IMPRESSO ESPECIAL CONTRATO No 9912233178 ECT/DR/RS FUNDAÇÃO PRODEO DE COMUNICAÇÃO CORREIOS
Ano XVIII - Edição N o 631 - R$ 2,00
Porto Alegre, abril de 2013 - 1 a quinzena
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Francisco, o Papa dos pobres
A experiência humana Este é o assunto abordado pelo arcebispo metropolitano Dom Dadeus Grings em “A Voz do Pastor”, na página 2. Ele afirma que “temos dois modos de aprender e progredir na vida: um pela experiência dos outros e outro pela experiência própria.”
Comitê debate projeto para atender crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade
De tendência moderada, é homem de poucas palavras, mas de grande prestígio por sua total disponibilidade e forma de vida distante de qualquer ostentação. Assim é o cardeal jesuíta Jorge Mário Bergoglio, o Papa Francisco, eleito em 13 de março de 2013 e empossado em 19 de março, dia de S. José, Protetor da Igreja. As revelações de seu passado de defesa e ajuda aos pobres e os exemplos de simplicidade dos primeiros dias de papado conquistaram o mundo. Uma mudança de rumo está em marcha no Vaticano. Contracapa
Página 11 Quem fica de joelhos diante de Deus é capaz de ficar de pé diante de qualquer adversidade (Antônio M. Galvão).
As mulheres e a Ressurreição Divulgação
Diferentemente dos homens, elas estavam lá. Acompanharam os últimos passos de Jesus na subida ao Calvário. Ali ficaram até o fim e O sepultaram. E foram elas as primeiras testemunhas da sua Ressurreição. No início do cristianismo, o protagonismo feminino foi marcante. Mulheres com mais posses ofereciam as suas casas para as celebrações litúrgicas e o ensino do Evangelho. À medida que aumentaram os adeptos, construíram-se igrejas e a mulher deixou de estar no seu meio. A liderança comunitária foi-se centrando cada vez mais na figura do bispo, tendo como modelo o pai ‘romano’, o paterfamilias. Passados dois mil anos, elas, aos poucos, estão reconquistando espaço. Hoje, são elas que estão à frente de quase todas as ações de caridade e solidariedade e têm presença atuante nas celebrações litúrgicas e nas atividades paroquiais.
Páginas centrais e editorial
Mulheres delegadas e Bolsa-Família É o título do artigo da professora e doutora em Psicologia Juracy C. Marques, que faz algumas reflexões com relação ao Dia Internacional da Mulher, comemorado a 8 de março passado. Para ela, todo dia é Dia da Mulher, pois os seus afazeres não se alteram. Leia na página 5.
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RTIGOS
Voz do Pastor Dom Dadeus Grings
Editorial
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Arcebispo Metropolitano de P. Alegre
O papel da mulher na Igreja
ois temas são centrais nesta edição do Solidário: a festa que fundamenta e dá sentido à nossa fé cristã, a Páscoa, ressaltando o protagonismo da mulher na vida de Jesus e, particularmente, nos dias após a sua ressurreição (centrais) e, obviamente, a eleição do novo papa (capa e contracapa), com todas as (boas) expectativas que este jesuíta “franciscano” vem suscitando. Se historicamente a mulher foi tida e havida como “menor” na igreja católico-romana, excluída da participação plena em todas as instâncias de serviço da e na comunidade cristã que lhe confere o batismo, no princípio não foi assim. Quando temos a coragem de nos desvestir de alguns ou muitos resquícios de uma “maquiagem” masculinizante das primeiras comunidades cristãs, tributo pago à cultura imperante da época por aqueles que nos passaram algo da vida e da prática dos primeiros tempos do cristianismo, não é difícil sentir que, na prática “pastoral” de Jesus, a mulher teve, sim, papel protagônico. E não é preciso pinçar aqui e ali algum fato isolado desta prática de Jesus; ele recupera a dignidade primigênia da mulher – Deus os criou homem e mulher – e a coloca no seu devido lugar como filha de Deus, no mesmo nível de dignidade do homem. O apóstolo Paulo diria, numa de suas cartas, que, em Cristo Jesus, já não há diferença entre homem e mulher. Por ser marginalizada e oprimida na sua cultura, na nova cultura de Jesus ela recebe um papel de destaque, explicitado em várias passagens bíblicas. Esta revolução de gênero possivelmente tenha sido um motivo a mais que levou Jesus à condenação e morte de cruz. No primeiro dia da semana de um novo tempo, são elas, as mulheres, as primeiras privilegiadas testemunhas da ressurreição do Senhor. Madalena reconheceu Jesus vivo quando o ouviu chamando-a por seu nome: “Maria”. “O cardeal da primeira vez”. Assim poderia ser anunciada a eleição de Jorge Mario Bergoglio para substituir a Bento XVI como bispo de Roma e Papa da Igreja católicoromana: Bergoglio é o primeiro Papa do hemisfério sul, o primeiro Papa jesuíta e o primeiro Papa que assume o nome de Francisco. Ainda estamos todos impactados por esta surpressiva eleição: o nome do cardeal argentino não constava na “lista de apostas” dos possíveis papas. Repetiu-se o chavão: vários dos que entraram como papa no conclave, saíram como cardeais... Os primeiros pronunciamentos e manifestações de Francisco permitem alimentar uma grande esperança de novos tempos na e para a Igreja. Desde este nosso modesto espaço midiático, solidários com a Igreja universal, oramos ao Espírito Santo do Senhor para que ilumine a Francisco, lhe dê força e coragem para confirmar o que está bem na Igreja e mudar o que precisa ser mudado. Para que a Igreja seja, realmente, um lugar de salvação, não de condenação, um lugar misericordioso e acolhedor, uma Igreja mais pobre, simples, despojada e, assim, ganhe maior credibilidade e tenha sentido para a humanidade. (attilio@livrariareus. com.br)
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Conselho Deliberativo
Presidente: Agenor Casaril Vice-presidente: Jorge La Rosa Secretário: Marcos Antônio Miola
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Voluntários Diretoria Executiva
Diretor Executivo: Adriano Eli Vice-Diretor: Martha d’Azevedo Diretores Adjuntos: Carmelita Marroni Abruzzi, Elisabeth Orofino e Ir. Erinida Gheller Secretário: Elói Luiz Claro Tesoureiro: Décio Abruzzi Assistente Eclesiástico: Pe.Attílio Hartmann sj
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A experiência humana
emos dois modos de aprender e progredir na vida: um pela experiência dos outros e outro pela experiência própria. Teoricamente se fala de dois outros modos de conhecer: um, por dedução, partindo dos princípios para a aplicação; e outro, por indução, subindo da experiência para os princípios, ou da prática para descobrir as leis. Se não admitirmos princípios inatos, adquirimo-los pela experiência, a partir das quais procedemos à dedução.
É certo que cada pessoa, desde sua infância, tem e faz experiências. Mas fica muito limitada, tanto no espaço como no tempo. Fala-se até de complexo condicionado para denunciar certas práticas como inaudênticas. Nossas experiências pessoais necessitam de alguma comprovação de outros, que façam e confirmem a mesma coisa. Temos então como que uma lei estatística. Por sorte ou dádiva, temos memória, e se inventaram meios para conservá-la ao longo dos tempos, quer por escrito, quer por monumentos, quer por gravações. A linguagem permite a conservação das experiências e, consequentemente, sua socialização. As experiências mais marcantes ficam gravadas na memória da humanidade e passam de geração em geração. Vão pautando sua vida. Muito mais que por ideias e princípios, são os costumes, as práticas e tradições que se propagam. S. Paulo, com todo o cabedal de conhecimentos que armazenou, chega a apelar para as tradições, dizendo que se alguém não quiser se convencer pelos argumentos, saiba que se trata de costumes entre eles. O que não passa para a vida, permanece abstrato e teórico, bom talvez para palestras, mas inócuo para a convivência. A Igreja, no plano da fé, fala da Bíblia e da tradição para apresentar os canais pelos quais nos chega a revelação divina. A Bíblia traz a palavra escrita, e a tradição transmite a prática
Conselho Editorial
Presidente: Carlos Adamatti Membros: Paulo Vellinho, Luiz Osvaldo Leite, Renita Allgayer, Beatriz Adamatti e Ângelo Orofino
Diretor-Editor Attílio Hartmann - Reg. 8608 DRT/RS Editora Adjunta Martha d’Azevedo
da fé. Uma é critério de hermenêutica da outra. Na base, porém, está um fato, que retrata uma experiência de duas mãos. De um lado está a Palavra de Deus, tornada visível pela Criação e em Jesus Cristo, onde assumiu um rosto humano; e, de outro lado, estão os discípulos, que a experimentam e acolhem. Nós não somos a palavra de Deus, mas seus discípulos. Portanto nos espelhamos na experiência que fizeram aqueles que creram. Eles nos mostram o que significa, concretamente, e o que implica esta palavra na vida humana. E isto ao longo dos séculos. A humanidade faz, ao longo dos séculos, sua experiência de vida. Saímos em busca das origens e procuramos as fontes de nossa civilização. Assim como a memória de cada homem é frágil e esquece muitas coisas, ficando só com as mais significativas, acontece também com a humanidade: não consegue registrar nem transmitir todas as experiências que fez ao longo dos tempos. Infelizmente, assim como acontece com a memória de cada um, a memória da humanidade nem sempre esquece o que deveria esquecer e nem sempre lembra o que deveria lembrar. Faz, quase que sub-repticiamente, uma seleção, nem sempre proveitosa e feliz. Procede mais ou menos como nossos meios de comunicação, que distinguem acuradamente entre o joio e o trigo, mas, na hora da opção, preferem realçar somente o joio.
