ESPRESSO - Acessórios para Bicicletas

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO

4. ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

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60 - 4.1 DESENHOS TÉCNICOS - 4.2 RENDERS 76 - 4.3 FOTOS 78

1.1 INTRODUÇÃO 1.2 CONTEXTO HISTÓRICO

2. VIAJANTE DE BIKE 8 10 12 14 16 18

2.1 DEFINIÇÃO 2.2 MOBILIDADE URBANA 2.3 SAÚDE 2.4 MERCADO 2.5 SEGURANÇA 2.6 MEIO AMBIENTE

3. PROJETO 20 22 28 34 40 42 47 58

3.1 PESQUISA 3.2 CONCEITOS 3.3 SKETCHES 3.4 PRÉ-MODELOS 3.5 PROCESSOS PRODUTIVOS 3.6 MATERIALIDADE 3.7 MANUAL DE USO 3.8 CONSIDERAÇÕES FINAIS

5. AGRADECIMENTOS 82 -

6. PARCEIROS 83 -

7. REFERÊNCIAS 84 -

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1.1 INTRODUÇÃO

Na atualidade os congestionamentos e uso excessivo de vias com veículos particulares tem produzido diversas consequências para grandes centros urbanos em todo o mundo. Segundo Liabe Born (ANO), em Vá de Bicicleta: ”Nos grandes centros urbanos, as vias para automóveis ocupam em média 70%o espaço público e transportam apenas de 20% à 40% dos habitantes”. Na cidade de São Paulo observamos este padrão tomando alguns rumos e medidas políticas para inverter este quadro. De acordo com a pesquisa OD 2007, as vias que privilegiam a transporte particular aqui em São Paulo limitam o acesso da população, já que veículos particulares não são utilizados por todas as camadas sociais e representam a maior parte do espaço disputado nas vias públicas. Com a democratização da cidade e seus espaços públicos a bicicleta vem ganhando seu lugar e cumprindo um papel muito importante que é a valorização das áreas que antes eram somente vias motorizadas e não de convivência social. À exemplo de 2014 São Paulo possuía 64,7km de ciclovias, e ao final de 2016 já eram somados 416,2km de ciclovias, registro da secretaria especial de comunicação da prefeitura de SP.

(1991, fotografia tirada pelo departamento de planejamento da cidade de Münsters mostrando o espaço necessario para transportar 72 pessoas por diferentes modais. (Fonte http://www.bikehub.co.uk/news/sustainability/iconic-waste-of-space-photo-keeps-ongiving/)

Tratando-se de eficiência da relação espaço/ deslocamento, um veículo particular ocupa 120m², um ônibus 16m² e as bicicletas em média 11m², baseado numa experiência que já tinha sido realizada na Europa, na cidade de Münster, na Alemanha, em 1991 , pela primeira vez, e depois repetida mundo afora, o jornal Folha de São Paulo fez uma simulação na Avenida Pacaembu, dia 17 de janeiro de 2016, para verificar com os números da realidade de São Paulo o quanto os ônibus e as bicicletas podem atender de maneira confortável o mesmo número de passageiros, só que deixando a cidade mais livre para as pessoas. A simulação leva em conta o dado mais recente de que um carro de passeio transporta em São Paulo uma média de 1,2 passageiros por viagem. Foi usada uma base de 48 pessoas, apesar de um ônibus comum poder transportar até 70 pessoas de uma só vez. Foram usadas também 48 bicicletas. O ônibus é o campeão, poupando de 17 a 22 vezes o espaço urbano.


Para transportar exatamente as mesmas 48 pessoas, com média paulistana de 1,2 pessoa por veículo são necessários: -40 carros que ocupam 840 metros quadrados -1 ônibus que ocupa 50 metros quadrados -48 bicicletas que ocupam 92 metros quadrados Em termos de distância percorrida, um pedestre percorre uma distância de 0,8km em 10 minuto, tendo a bicicleta no mesmo tempo uma abrangência de 3,2km Atento a tais pontos o mercado de bicicletas vem como uma tendência em varías cidades, como aponta uma pesquisa realizada em outubro 2015 pela WalkBikePlaces, procuramos desenvolver um produto que pode trazer ainda mais benefícios e assim encorajar a pratica deste transporte.

Visto que na atividade as pessoas que utilizam este meio para o trabalho ou escola carregam bagagem, de tamanhos que variam entre pequenos até objetos de porte médio/grande, ex.: Notebooks, cadernos, garrafas, pastas, mochilas, etc. O intuito do projeto é criar produtos que facilitem o transporte com mais praticidade, promovendo plena integração entre usuário, meio de transporte, estilo e focar no espaço disponível nas bicicletas, assim otimizando o conforto para se locomover sem incômodos, tais como, excesso de calor por contato de mochilas/bolsas, desequilíbrio por mal distribuição de peso, bolsos com grandes objetos (celulares, carteira, chaves) e facilitando o acesso aos objetos de maior uso (durante o deslocamento e transporte). Em suma o conceito é incentivar a utilização das bicicletas como meio de transporte urbano diário de diversos tipos de usuário através da função e design do ESPRESSO.

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1.2 CONTEXTO HISTÓRICO


Segundo Edmund Burke, “Um povo que não conhece sua história está condenado a repeti-la”. Um dos métodos para entender uma cultura é observar os objetos por ela utilizados ou produzidos, em seu devido contexto histórico e aplicação. Ao Design também cabe esta aplicação, pois a incessante busca por inovação repercute na busca de inspirações no passado. Segundo o dicionário Michaelis da língua portuguesa, ambas a palavras ciclismo e bicicleta tem sua etimologia no francês, “bicyclette” e “cyclisme”, respectivamente, sendo ambas como, Ciclismo: 1 Arte ou prática que consiste em andar de bicicleta; biciclismo. 2 por ext Sistema de locomoção por bicicleta. 3 Esp Modalidade esportiva que consiste em participar de provas, competições ou exibições em corridas de bicicletas, seja em velódromos, seja em percurso preestabelecido. E Bicicleta: 1 Veículo leve, constituído de duas grandes rodas de diâmetros iguais, com raios metálicos, assentadas uma atrás da outra, num quadro feito de tubo de aço, com um selim para assento. Para dirigi-lo, impulsiona-se um sistema motriz de pedais e manobra-se a roda da frente com um guidom; camelo, gangorra. 2 Fut V gol de bicicleta. Em 1865, no entanto, o francês Pierre Michaux projeta a “avó” da bicicleta moderna, a bicicleta “Spyder”, apresentada no salão de Paris. Durante a revolução industrial, na métade do século XIX a bicicleta foi peça essencial, devido a sua facilidade de produção e preço. A evolução técnológica também foi acompanhada da evolução formal, com diversas formas experimentais buscando aliar o conforto, praticidade, facilidade de manuseio e produção e principalmente, o preço.

No entanto, os resultados não foram satisfatórios e as bicicletas continuaram a ter a imagem de objetos desconfortáveis e de difícil manuseio. A grande mudança viria na adoção de mudanças radicais no projeto, como a diminuição no diâmetro das rodas e adoção de rodas de diâmetros iguais. O avanço técnológio que resultou na predecessora da bicicleta como conhecemos hoje foi o domínio na tecnologia da transmissão por corrente (especificamente, a transmissão traseira), sendo esse fator somado as rodas de diâmetros iguais, propostos por Guilmet e Meyer em 1868 que resultaram na primeira competição de ciclismo em Paris, neste mesmo ano. Essas mudanças iniciaram o processo de mudança da imagem da bicicleta perante o público. Teria inicio o processo de popularização das bicicletas. As mudanças mais significativas que se seguiram foram a invenção do pneu sem câmara por John Dunlop em 1888 e posteriormente o pneu com câmara de ar por Michelin, em 1891, ambos adotados pelos fabricantes de bicicletas em busca de maior conforto para seus consumidores. A popularização deste esporte cresceu junto a popularização da bicicleta, sendo o ciclismo um esporte presente desde a primeira edição dos jogos olímpicos modernos, em 1896 em Atenas, na Grécia. As bicicletas foram ferramentas fundamentais para as massas durante o início do século XX, mesmo com a crescente popularização do automóvel. Com a Europa arrasada após as duas grandes guerras mais uma vez a bicicleta se torna popular, devido a sua praticidade e facilidade de compra e manutenção, uma vez que a escasses de recursos era um fator determinante no pós-guerra. Os avanços técnológicos na produção durante a segunda metade do século XX resultaram na produição de bicicletas mais confortáveis e baratas. A precisão da produção e a adoção de novos materiais mais resistentes e leves ajudou na popularização frente aos automóveis, tornando a bicicleta uma forma alternativa as opções de transporte comuns.

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2.1 VIAJANTE DE BIKE DEFINIÇÃO

Comutar de bicicleta é o uso de uma bicicleta para viajar de casa para um local de trabalho ou de estudo - em contraste com o uso de uma bicicleta para esportes, recreação ou passeios. Comutar se presta a áreas com terreno relativamente plano e arranjos para manter os pilotos relativamente seguros contra os riscos de acidentes com tráfego motorizado. Pistas de bicicleta separadas e uma aceitação geral dos ciclistas como participantes do trânsito.

