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IMPRESSO ESPECIAL CONTRATO No 9912233178 ECT/DR/RS FUNDAÇÃO PRODEO DE COMUNICAÇÃO CORREIOS

Ano XVIII - Edição N o 621 - R$ 2,00

Porto Alegre, novembro de 2012 - 1a quinzena

Frei Salvador Pinzetta, servo de Deus

O milagre da vida no mistério da morte

“Louco! Ainda nesta noite pedirão de volta a tua vida. E para quem ficará o que tu acumulaste? Assim acontece com quem ajunta tesouros para si mesmo, mas não é rico diante de Deus” (Lucas 12, 20-21). Cemitérios: última morada ou cidade dos vivos? Símbolos e lugares de memória por excelência, os cemitérios sugerem uma pausa para pensar na vida. Ter presente de que hoje podemos participar da mais fascinante experiência existencial e amanhã podemos estar do outro lado. A morte

é mistério. E não tem hora, nem forma, nem lugar para acontecer. Vivemos, em geral, de maneira inconsciente e superficial. Ocupamo-nos com os mais variados – e, muitas vezes equivocados – 'passatempos' em busca angustiante de dinheiro e de sucesso ou alucinada e desenfreada corrida ao consumo de bens e diversão. Desperdiçamos a oportunidade única que temos. Páginas centrais

Romaria da Medianeira Novamente, milhares de peregrinos e devotos são esperados em S. Maria, no dia 11 de novembro, para a 69a Romaria Estadual da Medianeira de 2012, que neste ano tem como tema “Com Maria aos pés da Cruz” (Jo. 19,25) e como lema “Alegrai-vos sempre no Senhor!”(Fl 4,4). Para a véspera da Romaria, sábado, dia 10 de novembro, está programada também a chegada da Cruz Peregrina da Jornada Mundial da Juventude e o Ícone de Nossa Senhora. A devoção foi iniciada pelo jesuíta Pe. Inácio Valle.

Por delegação de D. Alessandro Rufinoni, bispo diocesano de Caxias do Sul, processo com 1.500 folhas – baseado em documentos, escritos e imprensa – foi levado em comitiva a Roma no dia 26 de outubro último para ser entregue à Congregação das Causas dos Santos. Liderada por Dom Ângelo Domingos, vice-postulador da causa, acompanharam a comitiva os padres Álvaro Pinzetta, Avelino Pinzetta, 14 familiares brasileiros e nove familiares da Itália. Frade capuchinho, Salvador Pinzetta nasceu em Casca-RS em 1911 e morreu em 1972 com fama de santidade. Mais informações: www.freisalvador.org.br

Frei Salvador

"Todos estamos de visita neste momento e lugar. Só estamos de passagem. Viemos observar, aprender, crescer, amar e voltar para casa" (Antônio M. Galvão).

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Uma festa para São Miguel Solenidade na Catedral Metropolitana marcou os 139 anos de fundação da Irmandade Arcanjo São Miguel e Almas e as festividades do padroeiro São Miguel Arcanjo, dia 29 de setembro último. A cerimônia foi presidida pelo arcebispo metropolitano, Dom Dadeus Grings.

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RTIGOS

Voz do Pastor Dom Dadeus Grings

Editorial

Arcebispo Metropolitano de P. Alegre

Quando Deus será

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tudo em todos

uando você nasceu, todos riam e se abraçavam, só você chorava; viva de tal modo que, quando você partir, todos chorem, só você sorria. E que, no último instante de sua passagem pela terra, você possa dizer para si mesmo: valeu! Sem pretender ser original, podemos afirmar: no mistério impenetrável da morte, a verdade verdadeira da vida. Paradoxo: no principal acontecimento da nossa existência, somos protagonistas e centro das atenções, mas impossibilitados de expressar qualquer sentimento, nem de alegria, nem de tristeza, nem de revolta, nem de agradecimento. E teríamos tanto para agradecer, talvez alguma revolta a expressar, alguma tristeza a partilhar e muitas alegrias para recordar com quem está aí, junto ao nosso corpo inerte, sem vida. É na morte que aparece o que, em vida, sempre mais detestamos: nossa limitação extrema, nossa impotência maior, nossa real finitude, o doloroso relativismo de tantas coisas que tanto prezamos e valorizamos em nosso viver. E se olhamos para algumas vidas que conhecemos e que conosco caminharam, talvez muito perto de nós, poderíamos perguntar, num momento de consciência: por que tantas pessoas têm seus minutos de atenção e de “fama” apenas quando o véu da morte as envolve no seu silêncio!? Certamente, pareceria muito estranho para as pessoas deste nosso tempo de autosuficiencia, de independência de todos e de tudo, de dono do seu mundo e de suas relações, o pedido de Alexandre, rei da Macedônia, quando expressa seus últimos desejos: que seu caixão seja carregado pelos seus médicos, que todos os seus tesouros sejam espalhados ao longo do caminho até o túmulo e que suas mãos, vazias, ficassem do lado de fora do caixão. E ele explica seus desejos: quero que os médicos saibam que não têm poder sobre a morte, que todos os tesouros aqui acumulados, aqui ficam e que minhas mãos vazias digam a todos que, de mãos vazias viemos ao mundo, de mãos vazias, partimos (páginas centrais). Na morte, tantas coisas que julgamos “absolutas” em nossa vida, se tornam absolutamente relativas. Na escola da existência, a velhice não significa sempre maturidade nem esclerose; os títulos e diplomas não significam, normalmente, sabedoria; o sucesso profissional não significa sucesso no prazer de viver; a fé nem sempre significa abandono e confiança (Pe. Pedro Kunrath, centrais). De tudo isso fica a certeza de fé: a vida continua também depois do inesgotável mistério da morte, quando Deus será tudo em todos. (attilio@livrarireus. com.br)

Fundação Pro Deo de Comunicação CNPJ: 74871807/0001-36

Conselho Deliberativo

Presidente: Agenor Casaril Vice-presidente: Jorge La Rosa Secretário: Marcos Antônio Miola

Novembro de 2012 - 1a quinzena

Voluntários Diretoria Executiva

Diretor Executivo: Adriano Eli Vice-Diretor: Martha d’Azevedo Diretores Adjuntos: Carmelita Marroni Abruzzi, Elisabeth Orofino e Ir. Erinida Gheller Secretário: Elói Luiz Claro Tesoureiro: Décio Abruzzi Assistente Eclesiástico: Pe.Attílio Hartmann sj

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O Deus de Jesus Cristo

ser humano é essencialmente religioso. Comprova-o a história da humanidade que, ao longo de seu desenvolvimento, nunca registrou um povo sem religião, sem crenças e sem oração. Todas as tentativas que se fizeram, nos tempos modernos do racionalismo e do ateísmo, de abafar a religião, quer por motivos ideológicos, quer por motivos políticos, quer por motivos pseudocientíficos, acabaram sendo desmentidas pela consistência do sentimento religioso, inerente à natureza humana. A religiosidade não resulta da cultura. Pelo contrário, molda-a e a orienta.

Pergunta-se pelo objeto desta profunda e irrecusável tendência religiosa. A história das religiões o apresenta, em termos vagos, como divindade. Descreve-o como polo supremo na perspectiva da mente. É aquilo que mais alto ou maior e melhor não se consegue conceber. As religiões procuram dar contorno e conteúdo à divindade, que colocam como seu polo supremo. É a busca irrefragável do coração humano, que tem razões que a própria razão desconhece. Tenta enquadrá-lo no seu contexto cultural. Dirá como vê Deus na perspectiva de seu desenvolvimento. As civilizações humanas vão dando corpo à sua crença na divindade. Santo Agostinho põe-se no contexto destas buscas para sentenciar: “Fizeste-nos para vós, Senhor, e nosso coração está irrequieto enquanto não repousar em vós”. Mas não há como negar que a humanidade, muitas vezes, sentiu-se frustrada nesta busca. São Paulo reconhece que ela procede como que às apalpadelas. Caminha no escuro ou na penumbra. Mas tem certeza e vive como se visse o invisível. A humanidade dividiu-se em muitas crenças, que se multiplicaram e fracionaram em muitas religiões, forjadas por sábios que recolheram as melhores lideranças de cada cultura. Como cristãos, cremos num homem ressuscitado. Ele é tão maravi-

Conselho Editorial

Presidente: Carlos Adamatti Membros: Paulo Vellinho, Luiz Osvaldo Leite, Renita Allgayer, Beatriz Adamatti e Ângelo Orofino

Diretor-Editor Attílio Hartmann - Reg. 8608 DRT/RS Editora Adjunta Martha d’Azevedo

lhoso, e sua ressurreição nos deixa tão deslumbrados que o reconhecemos como nosso Deus e Senhor. Nele e por Ele descobrimos o rosto da divindade, como o polo supremo de nossa mente. Ele nos ensina quem é Deus e nos leva a reconhecê-lo, de modo bem concreto e existencial. Nosso Deus não é uma ideia, nem brota apenas de uma tendência, que nos seja inata. Nosso Deus é Jesus Cristo e o Deus de Jesus Cristo. É no próprio Jesus, no relacionamento com Ele, que acolhemos e reconhecemos Deus, a ponto de o denominarmos “nosso Deus”. Quem é, pois, o Deus de Jesus Cristo? Não se reduz à concepção que Abraão e seus descendentes reconheceram como amigo e garantia de prosperidade de seu povo, ou que Moisés experimentou como aquele que é. O Deus de Jesus Cristo é seu Pai. Dáno-lo a conhecer como aquele que ama. Por isso é amado por Jesus, que, em tudo, procura fazer alegremente sua vontade. Há uma identidade de interesse entre ambos: “Tudo o que é meu é teu, e tudo o que é teu é meu.” Jesus conclui sua vida terrena dando testemunho de sua missão cumprida: “Dei a conhecer teu nome”. Ensina a dirigir-se a Ele chamando-o “Pai nosso”. Esta oração inclui todos os pedidos que brotam do coração de um filho, nas duas dimensões: horizontal e vertical, do reino de Deus neste mundo.

