Revista Mundo Fiat 111

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Studio Cerri

REVISTA DO GRUPO FIAT DO BRASIL Número 111 - OUT/NOV 2011

Concerto de Andrea Bocelli celebra

FIAT 35 ANOS

Conheça o Novo Palio: maior, melhor e mais bonito • Fiat 500: uma obra-prima italiana • Case IH lança colhedora Axial-Flow 2566 • Iveco fornecerá escolar para programa Caminho da Escola • Expedição Fiat Palio Elétrico • Magneti Marelli cria a Semana de Boas Ideias e Sugestões • Isvor desenvolve programa de inovação • Fundação Torino é premiada por ensino inovador • Árvore da Vida lança pedra fundamental da futura sede • Equipe Fiat/Minas conquista o Troféu José Finkel de natação • Momento Itália-Brasil é lançado em Minas Gerais • Um passeio gastronômico em Ushuaia, Argentina


O cinto de segurança pode salvar vidas.

NOVO FIAT PALIO.

A A E T H R A c u m p r i m e n t a a F I AT A u t o m ó v e i s por este lançamento e se orgulha de participar de mais um grande sucesso de alta tecnologia. Parabéns!

AETHRA

SISTEMAS

AUTOMOTIVOS

Tecnologia de Vanguarda.


CARTA AO LEITOR

A transformação necessária por Cledorvino Belini*

A

s grandes transformações que colocaram o Brasil em novos rumos foram fruto da capacidade de articulação e mobilização dos vários setores sociais. Foi assim com a democratização e com a estabilização da economia, que constituem hoje valores destacados que a sociedade está disposta a defender. E para que o País dê o salto em direção à plena realização de seu potencial, é preciso que o tema da competitividade seja colocado no centro das atenções e na prioridade das decisões. Há um paradoxo a ser superado. A economia brasileira vive um ciclo de expansão, mas o crescimento não se tem traduzido em ganhos sistêmicos de produtividade e competitividade. Sem tais avanços da eficiência, a indústria brasileira terá dificuldades para competir no mercado global e estará demasiadamente exposta aos efeitos das oscilações internacionais das moedas fortes. Muitos passos importantes já foram dados. As empresas brasileiras estão investindo estrategicamente em instalações, tecnologia e equipamentos, mas deparam-se com deficiências estruturais que precisam ser superadas. O custo do capital ao longo da cadeia produtiva é elevado, a política tributária pode ser racionalizada, gargalos logísticos e de infraestrutura devem ser eliminados. Mas não podemos perder de vista jamais que a produtividade e a competitividade são obra humana, isto é, dependem de mão de obra educada, preparada e treinada para operar todos os níveis da produção e, principalmente, do desenvolvimento de novos projetos, novas tecnologias e processos. O Brasil tem o capital humano necessário ao seu crescimento sustentável, constituído por 20 milhões de jovens na fase crucial de seu processo de educação e capacitação. Nosso desafio transformador é permitir a esta geração que se prepare para superar seus próprios limites, qualificando toda a sociedade e expandindo a capacidade de desenvolvimento no País. Muitas ações consistentes têm sido articuladas entre governo e setor produtivo, a fim de consolidar claramente os contornos de uma nova política industrial para o País, que crie as condições para o avanço tecnológico e competitivo da indústria nacional. Há linhas já claramente delineadas para esta política, como o foco em cadeias produtivas, estímulo ao conteúdo local, fomento à Pesquisa&Desenvolvimento, através de um conjunto de ações que extrapolam a visão imediatista para sinalizar uma definição de Estado para um modelo de desenvolvimento de preservação e fomento da produção industrial, da tecnologia e da inovação, com o País aberto a investimentos de todos aqueles interessados em explorar o formidável potencial do mercado brasileiro. São questões que demandam um debate profundo, para a construção de convergências entre governo e os diversos setores da sociedade quanto ao modelo produtivo que pretendemos consolidar. O certo é que o Brasil tem uma base econômica promissora, com amplo espaço a conquistar no cenário global, como mostra o vigor do comércio exterior. No entanto, o próprio perfil de nossas exportações ressalta o calibre de nossos desafios: mais de 56% do valor das exportações brasileiras nos nove primeiros meses deste ano foram obtidos com produtos básicos, de baixo valor agregado, enquanto os manufaturados representaram apenas 37%, uma proporção incompatível com a complexidade e diversidade da indústria brasileira. Trabalhemos pela transformação necessária para o nosso desenvolvimento sustentável! *Presidente da Fiat-Chrysler para a América Latina MUNDOFIAT

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sumário

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EXPEDIENTE

Mundo Fiat é uma publicação da Fiat do Brasil S/A, destinada aos stakeholders das empresas do grupo no Brasil.

Momentos históricos Por Marco Antônio Lage*

48 10 Lançamento

Novo Fiat Palio: Maior, melhor e mais bonito Desenvolvimento do novo automóvel harmoniza mais espaço interno, novas funcionalidades, conforto e segurança, valorizando estilo e tecnologia

22 Fiat 500

Ao som de Caruso, a bordo do Cinquecento A Fiat apresentou nos Estados Unidos a nova safra do Cinquecento, que marca o retorno da empresa ao mercado norte-americano e que também será destinado ao Brasil. O professor Pasquale Cipro Neto testou o novo modelo e, com forte emoção ítalobrasileira, descreve suas impressões

28 Negócios

Acelerando os motores A FPT – Powertrain Technologies passa a operar com duas estruturas independentes e distintas, ganhando flexibilidade e sinergia

32 Negócios

O novo CityClass Escolar da Iveco Nova versão do Iveco CityClass Escolar se enquadra no Programa Caminho da Escola, que atende prioritariamente a área rural onde as estradas são de difícil acesso

38 Expedição Fiat

Desbravadores das Américas Em uma expedição inédita Zero Emission, quatro aventureiros cruzam de norte a sul o continente americano, passando por 14 países em um Fiat Palio Weekend elétrico

60 Esporte

Hegemonia nacional nas piscinas Equipe Fiat/Minas conquista o Troféu José Finkel de natação, disputado nas piscinas do Minas Tênis Clube e dá sinais que parceria renderá bons frutos até as olimpíadas de 2016

64 Cultura

44 Desenvolvimento

Programa Da Vinci oferece novos caminhos para inovação Programa desenvolvido pelo ISVOR usa a metodologia do Design Thinking para contribuir com a capacitação profissional e colabora no desenvolvimento de competências

48 Educação

Atividade dinâmica e ensino inovador Adepta à tecnologia, a Fundação Torino inova seus métodos de ensino com atividades dinâmicas e virtuais, como a Rádio História

52 Sustentabilidade

Mais um passo à frente Pedra fundamental da futura sede do Programa Árvore da Vida é lançada em evento que reflete o amadurecimento da relação entre a Fiat e a comunidade

58 Sustentabilidade

Esporte e educação: um direito de todos Projeto Esporte para Todos incentiva a atividade física e contribui para melhoria do rendimento escolar

Momento Itália-Brasil, prepare-se para viver uma paixão O MIB é uma viagem de aproximação e reconhecimento de dois povos, unidos por amizade secular e admiração recíproca, celebram essa relação intensa de troca e cooperação

66 Capa

Andrea Bocelli faz show emocionante para 81 mil pessoas Concerto na Praça da Estação, em Belo Horizonte, comemora os 35 anos da Fiat no Brasil e integra o Momento Itália/Brasil

70 Cultura

Uma viagem A Roma Visitantes da exposição “Roma - A vida e os imperadores”, em cartaz na Casa Fiat de Cultura até 18 de dezembro, fazem uma viagem no tempo e interagem com uma das maiores civilizações que o mundo já conheceu

74 Gastronomia

A gastronomia de Ushuaia O passeio gastronômico inclui o cordeiro temperado desde o nascimento, a merluza negra e a centolla gigante. Tudo isso sem citar a bela paisagem...

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www.eticagrupofiat.com.br FIAT DO BRASIL S/A Presidente: Cledorvino Belini MONTADORAS FIAT AUTOMÓVEIS Presidente: Cledorvino Belini CASE NEW HOLLAND Presidente: Valentino Rizzioli IVECO LATIN AMERICA Presidente: Marco Mazzu COMPONENTES FPT – POWERTRAIN TECHNOLOGIES Superintendente: Enrico Vassallo MAGNETI MARELLI Presidente: Virgilio Cerutti TEKSID DO BRASIL CEO Nafta e Mercosul: Rogério Silva Jr. SISTEMAS DE PRODUÇÃO COMAU Superintendente: Gerardo Bovone SERVIÇOS FINANCEIROS BANCO FIDIS Superintendente: Gunnar Murillo BANCO CNH CAPITAL Superintendente: Derci Alcântara FIAT FINANÇAS Superintendente: Gilson de Oliveira Carvalho SERVIÇOS FIAT SERVICES Superintendente: José Paulo Palumbo da Silva FIAT REVI Superintendente: Marco Pierro FIDES CORRETAGENS DE SEGUROS Superintendente: Marcio Jannuzzi FAST BUYER Superintendente: Valmir Elias ISVOR Superintendente: Márcia Naves ASSISTÊNCIA SOCIAL FUNDAÇÃO FIAT Diretor-Presidente: Adauto Duarte CULTURA CASA FIAT DE CULTURA Presidente: José Eduardo de Lima Pereira EDUCAÇÃO FUNDAÇÃO TORINO Presidente: Raffaele Peano Comitê de comunicação Alexandre Campolina Santos (Fiat Services ), Ana Vilela (Casa Fiat de Cultura), Pollyane Bastos (Teksid), Cristielle Pádua (Fundação Torino), Luiz Arthur Peres (FPT – Powertrain Technologies), Elena Moreira (Fundação Fiat), Fabíola Sanchez (Magneti Marelli), Fernanda Palhares (Isvor), Jorge Görgen (CNH), Marco Antônio Lage (Fiat Automóveis), Marco Piquini (Iveco), Milton Rego (CNH), Othon Maia (Fiat Automóveis), Renata Ramos (Comau) e Roberto Baraldi (Fiat do Brasil). Jornalista Responsável: Marco Antônio Lage (Diretor de Comunicação da Fiat). MTb: 4.247/MG Gestão Editorial: Margem 3 Comunicação Estratégica. Editora-Executiva e Chefe de reportagem: Juliana Garcia. Colaboraram nesta edição: Carla Medeiros, Daniela Venâncio, Frederico Machado, Frederico Tonucci, Jô Almeida, Joel Leite, Lilian Lobato, Pasquale Cipro Neto, Rúbia Piancastelli. Projeto Gráfico e Diagramação: Sandra Fujii. Produção Gráfica: Ilma Costa. Impressão: EGL - Editores Gráficos Ltda. Tiragem: 19.500 exemplares. Redação: Rua Oriente, 445 – Serra – CEP 30220-270 – Belo Horizonte – MG – Tel.: (31) 3261-7517. Fale conosco: mundofiat@fiatbrasil.com.br Para anunciar: José Maria Neves (31) 3297-8194 – (31) 9993-0066 – mundofiat@uol.com.br

