Jornal NoEntanto - Edição Especial

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Jornal Laboratório - UFES

NO ENTANTO JULHO, 2019

revista comemorativa

100

edições

A história do No Entanto

Após a centésima edição ser publicada, os alunos do jornal-laboratório se unem para desvendar a história por trás desse produto jornalístico


MANIFESTAÇÃO Ensaio fotojornalístico realizado pelos alunos Arthur Chiesa e Izabela Toscano que registraram um pouco das manifestações políticas que ocorreram em Maio de 2019, Vitória - ES.


no entanto Jornal laboratorial produzido pelos alunos do 3º período do curso de Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo , da Universidade Federal do Espírito Santo. Av. Fernando Ferrari, 514, Goiabeiras | Vitória, ES Email: noentanto@gmail.com Telefone: (27) 4009-2603

redação Eduarda Moro, Mylena Ferro, Myllena Viana, Newton Assis, Noélia Lopes, Rafael Sguerçoni e Teresa Breda

diagramação Newton Assis

arte e fotografia Arthur Chiesa, Gabriela Brito e Izabela Toscano

pROFESSOR ORIENTADOR Rafael Bellan

editorial Após a centésima edição do jornal laboratório No Entanto, a turma 2018/1 da Universidade Federal do Espírito Santo, tem o prazer de divulgar a Edição Comemorativa. Por ser uma edição especial, contaremos com uma editoria única com as temáticas: adaptação do No Entanto às mídias online, nascimento e desenvolvimento do jornal, ótica dos professores e alunos que passaram pelas mãos do nosso jornal, uma visão geral de capas das últimas 6 turmas da disciplina e sobre o que acontecia no mundo quando o NoE foi criado. Além das matérias, contaremos com um ensaio fotográfico dos alunos Arthur Chiesa e Izabela Toscano sobre as manifestações pró-educação e pró-Bolsonaro que ocorreram em Vitória - ES nos dias 15, 26 e 30 de Maio de 2019. Ao enxergarmos as linhas editoriais, notamos que no decorrer do tempo, cada turma se preocupou em abordar os assuntos que afetam a comunidade e se adaptar às novas plataformas midiáticas com a criação do site e das redes. Gostaríamos de agradecer, de maneira especial, a todos os professores e professoras que, com profissionalismo, responsabilidade e dedicação, orientaram e orientam os alunos neste disciplina que fez e continua fazendo diferença na trajetória profissional de cada estudante. Por turma 2018/1

sumário 04 . professores e alunos lembram trajetória do no entanto 06 . Digitalização impõe mudanças ao jornalismo

jornalnoentanto. wordpress.com

facebook.com/ jornalnoentanto

@jornalnoentanto

10 . o que acontecia no mundo e no brasil quando o noe estreou? 12 . Professores orientadores relatam experiências com o noe 14 . uma linha do tempo...

@noentantojornal

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PROFESSORES E ALUNOS RELEMBRAM TRAJETÓRIA dO jornal laboratório NO ENTANTO Com mais de 10 anos de caminhada, jornal laboratorial transformou a educação de estudantes na Universidade Federal do Espírito Santo POR RAFAEL SGUERÇONI E TERESA BREDA