Redação Jorn. Luiz Carlos Vaz - Reg. 2255 DRT/RS Jorn. Adriano Eli - Reg. 3355 DRT/RS

Revisão Ronald Forster e Pedro M. Schneider (voluntários) Administração Elisabete Lopes de Souza e Norma Regina Franco Lopes Impressão Gazeta do Sul

Rua Duque de Caxias, 805 Centro – CEP 90010-282 Porto Alegre/RS Fone: (51) 3093.3029 – E-mail: solidario@portoweb.com.br Conceitos emitidos por nossos colaboradores são de sua inteira responsabilidade, não expressando necessariamente a opinião deste jornal.


Novembro de 2012 - 1a quinzena

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AMÍLIA &

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OCIEDADE

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Ensinar valores aos filhos. Como? Deonira L. Viganó La Rosa

Terapeuta de Casal e de Família. Mestre em Psicologia.

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s pais verdadeiramente se preocupam com a questão dos valores. Falam muito de sua importância e de como fazer para inculcá-los nos filhos. E há uma queixa muito grande de que hoje em dia ninguém mais vive os valores e a ética está cada vez mais em declínio. Kevin Roh/sxc.hu

Lamentavelmente, existem pais que não têm credibilidade perante seus filhos para que estes desejem imitá-los, então não basta apenas que os pais vivam os valores. É preciso ensinálos aos filhos. Difícil é saber como fazê-lo.

Valores

Os valores são aquelas qualidades da experiência humana, tão importantes a ponto de servirem como orientação para nossas vidas. Os valores nos transmitem lucidez e energia para vivermos desta e não daquela maneira: por exemplo, respeitando ao invés de excluir os que pensam diferente de nós; sendo justo nos negócios ao invés de roubar na transação; perdoando um erro alheio e não matutando a vingança; publicando as qualidades dos outros e esquecendo seus defeitos; sendo competente no trabalho, ao invés de irresponsável, etc. Para ensinar valores aos filhos, precisamos conhecer nossos próprios valores, saber quais valores queremos ensinar, e descobrir como ensiná-los de uma maneira que realmente funcione.

Os nossos valores

Quando perguntamos a uma pessoa quais valores são importantes para ela, em geral ouvimos respostas de “cabeça feita”, padronizadas: honestidade, integridade, humor, responsabilidade, amor. E são realmente importantes. Mas parece que não há uma convicção de que alguém só terá estes valores se os vive no dia a dia, nas relações com as outras pessoas. Para saber se o valor que você está nomeando é realmente importante para você, observe qual a resposta emocional que você recebe durante e após seu comportamento; esta resposta emocional é que lhe informa se você está vivendo ou não aquele valor. Dito de outra forma, se você está vivendo o valor em suas ações, então você terá respostas emocionais tais como: ficar feliz, orgulhoso, satisfeito, extasiado, alegre com aquilo que fez. Se você não está alcançando algo importante, ou se você acha que o valor está sendo violado, você terá respostas emocionais como ficar frustrado, irritado, zangado, insatisfeito, ou triste. Logo, uma das maneiras de descobrir o que é realmente importante para você é usar suas próprias emoções como uma “janela”: observe como reage diante de um incidente acontecido, se fica satisfeito e feliz, ou se fica insatisfeito e triste por ter agido daquela maneira. Quando você conhece os valores que são importantes para você, vai perguntar-se: estes são os valores que quero ensinar aos meus filhos?

O ensino dos valores

Sugestão interessante encontramos em texto de Don A. Blackerby: Uma das partes importantes do ensino de valores não é somente falar com seu filho sobre isso (às vezes chamado de pregação), mas dar-lhe uma experiência do valor. A maneira mais fácil de fazer isso é notar quando seu filho faz alguma coisa muito bem. Então, você deve pensar em um valor que está por trás daquele comportamento. Diga o seguinte ao seu filho: “Esse seu comportamento me diz que você é o tipo (diga o valor) de pessoa.” Por exemplo, suponhamos que sua filha levantou-se uma manhã e fez a cama sem ser mandada. O valor pode ser escolhido dentre muitos – asseada, respeitosa, sensível, responsável. Vamos usar responsável. A afirmação poderia ser: “O fato de você se levantar e fazer sua cama sem ser mandada mostra-me que você está crescendo e se tornando uma jovem muito responsável. Eu gosto disso a seu respeito, e você?” Se o pai (mãe) continuar a elaborar e falar sobre

a importância do valor, isso ajudará a consolidá-lo ainda mais. Tome cuidado, no entanto, para não exagerar ou ser muito efusivo, para não diminuir o interesse do filho. Obviamente, se você não tiver credibilidade com seu filho, então isso não funcionará. Uma das maneiras criativas para os pais fazerem isso é pensar no tipo de filho ou filha que eles querem criar. Pense nos valores que você quer que eles incorporem. Então, note quando eles fazem alguma coisa à qual esses valores possam ser vinculados e faça a afirmação. Também podem ser comportamentos nos quais eles NÃO se envolvem. Por exemplo: “Eu notei, Tom, que você não usa drogas, mesmo que estejam disponíveis para você. Isso mostra-me que você está se tornando muito consciente de sua saúde, e que você não segue simplesmente a multidão. Eu tenho muito orgulho da maneira como você toma decisões saudáveis.” E não espere comportamentos maiores antes de realizar esse processo.


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Arcebispo de Santa Maria

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o dia 11 de outubro, Bento XVI abr iu o Ano da Fé. Mas de que se trata? O que deseja o Santo Padre? O que se pode fazer? Eis algumas perguntas e respostas: 1o) O que é o Ano da Fé? O Ano da Fé "é um convite para uma autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo" (Porta Fidei, 6). 2o) Quando termina? Terminará aos 24 de novembro de 2013, festa de Cristo Rei. 3o) Por que nessas datas? Em 11 de outubro coincidem dois aniversários: o 50o aniversário da abertura do Concílio Vaticano II e o 20o aniversário da promulgação do Catecismo da Igreja. 4o) Por que é que o Papa convocou o Ano da Fé? O Papa deseja promover o encontro entre a humanidade e o Ressuscitado. Nós nos sentimos chamados a viver com a Igreja este ano de graças que exige conversão, redescoberta do Evangelho, intensificação do conhecimento da fé, anúncio e um testemunho da unidade. Por isso, o Papa convida para uma "autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo". O objetivo principal deste ano é que cada cristão "possa redescobrir o caminho da fé para fazer brilhar, com evidência sempre maior, a alegria e o renovado entusiasmo do encontro com Cristo". 5o) Quais meios assinalou o Santo Padre? Como expôs no Motu Proprio "Porta Fidei", o Papa assinala: Intensificar a celebração da fé na liturgia, especialmente na Eucaristia; dar testemunho da própria fé e redescobrir os conteúdos da própria fé, expostos principalmente no Catecismo. 6o) Onde terá lugar? Como disse Bento XVI, o alcance será universal: "Teremos oportunidade de confessar a fé no Senhor Ressuscitado nas nossas catedrais e nas igrejas do mundo inteiro, nas nossas casas e no meio das nossas famílias, para que cada um sinta fortemente a exigência de conhecer melhor e de transmitir às gerações futuras a fé de sempre. Neste Ano, tanto as comunidades religiosas como as comunidades paroquiais e todas as realidades eclesiais, antigas e novas, encontrarão forma de fazer publicamente profissão do Credo". 7o) O que se propõe para o Ano da Fé? - Preparar e participar da JMJ Rio 2013. - Organizar peregrinações e celebrações nos principais Santuários, Roma e Terra Santa. - Realizar simpósios, congressos e reuniões que favoreçam o conhecimento dos conteúdos da doutrina da Igreja Católica e mantenham aberto o diálogo entre fé e razão. - Ler ou reler os principais documentos do Concílio Vaticano II. - Acolher com maior atenção as homilias, catequeses e outras intervenções do Santo Padre. - Promover transmissões televisivas ou radiofônicas sobre o tema da fé. - Dar a conhecer os santos de cada território, autênticos testemunhos de fé. - Fomentar o apreço pelo patrimônio artístico religioso. - Divulgar material de caráter didático para ajudar os fiéis a resolver as suas dúvidas. - Eventos catequéticos para jovens que transmitam a beleza da fé. - Aproximar-se com maior fé e frequência do sacramento da Penitência. - Estudar nas escolas ou colégios o Youcat - Catecismo Jovem (Cf. Zenit 1/10/2012). Além de todas estas sugestões, é importante ler a carta Apostólica do Papa Bento XVI: “A Porta da Fé”. Desejamos que o Ano da Fé nos faça mais íntimos de Jesus.

