Solidario 646

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IMPRESSO ESPECIAL CONTRATO No 9912233178 ECT/DR/RS FUNDAÇÃO PRODEO DE COMUNICAÇÃO CORREIOS

Ano XIX - Edição N o 646 - R$ 2,00

Porto Alegre, novembro de 2013 - 2a quinzena

Igreja e mídia: A maior tarefa da Igreja é anunciar o Evangelho Imagens: Divulgação

Foi por competência e conhecimento de causa dos primeiros ‘comunicadores’ e seguidores que o cristianismo se propagou e atravessou dois milênios. E será por essa mesma competência e fé na causa que leigos, padres e religiosos faremos vingar o cristianismo através dos tempos. Estamos preparados e atualizados o suficiente? “A verdadeira comunicação é feita de amor, amor que constrói pontes, que cria raízes, que leva ao encontro do outro e do Outro: Jesus, comunicação viva do Pai”, refere o editorial desta edição. Mais reflexões na página 2 e

A Igreja peca por não investir na comunicação

Papa Francisco: comunicador do ano O título foi outorgado em fins de outubro último pelo Instituto Europeu Terceiro Milênio, em Roma, órgão que há dez anos oferece serviços de consultoria e formação em comunicação. Segundo o diretor do Instituto, Andrea Pizzicaroli, “ninguém imaginava que o Papa Francisco pudesse ser uma figura tão expressiva e comunicativa logo depois que foi eleito. Fomos positivamente supreendidos. Por isso, esse prêmio de “comunicação simples”. Para Pizzicaroli, comunciação simples significa simplificar os conceitos complexos e torná-los acessíveis. "A comunicação simples é aquela que é clara e que busca chegar ao maior número de pessoas, transmitindo uma mensagem autêntica e que está em seu coração. O segredo é a sinceridade: quando alguém é sincero consigo mesmo e com os outros, a comunciação flui coerente.”. Segundo Pizzicaroli, o Papa Francisco conseguiu, de maneira surpreendente e inovadora, chegar diretamente às pessoas. Saúda seu semelhante em pé de igualdade, de maneira direta como se fosse um amigo, parente, alguém querido como efetivamente é. “Esse tipo de comunicação revolucionou tudo porque é um papa acessível. A mensagem simples não diminui a sacralildade ou a autoridade. Pelo contrário: ela se torna mais fascinante, bonita e verdadeira”.

“Seremos julgados pelas gerações futuras pelo bom ou mau uso que fizemos dos meios de comunicação” Paulo VI

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2 Editorial incendeie o amor

uando Thomas Merton escreveu sua principal obra Homem algum é uma ilha - há mais de 60 anos, ele intuiu que a humanidade caminhava, rapidamente, para um tempo de incomunicação, de um narcisismo doentio, de um incompreensível isolamento, de uma solidão pessoal, mesmo cercado de meios de comunicação por todos os lados. Merton inspirou-se na obra clássica de John Donne, onde este autor inglês afirma que “homem algum é uma ilha completa em si mesma; todo homem é um fragmento do continente, uma parte do oceano. A morte de cada homem me enfraquece porque sou parte da humanidade; assim, nunca perguntes por quem o sino dobra; ele dobra por ti” (meditação 17). Como profeta e promotor do diálogo ecumênico, Merton traz reflexões que buscam o sentido da vida interior para que o homem encontre a si mesmo pois, somente encontrando-se a si mesmo, encontrará o outro. Esta obra de Merton marcou a época de uma geração de intelectuais, leigos e religiosos, em razão das meditações sobre as urgentes questões sociais da nossa era. Valores como a liberdade, a esperança, a caridade e a sinceridade refletem as verdades básicas que sustentam a vida do espírito e se transformam em ponte de encontro e comunicação entre as pessoas de “todas as raças e línguas, de todos os povos e nações”, como lembra um texto bíblico. O homem é, essencialmente, um ser social, alguém em relação. E encontra sua realização e felicidade enquanto se comunica com os demais. O mesmo vale para as instituições: elas realizam seu objetivo ou sua missão enquanto são instituições para o outro, não para si mesmas. A Igreja é uma instituição. Equívocos históricos a fizeram a olhar para si, narcisisticamente, acreditando-se dona da verdade. E, na medida em que suas autoridades, em todos os níveis, fizeram de si mesmas a referência única e definitiva da verdade, a Igreja deixou de comunicar-se, deixando de ser, por isso, um sacramento de salvação para toda a humanidade. E a proposta de seu Mestre e Senhor é que seja fermento de transformação e sacramento de salvação para todos, sem distinção de raça, língua ou procedência. O grande desafio para a Igreja de hoje, mulheres e homens que a integram, é deixar de acreditar que detém a primeira e única palavra, mas que necessita, urgentemente, voltar a comunicar-se com o mundo e, num diálogo honesto, franco, crítico e participativo com todos os homens e mulheres de boa vontade, construir um mundo justo e fraterno, sinal do Reino sonhado por Jesus. Para isso, precisa falar das coisas da vida da gente, utilizando uma linguagem que chegue ao coração de todos, numa comunicação que incendeie o amor. A verdadeira comunicação é feita de amor, amor que constrói pontes, que cria raízes, que leva ao encontro do outro e do Outro, Jesus, comunicação viva do Pai. (attilio@livrariareus.com.br)

Fundação Pro Deo de Comunicação CNPJ: 74871807/0001-36

Conselho Deliberativo

Presidente: Agenor Casaril Vice-presidente: Jorge La Rosa Secretário: Marcos Antônio Miola

RTIGOS

VozDomdo Pastor Dadeus Grings

Arcebispo Metropolitano Emérito de P. Alegre

Comunicação que

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Voluntários Diretoria Executiva

Diretor Executivo: Adriano Eli Vice-Diretor: Martha d’Azevedo Diretores Adjuntos: Carmelita Marroni Abruzzi, Elisabeth Orofino e Ir. Erinida Gheller Secretário: Elói Luiz Claro Tesoureiro: Décio Abruzzi Assistente Eclesiástico: Pe.Attílio Hartmann sj

Democracia e teocracia

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istinguem-se fundamentalmente dois sistemas de governo: um a partir do povo,com o nome de democracia;e outro a partir de Deus,chamado teocracia. No primeiro, por assim dizer, os homens tomam conta de si mesmos, autogovernando-se,ao passo que,no segundo,Deus determina os destinos humanos.

Dito assim, pode parecer simples. Na verdade, porém, cada um destes sistemas envolve uma série de problemas, proveniente da complexidade de sua concretização, de como o povo se governa e de como Deus governa. A democracia realça o governo do povo, pelo povo e para o povo. Formulada nestes termos, só pode ser utopia. O povo só consegue ser governado através de uma organização. Requer-se, pois, que delegue o poder a alguns, ou a um, pelo menos implicitamente. Nesse sentido, ditadura, oligarquia, monarquia e presidencialismo só se diferem na explicitação do apoio popular. Nenhum governo se mantém no poder sem um apoio, pelo menos tácito, de seus súditos. O que distingue as diversas democracias é o modo de delegação. A teocracia, pelo contrário, deriva sua autoridade diretamente de Deus. A Sagrada Escritura registra, no início da história humana, a ação divina da criação, bem como sua intervenção na condução da história. Houve um momento em que o povo, apesar de se considerar eleito por Deus, pediu um rei, como tinham os demais povos. Diz-se, então, na interpretação atribuída a Samuel, que Deus providenciou um rei. Por muito tempo, o povo de Israel, apesar de estar sob a dinastia de homens, se considerava regime teocrático. Até que Nabucodonosor acabou com este sonho. Na plenitude dos tempos veio Jesus Cristo, acolhido como verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Fundou uma igreja, na qual colocou à frente pessoas que escolheu a dedo: Pedro e os apóstolos, que tiveram seus sucessores no Papa e nos bispos. É óbvio que eles não caem do céu. São escolhidos entre os homens, constituídos a favor dos homens nas coisas que dizem

Conselho Editorial

Presidente: Carlos Adamatti Membros: Paulo Vellinho, Luiz Osvaldo Leite, Renita Allgayer, Beatriz Adamatti e Ângelo Orofino

Diretor-Editor Attílio Hartmann - Reg. 8608 DRT/RS Editora Adjunta Martha d’Azevedo

respeito a Deus. Como, porém, Deus não aparece pessoalmente para delegar seu poder, foi preciso estabelecer critérios para a escolha. Para o bispo de Roma, como suprema autoridade na Igreja de Cristo, após muitas experiências históricas, nem sempre bem-sucedidas, chegou-se ao sistema de confiar esta tarefa a um colégio, formado por homens de fé e de grande responsabilidade na Igreja, que receberam o nome de cardeais. Para a escolha do sumo pontífice, devem recolher-se em conclave para se colocarem exclusivamente na presença de Deus, em clima de oração e de separação das preocupações e pressões mundanas, para discernirem quem é o escolhido de Deus para este encargo. O resultado, como pudemos constatar nos últimos tempos, se demonstrou excelente. Os católicos veem neles homens de Deus. Chamam-nos de santo padre. S. Catarina de Sena os denominou “o doce Cristo na Terra”. O Papa S. Leão Magno assumiu o título de “servo dos servos de Deus”. É assim que os católicos veem o Papa. A Igreja é divina. Por isso, falamos de uma teocracia. Bem diferente das democracias. Na Igreja, o critério para o governo é o amor, a humildade, a fé. Quem quiser ser o primeiro, seja o servidor de todos. A teocracia da Igreja encontrou seu modo de designar a autoridade. Está dando bons resultados. Falta a democracia também aprimorar seus modelos por uma reforma política para a escolha do Executivo, Legislativo e Judiciário condizente com as exigências da época e do povo: seja gente do povo, tal como, na teocracia, se quer que a autoridade seja exercida por gente de Deus, a serviço dos seus fiéis.

