Solidario_1quinz-setembro11

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IMPRESSO ESPECIAL CONTRATO No 9912233178 ECT/DR/RS FUNDAÇÃO PRODEO DE COMUNICAÇÃO CORREIOS

www.jornalsolidario.com.br

Porto Alegre, 1o a 15 de setembro de 2011

Ano XVII - Edição No 593 - R$ 2,00

Mapa: Wikipedia(sem referência ao autor)/Multidão: Bruna Siqueira Campos(ipcdigital.com)

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"Para adquirir conhecimento é preciso estudar. Mas para adquirir sabedoria é preciso observar".

a s r il

Marilyn vos Savant

u d e m a i i tas Pát r t rias á P

Inversamente à xenofobia escancarada presente em quase todos os países do hemisfério norte ocidental, o Brasil ainda pode dar exemplo de convívio multicultural e democracia étnico-racial. Em que pese a tolerância e falta de indignação à dilapidação do erário por sucessivas gestões públicas de má fé em quase todas as instâncias, também está no DNA nacional o sentimento de acolhida a quem escolhe o Brasil para morar e viver. Páginas centrais

Família Paulina prepara centenário de fundação Em agosto de 2014 a Família Paulina completará 100 anos. Fundada em 20 de agosto de 1914, pelo beato Tiago Alberione, a Família Paulina é composta por cinco congregações – Padres e Irmãos Paulinos, e as Irmãs Paulinas, Discípulas, Pastorinhas e Apostolinas – além de quatro institutos de vida secular consagrada e uma associação de leigos. O triênio de preparação ao centenário teve início em Porto Alegre com celebração eucarística na Catedral Metropolitana.

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Jornada da Juventude ocorrerá no Brasil

Depois de Roma, Buenos Aires, Santiago de Compostela, Czestochowa, Denver, Manila, Paris, Roma, Toronto, Colônia, Sydney e Madri, o Rio de Janeiro sediará a próxima Jornada Mundial da Juventude, em 2013. O anúncio foi confirmado pelo próprio Papa Bento XVI no encerramento do último evento, em Madri, que reuniu mais de um milhão e meio de jovens de todo o

mundo. Presentes, o governador e prefeito cariocas, respectivamente Sérgio Cabral e Eduardo Paes, confessaram que se sentiram muito emocionados com a demonstração de fé e projetam um público ainda maior no Brasil, “provavelmente até superior ao esperado para a Copa do Mundo um ano depois, em 2014”, segundo declarações à imprensa nacional.

Paciência e pressa: estar aberto para entender o que se passa Página 5


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2 Editorial vós sois irmãos e irmãs

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ma, com fé e orgulho, a terra em que nasceste! Criança! não verás nenhum país como este! Olha que céu! que mar! que rios! que florestas! A Natureza, aqui, perpetuamente em festa, é um seio de mãe a transbordar carinhos. Boa terra! jamais negou a quem trabalha, o pão que mata a fome, o teto que agasalha… Criança! não verás país nenhum como este: imita na grandeza a terra em que nasceste! O otimismo é o DNA das grandes almas, com horizontes talvez utópicos, mas necessários para um viver sadio com perspectivas de futuro. Contudo, talvez nosso poeta Olavo Bilac, autor do poema “Pátria”, não pintasse, com cores tão vivas, alegres e ufanas, a realidade do nosso Brasil, “pátria amada, idolatrada”, cantado no hino maior desta Terra de Santa Cruz. Talvez, por ser “abençoado por Deus e bonito por natureza”, grande parte do povo brasileiro tenha se acomodado e transformado em prática um jocoso dito popular: “Plantando, dá; não plantando, dão”. É inegável que o Brasil passa por uma extraordinária fase de crescimento econômico e de afirmação como potência tecnológica que o leva a ser um dos principais países no concerto das nações. E com um potencial que afirma o Brasil como o melhor país para se viver e investir nas próximas décadas. Se é verdade que aqui acolhemos migrantes de todos os rincões do mundo e a xenofobia mórbida que se verifica em tantos países, chamados “civilizados”, ainda não inoculou seu veneno no sangue verde-amarelo, também é verdade que grandes trustes internacionais, ávidos por lucro rápido e fácil, lançam seus olhares de cobiça para este país latino-americano. Mas há outra verdade que não pode ser maquiada nem ignorada: na ordem interna, o país mantém uma histórica e grave dívida com o povo brasileiro, castigando especialmente aqueles estratos sociais sem voz nem vez no cenário nacional. E são milhões. Sem terra, sem casa, sem saúde, sem educação, sem participação real na vida social e nas decisões que a eles afeta. Para estes milhões de brasileiros, pátria é uma palavra vazia de sentido porque vazia e sem sentido é, tantas vezes, sua própria vida... Nacionalismos, muitas vezes doentios e excludentes, não fazem mais sentido num mundo globalizado. Somos, a cada dia mais, cidadãos e cidadãs do mundo e nossa pátria é todo o planeta Terra, nossa casa comum. Como brasileiros e brasileiras temos uma missão que a humanidade nos exige e tem direito de receber: a missão de ser testemunho de um povo, cristão na sua maioria, que vive na prática o ensinamento do Mestre, há dois mil anos: um só é vosso Pai e todos vós sois irmãos e irmãs. Que a utopia da fraternidade universal se torne mais e mais uma bela realidade. E que possamos, como filhos e filhas deste Brasil, contribuir para isso. (attilio@livrariareus.com.br)

CNPJ: 74871807/0001-36

Conselho Deliberativo

Presidente: José Ernesto Flesch Chaves Vice-presidente: Agenor Casaril

Voz do Pastor Dom Dadeus Grings

Arcebispo Metropolitano de P. Alegre

Um só é vosso Pai e todos

Fundação Pro Deo de Comunicação

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RTIGOS

Voluntários Diretoria Executiva

Diretor Executivo: Adriano Eli Vice-Diretor: Martha d’Azevedo Diretores Adjuntos: Carmelita Marroni Abruzzi, Elisabeth Orofino e Ir. Erinida Gheller Secretário: Elói Luiz Claro Tesoureiro: Décio Abruzzi Assistente Eclesiástico: Pe.Attílio Hartmann sj

A guerra dos 10 anos

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história humana registra duas guerras pelo número de anos: a guerra dos 100 anos entre a Inglaterra e a França, na Idade Média, e a guerra dos 30 anos entre católicos e protestantes, na Idade Moderna. O século XX começou a designar pelo número ordinal as duas guerras que o ensanguentaram em plano mundial: Primeira e Segunda Guerras. O século XXI se inicia com uma Terceira Guerra Mundial, que podemos denominar de guerra dos 10 anos. Configura-se em novos moldes tanto técnicos como ideológicos. Tem como protagonistas os Estados Unidos, com seus aliados, de um lado, e as novas forças ocultas do outro. Se a história nos ensina alguma coisa, como mestra da vida, é preciso reconhecer que a mentalidade bélica continua inalterada. Os antigos romanos cunharam o infausto aforismo: “se queres a paz prepara a guerra”. Por isso, sempre preparando guerra os homens sempre a travaram. Tito Lívio intuiu sua natureza ao perceber que a guerra se nutre a si mesma. Goebbels, do nazismo, em l940, falava de uma guerra preventiva para justificar os bombardeios sobre Londres e o ataque à Rússia. George Bush, em 2002, serviu-se da mesma terminologia, transposta para o século XXI, para “suas bombas inteligentes” no conflito do Golfo. Após cada guerra, diante das destruições, as mortes e as consequências funestas, que tornaram os povos repletos de ódio uns contra os outros, se garante “nunca mais”. A guerra dos 100 anos selou uma inimizade implacável entre ingleses e franceses por vários séculos; a guerra dos 30 anos dividiu ferrenhamente católicos e protestantes; as guerras mundiais, fazendo eco ao ódio disseminado entre os povos franco-germânicos deslocou a inimizade anglo-francesa para dentro do continente. Perdurou até que estadistas da estatura de De Gaulle e de Adenauer conseguissem a reconciliação dos dois povos. A guerra dos 10 anos, aparentemente vencida com o assassinato de Bin Laden, decretou um ódio implacável aos Estados Unidos e seus aliados. A guerra dos 10 anos começou oficialmente em 2001, com a derrubada das Torres Gêmeas, símbolo do poderio e da supremacia americana. Sem investigar as causas mais profundas, os Estados Unidos optaram pelo revide. Declararam, seguindo eles, guerra ao terrorismo. Levaram 10 anos, com exército bem municiado, para vencê-la, matando um homem desarmado. Prepararam-se para a guerra, quiseram guerra e contaram vitória com a destruição do inimigo. Mas deixaram para trás de si rastros de destruição em vários países, que invadiram neste afã. Terão, finalmente, paz? O domínio bélico jamais proporcionou paz, mas ódio e revolta. Se não se procurarem remédios mais eficazes de reconciliação para sarar as feridas abertas pela violência, não se pode esperar que se estabeleça paz entre os homens. A última guerra, dos 10 anos, não acabou. Hoje, pela internet e por todos os modernos meios de comunicação e de invasão, ninguém está seguro. Se é permitido, pela constatação de Tito Lívio, de que a guerra se nutre a si mesma, ao Estado matar sumariamente pessoas, não é de admirar que qualquer pessoa se arrogue o direito de eliminar, com o mesmo argumento quem que lhe pareça perigoso. Diante deste mundo em guerra vemos, ainda hoje, as lágrimas de Jesus a chorar porque a humanidade, após 20 séculos de sua presença no mundo, ainda não descobriu quem lhe pode trazer a paz. Por isso João XXIII, na sua encíclica Pacem in Terris, corrige o aforismo romano para “se queres paz prepara a paz!” É óbvio! Mas custa convencer-se disso!