Existem diversos fatores para escolher trocar o carro ou transporte público para a bicicleta. Logicamente podem variar de usuário para usuário mas entre as mais declaradas pelos commuters são: bem-estar, saúde, economia, diversão e tempo. Muitos usuários que não praticam esportes com frequência acreditam não conseguir realizar tal tarefa, mas ao iniciar os trajetos e se familiarizarem com a bicicleta percebem que não é uma tarefa impossível. A maior parte dos ciclistas declaram que se acostumaram em fazer o trajeto para o trabalho no primeiro mês, e também dizem se sentir mais confiantes para realizar trajetos maiores com mais eficiência, uma melhora no humor e por causar poucas lesões o ciclismo é ótimo para iniciantes.


DICAS PARA INICIANTES

Para aqueles que querem começar a recomendação é de que o destino esteja dentro de um raio de 10km, e revezar os dias da semana para reduzir o desgaste. Prefira um percurso plano, mesmo que mais longo, sem muitas paradas e saia mais cedo sempre lembrando de se hidratar e se alongar. Se considera inviável pedalar para o trabalho por causa da distância, pense em ir até uma estação de metrô ou de ônibus, ou até a casa de um colega que lhe dê carona. Caso seu destino ou local de trabalho não disponibilize de bicicletário ou local fechado estacione preferencialmente onde há fluxo de pessoas e iluminação. Tente não deixar em locais isolados ou escuros que facilitem o roubo e também de não atrapalhar a passagem de outras pessoas ao prender sua bike. Ir de bike para o trabalho não significa pedalar esportivamente, ou seja, não precisa ser uma atividade que faça suar desde que se mantenha um ritmo calmo. Logicamente nem todos os casos podem ser resolvidos desta forma por conta de certas topografias, como São Paulo ou São Francisco por exemplo, ou mesmo distância e bagagem portada pelo usuário.

Clima: Por conta de intempéries climáticas sua jornada pode se tornar insegura, diminuindo visibilidade, aumentando distância de frenagem e alterando a temperatura de forma desconfortável. Em casos como este, recomendamos uma forma alternativa de transporte, ou equipamento certo para realizar tais viagens. Como roupas impermeáveis, freios a disco, capacete, luzes de sinalização. Mas acima de todas: experiência. Topografia: Cidades que possuem relevo composto de muitas inclinações e poucas áreas planas podem ser desanimadoras para alguém que queira adotar a bicicleta como meio de transporte, porém podem ser planejados de forma à minimizar o desgaste. Prefira planejar rotas mais longas com inclinações menores, até 20% de inclinação. A sensação de desgaste é menor e você irá transpirar menos. Uma dica é não usar rotas sugeridas por aplicativos via GPS, pois eles não traçam as rotas menos desgastantes e sim o trajeto mais curto ou rápido para o destino. Tráfego: Em São Paulo, atualmente temos 416,2km de ciclovias, mas caso seu trajeto não faça parte desta malha a recomendação é planejar sua rota nos finais de semana, onde o tráfego é menos intenso. Procure rotas onde a circulação de veículos é menor e assim como a dica da topografia: não usar rotas sugeridas por aplicativos via GPS, pois eles não traçam as rotas menos tráfego e sim o trajeto mais curto ou rápido.

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2.2 MOBILIDADE URBANA

Durante as últimas décadas, tem se registrado um intenso movimento migratório da população rural aos núcleos urbanos, principalmente nos países considerados como emergentes. Conforme as estatísticas do Banco Mundial de Desenvolvimento Urbano, mais do 90% do crescimento populacional destes países acontece nas cidades. Isso justifica o desenfreado desenvolvimento de metrópoles que, em poucos anos, passaram a ocupar as primeiras posições nos rankings mundiais de população urbana. Este fenômeno pode ser constatado, por exemplo, na cidade de São Paulo que figura como quarta colocada na tabela das Nações Unidas (2015). Estudos do Banco de Desenvolvimento da América Latina (2014) explicam que, junto ao fenômeno de crescimento da população urbana, aconteceu uma intensa expansão no território das cidades como consequência da adoção de um modelo de ocupação mais dispersa e fragmentada. Além disso, nas décadas passadas, o planejamento urbano concedeu ao automóvel uma condição privilegiada no sistema viário, relegando ao transporte público e aos modais não-motorizados uma posição desfavorecida. Na atualidade, como revelam os estudos realizados pelo Observatório da Mobilidade Urbana (OMU), centros importantes da América Latina padecem de problemas crônicos de congestionamento. Pedalar por um trecho de 6 quilômetros ou menos em áreas urbanas leva, em geral, menos tempo do que dirigir pela mesma distância, segundo a associação Transporte Ativo. Para distâncias de 6 a 10 quilômetros, o tempo gasto pela bicicleta e pelo carro costuma ser o mesmo. A bike também evita perda de tempo em congestionamentos e na hora de estacionar. Além disso, o ciclista pode economizar minutos do dia ao substituir a ida à academia pela pedalada.


Se pensarmos na mobilidade urbana e deslocamento diário “casa-trabalho, trabalhocasa”, é comum encontrar inúmeros veículos rodando com apenas uma pessoa dentro, lotando as vias e dando lentidão ao tráfego. Tanto que em megacidades, como é o caso de São Paulo, utiliza-se o sistema de rodízio de placas, para diminuir o número de veículos diários nas ruas e incentivar a chamada “carona solidária”. No entanto, mesmo com este sistema, a situação da mobilidade urbana é um grave problema, cuja solução é ainda mais simples do que se imagina. Na imagem mostrada abaixo, podese entender a eficiência energética trazida pelo transporte individual não motorizado. A bicicleta é o meio de transporte mais eficiente dentre os principais analisados, por que além de ter uma emissão zero de qualquer gás do efeito estufa ou outro componente dos combustíveis fósseis, ainda ganha na velocidade, já que não é necessário ficar horas parado no trânsito.

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2.3 SAÚDE


Andar de bicicleta é uma atividade com baixo risco de lesões, perfeita para sair do sedentarismo. Por ser um exercício aeróbico, o ciclismo ajuda a controlar a pressão arterial, aumenta a capacidade pulmonar e cardíaca, protegendo o coração do infarto. De acordo com uma pesquisa do Instituto do Coração, de São Paulo, ciclistas que pedalam três vezes por semana eliminam cinco vezes mais rápido o LDL (colesterol ruim, que em altos níveis contribui para o entupimento das artérias) do que os sedentários. Ao fazer uma atividade física como pedalar, o corpo libera a endorfina, neurotransmissor responsável pela sensação de prazer. Por isso, ir de bike até o trabalho pode ajudar os profissionais a chegar lá se sentindo mais leves. É o que aponta um estudo feito na Grã-Bretanha e publicado no periódico Preventive Medicine. Os cientistas acompanharam 18000 britânicos com idades de 18 a 65 anos para saber como o meio de transporte usado para ir ao trabalho influenciava na percepção de bemestar e o resultado é de quem vai de bicicleta ou transporte público se sente menos pressionado e tem mais facilidade de se concentrar do que os motorizados. Um estudo da Universidade de Bellarmine, nos Estados Unidos, com 2 600 entrevistados, mostrou que pessoas que se exercitam 150 minutos por semana, como muitos ciclistas, têm uma melhora de 65% na qualidade do sono e como consequência foram mais produtivos.

PRINCIPAIS VANTAGENS: Reduz a ansiedade, stress e depressão que são aliviados pela atividade física em si e pelo prazer de pedalar. Andar de bicicleta estimula a produção de endorfina, ativa a circulação sanguínea e gera uma melhora expressiva da memória e outras habilidades mentais. É um veículo eficiente, por vezes mais rápido do que outros meios de transporte, que deixa você em contato direto com a cidade, a natureza e as pessoas dando uma sensação de liberdade. Diminui o risco de ataque cardíaco e previne doenças. Os músculos do seu coração são reforçados, o pulso basal e o nível de gordura no sangue são reduzidos. Pedalar diariamente também facilita outros hábitos saudáveis, melhora as condições gerais de bem-estar, contribuindo para uma vida longa e equilibrada. Pessoas que fazem uma atividade física regular sofrem muito menos risco de doenças cardiovasculares, osteoporose, diabetes. Combate o excesso de peso pela queima de gordura corporal e aumento da sua taxa metabólica. Uma atividade física regular como andar de bicicleta permite desfrutar de uma alimentação mais variada, sem aumento do peso corporal. Além disto, deixa pernas torneadas e músculos bem definidos, sem grande aumento da massa muscular. O valor exato varia de acordo com a altura, idade, peso e o ritmo de cada pessoa. A média é 400 calorias por hora. Melhora sua forma física ao reforçar pulmões e coração, sua resistência, capacidade aeróbica, força e o funcionamento muscular em geral são todos melhorados. Andar de bicicleta é um dos exercícios físicos mais confortáveis e seguros. O risco de excesso de esforço ou lesões nos músculos e articulações é mínimo.