A

História se escreve todos os dias, mas constitui seus marcos em eventos especiais que se transformam em referência para as pessoas, para as empresas, para os que virão depois. A Fiat está vivendo um destes momentos históricos marcantes, em que passado e futuro se encontram, engendrando o novo. A Fiat completa 35 anos de sua instalação no Brasil, mais especificamente em Betim, Minas Gerais, e começa a comemorar a data com um grande e inesquecível presente à comunidade – um concerto aberto do tenor italiano mais popular da atualidade, Andrea Bocelli. Foi uma homenagem à cidade e à comunidade, na forma de uma manifestação artística de alta qualidade, aberta à população em um dos marcos históricos e geográficos de Belo Horizonte, a cidade-síntese de Minas Gerais. Simbolicamente, somaram-se neste momento cultural a italianidade e a brasilidade, traços dominantes da Fiat, uma empresa com DNA italiano e jeito brasileiro, que ajudou a escrever a história econômica de Minas Gerais nas últimas décadas. Foi o encontro da técnica com a arte, da Itália com o Brasil, do povo com sua praça, da tradição com o futuro. Foi também uma das primeiras manifestações do Momento Itália-Brasil em Minas Gerais. O MIB consiste em uma série de atividades em homenagem aos laços culturais estabelecidos entre Itália e Brasil e tem entre seus destaques a exposição Roma – A Vida e os Imperadores, um sucesso de público que está na Casa Fiat de Cultura até 18 de dezembro. O momento luminoso da Fiat também é marcado pelo lançamento do novo Palio, que, ao mesmo tempo encerra e inaugura ciclos virtuosos. No mercado desde 1996, quando foi lançado com pompa e circunstância em Belo Horizonte, o Palio fez história e superou a marca de 2,5 milhões de unidades vendidas no país. Seu bom desempenho de vendas foi decisivo para a Fiat conquistar a liderança de mercado, que é mantida há uma década. Quinze anos depois de seu lançamento, a nova geração do Palio é apresentada ao público brasileiro em Belo Horizonte, com ímpeto de surpreender, encantar e despertar paixões. O carro está totalmente novo. Está maior, melhor e mais bonito e com um preço altamente competitivo. Esta feliz conjunção de acontecimentos evoca a evolução e a paixão que movem a Fiat. Boa leitura! * Diretor de Comunicação Corporativa do Grupo Fiat

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lançamento

Novo Fiat Palio Maior, melhor e mais bonito Desenvolvimento do novo automóvel harmoniza mais espaço interno, novas funcionalidades, conforto e segurança, valorizando estilo e tecnologia

Por Juliana Garcia

A

história do Fiat Palio todo mundo já conhece. No mercado desde 1996, o bem-sucedido hatchback da Fiat Automóveis marcou gerações com mais de 2,5 milhões de

unidades vendidas no país. Essa história de ousadia e inovação ganha agora mais um capítulo: o Fiat Palio está totalmente novo. Está maior, melhor e mais bonito.

Fabricado em Betim, Minas Gerais, o novo Fiat Palio chega ao mercado com todos os atributos necessários para continuar essa história de sucesso. O veículo é uma evolução natural de seu antecessor: aprimorado, completo, imponente e em total sintonia com o que o consumidor deseja. No total, o novo modelo chega ao mercado com seis versões para contemplar os mais variados gostos, necessidades e orçamentos. São elas: Attractive 1.0, Attractive 1.4, Essence 1.6 16V, Essence1.6 16V Dualogic, Sporting 1.6 16V e Sporting 1.6 16VDualogic. O hatchback chega ainda com mais uma novidade: o dono do novo Fiat Palio pode escolher entre vários itens para personalizar seu carro, que pode ser direto da fábrica ou nas concessionárias da marca. São várias linhas de adesivos, badges e revestimentos internos para o consumidor escolher. O Palio cresceu, evoluiu Para formular o conceito do novo modelo e chegar às suas surpreendentes formas, os designers do Centro Estilo Fiat da Itália e do Brasil não tentaram adivinhar o que o consumidor queria. Eles foram às ruas ouvir os consumidores, para depois trabalharem na criação do novo modelo. O resultado das pesquisas influenciou todo o processo de desenvolvimento do novo Palio, desde a concepção básica até as clínicas de produto com os modelos em tamanho real. “Nosso desafio era captar todas as necessidades de nossos consumidores e construir um carro dinâmico, bonito, seguro e que supra essas necessidades”, afirma Peter Fassbender, gerente do Centro Estilo Fiat para América Latina. Externamente tudo é diferente. O novo Fiat Palio tem o DNA do design italiano que alia a funcionalidade com belas linhas. Sua linha de cintura elevada e inclinada define a vocação do

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Interna e externamente é tudo diferente: faróis traseiros altos e excelente acabamento interno com mais conforto e tecnologia

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So confialidez, bilida e co

cuidan

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tividade e,

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Ganho para todos os ocupantes: mais espaço interno e mais conforto

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modelo ao revelar esportividade, o para-brisa bem inclinado denota dinamismo, enquanto as curvas suaves compõem um perfil entre um hatchback e um monovolume, com modernidade e sofisticação. Rogério Villaça, gerente de Produto e Desenvolvimento Fiat, explica que o esforço para ouvir os consumidores tinha como objetivo entender como seria possível criar diferenciação emocional com autenticidade em um segmento em que as decisões de compra são extremamente racionais. As pesquisas mostraram que o consumidor quer um carro seguro, funcional e sociável. “Percebemos que os consumidores clamam por mais espaço interno, eles desejam um carro versátil para toda a família”, diz Villaça. A evolução, além de transformar a aparência do novo Palio, o tornou maior no comprimento, largura, altura e entre-eixos. Um ganho para todos os ocupantes, que passam a contar com mais espaço interno e ainda

mais conforto. Cláudio Demaria, diretor de Engenharia de Produto da Fiat na América Latina, detalha: o Palio cresceu 31mm na largura, 60mm na altura, 28mm no comprimento e 47,3 mm no entre-eixos. “Mesmo sendo um carro compacto, essas dimensões maiores realmente contribuem para um aumento do conforto dos ocupantes e um aproveitamento ainda mais inteligente do espaço interno”, afirma Demaria. O design é absolutamente contemporâneo e totalmente afinado com as tendências mundiais, ao mesmo tempo em que remete à identidade da marca Fiat, e se completa com a funcionalidade, a praticidade e o acabamento apurado. Internamente, o novo Fiat Palio também vem cheio de surpresas. Espaço interno amplo, sobretudo para um automóvel do segmento, excelente acabamento e muitos detalhes de conforto e tecnologia. Atenção especial foi dada à harmonização de todos os


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elementos – painel, volante, rádio, alto-falantes e tecidos – de forma a criar um ambiente acolhedor, refinado e sempre funcional. O conforto interno se completa com o trabalho feito pela engenharia da Fiat no sistema de climatização. O excelente resultado posicionou o novo Fiat Palio como a melhor referência do mercado entre os sistemas manuais. Todas as superfícies funcionais do carro são revestidas por painéis,

O Fiat Palio Sporting vem com uma variedade de detalhes estéticos que ressaltam a vocação esportiva da versão por dentro e por fora

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conferindo ao habitáculo um aspecto muito bem acabado e agradável ao toque. E os porta-objetos, que ampliam a praticidade e organização, estão em todos os lugares. Do conceito ao automóvel Em termos de qualidade, confiabilidade, resistência e robustez, nenhum esforço foi poupado para oferecer o melhor ao cliente Fiat: o processo de desenvolvimento do carro envolveu centenas de profissionais e milhares

de horas de dedicação. Cláudio Demaria revela que o desenvolvimento consumiu 824 mil horas dos engenheiros da montadora. Os 526 protótipos, veículos de prova e pré-série foram submetidos a 61.434 provas virtuais, 61.583 provas físicas e rodaram mais de 1,7 milhão de quilômetros até que se atingisse o resultado final que chega às ruas agora. Todo este trabalho resultou em soluções inovadoras em ergonomia, para oferecer mais conforto aos passageiros, mais estabilidade proporcionada por novas suspensões e elementos de segurança ativa e passiva. “A estrutura do novo carro foi projetada para atender as melhores exigências de segurança no mercado mundial”, afirma Demaria. Na carroceria, os materiais de alta resistência foram utilizados em larga escala, o que resultou no aumento da rigidez, redução do peso e melhor performance em segurança. Ainda foi reforçada a segurança das portas contra colisões laterais e arrombamentos com a utilização de materiais ultrarresistentes e também com as novas barras de proteção lateral em perfil ômega. Todas essas intervenções no novo carro resultaram em excelente performance estrutural: redução no peso,

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O volume do porta-malas pode ser ampliado de acordo com o posicionamento do banco traseiro

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melhora no desempenho e aumento da segurança. E além de todos os aspectos que reforçam a segurança passiva, o novo Fiat Palio pode ser equipado ainda com quatro airbags, sendo dois frontais e dois laterais. Na segurança ativa, destaques para freios ABS com EBD. A área de engenharia concentrou-se também em soluções de conforto acústico, para reduzir o nível de ruído e de vibrações mecânicas. Entre os principais elementos utilizados no novo carro encontram-se materiais mais leves e com melhor desempenho, além da suspensão motopropulsor com coxim hidráulico feito de uma borracha altamente elástica, que juntamente com um dispositivo hidráulico se obtém uma boa filtragem vibracional. Isso tudo resultou na diminuição da rigidez dinâmica, proporcionando maior isolamento de

vibrações e menores níveis de ruído. A soma de todos esses esforços técnico e criativo é um modelo altamente competitivo, posicionado nos segmentos A e B do mercado, que atende a diversos perfis de públicos, com variados propósitos. Para o diretor comercial da Fiat, Lélio Ramos, esta é a fatia mais estratégica do mercado, pois, juntos, os segmentos A e B representam mais da metade das vendas no país. “Com a expansão da classe média brasileira, o segmento AB ganha força e aumenta ainda mais sua participação no mercado”, afirma. POWERTRAIN, força e eficiência O novo Fiat Palio estará disponível com três motorizações: Fire 1.0 EVO, Fire 1.4 EVO e 1.6 16V E.torQ Flex. Em qualquer uma delas, está

garantido um bom desempenho e economia de combustível. O motor Fire 1.0 EVO é o mesmo que estreou no novo Fiat Uno. Rodando com gasolina, produz potência máxima de 73 cavalos e torque máximo de 9,5 kgfm a 3.850 rpm.

Com etanol, a potência é de 75 cv e o torque máximo, de 9,9 kgfm a 3.850 rpm. Ele equipa a versão Attractive 1.0 do novo Palio. O Fire 1.4 EVO já equipa outros modelos da marca, como o novo Fiat Uno e o Fiat 500. Usando unicamente

Os bancos envolventes foram projetados para serem mais ergonômicos e oferecerem mais conforto


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Um Novo Fiat Palio para cada gosto e cada bolso O novo Palio chega ao mercado em seis versões, com três opções de motor, duas de cambio e três de acabamento. São elas:

O novo Fiat Palio pode ser personalizado: são várias linhas de adesivos, badges e revestimentos internos

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gasolina, sua potência máxima é de 85 cavalos e seu torque, de 12,4 kgfm a 3.500. Com etanol, sua potência é de 88 cv e seu torque, de 12,5 kgfm a 3.500 rpm. O motor Fire 1.4 EVO equipa a versão Attractive 1.4. Produzida na fábrica da Fiat Powertrain, em Betim, Minas Gerais, a família de motores Fire EVO possui, como um dos pontos fortes, a redução de consumo e melhor aproveitamento energético, com menor emissão de poluentes e ruído. Para as versões Essence e Sporting foi adotado o motor 1.6 16V E.torQ Flex, já presente em diversos outros modelos da Fiat Automóveis e fabricado pela Fiat Powertrain em sua planta em Campo Largo, Paraná.

