Jornal Solidario

Page 1

IMPRESSO ESPECIAL CONTRATO No 9912233178 ECT/DR/RS FUNDAÇÃO PRODEO DE COMUNICAÇÃO CORREIOS

www.jornalsolidario.com.br

Porto Alegre, 1o a 15 de julho de 2011

A marcha da maconha “Eles estão muito por fora!” Foi a expressão mais repetida pelos que lidam com toxicômanos e drogados, após a decisão de liberar a ‘marcha da maconha’. Porque, só quem vive e convive com as vítimas da doença fatal sabe dimensionar a extensão dessa desgraça social. Esqueceram os julgadores que álcool e maconha são as portas de entrada para o crack, o oxi e outras drogas que geram dependência e morte. Decisão legal, sim! Mas nem tudo que não é proibido pode ser permitido: acima da lei está o bom senso. E, segundo tudo indica, foi isso que faltou aos juízes. O Brasil sem drogas lamenta!

Ano XVII - Edição No 589 - R$ 2,00

Ser cristão no templo e na vida Divulgação

Feira de Economia Solidária Evento se repete pelo 18º ano em Santa Maria e expressa um novo modelo de economia na América Latina. Faz parte do Projeto Esperança/Cooesperança, trabalho iniciado por Dom Ivo Lorscheiter.

"A nossa maior glória não reside no

fato de nunca cairmos, mas sim em levantarmo-nos sempre depois de cada queda”. Confúcio

Muito mais que cumprir ritos e deveres semanais no templo, ser cristão é questão de atitude permanente em todos os espaços de convívio diário. Ser cristão é transformar a fé em vida, em gestos concretos de civilidade, tolerância, respeito e solidariedade. Páginas centrais

Como funciona a percepção do tempo

Nosso jornal está na web. Acesse

www.jornalsolidario.com.br

Página 5

Doze regras para um casal ser bem sucedido

Página 3


A

2 Editorial

M

ahatma Ghandi, um dos maiores humanistas e revolucionários pacifistas da história recente da humanidade, foi um estudioso do cristianismo e uma de suas obras que leu com especial e particular interesse foi a Bíblia. Frase atribuída a Ghandi nos deve chamar a atenção: “Quando li a Bíblia e conheci o projeto religioso/ humanista de Jesus, queria muito conhecer os cristãos; quando conheci os cristãos, tive uma profunda decepção”. Qual o motivo da decepção de Ghandi? A incoerência entre fé e vida dos cristãos, entre teoria cristã e prática do projeto de Jesus. Talvez seja essa uma das coisas que mais escandaliza os não-cristãos: a falta de coerência entre fé cristã e prática cristã. E deve ficar bem claro: praticar a religião não se resume em assistir à missa, rezar o rosário e outras orações, pagar promessas, cumprir preceitos da Igreja. Tudo isso são meios, alguns mais, outros menos importantes. O meio/ sacramento central, o bem maior da fé de todo o cristão é a Eucaristia, sem dúvida. Pode soar muito duro para alguns ouvidos, mas, ou se é cristão em todas as situações da vida, ou não se é cristão. Melhor: como a absoluta maioria, se faz número entre os chamados “cristãos nominais”. Ou folclóricos. Porque a fé de muitos cristãos não passa de folclore, não transforma nada, não denuncia as injustiças que pipocam a seu lado, não é solidário nem lhe importa o bem-estar material e espiritual dos demais, é um chove-não-molha institucional. “Quem não toma todos os dias sua cruz e me segue, não é digno de mim”. Jesus dá a dica do que significa, para ele, ser cristão, discípulo missionário, ser seu seguidor e sua presença na realidade cotidiana, quando, no “dia da verdade”, ele se identifica com as alegrias e as tristezas, a saúde e a doença de pessoas bem concretas: “Eu tive fome, tive sede, era peregrino, estava nu, doente, na prisão... e tu me acolheste”. Mais claro que isso, impossível. Só não entende quem, realmente, não quer entender! “Diretrizes gerais de conferências episcopais, encíclicas papais, resoluções de renovação como as do Concílio Vaticano II, documentos de assembléias episcopais continentais (Rio de Janeiro, Medellin, Puebla, Santo Domingo, Aparecida do Norte) não passarão de letra morta se não se transformarem em ações concretas. A Igreja, enquanto instituição, só existe em função de sua missão que é ‘dirigir’ e apontar caminhos a seus membros”, diz o jornalista Adriano Eli, introduzindo a matéria de capa desta edição do Solidário, que traz, na mesma linha de pensamento, uma imperdível entrevista com o “jovem” de 90 anos e nosso assíduo colaborador, Antônio E. Allgayer (páginas centrais). A autêntica e coerente vivência da fé leva a opções de vida que trazem consequências, por vezes o martírio. O Brasil assiste - infelizmente, a maioria só “assiste” - o martírio de pessoas que lutam pela justiça, caso dos recentes assassinatos na região amazônica. Vale lembrar que, entre os muitos leigos/as e religiosos/as jurados de morte, estão, igualmente, três bispos daquela região. Mesmo que não vivamos em situações de risco de morte, todos somos chamados a viver coerentemente a nossa fé, no testemunho da justiça, na vivência da solidariedade, onde os cristãos não são apenas batizados, cristãos nominais, mas colaboradores na construção de um mundo melhor para todos. (attilio@ livrariareus.com.br)

CNPJ: 74871807/0001-36

Conselho Deliberativo

Presidente: José Ernesto Flesch Chaves Vice-presidente: Agenor Casaril

Voz do Pastor Dom Dadeus Grings

Arcebispo Metropolitano de P. Alegre

Fé x prática cristã

Fundação Pro Deo de Comunicação

1o a 15 de julho de 2011

RTIGOS

Voluntários Diretoria Executiva

Diretor Executivo: Adriano Eli Vice-Diretor: Martha d’Azevedo Diretores Adjuntos: Carmelita Marroni Abruzzi, Elisabeth Orofino e Ir. Erinida Gheller Secretário: Elói Luiz Claro Tesoureiro: Décio Abruzzi Assistente Eclesiástico: Pe.Attílio Hartmann sj

O nome de Deus

E

Deus pelo tetragrama YHWH, com as variantes de Jahweh e Jeová. A Congregação da Santa Sé pede que se evite esta pronúncia por diversos motivos. Primeiro, trata-se de uma veneranda tradição bíblica que o proíbe por se tratar da “expressão da infinita grandeza e majestade de Deus”. Por isso, é substituída, no texto sagrado, por uma denominação alternativa “Adonai”, que significa “Senhor”. Em segundo lugar, lembra que a Tradução dos Setenta, anterior ao Cristianismo, traduz este tetragrama hebraico por “Kyrios”, Senhor. Com esta nomenclatura passou para os livros do Novo Testamento. Assim, os cristãos, desde sua origem, evitaram pronunciar o tetragrama divino. Em terceiro lugar, argumenta a congregação romana que S. Paulo fala que o nome de Jesus foi elevado acima de todos os nomes (Fil 2,9). Ele também traduz o nome de Deus por “Senhor”, garantindo que toda língua proclamará que Jesus é o Senhor. Além destes argumentos está o diálogo com os judeus, procurando evitar tudo o que possa causar algum dissabor nos interlocutores. É questão de cordialidade e respeito pela cultura ancestral. Por isso se estabelece, como norma canônica, que não se use o tetragrama nas celebrações; que se traduza este tetragrama pela palavra “Senhor”; que, quando ocorrer o tetragrama, no âmbito litúrgico, seja traduzido pela palavra “Deus” e a palavra Adonai seja traduzida por