Redação Jorn. Luiz Carlos Vaz - Reg. 2255 DRT/RS Jorn. Adriano Eli - Reg. 3355 DRT/RS
Revisão Ronald Forster e Pedro M. Schneider (voluntários) Administração Elisabete Lopes de Souza e Norma Regina Franco Lopes Impressão Gazeta do Sul
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AMÍLIA &
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OCIEDADE
Sexualidade: o desejo do outro Deonira L. Viganó La Rosa Terapeuta de Casal e de Família. Mestre em Psicologia
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or que sexualidade e violência frequentemente estão relacionadas, se cada um dos cônjuges aspira à união total e pacífica com seu eleito? Por que esta harmonia dos corpos não acontece sempre naturalmente, quando um amor forte une os cônjuges?
Com efeito, para certos casais, não é suficiente amarem-se apaixonadamente para conseguirem uma vida sexual satisfatória; as dificuldades sexuais que muitas vezes são sentidas por um ou por outro como falta de amor, na verdade podem ter bem outras causas... E o que faz mal ao casal e o faz sofrer é constatar que seu amor é impotente para tornar harmoniosas suas relações íntimas.
Todo encontro sexual acontece no mistério
A relação sexual é o encontro do outro na sua radical diferença: isto implica que cada um esteja suficientemente à vontade com sua própria sexualidade para poder acolher a sexualidade do outro sem medo, e sem negar a sua. Estar feliz em ser aquilo que a natureza o fez, homem ou mulher, é a primeira condição para uma boa integração da sexualidade. Esta integração não surge de repente mas é construída passo a passo ao longo do tempo, em base à educação e à história de cada um, e não está jamais concluída ou perfeita; ela tem suas cicatrizes que podem reavivar-se sem, contudo, estarem conscientes. A mulher e o homem sempre vão viver de maneira diferente suas experiências sexuais. O que cada um sente não é totalmente entendido pelo outro. A mulher não pode senão interrogarse sobre o que é a virilidade, e para o homem, a feminilidade permanece misteriosa. É justamente esta parte desconhecida e misteriosa, estranha para o outro, que faz acontecer a atração, mas também deixa pairar uma apreensão difusa que, em certas circunstâncias, pode transformar-se em angústia e suscitar movimentos de defesa, senão de agressividade.
Aparecem dificuldades de âmbito sexual...
Há períodos em que a harmonia deixa a desejar, mas isto não é preocupante. Entretanto, isto se torna prejudicial ao casal quando ele se resigna, banalizando ou justificando o fato, já que a relação sexual é um meio privilegiado de expressar o amor e de confirmar a identidade sexual do parceiro. A vida sexual não só expressa, como fomenta o amor. Lamentavelmente, marido e mulher pouco se falam sobre questões relativas a esta área. Ao terapeuta, mulheres relatam sentir-se humilhadas quando para seus maridos não passam de um objeto sexual. Outras dizem sentir-se humilhadas porque seus maridos já não as percebem como mulheres: ‘Serei ainda uma mulher para ele?
Eu não duvido de seu amor: ele me ama como a uma mãe, mas eu quero ser amada como mulher’. Homens também se sentem feridos em sua virilidade quando o olhar de sua mulher já não exprime o desejo de dar-lhes prazer.
Quem são estes homens, estas mulheres, que não querem ser tratados como objetos?
O homem e a mulher pertencem ao mundo das pessoas, o mundo dos sujeitos, radicalmente distinto do mundo dos animais e das coisas. A pessoa do outro é o único ser visível ao seu redor que é, como você próprio, um sujeito. Os comportamentos ditados pela cobiça do outro lesam gravemente seu direito a ser reconhecido e tratado como sujeito pessoal. Isso acontece particularmente na relação sexual. Aqui se pode compreender a profundidade do apelo à ternura na relação amorosa, apelo que às vezes se exprime indiretamente, até mesmo através de uma recusa, ou pela revolta ou raiva quando um
se sente tratado como objeto pelo outro. É o grito do corpo que quer ser amado, tocado com ternura pelo outro.
O grito do corpo é o grito da pessoa
Enquanto o olhar de volúpia sobre o corpo o coisifica e o fere profundamente, o olhar de ternura se dirige à pessoa toda inteira e reconhece sua beleza e a revela. O olhar de ternura não é um olhar interessado, mas um olhar amoroso, maravilhado, sob o qual o ser amado se sente reconhecido. Longe de ser somente a gratidão sexual pelo prazer recebido, a ternura que jorra da afetividade é também uma autêntica atitude pessoal, do ser por inteiro. A afetividade faz o homem sair de si para estar à escuta das mínimas manifestações de sua mulher e faz a mulher ultrapassar-se para sair de sua passividade e mostrar toda ternura a seu marido. A ternura assim expressa permite a ambos viverem a relação sexual como uma verdadeira relação interpessoal. Leitura base: D. Balmelle – Revista Alliance Andrew C./sxc.hu
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PINIÃO
A grande mentira
Saturação Carmelita Marroni Abruzzi
Antônio Mesquita Galvão
Professora universitária e jornalista
Filósofo, Escritor e Doutor em Teologia Moral
uando se leem jornais e revistas, a gente se espanta com muita coisa. Há, por exemplo, o relato de certa mãe que juntou dinheiro por vários anos para fazer as festas de 15 anos de suas filhas. Para nós, o custo de cada festa é “astronômico”. Mas, diz ela, “gastei tanto que resolvi economizar para meus 40 anos, pois não tive festa de 15 anos”! E todas as festas acabando com farta distribuição de “lembrancinhas” (caras, é claro), as mais inúteis!
obre isto eu já falei aqui e nos demais espaços onde escrevo: as realidades humanas sempre foram um misto de verdade e mentira, ética e farsa. A história da humanidade sempre foi narrada pela ótica hipócrita dos fortes, dos vencedores. Há fome em todos os quadrantes do mundo. Quando a grita geral se eleva muito, o que fazem os países ditos desenvolvidos? Mandam copinhos de água mineral, frascos de medicamentos vencidos, garrafas de soro glicosado. E esses paliativos resolvem? Se as supersafras fossem de feijão, arroz, trigo, frutas, milho e mandioca, aí sim, o combate à fome estaria sendo tratado com seriedade. Mas isso não serve de moeda internacional... Além disso, os poucos resíduos alimentares que ficam aqui, são irresponsavelmente estocados, tornados indisponíveis, apodrecendo em pouco tempo, enquanto tantos passam fome.
