No Entanto Edição 86

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Jornal Laboratório | Universidade Federal do Espírito Santo | N. 86 | 18 de abril de 2018

Elas podem!

Crédito: André Rangel.

Crédito: Reprodução/Twitter @thiago_p.

Mulheres lutam por espaço maior na política brasileira e combatem o machismo e o preconceito no meio. > 4

Política

Crédito: André Rangel.

Marielle é presente. O que será do futuro? > 3

Vida Universitária

Crédito: Reprodução/Facebook.

Os desafios dos que vêm de fora > 8

Economia

Quanto ganha um estagiário? > 10

Estudantes optam por marmitas: mais benéficas para a saúde e para o bolso > 15


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Editorial e Expediente EXPEDIENTE EDIÇÃO André Rangel Isabela Luísa Larissa Tallon Pedro Cunha

No Entanto

Quarta-feira, 18 de abril de 2018

EDITORIAL Por Pedro Cunha

Beatriz Moreira Bethania Miranda Clara Curto Daniel Jacobsen Gabrielly Minchio Heloísa Bergami Karla Silveira Kennedy Pezzin Letícia Soares Maria Pelição Milena Costa Pedro Cunha Weslley Vitor

Com as eleições mais perto do que se imagina, a política brasileira atual em máxima efervescência e assuntos como o impeachment de Dilma Rousseff e o assassinato da vereadora Marielle Franco ainda na agenda, um tema polêmico volta a fazer parte das discussões que antecedem as eleições: a presença de mulheres na política. De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil tem uma das menores representações femininas no Poder Executivo no mundo. Governos totalitários e patriarcais como Síria e Irã, que constantemente são denunciados por entidades de direitos humanos contra as graves situações em que as mulheres são expostas, chegam a ter mais mulheres em postos ministeriais do que nossa nação. É indiscutível que a situação é alarmante e precisa ser revertida urgentemente. Trazemos, na reportagem de capa desta edição, uma matéria especial sobre mulheres na política. Mulheres que se envolvem, militam e atuam, sempre combatendo o preconceito e a violência sofrida e buscando direitos iguais para ambos os sexos. A reportagem trata, também, a questão da cota partidária, o total de vagas e o número de mulheres eleitas, para mostrar a discrepância política entre homens e mulheres. Esperamos que goste!

DIGITAL E MÍDIAS SOCIAIS

Turma de Jornalismo 2017/1

ARTE E DIAGRAMAÇÃO Isabela Luísa Larissa Tallon Maria Pelição PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO FINAL

Pedro Cunha

REDAÇÃO

Agnes Gava Bárbara Catharine Cássia Rocha

COLABORADOR Pedro Melo

NoE nas redes https://jornalnoentanto.wordpress.com

PROFESSORA orientadora Ruth Reis (MTB 256/ES)

facebook.com/jornalnoentanto

NoEntanto Jornal laboratório do curso de Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Produzido pelo alunos do terceiro período. Av. Fernando Ferrari, 514, Goiabeiras | Vitória, ES Email: noentanto.ufes@gmail.com Telefone: (27) 4009-2603

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@noentantojornal


Política

No Entanto Quarta-feira, 18 de abril 2018

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Marielle é presente. O que será do futuro? O assassinato da vereadora carioca abalou o país e acirrou discussões sobre representatividade das minorias na política brasileira.

Crédito: Reprodução/Facebook.

Por Letícia Soares

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Henza Bergami Para a estudante de Direito Henza Bergami, duas questões são importantes quando se trata de representatividade: a existência de candidatos que defendam pautas dos grupos minoritários e a visibilidade deles. “Se falamos de visibilidade, eu não me sinto representada. A gente sabe que existe quem nos defenda, mas eles não são vistos”, diz. Ela, que já foi alvo de homofobia - quando, trocando carinhos com a namorada, foi ameaçada de ser retirada de um restaurante acredita que se um político nunca viveu ‘na pele’ situações como esta, não saberá como é sofrer determinada dificuldade. “Sem representatividade política, dificilmente certos temas seriam debatidos”, alega. Júlia Reis Estudante de Publicidade e Propaganda Júlia Reis mora na periferia e afirma não se sentir representada politicamente. Em sua opinião, as minorias não têm ocupado o espaço político por falta de oportunidade, até mesmo, para disputá-lo. Essa baixa representatividade, a seu ver, é percebida, claramente, na ausência de políticas públicas que contemplem esses grupos, deixando-os cada vez mais vulneráveis. “Os meus medos se alternam de acordo com o lugar em que estou e aonde prevalece uma característica minha. Na rua, sozinha, como mulher, tenho medo de ser violentada. Quando saio com os meus amigos, tenho medo de a polícia confundir a gente com bandido ou, ainda, dos próprios bandidos confundirem a gente com alguma gangue inimiga”, relata a jovem. Luana Leite Luana Leite é negra e, atualmente, cursa Medicina Veterinária. Antes disso, fez dois cursos técnicos e, ainda assim, não conseguiu se inserir profissionalmente em sua área de atuação. Luana: “Faltam negros Ela usa seu próprio atuando na política.

Crédito: Reprodução/Facebook.

á cerca de um mês, o Brasil viu-se dividido em inúmeras opiniões divergentes a respeito do assassinato de Marielle Franco. De um lado, há aqueles que defendem a vereadora carioca, eleita em 2016, pelo PSOL, como a quinta mais votada na cidade do Rio de Janeiro. De outro lado, seus detratores espalham falsas notícias, desviando o foco sobre o significado de sua morte. Considerada uma das poucas representantes parlamentares de minorias, ela atuou como coordenadora na Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, da Assembleia Legislativa. Semanas antes de seu assassinato, havia assumido a relatoria de uma comissão criada para acompanhar a intervenção federal no Rio de Janeiro. O assassinato está sendo investigado pela polícia, mas a razão da execução ainda não foi divulgada. Para partidos da esquerda, as motivações são políticas. Marielle combatia algumas ações do Estado, em especial as que afetavam moradores das favelas do Rio de Janeiro. Dias antes de sua morte, por exemplo, havia denunciado, em suas redes sociais, a ação violenta de policiais na Favela de Acari, zona Norte do Rio.

O que Marielle significa? Quais são os impactos e os receios que o assassinato de Marielle gerou? O NoE foi ouvir algumas opiniões:

exemplo para explicar a falta de representação dos negros na política: “Um negro entrando na política é ainda mais complicado”. O seu maior medo como mulher negra é justamente não encontrar espaço no mercado de trabalho. B.R. B.R., moradora de periferia, sofreu violência física e psicológica após o fim de um relacionamento amoroso. Ela relata que, na tentativa de denunciar o ex-namorado, que ameaçou matá-la, foi recebida por um delegado que, a todo o momento, buscava justificar o ocorrido. “Eu tenho medo de algum dia fazerem algo comigo e eu não ter a quem recorrer”, diz a jovem que assume sentir-se exposta, uma que vez não se vê seus interesses e preocupações representados. Grupos minoritários sofrem com a violência. Veja alguns números: Mulheres

Taxa de homicídio: 2005 a 2015: cresceu 7,5%.

