Ignácio Costa
REVISTA DO GRUPO FIAT DO BRASIL Número 108 - abr/mai 2011
PREPARE-SE PARA DECOLAR.
A Fiat na Praça da Liberdade Stralis NR Eurotronic e Trakker 8x4: os novos lançamentos Iveco • Novo Uno duas portas chega ao mercado • Iveco fornecerá veículos para o Exército Brasileiro • Tarsila do Amaral e os modernistas em exposição na Casa Fiat de Cultura • Um passeio pelos vinhedos do sul do Brasil • CNH patrocina o Museu do Açúcar de Piracicaba • Fundação Torino recebe prêmios • Mobilidade: Fiat participa da Reatech
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CARTA AO LEITOR
A hora da competitividade por Cledorvino Belini*
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ão crescentes as preocupações de setores da indústria nacional com o crescimento de importações, sobretudo de bens de consumo, e com o consequente impacto sobre a balança comercial de manufaturados. No setor automotivo, a balança de comércio exterior de veículos e peças era superavitária, chegando, entre 2005 e 2007, a saldos anuais positivos de até US$ 10 bilhões. A partir do final de 2008, entretanto, muitos fatores se combinaram e inverteram o sinal do saldo comercial do setor. A crise econômica internacional contraiu muitos dos mercados importadores de veículos do Brasil, ao mesmo tempo em que a valorização do real frente ao dólar e outros sobrecustos logísticos e tributários afetaram notadamente nossa competitividade. Como resultado, o país começou a exportar menos e a importar mais, o que resultou em um déficit em 2010 no comércio exterior automotivo de US$ 6 bilhões. Em 2005, as exportações de veículos montados representaram 31% da produção automotiva brasileira. Já em 2010 exportamos apenas 15% da produção de veículos montados. Paralelamente, os 90 mil veículos importados em 2005 representavam 5,1% do mercado interno. Em 2010, o quadro foi radicalmente diferente: as 660 mil unidades importadas somaram o equivalente a 20% do total de veículos novos comercializados no País. Não se trata de condenar as importações em si, pois o comércio exterior desenvolve-se em mão dupla, com implicações positivas para a economia. O que preocupa é o descompasso do comportamento da curva de exportações frente a de importações. Na prática significa que o vigor da expansão do mercado interno não está sendo apropriado pela indústria nacional, mas é crescentemente absorvido por produtos fabricados fora do país. Como a capacidade exportadora brasileira está limitada pelo câmbio e por sobrecustos estruturais, a competitividade do produto nacional está comprometida. Neste cenário, o aumento das importações sem a contrapartida da ampliação adequada de nossas possibilidades de exportação tem consequências deletérias, como a limitação dos investimentos, produção e emprego frente às potencialidades nacionais. A indústria automotiva colocou a recuperação da competitividade do produto nacional como ponto central de suas preocupações e sua mais alta prioridade. Trata-se de um desafio complexo, cujo equacionamento exige medidas reestruturadoras de longo prazo, além de ações emergenciais de curto e médio prazos. É preciso agregar valor e competências ao parque industrial brasileiro, com políticas que promovam a inovação e a eficiência da indústria e seu entorno, de modo a estruturar a economia para os novos tempos, fortalecendo-a e criando diferenciais de vantagens comparativas. É estratégico fortalecer as cadeias industriais de alta capilaridade e geradoras de dinamismo econômico, com a adoção de políticas de estímulo a investimentos públicos e privados em seu desenvolvimento tecnológico, da mesma forma que outros países desenvolvidos e emergentes fizeram com êxito. O Brasil precisa elevar sua produção ao nível de excelência global, para tornar-se apto a competir nos mercados interno e externo, pois seus concorrentes na arena econômica global estão cada vez mais agressivos. A competitividade é condição determinante para o futuro do Brasil como potência industrial. E somente a alcançaremos com a soma de vontades e inteligência das empresas, governo e sociedade. * Presidente do Grupo Fiat para a América Latina MUNDOFIAT
sumário
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EXPEDIENTE
Mundo Fiat é uma publicação da Fiat do Brasil S/A, destinada aos stakeholders das empresas do grupo no Brasil.
30 10 Grupo Fiat
I veco vai produzir blindados para o Exército Nova fábrica exigirá investimentos de R$ 75 milhões e será instalada em Sete Lagoas, MG, para atender às encomendas do setor de defesa
14 Lançamento
Iveco Stralis NR Eurotronic tem sistema inovador de transmissão Novo modelo extrapesado tem transmissão automatizada, aliando conforto, potência e economia
20 Lançamento
Iveco apresenta novo modelo extrapesado Caminhão Trakker 8x4 chega ao mercado nacional para atender demanda de empreiteiras e mineradoras
26 Lançamento
Fiat lança versão duas portas do Novo Uno E também chega ao mercado o Novo Uno Sporting, concebido para o público jovem que busca mais emoção ao dirigir
30 Negócios
FPT amplia presença no mercado Fábrica de motores passa a equipar caminhões da Hyundai, dentro da estratégia de conquistar novos clientes
42
32 Capa
42 Cultura Olhar e ser visto A história de um dos gêneros mais tradicionais e importantes nas artes, o retrato, entra em cartaz em maio na Casa Fiat de Cultura
46 Cultura O Brasil heterogêneo e seus ícones Obras em exposição na Casa Fiat de Cultura a partir de 10 de maio mostram como o Brasil era interpretado por modernistas como Tarsila do Amaral
48 Competição Foi dada a largada para o Rally Universitário Fiat 2011 A grande novidade desta temporada é a categoria “Paixão Fiat”, aberta a quem tem um Fiat na garagem e espírito esportivo
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MUNDOFIAT
www.eticagrupofiat.com.br FIAT DO BRASIL S/A Presidente: Cledorvino Belini MONTADORAS FIAT AUTOMÓVEIS Presidente: Cledorvino Belini CASE NEW HOLLAND Presidente: Valentino Rizzioli IVECO LATIN AMERICA Presidente: Marco Mazzu
52 Vinhos do Brasil
Casa Fiat de Cultura no Circuito Cultural Praça da Liberdade O novo espaço ocupará o Palácio dos Despachos e está previsto para ser inaugurado antes da Copa de 2014. Museu do Automóvel também fará parte do circuito
Os cenários e sabores surpreendentes do vinho brasileiro Há mais de um século, o cultivo da uva e produção de vinho são atividades econômicas importantes no Rio Grande do Sul, introduzidas pelos imigrantes italianos
COMPONENTES FPT – POWERTRAIN TECHNOLOGIES Superintendente: Franco Ciranni MAGNETI MARELLI Presidente: Virgilio Cerutti TEKSID DO BRASIL CEO Nafta e Mercosul: Rogério Silva Jr. SISTEMAS DE PRODUÇÃO COMAU Superintendente: Alejandro Solis SERVIÇOS FINANCEIROS BANCO FIDIS Superintendente: Gunnar Murillo BANCO CNH CAPITAL Superintendente: Derci Alcântara FIAT FINANÇAS Superintendente: Gilson de Oliveira Carvalho
68 Agronegócio
História preservada CNH patrocina a criação do Museu do Açúcar em Piracicaba através da Lei Federal de Incentivo à Cultura
SERVIÇOS FIAT SERVICES Superintendente: José Paulo Palumbo da Silva FIAT REVI Superintendente: Davide Nicastro FIDES CORRETAGENS DE SEGUROS Superintendente: Marcio Jannuzzi FAST BUYER Superintendente: Valmir Elias ISVOR Superintendente: Márcia Naves
71 Educação
ASSISTÊNCIA SOCIAL FUNDAÇÃO FIAT Diretor-Presidente: Adauto Duarte
Fundação Torino recebe prêmio por gestão educacional Reconhecimento ao presidente Raffaele Peano e ao projeto Econscienza
CULTURA CASA FIAT DE CULTURA Presidente: José Eduardo de Lima Pereira EDUCAÇÃO FUNDAÇÃO TORINO Presidente: Raffaele Peano Comitê de comunicação Alexandre Campolina Santos (Fiat Services ), Ana Vilela (Casa Fiat de Cultura), Pollyane Bastos (Teksid), Cristielle Pádua (Fundação Torino), Cláudio Rawicz (FPT – Powertrain Technologies), Elena Moreira (Fundação Fiat), Fabíola Sanchez (Magneti Marelli), Fernanda Palhares (Isvor), Guilherme Pena (Fiat Automóveis), Jorge Görgen (CNH), Marco Antônio Lage (Fiat Automóveis), Marco Piquini (Iveco), Milton Rego (CNH), Othon Maia (Fiat Automóveis), Renata Ramos (Comau) e Roberto Baraldi (Fiat do Brasil).
72 Educação
Ensino Europeu em solo brasileiro Há mais de 30 anos na capital mineira, a Fundação Torino se consagra como referência em Escola Internacional
Jornalista Responsável: Marco Antônio Lage (Diretor de Comunicação da Fiat). MTb: 4.247/MG Gestão Editorial: Margem 3 Comunicação Estratégica. EditoresExecutivos: Frederico Alberti e Juliana Garcia. Chefe de reportagem: Juliana Garcia. Colaboraram nesta edição: Carla Medeiros, Daniel Prado, Daniela Venâncio, Frederico Machado, Frederico Tonucci, Guilherme Arruda, José Otávio Lari, Juliana Garcia, Lilian Lobato, Izabela Abreu, Rubia Piancastelli e Téo Seixas. Projeto Gráfico e Diagramação: Sandra Fujii. Produção Gráfica: Ilma Costa. Impressão: EGL - Editores Gráficos Ltda. Tiragem: 19.500 exemplares. Redação: Rua Oriente, 445 – Serra – CEP 30220-270 – Belo Horizonte – MG – Tel.: (31) 3261-7517. Fale conosco: mundofiat@fiatbrasil.com.br Para anunciar: José Maria Neves (31) 3297-8194 – (31) 99930066 – mundofiat@uol.com.br
74 Sustentabilidade
Por um mundo mais acessível Fiat apresenta veículos adaptados para pessoas com deficiência na Reatech, segundo maior evento do mundo
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Cada vez mais próximos do público Por Marco Antônio Lage*
O
anúncio de que a Casa Fiat de Cultural passará a integrar o Circuito Cultural Praça da Liberdade, instalando-se no Palácio dos Despachos, ao mesmo tempo em que os jardins adjacentes abrigarão o Museu do Automóvel, é um evento de grande importância para o Grupo Fiat e para sociedade. Além de ser uma honra receber a missão de custodiar parcela importante do patrimônio estadual, fazer parte do Circuito Cultural significa ser um agente de transformação de Belo Horizonte em um dos mais expressivos centros culturais e artísticos do País. Inaugurada em 2006, a Casa Fiat de Cultura consolidouse como um dos mais importantes espaços para discussão e exposição das artes no Brasil, atraindo mais de 250 mil visitantes desde sua fundação. Foram espectadores mobilizados por grandes mostras nacionais e internacionais das artes visuais, por apresentações inéditas de acervos brasileiros e de todo o mundo, além de debates acadêmicos e programas educativos. Coerente com sua missão de difundir a cultura e ampliar o acesso às artes, destaca-se pelo caráter gratuito de suas iniciativas e pelo acolhimento privilegiado às escolas públicas das redes estadual e municipais. O Museu do Automóvel, que será implantado e administrado em parceria com o Veteran Car Club de Minas Gerais, será uma mostra dinâmica, com características diferenciadas em relação a museus organizados em outras partes do mundo. Contará, para isso, com o acervo dos colecionadores mineiros do Veteran Car Club, que é considerado o melhor do Brasil, em raridade, representatividade e qualidade do restauro. Estas preciosas raridades deixarão o silêncio das coleções particulares para mostrarem ao grande público as diversas faces de um automóvel, como engenho de alta tecnologia agregada, como obra de arte do design, como expressão da sociedade contemporânea e ícone da mobilidade e da liberdade individual. A maior proximidade com o público, decorrente da localização inspiradora no Circuito Cultural, amplia as possibilidades de ação e aumenta as responsabilidades da Casa Fiat de Cultura como agente cultural, tornando-a uma referência mais expressiva para a cultura de Minas Gerais e para a difusão da produção artística local. Mais do que isto: ali se encontrarão passado e presente para projetar as ideias do futuro. Ali, o Grupo Fiat escreverá uma página nobre da história de seu relacionamento com a sociedade. Boa leitura! * Diretor de Comunicação Corporativa do Grupo Fiat
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grupo fiat
Iveco vai produzir blindados para o Exército Nova fábrica exigirá investimentos de R$ 75 milhões e será instalada em Sete Lagoas, MG, para atender às encomendas do setor de defesa
Por Daniel Rubens Prado
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Fotos Ignácio Costa
O Guarani foi apresentado às autoridades na sede do Governo de Minas Gerais
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Guarani, veículo blindado para transporte de pessoas (VBTP) que a Iveco desenvolve em conjunto com o Exército brasileiro, será produzido, dentro de dois anos, na fábrica que a empresa começa a construir no complexo industrial de Sete Lagoas (MG). A nova unidade, já chamada Iveco Veículos de Defesa, produzirá também, a exemplo do que faz na Europa, caminhões adaptados para uso militar. O anúncio do investimento de R$ 75 milhões foi feito pelo presidente da Iveco na América Latina, Marco Mazzu, especialmente ao governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia,
em solenidade realizada no começo de abril na sede do governo do estado e que contou com a presença do presidente da Fiat Automóveis e do Grupo Fiat para a América Latina, Cledorvino Belini; do comandante do Exército Brasileiro, general Enzo Martins Peri; da secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico, Dorothea Werneck e do prefeito de Sete Lagoas, Mário Márcio Paiva. Para Marco Mazzu, “o projeto assinala uma etapa muito importante para a Iveco. Uma nova atividade tecnológica industrial, que representa um impulso para a indústria de defesa nacional, mais crescimento para a
região de Sete Lagoas e maior crescimento para Minas Gerais”. Nova Unidade A empresa referência da Iveco Veículos de Defesa é a Iveco Defense Vehicles, com sede em Bolzano, na Itália, que desde 1937 constrói veículos de uso militar. Assim, a unidade brasileira é um desdobramento natural nesse momento de ampliação acelerada das atividades da empresa no Brasil: já construiu um centro de desenvolvimento de produtos, o primeiro da empresa fora do território italiano; uma unidade produtiva de caminhões pesados; um centro de distribuição de peças; e lançou no mercado mais seis novas famílias de caminhões. Como resultado, as vendas cresceram cinco vezes nos últimos quatro anos: “A escolha da Iveco é uma felicidade muito grande pra nós. A Iveco, nos últimos anos, teve um crescimento exponencial, diria até meteórico. A fabricante agora se desdobra, através dessa nova divisão de veículos blindados e de veículos de defesa. Eu tenho certeza que aqui temos não somente o começo de uma nova era, mas o início de uma nova atividade econômica para o Estado na área da defesa”, afirmou, com orgulho, o governador Antonio Anastasia. A nova unidade, já em construção, terá uma área de 18 mil metros quadrados e vai gerar 350 empregos diretos quando estiver em operação. A maioria deles para técnicos treinados para tarefas especializadas e praticamente inéditas no mercado brasileiro, como soldagem de aço balístico. A Iveco Veículos de Defesa trabalhará também na adaptação de caminhões para o uso militar, como já faz na Europa. “A Iveco cresceu muito nestes últimos dez anos. Os empregos diretos no complexo chegam a 2,6 mil, e os indiretos a cinco mil. Será mais uma grande etapa da expansão do polo automotivo de Sete Lagoas”, explicou Marco Mazzu.