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Já outro jornal noticiou a moda, em São Paulo, de festas de 15 anos que duram 24 horas! Então, a debutante e suas amigas precisam dispor de vários vestidos, distribuem-se chinelos e rasteirinhas para passar o dia, providencia-se ambiente para o repouso! Ficamos sabendo, também, que em algumas festas é “chic” o espumante ser servido por uma garçonete que vem “voando” encher nossas taças. Imaginem a estrutura de cabos que tal “proeza” exige. E há um “spa” de alto luxo, em cujo instituto de beleza há 1.500 diferentes variedades de esmalte! Já outros preferem alugar casas de 10 ou 15 mil reais por dia em praias da moda de nosso litoral! E por aí segue a relação, incluindo até hotéis com piscina de água morna e esteira para exercitar cachorro gordo! Quando se constatam esses fatos, perguntas inevitáveis surgem: - Por que isto acontece? Essas pessoas não têm nada de mais útil para fazer? . Estariam essas pessoas tão saturadas com seu estilo de vida que buscam emoções mais fortes? - Mas aonde pretendem chegar? Será que têm planos e objetivos claramente definidos para suas vidas? Ou vivem apenas o momento presente, numa busca desenfreada de sensações novas? - Será que olham o mundo ao seu redor e para as carências e sofrimentos de tanta gente? - E o que restará? Como se sentirão ao final de suas vidas? Não sei, mas certamente não encontrarão a mesma paz interior daqueles que olharam o mundo à sua volta e deram parte de seu tempo e esforços para ajudar a humanidade que sofre. E são tantas as áreas que requerem nossa atenção, desde as crianças abandonadas num orfanato ou sofrendo num hospital, até os velhos que morrem sozinhos em camas de asilo. Talvez a imprensa dedique menos tempo a divulgar essas atividades, mas já vimos muitas obras e ouvimos muitos depoimentos, que, certamente, se constituem num valioso contraponto a tantas futilidades. Recentemente, por exemplo, emocionou-nos um boletim das “Petites Soeurs de Pauvres” (Irmãzinhas dos Pobres), congregação religiosa fundada pela Bem- aventurada Jeanne Jugan, em 1839, na França. Uma irmã deixa tudo para estar disponível 24 horas por dia, a fim de acompanhar uma pessoa idosa até seu fim natural. Para acolher essas pessoas, são 129 casas (“Ma Maison”) no mundo, das quais 50 na França. Essas irmãzinhas, como tantas outras pessoas, certamente não se sentirão saturadas, nem precisarão buscar emoções fortes em atividades fúteis e onerosas, pois encontram alegria, plenitude e paz espiritual, levando sorrisos e confortos a outros seres humanos que, envoltos na bruma cinzenta da dor e do sofrimento, esperam uma palavra amiga ou um gesto de carinho. (litamar@ig.com.br)
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Isso é um crime! Ao revés, apesar de largas extensões de terras, férteis, porém ociosas, o Brasil importa trigo, milho, feijão e arroz. Tudo para facilitar o mercado globalizado com outros países. É ou não uma grande mentira, todo esse artifício de notícias oficiais a respeito das supersafras? Há em tudo essa distorção, uma ponderável questão de ética Toda a crise social do Brasil passa por uma terrível crise de ética na sociedade civil, na política, nos poderes públicos, executivo (que não faz nada), legislativo (que faz leis em favor de pequenos grupos) e do judiciário (que sempre se omite). A lei no Brasil é como as cobras: só mordem quem está descalço. O cidadão insensível ou acomodado dirá que a fome ocorre porque o pobre é vagabundo, não gosta de trabalhar, porque tem muitos filhos. Essa de dizer que há oportunidades para todos é uma lenda que os acomodados criaram para
justificar sua inércia e jogar tudo no status quo. Nunca esquecendo que as “revoluções” ou golpes-de-estado ocorridos no Brasil nunca visaram mudanças, mas, tão-somente, impedir reformas. A fome, do jeito que se afigura, não se torna problema somente daqueles que a sofrem no estômago, mas de toda a sociedade que, fechando-se, elitizando-se, tornando-se insensível aos problemas de todos, cria essas terríveis distorções, capazes de gerar a intranquilidade e o desequilíbrio social. Muitos passam fome porque quem tem alimento disponível e supérfluo é incapaz de repartir. Na impossibilidade de obter os bens pelas vias normais, os miseráveis buscam auferir alguma coisa, pelo estelionato, pela violência que vai desde um simples furto até o assalto, o tráfico de drogas ou o sequestro. A sobrevivência, o estado de necessidade, às vezes pode levar ao caminho da revolta, da violência e da marginalidade.
Bento XVI não é nada disso... Cláudio Fonteles Jornalista
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lgumas passagens do livro-entrevista “Luz do Mundo”. O noticiário, em enxurrada, sobre a positiva e determinada atitude do Papa Bento XVI, como tudo que se faz, em enxurrada, impossibilita a serena avaliação sobre seu comportamento.
Velhos e mal abordados temas são avivados; midiáticas vozes são chamadas a, em uníssono, repetirem a desgastada tecla: líder conservador, retrógrado, fechado em esquema pensamental ultrapassado e, assim, arrastando a Igreja Católica a descompasso em relação ao mundo. Repito: a enxurrada leva tudo, de roldão; compraz-se no incapacitar a análise racional e, portanto, fundamentada. O Papa Bento XVI não é nada disso com que o carimbou o esquema midiático. Eu me permito, aqui, sugerir aos que têm diante dos olhos o que escrevo, a leitura de "Luz do Mundo - o Papa, a Igreja e os sinais do tempo", proveitosíssimo diálogo do Papa Bento XVI, porque o revela tal qual é, com o arguto jornalista Peter Seewald. Destaco, de todo modo, alguns trechos a embasar meu posicionamento. O Papa Bento XVI bem apresenta o significado do ser cristão, ao dizer: "Toda a minha vida sempre foi atravessada por um fio condutor, este: o cristianismo confere alegria, alarga os horizontes. Definitivamente, uma experiência vivida sempre e somente contra seria insuportável". (livro citado - pg. 27). Por isso, e com coerência, linhas adiante disse na entrevista: "Hoje, sobretudo, o Papa tem o dever de lutar em toda parte pelo respeito aos direitos humanos, como íntima consequência da fé no fato de que o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus, e que tem uma vocação divina. O Papa tem o dever de empenhar-se pela liberdade, contra a violência e contra as ameaças de guerra. Do profundo de seu coração, está obrigado a lutar pela conservação do criado, a opor-se a sua destruição." (livro citado - pg. 37). Tornando ao Papa Bento XVI, quando questionado por Seewald a respeito do tema da pedofilia, deixou bem
claro que: "O senhor tem razão, é um pecado muito grave se alguém que, na realidade, deveria ajudar as pessoas a encontrar o caminho para Deus, alguém a quem se confia uma criança, um adolescente, a fim de encontrar o Senhor, ao contrário, abusa deles e os distancia do Senhor. Dessa forma, a fé, como tal, fica desacreditada, a Igreja já não pode colocar-se de maneira convincente como anunciadora do Senhor. Tudo isso nos perturbou, ainda hoje me convulsiona interiormente." (livro citado - pg. 43). Para concluir: "Ademais, faz parte também da verdade o fato de que devo punir quem pecou contra o verdadeiro amor." (livro citado - pg. 44). Como falar-se de atitudes de acobertamento do Papa Bento XVI? Exposto em raciocínio límpido e seguro, o Papa Bento XVI trata dos chamados temas atuais com primorosa argumentação. Disse: "Quando, por exemplo, em nome da não discriminação quer-se constranger a Igreja Católica a mudar a própria posição no que tange à homossexualidade ou à ordenação sacerdotal das mulheres, isto significa que já não lhe é permitido viver a própria identidade, erigindo, ao contrário, uma abstrata religião negativa como critério tirânico último, ao qual todos devem dobrar-se. E essa seria a liberdade, pelo simples fato de que nos livraria de tudo o que veio antes." (livro citado - pg. 73/74). E definitivo: "Há o perigo de que a razão, a chamada razão ocidental, afirme ter finalmente descoberto o que é justo e apresente uma pretensão de totalidade que é inimiga da liberdade. Creio ser necessário denunciar com força esta ameaça. Ninguém é obrigado a ser cristão. Contudo, ninguém deve ser constrangido a viver segundo a nova religião como se fosse a única e verdadeira, vinculante para toda a humanidade." (livro citado - pg. 74 ). (Fonte: www.zenit.org)
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SICOLOGIA
Mulheres delegadas e Bolsa Família Juracy C. Marques Professora universitária, doutora em Psicologia
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propósito do Dia Internacional da Mulher (8 de março) cabem algumas reflexões: por que um Dia da Mulher? Poderíamos dizer que todo dia é Dia da Mulher, pois os seus afazeres não se alteram. Modernamente, ela é esposa, dona de casa, mãe (ou não), profissional com obrigações e horários a serem cumpridos, sejam eles mais rígidos ou mais flexíveis, com todos esses papeis sendo desempenhados em benefício da família, ao mesmo tempo.
O que está, na verdade, em discussão, é a desigualdade, com que as mulheres são tratadas em conformidade com os cânones sociais e culturais que exigem ou privilegiam os homens de acordo com ancestrais preconceitos de gênero. Por trás e como justificativa está o ‘monstro do paternalismo’, segundo algumas feministas mais exaltadas. Assim, as mulheres passam do ferrenho domínio do Pai para a dominação total do Marido, no papel de exclusivo provedor do sustento dela e de sua prole. Mas em algumas sociedades, ditas mais avançadas, este quadro de desigualdade tem se modificado drasticamente, trazendo consequências ainda não bem assimiladas nos modos de convivência familiar, bem como nas atribuições profissionais. Para alguns, as mulheres invadiram certos campos de exercício profissional que eram estritamente masculinos.
Mulheres delegadas
Na edição de 6 de janeiro de 2013, Zero Hora (www.donna zh.com.br) apresenta uma instigante reportagem sobre a rotina de algumas delegadas de Polícia que atuam no Rio Grande do Sul. “Elas encaram o ambiente masculino das delegacias de salto alto e vestido justo”. É interessante, também, mencionar que, nesta mesma época a Rede Globo exibia em horário nobre a novela Salve Jorge, na qual a personagem principal é uma delegada chiquérrima que combate duas vilãs, não menos chiques, no tráfico de mulheres que, ao serem enganadas sobre possíveis ganhos extras no exterior, de fato são empurradas e escravizadas como prostitutas, em bordéis. Tanto o papel de delegada como o de chefe do bando de bandidos não faziam parte de nossos costumes no que se refere a atividades profissionais femininas. Pode-se acrescentar que é possível que isto já existisse, que o avanço quanto à mudança de papéis se deve mais à ousadia e transparência da Mídia, em função da democratização dos meios de comunicação, no que se refere à liberdade de expressão.