Este moderno motor se destaca pelo reduzido peso de suas partes móveis, alto desempenho com economia de combustível, níveis de emissões reduzidos, baixos índices de ruídos e vibrações e alta confiabilidade. O 1.6 16V tem potência de 115 cv e torque máximo de 16,2 kgfm a 4.500 rpm rodando somente com gasolina. Funcionando com etanol, sua potência é de 117 cv e seu torque, de 16,8 kgfm a 4.500 rpm. O motor E.torQ Flex pode ser acoplado ao câmbio Dualogic®, que permite tanto a condução com câmbio automático quanto em manual, com trocas de marchas controladas sequencialmente por meio de toques na alavanca do câmbio.

ATTRACTIVE 1.0

ATTRACTIVE 1.4

Motor

1.0 8V EVO Flex

1.4 8V EVO Flex

1.6 16V E.torQ Flex

Potência

73 cv / 6.250 rpm (gas.) 75 cv / 6.250 rpm (etanol)

85 cv / 5.750rpm (gas.) 88 cv / 5.750 rpm (etanol)

115 cv / 5.500 rpm (gas.) 117 cv / 5.500 rpm (etanol)

Torque

9,5kgfm/ 3.850 rpm (gas.) 9,9 kgfm / 3.850 rpm (etanol)

12,4kgfm / 3.500 rpm (gas.) 12,5 kgfm / 3.500 rpm (etanol)

16,2kgfm / 4.500 rpm (gas.) 16,8 kgfm / 4.500 rpm (etanol)

Câmbio

Mecânico

Mecânico

Como já é tradição na Fiat, todas as versões saem de fábrica com grande variedade de equipamentos de conforto e segurança. Em sua gama de conteúdos o novo Palio traz novidades que o torna ainda mais completo, atrativo e funcional. Alguns exemplos: para-brisa térmico (não presente em nenhum concorrente), airbags laterais, pneus verdes, volante em couro com comandos de rádio, parafusos de roda antifurto e vários outros itens. O cliente do novo Palio terá 14 cores para escolher entre sólidas e metálicas. Nas versões Attractive e Essence, são quatro cores sólidas e oito metálicas, incluindo a nova cor Azul Cosmos. A versão Sporting conta com sete cores, duas exclusivas: Vermelho Modena e Amarelo Indianápolis, escolhidas especificamente para acentuar sua aura esportiva.

ESSENCE

Mecânico

ESSENCE DUALOGIC

Dualogic

SPORTING

Mecânico

A versão de entrada do hatchback é o Attractive 1.0, que traz o motor Fire 1.0 EVO, ideal para quem deseja conciliar alto desempenho e economia de combustível. A versão Attractive 1.4

SPORTING DUALOGIC

Dualogic Os porta-objetos, que ampliam a praticidade e organização, estão em todos os lugares

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lançamento Fiat Palio Attractive, a versão de entrada do novo hatchback

Acima motor Fire 1.0 EVO, que equipa a versão de entrada Attractive. Ao lado, motor E.TorQ 16V, presente nas versões Sporting e Essence

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incorpora, além do motor Fire 1.4 EVO, itens de série de conforto e estilo como faróis de neblina, alças de segurança traseiras, porta-objeto e porta-óculos. Com motor 1.6 16V E.torQ, a versão Essence incorpora todos os equipamentos de série da versão Attractive 1.4, mais ar-condicionado, indicador de temperatura externa e detalhes cromados no interior. A versão Essence Dualogic é igual ao Essence mecânico, exceto pela adoção, de série, do câmbio Dualogic® e Cruise Control. O novo Palio Sporting, também com motor 1.6 16V E.torQ, vem com uma variedade de detalhes estéticos que ressaltam a vocação esportiva da versão. Internamente, por exemplo, a linha Sporting se distingue pela cobertura esportiva dos pedais, cores esportivas nos cintos de segurança, soleira interna esportiva nas portas, entre outros. Além desses itens, essa versão traz todos os conteúdos de série presentes no Palio Essence. A versão Sporting Dualogic possui os mesmos itens de série da versão Sporting mecânica, mais câmbio Dualogic® e Cruise Control e os mesmos opcionais da versão. O atual Palio Fire, versão de entrada do modelo, sucesso de vendas no Brasil há vários anos, continuará sendo comercializado.

grecco

Uma história de sucesso se constrói com boas parcerias. Parabéns, Fiat, pelos 35 anos de Brasil!

Prestando serviços à Fiat Automóveis há 14 anos, o Grupo Jat Transportes e Logística é um dos líderes no seu segmento e oferece soluções inovadoras em:

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Fiat 500

Ao som de Caruso, a bordo do Cinquecento A Fiat apresentou nos Estados Unidos a nova safra do Cinquecento, que marca o retorno da empresa ao mercado norte-americano e que também será destinado ao Brasil. O professor Pasquale Cipro Neto testou o novo modelo e, com forte emoção ítalo-brasileira, descreve a seguir suas impressões Por Pasquale Cipro Neto*

“E ‘nce ne costa lacreme st’ America / A nuje napulitane / Pe’ nuie ca ‘nce chiagnimmo / O cielo e Napule / Comme e’ amaro stu’ pane” (“E nos custa lágrimas esta América / A nós napolitanos / Para nós que choramos a falta do céu de Nápoles / Como é amargo este pão”)

A Cinquecento: um veículo urbano, confortável e muito, muito seguro

América de que fala a antológica letra da canção “Lacreme Napulitane” (“Lágrimas Napolitanas”), escrita não em italiano, mas no dialeto de Nápoles, é a terra de Tio Sam, ou seja, os Estados Unidos da América. Na Itália era e ainda é muito comum as pessoas se referirem assim aos Estados Unidos. Independentemente do que conseguiram na “America” (não foram poucos os que fizeram fortuna por lá), muitos desses italianos sofreram pelo que costumam sofrer os que estão no exílio – pela saudade da terra, pela falta dos parentes e amigos, pela impossibilidade de voltar à pátria etc.

Na não menos antológica canção “Caruso”, um gênio da música italiana moderna, Lucio Dalla, poetiza o fim da vida do grande tenor italiano Enrico Caruso (25/02/1873-02/08/1921), que tanto sucesso fez mundo afora. Nos Estados Unidos, sobretudo em Nova Iorque, Caruso era e ainda é endeusado (não por acaso há no país o “Enrico Caruso Museum of America”). Pois a letra de Dalla se refere à última noite da vida de Caruso, em Nápoles, onde o grande tenor nasceu e morreu. Diz a letra: “Vide le luci in mezzo al mare / Pensò alle notti là in America…” (“Viu as luzes no meio do mar / Pensou nas

noites lá na América...”). A América não sai da cabeça dos italianos… Pois a nossa querida Fiat também tentou “fazer a América” no século passado. A primeira aventura estadunidense da “casa torinese” foi do início desse século até os anos 70, quando a empresa teve de bater em retirada, por uma série de adversidades. Passadas três décadas, a Fiat volta aos Estados Unidos e escolhe para desbravar o terreno uma pequena joia: o Cinquecento, agora fabricado no México e adaptado às rigorosas normas de segurança norte-americanas. A apresentação da nova safra do belíssimo e mítico carrinho se deu em agosto, na encantadora cidade de Aventura (próxima a Miami). Lá estive, a convite da Fiat, e pude sentir-me um verdadeiro embaixador da minha querida Itália ao rodar pelas ruas da Flórida com o novo Cinquecento, que, além da estrutura repaginada, apresenta dois novos motores (1.4 8V flex, na versão Cult, e 1.4 16V MultiAir, nas versões Sport e Lounge), um novo e eficiente câmbio manual (de cinco marchas, – o Cinquecento polonês tem seis) e um câmbio Dualogic sensivelmente melhorado. Não foram poucas as pessoas que me abordaram nas esquinas, nos semáforos ou nos estacionamentos dos estabelecimentos comerciais de Aventura e de Miami. “Que carro é esse?” foi a pergunta mais comum. Num centro comercial, em que estava exposta uma belíssima unidade (branca) do Cinquecento, um simpático senhor, acompanhado da mulher, viu o crachá que os jornalistas carregávamos e me perguntou o que é Fiat. Expliquei o significado da sigla que dá origem ao nome da fábrica e, é claro, disse também por que estávamos ali. “Já está à venda?”, perguntou o senhor, com um sorriso nos olhos, sorriso de criança que vê uma pequena maravilha. No texto que está na página ao lado, eu relato o que senti com a chegada ao

Brasil do Cinquecento polonês, há dois anos. Pois bem. Nos Estados Unidos o meu sentimento foi tão forte quanto. Explico: um dos tantos italianos que desbravaram os Estados Unidos no início do século XX foi o meu avô paterno (Pasquale Cipro – eis a razão pela qual sou Pasquale Cipro Neto). Também a ele a América custou “lacreme amare”, como diz a antológica canção, que Francesco Buongiovanni (melodia) e Libero Bovio (letra) compuseram no primeiro quarto do século passado. Ainda jovem, il mio Nonno, que teve uma filha nos Estados Unidos, bateu em retirada para a velha Bota. Ao dirigir por terras americanas o renovado e sempre charmosíssimo Cinquecento – puro, puríssimo extrato de Itália na veia –, pus-me a “conversar” com o meu querido pai e com o meu avô, o qual, infelizmente, não conheci. Pude imaginar o orgulho de ambos diante do memorável feito. Senti-me ali representante deles e de várias gerações de uma Itália que sofreu, mas não abaixou a cabeça, que sofreu, mas se refez e voltou à luta, de uma Itália que nunca se curva, nunca esmorece. A nova safra do Cinquecento que chega ao Brasil é exatamente igual à que ora se vende nos Estados Unidos. E essa nova safra já faz sucesso entre nós, que já vemos (com razão) a Fiat como empresa ítalo-brasileira legítima. Aos poucos, o charmosíssimo carrinho começa a ser visto aqui e ali com certa frequência. Tomara se torne logo parte viva da paisagem urbana brasileira, que certamente se tornará mais bela e graciosa com a presença do nosso mítico Cinquecento. É isso.

Pasquale Cipro Neto no show de lançamento do Cinquecento, em Aventura, EUA

* Professor de língua portuguesa, escritor, apresentador de televisão e filho de imigrantes italianos 20

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Fiat 500

Uma obra-prima italiana, orgulho meu e de meu pai Há dois anos, o professor Pasquale Cipro Neto guiava o Fiat 500 europeu. Posteriormente, publicou no site Intepress Motor, em abril de 2010, um texto relativo à sua primeira experiência com aquela versão europeia do Cinquecento, abaixo reproduzido.

Por Pasquale Cipro Neto*

O Novo Fiat 500: potência, graciosidade e leveza

engenheiro Roberto Cipro (meu pai) chegou ao Brasil em dezembro de 1952. Embora a Itália já experimentasse fortíssima recuperação econômica (a Segunda Grande Guerra acabou com tudo por lá), il mio Babbo resolveu vir para o Brasil (“Fazer a América”, como se dizia). E por aqui ficou, até o chamado de Deus, em março de 1998. Meu pai só voltou à Itália em 64. Foi a primeira de muitas viagens que fez até 98. Na viagem de 64, pôde ver com os próprios olhos, “ao vivo”, o

que já tinha visto em revistas e jornais: o Fiat 500 inundava as ruas da velha Bota. Lançado em julho de 1957, o revolucionário carrinho era a prova viva do forte boom econômico da Itália do pós-guerra (só o boom japonês foi superior ao italiano). Por aqui, a presença do 500 era rara. Não me lembro de ter visto muitos pelas ruas. Na verdade, era (e ainda é) muito mais comum vê-lo pelas ruas de Buenos Aires e, sobretudo, de Montevidéu (onde também se veem exemplares do clássico Fiat 600).

