IMPRESSO ESPECIAL CONTRATO No 9912233178 ECT/DR/RS FUNDAÇÃO PRODEO DE COMUNICAÇÃO CORREIOS
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Porto Alegre, 1o a 15 de agosto de 2011
Ano XVII - Edição No 591 - R$ 2,00
Os pais e a geração digital Já não é mais só o consumo exacerbado e inconsequente, a busca ilusória da felicidade no ter, em vez da certeza do ser. Agora, os pais, conscientes de sua vocação, também devem estar vigilantes com seus filhos contra a dependência alienante das novas tecnologias de informação.
Páginas centrais
Dia do Padre O Jornal Solidário cumprimenta todos os sacerdotes pelo seu dia, 4 de agosto, em que se lembra seu padroeiro universal, S. João Maria Batista Vianney, o Cura D’Ars. Ser padre na cultura atual, que privilegia o supérfluo e transitório, cada vez exige mais sacrifício, abnegação e desprendimento. O padre atende o chamado para ser um servo de Deus, um sacerdote, um pai – padre – à semelhança de Cristo que amou e deu sua vida a toda a humanidade. O verdadeiro sacerdote nunca hesita.
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Ser pai “Só uma vez nosso filho terá três anos e estará doido para sentar no nosso colo. Só uma vez ele terá cinco anos e quererá brincar conosco. Só uma vez ele terá 10 anos e desejará estar conosco em nosso trabalho. Só uma vez ele será adolescente e verá em nós um amigo com quem conversar. Só uma vez ele estará em universidade e quererá trocar idéias conosco. Se nós perdermos estas oportunidades, nós perderemos o nosso filho e ele não terá pai”. (Paul-Eugène Charbonneau, Pe. Charboneau , CSC, 1925-1987) . O Jornal Solidário também cumprimenta a todos os pais pelo seu dia, no segundo domingo de agosto. “Se você diz que Deus não existe, e Ele de fato não existe, nada tem a perder; se você aposta que Ele existe e Ele existe mesmo, só tem a ganhar; agora, se você diz que Ele não existe e Ele existe, você perde tudo”. Blaise Pascal
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2 Editorial tecnologias
a contramão de uma crescente humanização da pessoa, a nova época sinaliza uma sempre maior robotização. Frase de efeito ou constatação verificável? Deixamos aos nossos leitores a resposta. Apenas queremos ajudar com algumas ponderações. Vivemos sob o signo das tecnologias da informação e comunicação (TICs). O dilema é: usar ou ser usado... dominar as tecnologias ou ser por elas dominado? Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus (jesuítas), tinha um modo muito sábio para discernir e definir o que é melhor no uso das “criaturas” (para Inácio, as tecnologias seriam criaturas): o tanto/quanto. Se perguntado fosse hoje, ele certamente diria: usem as tecnologias tanto quanto ajudam para atingir o fim ao qual vocês se propõem. Não é difícil perceber que, diante das modernas e maravilhosas conquistas na área das comunicações, boa parte das pessoas ainda está no estágio do fascínio. Se comparado à evolução do ser humano, este é um estágio infantil. Uma das características deste estágio é querer as tecnologias da comunicação, não como meio, que devem ser, mas como um fim, uma espécie de tótem, de mito, de “deus”. Todo o mito/deus exige submissão de seus súditos. E temos a escravização de muitas pessoas a uma “criatura”, elevada à condição de “divindade”. Só para completar: o segundo estágio é o estágio da crítica, muitas vezes da rejeição amarga e inconsequente, mas, ao mesmo tempo, um estágio de passagem para o terceiro estágio, o da maturação, o estágio adulto. No caso das TICs, seria o estágio que Santo Inácio definiria como o uso das tecnologias tanto quanto ajudam as pessoas a serem mais gente, mais intercomunicadas, mais fraternas e solidárias, mais espiritualizadas, mais humanas, mais “família dos homens e família de Deus”. Aqui cabe a frase de um conhecido teólogo: Jesus era tão humano, tão humano que só podia ser Deus! No Rio de Janeiro está acontecendo, nestes dias, o VII Mutirão Brasileiro de Comunicação. Em grande parte, os temas do encontro refletem sobre o melhor uso das modernas tecnologias de comunicação para a evangelização. A pergunta central que se coloca não é se a igreja deve dispor dos melhores e mais sofisticados meios de comunicação, mas quais os conteúdos que seus comunicadores devem passar através destes meios. Menos aplauso e mais ação, menos euforia diante das possibilidades que as TICs oferecem e mais presença libertadora e reveladora do Projeto de Jesus. A hora vai adiantada. Já é tempo de muitas pessoas da igreja sair do estágio do fascínio pelos meios em si e passar para seu uso tanto quanto realmente contribuem para que o Reino do Senhor Jesus, o mundo fraterno e solidário sonhado pelo Mestre Comunicador há dois mil anos, se torne realidade (mais, nas páginas centrais desta edição). Leia também o Cardápio Diferente que o Pe. Roque Schneider oferece na contracapa. Ainda: a direção da Fundação Pro Deo de Comunicação/Jornal Solidário se alegra e parabeniza o querido casal amigo Adelhardt e Sidola Muller pela passagem de suas Bodas de Ouro matrimonial. Ad multos annos.(attilio@livrariareus.com.br)
Fundação Pro Deo de Comunicação CNPJ: 74871807/0001-36
Conselho Deliberativo
Presidente: José Ernesto Flesch Chaves Vice-presidente: Agenor Casaril
RTIGOS
Voz do Pastor Dom Dadeus Grings
Arcebispo Metropolitano de P. Alegre
O fascínio pelas
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Voluntários Diretoria Executiva
Diretor Executivo: Adriano Eli Vice-Diretor: Martha d’Azevedo Diretores Adjuntos: Carmelita Marroni Abruzzi, Elisabeth Orofino e Ir. Erinida Gheller Secretário: Elói Luiz Claro Tesoureiro: Décio Abruzzi Assistente Eclesiástico: Pe.Attílio Hartmann sj
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As montanhas sagradas natureza, as montanhas. Desde tempos remotos algumas sobressaíram mais pelo significado que pela imponência. Atribuiu-se-lhes algo numinoso. É o que as diferenciam das demais: sua marca religiosa. Tem algo divino. Lembremos, entre os gregos, o Olimpo, onde se situava mentalmente a residência dos deuses. Os judeus tiveram especial referência ao Sinai, onde Deus se lhes manifestou, de onde brotaram os mandamentos e se firmou a Aliança; o monte Carmelo, onde Deus aparece a Elias; e, acima de tudo, Sião, onde se edifica a cidade santa de Jerusalém. Nem precisamos dizer que praticamente todos os povos tinham suas montanhas sagradas, que marcavam sua religiosidade e atraiam seus peregrinos. Pode-se, evidentemente, explicar a qualificação numinosa de alguma montanha pelo fascínio que ela exerce sobre a vida humana: Exige uma subida e, consequentemente, muito esforço e sacrifício. Retrata muito bem o caminho áspero da religião. Faz descortinar, do alto, uma belíssima paisagem, que encanta os sentidos. Vale a pena subir para ver esta beleza. Relativiza toda a realidade que nos cerca: visto do alto tudo aparece pequeno e insignificante. Nesta perspectiva, até nossas alegrias e tristezas, nossos problemas e angústias, deixam de ser importantes e exclusivos. Do alto da montanha se pode ver como o mundo é grande e como são amplos os horizontes. Ali sentimos a presença de Deus. Se alguém chegasse para dessacralizar este ambiente de fé, reduzindo-o à realidade física e à consistência de suas rochas, dir-se-ia não ter entendido nada do seu sentido humano. Talvez tivesse razão quanto à análise objetiva. Não teria, porém, atingido a beleza nem o sentido profundo que se lhe atribui. A tendência religiosa aponta para outra dimensão. Ali algo mexe com a alma.