ntre os dez mandamentos da lei de Deus, o segundo proíbe tomar seu santo nome em vão. Nele está contido o respeito a tudo o que se refere a Deus. Quer evitar que se profanem as coisas sagradas. Quem o faz não atinge, evidentemente, a Deus em si, mas o sentimento religioso e a fé dos que nele confiam. É como xingar a mãe de alguém. Muito mais que rebaixar a mãe, o objetivo é ofender a pessoa que se quer ultrajar. No caso da profanação das coisas sagradas e dos símbolos religiosos fala-se de sacrilégio. A Constituição brasileira protege o culto divino e os respectivos objetos religiosos. Obriga o cidadão a respeitar o sentimento religioso de quem quer que seja. Como católicos temos muitos simbolismos, que nos vêm da tradição, desde suas origens do Antigo Testamento, culminando em Jesus Cristo, e ulteriormente elaborados através dos séculos. A Congregação para o culto divino e a disciplina dos sacramentos emanou, em 2008, uma orientação, regulamentando o uso do “nome de Deus”, pela fidelidade aos textos originais. Lembra que a questão do nome de Deus merece um respeito máximo dos tradutores. O nome de Deus onipotente é expresso, em hebraico, pelo tetragrama inefável. Denomina-se assim porque se trata de quatro consoantes que simbolizam a natureza divina e que não se deveriam pronunciar. Foi traduzido para o latim como “Dominus”, e deve passar para nosso vernáculo como “Senhor”. Acontece que, em muitos ambientes, como para esnobar cultura exótica, começou a entrar o costume de pronunciar o próprio nome de

“Senhor”.

Adeus tardio a Luiz Pauletti Hugo Hammes

então, nas mãos o livro “O Brilho da Mocidade”, de Dom Tihamer Todt, escritor húngaro, especializado em amento que tenha chegado ao meu co- assuntos para jovens. Marcou-lhe um nhecimento com muito atraso a notícia de conceito do escritor: “Ser homem não partida para a casa do Pai do meu irmão é dominar os outros, mas dominar a si mesmo”. A partir daí seu comporde fé Luiz Pauletti, impedindo-me de levar-lhe tamento mudou radicalmente, dando o meu último adeus. Nossa amizade, convivên- um novo rumo à sua vida. Muitos cia e parceria remontam a mais de quarenta anos depois teve a felicidade de anos. Estivemos juntos em projetos de or- expressar o seu preito de gratidão no dem profissional e em movimentos de Igreja. túmulo de Dom Tihamer Todt, em Budapeste. Inquieto e dinâmico, franco e leal, Como Luiz Pauletti esteve envolvido com o nosso jornal, tendo sido durante um período o seu diretor – prin- de palavra fácil, suas atitudes eram claras e firmes, com cipalmente na fase do “Novo Milênio” – é justo que se uma argumentação convincente. Luiz Pauletti foi, sobretudo, um homem de fé, um faça este registro e o reconhecimento do empenho deste cristão assumido, filho fidelíssimo da Igreja. Sempre batalhador em prol da imprensa católica. Nascido no dia 29 de novembro de 1928, em Água disponível, não apenas acolheu como também viveu a Santa, transferiu-se com a família para Caxias do Sul, palavra de Deus. Além de ter sido um dos fundadores, onde iniciou sua atividade profissional no “Correio Rio- atuou intensamente no núcleo local das Equipes de grandense”. Posteriormente, já em Porto Alegre, teve uma Nossa Senhora. Homem de oração e de vivência eucarística, foi um empresa ligada à propaganda. Entretanto, ele se destacou como um dos grandes nomes da imprensa interiorana, católico autêntico, comprometido com os valores do tendo sido presidente e colaborador constante da Adjori Evangelho, colocando os seus dons e talentos a serviço - Associação dos Dirigentes de Jornais do Interior do do Reino de Deus. A Luiz Pauletti podemos aplicar as palavras do apósEstado do Rio Grande do Sul. Pauletti contou-me, certa vez, que em sua mocida- tolo S. Paulo: “Combati o bom combate, terminei a minha de era dado a valentão, rebelde e agressivo. Caiu-lhe, carreira, guardei a fé” (2 Tim 4, 7)”. Jornalista

L

Conselho Editorial

Presidente: Carlos Adamatti Membros: Paulo Vellinho, Luiz Osvaldo Leite, Renita Allgayer, Beatriz Adamatti e Ângelo Orofino

Diretor-Editor Attílio Hartmann - Reg. 8608 DRT/RS Editora Adjunta Martha d’Azevedo

Redação Jorn. Luiz Carlos Vaz - Reg. 2255 DRT/RS Jorn. Adriano Eli - Reg. 3355 DRT/RS

Revisão Ronald Forster e Pedro M. Schneider (voluntários) Administração Elisabete Lopes de Souza e Norma Regina Franco Lopes Impressão Gazeta do Sul

Rua Duque de Caxias, 805 Centro – CEP 90010-282 Porto Alegre/RS Fone: (51) 3221.5041 – E-mail: solidario@portoweb.com.br Conceitos emitidos por nossos colaboradores são de sua inteira responsabilidade, não expressando necessariamente a opinião deste jornal.


1o a 15 de julho de 2011

F

AMÍLIA &

S

3

OCIEDADE

Raiva e problemas de adaptação social E

m termos práticos, podemos dizer que a raiva, sendo uma emoção, não implica em mágoa, mas em estresse, e o ódio, sendo um sentimento, implica numa mágoa crônica, numa angústia e frustração. Nenhum dos dois é bom para a saúde.

A raiva pode ser entendida como uma sensação de frustração que sentimos, quando esboçamos um desejo e ele não acontece. Então, surge a frustração com vontade de revidar, que é a raiva. A raiva, que é a geradora de impulsos violentos contra os que nos ofendem, nos ferem ou invadem a nossa dignidade, é a responsável por um sem número de atos de violência, incluindo a auto-violência, contra nossa própria saúde.

attivecomeprima.org

Resultados de pesquisas

Smith realizou uma pesquisa sobre a violência, com 213 meninas, idade entre 9 e 19 anos. O tema da pesquisa dizia respeito aos fatores desencadeantes da raiva, bem como aos comportamentos e relacionamentos interpessoais e aos problemas de conduta no lar e na escola. As meninas foram divididas em dois grupos:

54 meninas consideradas como violentas e 159 como não-violentas. A raiva, precipitada por situações específicas de injustiça, mostrou ser sempre mais intensa e generalizada nas meninas violentas do que nas meninas não-violentas. As

Doze regras para um casal ser bem sucedido 1. É preciso saber ser só antes de ser casal. 2. Se você é casado, não peça ao outro para mudar... comece mudando você mesmo. 3. O amor não é a lua de mel, o amor é saber amar quando o casal está em crise. 4. Ser casal não lhe permite possuir o outro ... amar é dar ao outro a liberdade. 5. Cada um deve responsabilizar-se por seus condicionamentos, sua inconsistência e sua violência. 6. Um casal será bem sucedido se ele não estiver absorto em um círculo vicioso: eu te ofendo... tu me ofendes. 7. Uma sexualidade sadia é um dos grandes elementos de um casal harmonioso e feliz. 8. O homem deve corresponder à imagem que a mulher tem do que é um homem.