Na segunda metade desta década, quando a Fiat anunciou a ideia de relançar o 500, minha curiosidade (aliada a minha paixão por automóveis e pelas coisas da Itália) me deixou alerta, à espera da joia rara. Quando vi o novo 500 em jornais e revistas, devo ter sentido algo muito parecido com o que meu querido Babbo sentia antes da viagem de 1964... Pois o 1964 dele foi o meu 2008. Em minha viagem anual para a Itália, pude ver, “ao vivo”, a obra-prima, genuinamente italiana, para meu orgulho e o de meu pai. Parei diante do primeiro exemplar que vi pelas ruas e conversei com mio padre. “Ti sarebbe piaciuto vedere questo vero gioiello, caro Babbo”, disse eu comigo mesmo (“Terias gostado de ver esta verdadeira joia, caro Papai”). As pessoas me olhavam de forma estranha cada vez que eu parava diante de um 500 estacionado numa das ruas da minha Milão (onde morei e estudei quando jovem) ou de Roma, cidade de todo terráqueo. “Ma che cosa guarda questo?”, deviam pensar (“Mas o que olha esse aí?”). Pois o carrinho chegou ao Brasil. Apesar da indecente pronúncia num comercial do carro (a palavra “cinquecento” é dita do jeito que o Diabo gosta), o novo 500 é apresentado com toda a graciosidade e leveza que de fato tem. É extrato puro, na veia, da criatividade, do desenho e da tecnologia da terra de Giotto e Michelangelo. Modernizadíssimo, o carrinho incorpora todos os principais itens de segurança ativa e passiva (airbags para todos os lados, ABS, ESP etc.) e muito, muito bom gosto no acabamento. Pois não é que chegou minha vez de andar no novo 500? Pois bem. Fiquei alguns dias com um modelo que tinha câmbio Dualogic. Gostei muito de tudo, ou melhor, de quase tudo. O rodar é macio e silencioso, a posição de guiar é simplesmente perfeita, a direção é levíssima e precisa, o sistema

de som original do carro é de primeira, os freios são ótimos, a estabilidade é elevada, o painel é puro charme etc. E do que foi que não gostei? O motor não é empolgante, o que se deve, em parte, ao câmbio, que provoca alguns engasgos. Depois de algum tempo com o 500 Dualogic, aprende-se a lidar melhor com o câmbio, o que significa recalibrar o movimento e a força do pé direito, sobretudo quando se ativa o modo sequencial da caixa de marchas. Dessa maneira, o desempenho se torna razoável. Algumas semanas depois de ficar com o Dualogic, guiei, durante cinco dias seguidos, uma unidade com câmbio manual “puro”, de 6 marchas. A vida melhorou bastante, sobretudo por causa do desempenho desse Cinquecento (ai! – tente dizer algo parecido com “txinqüetxento”, com o segundo “e” levemente aberto). Nada de soluços ou engasgos, mas também nada de superempolgação com o motor, que, ao fim e ao cabo, é apenas discreto. Se você optar por um 500 manual, não esqueça que ele tem 6 marchas. Use e abuse do bom torque para andar na cidade (no plano) e, com isso, conseguir alguma economia de combustível. Nas subidas, é bom esquecer a economia e apertar logo o botão “sport”, para não achar que a rampa não vai acabar nunca. Feitas as contas, o 500 entrega quase tudo que dele se espera. E, pensando bem, mesmo o desempenho, um tanto acanhado, é adequado à proposta do veículo, que, por causa dos impostos, chega aqui com preço alto e acaba funcionando essencialmente como “carro de imagem”. Na Itália e no resto da Europa, o 500 funciona muito mais como um carro de uso mesmo, adequadíssimo ao que se espera de um veículo urbano, confortável e muito, muito seguro. E charmoso, charmosíssimo – charme italiano, legitimamente italiano. O Fiat 500 é extrato de Itália na veia.

* Professor de língua portuguesa, escritor, apresentador de televisão e filho de imigrantes italianos 22

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Lançada em agosto, durante a edição de 2011 da Expointer, o modelo da Case IH permite maior produtividade e melhor desempenho para os pequenos e médios produtores

Por Lilian Lobato

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iante do crescimento do setor de agronegócio brasileiro, das boas perspectivas para os próximos anos e da grande demanda por parte do pequeno e médio produtor por equipamentos de alta tecnologia, a Case IH projetou e desenvolveu a nova colheitadeira Axial-Flow 2566. Lançada em agosto, durante a edição 2011 da Expointer (Exposição Internacional de Animais, Máquinas, Implementos e Produtos Agropecuários), a colheitadeira já encheu os olhos dos cultivadores e deverá chegar ao mercado já no final deste ano. “O equipamento foi desenvolvido para que os pequenos e médios produtores tenham a possibilidade de operar com um sistema axial, que é muito mais eficaz. A máquina é compacta e possibilita maiores ganhos em áreas menores”, explica o especialista em colheitadeiras de grãos da Case IH, Tomas Lorenzzon. Ainda segundo ele, o novo modelo é tão eficiente quanto as grandes colheitadeiras produzidas pela Case IH, por exemplo, a Axial-Flow 2688 e 2799. No entanto, a Axial-Flow 2566 irá atender um público específico que, cada vez mais, investe em tecnologias avançadas para impulsionar seu negócio. Para Lorenzzon, os grandes produtores já têm o benefício de operar com o sistema Axial e os pequenos e médios também precisavam ser favorecidos. O especialista ressalta que a Case IH é pioneira na produção do siste-

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ma axial e tem aproximadamente 35 anos de experiência e liderança na utilização da tecnologia. “Projetamos o equipamento para levar satisfação ao cliente. Investimentos em inovação para que os produtores tenham acesso às novas máquinas e possam migrar do sistema convencional para o axial. A tendência é de que isso ocorra em curto prazo”, avalia. O produtor de soja e milho, Luiz Fernando Ortiz Junior, com propriedade em Lagoa Vermelha (RS), aposta no sistema Axial para incrementar os negócios. Ele, que já opera com a Axial-Flow 2399 e a Axial-Flow 2688, ressalta o quanto o equipamento contribuiu para o aumento da produção e qualidade na colheita dos grãos. “O sistema Axial não se compara ao equipamento convencional, sobretudo pela sua eficiência”, avalia. Já o produtor de soja, milho, trigo e aveia, Guilherme Augusto Soares, adquiriu sua Axial-Flow 2388 há dois anos, o que fez toda a diferença em seu processo de colhimento. Segundo ele, sua propriedade, em Ponta Grossa (PR), foi beneficiada pelo sistema que é mais eficiente e sinônimo de qualidade dos grãos. “Já não utilizo máquinas convencionais e certamente irei operar apenas com o sistema axial”, afirma. Vale destacar, ainda, que o grande diferencial da colheitadeira Axial-Flow está na tecnologia de ponta do

rotor e alertas propulsoras que guiam os grãos no espaço entre o canal alimentador e o rotor, o resultado é um fluxo contínuo de material, suavidade e uniformidade na alimentação, além de alta qualidade e produtividade. As colheitadeiras produzidas pela Case IH são equipadas com motor CDC-Cummins, de torque elevado e baixo consumo. O modelo 2566 conta com motor de 253 cv, 8,3 litros, turboalimentado. O sistema de limpeza também é um dos destaques das colheitadeiras axial, já que contém fluxo de ar Cross Flow que faz a admissão de ar por toda a extensão do ventilador. Com isso, é possível garantir eficiência na limpeza com baixos índices de perda de grãos.

A Axial-Flow 2566 é compacta e possibilita maiores ganhos em áreas menores Divulgação

lançamento

Case inova mais uma vez e lança colheitadeira Axial-Flow 2566

sistema de fluxo axial. Com isso, a massa colhida é introduzida ao sistema de debulha em movimento espiral, o que garante um processamento suave, maior produtividade e menos dano mecânico do grão. O equipamento conta também com inúmeros pontos de regulagens para alcançar a melhor performance em diferentes tipos de cultura e condições de colheita, o que aumenta a confiabilidade e desempenho do equipamento. Projetado para trabalhar em condições extremas, o rotor AFX tem funcionamento acima do esperado em áreas de difícil colheita, com alto índice de umidade, incidência de ervas daninhas ou muita massa verde, como os talos de feijão e soja. Com um cone de transição na entrada do

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Acelerando os motores A FPT – Powertrain Technologies passa a operar com duas estruturas independentes e distintas, ganhando flexibilidade e sinergia

Por Lilian Lobato

A Fotos Divulgação

Fábrica da FPT Industrial em Sete Lagoas, Minas Gerais

FPT – Powertrain Technologies passou a operar com suas estruturas independentes e distintas desde o inicio deste ano, constituindo a Fiat Powertrain, responsável pela produção de motores e transmissões para automóveis, e a FPT Industrial, que fabrica motores para veículos industriais como tratores, máquinas e caminhões, além de propulsores náuticos e geradores de energia.

A divisão da empresa ocorreu oficialmente em janeiro de 2011, na Itália. No Brasil, as companhias conviveram sob uma administração única até julho deste ano, quando a separação foi efetivada. Enrico Vassallo assumiu a superintendência da FPT Industrial Latin America enquanto Paolo Emanuele Ferrero está no comando da Engenharia Powertrain da Fiat Chrysler América Latina.

De acordo com Vassallo, a divisão era necessária em função de existirem produtos diferentes. “A FPT Industrial procurava um perfil de clientes distinto do negócio ligado aos motores para automóveis. Com a nova configuração, a empresa estará 100% focada no business de motores Diesel voltados para aplicações comerciais e industriais. Com isso, teremos mais condições de trabalhar para garantir uma maior satisfação do cliente”, ressalta. Os clientes da FPT Industrial são principalmente fabricantes de caminhões, ônibus, máquinas agrícolas e de construção. A empresa ainda busca aumentar sua presença nos segmentos de geradores de energia e barcos. A expectativa de Vassallo para este ano é de dobrar o volume de vendas na América Latina em relação a 2009, salto para 70 mil unidades fabricadas,

Enrico Vassallo Enrico Vassallo, 43 anos, assumiu a presidência da FPT Industrial para a América Latina em julho de 2011. Formado em engenharia e com MBA em Engenharia Mecânica pela Universidade de Gênova, Enrico atua há alguns anos na área de administração, como em sua experiência anterior na Irisbus. Na marca de ônibus do grupo Fiat Industrial, ele atuou como diretor mundial de Vendas e Marketing. Também na área de Vendas e Marketing, Vassallo ainda trabalhou anteriormente na Iveco, na França e na Austrália. A experiência internacional incluiu uma estadia nos Estados Unidos, onde Enrico atuou como gerente de desenvolvimento de produto de máquinas de construção em um projeto conjunto Iveco/CNH, em Chicago.

Paolo Emanuele Ferrero Paolo Emanuele Ferrero, 56 anos, é diretor da Engenharia Powertrain da Fiat Chrysler América Latina. Nascido em Torino, na Itália, ele entrou para o Grupo Fiat em 1980, logo depois de se formar em engenharia mecânica. Após oito anos atuando no Desenvolvimento de Produto da Abarth, passou a atuar na Fiat Auto, onde ficou por quatro anos. Ferrero também teve uma experiência de dois anos na ELASIS, centro de pesquisas do grupo, retornou em 1994 para a Fiat Auto, onde atuou como gerente de Testes de Motores e gerente de Aplicação. Em 2000, se tornou chefe de Desenvolvimento de Produto na Fiat Powertrain. Sete anos depois, tornou-se vice-presidente de Engenharia de Produto e no ano seguinte, em 2008, acumulou ainda o cargo de vice-presidente de Key Account. No final de 2009, com a aquisição da Chrysler pelo Grupo Fiat, Ferrero tornou-se vice-presidente de Desenvolvimento de Produto da companhia.