Boa parte dos componentes do Guarani e dos primeiros 16 tipos de veículos a serem produzidos virá da Europa. Mas a diretriz é elevar o uso de componentes nacionais acima de 60%, para reduzir os custos de produção e de manutenção. Para os dirigentes da Iveco, essa meta é perfeitamente factível, uma vez que o parque nacional de fornecedores de componentes automotivos e motores é de alta qualidade. Estarão envolvidos na cadeia produtiva cerca de 110 fornecedores diretos e mais de 600 indiretos. Fruto de uma licitação feita, de 2007, pelo Exército Brasileiro, e vencida pela Iveco, o Projeto Guarani exigirá recursos de R$120 milhões,
Governador Antonio Anastasia cumprimenta o presidente da Iveco America Latina, Marco Mazzu, sob olhar do comandante do Exército Brasileiro, general Enzo Martins Peri. Eles inspecionaram o veículo acompanhados do presidente do Grupo Fiat para a América Latina, Cledorvino Belini
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Arte Lucas Costa Val sobre foto de IgnĂĄcio Costa
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incluĂda a unidade de produção. A FPT Industrial investirĂĄ outros R$ 35 milhĂľes na produção do motor diesel a ser utilizado no veĂculo. O Guarani O veĂculo blindado para transporte de pessoas (VBTP), batizado de Guarani, foi desenvolvido no Brasil por uma equipe de 30 especialistas do ExĂŠrcito, da Iveco e da Comau, empresa de engenharia automotiva do Grupo Fiat. É um veĂculo blindado anfĂbio, de 18 toneladas, com tração 6x6, capaz de transportar 11 militares. Ele tem 2,34 metros de altura, 2,7 metros de largura, e 6,91 metros de comprimento. De grande mobilidade, tem grande capacidade para transpor trincheiras de degrau vertical e maior vĂŁo livre. O Guarani vem equipado com suspensĂŁo independente hidrop-
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neumĂĄtica, sistema de freios com disco duplo e ABS, alĂŠm de ar condicionado, GPS, sistema automĂĄtico de detecção e extinção de incĂŞndio, capacidade de operação noturna de sĂŠrie e sistema de detecção de laser. O Guarani poderĂĄ vir em dois modelos: um equipado com torre de canhĂŁo automĂĄtico, e outro com metralhadora operada por sistema de controle remoto. Uma grande vantagem ĂŠ que ele pode ser transportado por aviĂľes tipo Hercules C-130. â€œĂ‰ um motivo de orgulho para nĂłs, mineiros, estarmos sediando aqui em Minas Gerais a fabricação de um veĂculo que permitirĂĄ, cada vez mais, a garantia que nos ĂŠ mais importante na tranquilidade da certeza da manutenção da paz. O Guarani vai gerar empregos, divisas, e, mais do que tudo isso, aquilo que ĂŠ mais importante para nĂłs, que ĂŠ o
valor agregado ao produto mineiroâ€?, disse o governador. O protĂłtipo, exibido em frente ao PalĂĄcio Tiradentes, foi apresentado na maior feira militar da AmĂŠrica Latina, a Latin America Air & Defense (LAAD), que aconteceu entre 12 e 15 de abril, no Rio de Janeiro. ApĂłs a exibição na feira, o Guarani seguiu para o campo de provas do ExĂŠrcito em Marambaia (RJ), para um perĂodo de testes. Nesse mesmo perĂodo, tambĂŠm começou a construção do lote-piloto dos 16 veĂculos previstos na etapa de desenvolvimento do projeto. O Guarani servirĂĄ como plataforma base para uma famĂlia de blindados mĂŠdios de rodas, com a possibilidade de mais de dez versĂľes – veĂculos de reconhecimento, carros de combate e socorro, posto de comando, comunicaçþes, morteiro leve, morteiro pesado, central diretora de tiro, oficina
e ambulância. “Esse ĂŠ um projeto desenvolvido aqui, com a experiĂŞncia e o know how dos engenheiros da Iveco junto aos nossos engenheiros militares. O Guarani servirĂĄ de plataforma para outros veĂculos dessa mesma famĂlia de defesaâ€?, afirmou o comandante do ExĂŠrcito Brasileiro, general Enzo Martins Peri. O modelo jĂĄ estĂĄ sendo cogitado para exportação, assim como os outros blindados que possivelmente surgirĂŁo, como confirma o comandante: “NĂłs entendemos que toda indĂşstria de defesa instalada aqui vai atender nĂŁo sĂł ao Brasil, mas especialmente para exportação. AtĂŠ por uma questĂŁo de sustentação da indĂşstria. Aquilo que ĂŠ produzido no Brasil atrai automaticamente os outros paĂses da AmĂŠrica do Sul, e facilita Ă s empresas exportar para Ă frica e atĂŠ Europaâ€?.
lançamento
Iveco Stralis NR Eurotronic tem sistema inovador de transmissão Novo modelo extrapesado tem transmissão automatizada, aliando potência, economia, conforto e segurança para o motorista Por Frederico Machado
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Fotos Divulgação
roporcionar a motoristas de caminhões capazes de puxar carretas de 70 toneladas uma sensação de dirigir tão prazerosa quanto um automóvel de passeio. É exatamente esse o objetivo da Iveco ao lançar o Stralis NR Eurotronic, novo extrapesado que chega ao mercado agregando um moderno sistema de transmissão ao que temos de mais tecnológico existe em termos de potência, conforto e telemetria. Tudo sem deixar de pensar em economia, meio ambiente e baixo custo de manutenção.
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“Ouvimos o cliente mais uma vez”, explica Marco Mazzu, presidente da Iveco Latin America. “O resultado é um produto excelente, econômico, de grande segurança, com reduzido custo operacional e que permite às empresas profissionalizar automaticamente suas frotas, conquistando maior lucratividade na operação”, destaca. O lançamento do Stralis NR Eurotronic, que chega nas versões 4x2, 6x2 e 6x4, promete encorpar ainda mais a já consolidada gama Stralis NR no Brasil. Agora, a família conta
lançamento Iveco Stralis NR Eurotronic chega nas versões 4x2, 6x2 e 6x4
com 22 versões. “A expectativa é vendermos mais de três mil unidades do novo modelo em 2011”, revela Alcides Cavalcanti, diretor comercial da Iveco no Brasil. Esse volume corresponde a cerca de 40% do volume total da gama Stralis NR previsto para o ano. “Com isso, esperamos ultrapassar 15% de participação entre os extrapesados em 2011”, acrescenta. Segundo Cavalcanti, um dos grandes apelos da transmissão automatizada é que ela eleva e equaliza o nível técnico dos motoristas e, com isso, reduz o consumo médio e o custo de manutenção e aumenta muito a segurança. Mas para chegar a esses benefícios, foi necessária uma parceria afinada entre a Iveco e o Grupo ZF, fabricante da caixa ZF AS-Tronic, visando à adaptação das centrais eletrônicas do motor e da transmissão. Assim, o conjunto powertrain é capaz de trabalhar como um só, maximizando a eficiência energética na hora da aceleração e o poder de frenagem. “Este é mais um exemplo da maturidade da engenharia brasileira da Iveco”, opina Renato Mastrobuono, diretor de Desenvolvimento de Produto da empresa. “Nossos testes mostram que conseguimos juntar menor consumo e mais segurança no mesmo pacote”, diz. Ao alcance das mãos Para acionar a transmissão automatizada do Stralis NR Eurotronic, basta o motorista pressionar teclas no painel,
sem que seja necessário pisar no pedal de embreagem. “Basta apertar a tecla D e acelerar. O câmbio automatizado é inteligente e escolhe a marcha certa para a hora certa, com engates suaves e precisos, permitindo uma condução mais confortável, econômica e eficiente do caminhão”, explica Cristiane Nunes, gerente de Marketing de Produto da Iveco. A tecla D coloca em operação as 16 velocidades (são quatro a mais que os concorrentes). Com a tecla N aciona-se o ponto morto e com a R entram as duas marchas à ré. Quando o motorista precisa manobrar em espaços reduzidos, engatar ou desengatar um implemento ou dar ré para entrar numa doca, basta pressionar a tecla D ou R por dois segundos e, assim, acionar o modo slow, que troca marchas em ritmo mais lento, evitando acelerações bruscas ou trancos e garantindo a precisão da manobra. E para os motoristas pouco habituados a passar marchas nas teclas, o sistema ainda oferece uma alavanca multifuncional no lado direito do volante, em posição ergonômica. Inteligência para economizar A perfeita sincronia entre motor e transmissão pode ser sentida no bolso dos proprietários do Iveco Stralis NR Eurotronic. Depois de testes em laboratórios e também em rotas consagradas dos clientes da marca, constatou-se que o lançamento economiza até 7% de com-
bustível quando comparado com seu similar de transmissão mecânica. O caminhão conta com dois modos distintos de condução: o normal e o Economy (identificado no painel pela sigla Eco). O modo normal equilibra as necessidades de agilidade e o ótimo consumo. Já o padrão Economy tem por finalidade a economia de combustível, com uma rígida observação de parâmetros como melhor torque e potência de motor. Mas quem pensa que é necessário ficar trocando de um modo para o outro, desdenha da inteligência do sistema. Se o motorista precisar de maior potência para uma ultrapassagem, por exemplo, basta pressionar o pedal do acelerador até o final de seu curso e o veículo passa instantaneamente para o modo normal de condução, voltando posteriormente, e de maneira automática, para o modo Economy. Outro fator que contribui para a economia é o Iveco Downhill Control (DHC), um sistema “inteligente” que sabe o que fazer e quando. Quando o caminhão está em uma descida, o sistema aproveita a aceleração gravitacional com o veículo engrenado, sem oferecer riscos para o motorista. O piloto automático também é otimizado para a economia, pois mantém a velocidade preestabelecida pelo condutor sempre dentro dos parâmetros de economia, tanto em terreno plano quanto em aclives e em declives acentuados. “Ao final, com todos esses sistemas mais a troca automatizada de marchas, o Iveco Stralis NR Eurotronic faz com que a média de consumo de um ótimo motorista fique ainda melhor. E que a média de um motorista ainda em fase de maturação melhore consideravelmente”, explica Cristiane Nunes. Força nas frenagens O Iveco Stralis NR Eurotronic também surpreende na hora de frear. Ele possui o melhor sistema de freio motor do mercado brasileiro e, aliado ao opcional intarder, chega a uma potência de frenagem de 985 cv, de forma segura e progressiva. “O motorista mantém sempre o cami-
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Maior Maiorintervalo intervalo de de manutenção manutenção Motor e transmissão automática operam sempre dentro de suas características técnicas ideais no Stralis NR Eurotronic, o que prolonga a vida do conjunto. E um sistema de freio motor com as características trazidas pelo veículo evita o superaquecimento e desgaste prematuro de componentes do sistema de freios, pneus, dentre outros. Essa característica amplia um grande diferencial competitivo que já acompanha a linha Iveco Stralis NR desde seu lançamento em abril de 2010: o menor custo operacional do segmento. “Com os avanços tecnológicos mais o trabalho de desenvolvimento em plataforma, que inclui a experiência de campo do pessoal de pós-venda, a Iveco pode projetar com segurança um aumento nos intervalos de manutenção do produto”, explica Maurício Gouveia, diretor de Pós-Venda da Iveco.
Dados comparativos de manutenção • Manutenção inicial para aplicações bitrens e rodotrens quando o veículo chega aos 30 mil quilômetros, em vez dos dez mil anteriormente recomendados. • Revisões periódicas, antes feitas a cada 20 mil quilômetros, agora realizadas a cada 30 mil • F iltro de combustível que dura 50% mais e pode ser trocado a cada 30 mil quilômetros • Intervalo para a troca da correia do motor 50% maior (aos 90 mil quilômetros) • Utilização de óleo sintético, com durabilidade de até 360 mil quilômetros (enquanto o óleo mineral comum dura 60 mil quilômetros)
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lançamento
Família que cresce e se fortalece Com o modelo Iveco Stralis NR Eurotronic, a gama Stralis NR chega a 22 versões disponíveis no mercado brasileiro, sem contar as possíveis variações de eixos e entre-eixos. São elas: AGRISHOW 2010 EM NÚMEROS POTÊNCIA
TRAÇÃO
CABINE
TOTAL
380cv
4x2 / 6x2 Teto alto e baixo
4 versões
410cv
4x2 / 6x2 / 6x4 Teto alto e baixo
6 versões
460cv
4x2 / 6x2 / 6x4 Teto alto e baixo
6 versões
460cv Eurotronic
4x2 / 6x2 / 6x4 Teto alto e baixo
6 versões
GAMA STRALIS NR
22 VERSÕES
Essa flexibilidade de escolha permite a perfeita configuração para qualquer aplicação do transporte, com composições de até nove eixos, como graneleiro, carga seca, basculante, baú carga geral, tanque, cegonheiro, baú frigorífico, porta-container, sider, canavieiro, tanque aço inox, entre outros.
Interior do Stralis NR Eurotronic: mais espaço e conforto
Para acionar a transmissão automatizada, basta o motorista pressionar teclas no painel, sem que seja necessário pisar no pedal de embreagem
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MUNDOFIAT
nhão ‘na mão’, com total controle do veículo”, comenta Túlio Rabelo, especialista em transmissões da Iveco. “Caminhões com esses sistemas de freios podem trafegar em velocidades médias mais altas sem ultrapassar o limite da segurança, aumentando a produtividade”, diz o engenheiro. O freio motor é acionado integralmente pela alavanca multifuncional, que pode ser abaixada em seis estágios. Em veículos equipados com o intarder ZF (acoplado à transmissão), a capacidade de frenagem vai além. No segundo estágio da alavanca multifuncional, já são acionados 25% da potência do intarder. No terceiro estágio, entra 50% do intarder. No quarto, 75%. No quinto, 100%. E cada movimento é sempre acompanhado da simultânea redução de marchas. No sexto estágio, as centrais puxam uma redução de marchas ainda mais agressiva, potencializando todos os 985 cv combinados do sistema.
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Iveco apresenta novo modelo extrapesado Caminhão Trakker 8x4 chega ao mercado nacional para atender demanda de empreiteiras e mineradoras
Por Lilian Lobato
P Fotos Divulgação
ara atender a crescente demanda de equipamentos pesados dos setores de mineração e construção civil, a Iveco trouxe para
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o Brasil, em fevereiro, o caminhão Trakker 8x4. Desenvolvido inteiramente para operações fora de estrada, o extrapesado é sucesso mundial
lançamento
pelo seu desempenho operacional, mesmo que submetido às mais severas aplicações. Importado da fábrica da Iveco na Espanha, – especializada na produção dos caminhões dessa linha – o Trakker 8x4 mostra que a empresa tem avançado no mercado off-road. Em 2008, já havia sido lançado o Trakker 6x4, que ganhou espaço e respeito pelo seu alto potencial e baixo custo nas operações.
Nos testes de campo realizados pela Iveco, a cabine foi considerada confortável pelos clientes
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Conforme a gerente de Marketing de Produto da empresa, Cristiane Nunes, o Trakker 8x4 recebeu adaptações do Centro de Desenvolvimento do Produto da Iveco em Sete Lagoas (MG) para se adequar à realidade brasileira. O objetivo, segundo ela, é atender as necessidades específicas de operação no país, bem como nas nações latinoamericanas. Em 2011, a estimativa da Iveco é produzir 200 unidades. A primeira remessa de 45 unidades já está em operação na Nacional Minérios (Namisa), em Congonhas (MG). Cristiane Nunes revela que o novo modelo deverá ter sua produção nacionalizada. “A expectativa é que, a partir de 2012, a fabricação passe a ser rea-
lizada na planta de Sete Lagoas. Com isso, será possível atrair novos clientes pela possibilidade de aquisição do veículo por meio do Finame (Financiamento de Máquinas e Equipamentos), já que a linha de crédito é direcionada apenas à compra de máquinas nacionais novas”, afirma. O Trakker 8x4 é equipado com o motor Cursor 13 da FPT, o mais econômico da categoria, com 12,8 litros, seis cilindros, quatro válvulas por cilindro e gerenciamento eletrônico. A transmissão é automatizada, com caixa ZF Astronic de 16 velocidades com intarder, o que dispensa o pedal de embreagem, e o freio ABS é de série. O fora de estrada ainda entrega 420 cv de potência, com torque máximo de 1,9 mil Nm disponíveis entre 1 mil e 1,5 mil RPM, ideal para velocidades operacionais mais elevadas e grande capacidade para vencer aclives acentuados. Com carga útil de 35,5 mil quilos e PBT técnico de 50 mil quilos, o caminhão tem capacidade máxima de tração (CMT) de 132 toneladas, chegando, em condições excepcionais de operação, a 176 toneladas (a maior da categoria). Outro diferencial está na maior capacidade de carga na suspensão traseira: 32 toneladas contra 30 da concorrência. O modelo também disponibiliza para-choque dianteiro tripartido, feito em aço, ideal para as difíceis condições fora de estrada, o que resulta em menor custo operacional. A suspensão da cabine é de quatro pontos, com molas helicoidais que absorvem os impactos transmitidos pelo chassi e garantem conforto para o motorista, assim como durabilidade máxima do conjunto, quando comparada a uma suspensão a ar. Segundo a gerente de Marketing de Produto, o veículo também possui itens que unem conforto e funcionalidade. Exemplo disso é o volante que pode ser regulado pneumaticamente
Ajudando a Criar um Futuro mais Verde. Na Lear, sabemos o quão importante é ser ambientalmente focado. É por isso que um elemento fundamental da nossa missão é “apoiar as comunidades onde estamos presentes e proteger o meio ambiente”.
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Como resultado, a Lear tem incorporado a consciência ecológica na estratégia dos nossos produtos, e continuamos dar prioridade máxima em trazer para o mercado produtos e tecnologias ecologicamente corretas. Para conhecer a diferença da Lear, acesse www.lear.com.
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lançamento Jornalistas e convidados puderam testar o Iveco Trakker 8x4 durante o lançamento do modelo
em altura e profundidade. O ar-condicionado é de série, bem como os vidros elétricos. “Nos testes de campo realizados pela empresa, nossa cabine foi considerada a mais confortável pelos clientes”, avalia. Pós-venda Com o lançamento do Trakker 8x4, a Iveco avançou também no pacote de serviços de pós-venda. O diretor de Pós-Venda da Iveco, Maurício Gouveia, explica que serão oferecidas seis opções de serviços de manutenção, batizadas como Iveco Service Combos. “Com isso, o cliente opta pelo pacote que melhor se adapta à sua realidade de operação”, explica. Os combos vão da simples oferta da oficina móvel até formatos mais sofisticados, como é o caso da Namisa, que adquiriu os primeiros 45 Iveco Trakker 8x4 vendidos no Brasil. Neste caso, o pacote inclui até uma miniconcessionária para atendimento exclusivo dentro da base do cliente. “Com um produto altamente competitivo para o
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mercado e um serviço eficiente e profissional feito sob medida para dar suporte às operações, garantimos maior rentabilidade aos consumidores do novo modelo”, avalia. O cliente do Iveco Trakker 8x4 ainda pode contar com outros serviços especiais, como um Gerente Regional de Serviços da montadora, dedicado ao atendimento de grandes frotas, ou uma equipe residente de mecânicos para grandes frotas concentradas no seu local de operação. Além dos consagrados programas de atendimento rápido da empresa. O serviço de pós-venda da Iveco também inclui Assistance Non Stop – serviço 24 horas, 365 dias por ano – Windelivery – entrega da peças 24 horas, 365 dias por ano – Entrega Técnica Personalizada e Top Driver – treinamento de condução econômica e responsável. “Todos os serviços prestados são avaliados mensalmente pela Iveco, o que permite a contínua melhoria do atendimento”, afirma Gouveia.