Felizmente, esse indicador mostrou uma melhora gradual: 2010 a 2015: diminuiu 2,8% Apenas em 2015: queda de 5,3% Mortalidade (2005 a 2015): Mulheres não negras: redução de 7,4% Mulheres negras: aumentou em 22% Negros A cada 100 pessoas assassinadas no Brasil, 71 são negras. Regiões periféricas Em 2015, 2,0% do total de municípios brasileiros responderam por metade dos homicídios no país. Homossexuais Ainda não existem, no país, leis específicas que combatam a homofobia. Portanto, não existem dados oficiais sobre violência contra à comunidade LGBT. Fonte: Dados do Ipea - Atlas de Violência de 2017


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Capa

No Entanto

Quarta-feira, 18 de abril de 2018

Por Beatriz Moreira e Bethania Miranda

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baixa participação das mulheres é um problema na política brasileira, já que são poucas que ocupam cargos nos poderes do Estado. Ainda assim, muitas se colocam em posição para tentar romper com essa cultura, a fim de tornar o ambiente político acessível para todas. Mesmo reconhecendo as dificuldades, algumas se motivam a atuar na área, como é o caso da assistente social Emilly Marques Tenório que atua no movimento feminista e no Fórum de Mulheres do Espírito Santo. Para ela, a percepção de que mulheres também podem fazer política se deu por entender que elas precisam se organizar e participar ativamente dos rumos da sociedade. “Muita coisa que nos viola, nos maltrata e que, inclusive, pode nos matar está acontecendo”, relatou. Marques percebe em uma parcela das mulheres que ocupam cargos na política, uma atuação que não representa a voz delas. “Não basta ser mulher para nos representar politicamente, precisa estar comprometida com as pautas feministas”, disse. Segundo ela, há aquelas que assumem espaço Camila foi a canditada mais jovem ao governo do estado em 2014. (Foto: Reprodução/ Facebook).

de poder e são cooptadas por homens ou então representam e reproduzem interesses patriarcais. A necessidade de levar as pautas das mulheres para o patamar eleitoral, mobilizou a assistente social Camila Valadão, 33 anos, a participar das eleições, pela primeira vez, em 2014, como candidata ao Governo do Espírito Santo pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). “A trajetória nos movimentos nos traz a demanda de vocalizar as pautas delas também no eleitoral”. Para ela, a candidatura foi, de certa forma, uma consequência de uma trajetória militante. Cotas parlamentares A Lei 9.504/1997, estabelece que 30% dos candidatos de cada partido político sejam do sexo feminino. Para a bancária e membra do Fórum das Mulheres Suellen Suzano, essas ações são importantes, porque, mesmo paliativas, garantem representação e formação prática para mulheres. Ainda assim, Suellen acha problemático o fato de que não há uma quantidade razoável de mulheres dentro dos partidos. “Nunca fomos educadas para estar nessas posições e espaços”, salienta a bancária. A maneira com que as cotas foram implementadas deixam brechas que facilitam a alguns partidos fraudarem candidaturas, com as chamadas “laranjas”. “Os partidos sabem que existe essa regra, então inscrevem mulheres, mas elas, efetivamente, não são candidatas. Há, por exemplo, denúncia do Ministério Público que vem acompanhando candidaturas de mulheres que não tiveram nenhum voto”, informou Camila Valadão. Ela ainda ressaltou que a reserva de vagas por si só não é suficiente e que há carência de financiamento para as campanhas de mulheres.

A maneira que são tratadas no meio político

Atuante no movimento estudantil desde o segundo grau escolar, Mirtes Bevilacqua, 79 anos, foi uma das primeiras deputadas federais eleitas pelo Espírito Santo, pelo PMDB (hoje MDB), em 1982. “Enquanto eu era estudante eu não percebia se havia ou não alguma diferença de tratamento. Percebi depois, quando eu já era deputada, que havia tratamentos discriminatórios”, afirma Bevilacqua. Ela também reconhece que grande parte das mulheres não ocupam cargos de direção, mas atuam como auxiliares de autoridades, em sua maioria masculinas. Já Camila Valadão, foi a candidata mais jovem do Brasil ao governo do estado em 2014, e reconhece neste período uma expressão significativa de práticas machistas. “As nossas falas são sempre muito desqualificadas, a política é um espaço muito hostil para mulheres. Isso só demonstra a necessidade delas de ocuparem espaço na política”, analisa. Segundo Camila, durante a sua campanha, ela recebia muitas cantadas.

(Foto: Reprodução/Facebook).

O ambiente político brasileiro ainda não acolhe as mulheres de maneira igualitária. No entanto, o lugar também é delas.

Crédito: Lanteria/Shutterstock.

Elas podem!

Com 79 anos, Mirtes Bevilacqua, ainda é atuante, além de ter feito história na política capixaba.


Capa

No Entanto

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Crédito: Reprodução/Twitter @thiago_p.

Quarta-feira, 18 de abril 2018

Alzira Soriano: primeira mulher eleita para um cargo executivo no país. (Foto: Reprodução).

Historicamente falando A luta das mulheres por espaço no meio político não é algo recente. A primeira mulher eleita para um cargo executivo no país e na América Latina foi Alzira Soriano, prefeita de Lages, no Rio Grande do Norte, em 1928. O estado foi pioneiro ao reconhecer o voto feminino e ao permitir que elas concorressem a cargos políticos. No ano de 1932, durante o governo de Getúlio Vargas, foi dado às mulheres o direito ao voto. Nas eleições de 1933, as mulheres brasileiras votaram e foram votadas. Nesta eleição, a paulista Carlota de Queirós foi a primeira deputada federal do Brasil. No ano seguinte, a primeira deputada negra, a professora Antonieta de Barros, tomou pos-

se na Assembleia Legislativa de Santa Catarina. Já em 1935, foi eleita a capixaba Maria Felizarda Monteiro, a primeira vereadora do Brasil, tornando-se depois, presidente da Câmara de Vereadores do município de Muqui (ES). Em 1947, Judith Leão Castello Ribeiro, da Serra (ES) foi a primeira deputada estadual do Espírito Santo. Em 1982, o país teve sua como primeira mulher ministra, Esther de Figueiredo Ferraz, que ocupou a pasta da Educação e Cultura. Já no senado, as primeiras senadoras foram a mineira Júnia Marise e a roraimense Marluce Pinto, eleitas em 1990. Somente em 2010, o Brasil elegeu Dilma Rousseff, a primeira mulher presidente do país.

Crédito: Ed Ferreira/Folhapress.

Mulheres vão às ruas por seus direitos.

Protestos de congressistas na Câmara dos Deputados: “Mulheres na política, a reforma que o Brasil precisa”.

Mulheres na presidência Faltando seis meses para as eleições presidenciais, três mulheres se apresentaram publicamente como pré-candidatas ao cargo: Manuela D’Ávila (PCdoB) Marina Silva (Rede Sustentabilidade) Vera Lúcia (PSTU)

Mulheres na política (2015-2018) Noventa anos depois dos primeiros votos femininos no Brasil, a presença de mulheres na política é irrisória.

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18,5%

7.812 640

120

13,5%

51

11,6% 11,3% 9,9%

1

3,7% VEREADORAS

PREFEITAS

DEPUTADAS ESTADUAIS/DISTRITAIS

DEPUTADAS FEDERAIS

SENADORAS

GOVERNADORAS

Fonte: Tribunal Superior Eleitoral.