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2.4 MERCADO

No Brasil, os preços de bicicleta ainda são altos por causa dos impostos, mas é possível comprar um bom modelo por cerca de 1 000 reais. Ainda assim, o valor é muito inferior ao preço de um carro, que exige gastos com gasolina, seguro e IPVA — a bicicleta precisa de manutenção de rotina a cada três meses e troca eventual de peças. Só para comparar: um pneu de bike custa 90 reais, enquanto um de carro custa 120 reais, em média. E quem usar a bike para percorrer 10 quilômetros de casa até o trabalho cinco dias por semana economiza 1 560 reais por ano em combustível, de acordo com cálculo do site Eu vou de Bike. O setor de duas rodas no Brasil está cada vez mais sólido. Com mais maturidade para enfrentar a forte crise que se estende por todos os segmentos da economia, as montadoras instaladas no Polo Industrial de Manaus – PIM se organizaram e protagonizaram, ao longo dos últimos 12 meses, investimentos equilibrados e constantes em inovações tecnológicas. O mercado da bicicleta no Brasil, de acordo com levantamento da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares – Abraciclo, mostra que mesmo com a queda de produção e nas vendas de aproximadamente 10% relacionado ao ano de 2014, as grandes marcas nacionais continuam investindo no desenvolvimento de novos produtos e equipamentos, assim como o próprio maquinário das fábricas. Uma recessão que impactou todos os mercados e a população, e o setor da bicicleta não foi diferente, apesar de sentirmos o apoio da sociedade civil e dos governos locais, com implementação da estrutura cicloviária e para o uso do produto. “O ano foi muito diferente das nossas expectativas, sabíamos que seria um ano desafiador, mas acabou se tornando muito mais difícil. Uma recessão que impactou todos os mercados e a população, e o setor da bicicleta não foi diferente, apesar de sentirmos o apoio da sociedade civil e dos governos locais, com implementação da estrutura cicloviária e para o uso do produto, tendo em linha a questão da mobilidade e as preocupações com o meio ambiente”, comentou Eduardo Musa, Presidente da Caloi e vice-presidente da Abraciclo. “Foi mais um ano de queda no setor da bicicleta, ao redor de 10%, acho um número até pequeno, pouco comparado com outros setores industriais, muito disso neutralizado pelo aumento no uso da bicicleta como mobilidade urbana. Com isso estimamos fechar o ano (2015) com 3.6 milhões de unidades produzidas. Com relação as vendas temos registrado 3.3 milhões de unidades acumuladas até o agora,” acrescenta a Musa. Os resultados, no entanto, não refletem exatamente a movimentação que acontece nos bastidores da indústria. A grande novidade do setor é o aumento do capacidade de produção de bikes com mais qualidade no Brasil. O segmento de Bicicletas ganhou a inserção de três novas associadas: Houston, Sense Bike e Ox Bike. As novas associadas possuem fábricas instaladas em Manaus e se juntam à Caloi, na entidade, para o desenvolvimento de um plano de atividades específico para o segmento. A fábrica Ox Bike já se encontrava em operação no PIM desde o início desta década e em dezembro de 2014 teve seu controle adquirido pelo grupo Isapa, do empresário Isacco Douek, recebendo investimento adicional de R$ 5 milhões, com capacidade instalada permite a produção de 240 mil bicicletas por ano.


Tenho certeza que a bicicleta vai se tornar cada vez mais importante para o brasileiro, como lazer e esporte comentou Isacco Duoek, da Isapa. A Houston pertence ao grupo econômico do empresário João Claudino Jr., do Piauí, e é a segunda maior fabricante de bicicletas do País, com capacidade total de produção é de 400 mil unidades anuais. Desde janeiro deste ano a empresa produz em Manaus bicicletas com estruturas em aço carbono, alumínio e fibra de carbono das marcas Houston e Audax. A Sense Bike é uma empresa do Grupo Lagoa, sediado em Belo Horizonte (MG) e dirigido por Henrique e Gustavo Ribeiro, focada principalmente na fabricação de bicicletas elétricas. O grupo foi fundado em 1981 e desde 2011 iniciou os estudos para produção de bicicletas elétricas, que começou julho de 2014, passando para produção também de bicicletas convencionais, no mesmo ano, atualmente com capacidade de 150 mil bicicletas anuais. Não é um volume grande de produção, pois queremos fazer os produtos com cuidado. Nosso compromisso é fazer bicicletas cada vez melhores para os brasileiros, complementou Gustavo Ribeiro, do Grupo Lagoa. A Caloi é a maior fabricante de bicicletas do Brasil e integra o grupo multinacional Dorel. Pelo grupo, também produz em Manaus as bicicletas das marcas GT, Cannondale, Mongoose e Schwinn, além de sua própria linha de produtos. Aliança Bike Outra entidade importante que controla o setor das bicicletas é a Aliança Bike, que reune as principais marcas importadas vendidas no Brasil, que têm um grande impacto no mercado em virtude do alto valor agregado dos equipamentos.A diretoria da entidade foi consultada para essa reportagem, com intuito de revelar os reais resultados de vendas de bicicleta no Brasil, mas não tivemos acesso as informações. De acordo com uma pesquisa feita pelas organizações-não governamentais Observatório das Metrópoles e Transporte Ativo, a maioria dos ciclistas de dez regiões metropolitanas do Brasil usa a bicicleta como transporte, para ir ao trabalho (88,1%) e pedala cinco dias ou mais por semana (71,6%), conforme o estudo do Perfil do Ciclista Brasileiro.A maioria dos ciclistas de dez regiões metropolitanas do Brasil usa a bicicleta como transporte, para ir ao trabalho (88,1%).

O levantamento revelou que 61,8% dos entrevistados usam a bicicleta como meio de transporte há menos de 5 anos e 26,4% dos ciclistas combinam o veículo com outro meio de transporte (ônibus e metrô). A maior parte (56,2%) leva entre 10 e 30 minutos em suas viagens, tem entre 25 e 34 anos de idade (34,3%) e renda entre um e dois salários mínimos (30%). O trabalho indicou ainda que a principal motivação para começar a utilizar a bicicleta como modo de transporte urbano é a rapidez e praticidade (42,9%). Entre as capitais com o maior índice de utilização está Recife, com 89,6%, Rio de Janeiro com 81,2%, e Manaus com 77,8%. Entre os pesquisados, 34,6% apontam a educação no trânsito como principal problema no dia a dia. Metade dos entrevistados afirmou que mais infraestrutura cicloviária daria motivação para pedalar mais. A pesquisa ouviu 5000 ciclistas em 10 cidades Brasileiras. A faixa etária que mais usa a bike são pessoas entre 25 e 34 anos.

CONSIDERAçÕES FINAIS Apesar dos resultados econômicos, o fato é que a bike está em alta no Brasil! O brasileiro está ficando mais sábio na hora da compra de uma bicicleta, buscando por equipamentos que oferecem eficiência, rendimento e preço. O resultado é o crescimento do interesse em bicicletas especializadas, principalmente, no uso da mobilidade urbana, incentivado pelo aumento das estruturas urbanas para pedalar. Apesar dos resultados econômicos, o fato é que a bike está em alta no Brasil!

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2.5 SEGURANÇA

Para minimizar os riscos, o uso de equipamentos adequados é essencial. Assim, a bike pode ser uma alternativa tão segura quanto qualquer outro veículo. Além disso, há regras que devem ser respeitadas pelos ciclistas para que a segurança dos próprios e também dos pedestres seja garantida.

REGRAS DE TRÂNSITO Antes de sair pedalando, procure se informar sobre as regras básicas para circular nas ruas e evitar acidentes. Segundo o Código Brasileiro de Trânsito (CBT), a pessoa que estiver de bicicleta deve respeitar sinais de trânsito e sinalização, além de circular na mão correta de direção, pois ela é também um veículo. Ciclistas e pedestres têm preferência sobre os veículos automotores. Para a segurança não só de quem é atleta, mas também daqueles que usam a bike como meio de transporte ou lazer, é recomendado utilizar capacete, óculos ou viseira, cotoveleiras, joelheiras, luvas e roupas apropriadas, claras e coloridas - se for à noite, existem coletes e casacos que brilham no escuro. Estes, no entanto, não são itens obrigatórios por lei. É fundamental que a “magrela” esteja equipada com espelho retrovisor esquerdo, buzina (campainha) e refletores (olhos de gato) dianteiro, traseiro e laterais, estes considerados equipamentos obrigatórios, de acordo com o CBT. O ciclista também deve deixar a bicicleta em bom estado para o uso e com os pneus cheios. Dependendo do tamanho do percurso, é importante levar hidratação e alimentos. Não é necessário começar indo e voltando de bicicleta para o trabalho. A pessoa pode ir de bicicleta em um dia e voltar no outro, aumentando a quantidade aos poucos, até conseguir fazer ida e volta diariamente. Pela lei, os ciclistas devem utilizar ciclofaixas, ciclovias e acostamentos. Quando não houver, devem usar o canto direito da pista, no sentido dos demais veículos. Nunca ande na contramão, o que é considerado uma infração grave de trânsito. O ideal também é não ficar muito colado ao meio-fio, para facilitar a visão dos motoristas, e estar sempre atento às portas de veículos abrindo.

(2016, infográfico feito pela “EU ATLETA” retratando os equipamentos obrigatórios e recomendáveis para os ciclistas. (Fonte http://globoesporte.globo.com/eu-atleta/noticia/2016/10/seguranca-na-bike-conheca-deverese-direitos-do-ciclista-para-evitar-acidentes.html


Para que o nosso produto possa ajudar em tais questões de segurança conduzimos um teste que consistia em diversas fotos batidas na altura de um motorista, e cada foto com uma distância e altura posta à frente do carro, onde material refletido deveria ser mais eficientemente visto.

Distância: 3 metros Altura: 65cm Distância: 3 metros Altura: 75cm

Distância: 3 metros Altura: 55cm

Distância: 1 metro Altura: 65cm Distância: 1 metro Altura: 75cm

Distância: 1 metro Altura: 55cm

Foi concluído que a melhor altura para dispor de materiais refletivos é a 65cm de altura, onde o objeto é visto tanto de curta até medias distancias do ciclista.