té hoje não se encontrou, em toda a diversidade de raças e culturas da humanidade, uma que não tivesse religião, crenças, orações. O ser humano tem uma ideia de Deus, sem a qual não consegue viver nem pensar. É seu ponto de referência para entender a si e o universo. Sem esta ideia tudo se afigura vão, caótico, impessoal. Aristóteles garantiu que nada há no intelecto que não tenha passado pelos sentidos. Como chegar à ideia de Deus? Terá sido infundida nele, em seus primórdios, pelo Criador? Será uma extrapolação de suas experiências limitadas? Afinal, quem é Deus? Na visão cristã diríamos que a pergunta está mal formulada. Deus não é objeto que se possa agarrar. Nem cabe numa ideia abstrata. A pergunta cristã leva à personificação: quem é Deus? Então percebemos o interlocutor. Foi a esta pergunta que Abraão respondeu. Relacionouse com Ele. Vivenciou uma Aliança com Ele. Não se contentou com um pensamento dele. Avançou para uma convivência com Ele. A religiosidade brota do íntimo do ser humano, procurando expressar-se de mil maneiras. Sabe que não pode ser expressa totalmente por imagens, sejam elas conceitos ou impressas em matéria. Projeta o ideal da Divindade. Situa-a na culminância do pensamento. Divindade, nesta perspectiva, representa aquilo que mais alto e mais sublime não se pode pensar. Em outras palavras: é o polo supremo na perspectiva da mente. A natureza surpreende o homem com seus segredos. Tem exercido sobre ele grande fascínio. Muito mais do que imagens esculpidas pelos homens, sempre de modestas proporções – à semelhança do próprio homem – a natureza apresenta obras gigantescas. Tem-se destacado na psicologia não só dos alpinistas, mas de todos os fãs da
A nova “língua popular brasileira”
acontecendo no Ministério da Educação é um descaso nacional com todos nós, que estudamos e procuramos sair da ignorância. É uma afronta à nossa inteligência. E ui Barbosa um dia falou: “Há tantos burros não venham falar em preconceito linguísmandando em homens de inteligência que, tico, outro termo sem sentido criado para justificar os desmandos de quem está no às vezes, fico pensando que a burrice é uma comando de nossa falida educação. ciência”. O que me surpreende é que na época ele Há anos atrás, o professor era uma não conhecia o MEC e nem sabia das baboseiras figura respeitada e não existia a possida “língua popular”, como é chamada a língua esbilidade de um aluno desacatá-lo e ficar crita errada e adotada agora em livros oficiais de por isso mesmo. Os pais entendiam a ensino pelo nosso Ministério da Educação e Cultura. importância de um professor e a escola pública era um exemplo a ser seguido. Os Como é possível um ministro da Educação aceitar a ideia tempos foram mudando, a educação foi de que é certo falar errado e que corrigir o erro pode ser um acabando, as escolas foram sendo sucateadas, e agora, vem mais preconceito linguístico e gerar um problema para quem falar este tapa na cara dos professores, pais e homens de bem. É a errado? falência decretada pelo Estado! Vamos aprender errado, vamos Em um dos livros didáticos da língua portuguesa “Por uma falar errado a nossa língua, vamos escrever errado, vale tudo. vida melhor”, da coleção “Viver, Aprender”, adotado pelo MEC, Quem sabe, no próximo ano, teremos uma nova revisão “Nós pega o peixe” virou frase correta, pois está de acordo ortográfica e a oficialização da “língua popular brasileira”. com a “língua popular”. Para onde exatamente querem levar Exames de português não serão mais necessários na escola do este país? “Os ministro mete os pé pelas mão”. Essa frase está futuro e bastará escrever qualquer coisa da forma como se fala, correta? De acordo com o Ministério da Educação deve estar, errado ou certo, tanto faz, para ser um culto cidadão. Mais adiante pois reflete a “língua popular”. talvez a escrita seja abolida e passaremos a ser uma nação de A saída deste país é pela porta da educação e do conheci“burros falantes”. Analisando friamente o que vem acontecendo, mento, e de repente assistimos a este debate grotesco por causa chegamos a pensar que deve realmente existir um plano macabro de livros errados na rede de ensino e, pior, o próprio ministro para deixar o brasileiro mais ignorante e despreparado a cada dia, da Educação vem em defesa do erro. Temos que dar início a e Rui Barbosa é quem estava com a razão quando disse achar um movimento de repulsa total a este tipo de livro para mosque a burrice é uma ciência! Nós é que ainda não acordamos trarmos que existe brasileiro com vergonha na cara. O que está para ela. (www.celiopezza.com).
Célio Pezza Escritor
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Conselho Editorial
Presidente: Carlos Adamatti Membros: Paulo Vellinho, Luiz Osvaldo Leite, Renita Allgayer, Beatriz Adamatti e Ângelo Orofino
Diretor-Editor Attílio Hartmann - Reg. 8608 DRT/RS Editora Adjunta Martha d’Azevedo
Redação Jorn. Luiz Carlos Vaz - Reg. 2255 DRT/RS Jorn. Adriano Eli - Reg. 3355 DRT/RS
Revisão Ronald Forster e Pedro M. Schneider (voluntários) Administração Elisabete Lopes de Souza e Norma Regina Franco Lopes Impressão Gazeta do Sul
Rua Duque de Caxias, 805 Centro – CEP 90010-282 Porto Alegre/RS Fone: (51) 3221.5041 – E-mail: solidario@portoweb.com.br Conceitos emitidos por nossos colaboradores são de sua inteira responsabilidade, não expressando necessariamente a opinião deste jornal.
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AMÍLIA &
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A família pós-moderna estará abandonando os pais idosos? Deonira L. Viganó La Rosa Terapeuta de Casal e de Família. Mestre em Psicologia
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UIDAR, palavra cujo profundo significado talvez não tenhamos introjetado o suficiente. Cuidar do corpo, da natureza, das crianças, dos idosos, do próprio casamento... Onde há vida, necessariamente deve haver cuidado. E quanto mais frágil a vida, mais pede cuidado. O sentimento que torna pessoas e coisas importantes para nós se chama CUIDADO. Quem ama, cuida.
Imagem (alterada eletrônicamente):httpdesarrollo-senectud.blogspot.com
Crianças e idosos são os seres que mais necessitam de cuidado. Observamos cotidianamente como são grandes os sofrimentos e que desastrosas são as consequências da falta de cuidado com eles. Entretanto, não apenas estes sofrem, mas os próprios cuidadores muitas vezes são achacados pelo sofrimento. Para cuidar do outro é preciso cuidar de si mesmo e da própria maneira de cuidar. Quem cuida o cuidador?
Cuidar dos pais idosos
Desumanas são as famílias que se preocupam cada vez mais com a economia, os juros, o consumo, o trabalho e o lazer, esquecendo-se do mais importante, o sentimento, o qual - segundo Boff - se traduz por capacidade de afetar e ser afetado, de envolver-se, de emocionar-se, de cuidar. Famílias desumanizadas tendem a colocar o idoso de lado, como um objeto que não tem serventia, ainda que este seja o pai, ou a mãe. Vivemos numa sociedade na qual tempo é dinheiro. Ninguém quer perder tempo, é preciso correr, é preciso ganhar mais e descartar o que não gera lucro. Esta sociedade pouco proclama que abandonar pais idosos é crime. E abandonar não significa apenas atirá-los num abrigo e nunca mais visitálos. Abandonar também é deixar de ouvi-los, de conversar e acarinhar, de atender suas necessidades básicas. É maltratá-los com palavras e/ ou atos. É mostrar-lhes que são um grande peso para a família.
Como nossa família está exercendo o cuidado?
Só o ser humano tem o dom da palavra e só ele é capaz de usá-la para levar conforto, só ele é capaz de cuidar da higiene do idoso, de alcançarlhe os remédios, de ouvi-lo, de colocar a mão em seu ombro e mostrar-lhe o quanto está decidido a cuidar dele. E é o amor que torna o cuidado possível. Sem carícia, dedicação, ternura, cuidado, não há amor. Urge que os familiares se voltem sobre si mesmos e analisem como exercem o cuidado com os pais idosos, trazendo à luz quais e como são suas práticas. Este tema não pode ficar na surdina. Além da família, a questão do cuidado dos idosos deve ser levantada pela sociedade, por grupos de terapeutas, assistentes sociais, enfim, por todos os que desejam encontrar melhores formas para bem exercê-lo. O abandono é inaceitável.
Dificuldades do cuidador
Neste artigo trazemos à tona um fato que pode chocar o leitor: se os idosos necessitam de cuidado, e nada justifica abandoná-los, também é verdade que é difícil para a família cuidar idosos por anos a fio. Cito uma mulher (porque na maioria das vezes são as mulheres que cuidam dos idosos) que, com grande sofrimento, me revelou: “Não aguento mais. Por causa de meus pais idosos e há muitos anos doentes, deixei de casar, não tenho dinheiro, sinto raiva deles e estou ficando doente. Irmãos homens em nada me ajudam”. Procurei mostrar-lhe ser natural que sentisse raiva, o que não significava que não amasse seus pais (e de fato isto não estava afetando o cuidado que dedicava a eles). E outra mulher: “Nunca critique aquele que cuida idosos por anos e anos, pois quem não vive a situação não sabe o que isto significa”. Como o aumento da idade média das pessoas é um fato recente, ainda não estamos preparados para lidar com a situação dos idosos, sobretudo se estão doentes, e,
em particular, quando o dinheiro não é suficiente para contratar infra-estrutura. Muitas vezes estas dificuldades inerentes ao cuidado de idosos e doentes são abafadas porque geram nas pessoas um forte sentimento de culpa. Para bem resolvê-las, entretanto, é fundamental analisá-las abertamente e nunca negá-las. Fica evidente que, embora esta situação familiar seja complexa, em nada justifica o abandono ou o descuido com pais idosos. Amar e abandonar são variáveis que jamais podem andar juntas. Ame e cuide de seus pais, sempre. É dever da sociedade criar infra-estrutura para amparar as famílias, os cuidadores e os próprios idosos.