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Fiat lança versão duas portas do Novo Uno E também chega ao mercado o Novo Uno Sporting, concebido para o público jovem que busca mais emoção ao dirigir
Por Lilian Lobato
O Novo Uno está disponível em 12 cores convencionais ou vibrantes, como o amarelo citrus
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á está no mercado a versão duas portas do Novo Uno, disponível em todas os modelos da linha. Mantendo o conceito moderno, o visual inovador e as inúmeras opções de personalização, o veículo traz como
atrativo adicional uma ampla e vibrante paleta de cores. Para melhorar, ao disponibilizar o novo Uno duas portas, a Fiat também passou a oferecer um preço competitivo ao consumidor. O modelo pode ser
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Novo Uno Sporting O lançamento do Novo Uno duas portas também foi uma oportunidade para que a Fiat apresentasse ao mercado a versão Sporting, que já havia sido pré-apresentada no Salão do Automóvel de São Paulo, em outubro do ano passado. O modelo 2012 chega focado, sobretudo, no público jovem e será oferecido em duas e quatro portas. A versão também é mais um exemplo de que o Novo Uno é versátil e moldável às mais variadas necessidades. O Sporting reúne todas as qualidades e conteúdos do modelo, com a descontração, desempenho e beleza das versões mais esportivas. Equipado com o novo motor Fire 1.4 Evo da Fiat Powertrain, o Uno Sporting traz novos conteúdos, tecnologia, exclusividade em customização, além da adoção de suspensões que reforçam seu caráter de esportividade e de carro que proporciona grande prazer ao dirigir. Os amortecedores também receberam características específicas para as novas exigências de desempenho. A barra estabilizadora dianteira tem maior diâmetro e o eixo traseiro tem maior rigidez torcional. As rodas de liga leve, com aro de 15 polegadas de diâmetro, estão calçadas com pneus na medida 185/60 R15. O aspecto exterior foi fortemente espelhado nos modelos esportivos, tanto em cores quanto em itens de personalização e de eficiência de utilização. Ainda faz parte da sua personalidade faróis com máscara negra, anéis estéticos da grade anterior em vermelho e spoiler para o pára-choque dianteiro. Além dos elementos diferenciados e exclusivos, a versão Sporting oferece direção hidráulica, ar condicionado, faróis de neblina, trava e vidros dianteiros elétricos. Em termos de segurança o novo Uno Sporting ainda disponibiliza o High Safety Drive (HSD) – airbag duplo e freios com sistema ABS. 28
adquirido a partir de R$ 26,4 mil (Vivace, com motor 1.0 flex e duas portas). A previsão de vendas da nova versão é de 30% do total da linha. A expectativa tem como base a avaliação realizada junto ao modelo antigo, o Mille, em que 60% das unidades vendidas são de quatro portas e 40% de duas. Para se ter uma ideia da participação do Novo Uno no mercado brasileiro, entre seu lançamento em maio de 2010 e fevereiro deste ano, 120 mil unidades foram comercializadas. O sucesso pode ser atribuído, segundo a Chief Designer Color and Trim da empresa, Isabella Vianna, ao cuidado com cada detalhe. Para desenvolver o design e escolher as cores, a Fiat realizou um trabalho de pesquisa com jovens chamados de Geração Y, nascidos entre 1980 e final da década de 1990. De acordo com ela, o diagnóstico foi feito com quase três anos de antecedência ao lançamento e verificou o que era preciso modificar no modelo antigo. “Por meio do estudo conseguimos entender o que desejava esta geração. Mais que isso, percebemos que as pessoas estão abertas às novidades e que desejam mostrar sua personalidade. Ao todo, conversamos com 700 jovens, em 80 cenários diferentes como shoppings, escolas, parques e feiras de automóveis e acessórios”, explica. A pesquisa também identificou que os clientes estão mais abertos a fazer escolhas emocionais de consumo, o que contribuiu para a boa aceitação das cores no carro. Segundo Isabella Vianna, o consumidor continua preocupado em comprar um veículo pensando no momento em que irá vendêlo, a chamada compra racional, porém percebe-se um movimento grande de compra emocional, deixando desejos e vontades sobressaírem no momento da decisão. “As pessoas querem fugir do tradicional e estão mais preocupadas em realizar um desejo”, afirma.
O Novo Uno pode ser encontrado em 12 cores. Entre as novidades está o Verde Box, exclusivo para versão Way. Já o amarelo Citrus é lembrado pelo seu tom marca texto. O Azul Splash é metálico e faz referência às novas tecnologias. Por fim, o Laranja Nemo foi disponibilizado para a versão esportiva Sporting. Dados da Fiat apontam que o Novo Uno Amarelo Citrus corresponde a 10% dos pedidos na fábrica, mesma fatia do Verde Box. O vermelho, um pouco
mais tradicional, colore 20% dos veículos e, na expectativa da montadora, a cor laranja deve chegar também aos 10%. O restante fica para as mais tradicionais, como preto e prata. Por meio das novas cores, a montadora italiana manteve a tradição – iniciada em 1996, com o Palio – de oferecer a diferenciação visual, com o mote “Fiat colorindo as ruas”. Outros modelos também seguem essa proposta, como Ideia, Strada, Dobló e o mais recente Bravo Azul Maserati.
Para desenvolver o design e escolher as cores, a Fiat realizou pesquisas com jovens da Geração Y
O Novo Uno 2 Portas chegou e a Lames se orgulha de fazer parte do seu DNA.
www.lamesgroup.com
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FPT amplia presença no mercado Fábrica de motores passa a equipar caminhões da Hyundai, dentro da estratégia de conquistar novos clientes POR Daniela Venâncio
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Motor S30 da FPT garante menor consumo de combustível
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oi em 2005, que o presidente mundial da Fiat, Sérgio Marchionne, decidiu que toda a tecnologia de motores da empresa tinha potencial de sobra para atender outros clientes fora do Grupo Fiat. O resultado foi a criação da Fiat Powertrain Technologies (FPT), implantada no Brasil efetivamente em 2008. A partir daí, foram realizadas várias pesquisas de mercado e de concorrência para verificar quem eram os potenciais compradores dos motores da FPT. Após três anos, frutos já estão sendo colhidos com o lançamento do novo caminhão HD78 da Hyundai equipado com o motor S30 da FPT Industrial. A ideia de firmar parceria com outras montadoras é primordial para poder expandir ainda mais a marca do Grupo Fiat Industrial, explica o gerente comercial da FPT, Leônidas Pagoto. “A FPT nasceu para vender fora do Grupo. Está em seu DNA fazer valer o seu objetivo que é oferecer seus serviços a outros clientes”. O gerente comercial conta ainda que o convite para participar da licitação da Hyundai veio em 2009, mas foram 18 meses de trabalho para adaptar o motor ao caminhão HD78. “A parceria foi firmada em 2009, mas a concretização do projeto só aconteceu depois de mais de um ano de muito trabalho. Foram indispensáveis várias modificações no motor para atender às necessidades do utilitário”, afirma.
Segundo o vice-presidente da Hyundai Caoa do Brasil, Annuar Ali, a parceria com a FPT foi determinante para o sucesso da operação, além de contribuir fortemente para o crescimento da indústria automobilística brasileira. “O caminhão HD78 é um veículo com qualidade, conforto e versatilidade e que, equipado com o motor S30, oferece ao consumidor um produto com a melhor economia de combustível entre seus correntes”, comemora.
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O Produto final Para que os caminhões HD78 pudessem se adaptar ao motor S30 da FPT foram necessárias várias adaptações realizadas ao longo de vários meses. “Vários setores da empresa se movimentaram para fechar esse acordo. Todos nós queríamos efetivamente que o projeto desse certo”, contou o gerente comercial da FPT, Leônidas Pagoto. O motor base passou por uma série de modificações para atender às especifidades do veículo da Hyundai, envolvendo, entre outros aspectos, nova termodinâmica, fluidodinâmica, calibração, coletor de escapamento, cárter, coxim e volantes – parte que faz a conexão entre o motor e a caixa de marchas. “Podemos dizer que temos um produto novo, 100% adaptado às demandas dessa nova aplicação”, completa Pagoto. Até o meio deste ano, a Hyundai vai produzir 100 unidades do modelo por mês, mas a partir do segundo semestre, a produção deve subir para 400 veículos. Para o próximo ano, a expectativa é fabricar mil caminhões, mensalmente.
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Ignácio Costa
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Casa Fiat de Cultura no Circuito Cultural Praça da Liberdade O novo espaço ocupará o Palácio dos Despachos e está previsto para ser inaugurado antes da Copa de 2014. Museu do Automóvel também fará parte do circuito
Por Téo Seixas
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Circuito Cultural Praça da Liberdade, no coração de Belo Horizonte, está recebendo dois novos destaques: a Casa Fiat de Cultura e o Museu do Automóvel. Os proto-
colos de intenções foram assinados no final do mês de março, pelo Governo do Estado, Fiat do Brasil, Casa Fiat de Cultura e Veteran Car Club do Brasil, que é parceiro na criação do Museu do
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Antiga sede do Governo mineiro, a Praça da Liberdade torna-se um diversificado corredor cultural
Com influência europeia, a centenária praça abriga diversos museus, como o das Minas e dos Metais, já em funcionamento na antiga Secretaria de Educação (ao fundo)
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Destinação: Arquivo Público Mineiro O que era: Residência do Secretário de Estado de Finanças e sede da Prefeitura de Belo Horizonte Inauguração: Final do século XIX Reúne documentos públicos e privados que ajudam a reviver a história de Minas desde o período colonial até a República. O acervo possui manuscritos, mapas, fotografias, filmes, livros e outras importantes obras e está disponível para consulta, na avenida João Pinheiro.
Destinação: C entro Cultural Banco do Brasil O que era: Secretaria de Estado de Segurança Pública e de Defesa Social Inauguração: 1930 Destinado à arquitetura e à museografia, o Centro Cultural Banco do Brasil ocupará o antigo prédio da Secretaria de Estado de Segurança Pública e de Defesa Social, situado no entorno da Praça da Liberdade. O edifício é um das novas atrações do circuito e será restaurado pelo arquiteto Flávio Grilo.
Destinação: Museu Mineiro O que era: Residência do Secretário de Estado de Agricultura e Senado Mineiro Inauguração: Final do século XIX Instalado numa casa do século XIX, na avenida João Pinheiro, o Museu Mineiro reúne peça de arte sacra mineira.
Destinação: Museu do Homem Brasileiro O que era: Secretaria de Estado de Viação e Obras Públicas Inauguração: 1897 Recontando a história do homem no país, o espaço detalhará as inúmeras formas de cultura encontradas em todas as regiões, desde os índios, passando pela colonização até a sociedade atual.
Palácio da Liberdade Inauguração: 1897 Antiga sede do governo de Minas, é o prédio central da Praça da Liberdade e serviu de moradia para governadores. O edifício passou por rigoroso processo de restauração, quando muitas obras de arte escondidas pelo tempo foram recuperadas. Nos últimos domingos de cada mês, é aberta para visitação.
Governo de Minas
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O Circuito Cultural Praça da Liberdade
Um dos mais amplos acervos de carros antigos do país ficará exposto no novo Museu do Automóvel
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Automóvel. A Casa Fiat de Cultura será implantada no Palácio dos Despachos, antiga sede administrativa do governo de Minas, junto ao histórico Palácio da Liberdade. Já o Museu do Automóvel ocupará área que servia de estacionamento para veículos do Gabinete Militar do Governador, nos jardins do Palácio da Liberdade. Justamente no ano em que se comemoram cinco anos de atuação da Casa Fiat de Cultura e 35 anos da instalação da Fiat Automóveis em Betim (MG), este novo e importante passo reafirma a contribuição da empresa à área cultural. “Nossa integração ao Circuito representa a possibilidade de contribuir com o sucesso deste projeto cultural de grande importância. Após cinco anos de atuação, e do reconhecimento do público, a Casa Fiat deseja somar esforços, junto a outros agentes culturais, para fazer do Circuito Cultural Praça da Liberdade uma grande referência no cenário artístico brasileiro”, ressalta José Eduardo de Lima Pereira, presidente da Casa Fiat de Cultura.
O Circuito Cultural Praça da Liberdade, maior complexo cultural da América Latina, é formado por 11 espaços culturais que já receberam, em apenas um ano, cerca de 500 mil visitantes. Sua instalação aproveita o conjunto de prédios em estilo neoclássico que abrigava as secretarias de Estado, antes da transferência do Governo de Minas para a Cidade Administrativa. Fazem parte do circuito cultural o Espaço TIM UFMG do Conhecimento, o Museu das Minas e do Metal, o Memorial Minas Gerais – Vale, já abertos ao público. Estão em implantação o Centro Cultural Banco do Brasil, Centro de Arte Popular, Museu do Homem Brasileiro, Museu Clube da Esquina. Ainda fazem parte do complexo, o Palácio da Liberdade, a Biblioteca Pública Luiz de Bessa, o Arquivo Público Mineiro e o Museu Mineiro. As parcerias com empresas e universidades que resultaram nos espaços culturais já demandaram investimentos de mais de R$ 90 milhões na recuperação dos imóveis e nas ins-
Destinação: Memorial Minas Gerais - Vale O que era: Secretaria de Estado de Fazenda Inauguração: 1897 Num passeio multimídia, o visitante é convidado a conhecer a história de renomados artistas mineiros. Desde os textos de Carlos Drummond de Andrade até o trabalho fotográfico de Sebastião Salgado.
Destinação: Museu Clube da Esquina O que era: Anexo do Palácio da Liberdade Inauguração: 1897 A casa do Serviço Voluntário de Assistência Social (Servas) e antiga caixa d’água do Palácio da Liberdade, localizada na Avenida Cristóvão Colombo, será sede o museu. Homenagem a uma das principais vertentes musicais de Minas, o espaço será destinado à difusão, estudo e apresentação da música mineira, antes e depois da criação do Clube da Esquina.
Destinação: Espaço do Conhecimento TIM e UFMG O que era: Reitoria da Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG) Inauguração: 1961 Abrangendo as mais variadas formas de conhecimento – da filosofia à arqueologia –, o espaço é voltado para o público jovem, com oficinas e palestras preparadas especialmente para a faixa etária, tendo como principais atrativos o planetário e o observatório astronômico.
Destinação: M useu das Minas e do Metal – EBX O que era: Secretaria de Estado de Educação Inauguração: 1897 A proposta do espaço é proporcionar ao visitante uma aula pela história do metal no mundo e sua ligação com o desenvolvimento econômico de Minas Gerais.
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Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa Inauguração: 1954 Projetada por Oscar Niemeyer na década de 1950, a biblioteca tem acerto com mais de 200 mil títulos e diariamente recebe 1,5 mil visitantes.
Destinação: Centro de Arte Popular - Cemig O que era: Hospital São Tarcísio Inauguração: O atrativo ocupará as instalações do antigo Hospital São Tarcísio, na Rua Gonçalves Dias, e terá exposições com obras de artistas e artesãos populares mineiros, traduzindo a identidade cultural de diferentes povos no tempo e no espaço.
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Destinação: Museu do Automóvel O que era: Anexo do Palácio da Liberdade Inauguração: 1897 ( data de inauguração do Palácio) O espaço irá contar a evolução do automóvel no mundo, por meio de imagens e vídeos, tendo como principal atração uma coleção de 150 veículos antigos e raros. Outros modelos também serão expostos em mostras temáticas e temporárias. Destinação: Casa Fiat de Cultura O que era: Palácio dos Despachos Inauguração: 1967 A nova sede da Casa Fiat de Cultura possibilitará a ampliação das atividades para o público. A instituição continuará a estimular a integração sociocultural, expandindo sua política de amplo acesso à arte e à educação. Além de apresentar acervos de importantes museus e coleções do Brasil e do mundo, será possível a realização de programação com artistas locais.
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talações. A iniciativa de revitalizar prédios históricos segue o exemplo de cidades europeias. O diálogo entre arte e conhecimento e a história por trás de edificações centenárias teve êxito, por exemplo, em Londres, com a ampliação do British Museum e sua cobertura em aço e vidro. O Museu do Louvre, em Paris, até os anos 1980, abrigou o Ministério da Fazenda e ganhou uma pirâmide de vidro. No Brasil, também há referências na revitalização de espaço através de sua ocupação pela arte e cultura: a Pinacoteca do Estado de São Paulo ocupa o prédio do Liceu de Artes e Ofícios e, em Belo Horizonte, o Museu de Artes e Ofícios está instalado na antiga estação central ferroviária.