9. Inversamente, a mulher deve corresponder à imagem que o homem tem do que é uma mulher. 10. Ser amantes não é suficiente, o homem e a mulher devem ser também irmão e irmã, saber viver com uma certa cumplicidade entre eles. 11. Os cônjuges não devem ser tão diferentes... o amor tem seus limites... se o homem é um roqueiro inveterado e a mulher é professora de música clássica, há pouca chance de eles terem uma harmoniosa vida comum. 12. É preciso aceitar que o outro permaneça um mistério. …e 13. Praticar a massagem mútua para enriquecer a relação. (Cajoling/net – traduzido do francês por Deonira La Rosa)

meninas violentas, portanto aquelas que nutriam mais a raiva, tinham maior possibilidade de não gostar da escola e/ou de contestar sofridamente a disciplina da escola, tinham também muito mais dificuldades adaptativas e pior relacionamento interpessoal que as meninas não-violentas, que eram as que manifestavam menos raiva (Smith, 2000). Em outro estudo, 31 de 89 adolescentes preencheram requisitos para entrarem no Grupo da Raiva e o restante no Grupo da Não Raiva. Diversas diferenças foram encontradas entre esses dois grupos. O Grupo da Raiva relatou menos intimidade com os pais, recebeu menos suporte deles, tinha mais amigos do sexo oposto, tinha namoradas(os) mais frequentemente. Na escola esse grupo tinha, em média, notas piores que o Grupo da Não Raiva, se sentia mais oprimido e usava maconha mais frequentemente. O mais interessante, entretanto, é que os resultados dessa análise revelaram ser a Depressão o preditor mais significativo para o desenvolvimento do traço da raiva (Silver, 2000). (Dados publicados por Ballone GJ, Psicweb)

FILANTROPIA? Auditoria de Entidades Filantrópicas e Terceiro Setor

(51) 3222-7140 ou anend@anend.com.br CRC RJ 003550 S RS


O

4

PINIÃO

Junho, mês do coração de Jesus do Sagrado Coração de Jesus que emana, a cada ano, toda a vida da Igreja”. Definitivamente, a espiritualidade do ão incontáveis os caminhos que levam ao Pai. Um deles, altamente privilegiado, passa pelo Coração de Jesus não é periferia, mas Coração de Jesus, humano e divino, síntese per- centralidade do Plano da Redenção. Não feita da bondade do Pai, em seu amor aos homens. é apenas mais uma devoção popular, ao lado de tantas outras, no Brasil e no mundo. É centralidade do Evangelho, do A Trindade tem Coração, um coração transpassado pela lança, no alto do Calvário. Coração cristianismo, na vida de cada um de nós. Pio XI, em momento inspirado, classificou-a misericordioso, oceano de perdão e bondade, de como “a síntese de toda a religião cristã” (encíclica amor infinito. A devoção ao Coração de Jesus situa-se no Miserentissimus Redemptor, 1928)”. Humilde, fervoroso, o Apostolado da Oração centro do cristianismo. Enraíza no evangelho, tem busca viver e difundir jubilosamente a devoção fundamentação teológica, bíblica, eclesial. E é recomendada constantemente pela Igreja, através ao Sagrado Coração de Jesus, que sempre encontrou ressonância, simpatia e apreço popular em dos séculos. Em sua mensagem aos povos da América corações piedosos e humildes, em comunidades Latina, nossos bispos declararam, com lucidez, cristãs, abertas ao Evangelho, a Deus, aos valores em Puebla ...”Somos pastores da Igreja Católica e espirituais. Precioso e imortal, o inesquecível depoimentoApostólica, que nasceu do Coração de Jesus Cristo, elogio, que nos deixou João Paulo II, de saudosa o Filho de Deus vivo”. E João Paulo II, na força de sua palavra inspira- memória: “O Apostolado da Oração é o grande TESOUda, ecoando a voz da Igreja e dos Sumos Pontífices, disse esta frase imensa, consoladora, na festa do S. RO, do coração do Papão e do Coração de Cristo, Coração de Jesus, em 1979, na cidade de Roma. “É nosso redendor”. Pe. Roque Schneider, S.J

S

Kit contra homofobia

Famílias felizes

João Carlos Nedel

Antônio Mesquita Galvão

Vereador de P. Alegre

Escritor

presidente Dilma determinou que seja suspensa a distribuição do malfadado kit contra a homofobia, que o MEC pretendia distribuir nas escolas brasileiras. Ainda que tenha sido por causa da pressão sofrida, a medida é salutar e inibe mais essa agressão que se pretendia fazer contra a moral cristã.

oje a última moda é colocar na traseira dos carros uma coleção de adesivos, reportando-se às pessoas da família, bem como seus animais de estimação, cachorros, gatos, papagaios, periquitos e pássaros. Já notaram?

A

Assisti a alguma das peças que integram o kit e pude constatar que não é um kit contra preconceito ou contra a homofobia e sim um kit estimulador à prática homossexual. Na verdade, é um kit contra as reações naturais de defesa à família constituída da união de homem com mulher. Ressalte-se que o uso da palavra “homofobia” já é uma violência intencional ao conceito de fobia, para provocar uma reação de antagonismo aos “homofóbicos”, quase sempre exarcerbada, para atribuir aos homossexuais a condição de vítimas incompreendidas de preconceito. São vítimas, sim, mas não de preconceito e sim de sua condição de mente e corpo incompatíveis entre si. A hostilidade contra essas pessoas está errada, pois precisam é ser entendidas e aceitas nessa condição paradoxal, para poderem ser ajudadas. Isto não quer dizer, entretanto, que a prática homossexual possa ser aprovada, pois contraria a ordem natural. Não existe homofobia, pois o termo fobia não se aplica ao caso. A fobia, na verdade, é uma crise de pânico desencadeada em situações específicas, sem causa aparente. Em geral, ocorre quando a crise de pânico é desencadeada em situações que já são potencialmente perigosas. E produz sintomas conhecidos, como transpiração excessiva, taquicardia, náusea, vertigem, calafrios, dor no peito, sensação de falta de ar e formigamento. Não vejo como se possa aplicar esse conceito às posições firmes adotadas pelas pessoas que se opõem à prática homossexual como algo anti-natural. Nas escolas, deve-se ensinar o bem e o certo. Jamais incentivar o que é contrário à sua construção.

1o a 15 de julho de 2011

H

É o que chamam de “família feliz”. Ontem à tarde, eu parei atrás de um carro que exibia esses símbolos: um pai, uma mãe, um filho, quatro cachorros, três gatos e três passarinhos. Tinha mais bicho que gente! Outro, visto outro dia, tinha só o casal e um cachorro. Observando-se bem essas imagens, nota-se que em alguns casos a família está incompleta, pois falta o pai, alguém que morreu ou se escafedeu. O número de filhos é variável, mas o número de bichos, na maioria dos casos, é bem significativo. Eu não tenho nada contra essas galerias; mas também nada a favor. Há ali alguns ingredientes psicossociais que chamam a atenção e induzem a alguns tipos de reflexão. Embora chamem a coletânea de “família feliz” sabe-se que nem todas são contempladas pela felicidade reportada. Como tudo na vida, há momentos de felicidade e de desventura. É o normal da vida, onde os desajustes se misturam com os acertos. Ao revelar o número de pessoas do grupo familiar, abre-se uma brecha na segurança, favorecendo, quem sabe, uma incursão de sequestradores ou atividades do gênero. Sabendo quantos filhos são, fica fácil um telefonema, desses que relatam falsos sequestros, para obter vantagens imediatas. Se as figuras apontam a existência só da mãe, surge o indicativo de que naquela casa não tem homem. E ainda surge, por fim, o demonstrativo de um certo egoísmo: quatro cachorros, três gatos, três passarinhos e só uma criança. Considerando o custo com veterinários, comida especial, cuidados embelezadores nas pet, casinhas, gaiolas e roupas adequadas, tudo somado à sujeira que os bichos fazem, não seria melhor investir qualitativamente em um filho a mais? Às vezes o investimento pode até não compensar, mas valeu a tentativa... Como a maioria das pessoas trabalha, some-se a isso a crueldade de deixar os bichos sozinhos o dia inteiro, perturbando a vizinhança. Pior ainda o caso de casais que, por razões biológicas ou pragmáticas não têm ou não querem filhos e adotam cães e gatos, estabelecendo diálogos ilógicos, do tipo “Fifi, vem cá com a mamãe”. Uma senhora diz que escuta, no latido, o cãozinho dizer: “Mamãe!” Conheço gente nessa conformidade que comemora, com festinha, o aniversário do totó. Não seria mais humano ter ou adotar uma criança?