PINIÃO

Agora e na hora de nossa morte

Ano da Fé: Olhar para Jesus! Dom Hélio Adelar Rubert

Novembro de 2012 - 1a quinzena

Pe. João Manuel Prates Piccoli Mestre e Professor de Bioética e Teologia Moral na Faculdade de Teologia da PUCRS*

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gora e na hora de nossa morte... Assim nós rezamos na oração da “Ave Maria”. A realidade da morte, entre todos os planos humanos, frente a todas as situações, é a mais certa que todo o ser humano vai um dia experimentar.

Nossas agendas estão cheias de compromissos marcados, no entanto, nós não marcamos o dia e o horário da nossa morte. Porém, nos últimos dias, surgiu uma nova realidade no Brasil, na qual podemos realizar um “testamento vital”. Antes de entendermos o testamento vital, é necessário lembrarmos em breves palavras bem simples sobre três conceitos-chave: Eutanásia, Distanásia e Ortotanásia. A Eutanásia consiste em antecipar a morte da pessoa, com um pseudo bem de evitar o sofrimento do paciente. A Distanásia consiste em prolongar a vida da pessoa, mesmo quando já houve a morte clínica, assim chamada na literatura médica de tratamento fútil ou crueldade terapêutica. É um pseudo bem de defender a vida, mesmo quando ela já não existe mais. A Ortotanásia consiste na morte correta, isto é, sem antecipá-la, mas também, sem postergar-la, utilizando-se dos assim chamados cuidados paliativos. Para compreendermos melhor a questão do testamento vital, precisamos citar os princípios que regem a bioética: Autonomia, Justiça, Benefício e Não Malefício. Destes princípios, lembramos que o Princípio da Autonomia é como que a “aliança terapêutica” entre o profissional da saúde e o paciente. A partir destes conceitos básicos, continuando a aprofundar sobre o testamento vital, devemos ler no Catecismo da Igreja Católica (que neste Ano da Fé celebramos 20 anos), sobre este assunto, sabiamente nos esclarece no parágrafo no 2278: A interrupção de procedimentos médicos onerosos, perigosos, extraordinários ou desproporcionais aos resultados esperados pode ser legítima. É a rejeição da

“obstinação terapêutica”. Não se quer dessa maneira provocar a morte; aceita-se não poder impedi-la. As decisões devem ser tomadas pelo paciente, se tiver a competência e a capacidade para isso; caso contrário, pelos que têm direitos legais, respeitando sempre a vontade razoável e os interesses legítimos do paciente. A Resolução Conselho Federal de Medicina n o 1.995/2012 publicada no Diário Oficial da União de 31 de agosto de 2012, refere-se sobre o “testamento vital”, isto é, dispõe sobre as diretivas antecipadas de vontade dos pacientes. Resumidamente, consiste que em casos terminais, o médico deva respeitar a vontade do paciente previamente registrada, mesmo que ele não possa se expressar. Frente ao “testamento vital”, estamos diante de novas situações na bioética e no biodireito que nos desafiam. Porém, conforme vimos, o Catecismo da Igreja Católica possui uma posição muito sábia e prudente sobre o fato de “desligar ou não os aparelhos”, isto é, de manter ou não manter o suporte oneroso, perigoso, extraordinário ou desproporcional. A posição oficial da Igreja não cai no extremismo da Eutanásia e nem no outro extremo da Distanásia. Concluímos, citando um ditado popular que assim diz: “o ser humano propõe e Deus dispõe”. Deus é o Senhor da Vida e a grande mensagem da esperança cristã sobre a vida, lemos o que Jesus Cristo diz no Evangelho de João, capítulo 10, versículo 10: “Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham em abundância”.

*O autor é também pároco na Paróquia Santo Antônio do Pão dos Pobres em Porto Alegre

O Decálogo Antônio Estêvão Allgayer Procurador do Estado

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leitura do Gênesis nos revela pequeno grupo de pastores seminômades, os quais, partindo de Harã, ao norte, descem rumo ao sul da Palestina. São eles Abraão e sua esposa Sara, a serva Agar e o seu sobrinho Ló, com familiares e dependentes.

Os itinerantes haviam renunciado ao aconchego de um lar para pôr-se a caminho rumo ao desconhecido. O que os movia a caminhar era a fé inabalável de Abraão, fundada na promessa divina de que viria a ser pai de uma descendência numerosa, comparável às estrelas do firmamento e às areias do mar. Contra toda evidência, na extrema velhice. Abraão honrou o seu nome, que significa Pai de Multidões. O seu túmulo em Hebron é venerado pelos diferentes povos dele saídos. No seio deste povo, o menor dos povos do Médio Oriente, surgiram leis primorosas, superiores à lei do Talião, ao Código de Hamurabi e à Lei das Doze Tábuas da Roma antiga. O fastígio destas leis é o Decálogo, as dez palavras gravadas em duas tábuas de pedra, entregues por Deus a Moisés no monte Sinai. As leis em sua totalidade eram tidas como sendo da autoria de Moisés. Ele próprio assim a elas se refere: “Que grande nação tem leis e costumes tão justos quanto as leis que hoje vos apresento (Dt 4, 8).? Propus-me apresentar, a título de amostragem, um rol de fatos concernentes à proibição de matar, expressa no quinto mandamento do Decálogo. Lá vou eu: Genocídios, culturas amordaçadas; índios Cheyennes e Sioux da América dizimados pelos rifles do general Custer; milhões de indígenas massacrados no Brasil; mortes causadas por bandoleiros contratados para eliminar defensores da floresta úmida da Amazônia ou da recuperação da Mata Atlântica; mortes decorrentes da corrupção de políticos e governantes que acumulam fortunas em desvios de verba orçamentária; propinas e superfaturamentos; sonegação de

impostos que impede ou dificulta ao poder público prover a obras pertinentes à saúde; à segurança; à educação; ao bem da coletividade; fracasso no combate à droga; superlotação de presídios com seres humanos amontoados em selas imundas e infectadas de portadores de doenças transmissíveis; filas de doentes em corredores de hospitais aguardando atendimento médico ou cirurgia de urgência; procrastinação da reforma agrária, com milhões de agricultores sem terra; trucidamento de nascituros no útero materno; indução ao suicídio e à eutanásia. Após este inventário de fatos, farei breve referência aos demais mandamentos do Decálogo: A morte é um processo e não um momento. Os seres vivos começam a morrer no instante em que nascem. Tal realidade permite sustentar-se que se mata em instantes ou por etapas. Abandonar pais idosos por maldade; privar alguém de bens necessários à vida; negar ou vilipendiar salários; trair a fidelidade conjugal; prestar falso testemunho em juízo; ceder a impulsos desordenados do desejo; cobiçando a posse de pessoa de um ou de outro sexo, sua casa ou apartamento, seu automóvel, seu computador; prosternar-se perante simulacros da divindade; prestar culto idólatra aos falsos deuses da ganância. Tudo isto há de somar-se à pretensão de estar prestando um serviço a Deus, Javé ou Alá, incendiando florestas no Vietnã; matando inocentes em nome de um sectarismo atroz, enforcando cadáveres em Nüremberg, bombardeando cidades como Guernica, Dresden, Bagdá ou TelAviv...! Quem ousaria desmentir que tais atos geram morte de logo ou em etapas mais ou menos prolongadas? “Não matarás...!”


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DUCAÇÃO &

SICOLOGIA

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Reflexões sobre a vida e a morte Jorge La Rosa

Professor universitário, doutor em Psicologia

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ia 2 de novembro celebramos tradicionalmente os finados, oportunidade para refletirmos sobre a morte e suas implicações para a vida. Todos morreremos, uns antes, outros depois: o fato é inapelável. Os progressos da medicina e os cuidados com a vida, contudo, têm prolongado significativamente a vida humana. Essa ampliação de duração elevou a média no Brasil para além dos 70 anos e, num futuro não distante, chegará aos 80. Graças sejam dadas ao Senhor da vida! Assim, temos boas razões para desejar e esperar uma vida longa e com qualidade, que será concedida à maioria da população. O ser humano tem consciência da própria morte, o que o diversifica dos outros animais. Como é que ele lida com essa informação? É verdade que para a criança e o jovem adulto a ideia de morte é algo distante. Há tanta vida irrompendo, tanta esperança, projetos, que a perspectiva do fim ocupa um longínquo lugar no psiquismo do sujeito. Talvez isso ajude a explicar, com outros fatores inclusos, porque os jovens perdem tanto a vida em acidentes fatais: está ausente a possibilidade do fim em seu horizonte vital. Para os indivíduos de meia idade, a perspectiva do término da vida passa a ser mais próxima. A pessoa com 50 ou 60 anos sabe que não terá uma existência imortal, e que é preciso selecionar os projetos e dar prioridade aos mais importantes, descartando, quem sabe, alguns, por falta de tempo ou relevância. É período da maturidade nas escolhas e do realismo na realização das metas: nem mais nem menos, o viável e o possível. Para as pessoas que se encontram na terceira idade, horizonte a partir dos 70, mas que pode aumentar nos próximos anos, a ideia de morte é mais familiar. Algumas metas importantes foram alcançadas: constituição de família, realização profissional, certa estabilidade financeira (classe média), grupos de pertença e convivência,... É sabido que os objetivos mais profundos do ser humano continuam existindo: tornar-se fraternal, solidário, misericordioso e compassivo, transbordante de ternura e amigo incondicional – estes objetivos são para toda a vida, jamais podemos renunciar a eles, seria renunciar à condição humana.