Ignácio Costa
Casa Fiat de Cultura Criada em 2006, no Bairro Belvedere, a Casa Fiat de Cultura recebeu, nestes cinco anos, mais de 250 mil visitantes, com apresentação de importantes acervos, como as exposições que marcaram o Ano da França no Brasil, “Rodin, do ateliê ao museu”, e a mostra “O mundo mágico de Marc Chagall”. Essas mostras registraram recorde de público, confirmando o aumento crescente do número de visitantes da Casa Fiat de Cultura. Com a inserção do espaço no Circuito Cultural Praça da Liberdade, a tendência é que o número de visitantes cresça ainda mais dada a maior facilidade de acesso ao espaço. A área disponível também será bem maior. A Casa Fiat de Cultura atualmente dispõe de 3,6 mil metros quadrados e, no Palácio dos Despachos, terá quase cinco mil metros quadrados divididos em cinco pavimentos com vãos amplos e dimensões apropriadas para grandes exposições. Aliado a isso, a Casa Fiat de Cultura manterá seus modernos padrões de tecnologia ambiental, o que possibilita receber grandes mostras,
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atendendo as exigências técnicas internacionais quanto ao controle de climatização, segurança e sistema anti-incêndio. “A nova instalação terá uma localização privilegiada e a expectativa é que nosso público dobre”, afirma José Eduardo Lima Pereira. E mantendo a qualidade do atual espaço. “As condições técnicas serão as mesmas ou até mais avançadas”, afirma. O novo espaço é parte importante da história política de Minas Gerais. Inaugurado na década de 1960, durante a gestão do governador Israel Pinheiro, o Palácio dos Despachos foi projetado pelo arquiteto Luciano Amédee Péret e a obra executada pelo engenheiro Alberto Bouchardet Pinheiro, tendo como finalidade abrigar os servidores estaduais, dada a saturação do espaço do Palácio da Liberdade. De arquitetura modernista,
o prédio tem duas peculiaridades: a fachada é protegida da insolação por brise-soleil (quebra-sol) e o acabamento no hall é em mármore Marta Rocha. E numa coincidência histórica, foi nas dependências do Palácio dos Despachos que, em 1973, o governo mineiro assinou o acordo para trazer a Fiat para Minas Gerais. “A ocupação do Palácio dos Despachos pela Casa Fiat de Cultura significará uma proximidade mais imediata com o público. Ao confiar à Fiat este espaço, o governo de Minas abre para nós a responsabilidade e a oportunidade de contribuirmos para a grande iniciativa que é o Circuito Cultural Praça da Liberdade”, disse Cledorvino Belini, presidente da Fiat para a América Latina. Os projetos arquitetônicos dos dois novos espaços serão assinados pelos profissionais Márcio Baptista
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de Oliveira e Carolina Arantes. Quem assina os projetos museológicos é a especialista Maria Ignez Mantovani. Por integrarem o Conjunto Arquitetônico da Praça da Liberdade, o Palácio da Liberdade e o Palácio dos Despachos são tombados pelo patrimônio e, por isso, o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG) está elaborando estudos para adequação dos dois imóveis, de acordo com as regras de tombamento. Todas alterações propostas devem também ser submetidas às secretarias municipais de Meio Ambiente e Regulação Urbana. Concluídos os estudos, as obras deverão ser iniciadas, com previsão para inauguração às vésperas da Copa do Mundo de 2014. Mas enquanto a esperada inauguração não ocorre, a Casa Fiat de Cultura continuará com sua programação na unidade do bairro Belvedere. A futura destinação do espaço ainda
não está definida e novas exposições estão programadas até a ida para o Circuito Cultural Praça da Liberdade. Em maio, terão início as mostras “Olhar e Ser Visto”, com exposição de retratos e auto-retratos dos grandes mestres da pintura e “Tarsila e o Brasil dos Modernistas”, que apresenta visões singulares de paisagens, tradições e tipos brasileiros do modernismo. E, em setembro, será aberta a mostra “Roma Imperial”, que integra a programação oficial do Momento Itália-Brasil. No novo espaço, a Casa Fiat de Cultura continuará oferecendo entrada gratuita, projeto educativo diferenciado, de modo a garantir experiências qualificadas e enriquecedoras para todos os públicos. Além disso, dará ênfase às atividades permanentes de formação de público e atenção especial para artistas de Minas Gerais e do Brasil, ampliando dessa forma sua atual programação.
A Fiat também constituirá o Museu do Automóvel, a ser instalado no espaço que era destinado ao estacionamento de veículos do Gabinete Militar do governador, na área interna do Palácio da Liberdade. A área conta com aproximadamente seis mil metros, o que permitirá a construção de um amplo espaço que será devidamente preparado para acolher o acervo de raridades do Veteran Car Club do Brasil, que assumirá a gestão do Museu dentro da parceria com o Governo. O museu terá uma mostra permanente de cerca de 150 veículos antigos, contando a história do automóvel e sua evolução nos séculos XX e XXI. Oriundos de coleções particulares de aficionados por “antigomobilismo” – como é chamada a arte de colecionar carros antigos – e antes reservados a pouquíssimas pessoas, os carros agora serão apresentados a um público mais amplo. Há desde unidades fabricadas nos primeiros anos do século passado até modelos clássicos dos anos 70. Poderão ser utilizados também modelos de acervos internacionais para mostras temporárias e temáticas. ”Por exemplo, podemos fazer uma exposição dedicada exclusivamente ao design italiano ou de carros com relevância histórica”, diz o presidente do Veteran Car Club do Brasil, Oswaldo Borges da Costa, ressaltando que os mineiros possuem
as coleções mais cobiçadas do país, com mais de 500 carros raros. Década a década, a ideia é contar a evolução do automóvel no mundo. Além dos exemplares, serão expostas fotografias, vídeos e outras peças relacionadas ao tema. A museóloga Maria Ignez Mantovani foi contratada para as pesquisas e a conceituação do museu dentro de parâmetros internacionais. “Vamos usar o que há de mais moderno na forma de mostrar o automóvel”, afirma Oswaldo, colecionador desde os anos 70. A proposta é manter o alto padrão tecnológico dos outros centros culturais do circuito. Os sistemas interativos permitem ao visitante protagonizar a história lado a lado com ícones que vivenciaram o período em questão. Entre as atrações para os apaixonados por automóveis estará um centro de restauro, o que possibilitará aos visitantes acompanhar o passo a passo do processo de recuperação de um carro in loco. O espaço será o primeiro do país e terá como finalidade adicional a formação de mão de obra especializada no restauro de carros, hoje tida como escassa e cara no Brasil. “É um trabalho muito interessante por dois lados: tanto o educacional quanto o de formação de especialistas”, ressalta o presidente da Veteran Car Club do Brasil. Governo de Minas
Governo de Minas
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Oswaldo Borges da Costa Filho, Veteran Car Club do Brasil; Eliane Parreiras, Secretária de Estado de Cultura; Governador Antonio Anastasia; Cledorvino Belini, presidente do Grupo Fiat para a América Latina e José Eduardo de Lima Pereira, presidente da Casa Fiat de Cultura
A evolução do automóvel
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Da esquerda para a direita: A Menina dos Olhos (1973), fotografia de Arthur Omar; A Revolta dos Tecelões (1901), de Käthe Kollwitz; Retrato da Pintora Tarsila (1971), de Flávio de Rezende Carvalho, integram a exposição
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Olhar e ser visto A história de um dos gêneros mais tradicionais e importantes nas artes, o retrato, entra em cartaz em maio na Casa Fiat de Cultura
Por Rúbia Piancastelli
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Busto de Homem (1909), de Pablo Picasso, é uma das obras expostas na Casa Fiat de Cultura
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á imaginou quantos olhares são possíveis em apenas um retrato? Façamos o exercício: existe o olhar da pessoa que está sendo retratada e do artista que a pinta ou esculpe. Depois da obra pronta, temse o olhar do espectador sobre o trabalho e o inverso, pensando uma dimensão mais fantasiosa, mas muito perceptível. Afinal, quem nunca teve a sensação de estar sendo “seguido” pelo olhar daquele que está pendurado à parede? Parece simples, mas as reflexões por detrás de um retrato e suas características podem ser amplas, especialmente quando se tem um grande número de obras e artistas de diferentes períodos da história para comparar. Este é o caso da nova exposição da Casa Fiat de Cultura,
“Olhar e ser visto – a figura humana da Renascença ao contemporâneo”, levada diretamente do Museu de Arte de São Paulo (Masp) e em cartaz de 03 de maio a 03 de julho. A curadoria de responsabilidade de professor José Teixeira Coelho Neto, curador do Masp, pretende proporcionar aos visitantes uma compreensão sobre o que retrato representa nas artes, fazendo um recorte que se estende desde o final do século XIV até os dias atuais, apontando suas tendências e estilos. “O retrato continua um gênero de primeira ordem no mundo das artes e, dentre vários motivos, devido a uma aspiração fundamental do ser humano: a de saber como ele é aos olhos do outro”, diz Teixeira Coelho. A partir dessa afirmação é possível entender um pouco mais da aura que reveste uma pintura ou escultura que retrata alguém, seja com traços impecáveis e nítidos, como nos quadros de Almeida Júnior (Moça com livro) e Paris Bordon (Retrato de Alvise Contarini); ou figuras abstratas que mais falam da alma do que do visível, como nas Flávio de Carvalho (Retrato de Assis Chateaubriand e Retrato da Pintora Tarsila) e Chemiakin (Retrato Duplo de Nijinski). A mostra conta com 40 exemplares e está organizada em seis núcleos que remontam a períodos e estilos diferentes: O retrato da pompa (primeiros retratos autônomos, com início no século XII); O recurso à cena (onde os modelos principais são acompanhados por cenários, outras pessoas e objetos); Eu mesmo (era dos autoretratos e da atração narcisista pela imagem); Retratos modernos (retomada dos modelos enquanto foco, mas com certa estranheza e técnicas diferenciadas); Re-
trato de ideias (menos parecidas com seus retratados e mais com ideias e emoções) e Desconstrução (a figura retratada sofre interferência de objetos, pinceladas, devaneios e outros que desfazem a identidade central). Dentre as obras, destacam-se os retratos de Toulouse-Lautrec (Bailarina Loïe Fuller vista dos bastidores – A Roda), Modigliani (Lunia Czechowska), Picasso (Busto de homem – O Atleta) e os autorretratos de Pancetti e Darcy Penteado. Riqueza estética “Olhar e ser visto” traz a um público diversificado imagens igualmente multifacetadas. Estão expostas obras familiares, como as telas a óleo de Portinari e os rechonchudos corpos de Diego Rivera; ou mais estranhas, como a litogravura obscura do alemão Käthe Kollwitz. É nas diferenças como técnicas e semelhanças como a forma de retratar os modelos e seu entorno que o curador Teixeira Coelho aponta uma reflexão interessante: o que contavam os retratos e o que contam hoje? As primeiras telas da exposição, do núcleo “O retrato da pompa”, mostram corpos inteiros, imponentes como os cargos que ocupavam – eram quadros geralmente encomendados por reis, figuras públicas de cargos de poder e egos igualmente inflados. Aos poucos as imagens realistas ganham decorações, fundos campestres, acessórios. Em oposição, a arte moderna privilegia o modo particular do artista de ver as coisas, aceitando sua perspectiva e recorrendo, muitas vezes, às distorções, como mostram as referências dos exemplares artísticos do núcleo “Desconstrução”. Ali está, por exemplo, a fotografia de Arthur Omar intitulada A
menina dos olhos, da série Antropologia da Face Gloriosa. Aliás, imagem que tem menos de glória e mais de deformação compondo sua estranha beleza. Assim, a mostra traz grande riqueza e ainda celebra uma parceria de cinco anos entre a Fiat e o Masp, que teve início com a primeira exposição realizada nas instalações da Casa Fiat de Cultura: “Arte Italiana do Masp na Casa Fiat de Cultura”. “Ao enfrentar seu batismo de fogo, foi às portas do Masp que nossa Casa foi bater. Assim, no nosso quinto aniversário, nada mais justo que festejar a parceria com a apresentação desse extraordinário recorte do museu paulistano”, diz o presidente da Casa Fiat de Cultura, José Eduardo de Lima Pereira. A exposição é uma realização da Casa Fiat de Cultura e do MASP, com patrocínio da Fiat Automóveis, parcerias da APPA e do Santander e apoio do Ministério da Cultura através da Lei de Incentivo à Cultura. A produção executiva é da Base 7 Projetos Culturais. “Olhar e ser visto – a figura humana da Renascença ao contemporâneo na Casa Fiat de Cultura” Período: 03 de maio a 03 julho de 2011 Local: Casa Fiat de Cultura - Rua Jornalista Djalma de Andrade 1250, Nova Lima - MG Horário: Terças a sextas, de 10 às 21h; sábados, domingos e feriados, de 14h às 21h Entrada e transporte gratuitos Informações: 31 3289 8900 e www.casafiatdecultura.com.br Visitas orientadas para grupos: 31 3289-8910 e agendamento1@casafiat.com.br
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um país que não para de crescer precisa de uma marca que não para de evoluir. O Brasil está se tornando um grande canteiro de obras. Novas oportunidades surgem a todo momento. Para aproveitá-las, você vai precisar da força e do know-how da Case, há mais de 90 anos no País. De máquinas leves a mais pesadas, a Case tem uma linha completa de produtos e serviços que atendem a todas as necessidades deste novo Brasil que cresce como nunca. Porque Case é sinônimo de alta tecnologia aliada a um pós-venda eficiente e a uma rede que alcança todo o território nacional. Case, uma marca em constante evolução.
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cultura
O Brasil heterogêneo e seus ícones Obras em exposição na Casa Fiat de Cultura a partir de 10 de maio mostram como o Brasil era interpretado por modernistas como Tarsila do Amaral
Por Rubia Piancastelli
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Floresta, óleo sobre tela de 1929: forte simbolismo
sta não é somente mais uma exposição sobre modernismo e seus estilos. “Tarsila e o Brasil dos modernistas”, em cartaz de 10 de maio a 10 de julho na Casa Fiat de Cultura, propõe uma visão que vai além da análise do estilo produzido no rico período das artes brasileiras. A proposta é tornar claras as semelhanças e diferenças entre 140 trabalhos de diversos artistas modernistas, tendo como referencial as obras de Tarsila do Amaral. Pinturas, esculturas, gravuras e desenhos foram selecionados pela curadora da exposição e professora de História da Arte, Regina Teixeira de Barros, e interpretados de acordo com os temas e figuras que exibem. São paisagens,
tradições e tipos brasileiros que formam um panorama das tentativas de representação visual de um país vasto e múltiplo. “A forma como o Brasil é representado nas artes é algo que nunca se resolveu. Nossa cultura é muito dinâmica, se adapta, e por isso nunca terá um elemento único, uma cara.” Apesar da vastidão, o universo simbólico do Brasil pode ser analisado considerando cada manifestação artística. No romantismo do século XIX, por exemplo, ainda antes dos modernistas, pintores e escritores já tentavam produzir elementos que interpretassem sua visão do nacional. Eles foram os primeiros a apresentar algo diferente da herança colonial estrangeira e suas influências burguesas predominantes. Já no período modernista, Oswald de Andrade, no Manifesto Antropófago de 1928, estimulou a recuperação de elementos anteriores à colonização e o somatório, à eles, daquilo que interessava e advinha da incontestável herança cultural europeia. Variedade de temas e produções As obras apresentadas na exposição foram agrupadas entre a semelhança de símbolos usados, mesmo que expressos de diferentes formas e em variadas constâncias: a beleza natural do país, a exuberância da fauna e da flora, as festas e a religião popular, o interior do Brasil preservado da influência dos es-
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trangeiros e os tipos humanos, ícones favoritos dos modernistas para representar o Brasil. Sobre os artistas, pode-se fazer a divisão de três grupos: os que trataram de modo explícito e constante da identidade brasileira, como Tarsila, Di Cavalcanti e Portinari; aqueles que tocaram no tema em momentos pontuais como Cícero Dias, Segall, Vicente do Rego Monteiro e Victor Brecheret; e um terceiro grupo não tão reconhecido como definidor de uma imagem iconográfica do Brasil, com produção relevante de obras que tangenciam o assunto, a exemplo de Ismael Nery, Oswaldo Goeldi, Flávio de Carvalho e Alberto da Veiga Guignard. Tomando as paisagens do Rio de Janeiro como exemplo, Tarsila retratou explicitamente a Guanabara e o Pão de Açúcar todos com muitas cores e vegetação exuberante (em Rio de Janeiro e Cartão Postal). Similares a ela, Segall, Goeldi e Cícero Dias abordaramdo mesmo tema. Já Guignard e Portinari pintavam tais elementos em segundo plano. Ainda, Ismael Nery retratou a paisagem carioca como cena de fundo de várias aquarelas, diferentes ao apresentar também marcas de seu universo pessoal, como nos trabalhos Enseada de Botafogo e Baía de Guanabara e Morte de Ismael Nery. A exemplo da diversidade acima, cada tema da exposição permite encontrar laços de união e de distanciamento entre os artistas. O fato inegável é o compartilhamento desses temas, seja com cores vibrantes, como as de Tarsila, ou mais obscuras, como as de Goeldi. Outra observação que pode ser feita ao visitar a exposição são os conceitos remanescentes dessa época, como a valorização estética do popular, a valorização do simples como genuíno - daí os muitos quadros com temas como a favela e o carnaval. Enfim, o Brasil heterogêneo mostrado na exposição é composto tanto pela luminosidade de Tarsila, pelas mulatas de Di Cavalcanti (como em Samba), as mães negras de Segall (Mulata com criança), o interior mineiro de Guignard (Noite de São João), o cenário nordestino de Cícero Dias (Condena-
ção dos usineiros), as investigações antropológicas de Flávio de Carvalho (Experiência no. 2), quanto pelos portos sombrios de Goeldi e os índios de Brecheret. A exposição é uma realização da Casa Fiat de Cultura e da Base 7 Produções Culturais, com patrocínio da Fiat Automóveis, co-patrocínio do Itaú, parcerias da APPA , Santander e apoio do Ministério da Cultura através da lei de incentivo à cultura.
