No Entanto Edição 87

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Jornal Laboratório | Universidade Federal do Espírito Santo | N. 87 | 10 de maio de 2018

Reportagem Especial - 1º de maio

MP caduca e deixa reforma trabalhista mais dura

Desde 23 de abril, com o fim da MP 808, nova lei trabalhista volta ao estágio em que foi aprovada, fazendo valer regras polêmicas. > 3

novos desafios no mundo do trabalho

Movimento Empresa Junior

Ofertando serviços mais baratos que projetos de empresas sênior, o MEJ tem se tornado uma das maiores redes empreendedoras do Brasil. > 4

Foto: André Rangel

MEI: um modo de se formalizar

Com as novas formas de trabalho vigente, o trabalhador encontra um jeito de se adequar. > 5

Foto: André Rangel

Diploma: um é bom, dois é ótimo? Retornar à Universidade para uma segunda graduação tem se tornado cada vez mais comum entre os jovens da atualidade >8

Movimento do RU cai pela metade Desde a mudança do valor da refeição, RUs de Goiabeiras e Maruípe têm recebido cada vez menos usuários > 10

Mais rigidez nas cotas

Riscos de fraude nas cotas Ufes cria mais uma etapa de avaliação dos optantes. Estudantes expressam sua opinião sobre as fraudes que vêm ocorrendo. > 9

Confira dicas de livros, músicas, filmes e séries no Culturentanto > 14


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Editorial e Expediente EXPEDIENTE edição, ARTE E DIAGRAMAÇÃO André Rangel Clara Curto Heloísa Bergami Maria Pelição PROJETO GRÁFICO

Pedro Cunha

REDAÇÃO Agnes Gava Bárbara Catharine Bethania Miranda Cássia Rocha Daniel Jacobsen Gabrielly Minchio Isabela Luísa Jonathan Amaro Kennedy Pezzin Laís Santana Larissa Tallon Letícia Soares Pedro Cunha Robson Silva Weslley Vitor

No Entanto

Quinta-feira, 10 de maio de 2018

EDITORIAL Por Heloísa Bergami O primeiro dia do mês de maio é dedicado ao trabalhador. A homenagem foi criada devido aos 500 mil proletários que protestaram por melhores condições de trabalho nos Estados Unidos, pela primeira vez na história, em 1886. Desde então as relações trabalhistas vêm se adaptando às gerações, mas sempre ameaçadas por aqueles que acham que o trabalhador é uma máquina. No Brasil, a Consolidação da Legislação do Trabalho (CLT) marcou o nosso 1º de maio de 1943, durante o governo de Getúlio Vargas. Em todos os seus 75 anos, alterações foram feitas, mas nunca tão duvidosas como agora com a reforma trabalhista. De microempreendedores a empresários júnior, todos sentem apreensão ao falar sobre essas mudanças que prometem melhorar as relações patrão-empregado no país. A pergunta que fica é: Melhor para quem? Um governo polêmico que estampa em outdoors “Não pense em crise, trabalhe”, ameaça os direitos do trabalhador que demoraram tantos anos para serem adquiridos. Em vista disso, nós do NoE resolvemos mostrar as relações de trabalho do brasileiro e como ele está lidando com tantas reviravoltas na política. Boa leitura!

DIGITAL E MÍDIAS SOCIAIS Beatriz Moreira Karla Silveira Milena Costa

COLABORADOR Pedro Melo

Turma de Jornalismo 2017/1

NoE nas redes https://jornalnoentanto.wordpress.com

PROFESSORA orientadora Ruth Reis (MTB 256/ES)

facebook.com/jornalnoentanto

NoEntanto Jornal laboratório do curso de Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Produzido pelo alunos do terceiro período. Av. Fernando Ferrari, 514, Goiabeiras | Vitória, ES Email: noentanto.ufes@gmail.com Telefone: (27) 4009-2603

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Reportagem Especial

No Entanto Quinta-feira, 10 de maio de 2018

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Novos desafios no mundo do trabalho Consequência da nova fase do capitalismo, o mercado de trabalho se modifica

Por Daniel Jacobsen e Heloísa Bergami

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rabalhar se tornou essencial e por isso várias pessoas lutam pela melhor qualidade do trabalho ao redor do mundo. Foi em Chicago que as reivindicações trabalhistas começaram. No dia 1 de maio de 1886, 500 mil trabalhadores foram às ruas e isso inspirou vários outros movimento no mundo. Nos anos atuais, o mundo do trabalho tem sofrido profundas alterações, geradas seja pelo modo como se organiza a produção como um todo, pelas crises da economia - cada vez mais globalizada ou pelo aumento da automação. No Brasil, os impactos podem ser sentidos nos índices de desocupação crescente. Já temos 13 milhões de pessoas aptas a trablhar desocupadas (veja abaixo), enquanto que ainda registra-se resquícios de formas de trabalho arcaicas, como o escravo e o infantil (gráficos na página seguinte). Em decorrência do mês do trabalho, o NoEntanto apresenta uma reportagem especial sobre esta questão. Mostramos que as novas formas de ocupação exigem iniciativas para preparar os jovens para o mundo do trabalho e as empresas Juniores são uma delas. Você também vai conhecer a formalização do trabalho através do microempreedimento individual e se informar sobre a nova lei trabalhista. Ao final, confira sugestões de filmes com a temática do trabalho.

MP caduca e deixa reforma trabalhista mais dura Desde 23 de abril, com o fim da MP 808, nova lei trabalhista volta ao estágio em que foi aprovada, fazendo valer regras polêmicas.

Por Daniel Jacobsen e Heloísa Bergami

Foto: André Rangel

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provada em 13 de julho de 2017, a Lei Nº 13.467 entrou em vigor no mês de novembro do ano passado. Conhecida como Lei da Reforma Trabalhista, alterou diversos pontos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e vem gerando polêmica até hoje. A lei veio acompanhada de uma Medida Provisória (MP 808/17) que preenchia lacunas deixadas pelo texto da reforma. Essa medida, no entanto, perdeu o valor no último dia 23 de abril, quando expirou seu prazo de avaliação.

O que é essa MP?

A MP 808/17 foi criada a partir de um acordo entre o presidente Michel Temer e senadores para acelerar a aprovação da refiorma trabalhista, suprindo algumas brechas da lei e alterando pontos que não eram consenso entre os senadores. Ela regulamentava as peculiaridades da jornada 12 x 36 e o contrato de trabalho intermitente recém-criado; prestava esclarecimentos acerca da função a ser executada pela Comissão de Empregados na representação dos trabalhadores; alterava as regras para a fixação da indenização extrapatronal e contratação de autônomo vedando, de forma expressa, a exclusividade do tomador do serviço; restringia o trabalho da gestante e lactante em ambientes insalubres; e, ainda, criava limitação para ajuda de custo e prêmios que não iriam possuir natureza salarial.


Reportagem Especial

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Aprender empreendendo: o universo do Movimento Empresa Junior

Ofertando serviços mais baratos que projetos de empresas sênior, o MEJ tem se tornado uma das maiores redes empreendedoras do Brasil.

O cotidiano de uma EJ

Por Jonathan Amaro

Durante a semana, o dia-a-dia dentro da EJ é bem semelhante à rotina de uma empresa sênior. Os empresários juniores ingressam por meio de processo seletivo, cumprem uma carga horária obrigatória, fazem atendimento, vão a reuniões, desenvolvem projetos e têm contato direto com o mercado de trabalho. Assim como o sistema de gestão, as empresas juniores também enfrentam os problemas semelhantes ao mercado sênior. Segundo o estudante de Publicidade e Propaganda, e diretor de estratégia da Empresa de Comunicação Social da Universidade Federal do Espírito Santo (Ecos Jr.), Vinicius Vieira, todo ano a empresa tem que lidar com problemas como a evasão, falta de mão-de-obra e atrasos na execução de projetos. “No Estado, a Ecos se destaca pelo seu ambiente diferenciado, pela criatividade e talento dos membros, mas temos os mesmos problemas que a maioria das EJ’s”, disse.

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o completar 30 anos de história no Brasil, em 2018, o Movimento Empresa Junior (MEJ), é composta hoje por uma rede formada por mais de 600 empresas juniores (EJ’s) alcançando 16 mil jovens universitários, de instituições públicas e privadas brasileiras. Eles realizam projetos e serviços profissionais para a sociedade por um valor bem abaixo do mercado. O MEJ começou em 1976, na França, e chegou ao Brasil em 1988. A missão do movimento é fomentar a cultura empreendedora e proporcionar a possibilidade de aplicar os conhecimentos adquiridos na sala de aula e vivência empresarial já nos primeiros períodos da faculdade. Além disso, o MEJ foca em promover junto aos empresários juniores o desenvolvimento de aspectos exigidos pelo mercado como trabalho em equipe e liderança.

Como funciona As Empresas Juniores atuam em diversos segmentos e são definidas, segundo a Lei nº 13. 267, como organização civil, sem fins lucrativos, administradas por estudantes matriculados em qualquer curso de graduação, com o objetivo de realizar projetos, capacitar e desenvolver as habilidades práticas de seus membros. Como não têm fins lucrativos, as EJ’s não remuneram seu pessoal e o dinheiro arrecadado é reinvestido na manutenção da própria empresa e na capacitação dos membros. Mesmo com o cenário brasileiro em crise, em 2017, as EJs tiveram um faturamento de R$ 21 milhões. Só no Espírito Santo, as 25 empresas Jr. faturaram mais de R$ 740 mil.