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essa edição especial do No Entanto, nossa equipe não poderia deixar a oportunidade de conversar com alguns professores e alunos que passaram pelas mãos do nosso jornal. Em 2004/2005, a professora Ruth Reis esteve presente durante a reformulação da grade curricular do curso de Jornalismo da Ufes, momento da criação do jornal laboratorial que produz No Entanto. Após passar pela mão de alguns professores, Ruth orientou uma única turma desta disciplina, no primeiro semestre de 2018 e entendeu o quanto esta é uma experiência importante para os alunos dos primeiros períodos do curso. A professora conta que o jornal fluia de maneira organizada e produtiva, posto que a turma era bem dedicada, criativa e comprometida. “Foi uma turma que me impressionou, todos eram esforçados e procuraram dar o seu melhor”, complementa. “Fazer da turma uma equipe, fazer da turma uma redação, um grupo que organiza coletivamente e participa coletivamente de um jornal, é uma experiência única”, afirma Victor Israel Gentilli. Victor também esteve no processo de criação do NoE e foi o primeiro orientador da disciplina. Prezar pela periodicidade, responsabilidade e dinâmica em grupo eram algumas das características principais de desenvolvimento da turma. O professor diz que fazer um jornal laboratório com regularidade e periodicidade permite que os alunos consigam realizar atividades cruciais para sua formação jornalística. Além do NoE no terceiro período, os estudantes transitam pelo jornal online, revista Primeira Mão, rádio e TV, veículos que complementam as experiências na graduação. Após 3 semestres seguidos sem a oferta da disciplina, por conta da suspensão do curso pelo MEC, o No Entanto retornou em julho de 2016. Isso fez com que os alunos não soubessem por onde começar um jornal que nunca tinham visto, nem sabiam que existia. Rafael Paes foi o professor orientador dessa turma que retornava a atividade laboratorial. Ele conta que a ideia fundamental do jornal foi destinar suas matérias aos estudantes do ensino médio, futuros alunos da UFES, sobre a própria universidade, uma vez que a maior parte deles desconhecia o funcionamento da própria instituição. Outra observação de Paes, após avaliar a turma, foi que

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Professores que orientaram a disciplina de Laboratório de Jornalismo Impresso durantes os anos. Na foto: Victor Israel Gentilli, Ruth Reis, Rafael Bellan e Rafael Paes. nem mesmo seus próprios alunos conheciam o funcionamento de reservas de vagas ou do Sisu. Ele conta que diante disso, a ideia era fazer um jornal que explicasse tudo isso e que pudesse servir para desfazer mitos e desinformações a respeito da Universidade, que pudesse levar informação confiável à população. “Tudo isso três anos antes do atual contexto em que a Universidade pública é jogada contra a opinião pública por meio de muita mentira. Olhando para trás essa turma parece visionária!”, desabafa. Rafael Bellan, atual orientador, já orientou mais de 20 edições do NoE. Entrou na disciplina em 2017, ficou de fora nas edições do primeiro período de 2018 quando orientava a revista laboratorial Primeira Mão, mas retornou ao jornal no segundo semestre de 2018. Para ele, o mais impressionante é perceber como as turmas são diferentes e possuem características singulares de trabalho. Além da atividade do jornal impresso, postados pela plataforma Issuu, o professor trabalha com os alunos outros dois tipos de jornal: no site e nas redes sociais.


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Matérias especiais Ao recordarem dos trabalhos realizados por seus alunos, os professores destacaram algumas matérias que pelas temáticas e esforço dos alunos foram importantes para o contexto da sociedade capixaba e marcaram o NoE. Rafael Bellan lembra da matéria publicada na 74 edição, em junho de 2017, “Desempregados reivindicam moradia em ocupação no Centro de Vitória” foi escrita por um grupo de 5 estudantes, que contou com entrevistas à militantes do movimento Alto Grande Vitória que lutou por moradia. Essa problemática é vivida pela cidade até hoje. A segunda reportagem marcada foi com a temática postos de saúde de Vitória avaliados pelos usuários, divulgada na edição 79 em novembro de 2017. “Exame de rotina: o dia a dia das Unidade de Saúde de Vitória” trouxe a problemática da falta de profissionais disponíveis quando os usuários do Sistema Único de Saúde mais precisam. Por outro lado, Paes lembra uma foto tirada dentro do Centro de Artes (UFES) de uma pichação com os dizeres: “Nós vamos invadi (sic.) sua praia. Sisu” ao lado de um coração. Ele explica que os alunos, em geral, possuem muita dificuldade em utilizar de maneira proveitosa uma foto. A pichação chamou a atenção do professor pela carga cultural que ela carrega. “A imagem é a expressão da cultura de um estado que historicamente já funcionou como barreira verde e que até hoje prefere o isolamento e a pequenice”, diz Paes. Outra matéria foi sobre os espaços terceirizados da UFES. Ele conta que os alunos tiveram muita dificuldade de fazê-la, visto que a própria administração não colaborou com informações necessárias para a reportagem.

