Jornal_Solidario_1ªquinz.nov/10

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IMPRESSO ESPECIAL CONTRATO No 9912233178 ECT/DR/RS FUNDAÇÃO PRODEO DE COMUNICAÇÃO CORREIOS

Ano XVI - Edição No 573 - R$ 1,50

Porto Alegre, 1o a 15 de novembro de 2010 Clarice Jaeger

Coração do Pe. Roque Gonzáles em P. Alegre

NESTA EDIÇÃO

Voz do

PASTOR Os sinais dos tempos Página 2

Família e Sociedade

O casamento consiste na vivência de uma estranha fórmula: 1 + 1 = 3, isto é: o homem, a mulher e o casal (o nós) formam três “entidades” que co-existem e se enriquecem mutuamente. Se um destes três elementos for desconsiderado, não há casamento possível. Página 3

Bárbara Maix - uma vida que valeu a pena

Determinação e perseverança na ação. Intimidade com Deus e o dom de perdoar sempre: as virtudes do coração. Impedida de exercer a solidariedade em sua Áustria, o acaso a trouxe ao Brasil, onde fundou a Congregação do Imaculado Coração de Maria, hoje presente em oito países. Injustiçada e esquecida de muitos no fim de sua vida, morreu longe das comunidades que havia fundado. Mas agora, com a beatificação, tem publicamente reconhecidas suas virtudes heróicas e de uma vida que realmente valeu a pena. Páginas centrais

Educação e Psicologia

Representante do Papa presidirá beatificação

Página 5

Dom Ângelo Amato (foto), prefeito da Congregação das Causas dos Santos no Vaticano, é o representante de Bento XVI na cerimônia de beatificação de Bárbara Maix. Quinze equipes de organização estão aprontando os últimos detalhes relativos à primeira beatificação da história do Rio Grande do Sul e que promete lotar o Ginásio Gigantinho, dia 6 de novembro próximo. Caravanas de todo o RS, dos 14 Estados e representações dos países onde as Irmãs do Imaculado Coração de Maria estão presentes organizam-se para marcarem presença no evento.

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Porto Alegre está incluída no roteiro de peregrinação pelo RS do coração do Padre Roque Gonzáles. O roteiro completo, a se desenvolver durante o mês de novembro, é o seguinte: Dia 8 – manhã, na Casa de Saúde dos Jesuítas, em S. Leopoldo; tarde e noite, em Salvador do Sul; Dia 9 – de dia, Santuário do Sagrado Coração de Jesus, em S. Leopoldo; de noite, na Igreja da Ressurreição, no Colégio Anchieta, em Porto Alegre; Dia 10 – Caaró; Dia 13 – Santa Maria, para a celebração dos 100 anos da Diocese; Dia 14 – novamente Caaró, para Romaria dos Santos Mártires das Missões, no dia 15; Dia 16 – São Borja; Dia 18 – Posadas (Argentina), de onde, após uma semana de peregrinação, retornará a Assunção, sua morada estável.


A

2 EDITORIAL

Um momento histórico Esta edição do Solidário traz como destaque em suas páginas o momento histórico que vive a Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria com a solene beatificação de sua fundadora, Bárbara Maix. O evento vai acontecer no próximo dia 6 de novembro, no ginásio de esportes do E. C. Internacional, o Gigantinho, e é esperada uma grande afluência de pessoas de todo o Estado e de todo o Brasil. O destaque que damos se justifica, plenamente. Primeiro, pelo ineditismo de uma beatificação em nosso Estado, mas, principalmente, porque as Irmãs do Coração de Maria são uma importante referência evangelizadora em nosso meio. Não somente um Evangelho de palavras (anúncio), mas um Evangelho vivo, de ações concretas, beneficiando especialmente camadas sociais economicamente menos favorecidas. E as Irmãs têm em quem se espelhar: Bárbara Maix é uma dessas mulheres cuja vida toda é um único e grande ato de entrega a Deus e aos irmãos/ irmãs. Em nível pessoal, órfã de pai e mãe aos 15 anos, Bárbara teria tido todos os motivos para desanimar e desistir de seus projetos: a pobreza, “Bárbara Maix, uma muitas vezes extrema, a doença vida de entrega a e a morte foram companheiras Deus e aos irmãos/ constantes em sua vida. Como irmãs”. fundadora de uma instituição, sofreu incompreensões, calúnias, marginalização e até a destituição do cargo de Diretora Geral. Quando morreu, vivia de favor numa residência familiar com um grupo de três irmãs que lhe ficaram fiéis. Entre as muitas obras mantidas pelas Irmãs do Coração de Maria, o Solidário destaca o Instituto Providência de Porto Alegre que teve na Madre Bárbara sua primeira diretora. É uma obra paradigmática da opção pelos empobrecidos da Congregação: Todos os nossos alunos são aceitos mediante critérios sócio-econômicos em que prepondera a vulnerabilidade social. E 50 por cento são oriundos da Vila Chocolatão (favela no centro de Porto Alegre, junto à Delegacia da Receita Federal do Rio Grande do Sul), testemunha a Ir. Letícia Angélica Carlesso, vice-diretora do Providência. Dia 2 de novembro lembramos nossos entes queridos que já partiram. Na saudade de sua ausência, a esperança de um reencontro feliz, um dia, na Casa do Pai. Para quem crê, a morte é a necessária passagem para a plenitude da vida. Nossa história pessoal, que inicia com nosso nascimento e termina com nossa morte, não conclui no nada, definitivamente. A vida tem a última e definitiva palavra, não a morte. Mas isso, somente a fé nos garante. Na contracapa desta edição, o Solidário chama a atenção de seus leitores para a nota oficial da CNBB sobre as próximas eleições e o uso indevido da sua sigla, atribuindo-lhe panfletos e documentos que ela jamais produziu. Cabe a cada eleitor votar conforme a sua consciência, sem tutelas de nenhuma espécie. (attilio@livrariareus.com.br) Fundação Pro Deo de Comunicação CNPJ: 74871807/0001-36

Conselho Deliberativo

Presidente: José Ernesto Flesch Chaves Vice-presidente: Agenor Casaril

Voluntários Diretoria Executiva

Diretor Executivo: Jorge La Rosa Vice-Diretor: Martha d’Azevedo Diretores Adjuntos: Carmelita Marroni Abruzzi, José Edson Knob e Ir. Erinida Gheller Secretário: Elói Luiz Claro Tesoureiro: Décio Abruzzi Assistente Eclesiástico: Pe.Attílio Hartmann sj