Ser cristão é não conjugar o verbo calangar César Augusto Rocha Coordenador do Conselho Diocesano de Leigos/as Diocese de Tianguá/CE

D

escobri recentemente um outro verbo para o nosso dicionário (desculpemme os doutos e letrados na nobre língua portuguesa!) muito apropriado para a condição subserviente de muitos leigos e leigas de nossa Igreja diante dos desafios da evangelização. Trata-se do verbo "calangar" (...) O significado é óbvio e hilário! O movimento contínuo do pobre réptil acenando pra cima e pra baixo lembra com exatidão o conformismo e a apatia dessa turba de batizados, que tradicionalmente e infalivelmente cumpre suas obrigações semanais para com a santa madre Igreja - "assiste" à missa dominical, comunga e ouve o "sermão" do padre - mas não consegue transcender as paredes do templo e ascender a uma compreensão mais genuína da fé. A religião não pode ser aquilo que o filósofo Karl Marx constatava em seus escritos: "Ópio do povo". Ela não pode nos anestesiar, nos distanciar do foco, da essência, das questões primordiais. Em suma, ela não pode nos alienar, ser empecilho para que sejamos sujeitos de nossa história e protagonistas do projeto revolucionário de Jesus Cristo. O processo de alienação ocorre todas as vezes que nos omitimos e nos acovardamos dentro e fora da Igreja diante das situações que geram exclusão e injustiça, quando não temos coragem de tocar nas grandes mazelas da sociedade em nossos discursos e pregações, quando transformamos a nossa fé num mero lampejo de emoção, um momento de pura euforia ou uma sensação de satisfação puramente pessoal. Enfim, alienamo-nos quando olhamos de braços cruzados o bonde da história passar e preferimos continuar em nossa cômoda posição de "calangos". O que é ser cristão mesmo? Olhe com atenção para a vida desse profeta e tente responder a essa simples indagação: Você se considera discípulo e missionário de Cristo? Quais são as grandes opções de Jesus? A opção pelos pobres, pelo serviço, contra todo o poder que oprime; a opção pela misericórdia contra todo legalismo; a opção pela vida, contra todas as estruturas que geram morte. Jesus fez opção, enfim, pela pessoa humana e disse "não" às estruturas desumanizadoras de seu tempo. E nós, hoje? Nossas Igrejas são veículos de inclusão ou de exclusão social? Os pobres a frequentam, participam de seus ritos e sacramentos ou permanecem timidamente distantes em seus guetos e periferias? Não existe cristianismo sem a opção preferencial pelos excluídos e marginalizados. Os cristãos "calangos" vão vivendo os seus dias rotineiros de olhos postos para as coisas do alto, perdidos em seus louvores enfadonhos e intermináveis, de corações piedosos e legalistas, prontos para separar o joio e o trigo com rapidez e destreza, em nome da fé ou do que eles pensam ser "fé". Não se misturam com os infortunados pecadores, experimentam o êxtase do paraíso já nesta vida e zombam dos que pensam diferente, dos que se aventuram a olhar Jesus Cristo de outra maneira, não apenas como o doce e meigo Jesus, mas como o profeta dos marginalizados e desprezados que não se calou diante da tirania dos que detinham o poder para escravizar e oprimir os mais fracos. Constantemente romantizamos a nossa fé e infantilizamos a nossa relação com Deus. Não existe a verdadeira experiência de Deus sem o compromisso com a vida e com as realidades que nos cercam. É preciso repensar urgentemente nossos conceitos e convicções. Só participa do grupo de Jesus quem tem coragem de não conjugar o verbo "calangar".


E

1o a 15 de julho de 2011

P

DUCAÇÃO &

5

SICOLOGIA

Percepção do tempo demasiadamente rápido ou longo Juracy C. Marques Professora universitária, doutora em Psicologia "A persistência da memória" - Salvador Dali

H

á ocasiões em que o tempo de espera nos parece uma eternidade, outras em que, quando nos demos conta ele já passou, sem que tenhamos consciência, tão absorvidos estamos em determinada tarefa que exige nossa atenção ou demasiadamente preocupados com a situação que as circunstâncias se nos deparam. Temos muitos relógios biológicos e os percebemos sem nenhum esforço ou intenção, por exemplo, se é dia ou noite no lugar geográfico em que nos encontramos, embora saibamos que quando é dia aqui é noite ali.

David Eaglement (The mysteries of time and brain. The New Yorker, April 2011 – by Burkhard Bilger) por mais de uma década estuda os circuitos dos relógios biológicos do cérebro, ainda um tanto obscuros, para deduzir algumas noções sobre os processos que nos levam a ter consciência do tempo, em termos de sua duração, conforme as experiências vivenciadas. Isto ocorre subjetivamente, deixando uma questão intrigante: para onde vão os momentos que perdemos dos quais não temos consciência? Quanto do que percebemos está fora de nós e quanto dessa percepção é produto de nossa mente? O relógio circardiano, que nos dá a consciência da passagem dia-noite está ligado ao hipotálamo. Várias partes do córtex são marcadores de tempo, talvez isto ocorra pela liberação de neurotransmissores. Sabe-se, no entanto, que o organismo reage com maior rapidez ao som do que aos estímulos visuais,

Acidente de carro

Magda – Canadense, 50 anos – mandou-me um e-mail sobre as pesquisas de Eaglement, comentando que teve uma experiência com um acidente de carro, quando estava em viagem à Alemanha que confirma sua argumentação. Diz ela: De repente, o tempo tinha parado, tudo acontecia em câmara lenta. Perdi o controle do carro e ele se movimentava como num elegante balé, com cascatas de neve que obliteravam minha visão. Atravessou a pista e parou do outro lado, num paredão de neve. Isto deve ter ocorrido em alguns segundos. Não senti o impacto. Só após o socorro, que demorou duas horas, com alguns arranhões nas pernas, foi que consegui comparar a disparidade da percepção do tempo entre o acidente e o socorro que me foi eficientemente prestado.

Perdi meu filho ao sair da Escola

Giselda, 30 anos, mãe de filho único, contoume outro dia: Jaime tinha cinco anos, as mães e pais se agrupavam em conversas intermináveis, eu procurava Jaime sem encontrá-lo, calculo que por uma meia hora. Tanto o tempo que transcorria, quanto meu estado mental de angústia tornava meu comportamento errante e confuso. Então, perguntei ao guarda, de pé, na frente do portão da Escola: “Não viu o Jaime?' - conhecia-o das vezes que me atrasava e pedia-lhe que ficasse com ele. Respondeu : “Não se preocupe, ele já saiu com seu pai há mais ou menos uma hora!”. Senti-me aliviada, embora decepcionada comigo mesma. Só foi aí que me lembrei, pois tínhamos combinado que hoje ele viria buscá-lo. A noção de tempo liga-se intrinsecamente aos mecanismos e processos de memória.

Tempo demasiadamente longo

As reações a outros estímulos como o tato, o cheiro e a luz têm diferentes tempos de reação. Mesmo que os sinais cheguem ao cérebro ao mesmo tempo, eles são processados em diferen-

tes quantidades de tempo. Há um tempo maior ou menor entre o estímulo e a resposta, estamos quase sempre atrasados quanto à consciência do que está se passando naquele exato momento. Isto explica, pelo menos em parte, por quê à medida em que ficamos mais velhos, o tempo parece andar mais rápido. Quanto mais o mundo se nos torna familiar, menor é o número de novas informações a serem incorporadas a nossos circuitos cerebrais. Por que a percepção de tempo desacelera quando estamos em situações de perigo, quanto à nossa sobrevivência? Em situações de vida ameaçadoras, o tempo parece transcorrer mais devagar.