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Cidades

No Entanto

Quarta-feira, 18 de abril de 2018

Cursinhos populares facilitam acesso de estudantes ao ensino superior Com trabalho voluntário de professores e coordenadores, os cursos pré-Enem Dandara e Risoflora atendem a pessoas de baixa renda.

negros, o Uneafro, eles foram motivados a criar um cursinho no bairro Maria Ortiz, que também atendesse a esses critérios, assim como o de baixa renda. Dessa forma nasceu o Risoflora, que iniciou suas atividades em 2015. Como é um curso focado em pessoas Por Karla Silveira que trabalham e estudam durante a semana, as aulas acontecem aos sábados, de 8h30 às procura por um curso pré-vestibular 17h30. Ester relata que no começo, uma das ou pré-Enem (Exame Nacional do maiores dificuldades foi pensar na alimenEnsino Médio) é quase certa para alunos tação dos alunos, que passariam o dia todo que estão prestes a realizar esses exames estudando. “Para eles não terem que gastar decisivos. Na Grande Vitória, apesar de não com isso, nem se deslocar para casa novafaltarem opções, os valores das mensalidamente e depois voltar, obtivemos o apoio da des nem sempre são acessíveis a todos. Por comunidade e do comércio local, que doaisso, os cursinhos populares surgem para suram mantimentos para oferecermos almoço prir essa demanda e oferecem aos jovens de e café entre os intervalos”, informa. Durante baixa renda uma educação preparatória de a matrícula, os alunos também podem trazer qualidade, gratuita ou a baixo custo. alimentos, que são utiliDe acordo com a coordenadora zados nas refeições. geral do Pré-Vestibular Dandara, “Nós tentamos ir na Rita Perim, fazer o curso impacta contramão dos cursos tanto os jovens quanto a família e competitivos, trabalhancomunidade, pois causa mudanças do com a cooperação e em seus objetivos e traz autoestitambém com a formação ma. “É uma rede de mudanças”, humana, além dos conteentende ela. O Dandara atualmenúdos”, explica Ester Vaz. te atende a 110 alunos de segunda O Risoflora atende a 120 a sexta-feira no horário noturno, alunos e funciona no esalém de contar com monitoria à tarpaço da EMEF Juscelino de e aulas quinzenais aos sábados. Kubitschek de Oliveira. Inicialmente, o projeto era Após passar pelo cursivoltado para jovens negros, que nho, alguns ex-alunos faziam parte da paróquia de Jucuretornam para ajudar tuquara, mas logo se expandiu tamnas atividades, o que é bém para alunos de escola pública o caso de Ítalo Gabriel, que se encaixassem no critério soCursinhos populares oferecem educação de qualidade aos jovens de baixa renda. que atualmente é um dos cioeconômico da época. “E a partir daí foram se apresentando mais voluntários. aprovada na Ufes no curso de Serviço So- coordenadores e também professor de HisOs próprios alunos que conheciam docentes cial, fala da importância do pré-vestibular, tória do Risoflora. Ítalo diz que o cursinho tem um viés de outras escolas os convidavam para minis- destacando que “a maioria contempla pessotrar disciplinas que não tinham professores” as vindas da rede pública de ensino, que, por diferente. “Não é apenas um ambiente de mais que tenham excelentes professores, educação, é aconchegante e familiar.” O Riconta Rita. O Dandara abriu sua primeira turma, vem sendo muito sucateada. O pré-vestibu- soflora também promove eventos culturais com 60 alunos, em maio de 2000. A ideia, lar vem com o intuito de igualar nosso co- durante os intervalos, como roda de capoeisegundo Rita Perim, surgiu do Pároco Sale- nhecimento com os demais estudantes que ra, congo e saraus de poesia. Além disso, a depender da procura dos estudantes, são resiano, padre Dário Ferreira, no fim de 1999, vieram de escolas particulares.” conclui. alizados aulões aos domingos, para compleinspirado pela ONG Educafro (RJ). Dois mentar ou repor o conteúdo dado no sábado. meses depois, o pré-vestibular se transferiu Risoflora A movimentação para fundar o cursi- Para a estudante Kris Ellen das Neves, 16, para as dependências do Colégio Salesiano Nossa Senhora da Vitória, que hoje também nho popular Risoflora começou em meados que ainda está em dúvida entre a graduação conta com um Centro Universitário. Des- de 2014, como conta a coordenadora Ester em Direito ou Ciências Sociais, o cursinho de 2006, quando o Dandara passou a fazer Vaz. Em conversa com amigos de São Pau- dá um ponto de partida e “ajuda a ter base parte da Inspetoria São João Bosco da Rede lo, onde existe o pré-vestibular para jovens sobre o que estudar para o Enem.” Crédito: Arquivo/Camila Corsini.

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Salesiana Brasil de Ação Social, o pré-vestibular é gratuito. O trabalho realizado pelos professores, coordenadores e outros profissionais é voluntário. Nesse ano, o cursinho atingiu o índice de aprovação de 41 alunos, dentre faculdades públicas e privadas. Erikles dos Anjos Loyola, 19, aprovado em Odontologia na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) conheceu o Dandara por meio de uma publicação no Facebook. “Resolvi ingressar porque seria a única forma de fazer um pré-vestibular, o que aumentaria minhas chances de conseguir uma vaga na federal”, diz. Ele ainda avalia sua experiência como positiva, pois “supriu as minhas expectativas, além de oferecer uma boa estrutura para receber os alunos.” Gabriela Martins Bento, 20, também


Cidades

No Entanto

7 Crédito: Reprodução.

Quarta-feira, 18 de abril 2018

A tecnologia e os transportes urbanos Conheça um pouco mais sobre os apps de transportes urbanos e como eles funcionam. Por Clara Curto

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om o advento da tecnologia, o tempo se torna cada vez mais precioso e as pessoas necessitam ter tudo o que precisam em mãos, no caso, em seus smartphones. E não foi diferente com os transportes urbanos. Em 2011, foi criado no Brasil o aplicativo para solicitação de taxis “Easy Taxi”, sendo o pioneiro da área no país, seguido pelo 99. Porém, com uma proposta de compartilhamento de carros pessoais, o Uber chegou ao Brasil em 2014, durante a Copa do Mundo, e abalou os aplicativos usados pelos táxis. O No Entanto realizou uma pesquisa online que foi respondida por 65 pessoas, para conhecer melhor o comportamento dos usuários desses aplicativos. Todas que afirmaram utilizar aplicativos de transporte preferem o Uber, enquanto apenas 8,5% usam o Easy Taxi. Mas os aplicativos de transporte urbano não se limitam apenas aos táxis e transportes particulares. Com o grande fluxo de carros na rua, muitas vezes utilizados individualmente, começaram a chegar ao Brasil propostas de softwares de carona, como o Blablacar, fundado em 2006, na França, e já presente em 22 países. Outro aplicativo recente é o Caronaê, que é o app oficial de caronas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), criado com o intuito de reduzir os custos dos estudantes com passagem, que tem sido um sucesso, segundo o estudante de Engenharia da UFRJ, Mateus

Lyra. Outro facilitador, principalmente na vida de universitários, tem sido as plataformas que mostram os horários em que os ônibus vão passar em cada ponto, algumas chegando a apresentar o percurso dos transportes públicos em tempo real. 60% dos participantes da nossa pesquisa, composto principalmente por universitários, utilizam esses apps, enquanto 90% usam as plataformas de transporte particular. Crédito: Reprodução/Clara Curto.

Premiado nas gringas O estudante mineiro Fábien Oliveira ganhou um prêmio da Universidade de Harvard e do Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT) com a criação do aplicativo Milênio Bus, que tem como objetivo aperfeiçoar o transporte público, informando a localização em tempo real do ônibus e quantos passageiros estão nele.“O objetivo é trabalhar com pagamentos digitais, informações ao passageiro e geração de dados com Big Data, onde são usadas tecnologias computacionais para gerar os dados na nuvem”, declarou Fábien Oliveira para o jornal Gazeta do Povo.

Aplicativos para mulheres

Aplicativos de transporte tornaram a vida dos usuários mais prática.

Com índices altíssimos de violência contra a mulher, um dos maiores medos das mulheres é sair à noite sozinhas, seja a pé, em transporte público ou particular. Uma grande e ótima novidade para elas é a chegada de aplicativos exclusivos, só com motoristas mulheres. Algumas plataformas já haviam adicionado a opção de chamar motoristas exclusivamente do sexo feminino, como o 99pop, porém, agora estão sendo criados apps exclusivos, como o Femitaxi, que está disponível na Apple Store e na Play Store.