Carnaval em Madureira, óleo sobre tela de 1924, é um exemplo da luminosidade presente na obra da artista
“Tarsila e Brasil dos modernistas na Casa Fiat de Cultura” Período: 10 de maio a 10 de julho de 2011 Local: Casa Fiat de Cultura - Rua Jornalista Djalma de Andrade 1250 – Nova Lima-MG Horários: Terças a sextas, de 10 às 21h; sábados, domingos e feriados, de 14 às 21h Entrada e transporte gratuitos Informações: 31 3289 8900 e www.casafiatdecultura.com.br Visitas orientadas para grupos e escolas: 31 3289-8911 e agendamento2@casafiat.com.br
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competição
Foi dada a largada para o Rally Universitário Fiat 2011 A grande novidade desta temporada é a categoria “Paixão Fiat”, aberta a quem tem um Fiat na garagem e espírito esportivo
Por Frederico Tonucci
U Fotos Divulgação
ma das principais entradas para as categorias profissionais de off-road, o Rally Universitário Fiat chega à sua quinta edição nacional em 2011. A competição é disputada em dez provas classificatórias, além da finalíssima, que acontecerá no dia 4 de dezembro. O evento leva
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em conta a regularidade das equipes e a vencedora da categoria Universitário é premiada com um automóvel Fiat. A abertura da temporada aconteceu em São José dos Campos, no dia 10 de abril (veja página ao lado). Neste ano, das dez cidades sedes das classificatórias, quatro estão de-
butando: Campo Grande (MS) Maceió (AL), Montes Claros (MG) e Londrina (PR). A direção do evento ainda está estudando o melhor local para a disputa da grande final. As inscrições são feitas mediante doações de latas de leite em pó, roupas e brinquedos. Os produtos têm como destino projetos sociais de cada cidade. A temporada 2011 traz mudanças no regulamento. Na categoria Universitário podem participar duplas (piloto e navegador), sendo que um dos integrantes deve obrigatoriamente estar matriculado em uma instituição do ensino superior. Se a equipe contar com o “Zequinha” (o “carona” na linguagem do off-road), dois integrantes devem ser universitários. Nesta categoria são permitidos carros de qualquer modelo, com data de fabricação superior a 1991, com limite de 120 carros por prova. Como o Rally Universitário Fiat privilegia os pilotos inexperientes, neste ano está vetada a participação
Etapa de São José dos Campos A primeira prova do Rally Universitário Fiat contou com 266 competidores e percorreu 115 quilômetros entre os municípios paulistas de São José dos Campos, Eugênio de Melo e Caçapava. Participaram equipes dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Quem subiu no lugar mais alto do pódio, na categoria Universitário, foi a dupla Peterson Pereira e José Renato da Silva, que ganhou a competição na direção de um Novo Uno. O destaque feminino foi para a dupla Maria Elisa Siqueira e Mariana Caparroz. A dupla que chegou ao alto do pódio, residente em São José dos Campos, já garantiu presença na final, em dezembro. Na categoria Paixão Fiat - novidade da temporada - os vencedores foram Wagner Balieiro e Gilson Faria, a bordo de um Fiat Strada. Com as inscrições para a corrida foram arrecadadas 1064 latas de leite em pó, doadas para o Grupo de Assistência à Criança com Câncer.
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competição Em uma prova de rally vence quem comete menos erros
dos finalistas do ano passado ou de competidores que tenham no currículo experiência na modalidade. “Não seria justo com os competidores inexperientes permitirmos a inscrição de equipes que venceram provas em 2010”, justifica o diretor geral do evento, Eduardo Regal. Os vencedores das provas classificatórias garantem automaticamente sua presença na grande final, quando terão todas as despesas pagas e concorrerão a um carro zero quilômetro. Outra novidade neste ano é a inclusão da categoria Paixão Fiat, aberta a qualquer um que tenha o espírito de aventura e um Fiat na garagem. A
As etapas do Rally Universitário Fiat 2011 10 de abril - São José dos Campos (SP) 01 de maio - Campo Grande (MS) 29 de maio - Maceió (AL) 05 de junho - João Pessoa (PB) 03 de julho - Montes Claros (MG) 07 de agosto - Macaé (RJ) 04 de setembro - Brasília (DF) 02 de outubro - Bauru (SP) 30 de outubro - Londrina (PR) 20 de novembro - Porto Alegre (RS) 04 de dezembro - Final (em local a ser divulgado)
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iniciativa partiu da grande demanda de grupos que expressaram a vontade de participar do Rally. “Recebemos inúmeros pedidos de universitários que terminaram seus cursos e queriam continuar participando do evento.”, comenta Regal. A Paixão Fiat tem limite de 30 inscritos e podem participar carros de qualquer data de fabricação, desde que Fiat. Oque é o rally de regularidade? Diferente do rally de velocidade, cujo campeão é aquele que cumpre a trilha em menor tempo, no rally de regularidade as equipes devem seguir à risca as regras preestabelecidas pela organização da prova – ganha quem cometer o menor número de erros. Nessa modalidade, é fundamental o entrosamento entre piloto e navegador, pois eles são obrigados a obedecer fielmente a planilha de navegação e manter as médias horárias. Durante todo o trajeto da prova os carros dos competidores são monitorados por um GPS especial para rally, fornecido pela organização do evento. Quando cruzam o pórtico de chegada, estes aparelhos revelam a performance de cada equipe ao longo da trilha. Se o carro estiver mais rápido ou mais lento do que o determinado pela planilha, a dupla é penalizada em pontos. Vence aquela que tiver o menor número de pontos perdidos.
CARTA AO LEITORFotos Ale Ruaro
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“O vinho clareia o espírito e a compreensão, atenua a ira, tira a tristeza, nos dá felicidade e alegria”. François Rabelais [1494-1553] Escritor e médico francês.
Os cenários e sabores surpreendentes do vinho brasileiro Há mais de um século, o cultivo da uva e produção de vinho são atividades econômicas importantes no Rio Grande do Sul, introduzidas pelos imigrantes italianos POR GUILHERME ARRUDA
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Spa do Vinho: no alto da colina, hotel e spa se impõem ao lado dos vinhedos emblemáticos do Lote 43 da Miolo
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no após ano, o agricultor Lóris Rasia repete o ritual trazido ao Brasil por seus antepassados 135 anos atrás: quando o mês de janeiro aponta no calendário, ele acorda mais cedo do que de costume, veste uma roupa surrada, um par de botas, chapéu de palha, mune-se de uma bacia de plástico, uma brítola (pequeno canivete com a ponta grossa e curva) e, depois do café da manhã, ganha as colinas verdejantes ao redor. É hora de colher uva na região serrana do Rio Grande do Sul, tarefa para oito ou nove semanas — depende das chuvas.
O agricultor Lóris Rasia em plena colheita. Abaixo, a brítola, instrumento utilizado para cortar os cachos
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O vinhedo da família Rasia é antigo: as dezenas de fileiras que correm em paralelo formam túneis cobertos por folhagens que mal deixam a luz do sol atravessar. No verão, calor e umidade transformam a colheita em uma verdadeira sauna. A posição é desconfortável, mas Lóris não reclama, já está acostumado, assim como outras 15 mil famílias que vivem da viticultura na Serra Gaúcha. Esta é a vindima, época de colheita e celebração da uva, de música, religiosidade e esperança de bons vinhos. Aos 53 anos, Lóris é da quarta geração dos Rasia que saíram de Vicenza, na Itália, e se instalaram no Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves. Tudo o que sabe, ele aprendeu com o pai, Ro-
malino, que não reclama da idade que tem e aos 80 anos pendura a cesta de plástico no pescoço e, munido da sua brítola, esbanja energia para cortar os cachos, um atrás do outro. Seu Romalino parece sorrir a cada corte, em agradecimento. A colheita, para ele, é o último ato de um ciclo de oito meses de dedicação total ao cultivo. Para as vinícolas que se espalham pela região, contudo, o recebimento da uva é apenas o início de outra história. No verde cenário montanhoso, a tristeza aparece vez ou outra, quando a natureza prega das suas e despeja granizo no final da primavera, destruindo parreirais e adiando os planos da família de melhorar a casa. Até dezembro, todos ficam mais tempo olhando para o céu do que para a terra. A exposição ao sol e a chuva deixam marcas nos rostos e nas mãos desse povo simples, que gosta de puxar conversa, contar histórias sem se importar em pronunciar com um erre só palavras como carroça, carro ou então trocar o sufixo “ão” por “on” em palavras como coração. Garrafão vira garafon. “Vivo bem assim”, resume Lóris, sem ligar para o líquido doce liberado por bagas danificadas dos cachos e que escorre pelas mãos e se aloja nas unhas. Ele também não se incomoda com as abelhas atraídas pelo aroma adocicado, que amigavelmente disputam o mesmo espaço e alimento. Todas as gerações dos Rasia e de outras centenas de agricultores foram orientadas a colher a maior quantidade possível de uvas por vinhedo. As vinícolas, antigamente, pagavam por volume entregue. A norma ainda vale para uvas destinadas a produção de sucos e de vinhos comuns, de baixo custo. Na elaboração de vinhos finos, entretanto, a regra é inversa: as vinícolas privilegiam produtividade menor por hectare e vinhedos que usam o sistema de condução das plantas com maior luminosidade, chamada de espaldeira, no qual a parreira corre por
uma cerca, sem que as folhas cubram os frutos, que recebem mais luz solar. Essa combinação produz uvas de qualidade superior e melhor remuneradas ao produtor. Daí saem os vinhos finos do Vale dos Vinhedos. O consumidor os identificará por estamparem nos rótulos as classes as quais pertencem (premium, reservas, gran reserva e da família, entre outros) e pelo preço: as garrafas podem muito bem variar de R$ 20,00 a R$ 200,00. Nem sempre foi assim. A adoção de práticas de qualidade e o reconhecimento dos vinhos começaram a ser incorporadas pelas vinícolas nas duas últimas décadas, precisamente, na Era Collor. A abertura do comércio internacional facilitou a importação de uvas geneticamente saudáveis e investimentos em tecnologia de vinificação. Mas, principalmente, pela substituição gradativa de parreirais de variedades americanas ou híbridas (próprios para vinhos comuns ou de garrafão) por espécies viníferas de origem europeia. Este processo recebeu o nome de reconversão. Mais do que em qualquer outra época na curta história da vitivinicultura brasileira, nunca se deu tanta ênfase à matéria-prima como agora, e ela tem feito toda a diferença. Antonio Dal Pizzol, da Vinícola Dal Pizzol, foi um dos pioneiros ao antecipar este movimento de mudanças. Em 1978, desafiado pelo pai, Atílio, ele elaborou um Cabernet Franc para celebrar o primeiro centenário da chegada da família ao Brasil. Com orgulho, fez questão de registrar que era um produto local, dando ao vinho o nome Do Lugar, referência ao distrito de Faria Lemos, em Bento Gonçalves. Ainda hoje o Do Lugar é um ícone e o carro-chefe da vinícola, que produz cerca de 300 mil garrafas anuais. “Mantemos até hoje o mesmo princípio: extrair da safra somente aquilo que ela pode oferecer de melhor”, acrescenta Dal Pizzol. Até a década de 1990, o único canal de vendas era uma rede de consu-
midores e admiradores do vinho, que hoje formam uma rede mais de cinco mil clientes. “Percebemos que, a partir daí, era preciso expandir para restaurantes, hotéis e lojas especializadas”, conta Dal Pizzol. Hoje, os novos canais de vendas respondem por 50% dos negócios, enquanto o atendimento direto responde pela outra metade. “O pessoal liga para fazer pedido ou então para saber novidades”, comenta.
Antonio Dal Pizzol, pioneiro na adoção de práticas de controle de qualidade
A paixão de Vilmar Fabro, 47 anos, pelo trator New Holland surgiu em 1994, para apoiar nos cuidados com o vinhedo e a produção de ameixa, pera, maçã e pêssego. “A máquina tem potência. É disso que preciso”, ressalta.
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Reconversão A reconversão não tem tido uma travessia simples nem para produtores de uvas nem para as vinícolas, pois envolve uma atividade com profundos significados sentimentais. “Não foi fácil mudar a cabeça do meu pai para cortar parreirais centenários e trocar o sistema para espaldeira”, conta Ademir Brandelli, lembrando que seu Laurindo defendia o sistema tradicional de latada, no qual a parreira se espalha horizontalmente sobre uma estrutura a cerca de dois metros do solo e os frutos pendem encobertos pelas folhas, recebendo pouca luminosidade. “Fui preparado para falar com ele, provando com números que seria melhor mudar”, recorda Ademir, um exemplo das transformações ocorridas na Serra Gaúcha nos últimos 20 anos - é filho de agricultor, estudou Enologia, criou uma vinícola, a Don Laurindo, cujos vinhos são reconhecidos como sendo de alta qualidade. Ademir optou por limitar a produção em 120 mil garrafas anuais e 100% das suas uvas saem de 15 hectares. Os vinhos descansam 12 meses na garrafa antes de serem comercializados. Ademir Brandelli: “A modernização do cultivo da uva foi um longo processo na Serra Gaúcha”
Evolução Alguns anos atrás, o vinho brasileiro tinha má imagem – era sinônimo de bebida adstrigente, que provocava dor de cabeça. Em 1995, porém, o Brasil assinou convênio com a OIV — Organização Internacional da Uva e do Vinho, integrando-se a um universo de práticas de cultivo e produção consagradas nos países denominados do Novo Mundo,
como o Chile, Argentina, África do Sul, Estados Unidos, Austrália e Nova Zelândia, que tem produtos diferenciados em relação aos vinhos do Velho Mundo. Os avanços se sucedem. Cinco anos atrás, por exemplo, ao ser instado a citar cinco vinhos do Novo Mundo, um sommelier europeu certamente deixaria o Brasil de fora. Hoje, os conhecedores europeus já incluiriam espumantes brasileiros em sua lista de bons vinhos. “A região fez em 20 anos o trabalho de 100 anos”, destaca Ademir Brandelli, que em breve vai brindar os admiradores de seus vinhos com uma edição comemorativa aos 80 anos do patriarca Laurindo e aos 20 anos da vinícola. “Quero compartilhar este vinho de aroma e paladar complexos”, afirma. O vinho escolhido conta com seleção de cachos com maior índice de maturação em diferentes partes do vinhedo. O corte inclui variedades Tannat, Merlot, Malbec, Ancellotta e Cabernet Sauvignon, sem porcentagem definida. São apenas 2.680 garrafas, que atualmente repousam nas caves. Destas, 1.980 serão disponibilizadas para venda. Por conta do elevado índice de tanino, este vinho é propício para guarda, podendo evoluir por mais dez anos. “Vinho é prazer, satisfação e bem-estar. Precisa ter estas três qualidades e o nosso vinho tem isso hoje”. O ciclo de modernização das vinícolas intensificou-se nos anos 1990, quando a abertura da economia possibilitou a importação de equipamentos de vinifi-
cação e de mudas europeias. Ao mesmo tempo, as empresas, muitas delas familiares e de pequeno porte, mandaram os filhos estudarem no exterior, conforme recorda João Valduga, enólogo da Casa Valduga. O consumidor brasileiro recebeu bem às mudanças, educou seu paladar e está cada vez mais propenso a consumir vinho de qualidade. A Casa Valduga começou a produzir vinhos em 1975. No ano 2000, importou mudas europeias e fez a reconversão dos vinhedos de latada para espaldeira, todos orientados no sentido Norte-Sul, para que ao longo do dia a planta seja iluminada em ambos os lados, garatindo maturação plena dos frutos. “Iniciamos com seis hectares e hoje já temos 86 hectares próprios”, conta Valduga, 55 anos, que largou o emprego na Embrapa Uva e Vinho para se dedicar à vinícola. Foi uma decisão empresarial e sentimental. “Nasci aqui na vinícola”, diz, apontando a casa. Orgulhoso, João re-
corda que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso introduziu os vinhos Valduga na carta dos eventos diplomáticos realizados pelo Ministério das Relações Exteriores. O segredo para conquistar os diplomatas? Incontáveis sessões de degustações às cegas, nas quais avaliase o vinho sem identificação de rótulo ou qualquer informação sobre procedência e produtor. Na degustação às cegas, são os sentidos que atestam a qualidade do vinho. Depois de tantos avanços, o vinho da Serra Gaúcha tem potencial para crescer mais? A resposta é unânime: sim. Vinhos brancos e espumantes levam vantagem, devido às condições de clima e solo da região que geram uvas brancas de características atraentes. Os vinhos tintos procuram compensar com alta tecnologia de vinificação as deficiências decorrentes e a estratégia tem alcançado resultados: varietais como o Merlot tem merecido destaque internacional.
Daniel Santon (esquerda) faz parte de uma tradicional família de vitivinicultores da Serra Gaúcha. João Valduga é um dos idealizadores do Vale dos Vinhedos
Rafael Tansini, diretor da Tansini Transportes, de Bento Gonçalves (RS), adquiriu no ano passado o Iveco Stralis 570S 41T 6x2, destinado ao transporte de produtos alimentícios e vinho a granel. “Como este é o primeiro caminhão Iveco, antes de fazer a opção, procuramos informações e todos falaram a mesma coisa: é um excelente caminhão, não dá oficina”, conta Rafael, satisfeito com a escolha.
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Como nasce um gigante
Darci Miolo, tendo na mão taça Cuvée Giuseppe, que será colocado no mercado em breve, com selo de Denominação de Origem
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A história das vinícolas da Serra Gaúcha tem um ponto de partida em comum, que é a chegada de imigrantes italianos à região nas duas últimas duas décadas do século XIX, atraídos por um programa oficial brasileiro de ocupação do território. Os imigrantes se instalavam em lotes de aproximadamente 25 hectares, situados em agrupamentos denominados colônias. A história da família Miolo no Brasil tem como marco o ano de 1897, quando Giuseppe Miolo assumiu o Lote 43, na região hoje denominada Vale dos Vinhedos. Nesta região, as famílias desenvolviam a agricultura de subsistência, com destaque para o cultivo de vinhedos, destinados à elaboração artesanal de vinhos para consumo familiar. Nos anos 1970, o potencial da região foi descoberto por vinícolas internacionais e muitas se instalaram principalmente nos municípios de Bento Gonçalves e Garibaldi, passando a comprar a produção de uvas das inúmeras famílias instaladas na região. Os Miolo eram uma dessas famílias e investiram na produção de uvas finas, para atender à demanda das empresas que se instalavam na região. O modelo de arranjo produtivo que reunia viticultores e vinícolas perdurou até o final dos anos
1980, quando entrou em colapso. A crise levou os produtores de uva a elaborarem o próprio vinho e a comercializarem o produto a granel. A vinícola Miolo é fruto deste processo, mas arriscou-se a experimentações, como a elaboração de um vinho fino a partir das uvas Merlot colhidas em 1990. Foram produzidas 8 mil garrafas, que chegaram ao mercado em 1992. A acolhida foi positiva e a família, por iniciativa de Darcy, Antonio e Paulo, netos do pioneiro Giuseppe, desenvolveu um plano empresarial de expansão e, ao mesmo tempo, investiu na educação de seus membros, em áreas estratégicas como enologia, administração e marketing. A evolução foi exponencial. As 8 mil garrafas de 1992 transformaram nos 12 milhões de litros de vinhos finos produzidos atualmente. Os 24 hectares do Lote 43 multiplicaram-se em 1,15 mil hectares de vinhedos próprios. A pequena vinícola familiar agora é o Miolo Wine Group, líder no mercado nacional de vinhos finos, com cerca de 40% de market share e mais de 100 rótulos produzidos em seis projetos vitivinícolas no Brasil, em diferentes regiões, além de parcerias internacionais com Argentina, Chile, Espanha, Itália e França. Nos últimos dez anos, a Miolo Wine Group investiu R$ 120 milhões em expansão da produção, tecnologia de ponta, mudas importadas, instalações e equipamentos de última geração. Expandiu-se para a fronteira vitivinícola do vale do rio São Francisco, na Bahia, para a zona da campanha gaúcha, e para os campos do alto da serra, no norte do Rio Grande do Sul. Em outubro de 2009, anunciou a compra da Vinícola Almadén, uma das mais tradicionais marcas de vinhos do Brasil. O planejamento estratégico da empresa prevê crescimento acelerado nos próximos anos, ao ritmo da evolução dos hábitos de consumo no Brasil. Uma prova de que não é apenas o vinho que melhora à medida que amadurece.