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RTIGOS

Os sinais dos tempos

C

que todo sensível – e nele incluo tudo o omo seres inteligentes, pauque nos é proporcionado pelos sentidos tamos nossa vida a partir do – envolve uma realidade insensível, que Invisível. Temos a certeza de é sua essência. Exprime algo que nos que o essencial é invisível aos olhos. põe em contato com o mistério da vida. Olhamos, com a visão da inteligência O que percebemos nos leva à descoberta e com a perspicácia da fé, para além Dom Dadeus Grings de algo mais profundo, que nos envolve. das aparências. Constatamos algo Arcebispo Metropolitano Dentro de nós, este mistério é nossa que nos surpreende, anima e orienta. de Porto Alegre própria vida, que se revela com uma Estamos, no caso, entendendo o que consistência impressionante. Além de nós, colocamoetimologicamente se expressa por intus-legere: ler o nos em contato com uma fonte, que proporciona vida. que está por dentro. Descobrimos um princípio na origem e no destino de Comecemos pela vida humana. À primeira vista, tudo. Falamos de Deus. deparamo-nos com muitos órgãos, que atuam admiraJesus nos advertia acerca da importância de discervelmente, cada um com sua função específica: olhos nir os sinais dos tempos. Queria chamar a atenção para para ver, ouvidos para ouvir, nariz para cheirar, mãos enxergarmos o que há por detrás dos acontecimentos, para apalpar... Podemos esmiuçar estes órgãos e, inclupara chegar até o plano divino. Começamos pelos sive, transplantá-los. Logo se põe a questão da relação órgãos. Nossa inteligência nos leva a aprofundar suas entre o órgão e sua função. Se nos perguntarmos acerca funções, como razão de ser deles. Mas não nos permite da precedência, há quem a dê para o órgão, uma vez ficar na observação das funções. É preciso chegar até que qualquer avariação atinge a função. Mas, examia fonte para desvendar o segredo da vida, que lhes dá nando melhor, verificamos que a relação é inversa. A consistência e unidade. Chegamos à imanência. Na proprioridade é da função. Ela é que, por assim dizer, se fundidade de nosso eu, somos desafiados a transcenderesmera na produção do órgão. E se, por uma razão ou nos. O que até aqui vislumbramos não passa de sinais. outra, o órgão falhar, a função tenta expressar-se, de Indicam algo mais importante e fundamental, na sua algum modo, por outro órgão. Faltando os olhos, se origem e destino. Chegamos a Deus, fonte da vida. aguçam os demais sentidos... Encontro-o mais eu que eu mesmo. Ficando ainda na superfície, poderíamos perderEsta descoberta nos leva a perceber outros sinais, nos no emaranhado das percepções e das funções. que tornam Deus perceptível. São sinais de sua presença Mas, aprofundando seu significado, notamos que elas entre nós, através de Jesus Cristo, ou seja, através do não são senão a expressão da vida. É, pois, ela que próprio Deus, que entrou no tempo e se fez sinal palpáse expressa pelas diversas funções e estas se servem vel para nós. Tornou-se visível e se fez ouvir entre nós. de uma multiplicidade de órgãos. Chegamos, assim, E nós o vimos e ouvimos e, por isso, testemunhamos. ao mistério da vida, mais profundo que os órgãos e Estabeleceu muitos sinais concretos para isto. Entra por suas funções. Na verdade é invisível. Manifesta-se, nossos sentidos, chega ao intelecto, penetra na vontade e contudo, de algum modo, através do visível. Por isso move os sentimentos. Abrindo-nos às maravilhas de sua se diz, com razão, que nada há no intelecto que não presença – pela criação e pela encarnação – sentimo-nos tenha passado pelos sentidos. impulsionados a prestar-lhe homenagem. Chegamos agora ao âmago da questão. Notamos

Voz do

PASTOR

Newman: presença e desafio Ir. Joaquim Clotet Reitor da PUCRS

J

ohn Henry Newman (1801-1890), primeiro Reitor da Universidade Católica da Irlanda, de 1854 a 1858, foi declarado Beato no dia 19 de setembro passado. A busca infatigável da verdade constitui a trajetória desse homem dinâmico e empreendedor, altamente compromissado com a educação superior. Seu nome está vinculado à Igreja Anglicana e à Igreja Católica, bem como à Universidade de Oxford e à Universidade Católica da Irlanda. Estudante de Teologia e de História do Cristianismo, professor universitário, clérigo da Igreja Anglicana, vigário da igreja universitária de Oxford, católico converso (1845) e cardeal da Igreja Católica (1879), teve uma vida palpitante, alicerçada na fé, sensível às necessidades e às inquietações do seu meio e apaixonada pela procura minuciosa, engajada e cativante da luz divina. Seu testemunho pessoal e seus escritos vêm iluminar e fortalecer a missão da educação superior católica em nossa sociedade. A formação universitária não fica limita-

Conselho Editorial

Presidente: Carlos Adamatti Membros: Paulo Vellinho, Luiz Osvaldo Leite, Renita Allgayer e Beatriz Adamatti

Diretor-Editor Attílio Hartmann - Reg. 8608 DRT/RS Editora Adjunta Martha d’Azevedo

da apenas ao mundo das ciências e das artes; deve incluir a formação moral e o aprimoramento da pessoa na sua integralidade. Do mesmo modo, a presença, o acompanhamento e o diálogo com o professor dão vida ao processo de aprendizagem e de pesquisa, completando adequadamente a formação. Assim se expressa o John Henry Newman em uma de suas obras sobre a universidade. A Igreja Católica, recomenda ele ainda, deve zelar para que suas universidades sejam instituições de ambiente e de convivência agradáveis, pautadas por normas de boa conduta, de ordem, de ensino e vivência da religião, pois “virtude e religião vão além do simples conhecer”. Seus numerosos discursos e artigos sobre a universidade católica, compilados, comentados e publicados por seus epígonos , constituem um prelúdio da Constituição Apostólica Ex Corde Ecclesiae, do Papa João Paulo II, bem como de outras obras relevantes, de referência inexcusável para quantos lidam na valiosa e desafiadora missão que é a educação superior católica, merecedora de todo esforço e atenção, sobretudo no cenário contemporâneo.

Redação Jorn. Luiz Carlos Vaz - Reg. 2255 DRT/RS Jorn. Adriano Eli - Reg. 3355 DRT/RS Cristiano Varisco - Estagiário de Jornalismo

Revisão Nicolau Waquil, Ronald Forster e Pedro M. Schneider (voluntários) Administração Elisabete Lopes de Souza e Norma Regina Franco Lopes Impressão Gazeta do Sul

Rua Duque de Caxias, 805 Centro – CEP 90010-282 Porto Alegre/RS Fone: (51) 3221.5041 – E-mail: solidario@portoweb.com.br Conceitos emitidos por nossos colaboradores são de sua inteira responsabilidade, não expressando necessariamente a opinião deste jornal.


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AMÍLIA &

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OCIEDADE

Solteiro e casado ao mesmo tempo? Deonira L. Viganó La Rosa

Divulgação

Terapeuta de Casal e de Família. Mestre em Psicologia

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homem e a mulher pós-modernos não abrem mão da própria integridade, da própria singularidade, isto todo mundo sabe. Nenhum quer abrir mão de nada do que julga ser essencial para seu EU. O que talvez não esteja tão claro é que, ao casarem, os dois correm o risco de formarem uma dupla de solteiros morando juntos. Isto porque o casamento consiste na vivência de uma estranha fórmula: 1 + 1 = 3, isto é: o homem, a mulher e o casal (o nós) formam três “entidades” que co-existem e se enriquecem mutuamente. Se um destes três elementos for desconsiderado, não há casamento possível. O casamento expande e ao mesmo tempo limita a própria identidade. Quem dos casados não experimentou isto? Então, ou fico solteiro ou escolho casar, ninguém pode ter tudo o tempo todo. Ainda que sejamos casados, os elementos de separação se fazem sentir, porque nós temos necessidades fundamentais diferentes ligadas ao nosso físico, à nossa personalidade, ao nosso sexo e à nossa história pessoal, que não podemos deixar de satisfazer durante muito tempo. É possível adotar um comportamento que não nos satisfaça profundamente, mas as emoções e os sentimentos não podem ser sempre camuflados por aquele que os sente. Há casais, por exemplo, onde ele deseja sair, fazer esporte, estar com amigos, viajar. Ela gosta da solidão e de ler. Se ele abandonou estas facetas de sua identidade, cruciais para ele, ao longo dos anos ficará amargurado e deprimido e nascerá o desejo de deixar a mulher. Uma mudança acontecerá no casal quando ele aprender a identificar o que considera justo para ele e a dizer isto à mulher assumindo suas responsabilidades. Para isto é preciso domesticar o medo que ele tem de ser rejeitado pela esposa. Um E o outro devem permanecer, e não um OU o outro. As necessidades fundamentais dos cônjuges evoluem ao longo da vida, por isto sempre precisam ser descobertas. Isto implica tomar tempo para elucidar o que é importante para si e comunicá-lo ao outro, resistindo à tentação de silenciar. Porém, há uma entidade que precisa igualmente ser alimentada: é a relação, também chamada de conjugalidade. Alimentar a vida a dois hoje implica uma visão “processual” e evolutiva do casal, permitindo superar as dificuldades. Trata-se de passar de “nós fomos feitos um para o outro” para “eu te amo e eu escolho estar contigo hoje”, numa relação engajada, na qual os dois serão criativos para descobrirem e renunciarem o necessário em cada um,

a fim de que os dois sejam felizes. Isto é ao mesmo tempo rico e exigente. O equilíbrio é necessário à vida, e o equilíbrio está no movimento e na fluidez, e não na cristalização. Ora, a vida de casal é ameaçada por diversas formas de cristalização: uma ligada à própria instituição do casamento, outra em razão da estrutura de personalidade dos cônjuges, e uma terceira ligada à vida cotidiana potencialmente longa e geradora de rotina e possível fadiga. Existem riscos fortes de uma vida de casal triste, pesada, por vezes destrutiva se não houver constante vigilância e investimento na relação. À primeira dificuldade pode vir a separação. Contudo, há casais criativos que integram individualidade e conjugalidade, realizam-se como pessoas e são felizes como companheiros, em aventura onde o amor cresce cada dia e a cumplicidade não cessa de se expandir. Este caminho todos somos chamados a trilhar!