Pedro Melo, Cássia Rocha e Aline Almeida, da Ecos jr. (Foto: Jonathan Amaro)

Sonhos de empreendedor

Uma empresa júnior proporciona acima de tudo experiência, desenvolvimento e contato com o mercado. Muitos que ingressam nas EJ’s chegam com a esperança de aprimorar seus conhecimentos e com o sonho de alcançar oportunidades no futuro. Para Luís Fernando, estudante e pós-júnior da Ecos (Empresa de Comunicação), a participação no movimento foi fundamental para o seu desenvolvimento e visão de futuro. “Eu cheguei cheio de dúvidas e incertezas sobre o meu curso e o mercado de trabalho. O meu período dentro da EJ me fez ver que as oportunidades são muito maiores do que as que eu imaginava”, disse. Os resultados também são sentidos pelo mercado. Com a oferta de serviços variados a um preço quase 70% mais barato do que as empresas convencionais, as EJ’s proporcionam aos seus clientes, micro e pequenos empresários, a oportunidade de se fortalecer ou iniciar um novo negócio.


Reportagem Especial

MEI: um modo de se formalizar Quantidade de microempreendedores indivuduais aumenta a cada ano Por Bethania Miranda

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ara fugir do desemprego decorrente das diversas mudanças no modelo da economia brasileira, muitas pessoas recorrem ao trabalhos informais ou ao empreendedorismo. De acordo com dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em dezembro de 2017, registrou-se cerca de 7,7 milhões de microempreendedores individuais (MEIs) no Brasil. Comparado a 2016, houve um crescimento de 14%. A possibilidade de o trabalhador formalizar suas atividades e tornar-se um Microempreendedor Individual (MEI) foi criada com a Lei Complementar nº 128/2008. Para ser MEI, o limite de faturamento anual não pode ser maior do que R$ 81 mil anuais e este não pode ser titular, adminis-

Luan Albani e Kleber Oliveira atuam como MEI. Foto: Bethania Miranda

trador ou sócio de outra empresa e contratar mais de um funcionário. Segundo o contador Thadeu Barcelos, houve um aumento na procura por essa opção, por ser mais simplificada e atraente economicamente. “Os honorários contábeis muitas vezes são mais econômicos, devido à modalidade simplificada de empresa que é. Os encargos trabalhistas e previdenciários também muitas vezes são reduzidos”, salienta. O empreendedor individual tem direito a CNPJ, o que é vantajoso, pois, devido à tributação prévia, o imposto de renda é menor. Além disso, o MEI pode emitir nota fiscal na prestação de serviços, o que confere a ele maior credibilidade. Com essas facilidades, Barcelos ainda considera os benefícios dados às micro e pequenas empresas, no âmbito burocrático e bancário. “Os bancos muitas vezes oferecem linhas de crédito específicas para o microempreendedor individual com taxas de juros mais atraentes do que para pessoa física”, informa. Por ser uma modalidade de trabalho menos burocrática, o publicitário Luan Albani e o agente de viagens Kleber Oliveira, optaram por ser MEIs. Luan atua assim desde 2016, atraído pela flexibilidade de horários e pela autonomia contratual, além de poder prestar serviços para mais empresas. Já Kleber, tornou-se MEI neste ano, após a sugestão da empresa na qual trabalha. Mesmo tendo trabalhado durante toda a vida de carteira assinada, mostra-se animado com essa forma de trabalho. Como ser MEI? Para se formalizar como MEI, basta acessar o Portal do Empreendedor (http://www.portaldoempreendedor.gov.br) e cadastrar seus dados pessoais. A partir disso, o CPNJ é emitido.

No Entanto

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CINENTANTO

por AGNES GAVA

No mês em que se comemora o Dia do Trabalhodor, o NoE traz para você dicas de filmes sobre o tema

Imagens: divulgação

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Pra quem curte cinema nacional, a dica é o clássico de 1981, Eles não usam black-tie. O filme, baseado na peça homônima de Gianfrancesco Guarnieri e estrelado por Fernanda Montenegro, tece sua trama em torno das relações entre patrões e operários e das divergências dentro dos movimentos sindicais num momento de efervescência na história brasileira.

Com temática LGTBQ+, a comédia britânica Orgulho e esperança conta a história de um grupo de ativistas homossexuais que se une para defender a causa dos mineiros grevistas de sua cidade. O longa nos convida a refletir, com muito bom humor, sobre as barreiras criadas por nossos próprios preconceitos. Agora, se o que você procura é uma história inspiradora (de arrepiar mesmo), a dica é o filme Estrelas além do tempo. Indicado ao Oscar de Melhor Filme em 2017, o drama traz os desafios de três mulheres negras na tentativa de ganhar espaço como matemáticas e engenheiras da NASA, frente ao sexismo e segregação racial nos Estados Unidos dos anos 60.


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Vida Universitária

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Você já conhece o Honofre? Com muita simpatia, Honofre, proprietário da mais famosa cantina da Ufes, nos conta como tudo começou, as dificuldades que enfrentou e como mantém um atendimento de excelência Por Barbara Catharine Honofre Eugênio Daleprene, também conhecido como “Seu” Honofre, é o cantineiro mais célebre da Ufes. Ele é natural de Santa Teresa, tem 68 anos e iniciou seu trabalho na universidade há 16 anos. Foi chamado pelo irmão, que já trabalhava como cantineiro, para ajudar a cuidar das cantinas que administrava. Localizada no Centro de Ciências Humanas e Naturais (CCHN), a Cantina do Honofre está sempre movimentada. Filas se formam, nos horários de pico, para quem quer comprar um salgado, bolo de pote ou tomar um café. O local é referência para estudantes que procuram uma refeição de qualidade com preço acessível. Em entrevista para o No Entanto, Honofre lamentou que nem sempre pode ter um espaço confortável para servir aos estudantes. No começo, utilizava “uma espécie de barracão velho e sem infraestrutura”. Depois de um tempo, colocou um trailer no meio do pátio, mas ainda assim o espaço era insuficiente Foto: André Rangel para a demanda. Depois de aldavam sinal positivo e o cantineiro trabaguns anos, a Ufes disponibilizou a cantina atual, com infraestrutura ade- lhava. Em um determinado ano, quando foquada, cozinha e área para colocar caram abertas licitações pela Ufes, um candeiras e mesas. tineiro desconhecido ganhou o direito de administrar todas as cantinas do Campus, deixando o irmão do Honofre de fora. Um pouco de história Pouco tempo se passou e a UniversiO irmão de Honofre, no início, para dade retomou as cantinas, devido a uma conseguir a permissão da universidade má administração que acarretou prejuízos. para instalar as cantinas, conversava com Foi nesse momento que Honofre chegou os estudantes dos Centros Acadêmicos e à Ufes: para ajudar o irmão a reerguer o eles fechavam os contratos. Foi um perío- trabalho com as cantinas. Trouxe a esposa do em que os CA's organizavam a infraes- para cozinhar e contratou alguns funciotrutura cantineira no campus. A autoriza- nários para trabalhar. A Cantina do Honoção era feita de forma direta: os estudantes fre se tornou a única renda da família.

Família

O filho mais velho de Honofre fez Engenharia Mecânica na Ufes e uma filha fez Letras-Libras: ela é surda-muda e teve a oportunidade de se formar pela universidade. Atualmente, ela e o genro dele, Thiago, comandam a cantina. O atendimento de todos os funcionários é sempre exemplar e atencioso. Honofre diz que quando um trabalhador tem sua carteira assinada e é tratado com respeito e empatia, retribui isso para os clientes. A educação dos estudantes costumar ser recíproca.

Lema de vida

O cantineiro traz um lema na vida: amar aquilo que está fazendo. Só assim será possível oferecer um serviço de qualidade. “Não pode ter revolta. Às vezes um funcionário chega meio mal, com problemas... todo mundo tem suas coisas na vida. A gente tem que chegar pra ele e perguntar!... ‘Ah, to com um problema assim e assim’... Não pode trabalhar! Vamos colocar outra pessoa no seu lugar e vai resolver seus problemas”, explica. Sempre com um sorriso enorme no rosto, demonstra sempre muita satisfação em ver o quão grande e bem sucedida sua cantina, que começou em um barracão, se tornou.

Inovações Atualmente, a Cantina do Honofre vem inovando ao lançar uma linha de hambúrgueres gourmet, que o cliente pode pedir pessoalmente ou solicitar pelo delivery, no telefone (27) 3345-3548, WhatsApp (27) 99725-5584 ou, também , através do aplicativo iFood.