Redação Jorn. Luiz Carlos Vaz - Reg. 2255 DRT/RS Jorn. Adriano Eli - Reg. 3355 DRT/RS

Revisão Ronald Forster e Pedro M. Schneider (voluntários) Administração Elisabete Lopes de Souza e Norma Regina Franco Lopes Impressão Gazeta do Sul

Rua Duque de Caxias, 805 Centro – CEP 90010-282 Porto Alegre/RS Fone: (51) 3093.3029 – E-mail: solidario@portoweb.com.br Conceitos emitidos por nossos colaboradores são de sua inteira responsabilidade, não expressando necessariamente a opinião deste jornal.


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AMÍLIA &

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OCIEDADE

A linguagem, alimento e expressão do amor Deonira L. Viganó La Rosa Terapeuta de Casal e de Família. Mestre em Psicologia

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ão muitas as linguagens que usamos para fazer com que os outros saibam e sintam o que queremos lhes comunicar. Um beijo é linguagem, pode ser usado para acariciar ou para trair, para despedir ou para receber alguém. Assim a palavra, o olhar, o toque, o sorriso. Imagem:George Shelley/modificada eletronicamente

A linguagem do rosto

A fisionomia do outro exprime sua pessoa. Mas, há muitos níveis de fisionomia: A fisionomia exterior, com sua beleza e sua feiúra. A fisionomia interior que se expressa, sutil ou descaradamente, na alegria e no sofrimento. Dedicar-se a descobrir a fisionomia do outro, através do olhar e do silêncio, é dar-se o tempo para descobrir e redescobrir a própria pessoa do outro. Eu disse dedicar-se e dar-se o tempo. Pois é, talvez nos faltem estes exercícios, indispensáveis a quem passa uma vida ao lado do outro, muitas vezes sem perceber o que ele diz com seus olhares, com sua fisionomia. A psicóloga Amparo Caridade afirma que nenhuma linguagem é mais funda que a dos olhares: revela beleza, provoca angústia, promove o incêndio do desejo. Diz também que, muitas vezes, o olhar é único no tempo e se tem uma só chance do seu contato. Desperdiçarei esta chance?

A linguagem da palavra Pelas palavras trocadas, pela escuta do outro, podemos expressar alegrias e tristezas, desejos e sofrimentos. A palavra é cimento de amor quando expressa ternura, verdade e confiança. Entretanto, o desafio não é só de quem fala, mas de quem ouve, já que a palavra é metade de quem a pronuncia e metade de quem a escuta, diz o psicanalista A. Slavutzky, citando Montaigne. A palavra é também lugar de equilíbrio. Quando, por cuidado com a verdade, expresso minha diferença, eu me coloco como

pessoa face à pessoa do outro. O sujeito falante é sujeito. Sem palavra, ele é objeto. A palavra permite a expressão dos legítimos questionamentos, do livre pensamento, do respeito aos valores pessoais. Ela nomeia e interroga o mundo. Ela se faz diálogo e resposta, bom instrumento na administração do cotidiano. A ausência de diálogo, o limite aos verdadeiros reencontros são, frequentemente, momentos de crise. Os não-ditos são um caminho aberto às enfermidades, aos rancores dolorosos e destrutivos, à crise. As palavras, quando mentirosas, vazias, duras, são como facas que cortam sem piedade. Quantas vezes

ferimos pela palavra. “Aquele que não peca no falar é realmente um homem perfeito”, diz o apóstolo Tiago, no capítulo 3 de sua carta.

A ternura A mão na mão, o acariciar o rosto do outro, o deslizar a mão nos seus cabelos, a ternura da presença e do sorriso, são todas etapas na descoberta do outro como pessoa, na sua totalidade. Os momentos de ternura são tempo de familiarização e de equilíbrio. E um tempo de atenção ao outro e paz compartilhada. A ternura mesclada à palavra adequada é um lugar de paz e de respeito.

A linguagem do corpo A sexualidade toma sua amplitude e encontra sua alegria quando o diálogo em plenitude é fonte de encontro verdadeiro. Mas este encontro supõe o respeito do tempo, o tempo da conquista, da sedução, e uma mútua atenção. A linguagem é, seguramente, o vetor comum a todas as dimensões da sexualidade humana. Ela permite expressar desejos, necessidades, sentimentos, emoções. É o elemento dinâmico da relação a dois. O toque, sempre o toque, respeitoso e carinhoso, eis a linguagem que fala forte, que se faz entender, que apazigua e redime. Benditas mãos que podem tocar ternamente. As mãos são essenciais na expressão da ternura.


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Arcebispo de Santa Maria

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aria, Mãe de Deus e nossa Mãe, Nossa Senhora Medianeira de Todas as Graças. Estamos aqui para conversar contigo e de ti aprendermos a viver com Jesus, de Jesus e para Jesus. Conduze-nos a Ele, para que recebamos seu amor e sua graça. Muitas imagens e pinturas foram feitas para retratar-te, ó Maria. Quantos títulos foram cunhados pelos poetas e pelo povo, porque Deus te deu a graça de manifestar-te modelo e intercessora. Aqui no Coração do Rio Grande do Sul, és invocada como Nossa Senhora Medianeira de Todas as Graças! Deixa-nos entrar um pouco no mistério que revelas em tua imagem. Deixa-nos levá-la em romaria por nossas ruas, porque sabemos que entraste em nossos corações. Permite-nos estender as mãos e olhar para ti, como gente sedenta dos sinais que nos conduzem a Deus! Ao olhar para tua imagem de Medianeira, nós te contemplamos como mãe, simples e amiga. Teu rosto mostra seriedade e serenidade, delicadeza e firmeza. Por isso olhamos para ti, pois nos mostras o que sonhamos e o que desejamos testemunhar. Sim, ó Virgem Medianeira, tu és bendita entre as mulheres, és a honra de nosso povo e em ti se encontra o que queremos ser! Obrigado por nos atraíres a ti, à tua glória e à tua presença amorosa. Vemos que tu tens os braços abertos para nos acolher e espalhar as graças vindas do único e eterno Salvador Jesus Cristo. Tiveste com Jesus tamanha intimidade, que participaste de seus sentimentos e o acompanhaste, quando crescia em idade, sabedoria e graça diante de Deus e dos homens (Lc. 2,52). Com Ele caminhaste pelas estradas do mundo, tu o levaste pelos caminhos do Egito, com Ele voltaste a Nazaré, dali a Jerusalém, Caná, Galileia das Nações e Cenáculo. Sempre estiveste com Ele e para Ele viveste. Dá-nos entrar contigo no mistério do mundo! Ajudanos a anunciar a todos a salvação que Ele nos trouxe. Ao completar sua obra, o Pai do Céu criou o homem e a mulher. Que graça imensa saber que estas criaturas foram feitas à imagem e semelhança da Trindade, preparadas para responder com amor ao amor infinito! O mundo é cheio de gente, mais ainda, de filhos e filhas de Deus. Ajuda-nos, Maria, mãe, esposa, irmã, senhora, a olhar para todas as pessoas com grande amor. Tira de nosso coração os preconceitos, aproxima-nos das pessoas, especialmente as mais difíceis. Tu que és Mãe de Misericórdia, alcança-nos a graça, que vem de teu Filho amado, de ir ao encontro dos pecadores e das pessoas mais frágeis para amá-las como Jesus amou. Nos teus braços abertos agasalha-nos aí, no afago de teu coração e perto de Jesus. Dá-nos a graça de “conservar a esperança, deixar-nos surpreender por Deus e viver na alegria” (Papa Francisco). A vida no mundo é uma verdadeira batalha! Tu sabes bem o que significa trabalhar, educar, cuidar de um filho, de uma casa e enfrentar as dificuldades. Tu que estiveste de pé aos pés da cruz, dá um jeito para que todos entremos pela porta da graça e da salvação. Cuida de todos os que sofrem. Porta do Céu, abre a porta para todos serem acolhidos e amados. Auxílio dos cristãos, pede a Jesus que se fortaleçam os corações cansados e fatigados, que se elevem as mãos vacilantes e a confiança seja restaurada. Ajuda-nos a fazer tudo o que Jesus nos pede. Mãe Medianeira, obrigado pela 70a Romaria. Abençoa e protege todos os teus amados filhos romeiros e romeiras. Que todos levem para suas vidas as graças necessárias para serem discípulos missionários de teu Filho Jesus. Amém!

PINIÃO

Banalização da vida

Mãe: abençoa nossa Romaria Dom Hélio Adelar Rubert

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Antônio Mesquita Galvão Escritor

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ossa sociedade ocidental, de consumo, teme significativamente a morte, e por temê-la, busca uma banalização. Essa forma de evasiva ocorre, em algumas circunstâncias, através da negativa em debater adequadamente o assunto.