Frequência à escola piora de acordo com a classe social Dados do IBGE 2009: Entre os 20% mais pobres, somente 32,0% dos adolescentes de 15 a 17 anos de idade estavam no ensino médio, enquanto entre os 20% mais ricos, essa oportunidade atingia quase 78% do grupo. Segundo o IBGE, o dado revela que “a renda familiar exerce grande influência na adequação idade/série”. Pelo fato de sermos humanos, somos chamados a participar da construção de um mundo de justiça e fraternidade. E isto se faz com ações. E se somos cristãos, sabemos que “a fé sem as obras é morta” (Tiago, 2,17). Todos nós, e cada um em particular, temos o dever de inventar uma maneira de trabalhar para que as famílias dos desvalidos possam aumentar sua renda, e assim colaborar para uma melhor educação de seus filhos. Um povo educado e humanizado melhora, e muito. Acabo de ler um teólogo alemão, de nome difícil, que afirma: “Somente a postura humana pode ajudar humanamente”. A pergunta que se coloca é: Que tipo de pessoa eu mesmo sou? (Deonira La Rosa)


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4 Educação, experiência

PINIÃO

Missões a partir da Conferência de Aparecida

e religião

Dom Canísio Klaus Bispo Diocesano de S. Cruz do Sul

Carmelita Marroni Abruzzi Professora universitária e jornalista

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s idéias de John Dewey, filósofo e educador norte-americano, até hoje estão na base de várias teorias de educação e tiveram grande influência no século XX. Concorde-se ou não com elas, uma de suas propostas que nos chama a atenção é a que destaca a relação entre educação e experiência. Segundo Dewey, toda experiência positiva prepara a pessoa para novas experiências, enquanto as negativas bloqueiam o crescimento da pessoa naquela área. Isto me preocupa, quando noto que jovens, de famílias e colégios católicos, afastam-se das práticas religiosas e até se revoltam contra a religião. Então me pergunto: - O que aconteceu? - Que imagem de Deus e da religião passamos a esses jovens? - Que tipos de experiências oferecemos a eles no lar e na escola? - Como os princípios religiosos se traduzem na prática do dia a dia nas famílias e nas escolas? Talvez a gente possa revisar algumas situações. No passado, era mais comum relacionar a imagem de Deus com a de pecado e punição; pessoas de minha geração queixam-se que esta visão marcou de forma negativa suas vidas, pois as vivências oferecidas não foram propícias para apresentar a idéia de um Deus de bondade, de um Pai que ama seus filhos e deseja o bem para todos. Outras questões se levantam aqui: uma é a da catequese, que não se pode limitar àquela linguagem utilizada na preparação da 1ª comunhão; a catequese precisa evoluir e adequar-se às várias faixas de idade, chegando à vida adulta: muitas pessoas conservam apenas as noções de catecismo que receberam na infância e essas não mais respondem às suas interrogações. Outra questão é a do respeito à pessoa do jovem e de suas idéias, convicções e interesses. A adolescência é uma fase de busca e de autoconhecimento, é uma época de contestação, em que o jovem vai se confrontar com os valores já estabelecidos pela sociedade e, a partir daí, construir a sua escala. É preciso dar tempo a esse jovem, e respeitá-lo, mantendo sempre coerência em nossas atitudes. Recordo um fato que Pe. João Mohana, médico e escritor, nos contou num encontro de reflexão: - Uma família católica costumava rezar às refeições (no tempo em gente se encontrava à mesa). Certo dia, o filho adolescente anunciou que não acreditava mais em Deus e se tornara ateu. E o pai, então, disse: - Meu filho, em respeito às tuas convicções, não mais rezaremos às refeições! Alguns anos depois, o jovem, à mesa, comunicou à sua família que decidira se tornar sacerdote e que a atitude do pai tinha contribuído para isso. Nos dias atuais, com os conhecimentos de psicologia, os educadores podem encontrar a linguagem adequada para falar aos jovens sobre Deus e religião e, através de seus atos, evidenciar uma presença de amor. Então, o ensino religioso pode atingir seus objetivos e provocar experiências positivas que acompanharão as pessoas por toda a vida, traduzindo-se numa prática realmente cristã. Como pais e educadores, teríamos feito a nossa parte e confiaríamos que a fé, sendo um dom de Deus, Ele a conceda às novas gerações, pelas quais nós nos sentimos responsáveis. (debruzzi@ ig.com.br)

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Que o mês de outubro é o mês missionário não é novidade. A novidade é que a partir da Conferência Episcopal da América Latina, em Aparecida (SP, 2007), o espírito missionário tornou-se mais real, urgente e comprometedor para toda a Igreja. É preciso que todos evangelizem e sejam evangelizados. Sejam discípulos missionários. A palavra chave do Documento de Aparecida é MISSÃO. Já o lema da Conferência diz: “Discípulos e missionários de Jesus Cristo para que nele nossos povos tenham vida”. O documento está cheio de interpelações e chamamentos que mexem, sacodem e provocam um grande “vendaval do Espírito”, como aconteceu na primeira comunidade cristã de Jerusalém, no dia de Pentecostes (At 2,1-13). Aparecida convida toda a Igreja a orientar-se, com decisão e urgência, para a missão. Seus bens, estruturas, recursos, pessoas e pastorais devem estar voltados para a missão. É uma tarefa gigantesca e apaixonante. Todo povo de Deus é chamado a ser discípulo missionário de Jesus Cristo, cada um no serviço específico que escolheu ou que lhe foi confiado (leigos, padres, bispos, operários, lavradores, empresários...). O perigo é fazer missão de qualquer jeito e sem clareza de objetivos. Por isso, o Documento lembra que a motivação principal da missão está na comunhão trinitária: “A Igreja é missionária por sua natureza,

porque tem sua origem na missão do Filho e do Espírito Santo, segundo o desígnio do Pai” (DA 347). Esta comunhão deixou de existir uma vez que as relações de fraternidade entre as pessoas e com a natureza foram destruídas. O testemunho cristão está perdendo forças e a Igreja se sente despreparada para enfrentar os desafios da modernidade. Os cristãos não mais são capazes de “dar as razões da sua fé” em meio a uma sociedade secularizada onde os valores se tornam relativos e o destaque fica por conta do gozo momentâneo. Por estas e tantas outras razões percebemos que a Missão não é uma tarefa opcional, mas parte integrante da identidade cristã. Ela é uma necessidade e uma urgência permanente: “Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho “(1 Cor 9,16). O grande objetivo das Missões é ajudar os cristãos a serem discípulos missionários de Jesus Cristo, proclamando a Boa Nova da dignidade humana, da vida, da família, do trabalho, da ciência e da solidariedade com a criação. Os sujeitos da missão são todos os batizados, uma vez que discipulado e missão são como as duas faces da mesma moeda. Os destinatários são todos os povos, desde as pessoas que moram perto até os que vivem nos países mais distantes. Espero que estas considerações sobre as missões feitas no início do mês de outubro, favoreçam e despertem um verdadeiro espírito missionário. Que todos sejamos discípulos missionários de Nosso Senhor Jesus Cristo, para que Nele todos os povos tenham vida e vida em abundância (Jo 10,10).