Vida Universitária

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Repúblicas estudantis: no dia em que eu saí de casa Conheça a história de três jovens brasileiros que deixaram suas cidades para estudar e encarar o desafio de morar com amigos e desconhecidos Por Weslley Vitor

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vida universitária pode ser o início de um novo ciclo pessoal, familiar e profissional. Muitos jovens deixam suas casas e famílias aos 17, 18 ou 20 e poucos anos para fazer um curso superior em outra cidade ou estado. Enfrentar a rotina universitária é um momento de tensão e muitas descobertas, mas os obstáculos não acabam por aqui. Encontrar um novo lar, uma nova “família” e lidar com as despesas pessoais são grandes desafios para os estudantes universitários. A ajuda e apoio das famílias fazem toda diferença. Gustavo é um mineiro de Divinópolis que foi estudar Geografia na UFMG em Belo Horizonte; Johnny é um belo-horizontino que se mudou para Vitória para cursar História na UFES; Joana é um capixaba que foi para São Paulo estudar Jornalismo. Os três nunca se viram ou mesmo se conhecem, mas enfrentaram praticamente as mesmas dificuldades ao irem para cidades bem diferentes e distantes das que nasceram. Ao ser aprovado no vestibular da UFMG, Gustavo não pensou duas vezes ao se mudar de uma cidade no interior de Minas Gerais para a capital. Ao chegar em Belo Horizonte ele procurou repúblicas para morar, mas como os preços próximos ao campus são muito altos, a alternativa foi se hospedar temporariamente em um hostel, mas o temporário virou permanente. Gustavo não tem companheiros de república, pois todos os que por ali passam ficam por poucos dias. Como estratégia para enfrentar a solidão longe da família, o estudante se lança aos livros e trabalhos para ocupar as horas vagas. Johnny deixou a família e amigos em Belo Horizonte para realizar o sonho do curso superior. Matriculado em História na Ufes, logo que chegou em terras capixabas ele foi recebido por veteranos, que indicaram a República Estudantil em Vitória-ES (REEVES), onde ele foi morar em um quar-

to individual de um apartamento com mobília completa, internet wi-fi e sem necessidade de contrato formal, nem tempo mínimo de estadia. Essas facilidades, atreladas ao fato de dividir a república com outros cinRepública estudantil é principal alternativa de jovens que moram longe da família. co estudantes, foram importantes fatores para a adaptação com uma família desconhecida, a experido futuro historiador ao novo ambiente. Ele ência de estudar longe de casa e viver em teve problemas financeiros para se manter uma cidade diferente não foi tão incômonos primeiros meses em Vitória, mas apren- da. Com menos dificuldades de adaptação, deu a lidar melhor com as finanças e contro- ela resolveu cursar também Artes Cênicas lar gastos pessoais. No segundo período do e participou de uma companhia de teatro. curso ele conseguiu um estágio e mudou-se Joana seguiu carreira de atriz e atualmente para um apartamento menor, para dividir realiza trabalhos nacionais, mas, sempre que com um conterrâneo, que também chegou possível, a jovem visita os pais e o irmão em para estudar na Ufes. Nos finais de semana John- Vitória, para matar a saudade. ny vai às praias capixabas com amigos e curte Seja pelos contratempos financeiros para pagode e samba em alguns bares de Vitória. se estabilizar, pela saudade da família que Para a capixaba Joana, foi difícil deixar fica distante, ou pelos problemas de adaptaVitória e ir para São Paulo cursar Jornalismo ção e convívio em novos ambientes, os esna Cásper Líbero. A maior dificuldade foi a tudantes universitários que optam pela mudistância da família, à qual ela é muito ape- dança de cidade enfrentam grandes barreiras gada até hoje. Ao se acomodar no novo en- para alcançar seus sonhos e conquistar um dereço, ela dividiu experiências com outros mundo de realizações pessoais e profissioestudantes, mas com a ajuda financeira dos nais. As experiências são as mais diversas pais ela pode se manter em um apartamento possíveis, mas o apoio da família, tanto fina nova cidade, o que permitiu mais tranqui- nanceiro quanto afetivo, faz toda diferença lidade para se dedicar melhor aos estudos. para que estes novos desbravadores criem Como Joana já havia feito um intercâm- seus próprios caminhos e tracem o futuro a bio na Alemanha há alguns anos, morando partir das experiências e vivências.

REPÚBLICAS NA GRANDE VITÓRIA República Estudantil em Vitória - REEVES Maria Ortiz/ Goiabeiras, Vitória Mobília, quartos individuais, Wi-fi, material de limpeza, gás e despesas incluídas. Quartos entre R$ 300 a R$ 500, dependendo do tamanho. República fundada há 10 anos (2 unidades). Possui lista de espera para novos moradores. (27) 997-187-367

República para moças Dona Yone Mata da Praia, Vitória Ambiente familiar, mobília na casa, necessário seguir regras do local. Quartos a partir de R$ 300 + despesas (27) 999-028-054

Pensão para rapazes - Luz do Sol Itapuã, Vila Velha Vaga em quarto compartilhado, com mobília. Oferece café da manhã Quartos por R$ 400 + despesas (27) 995-311-992


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Vida Universitária

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Diploma: um é bom, dois é ótimo? Retornar à Universidade para uma segunda graduação tem se tornado cada vez mais comum entre o jovens da atualidade Por Letícia Soares ntrar em uma graduação, até recentemente, era privilégio de poucos. Dados do Inep apontam que, entre 2003 e 2015, a quantidade de ingressantes no ensino superior aumentou cerca de 76%. Entre estes, passou a ser comum nos últimos anos encontrar jovens que, logo depois de terminarem o primeiro curso, começam um segundo. É o caso da estudante Jéssica Delcarro, que, aos 26 anos, após se formar em Ciências Biológicas, está cursando Agronomia. Jéssica conta que, ao terminar sua primeira formação, não conseguiu emprego devido às exigências do mercado de trabalho. “Os critérios de contratação são qualificação, experiência e idade, pré-requisitos que não temos ao sair da universidade”, explica. Para ela, o desemprego foi um dos motivos para tentar o segundo curso. As razões para ingressar numa segunda graduação, entretanto, são variadas. A jornalista Milena Mangabeira, 24 anos, iniciou, neste ano, o curso de Ciências Sociais. Mestre em Comunicação, avalia que a nova formação a ajudará a agregar conhecimentos à sua área de atuação como pesquisadora. O mesmo aconteceu com o arquivista Marcello Furtado, que, aos 26 anos, após concluir o mestrado em História, regressou à Universidade como estudante de Artes Visuais. “Meu mestrado foi sobre os arquivos da Ditadura Militar, trabalhando especificamente fotografia e, por isso, surgiu interesse pelo meu curso atual”, diz. Hoje, ele trabalha na Galeria de Arte Universitária (GAU), onde afirma ter conseguido unir seus estudos em Arquivologia, História e Artes. A experiência da segunda graduação, apesar de muito enriquecedora, nem sempre é totalmente agradável. Marcello, por exemplo, diz que se sente desestimulado quando vê os amigos da mesma idade. “Eles estão em outro patamar, já saíram da faculdade, e eu ali, voltando a ser calouro”, confessa. É o mesmo sentimento de Ana Clara Bianchi que, formada em Publicidade e Propaganda e mestre em Comunicação, que, aos 27

Foto: André Rangel

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anos, decidiu estudar Jornalismo. “Tenho a sensação de que não estou saindo do lugar. Não tenho tanto dinheiro quanto gostaria e dependo dos meus pais. É frustrante, mas foi uma decisão que tomei e eles apoiaram”, afirma. A coach de carreira Imaculada Souza recebe em seu escritório vários jovens indecisos quanto à entrada em outro curso ou insatisfeitos com a primeira formação. Ela atribui estes sentimentos à falta de preparo e de conhecimento na hora de escolher uma ocupação. “Os jovens não são orientados a se conhecerem, a entenderem no que realmente são bons. Ninguém os estimula nessa busca de entender qual é a vocação dele. O parâmetro do aluno para fazer sua decisão é se não tem Matemática, se precisa de pouco ponto para passar, se vai dar menos trabalho”, declara. Acerca do mercado de trabalho, Imaculada ressalta que a quantidade de cursos superiores não é determinante. “O ideal é o desenvolvimento de competência de acordo com a carreira. Uma graduação é muito abrangente e demanda muito tempo”, explicou. A fim de evitar confusão na hora de escolher um curso, Imaculada dá algumas dicas e afirma que toda pessoa tem uma mistura de talentos e características específicas, e que, ainda na infância, é possível detectar algumas tendências. “Existem, no mínimo, nove tipos de inteligência. É necessário saber qual é a predominante no jovem e, a partir disso, descobrir sua grande área. Assim, é possível detectar quais são os pontos

fortes, quais competências ele já tem e quais desenvolveria com facilidade. Além disso, é crucial desenvolver uma pesquisa sobre o que o jovem quer, com o que se identifica. A principal orientação é: conheça-se!”, conclui ela.

Qual é a sua inteligência? • • • • • • • • •

Lógico-matemática: Capacidade de resolver equações e fazer cálculos. Espacial-visual: Facilidade de interpretar e criar imagens visuais. Verbo-linguística: Facilidade de se expressar por meio de linguagem ou gestos. Interpessoal: Facilidade em se relacionar com os oautros. Intrapessoal: Capacidade de autoconhecimento e autorreflexão. Naturalista: Compreensão do mundo natural. Corporal-cinestésica: Capacidade de se expressar por meio de movimentos corporais. Musical: Facilidade de produzir, compreender e identificar diferentes tipos de sons. Existencial: Sensibilidade de abordar questões profundas sobre a existência humana.