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2.6 meio ambiente


Na atualidade, como revelam os estudos realizados pelo Observatório da Mobilidade Urbana (OMU), centros importantes da América Latina padecem de problemas crônicos de congestionamento. Ademais, o transporte motorizado acarretou grandes impactos ambientais. Segundo dados do Painel Internacional de Mudanças Climáticas (IPCC, 2014, na sigla em inglês), esta é considerada uma das maiores fontes dos gases do efeito estufa na atmosfera, com índices estimados em 23% do total das emissões de CO2 globais. Conforme explica o Painel, uma das principais ferramentas para a redução destas emissões é a substituição do transporte motorizado individual ou público, em distâncias menores que 5km, por transportes não-motorizados como a caminhada e a bicicleta. Neste sentido, infraestruturas adequadas para Bicicletas e pedestres podem incrementar em até 20% este tipo de viagens (IPCC, 2014, p.624). O informe também aponta a priorização de modais alternativos ao veículo privado como solução que pode aliviar o congestionamento massivo do sistema viário e permitir uma melhor oferta de transporte aos setores da população sem acesso ao carro. Pode-se entender a eficiência energética trazida pelo transporte individual não motorizado. A bicicleta é o meio de transporte mais eficiente dentre os principais meios de transporte, por que além de ter uma emissão zero de qualquer gás do efeito estufa ou outro componente dos combustíveis fósseis, ainda ganha na velocidade, já que não é necessário ficar horas parado no trânsito. Um carro ocupa o espaço de aproximadamente 10 bicicletas. Incentivar o uso deste modal é evitar congestionamentos gigantescos, mas, é também evitar gastos desnecessários com o recapeamento asfáltico, que se faz sempre necessário quando se tem um grande fluxo de veículos trafegando por determinada via.

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3.1 projeto

CRONOGRAMA DE PROJETO 2017-2 JUL. AGO. SET. OUT. PESQUISA ADEQUAÇÃO PRÉ-MODELOS AJUSTES PRÉ-FABRICAÇÃO FABRICAÇÃO APRESENTAÇÃO

Custos de produção corte e dobra de chapas: R$ 161,00 Solda das chapas: R$ 150,00 USINAGEM PEÇAS CILíndricas: R$ 530,00 CONFECÇÃO DAS PARTES COSTURADAS: r$ 1280,00 MATÉRIA-PRIMA PARA CONFECÇÃO: r$ 410,00 PINTURA: r$ 200,00 total: r$ 2731,00

NOV.

DEZ.


Pesquisa: <18

45-59

6 meses

13 4 4

30-44

28

5

Idade - Em Anos

Leve | <3

29

>16

11-15

Pesada | >6

Peso da Carga Em Quilogramas

57

>3 anos 50

Tempo em que já realiza o trajeto com bicicleta

2

1 ano

2

6-10 12

7

14

2 anos

Distância do Trajeto Em Quilometros

Media | ~5

48

61

1-5

18-29 Itamonte - MG Distância ao Ponto de Interesse Não possuí outros meios Cidade favorável ao ciclismo Diversão Praticidade Segurança Economia Meio Ambiente Saúde/Qualidade de Vida Rapidez/Eficiência

Outros - SP

Trânsito

Nenhum

Conforto

São Paulo - SP Osasco - SP Cidade de Origem

0

5

Infraestrutura

10 15 20 25 30 35 40 Praticidade

Aproveitamento espaço urbano

Dificuldades de Uso

Segurança

Rio Claro - SP

Respeito

Físico

Topografia

Ter ferramentas/ peças de reposição

Nenhum Atenção ao Trânsito

Praticidade Economia

Meio Ambiente Benefícios sentidos pelos usuários

Motivos para recomendar o uso da bicicleta

Saúde

Dica: para quem está começando Trajeto

Saúde

Manutenção

Economia Equipamentos de Segurança

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3.2 CONCEITOS

identidade visual

Estudo de proporcionalidade e relações geométricas (negativo - fundo escuro)

Logotipo simplificado (negativo - fundo escuro)

Logotipo completo (negativo - fundo escuro)

Logotipo do nome por extenso (negativo - fundo escuro)


Dolce Vita Dolce Vita light

Futura book Futura Medium

Cores neutras e sóbrias, de forma a manter a neutralidade e elegância do projeto. Cor de destaque alaranjada: energia e vivacidade, como única cor contrastante.

CMYK 64 57 63 43 HEX 4A4943

CMYK 71 62 70 71 HEX 242721

CMYK 05 41 77 0 HEX ECA254

CMYK 00 00 00 00 HEX FFFFFF

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conceito “café” Associação por meio de sentidos do café e do couro, principal matéria prima do projeto, por meio das texturas e aromas característicos dos mesmos, de seu apelo visual e o sentido de que o meio urbano é “ágil”, portanto, “expresso”. Os nomes utilizados são os mesmos utilizados pelos baristas italianos, desde o nome de bebidas específicas, como macchiato ou marocchino até a intensidade e volume dos cafés, como corto e lungo:

No caso das ferragens, há um conflito de materialidade, pois não se trata mais do couro e sim de materiais metálicos, que não precisam ser necessariamente associados com nomes em italiano. São oferecidos os acabamentos de ferragens mais comuns no mercado de acordo com o que for requisitado pelo cliente: Prata, Dourado, Cobre, Níquel e Ouro Velho.

Nome da Bolsa: Espresso, assim como a marca que a batiza, por sua versatilidade e praticiade; Nome da Capa de notebook: Corretto, uma dose de espresso com uma dose de licor; Nome do Acessório Médio: Doppio, como a dose dupla de café (por serem dois bolsos); Nome do Acessório Grande: Lungo, como as doses reforçadas de café; Nome da Capa de Terno (proposta): Americano, como os cafés grandes são chamados; Nomes das Lonas e Couros*: Branco: Latte, cuja tradução literal é Leite em português; Caramelo: Macchiato, que é o espresso com um toque de leite; Marrom: Marocchino, espresso servido com pó de cacau; Preto: Ristreto, espresso mais concentrado; Azul Marinho: Freddo, que é o espresso servido frio.

*cores escolhidas pelos clientes que não são as disponibilizadas previamente não possuem nome definido

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3.3 sketches


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33


3.4 pré modelos

Modelo: Volumetria

O Estudo de Volumetria foi desenvolvido ainda no primeiro semestre, de modo a entender como funcionaria a adoção deste volume extra no eixo traseiro da bicicleta, no âmbito formal, funcional, proporcional e dimensional, o que nos permitiria estabelecer parâmetros de medidas máximas e mínimas e no caso, até mesmo o desenvolvimento de um sistema com ajustes. Inicialmente concedido com as seguintes medidas, comprimento 40 centímetros, largura 20 centímetros e altura 30 centímetros. As medidas no entanto demonstraram ser grandes demais, sendo feita uma diminuição que não alterou de forma drástica a capacidade de carga, mas sim a proporção, deixando-o mais proporcional às dimensões da bicicleta. As medidas finais são de 40 x 17,5 x 30cm (C x L x A) da bolsa e 40 x 17,5 x 20cm (C x L x A) do bagageiro (parte das chapas de aço).


Modelo 01: forma No recesso do primeiro para o segundo semestre do ano, de forma a não comprometer o cronograma, iniciamos os estudos na parte formal e da costura, utilizando o laboratório de costura. O primeiro modelo foi baseado nas medidas atualizadas de volumetria, mas utilizando as primeiras formas desenvolvidas em sketch, em um formato mais poligonal, um pouco mais arrojado. No entanto, foram necessários ajustes nas medidas para que esse formato fosse alcançado sem comprometer o tamanho total do produto, o que acabou resultando em um espaço volumétrico e de carga comprometidos, o que afetaria a capacidade do produto. Em um dos testes feitos, constatou-se que não era possível colocar um notebook com tela maior que 15” neste modelo, a exemplo.

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Modelo 02: forma

De volta as pranchas, refizemos alguns desenhos para encontrar uma solução não só funcional mas também formal, que pudesse permitir um desenho arrojado mas com uma ampla área volumétrica. Não haviam muitas mudanças a fazer com a bolsa, ela deve ter a maior área possível de volume, para permitir diversas capacidades de carga, no entanto foi possível focar e redesenhar os acessórios, criando assim uma linha de produtos que possam atender a diversas necessidades e mantenham a identidade visual e os conceitos fundamentais do produto. A bolsa mantém o formato retangular, otimizando a volumetria e permitindo uma maior elasticidade da capacidade de carga (a exemplo, é possível colocar notebooks de até 15,6” com este formato). Os bolsos foram repensados para entregar duas formas e capacidades, os bolsos médios são divididos em dois, enquanto o bolso grande é único e contém um extensor que permite levar mais objetos, como roupas ou sapatos (por exemplo). Um outro acessório que surge de forma a atender mais públicos é a capa de terno. Um novo acessório foi também adicionado. Em uma pequena pesquisa feita com alguns usuários de bicicletas, durante o desenvolvimento do projeto, foi constatado que a posição do bagageiro como um todo (na parte posterior da bicicleta e consequentemente, longe da visão do usuário) causou um certo incômodo ao transportar itens de valor, em especial notebooks. Como forma de otimizar o espaço de transporte do quadro como um todo, foi desenvolvido também a capa de notebook que pode ser acoplada a parte central do quadro ou dentro da bolsa, na parte posterior, sanando assim a questão relacionada à insegurança.