Análise pós-primeiro turno Prof. J. Vasconcelos Advogado*

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presente eleição confirma uma grave falha da Representação Política. O regime exclui milhões de cidadãos da participação no Poder Legislativo. Esse impedimento antidemocrático afeta nada menos do que cerca de 99% de pessoas aptas a votar e serem votadas. Isto, com certeza, não é democracia. Tal tipo de regime se enquadra perfeitamente em uma oligarquia, onde um grupo de cidadãos decide, a seu bel prazer, o destino da sociedade e somente eles podem almejar a ser membros do Congresso. Na verdade, esse grupo, que se arvora como sendo os únicos senhores das leis, certamente não se compõe dos cidadãos comuns. Trata-se, indiscutivelmente, de um restrito contingente de elementos com características não coincidentes com as autênticas aspirações de toda a população do país. Neste regime de democracia representativa, o Poder Legislativo não é extensivo a todos os cidadãos. O Brasil, que atualmente conta com mais de 135 milhões de eleitores, tem suas regras eleitorais estruturadas de uma forma que restringe o direito de pleitear o cargo parlamentar a um exíguo número de indivíduos que representam um percentual abaixo de 0,1% do seu eleitorado, apenas em torno de 50.000 privilegiados. Os critérios para a escolha se centralizam em fatores que não tem relação alguma com o bem da sociedade. Os chefões partidários escolhem os candidatos de acordo com sua potencialidade de gerar votos ou recursos econômicos aos seus respectivos grêmios partidários. Na mira dos partidos estão – seguramente – aquelas figuras que são lideranças sindicais, religiosas ou com destaque na mídia; ou ainda, que possam dispender recursos financeiros e econômicos à agremiação do partido. Preenchendo estes requisitos, qualquer coisa é válida e não são exigidos outros atributos, como: honestidade, capacidade, humanitarismo, trabalhos intelectuais e de pesquisas, idealismo, etc. Está evidente que alguns partidos chegam a escolher indivíduos exóticos, porém populares, para engrossar a lista de seus candidatos na expectativa de que, com suas besteiras e deboches, eles possam trazer o voto de protesto.

Tudo porque esse absurdo do quociente eleitoral permite o aproveitamento dos votos acima da proporcionalidade em benefício dos outros. De fato, o voto de protesto gera votos ao partido, beneficiando os próprios marechais que também oportunamente estão nas listas. Mas os donos dos partidos não somente escolhem indivíduos excêntricos, eles se servem também de figuras conhecidas de certas atividades, geralmente esportivas e artísticas, para atrair votos e assim serem beneficiados. De qualquer forma, verifica-se que a concentração de candidatos fica limitada a jogadores de futebol, personagens de televisão, cantores, comediantes, músicos populares e pregadores impetuosos de crenças religiosas. Completam as listas com os políticos profissionais que dirigem os partidos. O que se nota de imediato é que se estabelece uma exclusão aos demais cidadãos, aqueles que não são conhecidos publicamente e não dispõem de recursos para empregar uma campanha. Um parêntese: uma campanha a deputado federal tem seus custos estimados em mais de 1 milhão de reais. De sorte que trabalhadores, professores, jornalistas, publicitários, médicos, cientistas, pesquisadores, advogados, engenheiros, enfim, todos aqueles que não sejam figuras populares ou não possam dispender recursos em torno de 2 milhões de reais, estão simplesmente excluídos do processo eleitoral, o que significa que cerca de 135 milhões de pessoas não tiveram direito, nesta eleição, nem de pensar em ser candidato ao cargo legislativo. Não obstante possam ser pessoas patriotas, dedicadas ao bem público, com projetos importantes, abnegados e responsáveis. Esse processo define bem a primitividade do sistema, além de demonstrar sua grande falácia, pois os seus dispositivos antidemocráticos afastam da participação política milhões e milhões de pessoas. E não é só no Brasil, porquanto ocorrem semelhanças em outros paises com as mesmas organizações políticas. A agência de noticias Euronews, quando noticiou a eleição de um palhaço no nosso país, fez menção aos parlamentos europeus contendo seus palhaços. A doutrina da democracia pura, entretanto, ensina que a todos os cidadãos deve ser dado o direito de decidir sobre sua resolução de participar ou não dos cargos legislativos e não a pequenos grupos oligárquicos. (www.democraciapura.com.br) *O prof. J. Vasconcelos é também autor do livro “Democracia Pura”


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DUCAÇÃO &

SICOLOGIA

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A suprema felicidade Juracy C. Marques

Professora universitária

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rnold Jabor, conhecido e, por vezes ácido colunista de jornais nacionais, em uma entrevista na televisão (GloboNews, Em Pauta, Set. 2010), convidado a comentar seu filme, recentemente lançado, cujo título – A Suprema felicidade – tomo como empréstimo para este texto - deixou bem claro, que, para ele, não existe a felicidade. Vivemos momentos felizes, mais ou menos culminantes, quando conseguimos realizar um de nossos muitos desejos, através de um ou outro de nossos projetos. “Este é para mim um momento de suprema felicidade, pois estive afastado da cinematografia por muito tempo” (24 anos), e acrescentou: “Estar aqui é também um momento feliz”.

Felicidade nas coisas simples do cotidiano

Fátima, que é uma pessoa religiosa, diz que é feliz quando se sente em comunhão com Deus, e lembra canções que costuma cantar: “Minha vida tem sentido toda vez que venho aqui e te faço meu pedido de não me esquecer de ti” ou outra que também repete seguidamente: “Nesta hora feliz, neste santo lugar, eu marquei um encontro com Deus”. Assim, para Fátima, a felicidade é estar em paz consigo mesma, ao sentir a presença de Deus em sua vida. Mariana estava com 30 anos e desejava, ardentemente, encontrar um bom companheiro, pois seu desejo maior era constituir uma família, e, mais ainda, ser mãe. Ela diz que lembra dois momentos marcantes de felicidade: o dia que olhando para sua mão esquerda viu a aliança em seu dedo e, diz ela, “mas, talvez o momento mais marcante de felicidade foi o nascimento de meu primeiro filho: quando ele chorou, logo após o parto, eu também chorei de alegria!”. Mariana teve mais dois filhos, está casada há mais de vinte anos e sente-se feliz por ser dona de casa, esposa e mãe. Nicolau tem um filho com síndrome de Down, e dedica-se quase integralmente a ajudá-lo em seu desenvolvimento. Cada conquista, por mínima que seja, proporciona-lhe uma realização ímpar. Ele e sua esposa compartilham desta difícil e prazerosa tarefa, fazendo com que o filho consiga sucessos, ainda que pequenos, numa escola pública, onde algumas vezes tem atendimento especial de reforço de aprendizagem para que possa acompanhar sua turma. Ele se entrosa facilmente com seus colegas, pois é muito carinhoso e humilde em suas pretensões e os professores admiram sua férrea vontade de aprender. Tristão, depois de atravessar muitos tropeços em sua carreira, conseguiu um diploma de nutricionista numa universidade pública, pois fez todo seu curso trabalhando oito horas por dia para poder sustentar-se. Sua família é muito pobre e, das muitas vezes em que solicitou, não conseguiu bolsa de estudos. Para comparecer à formatura, alguns colegas mais chegados fizeram pequenas doações, a fim de que pudesse comprar sua roupa para a solenidade. Seus pais e quatro irmãos estavam presentes e a eles, ele fez uma pequena homenagem com aplauso da platéia: “Este é o dia mais feliz da minha vida”, disse ele, com os olhos marejados de lágrimas.

Samuel Rosa/sxc.hu

Felicidade é ter sonhos e projetos e lutar para alcançá-los

Sempre que vemos testemunhos de momentos felizes em que a felicidade suprema constitui-se num momentum, deparamo-nos com alguém, uma ou mais pessoas que cultivam o entusiasmo, a autoconfiança e a crença na força de transformações e mudanças. É assim que ampliam seu mundo em termos de possibilidades e novos caminhos. Esperança, fé, generosidade e otimismo salientam-se como virtudes indispensáveis, para chegar onde seu desejo focado e persistente lhes aponta como o melhor caminho para seu sucesso...

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EMA EM FOCO

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1o a 15 de novembro de 2010

A S ÇÃO

OLIDÁRIA

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ABER VIVER

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Brian Pieters

Quenturas

Outubro foi o mês do combate mundial ao câncer de mama. No Brasil, a doença é a maior causa de óbitos na população feminina, principalmente na faixa etária entre 40 e 69 anos. Tem cura em 95% dos casos que forem diagnosticados precocemente. Geralmente indolor, apresenta nódulos (caroços) que podem ser detectados pelo auto-exame, o toque, verificando as mamas, axilas, região do pescoço e clavículas, além de exames especializados, como mamografias. Além de uma alimentação saudável, amamentar previne a doença e diminui significativamente os riscos da mãe em desenvolver o câncer no futuro. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que mães alimentem seus filhos exclusivamente com leite materno até os seis meses de idade e continuem a oferecê-lo junto a outros alimentos até os dois anos de vida. A mulher deve conhecer seu corpo e estar atenta a qualquer sinal de mudança. Saiba mais no site http://www.institutodamama.org.br.