Vida Universitária

Mais rigidez nas cotas Riscos de fraude nas cotas Ufes cria mais uma etapa de avaliação dos optantes. Estudantes expressam sua opinião sobre as fraudes que vêm ocorrendo. Por Isabela Luisa

A

s cotas universitárias são uma grande polêmica. Há quem concorde, e quem discorde, mas o que tem sido um problema nos últimos anos são as fraudes; principalmente nas cotas raciais. A autodeclaração acaba abrindo brecha para estudantes que não precisam da cota se utilizarem dela. Após o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) ter se tornado padrão para o ingresso nas universidades federais, aumentou o risco de fraude. Isso provocou mudança no sistema de regras de admissão de algumas instituições. A Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), por exemplo, a partir do ano de 2017, começou a cobrar fotos dos alunos aprovados, e a partir deste ano, os autodeclarados devem comparecer para uma entrevista na unidade de ensino. Os alunos cotistas têm muito a dizer sobre as infrações cometidas. Raquel Sarcinelli, cotista de renda, PPI (preto-pardo-indígena) e estudante de escola pública, que está no quarto período da Engenharia Ambiental (Ufes) desabafa: “As chances de um negro, pobre, que vem de escola pública, já não são grandes quando temos que competir com alguém que é privilegiado, então quando um branco se declara preto ou “pardo”, essas oportunidades ficam ainda menores para os negros.” Ronnald Ramos Faria, também estudante de Engenharia Ambiental na Ufes, cotista de PPI e de renda, argumenta que “Quem vem de uma escola pública e ainda tem uma

baixa renda familiar não consegue na maioria dos casos somente estudar”. Ele menciona também a dificuldade de acessar cursos pré-vestibulares. “A maioria de nós, cotistas, não conseguimos pagar”, afirma. Fora do Centro Tecnológico (CT), as coisas não são muito diferentes. “Sei que tem gente que consegue usar as lacunas do sistema em benefício próprio”, acredita Ricardo Lins, estudante de Administração da Ufes, cotista de escola pública. Alunos que ingressaram na universidade por meio da modalidade de “ampla concorrência” não vivem a realidade delicada dos cotistas, mas também têm opiniões fortes sobre o assunto. Diogo Alencar Zimerer, do sexto período de Engenharia Mecânica, acha um absurdo fraudar cotas visto que elas são feitas para pessoas que não têm oportunidade. “Quando uma pessoa privilegiada frauda a cota, não faz sentido ela existir”, avalia. Andressa Oliveira, estudante do segundo período de Comunicação Social, Habilitação em Publicidade e Propaganda, acredita que “o problema deve estar relacionado com a cultura de impunidade no Brasil” Os estudantes se queixam da eficiência do sistema de seleção para a reserva de vagas. As críticas variam, e não precisa de muito tempo de casa para notar os problemas. Jeniffer Silva, do primeiro período de Serviço Social e cotista deficiente física reclama: “A intenção é super válida, mas

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se fosse mais bem organizado teria mais eficácia. São dadas as oportunidades para pessoas que não se encaixam no perfil. A fiscalização nitidamente é precária. O edital deveria ser mais explícito quanto aos critérios estabelecidos”, sugere. Raquel vive a fragilidade do sistema em sua sala de aula. Ela acha que a Ufes deveria ter mais cuidado para analisar e apurar. “Este ano já melhorou bastante, tendo que levar a foto. Quando entrei em 2016, era somente assinar um papel onde você se autodeclarava e pronto. Mas, ainda sim, estão entrando brancos nas nossas vagas. Na minha turma, que deveria ter cerca de cinco cotistas PPI, e só eu e o Ronnald somos negros. Pessoas brancas estão ocupando vagas que não são delas”, denuncia.

Como funciona NoExplica: Cotas e seus perfis Cota para estudantes de escola pública: O estudante que opta por esta cota deve ter a documentação comprovando a conclusão do ensino médio completo em uma instituição de rede pública, seja da prefeitura, governo do estado ou federal. Para essa cota são destinadas 50% das vagas de um curso. Cota racial: O sistema funciona por autodeclaração, alguns documentos devem ser preenchidos pelos estudantes no dia da matrícula. Mudanças estão sendo implementadas para evitar a fraude. A Ufes exige dos alunos ingressantes fotos 10x15, e agora começaram as entrevistas na instituição. Cota para estudantes de baixa renda: Essa cota se une à de escolas públicas. Um total de 25% daquelas cotas são exclusivamente para quem além de concluir os estudos em rede pública também tem a renda mensal abaixo de 1,5 salário mínimo e 25% para famílias com renda acima de 1,5 salário per capita. A renda deve ser comprovada com os extratos bancários da família. Cota para deficientes físicos: O aluno que opta por esta cota deve ter laudo médico que comprove a sua deficiência e deve apresentá-lo para a instituição que irá frequentar.


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Economia

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Movimento do RU cai pela metade Desde a mudança do valor da refeição, RUs de Goiabeiras e Maruípe têm recebido cada vez menos comensais Por Pedro Cunha esde o dia 5 de março, data que marca o início da vigência do aumento no valor da refeição do Restaurante Universitário (RU) da Ufes, a queda no número de usuários do serviço chegou a 51,8%. Nos primeiros 15 dias de funcionamento do RU no período letivo de 2017/1 o RU serviu 86.328 refeições. Nos primeiros 15 dias de funcionamento de 2018/1, o número de refeições servidas foi 44.737, segundo dados fornecidos pelo setor de Contabilidade do Departamento de Gestão de Restaurantes da Ufes. O estudante Daniel de Barros, do curso de Psicologia, reduziu a quantidade de refeições que fazia no RU devido ao aumento. Ele considerou a decisão extremamente mal conduzida, na qual não se levou em consideração a permanência do estudante na universidade. Daniel afirmou ainda que não tem condições de pagar R$ 5 diariamente para almoçar, por isso acaba almoçando na casa de amigos. Para a estudante Natália Wandekoeken, do curso de Fisioterapia, o aumento foi inesperado, o que prejudicou os alunos que precisam permanecer em tempo integral na universidade. Ela almoça no Restaurante NÚMEROS MOSTRAM QUEDA ACENTUADA

Fonte: Departamento de Gestão de Restaurantes (Progep/Ufes)

Fique por dentro

A administração do RU vai sofrer alterações. O Departamento de Gestão de Restaurantes vai passar da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progep) para a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis e Cidadania (Proaeci).

Foto: André Rangel

D

Universitário porque fica o dia inteiro no campus, e quando o cardápio não agrada, prefere dividir marmita com alguma amiga. “A refeição sai pelo mesmo preço e com qualidade até melhor do que a do RU”, afirmou. Queda desde 2017 Segundo o Departamento de Gestão de Rus, mesmo antes do aumento do valor, as mudanças do cardápio já haviam provocado diminuição no movimento. Comparando o mesmo período de 2017/1, com os primeiros 15 dias de funcionamento do

RU em 2017/2, a queda foi de 18%. A diretora do Departamento de Gestão de Restaurantes, Amélia Lima, afirmou que existem dois motivos para a redução do número de comensais: a alteração do valor e a mudança do cardápio. Ela exemplificou um dos fatores que envolvem a queda: quem tem condições de almoçar fora do RU, caso o cardápio não agrade, prefere comer em outro lugar. “A pessoa que é atendida pela assistência estudantil come porque precisa, e hoje nós acabamos atendendo mais assistidos do que pagantes”, disse.

Qualidade de refeição em discussão Estudantes têm reclamado da qualidade das refeições servidas pelo RU. Natália Wandekoeken considera por exemplo, que, na maioria das vezes, a comida está sem gosto. Segundo a nutricionista do RU, Carmen Rosa da Cunha, o que os comensais definem como qualidade é muito subjetivo. Carmen afirmou que a redução da diversidade de opções apresentadas pode ser um dos principais motivos do que os estudantes chamam de queda de qualidade. A nutricionista, ainda, reiterou o rigoroso padrão de qualidade do restaurante, desde o momento do início das preparações, que ocorre às 6h, até o momento de a comida ser servida, entre 11 horas e 13h30. De acordo com ela, tudo é provado diversas vezes e mantido entre 65 e 80 graus Celsius. Caso a

temperatura saia desse padrão, é tudo descartado. Sobre a falta de sabor da comida, Carmen explicou que a quantidade de sal usada nas preparações é sempre padrão. Porém, esclareceu que após muita dificuldade, o RU conseguiu fazer uma grande compra de tempero, visto que não estava conseguindo fornecedor. “Estávamos com temperos bem básicos, pois não conseguíamos comprar, mas esse ano compramos todos os temperos que estavam faltando. Então, tenho ouvido comentários que a refeição está mais gostosa, mais saborosa”, disse. Já Amelia Lima, diretora do RU, afirmou que o espírito da pessoa, ou seja, o estado emocional do comensal, é crucial na avaliação da comida, porque, para ela a qualidade é a mesma.


Cidades

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No Entanto

Quinta-feira, 10 de maio de 2018

Crédito: Fred Loureiro/Secom-ES. Disponível em Fotospúblicas.com

Samarco: sem avanços

Três anos depois do desastre causado pela Samarco, poucos se produziu para recuperar os prejuízos ambientais e sociais.

Por Isabela Luisa

H

á quase três anos, uma das maiores tragédias ambientais que o país já viu aconteceu em Mariana (MG). O rompimento da barragem de Fundão, de propriedade da Samarco, destruiu grande parte do distrito de Bento Gonçalves e a vida de muitos cidadãos, além de causar desequilíbrio ao meio ambiente, matando muitos animais ao poluindo a água do Rio Doce, desde Minas Gerais até o Espírito Santo. Até o fim de 2017, a empresa havia pagado apenas 1% das multas aos prejudicados pela, e

Etapas do projeto de ETAPAS DO reassentamento da população PROJETO Segundo o RIMA de 2017, o prazo para as entregas é Março de 2019. Até lá, as famílias afetadas permanecem em moradias temporárias. O acompanhamento das famílias após a mudança é previsto para o período de dois anos.

ainda hoje não há uma medida tomada ou plano apresentado para reparar ambientalmente a região atingida. A empresa tampouco sofreu algum tipo de punição. Este ano a comunidade ainda segue fazendo protestos exigindo melhor acompanhamento da empresa, mas esta afirmou que não se pronunciara a respeito. Em março de 2016, a Vale, na tentativa de ressarcir a população atingida, criou a Fundação Renova, que indeniza monetariamente os beneficiários. Além da distribuição de água potável, esta parece ser a única medida que a empresa está tomando para reparar os danos causados por ela em 2015.