8

S

Lições de vida Texto escrito por Regina Brett, 90 anos de idade, que assina uma coluna no The Plain Dealer, de Cleveland, Ohio, EUA, e que está circulando na web. "Para celebrar o meu envelhecimento, certo dia eu escrevi as 45 lições que a vida me ensinou. É a coluna mais solicitada que eu já escrevi. Meu hodômetro passou dos 90, portanto, aqui vai a coluna mais uma vez: 1. A vida não é justa, mas ainda é boa. 2. Quando estiver em dúvida, dê somente o próximo passo, pequeno . 3. A vida é muito curta para desperdiçá-la odiando alguém. 4. Seu trabalho não cuidará de você quando você ficar doente. Seus amigos e familiares cuidarão. Permaneça em contato. 5. Pague mensalmente seus cartões de crédito. 6. Você não tem que ganhar todas as vezes. Concorde em discordar. 7. Chore com alguém. Cura melhor do que chorar sozinho. 8. É bom ficar bravo com Deus. Ele pode suportar isso. 9. Economize para a aposentadoria começando com seu

primeiro salário. 10. Quanto a chocolate, é inútil resistir. 11. Faça as pazes com seu passado, assim ele não atrapalha o presente. 12. É bom deixar suas crianças verem que você chora. 13. Não compare sua vida com a dos outros. Você não tem ideia do que é a jornada deles. 14. Se um relacionamento tiver que ser um segredo, você não deveria entrar nele. 15. Tudo pode mudar num piscar de olhos. Mas não se preocupe, Deus nunca pisca. 16. Respire fundo. Isso acalma a mente.. 17. Livre-se de qualquer coisa que não seja útil, bonito ou alegre. 18. Qualquer coisa que não o matar, o tornará realmente mais forte. 19. Nunca é muito tarde para ter uma infância feliz. Mas a segunda vez é por sua conta e ninguém mais. 20. Quando se trata do que você ama na vida, não aceite um não como resposta. 21. Acenda as velas, use os lençóis bonitos, use roupa chic. Não guarde isto para uma ocasião especial. Hoje é especial.

1o a 15 de julho de 2011

ABER VIVER

22. Prepare-se mais do que o necessário, depois siga com o fluxo. 23. Seja excêntrico agora. Não espere pela velhice para vestir roxo. 24. O órgão sexual mais importante é o cérebro. 25. Ninguém mais é responsável pela sua felicidade, somente você. 26. Enquadre todos os assim chamados "desastres" com estas palavras 'Em cinco anos, isto importará?' 27. Sempre escolha a vida. 28. Perdoe tudo de todo mundo. 29. O que outras pessoas pensam de você não é da sua conta. 30. O tempo cura quase tudo. Dê tempo ao tempo.. 31. Não importa quão boa ou ruim é uma situação, ela mudará. 32. Não se leve muito a sério. Ninguém faz isso. 33. Acredite em milagres. 34. Deus ama você porque ele é Deus, não por causa de qualquer coisa que você fez ou não fez. 35. Não faça auditoria na vida. Destaque-se e aproveite-a ao máximo, agora. 36. Envelhecer ganha da alternativa -- morrer jovem. 37. Suas crianças têm apenas uma infância. 38. Tudo que verdadeiramente importa no final é que você amou. 39. Saia de casa todos os dias. Os milagres estão esperando em todos os lugares. 40. Se todos nós colocássemos nossos problemas em uma pilha e víssemos todos os outros como eles são, nós pegaríamos nossos mesmos problemas de volta. 41. A inveja é uma perda de tempo. Você já tem tudo o que precisa. 42. O melhor ainda está por vir. 43. Não importa como você se sente, levante-se, vista-se bem e apareça. 44. Produza! 45. A vida não está amarrada com um laço, mas ainda é um presente."

Dicas de Nutrição Dr. Varo Duarte

Médico nutrólogo e endocrinologista

Aleitamento materno

O

aleitamento deve ser iniciado logo após o parto. Devem ser mantidas todas as recomendações alimentares feitas durante a gestação. Haverá apenas uma redução no aporte calórico, uma vez que a reserva energética, para a produção do leite, deve ter sido feita durante a gestação (4 kg a mais no peso gravídico, necessários ao aumento dos órgãos na gestação, permanecem no pós parto) Esta reserva está representada por 4000 gramas de lipídios, ou seja, 36.000 kcal, acumuladas durante a gestação, especificamente para serem utilizadas na amamentação. Não existe leite fraco. O que pode existir é uma redução na produção da quantidade do leite. A água deve ser ingerida pelo menos 2 litros por dia, sob a forma de água ou sucos naturais. Todos os alimentos podem ser consumidos, não havendo alimentos prejudiciais ao recém nascido. O leite materno é o melhor alimento durante os primeiros seis meses da criança. É um alimento completo e insubstituível. Fornece, por si só, todos os nutrientes necessários ao crescimento, desenvolvimento e à saúde da criança. Deve ser a única fonte de nutrientes até o sexto mês de vida. Fornece, além dos nutrientes, os anticorpos e transmite às crianças a imunidade necessária para impedir grande número de enfermidades para as quais a mãe já constituiu suas defesas, que a criança ainda não tem condições de elaborar. Durante o aleitamento materno já é permitida a restrição do peso da mãe através de uma dieta hipocalórica, nunca inferior às necessidades da mãe e da produção de leite. Alimentos preferenciais: leite integral e derivados, ao redor de 1 litro por dia, carne de qualquer origem, vaca, galinha, porco e peixe. Ovos não fritos (produtores de proteínas animais). Proteínas vegetais como o feijão, lentilha, soja, ervilha, lentilha. Não esqueçamos nossa afirmação: O FEIJÃO COM ARROZ, nosso prato tradicional, hoje tão esquecido, representa a substituição proteica de uma proteína animal. As vitaminas estão também nestes alimentos, sendo o cálcio e o ferro os sais minerais mais importantes. As gorduras são importantes, pois produzem os ácidos graxos essenciais, ômega 3, ômega 6. Prefira o azeite de oliva, não use gorduras trans (gorduras hidrogenadas). Os carboidratos fornecem a maioria das calorias e estão no pão, no arroz, nas massas. Evite as frituras, salames gordos, torresmos, bebidas de álcool, refrigerantes. Volto a insistir: meus dois últimos livros, COMA DE TUDO SEM COMER TUDO e ALIMENTOS FUNCIONAIS, da Editora Artes E Ofícios, 2ª edição, 2007, representam a melhor orientação para uma alimentação correta, aplicada a cada pessoa individualmente.

Visa e Mastercard


E

1o a 15 de julho de 2011

Humor

2.000 anos de turbulências - XXVIII

PIADAS FORENSES

Sem Fronteiras Martha Alves D´Azevedo

Comissão Comunicação Sem Fronteiras ard on Le

Advogado: Qual é a data do seu aniversário? Testemunha: 15 de julho. Advogado: De que ano? Testemunha: Todo ano. xxx Advogado: Poderia descrever o suspeito? Testemunha: Ele tinha estatura mediana e usava barba. Advogado: Homem ou mulher? xxx Advogado: Aqui na Corte, para cada pergunta que eu lhe fizer, sua resposta deve ser oral, OK? Que escola você frequentava: Testemunha: Oral. xxx Advogado: Doutor, o senhor se lembra da hora em que começou a examinar o corpo da vítima? Testemunha: Sim, a autópsia começou às 20h30min. Advogado: E o senhor Décio já estava morto a essa hora? Testemunha: Não... Ele estava sentado na maca porguntando por que eu estava fazendo a autópsia nele... xxx Advogado: Seu filho mais novo, o de 20 anos... Testemunha: Sim... Advogado: Que idade ele tem?