JOSY M. WERLANG ZANETTE CRP-07/15.236 Avaliação psicológica

Técnicas variadas Atendemos convênios

Brócolis Comer brócolis é uma opção inteligente. O alimento é originário da região do Mediterrâneo e pertence à Brassicácea, mesma família da couve-flor e do repolho. Hortaliça com poucas calorias, possui alto teor de vitamina C, além de fósforo, ferro, cálcio em abundância e fibras. Tem propriedades anticancerígenas, graças aos nutrientes conhecidos pela capacidade de proteção e produção de enzimas benéficas ao organismo. Comer brócolis é indicado às gestantes e no tratamento de anemias e tem alto teor de bioflavonóides e outros antioxidantes, substâncias que protegem as células contra as mutações e os danos provocados por moléculas instáveis. Refogado em sopas, suflês ou saladas, é um vegetal cujas folhas, flores e talos são comestíveis. É possível preservar a maior parte dos seus nutrientes cozinhando-o no vapor ou fritando-o até ficar crocante e tenro, enquanto que cozinhálo em uma grande quantidade de água destrói boa parte de seus nutrientes. Aproveite os benefícios que o alimento oferece.

Divulgação

Mamografia ajuda a prevenir o câncer de mama

O consumo do tradicional chimarrão pode explicar por que o Rio Grande do Sul é o estado brasileiro com maior incidência de câncer de esôfago. Um estudo recente concluiu que a temperatura e a quantidade da bebida transformam o hábito em um importante fator de risco para o desenvolvimento da doença. O calor intenso da água do chimarrão pode provocar queimaduras na parede do esôfago e predispor ao desenvolvimento de câncer. A doença mata cerca de 90% dos pacientes seis meses após o diagnóstico, em parte devido à agressividade do tumor e ao diagnóstico tardio. O esôfago é um órgão assintomático para a dor. Quando o paciente se dá conta da doença, já está com metástase no pulmão e na aorta. Sirva o chimarrão e deixe-o em descanso por alguns segundos antes de beber. Uma boa alimentação e qualidade de vida são o

Como o organismo protege quem exagera no álcool As pessoas, às vezes, passam da conta no consumo de bebidas alcoólicas, principalmente em festas – e agora se aproximam as de fim-de-ano – e no dia seguinte acabam tendo que encarar uma desagradável ressaca. O texto abaixo, que circula na web como reprodução de um cartaz afixado num tal “Bar do Zé”, explica de forma bem didática e divertida o que acontece com o organismo à medida em que a pessoa vai ingerindo a bebida. “Você vai ao bar e bebe uma cerveja. Bebe a segunda cerveja. A terceira, e assim por diante. O seu estômago manda uma mensagem para o cérebro dizendo: ‘Cruzes, velho, o cara tá bebendo muito liquido, já tô muito cheio!!!’ Seu estômago e seu cérebro não distinguem que tipo de liquido está sendo ingerido, eles sabem apenas que ‘é líquido’. Quando o cérebro recebe essa mensagem, ele diz: ‘Nossa, o cara tá maluco!!!’ E manda a seguinte mensagem para os rins: ‘Filtrem o máximo de sangue que vocês puderem, o cara aí tá maluco e tá bebendo muito líquido, vamos botar isso tudo pra fora’. E os rins começam a fazer até hora-extra, filtram muito sangue e enchem rápido. Daí, vem a primeira corrida ao banheiro. Se você notar, essa primeira urina tem cor normal, meio amarelada, porque além de água, vêm junto as impurezas do sangue. Os rins aliviaram a vida do estômago, mas você continua bebendo e o estômago manda outra mensagem para o cérebro: ‘Cara, ele não pára, socorro!!!’, e o cérebro manda outra mensagem para os rins: ‘Gente, estiquem aí filtragem!!!’ Os rins filtram feito loucos, só que agora o que eles expulsam já não é o alcool, eles mandam para a bexiga apenas água (o líquido precioso do corpo). Por isso é que as urinadas seguintes são transparentes. E quanto mais você continua bebendo, mais o organismo joga água para fora, o teor de álcool no organismo aumenta e você fica mais ‘grogue’. Chega uma hora em que você está com o teor alcoólico tão alto que seu cérebro o desliga. Essa é a hora em que você desmaia... dorme... capota... resumindo: essa é a hora em que você deixa de ser você. O cérebro faz isso porque conclui: ‘O cara está a fim de se matar, está bebendo veneno para o corpo; vou apagar esse doido para ver se assim ele pára de beber enquanto a gente tenta expulsar esse álcool do corpo dele’. Enquanto você está lá, apagado, o cérebro dá a seguinte ordem para o sangue: ‘Apaguei o cara, agora a gente tem que tirar esse veneno do corpo dele. O plano é o seguinte: como a gente está com o nível de água muito baixo, passa em todos os órgãos e tira água deles; assim, vamos conseguir jogar esse veneno fora’. O sangue é como se fosse o boy do corpo. E como um bom boy, ele obedece às ordens direitinho, e começa a retirar água de todos os órgãos. Como o cérebro é constituído de 75% de água, ele é quem mais sofre com essa ‘ordem’, e daí vêm as terríveis dores de cabeça da ressaca. Então, sabe-se que na hora a gente nem pensa nisso, mas quando for beber, beba de meia em meia hora um copo dágua, porque na medida em que você urina, ao mesmo tempo já vai repondo a água perdida.”

Visa e Mastercard


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Segundo turno para presidente

RIR ÉreO médio

Osvaldo Biz

melhor

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LOUCURAS A mulher foi ao médico: – Doutor, o meu marido está completamente louco! Vira e mexe, ele começa a conversar com o abajur! – E o que ele diz? – Eu não sei! – Como, não sabe? A senhora não disse que o viu conversando com o abajur? – Não, eu não disse isso... Eu apenas afirmei que ele conversa com o abajur! – Mas como foi que a senhora descobriu? – Ora, foi o abajur que me contou! NOS BOLSOS O professor de matemática pergunta ao aluno: – Luizinho! – Pode perguntar, professor. – Se você tivesse 30 reais num bolso e 70 no outro, o que teria? – A calça de uma outra pessoa, professor! PRONOMES A certa altura da aula, a professora de português ouve um barulho no fundo da classe e dispara: – Joãozinho, me diga dois pronomes! – Quem? Eu? — diz ele, levantando-se. – Muito bem! Pode sentar!

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SPAÇO LIVRE

Jornalista. Doutor em Comunicação Social

trabalho que se espera de um político é mudar o país para melhor, ou seja, produzir efeitos que beneficiem toda a sociedade. Seus interesses privados não podem se sobrepor à missão para a qual foi eleito. O cidadão, por sua vez, ao escolher com critérios determinado candidato, está acreditando que as estruturas são passíveis de mudanças. E o que se espera de um político é uma coerência entre o que prega e o que faz. O sentido de um partido político é agrupar o maior número de pessoas que compartilham os mesmos princípios para chegar, pelo voto, ao poder e por em prática o programa político partidário, avalizado pelos eleitores no dia da votação. O Prêmio Nobel de Literatura de 1998, José Saramago, pergunta: “Quem se interessa por questões de ordem política autêntica? Quem é que se interessa pela polis, a cidade, o espaço?” Neste momento, entra a decisão do eleitor. Seu voto é o resultado de uma convicção, conhece as propostas dos diversos partidos, de tal modo a distinguir aqueles que propõem soluções mágicas dos que apresentam propostas realizáveis. Democracia significa tomar parte nas decisões políticas. Como é possível, em pleno século 21, determinados candidatos comprarem eleitores? O que dizer, então, de alguém que se proclama cidadão e vota em branco ou anula o voto? Com que intuito ou moral critica as atitudes dos eleitos e reclama da corrupção? Ora, é preciso ser sujeito da história e não objeto de manipulação. À frente de uma realidade, deve existir um sujeito com capacidade de interpretá-la, intervir, provocar uma mudança, colaborar com sua escolha para uma transformação da estrutura. A atividade política não termina com o processo eleitoral. Cabe ao eleitor fiscalizar a administração e cobrar as propostas do candidato a ser eleito no final deste mês de outubro. Uma questão bem visível, por exemplo, é a desigualdade social, que torna o Brasil um dos países mais injustos do mundo. Afinal, a instância ética na formação social é a libertação das classes populares. Já muito se fez. Mas é bom lembrar que política e ética devem caminhar juntas. Vida justa e feliz é a finalidade da política. Por isso, não dá para separá-la da ética. A política deve ser sempre essencialmente ética.