Modelo 01: bagageiro Após as mudanças formais realizadas no começo do segundo semestre e a necessidade do desenvolvimento de um bagageiro específico para o projeto, foram realizadas simulações em uma miniatura para entender o comportamento dinâmico do conjunto proposto. Após os testes e diversas modificações, foi feita uma miniatura em escala com as peças em suas quantidades e funções propostas, de forma a avaliar o projeto. O modelo apresentado ainda era o preliminar sendo, após os devidos testes, adaptado e simplificado, tomando a forma final de acordo com o modelo em escala.

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Modelo 02: bagageiro

O segundo modelo de estudo do bagageiro, foi realizado em escala 1:1, para verificar as mudanças propostas no projeto (e suas simplificações de produção) e realizar uma análise estética de como o bagageiro deveria ter suas proporções ajustadas para parecer mais integrado a bicicleta. Por fim, as medidas dos outros pré-modelos foi mantida (40 x 17,5 x 30cm - C x L x A da bolsa e 40 x 17,5 x 20cm -C x L x A do bagageiro - parte das chapas de aço. No entanto, as medidas iniciais de 3/4” (1,90cm) dos tubos e barras usados no bagageiro foi alterada para 9/16” (1,4cm), em detrimento da diminuição de peso e melhora do aspecto visual.


Modelo EXtra: arduíno Durante o primeiro semestre, na disciplina de modelos e protótipos III, foi desenvolvida a programação de uma placa de arduino, de forma a criar um protótipo de sistema de iluminação inteligente, para ser utilizado no bagageiro. O sistema contém farol traseiro e setas, de forma a indicar com mais segurança o movimento do ciclista. No entanto, para o modelo final, o arduino não foi utilizado pois, além do tamanho exacerbado da peça e seus componentes sensíveis, as medidas da fiação não seriam compatíveis com diversos modelos de bicicletas - o que contraria nossa proposta de um acessório “universal” - e foi escolhido utilizar uma lanterna já disponível no mercado, cuja instalação, além de simples, é padrão para bicicletas.

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3.5 processos produtivos

No âmbito projetual foram necessárias, além de mudanças formais (em detrimento de melhor aproveitamento de materiais e melhorias projetuais), mudanças nos processos de produção, seja para diminuição de custos seja para a confecção de peças mais refinadas e de melhor acabamento. Os processos produtivos também podem ser divididos de acordo com as partes que estão a eles relacionados, como por exemplo a confecção das partes de tecido, a usinagem das peças metálicas cilíndricas e o corte a laser das chapas. CONFECÇÃO: de acordo com o dicionário michaelis, confeccionar significa o “ato ou efeito de confeccionar; elaboração; fabricação” mas também pode significar “fábrica que confecciona roupas em geral”. A confecção tem como função lidar com as partes que envolvem tecidos e não-tecidos, desde a resolução de problemas projetuais a fabricação dessas peças de acordo com os materiais especificados. USINAGEM: de forma genérica, usinagem significa “ato, processo ou efeito de usinar” (michaelis) seja com ferramentas de precisão ou automatizadas, por exemplo. A Usinagem é uma tecnologia antiga, tratando do ato de processar matéria-prima em peças elaboradas. Alguns tipos de processos envolvidos podem ser o desbaste de excesso de material ou furações com medidas precisas, entre outros. Atualmente existem diversos ramos de atuação da usinagem, desde fábricas de móveis até móveis até grandes estaleiros navais ou a indústria bélica. ACABAMENTO: Presente em todos os momentos do projeto, a diferença são os materiais e processos envolvidos. Na área da confecção, o acabamento se dá pela instalação das ferragens ou a inserção de detalhes nas peças, por exemplo, enquanto nas partes metálicas o acabamento se dá pelo ato de limar o ferro (de modo a deixá-lo o mais agradável, não só à visão mas também para prevenir acidentes ) e posteriormente na pintura, que também é classificada como um acabamento. CORTE A LASER: Tecnologia de aplicação recente, onde um bico especial concentra o feixe de laser e realiza os cortes na superfície, sendo elas rígidas ou maleáveis . As chapas cortadas neste processo foram soldadas de modo a criar uma peça única, mais fácil de instalar e consequentemente, debido a estrutura e material utilizado, e segura, facilmente adaptável e útil, DOBRA METÁLICA: Processo que pode envolver máquinas CNC, mas que consistem em sua maioria no ato de dobrar partes ou peças inteiras de chapa de aço.


Etapas do Processo Produtivo: Confecção Molde

Corte e Costura

Acabamento

Barras e Tubos Metálicos Projeto

Usinagem

Acabamento

Bagageiro - Chapas Projeto

Corte a Laser

Dobra

Solda

Acabamento

Chapas de aço cortadas a laser, dobradas via CNC e soldadas, antes do processo de pintura

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tecidos e não tecidos

3.6 MATERIALIDADE

Devido a necessidade de alinhar um bom desempenho contra intempéries e uma resistência contra o desgaste da utilização, foi necessária uma extensa pesquisa para encontrar o tecido que poderia melhor responder a essa necessidade e que pudesse também ter um alinhamento estético de acordo com o projeto. O couro natural já havia sido escolhido como forma de agregar valor ao produto, além de conferir um acabamento mais refinado e realçar os detalhes do projeto, portanto ainda seria necessário um tecido que pudesse ser facilmente alinhado ao couro. Os tecidos escolhidos foram da família do algodão, por sua resistência natural e facilidade de tingimento. Mais especificamente a família das lonas, que devido a sua trama e densidade são mais resistentes que os tecidos comuns. Mediante a necessidade, foram definidos dois subtipos específicos deste material: Lona 10 e Lona de caminhoneiro reciclada. A lona 10 é a lona comum, sem nenhum tipo de beneficiamento ou proteção extra. Possui uma considerável cartela de cores e sua aplicação na indústria de acessórios de moda é extensa, sendo encontrada desde mochilas até bolsas e sacolas, por exemplo. Seus pontos positivos são a ampla cartela de cores e o preço, sendo seus pontos negativos sua espessura menor e consequentemente menor resistência a desgaste e o fato de o beneficiamento deste tecido ter de ser feito a parte. Já a lona de caminhoneiro reciclada é um outro tipo de subproduto, mais espessa e pesada, mas que possui como característica a resistência a desgastes e a intempéries, especialmente a água, sem a necessidade de outros processos (como beneficiamento ou impermeabilização). Mesmo com uma cartela de cores mais restrita, este tipo de lona conta com um acabamento de fábrica que simula um efeito “lavado” o que faz com que cada pedaço ou rolo de tecido nunca seja igual a outro. Em resumo, os pontos positivos deste tecido é ser sustentável (restos de lona são reciclados para a tecelagem deste tipo de lona), seu beneficiamento natural e sua resistência maior contra o desgaste natural, sendo os pontos negativos seu alto preço e peso. Devido ao seu processo de produção, os couros já são mais resistentes a água do que os tecidos, sendo comumente aplicados na indústria da moda. Ao mesmo tempo, este processo e o fator de sua origem ser animal fazem com que o couro seja um material ao mesmo tempo valorizado e nobre mas também não ecológico ou sustentável, dessa forma alinhamos projetualmente que seu uso seria mais reduzido, de forma a diferenciar o produto e agregar valor e refinamento. A cartela de cores também é extensa, graças aos processos de tingimento, no entanto as cores oferecidas como padrão do projeto são as cores naturais (discernidas no capítulo da identidade do produto) sendo as peles tingidas opcionais e sob encomenda. Em suma os couros naturais possuem como principal vantagem seu aspecto menos artificial, sua variedade de coloração e espessura (tornando cada peça, única) e o valor como matéria prima “refinada”, sendo seus pontos negativos o preço em comparação ao aproveitamento de matéria prima (pois as peças podem ter defeitos, por exemplo) e a relação com o meio ambiente (além dos couros serem de origem animal, seu processo de curtimento é extremamente danoso ao meio ambiente).


A História dos tecidos percorre o mesmo caminho da história humana, desde os tramados usados dos cestos usados pelos homens préhistóricos até os tecidos sintéticos desenvolvidos na história recente, por exemplo. De acordo com a história documentada, as primeiras fibras têxteis a serem utilizadas e cultivadas pelos homens foram o linho e o algodão, no campo das fibras vegetais, e a lã e a seda no campo das fibras animais. Quanto a Arte de Tecer , muito está sendo descoberto e revisto. Antes ligada ao período da Pedra Polida (que coincide com o aparecimento da agricultura) novas foram descobertas que confirmam o que parecem ser objetos tramados, como cestos, utilizados pelos homens pré-históricos, durante o período da Pedra Lascada (até 24 mil anos antes de Cristo). A evolução dos teares foi exponencial, de um método quase artesanal durante a época greco-romana e idade média a produção industrial após a revolução inglesa, no século XVIII. A técnica do tear também foi evoluindo, com o aparecimento de bordados e trabalhos, que envolvem desde linhas coloridas até linhas metálicas, como fios de prata ou ouro por exemplo. Novos tipos de tecidos também apareceram de acordo com seus ligamentos, como o tafetá, a sarja e o cetim. O uso do couro pela civilização humana, como uma pele em geral, data do período pré-histórico também, em especial da época glacial, onde a sobrevivência da espécie humana depende da adaptação das peles e pelos, grandes retentores de calor e mais resistentes a umidade. No entanto o processo conhecido como curtimento, técnica aperfeiçoada ao longo do tempo porém utilizada até os dias de hoje (apesar de sua toxicidade e alto uso de recursos).