9

SPAÇO LIVRE

O século das trevas

A

partir da criação do Sacro Império Romano, por volta do ano 800, inicia-se o que se convencionou denominar o “século das trevas”, por causa da interferência política do papado sobre os imperadores, o Cisma do Oriente, as Cruzadas e as Ordem Militares-Religiosas, além das heresias, a Inquisição, o Cisma do Ocidente, e o Cativeiro do Papa em Avinhão. Já no limiar desse “século das trevas”, a Igreja se defronta, em 848, com a heresia da Predestinação. O mentor dessa doutrina foi o teólogo alemão Gottschalk (Gotescalco), que ensinava a dúplice predestinação. Para ele, o homem já nasce predestinado, ou para o céu ou para o inferno. Tais idéias fatalistas foram condenadas pela Igreja Católica em dois Sínodos: Mogúncia, em 848, e de Quercy, em 849. No século XVI, os reformadores protestantes voltaram a defender a dúplice predestinação. O Concílio Ecumênico de Trento (1545-1563), porém, voltou a condenar tal doutrina, justificando que é impossível que Deus, Pai de amor infinito, crie filhos predestinados à condenação eterna. Segundo os reformistas protestantes, a salvação é obra exclusiva de Deus, e o homem não pode fazer nada para sua salvação. A Igreja Católica também diz que a salvação é obra divina. Ela parte de Deus, é um dom gratuito, mas o homem deve colaborar com a graça de Deus. Portanto, na salvação, há uma “colaboração com a graça”, ponto fundamental que distingue a doutrina reformista da Católica. Da parte de Deus, há “uma predestinação universal” para a salvação. Ele quer que todos sejam salvos, tendo enviado o próprio Filho ao mundo, para que ninguém se perca. Agora, o homem, com seu livre arbítrio escolhe o Caminho da Vida ou o Caminho da Morte. Desta maneira, a desgraça dos que se perdem não representa a vontade divina, mas o mau uso da liberdade humana. É isto que ensinam as Escrituras Sagradas: Na I Carta de Timóteo, capítulo 2, versículo 4, São Paulo afirma que Deus “quer que todos se salvem”. A vinda de Cristo a este mundo, de acordo com o Evangelho de São João, cap. 6, vers. 39, “foi para que não se perca nenhum daqueles que Ele criou”. No Evangelho de Mateus, cap. 23, vers. 37, Jesus desabafa: “Jerusalém que matas os profetas e apedrejas os que te são enviados, quantas vezes quis eu reunir os teus filhos, como a galinha recolhe seus pintinhos, debaixo de suas asas, e tu não o quiseste”. É claro, o caminho da salvação não é fácil. Disto ainda Jesus nos previne, convidando-nos a “entrar pela porta estreita e seguir pelo caminho apertado, que é o Caminho da Vida” (Mt 7,13-14). Por esses motivos, a doutrina da Igreja Católica sobre a Predestinação parece ser mais coerente com a figura de Deus Pai, como Jesus nos ensinou no “Pai Nosso”. (CA/Pesquisa)

Edith de Lima Xavier - 12/07 Vergilio Perius - 14/07 - Antônio Parissi - 14/07 Elizabetta W. R. Torresini - 15/07

LIVRARIA PADRE REUS Adquira o lançamento da nova edição de cantos e orações do Apostolado da Oração, Cantos e Orações. Também está disponível o Catecismo do Apostolado da Oração Livro da Família e Familienkalender já à venda

Rua Duque de Caxias, 805 - 90010-282 Porto Alegre/RS Fone: (51)3224-0250 - Fax: (51)3228.1880 livrariareus@livrariareus.com.br livrariareus.com.br

A

Humala vence

pesar dos prognósticos de que Keiko Fujimori, filha do ex-presidente Alberto Fujimori venceria a eleição para a presidência do Peru, na contagem das urnas o eleito foi Ollanta Humala, candidato da esquerda peruana, identificado internacionalmente com o discutido presidente da Venezuela, Hugo Chávez, embora durante a campanha Humala tenha tentado distanciar sua imagem daquela do líder venezuelano. Tanto Keiko, como Humala, enfrentaram alta rejeição do eleitorado limenho, a ponto do escritor peruano Mario Vargas Llosa, detentor do Prêmio Nobel de Literatura, ter declarado após o 1o turno que a disputa entre Humala e Keiko seria algo como decidir entre câncer ou AIDS. Apesar disso, no 2o turno integrou-se na campanha de Humala, liderando os intelectuais que apoiavam o esquerdista. De origem indígena, nascido em Lima, capital do país, Humala pertence a uma família que prega o nacionalismo e cultua as tradições do Império Inca. Por isso, ganhou dos pais o nome de Ollanta, em homenagem a um chefe inca. Fiel à tradição familiar, Ollanta e a mulher Nadine Heredia batizaram as filhas com nomes quíchuas, idioma dos incas. Illari (oito anos) e Naira (seis) significam respectivamente, “doce amanhecer” e “olhar profundo”. O filho mais moço, nascido há três meses, durante a campanha eleitoral, chama-se Samin, “aquele que traz felicidade”. O presidente eleito afirmou que deseja transformar o Peru, em “sócio estratégico” do Brasil, e cogita a entrada do país no Mercosul. Alfredo Barnechea, jornalista e escritor peruano, autor do livro Peru, país de metal e melancolia, diz porque, em um momento de forte crescimento econômico peruano, o atual presidente, Alan Garcia, além de não emplacar um candidato seu (nem Humala, nem Keiko, são seus aliados), ainda vê a figura de Luiz Inácio Lula da Silva ser o modelo dos dois candidatos. (geralda. alves@ufrgs.br)


I

10

C

GREJA &

Solidário Litúrgico

1o a 15 de julho de 2011

COMUNIDADE

Catequese Catequese : do ensinamento

3 de julho - 14o Domingo do Tempo Comum

à experiência

Cor: vermelha

Festa de São Pedro e São Paulo 1a leitura: Atos dos Apóstolos (At) 12,1-11 Salmo 33 (34), 2-3.4-5.6-7.8-9 (R/.5) 2a leitura: 2a Carta de São Paulo a Timóteo (Tm), 4,6-8.17-18 Evangelho: Mateus (Mt) 16,132-19 NB.: Para a compreensão dos comentários litúrgicos é fundamental que se leia, antes, os respectivos textos bíblicos. Comentário: Quem é Jesus para a gente... quem é Jesus para você? A pergunta que Jesus faz aos discípulos, querendo saber o que as pessoas diziam dele e, logo, o que eles, seus discípulos, pensavam dele, é central para todo o cristão. Não tanto a pergunta, mas a resposta que se dá. O cristão também pode responder genericamente, como os discípulos, o que os outros, as pessoas, a gente pensa e diz de Jesus. E as versões se multiplicam, como se multiplicaram os anos desde que aquela pergunta foi feita. Agora, quando a pergunta se torna pessoal – E vós, quem dizeis que eu sou... quem sou eu para vocês (cf 16,15)? – não há como fugir nem generalizar: ou Jesus é uma figura lendária, um profeta, alguém que voltou dos mortos, um homem maravilhoso, um grande “cara”, um revolucionário, um subversivo, ou é o Filho do Deus vivo, o Cristo do Pai. Jesus até aceita outros adjetivos, mas aceitar Jesus como o Messias, o Cristo do Pai, é essencial para quem se diz cristão. E que traz consequências... A liturgia celebra, neste domingo, a festa de São Pedro e São Paulo. A resposta que Pedro dá a Jesus, falando pelos discípulos, lhe trouxe consequências, responsabilidades, uma missão: Tu és Pedro e sobre esta pedra construirei a minha Igreja e o poder do inferno nunca poderá vencê-la (16,18). Jesus dá outro nome a Simão. Agora, ele é Pedro/pedra e sobre Pedro, mesmo fraco na fé, receoso, com medo, Jesus constrói a sua Igreja para dizer que ela, a sua Igreja, terá sempre a presença e assistência de Jesus para jamais sucumbir, desaparecer. E mais: dá a Pedro e a todos os que crerem em Jesus o poder de perdoar, de ligar e desligar, de reconciliar. Então, quem é Jesus para mim? A resposta positiva a esta pergunta – tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo - fará dele um discípulo missionário a serviço do Reino.