Mídia e Ética Osvaldo Biz Jornalista

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o desenvolvimento das comunicações é possível constatar a falta, muitas vezes, da ética, compreendida como uma instância crítica e propositiva. Se observarmos como a realidade é mostrada, verifica-se que ela é apresentada como algo acabado, pronto, absolutizado, invariável, desenraizada do passado. Ora, informações descontextualizadas privam o leitor de uma compreensão maior dos acontecimentos e a possibilidade de uma análise mais crítica. Fica difícil falar em ética da comunicação, quando, no Brasil, um pequeno grupo de empresários se apropria do espaço público do rádio e da televisão, através de concessões. Esta concentração pode ser legal em vista da legislação de outorga, mas suscita dúvidas quanto sua eticidade. O monopólio fere a possibilidade da transmissão de idéias pluralistas, pressuposto básico no exercício da democracia e o direito de receber informações corretas. O discurso dos proprietários dos veículos eletrônicos lembra, todo momento, sua neutralidade, independência, apartidarismo. Entretanto, na escolha das informações que deverão ser levadas ao público, já estão demonstrando seus interesses e opções. O senso de análise não nasce automaticamente. Vai crescendo à medida que se descobre que o importante não é o que os noticiários dizem, mas o ‘como’ dizem. Isso significa que as instituições humanas evoluem, não são completas, podem crescer. Significando o surgimento de novas exigências e desafios e, por isso mesmo, a busca de novas atitudes. Necessário se faz, então, a busca de ações e relações, objetivando dar respostas a uma nova visão de homem, de sociedade, do agir humano e das suas transformações. Falamos, então, de uma ética propositiva.

Conselho Editorial

Presidente: Carlos Adamatti Membros: Paulo Vellinho, Luiz Osvaldo Leite, Renita Allgayer, Beatriz Adamatti e Ângelo Orofino

Diretor-Editor Attílio Hartmann - Reg. 8608 DRT/RS Editora Adjunta Martha d’Azevedo

Redação Jorn. Luiz Carlos Vaz - Reg. 2255 DRT/RS Jorn. Adriano Eli - Reg. 3355 DRT/RS

Revisão Ronald Forster e Pedro M. Schneider (voluntários) Administração Elisabete Lopes de Souza e Norma Regina Franco Lopes Impressão Gazeta do Sul

Rua Duque de Caxias, 805 Centro – CEP 90010-282 Porto Alegre/RS Fone: (51) 3221.5041 – E-mail: solidario@portoweb.com.br Conceitos emitidos por nossos colaboradores são de sua inteira responsabilidade, não expressando necessariamente a opinião deste jornal.


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AMÍLIA &

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OCIEDADE

Polidez e boa educação Deonira L. Viganó La Rosa Baseado em artigo de Claude Halmos - Psicanalista e escritora

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polidez não é um luxo, mas uma necessidade. Ela é um “modo de tratar os outros e o mundo”, indispensável à construção da personalidade da criança. E os pais devem ensiná-la aos filhos desde a mais tenra idade.

Um fato constrangedor

Dezoito horas. O ônibus está lotado. Como de costume, pessoas idosas ficam de pé enquanto jovens estão confortavelmente sentados. No fundo do ônibus, uma pequena de 3 ou 4 anos está deitada no banco e, como acha seu espaço muito pequeno, estende as pernas e seus sapatos molhados sobre os outros assentos. Sua mãe não diz nada e até a contempla com um ar extasiado. Esta situação é tão chocante que poderíamos esperar contestações. Curiosamente, ninguém interfere. Como se cada um estivesse esmagado pela impotência. Um velho senhor, entretanto, rompe o silêncio. Indigna-se com o que vê. Mas ele não tem tempo de terminar a frase, pois duas senhoras o interrompem. Usam um único argumento: o caráter sagrado das crianças, os direitos que este caráter lhes confere e a obrigação que têm os adultos de respeitá-las e amá-las. Levantando esta bandeira, remetem barulhentamente o senhor à sua crueldade: “Ele não ama as crianças. Se ele amasse, compreenderia. E é normal que ele não as ame, é um velho!”. Entre os passageiros, o mal-estar se faz palpável.

Por que contar esta história ao falar sobre polidez?

Porque permite compreender o sentido e a importância dela. Por que nenhum passageiro se refere ao comportamento desta criança quando é evidente que ninguém o aprova? De que temos medo? De uma menina de 4 anos? Não é a criança que nos reduz ao silêncio, mas o que ela representa. Esta criança, por sua atitude, encarna a negação de duas coisas essenciais: a existência do outro e as regras de convivência social que nos servem de bússola. A menina não ocupava somente um lugar, ela ocupava três. E via-se que, se pudesse, ocuparia cinco. Ela se punha como centro do mundo ao esquecer-se de tudo e de todos. O que os adultos precisam fazer, neste caso, é

Divulgação

lembrar que todo bebê busca centrar sua vida na busca do prazer, como se ele fosse só no mundo, mas que, desde cedo, é preciso renunciar a ele em função da realidade e das normas que regem os grupos sociais. Não é possível fazer somente o que queremos, quando e como queremos. Todos nós gostaríamos de fazer o que fez a menina, mas sabemos que os limites, por difíceis que nos pareçam, nos protegem. A mãe, ao contemplar extasiada a cena, e as duas damas ao discursar sobre o direito das crianças, estavam aprovando e legalizando o comportamento daquela menina. É o discurso que a própria sociedade não cansa de fazer: “Amar uma criança é deixar que satisfaça seus desejos”. Grande erro!!!

A importância da boa educação Longe de ser um verniz para manter boas relações, a polidez é, ao contrário, um elemento essencial ao caráter da criança. Porque ela é um meio de lutar cotidianamente contra o princípio do prazer que ameaça dominar sua vida em desrespeito à vida de todos os outros. Se a mãe tivesse tomado seu lugar de mãe, teria pedido o que a polidez impõe em qualquer caso semelhante: desocupar o lugar. Fazendo isto, teria ensinado a ela a existência do outro e sua capacidade de sentir e sofrer com os outros: a velha senhora de pé estava cansada... E a mãe teria valorizado sua filha, mostrando-lhe que é capaz de compreender e de agir em consequência. Se os outros não são nada, como você mesma vai ter valor e direito ao respeito? Como ficar no próprio lugar na escola, se no ônibus posso viajar deitada? A atitude em relação à polidez revela não somente o pertencimento à classe social X ou Y, mas evidencia a compreensão profunda (intelectual, mas sobretudo emocional) de quem é o outro.

Como fazer ?

Cabe aos pais ensinarem a boa educação a seu filho, desde a mais tenra idade. Uma criança não pode internalizar profundamente este modo polido de tratar os outros e o mundo, se ela não cresceu com este exemplo, este ensinamento e esta vivência. Como fazer? Ensinando as regras da boa educação, passo a passo: Respeitam-se os outros em atos, tão bem como com palavras. Lembrando-lhes o sentido e, sobretudo, a utilidade da polidez: um mundo civilizado é mais agradável de se viver: “Não faça aos outros o que não queres que façam a ti”. Zelando para que a criança leve a efeito as regras da boa educação no cotidiano, dentro e fora de casa, e fazendo-a assumir as consequências se, apesar de conhecê-las, as transgride.

E os filhos dos outros?

Estas regras importantes, podemos lembrá-las aos filhos dos outros se eles as ignoram? Deveríamos ter o poder de fazê-lo. Porque todo adulto que, confrontado com uma transgressão, se cala, é percebido pela criança como aprovando sua transgressão. Mas, se este exercício é possível quando a criança está sozinha, ele se torna difícil quando os genitores estão presentes. O risco não é somente o de uma desavença com os pais: por que você se mete? O mais complicado é a criança que percebe a intervenção e a vê como uma desvalorização de seus pais, “incapazes” de ensinar-lhe o que os outros sabem ... Melhor discutir o tema em reunião de pais e com os formadores de opinião.


