Marco Buti

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PESQUISA ARTISTA MARCO BUTI ARTES VISUAIS – BACHARELADO

CALCOGRAFIA PROFESSORA LURDI BLAUTH

ALUNAS

ESTHER LEDUR FRATTALI JOSIANE DUTRA DE SIQUEIRA CEZAR


Gravador, desenhista, professor, Marco Francesco Buti nasceu em Empoli, na Itália em 1953, e mudou-se para o Brasil em 1962. Em 1980, gradua-se em artes plásticas pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP). Frequentou o curso de litografia de Regina Silveira (1939) na ECA/USP, em 1984.

Entre 1986 e 1995, leciona gravura e desenho no Departamento de Artes Plásticas do Instituto de Artes da Universidade Estadual de Campinas (IA/Unicamp), onde é um dos responsáveis pela montagem do ateliê de gravura. Recebe em 1990 o prêmio aquisição na 9ª Mostra de Gravura Cidade de Curitiba.


Em 1994, conclui o mestrado em artes plásticas na ECA/USP, onde, desde1995, passa a ministrar aulas de gravura e desenho. Nesse mesmo ano, publica o livro Marco Buti, Coleção Artista da USP, pela editora Edusp. Em 1997, recebe o prêmio de gravura da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA). Nas décadas de 1980 e 1990, participa de diversas exposições coletivas e realiza algumas individuais, entre elas a exposição que apresenta a conclusão de sua tese de doutorado Ir, Passar, Ficar, realizada no Centro Cultural São Paulo (CCSP), em 1999. Em 1999, recebe o premio Internazionale di Biella per l'Incisione, em Biella, Itália.


As obras de Marco Buti são desenhos e gravuras cujas principais temáticas são a figura humana e a paisagem urbana. Maria Cecília França Lourenço, historiadora da arte, nota que em suas obras, as formas nascem do traço agitado, por vezes, sobreposto a outros, de maneira que as formas parecem emergir do tecido gráfico, a produção do artista proporciona uma sensação de atmosfera ou de velocidade ao expectador e principalmente pelo tratamento dado à figura humana, expressando um clima emotivo. A cidade aparece na gravura do artista em vistas fragmentadas e é explorada em trabalhos em água-forte, água-tinta, buril e ponta-seca. As obras do artista são inspiradas em suas caminhadas pela cidade, quando procura observar as diferentes incidências da luz, a construção ou demolição dos edifícios, o deslocamento das pessoas, os reflexos, as sombras e os espaços. Buti entende como válidas todas as técnicas, inclusive as mais recentes e experimentais, mas defende a gravura de pesquisa e afirma que, no Brasil, os artistas ainda têm o privilégio da intervenção artesanal plena no processo gráfico, o que lhes possibilita experimentar a prática artística em sua totalidade.


Hoje, a gravura mais consequente tende a ser essencial, incluindo em seus processos a indagação da sua linguagem. Reflexões como esta são intercaladas por Marco Buti na apresentação de sua produção como gravurista, a partir de 1980. As gravuras de Buti, mostram uma atitude de extrema coerência, combinando rigor técnico e investimento da subjetividade, experimentação e muito conhecimento e domínio técnico histórico dessa prática artística. A arte de gravar em metal, se dá através de vários processos, sendo o mais antigo deles a gravura a buril ou corte/talho-doce, em que a gravação é feita diretamente no metal com um instrumento de aço chamado buril.

Outros gêneros da gravura feita em metal, que fazem parte da calcografia, são conhecidos como: água-forte, ponta-seca, água-tinta, maneira negra e o verniz mole.


A água-tinta é um dos processos de produção das matrizes, é químico, como o da águaforte e se dá através da utilização de alguns líquidos corrosivos. O gravador pulveriza ou pinta a placa a ser utilizada com algum tipo de resina, breu, copal ou por uma mistura de resina e outro componente [açúcar, sal, areia] e aquecida, de forma que a mistura se funda na placa, exercendo a mesma função protetora do verniz. Dessa forma, quando a placa entra em contato com o ácido, os grãos de açúcar ou areia, por exemplo, produzem uma textura que é responsável pelo tom acinzentado da obra. Esse tipo de gravura oferece, como resultado, um desenho composto de áreas tonais e não linhas, como a gravação a entalhe.

A técnica é usada por Thomas Gainsborough (1727-1788), Jean-Baptiste Le Prince (17341781), Paul Sandby (1725-1809) e também por Francisco de Goya (1746-1828), que combina água-forte e água-tinta, e retomada no século XX por Edgar Degas (1834-1917), Camille Pissarro (1830-1903), André Masson (1896-1987), Pablo Picasso (1881-1973), entre muitos outros..


OBRAS DE MARCO BUTI


Sร RIES /mesas / รกguas-fortes em ferro - 2001/2003


SÉRIES /círculos /gravura em metal/ponta-seca


FICAR/fotos

Sem título

Sem título


Da série FICAR /gravuras em metal

sem título, 1997 - 40x30 cm

sem título, 2002 - 20x34,5 cm


Da série IR /gravuras em metal

sem título, 1998 - 30x40 cm

sem título, 1997 - 30x40 cm


IR /gravuras em metal

sem tĂ­tulo, 1997 - 30x40 cm


Da série Ficar

Gravura em metal, sem título, 2002 – 29x25 cm Papel Hahnemuhle


Capricho nÂş 59: Y aĂşn no se van! de Goya, serie Los Caprichos


Da sĂŠrie Ficar

sem tĂ­tulo (ir), maneira negra, 2002 - Gravura em metal, 32x42cm


Da série Ficar, sem título, 2003 - 30x40 cm


Da sĂŠrie Ir - Mastros

sem titulo, ponta seca e photoetching, PA, papel e imagem - 19,5x20cm, 2014 Gravura em metal, 19,5x20cm


Da sĂŠrie Ir - Mastros

sem titulo, ponta seca e photoetching, PA, papel e imagem - 16x10cm, 2014 Gravura em metal, 16x10cm


REFERĂŠNCIAS http://www.edusp.com.br/detlivro.asp?ID=41410

http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo29/agua-tinta http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo35/calcografia

http://www.graphias.com.br/artistasBio.asp?id=18&artista=Marco Buti http://www.ufrgs.br/gravura/

http://www.graphias.com.br/acervoArtista2.asp?autor=18&artista=Marco%20Buti http://www.marcobuti.com.br/trab.html

http://www.cantogravura.com.br/artistas-detalhes.asp?artistaId=77&lang=pt


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