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Fábrica da Fiat Powertrain em Campo Largo, no Paraná

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sendo 96 % delas produzidas somente na unidade de Sete Lagoas (MG). Para 2012, ele estima crescimento a patamares ainda mais significativos. A FPT Industrial reúne, no mundo, nove plantas e seis centros de pesquisa e desenvolvimento, bem como uma rede comercial de 150 representantes e mais de mil pontos de serviços que garantem a presença da empresa em mais de 95 países. Com a planta de Sete Lagoas, Minas Gerais, de onde abastece toda a América Latina, o Brasil tem um papel estratégico nos planos mundiais da FPT. Além da unidade mineira, a maioria das fábricas está instalada na Europa, sobretudo na Itália onde estão localizadas quatro unidades: duas fábricas estão em Turim, uma em Pregnana e outra em Foggia. Ainda na Europa, a FPT Industrial está presente nas unidades de Fecampa, Bourbon Lancy e Garchinzy, na França. Na China, a fábrica está localizada em Chongging. Alguns dos centros de pesquisa estão instalados na Suíça e nos Estados Unidos. A Fiat Powertrain também está otimista com a nova estrutura e, desde setembro, incorporou-se à Fiat Chrysler América Latina. O processo de sinergia entre as montadoras foi iniciado em 2008, com o objetivo de aumentar a competitividade das empresas. “Há alguns anos, motores e transmissões

são parte fundamental da estratégia de competitividade do Grupo Fiat. Enquanto a Fiat Powertrain se organizava, crescia, modernizava seus produtos e buscava novos clientes, o processo de integração entre a Fiat e a norte americana Chrysler também avançou. Agora, esses dois caminhos se unem para, mais fortes, seguirem em frente”, avalia Paolo Emanuele Ferrero. Ao todo, a Fiat Powertrain reúne, no mundo, 12 plantas e cinco centros de pesquisa e desenvolvimento. Do montante, três fábricas estão em operação no Mercosul – Betim (MG), Campo Largo (PR) e Córdoba (Argentina). A expectativa é que, juntas, as plantas alcancem produção, já nos próximos anos, de aproximadamente 2,5 milhões de unidades por ano, em diversas versões de motores e transmissões. Trata-se de um incremento da ordem de 30% em relação ao patamar atual de 1,9 milhão. A tendência é que os negócios da Fiat Powertrain avancem ainda mais no mercado brasileiro e internacional. Se antes a empresa projetava e produzia motores e câmbios para os veículos da Fiat, passará a atender também às marcas que a Chrysler agrega ao negócio. Com isso, é possível que no futuro carros Chrysler, Jeep e Dodge também sejam equipados com motores e transmissões produzidos nas plantas de Betim, Campo Largo e Córdoba.

TODO MUNDO JÁ SABE QUAL É O NOME POR TRÁS DAS MAIS IMPORTANTES OBRAS BRASILEIRAS. Há 60 anos, desde quando era Fiatallis, a New Holland participa das principais obras do Brasil. Todo esse know-how a transformou numa das marcas que mais entendem a realidade do país. Mas um passado tão bem-sucedido não impede a New Holland de ser uma empresa moderna, com foco em inovação, pioneira em novas tecnologias e equipamentos de ponta. Além disso, a New Holland tem uma rede de concessionários presente em todos os estados do país. Por isso, ao construir, pense em quem tem a força e a tradição de uma marca global, com os olhos no futuro. Pense em New Holland.

NEW HOLLAND. HÁ 60 ANOS CONSTRUINDO NOVOS TEMPOS.


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O novo CityClass Escolar da Iveco Nova versão do Iveco CityClass Escolar se enquadra no Programa Caminho da Escola, que atende prioritariamente a área rural onde as estradas são de difícil acesso

Por Lilian Lobato

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produção e entrega dos veículos ainda em 2011. A licitação foi realizada por meio do Sistema de Registro de Preços em que todos os órgãos públicos (federais/ estaduais/municipais) podem aderir ao registro, sendo necessário apenas encaminhar um ofício ao FNDE manifestando o interesse na adesão. O edital estipulou a produção de 700 veículos na versão escolar normal, que terão valor de R$ 132 mil por unidade, e 70 modelos com plataforma elevatória e preço de R$ 140 mil por unidade. O Caminho da Escola já lançou quatro editais para aquisição de micro-ônibus desde a sua criação em 2007. Todos foram vencidos pela Iveco, que se dedica ao setor de transporte escolar e aposta na sua expansão. “A empresa tem feito constante melhorias de ajuste para atender o programa. Como a legislação do setor também foi alterada, procuramos nos adequar às exigências

Vale ressaltar que a nova geração do veículo já foi aprovada tanto pelo programa como pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro). Após as adequações necessárias, o modelo passou a ter 2.220mm de largura externa, 7.250mm de comprimento e 2.920mm de altura. A altura interna é de 1.930mm, o que facilita o deslocamento dentro do salão de passageiros. As poltronas também foram ampliadas. Os assentos possuem cintos de segurança individuais e de quatro pontos na poltrona de três lugares preferenciais. O modelo ainda tem local apropriado para a acomodação da cadeira de transbordo – item de série – para pessoas com necessidades especiais. De acordo com Coutinho, o novo design, apesar de e arrojado, preserva as linhas elementares da marca. A frente ganhou formato mais arredondado, com um novo conjunto óptico frontal, cujos contornos avançam sobre o

Novo Iveco CityClass oferece conforto e segurança: os assentos, ampliados, possuem cintos de segurança individuais e de quatro pontos

Divulgação

arantir acessibilidade, segurança e conforto aos passageiros. É o principal objetivo da Iveco Latin America ao desenvolver, em parceria com a Neobus, a nova geração do Iveco CityClass Escolar. O modelo foi apresentado ao público em agosto, durante a feira Transpúblico, em São Paulo, e irá atender uma série de exigências estabelecidas pelo governo federal. Design exterior moderno e aerodinâmico somado a um espaço interno ainda maior, estes são alguns dos destaques da nova versão do micro-ônibus. O modelo despertou o interesse do setor público e, após vencer licitação realizada em junho, a Iveco irá entregar 770 unidades para o Programa Caminho da Escola, do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), pertencente ao Ministério da Educação (MEC), que, por sua vez, promove e fomenta o transporte escolar em todo o país. A expectativa é de

para proporcionar ainda mais segurança e conforto aos passageiros”, explica o gerente de Marketing de Produto da Plataforma de Ônibus da Iveco, Leonardo Coutinho. Ele ressalta que, por meio do programa, o governo federal passou a oferecer condições especiais, bem como isenção de impostos, aos interessados em adquirir o veículo. “Antigamente, o transporte escolar era realizado por ônibus com mais de 25 anos de uso. O programa estimulou a renovação e ampliação das frotas brasileiras do setor de transporte escolar”, avalia. Segundo Coutinho, a nova versão do Iveco CityClass Escolar se enquadra na realidade do Caminho da Escola, que atende prioritariamente a área rural onde as estradas são de difícil acesso. Faz-se importante observar, que melhorias na acessibilidade contribuem para a redução da evasão escolar que já atingiu altos níveis em função de os jovens encontrarem muitas dificuldades para chegar até as escolas.

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Body computer

Caminho da Escola O programa Caminho da Escola foi criado em 2007 com o objetivo de renovar a frota de veículos escolares, garantir a segurança e qualidade do transporte dos estudantes, bem como contribuir para a redução da evasão escolar em zonas rurais. O programa visa ainda padronizar os veículos escolares e reduzir os preços. O governo federal, por meio do FNDE e em parceria com o Inmetro, oferece um veículo com especificações exclusivas, próprias para o transporte de estudantes e adequado às condições de trafegabilidade das vias. Estados e municípios podem participar do Caminho da Escola com recursos próprios ou por meio de convênio com o FNDE e financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que disponibiliza linha de crédito especial para a aquisição de ônibus zero quilômetro e de embarcações novas.

O novo pára-brisa proporciona maior visibilidade e segurança, ideal para ruas e estradas rurais estreitas

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paralama (tendência atual). Os faróis proporcionam maior luminosidade e são montados em blocos independentes (farol alto, baixo e lanterna), o que diminui os custos no caso de substituição. As novas lanternas traseiras são maiores e seguem o mesmo princípio, são agrupadas em um conjunto harmonioso com o design do modelo. A carroceria do veículo é de responsabilidade exclusiva da Neobus, que está instalada em Caxias do Sul (RS). O piso na região do posto do motorista é plano, sem saliências ou ressaltos, proporcionando plena acessibilidade (uma exclusividade do modelo). O painel é moderno e todos os instrumentos estão ao alcance do motorista. O conjunto de instrumentos possui displays e indicadores agrupados para facilitar a leitura e traz informações importantes como, por exemplo, a luz de alerta para o des-

Faróis

FlexFuel

Free Choice

Cockpit

ns ite de 70 icos to t en s plá bam a ac

res

gaste das pastilhas de freio. O novo e amplo pára-brisa proporciona maior visibilidade e segurança para manobras, ideal para o trânsito em ruas e estradas rurais estreitas. Em função de suas características de utilização, o micro-ônibus ainda tem um limitador eletrônico de velocidade (70 km/h) e um dispositivo de segurança que impede que o veículo se movimente com as portas abertas. A suspensão dianteira é independente e absorve as irregularidades de terrenos sem pavimentação. Devido às características mais severas de utilização, o modelo tem altura livre do solo de 400mm. A robustez geral é ampliada pelo chassi Iveco, produzido na fábrica de Sete Lagoas (MG), em aço especial (FeE 420) de alta resistência. Com a nova geração, o Iveco CityClass Escolar vai se manter como uma referência nacional em miniônibus de até oito toneladas, uma posição alcançada ao longo dos últimos anos e de mais de 2.500 unidades em circulação em praticamente todos os estados do Brasil. O veículo conta com assistência técnica e serviços da rede Iveco, que possui mais de 90 pontos de atendimento em todo o país. “A Iveco já realiza estudos para que os benefícios da nova versão de micro-ônibus também possam ser desfrutados pelo setor escolar urbano”, conclui Coutinho.

Bocal de abastecimento

Molas à gás

Faróis de neblina

Lanternas

Quadro de Bicos injetores instrumentos Pico ECO

Conjunto de admissão

ecedo

Amort

ECU

TCU

Eixo traseiro

Condutores de ar

O Novo Palio está chegando com uma grande bagagem: inúmeras tecnologias Magneti Marelli.

A Magneti Marelli parabeniza a Fiat por mais este grande lançamento e se orgulha de equipar o novo modelo com diversas soluções que oferecem segurança, modernidade e respeito ao meio ambiente. Um carro como o Palio, que desde a sua primeira versão vem fazendo história no mercado nacional, está presente na vida dos brasileiros assim como a Magneti Marelli.

Coletor híb rido com catalisa dor integrado

Silenciador

Travessa de suspensão dianteira

Pedaleiras

Mini saia

Sp

oile

r

Novo Palio, com Magneti Marelli de série.