O couro no entanto passa por um processo diferente. Por ser uma pele animal ele precisa de um tratamento especial realizado pelos curtumes, que estabilizam suas moléculas e impede a putrefação. Após esse tratamento o couro passa por etapas para transformá-lo numa peça uniforme, desde sua forma até sua espessura. Neste momento é definido o uso do couro, se ele será mais macio para vestimentas ou mais rígido para sapatos, por exemplo. Então o couro tem suas rugas e imperfeições eliminadas, podendo ser tingido e finalmente pode passar por um processo que reproduz uma textura, como o couro de cobra ou jacaré (no caso de couros bovinos ou ovinos). O avanço tecnológico também permitiu a criação de tecidos sintéticos que visam substituir os couros animais, com a vantagem de um custo menor de produção e menor agressão ao meio ambiente, são os chamados couros tecnológicos, couros vegetais e até mesmo couro feito de fungos. Os couros tecnológicos são tecidos sintéticos compostos por Poliuretano, Poliéster e Policloreto Vinílico (PVC) que resistência e simula o efeito do couro, podendo ter o acabamento até mesmo imitando camurça (devido a legislação brasileira, os couros sintéticos não podem ser denominados “couros”, por isso recebem também recebem outros nomes, como “Corino”). O couro vegetal mais conhecido nos dias atuais é derivado do Látex, extraído das seringueiras. Trata-se de um processo onde fibras vegetais (como algodão ou juta, por exemplo) recebem um banho de Látex, formando assim uma manta desta mistura, que após os devidos processos se torna o couro vegetal.

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metais: As ligas metálicas estão intimamente ligadas a história e evolução humana. Os metais e a metalurgia (aliada aos seus processos de transformações de matéria) permitiram a humanidade um grande salto tecnológico em comparação com a chamada “idade da pedra”. A idade dos metais ainda é dividida em dois períodos: a idade do bronze e a idade do ferro. A idade do bronze durou de 3000 a 1800 a.C, e caracterizou-se pelo uso da liga metálica conhecida hoje como bronze, mas também de outras ligas como o latão, por exemplo. O domínio desses materiais permitiu a criação de armas e ferramentas mais rígidas do que as feitas puramente de pedras. O ferro só começou a ser utilizado por volta de 1200 a.C na Europa e Oriente Médio, promovendo um grande salto tecnológico na sociedade humana, devido a sua maior resistência e dureza. A Idade do Ferro foi marcou o fim da chamada “pré história” devido ao fato de ter promovido tamanha evolução tecnológica e mudanças geográficas e territoriais. Dentre as opções cotadas para a execução do projeto, foram analisados os prós e contras de cada material metálico, levando em consideração não somente a fabricação do protótipo apresentado, mas também a possível aplicação de produção em larga escala. Os materiais metálicos escolhidos para a execução do projeto foram o aço carbono, o alumínio, o aço inoxidável e o titânio, sendo esses materiais os mais versáteis em aplicação, podendo ser encontrados tanto nas formas de chapas quanto de barras e tubos (conforme a necessidade do projeto).

Aço-Carbono: Um dos materiais mais abundantes no uso industrial, o aço carbono é uma liga metálica formada por ferro e carbono (este último, com porcentagens entre 0,008 e 2,11% sendo a liga metálica com porcentagem superior a 2,11% denominada ferro-fundido). PRÓS: - Preço (devido a seu alto teor de uso, é uma matéria prima fácil de ser encontrada e manuseada). Facilidade de manuseio (pode ser soldado ou rebitado) Resistência mecânica em relação a densidade CONTRAS: - Peso (em comparação com o alumínio e o titânio). Necessidade de acabamento para proteção contra intempéries Alumínio: Material extremamente leve e multiuso, com alta porcentagem de reciclagem no Brasil. com aplicações desde a indústria alimentícia até a indústria automobilística. PRÓS: - Preço (em comparação ao titânio, que é junto ao alumínio o material mais leve). Ecologicamente Correto (a taxa de reciclagem do alumínio é extremamente alta). Acabamentos (além de poder ser usado “cru” o alumínio também pode ser pintado). CONTRAS: - Resistência mecânica (inferior a todos os outros materiais citados). Manuseio (diferentemente das outras ligas, o alumínio não pode ser soldado, apenas colado e rebitado).


Aço-Inox: Tão resistente e multi uso quanto o aço comum, o aço inox possui uma característica extra, sua alta resistência contra a corrosão, no entanto seu preço elevado o faz um material com menos aplicações do que o aço comum. Facilidade de manuseio (pode ser soldado ou rebitado). Resistência mecânica em relação a densidade. Resistência à corrosão e intempéries (sem necessidade de acabamentos). CONTRAS: - Peso (em relação ao alumínio e titânio). Preço (em torno de 300% maior do que o aço carbono comum). Titânio: Metal encontrado na natureza, sua liga tem diversas formas e aplicações, desde a indústria de jóias até a indústria aeroespacial. Facilidade de manuseio (pode ser soldado ou rebitado). Resistência mecânica em relação a densidade e peso (equivalente a aproximadamente 60% da densidade do ferro). Resistência à corrosão e intempéries (sem necessidade de acabamentos). CONTRAS: - Preço (não foi possível obter cotações de preço devido a quantidade muito pequena de peças, o que inviabilizaria sua produção). Poucos fornecedores e prestadores de serviços para esta matéria prima.

Após extensa pesquisa e análise dos materiais, mudanças de projetos e orçamentos requisitados, foram descartados o alumínio (devido a necessidade de usar mais matéria prima para obter as características semelhantes ao aço) e o aço inox (que devido ao preço, tornou mais viável o uso de aço comum com acabamento posterior, como a pintura eletrostática, por exemplo). Em uma situação ideal de projeto, com produção em larga escala em uma indústria cada vez mais avançada e tecnológica, o titânio seria a melhor escolha devido a sua versatilidade e propriedades mecânicas e físicas, mas inviabilizado neste momento projetual devido ao seu preço. O Aço-Carbono foi a escolha para a fabricação do protótipo pois, além de ser encontrado na forma de chapas, barras e tubos (que são as formas utilizadas no projeto), a abundância de fornecedores e prestadores de serviço resultam em um preço mais baixo, ideal para a fabricação deste primeiro modelo, sendo a sua deficiência contra intempéries sanada com a aplicação da pintura eletrostática e seu peso mais elevado com modificações no projeto, para a redução de peso e melhor aproveitamento da matéria prima. Os processos de fabricação relacionados a parte metálica do projeto são o corte a laser, dobra e usinagem metálicos. O corte a laser permite uma maior liberdade formal para a criação de formas; a dobra dispensa o uso de solda ou rebites para a criação de peças elaboradas, não afetando sua resistência; a usinagem de precisão permite a criação de peças variadas mas cujo acabamento e fabricação são extremamente bons e precisos, próximos das indústrias de alta tecnologia. Outro processo envolvido é a solda, com deposição de materiais, para a junção das três chapas metálicas cortadas e dobradas em uma peça única do bagageiro, onde a bolsa e os acessórios ficam fixados durante o uso.

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acabamentos A escolha do acabamento sofre influência direta da escolha do material, devido ao fator que o material já pode ter acabamento próprio ou não aceita alguns métodos, como o “cromo” ou a pintura eletrostática, por exemplo. No caso do Aço Inox e Titânio, os mesmos não necessitam acabamento extra pois já tem uma resistência natural a intempéries e corrosão. O alumínio tem uma camada protetora criada naturalmente devido a sua oxidação, mas também pode receber pigmentos, tendo uma variedade interessante de opções. O aço carbono pode receber diversos tipos de tratamento, no entanto para o projeto foram escolhidos como possibilidades mais adequadas a cromagem ou a pintura eletrostática. Esses processos foram escolhidos pois podem reproduzir uma cor “prateada” (ou no caso, cromada) que se adequa melhor a proposta do protótipo, devido ao fato das ferragens da bicicleta que será usada no expositor também possuírem a cor prateada. O processo da cromagem consiste em várias etapas, que envolvem o tratamento químico e físico dessas peças, cujas etapas finais consistem em um banho de níquel (metal que reage de forma positiva com o cromo) e finalmente o banho de cromo, que confere o aspecto final da peça. Os pontos positivos desse processo são um acabamento impecável (se não houverem problemas durante os tratamentos químicos) e o aspecto único do cromo. Os pontos negativos são o preço mais elevado do processo e a oferta menor dos prestadores de serviço.

A pintura eletrostática é um processo que envolve a deposição de pigmento sobre a superfície da peça. São três tipos possíveis de materiais envolvidos: epóxi, poliéster e híbrido (de epoxi e poliéster). No caso, cada uma apresenta propriedades e vantagens para cada aplicação, como por exemplo a vantagem da tinta poliéster para ambientes externos e a proteção natural contra corrosão da tinta epóxi. As maiores vantagens da pintura eletrostatica, no geral, são a maior resistência a impactos, a corrosão, sua alta taxa de reaproveitamento e sua grande gama de cores e acabamentos especiais, como os efeitos metalizados ou a texturização de seu acabamento (como a microtexturização) e brilho (podendo ser brilhante ou fosco). Sua desvantagem no entanto é o alto preço para o investimento em compra dos materiais e maquinários e a camada de tinta ser mais grossa do que a camada final de cromo. Para a produção do protótipo foi escolhida a pintura eletrostática, pois o acabamento metalizado fica mais parecido com as ferragens da bicicleta em comparação ao cromo, além de seu preço ser um pouco menor em relação ao processo químico.