Bolsa Família
A antropóloga Walquiria Domingues Leão Rego realizou uma pesquisa, ao longo de cinco anos, com mais de cem beneficiárias (Revista Marie Claire, edição de dezembro, 2013), revelando dados surpreen-
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Cartão Bolsa-Família oportunizou às mulheres poder de escolha, já que ele vem em nome delas e não no dos maridos
dentes sobre o efeito do auxílio na vida dessas mulheres de algumas das regiões mais pobres do país, como o interior do Piauí, o litoral de Alagoas, o Vale do Jequitinhonha, em Minas e a periferia do Maranhão”(letícia.duarte@zerohora.com.br). A principal constatação, porém, é que “o dinheiro da Bolsa-Família trouxe mais do que aceso a bens: oportunizou pela primeira vez poder de escolha para mulheres acostumadas a ter seus desejos sufocados pelo machismo e pela pobreza”. Como o cartão estava em seu nome, e não no nome do marido, puderam tomar decisões relativas ao que comprar. “Isso marcou mudanças significativas, desde o consumo de Danoninho para os filhos, até de batom para aumentar sua autoestima”. Mas o que mais chamou atenção foram alterações mais profundas, como maior procura por consultas médicas com ginecologistas, psicólogos de família e orientadores educacionais – como reflexo da vontade de cuidar do próprio corpo, de sua saúde e do acompanhamento dos filhos na escola. Algo
incomum numa “cultura patriarcal que as ensina desde crianças a obedecer sem questionar, mesmo quando maltratadas”. A pesquisa mostra que com o Bolsa-Família a mulher pode, por fim, apropriar-se de seu próprio destino.
Justiça e complacência
Não há dúvida que o mundo mudou drasticamente nas últimas décadas. Tornou-se, em muitos aspectos, mais igualitário, mas aumentou sua complexidade, com excesso de informações, exigindo que as pessoas, tanto homens como mulheres sejam mais criativos e críticos; e mantenham sólidas convicções num quadro de valores que tenham Jesus Cristo como centro de suas vidas. Isto poderá nos levar a organizar comunidades onde a justiça, a complacência, a compaixão, e, sobretudo, o Amor ao próximo e a si mesmos apontem para sentimentos, atitudes e decisões mais generosas em prol de um mundo mais justo e carinhoso.
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EMA EM FOCO
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As mulheres na Re E
las estavam lá. Os homens haviam fugido. Tinham-se escondido em tetos e porões de casas desde que Jes cárnio, a flagelação e a coroação de espinhos depois da condenação sumária à morte vil. E muito menos Era. Também não foram eles que receberam o corpo exangue de Jesus. Foram elas. Maria, a mãe, e as mu rocha, cedida, à última hora, por um homem bom, cham
Pressa para sepultar
A colina do Gólgota era caminho para outras cidades. E não ficaria bem que na celebração da Pessach – a páscoa judaica – no dia seguinte, sábado, que os corpos dos condenados e pendurados na cruz, como de costume, para serem devorados por chacais e urubus, ficassem expostos. Pois só poderiam ser entregues no primeiro dia da semana, domingo. Por isso, liberado pelo poder romano, o corpo de Jesus foi sepultado às pressas na sexta-feira, antes do anoitecer. José de Arimateia, que cedera o túmulo, talvez provisoriamente, deve ter sido uma pessoa real. Caso contrário, os líderes judeus exporiam a história da ressurreição que se seguiu como uma fraude na sua tentativa de refutá-la. Além disso, esse túmulo deve ter estado situado em um local bem conhecido e facilmente localizável. Assim, qualquer ideia que leve a crer que Jesus estava “perdido no cemitério” foi logo descartada.
Um privilégio especial
Observador atento, o jovem e, depois, adulto Jesus, não se conformava com o pouco caso que a cultura fazia da mulher em sua época e lugar. Especialmente, a mulher mais humilde e pobre. Na sua vida pública dava presença efetiva e ativa a elas. E, coerente com sua mensagem, foi a elas que deu o privilégio especial de anunciar a sua Ressurreição. Ainda quase madrugada de domingo, elas – Madalena e suas amigas – foram até o lugar do túmulo para concluir os cuidados com o corpo morto. Levavam mortalhas novas e limpas e óleos. Nem pensaram em ressurreição. Sua preocupação era de como removeriam a pesada pedra do túmulo. E... eis que, para seu enorme espanto, a pedra tinha sido removida e o túmulo estava vazio. Elas saem correndo para avisar Pedro e os outros discípulos, embora estes tivessem ficado meio incrédulos pelo fato de serem mulheres as portadoras da notícia. Há quem afirme que Pedro foi conferir se o túmulo estava realmente vazio. Madalena será designada, mais tarde, inclusive por Tomás de Aquino, como a “Apóstola dos Apóstolos”.
O impacto
Algo extraordinário deve ter acontecido com a notícia e o posterior aparecimento aos demais discípulos de Jesus. Porque foram tomados de incontido ânimo, deixando de lamentar-se e esconderse. E começaram a proclamar, sem medo, que O tinham visto vivo. Colocaram a sua própria vida em risco. O impacto da Ressurreição, muito mais que o túmulo vazio, produziu efeito tão devastador que aqueles simples pescadores e camponeses galileus e os que conheceram Jesus ainda em vida desastibilizassem a milenar igreja judaica em menos de 20 anos. Em menos de cinquenta anos, começaram a ameaçar a paz do Império Romano. Por várias razões, o Cristianismo deveria ter morrido na cruz quando os discípulos voltaram às suas vidas. Porém, eles foram capazes de estabelecer um movimento cristão crescente. Um não crente talvez se pergunte: como um pequeno e insignificante movimento foi capaz de prevalecer sobre o domínio astuto da instituição judaica, assim como sobre o poder de Roma e atravessou milênios e perdura até hoje? Vários eruditos acreditam (nas palavras de um antigo comentarista) que “o sangue dos mártires foi a semente da Igreja. Buda está morto. Maomé está morto. Moisés está morto. Confúcio está morto. Mas, Cristo vive.
Elas na vida pública de Jesus
Várias mulheres foram decisivas na vida de Jesus: sua mãe, Maria de Nazaré. Maria Madalena, a primeira a quem é anunciada a Ressurreição. As amigas de Betânia, as irmãs Maria e Marta. A samaritana ou a cananeia discutem com Ele e acabam por ser fundamentais para que Cristo repense a sua própria missão. Há ainda a mulher pecadora que entra em casa de Simão e unge Jesus com perfume. E outras a quem Ele liberta de pesos pesados: a mulher com fluxo de sangue, a que é curada ao sábado, a viúva que intercede pelo filho, a adúltera que querem apedrejar. Ou ainda as que são nomeadas junto da cruz. Também há as que preparavam as refeições por onde Ele passava. E, claro, seria anacrônico que elas não estivessem também na Última Ceia. Primeiro, porque, era uma ceia pascal, no estilo judeu em que participavam as mulheres e os filhos. E, certamente, foram elas que cozinharam e serviram a comida.
As mulheres foram sempre presen mentos mais relevantes, como na Apesar de desprezadas pela cultura da época – na dura descrição de Cícero (106 a.C. - 43 a.C.), filósofo e cronista do tempo de Jesus, as mulheres estavam à frente apenas dos animais na estrutura social – elas estavam lá. Foram apóstolas, discípulas, evangelizadoras, financiadoras, interpeladoras de Jesus. Jesus aceitou-as e não as discriminou pelo fato de serem mulheres. Jesus não foi misógino, foi sempre ao encontro das mulheres. Os Evangelhos as cita várias vezes como seguidoras de Jesus desde a Galileia, onde iniciara o seu ministério de pregador itinerante. No momento da crucifixão, são elas que estão junto a Ele.
Lento esqu
Lê-se no evange “Estavam ali, a obse tas mulheres que tin desde a Galileia e o s estavam Maria de M de Tiago e de José, e Zebedeu. Era de se Testamento – cujo foram redigidos ent por quatro homens n uma cultura eminen pouco dissesse sobre foram decisivas na Mas deve ter sido t
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A S ÇÃO
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OLIDÁRIA
essurreição de Jesus
sus fora preso no Horto das Oliveiras, na quinta-feira de noite. Eles, os homens, nem acompanharam o suplício, o eso caminho ao Gólgota e a lenta agonia até o último suspiro, ocorrido às 15 horas de sete de abril do ano 33 de nossa ulheres não arredaram pé. Estiveram ao pé da Cruz e recolheram o corpo para depositá-lo numa sepultura cavada na mado José de Arimateia, membro do conselho do Sinédrio. Divulgação
Raffaello Sanzio
Resgate necessário
nças atuantes na vida de Jesus, principalmente nos moa crucificação e na Ressurreição.
uecimento
elho de S. Mateus: ervar de longe, muinham seguido Jesus serviram. Entre elas, Magdala, Maria, mãe e a mãe dos filhos de esperar que o Novo os principais textos tre os anos 70 e 100 nascidos e criados em ntemente patriarcal – e as personagens que trajetória de Cristo. tão forte o testemu-
aos diáconos, reverenciai-os como ao mandamento de Deus. Que ninguém, sem a concordância do bispo, faça nada de quanto diga respeito à Igreja. Só deve considerar-se válida a Eucaristia que for celebrada pelo bispo e por quem dele tenha autorização. Onde aparecer o bispo, aí está o povo, tal como onde estiver Jesus Cristo, aí está a Igreja universal. Sem a concordância do bispo, não é lícito batizar nem celebrar a eucaristia; só aquele que ele aprovar. É isso que é agradável a Deus, a fim de que quanto fizerdes seja correto e válido” (VIII, 1-2).
nho dessas mulheres que, mesmo sendo discriminadas, foi impossível ignorá-las. Porém, com o tempo, as primeiras comunidades assumiram a cultura envolvente e voltaram a dar predominância aos homens. A recordação do acolhimento de Jesus às mulheres foi-se esvaindo, a visibilidade e a autonomia que ganharam com Ele foram-se perdendo.