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Tolerância Étnica

Jornada Mundial da Juventude

João Batista Libânio Teólogo jesuíta*

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tolerância não serve de virtude-comunela, que abre todas as portas. Um professor de português não pode tolerar os erros de gramática dos alunos. Deve emendá-los. Os pais não devem fechar os olhos às anomias morais dos filhos, mas corrigi-los. A tolerância tem campo próprio de atuação. O filósofo francês M. Conche considera-a propriedade de uma sociedade universal. As particularidades nacionais, raciais, religiosas, etc. limitam a priori o campo das opiniões possíveis. O racismo faz prevalecer uma opinião sobre uma raça particular em detrimento das outras, não somente na concepção, mas sobretudo na conduta, na legislação, na organização social. Defender hoje a conduta racista soa absurdo. Ninguém ousa fazê-lo sem horrorizar, como o caso do político francês Le Pen. A superioridade étnica não se prova por meio de empreendimentos bem sucedidos de determinada raça. Estes dependem de muitos fatores aleatórios. A história tem mostrado mudanças na trajetória dos momentos altos da cultura. O racismo mostra-se idiota e ignorante. Sabemos hoje que a raça humana deriva da raça negra, de onde veio toda a humanidade. No princípio, todos vestíamos na pele a cor negra. As raças brancas foram lentamente constituindo-se por despigmentação. A diferença de código genético mesmo entre o ser humano e certos símios, apenas se percebe. Quanto mais entre humanos de diversas etnias. As nossas carteiras de identidade genética igualam-se em quase tudo. As diferenças foram se acentuando por obra e graça de certos indivíduos que encontraram situações favoráveis para fazer valer seus talentos e criaram em torno de si contextos culturais propícios. A isso se somou uma série de fatores econômicos, geopolíticos que propiciaram maior desenvolvimento de alguns povos, independentemente do aspecto étnico. Numa cultura primitiva você pode encontrar valores profundos em grau mais puro. Quem tem coragem de afirmar que possuir uma riqueza pessoal de 90 bilhões de dólares significa superioridade humana sobre uma velhinha pobre, de coração maravilhoso que todos conhecemos nos cantos escusos de nosso país? Na paróquia em que trabalho ouvi o relato de uma senhora bem pobre que tinha um só cobertor. Vendo outra pessoa passando frio, deu-lhe o único cobertor. E ei-la sofrendo quietinha as noites frias. Isso veio a nosso conhecimento. Quantas pessoas vivem como traço constante de sua vida tais gestos de generosidade, de dom, em todas as etnias! A partir de onde se pode chamar alguma etnia superior? O desvendar lento da história revela-nos como os juízos de superioridade se fundam sobre alicerces frágeis. A verdadeira superioridade do ser humano deriva de sua “reta razão”, diz a filosofia clássica. E a reta razão se verbaliza em discurso de verdade. Os discursos de verdade se fazem carne em práticas de bem, de beleza, de bondade. E esse caminhar não tem sido privilégio de nenhuma raça. Em todas elas vemos tantos sinais expressivos de ambas as valências. A raça brança, petulante e orgulhosa, gerou, no nosso século, monstros humanos como Hitler e Stalin. Mas também Tereza de Calcutá e Helder Câmara. Assim, cada raça tem suas galerias de honra e desonra. Qualquer comparação nos levará a um jogo inútil. E por fim, um toque de fé nos diz a verdade mais maravilhosa: todos os humanos foram igualmente criados à imagem e semelhança de Deus. E formam a humanidade habitada pelo Verbo feito carne. Grandeza de todos! Abaixo o racismo! Viva a tolerância étnica! *Professor da FAJE (Faculdades Jesuítas), em Belo Horizonte. Publicou mais de noventa livros

PINIÃO

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ência é muito importante para os jovens, mas não os interessa quando falta um olhar para frente, Assistente eclesiástico do Movimento Emaús e pároco da Paróquia N. Sra. do Líbano um projeto para o futuro. Quais são os grandes projetos da Igreja para o futuro dos jovens nos o período de 16 a 21 de agosto passado quais se lhes manifeste um sentido para sua vida realizou-se mais uma Jornada Mundial da Ju- e sua ação? Enquanto pessoas de idade escrevem ventude, em Madri. Jovens do mundo inteiro “testamentos”, os jovens escrevem “manifestos”. Quem se propõe orientar jovens não deve encontraram-se com o Papa não só para rezar e cantar, fixar-se em suas erros. Se pessoas de idade, com mas, sobretudo, para ouvir uma palavra de amor, de longa experiência de vida, ainda erram muito, esperança e de orientação numa sociedade carente com mais razão deve reconhecer-se aos jovens de referenciais. Muitos retornam agora entusiasmados o direito de errar. Precisamos compreender seus para suas comunidades. E o que os aguarda na volta? erros para que compreendam os nossos. Ninguém é perfeito, mas todos somos perfectíveis. Falemos menos do pecado e mais do amor e da graça de Uma igreja sem crianças é como um jardim sem flores e uma igreja sem jovens é uma igreja sem futuro. Com os jovens, Deus que, amou o mundo a ponto de entregar seu Filho, não para a Igreja torna-se viva. Talvez devêssemos preocupar-nos menos condená-lo, mas para salvá-lo. Para crescer no amor e na fé não basta conformar-nos com com a construção de templos de cimento e pedra e mais com a construção de igrejas vivas. Chamamos nossos templos “casas de rotinas medíocres e fáceis acomodações. Voltemos nosso olhar para Deus”. Ora, se são casas de Deus, também são nossa casa, na qual os grandes desafios, para os reais anseios dos jovens. Eles procuram nos deveríamos poder sentir bem e, nas celebrações, revigorar-nos um Deus vivo, misericordioso e paciente. Qual a imagem do Cristo para o trabalho da semana. Ninguém gosta de frequentar lugares que lhes anunciamos em nossos templos? Os jovens expressam seus anseios, suas ânsias de amor, seus nos quais não se sinta bem. Pode o jovem sentir-se bem em nossas ideais políticos e sua busca de Deus através das canções e da música. celebrações dominicais? Num mundo em constante e rápida mudança, de total relativis- Por isso, afluem em massa para os “shows” de seus ídolos. Reúnemmo com os valores tradicionais, o jovem não precisa de condenação, se em grupos ao redor do violão para cantar suas alegrias e suas mas de orientação. Busca não tanto discursos abstratos sobre Deus tristezas. A música e o canto são a linguagem mais viva, através quanto a experiência de Deus. Quem quiser trabalhar com jovens na da qual manifestam seu modo de pensar e ser, suas decepções e evangelização deve, antes de tudo, amá-los, ouvi-los e estar disposto suas esperanças, vibrando com todos os sentimentos e afetos. Por a aprender com eles, respeitando sua liberdade. Quando se quiser isso, o canto é uma forma poderosa de evangelização das crianças reduzir a evangelização a normas para tudo, elimina-se o espaço da e dos jovens. Um provérbio antigo diz que “quem canta reza duas criatividade tão necessária para a própria vida da Igreja. Perguntas vezes” e Santo Agostinho dizia que “cantar é próprio de quem ama”. novas raras vezes se resolvem com respostas velhas. Nossa experi- Nossos cantos expressam os sentimentos dos jovens?

Mons. Ubano Zilles

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Nascidos para servir

Pe. Renato dos Santos

Esse “alguém” são as pessoas, destinatárias de todos os dons que Deus colocou em nossos corações. A nossa vida não pode ter o seu fim em si mesma, numa auto-realização egocêntrica e mesSe alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome quinha. Entendo que tenha sido exatamente nesta sua cruz e me siga. Pois quem quiser salvar a sua vida vai perspectiva que Jesus afirma: e quem perder a sua perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, vida por causa de mim, vai encontrá-la. Portanto, vai encontrá-la. De fato, de que adianta ao homem ganhar o não fiquemos na inércia, na mesmice. Vamos ser mundo inteiro mas perder a sua vida? Que poderá alguém dar criativos na arte de gastar a vida pelos outros. em troca de sua vida? Porque o Filho do Homem virá na glória Não vamos confundir felicidade eterna do seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um com prestígio, riquezas, posses, aparência, etc... de acordo com a sua conduta. Em verdade vos digo: Alguns Alguns tem o péssimo hábito de colocar sua daqueles que estão aqui não morrerão antes (Mt 16,24-28). segurança nestas coisas. Não nos esqueçamos que tudo o que é deste mundo é passageiro. Renunciarmo-nos! Tarefa muito difícil nos tempos atuais. Dentro desta sociedade marcadamente egocêntrica, mesquinha Os bens do mundo servem tão somente para proporcionar vida e individualista, a auto-renúncia por uma causa maior parece ser digna e educar-nos para a solidariedade. Ainda que possamos ter impossível. No entanto, este é o grande apelo de Jesus. Quando “coisas” para viver com dignidade, nosso coração não deve estar Ele nos diz: “Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome preso a nada do que é deste mundo. Estamos neste mundo, mas, sua cruz e me siga. Pois quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; não pertencemos a ele. Sem fazer dicotomia, realizamos todas as e quem perder a sua vida por causa de mim, vai encontrá-la”, Ele nossas tarefas sem perder o grande horizonte: a eternidade. Este nos quer fazer entender que a verdadeira felicidade não consiste em mundo atual é totalmente transitório. Por mais idade cronológica que ficarmos presos em nós mesmos, cuidando das nossas coisinhas, possamos alcançar, a verdade dos fatos nos adverte que deveremos mas, que entreguemos a vida por uma causa muito maior do que nós deixar este mundo, para renascermos para esta realidade totalmente mesmos. Esta causa maior é Ele, Jesus Cristo. Por Ele entregamos fora do alcance das nossas pobres elucubrações. Vale a pena refletir a vida na família, no trabalho, no clube, no voluntariado social, etc. sobre esta afirmação de Jesus: Porque o Filho do Homem virá na A vida, decididamente, não nos pertence. É d’Ele. Foi Ele quem glória do seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um no-la deu. Portanto, é responsabilidade nossa, ao menos, fazer-nos de acordo com a sua conduta. A conquista da eternidade dependea pergunta: por que e, para que, Ele nos deu o dom maravilhoso da rá, com certeza, da nossa capacidade de doar a vida pelos outros. vida? Portanto, se a vida não nos pertence, ela pertence a alguém. (renato@dombosco.net) Salesiano

A propósito:

Uma lição de democracia racial "Enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos, ainda haverá guerra." Aconteceu na Tam. É verídico! Uma mulher branca, de aproximadamente 50 anos, chegou ao seu lugar na classe econômica e viu que estava ao lado de um passageiro negro. Visivelmente perturbada, chamou a comissária de bordo. – Qual o problema, senhora? pergunta a comissária. – Não está vendo? - respondeu a senhora - vocês me

colocaram ao lado de um negro. Não posso ficar aqui. Você precisa me dar outra poltrona. – Por favor, acalme-se - disse a aeromoça - infelizmente, todos os lugares estão ocupados. Porém, vou ver se ainda temos algum disponível. A comissária se afasta e volta alguns minutos depois. – Senhora, como eu disse, não há nenhum outro lugar livre na classe econômica. Falei com o comandante e ele confirmou que não temos mais nenhum lugar na classe econômica. Temos apenas um lugar na primeira classe E antes que a mulher fizesse algum comentário, a comissária continua:

– Veja, é incomum que a nossa companhia permita a um passageiro da classe econômica se assentar na primeira classe. Porém, tendo em vista as circunstâncias, o comandante pensa que seria escandaloso obrigar um passageiro a viajar ao lado de uma pessoa desagradável. E, dirigindo-se ao senhor negro, a comissária prosseguiu: – Portanto, senhor, caso queira, por favor, pegue a sua bagagem de mão, pois reservamos para o senhor um lugar na primeira classe... E todos os passageiros próximos, que, estupefatos assistiam à cena, começaram a aplaudir, alguns de pé. (Fonte: internet).