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Vida Universitária

No Entanto

Quarta-feira, 18 de abril de 2018

Os desafios dos que vêm de fora Adaptação ao novo, viver longe da família e conciliar estudo com a vida doméstica são alguns dos perrengues passados por quem vem de longe atrás de seu sonho acadêmico. Por Gabrielly Minchio

D

e eu achamos uma república em Goiabeiras muito tranquila e pertinho do campus. Posso ir e voltar rapidamente sem pegar ônibus”. A estudante em Letras-Inglês precisou aprender a “se virar” domesticamente. Antes, morava com os pais e agora tem que fazer sozinha as tarefas domésticas. Larissa Franquini morava em Baixo Guandu (ES) e, agora, divide um apartamento com a irmã, em Vitória, com despesas pagas pelos pais. Ela diz que a mudança foi brusca, porém, sua acomodação aqui está sendo tranquila. “Prefiro não olhar o lado ruim das coisas, porque sei que a oportunidade que meus pais conseguem me dar é muito boa”, pondera. Em relação a conhecer novas pessoas, Larissa Prates e Larissa Fraquini ressaltam que seus grupos sociais daqui são compostos, principalmente, por pessoas da própria universidade. “Não tenho muito contato com outras pessoas que não sejam da república ou da universidade. A maioria delas veio de outros lugares”, afirma Prates. Larissa Fraquini fala, também, que entrar na empresa júnior logo no início do período a fez conhecer mais pessoas. Todas do meio universitário. Estudando em Alegre, Daniel da Silva saiu do interior de Minas Gerais para cursar licenciatura em Química. Ele mora em Crédito: André Rangel.

eixar a casa dos pais para desbravar, sozinho, um lugar desconhecido com o intuito de estudar é o que muitos jovens que estão na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) fizeram, principalmente, após a adoção do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Alguns são do interior do Espírito Santo e outros vêm dos demais estados. São inúmeros os desafios e as histórias de quem não pertence à capital e seus arredores. Além de estudar, agora, eles precisam cuidar de afazeres domésticos e, também, de se adaptar ao novo ambiente. Vitória Bordon veio de Americana (SP) para o Espírito Santo no início de 2017 cursar Publicidade e Propaganda na Ufes. Ela diz que sua principal dificuldade foi a ideia de não poder voltar para casa com tanta frequência. “Vir para cá foi uma mudança muito grande e eu cheguei sabendo que não poderia voltar tão cedo. Fico todo o semes-

tre letivo aqui e só volto para minha cidade nas férias. Acho que o primeiro ano é o mais complicado em termos de adaptação, mas, com o tempo, a tendência é melhorar”, declara. Já o estudante de Administração, Gilberto Lobato, afirma que sua adaptação foi tranquila por poder morar com pessoas que já conhecia. “A saudade às vezes bate, mas eu tive tempo para me preparar”. Por morar na cidade de Marataízes, no interior do ES, ele consegue ir para casa com certa regularidade: “Tento ir ao menos duas vezes ao mês”, diz. Sobre a capital, Gilberto e Vitória frisam as boas qualidades. “Não é muito grande nem muito pequena, o que me agrada bastante. Tem farmácia e supermercado perto. Outra coisa que também gosto, é a pluralidade, de tribos, estilos, gostos e pensamentos, o que é difícil de encontrar em cidades como Marataízes”, elogiou o estudante. Vitória destaca a cultura: “Tem muita coisa legal para fazer, lugares para conhecer e muito o que provar. A cultura capixaba está sempre presente em algo, seja nos bairros, na culinária ou nas pessoas”, concluiu. Larissa Prates veio de Aracruz (ES) para a capital no início de 2018 e, por conhecer pouco a cidade, preferiu morar num local seguro e perto da universidade. “Meus pais

A estudante Vitória Bordon chega a ficar quase seis meses sem ver a família.


Vida Universitária

No Entanto

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Crédito: Arquivo pessoal/Gilberto Lobato.

Quarta-feira, 18 de abril 2018

Só o ínício do novo ciclo acadêmico: Gilberto e seus amigos participam do trote, em comemoração à aprovação.

república e recebe auxílio estudantil para se manter no curso. Sua maior dificuldade foi na área acadêmica, visto que já morava sozinho antes de se mudar para o estado. “De início, foi um baque muito grande por conta da rotina diferente e, como estava há muito tempo fora da sala de aula, sofri um pouco até pegar ritmo de estudo”. Apesar de conseguir chegar à univer-

sidade, há quem deixe o curso para voltar para sua cidade natal. Yuri Nogueira é de São Paulo (SP) e passou em Comunicação Social na Ufes no início de 2017, logo após a adesão ao Sisu. Porém, em menos de um ano, ele voltou para casa. “Em outubro, recebi algumas notícias sobre a saúde de uma familiar. Era importante que eu voltasse para ajudar tanto no cuidado quanto nas finanças

da família. E eu não estava muito empolgado com o curso e sentia muitas saudades”. Enquanto esteve no estado, Yuri diz que passou por diversas dificuldades financeiras ao ponto de não ter o que comer em casa dependendo diretamente do Restaurante Universitário (RU) para poder se alimentar, visto que era assistido. “Os feriados eram os piores dias possíveis”, recordou.

Logo que se inscreveu no Sisu para entrar no curso de Comunicação Social habilitação em Publicidade e Propaganda na Ufes, Vitória Bordon relata que no site constava que o ingresso era somente no primeiro semestre de 2017. Desta forma, assim que foi aprovada, se planejou para vir de Americana (SP) para o Espírito Santo no início do ano. Ela e o pai fizeram uma viagem de 16 horas de carro trazendo toda a sua mudança. “O carro

quebrou no caminho, o que nos fez atrasar um pouco, mas chegamos a Vitória um dia antes da data da matrícula e nos hospedamos num hotel”, recorda. Deixaram toda a mudança dela na república em que iria morar. Porém, quando foi fazer a matrícula, descobriu que havia a possibilidade de ingressar somente no segundo semestre. “Não podia arriscar deixar minhas coisas aqui e ter que voltar para buscar caso ficasse na turma do segun-

do semestre, então fui obrigada a retornar para Americana com toda a mudança e aguardar a lista com os alunos que, de fato, começariam em 2017/1”. Então, quando teve certeza de que entraria no primeiro período de 2017, Vitória, enfim, retornou definitivamente para o estado, dessa vez, sozinha e de avião. “Tive que pagar quase o valor da passagem por conta da bagagem extra”, lamenta.

menda. Quanto à prevenção de problemas psicológicos, a professora fala que “a identificação do isolamento, da reclamação e da insatisfação contínuas são bons indicadores para observar e procurar apoio ou inserção em

atividades que proporcionem satisfação”. Jaqueline acrescenta que, para o caso de já haver um problema identificado, buscar ajuda psicológica ou conversar com alguém de confiança é fundamental.

Perrengue extra

Adaptação ao novo “Mudar para uma nova cidade, iniciar um novo curso e lidar com uma rotina totalmente nova pode ser assustador para algumas pessoas”, afirma a doutoranda em Psicologia e professora da Ufes, Jaqueline Bagalho. Ela ressalta que ter uma boa adequação ao novo depende de características de cada um para enfrentar desafios, de apoio de amigos e familiares e, também, de oportunidade para “se distrair” do meio acadêmico. “Manter relações sociais que promovam atividades grupais em que a pessoa se sinta inserida e acolhida podem significar proteção e auxílio para melhor adaptação”, reco-

Apoio O Departamento de Psicologia da dendo haver avaliação psicológica, se for Ufes, tem o Núcleo de Psicologia Apli- o caso. O processo de inscrição acontece cada, um órgão que atende toda a co- duas vezes ao ano, no próprio Cemuni VI, munidade local, inclusive os estudantes. próximo ao Cine Metrópolis. Oferece apoio individual e em grupo, poTel.: (27) 4009-2509, das 13 às 19 horas.


Economia

No Entanto

Quarta-feira, 18 de abril de 2018

Crédito: André Rangel.