Outras causas Paulo, em Romanos 16, refere que muitas mulheres ricas ofereciam a sua casa para as celebrações litúrgicas e o ensino do Evangelho. A casa é o lugar
por excelência da mulher, como a praça pública o é do homem. Com o aumento cada vez maior de adeptos, as casas ficaram pequenas e foi necessária a criação de espaços maiores: surgiram os primeiros templos e a mulher deixou de estar no seu meio. A liderança comunitária foi-se centrando cada vez mais na figura do bispo, tendo como modelo o pai ‘romano’, o paterfamílias. Nesse sentido, há uma significativa passagem de uma carta aos Esmirnenses, escrita por Inácio de Antioquia, que morreu em 110: “Segui todos o bispo, como Jesus Cristo seguiu o Pai, e o colégio dos anciãos, como aos Apóstolos; quanto
Com o passar do tempo o distanciamento das fontes primárias e a institucionalização da Igreja, o que se viu foi o contínuo afastar da presença feminina da vida e do legado cristão, de modo a espelhar a cultura patriarcal de onde ela veio. Parece que a organização e a hierarquização acabaram com o pluralismo das primeiras comunidades cristãs. O legado feminino deixado pelas mulheres contemporâneas de Jesus serviu de referência para o corpo de fiéis que começou a se formar nos primórdios do cristianismo e nos últimos dois mil anos teve papel fundamental na criação da identidade católica. O que começou com figuras como Lídia de Tiatira e Tecla de Icônio foi terminar em Madre Teresa de Calcutá, passando por Santa Teresa D’Ávila e Santa Juana Inês de la Cruz. É significativo que já nos próprios Evangelhos se pode intuir um pouco a evolução deste apagamento do papel das mulheres, nomeadamente de Maria Madalena. Hoje há um notável movimento no interior da Igreja para uma maior valorização da mulher, uma vez que são elas que estão à frente de quase todas as ações de caridade e solidariedade. Que são elas as mais presentes e atuantes nas celebrações litúrgicas. Que são elas as principais auxiliares nos serviços paróquias. Que são elas também muito presentes em frentes missionárias e de catequização. Mas não lhes é confiado qualquer cargo na hierarquia superior da Igreja. O cardeal argentino Leonardo Sandri, de 69 anos, afirmou recentemente que as mulheres “devem ter um papel muito mais importante na vida da Igreja e serem capazes de contribuir em áreas que agora estão abertas apenas aos homens”.
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Rica em colágeno, clara de ovo combate a flacidez do rosto
Clara de ovo, quando ingerida ou aplicada no rosto, deixa a pele mais firme porque é rica em colágeno e albumina “Quando aplicada no rosto por meio de máscaras faciais, a clara do ovo deixa a pele mais firme e aveludada, porque contém colágeno (substância que dá sustentação à pele) e albumina, proteína com grande poder cicatrizante e que confere efeito tensor à cútis, deixando-a mais lisa e com menos flacidez”, explica a médica Roberta Bibas, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). E os benefícios não param por aí. O selênio, zinco e as vitaminas A e E presentes no alimento são antioxidantes e ajudam a prevenir o envelhecimento precoce da cútis. A clara do ovo ainda fecha os poros graças à lisozima, enzima que enfraquece as bactérias, uma das principais causas do problema. Outra vantagem é que a máscara de clara de ovo pode ser aplicada sem medo. “Ela não apresenta contraindicações e nem efeitos colaterais”, diz Gustavo Galves, professor em Estética Integral. Máscara de clara de ovo com morangos 1 clara de ovo 2 morangos médios 1 colher (de café) de mel Amasse os morangos com ajuda de um garfo. Em seguida, bata a clara do ovo. Adicione o mel e misture. Limpe o rosto, aplique a máscara, deixe por 15 a 20 minutos e enxágue com água morna. Outra fruta pode ser usada, ou mesmo, a clara de ovo sozinha. dicasdetudoblog.com
ABER VIVER
estilo.uol.com.br
O dia depois de amanhã Cinthya Nunes Vieira da Silva Advogada*
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empre que posso, esqueço-me de pensar na morte ou em envelhecer. Na verdade, evito fazê-lo, até porque nada disso adianta. O tempo não vai mudar porque eu vou me preocupar com ele, nem mesmo retroagir por essa atividade. Ao contrário, tempo será desperdiçado sendo pensado. Tempo se gasta vivendo e, na conta do tempo, não há abatimento das horas não usufruídas... Ainda que eu tente viver, quase sempre, dessa forma, é inevitável que, em determinado momento, a pessoa comece a notar que o tempo está passando, deixando um pouco mais evidentes os seus rastros, os seus caminhos pela vida. Por óbvio, não faz sentido pensar no tempo quando ele é infinito, quando tudo ainda é broto e flor. Certo dia, conversando com uma senhora que eu muito estimo, ouvi dela, ao comentarmos o que ocorrera consigo, eis que tivera uma queda recente, resultante em uma costela quebrada. “Sabe o que eu acho que é, Cinthya? Eu preciso me acostumar em não fazer tudo rápido como sempre fiz; tudo às pressas. Tenho que fazer a ligação correta entre meu corpo e minha cabeça...” Pensando que ela já conta com 89 anos, a conversa, confesso, ficou martelando nas minhas ideias e eu me lembrei, na mesma hora, da minha já saudosa avó, Dona Nena, que um dia teve comigo uma conversa que eu jamais esquecerei: “Minha filha, eu nem vi o tempo passar. Em um dia eu tinha sete anos e no outro, assim, do nada, eu tinha 70...”. E isso, para mim, serviu como uma mistura de mantra e profecia. Entre essa conversa, tanto tempo já se passou, levando-a embora e deixando todos os três filhos dela já passados em mais de seis décadas. E eu, nem dele vi a sombra ou pude dar conta das horas. O tempo, simplesmente, fluiu por nós, como seiva fina, transparente, que corre em único sentido... Nessa semana, em que eu mesma completei nova década vivida, o tempo começou a me perguntar a que vim, e o que dele tenho feito. Não pude responder de pronto e nem posso fazê-lo ainda. Nem sei se, à semelhança de minha amiga, eu tenho noção do que hoje ele representa, se já me limita em algo, por menor que seja. Pensar no tempo, de alguma forma, é pensar na morte, alheia e própria, mas é também pensar na vida, na vida que há a ser vivida e no tempo que, na risca de nossas contas vãs, ainda resta a viver... No vão das horas, entre o trabalho e as preocupações, que Deus me dê sabedoria para entender o que, de fato, compõe a vida dos filhos de Deus nesse mundo e, de acordo com essa compreensão, permita-me continuar sendo feliz... *A autora é também mestra em Direito, professora universitária e escritora - São Paulo
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Abril de 2013 - 1a quinzena
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Afinal, tirar ou não as cutículas? Para a dermatologista do Hospital São Camilo (SP), Ana Célia Xavier, por se tratar de uma estrutura protetora, o mais adequado é não retirá-las por completo, ou seja, somente parte destas, o excesso que gera incômodo. “Empurreas com uma espátula de forma delicada para não machucá-las. Para manter as cutículas sempre com boa aparência, recomendo o uso de ceras ou hidratantes próprios para essa finalidade”, orienta a médica. A podóloga Dina Souza, do Studio de Beleza Sonia Nesi (RJ), também recomenda o uso de complexos redutores, que empurram a cutícula sem retirá-la, além de protegê-la, hidratá-la e reduzir sua espessura. A manicure Maria Helena ressalta a importância da hidratação nas mãos: “Hidratar as mãos sempre que possível é fundamental. A cada dois dias, aplique um hidratante específico para cutículas, que retardam seu crescimento e nutrem com tanta eficiência que parece que foi retirada”. No comércio, você encontra um grande número de cremes e ceras para cutícula, em forma de pincel e outros. Vale a pena. E lembre-se: a cutícula é uma pele que tem a função específica de proteger a unha em toda sua base. Ela impede a entrada de bactérias, fungos e preserva o formato e a qualidade da unha.
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P: Como se faz omelete de chocolate? R: Com ovos de Páscoa. xxx Havia duas bolinhas de gude conversando, aí uma disse para a outra. - Cuidado com a escada-da-da-da-da-dada-da-da-da......! - Aonde-de-de-dede-de-de-de-de.......! xxx P: A quem é que se pode confiar os segredos? R: Aos mentirosos, porque ninguém acredita neles. xxx No avião, a aeromoça pergunta para um passageiro que está morrendo de medo: - O senhor está sentindo falta de ar? - Não, estou sentindo falta de terra. xxx P: Qual a estrela que o dentista adora? R: Estrela “caidente”. xxx Cartaz visto na mesa de uma secretária: “A falta de planejamento de sua parte não implica em emergência de minha parte.”