Faz parte da sua vida.


segurança veicular

Novo Fiat Freemont é cinco estrelas Um dos mais conceituados centros independentes de segurança veicular divulga nota máxima para o Fiat Freemont

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Além do ABS, o Freemont traz ainda um corretor eletrônico de frenagem

m nosso último encontro aqui na Revista Mundo Fiat tivemos a oportunidade de conhecer O Melhor de Dois Mundos. Como todos vocês puderam acompanhar, o Fiat Freemont marca a sinergia entre as marcas Fiat e Chrysler e coloca nossa empresa diretamente na briga dos SUV, segmento disputadíssimo e que vem crescendo a cada ano. Elogiado na grande imprensa especializada, o Fiat Freemont é um dos mais modernos carros em sua categoria, sobretudo no aspecto segurança. Este pacote de segurança fez com que nosso primeiro SUV atingisse nota máxima no Euro N Cap, o mais respeitado órgão particular de monitoramento de segurança veicular. Podemos nos orgulhar de termos um SUV cinco estrelas no quesito segurança, ponto cada vez mais procurado entre consumidores esclarecidos e cada vez mais discutido em nossos centros de engenharia e de segurança veicular. Vale lembrar que não é tarefa simples projetar um carro seguro. Antes de tudo, os engenheiros têm de ter completo conhecimento sobre o assunto, ferramentas de simulação e um amplo e respeitado laboratório de crash test (colisões controladas,

com o carro todo instrumentado). Além de termos um dos preços mais competitivos do mercado com o Freemont, ele ainda pode ser equipado com até seis air bags, freios com ABS e EBD, capô do motor em alumínio e deformável em caso de atropelamento, controle de estabilidade (ESP), auxílio de frenagem (BAS), anticapotamento (ERM), assessoria de estabilidade com uso de trailer ou reboque, o exclusivo TSC, e até controle de tração (ASR). Vale ressaltar que todo o comportamento do carro foi revisto. As suspensões, por exemplo, estão mais adequadas ao nosso piso brasileiro e, com isso, trazem também mais segurança. Uma suspensão adequada às necessidades eleva o nível de segurança e conforto do veículo, deixando-o mais previsível nas curvas, ondulações e até nas retas. Conciliar segurança e conforto em um utilitário esportivo, como o Fiat Freemont, requer dedicação, trabalho e muita competência. O resultado, não só pela conquista da pontuação máxima no Euro N Cap, mas também pelos elogios de grande parte da imprensa, prova que estamos no caminho certo. Agora que você já conheceu um pouco dos bastidores que cercam a segurança do Freemont, nosso mais novo cinco estrelas no quesito segurança, vale a pena saber também sobre a “sopa de letrinhas” que compõe o Freemont e as particularidades destas siglas ligadas à segurança. ABS com EBD Não é mais novidade, mas vale uma rápida explicação, já que a aplicação deste sistema no Freemont exigiu alguns detalhes. Em primeiro lugar, o ABS (Antilock

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Brake System) é de última geração, propiciando conforto ao usuário (o pedal de freio vibra bem menos se comparado às versões antigas) e traz ainda o EBD (Electronic Brake Distribution), um corretor de frenagem eletrônico que distribui a correta pressão nos freios entre os eixos dianteiros e traseiros. Só para lembrar, a Fiat foi a primeira fabricante a equipar um carro popular com freios ABS (Palio, em 1996). Ele evita o travamento das rodas, diminuindo o espaço de frenagem em pisos de baixa aderência e mantém o controle da direção, mesmo em frenagens de pânico. BAS Você sabia que a grande maioria das colisões poderia ser evitada se o motorista fizesse mais pressão no pedal de freio? Parece história de pescador, mas é verdade. Algumas pessoas não usam o freio corretamente, ou seja, freiam pouco. Numa frenagem de emergência, por exemplo, podemos (e devemos) aplicar muita “dedicação” no pedal de freio, marca as vezes superior a 70 kg de força. Bancos regulados muito para trás, calçados inapropriados ou simplesmente medo de apertar o freio, podem levar a colisões que poderiam ser evitadas. O BAS (Brake Assist System) auxilia estas frenagens. Toda vez que o sistema identificar um rápido toque no pedal, ele automaticamente amplia a força no sistema de freios. ESP Trata-se de um controle eletrônico de estabilidade – Electronic Stability Program. Com sensores espalhados no volante, nas rodas e na carroceria, o ESP consegue identificar a velocidade e o ângulo de esterço no volante. Com isso, identifica também a capacidade do carro em perfazer a mudança de trajetória em função da velocidade naquele momento. Se a velocidade for superior à desejada, o que pode causar uma derrapagem, o ESP – sem nenhuma interferência do motorista, irá desempenhar um trabalho específico de frenagem (atuando individualmente em cada roda) e, dependendo do caso, pode

até retirar potência do motor, mesmo que o motorista, por algum descuido, continue acelerando. ERM O ERM (Electronic Roll Mitigation) trabalha em conjunto com o ESP, identificando o ângulo das rodas dianteiras (ele sabe, por exemplo, se é uma curva aberta ou mais acentuada) e a velocidade do veículo. Evitando o risco de capotamento do veículo, o ERM vai atuar sobre os freios, automaticamente, mantendo a trajetória do veículo.

Controles eletrônicos podem até controlar a potência do motor, para garantir mais segurança

ASR Aqui, o Freemont mostra o controle de patinação das rodas de tração. Interpelando os valores de velocidade entre as rodas dianteiras e traseiras, o ASR (Anti Slip Regulation) oferece arranques mais eficientes, mesmo em piso de baixa aderência. É o único que pode ser desligado, através de um botão no painel. TSC Exclusividade no Freemont o TSC (Trailer Sway Control) é capaz de identificar oscilações provocadas por um trailer ou reboque, que podem interferir na dirigibilidade, controle e segurança. Também ligado ao sistema ESP, vai atuar nos freios, individualmente e sem nenhuma intervenção do motorista, para retomar a trajetória do veículo. A Fiat sempre se preocupou com segurança. Mas os resultados obtidos com o Freemont e sua “sopa de letras” tecnológica, que agora você conheceu com mais detalhes, é fruto de todo o esforço, trabalho, dedicação e respeito de nossa marca com nossos produtos e nossos clientes. Parabéns a todo nosso time e parabéns ao Freemont, nosso SUV cinco estrelas.

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expedição fiat

Desbravadores das Américas Em uma expedição inédita Zero Emission, quatro aventureiros cruzam de norte a sul o continente americano, passando por 14 países em um Fiat Palio Weekend elétrico Por Frederico Tonucci

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nfrentar condições extremas como as de um deserto, uma cordilheira, terrenos esburacados ou sob neve, não é tarefa fácil para nenhum carro. No entanto, o Fiat Palio Weekend Elétrico realizou a incrível empreitada de cruzar 14 países das Américas do Norte, Central e Sul sem apresentar qualquer problema ou defeito. Esse desafio foi encarado por uma equipe composta por quatro tripulantes na expedição Zero Emission (emissão zero), que rodou mais de 20 mil quilômetros em mais de quatro meses de viagem. Os quatro integrantes são profissionais das áreas de fotografia, jornalismo e cinematografia. A expedição partiu de Los Angeles (EUA) em abril deste ano com dois objetivos: provar que a tecnologia utilizada no Palio Elétrico é viável. Hoje isso é uma realidade. Eles finalizaram a expedição em Foz do Iguaçu, mais precisamente na usina de Itaipu, no mês de agosto. Esta foi a primeira expedição mundial de longa distância realizada com um carro elétrico de passeio. A iniciativa partiu da ideia do jornalista Paulo Rollo, diretor do projeto, que convidou a fotógrafa Jeanne Loock e os cinegrafistas Valdeck Ferreira e Valdec de Souza Jr. Além de estabelecer o recorde, a expedição teve como objetivo produzir um vídeo documentário

mostrando a riqueza dos povos e as belas paisagens das três Américas. O diretor do projeto, Paulo Rollo, diz: “Como piloto de provas de longa duração com automóveis, sempre me interessei pelos carros elétricos. Suas evoluções e involuções. Pensei então em desenvolver um projeto inédito, com um veículo 100% elétrico, através das três Américas. Soube então da parceria da Fiat e de Itaipu no desenvolvimento do veículo elétrico e lancei o desafio. Em reunião em em Foz do Iguaçu, mostramos que nosso projeto era muito bem embasado, sólido e que o desafio traria informações valiosas,

já que a maior viagem que eles haviam realizado com o carro foi de Foz até Assuncion, ida e volta, num percurso de apenas 700 quilômetros”, comenta Diário de bordo Para viabilizar o projeto, o Palio Weekend Elétrico foi transportado até Los Angeles, Estado Unidos. Lá, a equipe recebeu o carro e conheceu o motor home de apoio, no qual passaria um longo e bom tempo. De Los Angeles partiu-se em direção ao México, pela península da Baixa Califórnia, até chegar ao sítio maia de Copan, em Honduras. Daí rumaram para El Salvador, onde puderam registrar a pesca extrativista na Barra de Santiago e em Porto Del Triunfo. Rumo a Nicarágua pela Ruta 01 (rodovia Panamericana) a equipe visitou o Lago Nicarágua, onde fizeram uma reportagem sobre o Tubarão Touro, que vive em água doce. “Foi complicado superar os 2,5mil quilômetros do México e quase toda a América Central. Muitos buracos, falta de sinalização e lombadas no meio

O Fiat Palio elétrico no altiplano chileno

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expedição fiat

O último país visitado pela expedição antes da chegada ao Brasil foi a Argentina, onde enfrentaram temperaturas abaixo de zero. A viagem terminou na chegada da equipe em Foz do Iguaçu depois de mais de 20 mil quilômetros rodados e muita história pra contar. Os quatro integrantes da expedição se apaixonaram pelo Fiat Palio Weekend Elétrico, que funcionou com perfeição durante todo o trajeto de 20,4 mil quilômetros, sem apresentar qualquer defeito ou problema. “A técnica do Palio elétrico é parruda e confiável”, argumenta Paulo Rollo.

Foram 14 países e mais de 20 mil quilômetros rodados até chegar em Itaipu

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de curvas. Ajudou muito o fato de termos sido ‘escolados’ no Brasil, que oferece constantemente as mesmas situações citadas. O fato de o produto Palio Weekend ter sido desenvolvido de forma robusta, visando encarar o dia a dia duro daqui, fez com que ele superasse tudo com tranquilidade”, comenta Rollo. Na Costa Rica visitaram o vulcão Arenal, foram a parques nacionais e conheceram a cultura e política locais. Já no Panamá, último país visitado na América Central, tiveram que embarcar o Palio Elétrico em um navio no porto de Colón, de onde partiram em uma viagem de mais de quatro dias até Cartagena de Índias, na Colômbia. Da Colômbia, a expedição seguiu para o Equador e depois Peru, onde o Palio Elétrico desafiou altitudes de até 4 mil metros, superando sem problemas as partes altas da Cordilheira dos Andes. Outra condição adversa foi a travessia do Deserto de Atacama, no Chile, o mais árido do mundo. Para Leonardo Cavaliere, supervisor de veículos elétricos da Fiat, essa “foi uma excelente constatação da robustez técnica, pois o carro percorreu vasta quilometragem em condições adversas de temperatura, sendo abastecido por diferentes fontes de energia, sem apresentar um único problema”, comemora.

O Palio Weekend Elétrico A ideia de produzir o Palio Weekend elétrico nasceu em 2006, da associação da Itaipu Binacional com a Fiat para desenvolver tecnologia e para que a empresa hidrelétrica renovasse sua frota interna. A bateria que move o motor do Palio Elétrico é 100% reciclável e utiliza sódio ao invés de lítio. Localizada no porta malas, é recarregada em oito horas e pode ser feita em qualquer tomada. A intensidade da corrente é de até 16 ampères (menos que um chuveiro elétrico) e pode ser utilizada em 110 e 220 volts. A bateria não sofre do efeito memória; ou seja, sua recarga pode ser interrompida a qualquer momento. Quando carregada até o limite, ela consegue rodar até 120 quilômetros. Segundo Leonardo Cavaliere, essa iniciativa dá sequência à constante pesquisa realizada pela Fiat para desenvolver o uso de alternativas energéticas sustentáveis, ciente da inigualável capacidade de produção de energia no Brasil por fontes renováveis (água, sol e ar). “Além de não poluir, este tipo de veículo pode ser abastecido com energia gerada pelas diversas matrizes energéticas renováveis do Brasil, o que põe o país na vanguarda mundial da utilização de mobilidade sustentável”, comenta.