Diante da morte

Qual nossa atitude diante da morte e os sentimentos que alimentamos? Estamos serenos e disponíveis, aceitando-a como dado de nosso existir, ou nos recusamos a morrer? Estamos ansiosos? Ou aguardamos tranquilamente o dia da partida? Podemos nos analisar para avaliar se continuamos com os mesmos sentimentos ou se precisamos redirecioná-los. É bom que morramos em paz. Martin Luther King, pastor da Igreja Batista e mártir pela alforria dos negros na nação norte-americana, disse em um de seus sermões que pensava frequentemente em sua morte, não em atmosfera de medo ou ansiedade, mas para ava-

Martin Rotovnik/Eslovênia/sxc.hu

liar se sua vida era digna e valia a pena, e se na hora de sua morte não teria de que se arrepender. A postura do pastor parece relevante e ilumina também nossa vida. Pensar em nossa morte para avaliar a vida, como consumimos o tempo, que sentimentos cultivamos e em que ações gastamos energias, de modo que o tempo que ainda nos é dado seja vivido em ação de

graças e alegria. O cristão tem, ainda, uma perspectiva transcendente e esperançosa: a ressurreição de Jesus nos diz que a vida não é tirada, mas transformada, e a morte é um rito de passagem de uma vida valiosa e cheia de significado para outra ainda mais plena e de alegria indizível, onde reina somente o amor. E o amor é Deus.


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EMA EM FOCO

“Nós que aqui estamo A

frase – que já deu título de filme premiado em Gramado – está sobre o portão de entrada do cemitério de Paraibuna, SP. Segundo a história local, o vós seria um pedido de oração aos vivos. Para outros, o vós seria um pedido de misericórdia de Deus. De todas as formas, a frase faz pensar. Para o descrente, nada mais cruel do que a certeza de sua morte. Que pode chegar a qualquer momento. Assim de repente, sorrateira. (E vem para todos). Ninguém consegue enganá-la. Convém estarmos sempre preparados: afinal, é o último e maior acontecimento da nossa existência ao qual não temos o direito de assistir. Com que méritos nos apresentaremos diante dela? O que fizemos desse intervalo de tempo entre o nascimento e a morte que nos foi dado e do qual devemos agora prestar contas? Que fizemos de nossa vida? E o que é a vida? Qué es la vida? Un frenesí. ¿Qué es la vida? Una ilusión, una sombra, una ficción; y el mayor bien es pequeño; que toda la vida es sueño, y los sueños, sueños son”, escreve o dramaturgo e poeta espanhol Pedro Calderón de la Barca (1600 -1681) em “Solilóquio de Segismundo”.

Ilustrações: Divulgação

partimos.

Última morada?

O Dia de Finados faz refletir sobre o milagre da vida e o mistério da morte. Desde que o homem começou a ter noção de sua finitude física e material, buscou respostas além da vida para conseguir suportar a inexorável verdade da morte. Cemitério, como ‘última morada’, passa a ideia de que tudo termina ali: não há futuro. O que é terrível para o materialista. Mas para o cristianismo a resposta consoladora é a esperança da ressurreição eterna no fim dos tempos, precedida pela ressurreição de Cristo no início desse novo tempo. E essa esperança só é possível através da fé. O cemitério – que costumamos visitar no dia de Finados – não é a última morada da humanidade, ao menos para os cristãos. Disse Jesus: "Se alguém guardar a minha palavra, não verá a morte". (João 8:51)

"A morte não é penetrável, nem inteligível pela razão humana"

Ilusão materialista

Deixamo-nos arrastar pela ilusão do ter, em frenética corrida atrás do consumo? O que levaremos de tudo isso para a eternidade? Conta-se que Alexandre, príncipe e rei da Macedônia, na proximidade de sua morte, chamou seus súditos mais próximos e expressou os seguintes três últimos desejos: 1o Que seu caixão fosse transportado pelas mãos dos médicos da época; 2o Que todos os seus tesouros conquistados – prata, ouro e pedras preciosas – fossem espalhados no caminho até seu túmulo; 3o Que suas duas mãos fossem deixadas balançando no ar, fora do caixão, à vista de todos. Um dos seus generais, admirado com esses desejos insólitos, perguntou a Alexandre quais as razões desses pedidos. Alexandre: 1o Quero que os mais eminentes médicos carreguem meu caixão para mostrar que eles não têm poder de cura perante a morte; 2o Quero que o chão seja coberto pelos meus tesouros para que as pessoas possam ver que os bens materiais aqui conquistados, aqui permanecem; 3o Quero que minhas mãos balancem ao vento para que as pessoas possam ver que de mãos vazias viemos e de mãos vazias

Resume Pe. Pedro Alberto Kunrath, professor de Teologia na PUC/RS e pároco do Santuário Nossa Senhora da Paz – Porto Alegre, em entrevista sobre o tema, recentemente concedida para a Diocese de Cruz Alta, da qual extraímos alguns trechos com autorização do autor. Pergunta: Por que o humano evita o tema da morte e nos cercamos de tantas outras ‘ocupações’ para não deixar emergir uma das questões mais centrais da vida? Pe. Pedro - A morte é uma realidade que situa o ser humano no profundo e misterioso enigma da vida, nos diz o Concílio Vaticano II (GS 18). A morte é um acontecimento a que nenhum ser humano pode-se privar outorgando o direito de dela não querer participar; ela é um decreto inexorável que afirma: todos vão morrer. É o fim certo, desconhecido e ao mesmo tempo exato para todos. Marciano Vidal (Moral de Atitudes. Ética da Pessoa, vol. 2, p. 229) diz que “a certeza do morrer nos entristece porque manifesta o caráter de impossibilidade. A tristeza que origina a certeza do morrer é uma tristeza existencial, manifestada na experiência do limite, da fragilidade, da perda e

Pe. Pedro Kunrath

da solidão”. Par dade humana am inimiga e a maio esvaziar-se de si não admite morr do ser humano é ência não admite A luta é pela ac fim. É a morte ela precisa aceita sociedade onde conquistas, os h dualismo e o pr freado, as limita ser negadas. A m como limitação que ela não pode por isso simple procura, quase in uma “solução” p Pergunta transcendência deria constituir para ajudar a s rível consciênc material de cad decorrência nat nalidade human Pe. Pedro - U ramente racional sição de dar respo A razão, por si resolver a ambig da transcendênci ela aparece com ideia da morte. cerei inteiramen rança de que o n do ser humano n para sempre com sujeito; fica a co o ser prevalece s desejo de transc existência não po A melhor manei uma Religião (e responder às q mentais do ser sou eu? por que vim? para onde destruí-la. A mel


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A S ÇÃO

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OLIDÁRIA

os por vós esperamos”

ra a inteligibilié a maior ormorte experiência de mesmo. A razão rer. A maior luta é esta: a conscie que vá morrer. ceitação de seu da consciência; ar seu fim. Numa se destacam as heróis, o indivirogresso desenações precisam morte é encarada o. Daí deduz-se e ter lugar. Seria esmente que se ncansavelmente, para a morte? - A noção de a existencial por mero recurso suportar a tercia da finitude da um? Ou seria tural da raciona? Um discurso pul não terá dispoostas adequadas. só, não alcança guidade. A ideia ia é que fica, pois mo alternativa à Não desaparente, fica a espenúcleo autêntico não se extingue m a morte do seu onfiança de que sobre o nada. O cender o fim da ode ser contido. ira de propagar ela surgiu para uestões fundahumano: quem existo? de onde e vou?) é tentar lhor maneira de

incendiar o desejo do homem de procurar por Deus e transcender o caos da morte é tentar destruir este desejo. Pergunta - Teria o homem uma necessidade inata de procurar por Deus e produzir sistemas de crenças? Por quê? Pe. Pedro - Para os cristãos, a morte também é irrefutável, tira o ser e a palavra do homem; é muda e ficamos sem resposta diante dela. Se há resposta, esta deve vir de Deus. O homem não morre para ficar morto, mas para ressuscitar; ou como diz Leonardo Boff, “o cristão não nasce para morrer, mas morre para ressuscitar”. Vida em plenitude, surgida do amor, mais forte do que a morte. E permanece a convicção de que “a morte é (apenas) a passagem do homem para a eternidade” (Boff, Vida para além da morte, 1973, p. 55). Pergunta - Como o cristão deve(ria) lidar com o drama existencial do envelhecimento humano? Pe. Pedro - Há dois dramas existenciais que atingem todo ser humano: o envelhecimento e o fim da existência. A vida só aceita o fim de si mesma se não estiver próxima desse fim. Se estiver próxima desse fim, ela o rejeita automaticamente ou, então, aceita-o se se convencer da possibilidade de superá-lo. Por isso, a escola da existência é a escola da vida, dos eventos psicológicos e sociais aos acontecimentos espirituais e sobrenaturais; na escola da existência escrevemos nossas histórias particulares. Na escola da existência, a velhice não significa sempre maturidade nem esclerose; os títulos e diplomas não significam, normalmente, sabedoria; o sucesso profissional não significa sucesso no prazer de viver; a fé nem sempre significa abandono e confiança. Pergunta - Por que a inteligência humana não consegue compreender o fim da vida? Pe. Pedro - A morte não é penetrável, nem inteligível pela razão humana; diante dela, ficamos mudos ou perguntamos: por quê? Por que agora? Ou por que só agora? Diz Libânio (A vida e a morte: desafios e mistérios, 1986, p. 64), “é a face misteriosa da morte que causa angústia. Mas caracteriza-se como misteriosa porque fundamenta uma experiência fundante da existência humana e por isso desafia a inteligência humana para mergulhar nela”. A morte é o mistério inesgotável da vida; e por isso dá o que pensar! Trata-se

Cemitérios: referenciais Por que as pessoas vão ao cemitério em Dia de Finados? Por que a necessidade de não romper definitivamente os ‘laços afetivos’? Por que a segunda maior peregrinação ao túmulo de Pe. Reus – cujo processo de beatificação está tramitando no Vaticano – também é no Dia de Finados? A necessidade de ter esses referenciais de santos e exatamente no Dia de Finados? Para Pe. Guido Lawisch, reitor do Santuário Sagrado Coração de Jesus, junto ao túmulo de Reus em S. Leopoldo, “é uma forma de matar a saudade dos que já partiram, procurando consolo e fé em quem foi exemplo de fé”.