Impactos ambientais são amplos

A última avaliação dos danos ambientais causados pelo rompimento das barragens foi feita no final do ano de 2017. No Relatório de Impacto Ambiental (Rima) podem ser conhecidas as espécies animais afetadas, além da avaliação da água do rio após o desastre. Segundo a Samarco, os movimentos de terra e metais que agora se encontram na água, podem não apenas alterar em qualidade da água, mas também em quantidade. Por causa da movimentação de terra, os níveis da água acabam baixando. Quanto à fauna e à flora, houve a perda de algumas espécies, pela alteração do habitat de cada espécie, que não se mostrou mais saudável, fazendo com os animais fugissem do local. Com o PH da água alterado, plantas acabaram morrendo ou se alterando para sobreviver.

Fundação Renova, criada para gerar soluções A Fundação Renova visa reparar os danos causados à população atingida pelo rompimento da barragem e recupração ambiental, por meio de indenizações e aporte de recursos para programas de recuperação ambiental e social. A fundação promove o Programa de Indenização Mediada (PIM), que tem o objetivo de ressarcir os impactos de forma eficiente e transparente. O público do PIM são não só as pessoas atingidas pelo acidente, mas também micros ou pequenas empresas que foram lesadas.


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Cidades

A bike nossa de cada dia Moradores da Grande Vitória têm adotado a bicicleta como meio de transporte, uma opção econômica e saudável, mas que ainda apresenta grandes dificuldades para os ciclistas. Por Agnes Gava

C

om os recentes aumentos nos preços da gasolina e nas passagens dos ônibus, a bicicleta se torna uma alternativa para a população no quesito mobilidade urbana. Seja para fugir do trânsito, por economia, consciência ambiental ou melhoria da saúde e bem-estar, a bike, sem sombra de dúvidas, ganha em muitos aspectos dos veículos automotores. Mas, que vida de ciclista não é fácil todo mundo sabe. Diariamente, pessoas que praticam o ciclismo como forma de chegar ao trabalho, escola Daniella Bonatto: ciclista por convicção. Foto: André Rangel ou faculdade enfrentam inúmeras dificuldades no trajeto. taria: “É um desafio! Eu venho por convicção A professora do curso de Arquitetura e Ur- mesmo, porque é muito cansativo”. banismo da Universidade Federal do Espírito O caminho que ela percorre até o camSanto (Ufes), Daniella Bonatto, utiliza o Bike pus de Goiabeiras não apresenta ciclofaixas GV Bus - ônibus que transporta passageiros em toda sua extensão, o que faz com que os com bicicletas por R$1,70, metade do valor ciclistas disputem espaço tanto com automóde uma passagem comum - para atravessar a veis, quanto com os pedestres. “A maior parte 3ª ponte, que liga Vila Velha a Vitória. Ape- do percurso a gente fica exposto à convivência sar de facilitar bastante a travessia, o serviço com o automóvel, que não é uma coisa muito ainda não atende bem a todos, pois, segundo tranquila. Quando não com ônibus, que é algo Daniella, há apenas um itinerário, os horários extremamente perigoso”, afirma Daniella. são espaçados e, muitas vezes, os ônibus estão Ao falar sobre os perigos que os ciclistas superlotados. enfrentam, ela lembra com tristeza do caso Bonatto admite que não consegue ir todos da cicloativista Detinha Son, morta em um os dias para o trabalho de bicicleta, como gos- acidente com sua bicicleta ao sair de um seminário sobre mobilidade urbana, em 2016. A maior parte das ciclorrotas da Grande Vitória está localizada nas áreas costeiras dos municípios, não atendendo àqueles que precisam acessar pontos localizados no interior dos bairros ou transitar entre as cidades. Além disso, as faixas que existem apresentam péssimas condições de uso, com buracos, sinalização insuficiente e Mapa cicloviário colaborativo de Vitória.

No Entanto

Quinta-feira, 10 de maio de 2018

trechos intransitáveis. De acordo com dados da Secretaria de Saúde (Sesa), só em 2016, no Estado, mais de 1000 atendimentos realizados pelo Samu foram de ciclistas acidentados. Paulo Rodrigues veio de Colatina para Vitória para estudar Psicologia na Ufes. Recém-chegado à cidade, morou em Goiabeiras e usava a bicicleta por comodidade para ir às aulas no campus mais próximo. Contudo, conta que, quando precisava estudar no campus localizado em Maruípe, era uma escolha entre pedalar no meio de carros que passavam correndo ou quase atropelar pedestres. Agora morador do Centro, o estudante percebe a carência de estrutura para o uso da bike no bairro, o que causa um grande incômodo. Para ele, a precariedade de alguns trechos de calçadas apresenta perigo tanto para o ciclista quanto para as peças de seu ‘camelinho’: “Pedalar é lindo e agiliza muito a vida, se tivéssemos mais acessibilidade para isso, acredito que mais pessoas ainda iriam aderir ao uso de bicicletas”. Um problema político As prefeituras da Grande Vitória têm empreendido esforços para desenvolver projetos de incentivo ao uso da bicicleta como meio de transporte, nos últimos anos. Na Serra foi construído, até 2017, um total de 56 km de vias exclusivas para ciclistas, enquanto Vila Velha inaugurou no final do ano passado o “Bike VV” - sistema que conta com cerca de 20 estações de bicicletas compartilhadas. Já em Vitória, foi aprovado pela Câmara dos Vereadores em março, o novo Plano Diretor Urbano (PDU). A lei municipal define as diretrizes de desenvolvimento da capital e prevê projetos para os próximos 10 anos, dentre eles a implementação de mais 40km de ciclorrotas, interligando o anel já existente de 47 km às vias dos bairros. O plano aguarda, agora, a aprovação do prefeito Luciano Resende. Contudo, um dos fundadores do Movimento Ciclistas Urbanos Capixabas (CUC), Rafael Darrouy, afirma que o problema da mobilidade urbana da Grande Vitória é antigo e persiste, não por empecilhos técnicos, mas sim políticos. Segundo ele, existe abertura para diálogo entre a sociedade civil e as prefeituras, só que a implementação dos projetos propostos quase nunca passa da promessa: “Receber a gente em gabinete, conversar, tirar ‘fotinha’, todo mundo faz. Coisas que a gente fala que tem que ser feitas desde 2010, 2011, quando a situação fica crítica é que começa a ser feito.”


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Gastronomia

No Entanto

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Cresce o número de O QUE ENTRA NO SEU CORPO? POR LAÍS SANTANA adeptos de dietas low carb Visando perda de peso ou até mesmo reeducação alimentar, a demanda desse mercado tem crescido cada vez mais. Nutricionista faz alertas. Por Robson Silva

A

preocupação com a qualidade alimentar tornou-se palco de inúmeros debates nos últimos anos. Mais do que nunca as pessoas preocupam-se com todas as etapas do processo do alimento: desde seu cultivo, seu preparo e até mesmo seus efeitos. As razões para isso variam bastante, seja por reeducação alimentar ou até mesmo pela busca do peso ideal. Não obstante, tem sido cada vez mais comum a adoção de dietas que suprimem ou restringem alguns alimentos, como as low carb, que são baseadas na eliminação ou redução drástica do consumo de carboidratos e açúcares e seus derivados. Para Antônio Netto, estudante de Medicina e praticante da dieta, seguir este regime foi fundamental para uma luta que sempre travou: a perda de peso. O futuro médico relata as dificuldades no processo inicial, mas destaca os efeitos positivos que colhe atualmente. ‘‘Eu sempre tive dificuldade em seguir outros programas de perda de peso, mas com o low carb foi diferente. Apesar de no início ter sofrido um pouco, hoje vejo os efeitos e eles são incríveis. Pratico há três meses e perdi 22 kg’’. Antônio também destaca que teve outros benefícios além do emagrecimento, como a reeducação alimentar que conquistou. ‘‘Hoje eu penso mais antes de consumir determinados alimentos, evito os industrializados e tento até preparar os meus’’, destaca. O crescimento no número de adeptos abriu margem para outros diversos mercados, como o empreendedor. A procura por produtos da linha se intensificou e, cada vez mais, doces e salgados, adequados ao regime, começaram a produzir uma alta demanda dos seguidores.

A empresária rio-grandense Fabiana Grabosky é mais uma adepta do regime e o associou ao seu negócio. ‘‘A ideia surgiu justamente porque eu trabalhava com produtos gourmet e tive que parar para adequar minha alimentação. Comecei a pesquisar alternativas, fiz cursos na área e desisti dos gourmet, investindo na linha low carb. Adotei isso como estilo de vida. Trabalhamos com produtos doces, salgados e oferecemos várias alternativas, como ovos de páscoa low carb, tortas, pães de frango, bacon e etc.’’, destaca a empresária que atua na área há pouco mais de 7 meses. Além disso, Fabiana ressalta que a demanda tem crescido gradativamente e rechaça a ideia de ser uma dieta cara. ‘Minha procura está bem melhor que no começo, quando era considerada dieta da moda, mas hoje as pessoas veem que é extremamente barato e tem um ótimo resultado.’ Nutricionista faz alerta Em contraponto, a nutricionista Danielle Laporte faz algumas ressalvas dos ricos que a adoção de tal regime pode acarretar, pois, segundo ela, o low carb nada mais é que uma repetição de outras dietas que apresentam desequilíbrio alimentar. ‘‘O risco se dá porque é uma conta geral e cada ser pode apresentar uma particularidade de reação, obtendo distúrbios dessa restrição. A restrição da glicose, por exemplo, pode acarretar distúrbios neurológicos, cansaço extremo, mau hálito, então a conta não fecha, a variável é bem grande. Os efeitos vêm a longo prazo, quando você restringe a glicose seu corpo perde receptores de membrana, então é criada uma resistência à insulina. Tem que ser analisado cuidadosamente cada caso’’, afirma.