O No entanto... - Vinicius Nery, 2015/2 “... foi minha primeira experiência concreta no jornalismo e até hoje tiro as noções que aprendi nele para minha profis- Andressa Ventura, 2016/1 “... foi a primeira vez que me senti uma jornalista, além de ter sido essencial para que eu soubesse estar no caminho certo e que eu escolhi o curso que eu amo.”

Dentre as várias edições lembradas pelo professor, Victor Gentilli relata que a primeira turma do NoE pegou concomitantemente a primeira grande movimentação dos estudantes na cidade de Vitória. O movimento que lutou pelo bilhete gratuito dos ônibus ganhou atenção total da edição 6 e última edição da primeira turma do NoE que por orientação do professor, se propôs a fazer uma cobertura completa das movimentações. “O movimento e envolvimento da turma foi algo marcante”, conta. Mais uma vez, em 2013, com as grandes movimentações, a turma fez uma edição voltada para os acontecimentos. Para o professor, esta é caracterizada como edição histórica da vivência do jornal. Não à toa, os alunos desta edição foram classificados e foram premiados na câmara Municipal de São Paulo. Outras matérias sobre o caso do assassinato de Araceli em Vitória - adormecido pela mídia capixaba - e sobre a demorada entrega do novo aeroporto de Vitória, foram lembradas pelo professor. A linha editorial seguida pelas últimas turmas é de contrapor e dar uma nova ótica sobre as notícias divulgadas pelas grandes mídias.

- Marina Coutinho, 2016/2 “... me ajudou a colocar em prática tudo que tinha estudado no curso e me fez ter um gostinho de como é estar em uma redação

-Miranda Perozini, 2017/2

“... é uma disciplina essencial para os alunos de jornalismo. Nos ensina e nos prepara o suficiente para entender como funciona a produção jornalística e até mesmo os moldes de uma redação.”

- Izabela Toscano, 2018/1 - Bethania Miranda, 2017/1 “... foi uma grande escola, foi fundamental para mim no quesito escrita e saber ter sensibilidade com o outro, através do meu olhar sobre a pauta.”

“... Tive a oportunidade de passar por experiências novas, documentá-las e aprender com elas. Conseguir contatos, passar raiva com fonte que não responde, cobrir eventos importantes... É um processo cansativo, mas que me fez evoluir bastante.”

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digitalização impõe mudanças ao jornalismo Assim como os demais jornais brasileiros, o No Entanto teve que se reinventar e também utilizar o meio digital para se adaptar às novas demandas POR mylena ferro e newton assis

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m 2005, quando o No Entanto foi criado, a internet ainda não tinha a força que tem hoje. Os principais mecanismos de informação eram o rádio, a televisão e os jornais impressos. Contudo, com o passar dos anos, o meio digital veio ocupando um espaço cada vez maior na sociedade e o jornalismo teve que se adaptar às mudanças por ele impostas. De acordo com pesquisa divulgada em 2016 pelo Instituto Reuters, especializado nos estudos em torno do jornalismo, 91% dos brasileiros usam a internet para se informar e 72% usam mídias sociais para ler notícias. Isso explica o porquê da existência de mais de 250 jornais onlines espalhados pelo Brasil. Eles não só veiculam reportagens iguais às do impresso, como também apresentam alguns “extras”, como vídeos, áudios e fotos. Além disso, as redes sociais também permitiram a veiculação instantânea de coberturas quentes, como manifestações, desastres naturais etc. O No Entanto acompanhou e passou por todas essas mudanças. Quando criado, o jornal laboratório contava apenas com a produção de edições impressas. Hoje conta com edições quinzenais no formato de jornal impresso, porém divulgadas na plataforma Issuu desde o segundo semestre de 2015, caracterizadas por reportagens mais frias e com maior tempo de apuração; um site com diversas publicações relativamente quentes durante a semana, além das redes sociais, que contam com a produção de conteúdo e coberturas mais instantâneas, bem como a divulgação das matérias publicadas nas outras plataformas, como Instagram, Facebook e Twitter. Com essa transição, os professores que ministravam as disciplinas laboratoriais também tiveram que