10 de julho - 15o Domingo do Tempo Comum Cor: verde

1a leitura: Livro do Profeta Isaias (Is) 55,10-11 Salmo 64(65), 10abcd.11.12-13.14 (R/. 8,8) 2a leitura: Carta de São Paulo aos Romanos (Rm) 8,18-23 Evangelho: Mateus (Mt) 13, 1-9 (ou 13, 1-23) Comentário: No Evangelho deste domingo, Mateus relata a história do semeador que saiu para semear sua semente. A semente é boa, escolhida e tratada para nascer, crescer e produzir frutos. O relato deixa claro: o problema de não produzir frutos, não é da semente mas do tipo de terreno onde ela vai caindo. Na explicação da parábola aos seus discípulos, Jesus identifica a semente com a Palavra de Deus e os diferentes terrenos, com o coração humano. A Palavra de Deus é sempre boa, escolhida e tratada divinamente para nascer, crescer e dar bons frutos em cada coração, em cada vida humana. E a única evidência... a única prova de que a semente/Palavra de Deus foi bem acolhida no terreno/ coração é quando ela nasce, cresce e produz bons frutos. Jesus identifica vários tipos de terreno: o desperdício da semente que cai à beira do caminho, a semente recebida na dureza das pedras, a semente sufocada em meio a espinhos e, finalmente, a semente que cai na terra boa de um coração acolhedor e comprometido com a causa do Reino. Como os diferentes terrenos, há muitos cristãos que até ouvem a Palavra de Deus com prazer, mas o prazer é temporário, passageiro e não produz frutos. Há cristãos cujos corações, como o solo rochoso, de pedra, ouvem a Palavra de Deus, até podem ter bons sentimentos e tomar algumas resoluções, mas não criam raízes e, na primeira tentação ou oposição, caem no desânimo, secam e não produzem frutos. Há outros cristãos que apreciam, aprovam e até vibram com a Palavra de Deus, mas os espinhos da vida, as preocupações com o bemestar e o dinheiro, também sufocam a Palavra que murcha e morre triste, sem dar frutos. São os frutos de solidariedade, de alegre esperança, de generoso perdão, ternura e de paz que provam que a Palavra de Deus encontrou em nosso coração a terra boa que precisava para germinar, crescer e dar frutos. (attilio@ livrariareus.com.br)

Claude Roy, c.s.v.

O

conceito de catequese vem recebendo questionamentos, juntamente com a função dos catequistas. Estes devem ser mais que um professor ... que serão eles, então?

De ontem para hoje

Outrora, pensando na catequese, víamos, automaticamente, a imagem de uma sala com crianças escutando religiosamente uma brava dama, dando-lhes ensinamentos sobre um sacramento, talvez sobre Jesus. Porque, na época, a fé era primeiramente alguma coisa a ser aprendida e Deus um objeto a conhecer. Por muito tempo ligada à infância, à escola e à preparação dos sacramentos, dada sob a forma de ensinamento, a catequese agora torna-se multiforme, o que é bem melhor, porque mais adaptada à realidade do século 21, a Igreja poderá preencher sua missão de propor a fé e dar à luz uma nova geração de crentes.

No âmago, o que é a catequese?

Sobre a essência da catequese todos estão de acordo: ela deve conduzir à comunicação com o Cristo. A catequese não é primeiro um ensinamento doutrinal ou uma transmissão de uma mensagem, é, antes, a oferta de uma vida nova com Cristo: " ... a finalidade mesma da catequese consiste em colocar a pessoa humana em comunicação com Jesus Cristo... Viver a comunicação com o Cristo é fazer a experiência da vida nova da graça" (diretório geral para a catequese de Quebec, Canadá, # 116). A catequese se enraíza, pois, no terreno da experiência humana dos catequizandos, para que eles descubram em sua própria vida cotidiana "o comprimento, a altura, a largura e a profundidade" do amor pessoal de Deus em Jesus Cristo. Assim, todos podem livremente aderir ao Senhor.

Um inventário de formas e de percursos:

Para tocar o ser humano por inteiro em sua experiência de vida, os catequistas podem explorar todas as possibilidades da catequese e reforçar em sua caminhada aspectos como : • O contato com a Palavra de Deus tal como a transmite a Escritura; • O contato com a Mensagem de Deus tal como a transmitem os acontecimentos da vida; • A oração, tanto pessoal como comunitária; • A troca de experiências com os membros da comunidade cristã; • A liturgia que celebra a fé e religa com o sagrado; • A ação em proveito dos pequenos e dos pobres; • E, seguramente, o ensinamento dos elementos da fé e da transmissão da cultura cristã. (Catéchèse/Ressources - Tradução do francês por Deonira La Rosa)

Ao assinante leitor Você, assinante leitor, é o sujeito de nosso trabalho e dedicação para oferecer-lhe um jornal de conteúdo que possa ajudá-lo e a seus familiares na caminhada rumo à casa do Pai. Jornais, companhias jornalísticas existem muitos que visam justamente seus lucros; Solidário - O Jornal da Família visa unicamente seu bem espiritual, e trabalha na construção de um mundo mais humano e cristão, com menos contrastes sociais, menos violência e mais paz. Continue nos apoiando para que possamos levar avante esta obra; ao receber o boleto bancário, renove a assinatura, faça este gesto de boa vontade. A Direção


E

1o a 15 de julho de 2011

A

SPAÇO DA

Cenáculo Arquidiocesano - RCC No dia 12 de junho, aconteceu, na cidade de Alvorada, o 20o Cenáculo da Arquidiocese de Porto Alegre, organizado pelo Movimento da Renovação Carismática Católica. O evento, que contou com a presença de cerca de 1200 pessoas ao longo do dia, acontece todos os anos e tem como objetivo celebrar e viver a experiência de Pentecostes, vivida pelos Apóstolos e Nossa Senhora há cerca de dois mil anos, quando teve início a pregação do Evangelho e a expansão do Cristianismo pelo mundo inteiro. Estavam presentes no encontro membros dos grupos de oração dos quatro vicariatos, além de participantes de outros movimentos de nossa Igreja e sacerdotes das Paróquias de Alvorada e arredores. Os pregadores do evento foram Rodrigo

11

RQUIDIOCESE Coordenação: Pe. César Leandro Padilha Solicita-se enviar sugestões de matérias e informações das paróquias. Contatos com a jornalista Cynara Baum pelo e-mail cynarabaum@gmail.com ou fone (51)32286199. Acompanhe o noticiário da Pascom pelo twitter.com/arquidiocesepoa

Freitas, coordenador arquidiocesano da Renovação Carismática Católica e membro da Paróquia São Cristóvão de Porto Alegre e Pe. Wilson, diretor espiritual do Movimento e pároco da Paróquia Divino Espírito Santo, também da capital. O encontro foi de celebração e alegria, regado de orações, Adoração ao Santíssimo Sacramento, palestras e teve seu encerramento com a Santa Missa presidida pelo Pe. Wilson Gallizzoni e concelebrada pelo Pe. Rubens e diácono Antônio Cardoso. A entrada no evento foi a colaboração de um quilo de alimento, que foi destinado ao Banco de Alimentos da Diaconia Madre Teresa de Calcutá. Estes alimentos serão distribuídos às famílias cadastradas na Diaconia

Vigília aconteceu na paróquia Nossa Senhora Auxiliadora

CLJ realizou vigília de Pentecostes

Equipe Coordenadora reunida em Barão do Triunfo para preparar o encontro tradicionalista

VIII Encontro Tradicionalista Cristão

Nos próximos dias 18 e 19 de julho, na Paróquia Nossa Senhora da Paz, em Guaíba/RS, acontecerá o VIII Encontro Tradicionalista Cristão, tendo como tema principal a “Importância da Religiosidade no Tradicionalismo”. Sentamos também para refletir e debater sobre a Missa Crioula, a fim de conservar e enriquecer a sua linguagem. Sintam-se convidados para este encontro nossos bispos, padres, diáconos e todos os tradicionalistas cristãos do Estado do Rio Grande do Sul. A Equipe Coordenadora do Encontro é formada pelo Pe. Amadeu G. Canellas, Pe. Adilson C. da Fonseca, Pe. Fábio J. Christ, o diácono Tiago Francesco Escouto e Breno Bornhorst.

