, não gostam de perder em hipótese alguma. Infelizmente nossa seleção não terá nenhum sagita. CAPRICÓRNIO (22/12-19/01): Taison é capricorniano, profissional sério que costuma ser os mais esforçado de todos os signos. Normalmente capricas não gostam muito de falar com a imprensa, mas amam os aplausos e o reconhecimento. AQUÁRIO (20/01-18/02): Ney é livre e teimoso por natureza, isso explica alguns twittes como “o ousado chegou”. Jogadores desse signo normalmente são atacantes e costumam fazer muitos gols! Originais, irreverentes e libertários são algumas características da pessoa de Aquário. PEIXES (19/02-20/03): Fred é de peixes, um signo de água, extremamente sensível e intuitivo e de pessoas sossegadas e pouco dinâmicas. Quando uma pessoa desse signo escolhe o esporte e especialmente o futebol como profissão, certamente terá como ascendente um signo de fogo ou de ar.
Esporte
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Segunda-feira, 11 de junho de 2018
Rolês da Copa na Capital A Copa está chegando e já está na hora de decidir como você quer passar os dias dos jogos. Por Larissa Tallon
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Copa do mundo é um evento realizado de quatro em quatro anos e como o Brasil é considerado o país do futebol, a população demonstra bastante animação. Este ano a competição será realizada na Rússia durante os meses de junho e julho. Nessas horas sempre entra em pauta o local onde a partida será vista: em casa ou na rua? Fazer churrasco ou não?
Segundo a estudante de Direito Mariana Alves, mesmo não curtindo futebol dá para amar e aproveitar a Copa, seja aonde for. Para não ficar em dúvida do que fazer, o NoEntanto preparou algumas dicas de lugares na capital, Vitória, para você que quer opções na hora de ver os jogos da seleção e curtir sem preocupação.
Para quem prefere algo mais íntimo uma boa opção é fazer o bom e velho churrasco. Seja na casa de amigos, familiares ou até na sogra, Copa do mundo e churrasqueira formam um par perfeito. A estudante Ana Luiza Lopes disse que a família está preparando uma grande reunião para chorarem ou comemorar a seleção juntos. Outra alternativa é fazer como a universitária Mariana Silva que irá ver jogos do Brasil em três dos lugares citados, para ter ambientes diferentes e companhias variadas durante as partidas. Ou seja, não tem desculpa! Escolha o melhor lugar e torça pelo hexa.
Rua da Lama
O ponto famoso entre os jovens fica próximo à Universidade Federal do Espírito Santo, o que atrai bastantes estudantes. É considerado um dos locais com o melhor preço e garantem um ótimo ambiente para quem quer se divertir. Foto: Diego Alves
Centro
O Centro da capital é bastante conhecido pela sua vida boêmia. Lá se pode encontrar jovens, idosos e famílias. Grande destaque para a Rua Sete de Setembro, famosa pelo lazer. O local já é bastante conhecido pelas festividades, os botecos tradicionais são sempre bem animados, ou seja, garantia de momentos marcantes. Foto: Elizabeth Nader
Triângulo
No coração da Praia do Canto, este é um dos locais mais procurados para quem quer sentar e tomar uma cerveja. Também próximo a baladas e restaurantes é uma boa alternativa para quem quer curtir além dos jogos, existem opções variadas para se adequar ao que quiser. Reprodução: Facebook
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