Ser grande, ser pequeno, ser... José Peirano Maciel Médico
Sem Fronteiras Martha Alves D´Azevedo
Comissão Comunicação Sem Fronteiras
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s seres humanos são propensos às comparações com seus semelhantes, às vezes de modo irresistível, o que pode causar aborrecimento, inveja, ou, pelo contrário, sentimento de superioridade, desforra, agressividade. Parece inerente aos humanos a tendência ao destaque, seja na sociedade, numa disputa esportiva, no trabalho, no amor. Ouvimos:– Sou classe alta, sou da elite, ou:Minha condição não permite, sou pé de chinelo, arre! Sou grande, eu sei que posso, sei que conseguirei, tenho condições, gostamos de afirmar ou ouvir de outras pessoas a nosso respeito. Grandes feitos constatamos todos ao dias. Contudo, oposto também existe. Sem dúvida, feito notável, por exemplo, foi realizado por três jovens que,durante quatro anos,percorreram o mundo num veleiro de qualidade, mas inclusive sem refrigeração, singrando os conhecidos mares do planeta.Pescando sua alimentação, enfrentando tempestades e ilesos retornando. Realmente,notável performance! Falo do homem e da mulher. Quanto a esta, complicada é sua situação, hoje. Recentemente, uma ilustre cronista assim se expressou, depois de enaltecer todas as suas conquistas atuais: pois ser grande mulher, atualmente, é ser homem! Porém, ela ainda se redime no amor... Leitor! Admirável é a vida. De quando em vez, surge um Einstein e revoluciona a ciência e a física, com a Relatividade: eis uma grande figura; ou surge um Planck e muda também a física, com a Quântica. Existiu um Beethoven e transformou a música com a Nona Sinfonia; existiram Cervantes e Machado de Assis e marcaram as Letras; de repente, surge um pobrezinho de Assis e revoluciona a Igreja. E, assim, podemos continuar sem fim previsto. Foram todas figuras isoladas. Podemos perguntar: o que é Ser Grande? O orgulho nasce da comparação (Thomaz Merton); o estupendo Guimarães Rosa disse: ”O importante não é chegar e nem partir, é a travessia”. O segredo da Humanidade é a antropodiversidade. Nas Memórias de Emília disse o grande Lobato: ”Senhor Visconde, a vida é um pisca-pisca. Um rosário de piscadas.Cada pisco, um dia.Pisca e estuda. Pisca e cria filhos. Pisca e geme os reumatismos. Por fim, pisca e morre. E depois?” Eu sei que sou pequeno, e daí? E tu, leitor? Seremos iguais? A igualdade é constitutivo ético. Diferença resulta do biológico ou de uma história que pode ser mudada (Cortella). O importante mesmo é SER.
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Humor
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SPAÇO LIVRE
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Abril de 2013 - 1a quinzena
As Sandálias do Pescador
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m 1963, era lançado no Brasil o livro de Morris West “As sandálias do pescador”, que passado no Vaticano, relatava a morte de um Papa e a escolha do seu sucessor. No inicio da obra, agradecendo às pessoas que colaboraram para que o trabalho pudesse ser realizado, Morris West declara: “Roma é uma cidade mais velha do que a Igreja Católica. Tudo o que possa acontecer, já aí aconteceu e, sem dúvida, acontecerá de novo”. Pois agora, cinquenta anos depois, a história registra a eleição de um Papa que, surpreendentemente, superou todos os demais cardeais, que gozavam da preferência da cúpula da Igreja em suas diferentes facções. Quando afirmavam que o Papa a ser escolhido deveria ter uma idade não avançada, para ter forças para enfrentar os problemas que, possivelmente, haviam feito o Papa anterior, em gesto inédito, renunciar, o Papa eleito tem 76 anos e só um pulmão, o que o deixa com uma deficiência a ser levada com cuidado. Pela primeira vez na história da Igreja Católica, um jesuíta é escolhido como o representante de Cristo na terra, o líder da comunidade cristã, o que vem corrigir um mal entendido acontecido com a Ordem por Papa anterior. Um Papa argentino, o que traz os olhares do mundo para o continente, que abriga o maior número de católicos da atualidade. Um Papa pastor, o que não acontecia depois que João XXIII foi substituído por papas teólogos e de grande erudição. Um Papa humilde, que faz questão de primar pela simplicidade, que pede a oração dos fiéis para poder cumprir a sua difícil missão de fazer a Igreja voltar ás suas origens, um Papa cuja eleição surpreendeu o mundo inteiro e que pode trocar os sapatos vermelhos pelas sandálias do pescador. Oremos para que o Espírito Santo que o indicou, continue a conduzi-lo pelos difíceis caminhos que deve percorrer e lhe dê saúde e forças para poder cumprir sua missão. (geralda.alves@ ufrgs.br)
Apostolado da Oração A Coordenação Arquidiocesana do Apostolado da Oração está convidando toda a comunidade para um dia de formação e espiritualidade, sob o lema “Juventude e Fé, Sinais do Reino”. O encontro ocorrerá no dia 6 de abril, no Centro de Pastoral, na praça Mons. Emílio Lottermann, 96. Acolhida às 8 horas e encerramento às 15 horas, com celebração de Santa Missa. Haverá almoço no local. Mais informações pelo fone 3222.4216.
Mercedes Adelina Bolognesi - 04/04 Valdacyr S. Scomazzon - 05/04 Alda S. Fortes - 06/04 Jerônimo Braga - 06/04 Antônio Cândido Silveira Pires - 11/04 Hermenegildo Fração - 12/04
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GREJA &
COMUNIDADE
Solidário Litúrgico 7 de abril - 2o Domingo de Páscoa Cor: branca
1a leitura: Livro dos Atos dos Apóstolos (5,12-16) Salmo: 117(118),2-4.22-24.25-27a (R/.1) 2a leitura: Livro do Apocalipse (Ap) 1,911a.12-13.17-19 Evangelho: João (Jo) 20, 19-31 Comentário: Neste domingo, a liturgia nos ajuda a continuar as alegrias do tempo pascal. E não é por menos: crer no Senhor ressuscitado, é o princípio e o fundamento da nossa fé; sobre esta verdade construímos nosso projeto cristão e a certeza de nossa própria ressurreição. Maria Madalena e companheiras vão ao sepulcro no primeiro dia da semana judaica. No encontro com o Senhor, ela recebe a missão de “ir e anunciar a boa nova da ressurreição aos discípulos”. Protagonista de um tempo novo, Madalena assume e corre a espalhar o que nunca se tinha ouvido: Ele está vivo! No Evangelho deste domingo, novamente no primeiro dia da semana, vemos os discípulos trancados numa casa por medo de também serem presos, condenados e crucificados. Jesus se coloca no meio deles e lhes deseja, antes de tudo e de mais nada, paz... shalom, a paz que vem da justiça do Reino. E
oito dias depois, mais uma vez no primeiro dia da semana, Jesus aparece, agora com a presença do desconfiado Tomé, que quer ver para crer. E Jesus aproveita a não-fé de Tomé para declarar felizes todos os que creem sem terem visto (20,29). Em nenhuma das aparições, Jesus reprova ou cobra dos discípulos por tê-lo abandonado ou porque têm tanta dificuldade em crer nele. Ao desejar-lhes a paz, Ele está perdoando sua fraqueza, seu medo, sua desconfiança, sua pouca disposição para assumir o risco de crer. O mundo inteiro está vivendo, ainda, o impacto da eleição de um Papa “forade-série”: primeiro Francisco, primeiro latino-americano, primeiro religioso jesuíta. O Papa Francisco vem quebrando tabus e protocolos, insistindo numa Igreja pobre, de pobres e para os pobres. Será o primeiro dia de um tempo novo para a Igreja e para o mundo cristão? Uma nova Páscoa, que quer novas Madalenas... novos Pedros, Tomés, Filipes, Joãos... para anunciar ao mundo um tempo de paz/shalom, de justiça, de perdão e de amor solidário? É o desafio/missão do Papa Francisco e de todos nós que nos dizemos seguidores e crentes no Senhor Jesus.
14 de abril - 3o Domingo de Páscoa Cor: branca
1a leitura: Livro dos Atos dos Apóstolos (At) 5,27b-32.40b-41 Salmo: 29(30),2 e 4. 5 e 6. 11 e 12a e 13b (R/.2a) 2a leitura: Livro do Apocalipse (Ap) 5,11-14 Evangelho: João (Jo) 21,1-19 Comentário: Somente será apóstolo (missionário) aquele que, antes, foi discípulo. Parece um jogo de palavras, mas esta afirmação tem um sentido profundo: ser discípulo é acolher e amar o projeto de Jesus de um mundo justo, solidário, terno e fraterno e, só depois, tornar-se apóstolo, isto é: alguém que, como Paulo, já não pode não anunciar a Jesus, evangelizar. “Ai de mim se eu não evangelizar”, diria Paulo, em algum momento. Evangelizar era, para ele, uma necessidade, algo compulsivo, que o levava ao encontro das gentes, sem medir perigos nem calúnias, menosprezando perseguições e, até mesmo, a morte. Mas só ama o projeto de Jesus e, por ele, é capaz de dar a sua vida, quem ama o próprio Jesus, ressuscitado, companheiro e amigo daqueles que o querem, que o amam. Estes o reconhecem, até mesmo na cruz e em toda pessoa humana, especialmente nos mais excluídos da sociedade e da vida.