FERRAMENTAS NECESSÁRIAS: Chave para parafusos sextavados tamanho 13, 14 e 15mm; Chave para parafuso tipo Allen

3.7 MANUAL DE USO

ITENS INCLUSOS: Bagageiro Completo - Parte superior para montagem dos acessórios e suas peças para instalação no quadro da bicicleta (todos os parafusos, porcas e arruelas para montagem estão inclusos). Acessórios - Bolsa Grande para Acoplar no bagageiro; Acessórios e Bolsa para Notebook.

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Montagem da Sustentação:

Montar as Peças 04 no eixo traseiro da bicicleta (peça com os furos para cima); Utilizar a chave 15mm para desmontagem das porcas; Fixar com buchas de borracha.


Montagem da Sustentação e Regulagem de Altura: Instalar as peças 05 (com os furos para baixo) sobre as peças 04. Fixar com parafuso e porca na furação adequada (recomenda-se utilizar o segundo furo - de baixo para cima). Utilizar a chave de 13mm para a fixação dos parafusos e porcas. Utilizar as arruelas de borracha entre as peças.

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Montagem da Sustentação do Canote:

Montar as peças 01 e 02 de acordo com a figura. Utilizar a chave 13mm para a fixação do parafuso e rosca. Utilizar as arruelas de borracha entre as partes metálicas


Montagem da Sustentação do Canote: Instalar o conjunto das peças 01 e 02 no garrote do canote. Utilizar a chave allen para fixação. Utilizar as arruelas de borracha entre as partes metálicas - especificamente entre o rebaixo da peça 02 e seu encaixe no garrote.

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Montagem do Bagageiro: Encaixar o conjunto das peças 01 e 02 na peça principal, vide imagem. Utilizar chave 13mm para fixação dos parafusos e porcas no oblongo das peças 02 e da peça cilíndrica soldada na parte inferior da peça principal. Utilizar arruelas de borracha entre as partes metálicas.


Montagem do Bagageiro:

Encaixar o conjunto das peças 04 e 05 na peça principal, vide imagem. Utilizar chave 13mm para fixação dos parafusos e porcas. Utilizar arruelas de borracha entre as partes metálicas.

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Ajustes:

Realizar os ajustes necessários para manter a peça nivelada. Utilizar as furações nas peças 04 e 05 para definir a melhor altura para o conjunto.


Instalação dos Acessórios: Após os devidos ajustes, os acessórios devem ser instalados. Encaixar os acessórios (vide imagem) nas partes laterais do bagageiro, de forma que fiquem posicionados até a parte inferior.

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Instalação da Bolsa: Após a instalação dos acessórios, é feito o posicionamento da bolsa no conjunto. A bolsa possui pés que encaixam no bagageiro - deve-se trazer a bolsa na direção oposta ao canote (para trás), o primeiro pé se encaixa nesse movimento e o segundo pé encaixa-se verticalmente.


Segundo passo: Montagem da Sustentação e Regulagem de Altura Instalar as peças 05 (com os furos para baixo) sobre as peças 04. Fixar com parafuso e porca na furação adequada (recomenda-se utilizar o segundo furo - de baixo para cima). Utilizar a chave de 13mm para a fixação dos parafusos e porcas. Utilizar as arruelas de borracha entre as peças.

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3.8 Considerações fInais

Durante o projeto foram verificados diversos fatores que implicaram em mudanças, tanto formais quanto funcionais, que modificaram de forma significativa o projeto e traçaram o caminho até o protótipo apresentado. No entanto, mesmo após essa alteração, algumas considerações só foram alcançadas após o modelo físico estar pronto. O aço-carbono, devido ao baixo preço e facilidade de produção foi a melhor solução para o protótipo, no entanto, pensando em um projeto em escala industrial, algumas soluções mais tecnológicas como o Titânio seriam mais interessantes ao aliar outros benefícios, como seu baixo peso e a não necessidade de acabamentos. Algumas peças precisam sofrer ajustes, para melhoria de produção e redução de peso: As Chapas superior e Média podem ter uma espessura de 2mm e não 3mm como apresentado no protótipo; A(s) peça(s) 05, tem de ter suas “pontas” (partes com rebaixo e furação para fixação) aumentadas de 20mm para 50mm, para que não haja interferência na fixação com a parte das chapas do bagageiro; Os pés da bolsa precisam de tratamento, em especial contra corrosão, para poderem ser utilizados no cotidiano (no caso do protótipo optamos por não serem pintados para que fosse possível visualizar seu método produtivo e material). O ser humano está em constante evolução, assim como tudo que por ele é produzido. Os projetos, em um âmbito geral, não são diferentes. Só é possível evoluir e melhorar com a produção de pré-modelos e protótipos, podendo assim visualizar erros e promover suas soluções, sempre tendo em mente como atender, da melhor forma possível, os clientes e consumidores.


Renders Fotos Fotos

4. EspecifIcações Técnicas

Desenhos Técnicos

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Perspectiva

Chapas Peça 03 deve ser soldada as chapas

Peça 03

Peça 02

Peça 05

Peça 01

Peça 04

Design protegido pela lei de direito autoral - Lei Federal 9610/98

Vista Explodida


20

Perspectiva

Frontal 100 Ø9

11,5

Partes cilíndricas bagageiro - Peça 01

61

8,5

Superior

Barra de Ferro de 9/16"

Lateral

4,64

2,14

5

5

4,65

2,15

Design protegido pela lei de direito autoral - Lei Federal 9610/98 60

14,29


Ø9

11,5

Perspectiva

8,5

Frontal 200

Ø9

37

Superior

Barra de Ferro de 9/16"

5 138

Partes cilíndricas bagageiro - Peça 02

4,64

5

4,65

Lateral

Design protegido pela lei de direito autoral - Lei Federal 9610/98


Perspectiva

Frontal

95

140 Ø9

37

Superior

8

Ø19,05

Tubo de Ferro de 3/4" com espessura de 1,25mm

Lateral

1,25

Partes cilíndricas bagageiro - Peça 03

63

1,25

Design protegido pela lei de direito autoral - Lei Federal 9610/98


Ø9

Perspectiva

10

Frontal

242

58

Superior

Barra de Ferro de 9/16"

Lateral

310 20

Partes cilíndricas bagageiro - Peça 04

5

4,64

4,65

Ø9

Design protegido pela lei de direito autoral - Lei Federal 9610/98


30

30

Perspectiva

22

Frontal

30

198

Ø19,05

Lateral

Ø9

5

7,02

7,03

Superior

Tubo de Ferro de 3/4" com espessura de 1,25mm

Ø9

330

Partes cilíndricas bagageiro - Peça 05

65

Design protegido pela lei de direito autoral - Lei Federal 9610/98 310


Perspectiva

Ordem de Solda das chapas

Chapa Superior

Chapa MĂŠdia

Solda deve ser feita nas laterais

Chapa Inferior

Design protegido pela lei de direito autoral - Lei Federal 9610/98

Chapas - Vista Explodida


51 50

22

38

175

Superior

88

Perspectiva

93

Frontal

41

Lateral 400

40

200

Design protegido pela lei de direito autoral - Lei Federal 9610/98

3

Chapa Superior

25

74

67


Design protegido pela lei de direito autoral - Lei Federal 9610/98

Chapa MĂŠdia Lateral

Frontal

300

3

40

200

220

50

400

175

Superior

85

20

20

Perspectiva

10

104

12

108

10

31


Design protegido pela lei de direito autoral - Lei Federal 9610/98

Chapa Inferior Frontal

Lateral 175

400

32

3

Ă˜9

150 100

Perspectiva

440

Superior 10

13

13

69


Frontal

Lateral 20

3

40

90

Perspectiva

50

Superior

Furos de Ø4mm para fixação

Parte Superior dos pés

30

R0.25

10

10

20

Ø4

Devem ser soldadas juntas para formar a peça Parte Inferior dos Pés

20

Design protegido pela lei de direito autoral - Lei Federal 9610/98

Chapas - Vista Explodida


Perspectiva

Frontal

300

Bolsa

71 100 30 140

Superior

Lateral

400

190

175

152

Design protegido pela lei de direito autoral - Lei Federal 9610/98


Perspectiva

Frontal

Bolso MĂŠdio

300

Superior

Lateral

110

150

230

5

60

Design protegido pela lei de direito autoral - Lei Federal 9610/98


Perspectiva

Frontal

530

Bolso MĂŠdio

73 80

300

30

Superior

Lateral

250

230

5

63

Design protegido pela lei de direito autoral - Lei Federal 9610/98


140

30

90

Lateral

310

130

30

Frontal

30

Detalhe das Tiras 130

90

Design protegido pela lei de direito autoral - Lei Federal 9610/98

Capa Notebook

40

Superior

380

Perspectiva

Tira de Velcro

Tiras de Couro


Perspectiva

Frontal

Capa Terno

75 40 960

Superior

Lateral

250 500

Design protegido pela lei de direito autoral - Lei Federal 9610/98


4.2 Renders


77


4.3 fotos


79



81


5. Agradecimentos

Agradecimentos Fabio: Lúcilia e toda sua equipe, foram essenciais em todo o processo. Sergio e Tony, da oficina da faculdade, sempre dando o suporte necessário. Eduardo Valente (Duda), pelo suporte com o photoshoot. Wadjla Tuany, do bike ink que acompanhou a “cappuccino” de perto. Equipe do projeto “Flower Messenger” da Japan House, que foram muito além de inspiração para este TCC. À minha família, em especial minha mãe, por me dar o suporte que foi muito além do TCC. À Gabriela Chung, minha namorada que me aturou e ajudou por todo o andamento do projeto. Ao meu parceiro José, que se mostrou um profissional de calibre invejável, tanto tecnicamente quanto pessoalmente. Sou extremamente grato por ter tido a oportunidade de trabalhar com ele. Ao nosso orientador, prof. Marcelo Kammer, não só por nos dar o apoio técnico mas principalmente por acreditar no projeto e estar em sintonia com o grupo.