Zilah Bastos Pires - 01/11 Jorge La Rosa - 10/11

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Martha Alves D´Azevedo Comissão Comunicação Sem Fronteiras

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Crise no Equador

Equador, um dos menores paises da América do Sul, enfrentou dia 30 de setembro último uma grave crise política quando militares revoltosos enfrentaram o presidente Rafael Correa que decidiu partir para um confronto. Policiais e alguns integrantes das forças armadas trocaram tiros, pauladas e pedradas com militares leais ao presidente. Correa, um economista de esquerda, gosta de governar plebiscitariamente, desdenhando o Congresso. Tem enfrentado também dificuldades políticas. Sofre oposição à esquerda e à direita, de ecologistas, movimentos indígenas e alguns sindicatos. Os militares rechaçam algumas ideias de Correa para as forças armadas, como o fim do serviço militar obrigatório e o uso do exército em tarefas administrativas da estatal de petróleo e na construção de estradas. Agora, havia anunciado uma mudança na lei que faria os militares perderem vantagens que há muito vinham sendo incorporadas ao salário, como gratificações por cargos de chefia e outras benesses. Recluso no palácio presidencial desde o dia seguinte dos confrontos entre policiais e militares rebeldes e outros fiéis a ele, Correa deu uma entrevista dia 2 de outubro pela manhã. Disse que, em uma democracia, todos têm direito de se equivocar, inclusive o presidente. Deu a entender que talvez não devesse ter proposto cortes drásticos nas vantagens salariais de militares e policiais. “Mas, usem as urnas, não as armas”, declarou em um desafio aos adversários. Uma gravação do rádio da polícia do Equador registrou vozes de supostos agentes que instigavam colegas a matar o presidente Rafael Correa, em meio a rebelião que deixou 10 mortos e 274 feridos. O presidente equatoriano diz que ocorreu uma tentativa de golpe de Estado, liderado por Lucio Gutiérrez, um ex-coronel do exército e ex-presidente da República, que lidera o principal partido de oposição, o Sociedad Patriótica, de centro e, muito apoiado por militares e policiais. Gutiérrez se encontra refugiado no Brasil, alegando não ter nenhum envolvimento com a revolta dos militares. Diante da crise política que viveu o país, a Igreja Católica equatoriana exortou a população a favorecer “o diálogo que leve a uma convivência construtiva e consertada”. Os bispos católicos do Equador convocaram a população a conservar a serenidade e assumir a paz social e não a confrontação, como atitude fundamental. A Conferência dos Religiosos do Equador (CER) se pronunciou pela defesa da estabilidade democrática do país após a rebelião policial contra o presidente da República. Parece que a paz voltou a reinar no país vizinho... (geralda.alves@ufrgs.br).

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GREJA &

CATEQUESE ria Solidá

COMUNIDADE

Catequese precisa

Solidário

2000 anos de

LITÚRGICO

TURBULÊNCIAS PARTE XIII

Primeira

de um upgrade

“constituição cristã”

Conforme notícia do site ABC da Catequese, os Responsáveis pela Educação Cristã na Europa querem encontrar formas de comunicação mais eficazes junto dos mais novos. Com certeza, este também é o desejo de catequistas do Brasil. Se não acompanhar a evolução e não souber interpretar corretamente os desafios que uma sociedade cada vez mais global e tecnológica coloca aos mais novos, a Catequese corre o risco de perder a sua importância e de se diluir, no meio da vertigem do dia a dia. Para Cristina Sá Carvalho, “a Catequese não tem conseguido acompanhar os novos desafios que se colocam aos adolescentes, tudo acontece a uma velocidade que não se conseguia imaginar, e portanto, os instrumentos do passado já não são suficientes”. Apesar de tudo, sublinha ainda que “há uma sensibilidade ou honestidade catequética, onde se procuram compreender essas problemáticas importantes na transformação da fé, algo que poderá ser a chave da transformação da própria Igreja e da sua adaptação às novas realidades”. Para aquela responsável, todo o ser humano tem “uma fome de transcendente, de sentido da vida, de construção da realidade e isso é muito observável, por exemplo, nas crianças pequenas, em idade pré-escolar, como elas se abrem ao religioso e o vivem com enorme encantamento”. A solução para não perder esse potencial de fé, até à idade adulta, poderá estar, em grande medida, no papel dos pais. Quem o diz é o padre Paulo Malícia, diretor do Secretariado Diocesano do Ensino Religioso de Lisboa. “Os pais estão um pouco divorciados deste processo, porque delegaram à Igreja a educação na fé, quando são eles os primeiros educadores, pelas vidas exemplares que levam”, realça o sacerdote. De acordo com ele, “a Igreja também tem que saber ir ao encontro dos pais, fazendo-os assumir esta missão”. Para isto, usará metodologia e temários adequados aos dias atuais, para não acontecer de ela afastar as pessoas de Deus ao invés de ser uma mediadora positiva entre as questões da fé e o cotidiano de cada pessoa.

o final dos anos 300, em razão da liberdade que desfrutava a Igreja, as comunidades cristãs começaram a crescer em toda a parte. Diante disso, sentiu-se a necessidade de se criar um núcleo doutrinal de fé que resumisse as verdades fundamentais, valendo como uma verdadeira “Constituição Cristã”. Para tanto, era essencial que se buscassem, na base dos ensinamentos dos apóstolos, essas verdades. Surgiu, assim, o que se convencionou chamar de “Símbolo dos Apóstolos”. Esse Símbolo era uma “Marca” da fé ou um sinal de reconhecimento e de comunhão entre os cristãos. Desta maneira, recitando essa fórmula do Símbolo, os cristãos estariam perseverando na mesma doutrina e professando a mesma fé, em qualquer parte. Algumas manifestações oficiais anteriores integraram o Símbolo, como a divindade de Cristo, proclamada no Concílio de Nicéia (325), ao ser negada por Ario. Logo depois, Macedônio começou a defender que o Espírito Santo não era Deus, mas uma simples “criatura“ de Deus. Essa heresia foi rechaçada pelo Papa São Dâmaso (366-384), através do Concílio de Constantinopla, convocado por ele, para definir a divindade do Espírito Santo. Este foi o segundo Concílio Ecumênico. O Papa São Dâmaso era muito inteligente e contava com o apoio de grandes vultos da comunidade cristã, como Gregório Nazianzeno, Gregóriuo de Nissa, Santo Ambrósio, São Jerônimo e Hilário de Poitiers. Nesse tempo, a Igreja e o Papa gozavam de grande prestígio, sendo dessa época, também, a célebre frase: “Onde está Pedro, aí está a Igreja”. Foi no Concílio de Constantinopla (381) que, além de proclamar a divindade do Espírito Santo, se criou o chamado “Símbolo dos Apóstolos”, ou a Primeira Constituição da Fé Cristã, ou ainda “Símbolo NicenoConstantinopolitano”, que até hoje é rezado na Igreja Católica. Foi assim redigido e aprovado: “Creio em um só Deus. Pai todopoderoso, criador do céu e da terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis. Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho Unigênito do Pai, nascido do Pai antes de todos os séculos: Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro; gerado, não criado, consubstancial ao Pai. Por ele, todas as coisas foram feitas. E por nós, homens, e para nossa salvação, desceu do céus e se encarnou pelo Espírito Santo no seio da Virgem Maria, e se fez homem. Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos, padeceu e foi sepultado. Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras, e subiu aos céus, onde está sentado à direita do Pai. E de novo há de vir, em sua glória, para julgar os vivos e os mortos. E o seu reino não terá fim. Creio no Espírito Santo, que dá a vida, e procede do Pai e do Filho, e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado; Ele que falou pelos profetas. Creio na Igreja una, santa católica e apostólica. Professo um só batismo para a remissão dos pecados. E espero a ressurreição dos mortos e a vida do mundo que há de vir. Amém.” (CA/Pesquisa)

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31 de outubro – 31o Domingo do Tempo Comum (verde)