O Fiat Palio Elétrico no último país da América Central

Ficha Técnica Motor: Elétrico Asíncrono Trifase Potência Nominal: 15 Kw (20 cv) Potência Máxima: 28 kw (37,8 cv) Torque Nominal: 50 Nm (5,1 kgfm) Torque Máximo: 124 Nm (12,6 kgfm) Combustível: Energia elétrica Bateria: Sódio-Níquel-Cloro Tensão: 253 V Energia: 19,2 Kwh Tempo de recarga: 8 horas Câmbio - Número de marchas: Drive, neutro e ré Tração: Dianteira Freios - De serviço: Hidráulico com comando a pedal

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capacitação

Boas ideias são sempre bem-vindas Magneti Marelli cria a Semana de Boas Ideias e Sugestões, Semana Bis, que visa inserir todos os colaboradores ao plano de ação da empresa

Por Daniela Venâncio

Através de um sistema no próprio site da Magneti Marelli, os profissionais podem enviar suas sugestões

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azer com que 10 mil colaboradores de uma empresa - distribuídos em dez unidades fabris espalhadas pela região sudeste - possam se sentir parte dela e contribuir com sugestões parece ser uma tarefa difícil, mas não impossível. Durante uma reunião do comitê de Boas Ideias e Sugestões

(Bis) da Magnetti Marelli com o setor de Comunicação Interna Coorporativa, no início deste ano, o time de trabalho responsável pelo programa resolveu apostar nessa iniciativa. Foi assim que surgiu a “Semana de Boas Ideias e Sugestões (Bis)”, que nasceu com a missão de sensibilizar os colaboradores quanto à importância de estarem comprometidos com a empresa não só com o trabalho rotineiro, mas também com sugestões que possam melhorar os resultados e possibilitar o crescimento da empresa, trazendo benefícios à ambas as partes. “Tendo em vista a necessidade de inserir o nosso colaborador em nosso plano de ação, pensamos em criar semanas especiais 100% dedicadas ao Bis. O cronograma contempla quatro etapas de três em três meses, sendo julho, setembro, novembro de 2011 e fevereiro de 2012”, explica o gerente de Recursos Humanos da Magneti Marelli e coordenador do Programa, André Fernandes. Graças a essa iniciativa a empresa, uma das maiores fabricantes de sistemas e componentes automotivos do mundo, encontrou a solução para, além de saber a opinião de seus colaboradores, inovar com ideias criativas propostas por eles. Através de um sistema que fica no próprio site da Magneti Marelli, os profissionais, divididos por grupos, podem inserir suas sugestões que vão desde soluções ergométricas até ações

de diminuição do desperdício. O trabalho tem sido realizado desde julho deste ano, e até o momento foram apontados resultados muito positivos. Para se ter uma noção de como a iniciativa foi um sucesso, somente em uma dessas semanas, 5201 novas ideias foram recebidas. Na segunda edição, que aconteceu em setembro, foi apresentada outra novidade: além dos plantões tira-dúvidas, foi implantada uma gincana de ideias. Os colaboradores da fábrica e do administrativo que mais inserissem boas sugestões no sistema ganhariam um vale de R$ 200 reais para comemorar com a família ou acompanhante em um jantar especial. Ao longo de cada semana, todos os colaboradores recebem uma camiseta da Semana Bis e são convidados a usá-la na sexta-feira. O objetivo de usar as camisetas ao final de cada Semana Bis é mostrar que todos pertencem a um único time. Além dos profissionais da Marelli, outras empresas do Grupo Fiat também estão participando, como a Fiat Services e a Comau. Como participar Para que o colaborador possa fazer parte da iniciativa é necessário que ele pense uma sugestão que possa aperfeiçoar algum processo ou produto da empresa. Feito isso, é preciso que ele forme um grupo com no mínimo três e no máximo cinco pessoas e implante a ideia, acionando setores e áreas que possam ajudá-lo a viabilizar essa ideia. A sugestão deve ser inédita e tecnicamente viável. Depois a equipe deve preencher um formulário disponível no site www.magnetimarelli. com.br/programabis e acompanhar o processo de aprovação. Toda proposta é convertida em moeda Bis que o colaborador pode trocar por diversos prêmios no site do Submarino. Só de enviar a proposta o grupo já ganha 5 Bis. Se a sugestão for aprovada, a equipe ganha mais pontos.

Segundo Nerivaldo Almeida Lima, do setor de amortecedores da Unidade de Lavras, é necessário que a empresa incentive o lado empreendedor de seus colaboradores. “Estamos vivendo em um mercado extremamente competitivo e globalizado, por isso temos que habilitar ferramentas e tecnologias para gerenciar adequadamente uma iniciativa como o Programa Bis”, defende. Lima conta, ainda, que é necessário administrar e otimizar processos, bem como incentivar colaboradores, transferindo e gerenciando conhecimento. Segundo o gerente de Recursos Humanos da Magneti Marelli e coordenador do Programa, André Fernandes, ainda restam duas Semanas Bis para acontecer e, por isso, a expectativa é muito grande. “Esperamos superar a cada evento, além de alavancar o número de ideias registradas, despertar o espírito empreendedor e o trabalho em equipe em cada colaborador da Marelli”, revela.

Acima, colaboradores da Marelli Suspensão, em Contagem, na primeira Semana Bis e, abaixo, profissionais do setor de Amortecedores, em Mauá, na segunda semana

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Casa Fiat

Desenvolvimento

“A velocidade e a natureza das mudanças à nossa volta exigem profissionais e cidadãos capazes de lidar com uma complexidade crescente e, para tanto, é necessário reintegrar os saberes que foram renegados: visão sistêmica, lógica abdutiva, inteligência emocional e qualitativa, empatia e outros”, afirma a Superintendente do ISVOR, Márcia Naves. O contato com a arte, o design, a experimentação científica e o mundo real é uma das estratégias para promover a gradual mudança de mentalidade e o estímulo à inovação no dia a dia. Design é inovação Abrir janelas, oferecer novos horizontes, ampliar o repertório cultural. Para contribuir com a capacitação dos profissionais e ajudá-los no desenvolvimento de competências, o ISVOR usa a metodologia do Design Thinking, ferramenta importada do design para o desenvolvimento das pessoas e que tem como

Programa desenvolvido pelo ISVOR usa a metodologia do Design Thinking para contribuir com a capacitação profissional e colabora no desenvolvimento de competências

Ferramenta do Design Thinking tem como princípios a imaginação, empatia e experimentação

Fotos Divulgação

Programa Da Vinci oferece novos caminhos para inovação

princípios a imaginação, empatia e experimentação. O trabalho questiona as práticas atuais de gestão centradas no processo e na tecnologia, que após anos seguindo o pensamento cartesiano, negligenciaram o lado mais humano do processo. Assim, a busca é por um modelo que considera o homem como centro do processo, e não a tecnologia e ou os procedimentos. A finalidade? Buscar novas soluções, alternativas que despontam em novos horizontes. Mas como se dá na prática a capacitação dos profissionais para essa nova forma de pensar para poder inovar? A Gerente de Treinamento Comercial do ISVOR, Elisa Leite, conta: “os participantes passam por cursos e eventos como o ‘Da Vinci Convida’, onde a cada quinze dias um profissional das mais diversas áreas compartilha suas experiências”. São muitos projetos diferentes, cada um com objetivos e estratégias dentro do guarda-chuva do Design Thinking: palestras,

Por Rúbia G. Piancastelli

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a Toscana, durante o Renascimento, muitos virtuosos desempenhavam o ofício artístico trabalhando com esculturas, pinturas, carpintaria, engenharia, anatomia e outras atividades que aliavam arte e engenho. Verrochio, mestre de Da Vinci e Boticelli, não apenas ensinava as técnicas aos seus alunos como também fomentava discussões sobre temas da época. Com o passar dos anos, especialmente sob a influência dos preceitos iluministas e pela Revolução Industrial, houve uma valorização de saberes racionais como a matemática e a desvalorização de aspectos subjetivos

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como a imaginação. A arte e a ciência foram, aos poucos, sendo afastadas do universo do trabalho e da produção, deixando uma lacuna de capacidades importantes. Para reconciliar saberes diversos, como arte e ciência, em prol da inovação, a exemplo do que era comum no Renascimento, o ISVOR (Instituto para o Desenvolvimento Organizacional ou Universidade Corporativa do Grupo Fiat, ativo desde 1972) criou o Programa da Vinci orientado pela metodologia do Design Thinking, que desde 2009 norteia as tomadas de decisões estratégicas da empresa.

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Desenvolvimento ‘Da Vinci Convida’: um dos eventos do programa onde a cada quinze dias um profissional compartilha suas experiências. Na foto, Paulo Matos, da Fiat

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cursos, workshops, intervenções artísticas, leituras e até mesmo criação de uma rede online (www.programadavinci.com.br). A real mudança de cultura é um processo que precisa de tempo, envolvimento e investimento contínuo. Trabalhando com a inspiração no design com a consultoria de Denise Eler, o ISVOR já vê alguns resultados imediatos como o maior engajamento dos profissionais no processo de co-criação das soluções e geração de ideias com potencial de inovação. “As pessoas estão cansadas de velhas fórmulas engessadas que não geram os resultados esperados. Desta forma, quando as pessoas são apresentadas à metodologia de design, há uma resposta positiva imediata”, afirma Márcia Naves. A Gestora do Programa de Inovação na Fiat PowerTrain, Mariana Yazbeck, incorporou a novidade proposta pelo ISVOR no espectro de atividades já desenvolvidas pela área. “Começamos com a realização de oficinas de criatividade, e até agora foram realizados quatro encontros envolvendo cerca de 80 profissionais da FPT. Os feedbacks foram muito positivos e o mais importante é a geração de ideias

que a experiência proporciona ao longo do tempo, ajudando a criar uma sustentabilidade, uma permanência de posturas criativas - isso é o que queremos”, diz Mariana. Já na Fiat está sendo implementado um projeto que mapeia e implementa a inovação de uma forma abrangente e transversal, através do desenvolvimento de um modelo de gestão com o auxílio de uma consultoria internacional, a Strategos. O ISVOR trabalha paralelamente como parceiro deste projeto desde o início de 2011, desenvolvendo ações, workshops e palestras que criem cenários, surpreendam e “abram a cabeça” dos participantes. Como explica o Supervisor de Inovação Estratégica da Fiat, Paulo Matos, “assim como são necessários os aportes de pesquisa, precisamos antes de tudo de provocar as pessoas, gerar momentos de insights, o que está sendo feito com o Programa Da Vinci”. Foram quatro meses de trabalho e ainda muito a ser feito pela frente. Parceria com a cultura Parceiro do ISVOR na missão de proporcionar aos profissionais novos