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Férias, questão de escolha Andrea Taisa de Moura Camargos Comunidade Canção Nova, apresentadora do Bem da Hora
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arra o livro do Gênesis que o Senhor trabalhou durante seis dias na criação do mundo e no sétimo dia Ele descansou. No Eclesiastes, é dito que existe um tempo para cada coisa debaixo do céu. Sendo assim, existe o tempo para estudar, para trabalhar, mas também o merecido tempo para descansar. Nem todos são privilegiados com as férias do meio do ano, mas os estudantes podem contar com esse período de descanso e recarregar a bateria. É tempo de renovar as forças, traçar novos propósitos, retomar alguns que não foram vividos até aqui. Férias também é tempo de curtir a família, já que durante o período de aulas é tudo tão corrido e você acaba passando mais tempo com seus colegas e professores do que com seus pais e irmãos em casa. Hoje, infelizmente, muitos jovens e adolescentes passam suas horas vagas grudados no computador, e, consequentemente, vêm perdendo a capacidade de se comunicarem pessoalmente. Acabam se especializando na comunicação virtual e é tudo o que sabem fazer. Conheço adolescentes que, num dia de festa de família, não são capazes de trocar uma palavra com seus primos, tios ou avós, nem mesmo com seus pais. Quando muito, conseguem responder uma ou duas perguntas e logo dão um jeito de sair de fininho, para voltar para o seu mundo cibernético. Não estou aqui querendo julgar ninguém, muito menos criticar a tecnologia que tanto ajuda na praticidade do nosso dia a dia. Mas pretendo mostrar que seus dias de férias podem ser mais bem aproveitados do que simplesmente serem gastos navegando na internet. Mas, e daí, se o que eu gosto de fazer é dormir e ficar no computador? Nenhum problema, desde que você tenha a consciência de que as suas escolhas de hoje refletirão em quem você será amanhã. Perceba que você poderia fazer um montão de coisas legais e divertidas, como passear, visitar seus avós, jogar bola, aprender lendo um bom livro, ver um filme junto com sua família, organizar o seu espaço, como arrumar a bagunça do seu quarto, seus armários, tirar de lá um montão de coisas às quais você nem dá mais importância e doar para pessoas que precisam mais do que você. Com tudo isso, você com certeza daria mais sentido às suas férias, à sua vida e, ao final do dia, não teria aquela terrível sensação de não ter feito nada de bom e o constante pensamento: “Ai que chato, não tem nada pra fazer nas férias!”. Diz a famosa frase: “a vida é uma questão de escolha”. E eu complementaria: suas férias também!
PINIÃO
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morte, duas vidas e o
despontar de um mundo novo Antônio Allgayer
despertou em Oprah veemente desejo de fazer algo semelhante para crianças feridas de abandosonho de Mar tin Luther King Jr de um mun- no ou maltratadas. do justo e fraterno (I have a dream...), tornouE não se diga que de uma s e re a l i d a d e a l v i s s a re i ra d é c a d a s a p ó s o centelha não possa nascer uma seu martírio, afetando a humanidade como um todo. labareda. A atitude daquelas Ao pugnaz combatente em f avor de minorias étni- religiosas avivou em Oprah a cas ultrajadas, não sobrou vida para ver um afrodes- sensação de que somente mec e n d e n t e s e r g u i n d a d o à s u p re m a m a g i s t ra t u ra rece viver quem sabe amar. Foi nos Estados Unidos, país mais poderoso do mundo. o despertar de potencialidades latentes que nela se revelariam Barack Obama, filho de pai negro, senador jovem, na explosão de uma caudal de egresso da Harvard Law School, obteve impressionante solidariedade geradora de incontáveis adesões ao seu vitória eleitoral numa nação antes infestada pelo Ku- projeto. Klux-Klan, em que crianças negras eram impedidas de Coincidências favoráveis às aspirações de Oprah embarcar em ônibus exclusivo para brancos. acumpliciaram-se num feliz desenrolar dos aconteciTal fato, conjugado a mudanças inovadoras num mentos, incluindo o aporte de recursos necessários para mundo prestes a libertar-se do mito de superioridade uma obra de larga expansão. racial, do qual foi cópia exacerbada o nazismo, responInicialmente, Oprah voltou a sua atenção à África sável pela morte de milhões de judeus e integrantes do Sul, no continente de origem de seus antepassados. de outras etnias. Ali construiu uma escola e visitou hospitais e orfanatos, Outra ocorrência auspiciosa, promissora de no- com forte apoio de Nélson Mandela, seu novo amigo. vos tempos foi protagonizada pelo carisma de Oprah Retornando aos Estados Unidos, agendou programa de Winfrey, que viria tornar-se a apresentadora de maior cunho profilático de êxito espetacular, que se prolongasucesso na TV dos Estados Unidos da América e quiçá ria por 25 anos de dedicação. Seres humanos golpeados do planeta que habitamos. de infortúnio tiveram nela uma espécie de anjo tutelar, Entrevistada pela revista Time, Oprah declarou que que jamais perdera a fé na perene novidade do vaticínio sua família fora pobre, muito pobre. E esclareceu que bíblico de um novo mundo, uma nova criação, uma aos doze anos de idade, em véspera de Natal, enquanto nova terra. contemplava da janela do seu modesto lar as casas viPara finalizar, registre-se que Oprah, ao despedir-se zinhas feericamente iluminadas, ouviu a mãe dizer que das multidões por ela levadas a acreditar na vida, menpara eles não haveria festa nesse Natal. Mas eis que na cionasse o nome de Jesus, com fé adulta num Deus que última hora chegaram umas freiras, trazendo alimen- é amor, ao qual, segundo ela, pertence todo o mérito tos e presentes. Tal gesto decididamente humanitário de fazer com que acontecesse o que de bom aconteceu. Advogado
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Voracidade consumista Frei Betto
preenche o coração humano. E o que poderia fazê-lo já não faz parte de nosso universo teleológico: o sentido ara o filósofo Edgar Morin, a ciência, ao buscar autonomia da vida como fenômeno, não apenas biológico, mas sobretudo biográfico, fora da tutela da religião e da filosofia, extrapolou os próprios histórico. limites éticos, como a produção de armas de destruição em Agora a voracidade consumista massa.Os cientistas não dispõem de recursos para controlar a pró- proclama a fé que identifica o infipria obra. Há um divórcio entre a cultura científica e a humanista. nito nos bens finitos. O princípio do limite é encarado como anacrônico. Azar nosso, porque todo sistema Exemplo paradigmático desse divórcio é a atual crise econômica. Quem é o culpado? O mercado? Concordar que sim é o mesmo tem seu limite, da vida humana ao mercado. Sabemos, por expeque atribuir ao computador a responsabilidade por um romance de riência própria, o que acontece quando se tenta ignorar os limites: o sistema entra em pane. Mas, em se tratando de finanças, não se péssima qualidade literária. Graças às novas tecnologias, o espaço se contraiu e o tempo acreditava nisso. A riqueza dos donos do mundo parecia brotar de se acelerou. O outro lado do mundo está logo ali, e o que lá ocorre um poço sem fundo. Duas dimensões da modernidade foram perdidas nesse proé visto aqui em tempo real. Tudo isso impacta nossos paradigmas e nossa escala de valores. Paradigmas e valores soam como contos cesso: a dignidade do cidadão e o contrato social. Marx sabia que a burguesia, nos seus primórdios, era uma classe revolucionária. O da carochinha comparados a ensaios de bionanotecnologia. O mundo real se cindiu e não condiz com o seu duplo virtual. Via que ignorava é que ela de tal modo revolucionaria o mundo, a ponto internet, qualquer um pode assumir múltiplas identidades e os mais con- de exterminar a própria cultura burguesa. Os valores da modernitraditórios discursos. Agora, todos podem ser simulacros de si mesmos. dade evaporam por força da mercantilização de tudo: sentimentos, Não há mais propostas libertárias que fomentem utopias, nu- ideias, produtos e sonhos. Para o neoliberalismo, a sociedade não existe, existem os trem esperanças e semeiem otimismo. Ao olhar pela janela, não há horizonte. O que se vê reforça o pessimismo: o aquecimento global, indivíduos. E eles, cada vez mais, trocam a liberdade pela segua ciranda especulativa, a ausência de ética no jogo político, a lei do rança. O que abastece este exemplo singular de mercantilização mais forte nas relações internacionais, a insustentabilidade do planeta. pós-moderna: a acirrada disputa pelo controle do mercado das Se não há futuro a se construir, vale a regra do prisioneiro almas. As religiões tradicionais perdem seus espaços territoriais confinado à sua cela: aproveitar ao máximo o aqui e agora. Já não e o número de fiéis. Agora, no bazar das crendices, a religião não interessam os princípios, importam os resultados. O sexo se dissocia promete o céu, e sim a prosperidade; não promete salvação, e sim segurança; não promete o amor de Deus, e sim o fim da dor; não do amor como os negócios da atividade produtiva. A cultura do consumismo desencadeia duas reações contra- suscita compromisso, e sim consolo. Assim, o amor e o idealismo ficam relegados ao reino das ditórias: a pulsão pela aquisição do novo e a frustração de não ter tido tempo suficiente para usufruir do “velho” adquirido ontem... A palavras inócuas. Lucro e proveito pessoal são o que importam. competitividade rege as relações entre pessoas e instituições. Somos *Autor de “Cartas da Prisão” (Agir), entre outros livros todos acometidos de permanente sensação de insaciabilidade. Nada Escritor*
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SICOLOGIA
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Motivação e criatividade na sala de aula Juracy C. Marques
Professora universitária, doutora em Psicologia
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ste ‘dito’ de Fernando Pessoa, bem como aquele que é mais conhecido e popular, “Tudo vale a pena quando a alma não é pequena”, requer interpretação contextualizada, de conformidade com as circunstâncias em que eles são invocados. Assim, poderíamos dizer que ir à aula, ter boa frequência e comportamento apropriado não é suficiente, pois sem motivação e criatividade a aprendizagem, que é o nó da questão, não se efetiva nos níveis indispensáveis para que ela seja duradoura e eficaz. Nós, bem como o mundo, estamos em contínuo fluxo, a vida é dinâmica, em contínua ebulição e mudança, por isso requer criatividade para reinventá-la todos os dias, numa flecha de tempo que aponta para a consecução de nossos objetivos maiores: auto-realização e desenvolvimento de nossas potencialidades. Isto não depende só do professor, nem apenas do aluno e da qualidade do ensino, está ligado a outras variáveis, como o entusiasmo, a auto-estima e paixão por aquilo que se faz. Ir em frente, apesar de eventuais contrariedades e obstáculos, nos torna mais fortes e capazes de criar um ambiente propício a conseguir chegar onde queremos. Por isso, é necessário ter objetivos, planejamento e estratégias bem delineadas, que possam facilitar a caminhada na consecução daquilo que desejamos para nós mesmos.