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se adaptar, tanto no que diz respeito à didática, quanto às formas de condução da disciplina. Conversamos com Ruth Reis, professora orientadora das disciplinas laboratoriais, ela conta que o jornalismo online não era uma realidade na época a qual os laboratórios foram criados e só agora foi implementado. A professora aponta que a adaptação para o jornalismo online vem dessa constante queda dos meios impressos. “O jornal impresso está definhando, a gente tem observado a morte de muitos jornais e outros tiveram que migrar para o ambiente digital, pois esse é o suporte que está valendo atualmente”, completa. Ruth destaca também que, por estar num novo ambiente, o online, o jornal tem que aprender a lidar com novos desafios, como a multimodalidade, a transmodalidade e as novas noções de tempo. Ela conceitua que os jornais se prendem muito aos “pacotes”, junções de notícias com tempo pré-estabelecido. “Já o jornalismo online vai no fluxo, vai numa velocidade muito mais rápida do que seria essa dos pacotes de conteúdo que nós fazemos quando é um jornal impresso. Um dos fenômenos que está acontecendo com o jornalismo é isso que eu chamo de ‘desempacotamento’ das notícias”, aponta. O encerramento, pela segunda vez, da edição impressa do Jornal do Brasil reflete a crise apontada por Ruth. O jornal encerrou pela primeira vez a circulação de sua versão impressa em 2010, passando 8 anos apenas com um portal online. Em 2018, tentou voltar a circular o periódico impresso, no entanto não deu certo e em março de 2019, anunciou novamente o fim dessa versão.


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Crédito: Izabela Toscano

“Acho que o No Entanto cumpriu um papel muito relevante. Hoje estamos na edição 100 e não é fácil manter atividades laboratoriais na universidade”

ALGUMAS DAS COBERTURAS feitas pelo NOE nas redes

ruth reis, profesora

Manifestação do dia 15 de Maio de 19, a primeira articulação contra o corte de gastos da educação brasileira Crédito: Izabela Toscano

“Hoje vale mais a assinatura do jornal, a reputação que você construiu, o valor de marca e a matéria isolada” afirma Ruth Reis ao refletir sobre como os jornais online se constituem e em como eles interagem com o público. Ao ser questionada sobre se o jornalismo online tende a perder a essência do impresso, Ruth diz que sempre haverá uma mudança. “O jornalismo é uma produção de narrativa sobre o cotidiano, sobre o que a gente vive, sobre o presente. O aspecto cívico tem que ser preservado, mas as dinâmicas de produção mudam”, ressalta. Independente do modo que seja veiculado ou produzido, Ruth reconhece que alguns modos de se fazer jornalismo nunca mudam e defende que ele deve continuar dando uma noção de coletividade, informando questões de interesse público, tendo uma determinada ética de produção para oferecer às pessoas informação de qualidade, conclui a professora. No Entanto tem buscado se adaptar cada vez mais às novas formas de fazer jornalismo. Sendo um produto multimídia, ele possui equipes específicas para cada meio e suas especificidades. Nas redes sociais, por exemplo, a linguagem é mais curta e rápida, englobando cobertura ao vivo de eventos culturais e manifestações, bem como a divulgação das matérias do site. O site, por sua vez, conta com notícias quentes, atuais e mais detalhadas. Já a versão impressa, devido à falta de verba interna, circula no formato PDF. Ela é construída, porém, em torno do conceito de um jornal Berliner, tendo capa, expediente, editoriais etc.