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DUCAÇÃO &

SICOLOGIA

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Paciência e pressa: estar aberto para entender o que se passa Juracy C. Marques Professora universitária, doutora em Psicologia

“Na avidez do bem sonhado, nunca o futuro é presente, nunca o presente é passado”.

(Autor desconhecido)

Paciência é a capacidade de dar tempo ao tempo, espaço e possibilidades para os outros, mantendo a esperança. A paciência não é ansiosa nem imperativa, é olhar a realidade com amorosa aceitação. Quem é paciente é generoso com o tempo, concede ao outro todo o tempo que lhe for necessário. O Pe. Tertuliano, de uma das igrejas de Roma, escreveu um tratado sobre a Paciência que é a base em que se apóia Irmã Janet (http//www. apostlesofinteriorlife/meditations) para escrever sua belíssima meditação, “Maria Rainha do Apóstolos” (Arquivos: June 2011). Ela ressalta a imensa paciência de Maria, acompanhando seu Divino filho em todos os por vezes dolorosos momentos de sua vida (Lucas 2:41- 52). Muitas vezes, somos chamados a ter paciência, mesmo que tenhamos fé e confiança no Senhor. Ao cumprir nossas missões, queremos que as pessoas mudem rapidamente suas condutas. Desejamos ardentemente que nossos filhos, alunos e amigos se aproximem de Deus, tornamo-nos ansiosos e impacientes, demasiado insistentes. Entretanto, Ele não é lento em atender nossas preces, Ele está sempre conosco para que não nos sintamos perdidos, pois precisamos compreender que é necessário também um certo tempo para arrependermo-nos e reconsiderar os caminhos a percorrer (2 Pedro 3:9). Quando entregamos a Deus nossos problemas, confiando em sua Providência, seremos mais pacientes para dar tempo ao tempo, abrindo espaços e possibilidades para que os outros, ao nosso redor, possam melhor entender o que se lhes passa, naquele momento particular que estão vivendo.

Impaciência com resultados de vestibular

Nicolau, 27 anos, fazia seu vestibular para Medicina pela quarta vez. Então soube que, embora tivesse alcançado classificação, estava numa lista de suplentes, no aguardo de que alguém desistisse de se matricular para, por fim, alcançar seu objetivo: cursar Medicina numa universidade pública. Sua mãe, que tinha feito insistentes preces, implorando todos os dias, nem podia acreditar quando o filho, finalmente, deu-lhe a boa notícia. Mandou rezar uma missa de Ação de Graças e, só então, compreendeu os desígnios de Deus, pois Nicolau, na verdade, precisava de mais tempo para convenientemente amadurecer e poder bem aproveitar a excelente

Revista Proteção/www.potecao.com.br

Pressa no trânsito também é teste de paciência

oportunidade que, agora, lhe era oferecida. Tornouse um médico sanitarista com grande destaque por suas contribuições em prol dos pobres e daqueles que, morando em periferias de grandes cidades, não gozam dos privilégios de atendimentos preventivos de saúde.

Uma gravidez tardia

Judite estava com quarenta anos, casou-se tarde, com 35 anos, pois dedicou sua vida a uma brilhante carreira de executiva e, só depois, pensou seriamente sobre constituir uma família para alcançar seu desejo maior de ser mãe. Fez muitos esforços e nada acontecia... até que, por conselho de seu confessor, desligouse do problema, começou a exercitar a virtude da paciência, entregar nas mãos de Deus o seu destino.

Não é que, de repente, a gravidez surgiu; ganhou um saudável menino que hoje é a alegria maior de sua vida. Aprendeu a ter paciência e redobrou sua confiança, abrindo-se para entender melhor as condições que delimitam os seus propósitos.

O valor da paciência

A paciência é atrativa em qualquer fase da vida. Quando se a conquista, através de uma sólida aprendizagem, diminuímos nossa pressa e nossos problemas de urgência. Sentimo-nos plenos de uma paz interior que se reveste de alegria, eliminando as frustrações, as raivas e as contrariedades. É silenciosa, serena, sem culpa, constitui-se em uma benção a ser alcançada, com esforço, persistência e devoção. (juracymarques@uol.com.br)


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EMA EM FOCO

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“Pátria é o espaço telúrico e moral, cultural e afetivo, onde o homem se realiza humana e civic cia fulgura, o seu passado tem sentido e o seu pr

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átria é solidariedade. Pátria está muito acima e além do espaço geográfico, delimitado por uma linha imaginária estabelecida mo, pátria é um sentimento nobre e superior, em que se vivencia o livre e solidário pertencimento a um grupo humano, local lhe permite ser livre e sujeito de sua história, em que identifica no outro seu próprio idioma, em que partilha dos mesmos son tência individual e coletiva. Onde vivencia seus amores e Imagem: Wikipedia - sem menção de autor

“Um país multicultu de crescimento

Democracia étnica Talvez por conta da pluralidade cultural e diversidade étnica, o Brasil constitua um país aberto para o mundo – talvez o mais aberto – diferentemente de outras nações, ditas ‘mais avançadas’ do hesmifério norte, em que vige escancarada xenofobia. Países em que se trancam fronteiras para não permitir entrada ou se perseguem outros povos sob velada complacência do estado. Segundo recente pesquisa do Instituto Ipsos Mori, que ouviu 17 mil pessoas em 23 países dos cinco continentes, o Brasil é o país em que se vêem os imigrantes de forma mais positiva. Aqui, 47% dos entrevistados acham que imigrantes geram benefícios para a economia e 50 por cento – a metade – disseram que os imigrantes tornam o país um lugar mais interessante de se viver (Em 2009, segundo o IBGE, havia 682.085 estrangeiros morando no Brasil). Outras nações que vêem os imigrantes com bons olhos são Austrália, Índia e Canadá, diferentemente de Rússia (75%), África do Sul (64%), Grã-Bretanha (62%) e Argentina (61%).

Igreja Católica Rumo à Prevenção Alcoólica

É o que pensa Aline Passuelo de Oliveira, socióloga do Programa Brasileiro de Reassentamento Solidário, parceria da Associação Antônio Vieira (ASAV) e do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR). Mestranda em Sociologia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Aline acredita que a harmonia racial e étnica brasileira é resultado de vários fatores sociológicos e antropológicos. E que, no caso específico do Rio Grande do Sul, tem muito a ver com a presença de migrantes e descendentes de vários e diferentes países na formação do povo. “Aqui existe um sentimento de cooperação entre povos e nações. E isso contribui para que, muitas vezes, os estrangeiros sejam vistos com bons olhos e passíveis de ajuda e cooperação”, diz ela. Solidário – Acredita, então, que existe de fato, no Brasil, total tolerância étnica ou ela é aparente e subsiste alguma xenofobia latente? Aline - No Brasil não se observam manifestações de intolerância étnica ou xenofobia de maneira explícita. Mas isso não quer dizer que esse tipo de pensamento não exista. Dentre vários motivos, pode estar o fato de que ainda subsista aqui um pensamento que valoriza tudo o que vem de fora como sendo melhor do que as coisas daqui. Contudo, não podemos esquecer que essa valorização do de fora depende muito do país de procedência. Isto é, tal valorização é muito maior quando se destina a coisas e pessoas de países da Europa e da América do Norte do que da América Latina ou África. Por exemplo, sempre que é emitido

Aline Passuelo

algum comentário da identificando á rismo ou colombia tráfico, isso acab a discriminação. na desconsideraç desse tipo de men por trás um pens o diferente é me que é ruim. O ca é bastante emble ainda é fortemente ciedade brasileira do que muitos p vezes é velado, d explícito. Torna entranhado e difí do que em socieda – o racismo – é, de mais declarado. A ter uma lei que p racismo, verificam difícil mudar a m população. Dess tipo de questão é e evoca diferentes sua reflexão. Solidário - Q o mundo pode d


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ÇÃO

OLIDÁRIA

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camente. Só nesse espaço, a sua respiração é plena, o seu instinto sossega, a sua inteligênresente tem futuro” (Miguel Torga – 1907-1995).

a por um acordo em passado remoto. Muito mais que acanhado e exacerbado patriotismo ou exagerado e perigoso nacionalislizado em certo espaço geográfico. Em que cada um cultua e se reconhece por hábitos, valores e cultura comuns. Um espaço que ns e mesma paisagem cotidiana. Um espaço leve e intangível, mas palco em que tece e interpreta o roteiro completo de sua exise moram seus afetos. Onde se realiza como ser humano.

ural é oportunidade o para todos” Solidário

o de Oliveira

o ou mesmo piaárabes com terroanos com narcoba disseminando O perigo reside ção da gravidade nsagem, que tem samento de que enos que nós. O aso do racismo emático, já que e presente na soa, diferentemente pregam. Muitas dissimulado, não a-o muito mais ícil de combater ades em que este e alguma forma, Apesar do Brasil pune o crime de mos o quanto é mentalidade da sa forma, esse é bastante densa s elementos para

Que lição para dar o Brasil em

termos de tolerância étnica quando em países ‘mais desenvolvidos’ – Noruega, França, Alemanha, Estados Unidos, etc. – a xenofobia é escancarada e conta, muitas vezes, com o beneplácito, ao menos velado, dos poderes constituídos? Aline - Uma das questões do aumento de manifestações de xenofobia na Europa é o impacto que a presença de estrangeiros tem no mercado de trabalho nesses países. Assim, entre a população nacional há um sentimento de que os estrangeiros estão roubando seus empregos. Aqui no Brasil, onde se verifica um aumento dos vistos para trabalhadores estrangeiros, o impacto em nosso mercado do trabalho ainda não se compara ao que ocorre na Europa. Muitos estrangeiros estão ocupando vagas no Brasil em que falta mão-de-obra qualificada. E ainda são manifestações isoladas essas de que os estrangeiros vêm para cá para “roubar” o espaço dos brasileiros.