Na procura por melhores hábitos alimentares, não nos desvencilhamos da contradição da nova onda fitness com o sistema alimentício do ultraprocessado. Até que ponto estamos realmente comendo bem?

Diante da procura pela boa saúde, intrínseca à cultura do culto ao corpo, percebemos o surgimento das novas “dietas da moda”: a Low Carb, a Cetogênica e a Paleolítica são algumas delas. A principal finalidade destas vertentes é a queima de gordura, e, como dizem seus adeptos, a “melhoria da qualidade de vida”. Contudo, estas vertentes são frequentemente refutadas por estudiosos e profissionais, como lido na matéria anterior. Estudos apontam que o real problema em questão é o excesso de alimentos ultraprocessados somados à vida sedentária. Esta equação é a causadora de doenças como a obesidade, cuja incidência cresceu ao lado do índice de consumo de industrializados. Por exemplo, os conhecidos biscoitos presentados como saudáveis não oferecem tanta diferença nutricional em comparação com outras bolachas recheadas. A exposição a seguir da realidade por trás dessas comidas tão corriqueiras, fáceis e rápidas no universo estudantil não pretende demonizá-las nem proibí-las, muito pelo contrário. A ideia é a conscientização em torno do que as compõe, e, para isso, dissecaremos os salgados mais vendidos entre os estudantes nas cantinas da Ufes. Ressalvamos que não se deve substituir o acompanhamento de um profissional da saúde pelos fatos estimados aqui expostos.

SALGADOS DA CANTINA Salgado assado de Frango (100g)

Pão de queijo médio (100g)

365kcal

216kcal

35g de carboidratos

18g de carboidrato

8g de proteínas

9,2 gramas de proteína

20,9g Gorduras totais

13,8g de gorduras

7,5 gorduras saturadas

0,6g de gorduras saturadas

622mg de sódio

456mg de sódio

NATURAIS X ULTRAPROCESSADOS Banana In Natura (100g)

Chips de Banana Salgada (100g)

89kcal

105kcal

22g carboidrato

13,5g carboidrato

(12,23g de açúcares)

-

1g proteína 0g gordura

X

1g proteína 0,4g gordura

1mg de sódio

89mg de sódio

5mg de cálcio

0,7mg de cálcio

0,23mg de ferro

0,4mg de ferro Foto: André Rangel


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Colunas

No Entanto

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va

a pauta que caiu

NOVA PISTA DE AEROPORTO CAUSA DISCÓRDIA EM VILA VELHA

Uma amiga da coluna nos contou que a nova rota dos aviões tem incomodado os moradores da Praia da Costa.

SHOPPINGS SEM LOJAS?

Vocês também estão percebendo que cada vez mais lojas fecham nos shoppings da Grande Vitória? Qual será a explicação: a instabilidade econômica brasileira ou a mudança das lojas para o online?

RESPIRA COM AJUDA DE APARELHOS

Crédito: Reuters

Uma amiga da coluna, que esteve no São Paulo Fashion Week, que aconteceu entre os dias 22 e 26 de abril, disse que o evento está supercapenga e que vai de mal a pior. Uma pena! O SPFW é imprescindível para o calendário da moda brasileira.

A GEOPOLÍTICA AGRADECE

O presidente da Coreia do Norte, Kim Jong‐un, e o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae‐in, protagonizaram um fato histórico. De mãos dadas, cruzaram a linha da zona desmilitarizada. Kim pisou no lado sul e Moon pisou no lado norte. Esse foi o primeiro passo para as negociações de paz entre as Coreias. (Viu, até os conflitos mais ameaçadores podem ser resolvidos!)

CERCO SE FECHANDO

O presidente Michel Temer está ficando cada vez mais encurralado. Investigações e acusações contra ele surgem de todos os lados. Daqui a pouco, não vai ter como fugir.

LINHA DA DISCÓRDIA

A Linha Verde continua gerando diversas discussões em Vitória. No teste para estendê-la até a Praça do Papa, os motoristas ficaram furiosos. O projeto é polêmico. O tráfego da capital precisa de soluções efetivas. Não é só com uma lata de tinta verde que o problema vai ser resolvido...

A FESTA DA ARQUITETURA

Uma festa realizada no Cemuni IV, prédio do curso de Arquitetura da Ufes, causou polêmicas nos últimos dias. Disseram que o espaço foi vandalizado e até a Polícia Federal baixou por lá. A coluna foi ao local um dia após o ocorrido e não encontrou a tal destruição.

Culturentanto

dicas de conteúdo cultural

Por maria pelição

(PART. LAÍS SANTANA)

SÉRIE

FILME

LIVRO

MÚSICA

The Handmaid’s Tale foi a série de 2017. Aclamada pela crítica e vencedora de oito Emmy’s - incluindo Melhor Série Dramática -, está de volta para segunda temporada. Estreada no último dia 25, a história de June é retomada, desta vez, com detalhes que vão além do livro. No Brasil, a série é exibida pelo canal pago Paramount Channel.

Submarine é um filme independente de 2010 dirigido por Richard Ayoade. Baseado no livro homônimo, o filme de temática coming of age, mostra a trajetória de Oliver Tate, um adolescente apaixonado por uma jovem tão peculiar quanto ele.

Margareth Atwood sempre afirmou que nada em seu livro, O Conto da Aia, havia sido inventado - todas as situações pelas quais suas personagens passaram ou já haviam acontecido, ou estavam acontecendo quando o escreveu. O livro, caracterizado como ficção especulativa, tem como enredo um futuro distópico, no qual os Estados Unidos tornaram-se uma ditadura militar teocrática comandada por homens que anularam completamente os direitos pertencentes as mulheres. Nesse cenário, apresenta-se Offred (nome dado a June pelo regime teocrático), personagem que irá narrar a história - e que intrigará o leitor desde o início.

Letrux em noite de climão é o último ábum da carioca Letícia Novaes, apelidada de Anitta do Indie, pela revista Marie Claire.Lançado no final de 2017, o álbum é aclamado pela crítica e pelo seu pequeno pública. É um álbum de músicas dançante (Flerte Revival, Ninguém Perguntou por Você) junto de sentimentos pessoais (Amoruim) que compõem a obra. As letras, quase que poesias, são o que regem o álbum, como na intimista Amor Ruim (“Existe Amor / Depois do amor / Resiste o amor / Depois do horror”), na maravilhosa Flerte Revival (“Eu te vi nas artes plásticas / Cê mexeu demais comigo”) ou na narrativa Que Estrado (“E que milagre você fez com as duas mãos”).

A fotografia é elegante - são utilizadas cores para representar os personagens: Oliver é azul e Jordana é vermelha. Com a evolução do relacionamento, Oliver passa a ganhar elementos vermelhos. O filme ainda é agraciado com a trilha sonora original composta por Alex Turner, vocalista do Arctic Monkeys.

Imagens: divulgação

E NO FINAL, QUEM SOFRE É A VACA Na sessão da Ales do último dia 24, quando se discutia a proposta de aumentar o ICMS do leite de outros estados, o deputado Enivaldo dos Anjos (PSD) soltou “não sabia que ele era leiteiro”, quando o deputado Freitas (PSB) defendeu ferozmente a produção de leite capixaba. Já a deputada Janete de Sá (PMN) disse que “nós arreganhamos as pernas”, quando comparou a competitividade do leite capixaba em detrimento do leite de outros estados.

Por Pedro Cunha


Cultura

o preço da cultura por LARISSA TALLON

No Entanto Quinta-feira, 10 de maio de 2018

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Economizar tornou-se indispensável na hora de pensar o consumo, ainda mais quando falamos de universitários, que em sua maioria preferem ir a cinemas a ir a teatros e livrarias. Foi pensando nisso que o No Entanto comparou os preços dos cinemas da Grande Vitória, para que você escolha o melhor para o seu bolso.