Manifestação do dia 30 de Maio de 19, a segunda movimentação contra o corte de gastos da educação brasileira, contou com o apoio de vários movimentos sociais

Manifestação pró Governo Bolsonaro que ocorreu no dia 26 de Maio de 2019, os manifestantes se uniram para defender os projetos do atual presidente Jair Bolsonaro

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MANIFESTAÇÃO A 2° manifestação dos estudantes contra os cortes na educação realizada no dia 30 de Maio de 2019 em Vitória - ES. Por Arthur Chiesa NO ENTANTO 9


o que acontecia no mundo e no brasil quando o noe estreou? POR eduarda moro

2005 Furacão Katrina provoca danos em Nova Orleans 29 de agosto - O furacão Katrina atinge o sul dos Estados Unidos, deixando cerca de mil mortos e prejuízos ao longo da costa do Golfo do México. O Katrina provocou a ruptura dos diques no Estado Louisiana, que teve 80% de sua superfície inundada durante vários dias. Dezenas de milhares de pessoas abandonaram as áreas inundadas ou destruídas. Missionária Dorothy Stang é assassinada na Amazônia 12 de fevereiro - A missionária norte-americana que lutava em prol da população pobre e do reflorestamento da Amazônia, Dorothy Stang, foi assassinada com seis tiros em uma estrada rural do município de Anapu (PA), no local conhecido como Projeto de Desenvolvimento Sustentável Esperança (PDS).

Evo Morales é o primeiro presidente indígena da Bolívia 18 de dezembro - O líder cocaleiro Evo Morales, do Movimento ao Socialismo (MAS), é eleito o primeiro presidente indígena da história da Bolívia depois de vencer a eleição presidencial com 53,7% dos votos.

Michelle Bachelet é eleita no Chile 12 de dezembro - Michelle Bachelet, a candidata da coalizão de centro-esquerda Concertación, que governa o Chile desde 1990, gosta de repetir que ela representa todos os pecados capitais no país: é mulher, socialista, separada e agnóstica.

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Ônibus destruído por bomba 7 de julho - Quatro suicidas do grupo Al Qaeda se explodem em três vagões de metrô e um ônibus de dois andares na cidade de Londres, matando 52 pessoas e ferindo outras 700. Duas semanas depois, uma segunda onda de ataque atingem novamente os transportes coletivos londrinos, sem deixar vítimas. No dia 22 de julho passado, a polícia mata o brasileiro Jean Charles de Menezes, 27, por suspeitar que ele realizaria um atentado a bomba no metrô londrino.

Lei que aprova casamento entre pessoas do mesmo sexo teve amplo apoio na Espanha 4 de julho - A Espanha aprova o casamento homoafetivo e a adoção de crianças após meses de controvérsia entre políticos e grupos libertários e a direita católica do país. Com a aprovação, os espanhóis se tornaram o terceiro país do mundo a autorizar o casamento homossexual após a Bélgica e a Holanda.

Engenheiro brasileiro é sequestrado 19 de janeiro - O engenheiro João José de Vasconcellos Júnior, funcionário da construtora Odebrecht foi seqüestrado pelos grupos Brigadas Mujahidin e Exército de Ansar al Sunna no Iraque. Até hoje, não há informações sobre o paradeiro de Vasconcellos Jr.


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uando o No Entanto surgiu foi o mesmo ano em que o vestibular da Ufes aumentou o número de vagas, que era de 2.795 e passou para 2.806. As vagas extras foram para o curso de Comunicação Social, o qual, na época, foi desmembrado em Jornalismo e Publicidade e Propaganda, oferecendo 50 vagas para cada. 2005 foi um ano decisivo não apenas pelas mudanças profundas no curso, foi marcado também por outros acontecimentos noticiados na mídia do Brasil e do mundo.

Angela Merkel é eleita na Alemanha 22 de novembro - A conservadora alemã Angela Merkel é eleita chanceler pela Câmara de Deputados, tornando-se a primeira mulher a dirigir a Alemanha e a mais jovem chefe de governo na história do maior país da União Europeia (UE), após a Segunda Guerra Mundial.