A morte gera um medo, que poderíamos dividir em psíquico e religioso. O psíquico decorre da impotência humana contra a morte, que quebra o ritmo vital. O medo religioso é um medo do inferno e do desconhecido, que não deixa de ser, um medo de Deus. Pelo fato de sentir medo, o homem banaliza a morte, que se torna uma via de mão dupla com a banalização da vida. Para muitos a morte vem banalizada pelo cinema, teatro e tevê. Torna-se aventura; passatempo. Há também aquela morte social, que se torna corriqueira a nossos olhos. São as mortes no trânsito, nas filas do SUS e na falta de atendimento dos hospitais, as chacinas, a insalubridade, a perda do emprego, etc. Essa banalização nada mais é que uma fuga. A verdade é que, hoje, o ser humano tem medo de morrer, porque seu modelo social é vazio e o comprime, resultando, para muitos, um medo de viver. É em face da morte que o enigma da condição humana mais se adensa. Não é só a dor e a progressiva dissolução do corpo que atormentam o homem, mas também, e ainda mais, o temor de que tudo acabe para sempre. No episódio do paraíso, talvez esteja a gênese de todo o drama humano. Adão e Eva perderam a amizade com Deus porque quiseram se tornar iguais ao Criador. Talvez sem saber que haviam sido criados para a imortalidade física, com medo de viver, buscaram-na, só que pelo lado errado (cf. Gn 3, 4). Isso é medo de viver.

As igrejas ensinam que a esperança escatológica não diminui a importância das tarefas terrestres, mas antes, apoia o seu cumprimento, com motivos novos. Esses ensinamentos, no entanto, não minimizam os temores. A perspectiva da morte coloca o homem diante do maior de todos os desafios: descobrir um sentido em sua vida, um ideal pelo qual valha a pena viver. Quem não descobre a razão de sua vida, às vezes deserta dela pelo suicídio. O suicida é alguém que tem medo de viver. A morte, nesse particular, tem o significado de um aniquilamento. Deste modo, o medo de viver, como o de morrer, costumam andar juntos. Em alguns casos um é consequência do outro. As pessoas, em geral, têm muito medo da morte. Quando se fala nessa dama, muitos pedem para mudar o assunto, dão pancadinhas na madeira (para isolar, dizem). Quando se programa, em movimentos, associações ou comunidades, alguma palestra ou reflexão sobre morte, vida posterior ou algo parecido, a frequência diminui consideravelmente. Há pessoas que não vão a velórios e enterros, pois “quem não é visto não é lembrado”, dizem... Entretanto, esse fato que muitos procuram ignorar e que a tantos inquieta e assombra, é a única certeza da vida humana. Ninguém sabe se vai ficar rico, se vai morar nessa ou naquela cidade, qual o número de filhos que vai ter. Mas que vão morrer, isto é certo e insofismável.

Não seja manipulado: preço é ilusão de ótica Marcelo Lombardo Criador do Omiexperience*

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que significa o preço para você? Se você o considera como um dos componentes principais da decisão de compra, eu tenho uma boa e uma má notícia. A boa é que 98% da humanidade pensa como você. A má é que você pode estar sendo manipulado.

Um ponto de manipulação psicológica muito interessante é a referência de valor. Bons vendedores conhecem essa matéria a fundo e resumidamente, ela funciona da seguinte forma: forneça ao consumidor diversos pontos de referência de valor utilizando o preço para induzir a decisão pretendida. Na prática, isso funciona assim: foi feita uma experiência em um cinema dos Estados Unidos, onde colocou-se à venda dois tamanhos de pipoca: o pequeno, custando dois dólares e o grande, custando sete dólares. E o que aconteceu? A grande maioria dos clientes escolheu o pequeno, de dois dólares. Em seguida, adicionou-se ao cardápio um tamanho médio custando seis dólares. Como consequência dessa mudança, a maioria das vendas passou a recair sobre o tamanho grande, de sete dólares. A explicação é que o nosso cérebro, para criar uma comparação, necessita de ao menos três pontos de referência. Enquanto temos apenas dois valores, temos insegurança de escolher errado e optamos pelo mais barato. Ao adicionar a terceira opção, muda-se a sensação de valor do comprador, podendo-se utilizar isso para manipular a decisão, como no caso da pipoca. O cliente percebe que a diferença de preço entre o médio e o grande é muito menor que a diferença entre o pequeno e o médio, e que é vantajoso comprar o tamanho grande, mesmo que ele não queira tanta pipoca. Portanto, a experiência provou como o preço pode, através da referência de valor, ser utilizado para manipular o inconsciente do consumidor. A simples presença de uma nova opção com valor propositalmente desproporcional (o médio) fez com que as decisões de compra mudassem, multiplicando em mais de três vezes o faturamento do estabelecimento. Outra forma de manipulação psicológica baseada em preço é a “oportunidade imperdível”. Esse tipo de oferta

tende a nos fazer comprar coisas das quais não precisamos simplesmente porque o preço é bom. Cria-se a aparência de ser “a última oportunidade do universo” para você conseguir comprar o referido bem, mas nós sabemos que isso não é verdade. O próximo mês vai começar com uma nova meta a ser batida e novas “oportunidades imperdíveis” virão fatalmente. A terceira forma de manipulação pelo preço é a utilizada nos segmentos de alto luxo. Uma bolsa de vinte mil reais vai carregar suas coisas da mesma forma que uma semelhante de duzentos reais, mas o que está à venda não é algo para carregar as suas coisas e sim um status frente às outras pessoas. Esta forma de manipulação é amplamente conhecida e bem sucedida no mundo. Até que ponto vale a pena adotar uma dessas formas de ilusão em seu negócio? Na minha opinião, isso depende. Você pensa a curto prazo ou a longo prazo? A longo prazo, a velha fórmula “custo + margem = preço” ainda é a mais segura de criar um negócio duradouro, simplesmente por ser mais honesta. O aumento da concorrência faz com que as máscaras caiam mais cedo ou mais tarde. Existem ainda outras formas de manipulação da decisão de compra que não envolvem preço, como a baseada em medo. Por exemplo, você já deve ter ouvido que “oito em cada dez dentistas recomendam a marca X”. Psicologicamente, o que se faz é criar um temor de decidir diferentemente de pessoas que supostamente sabem mais do que você. Vamos fazer do mundo um lugar melhor colocando o preço no lugar onde ele deve estar. Preço é algo que deve proporcionar a remuneração ao empresário em função do valor entregue, do risco assumido e do capital empenhado. Nada mais. *Software de gestão para micro e pequenas empresas


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DUCAÇÃO &

SICOLOGIA

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Sentimento de pertencer e autoestima Juracy C. Marques Professora universitária, doutora em Psicologia

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inda que eu fale a língua dos homens, ainda que eu fale a língua dos anjos, serei como o bronze que soa em vão, se eu não tenho amor, amor aos irmãos. O amor é paciente, tudo crê, é compassivo, não tem rancor. Não se alegra com a injustiça e com o mal, tudo suporta, é dom total. (Louvemos ao Senhor, No 675, 2004). A letra da canção é extraída da Bíblia (1 Corintios, 13: 1-7): “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, se eu não tiver caridade, sou como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine. Mesmo que eu tivesse o dom da profecia e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, mesmo que tivesse toda fé, a ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, não sou nada. Ainda que distribuísse todos os meus bens em sustento dos pobres, ainda que entregasse meu corpo para ser queimado, se não tiver caridade de nada valeria. A caridade é paciente, a caridade é bondosa. Não tem inveja. A caridade não é orgulhosa. Não é arrogante, nem escandalosa, não busca seus próprios interesses, não se irrita, não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça. Mas se rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”. Divulgação

Isto aponta para a peremptória afirmação de que somos sociais, de que precisamos dos outros, pois somente quando sentimos que fazemos parte da comunidade a qual pertencemos, exercendo os papéis que nos cabem de conformidade com a hierarquia que é própria de seu funcionamento, aumentamos nossa fé e passamos a cumprir o mandamento maior “Amar o próximo, como a si mesmo”.

Os tumultos de rua e os vândalos

Nas inúmeras manifestações de rua que se organizam para manifestações legítimas e pacíficas, de repente surgem alguns mascarados que depredam, roubam e provocam a polícia, desfazendo as boas intenções e as legítimas propostas de melhoria da sociedade a que pertencem. Os vândalos sentemse marginalizados, não encontram seu lugar, nem reconhecem seus papéis dentro do espírito de cooperação, não nutrem sentimentos de pertencer, querem ser reconhecidos e aproveitados na organização do grupo ao qual pertencem. Este é o desafio, buscar a proximidade com espírito de caridade, a fim de reorganizar as instituições para que se possam dentro da divisão de tarefas, encontrar algumas que possam facilitar sua inserção. Faltalhes autoestima porque não nutrem o benfazejo sentimento de pertencer.

A organização dos grupos

As estratégias de organização de grupos que ensejam sentimentos de pertencer se constituem de uma complexa mistura de altruísmo, cooperação, calibrada e competição que supõem reciprocidade, dominação, autocontrole, responsabilidade social, autoconfiança, tolerância e aceitação das diferenças. A proximidade abre canais de comunicação que neutralizam desentendimentos, sinalizando pequenas traições aos objetivos que superordenam o estabelecimento das hierarquias, indispensáveis dentro dos princípios que orientam comportamentos e atitudes, num jogo de relações no qual todos possam ganhar e sentirem-se vitoriosos. Para

tanto é preciso contínua utilização da inteligência emocional, nutrindo empatia para bem avaliar, julgando as intenções dos mais próximos e mais distantes, a fim de alcançar as desejadas interações sociais, indispensáveis à manutenção da coerência e coesão do grupo.