Abril de 2013 - 1a quinzena
Isto nos leva ao Evangelho deste domingo. Estamos nas semanas depois da Páscoa. Pescadores que eram, os discípulos vão pescar. Trabalham toda a noite em vão. Ao amanhecer, Jesus está na praia, mas os discípulos não o reconhecem. Atendendo à ordem de Jesus, eles jogam as redes e recolhem 153 peixes grandes, símbolo da universalidade do projeto de Jesus (os zoólogos gregos da antiguidade acreditavam que havia 153 espécies de peixes). Quem reconhece a Jesus é o Discípulo Amado e alerta os companheiros. Quando chegam à praia, o “companheiro” Jesus havia preparado pão e peixe para seus amigos. Sentados em volta daquele informal “café da manhã”, chega a hora da verdade para Pedro, que havia negado três vezes a Jesus na hora da sua condenação: agora, três vezes Jesus pergunta a Pedro se ele o ama. Ao ouvir a resposta afirmativa, Jesus lhe confia a missão: “cuida das minhas ovelhas”. Até aqui, Pedro era discípulo; a profissão de amor e a aceitação da missão o transformam em apóstolo. É o amor a Jesus e ao seu Projeto que nos transformam em apóstolos de um mundo melhor, sinal do seu Reino de justiça e paz (attilio@livrariareus.com.br)
Catequese Encontro ou aula de catequese? Virginia Moura Fietz Catequista
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eu grupo de catequese de 2010 era bastante diversificado. Era composto por crianças de diversas escolas públicas e privadas, bem como de diferentes classes, o que enriquecia muito o convívio. Desta forma,a troca de experiências pessoais eram bem intensas. Carolina, como a maioria das crianças, tinha dez anos, era participativa, assídua e comprometida. Sou professora, razão pela qual me policiava constantemente para não dar aos encontros um caráter de “aula de catequese”. Mesmo assim, as crianças me chamavam de professora, ainda que eu enfatizasse que elas participavam de encontros. Fazia parte da nossa rotina um período para integração do grupo que era feito no pátio da igreja, onde as crianças brincavam e conversavam livremente para desenvolver o convívio e, consequentemente, a amizade entre elas. Numa tarde, após o final deste momento, comecei a chamar as crianças para iniciarmos nossas atividades na sala. Foi quando Carolina disse em voz alta: -Pessoal, ‘tá’ na hora da aula! Me surpreendi, não só com o chamado, mas também com a reação do grupo que entendeu perfeitamente que o tempo de pátio tinha acabado. Após um brevíssimo silêncio, retruquei: - Carolina, NÃO É AULA. É ENCONTRO! Carolina me olhou e muito séria respondeu: - É aula sim, porque em um encontro muitas vezes não aprendemos nada, é só um encontro, apenas isso. Aqui ao contrário, cada dia aprendemos muitas coisas boas e diferentes, como em uma aula. A percepção de uma menina de apenas dez anos mudou também a minha percepção, e desde então me questiono. “Por que não aula de catequese?”
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Encontro em Brasília avalia tradução de Textos Litúrgicos Entre os dias 11 e 13 de março, o arcebispo metropolitano de Porto Alegre, Dom Dadeus Grings, participou, em Brasília-DF, do encontro da Comissão Episcopal para Tradução dos Textos Litúrgicos (Cetel), da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Esta foi a primeira de uma série de três reuniões que serão realizadas ao longo de 2013. A Comissão é responsável pela análise da tradução dos Textos Litúrgicos para o português. A composição original está em latim. À frente do encontro está o presidente
da Cetel e da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia, Dom Armando Bucciol. Especificamente, os trabalhos da Comissão prosseguem com a tradução dos textos do tempo pascal, com os textos dos domingos do tempo litúrgico para depois passarem ao santoral: “O trabalho é muito demorado, às vezes, complexo e delicado. Estamos muito empenhados e trabalhando com calma para o melhor desempenho”, destacou dom Armando. Os próximos encontros da Cetel estão agendados para os meses de agosto e outubro deste ano.
Comitê da Assistência Social debate criação de projeto para atender crianças e adolescentes Os integrantes do Comitê da Assistência Social da Arquidiocese de Porto Alegre reuniram-se no dia 7 de março, na Cúria Metropolitana. A equipe debateu a criação de um projeto arquidiocesano que ofereça suporte no atendimento de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. O projeto buscará recursos financeiros para oferecer atividades de convivência e fortalecimento de vínculos nas áreas das
paróquias do Vicariato de Porto Alegre: Menino Jesus de Praga e Paróquia do Lami; Vicariato de Gravataí: Paróquia Divina Providência (Viamão), São José Operário/ Diaconia Madre Teresa de Calcutá (Alvorada) e outras Paróquias que executam atendimento com crianças. Esta foi a primeira reunião para concretizar a proposta social. Para aperfeiçoar a ideia, a equipe definiu que realizará reuniões semanais de estudo.
Dom Jaime Spengler destaca a surpresa e alegria na eleição do Papa A Igreja Católica tem um novo Papa. O cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio foi eleito o novo Pontífice Romano no dia 13 de março e será chamado Papa Francisco. Na Arquidiocese de Porto Alegre, a notícia foi recebida com surpresa e alegria. O bispo auxiliar e administrador da Cúria Metropolitana, Dom Jaime Spengler, acompanhou o anúncio do novo Papa pela TV, junto com os funcionários da Cúria Metropolitana e jornalistas da capital. Para o bispo auxiliar, a escolha é, antes de tudo, uma inspiração de Deus e destacou que o fato do Santo Padre ser um latino-americano, é sinônimo de uma grande responsabilidade e corrobora com a forte presença de católicos nessa região: “Certamente para nós é motivo de orgulho, mas também é uma chamada, eu diria, a uma maior responsabilidade
por ter um latino-americano como Bispo de Roma, como Papa da Igreja Católica. Isso diz, sim, de uma responsabilidade não só dele, mas do povo latino-americano” . Sobre os desafios do novo sucessor de São Pedro, Spengler ressaltou o reforço do diálogo efetivo: “Hoje se apresentam vários desafios de diversas partes do mundo e de setores da Igreja: um diálogo mais efetivo com a sociedade, uma linguagem mais de acordo com as expectativas e uma palavra mais contundente, capaz de levar a mensagem do Evangelho aos diversos setores da sociedade de hoje. Em nível interno da Igreja, existem várias vozes solicitando mais transparência, maior eficiência nas decisões tomadas e há uma solicitação pelas participação das conferências episcopais nas grandes decisões da Igreja”.
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RQUIDIOCESE Coordenação: Pe. César Leandro Padilha
Jornalista responsável: Magnus Régis - (magnusregis@hotmail.com) Solicita-se enviar sugestões de matérias e informações das paróquias. Contatos pelo fone (51)32286199 e pascom@arquidiocesepoa.org.br Acompanhe o noticiário da Pascom pelo twitter.com/arquidiocesepoa Facebook: Arquidiocese de Porto Alegre
Arcebispo abre ano de atividades no Seminário Maior Por Ânderson Barcelos
No dia 6 de fevereiro, o arcebispo metropolitano, Dom Dadeus Grings, celebrou a missa inaugural das atividades do Seminário Maior Nossa Senhora da Imaculada Conceição de Viamão. Na mesma ocasião, o arcebispo concedeu posse aos dois novos vicereitores e assistentes do Seminário, bem como ao promotor vocacional da Arquidiocese. O Pe. Sílvio Guterres Dutra foi nomeado assistente dos estudantes de Teologia e o Pe. Maikel Herold foi nomeado para assistir os seminaristas que cursam filosofia. O Pe. Cláudio D’Angelo Castro é o novo responsável pela promoção vocacional. Na Santa Missa, celebrada no Ginásio de Esportes, o arcebispo afirmou que olha com carinho para os Seminários de nossa
Arquidiocese e que eles – e seus seminaristas – “são nada menos do que a pupila dos olhos do bispo”. Participaram da celebração todos os seminaristas maiores e também os menores, vindos do Seminário São José de Gravataí, acompanhados de seu assistente, o seminarista Lucas Matheus Mendes e de seu Reitor, Pe. José Antônio Heinzmann. Falando em nome do corpo de formadores, o reitor do Seminário Maior, Pe. Leandro Miguel Chiarello, agradeceu ao arcebispo as nomeações feitas para a formação sacerdotal, tanto do Seminário Maior quanto para o Menor, referindo-se ao Pe. Heinzmann, o novo reitor do Seminário São José, que neste ano completa 75 anos. Pascom
Dom Dadeus celebrou a missa inaugural das atividades do Seminário Maior de Viamão
Dom Dadeus presidiu missa inaugural dos cursos da Filosofia e Teologia da PUCRS Uma missa inaugural marcou as atividades dos cursos de Filosofia e Teologia na PUCRS. Realizada na manhã do dia 8 de março, a celebração foi presidida pelo arcebispo metropolitano de Porto Alegre e chanceler da PUCRS, Dom Dadeus Grings. Estudantes, professores e funcionários participaram da celebração. Também estava presente o reitor da PUCRS, Irmão Joaquim Clotet. Na homilia, Dom Dadeus Grings destacou que a busca da razão deve ser pautada pela busca pelo coração de Deus. Neste sentido, disse Dadeus, o resultado é o encontro com a grande verdade, com o Evangelho: “Estamos na filosofia, na teologia, procurando conhecimento mais
profundo da nossa fé, do nosso conhecimento humano, ou seja, aquilo que é essencial para poder transmitir. Fazendo estes cursos, percebemos que estamos reunidos não apenas para estudar, mas para nos encontrar. Aprendemos lições na sala de aula e na fraternidade da convivência” disse. Também na celebração eucarística, os professores do curso de Teologia realizaram a profissão de fé e o juramento de fidelidade, como sinal de obediência e amor na transmissão do ensinamento do Magistério da Igreja. Após, Dom Dadeus lançou a obra Os desafios do Concílio Vaticano II - Cartilha da Fé Conciliar, no auditório do prédio 5 do Campus (avenida Ipiranga, 6681 - Porto Alegre).