“Viver não é necessário, o que é necessário é criar”. Fernando Pessoa (1888-1935)
Aluno com problema Marlou, 15 anos, 1ª. Série do Ensino Médio, perdeu seu avô muito querido que morreu de súbito por problemas cardíaco-respiratórios. Sua família se desestruturou, pois ele era o alicerce que mantinha a família unida e forte, provedor não só de elementos materiais, mas também, de ambiente afetivo, pleno de valores e princípios que se renovavam na missa dominical, para onde conseguia levar seus netos. Apesar dos esforços da professora e da amizade dos colegas, Marlou entrou em depressão e, nas aulas, ao invés de prestar atenção, passava o tempo desenhando caricaturas, em meio a um silêncio constrangedor, não respondendo a quaisquer
buscas de conversa dos colegas. A professora, atendendo à reclamação da turma, convidou-o a comparecer ao SOE (Serviço de Orientação Educacional). Ele negou-se a responder tal convite, conversou com seus pais e iniciou uma psicoterapia de família, em que sua mãe já estava envolvida. Depois de dois meses, retornou às aulas, mudou seu comportamento e recuperou a matéria, com atendimento especial de sua Escola, através do SOE em combinação com a orientadora pedagógica. Viver é preciso, mas com criatividade e engajamento, assumindo conscientemente não só deveres e responsabilidades, mas também a alegria da convivência que robustece nossa paixão por aquilo que fazemos. Terri Heisele/sxc.hu
Desânimo da professora
A professora Marisa – 37 anos, 15 anos de experiência no Ensino Fundamental, professora de Língua Portuguesa – recentemente sentiu-se decepcionada e sem ânimo para planejar suas aulas com novas ideias e recursos de aprendizagem para sua turma de 7a série. Resolveu solicitar supervisão da orientadora pedagógica para clarear os motivos de seu desânimo. Então, deu-se conta de que estava ‘batendo na mesma tecla’, e que isso não mais encontrava ressonância nos seus alunos de 12 e 13 anos. A orientadora pedagógica, numa conversa franca e amiga, mostrou que ela, a despeito de seu amplo domínio de conteúdo, precisava criar novas estratégias de aprendizagem que envolvesse os alunos, dando-lhes a sensação de que eles, não ela, estavam construindo as possíveis avenidas de suas aprendizagens. Criou uma série de oficinas temáticas – consumismo, uso da Internet, globalização, cidadania, deixando, entretanto, abertos outros possíveis temas que o grupo de alunos pudesse vir a sugerir. O ensino da Língua – ortografia, gramática, sintaxe, semântica – seria trabalhado em conexão com o tema que culminaria numa redação individual que seria corrigida e comentada, através de sorteio, por outro colega. A aprendizagem participativa produziu resultados excelentes, a professora recuperou sua motivação, imersa no entusiasmo dos alunos que não só compareciam à sala de aula, mas se envolviam com interesse e alegria no que estavam fazendo.
Criatividade e engajamento
Igreja Católica Rumo à Prevenção Alcoólica
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Deus, o homem Q
ue espaço ocupa Deus e o próximo na sociedade tecnológica? Até onde o homem é refém da integral? E que tempo sobra ao tecnodependente para pensar na razão de sua existência? Qu mento do ser? Que opta pela abstração e a distração com os ‘brinquedinhos’, – seus novos de do con http://www.getdomainvids.com
Ausência de sentido de vida Ao que parece, a vida depois desta é algo muito distante. A preocupação pelo fim da jornada com a prestação de contas do que fizemos ou deixamos de fazer, a que todos somos obrigados, já não mais nos tira o sono! A erudição, a ciência e as facilidades da vida atual tomaram completamente o lugar do sagrado. Já não existe a barreira do tempo para nos comunicar: tudo é instantâneo para qualquer lugar da Terra. Já não existem distâncias que não possamos alcançar pelas facilidades da mobilidade para nos locomover. Inversamente, à medida em que a humanidade progride nas ciências, mais superficial se torna e mais se afasta de sua dimensão espiritual. Suas ‘certezas’ o tornam soberbo. Acha que a ciência e a tecnologia são razões bastantes e suficientes. Parece que o homem pensa que já não mais precisa de Deus! Será?
Ter ou ser? Só houve um homem em toda a história da humanidade em que o ser (verbo) esteve integralmente coerente com sua vida. Um homem extraordinário que, muito mais que inscrever seu nome na memória da história, dividiu a história em antes e depois dele: Jesus Cristo. E que, no Horto do Getsêmani, quando os centuriões perguntaram quem era Jesus, disse, sou eu. Seu único bem era ser, pois nada possuía de seu. Privilegiar o ter termina sempre no vazio pelo que faz acelerar cada vez mais a roda do consumo, na ilusão da compra da felicidade. Mas a felicidade não está e nunca esteve à venda. A felicidade perene não passa pelo consumir. Alguém já disse que o Sermão da Montanha (Mateus, 5 e seguintes) é a mais sábia e sublime plataforma ‘política’ do autêntico cristianismo. Pouco lembradas, as bem-aventuranças são o melhor guia para a busca de sentido da existência em vista da eternidade. São lúcido aceno para uma vida realmente feliz, já aqui na terra. E, não por acaso, a primeira – ‘Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu’ – dá sentido para todas as que se seguem e indica como usar os bens materiais para a nossa felicidade. A felicidade está nas coisas pequenas.
O que é ser pobre de espírito? É contentar-se e estar feliz com o essencial e fazer deste essencial o suficiente para viver feliz. É descolar-se da onda de consumo inconsequente que induz ao aprisionamento e vazio, que nos faz trocar de automóvel, de celular, de televisão ou entulhar a casa e o cotidiano com objetos e trecos que amanhã já cairão na obsolescência. O coração humano está onde ama: se ama o dinheiro, o coração está preso no cofre, se ama o automóvel, está preso ao automóvel. Ser pobre de espírito é reconhecer-se pequeno, fraco, necessitado de Deus. Os humildes ouvem, os orgulhosos falam. Os humildes perguntam, os vaidosos respondem. Deus quer espíritos ricos de amor e pobres de orgulho. Pobres de paixões, de vícios, de aspirações ao poder e vaidades, desapegados das glórias efêmeras...Amar é acumular tesouros incorruptíveis pelo tempo e inacessíveis aos ladrões. O pobre de espírito é tolerante, cala-se diante de palavras loucas e suporta a injustiça contra ele próprio. Mas não compactua com equívocos e se agiganta quando vê seu próximo injustiçado. O pobre de espírito não é sevil, mas está sempre pronto a servir em vez de ser servido. Infelizmente, a expressão ‘pobre de espírito’ recebe significação equivocada e pejorativa na cultura popular. Pobre de espírito não é ser ignorante: ao contrário, é portador de verdadeira sabedoria.