No dia 11 de junho, sábado, na paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, ocorreu a Vigilia de Pentecostes organizada pelo movimento de CLJ (Curso de Liderança Juvenil) do Vicariato de Porto Alegre, contando com a presença de mais 300 jovens. Na mesma noite, foram arrecadados 230kg de alimentos não perecíveis, que serão destinados à Casa Marta e Maria. Durante a noite, houve partilhas sobre a ação do Espirito Santo em nossas vidas, com testemunhos do casal Germano e Kelli, do seminarista Fabiano, da Irmã Izanir, do administrador Gerson Péssi e do jornalista Roberto Kovaliki, todos exintegrantes do movimento que guardam em suas memórias e demonstram em suas ações, todos os ensinamentos absorvidos nas suas épocas no movimento, compartilhando a importância de deixarmos o Espirito Santo agir em nós. Os jovens também puderam refletir sobre o quanto Deus nos ama

e não desiste de nós, com a encenação da música Everything, da banda americana Lifehouse. Já encaminhando para o encerramento, houve o momento descrito pelos jovens presentes como o mais emocionante da noite, o momento de adorar ao Cristo Eucarístico. A paz de Cristo. Além da preparação para a solenidade de Pentecostes, este evento buscou mostrar a solidariedade dos jovens do CLJ com a Casa Marta e Maria, entidade que abriga meninas de 12 a 30 anos que lutam contra a dependência química. Nesta casa, além de passarem por processos de desintoxicação, as meninas recebem acompanhamento médico e psicológico, participam de aulas como as de culinária, artesanato e atividades físicas, além de missas e oficinas de filosofia. A Marta e Maria é um dos poucos espaços no Estado que trabalha na recuperação de dependentes femininas de substâncias químicas.

A nova Arquidiocese de Passo Fundo Em edição anterior mostramos o perfil da Arquidiocese de Pelotas. Na presente, pretendemos divulgar um pouco mais sobre a Arquidiocese de Passo Fundo, também recentemente criada pelo Vaticano. Esta Província Eclesiástica é formada pelas dioceses de Erexim, Vacaria e Frederico Westphalen, denominadas dioceses sufragâneas. As quatro dioceses juntas tem uma população de aproximadamente 1.500 mil habitantes, abrangendo 156 municípios, com 149 paróquias. Seu titular é Dom

Pedro Ercílio Simon, tendo como auxiliar a Dom Liro Vendelino Meurer. “Somente a Diocese de Passo Fundo abrange um território de aproximadamente 12.200 quilômetros quadrados. Em linhas gerais, este território coincide com o de 47 municípios da região norte do Estado do Rio Grande do Sul”, antecipa Dom Simon. Solidário - Quantas paróquias tem cada uma dessas dioceses? Dom Simon - Passo Fundo conta com 54 paróquias: Erexim, com 29; Vacaria, 26; e Frederico

Westphalen, 38. Solidário - Quais as similitudes étnicas e sócioculturais da nova Arquidiocese Dom Simon - Diversidade étnica: a maioria é descendente de italianos. Mas também estão presentes muitos descendentes de alemães, poloneses, lusos, holandeses e outros. Em termos de ocupação laboral, na nossa região há bastante diversidade, com atividades agropastoris, cultivo de cereais, frutas. E também em indústria de produção de alimentos (carnes e leite) e

Dom Pedro Ercílio Simon

Dom Lírio Meurer

indústria metal-mecânica. Solidário - Quais as possibilidades de ações comuns dentro da Arquidiocese? Dom Simon - Formação comum dos candidatos ao sacerdócio (filosofia e teologia), tribunal eclesiástico em comum e pastoral indigenista em comum. Solidário - Como se dará a caminhada pastoral no universo do Regional Sul-3? Dom Simon - Vai manter o mesmo programa já existente no Sul-3 do qual não nos desligamos.


Porto Alegre, 1o a 15 de julho de 2011

A posição da CNBB sobre o novo Código Florestal

Romaria Padre Reus fará parte de filme A 5a Romaria Padre Reus, que tem como lema Viva o encanto e a ternura da vida - Padre João Baptista Reus a caminho da beatificação, poderá ficar marcada para sempre por meio das telas do cinema. Segundo os produtores de documentário sobre a vida do jesuíta, algumas cenas do filme poderão ser tomadas da Romaria que promete trazer mais de 15 mil peregrinos a S. Leopoldo, no próximo dia 10 de julho. O projeto do filme está aprovado junto à Agência Nacional de Cinema para captar recursos de renúncia fiscal. Neste ano, a 5a Romaria Padre Reus será no aniversário de nascimento do Padre Reus, na cidade de Pottenstein, na Alemanha, em 1868, há 143 anos. Desde 2007, a Romaria Padre Reus ocorre sempre no segundo domingo do mês de julho, data próxima ao nascimento e morte do religioso, que ocorreu no dia 21 de julho de 1947.

Em nota, tirada de reunião do Conselho Permanente, realizada em Brasília entre 15 e 17 de junho último, a CNBB reconhece a importância de um Código Florestal no Brasil. Mas, expressa sua preocupação com o “impacto e nas consequências de uma lei deste porte na vida das pessoas e no meio ambiente, que sacrificam a realidade da ecologia física e humana ao influenciar na dinâmica social e cultural da sociedade”. Destaca, especialmente, alguns aspectos que já foram aprovados, a saber: * a flexibilização da Lei altera o regramento das Áreas de Preservação Permanente – APPs, que protegem as margens dos rios, encostas, topos de morro, ameaçando o equilíbrio de proteção das florestas; * a anistia das multas e penalidades pelas ocupações e desmatamentos em áreas de agropecuária e de alta relevância ambiental. E afirma: “No Novo Código Florestal não pode faltar o equilíbrio entre justiça social, economia e ecologia, como uma forma de garantir e proteger as comunidades indígenas e quilombolas

e defender as pequenas propriedades e a agricultura familiar”. Segundo os bispos brasileiros, é “possível produzir uma lei que contemple melhor os interesses ecológicos”. Diz que as decisões sobre o Código Florestal não podem ser motivadas por uma lógica produtivista que não leva em consideração a proteção da natureza, da vida humana e das fontes da vida. “Não temos o direito de subordinar a agenda ambiental à agenda econômica”. A nota chama a atenção também para a legislação original de 1934 e 1965, que “tinha como preocupação preservar a flora em suas múltiplas funções, seja em áreas públicas, parques nacionais, seja em áreas privadas e, nesse aspecto, sempre exigiu a manutenção de um mínimo da vegetação nativa”. E, por fim, convoca as forças sociais para um “abaixo-assinado” contra a devastação. A nota está assinada por Dom Raymundo Damasceno de Assis, Dom José Belisário da Silva e Dom Leonardo Ulrich Steiner, recentemente eleitos, presidente, vice-presidente e secretário da CNBB.

Calce os Sapatos dos Refugiados Foi o tema da campanha lançada no Dia Mundial do Refugiado no Brasil, celebrado em 20 de junho último nas cidades do Rio de Janeiro, S. Paulo, P. Alegre, Guarulhos e Itatiba. Segundo a ACNUR – Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados – com escritório também em P. Alegre, mantido pelos padres jesuítas, “o público foi convidado a participar da campanha e experimentar a sensação de ser um refugiado - entendendo, dessa forma, a situação e as necessidades destas pessoas”.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.