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Quanto ganha um estagiário? Dependendo do curso, empresas oferecem bolsas que podem ultrapassar o salário mínimo. Por Milena Costa

C

olocar em prática o que se aprende em sala de aula, adquirir experiências e obter a confirmação de que se está no caminho certo são os principais objetivos de quem busca um estágio. Além das vantagens educacionais, a remuneração se torna outro fator relevante na procura pela vaga dos sonhos. Pensando no futuro e em preencher requisitos como “necessário experiência”, muitas vezes exigido pelas empresas, estudantes buscam se inserir no mercado de trabalho cedo. Uma pesquisa realizada em 2017 e disponível no site do Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube) revela que a média salarial dos estagiários no Brasil é R$ 683,33, considerando todos os níveis de formação. A pesquisa, que envolveu 16.323 alunos de diferentes níveis, ainda aponta um ranking dos cursos que em média pagam as melhores remunerações no nível superior.

1º 3º 5º

ENGENHARIA

RELAÇÕES

INTERNACIONAIS

ECONOMIA

( ) ( ) ( ) ( ) ( )

QUÍMICA

ARQUITETURA E URBANISMO

R$ 1.022,30

R$ 1.008,38

R$ 999,2

R$ 897,4

R$ 896,35

Até R$1500,00 15%

Acima de R$1500,00 9,8%

em Pedagogia e R$ 550,00 para Administração. A estudante de Engenharia Civil, Izabela Gomes Ucelli estagia no setor de Manutenção Civil em uma das maiores empresas do Estado, a ArcelorMittal. Ela acredita que recebe uma quantia adequada pelas 20 horas de trabalho semanais. “Em muitos outros lugares um estudante de Engenharia Civil não chega a ganhar o que eu ganho”, contou. Uma forma de permanência na universidade

Até R$1200,00 24,4%

Não recebe bolsa auxílio 16,6% Até R$880,00 34,1%

Outra pesquisa intitulada “O perfil dos candidatos a vaga de estágio em 2017”, realizada pela Companhia de Estágios, contou com a participação de 2.183 educandos de todas as regiões do país e revelou que dentre os remunerados, boa parte dos estudantes recebe bolsa auxílio de até um salário mínimo. Porém, quase 10% contam com remuneração de mais de R$ 1.500,00. O levantamento ainda apontou que 61,2% dos entrevistados que estagiam se mostraram satisfeitos com o emprego atual. No Espírito Santo, há vagas com remuneração de até R$ 1.400,00 para estágio na área de Engenharia, R$ 633,34 para estágio

A aluna de Pedagogia Bianca Luiza Néris trabalha em uma das Unidades Municipais de Ensino Infantil de Vila Velha (Umei), segundo ela a remuneração de R$ 550,00 mais R$ 140,00 de auxílio transporte é de grande ajuda. “O estágio me auxilia a adquirir experiência e a permanecer dentro da universidade, pois com a remuneração consigo arcar com os custos gerados”, afirmou. Por que eles preferem os estagiários Segundo o economista Aldous Pereira de Albuquerque, empresas e órgãos governamentais procuram cada vez mais estagiários para preencher o quadro de funcionários. “A procura se dá porque além de a contratação de aprendizes ser mais barata e menos burocrática, algumas características desses funcionários chamam a atenção de empregadores, entre elas, a familiarização com a tecnologia e a vontade de aprender”, explicou.


Colunas

No Entanto Quarta-feira, 18 de abril 2018

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va

a pauta que caiu

FAZENDO SUCESSO Os estudantes estão extasiados com o novo serviço de delivery da cantina mais famosa da Ufes. Uma amiguinha da coluna ficou encantada com o serviço, e com o lanche, que além de gostoso, foi entregue em embalagens personalizadas. REI... DO DESERTO? A coluna esteve no show de Roberto Carlos, no sábado (14), na Arena Vitória. A organização estava impecável, e o espaço estava dignamente arrumado para o show de um rei. O único problema?! O forte calor e a falta de ar condicionado no local, mesmo com ingressos custando até R$500 mais taxas.

Crédito: Reprodução/Francisco Proner.

REPERCUSSÃO INTERNACIONAL Independente de convicções políticas, mas vocês viram a foto do ex-presidente Lula, sendo carregado pelo povo, e que foi destaque em jornais como o americano The New York Times e o inglês The Guardian?! Então, foi tirada por um menino de apenas 18 anos, chamado Francisco Proner. CASA DA MÃE JOANA A votação do habeas corpus do ex-presidente Lula no STF teve de tudo um pouco. Quebra de decoro, discussões ferozes, ministro que votou contra Lula e contra suas próprias convicções, exortação em francês. Um confusão só...

ROMARIA DOS POLÍTICOS Diferente dos outros anos, o que não faltou foi político dando as caras na Romaria dos Homens, que aconteceu no sábado (7). Será que foi por devoção ou já começaram a sondar os votos? Afinal, as eleições estão chegando. O PRÓXIMO DONO DO ANCHIETA A disputa e a confusão entre os pré-candidatos ao Governo do Estado está se tornando cada vez mais evidente. O governador vai tentar reeleição? Rose mudou de partido para se candidatar? E Renato Casagrande, preparado para a batalha? #MARIELLEPRESENTE Já se passou um mês desde o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Pedro Gomes e parece que as investigações andam a passos curtíssimos. Queremos explicações (E JUSTIÇA)...

Culturentanto Série Mindhunter: Drama policial escrito por Joe Penhall e baseado no livro “Mind Hunter: Inside the FBI’s Elite Serial C r i m e Unit” e distribuída pela Netflix. A série se passa nos anos 70, em torno de dois policiais do FBI que assumem a primeira pesquisa de comportamento psicológico dos assassinos em série dos EUA para que possam resolver casos em andamento. Diferente de outras séries, MINDHUN-

Dicas de conteúdo cultural

TER aprofunda na mente dos psicopatas. As cenas de ação dão espaço a grandes diálogos. Para quem não curte essa narrativa, pode achar a série arrastada e para quem gosta, é um prato cheio. Filme Memento (Amnésia): Filme lançado em 2001, do diretor Christopher Nolan, conta a história de Leonard Shelby (Guy Pearce), um homem que sofre de amnésia anterógrada, que o impossibilita de adquirir novas memórias. Durante os créditos iniciais, (que mostram o final da história) Leonard é visto matando Teddy (Joe Pantoliano). Esse filme chama a atenção por mostrar os eventos separadamente:

Por Kennedy Pezzin

uma a cores e a outra em preto e branco. Um thriller psicológico que vale a pena conferir.

Arcaica é, sobretudo, uma aventura com as figuras de linguagem.

Livro Lavoura Arcaica: Romance escrito por Raduan Nassar e lançado no ano de 1975, conta a história de André e sua família que são imigrantes libaneses que se estabeleceram aqui no Brasil. Tudo é contado do ponto de vista de André, um jovem do meio rural arcaico que se vê diferente das outras pessoas da família, que é baseada em um sistema patriarcal clássico, decide fugir de casa. Lavoura

Música Supercombo: Banda de indie rock brasileira criada em 2007 em Vitória (ES). O grupo atual é formado por: Leonardo Ramos; Pedro Ramos; Carol Navarro e Paulo Vaz. Supercombo fez sucesso no Youtube e nos serviços de streaming. A música “Piloto Automático” foi a segunda mais compartilhada em 2014 pelo Spotify. Em 2015, a banda participou do “Superstar” da Globo, saindo no top 15. Seu mais recente trabalho é o álbum “Rogério”, de 2016.

Crédito das imagens: Divulgação.

38 ANOS DE COMUNICAÇÃO E RESISTÊNCIA A coluna faz questão de parabenizar o Centro Acadêmico de Comunicação Social Professora Maria Cidade Agra, mais conhecido como Cacos, que completa 38 anos neste mês de abril!