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EMA EM FOCO
m e a tecnologia
a tecnologia e não o contrário, fazendo dela – a tecnologia – o instrumento para seu crescimento ue tempo o homem ainda reserva para Deus e o próximo numa cultura que privilegia o ter em detrieuses – farta e ostensivamente facilitados por um sistema que precisa acelerar cada vez mais a roda nsumo? ithirewire.com
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Luís Antônio
João Pedro
Clarice
Tecnologia, deus da cultura moderna? Divulgação
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Não só jovens e adolescentes – também denominados de nativos digitais – também homens e mulheres maduros passam horas e horas, noites e madrugadas a dentro diante do computador, perdendo a capacidade de se comunicarem presencialmente. Vivem na virtualidade. Em dias de festa de família são incapazes de trocar uma palavra com seus primos, tios ou avós, nem mesmo com seus pais. Quando muito, conseguem responder uma ou duas perguntas e logo dão um jeito de sair de fininho, para voltar para o seu mundo cibernético. Não se quer que abdiquem da tecnologia que tantas facilidades trouxe no nosso dia-a-dia. Mas que se faça dela, um recurso para o crescimento humano. Seria o mundo da informática e das novas tecnologias de informação mais uma forma de deus da cultura moderna?
“A tecnologia deve estar a serviço”
É o que pensa o engenheiro Luís Antônio da Silva Machado, 52 anos, pai de João Pedro, três anos. “As ferramentas, especialmente as novas tec-
nologias de informação e comunicação, são neutras. Depende de como as usamos: podem ser usadas para o mal ou para o bem”, diz Luiz, um pai verdadeiramente presente e que, desde que é pai do João Pedro, dá um jeito de almoçar em casa – embora trabalhe em outro bairro – para encontrar o filho e levá-lo depois para a escolinha. “O uso intenso da internet e de todas as novas tecnologias podem desvirtuar. Conheço pessoas que chegam a um ponto que ficam tão viciadas que perdem a noção do real e vivem só no virtual. E não são poucos, inclusive pessoas de idade, que inverteram suas realidades. São pessoas que perderam a capacidade de se relacionarem com as pessoas que vivem sob o mesmo teto”. Os pais de João Pedro estão muito conscientes de suas responsabilidades e se preocupam em transmitir valores positivos ao seu filho. “Ele é muito jovem ainda. Mas, logo chegará o tempo em que estará apto a manusear e escolher. Aí então será nossa hora de vigiar. Temos que instalar filtros, mecanismos, que não permitam o livre acesso a certos sites que facilmente vendem valores falsos. Todo pai e mãe deveriam ter isso em mente”, assegura a farmacêutica Clarice, mãe do menino.
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ABER VIVER
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Conselhos saudáveis para uma vida melhor As universidades de Harvard e de Cambridge, nos EUA, publicaram recentemente um compêndio com 21 conselhos saudáveis para melhorar a qualidade de vida de forma prática e habitual. Aqui vão eles. Aproveite. 01- Um copo de suco de laranja diariamente para aumentar o Ferro e repor a vitamina C 02- Salpicar canela no café (mantém baixo o colesterol e estáveis os níveis de açúcar no sangue). 03- Trocar o pãozinho tradicional pelo pão integral . O pão integral tem 4 vezes mais fibra, 3 vezes mais zinco e quase 2 vezes mais Ferro que tem o pão branco. 04- Mastigar os vegetais por mais tempo. Isto aumenta a quantidade de químicos anticancerígenos liberados no corpo. Mastigar libera sinigrina. E quanto menos se cozinham os vegetais, melhor efeito preventivo têm. 05- Adotar a regra dos 80%: Servir-se menos 20% da comida que costuma comer evita transtornos gastrintestinais, prolonga a vida e reduz o risco de diabetes e ataques
mates estão em molhos para massas níveis de antioxidantes que o chá 19- Comer como um passarinho. de coração. Verde, e beber só uma xícara diária A semente de girassol e as sementes 06- O futuro está na laranja, que ou para pizza. 09- Limpar sua escova de dentes desta infusão diminui o risco de doen- de sésamo nas saladas e cereais são reduz em 30% o risco de câncer de e trocá-la regularmente. As escovas ças coronárias. Cientistas israelenses nutrientes e antioxidantes. E comer pulmão. 07- Fazer refeições coloridas podem espalhar gripes e resfriados e também concluíram que beber chá au- nozes entre as refeições reduz o risco como o arco-íris. Comer diariamente outros germes. Assim, é recomenda- menta a sobrevida depois de ataques de diabetes. do lavá-las com ao coração. 20- Uma bauma variedaágua quente pelo 1 6 nana por dia quase de de vermem e n o s q u a t r o Ter um anidispensa o médico; lho, laranja, vezes na semana mal de estivejamos: Pesquisa amarelo, (aproveite o ba- mação. As da Universidade de verde, roxo nho no chuveiro), pessoas que Bekeley - A banana e branco em sobretudo após n ã o t ê m previne a anemia, a frutas e vegedoenças, quando a n i m a i s tensão arterial alta, tais, cria uma devem ser manti- d o m é s t i melhora a capacimelhor misdas separadas de cos sofrem dade mental, cura tura de anoutras escovas. mais de ressacas, alivia a tioxidantes, 10- Realizar estresse e azia, acalma o sisvitaminas e atividades que es- visitam o tema nervoso, aliminerais. timulem a mente médico revia a TPM, reduz 08- Coe fortaleçam sua gularmenrisco de infarto e mer pizza, memória. Faça te, dizem Uma banana por dia quase dispensa as tantas outras coisas macarronada Pizza com bastante molho de tomate para alguns testes ou os cientis- visitas aos médicos mais, então, é ou ou qualquer prevenir tumores quebra-cabeças, tas da Camnão é um remédio outra coisa palavras-cruza- bridge University. Os mascotes fazem natural contra várias doenças? com molho de tomate. Mas escolha as 21- Por último, um mix de pequepizzas de massa fininha. O Licopeno, das, aprenda um idioma, alguma habili- você sentir-se otimista, relaxado, e um antioxidante dos tomates, pode dade nova... Leia um livro e memorize isso baixa a pressão do sangue. Os nas dicas para alongar a vida: comer chocolate. Duas barras inibir e ainda reverter o crescimento parágrafos; escreva, estude, aprenda. cães são os melhores, mas até um dos tumores; e ademais, é melhor Sua mente agradece e seus amigos peixinho dourado pode causar um por semana estendem um ano a vida. O amargo é fonte de ferro, magnésio absorvido pelo corpo quando os to- também, pois é interessante conversar bom resultado. com alguém que tem assunto. 17- Colocar tomate ou verduras e potássio... 11- Usar fio dental e não mastigar frescas no sanduíche. Uma porção pensar positivamente. Pessoas chicletes. Acreditem ou não, uma de tomate por dia baixa o risco de otimistas podem viver até 12 anos Visa e Mastercard pesquisa deu como resultado que doença coronária em 30%, segundo mais que os pessimistas, que, além as pessoas que mastigam chicletes cientistas da Harvard Medical Scho- disso, pegam gripes e resfriados mais têm mais possibilidade de sofrer ol; vantagens outras são conseguidas facilmente, são menos queridos e mais de arterioscleatráves de ver- amargos. rose, pois têm duras frescas. ser sociável. Pessoas com foros vasos san18- Reor- tes laços sociais ou redes de amigos guíneos mais ganizar a gela- têm vidas mais saudáveis que as pesestreitos, o que deira. As verdu- soas solitárias ou que só têm contato pode preceder ras em qualquer com a família. a um ataque lugar de sua ge conhecer a si mesmo. Os do coração. ladeira perdem verdadeiros crentes e aqueles que Usar fio dental substâncias nu- priorizam o 'ser' sobre o 'ter' têm 35% pode acrescentritivas, porque de probabilidade de viver mais tempo, tar seis anos a luz artificial e de ter qualidade de vida... à sua idade do equipamento Não parece tão sacrificante, não biológica pordestrói os flavo- é verdade? Uma vez incorporados, que remove as nóides que com- os conselhos, facilmente tornam-se bactérias que batem o câncer hábitos... É exatamente o que diz atacam os denque todo vegetal uma certa frase de Sêneca: "'Escolha Rir "acorda" células naturais de defesa e tes e o corpo. anticorpos tem. Por isso, é a melhor forma de viver e o costume 12- Rir. melhor usar á a tornará agradável'! Uma boa gargalhada é um 'mini- área reservada a ela, aquela caixa bem "Crie bons hábitos e torne-se workout', um pequeno exercício físi- embaixo ou guardar em um tape ware escravo deles, como costumamos ser co: 100 a 200 gargalhadas equivalem escuro e bem fechado. dos maus hábitos". a 10 minutos de corrida. Baixa o estresse e acorda células naturais de defesa e os anticorpos. 13- Não descascar com antecipação. Os vegetais ou frutas, sempre frescos, devem ser cortados e descascados na hora em que forem consumidos. Isso aumenta os níveis de nutrientes contra o câncer. Sucos de fruta têm que ser tomados assim que são preparados. 14- Ligar para seus parentes/pais de vez em quando. *Um estudo da Faculdade de Medicina de Harvard concluiu que 91% das pessoas que não mantêm um laço afetivo com seus entes queridos, particularmente com a mãe, desenvolvem alta pressão, alcoolismo ou doenças cardíacas em idade temporã. 15- Desfrutar de uma xícara de chá. O chá comum contém menos