“O Brasil tem muito espaço territorial e no coração das pessoas” Solidário

Diz Karin Wapeschowski, coordenadora do Programa Brasileiro de Reassentamento Solidário ASAV/ACNUR). “No trabalho de assentamento solidário, estamos tendo gratas surpresas no interior do Rio Grande do Sul, de uns quatro anos para cá. Principalmente na colônia alemã e especialmente na colônia italiana. O italiano não é só acolhedor, como nos apóia e nos ajuda na integração de refugiados. É a família que acolhe e organiza as atribuições com os seus integrantes. Assim, a mãe dá conta da parte religiosa. Os filhos cuidam de conseguir trabalho, recolocação de emprego, visitando empresas. Os amigos e vizinhos cuidam da educação das crianças. Outra parte da família cuida de ensinar o novo idioma aos assentados.” Atualmente, o Programa está sendo acolhido nos municípios de Santa Maria, Passo Fundo, Venâncio Aires, Lajeado, Sapucaia do Sul, Sapiranga, São Leopoldo. E mantém disponibilizado o programa em Rio Grande e Pelotas, onde os refugiados lá assentados se mudaram para outras cidades gaúchas. “O refugiado pode circular em todo o território nacional e escolher lugar para morar”, esclarece Karin. O Programa ASAV/ACNUR dá moradia e alimentação durante os 12 primeiros meses e auxilia na nacionalização depois de quatro anos de permanência no Brasil. “A maioria quer se nacionalizar. Os palestinos que vieram em 2007 agora já estão se nacionalizando. E nós providenciamos a documentação e pagamos as taxas. O refúgio é uma migração forçada. Ninguém está aqui porque quer, não é uma opção livre”, acescenta a coordenadora.

Karin Wapeschowski

Presença forte da Igreja A Igreja que, na origem e definição – católica=universal – atua com fronteiras diluídas e se interessa acima de tudo pelas pessoas, sem olhar por suas convições religiosas, tem atuação marcante junto com os migrantes e refugiados. “Logo que aceitei o desafio do Programa com refugidos, há quatro anos, descobri que trabalhar com as congregações religiosas da Igreja é muito mais estável e seguro do que com as ONGs, porque a Igreja tem um compromisso muito mais sério na sua missão fundante. O comprometimento da Igreja é muito mais sério e estável do que as ONGs em geral”, explica. “O movimento da rede solidária de apoio ao migrante surgiu dentro da Igreja, de maneira

informal. Há várias entidades religiosas que se localizam nas fronteiras e nos locais de entrada dos estrangeiros no Brasil. Nesse trabalho se destaca a congregação dos padres e freiras scalabrinianos e outras comunidades. Os Jesuítas – Ordem da Companhia de Jesus – se destacam no mundo pelo apoio aos refugiados. A presença da Igreja é decisiva no trabalho dos imigrantes e hoje não teria quem pudesse substituí-la. O Estado não conseguiria atingir todas as pontas nesse nível de assistência. A Polícia Federal recebe o estrangeiro e, em seguida, o encaminha para as entidades de assistência dirigidas por religiosos. Esse apoio está no carisma dessas instituições. Atualmente, a única entidade que trabalha com migrantes não ligada à Igreja é uma ONG de direitos humanos que atua em São Paulo”, sintetiza Karin.


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Boa audição é essencial para a qualidade de vida na 3a idade Como diz a música, é preciso saber viver... e também envelhecer. Manter uma atitude saudável perante a vida está cada vez mais difícil com a rotina frenética dos dias modernos. Mas buscar alegria e relaxamento, através do convívio com familiares e amigos, é essencial. Para isso, precisamos nos manter conectados ao mundo, precisamos escutar bem os sons das músicas, das conversas, seja em casa ou em restaurantes e casas de shows. Entre todas as dificuldades que afetam a vida de um idoso, uma das piores é a perda auditiva. A surdez pode isolar o indivíduo de sua família, de seus amigos e até criar muitas dificuldades no ambiente de trabalho. Pesquisa realizada pelo site Heart-it comprova que pessoas que sofrem de surdez têm problemas de relacionamento. O que ocorre muitas vezes é um constrangimento, de ambas as partes, devido à dificuldade na comunicação, o que acaba por afastar os deficientes auditivos do convívio em sociedade, podendo acarretar até mesmo depressão. "Falar sobre deficiência auditiva nunca é fácil, por causa da resistência que as pessoas têm em admitir a surdez. Mas trazer à tona o problema é a melhor coisa a fazer. Estudos comprovam que o tratamento da surdez, geralmente com o uso de aparelhos auditivos, resulta

em melhoras significativas na qualidade de vida do idoso", afirma a fonoaudióloga Isabela Gomes. Segundo especialistas, muitas pessoas já experimentam algum grau de perda da audição a partir dos 40 anos, por causa do envelhecimento natural do corpo. O processo é diferente em cada um, mas aproximadamente uma em cada dez pessoas nesta faixa etária tem um tipo ou grau de perda auditiva. Depois dos 65 anos, a perda auditiva, conhecida como presbiacusia, tende a ser mais severa. Por isso, o melhor é procurar um especialista aos primeiros sinais de surdez. "O uso diário do aparelho e o apoio da família são essenciais para que o indivíduo resgate sua autoestima. Infelizmente, muitas vezes, quando se procura tratamento, o caso já está grave. A perda se dá de maneira lenta e progressiva e com o decorrer dos anos a deficiência atinge um estágio mais avançado", explica Isabela Gomes A maioria das pessoas com presbiacusia começa a perder audição quando há um declínio na sua capacidade de ouvir sons de alta frequência (uma conversação contém sons de alta frequência). Portanto, o primeiro sinal de presbiacusia pode ser a dificuldade de ouvir o que as pessoas dizem para você. Os sons da fala com mais alta frequência são as consoantes, como o S, T, K, P e F.

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ABER VIVER

Foto pessoa rindo: Emiliano Spada/Demais: Divulgação

Dicas de Nutrição Dr. Varo Duarte

Médico nutrólogo e endocrinologista

Pobreza de nutrientes Iniciaremos hoje comentários sobre o inquérito do IBGE relacionado à alimentação do brasileiro. Divulgada em 28/7/2011 pesquisa do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica - revela o que já afirmamos há muitos anos: o brasileiro se alimenta erradamente. Titulo: Dieta do brasileiro é pobre em nutrientes. IBGE aponta abuso no consumo do sal, açúcar e de gorduras saturadas.

Cabe aos fonoaudiólogos indicar qual tipo e modelo de aparelho adequado para atender às necessidades do deficiente auditivo. O aparelho será então regulado para tornar os sons audíveis para o paciente. Atualmente, há uma diversidade de modelos de aparelhos auditivos, com design moderno, quase invisíveis no ouvido, adequados para diferentes graus de perda auditiva e que não ofendem a vaidade de quem usa. Então, por que não procurar logo uma ajuda?

Resveratrol também contra o diabetes Um medicamento que reduz a glicose de pacientes com diabetes do tipo 2, não apresenta efeitos colaterais adversos como outras substâncias usadas com o mesmo fim e ainda pode contribuir para a saúde cerebral e do coração. Esse remédio "ideal" está sendo produzido a partir do licenciamento de uma patente da PUCRS pela Eurofarma, um dos maiores laboratórios farmacêuticos do mercado brasileiro. A formulação desenvolvida pelo professor André Arigony Souto, da Faculdade de Química, é à base de resveratrol – molécula comum no suco de uva preta, vinho tinto e plantas. Os testes do medicamento começaram em 2008 e agora há comprovação: o invento da Universidade é capaz de aumentar a biodisponibilidade (absorção) da molécula, que tem rápida perda pelo organismo.

Relação do consumo diário, em gramas, em ordem decrescente: Café: 215,1/ feijão: 182,9/ arroz: 160,3/ sucos: 145,0/ refrigerantes: 94,7/ carne bovina: 63,2/ pão de sal: 53,0/ sopas e caldos: 50,3/ aves: 36,5 e macarrão: 36,3. Avaliada a população por regiões, encontramos na região sul(em gramas): Arroz: 138,8/ feijão: 147,4/ carne de boi: 60,1/ sopas e caldos: 58,2/ pão de sal: 59,2. Chama atenção que os moradores do campo alimentam-se melhor do que os moradores urbanos. Vou aproveitar para relembrar o que escrevemos em Dicas anteriores: Para você ter ciência Do que precisa comer, Para gozar mais saúde, Evitando adoecer. Iremos focalizar, Na singeleza dos versos, Assuntos muito importantes, Pelos tratados dispersos. Se você não receber Em sua alimentação, O que já determinou A ciência da nutrição. Nossos dois livros Coma de tudo sem comer tudo - Educação Alimentar, e Alimentos funcionais, da Editora Artes e Ofícios, edição 2007, representam nossa atual contribuição para estes objetivos.