Francisco: um Papa segundo Jesus
Continuação da contracapa
Jesuíta de vida discreta
De tendência moderada, é homem de poucas palavras mas de grande prestígio por sua total disponibilidade e forma de vida distante de qualquer ostentação. Segundo Washington Uranga, jornalista do Pagina12 de Buenos Aires e de tendência contestadora, Bergoglio é um estrategista político. "Sereno, firme em suas decisões, obstinado naquilo em que crê, consciente do poder que lhe dá sua condição. Mas, à sua austeridade e simplicidade em tudo no que concerne a sua vida pessoal e eclesiástica, se opõe uma alta cota de intolerância e soberba para enfrentar a quem considera seu adversário ou inimigo. Isto, tanto no terreno eclesiástico como no político. Bergoglio nada faz por impulso ou ao acaso. Calcula tudo e premedita. Seguramente, levará também essa forma de atuar ao Vaticano e à Igreja em geral".
Solidário e aberto ao diálogo
"De outra parte, todos os que o conhecem ressaltam sua vida austera. Não tem auto, viaja em transporte público, veste-se de maneira simples, com roupas eclesiásticas pretas, mas sem sinais de ostentação e evidentes de sua condição episcopal. Os sacerdotes e religiosos da Arquidiocese de Buenos Aires o lembram como um bispo próximo a seus problemas e preocupações. Tem sido um homem afeito a passar pelas paróquias para dialogar com os curas sobre os problemas que lhes apresentam. Mesmo bispo e depois cardeal, não deixou de visitar os enfermos em hospitais públicos ou instituições privadas, como parte de seu exercício sacerdotal. Bergoglio, jesuíta, é um homem de sólida formação teológica e cultural. Mesmo claramente considerado como religioso de pensamento conservador em todos os aspectos e sentidos, não se fecha ao debate e discussão de ideias", escreve Uranga.
Igreja, uma ONG piedosa?
Em sua primeira missa como Papa no dia 14 de março, Francisco alertou que se evite as tentações da modernidade na Igreja para não torná-la apenas uma ONG compassiva, esquecendo sua verdadeira missão que é levar o Evangelho de Jesus Cristo. "Podemos caminhar tudo o que quisermos, podemos construir muitas coisas. Mas, se não anunciarmos Jesus Cristo, algo está errado. Nós nos tornaríamos uma ONG piedosa e não uma Igreja. Quando não anunciamos Jesus Cristo, anunciamos o mundanismo do diabo, o mundanismo do demônio. Nós podemos ser bispos, padres, cardeais, papas, tudo isso, mas não somos discípulos do Senhor. Aqueles que constroem sobre os valores mundanos, em vez dos valores espirituais, são como crianças construindo castelos de areia em uma praia. Então, tudo desmorona".
Porto Alegre, abril de 2013 - 1a quinzena
Francisco: Francisco:um um Papa Papa segundo segundo Jesus Jesus I
ta Jesu ou Jesu ita – assim como Jesus. Sim, Papa Francisco é um autêntico jesuíta, não só por pertencer à Ordem da Companhia de Jesus, mas mais ainda por seus exemplos e estilo de vida que levou como arcebispo de Buenos Aires até ser eleito como bispo de Roma. Representa a esperança de alguém muito coerente com a clara mensagem do Evangelho de ser servo dos servos – “quem de vocês quiser ser grande, deve tornar-se o servidor de vocês” (Mc 10,43). Belos discursos comovem: exemplos arrastam. EFE
Mudança de rumo em marcha
Origem modesta
Jorge Mario Bergoglio é um homem discreto mas com firme personalidade. Eleito sucessor de Bento XVI, na fria e chuvosa tarde romana de 13 de março último, numa votação quase unânime na quinta rodada do conclave na Capela Sistina do Vaticano, era o único cardeal jesuíta entre os 115 cardeais aptos a votar. E seus gestos de humildade em sua primeira aparição pública e suas lições de simplicidade, proximidade, fraternidade, como, por exemplo, ter dispensado, no dia seguinte, a limusine oficial, preferindo ir no transporte coletivo da comitiva para uma missa em bairro da capital italiana – são inequívocas demonstrações de que na Cúria Romana uma mudança de estilo e de rumo estão em marcha.
Nascido em 17 de dezembro de 1936, Jorge, segundo contemporâneos e vizinhos, não queimou etapas de crescimento. Mais velho de cinco filhos, cujos pais eram uma dona de casa e um ferroviário com origem italiana, criou-se no Bairro Flores, na periferia de Buenos Aires. Era uma criança intensa, um menino arteiro na escola, um adolescente de natural rebeldia. Depois, rapaz pé de valsa – ou pé de tango (gostava de ouvir tango e dançar milonga), apreciador da boa música regional local, com predileção pela orquestra do argentino Juan D'Arienzo, conhecido como "El rey del compás". Apreciava Carlos Gardel, Julio Sosa e Astor Piazzola.
Amigo dos humildes
Preparou-se para seguir uma atividade profissional que lhe desse garantia de sustento a si e para a família que visse a constituir. E formou-se técnico em química. Nesse período também teve retirado um dos pulmões o que jamais limitou suas atividades. Porém, para uma outra vocação estava sendo chamado. Aos 22 anos, em março de 1958, ingressou no noviciado dos jesuítas, sendo ordenado padre em 13 de dezembro de 1969, após completar a longa formação acadêmica, humanística e espiritual que integra o currículo dos seguidores da ordem fundada por Inácio da Loyola há 500 anos.
Primeiro jesuíta a ocupar o trono de São Pedro, Bergoglio escolheu o nome Francisco em homenagem ao santo de Assis que se dedicou aos pobres. E também em homenagem a outro santo, missionário e cofundador de sua ordem – S. Francisco Xavier. Ainda bispo de Buenos Aires, dispensou o palácio episcopal e foi morar num apartamento simples. Não sabe dirigir e também dispensou o carro oficial e o motorista particular: preferia andar de metrô ou de ônibus ou mesmo a pé para visitar as igrejas da cidade e região metropolitana. Mas também não gostava de ficar enfurnado em casa. Preferia sair, caminhar, conversar, tomar café e comer alfajor. Seus amigos de 'las calles' ainda o chamam de Jorge. Não queria que o chamassem de cardeal. Acordava cedo, por volta de 6 horas. Atravessava a Plaza de Mayo rumo à banca de revistas. Ali, em pé, conversava, às vezes, por mais de hora sobre tudo. Futebol estava sempre na pauta: é sócio de um clube sem muita fama. Depois, pagava seu exemplar do La Nacion e voltava para fazer seu café em casa. Quando não podia pegar o jornal pessoalmente, o dono da banca o enrolava com uma borrachinha e atirava no pátio, conforme o combinado com Jorge, que sempre devolvia a borrachinha no dia seguinte.
Vocação tardia
Postos de mando
Com apenas 36 anos, foi escolhido provincial da Ordem, em Buenos Aires, cargo que ocupou durante seis anos. Depois, viajou à Alemanha para obter seu doutorado. Em seu retorno, retomou a atividade pastoral como simples sacerdote de província na cidade de Mendoza a 1.100 km a oeste de Buenos Aires. Em maio de 1992, João Paulo II o nomeou bispo auxiliar de Buenos Aires. Em julho do mesmo ano foi designado vigário episcopal e no ano seguinte, vigário-geral. Em 1998, foi nomeado arcebispo coadjutor com direito de sucessão. Em fevereiro de 2001, foi guindado a cardeal. Primeiro jesuíta a ocupar o trono de São Pedro
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