Pe. Guido Lawisch

Para os devotos do Pe. Reus, são variados os motivos para visitar seu túmulo no Dia de Finados

“Visito porque é aqui que encontro paz de espírito, sou devota do Padre Reus e do Sagrado Coração. Visito diariamente. Principalmente no dia 2 (de novembro), para fazer homenagem aos mortos, acendo velas no velário”. (Cleni Teresinha Canto Souza, 57 anos, S. Leopoldo)

“Porque é um santo milagroso, tudo o que pedi até hoje sempre me atendeu. Visito sempre que posso, não tenho dia para ir ao cemitério. O dia 2 ficou para quem não tem amor aos pais e tem de justificar. Sempre venho aqui no Pe. Reus”. (Maria Isabel da Silva Bastos, 52 anos, Esteio)

“Pela fé e para renovar a fé. Vou ao cemitério de vez em quando, não tenho o costume de ir” .(Diego Rosa, 31 anos, S. Leopoldo)

“Porque o santuário é uma coisa grande. Através do santuário de Fátima tenho um amor a Nossa Senhora e à eucaristia. O Pe. Reus é uma referência e traz muita paz, obtive muitas graças. Dia 2 de novembro vou ao cemitério e vou também quando posso, porque me lembra muito os que partiram. Rezo por eles e peço que rezem por mim”. (Kate Wuttke, 62 anos, S. Leopoldo)


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8 A mágoa Maria Regina Canhos Vicentin Escritora

A

credito já ter escrito algo sobre a mágoa. Algumas situações, no entanto, motivaram-me a abordar esse assunto novamente. É muito triste perceber como as pessoas perdem seu precioso tempo remoendo episódios passados desagradáveis. Provavelmente, expliquei que a mágoa é produto da raiva contida. Assim, só experimenta mágoa aquele que passou pela raiva sem lhe dar vazão, ou seja, guardou a raiva em seu coração. Nem sempre é fácil colocar a raiva pra fora, sabemos disso. Em alguns casos, a prudência recomenda que contemos até dez antes de falar ou fazer alguma coisa que poderia ser desastrosa. Entretanto, ficar guardando a raiva indefinidamente também não é uma boa opção, pois com o tempo ela se transforma em mágoa, e pode ser responsável por inúmeras doenças físicas, além das emocionais. Como fazer então? Em primeiro lugar, avalie se você sente mágoa de alguém. Aquela tristeza profunda oriunda do fato de ter sido desprezado, desconsiderado, traído, enganado, humilhado, entre outros, por alguma pessoa de seu relacionamento. Identificada a situação e a pessoa ou pessoas que deram causa à mágoa, procure perceber como por trás dessa tristeza ainda existe muita raiva de tudo isso. Talvez, você ainda não tivesse se dado conta de quanta raiva estava guardada dentro de seu coração. Pois bem: identificada a raiva, é preciso que faça a escolha de colocá-la para fora de você. Como? Procurando canalizá-la através de condutas mais apropriadas, como a prática de um esporte ou arte; ou ainda, por meio de uma conversa franca com quem o magoou. Buscar resolver uma situação de conflito interno em nada diminui você, portanto, não permita que seu orgulho interfira, privando-o desse momento de autenticidade com o outro. É necessário que tudo fique claro. É preciso que você tenha certeza acerca daquilo que deseja esclarecer para que possa ter paz em seu coração. Ainda que o outro seja desonesto e use mentiras, o fato de você ser sincero irá lhe trazer maior tranquilidade. Expresse seu ponto de vista procurando manter a calma. Concentre-se naquilo que deseja falar e fale com educação, de forma equilibrada. Favoreça um clima amistoso, para que o outro possa também expressar sua opinião acerca dos fatos passados, evitando criar uma situação que possa gerar mais mágoas. Seja sincero, verdadeiro. Olhe nos olhos da pessoa. Mostre sua dor. Chore se sentir vontade. Abra seu coração. Deixe toda mágoa sair. Decida não guardar mais qualquer rancor. Perdoe e conceda o perdão a si mesmo, libertando-se das amarras do passado. Permitase vivenciar um novo momento, livrando-se desse peso terrível que a raiva traz. Encare a pessoa com olhos diferentes, mais amorosos. Todos nós erramos e, em algum momento, vamos precisar ser perdoados. Liberte-se primeiro: perdoe! Você verá como sua vida vai ficar bem melhor de viver. Somente tolos cultivam veneno dentro de si mesmos. Pessoas inteligentes se cercam do cuidado amoroso, que compreende a aceitação e o perdão. Vamos refletir sobre isso, e purificar nosso coração da mágoa para o bem de todos! (contato@ mariaregina.com.br - Fonte: www.mariaregina.com.br)

Jorge La Rosa - 10/11 Jacqueline Poersch Moreira - 12/11

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ABER VIVER

Como melhorar a qualidade do seu sono sem a ajuda de medicamentos

Um em cada 10 britânicos toma regularmente um remédio para ajudar a dormir. Mas seria esse o momento de parar com os comprimidos para pegar no sono? Caso positivo, quais são as alternativas? No último ano, 15,3 milhões das prescrições emitidas pelo serviço nacional de saúde do Reino Unido foram para medicamentos para dormir. Os pacientes da Inglaterra, sozinhos, receberam 4,5 milhões de receitas para zopiclona e 2,8 milhões para temazepam, os dois comprimidos para dormir mais populares. Segundo o Conselho de Pesquisa Econômica e Social, um em cada 10 britânicos toma regularmente algum tipo de pílula para adormecer. O especialista em sono Kevin Morgan, professor de Gerontologia na Universidade de Loughborough (Inglaterra), argumentou que o Serviço Nacional de Saúde deveria estar olhando além das pílulas para dormir e treinando seus funcionários para que proporcionassem terapias psicológicas, como a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) para ajudar a quem tem insônia. Morgan defende que as TCCs oferecem uma melhor solução a longo prazo, e que pílulas para dormir possuem outros perigos: vício ou dependência, acidentes relacionados a medicamentos, além de custos crescentes para o serviço de saúde. No início deste ano, a Nuffield Health (centro de hospitais privados e clínicas de saúde) informou que os adultos do Reino Unido "perdem" cerca de 378 milhões de horas de sono por semana. Seus entrevistados dormiam pouco mais de sete horas por noite, o que eles destacaram como insuficiente — o mínimo seriam oito horas.

O impacto da falta de descanso Em 2006, a revista Forbes publicou um artigo chamado The Sleep Racket (A Raquete do Sono), detalhando os milhões que os britânicos gastam com colchões, travesseiros, aromatizadores de ambientes, óleos para banho e outros produtos a cada ano. Cada vez mais, as empresas estão lucrando com nossas preocupações sobre o que pode acontecer se não dormirmos o suficiente. Há um certo terrorismo: iremos engordar, quadruplicar nosso risco de sofrer um acidente vascular e aumentar nossa chance de se envolver em um acidente de carro. Recentemente, a Academia Americana de Medicina do Sono relatou outro impacto da falta de sono: um aumento nos glóbulos brancos para unir o sistema imunológico, da mesma forma como o corpo reage ao estresse elevado. O efeito sobre o corpo é perceptível mesmo depois de uma única noite agitada: uma pesquisa com mapeamento cerebral na Universidade da Califórnia mostrou que a amígdala, área do cérebro responsável pela resposta emocional, reage de forma exagerada quando mostradas imagens perturbadoras e angustiantes. Esse estresse emocional logo se traduz em estresse físico, que afeta o sistema imunológico e leva à inflamação. A Associação Americana do Coração constatou que dormir menos de seis horas por noite faz com que substâncias inflamatórias no sangue cresçam em 25%, bem como aumenta a pressão arterial e a frequência cardíaca, afetando os níveis de glicose. Se este hábito é mantido durante algum tempo, pode resultar em artérias endure-