A democracia e o exercício da caridade

Numa sociedade democrática, as diferenças de opinião e posicionamentos, com seus enganos, falhas, ilusões e erros de percepção, depois de pensadas, analisadas e discutidas transformam-se em novas aprendizagens, ampliando os horizontes de compreensão, enriquecendo as visões de mundo e da realidade como ela é – não como gostariam que fosse – requerem o exercício da caridade para com aqueles que ainda não atingiram os significados mais profundos da convivência que

se apoia numa atitude amorosa, na aceitação de que todos e todas somos irmãos em busca dos mesmos ideais de igualdade alicerçados no respeito e valor intrínseco da vida como bem maior.


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EMA EM FOCO

Igreja e comunicação

Desafios e alternativas N

ão bastaram diversos documentos oficiais elaborados no Vaticano, desde o Concílio. Igualmente, foram pouco consistentes e ficaram mais na teoria as propostas da Conferência dos Bispos do Brasil. Há um reconhecido atraso na Igreja na área da comunicação que, de certa forma, perdeu terreno e agora tem que correr atrás. Não se trata de concorrer ou competir com a grande mídia. Até porque os órgãos de comunicação social empresariais da sociedade civil, em sua quase totalidade, estão a serviço do mercado que os sustenta e os viabiliza. E esse mercado tem interesses bem diversos e geralmente opostos aos do cristianismo. O mercado prefere que as religiões se restrinjam às igrejas e fiquem nas sacristias.

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Temos a

Conteúdo e linha editorial da grande mídia re Espetáculo’ e ou que Sygmunt Bauman denomina mundo: as crises ou sucessos econômicos, as dispu trânsito, as fofocas da sociedade, a última moda, os últimas tecnologias e facilidades para o conforto e b para atingir a felicidade plena. A mídia cristã e católica, por sua vez, se guia sabemos veicular essa notícia de maneira adequada ciente para atrair ouvintes, espectadores e leitores nã

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Foi por competência e conhecimento de causa dos p nicadores’ que o cristianismo se propagou e atravessou E será pela mesma competência e conhecimento e fé na mesmo cristianismo vingará pelos séculos afora. Padres e toda a hierarquia e mesmo os leigos em posto são – ao menos deveriam ser – comunicadores por excelê falta? Fé? Conhecimento? Preparo? E os sermões! Claro q com ‘Antônios Vieiras’ em sermões dominicais. Mas tam certos (muitos) monótonos e enfadonhos, mal preparados, vazios sermões que geram frustração. Por outro lado, tam estrelas de televisão ou animadores de espetáculos de m

O bom comunicador

O bom comunicador - seja em sermão, entrevista rádio, ou qualquer apresentação pública - se identifica po vicção, conhecimento, clareza, coerência e concisão. Detal convicção e fé naquilo que afirma; profundo conhecim sobre o que expõe; clareza e adequação de linguagem a coerência e fluência - não se toleram frases inacabadas, im tações, palavras desconexas, balbucios e gaguejos; e con e exatidão ao se expressar - é preferível uma reflexão bre exposição. E tudo isso sempre acompanhado de adequa apresentação visual. Porque, imagem e postura em público eloquentes e eficazes na cultura atual do que o próprio c tolera aparecer na TV em manga de camisa para tratar de

A boa comunicação na liturgia da palavra

A jornalista Rita Campos Daudt, católica praticante larga experiência profissional como diretora de comunic empresa multinacional, tem algumas sugestões. "Por qu fletir sobre a comunicação na Igreja? Desde criança eu s atração pela Igreja: atração que me levou a buscar a Prim por conta própria e ler, ainda adolescente, livros cujos tem Catolicismo. A biografia do Cura D'Ars foi lida quando e Na Faculdade de Comunicação, prestava atenção nos q que os jovens, em especial, já faziam com relação às Católica. Com o decorrer dos anos, minha fé não foi aba dificuldades em mostrá-la com argumentos. Comecei, en o que é que há?" Solidário - O que tem a dizer sobre a liturgia d missas? Rita - A liturgia da Palavra deve estar centrada em d cipais: 1. Conteúdo e forma. Os sacerdotes devem estar falar para "aquele" público. Não adianta ser erudito no a as pessoas não possuem erudição. Jesus era um erudito n pregou de forma objetiva, direta, clara e usou dos recu para fazer-se compreender ainda melhor, como no caso d sacerdotes precisam evitar palavras que não são utiliza das pessoas. Para estimular a vivência da Palavra, preci dentro das nossas vidas cotidianas. E 2. Homilias muito longas distraem do principal. Na quinze minutos são o tempo máximo e suficiente para s milia. As homilias precisam ser entendidas. Não podem u não sejam compreendidas na sua integralidade pelos leig sucintas, objetivas e atuais. João Maria Vianney sabia de


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ÇÃO OLIDÁRIA OLIDARIEDADE

melhor notícia

efletem muitas vezes o que Guy Debord chama de ‘Sociedade do a de ‘Modernidade Líquida’. Divulgam as ‘novidades menores’ do utas políticas, os conflitos bélicos, a rotina policial, as tragédias do s ideais de beleza física, os novos modelos de comportamentos, as bem estar geral. Estimulam o consumo ‘ad nauseam’, como caminho

pelos valores da mensagem do Evangelho: a melhor notícia. Mas a aos tempos atuais? Com linguagem e apresentação atraentes o sufião necessariamente praticantes e conhecedores da mensagem cristã?

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Oportunidades desperdiçadas

A grande mídia - jornais e televisões em particular - raramente agenda cobertura espontânea para celebrações do ano litúrgico. Em geral, somente por ocasião do Natal e da Semana Santa. E assim mesmo, dentro de um contexto de cooptação mercantilista, onde a notícia mais repetida são os índices de crescimento nas vendas de chocolate e de presentes em geral. Nos outros 363 dias do ano, o dia a dia das religiões não interessa. A menos que esteja ocorrendo um grande evento ou se descubra algum escândalo ou comportamento fora dos padrões. Interessa muito mais a exceção do que a regra. As poucas brechas que essa mídia abre para as coisas da Igreja, em geral, são pouco ou mal aproveitadas.

omunicadores por excelência

primeiros ‘comuu dois milênios. a causa que este

os de divulgação ência! O que lhes que não se sonha mbém não se quer , inconsistentes e mbém não se quer massa.

em televisão ou or cinco 'c': conlhando: profunda mento e domínio ao público alvo; mprecisões, hesincisão, brevidade eve do que longa ada e cuidadosa o são tão ou mais conteúdo. Não se e tema relevante.

a

e e atuante e com cação em grande ue comecei a resempre tive uma meira Comunhão mas eram sobre o eu tinha 14 anos. questionamentos coisas da Igreja alada, mas tinha ntão, a observar:

da palavra nas

dois pontos prin-

preparados para ambiente em que na essência, mas ursos de oratória das parábolas. Os adas no dia a dia isamos colocá-la

a minha opinião, se fazer uma housar palavras que gos. Precisam ser e suas limitações:

buscava assessorar-se nas leituras. Mas notabilizou-se pela sua comunicação interpessoal: por amor!

Potencial desperdiçado

Solidário - Como avalia o uso dos meios de comunicação na e da Igreja? Rita - A Igreja não é proativa no uso dos meios de comunicação. Considero isto um absoluto desperdício. Quem conhece a Igreja e sua potencialidade sabe que é possível gerar muitas matérias de interesse. A questão é: conhecer os meios, conhecer o que as pessoas querem saber e ajustar o foco. Já os meios de comunicação da Igreja, ou que têm conteúdo doutrinário, ficam a dever exatamente Rita Campos Daudt a linguagem mais adequada. Se queremos atingir os católicos e também outras pessoas, precisamos encontrar este caminho de forma e conteúdo. Na imprensa escrita fica um pouco mais fácil. Na mídia eletrônica, em especial a TV, as transmissões são sofríveis. Assistir a uma Missa pela TV, com o som das pessoas cantando de forma desafinada, por exemplo, como vemos muitas vezes, é desanimador. Fica a impressão que aquelas pessoas estão ali para si mesmas e não para compartilhar.

Falta investimento

"Além e acima de tudo, a Igreja peca no sentido de não investir na comunicação. Não investe editorialmente falando, desperdiçando as oportunidades por não ser proativa, e não investe enquanto instituição que dispõe de recursos para assessorar-se de forma profissional. Não sou favorável à espetacularização. Mas uma boa produção, em todos os sentidos, deve ser entendida como a melhor forma de alcançar o objetivo, que essencialmente é levar a Palavra a muitos, como pede Nosso Senhor. Solidário - O que considera importante para quem quer comunicar na Igreja? Rita - Quando falamos de comunicação na Igreja, temos que pensar no processo como um todo. Precisamos ser chama para os nossos alunos, enquanto catequistas. Os sacerdotes precisam ser chamas para nós, para bem incendiarmos os corações dos alunos. Alguém precisa ser chama para os sacerdotes. Não há comunicação que incendeie sem amor. Acho que é a isto que se refere o Papa Francisco. Como fazer? Disciplina, vontade, disposição. Solidário - E que pensa sobre os desvios de função nas igrejas? Rita - Os sacerdotes nas paróquias podem delegar para os leigos toda e qualquer tarefa burocrática. Mas não podem abrir mão de ser o pai espiritual para seus paroquianos, com toda a transcendência que a função lhes outorga. Já não são homens do mundo. A dedicação dos sacerdotes deveria ser integralmente à atividade pastoral a ponto de conhecerem um por um seus paroquianos. Nós precisamos destes padres na nossa vida. Sem eles, somos órfãos espirituais!