1a leitura: Livro do Livro da Sabedoria (Sb) 11,22-12,2 Salmo 144 (145), 1-2.8-9.10-11.13cd-14 (R/. cf1) 2a leitura: 2a Carta de S. Paulo aos Tessalonicenses (Ts) 1,11-2,2 Evangelho: Lucas (Lc) 19,1-10 NB.: Para uma melhor compreensão dos comentários litúrgicos é fundamental que se leia, antes, o respectivo texto bíblico. Comentário: No peito do publicano Zaqueu certamente pulsava um coração-criança. O fato de subir numa árvore para ver a Jesus que passava, prova isso: é quase inimaginável uma pessoa adulta e, além disso, economicamente poderosa, cometer um ato tão próprio de uma criança! Jesus valorizou esta atitude e sentiu que ali estava alguém que buscava a salvação. Talvez não pelos caminhos profissionais mais nobres e dignos, mas pelo desejo de ver e, quem sabe, ter um encontro com aquele homem, do qual falavam maravilhas, e que podia devolver a ele, Zaqueu, a paz de espírito e o reencontro com sua gente, com seu povo. E o tom de voz de Jesus, firme, mas amiga, veio ao encontro do seu desejo: Zaqueu, desce depressa: hoje eu devo ficar na tua casa (19,5). Os eternos críticos de Jesus, fariseus e doutores da lei, os que se consideravam os “justos”, cumpridores da letra da lei, condenaram esta ousadia de Jesus, fazendo-se convidar e indo até a casa de um publicano, rico e odiado por ser cobrador de impostos, que eles chamavam “pecador”. Jesus, neste episódio, mais uma vez deixa bem claro que vale mais o perdão, a libertação, a vida de alguém do que a observância cega e, por isso, escravizante de velhos preconceitos religiosos ou sociais, baseados em normas e leis. A conversão de Zaqueu não é feita de palavras, promessas ou boas intenções; é uma conversão real que se transforma em gesto objetivo e concreto: Senhor, eu darei metade dos meus bens aos pobres e, aos que defraudei, devolverei quatro vezes mais (19,8). Neste encontro de Jesus com Zaqueu, duas atitudes: por um lado, a acolhida misericordiosa de Jesus de um “pecador público” e, por outro lado, o humilde reconhecimento de Zaqueu da sua necessidade de perdão. A salvação também entra em nossa casa quando, humildemente, reconhecemos nossas incoerências e nosso pecado e, confiando na misericórdia de Deus, temos gestos concretos de conversão e de amor solidário para com os demais.

7 de novembro - 32o Domingo do Tempo Comum (branca)

SOLENIDADE DE TODOS OS SANTOS 1 leitura: Livro do Apocalipse (Ap) 7,2-4.9-14 Salmo 23 (24),1-2.3-4ab.5-6 (R/. cf 6) 2a leitura: 1a Carta de João (1Jo) 3,1-3 Evangelho: Mateus (Mt) 5,1-12a (Bem-aventuranças) Comentário: Um dos textos bíblicos referenciais para nossa vida de fé é, sem dúvida, o Sermão da Montanha ou das Bemaventuranças. E a liturgia nos traz, neste domingo, a celebração de mulheres e homens que fizeram do dom da sua vida um dom para os demais e que já partiram para a Casa do Pai. São santos e santas, gente como a gente, que não guardaram egoisticamente a sua vida para si, mas a transformaram num constante motivo de glória a Deus pela entrega generosa, alegre, cheia de sentido para todos aqueles e aquelas que o Senhor colocou em suas vidas. É a festa de Todos os Santos, que se celebra no dia 2 de novembro, mas que, para dar a esta festa todo o destaque que ela merece, a liturgia traz para este domingo. Santos e santas, que talvez não tenham sua santidade reconhecida publicamente pela Igreja com as honras dos altares, mas que deixaram marcas de verdadeira santidade no coração e na vida de quem os conheceu e com eles e elas conviveu. Santos e santas porque foram pobres de espírito, sem a preocupação de acumular bens neste mundo; santos e santas porque tiveram aflições, mas não fizeram delas motivo e razão para queixar-se de Deus, da vida e dos acontecimentos; santas e santos porque, na sua mansidão, souberam acolher, no perdão, aos que os ofenderam, desprezaram, machucaram; santas e santos, porque, perseguidos e caluniados, lutaram por um mundo mais justo e solidário; santos e santas porque fizeram da paz um caminho para o perdão, a alegria, o amor, a Vida... para Deus. Eles ouviram da boca deste Jesus, que há dois mil anos, falando desde a encosta de uma montanha a seus discípulos e milhares de pessoas, dizia: Bem-aventurados... alegrai-vos e exultai porque é grande a vossa recompensa nos céus (cf 5,12a). (attilio@livrariareus.com.br ) a


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SPAÇO DA

Escolinha de Jesus Pe. Maurício da Silva Jardim Missionário em Moçambique

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ue novidades trará este mês missionário? Aqui em nossas experiências missionárias em Moçambique, vivemos diante de novidades e surpresas cotidianas. Estamos em tempo de sínodo aqui na Arquidiocese de Nampula, por isso em nossa agenda de setembro tivemos nove assembleias sinodais nas regiões pastorais. É apenas o primeiro ano de uma longa caminhada. O que me impressiona, é que nenhuma das cento e quarenta comunidades faltaram nessas assembleias. Chegam caminhar a pé ou vir de bicicletas, quarenta quilômetros, para reuniões de um ou dois dias. Quando os vejo sentados nas esteiras o dia inteiro de trabalho, ou a noite, dormindo debaixo dos cajueiros, compreendo um pouco do que significa ser missionário. Tenho refletido de que missão e discipulado são inseparáveis. Quando separamos, corremos o risco de fazer da missão a realização de nossos projetos pessoais. Se não for missão em nome de Jesus na força do Espírito e com envio da Igreja, cai-se na tentação de reduzir a missão em fazer muitas coisas, mesmo que úteis e necessárias. Missão na perspectiva dos relatos evangélicos exige tempo na escolinha do discipulado de Jesus. Nesta escolinha não há formatura. E um itinerário que se faz passo a passo no seguimento a Jesus. Sonho com uma escolinha do discipulado que prepare missionários(as) para diferentes frentes de missão. Uma escolinha baseada no evangelho, sem doutores, mas com testemunhas. Uma escolinha de itinerários que levam o discípulo(a) a experiência de uma profunda amizade e intimidade com Jesus e sua proposta. O modelo desta escolinha não seria o mesmo

de nossas universidades que herdaram da escolástica o método indutivo. Estas, tem o mérito de formarem bacharéis, mestres e doutores especialistas na argumentação e na racionalidade. Sem desprezar estas, sonho com outro modelo, outro método, o dedutivo-testemunhal. Nesta escolinha do discipulado não haveria salas de aulas convencionais com mesas, cadeiras e cátedra. Cada aprendiz receberia na inscrição uma Bíblia e um avental. No currículo as aulas práticas ocupariam maior espaço. O enfoque no discipulado teria grande relevância na reflexões. Os temas ficariam na escolinha um tempo suficiente para a experiência de vida comunitária. Os serviços e as despesas de alimentação seriam todos divididos de modo que todos aprendessem lavar, limpar e partilhar. A Palavra de Deus, a Eucaristia, a oração, a mística e a contemplação, ocupariam tempo privilegiado nesta escolinha. Todos(as) fariam execícios diários de escuta e silêncio diante do mistério de Deus e de sua Palavra. A disciplina de relevância seria na especialidade de oração e doação da vida aos outros. Os doutores-testemunhas desta escolinha seriam em humildade, serviço, paciência, diálogo, mística, gratuidade e compromisso com os mais pobres. Os carreiristas que gostam de ocupar os primeiros lugares, os soberbos que gostam de se impor, os mesquinhos de coração, os acomodados, os narcisistas que vivem em função de si mesmos, os capitalistas que tem seu tesouro no dinheiro e as estrelas que gostam de aplausos não seriam ser missionários(as). A novidade desta escolinha está na radicalidade das opções, no estilo de vida e numa formação sólida que prepare os missionários(as), pois “quem põe a mão no arado e olha para trás, não serve para ser Reino de Deus”.(Lc9, 62).