Agradecimentos José: Eduardo, da projeto perfilados, José Amario, da Betel Usinagem, Alex, da SpeedWork Usinagem, Pedro, da ICC Serralheria, Lucília e todo seu pessoal, que confeccionaram nossos acessórios Diego, que fez a pintura das partes metálicas Patrícia, que nos forneceu a lona de caminhoneiro Pedro, da ICC serralheria; Eduardo Valente (Duda) pela direção de arte e suporte no nosso ensaio fotográfico Também agradecemos especialmente a todos os professores, funcionários e colaboradores da Belas Artes, por cada contribuição ao longo desse período. À minha família, meu pai por ajudar na parte do transporte e visita a fornecedores; a minha mãe por aguentar meu stress e dar ótimas ideias e soluções e minha irmã, por acompanhar e auxiliar meus avós. Aos meus avós Elizabeth e Armando, que cuidaram da confecção das partes metálicas, quando comecei a trabalhar; e meus avós Iracema e Walter por todo o apoio não só durante este projeto, mas durante a faculdade como um todo. A todos os meus familiares que, de forma direta e indireta me acompanharam até aqui e contribuíram para tudo. Ao meu parceiro Fabio, que não poderia ter pedido alguém melhor, sempre buscando as melhores soluções, desenhando muito e visitando os fornecedores, além de acompanhar de perto o processo produtivo da confecção. Ao nosso orientador, o prof. Marcelo Kammer, pelo projeto como um todo, desde seu refinamento até esse processo de finalização e apresentação.


BETEL USINAGEM

projeto_perfis@uol.com.br

betelusi@uol.com.br

laser.plasma@projetoperfilados.com.br

SPEEDWORK USINAGEM contato@speedwork.com.br

ICC - SERRALHERIA calandras@globo.com (11) 3851-0261 (11) 3985-7573

LUCĂ?LIA - ATELIER

HANNOVER - PINTURA

(11) 3731-6323 (11) 9 7666-7818 (11) 9 7227-3869

diegoabonizio@gmail.com (11) 9 4748-2398

6. parceiros

PROJETO PERFILADOS

83


7. referências

Livros: A Bicicleta e as Cidades; Instituto de Energia e Meio Ambiente. Ergonomia do Objeto; João Gomes Filho. Projeto de Produo; Mike Baxter. A Linguagem das Coisas, Deyan Sudjic. Tecidos: História, Tramas, Tipos e Usos; Dinah Bueno Pezzolo. Guia prático dos Tecidos; Maria Helena Daniel.

Notícias e Artigos: Todos acessados pela última vez no dia 03 de Dezembro de 2017: http://www.cetsp.com.br/consultas/bicicleta/mapa-de-infraestrutura-cicloviaria.aspx http://humantransit.org/2012/09/the-photo-that-explains-almost-everything.html http://www.escoladebicicleta.com.br/historiadabicicleta.html http://www.suapesquisa.com/educacaoesportes/ciclismo.htm http://www.ciclofepat.com.br/historia-da-bicicleta.html http://michaelis.uol.com.br/busca?r=0&f=0&t=0&palavra=ciclismo http://michaelis.uol.com.br/busca?r=0&f=0&t=0&palavra=bicicleta https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2014/05/23/sp-registra-maior-transito-de-sua-historia.htm http://vejasp.abril.com.br/cidades/transito-sao-paulo/ https://brasil.elpais.com/brasil/2017/05/08/internacional/1494262753_775936.html https://claudia.abril.com.br/noticias/7-dicas-para-quem-quer-ir-de-bicicleta-para-o-trabalho/ http://vadebike.org/2006/06/por-que-ir-de-bicicleta/ http://www.revistabicicleta.com.br/bicicleta.php?dicas_para_ir_de_bicicleta_ao_trabalho&id=2401 https://www.youtube.com/watch?v=yyMsQ8H6E_QSobrevivencialismo https://exame.abril.com.br/carreira/tudo-o-que-voce-precisa-saber-para-ir-de-bike-pro-trabalho/ www.en.wikipedia.org/wiki/Bicycle_commuting)


Notícias e Artigos: Todos acessados pela última vez no dia 03 de Dezembro de 2017: http://www.boavontade.com/pt/ecologia/andar-de-bicicleta-mude-seus-habitos-e-adote-essa-ideia https://exame.abril.com.br/carreira/tudo-o-que-voce-precisa-saber-para-ir-de-bike-pro-trabalho/ BIKE REPORTAGEM ESPECIAL M O B I L I DA D E NO TRABALHO Ciclistas na avenida Faria Lima Estudo: A BICICLETA COMO MODAL DE TRANSPORTE SUSTENTÁVEL PARA A CIDADE DE SÃO PAULO: O ESTUDO DE CASO DA TRILHA NORTE-SUL Pequisa: Perfil do ciclista brasileiro 2015 – parceria nacional pela mobilidade por bicicleta https://exame.abril.com.br/carreira/tudo-o-que-voce-precisa-saber-para-ir-de-bike-pro-trabalho/ http://lifestyle.sapo.pt/saude/peso-e-nutricao/artigos/todos-os-beneficios-de-andar-de-bicicleta http://www.minhavida.com.br/fitness/galerias/15034-conheca-sete-beneficios-de-andar-de-bicicleta/2 https://exame.abril.com.br/carreira/tudo-o-que-voce-precisa-saber-para-ir-de-bike-pro-trabalho/ https://www.redbull.com/br-pt/como-est%C3%A1-o-mercado-da-bicicleta-no-brasil http://www.revistabicicleta.com.br/bicicleta_noticia.php?mercado_de_bicicletas_avanca_em_largas_pedaladas&id=27211 http://globoesporte.globo.com/eu-atleta/noticia/2016/10/seguranca-na-bike-conheca-deveres-e-direitos-do-ciclista-para-evitar-acidentes.html http://vadebike.org/2004/09/dicas-para-o-ciclista-urbano/ https://positiva.eco.br/10-beneficios-da-bike/http://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/confec%C3%A7%C3%A3o/ http://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/usinagem/ https://www.mecanicaindustrial.com.br/420-o-que-e-usinagem/ https://www.mecanicaindustrial.com.br/778-acabamento-industrial/ https://www.mecanicaindustrial.com.br/510-o-que-e-um-corte-a-laser-industrial/ https://www.ficaco.com.br/single-post/2015/05/18/Veja-como-funciona-o-processo-de-dobra-de-chapas-de-a%C3%A7o https://www.webrusticos.com.br/blog/2016/06/15/diferencas-entre-couro-couro-sintetico-e-ecologico/ http://www.taygra.eu/PT-tecido-da-floresta-couro-vegetal-amazonas-taygra-brasil.htm https://milenar.org/2016/03/04/a-revolucao-do-couro-vegetal-e-as-griffes-de-ponta/ http://www.stylourbano.com.br/o-futuro-da-biofabricacao-mycoworks-utiliza-cogumelos-para-produzir-couro-sustentavel/ (tabela de comparação) http://ciclovivo.com.br/noticia/tecido-feito-de-cogumelos-pode-substituir-couro-e-camurca/ http://gshow.globo.com/novelas/sangue-bom/Luxury/Fashion-Planet/noticia/2013/09/couro-tecnologico-invade-o-mundofashion-nos-desfiles-e-na-moda-de-rua.html http://www.ipt.br/solucoes/136-caracterizacao_e_desempenho_de_couros_e_produtos_derivados.htm http://www.pensamentoverde.com.br/produtos/o-que-e-couro-vegetal-ou-ecologico/ http://web.ccead.puc-rio.br/condigital/mvsl/linha%20tempo/Idade_Metais/pdf_LT/LT_idade_dos_metais.pdf https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/3667/3667_3.PDF http://www.totalmateria.com/page.aspx?ID=propriedadesdoaco&LN=PT http://www.totalmateria.com/page.aspx?ID=PropriedadesdoAluminio&LN=PT http://www.dileta.com.br/cromagem-metais http://www.artcoating.com.br/v1/noticias/view/pintura-eletrostatica-a-po-/3 http://tintapo.com.br/noticias-tintas-em-po-pintura-eletrostatica/1/pintura-eletrostatica-a-po/vantagens-e-desvantagens-de-pintura-a-po http://www.hseletrostatica.com.br/pintura-eletrostatica http://www.alquimiamoderna.com.br/cromo.html

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