Bem, amigos do vinho... A paixão do apresentador Galvão Bueno pelos vinhos e a tradição da família Miolo se somaram para gerar dois vinhos superpremium: o tinto Bueno Paralelo 31 e o espumante Bueno Cuvée Prestige. Ambos foram lançados em agosto de 2010 e, de fato, impressionaram por suas características marcantes. “O Brasil precisa conhecer os excepcionais vinhos e espumantes elaborados aqui. Somos ricos em solo e clima, o que nos confere uma posição única frente a outros países”, afirma Galvão Bueno. A Vinícola Bueno Bellavista Estate está localizada na Campanha Gaúcha, reconhecida como uma das regiões mais promissoras para o cultivo de uvas, o Paralelo 31 – faixa do planeta onde se encontram algumas das melhores regiões vitivinícolas do mundo (Austrália, Nova Zelândia, África do Sul, Argentina e Chile). Os produtos têm a assinatura do renomado winemaker francês Michel Roland e foram elaborados com a orientação técnica dos enólogos da Miolo. Galvão Bueno idealizou e participou ativamente da criação dos dois vinhos. O Bueno Paralelo 31 é um assemblage das uvas Cabernet Sauvignon (60%), Merlot (30%) e Petit Verdot (10%). “É um vinho intenso, clássico e equilibrado, envelhecido 12 meses em barricas novas de carvalho francês. Isso lhe conferiu maior complexidade de aromas que remetem a frutas maduras, tostado, couro e tabaco”, explica Adriano Miolo, enólogo da Miolo. O espumante Bueno Cuvée Prestige é produzido com as variedades Chardonnay e Pinot Noir (50%), cultivadas no Vale dos Vinhedos, na serra gaúcha, na Vinícola Miolo, pelo “método champenoise”, o mesmo usado na elaboração dos champanhes da França, em que a fermentação ocorre no interior da própria garrafa durante meses. “O Cuvée Prestige envelheceu 18 meses sobre as leveduras o que lhe conferiu grande intensidade aromática, elegância, cremosidade e persistência”, diz Miolo. O espumante remete a frutas como o abacaxi, maçãs verdes, pêra, damasco, além de manteiga e avelãs.
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vinhos do brasil
espumantes
Um terroir propício a espumantes de qualidade
Cris Bergher
A palavra terroir é difícil de traduzir. Os franceses a empregam para definir a interação geográfica e sócioeconômica de uma microrregião vinícola, isto é, as características de solo e clima e os tratos culturais que forjam a personalidade de um vinho. O terroir evidencia a vocação vitivinícola de uma determinada microrregião. A propósito: qual é a vocação da Serra Gaúcha? Análises comparativas e o julgamento de enólogos, críticos e especialistas em vinhos de vários países indicam que a verdadeira vocação da Serra Gaúcha são os vinhos espumantes. De forma gradual e consistente, torna-se forte a convicção de que o Brasil possui terroirs muito favoráveis a espumantes, que se destacam pelo frescor, juventude, acidez e aromas frutados e florais. A qualidade evolui ao lado da produção. Em 2004, a comercialização de espumantes da Serra Gaúcha foi de 4,8 milhões de litros; em 2010 saltou para 9,6 milhões de litros. Um destaque são
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os espumantes Moscatel (tipo Asti), cujas vendas evoluíram de 671 mil litros em 2004 para 2,9 milhões de litros em 2010, conforme dados da União Brasileira de Vitivinicultores (Uvibra). O reconhecimento internacional é crescente. “Nossos produtos têm recebido prêmios em concursos internacionais e contribuem para consolidar a vocação da região”, diz Daniel Salton, presidente da Salton, pelo sexto ano consecutivo a vinícola líder em vendas de espumantes finos do país, com cerca de 40% do mercado. A desbravadora foi a Chandon, de Garibaldi, com pesquisas de terroir feitas pelo agrônomo e enólogo chileno Mario Geisse, em 1976. Três anos depois, o próprio Geisse adquiriu terras na Serra Gaúcha para fazer seus espumantes, na Cave Geisse. Ele percebeu que havia grande potencial para desenvolver espumantes de alta qualidade. A Chandon, a propósito, parou de fazer vinhos tintos e brancos em 1998, para concentrar-se nos espumantes.
Lona, o mestre artesão Milhares de apreciadores de vinhos espalhados pelo País foram introduzidos na degustação do vinho nacional pela dedicação do enólogo argentino Adolfo Lona, que, recém formado em Mendoza, veio para o Brasil para dirigir a única divisão de vinhos do grupo italiano Martini & Rossi, conhecido internacionalmente por seus vermutes. Em 1974, um ano após a sua chegada, ele lançou o espumante De Gréville e quatro depois, o vinho Baron de Lantier, introduzido novidades pioneiras no processo de vinificação da região, como a utilização de caixas plásticas para transporte de uvas, importação de barricas francesas, importação do primeiro tanque de inox com temperatura controlada e a primeira prensa pneumática, equipamentos hoje de uso corrente nas vinícolas. Ao lado do trabalho técnico, Lona foi um pioneiro nos cursos de introdução ao vinho e seu serviço. Por seus cursos passaram mais de 18 mil pessoas, todas devidamente certificadas, que se tornaram formadoras de opinião no processo de desenvolvimento do mercado consumidor de vinhos no Brasil. “Minha intenção era fazer as pessoas perderem o medo de beber vinho, dando dicas de como servir, como guardar”, lembra Lona, que ainda hoje é requisitado para dar palestras e cursos. Foram mais de trinta anos à frente da produção em escala industrial e em 2004 chegou a hora de uma reviravolta na vida. Lona tornou-se elaborador de seus próprios espumantes em escala artesanal, batizando-os com o próprio nome. Ele elabora pelo método charmat, em que a fermentação é feita em tanques de aço inox, e também pelo método tradicional ou champenoise, em que a fermentação ocorre dentro da própria garrafa. Sua produção é limitada e abrange espumantes brut charmat e champenoise, um rosé brut, um demi-sec elaborado com a uva Moscatel e um nature pas dosé, produzido sem a adição de açúcar que normalmente é empregada nos espumantes para concluir a segunda fermentação. São espumantes que expressam de modo soberbo as características do terroir e que trazem a assinatura de um mestre respeitado e admirado.
FÉ & RELIGIOSIDADE
A bênção dos parreirais O cultivo da uva está presente em 16 dos 28 municípios da Serra Gaúcha, que reúnem cerca de 90 vinícolas. A fé e a religiosidade estão presentes em todos eles. O frei capuchinho Jaime Bettega conta que os imigrantes que chegaram à região trouxeram a fé cristã, a devoção e imagens dos santos, que se abrigaram em inúmeras igrejas e capitéis construídas com esmero. Distantes da pátria, os imigrantes encontravam na fé a forma de animar e renovar a esperança. “Rezavam para pedir chuva e agradeciam os primeiros frutos. Quando não celebravam a missa, reuniam-se nas capelas para, através da oração do terço, agradecer a colheita. Rezavam para pedir saúde, pois com saúde poderiam trabalhar e garantir o pão na mesa”, ressalta o religioso. Ainda hoje a abertura oficial da colheita é marcada por um ato religioso e depois vêm as festividades. A fé é fator de união e coesão das comunidades rurais, os distritos e cidades. “Os que têm mais ligação com a cultura e o cultivo são os que mais vivenciam estes momentos. Mas há uma ligação forte entre o céu e a terra”, diz o frei. É comum pedirem ao frei a benção dos parreirais. Os viticultores sempre reservam em casa água benta e galhos de oliveira abençoados no Domingo de Ramos para queimar quando se aproximam os temporais. Derramam água benta nas parreiras. Colocam intenções nas missas contra as intempéries. Quando acontece a abertura da colheita, celebra-se uma missa em agradecimento. A relação do homem com a terra e a natureza é transcendental, pois deixa claro que as forças naturais decisivas para a produção estão além de seu controle. Há algo mais para lá.
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vinhos do brasil O Vale dos Vinhedos recebe cerca de 190 mil visitantes anualmente
VALE DOS VINHEDOS
PRODUÇÃO & CONSUMO
Uma região mágica
Em busca do consumidor brasileiro
Em 1995, seis vinícolas tiveram a ideia de transformar uma área de 81,5 km² de vales e colinas nos arredores de Bento Gonçalves em um reduto destinado a elaboração de vinhos diferenciados, cujas características expressassem a identidade dessa região demarcada. O nome escolhido, Vale dos Vinhedos, em menos de duas décadas tornou-se sinônimo não apenas de bons vinhos, mas também de turismo, gastronomia e hotelaria. Atualmente, o Vale é conhecido internacionalmente e é associado a itens que remetem a prazer, bem-estar, hospitalidade, requinte e relaxamento, em meio a paisagens de verdes intensos e ondulações agradáveis ao olhar. O Vale abriga hoje 31 vinícolas, que são responsáveis por 20% dos vinhos do Brasil, nove hotéis e pousadas e 13 restaurantes e cafés. Os vinhedos ocupam 26% da área total, a área reflorestada é de 43% e a população fixa não passa de duas mil pessoas. A temperatura média oscila entre 16º e 18ºC e a altitude média é de 742 metros acima do nível do mar. Os historiadores contam que a região foi a primeira a
ser ocupada por imigrantes italianos, a partir de 1875. Eles desenvolveram, inicialmente, a agricultura de subsistência, na qual se inclui o cultivo da uva e do vinho. Até a década de 1980, grande parte da produção de uvas era entregue para as maiores vinícolas da região, como Aurora e Salton. Mas oscilações do mercado derrubaram os preços das uvas e muitos viticultores passaram a reter a produção para elaborar seu próprio vinho, buscando comercializá-los diretamente, com possibilidade de lucros maiores. Gradativamente, o novo modelo de negócios foi adotando normas e procedimentos correntes na França, referência global do setor. Assim, em 2002 os vinhos do Vale dos Vinhedos receberam a Indicação de Procedência (IP), um selo certificado pelo INPI – Instituto Nacional de Propriedade Industrial, que atesta a procedência de vinhos da região. Ainda no primeiro semestre, o Vale dos Vinhedos dará outro passo importante, ao receber certificação de Denominação de Origem (DO), tornando os controles para elaboração mais rígidos.
Algumas vinícolas já têm estocados vinhos elaborados conforme as normas da DO, prontos para serem colocados no mercado. Mundo Fiat teve o privilégio de degustar o Cuvée Giuseppe, Merlot da safra 2009, da casa Miolo em companhia do patriarca, Darci Miolo. Este lote tem somente 85 mil garrafas e é irresistível. As vinícolas, pousadas e restaurantes recebem aproximadamente 190 mil visitantes por ano, o que o torna um dos mais importantes destinos turísticos do Rio Grande do Sul. Flexibilidade é a marca do Vale: o visitante pode montar seu próprio roteiro. As visitas às vinícolas são diárias, entre 8h30 e 17h, inclusive nos feriados. Cada vinícola tem sua própria programação, mas o itinerário mais comum é iniciar a visitação mostrando os vinhedos, dirigindo-se depois para a vinificação, o engarrafamento, e encerra no varejo, com uma sessão de degustação. Muitas vinícolas dão cursos rápidos de introdução ao mundo do vinho. Por tudo isto, o Vale dos Vinhedos foi citado pela jornalista americana Patrícia Schultz em seu livro ‘1000 Lugares para conhecer antes de morrer’, da Editora Sextante.
Gilmar Gomes
Consumo per capita de bebidas no Brasil (litros/ano) Café
81,0
Refrigerante
69,6
Cerveja
47,6
Água mineral
32,0
Suco de laranja
12,0
Cachaça
12,0
Vinho
1,7
Suco de uva
1,5
Energético
0,10
A comercialização de vinhos e derivados no Brasil é de 240 milhões de litros anuais, na média dos últimos seis anos. Desse volume, 90% são produzidos em solo gaúcho, tendo a Serra Gaúcha como berço da vitivinicultura. Todavia, continua forte no País a presença de vinhos comuns, elaborados a partir de uvas americanas e híbridas, cuja participação atinge 80% do volume de produção. Já o consumo de vinhos finos nacionais situa-se na faixa de 25,5 milhões de litros por ano. Isto corresponde a menos de 25% do consumo brasileiro, suprido em grande parte por vinhos importados de diferentes regiões do mundo. O consumo per capita situa-se historicamente abaixo da barreira dos 2 litros anuais. Mas pesquisas indicam que o consumidor reconhece a qualidade crescente do vinho brasileiro, conforme destaca Carlos Paviani, diretor executivo do Instituto Nacional do Vinho (Ibravin), principal entidade representativa do setor. À medida que a renda nacional cresce e se distribui melhor pela sociedade, reforçase a tendência de aumento de consumo de vinhos. Ao mesmo tempo, no exterior há uma grande curiosidade em relação aos brasileiros, observa o especialista em marketing, Eduardo Muniz, da Top Brands. As ações do Projeto Setorial Integrado Wines of Brazil têm ajudado, de fato, a impulsionar as exportações, enquanto a parceria entre o Ibravin e Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) contribui para dar uma imagem forte ao vinho brasileiro. Mas ainda é necessário trabalhar muito o consumidor brasileiro, para derrubar os preconceitos internos contra a bebida nacional. “É preciso atingir a emoção das pessoas para sensibilizá-las para o vinho”, diz Muniz. Marcelo Copello, influente crítico brasileiro de vinhos, é taxativo: “Motivos para experimentar vinhos brasileiros não faltam. Primeiro experimente tintos e brancos de várias regiões, desde o nordeste até a campanha gaúcha, fronteira com o Uruguai, passando por Santa Catarina e pela tradicional serra gaúcha. Na serra gaúcha são os Merlots frutados que se destacam, enquanto na Campanha – mais promissora região para tintos – há caldos de maior estrutura, como bons Cabernets e vinhos de castas portuguesas, como Tinta Roriz e Touriga Nacional. Feche o tour com chave de ouro com os espumantes, nosso “carro chefe”, que hoje já são bastante competitivos no mercado nacional, em preço e qualidade”. Que tal começar já?
Fonte: Entidades setoriais 62
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vinhos do brasil Roteiros enoturísticos oferecem aos turistas contato com a natureza e com uma das atividades mais antigas da humanidade: o cultivo de vinhas e elaboração de vinhos
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ENOTURISMO
De portas abertas As vinícolas abriram seus portões e oferecem ao público a oportunidade de um contato mais estreito com uma das atividades mais antigas e charmosas empreendidas pela humanidade: o cultivo da vinha e a elaboração de vinhos. Anualmente, 190 mil pessoas visitam o Vale dos Vinhedos e região. Muitos são turistas de lugares improváveis como Rússia, Croácia, Ásia e Oceania, atraídos pela crescente boa reputação internacional dos vinhos brasileiros. Bento Gonçalves, Pinto Bandeira, Garibaldi, Flores da Cunha, Antonio Prado, Nova Pádua, Nova Roma do Sul, Farroupilha e Caxias do Sul são cidades que mantêm programações turísticas e receptivas o ano inteiro. No verão, muitas delas festejam a Vindima (colheita da uva e início da elaboração de vinhos ) com eventos que exaltam a cultura e costumes locais, unindo música, dança, gastronomia italiana, artesanato e produtos coloniais. As cantinas, por sua vez, incentivam o visitante a colher uvas nos parreirais e depois esmagá-las com os
pés, como faziam os antepassados. O programa também inclui acompanhar a fase inicial da vinificação. Os roteiros mais conhecidos são: Caminhos da Imigração, Caminhos de Pedra, Caminhos de Faria Lemos, Caminhos do Salto Ventoso, Vale do Rio das Antas, Rota dos Espumantes, Rota dos Vinhos dos Altos Montes, Caminhos da Colônia, Eco Parque Nova Roma do Sul, Estrada do Imigrante e Estrada do Sabor, entre outros. Uma dica é visitar o Belvedere Sonda, em Nova Pádua, uma plataforma com 450 metros de altura, que proporciona uma vista do Vale do Rio das Antas. No distrito de Faria Lemos, distante 12 quilômetros de Bento Gonçalves, a Vinícola Dal Pizzol, montou um parque temático em uma área de oito hectares, onde funcionou a olaria da família. Um dos fornos foi transformado numa espécie de sacrário, onde são conservadas centenas de garrafas de safras antigas desde a fundação (na década de 70), unicamente, para contemplação. Alguns metros dali foi montada a réplica do primeiro vinhedo construído
pelos imigrantes, no sistema latada e todo de madeira e sem fios de arame. O projeto mais ousado da Dal Pizzol é o “Vinhedo do Mundo”, uma reserva com 164 variedades de uvas de 23 países, entre os quais Líbano, Japão e Egito. Antonio Dal Pizzol o chama de laboratório vivo. “As uvas que fazem os melhores vinhos do mundo estão aqui”, destaca. Os vinhedos possuem telas (proteção contra pássaros e abelhas) e todos os suportes são de aço galvanizado. “Esse é o terceiro no mundo”, orgulha-se. A maior parte dos roteiros enoturísticos propicia vivenciar situações em que predomina o levar a vida com leveza, com tranqüilidade, um tempo de descanso do trabalho, um tempo para si mesmo. A prática desse conjunto dá-se o nome de “slow living”. Contudo, para alem do vinho, há opções para amantes da aventura, como rafting, rapel, tirolesa, treking, canionismo, paraglider, escalada, passeio de Jeep e pêndulo. Compras? Em Guaporé há um pólo de jóias e de moda íntima e esportiva.