Homenagem a N. Sra. Aparecida Fernando Gomes

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RQUIDIOCESE Coordenação: Pe. César Leandro Padilha Solicita-se enviar sugestões de matérias e informações das paróquias. Contatos com a jornalista Cynara Baum pelo e-mail cynarabaum@gmail.com ou fone (51)32286199. Acompanhe o noticiário da Pascom pelo twitter.com/arquidiocesepoa

Reuniões têm ocorrido para estruturação do Setor

Setor da Juventude de Porto Alegre Atendendo orientação da Conferência de Aparecida (2007) e do Plano de Ação Evangelizadora do Vicariato (Destaque/2010), foi dado início à constituição do Setor da Juventude em Porto Alegre. No último dia 5 de outubro, aconteceu a terceira reunião de estudos para a estruturação do Setor, que visa articular todas as iniciativas de trabalho eclesial com jovens em funcionamento no Vicariato. Os encontros são realizados mensalmente no Centro de Pastoral da Arquidiocese de Porto Alegre. São cerca de 15 estilos distintos de trabalho com jovens assim classificados: congregações, comunidades, pastorais e movimentos. Nessa fase de organização os grupos enviam seus representantes mensalmente. A média de participação é de 30 jovens por encontro. Os trabalhos são coordenados por Emerson Vidal e Pe. Márcio Augusto Lacoski, em nome da coordenação de Pastoral do Vicariato de Porto Alegre. Para o Pe. Márcio, “os jovens trazem no coração uma primeira certeza: juntos somos mais!”.

Assembleia do Clero da Arquidiocese Será realizada nos dias 3 e 4 de novembro a Assembleia do Clero da Arquidiocese de Porto Alegre, no Seminário de Gravataí. No primeiro dia o tema será a Pastoral Presbiteral, e contará com a presença de Dom Angelo Salvador, bispo emérito de Uruguaiana e referencial na Pastoral Presbiteral. Também serão nomeados os novos padres. No segundo dia do encontro, a pauta será animação bíblica da pastoral, com o tema Palavra de Deus. Ainda durante o dia será discutida a programação pastoral para os vicariatos.

Casamento religioso é celebrado apenas em igrejas e capelas A 36ª Procissão Motorizada marcou o dia da Festa de Nossa Senhora Aparecida em Porto Alegre. A partir das 7h da manhã a Avenida Augusto de Carvalho já abrigava inúmeros participantes que aguardavam a benção do arcebispo metropolitano, dom Dadeus Grings. Após a benção, o arcebispo dirigiu-se a Paróquia Nossa Senhora Aparecida da Restinga onde celebrou missa para os fiéis. O pe. Vanderlei Bock foi quem conduziu a procissão junto ao carro da Empresa Pública de Transportes e Circulação (EPCT), que levou a imagem de Nossa Senhora Aparecida. O percurso de quase 20 quilômetros atraiu cerca de 25 mil motociclistas, mais que o dobro do ano passado. Uma procissão a pé partiu da Paróquia Santa Rosa de Lima até o Complexo Cultural do Porto Seco, local onde foi celebrada a missa campal. Foram registrados quase 40 mil pessoas participando da missa e benção das motos realizada pelo pe. José Antônio Heinzmann, segundo a EPTC. Em Sapucaia do Sul , o arcebispo celebrou a missa de instalação da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, criada em 15 de agosto deste ano que acolherá oito comunidades do município.

Os casais que estão planejando o grande dia de dizer o sim, devem conhecer algumas normas existentes para todas as Dioceses do Rio Grande do Sul e Arquidiocese de Porto Alegre. Por decisão dos bispos do Estado, a Igreja Católica não dá autorização e nem reconhece casamentos realizados em locais que não sejam suas próprias igrejas e capelas, onde os fiéis costumam frequentar atos litúrgicos. Sendo assim, a celebração de matrimônios fora destes espaços não é válida. Por isso, quem está ainda na fase de planejamento, converse com seu pároco e peça auxílio. Um momento de suma importância como o casamento religioso na vida das pessoas deve ser realizado dentro das normas estabelecidas.

Festa do Seminário São José O Seminário São José de Gravataí, realiza sua festa no dia 7 de novembro. Na parte da manhã, será celebrada missa às 10h, e a partir das 12h será servido o almoço. No período da tarde, a partir das 14h, haverão muitas atrações para as crianças como jogos, pescaria, rifa e leilão. Também haverá a animação do grupo Integrasom e Bandinha Típica Alemã. Os ingressos custam R$ 14,00 e podem ser adquiridos no Seminário São José, Rua Adolfo Inácio Barcelos, em Gravataí. Mais informações pelo fone (51) 3042.2144.


Porto Alegre, 1o a 15 de novembro de 2010

CNBB lamenta uso indevido de seu nome para as eleições de 31 de outubro

Finados: morte, onde está tua vitória? Morte, onde está sua vitória? pergunta o apóstolo. E ele mesmo responde: “A vitória tragou a morte. A morte agora virou uma ponte, serve apenas de instrumento para me levar a Deus. Onde está, ó morte, a tua vitória? onde está, ó morte, o teu aguilhão? O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei.” (1 Coríntios 15.55-57) Realidade terrivel, tragédia, humilhação, derrota, vazio, nada. E da qual ninguém escapa. É questão de tempo! Mas, para quem crê: certeza de passagem para uma nova pátria, começo de nova vida onde não há contrariedades, dissabores. Coroamento, revelação! Finados: dia de celebrar a vida eterna, mesmo chorando de saudade diante do túmulo vazio dos que foram antes de nós e a quem só nos resta amar. Dia de lembrar que nada levaremos daqui: só o bem que tivermos feito aos nossos irmãos. Isto é, uma vida com sentido para outras pessoas, vida para servir. Porque, na morte a verdade da vida. Uma biografia que começa ao nascer e termina com a morte e que deve valer a pena ser lida depois pelos que ficam. Que essa vitória seja continuarmos vivos na memória pelas marcas do bem que deixamos durante nossa passagem pela terra. A Igreja beatifica Madre Bárbara Maix como sinal de reconheicmento público que ela teve uma vida que valeu a pena. Confirmação de que chegou a um destino maravilhoso a que todos nós também almejamos. Mas o caminho é estreito e íngreme que exige coragem e perseverança. Sempre! Até o último suspiro! Os primeiros vestígios de uma comemoração coletiva de todos os fiéis defuntos são encontrados em Sevilha (Espanha), no séc. VII, e em Fulda (Alemanha) no séc. IX. O fundador da festa foi Santo Odilon, abade de Cluny, o qual a introduziu em todos os mosteiros de sua jurisdição, entre os anos 1000 e 1009. Na Itália, em geral, a celebração já era encontrada no fim do séc. XII e, mais precisamente, em Roma, no início do ano de 1300. Foi escolhido o dia 2 de novembro para ficar perto da comemoração de todos os santos.

Em nota oficial de 8 de outubro último, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, por meio de sua Presidência, desautoriza veemente qualquer texto distribuído em seu nome com recomendações para o segundo turno da eleição presidencial. Enaltece o exercício da cidadania expresso no primeiro turno das eleições e congratula-se pelos frutos benéficos decorrentes da aprovação da Lei da Ficha Limpa, que está oferecendo um novo paradigma para o processo eleitoral. Mas “lamenta profundamente que o nome da CNBB e da própria Igreja Católica tenha sido usado indevidamente ao longo da campanha, sendo objeto de manipulação. Certamente, é direito e, mesmo, dever de cada Bispo, em sua Diocese, orientar seus próprios diocesanos, sobretudo em assuntos que dizem respeito à fé e à moral cristã”. E reafirma os termos da Nota de 16.09.2010, na qual esclarece que “falam em nome da CNBB somente a Assembléia Geral, o Conselho Permanente e a Presidência”. Reafirma ainda que “a CNBB não indica nenhum candidato e recordamos que a escolha é um ato livre e consciente de cada cidadão”. A nota é assinada por Dom Geraldo Lyrio Rocha, presidente, Dom Luiz Soares Vieira, vice-presidente, e Dom Dimas Lara Barbosa, secretário geral da CNBB.

Bispo gaúcho para a América Latina Dom Celmo Lazzari (foto) é o mais recente padre gaúcho ordenado bispo, confirmando a vocação do Rio Grande do Sul de enviar chefes de igrejas particulares para fora do Estado. Dom Celmo, da Congregação dos Josefinos de Murialdo, foi nomeado bispo do Vicariato do Napo, no Equador, em 31 de maio passado. E teve sua ordenação episcopal em tocante cerimônia na Igreja Matriz de Garibaldi, sua terra natal, em 9 de outubro último, presidida por Dom Paulo Miotto, bispo do Vicariato Apostólico de Napo, Dom Paulo Moretto e Dom Alessandro Ruffinoni, respectivamente bispo titular e bispo coadjutor, de Caxias do Sul.

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