Morre Papa João Paulo II 2 de abril - Morre o papa João Paulo II, aos 84 anos, depois de 26 anos no comando da Igreja Católica. No dia 19 de abril, o cardeal Joseph Ratzinger assumiria o pontificado, tornando-se o 265º papa e o primeiro sumo pontífice alemão em 482 anos, com o nome de Bento XVI.

Soldados iraquianos votam em posto de Bagdá 30 de janeiro - Iraquianos vão às urnas pela primeira vez após a queda do ditador iraquiano Saddam Hussein para escolher o governo provisório que iria redigir uma nova Constituição.

Saddam Hussein é julgado 19 de outubro - Começa o julgamento de Saddam, junto a outros sete de seus colaboradores, pela execução de 143 iraquianos e sequestro e destruição de propriedades de 399 famílias do vilarejo de Dujail (norte do Iraque) em 1982.

Tremor destrói várias casas na Caxemira 8 de outubro - Um terremoto de 7,6 graus na escala Richter atinge a região da Caxemira, governada pelo Paquistão e a Índia. Cerca de 80 mil pessoas morreram, outras 77 mil ficaram feridas e 3,5 milhões de pessoas ficaram desabrigadas. O epicentro do terremoto foi em Muzaffarabad, a capital da parte da Caxemira que é administrada pelo Paquistão, 90 quilômetros a nordeste da capital do país, Islamabad.

Ellen Johnson-Sirleaf vira o jogo nas eleições de Libéria 11 de outubro - Candidata do Partido da Unidade ficou na segunda posição, atrás do ex-jogador de futebol George Weah. Este resultado forçou um segundo turno realizado em 8 de novembro no qual venceu com 59,4% dos votos. Ellen é primeira mulher chefe de Estado tanto na Libéria como no continente africano.

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PROFESSORES ORIENTADORES RELATAM SUAS EXPERIÊNCIAS NO NOE Professores falam da integração com os alunos durante composição do jornal laboratório acerca dos anos e das metodologias que constituiram a disciplina POR myllena viana e noélia lopes

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prática do jornalismo na academia por meio de jornais laboratoriais é importante para a formação de futuros jornalistas, não apenas por introduzir a simulação de uma prática redacional, mas também, pelas atividades desenvolvidas nesse espaço de criação. Em sala de aula, essas atividades contam com a participação de profissionais formados, professores jornalistas, que

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transmitem aos alunos os seus conhecimentos sobre a prática e a rotina dentro das redações. Dentro desse contexto, o jornal No Entanto, nascido a partir das reivindicações de alguns professores do curso, trouxe a disciplina Laboratório de Jornalismo Impresso para o 3°período, no ano de 2004. Essa mudança ocorreu porque houve um entendimento de que era melhor o estudante ter contato

com a profissão várias vezes durante a formação. Assim, em 2005, por iniciativa - principalmente - do professor Victor Gentilli, foi produzida a primeira edição do jornal laboratório. Essa edição apresentava um formato mais compacto, em papel duplo ofício, e foi criada para trabalhar atividades de jornalismo mais noticiosas e textos curtos.


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Foi importante no sentido de mostrar que é possível fazer jornais regulares, quinzenais, de circulação com alunos nos primeiros períodos [...] mostrar que isso dá um ânimo, dá um entusiasmo, permite que os alunos consigam realizar (a prática) logo no terceiro período e partir daí com vários outros jornais laboratórios.