Por Pedro Cunha


Astrologia

Horóscopo

por clara curto

Confira sua música de acordo com o seu signo!

ÁRIES (21/03-19/04): O bom ariano tem espírito de li-

derança e vontade de estar sempre em movimento. A música desses briguentos de plantão não poderia ser outra senão Metralhadora, da Banda Vingadora. TOURO (20/04-20/05): O taurino aprecia sempre a estabilidade e não abre mão dos prazeres da vida. Quer conquistar uma pessoa de touro, conquiste primeiro seu estômago, com uma boa Larica dos Mulekes! GÊMEOS (21/05-20/06): Inteligentes que só, os geminianos são muito adaptáveis aos ambientes. Por possuírem características marcantes, podem ser instáveis, mas é aquele ditado “Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo”. CÂNCER (21/06-22/07): Os cancerianos são emoção pura. Apesar de um pouco fechados, são muito apegados e carinhosos, e às vezes instáveis emocionalmente, por isso não decepcione uma pessoa de câncer se não quiser machucá-la, ou ouvirá um Não Quero Mais, da Ludmilla. LEÃO (23/07-22/08): Energia é o que não falta nos leoninos, agitados e independentes, chegam arrasando em todo lugar que passam! Mas não se confundam, eles são muito leais e confiantes. Sua música não poderia ser outra senão Que Tiro Foi Esse, de Jojo Toddynho. VIRGEM (23/08-22/09): Muito organizados, equilibrados e traçando objetivos com clareza, os virginianos estão sempre controlando tudo. Como eu Quero, do Kid Abelha, resume exatamente como se sentem caso isso aconteça. LIBRA (23/09-22/10): Muito extrovertidos, os librianos são sempre animados, elevando o astral de todo lugar que passam. Não são fãs da solidão, por isso nenhuma música resume mais esse signo do que Teoria da Branca de Neve, de Mc Mayara, afinal “pra que só ter um se eu posso ter sete?”

ESCORPIÃO (23/10-21/11): Escorpião é o signo mais

misterioso do zodíaco. Muito carnais, eles não costumam ser muito ligados a um só amor, como falam os Tribalistas na música Já Sei Namorar, “não sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também”! SAGITÁRIO (22/11-21/12): O sagitariano, conhecido por ser muito comunicativo, detesta se sentir aprisionado. Sempre disposto a buscar novas experiências e aventuras, nenhuma música resume mais esse signo do que Liberdade pra dentro da cabeça, do Natiruts! CAPRICÓRNIO (22/12-19/01): Muito controladores e pés no chão, os capricornianos são sempre prestativos e pouco sonhadores. Com objetivos bem traçados, eles não aceitam nada menos do que a vitória. Sendo assim, nenhuma trilha sonora melhor que We are the champions, do Queen, para resumir esse signo!

AQUÁRIO (20/01-18/02): Simpático e humanitário,

o aquariano é muito original. Leais, eles não costumam demonstrar sentimentos e são bem desapegados, por isso a música Namora Bobo, do Thiago Brava, resume a parte amorosa dos aquarianos! PEIXES (19/02-20/03): Sentimental e romântico, o pisciano costuma viver em seu próprio mundo. A curiosidade move sua vontade de aprender. A música Quase sem querer, de Raul Seixas, é como um hino para os piscianos.

No Entanto

Quarta-feira, 18 de abril de 2018

Saiba o que são casas astrológicas As casas astrológicas são importantes na hora de interpretar o mapa astral, mas pouco se fala sobre elas. Por Heloísa Bergami

A

onda da astrologia veio para ficar. Muitas pessoas passaram a procurar pelo mapa astral e em como interpretá-lo. Aquele amontoado de planetas, signos e casas tem significado para várias pessoas que acreditam em astrologia. “Mas espera aí. Casas? O que é isso?”. O No Entanto fez uma pesquisa nos melhores conteúdos sobre assunto disponíveis na internet e um resumo para te explicar. Os planetas são as energias a serem tratadas, os signos são a forma com que essa energia acontece e as casas astrológicas falam sobre aspectos da vida em que as energias estão sendo aplicadas. Elas podem não aparecer ou se repetirem diversas vezes no mapa astral. Quando alguma não aparece, a interpretação se dá através do planeta e signo regente dela. A astrologia divide o céu em 12 partes, denominadas casas. A divisão mais comum é o Sistema de Casas Iguais, em que todas têm o mesmo tamanho. Existe também o sistema Placidus, que divide as casas de acordo com o tempo. Elas também são separadas por grupos sendo eles Angulares, Sucedentes e Cadentes. Astrólogos antigos acreditam que cada grupo tem uma intensidade de influência. A primeira tem 100%, a segunda 50% e a terceira 25%. Saiba onde está cada casa nesses grupos. CASAS ANGULARES Essas casas astrológicas se referem ao “Eu” ou “O Ego” e nos dizem como lidamos com a realidade. CASA 1: É a do seu ascendente, o signo que saía ao leste no horizonte quando você nasceu. Ela rege a aparência, como você se mostra aos outros. É aqui que se conhece qual é a primeira impressão que as pessoas têm de você. CASA 4: Essa é a casa da família, que mostra como suas origens influenciam no

seu “eu”. CASA 7: Casa do signo descendente, o oposto do ascendente. Fala como você é em relação aos outros em várias instâncias, mas principalmente nos relacionamentos amorosos. CASA 10: Casa do “eu público”, da fama e do reconhecimento. CASAS SUCEDENTES Aqui são as casas ligadas a posses. Sucedente significa seguir ou alcançar, ou seja, essa parte fala sobre como você alcança o seu sucesso. A palavra-chave aqui é “coleção” e ela pode aparecer de várias maneiras, seja na organização, na vida financeira ou na própria proteção. CASA 2: É a casa dos pertences, muitas vezes ligadas a dinheiro. A verdade é que ela está preocupada com o que você dá valor, incluindo a autoestima. CASA 5: Diz respeito aos hobbies e atividades prazerosas. Também fala sobre romance, criação dos filhos e esportes. CASA 8: É a maneira com que você lida com a partilha de dinheiro. Está ligada a morte e regeneração. Também diz muito sobre sua capacidade de recuperação da saúde. CASA 11: Essa casa fala sobre sua relação com os amigos. Também está preocupada com valores morais e éticos e com o futuro. CASAS CADENTES Essas casas astrológicas falam sobre dispersão. Aqui se discute como o passado pode afetar o futuro e de que maneira você lida com isso. CASA 3: É a casa da comunicação, ou seja, como você distribui seu conhecimento. Também diz sobre o convívio familiar. CASA 6: É a casa do serviço, em que se disponibiliza recursos para ajudar os outros. Aqui se discute saúde, trabalho e os hábitos do dia-a-dia. CASA 9: Representa filosofias de vida, religião e escolha profissional, principalmente do ensino superior. CASA 12: É a casa do “não-eu”, da quebra do ego. Representa a saúde mental e as fraquezas ocultas

Crédito da imagem: Reprodução/Personare.

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Cultura & Entretenimento

No Entanto Quarta-feira, 18 de abril 2018

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Por Daniel Jacobsen

N

esta edição, começo com uma sugestão de peça com um tom mais adulto, que expõem a morte e as mazelas humanas. Para descontrair, recomendo um show de stand-up comedy e uma mostra de cultura pomerana. Para acentuar a crítica social, uma sugestão de filme nacional sobre um operário. Confira:

1ª Mostra Pomerana O Shopping Norte Sul, em Vitória, vai receber a “1ª Mostra Cultural Pomerana”. A mostra vai levar a cultura do povo pomerano, que vive em sua maioria na região Serrana do estado. O evento contará com apresentações de grupos de dança, corais, feira de artesanato com produtos da região, exposição de fotos, degustação de comidas típicas, presença da rainha e princesa pomerana, tocadores de concertina, e ainda a realização de um casamento pomerano ao vivo no shopping.