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cidas e um risco aumentado de infecções no organismo. As oito horas não passariam de um mito, segundo especialista O professor David Nutt, diretor da unidade de neuropsicofarmacologia do Imperial College, afirma que há esperança de trazer os pacientes de volta à rotina do sono. – Algumas pessoas, seja por razões genéticas ou estresse, têm problemas persistentes para dormir, e algumas destas precisam de pílulas para dormir a longo prazo. Os remédios, segundo Andrew Hall, consultor em Medicina do Sono e membro da Sociedade Britânica do Sono, têm um lugar no tratamento, especialmente em situações como o luto, quando é um ato humano receitá-los. No ano passado, a Fundação de Saúde Mental informou que 37% das pessoas afirmaram sofrer de insônia, e apenas 39% se descrevem como "bons dorminhocos". Então, como remediar esta sensação de sono desarticulado? Talvez o primeiro passo seja considerar como definimos um bom sono. A menção do Nuffield Health das "oito horas recomendadas" é um pouco sem sentido — algumas pessoas simplesmente não precisam dormir tanto, enquanto outras podem precisar de mais tempo. O ponto importante é aprender cada tipo de ritmo e exigência. – A melhor abordagem para problemas para dormir é a boa higiene do sono – diz Hall. Isto significa organizar o seu sono: sem atividades mais estimulantes até tarde da noite, disciplinando a alimentação, diminuindo o uso de computador e da TV, com exercícios cedo pela manhã e, importante: nada de luzes fortes ou smartphones avisando que você tem novas mensagens na cabeceira da cama. (Fonte: The Guardian - ZH)


Humor PERGUNTAS INFAMES E RESPOSTAS MAIS AINDA P: O que foi que o ratinho norte-americano disse para o amigo? R: Camon, Dongo! O filho pergunta para sua mãe: - Mãe, posso entrar no mar? - Pode, mas tenha cuidado para não se molhar. Duas formigas japonesas se encontram na rua: - Qual o seu nome? - Fu. - Fu, o que? - Fu Miga - E você? - Ota. - Ota, o quê? - Ota Fumiga A menina foi visitar a avó no campo, que tinha uma criação enorme de aves. De repente, passeando pelos arredores da fazenda da vovó, ela viu um pavão. Voltou correndo para casa e, toda alegre, avisou para vovó: - Vovó, vovó, uma de suas galinhas está dando flor. Havia duas impressoras conversando, quando uma folha cai. Uma chega pra outra e pergunta: - Vem cá, essa folha é sua ou é impressão minha? Um cobrador vai à casa do devedor João e anuncia: - Seu João, sua nota promissória venceu. Ao que João exclama: - Que bacana, achei que ela nem empataria!

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Smart TV está na mira dos criminosos cibernéticos Capacidade de conexão com PCs e de acesso à Internet podem abrir as portas para ataques virtuais. Os aparelhos de Smart TV possuem integração com computadores pessoais e permitem visitar web sites e uma infinidade de serviços online, fazer compras, acessar internet bank, entre outros serviços. Isto basta para que os cyber criminosos passem a ver nesta nova tecnologia a oportunidade de atacar os usuários através do envio de códigos maliciosos para roubar informações bancárias e de cartões de créditos das pessoas que compram este novo tipo de equipamento. De acordo com Eddy Willems, especialista em evangelização em segurança da GData, fabricante de soluções de segurança digital, que possui atuação no Brasil por intermédio da First Security, “ainda que as Smart TVs não tenham um mercado em grande escala, elas possuem todas as principais funcionalidades que um cyber criminoso deseja para poder atuar contra os usuários: conexão com computadores e acesso à Internet. A possibilidade de instalação de aplicativos e de pagamento online potencializa as ameaças virtuais”, ressalta o especialista. “As fronteiras entre PC, smartphone e televisão estão cada vez mais tênues. Você pode assistir TV em smartphones e pode navegar na internet com uma Smart TV, com os mesmos potenciais alvos de ataque para os cyber criminosos”, comenta o especialista. “Caso consigam introduzir aplicativos infectados em TVs inteligentes através de ‘drive-by downloads’, que é a descarga de malware a partir de websites sem o conhecimento do usuário, as consequências seriam difíceis de prever. No futuro, é possível que as TVs em casa possam sofrer ataques

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SPAÇO LIVRE

DDoS (Distributed Denial of Service – negação de serviço), que constitui o envio indiscriminado de requisições a um computador alvo e visam causar a indisponibilidade dos serviços oferecidos. "Acreditamos que os criminosos cibernéticos já estão usando os kits de software livre disponíveis para o desenvolvimento dos fabricantes de TV com o intuito de descobrirem oportunidades de ataque”, comenta.

O que podemos esperar no futuro?

Segundo o especialista da GDATA, as TVs inteligentes são apenas um exemplo das crescentes tentativas de superação dos limites dos dispositivos do passado, como é a TV. “A rede de uma ampla gama de diferentes dispositivos e a conexão com a Internet oferece muitas oportunidades para os usuários, mas, também, permite novos vetores de ataque para os ciber-criminosos. A indústria de segurança de TI deve, rapidamente, responder a estas possibilidades antecipando-se ao futuro. Muitos usuários de Smart TV precisam perceber que eles já estão expostos às mesmas ameaças quando utilizam outros equipamentos com acesso à Internet”, adverte Willems. “Não podemos esperar de braços cruzados que o primeiro malware para Smart TV invada as salas de estar das famílias”. (Mais informações: http://www.firstsecurity.com.br)

RESERVE O SEU EXEMPLAR O Livro da Família 2013 e o Familienkalender 2013 estão disponíveis para venda. Faça seu pedido na Livraria Padre Reus, em Porto Alegre. Adquira também na nossa filial, no Santuário Sagrado Coração de Jesus, em São Leopoldo. Fones: 51-3224.0250 e 51-3566.5086 livrariareus@livrariareus.com.br

Sem Fronteiras Martha Alves D´Azevedo

Comissão Comunicação Sem Fronteiras

Faça-se

a paz

ard on Le

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os 20 mil guerrilheiros que militavam nas fileiras da guerrilha colombiana há mais de dez anos atrás, calcula-se que hoje existam 8 mil que ainda não encontraram uma maneira de sair aceitando as condições oferecidas. Forças Revolucionárias da Colômbia (FARC), Exército de Libertação Nacional (ELN), e um outro grupo inexpressivo, que monitoravam a guerrilha na Colômbia, sofreram baixas consideráveis registradas em 2011, em que 1924 guerrilheiros desertaram, 220 no mês de setembro. Sabe-se que a maioria deles ingressou na guerrilha muito jovem, 16 anos alguns, quando os ideais libertários empolgavam toda a juventude. Com o passar do tempo, a situação em que viviam foi se tornando um pesadelo, alimentado pela corrupção que tomou conta das lideranças. E, os jovens de ontem, adultos hoje, percebem a distorção acontecida e, não veem mais sentido em continuar colaborando para que o problema continue. Agora, em 2012, as negociações de paz entre as Forças Revolucionárias da Colômbia (FARC) e o governo colombiano levam ao aumento da popularidade do presidente Juan Manuel Santos. O processo de paz é aprovado por 77% dos colombianos. A percepção de que o país vai “em bom caminho”, saltou de 32% para 52%. Dia 17 de outubro último, finalmente o dia tão esperado pelos colombianos chegou. Em Oslo, capital da Noruega, onde é entregue o Premio Nobel da Paz, realizou-se o encontro entre os representantes do governo colombiano e os da guerrilha, numa primeira tratativa para buscar a paz. A imprensa foi vetada em todas as reuniões, que se estenderam até o dia seguinte. Os cinco itens da pauta estabelecida incluíam narcotráfico, direito das vítimas do conflito, propriedade fundiária, participação política das FARC e, fim da guerra civil, que já dura quase cinco décadas. Apesar das negociações, militares e rebeldes mantêm confrontos. O eventual sucesso das negociações depende de algum tipo de anistia para os guerrilheiros – redução das penas e sua incorporação à política institucional, talvez um partido político. Um dos problemas para isso é que as pesquisas demonstram rejeição de parte dos colombianos a essa incorporação. O diálogo vai continuar com reuniões em Havana, capital de Cuba, em 15 de novembro, para tratar do tema do desenvolvimento agrário. Esperamos que se faça a paz para o bem de todos. (geralda.alves@ufrgs.br)


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GREJA &

COMUNIDADE

Catequese

Solidário Litúrgico

“Eu e meu grupo”

4 de novembro - 31o Domingo do Tempo Comum Cor: branca

FESTA DE TODOS OS SANTOS 1a leitura: Livro do Apocalipse (Ap) e uma atitude diferente diante de qualquer 7,2-4.9-14 realidade ou pessoa. Quem tem o espírito de Salmo: 23(24),1-2.3-4ab.5-6 (R/.cf 6) Jesus misericordioso terá a mesma atitude 2a leitura: 1a Carta de João (Jo) 3,1-3 de Deus que é amor, perdão compassivo, Evangelho: Mateus (Mt) 5,1-12a compreensão, ajuda, partilha, solidariedaPara melhor compreensão dos comen- de... será presença do próprio Deus ali onde tários litúrgicos leia, antes, os respectivos vive e onde se relaciona com os demais. E textos bíblicos. será feliz, promessa de Jesus. Comentário: O Evangelho deste dominBem-aventurados os que promovem a go (Mt 5,1-12 a) nos leva a refletir sobre as paz, porque serão chamados filhos de Deus chamadas “Bem-aventuranças”, carta-magna (5,9). Quem olha a vida e a gente com olhos do projeto do Reino do Senhor Jesus. Neste misericordiosos sempre é um promotor da comentário, queremos ressaltar duas das paz. Nosso Deus, Pai/Mãe de Jesus Crissete bem-aventuranças: a bem-aventurança to, é o Deus da paz (Rm 15,33; 16,20). A dos misericordiosos e dos que promovem promoção da Paz, do Shalom hebraico, é a paz. De alguma maneira, estas duas bem- consequencia e fruto da misericórdia. A paz, aventuranças são centrais e referenciais do proposta pelo Evangelho, é a dignidade da Reino de Jesus, reino de mulheres e homens vida em todos os sentidos. Não é uma paz misericordiosos e promotores da paz na famí- meramente pessoal, egoísta, nem sequer lia, na comunidade, na sociedade, no mundo. apenas uma paz familiar; é uma luta pela paz Bem-aventurados os misericordiosos na sociedade e nas relações entre povos e naporque alcançarão misericórdia (5,7. Mise- ções. Num tempo de violência nas relações ricórdia é uma palavra composta por “misé- familiares e sociais, ser promotor da paz é ria e coração”, é olhar para as limitações e compromisso de quem se diz cristão. Quem necessidades do outro com o coração e não for misericordioso e se empenhar pela paz com a razão. Quem olha a vida e a gente será feliz, será bem-aventurado. Nesta e na com olhos misericordiosos tem uma visão outra vida. Palavra do Senhor Jesus.