Assessoria de imprensa

Solidário - Considera que na Igreja, de maneira geral, se faz comunicação profissional? Rita - Nas últimas décadas, a comunicação foi revolucionada pelas novas tecnologias. Não usá-las é algo impensável. Por outro lado, usá-las requer um conhecimento adequado de como funcionam. Não estou certa se os cursos de formação de sacerdotes de fato contemplem o ensino de técnicas de comunicação. Penso, também, na Igreja formal como uma empresa. Aliás, ela é. Tem uma estrutura administrativa, burocrática, e como tal, esta deve ser cuidada. E como empresa, tem que ter profissionais para bem cuidar de toda esta parte burocrática com competência. Hoje, salvo melhor juízo, a maior parte desta tarefa é executada por sacerdotes. Têm competência para tal? Podem até ter, quem sabe! No entanto, penso ser um verdadeiro desperdício, num momento em que são tão poucos os sacerdotes para as atividades pastorais, utilizá-los para administrar a burocracia necessária. Sem contar que a burocracia forma os burocratas. Conheci muitos sacerdotes burocratas! Começam tirando a clergyman do pescoço - (colarinho branco removível que identifica o clérigo) e depois da alma!

Delegação de responsabilidades

"Os sacerdotes podem e devem fazer a comunicação para quem já está no barco da Igreja, a comunicação para dentro. Mas, na minha opinião, a comunicação entre Igreja e o mundo deve ser coordenada por um leigo, especializado, que conheça a dinâmica do ofício. Que conheça como funciona a mídia, como funciona a cabeça do leigo ainda não convertido e que saiba identificar as oportunidades de pauta capazes de despertar neste leigo a chama da curiosidade que poderá se transformar em profissão de fé" Solidário - Esse profissional leigo seria uma espécie de ponte entre fonte e meio? Rita - Sim! O jornalista saberá identificar dentro da Igreja o que é notícia e tratá-la de forma a ser atraente, como uma isca. E também ser capaz de transformar a notícia que nasce fora da Igreja, poupando-a de tantos dissabores como tem acontecido nas últimas décadas. De forma prática, penso que este profissional deve representar a Igreja formal diante da sociedade, fazendo ponte entre a fonte e o meio. Solidário - E quando o repórter vem com pauta fechada? Rita - Numa empresa de comunicação, quando um jornalista agenda uma pauta observa várias coisas antes de entregá-la ao repórter que, por isso, via de regra, já tem um esboço da matéria. O entrevistado não pode, não deve, ser pautado também. A ele cabe quebrar esta barreira e vender ao repórter a versão que quer, reverter esta tendência, até porque, com relação à Igreja, a maioria das vezes em que entrevistas são propostas , envolvem temas polêmicos que não interessa sejam já mais daninhos".

Escolher o melhor interlocutor

Solidário - E quem deveria escolher os entrevistados? Rita - Na minha opinião, a hierarquia da Igreja podia administrar quem dá entrevista, além, claro, da própria. Os sacerdotes tem seus carismas específicos, os temas que dominam mais ou menos. Existem os que falam com mais fluência, os que são mais capazes no argumento de temas complexos, enfim. Defendo que a Igreja deveria coordenar toda e qualquer comunicação com a mídia, conforme as solicitações desta. Monitorar, como faz o assessor de comunicação, quem solicitou a matéria, qual o objetivo, peculiaridade do veículo, do repórter, preparar o entrevistado para o que ele vai encontrar e como sair-se bem. É assim que funciona nas grandes empresas. E a Igreja é muito mais do que uma empresa!


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ABER VIVER

Deixe de procurar desculpas para não se exercitar têm para adiar uma atividade principalmente, falta de temfísica. Outras prioridades e, po e preguiça, fazem com que os exercícios sejam deixados em segundo plano. Ter uma alimentação balanceada e cuidar do corpo são umas das das principais formas de ter uma vida saudável. Fique atento em como se organizar e pare de inventar desculpas. Sua saúde e seu bem-estar têm que ficar em primeiro lugar. 1. “Ai, que preguiça!” A maior inimiga dos exercícios físicos é a preguiça. Se você deixá-la dominar, seu corpo responderá em longo prazo. Há quem “bata perna” o dia inteiro no shopping, mas não faz uma caminhada de 30 minutos diários como Preguiça é a maior inimiga dos exercícios físicos atividade física. Pense e mude de atitude! 2. “Não tenho dinheiro para pagar uma academia...” Se você deixou a preguiça de lado, tem outro fator para pensar: a academia. Se você não pode arcar com mais essa despesa, busque alternativas gratuitas que fazem o seu perfil. Pratique algum esporte ao ar livre: jogar vôlei, futebol, caminhar, pedalar, correr são opções que não exigem muito do seu bolso, apenas um tênis adequado para não prejudicar sua coluna. Não dê mais desculpas! 3. “Comer bem e saudável é mais caro” Você já comparou na quantidade de frutas e verduras que você poderia comprar pelo mesmo preço das coisas Albano L. Werlang - CRP/07-00660 que coloca no seu carrinho Marlene Waschburger - CRP/07-15.235 de supermercado, como peJôsy Werlang Zanette - CRP/07-15.236 tiscos, salgadinhos, biscoitos recheados, fastfood, congelados, pizzas, que nem são tão Alcoolismo, depressão, ADI/TIP saudáveis? Comer bem e de Psicoterapia de apoio, relax com aparelhos forma saudável nem sempre é Preparação para concursos, luto/separação, caro. Basta colocar os gastos terapia de crianças, avaliação psicológica com alimentação na ponta do lápis. Risque da sua lista de supermercado as guloseimas Vig. José Inácio, 263/113, Centro, P. Alegre e inclua mais frutas, verduras e legumes. (Fonte: Expresso 3224-5441 // 9800-1313 // 9748-3003 Refer) São muitos e variados os motivos que as pessoas

Psicosul Clínica

Novembro de 2013 - 2a quinzena

Dicas de Nutrição Dr. Varo Duarte

Médico nutrólogo e endocrinologista

DIMINUIÇÃO DO CONSUMO DO SAL Vamos ao que interessa. Como o leite materno tem em SEU SABOR BÁSICO o açúcar, seu sabor para a criança É DOCE. Quando se procura levar a criança para a alimentação adulta normal da família (feijão com arroz), passa-se a utilizar a alimentação salgada nem sempre, no inicio, aceita pela criança. Começa o drama: não quer comer, angustiando as mães, a família e principalmente as avós. Começam a entrar as famosas fórmulas dos alimentos infantis industrializados e tendo como componente básico o sal.

O SAL

DE ONDE SURGIU NA ALIMENTAÇÃO HUMANA ? Vamos ao histórico. Documento chinês de cerca de 800 anos a.C. relata que o sal já era consumido há 1.000 anos. Sua primeira utilização foi como conservante dos alimentos, o bacalhau, peixe muito consumido. Citaremos no Brasil o charque no sul, a carne seca do nordeste. Sua utilização como conservante dos alimentos só teve concorrência quando do aparecimento da geladeira no século 20. Certas palavras tiveram sua grafia derivada do sal: Saleiro, para guardar o sal. Salada, utilizada para mascarar o sabor ácido de alimentos vegetais consumidos pelos romanos. Salário, quando utilizado, nos tempos antigos, como forma de pagamento também entre os romanos. O sal, considerado como um ingrediente nobre, foi também utilizado como sinal de apreciação, de homenagem, quando era levado como presente em visitas a pessoas destacadas. O sal, considerado como responsável pelo aumento da libido no antigo Egito, era evitado pelos sacerdotes. Utilizado ainda hoje em atividades religiosas, em rituais sagrados, é citado entre os africanos. Hoje está presente em cerca de 14 mil preparados industrializados, seja em fórmulas farmacêuticas e alimentos. Encontramos na literatura pesquisada, relacionados 100 produtos com sua composição e quantidade de sal. Lembremos que as recomendações para o consumo de sal por dia é muito variável, mas como base, 1.500 mg de sal por dia, correspondente a ½ colher de chá. Citaremos alguns alimentos mais utilizados em nosso meio. Carne seca cozida 100 g. contém 1.443 mg de sal; bacalhau refogado 100 g., 1.256 mg; caldo de carne ½ cubo de 85 g. , 987 mg; caldo de galinha ½ cubo de 4,5 g. , 979 mg; tempero pronto de feijão 1 col de chá 5g., 935 mg; mistura de sopa instantânea de cebola 1 col. de sopa 11 g., 899 mg; frango à milanesa recheado congelado 1 unidade de 130g, 789 mg; queijo parmesão 1 fatia de 30g, 553 mg; bacon 1 fatia 20g, 384 mg; pão francês 50 g., 320 mg; bolo de chocolate pronto 1 fatia 60 g, 242 mg; pão de hot dog 1 unidade 50g. ,157 mg; pão de forma 2 fatias 50 g, 150mg; yogurt natural 1 copo 200g, 128 mg; maionese 1 col. de sopa 12 g, 126 mg; leite em pó 2 col sopa 26 g., 105 mg; barrinha de wafer recheada e cobertas c/ chocolate; branco 4 unidades, 91 mg; bolacha doce sem recheio 5 unidades 30 g. , 85 mg; água de coco 1 unidade 330ml 65mg; sorvete em flocos 1 bola 60 g., 37 mg; refrigerante tipo cola 1 copo 200ml, 10 mg; refrigerante tipo cola 1 copo 200 ml zero, 40 mg; água mineral 500ml, 0,55 mg; refrigerantes LIGHT E ZERO contém maior quantidade de sódio do que o mesmo produto normal. Até em doces vamos encontrar sua presença. O SAL, condenado pelos chineses como fator responsável pelo aumento da pressão arterial e de enfermidades cardiovasculares, já é citado no primeiro ano d. C. Em meus livros de Orientação Nutricional, COMA DE TUDO SEM COMER TUDO, edição de 2007, E ALIMENTOS FUNCIONAIS, da Editora ARTES E OFICIOS, recomendo a eliminação do saleiro e do açucareiro da mesa, como prevenção das enfermidades cardiovasculares