O Cortiço dos Anjos A Trupe Capixaba de Teatro – Trupe lá Pocô, apresenta seu novo espetáculo, sobre as histórias de quatro personagens que vivem em um cortiço, enquanto um delegado investiga o assassinato de Teresa, que vivia com as quatro. A peça nos mostra o que há de pior e de mais frágil no ser humano, revelando a marginalização social, e as fraquezas, medos e vícios que todos nós temos. Assista e reflita sobre a pergunta que a peça nos propõe: Vale a pena amar demais?

27/04, às 21h Duração de 1h. Teatro Municipal de Vila Velha Ingressos: R$ 25,00 (meia) À venda no site Sympla Classificação: 14 anos.

Crédito: Reprodução.

Crédito: Divulgação.

18/04, às 19h30 Duração de 80 min. Teatro Sesc Glória Ingressos: R$5,00 (meia) Classificação: 18 anos.

21/04 e 22/04 14 às 20h Shopping Norte Sul Entrada gratuita. Classificação: livre.

Stand-up Comedy As comediantes Bruna Louise e Monique Pfaender apresentarão seu show de stand-up comedy em Vila Velha. Em um mundo dominado por homens, as duas vêm conquistando seu espaço e se tornando conhecidas na mídia. O show promete arrancar muitas risadas e fazer com que por pelo menos uma horinha todos esqueçam seus problemas e dêem boas gargalhadas.

Arábia Um garoto de uma cidade mineira encontra um caderno e viaja pelas narrativas de seu escritor: o operário de uma fábrica da cidade, que, após ser libertado da prisão, vive trocando de trabalho. É uma história de luta, trabalho, encontros, despedidas e denúncias de opressão imposta pelo sistema contra os trabalhadores em seu cotidiano. O filme é uma boa opção para os interessados em problemas sociais ou simplesmente apreciadores de um bom filme. Direção de Affonso Uchôa e João Dumans.

Crédito: Divulgação.

Confira uma seleção de dicas quentes para curtir um programinha cult.

Crédito: Divulgação.

Programação cult de Vitória

Em cartaz de 19/04 a 02/05, às 18h20 (exceto no dia 21/04, feriado de Tiradentes). Duração de 96 min. Drama. Brasil. CineSesc Glória Ingressos: R$ 3,00 (meia) Classificação: 16 anos.


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Gastronomia

No Entanto

Quarta-feira, 18 de abril de 2018

Jerusalém vira local de efervescência gastronômica Lugar atrai público de todas as idades em busca e vai constituir polo gastronômico.

“E

ra só buraco, não tinha calçamento e quando chovia, os carros passavam e jogavam água em cima das minhas mesas”. Essa é a descrição que Otília Vittorazzi (60) faz da Avenida Jerusalém de 34 anos atrás. Ela e o marido, Francisco Nascimento, são proprietários do Bar do Chico, um dos estabelecimentos mais antigos da avenida, localizada no bairro Vila Palestina, em Cariacica. Quando o casal abriu seu bar, há 34 anos, dividiam a clientela com somente dois outros concorrentes: o Bar do Jaime e o Bar e Mercearia Brunelli. Hoje, a realidade vivida é completamente diferente. A avenida Jerusalém cresceu, progrediu e virou local de efervescência gastronômica. Atualmente, são 40 opções para todos os gostos e bolsos, sem contar com as barracas da praça de Jerusalém. Há uma grande variedade de bares e lanchonetes, além de outras alternativas que também dão água na boca. Quando indagada sobre o sucesso da região, Otília é categórica: “Hoje virou o point de Cariacica porque aqui tem tudo o que o consumidor quer, desde a lanchonete até o restaurante. O movimento aumentou muito”. Lanche semanal com os amigos Frequentadora assídua, Juliana Mota Nicacio, 20, comparece a Jerusalém toda semana para lanchar com os amigos. O maior atrativo da área, segundo ela, são as lanchonetes e hamburguerias, boas e com preço justo. Juliana também não poupa elogios a uma das sorveterias, a Fioretto. Mas ela também aponta um lado negativo: “não é uma região esteticamente bonita, então acaba não sendo um local tão agradável”. 9 bares 5 pizzarias 4 hamburguerias 2 chopperias 1 restaurante japonês 1 esfiheria

Crédito: Reprodução/Facebook.

Por Pedro Cunha

O Super Burger é uma das hamburguerias favoritas de Juliana. Na foto, o hamburguer Hulk.

Primeiro polo gastronômico de Cariacica É tamanho o êxito da localidade que a Prefeitura de Cariacica, por meio do seu Instituto de Desenvolvimento, idealizou um projeto para criar o primeiro Polo Gastronômico de Cariacica, que será formado pela avenida e praça de Jerusalém e rua das Cruzadas. A proposta é revitalizar e reestruturar a área, transformando-a em um espaço totalmente voltado ao lazer, com mais conforto e segurança. De acordo com informações preliminares da Prefeitura, a proposta consiste na elevação da pista ao nível das calçadas, padronização das vias de pedestres, ampliação das áreas de diversão e fechamento de um trecho da Avenida Jerusalém, com dias e horários pré-determinados. Uma projeção 3D e detalhes da iniciativa foram apresentadas no dia 14 de novembro de 2017 e agradaram os moradores e comerciantes do bairro. Para Otília, o projeto é excelente e “vai ficar muito lindo”. Segundo ela, o comércio será beneficiado, porque algumas famílias com criança não frequentam um local com medo dos carros, que passam em alta velocidade. O prefeito de Cariacica, Geraldo Luzia de Oliveira Junior, o Juninho, postou em sua

LISTA DE OPÇÕES GASTRONÔMICAS

rede social que a população poderá desfrutar de mais espaço e comodidade, além de conforto e segurança. Segundo ele, a Prefeitura buscou dar mais visibilidade à área, que já apresenta o perfil da gastronomia noturna, qualificando a região como um espaço de lazer para a população. Em uma reunião do prefeito com os moradores e comerciantes, foi divulgado que a previsão de início das obras era janeiro de 2018, porém até agora, nada foi feito. Segundo a Prefeitura, a captação de recursos para o projeto ainda precisaria ser feita. Não há previsão para o início das obras. Falha na elaboração do projeto Mesmo com os inúmeros elogios, a ideia também recebeu críticas. Nilson Morais (63), morador da rua das Cruzadas, se queixa que houve falha na elaboração do projeto. Segundo ele, a avenida Jerusalém possui inúmeras entradas de garagem, e o fechamento da via modificaria totalmente a vida e a rotina dos moradores. Já Juliana Nicacio expressa preocupação e sugere que a proposta seja mais bem pensada, porque, com o fechamento da via, o trânsito será completamente alterado, e os moradores serão muito afetados. 7 lanchonetes 5 açaíterias 3 sorveterias 2 docerias 1 restaurante mexicano


Gastronomia

No Entanto Quarta-feira, 18 de abril 2018

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Estudantes optam por marmitas: mais benéficas para a saúde e para o bolso Por Maria Pelição