Victor Gentilli, primeiro professor orientador

Além do professor Gentilli, o jornal também contou com a participação dos professores Ruth Reis, Rafael Paes e o atual professor Rafael Bellan. No contexto de sua participação, no ano de 2016, depois de três semestres sem a oferta da disciplina, o professor Rafael Paes disse que os estudantes chegaram à disciplina cheios de dúvidas e expectativas para realizar um jornal que eles nunca tinham visto circular. Na reunião de planejamento e definição de linha editorial e público-alvo, segundo Rafael, as edições seriam produzidas visando os alunos do ensino-médio, possíveis alunos da Ufes, pois boa parte da turma entendia que a universidade era um espaço desconhecido para uma boa parte dos estudantes e da população geral. Além da experiência desafiadora, apontada pelo professor Rafael Paes, a professora Ruth comenta a dificuldade em manter atividades laboratoriais dentro da universidade. Sobre a importância de mantê-las, a professora diz que a essência do jornalismo está em continuar dando uma noção de coletividade, informando questões de interesse público, centrados numa determinada ética de produção, para oferecer às pessoas uma informação de qualidade. Atualmente, com o professor orientador Rafael Bellan, a aluna Sthefany Duhz, do sétimo período de jornalismo, comenta que trabalhar com o Bellan foi uma troca muito boa, pois segundo ela, o professor estruturou a turma no formato de uma redação e em cada edição fazia os alunos se revezarem nas diferentes funções, de repórter até editor.

alunos falam “Eu curti e aprendi muito com ele, e com a turma também. Sinto que essa sintonia foi geral. Lembro que até fizemos aniversário surpresa dele numa aula nossa, ele super curtiu. Foi uma disciplina muito boa e proveitosa!”

Sthefany Duhz Cavaca, graduanda sétimo período de Comunicação Social – Jornalismo, professor Rafael Bellan

“Ter a Ruth como orientadora no No Entanto foi muito construtivo pra mim e acredito que para os meus amigos também. Ela conseguia nos ensinar e cobrar tanto na diagramação quanto na qualidade das matérias.” Larissa Tallon, graduanda quinto período de Comunicação Social – Jornalismo, professora Ruth Reis

“A gente adquire um olhar jornalístico mais crítico, tanto com o texto dos outros quanto com o nosso próprio texto e, dessa forma, nos aperfeiçoamos aos poucos. Embora seja período curto, esse primeiro contato é essencial para o nosso processo de formação.” Isadora WANDENKOLK, graduanda quarto período de Comunicação Social - jornalismo, professor Rafael Bellan

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Uma linha do tempo histórica... Desde 2005 produzindo conteúdo, o jornal-laboratório No Entanto já passou por várias linhas editoriais, designs e professores orientadores, mas nunca deixou de criar conteudo jornalístico referente ao seu período

Edição n° 6, Agosto de 2005

Edição n° 20, julho de 2007 A primeira edição especial feita conta de perto como o Movimento Estudantil em Vitória se articulou contra as demandas da época

Inteiramente dedicada a ocupação feita por alunos à Reitoria da Ufes em Junho de 2007, essa edição fala sobre o significado e as consequências da ocupação

Edição n° 13, junho de 2006

Essa edição conta sobre como a Ufes sediou um grande evento na editoria de Cidades e problematiza a questão da acessibilidade na universidade

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Edição n° 34, maio de 2009 Essa edição especial fala sobre o Caso Aracelli, a menina que foi brutalmente assassinada em Vitória, 36 anos depois de ocorrido o crime


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Edição n° 40, outubro de 2009 A edição de n° 40 foi pautada nas Olímpiadas de 2016 no Brasil e como a universidade se porta diante da prática esportiva

Edição n° 90, julho de 2018

O jornal n° 90 foi pautado no maior congresso de comunicação do Brasil, o Intercom Sudeste, que em 2019 seria sediado na Ufes

Edição n° 100, julho de 2019

O destaque dessa edição foi para a reforma da previdência brasileira e as manifestações pró-educação e pró-Governo Bolsonaro

Edição n° 58, maio de 2012 Nesta edição, as pautas abordaram temas como a construção do Terminal Aquaviário, o dilema das cantinas da Ufes e o enfrentamento das mulheres contra o machismo cotidiano

Em 2014, devido à problemas com o Ministério da Educação (MEC), o curso de graduação em Jornalismo foi fechado até 2016, ou seja, não havia turma produzindo o No Entanto.

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MANIFESTAÇÃO Por Izabela Toscano

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