Linea, paixão à primeira curva Por GUILHERME ARRUDA Percorremos as elevações e estradas sinuosas da Serra Gaúcha a bordo de um Fiat Linea, apropriadamente na cor bordô, muito expressiva para uma visita à Bordeaux brasileira. Confesso que jamais tinha visto algo como Linea. Tem uma beleza jovial, desliza suavemente, impressiona por sua elegância e sobriedade, típicas da realeza. O melhor de tudo é que o carro aceitou minhas provocações. Respondeu sem vacilar a todos os desafios com personalidade, entre os vales e colinas da serra e suas exigências de potência e estabilidade nas curvas. É um carro apaixonante e marcante.
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Luciana Masiero
vinhos do brasil
O surpreendente Spa do Vinho
DICA DE ROTEIROS NA SERRA GAÚCHA FLORES DA CUNHA CAMINHOS DA COLÔNIA – Roteiro pelo interior de Caxias do sul e Flores da Cunha, passando pelas regiões produtoras de Santa Justina, Otávio Rocha e Linha 40. São doze restaurantes, vinícolas, parques, igrejas, museus, hotéis, eco-aventura, produtos coloniais e convivência com descendentes de imigrantes italianos. Tel. (54) 3279-8800 ou (54) 3292.1722, R.216 www.caminhosdacolonia.com.br
Entre as surpreendentes opções para os turistas, o Vale dos Vinhedos abriga o Vila Europa Hotel & Spa do Vinho Caudalie Vinothérapie, um prédio imponente, erguido no alto de uma colina com vista panorâmica de encher os olhos seja qual for a estação do ano. Distante 120 quilômetros de Porto Alegre, o spa é a única franquia no hemisfério Sul da rede Caudalie, com sede em Bordeaux, França, e franquias apenas em Paris, Sonoma (EUA), Reina (Portugal), La Rioja (Espanha), Itália e Taiwan. O spa disponibiliza tratamentos baseados no comprovado potencial rejuvenescedor da uva. Há duas formas de acesso: através dos programas vinoterápicos ou da Carte du Jour. Os programas vinoterápicos podem ser adquiridos para um período de um a seis dias. Todos os tratamentos proporcionam relaxamento e desintoxicação, com modernos tratamentos corporais e faciais auxiliados pelos polifenóis extraídos do mosto da uva após o processo de vinificação. Piscina térmica com água natural e hidromassagem, banhos de vinoterapia, sauna vinoterápica e solário garantem uma estadia inesquecível.
ANTONIO PRADO Caminhos da Imigração – Distrito 21 de Abril, o centro histórico de Antônio Prado, Linha 21 de Abril, Moinho Colonial Francescatto, Centro de Artesanato e Produtos Coloniais, Linha 30, seguindo até o Vale do Rio das Antas na Capela Santo Antônio (cenário do filme O Quatrilho), Ponte do Passo do Zeferino e Belvedere do Vale do Rio das Antas – RS 122. Tel. (54) 293-2021 ou (54) 293-1771. BENTO GONÇALVES CAMINHOS DE PEDRA – Legítimos representantes da cultura camponesa. Os imigrantes italianos, totalmente desprovidos de bens materiais, trouxeram para o Distrito de São Pedro a riqueza de seus valores culturais, expressos na religiosidade, no trabalho e valorização da família. O roteiro é um museu vivo. Para melhor compreensão deste roteiro é necessário estar acompanhado de guia de turismo. Associação Caminhos de Pedra pelos telefones (54) 3455-3555 e (54) 3454-5702. www.caminhosdepedra.org.br SANTA TEREZA Patrimônio histórico e arquitetônico – Atrativos como patrimônio histórico e arquitetônico, artesanato cultural, a travessia do Rio das Antas, através de Balsa e o Rio Barra Mansa, através de uma secular Ponte Pêncil. O Campanário Trevisano é um marco bucólico e ao mesmo tempo romântico. Tel. (54) 3456-1310.
DICAS DE HOTÉIS
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Farina Park Hotel Tel./Fax: 54 3458 7033 www.farinaparkhotel.com.br
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Hotel Villa Michelon Tel./Fax: 54 3459.1800 / 2102.1800 – 0800.7033800 www.villamichelon.com.br
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Pousada Villa Valduga Tel./Fax: 2105.3154 www.casavalduga.com.br
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agronegócio
História preservada CNH patrocina a criação do Museu do Açúcar em Piracicaba através da Lei Federal de Incentivo à Cultura
POR José Otávio Lari
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Fotos Divulgação
Protótipo do Museu do Açúcar: investimentos chegam a R$25,4 milhões
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reservar a memória e o caminho percorrido por uma pessoa ou grupo de pessoas em determinada atividade ou momento histórico é a razão de ser de um museu. Eles são construídos e mantidos em todos os cantos do mundo, sempre com a intenção de mostrar às gerações futuras o que fizeram os antepassados ou ainda o que estamos fazendo agora, para servir aos que virão depois como guia ou exemplo. É pensando assim que a Case IH, fabricante de equipamentos agrícolas da CNH, investe na instalação do Museu do Açúcar que está sendo implantado em Piracicaba, no interior de São Paulo, com a missão de
preservar a evolução histórica da produção de cana-de-açúcar no Brasil. Com previsão de abertura ao público em 2012 e investimentos de R$ 25,4 milhões, o Museu do Açúcar está sendo implantado nos três prédios do antigo Engenho Central de Piracicaba. O conjunto arquitetônico histórico, fundado em 1881, está sendo restaurado para abrigar o museu responsável pela preservação da memória dos principais ciclos da produção de cana-de-açúcar no Brasil e no mundo, com foco especial para o estado de São Paulo. Os recursos para a implantação estão sendo captados junto à iniciati-
va privada, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, como explica Vagner Furlan, diretor industrial da fábrica Case IH de Piracicaba. “A Case IH já destinou recursos ao projeto através da Lei Rouanet e a parceria deve continuar durante a execução do projeto.” De acordo com Furlan, o apoio da Case IH ao projeto é uma maneira de contribuir para a memória da produção agrícola no Brasil. “A cana-deaçúcar faz parte da raiz da produção agrícola brasileira e está ligada intimamente com a história do país. Para a Case IH, ser parceira do projeto de criação de um museu que vai resgatar e preservar a história deste produto e, consequentemente, a história do povo brasileiro é motivo de muito orgulho e satisfação” esclarece. O projeto de adequação dos prédios do Engenho ao novo museu, ainda de acordo com Furlan, obedecerá às diretrizes de preservação do patrimônio histórico, a partir de normas museológicas internacionais, “estabelecendo novos espaços, mas sem descaracterizar o edifício que é, em si mesmo, parte da história resgatada pelo museu. O espaço será concebido a partir dos princípios do museu vivo, com salas de exposições temporárias e espaços dinâmicos de informação virtual, garantindo o dinamismo das atividades”, finaliza.
O Museu do Açúcar será implantado nos três prédios do antigo Engenho Central de Piracicaba e colocará o visitante em contato com os ciclos da indústria da cana-deaçúcar no Brasil
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Instituto Brasil Leitor Responsável pela gestão, coordenação e execução geral do projeto, o Instituto Brasil Leitor (IBL), organização voltada à criação e realização de projetos de estímulo à leitura, educação e preservação do patrimônio histórico brasileiro, como o Museu da Língua Portuguesa em São Paulo e o restauro da Real Fábrica de Ferro em Iperó (SP), encontrou no Museu do Açúcar uma iniciativa que, ao mesmo tempo em que recupera um prédio histórico, está implantando nele um centro cultural que pretende preservar a história e fomentar o desenvolvimento do setor. “O antigo Engenho Central revitalizado, pleno de atividades culturais e de negócios, deixará de ser visto como espaço abandonado e passará a ser, no decorrer dos anos, motivo de orgulho e referência para a comunidade de Piracicaba e de todo o Brasil”, afirma o diretor geral do IBL, William Nacked.
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CHN e a cana-de-açúcar
educação
Fundação Torino recebe prêmio por gestão educacional Reconhecimento ao presidente Raffaele Peano e ao projeto Econscienza Por Carla Medeiros
A
Fundação Torino conquistou, em março, o Prêmio Nacional de Gestão Educacional (PNGE) em duas categorias: Gestor Educacional do Ano para o presidente Raffaele Peano e Responsabilidade Social, pelo projeto Econscienza. Iniciativa de um pool de parceiros, que incluem a Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino (Confenen) e a Humus Consultoria Educacional, o prêmio busca distinguir instituições e profissionais do setor privado que colaboram para o êxito da educação. A premiação aconteceu durante o IX Congresso Brasileiro de Gestão Educacional e I Congresso Internacional de Gestão Educacional, realizados em São Paulo. Para Peano, o reconhecimento da escola se deve aos bons resultados dos anos recentes. “Nos últimos cinco anos, a Fundação Torino tornou-se referência: o número de alunos cresceu 96% (são quase 1,5 mil entre as classes de maternal, ensinos fundamental e médio e o curso de idioma) e o faturamento teve alta de 85%. Investimos na capacitação dos profissionais em gestão e integração e hoje o próprio corpo docente participa da elaboração do plano de metas”, detalha. Como exemplo, ele cita o Plano 2016, que tem como objetivo matricular 1,9 alunos criteriosamente selecionados, número que permitirá a autonomia financeira da instituição. “É com orgulho que estamos conquistando nossa sustentabilidade. Quando alcançarmos a meta, poderemos investir mais em projetos como o de inovação tecnológica”, acrescenta. Feliz com a conquista dos prêmios, Peano dedica a vitória a toda a equipe da Fundação Torino. “Foi uma surpresa. É emocionante saber que estamos no cami-
Ignácio Costa
A produção da cana-de-açúcar está intimamente ligada à história do Brasil. Registros históricos dão conta que as primeiras mudas chegaram por aqui em 1533, tornando-se um dos principais produtos de exportação do Brasil colônia. Muita coisa mudou de lá pra cá, mas a cana continua sendo um dos principais produtos agrícolas do país e o estado de São Paulo o principal produtor no mundo. Para atender a demanda de mecanização da produção da cana, a CNH tem, em Piracicaba (SP), sua plataforma mundial de pesquisa, desenvolvimento e fabricação de máquinas para a colheita de cana. É nesta fábrica Case IH que são produzidas as colhedoras A4000, especialmente desenvolvidas para a colheita em áreas onde o espaçamento do plantio é reduzido e as colhedoras da Série A8000, disponível em dois modelos: com pneus (A8000) e com esteiras (A8800). A Série representa o que existe de mais moderno no mercado mundial de colhedoras de cana, sendo inclusive a primeira máquina do setor a contar com computador de bordo como item de série e de estar preparada para a utilização de todos os recursos da Agricultura de Precisão, em especial o piloto automático, responsável por um aumento de produção de até 15%. Divulgação
agronegócio
História O Engenho Central de Piracicaba, que abrigará o Museu do Açúcar, representou um avanço fundamental na estrutura produtiva da cana-deaçúcar no Brasil. Fundado no final do século XIX, em 1881, industrializava a cana de forma centralizada e com equipamentos modernos de tecnologia francesa. Antes mesmo da assinatura da Lei Áurea (1888), que aboliu a escravatura no País, o Engenho já empregava mão-de-obra assalariada. As atividades industriais do Engenho marcaram o início do primeiro ciclo de desenvolvimento de Piracicaba e permitiu sua emancipação política e econômica. Em 1899, sob o comando de um grupo empresarial Francês, o Engenho chegou a liderar a produção de açúcar no Estado de São Paulo, com 100 mil sacas e 3 mil litros de álcool por mês.
nho certo. Conquistamos um diferencial e vamos melhorar cada vez mais. O sucesso é acreditar. Eu acredito na escola e na contribuição que deixamos para o futuro”, completa. Econscienza Desenvolvido desde 2008, o projeto Econscienza visa incentivar alunos a incorporarem ações sustentáveis em seus cotidianos escolares e familiares, como a prática da coleta seletiva e o uso racional de energia. Coordenado pela professora Maria Chiara Algisi, incentiva a reutilização de materiais recicláveis, transformando-os em objetos para uso da própria instituição, despertando nos alunos a consciência ecológica. Sobre a amplitude do Econscienza, Chiara Algisi explica que a ideia de trabalhar o tema sustentabilidade surgiu justamente pela abrangência da palavra, que envolve fatores sociais, econômicos e ambientais. “Com o projeto reforçamos que ser sustentável implica em respeitar o próximo e pensar em como nos relacionamos diariamente”, explica.
Maria Chiara Algisi com o prêmio pelo projeto Econscienza e Raffaele Peano, presidente da Fundação Torino, com o prêmio de Gestor Educacional do Ano
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Fotos Ignácio Costa
educação Ananda Campolina do Valle, 17 anos, e Rômulo Bredt, 15 anos, participaram do Processo de Integração Escolar (PIE)
Ensino Europeu em solo brasileiro Há mais de 30 anos na capital mineira, a Fundação Torino se consagra como referência em Escola Internacional Por Juliana Garcia
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A
escola internacional Fundação Torino foi criada em 1970 com a proposta de educar os filhos dos técnicos italianos que trabalhavam na Fiat Automóveis. Nesta época, a Fundação seguia em 100% os padrões europeus de ensino. Ao final da década de 1980, com o aumento da mão de obra qualificada brasileira, o número de italianos diminuiu consideravelmente na empresa, e consequentemente, o número de alunos da Fundação Torino. “Foi preciso optar em fechar a escola ou abri-la ao público geral, como referência da cultura italiana no Brasil”, recorda o presidente da instituição, Raffaele Peano. Peano explica que a nova fase exigiu muitas mudanças na escola. “Fizemos uma adaptação do currículo escolar, adequando matérias brasileiras e italianas, sem prejudicar nenhuma delas. O ponto de equilíbrio formou um novo programa de ensino, com as aprovações tanto do governo italiano quanto do brasileiro”, relata. A Fundação Torino segue o calendário europeu, considerando as necessidades brasileiras. As aulas são iniciadas na primeira semana de agosto e interrompidas no final de dezembro para férias. O segundo ciclo inicia-se em fevereiro e a conclusão do ano letivo é no final de junho, quando são realizadas as provas de certificação: Esami di Stado e Licenza. Desde o maternal as crianças já mergulham no universo de dois idiomas, o português e o italiano. E antes mesmo de saírem da Scuola Materna iniciam o aprendizado do inglês. Chegando ao Ensino Médio, o aluno pode optar por uma formação voltada para o ensino científico, técnico em turismo ou administração, além de estudar espanhol e latim. Pré-adaptação Por ter uma rotina diferente das escolas tradicionais, os alunos do 4º
ano Fundamental até o início do Ensino Médio que ingressam na Fundação Torino passam por um período de préadaptação. De janeiro a junho, eles participam do Processo de Integração Escolar (PIE,) no qual recebem todo o apoio e acompanhamento. “Este período é importante para integrar os alunos tanto ao ensino da nova língua, quanto à nova rotina do colégio. Eles passam seis meses se adaptando para vivenciar uma escola que é baseada em um modelo internacional”, explica Maria Clara Campos, psicóloga educacional e coordenadora do PIE. A estudante Ananda Campolina do Valle, 17 anos, participou do Programa de Integração Escolar no 1° semestre de 2010 e, um ano depois, recorda a importância do processo para sua adaptação na escola: “O programa foi indispensável para meu ingresso na Fundação Torino, principalmente por causa do italiano. Eu nunca havia estudado o idioma e finalizei o PIE com um conhecimento que não imaginava alcançar”. Além de aulas de Italiano - 12 horas semanais - os novatos têm diversas atividades que visam a integração ao novo colégio e aos costumes que envolvem o aprendizado da nova cultura. Aluno do PIE desde fevereiro deste ano, Rômulo Bredt, de 15 anos, reconhece o valor do programa para sua adaptação aos novos costumes escolares. “Não é só pelo idioma que o PIE merece meu reconhecimento, ele nos auxilia em vários outros aspectos da escola, onde tudo é novidade”, explica. É também no PIE que o aluno é apresentado a uma realidade similar à existente na Europa. “Acho muito bacana a Fundação Torino se preocupar com isso, esse processo de adaptação maximiza nosso aprendizado e é também uma ótima oportunidade de fazermos amizades com outros novatos”, acrescenta o estudante.