O

cotidiano universitário é corrido por natureza. Trabalhos para entregar, textos para ler, provas para estudar, estágios e horas para cumprir são alguns dos exemplos do alvoroço que é a vida dentro da universidade. Com todo esse frenesi, muitos estudantes ainda têm de lidar com o aumento do Restaurante Universitário (RU), dietas, restrições alimentares ou simplesmente quererem se manter saudáveis. Esse conjunto de fatores trouxe para o meio univeristário um novo apetrecho: a marmita. A cantina do Cinema, por exemplo, desde o aumento do RU, tem permitido aos alunos esquentarem as suas marmitas gratuitamente. No Campus da Ufes em São Mateus foi instalado um microondas no RU para ficar à disposição dos alunos que trazem o almoço de casa. Universitários que pararam de comer no RU devido ao aumento do preço, que necessitam de otimizar o tempo, de continuar na dieta ou que possuem alguma restrição na alimentação são os mais adeptos do uso de marmitas. A estudante da Ufes, Beatriz de Souza, por exemplo, encontrou nas me-

rendas uma forma de aproveitar melhor seu tempo, já que o intervalo entre o fim de seu estágio e o início das aulas é muito curto, ela opta pela marmita em detrimento de um restaurante. Ela, por questão de tempo e dinheiro, achou a troca vantajosa. Em contrapartida, o estudante Arthur Araújo, da Emescam, que costumava ser muito adepto das marmitas no início de sua faculdade, parou de fazê-las nos últimos meses pela praticidade. “Era mais saudável, eu sabia o que estava comendo, pois era eu que fazia, mas acabei optando nesse último período por comer no self service aqui perto, pela facilidade”, comentou o estudante. A mestranda em Nutrição e Saúde pela Ufes, Lauriete Silva, explica as vantagens para a saúde de trazer os alimentos de casa. “É uma opção saudável, visto que você conhece melhor o que está comendo, desde a escolha na hora da compra até o consumo final, garantindo quantidade adequada e qualidade dos alimentos”, disse. A possibilidade de conhecer todos os ingredientes que estão sendo consumidos é o que agrada a universitária Letícia Caliman. Ela é vegetariana e está iniciando uma dieta vegana e, apesar do RU cobrir uma alimentação ovolactovegetarina, o uso de ovos e laticínios impede a aluna de se alimentar com qualidade e de acordo com suas convicções éticas, por isso, passou a fazer marmitas.

No consumo de alimentos, é necessário procurar uma combinação diversificada e equilibrada, principalmente na dieta vegetariana, explica a mestranda Lauriete. Veja aqui as dicas que ela dá:

Dicas para fazer suas próprias marmitas:

Crédito: Reprodução/Internet.

Com a correria da universidade e desejo por bem-estar e economia, marmita surge como alternativa.

Planeje com antecedência! Prepare sua marmita na noite anterior ao dia que irá levar ou, se quiser economizar tempo, prepare as refeições para a semana toda e congele-as. No segundo caso, retire a marmita do congelador na noite anterior e coloque na geladeira para descongelar. Opte por refeições com pouco molho, pois eles podem escorrer na marmita. Se possível leve o molho sempre separado. Use recipientes de vidro para as comidas que serão aquecidas. O vidro é mais seguro e não altera o cheiro ou o sabor dos alimentos. Os recipientes de plástico são liberados somente aqueles livres de Bisfenol A , substância tóxica presente na composição de plásticos, que quando aquecidos podem contaminar o alimento.

Crédito: Maria Pelição.

É importante garantir uma alimentação equilibrada com opções de carboidratos, proteínas, leguminosas, verduras e legumes.

Na marmita, o equilíbrio alimentar é fundamental. Na foto, espaguete de abobrinha ao molho pesto vegano, salada de tomate, nozes, e maçã de sobremesa.

As saladas cruas devem ficar separadas da marmita e não podem ser aquecidas para preservar seus nutrientes. Você pode optar por marmitas que não precisam ser aquecidas, como as saladas de potes que podem ser preparadas para a semana toda também.


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Esporte

No Entanto

Quarta-feira, 18 de abril de 2018

Os alunos conseguiram R$ 716.089,00 em emendas parlamentares para a obra que beneficia mais de 3 mil estudantes do Ceunes.

Crédito: Weslley Vitor.

Estudantes captam recursos para quadra poliesportiva em São Mateus Por Weslley Vitor

A

Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) realizou uma cerimônia no dia 16 de março de 2018 para inauguração da quadra poliesportiva do Centro Universitário Norte do Espírito Santo (Ceunes), campus de São Mateus. A quadra foi uma conquista dos próprios estudantes, que entre 2015 e 2016, por meio da Diretoria de Esportes do DCE e da Atlética Central dos Estudantes, procuraram deputados federais para captar recursos públicos a fim de construir um espaço físico para a prática esportiva no campus. O evento de inauguração da quadra contou com a presença do reitor da Ufes, diretoria do Ceunes, deputados federais que destinaram emendas parlamentares para a obra, representantes estudantis da gestão anterior do Diretório Central dos Estudantes da Ufes (DCE Ufes), responsáveis pela captação das emendas juntos aos deputados federais, além de estudantes, servidores e autoridades locais. A quadra poliesportiva servirá para esportes como futsal, vôlei, basquete, handebol e outros. O espaço conta também com arquibancada, vestiários feminino e masculino, além de duas salas multiuso, que irão servir para atividades culturais e esportivas. O reitor da Ufes, Reinaldo Centoducatte, falou da importância da inauguração da quadra. “Estamos entregando um instrumento público à nossa comunidade do Ceunes, que certamente será compartilhada com os moradores e comunidade vizinha”, disse o reitor. Ele agradeceu aos parlamentares por atenderem aos pedidos dos estudantes. Os estudantes do Ceunes não contavam com um espaço próprio para práticas esportivas, como relata o estudante do 3º período de agronomia, Gustavo Torezani. “Todas as vezes que a gente precisou fazer alguns eventos, tivemos que ir lá pra quadra da cidade, que é um pouco distante e inviável pra algumas pessoas. É muito bom a gente ter um espaço deste aqui, uma quadra como

“É muito bom a gente ter um espaço deste aqui, uma quadra como esta é muito importante”, disse o estudante Gustavo Torezani.

esta é muito importante”, diz Gustavo. O diretor do Ceunes, Roney Pignaton, destacou que a quadra “é fundamental para a vida universitária. Para socialização não só dos estudantes, mas de todos os servidores”. Segundo o diretor, a destinação das emendas parlamentares em 2016 do então deputado federal Max Filho e do deputado federal Paulo Foletto foram fundamentais para o campus. Para Max Filho, atual prefeito da cidade de Vila Velha, “estamos num tempo em que a educação tem tido cortes de recursos, e é importante que a gente esteja dando atenção e a devida prioridade à pauta da educação, sem a qual nós não iremos nos estabelecer nesse mundo competitivo”. Formado em Direito pela Ufes, Max destacou a importância de ter sido procurado por estudantes para destinação da verba federal para a educação. Paulo Foletto disse que a educação é prioridade. “Infelizmente, a nossa nação não fez a opção pelo conhecimento. Optaram pela má gestão e pela corrupção, é o que a gente vê estampado nos jornais todos os dias. O dia que fizermos opção pelo conhecimento sem dúvida nós teremos uma nação mais equilibrada”, complementou Foletto. O ex presidente do DCE Ufes na “Gestão F5 Atualiza”, entre 2016 e 2017, Raphael Simões, fez questão de citar os diversos

os estudantes envolvidos na conquista e falou da importância da quadra. “A gente entendeu que São Mateus não tinha um espaço de vivência, não tinha espaço para prática esportiva”, disse. Ainda segundo Simões, a quadra vai ficar para o resto da vida na história do campus e na história dos estudantes. Guilherme Cogo, atual presidente do DCE Ufes, parabenizou a gestão anterior pela conquista do espaço e os deputados envolvidos pela destinação das verbas para a áreas de educação e esportes. “Esporte não pode ser considerado apenas competição, mas também espaço de vivência”, reforçou. Os recursos A obra da quadra contou com a destinação de emendas parlamentares individuais do então deputado federal Max Filho (PDSB) e do atual deputado federal Paulo Foletto (PSB), além de complemento de recursos próprios da universidade para finalização das obras de forma rápida, durou menos de dois anos. O valor total da obra foi de R$ 845.038,29 dos quais 84% foram de emendas parlamentares captadas pelos estudantes e 16% de recursos próprios da Ufes.


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