11 de novembro - 32o Domingo do Tempo Comum Cor: verde

1a leitura: 1o Livro dos Reis (Rs) 17,10-16 Salmo: 145(146),7.8-9a.9bc-10 (R/.1) 2a leitura: Carta de S. Paulo aos Hebreus (Hb) 9,24-28 Evangelho: Marcos (Mc) 12,38-44 Comentário: Jesus era um grande e detalhista observador das atitudes das pessoas do seu tempo. Jamais condenou pessoas, por mais erradas que estivessem; suas críticas, por vezes muito fortes, se dirigiam sempre às atitudes, aos “frutos”, às relações das pessoas. No Evangelho deste domingo, Jesus observa os fiéis na “fila das ofertas”. E não perde a oportunidade para alertar seus discípulos: Cuidado com os escribas, fariseus e mestres da Lei! Eles gostam de andar para lá e para cá, usando capas compridas e gostam de ser saudados respeitosamente nas praças; preferem os lugares de honra nas sinagogas e os melhores lugares nos banquetes; exploram as viúvas e roubam os seus bens; e, para disfarçarem, fazem longas orações. Chamando os discípulos, Jesus pergunta: viram aquela pobre e humilde viúva? Pois saibam que ela deu mais do que todos os

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outros. Porque os outros deram do que estava sobrando; ela, porém, deu do que tinha para viver (cf . Mc 12,38-44). Aqui cabe uma pergunta honesta para nós mesmos: as coisas boas que faço, minha contribuição às obras sociais, minha colaboração nos ministérios da comunidade buscam o reconhecimento público, estimulam minha vaidade, são afirmação de status perante os outros, ou vêm de um desejo sincero do coração por mais justiça, mais paz, mais amor na comunidade e na sociedade? Em Aparecida, os bispos afirmam, com todas as letras:"Também encontramos Jesus de um modo especial nos pobres, aflitos e enfermos (cf. Mt 25,37-40), que exigem nosso compromisso e nos dão testemunho de fé, paciência no sofrimento e constante luta para continuar vivendo. Quantas vezes os pobres e os que sofrem realmente nos evangelizam! No reconhecimento desta presença e proximidade e na defesa dos direitos dos excluídos encontra-se a fidelidade da Igreja a Jesus Cristo". (attilio@livrariareus.com.br)

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Uma dinâmica para os catequistas

o meio da sociedade, tão alterada pelo individualismo, pelo descontrole do prazer, pela ambição, Jesus Cristo continua convocando os jovens de hoje para oferecer a todos os verdadeiros valores. Aos jovens cabe, mais do que nunca, a missão de serem “catequistas” nos ambientes em que vivem, manifestando pelo exemplo a alegria do seguimento de Jesus. É preciso anunciar, pela própria vida feliz, a beleza do amor gratuito, do desapego e da partilha, da reconciliação e da esperança em Cristo Ressuscitado: “Caminho, Verdade e Vida”.

Para trabalhar assim com estes jovens e crianças, os catequistas precisam sempre avaliar o seu trabalho e tentar atualizar-se. Propomos uma dinâmica: Objetivo: Avaliar o grupo de catequistas da comunidade e a contribuição de cada um para uma animação catequética mais viva e eficaz. Descrição: Numa folha, cada um responde, individualmente, as perguntas: • O que me agrada no meu grupo de catequistas? • O que não me agrada? • O que recebo dele? • O que deixaria de ganhar se ele desanimasse? • O que recebo de cada um dos meus amigos catequistas? (nomeie um por um) • O que eu estou oferecendo ao meu grupo? • Qual a maior alegria que tive com esse grupo. • E a maior tristeza? • O que nós deveríamos modificar, para melhor atingir os catequizandos? Reunir, então, as folhas e distribuí-las novamente para que ninguém saiba de quem é a folha que recebe. É importante ressaltar que não se trata de discutir as coisas em profundidade, mas, principalmente, de todos se escutarem reciprocamente. Depois de se ter ouvido todos, pode-se fazer uma discussão e tomar decisões do que fazer para que o grupo e a animação catequética seja mais unida e eficaz na missão. Retirado de “Missão Jovem”- Dom Luciano de Almeida


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SPAÇO DA

RQUIDIOCESE

Imagens: Pascom

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Coordenação: Pe. César Leandro Padilha

Jornalista responsável: Magnus Régis - (magnusregis@hotmail.com) Solicita-se enviar sugestões de matérias e informações das paróquias. Contatos pelo fone (51)32286199 e pascom@arquidiocesepoa.org.br Acompanhe o noticiário da Pascom pelo twitter.com/arquidiocesepoa Facebook: Arquidiocese de Porto Alegre

Realizado o encontro Inter-Seminários

Arquidiocese celebrou a Abertura do Ano da Fé A comunidade arquidiocesana de Porto Alegre se uniu à Igreja no mundo para celebrar o Ano da Fé, na noite do dia 11 de outubro, na Catedral Metropolitana de Porto Alegre. O arcebispo metropolitano, Dom Dadeus Grings, presidiu a celebração eucarística que foi concelebrada pelo arcebispo emérito, Dom Altamiro Rossato e pelo bispo-auxiliar Dom Jaime Spengler. A celebração iniciou no átrio da Catedral. As portas do local estavam fechadas. No começo da celebração, os fiéis acenderam a vela junto ao Círio Pascal. Dom Dadeus lembrou que a passagem pela porta da Igreja lembra Jesus Cristo “que é a porta da fé que nos conduz a Deus Pai, que está sempre aberta para o caminho da fé que dura a vida inteira”. Em seguida, com o Báculo Pastoral, o arcebispo abriu as portas da Catedral para a passagem dos fiéis e presbíteros. A partir de então, estava oficialmente aberto o ano da fé na Arquidiocese de Porto Alegre. A celebração eucarística seguiu com a reinauguração do órgão de tubos da Catedral. Por mais de 30 anos longe da Catedral Metropolitana e completamente restaurado, o órgão voltou a embelezar as celebrações no templo maior da Arquidiocese. Após a benção de Dom Dadeus, o instrumentou voltou a ser tocado e em momento mais oportuno: o canto do Glória foi a primeira música a ser tocada pelo Irmão Renato Koch. O órgão foi adquirido para a Igreja de Porto Alegre no ano de 1870, por Dom Sebastião Dias Laranjeira. Em sua homilia, o arcebispo metropolitano lembrou que a proclamação do Ano da Fé acontece junto com a Celebração dos 50 anos do Concílio Vaticano II. Para Dom Dadeus, o Concílio foi o maior acontecimento do século XX por projetar a fé cristã, trazendo a beleza e a profundidade do Evangelho para mais perto das pessoas. Sobre o Ano da Fé, o pastor da Igreja local destacou a essência deste tempo privilegiado: “O Ano da fé é importante por mostrar em quem nós cremos. Cremos em Jesus Cristo que dá testemunho do Pai. Cremos em Deus

Criador e no Espírito Santo. Nós cremos em pessoas e essas pessoas nos dão a segurança para que a nossa verdade não chegue a diminuir ou falhar. É muito mais fácil crer em Deus do que na nossa própria razão, porque Deus é mais forte”. Dom Dadeus lembrou o Sínodo dos Bispos, que acontece em Roma, que debate a Nova Evangelização. O Sínodo chama a atenção para a vivência da fé em Jesus Cristo. Em associação ao Ano da Fé, o arcebispo ressaltou que o Papa deseja que cada fiel analise a natureza e a profundidade da fé cristã. “A fé nos faz ver o invisível. Por isso nós celebramos este momento importante para crescer durante este ano em nossa fé. Por isso, nós fizemos esta inauguração deste Ano em nossa Catedral, para entrarmos cada vez mais nesta Igreja, nas Igrejas da arquidiocese onde vamos beber desta fé, aprofundá-la e dali levá-la para nossas casas, para nossa rua, nosso trabalho, em todos nossos momentos”, disse. Também o lançamento do livro “Guia Artístico-Cultural da Catedral Metropolitana de Porto Alegre”, de autoria de Dom Antônio Cheuiche, foi lançado nesta mesma noite. O livro retrata os traços históricos e culturais de capital gaúcha a partir do projeto arquitetônico e desenvolvimento da construção do prédio da Catedral Metropolitana, levando o leitor a perceber o contexto de forma integral, aliando sua dimensão física à dimensão espiritual. Quem participou da Santa Missa levou um exemplar para casa. Na abertura do Ano da Fé as autoridades civis marcaram presença. O secretário estadual do Esporte e do Lazer, Kalil Sehbe, representou o governador Tarso Genro. O prefeito José Fortunati foi representado pelo coordenador de Assuntos Institucionais, Gil Soares Almeida, e o vereador professor Garcia representou a Câmara Municipal de Porto Alegre. Também marcou presença a Diretoria do Banrisul, instituição que patrocinou o Guia Histórico-Artístico da Catedral Metropolitana.