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Humor
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SPAÇO LIVRE
2.000 anos de turbulências - XXX
Sem Fronteiras Martha Alves D´Azevedo
Comissão Comunicação Sem Fronteiras ard on Le
TIRADAS INFAMES
O famoso Século das Trevas
2. Por que a Coca-Cola e a Fanta se dão muito bem? R - Porque se a Fanta quebrar, a Coca-Cola! 3. Como se fala top-less em chinês? R - Xem-chu-tian. 4. Você sabe qual a diferença entre a lagoa e a padaria? R - Na lagoa há sapinho, e na padaria assa pão. 5. Você conhece a piada do fotógrafo? R - Ainda não foi revelada. 6. O gago aborda um transeunte na rua: - O se... senhor sa... sa... sabe, on... on... de fi... fi... ca a esco... cola de ga... ga... gagos? - Mas para quê? O senhor já gagueja tão bem... 7. A tia vira-se para a Mariazinha e pergunta: - O que você vai fazer quando for grandona como a titia? - Um regime! 8. O mendigo chega para uma senhora e pede uma esmola. - Em vez de ficar pedindo esmolas, por que não vai trabalhar? - Dona, eu estou pedindo esmola e não conselhos! 9. Estava O Cebolinha almoçando com a Mônica quando ela perguntou: - Cebolinha, você gosta de acelga? E ele respondeu: - Gosto da acelga, da sulda e da muda... (Da internet)
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Já em 882 apareceram os primeiros sinais dos maus tempos. O Papa João VIII morreu envenenado por políticos, porque os repreendeu por prática de violência. No ano 896, o Papa Bonifácio VI também morreu envenenado, duas semanas após a eleição (Lembram versões sobre a morte de João Paulo I, ocorrida em circunstâncias ainda não explicadas?). Mas o caso mais lamentável foi o praticado pelo Papa Estevão VI. Ele deixou-se envolver pela vingança política da rainha Agertrudes, e mandou desenterrar o cadáver do Papa Formoso, morto naquele ano, para julgá-lo e condená-lo. No ano seguinte, também Estevão VI teve um fim muito triste: foi estrangulado na prisão, em 897. Toda a Europa, naquela época, estava mergulhada na corrupção e no crime. Coincidiu com os ataques dos normandos, sarracenos, búlgaros, árabes, que assaltavam igrejas e invadiam mosteiros, cometendo toda a espécie de violências. Em 909, o Sínodo de Trosly chegou a declarar: “O mundo está cheio de imoralidade e de adultério, de devastação de igrejas e de opressão dos pobres”. A Igreja sofreu muito, pois vários papas vinham de famílias nobres, por isso sofriam a influência nefasta de duques e condes. Ou eram, então, a favor ou contra esses nobres. Neste caso, eram perseguidos e mortos. A Igreja não pereceu, porque é sustentada pela mão de Deus “E sobre esta pedra edificarei minha Igreja. E as portas do inferno não prevalecerão contra ela”, disse Jesus a Pedro. Em contrapartida, nesse Século das Trevas, coisas boas foram feitas, como a fundação do Mosteiro de Cluny, em 908, que se tornou grande centro de espiritualidade. De 945 a 986, a cristandade progrediu na Dinamarca, na Suécia e na Noruega, onde foram criadas algumas dioceses. Os povos da Europa continuaram a ser evangelizados. Mas a nobreza romana alimentava em seu seio disputas e intromissões indevidas na vida a Igreja. O conde Tofilato, sua esposa Teodora, e suas duas filhas Marózia e Tedodora, queriam mandar na Igreja. Depois foi o duque Crescêncio e seus descendentes, sem falar em Otão I e sua família. Por ser Imperador, Otão se achava no direito de se intrometer na administração da Igreja e de interferir na escolha dos papas. Vários deles, nessa época, foram assassinados a mando de políticos, muitas vezes às escondidas, como Leão V (903), morto na prisão por envenenamento; Estevão VII (931), também morreu no cárcere; João XI (935) morreu assassinado como sua mãe; João XII (964), foi julgado, condenado e deposto pela política; Bento VI (974) morreu estrangulado no Castelo de Santo Ângelo, por imposição de Bonifácio Franco; e João XIV (984) morreu abandonado no cárcere, talvez de fome e doente, igualmente por determinação de Bonifácio Franco, um antipapa assassino. Tudo isso não deve escandalizar ninguém, muito menos a nós, católicos. Essa página da História da Igreja não dá para esquecê-la, rasgá-la ou deletá-la, mas, isto sim, deve servir de estímulo a aumentar nossa fé, alicerçados na Palavra de Cristo: “E as forças do Inferno não prevalecerão contra ela”. (Mt. 16,16). (CA/Pesquisa).
A assinatura do Tratado de Assunção, no dia 26 de março de 1991, criou o Mercosul, que visava a constituição de um mercado comum, tendo como objetivo final a livre-circulação de bens, serviços e fatores produtivos entre os países-membros, através da eliminação de direitos alfandegários e de restrições não-tarifárias, vigentes na época, no comércio recíproco. São membros-plenos do Mercosul a Argentina, o Brasil, o Paraguai e o Uruguai. Estados associados são membros que participam de encontros e decisões políticas, mas não tem de seguir regras econômicas comuns, como manter a mesma tarifa de importação a produtos iguais. A Venezuela, um dos estados associados, solicitou seu ingresso no bloco como membro-pleno, e já foi aceita pelos legislativos da Argentina, do Brasil e do Uruguai, o que lhe dá o status de membro-pleno em processo de adesão. Depende agora do aceite do parlamento paraguaio, que ainda não deu o seu aval para que seja aceita. Além da Venezuela, são “países associados” ao Mercosul, a Bolívia, o Chile, o Peru, a Colômbia e o Equador. O chanceler Antônio Patriota declarou, em Assunção, que os países do Mercosul convidarão “em breve”, a Bolívia e o Equador a tornarem-se membrosplenos do bloco do Cone Sul. Segundo o ministro, “existe um sentimento (entre os países do Mercosul), de que chegou o momento de aproximação maior com potenciais candidatos” a entrar de forma plena para o bloco. Outro candidato a tornar-se membro pleno é o Peru, mas, apesar do “interesse recíproco “ para que isto aconteça, segundo Patriota, tratados peruanos já existentes com os Estados Unidos e a União Europa, podem dificultar o processo. Parece que finalmente chegou o momento do crescimento do Mercosul, que esteve até agora em processo de espera... (geralda.alves@ufrgs.br).
e Jesus Cristo não estivesse à frente da Igreja, certamente ela teria acabado no século X, também chamado de “O Século das Trevas”. De acordo com os historiadores, ele foi marcado pela corrupção política e pela violência. Vê-se que estas características não são exclusividade do momento histórico em que vivemos no país e no mundo...
1. Para que serve o óculos verde? R -Para verde perto.
Crescimento em pauta ia 29 de junho último realizou-se em Assunção, Paraguai, mais uma reunião da cúpula do Mercosul. Na ocasião, foi discutida a entrada como membrosplenos do bloco, da Bolivia e do Equador. A presidente Dilma Rousseff esteve presente na reunião acompanhada pelos ministros Antônio Patriota e Guido Mantega.
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GREJA &
COMUNIDADE
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Catequese Solidário Litúrgico 31 de julho - 18o Domingo do Tempo Comum Cor: verde
1a leitura: Livro do Profeta Isaias (Is) 55,1-3 Salmo: 144(145), 8-9.16-16.17-18 (R/. cf 16) 2a leitura: Carta de São Paulo aos Romanos (Rm) 8,35,37-39 Evangelho: Mateus (Mt) 14,13-21 NB.: Para a compreensão dos comentários litúrgicos leia, antes, os respectivos textos bíblicos. Comentário: A passagem do Evangelho de Mateus deste domingo vem logo após a história da morte de João Batista, ligada à festa de aniversário de Herodes Antipas, quer dizer: Mateus contrasta o “Banquete da Morte” de Herodes com “O Banquete da Vida”, protagonizado por Jesus! O texto nos traz uma grande lição de solidariedade humana. Ao não aceitar despedir a multidão com fome, Jesus foi muito claro: Eles não precisam ir embora. Dai-lhes vós mesmos de comer (14,16). Mateus nos lembra o compromisso social do seguidor de Cristo, baseado na partilha dos bens necessários para a vida. É claro que diante do enorme sofrimento da maioria da população do mundo, também podemos sentir-nos tão impotentes como os discípulos no Evangelho de hoje: Só temos aqui cinco pães e dois peixes. Mas o que é isso para tanta gente!? (14,17). Jesus ensina que a atitude menos digna é a de lavar as mãos, de omitir-nos diante das necessidades reais e urgentes das pessoas. Para ir construindo um mundo de justiça e fraternidade, precisamos chegar a uma visão cristã da sociedade, que exige que façamos a nossa parte, tudo o que podemos, e, portanto, devemos fazer. Há dois mil anos, Jesus olhou a multidão, teve compaixão dela e agiu. Ele olha hoje a situação de tantos irmãos e irmãs e pede que os seus seguidores façam algo para mudar a situação. Paira sobre nós cristãos o desafio do texto de hoje: “Dai-lhes vós mesmos de comer!” Na prática, isso significa que não podemos compactuar com uma sociedade organizada conforme os princípios de Herodes e seu banquete de morte, mas lutar para a construção de uma sociedade em favor da vida. Talvez o que cada um de nós tem, é pouco para ajudar a tantos; contudo, nosso pouco, multiplicado por muitos, por milhares, por milhões vai realizando o sonho de um mundo justo, fraterno, solidário (inspirado em texto do P. Bantu Mendonça K. Sayla).