Um sujeito bate à porta de uma distinta senhora. - Bom dia. A senhora tem filhos? - Não, senhor. - Tem cachorro ou gato? - Não, senhor. - Tem rádio ou autofalante potente? - Também não. - Toca algum instrumento? - Não, mas será que eu posso saber por que tantas perguntas? O senhor é fiscal? Trabalha no censo? - Não, minha senhora. É que eu estou interessado em comprar a casa ao lado. xxx O sujeito tem um chilique e a família vai correndo chamar um médico. Uma hora depois, o médico sai do quarto sem dizer absolutamente nada. - E então, doutor? - São R$ 200. - Mas o senhor não vai receitar nada para eu dar a ele? - Ah, sim. Se amanhã, quando a senhora acordar, ele ainda estiver vivo, dêlhe um bom-dia. xxx O médico do interior é chamado para examinar aquele velhinho que está mais pra lá do que pra cá. O doutor examina e informa, pesaroso, à mulher do velhote: - Seu marido está morto. Da cama, o velhinho balbucia: - Muié, eu tô vivo. - Cale a boca, diacho! Quem foi qui estudô? Você ou o dotô?

Abertura do Ano Centenário do Santuário da Mãe e Rainha “Quantas vezes na história universal, fatos pequenos e insignificantes, converteram-se em grandes acontecimentos.” Esta frase pronunciada pelo fundador, Pe. José Kentenich, em 18 de outubro de 1914, durante a Aliança de Amor, em Schoenstatt, na Alemanha, comprovou-se como uma profecia: no próximo dia 18 de outubro, abrese o Ano Centenário de Fundação da Obra Internacional de Schoenstatt. São 99 anos de presença missionária na Igreja dos cinco continentes, com cerca de 200 Santuários filiais, (22 no Brasil) réplicas do Santuário Original, e milhares de “Santuários Peregrinos”, a Mãe Peregrina, que só no Brasil, mensalmente, está presente junto a mais de 12 milhões de pessoas. São mais de 26 ramificações do Movimento Apostólico de Schoenstatt, orientando pessoas em todo estado de vida e de todas as idades. Quase uma dezena de pessoas com o processo de beatificação em andamento, destes dois são beatos e uma venerável, testemunham que a espiritualidade mariana de Schoenstatt, conduz a um encontro pessoal com Deus e ao serviço desprendido aos demais.

Partilha das bênçãos jubilares Desses cem anos de história, 78 anos são com uma participação intensa e frutuosa da Igreja do Brasil. Sem dúvida, temos muitos motivos para convidar toda a Igreja do Brasil para participar conosco das alegrias e graças desse ano jubilar e glorificar a Deus Trino que atua constantemente nos pequenos Santuários, por meio da presença atuante da Mãe e Rainha de Schoenstatt, comprovando as palavras do Pe. Kentenich, no dia da Fundação: “Não seria possível que a Capelinha de nossa Congregação se tornasse nosso Tabor, no qual se manifestem as magnificências de Maria? Sem dúvida, maior ação apostólica não podemos realizar, herança mais preciosa não podemos legar aos nossos sucessores do que mover Nossa Senhora e Rainha a estabelecer aqui, de modo especial, o seu trono, distribuir seus tesouros e realizar milagres da graça.”

Celebrações de abertura do Ano Centenário Em todo o Brasil, em várias paróquias, dioceses e santuários, haverá celebrações de abertura do Ano Centenário da Aliança de Amor, unidos à grande celebração internacional, em Schoenstatt, numa santa missa, presidida pelo presidente do Pontifício Conselho para os Leigos, cardeal Dom Stanisław Ryłko. Em Santa Maria, neste dia 18, haverá vigília durante o dia todo no Santuário Tabor. Às 20 horas, santa missa na Basílica da Medianeira. Após, os participantes se dirigem em carreata até o Santuário de Schoenstatt, onde ocorre a Renovação da Aliança de Amor. Informações pelo telefone (55) 3221-6114. Mais detalhes site: www.maeperegrina.org.br ou www.tabormta. org.br. Durante o Ano Centenário acontecerão várias celebrações e eventos de ação de graças e de compromisso com os novos cem anos de história, culminando com a celebração dos 100 anos, em 18 de outubro de 2014.

RESERVE O SEU EXEMPLAR O Livro da Família 2014 e o Familienkalender 2014 estão disponíveis na Livraria Padre Reus, em Porto Alegre, e na filial, no Santuário Sagrado Coração de Jesus, junto ao túmulo do Padre Reus, em São Leopoldo. Matriz: fone 51-3224.0250

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SPAÇO LIVRE

Filial: fone 51-3566.5086

livrariareus@livrariareus.com.br

Sem Fronteiras Martha Alves D´Azevedo

Comissão Comunicação Sem Fronteiras ard on

Humor

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Le

Novembro de 2013 - 2a quinzena

Felizes sem filhos

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ivulgação de entrevistas realizadas com mulheres casadas, profissionais em diferentes áreas de atuação, informa que elas optaram por não ter filhos e se sentem felizes com a decisão tomada em sintonia com os maridos. Ao tomarem tal decisão, optaram igualmente por não formarem família, permanecendo somente o casal como núcleo único. Declararam-se felizes com a realização profissional, que preenche todas as suas necessidades. Entretanto, estas jovens senhoras afirmaram que suas carências afetivas são atendidas pela atenção aos sobrinhos, que visitam esporadicamente, e dos quais logo após se separam, voltando ao seu lar para um possível descanso, sem barulho, sem brincadeiras, sem desarrumação... O individualismo exacerbado, o egoísmo que impera em uma fase da vida e que desaparece quando nasce um filho e o casal se volta para o seu bem estar, nos faz lembrar a história de um pássaro, conhecido no Rio Grande do Sul. “O Chopin, ou Gaudério, segundo a enciclopédia Barsa, põe ovos no ninho dos outros pássaros, sobretudo do tico-tico, chegando mesmo ao ponto de eliminar os ovos legítimos, furando-os com seu bico ou removendo-os para fora dos ninhos. Para repeli-los, usam-se bonecos de pano, latas que fazem barulho com o vento e outros artifícios”. Estas jovens senhoras que se declararam felizes sem filhos, que optaram por não ter, não vão conhecer a alegria imensa do nascimento de um filho, de assistir ao seu desenvolvimento, ver o seu primeiro sorriso, o brotar do primeiro dentinho, ouvir o som de suas primeiras palavras, assistir ao seu crescimento, enfim, ver a familia formar-se e constituir-se como núcleo básico da sociedade. Estas jovens preocupadas com o bem estar do casal, não percebem que a vida muda rapidamente, que a profissão muda com ela e que vai chegar o momento em que poderão sentir o vazio de uma velhice sem perspectivas... E que os sobrinhos tomam outros caminhos, as amigas se afastam e, passado o período fértil da mulher, o marido pode desejar ter um filho e tomar outro rumo...O egoísmo pode tornar a vida muito ingrata. (geralda.alves@ufrgs.br)

Ceia Natalina na Paróquia S. Antônio A Pastoral da Saúde da Paróquia Santo Antônio do Partenon está convidando para a Ceia Natalina NATAL É AMOR (Amar é sair de si para doar-se aos outros) . Será no dia 20 de novembro corrente, no Centro Catequético da Paróquia, das 14 às 17 horas. Programação a ser desenvolvida na oportunidade: Espiritualidade Natalina e Degustação de uma ceia econômica, saudável e nutritiva, com receitas. Contribuição: um kg de gênero não perecível.

Visa e Mastercard


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GREJA &

COMUNIDADE

Solidário Litúrgico 17 de novembro - 33o Domingo do Tempo Comum Cor: verde

1 a leitura: Livro de Malaquias (Ml) 3,19-20a Salmo: 97(98), 5-6.7-8.9a.9bc(R/. cf 9) 2a leitura: 2a Carta de S. Paulo aos Tessalonicenses (2Ts) 3,7-12 Evangelho: Lucas (Lc) 21,5-19 Comentário:Quando se aproxima o fim do ano litúrgico, as leituras da liturgia deste domingo querem ajudar-nos a acolher e entender os “sinais dos tempos”, para não nos apavorarmos quando “estas coisas” forem acontecendo. São sinais, não certezas que possam ser provadas; mas são sinais suficientes para orientar-nos no caminho a seguir e, principalmente, saber a quem seguimos. Os discípulos pedem um sinal para que possam saber quando será o fim, no caso, a destruição do magnifico e luxuoso Templo de Jerusalém. Interessante a resposta de Jesus, parece não ter nada a ver como sinal: Cuidado para não serdes enganados, porque muitos virão em meu nome, dizendo: “sou

eu!”. Não sigais esta gente! (21,8). E Lucas conclui, colocando na boca de Jesus esta frase de grande atualidade: É permanecendo firmes que ireis ganhar a vida (21,19). Permanecemos firmes quando fazemos de Jesus o centro de nossa fé e não seguimos “esta gente” que fala e repete “em nome de Jesus”, mas faz de Jesus um instrumento de marketing ou, então, usa a fé simples da gente como uma fonte de lucro ou de uma narcisista necessidade de aplauso e consideração pessoais. Fazer de Jesus o centro e sentido de nossa fé é caminhar com ele, “na alegria e na tristeza, na saúde e na doença”, num verdadeiro matrimônio espiritual e de prática do amor fraterno, nos permite ficarmos firmes, sabendo que, com Jesus, sempre ganhamos a vida, e vida em abundância. Jesus não é espetacular e, na contramão da sociedade do lucro e do espetáculo, nos propõe o caminho da cruz para chegarmos à ressurreição, à Vida.