No dia 19 de outubro, aconteceu o tradicional encontro entre os seminários da Arquidiocese de Porto Alegre. Reunidos em Viamão para um dia de oração e convivência, encontraram-se os seminaristas e formadores do Seminário Maior Nossa Senhora da Conceição e o Seminário Menor São José de Gravataí. O encontro iniciou por volta das 14 horas com a Celebração da Eucaristia, presidida pelo reitor do Seminário Maior, que acolhia o encontro, Pe. Leandro Miguel Chiarello. Todos os formadores dos dois seminários se fizeram presentes. Após a missa, aconteceu um momento de convivência, seguido do momento de esportes e do tradicional jogo de futebol: Viamão contra Gravataí. À noite, os seminaristas reuniram-se por vicariatos e o encontro encerrou-se com o jantar. Atualmente, o Seminário Menor de Gravataí acolhe os cursos do Ensino Médio e Propedêutico. E no Seminário Maior de Viamão residem os seminaristas que cursam as Faculdades de Filosofia e Teologia.

Seminaristas tiveram encontro em Viamão

Lançado o Guia Histórico-Artístico da Catedral de Porto Alegre

Os detalhes da construção, dos aspectos arquitetônicos e culturais do templo maior da Arquidiocese de Porto Alegre – A Catedral Metropolitana – ganharam as páginas com a publicação “Guia Histórico-Artístico da Catedral Metropolitana”. O livro foi lançado no dia 11 de outubro, durante a Celebração de Abertura do Ano da Fé e configura-se como um importante instrumento de regaste e valorização da história de um dos prédios mais importantes de todo o Estado. A publicação é de autoria do bispo emérito de Porto Alegre, Dom Antônio do Carmo Cheuiche, falecido em 2009. Especialista em arte sacra, Dom Antônio retratou, ao longo das 113 páginas e oito capítulos, um estudo aprofundado sobre os segredos de cada espaço do local, colocando o espaço não apenas como um templo, mas de um prédio cujas características históricas e culturais estão intimamente ligadas à cidade de Porto Alegre. A publicação do livro foi viabilizada por meio da Lei de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura, Banrisul e do Governo do Estado do Rio Grande do Sul. O lançamento aconteceu na noite do dia 11 de outubro, data em que os católicos lembraram a Abertura do Concílio Vaticano II, a Abertura do Ano da Fé e a antiga festa da Mãe de Deus, padroeira desta arquidiocese. O evento foi bastante prestigiado: bispo, padres, religiosos, patrocinadores e a comunidade em geral foram até a Catedral Metropolitana para acompanhar o ato de lançamento. A arquiteta e professora Anna Maria Py Daniel Busko e o fotógrafo André Irala Simão, integrantes da equipe que elaborou o livro, destacaram o caminho percorrido até a publicação da obra. De acordo com a professora Anna Maria, a ideia do livro partiu da demanda feita pelo Pe. Carlos Steffen, então pároco da Catedral: “No ano de 2006, Dom Antônio nos entregou o primeiro manuscrito. O grupo de pesquisa assumiu a responsabilidade de editá-lo, enriquecendo a publicação imagens do projeto original do acervo da Catedral que se encontra na Universidade do Vale do Rio dos Sinos e com os preciosos registros fotográficos feitos pelo então discente do curso de comunicação, André Simão”. O projeto do livro ficou parado por alguns anos, sendo reativado em 2011 por iniciativa do pároco da Catedral, Pe. Gustavo Haas. Recordando o autor do livro, a professora Anna Maria o qualificou como figura ímpar que prestou relevante serviço à sociedade. A professora destacou ainda que o livro configura-se como uma iniciativa de preservação da memória de Porto Alegre: “Ao disponibilizar esta arquitetura à sociedade porto-alegrense, pretende-se subsidiar e incentivar a população e as instituições a tomar consciência dos valores do patrimônio arquitetônico edificado, contribuir significativamente para a valorização e preservação da memória social, cultural, arquitetônica e urbana da cidade de Porto Alegre”, enfatizou.


Porto Alegre, novembro de 2012 - 1a quinzena

Livrarias católicas na Feira do Livro de P. Alegre Padre Reus, Edipucrs, Paulinas, Paulus, Unisinos e Vozes estão novamente na maior feira de livro a céu aberto da América Latina em sua 58a edição. Os livros de seus catálogos, com os tradicionais descontos, estarão expostos, respectivamente, nas bancas 22 – Livraria Padre Reus; 21– Edipucrs; 11 – Paulinas; 6 – Paulus; 88 – Unisinos; e 56 – Vozes. A Livraria Padre Reus programou sessão de autógrafos para o livro Memoriando a História do Sul (capa ao lado), de autoria do escritor e historiador Ruy Nedel. Será às 18 horas do dia 6 de novembro. A Edipuc tem programadas 20 sessões de autógrafos de obras de Zilá Bernd, Maria Eunice Moreira e Ana Maria de Mello; Achylles Chiappin; Rosane Machado; Souvenir Dornelles, entre outros. Entre 26 de outubro a 11 de novembro – ao longo de 17 dias – a 58a Feira do Livro de P. Alegre terá 670 sessões de autógrafos, 195 atividades infantis e juvenis, 175 encontros com o livro e 30 oficinas literárias. Mais detalhes no site www.feiradolivro-poa.com.br.

Perto de Deus... perto dos pobres

Bárbara Maix

Liturgia da Memória de Bárbara Maix A fundadora da Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria tem agora liturgia das Horas e da Missa Especial comemorativa à data de sua beatificação, ocorrida em solenidade em Porto Alegre, em 6 de novembro de 2010. Os textos litúrgicos foram recentemente autorizados pelo arcebispo Dom Dadeus Grings e podem ser usados em todas as celebrações eucarísticas daquele dia.

É o título do Documento Final do Congresso Continental de Teologia, encerrando na primeira quinzena de outubro último na Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Unisinos, em S. Leopoldo. O texto lembra os 50 anos da abertura do Concílio Vaticano II e os 40 do início da Teologia da Libertação. Do evento participaram 750 pessoas, entre jovens e adultos, laicas e laicos, religiosas e religiosos, sacerdotes e bispos e irmãs e irmãos de outras denominações cristãs, provenientes dos diferentes países da América Latina e do Caribe, da América do Norte e da Europa. O documento relata que se refletiu "criativamente em painéis e oficinas sobre aspectos importantes do povo de Deus e que desafiam a nossa tarefa teológica e pastoral". Recorda especialmente a figura iluminada e cativante do Papa João XXIII, "de quem evocamos o gesto de abrir portas e janelas para que a Igreja católica aprendesse que para ser mãe e mestra necessitava tornarse filha e discípula". Recorda também Paulo VI "que acertou em colocar lucidez e audácia nos trabalhos do Concílio e na caminhada do povo de Deus do imediato pós-concílio". Reafirma a convicção "de que o caminho que iniciamos em Medellin, continuará sendo nosso caminho neste tempo. Tomamos consciência, também, das exigências que supõe o novo contexto cultural, social, político, econômico, ecológico, religioso e eclesial, agora globalizado, depredado e excludente". Mais adiante afirma: "Conscientes de que a "Igreja deve escutar os signos dos tempos e interpretá-los à luz do Evangelho” (GS 4), queremos passar aos tempos dos signos e fazer um processo de construção coletiva que

articule nosso pensar, sentir e atuar. Este processo supõe um esforço de escuta atenta de diferentes testemunhos e experiências, convicções e olhares, em uma ação que nos desafia hoje de nossos diferentes contextos e nos leva a apostar por um presente que tenha futuro. Os tempos mudaram. Isto nos levou a fazer uma pausa e articular nossa teologia latino-americana com realidades e saberes que não estiveram presentes nos trabalhos do Vaticano II. Para nós, são novos clamores que vêm dos migrantes, das mulheres, dos povos originários e afro-descendentes, das novas gerações e de todos os novos rostos de exclusão que emergem desde a invisibilidade". E conclui: "Estes gemidos são frutos de um sofrimento, que buscamos compartilhar com paixão com os que são privados de uma vida digna, de um "bem viver” (Sumakausai) como Deus quer. Acreditamos que este Congresso marque o começo de uma nova etapa. Para isso está sendo organizado. Algo novo está brotando e cada vez nos damos mais conta (Is. 43,13). Queremos que esse futuro esteja marcado pela fidelidade, fecundidade, a criatividade e a alegria. Nossa tarefa teológica deve acertar a assumir os novos desafios em plena sintonia com a Palavra de Deus, sob a ação do Espírito e em profunda comunhão com os pobres que para nós são os preferidos de Jesus. Tem que ser assim já que "tudo o que tem a ver com Cristo, tem a ver com os pobres e tudo o que é relacionado com os pobres chama a Jesus Cristo” (DA 393). Durante o congresso olhamos para adiante e olhamos distantes, até o futuro; deixa-nos com sonhos e com vontade de torná-los realidade".

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