7 de agosto - 19o Domingo do Tempo Comum Cor:verde
1a leitura: 1o Livro dos Reis (1Rs) 19,9a.11-13a Salmo: 84(85), 9ab-10.11-12.13-14 (R/.8) 2a leitura: Carta de São Paulo aos Romanos (Rm) 9,1-5 Evangelho: Mateus (Mt) 14,22-23 Comentário: O medo e a insegurança estão entre as principais preocupações do nosso povo, especialmente nas cidades. É o medo da violência, do desemprego, da pobreza, da solidão, da velhice, da morte. O medo toma conta também de boa parte de nossas instituições: medo das autoridades de tomar as medidas necessárias para justas reformas, como a reforma agrária, política e econômica; o medo de líderes religiosos diante dos desafios do mundo da pós-modernidade, pluralista e globalizada, levando até à paralisia e ao fechamento. No tempo de Jesus, os discípulos também sentiam medo: medo das autoridades judaicas, medo dos invasores romanos, medo dos fariseus, dos saduceus e até povo judeu fanatizado pela ideologia religiosa. É neste contexto que se entende o texto de Mateus. Não admira que os discípulos, vendo Jesus caminhando sobre as águas e vindo ao seu encontro, acharem que ser um fantasma e ficarem apavorados. Diante do medo dos discípulos, Jesus é diz a palavra que eles precisavam ouvir: Coragem! Não tenham medo! Sou eu! (14,27). Jesus não é um fantasma, mas uma presença real, fortalecedora e libertadora no meio da comunidade, especialmente na hora das dificuldades e perseguições. A fé em Deus não tira os nossos sofrimentos e dificuldades, como querem tantos hoje, mas nos dá as forças necessárias para vencê-los. Deus não é um analgésico para as dores e dificuldades da vida, mas uma presença amorosa que nos anima, fortalece e nos estimula, como a Pedro, a acreditar que Jesus não o deixará perecer. Diante de tantos medos reais com os quais nos defrontamos, nossa vocação cristã deve testemunhar pela vida a palavra de Paulo: Se Deus está conosco, quem estará contra nós? (Rm 8, 31) (cf Hughes, Tomas).
14 de agosto - 20o Domingo do Tempo Comum Cor: verde
1 leitura: Livro do Profeta Isaias (Is) 56,1.6-7 Salmo: 66(67), 2-3.5.6 e 8 (R/.4) 2a leitura: Carta de São Paulo aos Romanos (Rm) 11,13-15.29-32 Evangelho: Mateus (Mt) 15,2128 Comentário: Os homens criam leis e, depois, se escravizam a elas. Este pensamento atravessa o texto de Mateus deste domingo. As primeiras comunidades cristãs também viviam tensões provenientes das diferentes tendências teológicas e pastorais. Uma delas se referia à questão da integração de judeus e pagãos nas comunidades cristãs, em pé da igualdade. É esta tensão interna que está subjacente à história relatada pelo texto de hoje. Jesus é confrontado por uma mulher desesperada por causa da doença da sua filha. Numa sociedade machista, aquela mulher, sozinha, pagã, era “impura” e, por isso, desprezível e sem direitos. No diálogo da mulher com Jesus, ela expõe submissão, marginalização, sofrimento profundo, desespero pela doença da filha. E não tem vergonha nem receio em “desafiar” Jesus, que parecia não querer atendê-la: os cachorrinhos comem as migalhas que caem da mesa dos seus donos (15,27). Diante de tamanha fé, fé humilde e confiante, Jesus diz a palavra que ela queria ouvir: Mulher, grande é a tua fé; seja feito como tu queres (15,28). Na fé daquela mulher cananeia aparece, mais uma vez, a verdadeira dimensão da missão de Jesus: ele veio para ser uma Boa Notícia de libertação e vida para todos, sem distinção nem discriminação por causa de leis e normas que escravizam e matam. Que Deus nos ajude para ouvirmos a sua voz, falando-nos no dia-a-dia das nossas vidas e nos dê coragem para mudar as nossas estruturas mentais, tantas vezes condicionadas por preconceitos raciais, de gênero ou de religião. a
attilio@livrariareus.com.br
Identidade da Catequese Elementos característicos da Catequese
1. A comunidade cristã é o sujeito, o ambiente e a meta da catequese. Família, catequese e paróquia assumem, em comunhão, a responsabilidade por criar o ambiente, onde a fé de cada um possa crescer com o testemunho dos outros, esclarecer-se com a ajuda dos demais, celebrarse em comum e manifestar-se a todos. Ninguém cresce sozinho e pelas suas mãos, como ninguém cresce na fé, sem a fé dos outros e sem a graça de Deus. É no testemunho vivido da fé que a catequese encontra a sua base de apoio! 2. A vida “em grupo” e entre os grupos de catequese, no seio da comunidade, é já uma experiência do ser e do viver em “Igreja”. O ambiente de participação ativa e de responsabilidade comum, por parte de todos, quer nas celebrações, quer no compromisso efetivo, nas várias obras, iniciativas e atividades da paróquia, facilitarão a consciência de sermos “discípulos” de Jesus, numa “Igreja”, chamada a ser comunidade e família de irmãos! 3. Entre os vários modos e momentos de evangelização, a catequese ocupa um lugar de destaque. Ela se preocupa por anunciar a Boa Nova àqueles que, de algum modo, já foram, ao menos, alguma vez sensibilizados, seduzidos, ou tocados pela beleza da pessoa de Cristo. Esperase que, de um modo organizado, esse primeiro anúncio seja, a seu tempo e com largo tempo, esclarecido de boa mente, acolhido no coração, e que dê frutos de vida nova. E que essa vida nova seja expressa, partilhada e fortalecida no encontro fiel da comunidade com Cristo ressuscitado, na celebração dos sacramentos, particularmente da Eucaristia e da Reconciliação. 4. Na verdade, a vida cristã é um fato comunitário! E se alguém, por hipotética ocupação, não pudesse dispensar mais que uma hora por semana, para “estar com o Senhor”, deveria reservar esse tempo para a participação na Eucaristia dominical, que é verdadeiramente o ponto de chegada, o ponto de encontro e o ponto de partida da vida e da missão da Igreja. A “catequese” não é “um à parte”, uma “hora” para a educação religiosa ou cívica, como se fizesse algum sentido preocupar-se por não faltar a um encontro de catequese e faltar, sem qualquer justificação, à celebração da Eucaristia e aos compromissos com a vida da comunidade. 5. A catequese não é uma “aula” de religião ou de moral, nem se dirige somente à capacidade de aprender e de saber bonitas coisas acerca de Deus, acerca dos sete sacramentos, dos dez mandamentos, da Igreja, da vida eterna. A catequese propõe uma pessoa e não uma teoria: “Jesus Cristo é o Evangelho, a Boa Nova de Deus”. Nesse sentido, a catequese é evangelizadora, se levar os catequizandos à descoberta, à amizade e ao seguimento de Jesus. Sem essa adesão vital, de coração, à pessoa de Jesus Cristo, qualquer “Moral” se tornará um peso, em vez de se oferecer como um caminho de libertação. (Publicado pelo blog de catequese de Portugal)
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SPAÇO DA
Arquidiocese promove formação de secretários
No dia 4 de julho, no Centro de Pastoral Arquidiocesano, reuniram-se as secretárias, na maioria mulheres, mas alguns homens exercem essas função. O grupo atua nas paróquias do Vicariato de Porto Alegre. O encontro visa dar suporte ao grupo no uso do sistema PASTORAL, que faz a atualização das ações realizadas em cada comunidade, centralizando esses dados na Cúria Metropolitana. Durante a manhã, os trabalhos foram conduzidos pela equipe da Cúria, com o Pe. Inácio Ledur, o casal missionário que coordena o trabalho na sede da Igreja Arquidiocesana, Ailton e Sirlene Moreira, e ainda contando com a assessoria da advogada Patrícia Menti, que mostraram a parte funcional do sistema, numa formação contínua, já que o programa é utilizado nas paróquias há bastante tempo. Numa formação mais reflexiva, o Pe. Francisco Ledur conduziu os trabalhos na parte da tarde, chamando-as para compartilhar suas experiências e vivências. O Pe. Cesar Leandro Padilha, junto com parte da equipe apresentou a PASCOM, seu papel e ação na Arquidiocese, convocando a todos a compartilhar no site da Arquidiocese os eventos e notícias das comunidades, bem como os horários de missas das comunidades aumentando assim o trânsito de informações, aquilo que acontece nas comunidades e precisa ser compartilhado com todos os irmãos. O dia teve seu auge quando o arcebispo metropolitano, Dom Dadeus Grings, presidindo a celebração Eucarística, encerrou o dia.