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Humor

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SPAÇO LIVRE

2.000 anos de turbulências - XXXII

Sem Fronteiras Martha Alves D´Azevedo

Comissão Comunicação Sem Fronteiras ard on Le

MELHORANDO

O paciente está deitado na cama, em sua volta está o seu médico, advogado, esposa e filhos. Todos eles esperam pelo último suspiro, quando de repente, o paciente senta, olha em volta e diz: – Assassinos, ladrões, ingratos, canalhas. Volta a deitar-se na cama e então o médico, confuso, diz: – Eu acho que ele está melhorando. – Por que você diz isso doutor? pergunta a esposa. – Porque ele nos reconheceu a todos. AUTÓPSIA

– Doutor o que eu tenho é grave? – Não se preocupe, meu amigo. Qualquer dúvida vamos esclarecer na autópsia. MEMÓRIA

O velhinho se gabando para a netinha fala: – Olha menina eu tenho oitenta e nove anos e não tenho problema de memória. Meu segredo é que eu sempre associo nomes a fatos do dia-a-dia, por exemplo, pra sembrar seu nome, eu me lembro da famosa jogadora de vôlei e pronto, seu nome é Paula. A netinha logo responde: – Vovôôô, a famosa jogadora é de basquete e meu nome é Hortência.

A malfalada Idade Média

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palavra “Idade Média” pode ter vários sentidos, como: situação de quem não é nem novo e nem velho ou maduro; alguém que tem uma cultura mediana; ou, então, no caso, a fase da história que indica o fim de uma era e a preparação para outra. Em termos de História da Igreja, a Idade Média vai da queda do Império Romano, no ano de 476, até a tomada de Constantinopla pelos turcos, em 1453. Foram quase dez séculos que marcaram uma postura teocêntrica da sociedade, isto é, Deus era considerado o centro da sociedade, que tinha o Papa como pai e guia dos povos cristãos. O trabalho principal se baseava na agricultura. A população dessa época se dividia por dois ideais: vida religiosa e aventura de cavalaria. Por muitos historiadores modernos, esses dez séculos são tidos como de obscurantismo, no qual o homem era preocupação periférica dos valores cultivados pela sociedade. A educação do futuro cavaleiro começava aos sete anos de idade, e ia até os 21, passando por três estágios: pajem, escudeiro e cavaleiro. A grande missão do cavaleiro, que lhe dava também um grande status social, era defender a religião, os fracos e abandonados. Desse espírito de aventura nasceram as cruzadas, movimento cívico-militar dos países cristãos na defesa dos lugares santos da Palestina. A cultura, por exemplo, nesta época, dependia totalmente da Igreja. As escolas funcionavam junto aos mosteiros e às catedrais. Os mestres eram monges e sacerdotes. Estudar, por isso, era um luxo, praticamente aberto apenas às pessoas ricas ou aos nobres. Só lá pelos séculos 12 e 13 é que surgiram as famosas universidades, como a de Paris, Salamanca, Toulouse, Montpellier, Oxford, Cambridge, Bolonha, Vicenza, Nápoles, Gênova, Siena, Roma, Pisa, Pavia e outras. Todos acreditavam que Deus era o Senhor dos Senhores e o Papa exercia o papel de árbitro das nações. Por isso, a Igreja dava um certo equilíbrio ao relacionamento e unidade aos povos. Esse poder da Igreja na área civil veio a custar-lhe, igualmente, um alto preço. Gerou a crise religiosa interna e a intromissão do poder político na vida da Igreja. Muitos bispos dividiam sua função de pastores da Igreja e, ao mesmo tempo, a de líderes e chefes políticos. Simultaneamente, deviam administrar suas dioceses e governar um ducado, com todas as intrigas políticas inerentes a essas função terrena. Em contrapartida, muitos príncipes e reis, em troca de dar uma fatia do poder civil, quiseram colocar seu dedinho no governo da Igreja. Reconhecendo a força que a Igreja tinha na sociedade, vários reis e príncipes se aproveitavam, ainda, da religião para fins políticos, influenciando na própria escolha dos bispos. Como resultado dessa situação, nasceu a famosa questão da “investidura”, que será ainda objeto de nossa análise, mais adiante. (CA/ Pesquisa)

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Integração interoceânica

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ias 5 e 6 de agosto de 2003, no 4o Forum Empresarial Brasil-Peru, os representantes dos dois países decidiram que a integração entre eles não seria só econômica, mas seria buscada também a integração física, unindo-os por uma rodovia interoceânica, ligando o oceano Pacífico ao Atlântico. Três eixos de estrutura viária poderiam viabilizar esta futura integração. O primeiro previa a integração pelo Amazonas, do porto peruano de Parta ao porto de Belém, no Pará. O segundo, ligaria os portos oceânicos peruanos de Ilo e Matarani, com Rio Branco, no Acre, e Porto Velho, em Rondônia. O terceiro deveria ser o eixo interoceânico do Sul, que uniria Peru, Brasil, Bolívia, Chile, Paraguai e Argentina, uma rota que permitiria aos países do Mercosul uma saída para o Pacífico pelos portos peruanos. Em setembro de 2004, os presidentes Alejandro Toledo, do Peru, e Carlos Mesa, da Bolívia, assinaram um “Acordo de Integração e Cooperação Econômica e Social para a Formação de um Mercado Comum”, no porto de Ilo, no Pacífico. Em dezembro de 2004, durante a Cúpula de Cuzco, que criou a Comunidade Sul Americana de Nações, os presidentes do Peru e do Brasil firmaram um acordo para a construção de uma rodovia que fizesse a ligação entre o leste e o oeste da América do Sul. O presidente Toledo assinalou que o projeto faz parte do IRSA (Iniciativa para a Integração da Infra-estrutura Regional Sul-Americana), e permitiria a chegada dos produtos brasileiros aos portos de Marcona, Ilo e Matarani, no oceano Pacífico, no sul do país. A rodovia foi considerada a “primeira pedra” da incipiente Comunidade Sul-Americana de Nações - UNASUL). A rodovia interoceânica, sonhada por várias gerações de sul-americanos, teria uma extensão de 2.600 quilômetros, dos quais 1.100 em território peruano. Em agosto de 2005, a imprensa nacional noticiava que a tão esperada rodovia interoceânica, cortando a América do Sul de leste a oeste e interligando o Pacífico ao Atlântico, teria dado os primeiros passos para a sua concretização quando duas empreiteiras brasileiras haviam vencido a licitação para construir e operar a parte peruana da obra. Dia 28 de junho último, após a posse do presidente eleito do Peru, Ollanta Humala, a 41a Cúpula do Mercosul reuniu-se em Assunção, Paraguai, para avaliar o andamento do bloco comercial do Cone Sul, criado há 20 anos, e, pela primeira vez, a presidente Dilma Roussef esteve presente entre os presidentes sul-americanos. Agora que a rodovia interoceânica já está concluída entre o porto de Ilo, no Peru, e a cidade de Rio Branco, no Acre, o embaixador Rubem Barbosa recomenda “retomar projetos de construção de rodovias e ferrovias estratégicos para permitir que as exportações de produtos brasileiros para a Asia saiam a partir dos portos do Peru e do Chile”. O sonho americano começa a se realizar. (geralda.alves@ ufrgs.br)

Antoninho Musa Naime - 01/09 Agenor Casaril - 03/09 Paulo D'Arrigo Vellinho - 06/09 Dom Dadeus Grings - 07/09


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GREJA &

Solidário Litúrgico

COMUNIDADE

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Catequese Anunciar o Evangelho

4 de setembro - 23o Domingo do Tempo Comum Cor: verde

na cultura atual

1 leitura: da Profecia de Ezequiel (Ez) 33,7-9 Salmo: 94(95),1-2.6-7.8-9 (R/. 8) 2a leitura: Carta de São Paulo aos Romanos (Rm) 13,8-10 Evangelho: Mateus (Mt) 18,15-20 Para a compreensão dos comentários litúrgicos leia, antes, os respectivos textos bíblicos. Comentário: A igreja sonhada por Jesus é uma igreja/comunidade. Em outras palavras, ninguém pode dizer-se cristão se a sua prática não é vivida, também, em comunidade. Em tantos momentos da sua vida Jesus define o viver em comum como sinal distintivo do ser cristão em textos muito conhecidos e repetidos constantemente: na celebração eucarística, na última ceia, sempre um encontro de irmãos e irmãs: Fazei isto em memória de mim; na acolhida amorosa e solidária a alguém, no texto que mede a qualidade de nossa fé, uma fé comunitária e em favor do outro: Tudo o que fizerdes a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim o fazeis (Mt 25,40), ou, como lemos no texto do Evangelho deste domingo, onde Jesus explicita esta dimensão de uma igreja/comunidade: Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, orando e celebrando, eu estou aí, no meio deles (cf 18,20). Uma das características deste tempo é o individualismo, muitas vezes levado a extremos e da qual não foge a vivência da fé. Sempre mais pessoas, batizadas cristãs, desdenham ou menosprezam o valor da prática comunitária da fé e chegam a afirmar, publicamente: “Eu tenho fé, tenho religião, sou católico, mas não vou à missa, não participo destas coisas de comunidade; rezo pra Deus, tenho meus santos em casa, às vezes até acendo uma vela pra Santa Rita ou assisto alguma missa pela TV”. Em outras palavras, estes cristãos têm uma fé para consumo individual, uma religião “self service”, onde o guru é um Jesus “light”, que serve aos seus interesses individuais e egoístas, criado por eles à sua imagem e semelhança. Querem um Jesus que não comprometa com a luta por um mundo solidário, justo, fraterno. Obviamente, este não é o Jesus da Bíblia, o Filho de Maria, o Cristo do Pai. Não é, portanto, um Jesus “cristão”, sempre comunitário, que está no meio daqueles que se reúnem em seu nome, para orar, para celebrar.

uem são a crianças a quem devemos propor um encontro pessoal com Deus? Quem são os homens e as mulheres a quem temos hoje de anunciar o Evangelho? A Assembleia dos Bispos de Quebec descreveu as características da sociedade atual onde devemos exercer o apostolado.