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VILA VELHA Cinesystem (Shopping Boulevard):

Kinoplex (Shopping Praia da Costa): Seg e Ter: R$ 9,00 (inteira) / R$ 4,50 (meia) | 3D: R$ 11,00 (inteira) / R$ 5,50 (meia) Qua: R$ 14,00 (inteira) / R$ 7,00 (meia) | 3D: R$ 20,00 (inteira) / R$ 10,00 (meia) Qui, Sex, Sáb, Dom e Feriados: R$ 23,00 (inteira) / R$ 11,50 (meia) | 3D: R$ 27,00 (inteira) / R$ 13,50 (meia)

Cinemark (Shopping Vila Velha): Seg e Ter: R$ 9,00 o dia todo / R$ 4,50 (meia) | 3D: R$ 11,00 o dia todo / R$ 5,50 (meia) Qua: R$ 19,00 o dia todo / R$ 9,50 (meia) | 3D: R$ 26,00 o dia todo / R$ 13,00 (meia) Qui, Sex, Sáb, Dom e Feriados: R$ 24,00 (matinê) R$ 26,00 (noite) / Meia: R$ 12,00 (matinê) – R$ 13,00 (noite) | 3D: R$ 31,00 o dia todo / R$ 15,50 (meia)

SERRA

VITÓRIA

Multiplex (Shopping Mestre Álvaro):

Cinemark (Shopping Vitória):

Seg à Sex: R$ 24,00 (inteira) / R$ 12,00 (meia) | 3D: R$ 26,00 (inteira) / R$ 13,00 (meia). Sáb e Dom: R$ 21,00 (inteira) / R$ 10,50 (meia) | 3D: R$ 23,00 (inteira) / R$ 11,50 (meia)

Seg e Ter: R$ 24,00 (matinê) – R$ 26,00 (noite) / Meia: R$ 12,00 (matinê) R$ 13,00 (noite) | 3D: R$ 31,00 o dia todo / R$ 15,50 (meia) Qua: R$ 24,00 o dia todo. Meia: R$ 12,00 | 3D: R$ 30,00 o dia todo / R$ 15,00 (meia) Qui, Sex, Sáb, Dom e Feriados: R$ 28,00 (matinê) - R$ 30,00 (noite). Meia: R$ 14,00 (matinê) – R$ 15,00 (noite) | 3D: R$ 35,00 o dia todo / R$ 17,50 (meia)

Cinesercla (Shopping Montserrat): Seg à Sex: R$ 20,00 (inteira) / R$ 10,00 (meia) | 3D: R$ 24,00 (inteira) / R$ 12,00 (meia) Sáb e Dom: R$ 20,00 (inteira) / R$ 10,00 (meia) | 3D: R$ 22,00 (inteira) / R$ 11,00 (meia)

Cine Jardins (Shopping Jardins): Cinépolis (Shopping Moxuara): Seg, Ter e Qua: R$ 20,00 (inteira) / R$ 10,00 (meia) | 3D: R$ 24,00 (inteira) / R$ 12,00 (meia) Qui, Sex, Sáb, Dom e Feriados: R$ 26,00 (inteira) / R$ 13,00 (meia) | 3D: R$ 30,00 / R$ 15,00 (meia)

Agenda cultural

Confira uma seleção de dicas quentes para programar o próximo fim de semana Por Bárbara Catharine Tardezinha com Thiaguinho

Exagerado Bazar

12/05 (Sexta-feira), às 16h (abertura às 15h) Ingressos: R$ 280,00 (meia) Classificação: 18 anos Clube Álvares Cabral Atrações: Dj Rev, Dj Cereja e Thiaguinho

16 a 19/05, das 10h às 22h Entrada gratuita Classificação: livre Pavilhão de Carapina

Seg, Ter, Qua e Qui: R$ 16,00 (inteira) / R$ 8,00 (meia) Sex, Sáb, Dom e Feriados: R$ 24,00 (inteira) / R$ 12,00 (meia)

Aula-show com Bela Gil 19/05 (sábado), às 18h (abertura às 15h) Entrada gratuita Classificação: livre Shopping Praia da Cssta Para participar do evento, os interessados devem fazer a inscrição 1h antes ao inicio da aula, na Pracinha do Shopping Praia da Costa (piso L1)

Nando Viana: A vida não tá nem aí pro teu planejamento 27/05 (domingo), as 21h Ingressos: R$ 30,00 (meia) Classificação: 14 anos Duração: 1 hora Teatro Municipal de Vila Velha

Imagens: divulgação

Seg e Ter: R$ 10,00 (inteira) / R$ 5,00 (meia) | 3D: R$ 12,00 (inteira) / R$ 6,00 (meia) Qua: R$ 17,00 (inteira) / R$ 8,50 (meia) | 3D: R$ 20,00 (inteira) / R$ 10, 00 (meia) Qui, Sex, Sáb, Dom e Feriados: R$ 25,00 (inteira) / R$ 12,50 (meia) | 3D: R$ 27,00 (inteira) / R$ 13,50 (meia)


Cultura

No Entanto Quinta-feira, 10 de maio de 2018

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Influência capixab@ O alto número de seguidores, curtidas e comentários é um grande atrativo para as marcas Por Cássia Rocha

A

s redes sociais aparecem no cenário mundial como uma fonte de promoção de webcelebridades, dentre elas, blogueiros, youtubers e pessoas capazes de influenciar a opinião pública sem derivar de outro ramo da comunicação. Eles têm ocupado muito espaço nas redes, em especial, no Instagram, chegando até a ultrapassar famosos da música e da TV. Essa visibilidade aguça o interesse das marcas, que trabalham em parceria com perfis com alto número de seguidores, curtidas e comentários, através de pagamento por “publiposts” – postagens claramente a fim de promover a marca. Outra modalidade são as permutas, que ocorrem quando o dono da conta recebe o produto e mostra-o em seu perfil como forma de agradecimento e acaba por divulgar a marca. Uma das grandes vantagens para as marcas é a possibilidade de atingir o nicho de

Dudu Altoé trabalha com moda desde 2008.

interesse, isto é, o consumidor potencial, que geralmente é o público do influenciador escolhido. Outra vantagem é o baixo custo em relação a outros meios de divulgação que alcançariam o mesmo número de pessoas interessadas pelo produto ou serviço. No Espírito Santo não é diferente, por isso os grandes eventos do estado estão sempre repletos de influenciadores e as marcas locais já perceberam o poder publicitário do segmento. O capixaba Dudu Altoé, com uma longa trajetória na internet, conta com um público de 69,9 mil seguidores em seu perfil no Instagram (@bumbameubowie). Antes das redes sociais alcançarem a atual relevância, Dudu foi blogueiro de moda. Sua plataforma (style-a-holic.com) ficou no ar de 2008 a 2012. Bem estruturada, contava com 14 colaboradores, sendo dois deles internacionais. Ele sempre foi muito ávido por novidade, o que o motivava a experimentar várias das novas redes que surgiam ao longo do tempo. Apesar do sucesso, a influência digital não é sua principal atividade. Ele também escreve sobre moda em sua coluna de A Gazeta, além de trabalhar, dentre outras atividades, com relações públicas e assessoria de imprensa. Para ele, sua influência é consequência do trabalho e de sua relação com moda e internet há mais tempo no estado. Em entrevista, Dudu diz que atuar nas redes sociais é trabalhar engajamento e planejamento, e acredita que o digital influencer deve encontrar a sua voz, seguir a sua cartilha dentro de algo que torne o discurso dele verdadeiro, procurando transmitir sua essência para o seu público. Para ele, quando se tem uma assinatura forte, uma cartilha forte, as pessoas compram a ideia. “As redes sociais são uma vitrine do nosso comportamento, são a janela de consumo, são diários pessoais onde a gente mostra nossa vida”, diz. Sobre sua relação com as marcas, afirma: “As marcas procuram a gente para divulgar um negócio, produto ou serviço, então nós vendemos nosso espaço para tentar engajar e favorecer essas marcas, o que elas esperam é um retorno de mídia, seja para ganhar seguidores ou alcançar relevância para a minha audiência”. Um exem-

Roberta também utiliza suas redes para inspirar seus seguidores

Nem tudo são números Roberta Leite (20), empreendedora, social media, fotógrafa e influenciadora digital, usava as redes sociais como um hobbie. O número de seguidores foi crescendo, e ela considera que atingiu uma quantidade significativa depois de cerca de dois anos de uso das redes. No momento atual, 38,5 mil usuários acompanham seu trabalho no Instagram (@robertalleite), onde investe mais de oito horas de seu dia e conta com um feed alegre e diversificado. Atualmente, Roberta utiliza o Instagram como um Instablog, onde compartilha conteúdos pessoais e profissionais. Além do trabalho com as marcas, como posts de propaganda, a influencer utiliza suas redes para realizar postagens com viés motivacional: “Meu trabalho, para mim, é uma forma de me comunicar com o mundo, de expressar o que sinto, de compartilhar assuntos que gosto e que podem mudar o dia de alguém. Eu acredito que o dever de um influenciador digital é usar de sua influência para mudar o mundo. Espalhar mais amor, mais carinho com o outro, ensinar que somos todos iguais e divulgar coisas positivas. Independente do assunto que o influenciador abordar, tentar influenciar positivamente a vida das pessoas que o seguem!” diz Roberta. Os “Textos da Rô” são postagens feitas em diferentes formatos (legendas de fotos, stories, vídeos) em que Roberta traz mensagens de reflexão sobre assuntos diversos e que são um grande diferencial em meio ao bombardeio de publiposts que se encontra na rede todos os dias, além de promover uma relação mais intimista com seu público.

plo desse trabalho é a barbearia Dinastia da Barba. De olho no sucesso de Dudu nas redes, tornou-se parceira dele e conta com a divulgação do empreendimento para um público quatro vezes maior que o seu através das publicações e/ou stories feitas no perfil do influencer toda vez que ele passa por lá para cuidar do visual.


Astrologia

No Entanto Quinta-feira, 10 de maio de 2018

Os planetas na astrologia

Muitos só conhecem seu signo solar e sabem pouco sobre os outros planetas astrológicos em seus mapas Por Gabrielly Minchio

É

provável que você saiba quais são seus signos solares. Mesmo que não acredite, alguém já falou sobre ele e justificaram algumas de suas características por causa do signo. Porém, para quem realmente acredita em astrologia, não é somente o signo que define o por-

quê de você ser do jeito que é. Para saber mais é preciso fazer seu mapa astral. É nele, aparecem os chamados planetas astrológicos. Estes são os mesmos do sistema solar, mas, astrologicamente, a percepção, que seria geocêntrica, com a Terra no centro do universo, consi-

dera você como o centro das interações astrais. Muitos não entendem do que se trata realmente cada planeta em seu mapa astral. Pesquisas feitas sobre o assunto nos fizeram trazer algumas definições para ajudar a entender mais sobre isso.