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RQUIDIOCESE Coordenação: Pe. César Leandro Padilha Solicita-se enviar sugestões de matérias e informações das paróquias. Contatos pelo fone (51)32286199. Acompanhe o noticiário da Pascom pelo twitter.com/arquidiocesepoa
Eleito novo coordenador de Pastoral do Vicariato de Guaíba No dia 7 de julho, na Paróquia Nossa Senhora do Livramento, ocorreu a reunião do Clero do Vicariato de Guaíba (foto acima), na qual foi eleito o novo coordenador de Pastoral do Vicariato, Pe. Bonifácio Zimmer, que assumirá em setembro o cargo exercido pelo Pe. Elemar Griebeler há quatro anos.
Jubileu de Prata do Santuário de Schoenstatt
Faleceu o Irmão lassalista Alfredo Werlang O Irmão Alfredo Werlang, lassalista, faleceu no dia 14 de julho. Seu corpo foi velado em Canoas, no Cemitério São Vicente, mesmo local do o sepultamento. Irmão Alfredo tinha 98 anos, nasceu em 1912, e atualmente residia em Porto Alegre na Casa Nossa Senhora da Estrela, comunidade lassalista que cuida irmãos idosos e enfermos. Durante muitos anos, Ir. Alfredo colaborou com a Arquidiocese trabalhando na administração da Cúria Metropolitana. A Arquidiocese de Porto Alegre solidariza-se em orações com os Irmãos Lassalistas.
Curso de Secretários Paroquiais no Vicariato de Guaíba No dia 12 de julho aconteceu, no Vicariato de Guaíba, o Curso de Secretárias(os) Paroquiais referente ao Sistema Pastoral cuja explanação foi feita pela Célia, representante da Maistre Informática . A Maistre Informática presta serviços à Igreja na área administrativa com o objetivo de facilitar a administração e a área Pastoral.
Nem a chuva impediu os devotos de Nossa Senhora de Schoenstatt de comemorar o Jubileu de Prata do Santuário de Schoenstatt Tabor Maria Cor Ecclesiae, localizado no bairro Assunção, zona sul de Porto Alegre, na tarde do domingo dia 17 de julho. Os 25 anos foram marcados por uma belíssima celebração presidida pelo arcebispo de Porto Alegre, Dom Dadeus Grings, e concelebrada por muitos padres simpáticos ao movimento mariano. Várias caravanas vieram de outras cidades do estado para participar desse momento. Na ocasião, Dom Dadeus descerrou uma placa que marca o jubileu de prata do santuário de Porto Alegre, o terceiro do Rio Grande do Sul. Colaboração: Karla Caroline Nery de Souza, jornalista
Movimento de Cursilhos Aproximadamente cem pessoas participaram do encontro de formação do Movimento de Cursilhos que aconteceu no sábado, dia 9 de julho, na Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus. Este encontro contou com participantes de diversas comunidades e municípios da Arquidiocese e teve como objetivo capacitar pessoas para atuarem nos encontros dos Cursilhos que acontecerão de 19 a 21 de agosto (Cursilho de homens) e de 2 a 4 de setembro (Cursilho de mulheres) no Centro de Pastoral aqui em Porto Alegre.
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Porto Alegre, 1o a 15 de agosto de 2011
Quinta Romaria Padre Reus
Superpopulação ameaça a terra Somos sete bilhões de habitantes. Um bilhão passa fome, não por falta de alimento, mas pela má distribuição de renda: sobrevivem com menos de um real por dia, no nosso dinheiro. Nos últimos 20 anos, o Planeta ganhou mais um bilhão de moradores. Índia, China, Paquistão, Bangladesh e Indonésia são os países que mais aumentaram. Os dados são do Fundo de População das Nações Unidas. A continuar assim, em 2050 poderemos ser 9,3 bilhões de habitantes.
O testemunho de uma cura milagrosa “Hoje, estou aqui para agradecer e dar também o meu testemunho de que, há 28 anos, vivo em ação de graças por intermédio do Pe. João Batista Reus. Chegaram a preparar um caixão e uma viatura para transladar o meu corpo para a Diocese de Apucarana, Paraná, no ano de 1983”. Começou assim o depoimento do Pe. Pedro Odair Machado (foto menor) que comoveu os milhares de participantes da Quinta Romaria Padre Reus, em julho último. O religioso contou que ficou durante 50 dias em
estado de coma, decorrente de meningococoencefalite. Eis os principais trechos de seu testemunho: “Próximo à Festa de Corpus Christi do ano 1983, eu estava no 1º. Ano de Teologia, na PUC de Porto Alegre, comecei a me sentir mal e não se descobria o que era. Como o meu estado se agravava ainda mais, fui trazido às pressas para o Hospital Regina de Novo Hamburgo. E, naquela noite mesmo, caí em estado de coma. Não havia mais chances de sobrevivência. Meus pais foram trazidos imediatamente para que me vissem antes de morrer. Era questão de dias ou de momentos. Tudo estava preparado: caixão, viatura para levar o corpo para Apucarana....O nosso vigário capitular, Pe. Luiz Soares Vieira, hoje arcebispo Pe. Roque Schneider SJ. de Manaus, veio me visitar. Conversou com dr. Assistente Eclesiástico do Apostolado da Oração Lutero e outros e realmente percebeu que não havia mais esperança. Do Hospital Regina, ele veio até o Túmulo do Pe. Reus, neste santuário, Semana passada, depois de uma celebração eucaríse fez o seu pedido e prometeu que, se eu ficasse tica, os líderes da paróquia proporcionaram um animado bom, ele me traria aqui para agradecer...retorjantar a todos os participantes da Liturgia. Na parede do nou ao Paraná e recebeu ligação daqui (Novo salão paroquial, em letras bem grandes, lia-se o cardápio Hamburgo) e já imaginou o pior. Mas não! festivo: Estavam ligando para avisá-lo que eu estava Sopa de entusiasmo são e salvo... Pe. João Batista Reus, muito Arroz de ternura obrigado pela sua intercessão! Que eu o tenha como modelo em meu ministério....” Feijão de perseverança
Cardápio diferente
Galeto da doação e da amizade Salada da paciência Pimenta do Reino de Deus Maionese da cordialidade Bebidas: Chope da alegria e guaraná da afeição Cafezinho da esperança Sobremesa Pudim da partilha, da entreajuda Creme do perdão generoso N.B: O tempero do carinho e da jovialidade fará a refeição mais saborosa e comunitária. Bom proveito... e fé em Deus. Nada mal, se este cardápio original e bem inspirado fosse servido com maior assiduidade nas mesas da vida, em família, nas comunidades. Cardápio bom, de sabor psicológico-espiritual, que o próprio Cristo, por certo, assinaria sorrindo e agradecendo. Ele insistiu tanto, em seus recados diversos, sobre o valor e a importância do amor e do perdão. A paz no mundo, a compreensão e a harmonia em nossos lares, dependem muito da boa vontade, do sorriso, da paciência, do convívio arejado e fraterno de cada um de nós. Viver é repartir, partilhar. Só o amor e a solidariedade constroem para a eternidade.
Bodas de Ouro
Foto: arquivo pessoal
Adelhardt e Sidola asaram em 8 de julho de 1961, em S. Leopoldo. O dia foi escolhido por coincidir com o aniversário de Sidola, a Tia Dolly, esposa de Adelhardt Mueller, que completou também 80 anos no dia de suas bodas de ouro. As datas foram comemoradas com celebração eucarística no Santuário Coração de Jesus, seguida de confraternização familiar na presença das filhas Rosana, Mariana e Adriana e das netas, genro, familiares e amigos. Adelhardt e Sidola atuam há 30 anos como ministros da eucaristia e há 40 anos nos serviços de liturgia. O Jornal Solidário, de quem o casal é assinante, amigo e colaborador de primeira hora, se associa à comemoração, desejando alegria, saúde, paz e muitos anos de vida, com as melhores bênçãos de Deus.
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