24 de novembro - 34o Domingo do Tempo Comum Cor: branca

FESTA DE JESUS CRISTO REI DO UNIVERSO 1a leitura: 2º Livro de Samuel (Sm) 5,1-3 Salmo: 121(122), 1-2.4-5 (R/. cf 1) 2a leitura: Carta de S. Paulo aos Colossenses (Ts) 1,12-20 Evangelho: Lucas (Lc) 23,35-43 Comentário: Historicamente, a festa de Nosso Senhor Jesus Cristo, acolhido e seguido como único Rei do Universo, foi estabelecida pela Igreja quando o mundo vivia o centralismo e totalitarismo dos governos fascistas, nazistas e comunistas nos tempos da segunda guerra mundial. Hoje, há outros centralismos ou totalitarismos, mais devastadores, porque mais disfarçados e muito bem maquiados: é o totalitarismo de um capitalismo “selvagem” que oprime milhões de pessoas no mundo inteiro; é o totalitarismo de igrejas que transformam o dízimo em fonte de lucro, não de serviço a uma comunidade; é o centralismo de “evangelizadores” que fazem deles mesmos o centro da fé de muita gente; é o centralismo de “missionários” que se colocam no lugar de Deus e do seu Cristo. Diante destes novos totalitarismos e centralismos, o cristão deve optar entre deixar-se envolver e escravizar por estes novos deuses ou seguir o único poder absoluto, Deus, Pai/Mãe, que deu todo o poder a seu Filho, Jesus Cristo, legítimo, verdadeiro e único Rei do Universo.

Novembro de 2013 - 2a quinzena

Na contramão da sociedade de seu tempo, Jesus anunciou um Reino diferente, Reino da verdade e da vida, Reino da santidade e da graça, Reino da justiça, do amor e da paz, Reino da igualdade, da inclusão, da solidariedade. O anúncio deste Reino lhe custou a vida. No alto da sua cruz, contudo, o reconhecimento oficial do seu reinado: Jesus Nazareno, Rei dos Judeus. Em outro texto, na boca de um soldado romano, o reconhecimento da sua divindade: Realmente, este homem é o Filho de Deus. Finalmente, na boca de um dos condenados ao mesmo suplício da cruz, a afirmação do seu reinado: Lembra-te de mim quando entrares no teu Reino (23,42). “A realidade vivida por Jesus continua hoje. O seguimento d’Ele, na construção de um Reino de justiça e de paz, do shalom de Deus, necessariamente vai entrar em conflito com os reinos que dependem da exploração e da injustiça. Normalmente, esses poderes primeiro vão tentar cooptar a Igreja, para que, em lugar de ser voz profética diante das injustiças, se torne porta-voz dos valores desses reinos. É necessário ficarmos sempre vigilantes para que possamos verificar se a nossa vida prática está mais de acordo com o Reino de Deus ou o reino de Pilatos” (Thomas Hughes). (attilio@ livrariareus.com.br)

Catequese Não estarei impedindo meu filho de escolher, ao lhe impor a catequese? Marina Zaberlan Professora e catequista

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ertos pais pensam que não devem forçar seus filhos colocando-os na catequese, porque isto não seria educativo e poderia desgostá-los.

Para que uma criança possa escolher se deseja ser cristã, é necessário dar-lhe a possibilidade. Para começar, se os pais as levam ao batismo, significa que elas escolhem para os filhos o que pensam ser o melhor, como em todos os domínios da vida. Falar de Jesus às crianças, falar do Evangelho e da Comunidade que constitui a Igreja, não é travar a liberdade dos filhos. Antes, é dar-lhes meios de verdadeiramente escolher com conhecimento de causa. Como irão escolher ser cristãos, ou não ser, se não conhecerem Jesus e o Evangelho? São os pais que decidem o que é bom para as crianças, não elas. À medida que se tornarem adolescentes e jovens, então irão tendo maior participação nas decisões, até o ponto de escolherem por si só o que desejam. Os pais não podem abandonar as crianças à sua fantasia quando se trata de coisas importantes. Respeitar a liberdade de uma criança, é dar-lhe os meios para ser bem sucedida na vida. Que pai não deseja que seu filho seja feliz ? As crianças não poderiam descobrir Jesus sem a Igreja? Fazer descobrir Jesus sem a Igreja é um pouco como se privássemos a criança de uma família. Não somos cristãos sozinhos. Sem a Igreja, o Evangelho não teria chegado até nós. Jesus quis que os cristãos formassem uma comunidade, que eles crescessem, escutando a palavra de Deus, rezando e paticipando dos sacramentos no seio desta comunidade. Então, como desdenhar a Igreja no processo de descobrir Jesus ? Seria uma lástima privar-se da Catequese pois ela pode ser um bom instrumento na descoberta de Jesus. Claro que, para tanto, é preciso que tenhamos bons catequistas, conhecedores e seguidores, não de uma doutrina, mas de uma pessoa, a pessoa de Jesus.

José E. F. Chaves - 24/11 Homero F. Martins - 25/11 Alberto Hoffmann - 30/11


Novembro de 2013 - 2a quinzena

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RQUIDIOCESE Coordenação: Pe. César Leandro Padilha

Jornalista responsável: Magnus Régis - (magnusregis@hotmail.com) Solicita-se enviar sugestões de matérias e informações das paróquias. Contatos pelo fone (51)32286199 e pascom@arquidiocesepoa.org.br Acompanhe o noticiário da Pascom pelo twitter.com/arquidiocesepoa Facebook: Arquidiocese de Porto Alegre

Arquidiocese de P. Alegre presente no 8o Mutirão de Comunicação, em Natal/RN

Chuva não atrapalhou a Romaria

Guaíba: Milhares de pessoas participam da Romaria das Capelinhas Pe. Léo Hastenteufel Vigário de Guaíba

A 19ª Romaria das Capelinhas, em Guaíba, aconteceu no sábado, dia 26 de outubro. Diante dos inúmeros telefonemas vindos dos diversos recantos do Vicariato, a resposta era sempre a mesma: “Com chuva, a Romaria será com guarda-chuva”. Desta forma, a Romaria foi o encontro de milhares de guarda-chuvas andando pela mesma cidade em procissão. Com os pés firmes no chão da vida, acolhemos a chuva como uma grande bênção. Tendo presente de que para plantar uma árvore, o segredo está na abundância da água. Pois a comunidade de fé, a nova diocese que desejamos ver acontecer, precisa de muita bênção, de muita água. Os milhares de peregrinos que participaram da procissão e da missa solene, não mediram esforços. Todos tiveram as melhores desculpas para não participar. No entanto, a fé supera tudo. Em meio à umidade e aos pés encharcados na lama, o amor de Deus foi maior. O Senhor toca o coração da gente. Ele continua realizando maravilhas. A Ele toda honra e toda a glória. A capelinha de Nossa Senhora conduz as pessoas ao coração de Deus. Nós carregamos a Mãe de Deus nos braços e ela nos leva ao Senhor, diante do seu altar. Ela nos apresenta ao Pai. Eis aí, Senhor Deus da Vida, o teu povo: “Acolhe, Senhor, esta oração, é este o teu povo que te quer ser fiel. Derrama a tua bênção”. O Povo que vem cantando e rezando, sai da Romaria alegre, fascinado pelo Reino, cantando

“Eu sou teu povo sou”..., continua na vida a proclamação das maravilhas de Deus. Os dois gestos preparados para esta 19ª Romaria das Capelinhas foram a profissão solene da fé diante do nosso novo arcebispo, Dom Jaime Spengler, e o frasco de água benta a ser distribuída às famílias. O sacrifício exigido dos romeiros para participar em meio à intensa chuva já foi uma proclamação de fé bem autêntica e verdadeira. Com a abundância d’água que caiu sobrou muita água. Daí brota muito viva a nossa missão e também a nossa resposta generosa: “Com Maria, eis-me aqui, envia-me”. Guardemos bem firme a fé que professamos em comunidade, que recebemos através da mãe Igreja e que é fonte de vida e salvação. Recebemos força e entusiasmo para a missão. Vamos deixar os frascos de água benta nas casas das pessoas que dela necessitam. Que a bênção divina seja abundantemente derramada sobre todos, desejando paz a esta casa! A realização anual da Romaria das Capelinhas sinaliza bem o real sentido da nossa vida: “Carregamos a capelinha de Nossa Senhora, a Mãe a Deus, em todas as casas aonde ela quer ir, para que um dia, ela nos possa levar, com toda a certeza, onde nós queremos chegar, na eternidade feliz e nos braços do nosso Pai”. Com a fiel companhia de Maria, nossa mãe, a vida cristã se torna mais fácil e bonita!