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11 de setembro - 24o Domingo do Tempo Comum Cor:verde

1a leitura: Livro do Eclesiástico (Eclo) 27,33-28,9 Salmo: 102(103), 1-2.3-4.9-10.11-12 (R/.8) 2a leitura: Carta de São Paulo aos Romanos (Rm) 14,7-9 Evangelho: Mateus (Mt) 18,21-35 Comentário: Falemos de perdão. Em cada “Pai-Nosso” que rezamos, repetimos: “Perdoai-nos como nós perdoamos”. É um pedido e um compromisso. Pedimos a graça, a imensa graça, a divina graça de sermos capazes de perdoar a quem nos ofende, nos machuca, nos calunia, nos prejudica e, isso, até setenta vezes sete, quer dizer: sempre! E é, também, um compromisso: dizemos a Deus que Ele nos perdoe na medida e proporção em que nós perdoamos a quem nos ofendeu. Em outras palavras dizemos que, se nós não perdoarmos a quem nos ofendeu, que Deus também não nos perdoe. Não, não é fácil perdoar, assim, de coração; é duro, desafiador, faz chorar lágrimas de sangue, muitas vezes. Especialmente quando aquela ofensa foi injusta. E mais: perdoar é acolher o outro a partir do outro, no caso, a partir de quem nos ofendeu. Isso não é para gente mesquinha, é somente para grandes almas, imensos corações. No Evangelho deste domingo, o patrão perdoa uma grande dívida a um de seus empregados. Mas este, alma mesquinha, não foi capaz de perdoar uma ninharia a um companheiro. Por isso, o patrão muda sua decisão anterior: Servo mau e perverso, eu te perdoei porque me pediste: não devias, também tu, ter compaixão e perdoar ao teu companheiro como eu tive compaixão de ti? (18,32-33). E como castigo, justo e merecido, ele foi entregue aos torturadores até que pagasse toda a sua dívida. Velho, amargo e infeliz é aquele que, em qualquer idade, não quer ou se diz incapaz de perdoar. Por outro lado, o perdão, generoso, amplo e irrestrito, é o divino segredo para uma vida longa e feliz. (attilio@livrariareus.com.br)

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Uma cultura mediática: A abundância e a variedade dos meios de comunicação facilitam o acesso à informação. A Igreja não tem o monopólio da transmissão do saber e do conhecimento. As pessoas dispõem de uma grande quantidade de meios de comunicação que lhes permite procurar por elas mesmas as respostas aos seus questionamentos. Uma cultura marcada pelo pluralismo: A sociedade fechada, onde todos participavam dos mesmos valores, é do passado. Hoje, uma multidão de valores e crenças se colocam como verdadeiros. Quer queiramos, quer não, somos influenciados pelos valores e espiritualidade das outras religiões. Isto nos obriga a revermos nossos próprios valores e nossas crenças. Uma cultura do sujeito: Na cultura atual, não é raro que os valores individuais primem sobre os valores da comunidade. Antes, a prática religiosa se fazia muitas vezes por obrigação, para estar de acordo com o modelo proposto pela sociedade e para não ser rejeitado. Agora, os valores pessoais e o entendimento pessoal é que motivam uma pessoa a aderir ou não a uma crença. Uma cultura democrática que valoriza a participação e o debate: A sociedade atual não é compassiva para com suas instituições, tanto religiosas como políticas. De fato, ela desconfia dos sistemas ou dos dogmas que lhe são impostos sem que se tenha possibilitado consultá-la e incluí-la no processo de decisão. Uma cultura pragmática, crítica e marcada pela ciência e pela tecnologia: O desenvolvimento das ciências e da tecnologia modificou fortemente nosso conceito e nossa compreensão de mundo. Muitos fenômenos naturais que qualificávamos como miraculosos e sobrenaturais foram desmistificados. Assim, somos inclinados a voltar-nos para a ciência para procurar as soluções dos problemas da humanidade antes de remeter-nos à fé. Uma cultura marcada pela autonomia em relação ao religioso e às Igrejas: Cada indivíduo espera traçar seu próprio itinerário e buscar o sentido da vida. Desconfia-se das verdades impostas pela Igreja. Cada um quer encontrar a verdade que lhe convém, validada pelo filtro da experiência. Um abismo se abre entre os crentes em busca de autonomia e a instituição religiosa e esta supõe recuperá-los. Para terminar: Se a nossa cultura não exclui a religião, ela modifica de maneira importante a relação da pessoa com a religião e as igrejas. Ela oferece uma nova maneira de vivê-la. È preciso, pois, explorar as possibilidades que têm nossos contemporâneos de aderir à fé e examinar os novos caminhos que permitirão anunciar-lhes o evangelho dentro desta realidade.

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SPAÇO DA

O uso de bebidas alcoólicas nas festas de igreja Dom Orlando Brandes Arcebispo de Londrina/PR

O alcoolismo é uma doença. É a primeira e a mais consumida de todas as drogas. É alarmante o índice de jovens, mulheres e adultos dependentes do álcool. Mortes no trânsito, violência familiar, infidelidade conjugal e doenças derivantes do álcool, são consequências negativas do hábito ou da dependência de bebidas alcoólicas. Grande parte do setor de ortopedia dos hospitais é ocupada por acidentados alcoolizados. Os gastos públicos são astronômicos, e poderiam ser evitados se houvesse mais conscientização. As escolas e estádios proibiram o uso de álcool em suas festas. A CNBB promoveu e apoiou a Pastoral da Sobriedade e coordenou a Campanha da Fraternidade “Vida Sim, Drogas Não”. No texto-base está dito pela CNBB: “A pior das drogas é o alcoolismo”. Não podemos em nossas festas lucrar com dinheiro da pior das drogas e com festas mundanas”. Depois de três anos de conscientização, através de reuniões, assembleias pastorais, conselhos de pastoral e o aval do clero, a Assembleia Diocesana de Pastoral votou unanimemente em favor das festas sem álcool. Doze razões foram elencadas em carta enviada às comunidades para aprofundamento da questão. Eis os doze pontos: 1. O alcoolismo é uma doença. Nós somos pela defesa da vida, da saúde e da boa convivência humana. O quinto mandamento da lei de Deus manda: “Não matarás”. O álcool mata o alcoólatra e muitas vezes ele mata os irmãos em casa, nas festas, no trânsito e nas brigas. 2. O alcoolismo já está atingindo a juventude, as mulheres e também pessoas da Igreja. Não podemos continuar dando mau exemplo em nossas Igrejas e colaborar com o prejuízo das pessoas. 3) Temos na CNBB e nas Dioceses a Pastoral da Sobriedade. Na diocese de Joinville, temos a Pastoral Antialcoólica. Permitir bebidas nas festas é um contra-testemunho e uma contradição com estas Pastorais. 4) Não somos contra festas. Pelo contrário; o que queremos é que nossas festas sejam verdadeiramente religiosas, sadias, agradáveis, num espírito de família e de boa convivência. Nos lugares onde foram tiradas as bebidas alcoólicas, as festas melhoraram em tudo. 5) Para tirar as bebidas alcoólicas, é preciso implantar bem o dízimo nas comunidades. Onde o dízimo é bem organizado, melhorou em muito o lado

econômico da comunidade e pode-se então abolir as bebidas alcoólicas das festas sem prejuízo financeiro. O segredo está na boa implantação da Pastoral do Dízimo. 6) As festas com bebidas alcoólicas, mais a contratação de músicos, cantores e conjuntos musicais, acabam sendo muito dispendiosas. E a maior parte do lucro não fica na comunidade. Não podemos mais continuar apoiando coisas do mundo, nas festas religiosas. “Detesto vossas festas, tornaram-se uma carga que não suporto mais” (Is 1, 14). 7) O povo e a comunidade aprovam a abolição das bebidas alcoólicas em nossas festas. Quem ainda quer fazer festa com bebidas alcoólicas são as lideranças mais antigas, que não conhecem as novas experiências de festas sem álcool. Algumas vezes pessoas da Igreja também não estão ainda bem convencidas no assunto. Geralmente, quem bebe são pessoas que não frequentam a comunidade. Elas aparecem nas festas, depois não participam da comunidade. 8) As Paróquias e comunidades que já tiraram as bebidas alcoólicas de suas festas, começaram primeiro conscientizando a comunidade, e paralelamente implantaram a Pastoral do Dízimo. Algumas fizeram uma votação, ou melhor, um plebiscito. Tudo deu certo. O povo está feliz, e as finanças aumentaram, sem as bebidas alcoólicas nas festas. 9. Tirando as bebidas alcoólicas, estamos dando bom exemplo para outras religiões, colaborando com a saúde pública, sendo coerentes com nossa fé e nossas Pastorais. 10. Após alguns anos de conscientização, a Assembleia Diocesana de Pastoral, em 2005, votou pela abolição de bebidas alcoólicas em festas de Igreja. Padres e lideranças devem dar oportunidade de conscientização da comunidade sobre este assunto. 11. “Não vos embriagueis, mas enchei-vos do Espírito” (Ef 5, 18). A experiência tem mostrado que suco de uva e outras bebidas substituem as bebidas alcoólicas. Para maior clareza, decidimos que, se alguém aluga salões da Igreja para casamentos e outros encontros, consideramos que tais festas não são promoção da Igreja e por isso o uso de bebidas alcoólicas é da responsabilidade dos encarregados da festa. 12. Percebemos também que nas comunidades onde o pároco assume a responsabilidade de tirar as bebidas alcoólicas, o povo aceita e as lideranças se rendem. Onde o Padre fica neutro ou é contra, é quase impossível a mudança do hábito.