Planetas Astrológicos O Sol é levado em consiMarte representa a ação, a in- e o espírito de mudança. É a deração, normalmente, quan- dependência, o desejo de ser fran- área de pensamento ‘fora da do se lê o horóscopo. Se seu co. Ele mostra como funciona o caixinha’; de sair do senso cosol é em Áries, você procura espírito de luta e descreve de que mum. as previsões referentes a este forma a pessoa toma iniciativas. Netuno representa a inssigno. O sol representa a maJúpiter representa a forma piração, a espiritualidade e a neira como a pessoa expressa como ocorre a busca do sentido intuição. Por exemplo, para o ‘seu eu’ na forma mais bá- para a existência. Revela as ques- tentar justificar alguma situsica; o seu padrão de identi- tões relacionadas ao processo de ação que ocorre em sua vida, dade. você pode, por conta A Lua é o asda fé, tender a ver tro relacionado às aquilo como algo questões emocioque trará uma boa nais. Responsável consequência. pela maneira de se Plutão mostra adaptar ao ambiente de que forma você e expressar as emoexerce o poder de ções. Está ligada liderança e capacicom a infância e as dade transformadosituações a que se ra. Está ligado aos foi exposto nos priciclos de vida e à meiros anos de vida. descoberta de granMercúrio diz diosidades maiores respeito a tudo o que que você. envolve a inteligênHá dúvidas, cia humana. Descretambém, sobre o ve de que maneira a Os planetas astrológicos são os mesmos encontrados no ascendente. Ele insistema solar . pessoa se comunica e fluencia o corpo físico se expressa. expansão humana nos aspectos e a aparência, ou seja, algumas Vênus representa o poder físicos, materiais, espirituais e so- características. Por exemplo, de atração da pessoa; de que ciais. quem tem o ascendente em forma ela ama e busca parSaturno demonstra as inse- Sagitário, pode apresentar lácerias, física e socialmente. guranças e os valores morais. Os bios mais finos, ombros mais Mostra onde se encontram os ‘mandamentos’ que regem a vida largos etc.. E mostra de que valores que se dá às coisas e e as escolhas são demonstradas na forma a pessoa se apresenta às pessoas e em como se en- análise desse planeta. para o mundo exterior. xerga o belo. Urano caracteriza a liberdade

Horóscopo

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por gabrielly minchio

Como estamos no mês em que se comemora o Dia do Trabalhador, nada melhor que saber como cada signo se comporta quanto ao tema.

ÁRIES (21/03-19/04): Arianos têm personalidade forte. No trabalho, isto não seria diferente. São líderes natos e, por isso, podem ter dificuldades quando liderados. TOURO (20/04-20/05): Taurinos são teimosos e não se incomodam em esgotar suas energias no trabalho fazendo isso pelo dinheiro. São organizados e disciplinados. GÊMEOS (21/05-20/06): Geminianos são comunicativos, pontuais e competentes. Gostam de inovar, expor suas ideias e pensamentos, assim como gostam de ouvir e refletir sobre as ideias de seus colegas. CÂNCER (21/06-22/07): Cancerianos são sensíveis até mesmo no ambiente de trabalho, mesmo assim, são responsáveis, compreensivos e disciplinados. LEÃO (23/07-22/08): Leoninos não gostam de receber ordens e preferem trabalhar sozinhos. E gostam de receber elogios sobre seu trabalho. VIRGEM (23/08-22/09): Virgianianos são organizados e determinados, mas precisam saber usar essas características. São muito criteriosos tanto com o seu trabalho quanto com o dos outros.

LIBRA (23/09-22/10): Librianos são diplomáticos e sociáveis. Quando lideram, o fazem com excelência. Gostam de organização e de fazer o trabalho com honestidade. ESCORPIÃO (23/10-21/11): Escorpianos,

quando gostam do que fazem, são dedicados, mas, quando não estão satisfeitos, são o oposto. São organizados e autoritários, mas sabem trabalhar em equipe. SAGITÁRIO (22/11-21/12): Sagitarianos são cheios de energia, criatividade e competência. Trabalham muito bem em equipe, mas também sozinhos. CAPRICÓRNIO (22/12-19/01): Capricornianos são os maiores trabalhadores do Zodíaco. São sérios, responsáveis, dedicados e sistemáticos, procurando sempre a perfeição em suas atividades. AQUÁRIO (20/01-18/02): Aquarianos são criativos e têm facilidade em se comunicar. São responsáveis e éticos, porém, tendem a ser teimosos. PEIXES (19/02-20/03): Piscianos estão sempre de bom humor. São distraídos, mas se dedicam ao trabalho e podem ser bagunceiros.


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Esporte

No Entanto

Quinta-feira, 10 de maio de 2018

Libertadores 2018: quem será o campeão? O NoE Esportes fez um balanço de como estão as campanhas dos times brasileiros na Taça Libertadores e perguntou a alguns amantes da bola sobre quais são os favoritos ao título este ano Por Kennedy Pezzin

Imagens: divulgação

A

fase de grupos da Copa Libertadores da América encaminha-se para seu momento decisivo e dos sete clubes brasileiros, seis brigam diretamente pela classificação para fase mata-mata. Palmeiras e Santos garantiram seu passaporte de forma antecipada para as oitavas de final e mostram a força do futebol brasileiro. O alviverde é líder do grupo 8, que tem o temido Boca Juniors, o Junior Barranquilla e o Alianza. O peixe (Santos) com 9 pontos não pode ser alcançado pelos argentinos do Estudiantes, terceiro colocado no grupo 6. Para o estudante de Jornalismo e torcedor do Botafogo, acompanhante assíduo de esportes, Daniel Pasti, os times brasileiros vão longe no campeonato. “Cruzeiro e Grêmio são os principais times brasileiros favoritos ao título neste ano. Apesar de o Palmeiras ter um elenco excepcional, o técnico não tem o pulso firme para levar o time ao título. E uma grande final da Libertadores perfeita pra mim, seria entre Cruzeiro e Boca Juniors, pelo peso que a camisa de ambos tem e se o Boca chegar com o seu estilo de jogo encaixado até a final, será o campeão esse ano.” Flamengo, Cruzeiro, Corinthians e Grêmio, o atual campeão, dependem apenas de uma vitória para carimbarem a classificação. O Vasco é o único brasileiro desclassificado nessa fase até o momento depois de passar uma amarga derrota

para o Cruzeiro em casa. Assim também o Corinthians que perdeu na Arena para o Independiente, mas segue líder do grupo 7, enfrenta o Deportivo Lara da Venezuela na penúltima rodada onde uma vitória já deixa a vaga quase encaminhada para a última rodada da fase de grupos. Israel Magioni, estudante de Jornalismo e torcedor do Flamengo afirma que os brasileiros estão fortes na competição e existe grande chance da taça permanecer no Brasil. “Os brasileiros são os times a serem batidos, tanto pelo elenco bem formado, quanto pela filosofia de jogo. Não vejo outros times, a não ser os argentinos do Racing e os tradicionais River (Plate) e Boca (Júniors) que podem trazer alguma ameaçar, mas aposto na força dos verde-amarelos”. Iury Demuner que também é estudante de Jornalismo e torcerdor do Flamego, atua como repórter estagiário esportivo da TVE ES e também aposta fortemente que competição ficará entre Brasil e Argentina. “Os brasileiros favoritos a meu ver são o Grêmio, campeão ano passado que manteve a mesma base, tem um bom treinador, é um time preparado e tem jogado muita bola, e tem o Cruzeiro que está numa crescente muito grande e com um bom elenco, mas acho difícil que seja campeão embora com chances. Tem o Palmeiras que tem o maior elenco do Brasil, um bom treinador que vai chegar forte na fase seguinte", avalia. Iury também sustenta o favoritismo dos times argentinos na competição como o River Plate, Boca Juniors e o Independiente. Sobre seus palpites para uma final entre os dois países rivais, Iury aposta em duas finais: uma com o Grêmio e o River Plate, e a outra entre Palmeiras e Boca Juniors.

Curiosidades da Libertadores ■ O nome do torneio é uma homenagem aos principais líderes da independência das nações da América do Sul: José Artigas, Simón Bolívar, José de San Martín, José Bonifácio de Andrada e Silva, D. Pedro I do Brasil, Antônio José de Sucre e Bernardo O'Higgins. ■ O Independiente é o recordista de títulos na competição, com sete conquistas. A Argentina é o país com o maior número de conquistas, com 24 títulos, enquanto que o Brasil é o país com a maior diversidade de times vencedores, com um total de 10 clubes diferentes que ergueram a taça. O troféu foi conquistado por 25 clubes diferentes, sendo que treze ganharam o torneio mais de uma vez e seis o venceram de forma consecutiva. ■ O maior artilheiro de todos os tempos da competição é o venezuelano Alberto Spencer com 54 gols seguidos pelos uruguaios Fernando Morena (37) e Pedro Rocha (36). O brasileiro mais bem colocado nesse ranking é o Luizão com 29 gols. - O Brasil é o país que mais sediou as finais da Libertadores, 18 no total. Só a cidade de São Paulo, foi anfitriã de 10. Em seguida vem a Argentina com 14, nove só em Buenos Aires e Chile com suas 9 finais decididas na capital Santiago, oito só no Estádio Nacional.


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