Seminário kimi Nii

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Kimi nii Escultura I ProfÂŞ Alexandra Eckert Josiane Siqueira Tiago Greff Cleberson Almeida


Escultora e ceramista, Kimi Nii nasceu dois anos após a explosão da bomba em Hiroshima, Japão e mudou-se para São Paulo aos nove anos.

Em 1972, formou-se em Desenho Industrial pela Faculdade de Artes Plásticas da FAAP. Trabalhou com programação visual.

Começou a fazer cerâmica em 1978 e apaixonou-se pelo contato com o barro e pelas possibilidades de realização e criação.

Em seu ateliê trabalha com torno e modelagem manual na produção de esculturas e objetos utilitários de cerâmica de alta temperatura(1300°). Daí resultam peças esmaltadas ou que tiram partido das tonalidades e da textura do barro queimado.

Em 1983 e 1985, realiza exposições individuais na Galeria Deco, especializada na produção de artistas plásticos contemporâneos japoneses e nipo-descendentes.


Em 1996, no Museu do Açude, Fundação Castro Maya, no Rio de Janeiro.

Ao final da década de 1990, sua produção difunde-se também no Japão, onde realiza mostras individuais na Plaza Gallery, em 1999, e no Espaço Manabu Mabe em 2001, ambas em Tóquio.

A partir do ano de 2000, outras exposições individuais em museus e centros culturais, revelam o reconhecimento de sua produção artística de esculturas em cerâmica.

Em 2003 A artista expõe no Museu de Arte de Santa Catarina e no Instituto Tomie Ohtake em 2004, quando apresenta, além das séries Donguris e Diamantes, uma grande peça de madeira, intitulada Giroforma, com 2,70 metros de comprimento e 2,60 metros de diâmetro, uma novidade em sua obra.


Nos anos 90, Kimi Nii, mostra a possibilidade de esculpir o

espaço, como sugeriam antecipadamente Gabo e Tatlin e une em seus trabalhos a tradição japonesa ao construtivismo.

O escultor russo Naum Gabo se destacou no movimento do construtivismo russo e na arte cinética e afirmava que na escultura

não

limites

para

a

variedade

de

materiais

adequados. Tatlin, pintor, escultor e arquiteto ucraniano, foi o primeiro teórico do construtivismo e ensinou cerâmica na Escola de Arte de Moscou nos anos 20.


Através do diálogo entre a tradição japonesa e o construtivismo, surgem peças como "Olho", queimada num forno a lenha projetado na Dinamarca. Kimi Nii "esculpe" o espaço como se ele fosse material flexível. Exatamente como queria Gabo.

O desenvolvimento do trabalho de Tatlin é justamente um cone espiralado e recortado conforme a técnica construtivista. Girando sobre seu próprio corpo, essa escultura se mantém surpreendentemente rígida. A espiral ascendente deixa passar a luz através de cortes no espaço, dando à peça um aspecto luminoso, como os ritualísticos "espelhos cósmicos" ("dotaku") do refinado Yayoi (300 a. C. 300 d. C.).


A aproximação com o Yayoi não é casual. As esculturas em cerâmica de Kimi Nii têm a simplicidade das peças sem adorno deste período.

Com base nos procedimentos da cerâmica japonesa, a artista explora novas soluções, experimenta os recursos e os limites do material, revisita a horizontalidade das incisões na cerâmica Yayoi, e não despreza as lições de mestres de outras épocas, como Chojiro (1516 - 1592), em especial a assimetria de suas irregulares "raku".

As Donguris formam outra série em sua produção. A palavra donguri, em japonês, significa avelã. O formato da noz é referência para essas peças baixas, de aproximadamente 40 centímetros de altura, de forma irregularmente cônica, que se apóiam de modo instável sobre o chão, podendo girar a um pequeno impulso da mão.


Kimi Nii tem uma vasta produção utilitária, e atribui em suas esculturas os conceitos formais da bauhaus, de desenhos limpos e precisos, aliados à necessidade. Desse vínculo entre os conceitos formais aos elementos da visualidade oriental são construídos volumes de formas simples, objetos verticais, como os Papiros, cones em espiral, ou horizontais, como Discos.

Em vários esculturas, a artista faz alusão a objetos do cotidiano como nas obras Cone, Cilindro, Esfera, Zepelins, Focas, Carretéis, e muitas vezes realiza cortes nas peças, incisões que realçam os traços, criam frestas e fendas pela eliminação da matéria.

A artista desenvolve a partir da década de 1990 o interesse pelas formas orgânicas da flora como as bromélias, cactos, ninfeáceas, copos-de-leite, botões, frutos, sementes, capinsrosa, capins-verdes, ananás e as reproduz em várias obras.


Travessa Informal

Garrafa SakĂŞ Tradicional Alta

Prato Risco


Copo Tulipa Chaleira Tampa Redonda

Xícara de Chá Bojuda


Strelizia

Labareda

Strelizia

Zeppelin


Tora Fechada h 70cm ø 18cm

Cactus h 60cm

Bromélia Ocre h 162cm ø 50cm

Capim de 3 Vasos Altos h 60cm ø 22cm


Donguri

Botão Frésia

Pagoda


Cilindro de Parede

Coluna Semente

Coleção Nuvens




ReferĂŞncias

http://www.kiminii.com.br http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa10820/kimi-nii http://cultura.estadao.com.br/noticias/artes,japonesa-kimi-niileva-suas-obras-mais-famosas-a-caixa-cultural,1537590 https://www.escritoriodearte.com/artista/kimi-nii/

VĂ­deo - https://youtu.be/vwiRswXA8cU


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