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RQUIDIOCESE Coordenação: Pe. César Leandro Padilha Solicita-se enviar sugestões de matérias e informações das paróquias. Contatos pelo fone (51)32286199. Acompanhe o noticiário da Pascom pelo twitter.com/arquidiocesepoa

Inaugurado restauro da Igreja da Conceição Foto: arquidiocesepoa.org.br

Celebrando o Dia do Patrimônio Público, 17 de agosto, os porto-alegrenses tiveram motivos para comemorarem a data com a entrega parcial do restauro da Igreja Nossa Senhora da Conceição, na Avenida Independência. A solenidade de entrega da obra reuniu autoridades, padres, religiosos e a comunidade em geral. Mesmo com a inauguração parcial, esta é a primeira vez que o templo passa por uma reforma completa após seus 160 anos de história. Nesta etapa, foi entregue a recuperação da capela mor, da casa paroquial, da fachada e das torres.

Opção consagrada a serviço do Reino No dia 21 de agosto, Irmã Nilva Terezinha Berlanda (foto) emitiu seus Votos Definitivos na Congregação das Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora Aparecida. A celebração na Paróquia São Pio X, que completa este ano 50 anos de história, no Bairro Mathias Velho, em Canoas/RS, foi presidida pelo arcebispo de Porto Alegre, Dom Dadeus Grings, e concelebrada pelo pároco Frei Irineu Trentin, OFMCap. Ir. Nilva é natural de Matelândia/PR. Ingressou na Congregação em 1997 e, após ter dedicado tempo para seu processo formativo, colocando sua vida a serviço das pessoas necessitadas em diversos lugares no RS e também na Bolívia, confirmou seu SIM, consagrando-se definitivamente a Deus. Atualmente, Ir. Nilva exerce sua missão junto ao povo do Bairro Mathias Velho/ Canoas/RS. A Congregação das Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora Aparecida marca presença no RS, MT, MS, AM, Bolívia e no Continente africano: Guiné Bissau e Moçambique.

Retiro do Apostolado da Oração O Apostolado da Oração da Igreja São José está convidando para o Retiro Aberto 2011, a ocorrer nos dias 30 e 31 de agosto e 1o de setembro, nas dependências da igreja, com duas palestras diárias, às 15 e às 16 horas, seguidas de missa. Será pregador o Pe. Roque Schneider. Temas a serem abordados: dia 30 - Coração de Jesus, oceano de misericória infinita; dia 31 - Jesus nos convida para sermos discípulos e missionários; e 1o de setembro - As relações entre o Antigo e o Novo Testamento. Informações pelo fone 3224.5829, na secretaria da Comunidade São José ou pelo comjose@terra.com.br

Oficinas de Oração e Vida comemoraram o Dia do Guia Institucionalizado pelo fundador das Oficinas de Oração e Vida, Frei Ignácio Larrañaga, o Dia de Pentecostes, como o Dia Internacional do Guia, este ano foi festejado com uma missa em Ação de Graças na Catedral Metropolitana, presidida pelo Pe. Gustavo Haas. Estavam presentes as Guias das Coordenações Locais Porto Alegre 1 e 2. Foi um momento de grande devoção ao Espírito Santo e louvor ao Senhor Deus. Ao final da celebração, Pe. Gustavo convidou todas as Guias presentes para que subissem ao altar e lá foi-lhes dada uma bênção. Ainda após a missa, as Guias comemoraram seu dia, participando do almoço dominical mensal da comunidade da igreja Mãe de Deus. As Oficinas de Oração e Vida consistem de 15 encontros com duração de duas horas, uma vez por semana. É um serviço itinerante, onde se usa a mesma caminhada de Jesus, indo de aldeia em aldeia, ou seja, de igreja em igreja. O objetivo principal das Oficinas é ensinar a orar, como Jesus orava, em silêncio e solidão. Para chegar lá, o Frei usou uma metodologia especial onde cada dia se caminha um passo. Trata-se de um serviço internacional, sendo que no Brasil as Oficinas estão implantadas em 15 Estados. A Coordenação Zonal brasileira está em Brasília, e no RS, a Coordenação encontra-se em Erechim. As Oficinas ocorrem de março a junho e de agosto a novembro, todos os anos. As pessoas interessadas em participar devem dirigir-se ao Pároco de sua igreja ou ligarem para os fones 3248-2536, com Isabel,e 3268-1642, com Carmem Lucia.


Porto Alegre, 1o a 15 de setembro de 2011

Santuário Padre Reus: patrimônio imaterial É a proposta de Ângela Fantin (foto à direita), recentemente defendida em sua dissertação de mestrado de Sociologia na Unilassalle. “Escolheram-se os ritos e as celebrações junto ao túmulo do Padre Reus para justificar a propositura de um projeto de lei municipal de proteção do patrimônio imaterial de São Leopoldo, porque é muito evidente o culto da comunidade local e de fora da cidade ao Padre Reus. Os fiéis acreditam ser ele um santo, apesar de ainda não estar concluído seu processo de beatificação. O próprio Município reconhece a fé da comunidade, ao amparar e apoiar os dois maiores eventos em que a fé dos devotos se expressa: as celebrações da Sexta-feira Santa junto ao Santuário (à esquerda) e ao túmulo e as Romarias do Padre Reus, no segundo domingo do mês de julho de cada ano” defende a professora.

Redatora

Em decorrência de sua dissertação, a socióloga foi escolhida por Dom Zeno Hastenteufel, bispo de N. Hamburgo, para redatora do processo histórico supletivo a ser acrescido ao processo de beatificação do Padre Reus. “É uma etapa que cumpre comprovar fatos históricos da vida do sacerdote, numa tentativa de tornar evidentes as atividades do Padre Reus em vida. Nesse sentido, acredito que esta fase, quando for concluída, subsidiará com provas a vida do Padre Reus, tornando seu processo de beatificação mais completo. Para mim, particularmente, é uma honra e até mesmo um desígnio de Padre Reus participar dessa fase importante do processo. O convite feito pelo bispo, Dom Zeno, para eu ser a relatora dessa fase é também um desafio e um reconhecimento da pesquisa que dediquei no meu mestrado”.

Magias da Terra Santa Túmulo de São Jorge, na cripta

Carlos Adamatti Jornalista

Nosso grupo visitando a Igreja de São Jorge, em Tel Aviv, primeira etapa da viagem

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ara um cristão católico, um dos maiores desejos que possa alimentar na vida é visitar os lugares santos, especialmente Nazaré, Mar da Galileia, Monte Tabor, Caná, Jericó, Mar Morto, Jerusalém, Belém, por onde Jesus passou os seus dias de Homem-Deus entre nós, realizando sua missão salvífica proposta pelo Pai. Com outros 42 companheiros de viagem, entre eles minha esposa Beatriz, o pároco da Igreja São Jorge, Pe. Paulo Della Rosa, e mais onze amigos paroquianos, estivemos na Terra Santa, no último mês de junho. Por cerca de 11 dias, vivemos intensamente naqueles lugares os Mistérios da Encarnação, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo. Toca o coração beijar o túmulo vazio, a laje onde Jesus foi ungido por José Arimatéia após a descida da crua ou, então, a estrela dourada que marca o local do nascimento, em Belém. Hoje, nos Lugares Santos, Jesus espera por nós, a fim de termos um novo encontro com Ele, o Senhor vivo, que está presente em nosso meio. Normalmente, não encontraremos Jesus, o Carregador da Cruz, quando passamos pelas multidões que transitam pela Via Dolorosa, onde os gritos dos lojistas enchem o ar. Tampouco será provável encontrá-lo, quando caminhamos pelo Vale de Cedrom, que cada dia está assumindo mais as características dos tempos atuais. Algumas vezes, também será difícil encontrarmos Jesus nos lugares onde tanto sofreu, pois os prédios ou igrejas construídos sobre eles dão-nos pouca, ou nenhuma impressão dos acontecimentos de há muito tempo atrás. Ainda assim, este mesmo Jesus que viveu, falou, realizou milagres e sofreu aqui em Jerusalém e na Galiléia, espera por nós nesses lugares. Hoje, Ele anseia por revelar-Se novamente como o Senhor vivo, aos corações que O buscam. Hoje, Ele anela para que as pessoas O encontrem novamente, nos lugares que marcaram a Sua vida aqui na terra. Hoje, da mesma forma que antigamente, Ele procura consolar-nos. Hoje, Ele anseia falar aos nossos corações com a mensagem: “Arrependei-vos, porque está próximo o Reino dos céus!” Hoje, Jesus quer revelar-nos o Seu sofrimento e chamar-nos para sermos discípulos da cruz. Hoje, Jesus espera para falar-nos sobre o segredo da bênção e sobre o caminho maravilhoso e incomparável que está aberto para os Seus seguidores. Hoje, Jesus anela por demonstrar o Seu poder e operar milagres em nossas vidas. Hoje, Ele quer que experimentemos o Seu amor. E, aquele que buscar Jesus escondido nos Lugares Santos, crendo na promessa da Palavra de Deus: “Buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração. Serei achado de vós” (Jeremias 29.13b, 14a), O encontrará ali.


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