Mais de 750 comunicadores/as do Brasil estiveram em Natal, capital do Rio Grande do Norte, para o 8º Mutirão Brasileiro de Comunicação, O MUTICOM. Em 2013 o evento contou com o tema “Comunicação e Participação cidadã: meios e processos” e aconteceu entre os dias 27 de outubro e 1º de novembro. A Arquidiocese de Porto Alegre marcou presença no encontro. O jornalista da Pastoral da Comunicação, Magnus Regis, esteve no evento. Também participaram do encontro os padres Attílio Hartmann, diretor do jornal Solidário e da Editora Padre Reus, e Judinei Vanzeto,SAC, da Paróquia São Vicente Palotti. Na abertura do encontro, o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação da CNBB, Dom Dimas Lara Barbosa, destacou que o MUTICOM promove a comunhão e enfatizou a que a esperança deve

São Leopoldo acolhe o VIII Sulão de Catequese Dentro as atividades do Ano da Fé,foi realizado o VIII Sulão de Catequese organizado pelos regionais Sul 1, Sul 2, Sul 3, Sul 4 e Oeste 1 da CNBB. O evento aconteceu entre os dias 25 e 27 de outubro, na cidade de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul. Nesta mesma oportunidade, foram celebrados os 25 anos de Sulão. O secretário geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner, saudou os participantes na abertura do encontro. Com o tema “Catequista, Protagonista da Fé, do Amor e da Esperança”, o Sulão propõe reflexões sobre a catequese e os catequistas que se reconhecem construtores de comunidades e que são comprometidos com uma nova evangelização para a transmissão da fé cristã. De acordo com presidente da

Vicariato de Canoas reuniu secretárias das paróquias No último dia 30 de outubro, o Vicariato de Canoas reuniu as secretárias/ os das paróquias da área para atividade de formação sobre as atividades práticas. Estiveram presentes as secretárias das 25 Paróquias do Vicariato de Canoas, 10 padres e Dom Agenor Girardi, bispo auxiliar e vigário episcopal de Canoas.

mover a ação dos comunicadores católicos: “Se eu puder definir este 8º Muticom com uma palavra, eu diria esperança. Uma esperança que não decepciona, e esta alegria de ver cada vez mais o desafio de Paulo VI, que seremos julgados pelas futuras gerações pelo bom ou mau uso que fizermos dos meios de comunicação”. Dom Jaime Vieira Rocha, arcebispo metropolitano de Natal, acolheu os participantes de todo o Brasil e recordou o tema do evento, destacando sua profunda ligação com o momento social brasileiro com as manifestações populares de rua. Sobre este tempo, Dom Jaime ressaltou a necessidade de se olhar este tempo com um olhar cristão, solidário e cidadão. A cidade de Vitória (ES) será a sede da 9ª edição do Mutirão Brasileiro de Comunicação. O evento ficou marcado para os dias 15 a 19 de julho de 2015, sob o tema “A ética na comunicação”.

A reunião foi realizada na Paróquia São Cristóvão. O pároco, Pe. Vanderlei Bock, fez a acolhida dos participantes. O encontro contou com a participação dos assessores administrativos e da assistência social da Arquidiocese. Entre os assuntos tratados estavam a boa acolhida, Sistema Pastoral e a organização das ações de Assistência Social.

Comissão Episcopal Pastoral para Animação Bíblico-Catequética, e arcebispo de Pelotas (RS), Dom Jacinto Bergmann, o encontro é uma oportunidade para dar novo vigor aos catequistas. “À luz da Palavra de Deus, renovamos nossa esperança na fidelidade dos catequistas que acompanham seus catequizandos no processo de iniciação à vida cristã, apresentando-os a Jesus, que os despertam para o seguimento”. O objetivo é resgatar e celebrar a história dos 25 anos do Sulão para reanimar a esperança na caminhada bíblico-catequética e destacar vias e modelos que inspirem o protagonismo de catequistas discípulos missionários para os novos tempos. O assessor da Comissão Bíblico-Catequética da CNBB, Pe. Décio José Walker, acompanha as atividades do Sulão.


Porto Alegre, novembro de 2013 - 2a quinzena

Dom Dadeus

“Agora estarei a serviço paroquial” Com a posse de Dom Jaime Spengler ofm, dia 15 de novembro, Dom Dadeus Grings se torna efetivamente arcebispo emérito da Arquidiocese de P. Alegre. “Entrarei na fase do jaquê”, brinca ele. “Já que... agora poderia dar uma palestra para nós; já que ...agora poderia ajudar a fazer crismas na minha paróquia...; já que... agora poderia participar da novena ...; já que... agora poderia nos ajudar a divulgar o evento..., poderia fazer uma palestra na reunião conosco..., poderia ...”. Solidário - Algum projeto especial para daqui prá frente? Dom Dadeus - Nada especial. Continuarei escrevendo (Dom Dadeus publica cartilhas sobre os mais diversos temas). Também tenho uma coluna no jornal O Sul. A Voz do Pastor nos demais jornais agora é de responsabilidade de Dom Jaime. Solidário - Vai continuar morando na Cúria? Dom Dadeus - Não! Mas estarei à disposição da Cúria. E vou morar e ajudar na Paróquia S. Antônio do Pão dos Pobres. Solidário - Qual o segredo de sua vitalidade física? Dom Dadeus - Nada especial. Apenas uma vida regrada, com horários marcados para alimentação, para o sono, para o trabalho. Acordo às seis horas. Nosso organismo precisa de ritmo disciplinado. Isso evita o estresse. E não precisa remédio para nada.

Caminhada Pastoral Solidário - Uma avaliação da caminhada pastoral como um todo? Dom Dadeus - Os sistemas de hoje seja liberal ou comunista - querem a Igreja reduzida à sacristia, sem participar da vida pública. Também se fala muito em midiatização: o que não se vê, não está na mídia, não existe. Por isso, optamos por fazer, vez por outra, alguns eventos maiores para dar visibilidade - cada vicariato programa um evento maior por ano. Estamos presentes no mundo inteiro e temos dois mil anos de história. E isso tem que ser vizibilizado. Claro que o evento não é suficiente: não basta e só faz sentido quando existe a base da fé. Do contrário, é igual a um balão inflado que explode e o vento leva.

Presença no social Solidário - Quem executa a presença social na Arquidiocese? Dom Dadeus - Outro dia um senhor me

contou que perguntara a um dos crentes de igrejas novas pentecostais, quais seriam suas obras sociais. Resposta: não tinham. Tudo se restringia ao culto. O verdadeiro cristianismo - João Evangelista já dizia que quem diz que ama a Deus e não ama o próximo é mentiroso - se define como comunidade de fé, mas também como comunidade de caridade. Sem a solidariedade e ação, a fé é vazia. Temos 17 diaconias, com os respectivos diáconos que fazem trabalho voluntário. Mas falta gente. É fácil distribuir uma sopa. Importa que se aprenda e se consiga ter a sopa própria. Melhorando o que dizia Confúcio (sábio chinês do século IV aC.), hoje não adianta só ensinar a pescar. Assim como para ter gado é preciso criá-lo, também para ter peixe, tem que criá-lo e dar-lhe comida. É preciso criar condições para que o pobre se autodetermine e se sustente por si. Do contrário, nossa caridade pode não passar de assistencialismo.

Divisão administrativa para melhor atender

Leitor assinante

Solidário - A maior inovação administrativa de seu mandato talvez tenha sido a implantação dos vicariatos? É ideia nova? Dom Dadeus - Não. Já havia outras iniciativas no Brasil. Éramos 182 paróquias antes da criação da Diocese de Osório, que incorporou 10. Logo, foram criadas mais dez e voltamos a ter 182 paróquias. Criou-se, então, a Diocese de Montenegro que incorporou 30 paróquias nossas. Agora, temos 152 paróquias. Não é possível traçar um plano pastoral com tanta diversidade. Com os vicariatos, isso é mais plausível: cada um pode ter um plano pastoral voltado para o seu perfil sócio-econômico. Assim, as regiões de Gravataí/ Alvorada/Cachoeirinha/Viamão, Canoas/Esteio/Sapucaia, P. Alegre e Guaíba têm cada uma suas singularidades. Solidário - Por falar em Guaíba, está prevista uma nova diocese para esse vicariato? Dom Dadeus – Sim. Mas há problemas econômicos a serem resolvidos antes. É uma região pobre que, na sua origem, não criou o hábito de mutirão, como foi nas comunidades alemãs e italianas aqui no Estado. Ali, na região de Guaíba, as festas e obras da Igreja eram bancadas por fazendeiros. O perfil econômico não é mais esse agora. Também se trata de uma grande extensão geográfica em que há 21 paróquias e 263 comunidades. (N. da R.: área de 10.201,593 km², que abrange 19 municípios: Guaíba, Arambaré, Arroio dos Ratos, Barão do Triunfo, Barra do Ribeiro, Butiá, Camaquã, Cerro Grande do Sul, Charqueadas, Chuvisca, Cristal, Eldorado do Sul, General Câmara, Mariana Pimentel, Minas do Leão, São Jerônimo, Sentinela do Sul, Sertão Santana e Tapes).

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