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sustentabilidade
Por um mundo mais acessível
Confira as principais adaptações e suas funções:
Fiat apresenta veículos adaptados para pessoas com deficiência na Reatech, segundo maior evento do mundo especializado em acessibilidade
• ACELERADOR ELETRÔNICO DE ARO 906 GVQR: O aro
Por Frederico Tonucci
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sibilita o veículo ser usado também por pessoas que não tem mobilidade reduzida. Para transporte de cadeirantes foram expostos dois veículos Doblòs – um adaptado com rampa manual retrátil e outro com rampa eletro-hidráulica. Inovação A novidade da Fiat para este ano é a extensão do Câmbio Automático Dualogic, que antes só era encontrado nos modelos mais completos. O sistema oferece aos portadores de deficiência física mais conforto e funcionalidade por um preço mais acessível. Todas as adaptações são feitas por empresas parceiras Fiat, mas o câmbio é de fábrica, produzido com o veículo. Outra peculiaridade do estande foi a presença de cadeirantes como recepcionistas. Isso se deve ao
• FREIO MANUAL 907 FV:
grande sucesso e repercussão que a iniciativa obteve no ano anterior. Esses colaboradores podem, melhor que ninguém, entender o público e apresentar todas as soluções de direção nos modelos expostos.
Doblò está equipado para oferecer comodidade aos cadeirantes
Fotos Divulgação
A
Fiat esteve presente na Reatech - X Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade, que aconteceu na capital paulista entre os dias 14 e 17 de abril. Na ocasião, a empresa expôs os veículos adaptados para este público, em parceria com adaptadoras. Os produtos oferecem funcionalidade para transporte de cadeirantes, com o Doblò nas versões HLX e Adventure, e para a direção da pessoa com deficiência com os modelos da gama, o Palio Weekend, o Línea, o Novo Idea com novo design, o Novo Uno e o Fiat Bravo, o grande lançamento da marca. Na feira, o Fiat Bravo está adaptado com acelerador eletrônico de aro e freio manual. Essas adaptações permitem ao condutor acelerar e frear com comandos no próprio volante. Também são apresentados veículos com inversão do pedal do acelerador, que permite ao condutor acelerar com o pé esquerdo e central de comandos elétricos, que é um pomo aclopado no volante que permite acionar todas as funções elétricas do carro como buzina, farol, limpador e etc, através de um controle com botões que transmitem as informações por sinal para o veículo. Todas essas adaptações são removíveis, o que pos-
instalado por cima do volante proporciona uma aceleração com segurança e conforto. Poderá ser removido facilmente quando o veículo for dirigido por outro condutor.
Test drive A Reatech é o segundo maior evento do setor no mundo e conta com inúmeros produtos e serviços para esse público. No Brasil, cerca de 40% dos negócios gerados nesse mercado são influenciados pela feira, que conta com mais de 250 expositores e aproximadamente 45 mil visitantes, movimentando mais de R$ 550 milhões. No estande da Fiat o público pôde, além de conferir os carros adaptados, experimentar os produtos em uma área disponível para test drive. O setor de produtos e serviços para reabilitação movimenta cerca de R$ 1,5 bilhão no País, sendo R$ 200 milhões só com vendas de cadeiras de rodas e mais de R$ 800 milhões em automóveis e adaptações veiculares.
Central de controles elétricos fixada ao volante e pedal do acelerador invertido
Esta alavanca de freio representa a última geração de freio manual e se adapta melhor dentro do veículo, garantindo muita praticidade na sua utilização e resistência dos materiais. Possui trava de freio para maior conforto nas manobras.
• Inversão de pedal do acelerador 908 U: Este equipamento permite o condutor acelerar com o pé esquerdo. Possui também uma proteção opcional para o pedal do acelerador do lado direito. Pode ser retirado quando não estiver sendo utilizado pelo condutor.
• Acelerador Europa Lever: Acelerador e freio manual, operado através de uma pequena alavanca com acionamento vertical para aceleração e horizontal para frenagem.
• Central de comandos elétricos: Equipamento que transfere os principais comandos do veículo para o teclado acoplado ao pomo giratório.
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sustentabilidade
Empresas de todo o país discutem a ergonomia no trabalho Comau organiza seminário que aborda a ergonomia como fator de qualidade de vida dos empregados
Por Lilian Lobato
Fotos Divulgação
Lailah Vasconcelos, Sarina Occhipinti Magalhães, e Luciana Satler: distintas abordagens
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uando se fala em ergonomia, logo vem em mente o ambiente de trabalho. Entretanto, mais que avaliar as condições do meio, esse sistema verifica o que é preciso fazer para oferecer qualidade de vida aos empregados e, com isso, elevar a motivação e a produtividade. Foi o que mostrou o 1º Seminário de Gestão Estratégica em Ergonomia, realizado em março pela Comau. Ao todo, o seminário reuniu 80 participantes de 46 empresas, incluindo Fiat Powertrain, Iveco, Teksid, Fiat Automóveis e Fundação Fiat. Na avaliação da fisioterapeuta do trabalho da Comau, Luciana Satler, o principal objetivo foi disseminar conhecimento em ergonomia e trocar experiências na área. “Mostramos a nossa conduta e tivemos a oportunidade de também ter acesso à ergonomia das demais empresas. Com isso, todos saíram ganhando”, afirma ela, que falou sobre a “Gestão estratégica em ergonomia no ambiente global” em sua apresentação no evento.
Para Luciana Satler, o mercado está em constante evolução e as ferramentas de ergonomia precisam se ajustar às mudanças. “O foco da Comau é a qualidade de vida no ambiente de trabalho. Com bem-estar, o empregado passa a atuar com motivação e, consequentemente, melhora sua produtividade. A nossa preocupação está em aperfeiçoar a ergonomia já praticada”, avalia. Uma das convidadas do seminário foi a médica do trabalho e ergonomista do Ministério do Trabalho, Lailah Vilela. Ela ressalta que a iniciativa da Comau é de suma importância para a ampliação da discussão sobre ergonomia no mundo corporativo. “Muitas empresas possuem alto grau de consciência sobre o assunto, mas não abordam a prática internamente e nem trocam experiências com outras empresas”, explica. Durante a palestra, ela explicou o texto da Norma Regulamentadora 17, que estabelece parâmetros que permitem a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores e esclareceu pontos que não eram compreensíveis aos presentes. “Muitas vezes, as empresas não entendem o texto da lei”, afirma. A programação do seminário incluiu também as palestras “Introdução à gestão estratégica em ergonomia”, da médica do trabalho da Comau, Sarina Magalhães; “Gestão de times de ergonomia”, do médico do trabalho da Fiat Automóveis, Helder de Faria Tavares; “Implantação de um programa de ergonomia em ambientes multifuncionais”, do enfermeiro do trabalho da Teksid, Rogério Fabel e “Alongue-se”, do professor de educação física da Comau, Pedro Biachetti. O diretor de Recursos Humanos da Comau, Adriani Damazio, reforça que a ergonomia é o sistema que zela pela saúde e segurança do funcionário. Segundo ele, o seminário aproveitou para
apresentar como é a gestão estratégica em ergonomia nas empresas Fiat. O primeiro seminário sobre o tema despertou o interesse dos colaboradores da Comau. De acordo com a engenheira de segurança do trabalho da empresa, Fabiana Siqueira, a iniciativa foi uma maneira de dividir as boas práticas em ergonomia e contribuiu para aproximar as empresas Fiat. “Os gestores percebem o ganho que as empresas têm ao seguir os preceitos de ergonomia e é fundamental disseminar esse conhecimento”, avalia. A mesma opinião tem a analista de saúde e segurança Wanessa Cavalcanti, para quem o evento foi uma oportunidade de alinhar informações e agregar valores à Comau. “Foi possível dividir experiências e também aprender com as demais empresas participantes”, acrescenta.
Rogério Fabel, e Márcio Adriani Damazio
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Pelo segundo ano consecutivo, o Fiat Palio foi o modelo mais recomendado pelos reparadores independentes de todo o Brasil. O modelo confirmou a supremacia conquistada em 2009 com 14,3% de preferência em 2010. O Fiat Uno foi escolhido como modelo recomendado até 1.0, pelo terceiro ano consecutivo, com 21,1% de preferência. Já o Fiat Strada foi a picape leve mais recomendada pelo quarto ano consecutivo, com 37,3%. A pesquisa “CINAU melhor carro/ imagem das montadoras” ouviu 1.169 reparadores de todo o Brasil entre os meses de novembro e dezembro de 2010, por carta e internet. A confiança na marca, a relação custo-benefício do modelo e o acesso a informação técnica são os três principais motivos para o voto do reparador. Além de ter sido bem avaliada nestes quesitos, a Fiat Automóveis foi considerada a melhor fabricante na avaliação sobre tecnologia dentro da pesquisa da CINAU, unidade de negócios do veículo Oficina Brasil.
Consultor e professor lança livro sobre gestão operacional Projeto Standard Fiat Latam
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O projeto Standard Fiat Latam busca a excelência no atendimento através da padronização da estrutura e procedimentos nas concessionárias Fiat da América Latina, oferecendo atenção especial a todos os seus clientes. Em 2010, os mercados de Costa Rica e Panamá iniciaram a implantação do sistema e participaram da primeira fase de treinamentos nas áreas de vendas e pós-vendas. Neste ano os mercados da Colômbia, Paraguai e República Dominicana também passarão pelos mesmos processos.
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O consultor e professor Gilvam Ferreira acaba de lançar o livro Gerenciamento Operacional em Ambiente de Produção, no qual apresenta orientações para gerentes e supervisores utilizarem na rotina de trabalho. Com foco na obtenção de melhores resultados, a obra trata de questões como a condução de reunião de início de turno, o monitoramento de resultados operacionais, o uso da ferramenta Gestão à Vista e dicas para elevar e manter o moral da equipe. Gilvam Ferreira atuou por 32 anos no Grupo Fiat, onde adquiriu experiência internacional em gerenciamento da qualidade, desenvolvimento de pessoas e de produtos e gestão de fornecedores. O prefácio do livro é assinado pelo diretor do Fiat Group Purchasing para a América Latina, Osias Galantine. A tiragem inicial da obra é de 2 mil exemplares e podem ser adquiridos por meio do www. mavlig.com.br ou gilvam.ferreira@mavlig.com.br
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Fiat Palio é novamente o favorito entre reparadores
Casa Fiat de Cultura leva a arte brasileira para a Itália
PROGRAMA “EVOLUÇÃO NO CAMPO” ESTÁ DE VOLTA
Enquanto se prepara para apresentar grandes exposições para o público mineiro, a Casa Fiat de Cultura lançou, no dia 7 de abril, em Roma, o 1º Festival de Cultura Brasileira na Itália. A programação, que contempla várias mostras e espetáculos, foi realizada na sede da Embaixada do Brasil na Itália, no famoso Palazzo Pamphilj, na Piazza Navona, uma das mais imponentes edificações do centro histórico de Roma. O Festival é uma parceria da Casa Fiat de Cultura, da Embaixada do Brasil em Roma e do Ministério da Cultura e possui patrocínio da Fiat Automóveis através da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O Festival foi aberto com o grupo mineiro Uakti que apresentou, na Sala Palestrina, o espetáculo “4 Tempos”. Ao longo de 2011, o Festival levará à capital italiana o melhor da arte brasileira: música instrumental erudita, design, artes visuais, arquitetura e gravuras brasileiras, artes cênicas e debates. “Não há fronteiras para a arte. A Casa Fiat de Cultura, um espaço de alma ítalo-brasileira, busca estimular a troca cultural entre os dois países”, ressalta José Eduardo de Lima Pereira, presidente da Casa Fiat de Cultura, que esteve presente à abertura. O Festival reserva uma série de grandes atrações brasileiras em território italiano.
O programa itinerante da Case IH “Evolução em Campo” está de volta às estradas, realizando ações de relacionamento com clientes como demonstrações com dinâmicas de máquinas, dias de campo e participações em feiras. Os objetivos da participação das concessionárias ao receber o caminhão-carreta nas suas cidades são o reforço da marca Case IH, realizar demonstrações dos equipamentos da marca e promover a interação com clientes da região em que atuam. Em 2011, o programa “Evolução em Campo” realizará eventos em parceria com a rede de concessionários até o mês de novembro passando pelas principais regiões do agronegócio brasileiro.
Banco Fidis inaugura nova sede em Belo Horizonte O Banco Fidis inaugurou, em fevereiro, sua nova sede em Belo Horizonte (MG). A unidade ocupa dois andares com 900 metros quadrados na avenida Barão Homem de Melo, zona oeste da cidade. O Banco Fidis financia o relacionamento entre a Fiat e a rede de concessionários da marca e também atua no varejo, financiando as vendas da Iveco e da Chrysler. Sua atuação dá suporte para o crescimento das três marcas. O banco estava sediado no interior da fábrica da Fiat, em Betim, e transferiu-se para uma região dinâmica de Belo Horizonte. O presidente do banco, Gunnar Murillo, e o CEO de Fiat Finanças, Gilson de Oliveira Carvalho, reafirmaram a importância da retaguarda financeira para a expansão dos negócios do Grupo Fiat. Cledorvino Belini, presidente do Grupo para a América Latina, destacou o papel do banco e lançou um desafio à equipe para acelerar o crescimento da instituição.
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raio-X DO GRUPO FIAT NO BRASIL
fiat spa MONTADORAS
componentes
serviços
Fiat Revi www.magnetimarelli.com Magneti Marelli
www.fiat.com.br Fiat Automóveis
Fiat Services
Raio-X do Grupo Fiat no Brasil
sistemas de produção
www.fptpowertrain.com FPT – Powertrain Technologies (Mercosul) Fides Corretagens de Seguros
www.teksid.com.br Teksid do Brasil
www.comau.com.br Comau do Brasil
www.isvor.com.br Isvor Instituto para o Desenvolvimento Organizacional
serviços financeiros
Fiat Finanças
Banco Fidis
fiat industrial Empresa: Fiat do Brasil S.A. A Fiat do Brasil S.A., constituída em 1947, é a empresa mais antiga do Grupo Fiat no Brasil. É a representante, no país, da holding Fiat SpA e presta serviços em suas diversas áreas de atuação à Fiat Industrial SpA. A Fiat do Brasil S.A. tem a função de representação institucional perante as autoridades governamentais, comunicação corporativa, auditoria interna, treinamento, contabilidade, normatização e gestão das áreas fiscal e tributária, metodologia, folha de pagamento e outras atividades de suporte às operações do Grupo, prestando serviços a 19 empresas, divisões, associações e fundações.
MONTADORAS
componentes
serviços financeiros
www.fptpowertrain.com FPT – Powertrain Technologies (Mercosul)
Banco CNH Capital
www.cnh.com Case New Holland (CNH)
www.iveco.com.br Iveco Latin America
cultura
educação
assistência social
www.casafiatdecultura.com.br Casa Fiat de Cultura
www.fundacaotorino.com.br Fundação Torino
www.fundacaofiat.com.br Fundação Fiat
Localização: tem plantas industriais nos estados de Minas Gerais, Paraná e São Paulo. Presidente: Cledorvino Belini
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memória
Motores Fire: uma história de sucesso A linha Fire foi lançada na Europa na década de 80 e desde então versões destes motores da Fiat Powertrain equipam carros que são sucesso de vendas
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o Brasil há quase uma década, a família de motores Fire da Fiat Powertrain é uma das mais bem-sucedidas do mercado nacional de propulsores automotivos. Recentemente, a empresa alcançou a expressiva marca de cinco milhões de unidades produzidas. Lançada na Europa ainda nos anos 1980, a linha Fire desembarcou no Brasil no início dos anos 2000 para substituir o M201 e oferecer maior torque em baixa rotação, além de di-
Fire 1.0 Economy
Fire 1.0 T-jet Fire 1.0 Evo
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mensões mais compactas, menor peso e consumo de combustível reduzido. O primeiro modelo produzido foi um 1.3 16v a gasolina, desenvolvido para equipar o Palio. Era bastante similar ao europeu, com uma inovação para o mercado brasileiro: o sistema drive by wire, o acelerador eletrônico. A partir de 2004, começaram a chegar ao mercado os modelos flex, com destaque para a versão 1.0 HP flex. O propulsor foi o primeiro brasileiro dessa faixa de cilindrada capaz de rodar tanto com gasolina quanto etanol, antecipando uma tendência atualmente consolidada no mercado nacional. Atualmente, a família Fire conta com versões 1.0l 8v (Palio e Siena), 1.0l 8v Economy (Mille), 1.3l 8v (Uno furgão e Fiorino furgão), 1.4l (Idea), 1.4l 8v (Palio, Palio Weekend, Siena, Punto, Strada e Doblò), 1.4l 8v Tetrafuel (Siena), 1.4l 16v T-Jet (adaptação para Linea e Punto) , Evo 1.0l (Novo Uno) e Evo 1.4l (Novo Uno). “Tão importante quanto oferecer uma ampla gama de produtos que atenda aos desejos dos nossos clientes é estarmos preparados para atender também à sua demanda. Com muita dedicação, método e inovação, refletidos no envolvimento das pessoas, a Fiat Powertrain Betim tem alcançado uma expressiva taxa de crescimento da curva produtiva, fruto da confiança dos clientes na qualidade dos nossos produtos”, comenta Marcos César de Lima e Sousa, plant manager da Área Motores da unidade de Betim (MG).
SE O M O CO OTOR É RAÇÃ O DO TEM CARR OS 5 O, MI DE
LHÕE S XON ADO S.
APAI
5 mFilhões
moto
de
res
ire.
O MOTOR FIRE É UM VERDADEIRO SUCESSO DE PÚBLICO. E FAZER PARTE DESSA HISTÓRIA, DESENVOLVENDO E PRODUZINDO UM MOTOR TÃO CONSAGRADO, É MOTIVO DE MUITO ORGULHO PARA A FIAT POWERTRAIN. AFINAL, NESSES 10 ANOS, NÃO PRODUZIMOS APENAS 5 MILHÕES DE MOTORES FIRE. PRODUZIMOS 5 MILHÕES DE SONHOS REALIZADOS, 5 MILHÕES DE SORRISOS, 5 MILHÕES DE CLIENTES SATISFEITOS. PARABÉNS A TODOS OS CLIENTES FIRE.
FAÇA REVISÕES EM SEU VEÍCULO REGULARMENTE.