conceitos e novos olhares, a Casa Fiat de Cultura contribui desde 2010 com atividades inovadoras através de exposições, realização de seminários e instalações artísticas. “A cada novo projeto da Casa Fiat tentamos desenvolver um outro tipo de diálogo para envolver os executivos da Fiat, tentando transferir um pouco a inovação, informação e conhecimento por trás de cada atividade cultural”, conta a Gestora da Casa Fiat de Cultura, Ana Vilela. De acordo com o presidente da Casa Fiat de Cultura, José Eduardo de Lima Pereira, a humanidade sempre usou as referências artísticas para girar as rodas da evolução, para estimular o crescimento e o aprimoramento no âmbito do trabalho. Sendo assim, a primeira atividade desenvolvida foi a visita à 29ª Bienal de Arte Contemporânea de São Paulo, patrocinada pela Fiat em 2010. A oportunidade foi valiosa para designers, administradores, engenheiros, jornalistas e profissionais de recursos humanos buscarem a integração entre o mundo corporativo com o artístico, desenvolvendo o olhar e as ideias de forma peculiar após conversar com o curador Agnaldo Farias e a especialista em economia criativa (um novo modelo de gestão e negócios baseado no bem intelectual e na criatividade), Ana Carla Fonseca. Já em 2011, foi realizado um debate mediado pela filósofa Márcia Tiburi sobre o tema “Felicidade”, que provocou os participantes a refletir sobre diversas perspectivas. Na exposição “Tarsila e o Brasil dos Modernistas”, que gerou 35 mil visitas para a Casa Fiat em 2011, o cenário serviu para uma conversa com o professor da Fundação Dom Cabral, Ricardo Carvalho, sobre novos rumos para a gestão empresarial e inovação através da arte. Um trabalho interessante em curso são as instalações de arte contem-

porânea no prédio do ISVOR. São seis intervenções ao longo de seis meses (previstas para acabarem até o final do ano), ocupando o espaço e conversando entre si. Concebidas pelos artistas e professores Guilherme Machado, Mauricio Leonard e o Ronan Couto, fazem parte do projeto Cotidiano Inventado. “Conceitos interessantes a respeito de comportamento, espaço, temporalidade e experiências são oferecidos através da arte conceitual, abrindo novas experiências para quem freqüenta o prédio do ISVOR. Progressivamente, a cada intervenção e seu conceito, pretendemos sensibilizar as pessoas para entender melhor o

Os participantes passam por workshops, atividades em grupo, palestras e cursos diversos

que é arte, ter experiências diferentes dentro do dia a dia, e poder fazer algo inovador”, diz Ana Vilela. Assim, oferecendo soluções educativas através de um programa amplo e repleto de parcerias, o ISVOR promove uma gradual mudança na forma de pensar e ver o mundo, gerar ideias e inovações. Dentre os clientes, que atuam como co-criadores em cada projeto, estão a Magnetti Marelli, Fiat Group Purchasing (FGP), Comau, Fiat Services, Teksid, Iveco e Fiat Automóveis, dentre outros do Grupo Fiat.

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educação

Atividade dinâmica e ensino inovador Adepta à tecnologia, a Fundação Torino inova seus métodos de ensino com atividades dinâmicas e virtuais, como a Rádio História Por Carla Medeiros

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Fotos Ignácio Costa

O professor e idealizador do projeto, Marcus Vinícius Leite, com alunos no laboratório da Rádio História

esde agosto de 2009, o projeto Rádio História, idealizado pelo professor e diretor didático Marcus Vinícius Leite, transformou as aulas de história da Fundação Torino em uma redação jornalística. Grandes acontecimentos que marcaram o Brasil e o mundo são narrados pelos alunos do Liceo Scientifico (Ensino Médio), como uma cobertura jornalística “ao vivo”, através de podcasts* - arquivos de áudio - postados no blog, Facebook e Twitter. A iniciativa é aprovada por estudantes e também por todo setor educacional, tendo recebido o Prêmio Microsoft Educadores Inovadores na categoria Escola Particular. Na avaliação do professor Marcus Vinícius, a Rádio História transforma o processo histórico numa realidade mais tangível para os estudantes e torna o ensino mais lúdico e agradável. “A rádio

virtual estimula o aprendizado e ajuda os alunos a fixarem o conteúdo. Posso, por exemplo, dar aula expositiva sobre a queda do Muro de Berlim, mas este fato se torna mais real quando os alunos o interpretam para gravar os noticiários. É um projeto que resulta em ganhos acadêmicos e a escola apóia essa prática.” É possível avaliar as diferentes habilidades dos estudantes com a produção da rádio online. O que é o diferencial das atividades dinâmicas. “Um aluno pode apresentar dificuldades em uma prova escrita, mas ao produzir o trabalho na rádio virtual ele tem avaliada a pesquisa, produção, escrita, oralidade e participação”, disse Marcus Vinícius. O retorno dos alunos tem sido muito positivo. O professor afirma que as turmas sempre se interessaram pelo projeto. “A atual geração de estudantes foi

alfabetizada tendo acesso ao computador e domina muito bem os recursos da informática. Temos que explorar melhor ferramentas de ensino como essa. Temos muitos acessos no blog e no Facebook, e muitos acompanham a Rádio pelo Twitter, que extrapolou as fronteiras da escola e até mesmo do Brasil, já que temos seguidores em mais de 10 países.” O projeto foi também tema de artigo publicado na Revista de História da Biblioteca Nacional, na edição de março de 2010. Para Marcus, o reconhecimento da iniciativa também pela Microsoft Brasil motiva o projeto a ir mais longe e serve de estímulo para os estudantes e profissionais se dedicarem em novas empreitadas como essa. O Prêmio Educadores Inovadores, que está em sua 6ª edição, agracia os melhores projetos educacionais de professores e escolas que usam a tecnologia para inovar o processo de ensino e aprendizagem dos alunos. “É uma grande vitória para a prática inovadora da Fundação Torino e de todo o nosso corpo docente. Nossa Rádio História foi finalista entre mais de 1400 trabalhos de todo o país. É gratificante mostrar o troféu para os alunos que participaram da rádio nos últimos anos, pois foi um resultado do nosso trabalho”, concluiu o professor e idealizador do projeto. Bastidores da rádio O projeto, uma espécie de estação online, consiste na produção de boletins de rádio com o conteúdo histórico trabalhado na Fundação Torino. Como em uma reunião de pauta, os temas são escolhidos e os alunos divididos em grupos. “Após a divisão, os alunos pesquisam, produzem textos e narram como protagonistas dos eventos históricos ou repórteres”, detalha o professor. Até junho deste ano o projeto era desenvolvido

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pelos alunos da Scuola Media (Ensino Fundamental) e agora está sob a responsabilidade dos alunos do Liceo Scientfico. Na Rádio, os alunos podem assumir diferentes papéis: personagens, locutores, repórteres, comentaristas, entrevistados, entre outros. Os noticiários são gravados no laboratório de idiomas da escola equipado com computadores, microfones, fones de ouvido e sistemas específicos que garantem a qualidade da produção. “Depois de gravados, os podcasts são editados no Movie Maker, onde inserimos imagens. Postamos os arquivos no blog e disponibilizamos também nas redes sociais, como Facebook e Twitter”, esclarece o professor que tem a responsabilidade de postar o resultado do trabalho dos alunos, além de coordenar o projeto. Premiação Neste ano, o Prêmio Educadores Inovadores, promovido pela Microsoft Brasil, agraciou docentes e instituições dos estados: Amazonas, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná e Pernambuco. O evento de premiação foi dia 3 de agosto, em São Paulo. Como prêmio, cada um ganhou um notebook, um pacote do software Office 2010 e um troféu. *Podcast O professor explica que o termo é a de junção de iPod (tocador de MP3) e broadcasting (transmissão de dados via rádio ou TV). Os podcasts ficam abrigados em sites. Links www.radiohistoriaft.blogspot.co Twitter @radiohistoria www.facebook.com/radio.historia

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educação

Festa da Família comemora 10ª edição no Parque das Mangabeiras Encontro promoveu a integração da criança com sua família e a consciência ecológica

Por Daniela Venâncio

Fotos Ignácio Costa

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oi com um calor de quase 30 graus de uma linda manhã de sábado, que centenas de famílias marcaram presença na Festa da Família da Scuola Materna da Fundação Torino. A iniciativa, que está em sua 10ª edição, aconteceu no Parque das Mangabeiras, um dos mais importantes pontos turísticos da capital mineira. Logo na abertura, em meio a cata-ventos coloridos, as famílias puderam realizar uma pequena caminhada de 500 metros pelo parque e finalizaram o dia com um piquenique. Segundo a diretora da Scuola Materna, Magda Casarotti, a Festa da Família é um evento que busca promover

instantes agradáveis de socialização entre pais e filhos, buscando um contato maior com a natureza. “Queremos ajudar a criança a entender que ela faz parte de um ambiente familiar unido, repleto de amor, carinho e cuidado, sentimentos importantes para a sua formação e desenvolvimento”. Magda conta ainda que a ideia de fazer a Festa da Família é para comemorar a integração da criança com seu ambiente familiar. “Hoje, a maioria das famílias não possuem mais a conformação de antes, formada somente pelo pai, mãe e irmãos, isso mudou e, por isso, muitas vezes vemos crianças que passam a maior

parte do tempo com os avós, tios, padrinhos, etc. Essa festa comemora a diversidade da conformação familiar”, explica a diretora da Scuola Materna da Fundação Torino. A diretora didática responsável pelo italiano, Gracia Leone, conta que após o encontro as crianças voltam revigoradas e muito mais felizes para sala de aula. “Hoje está cada vez mais difícil encontrar pais e filhos que desfrutem de muito tempo juntos. A correria do dia-a-dia por conta da demanda de trabalho e outras obrigações do cotidiano acabam diminuindo o tempo de lazer entre pais e filhos. Nós, como escola, sempre prezamos por essa união familiar”, conta. E a iniciativa é aprovada por Damião Rocha e Rita Consuelo, pais do pequeno Bernardo, de três anos. “Nós achamos muito interessante a iniciativa da Fundação, o ganho, além da integração entre pais filhos, é a integração entre os pais dos alunos, que também acreditamos ser um fator positivo na formação das crianças”, avaliam. Na expectativa para participar do encontro, Alissa de cinco anos se diverte ao lado dos pais durante o piquenique. “o que mais gosto é poder ficar com meus pais e com meus colegas”, comemora. A mãe, Marina Ushiro, acredita que o evento contribui muito para a formação das crianças que precisam sempre participar de eventos que valorizem a união da família. Consciência ecológica Durante organização do encontro a Fundação Torino buscou aliar a Festa da Família com a educação ambiental. Segundo a professora de educação física da Scuola Materna, Carla Nunes, a ideia para pensar anualmente o evento vem da disponibilidade de tentar fazer o melhor para os alunos. “Nesse ano escolhemos o Parque das Mangabeiras por ser um lugar muito bonito e por estar à disposição

de toda a população. É necessário que as crianças criem o hábito, desde cedo, de frequentar lugares como esses e saber, de fato, a real importância que esses espaços públicos têm”. Membro da comissão organizadora, Carla revela que o Parque é perfeito para mostrar às crianças que fazemos parte da natureza e que, por isso, somos um ser integrado. “É um momento de educação ecológica, tanto que fizemos até uma pequena caminhada e mostramos a importância de não jogar papel no chão e de cuidar do verde”, salienta.

Pai de dois alunos da Scuola Materna, Santiago e Rodrigo de dois e quatro anos respectivamente, José Henrique Guimarães, acredita que a iniciativa agrega valores preciosos para as crianças. ”É importante que a escola trabalhe em parceria com os pais para incentivar a boa convivência familiar e o senso de preservação do meio ambiente”, defende. Outra novidade para esse ano foi a criação de uma comissão de pais que ajudou na organização do evento, reflexo da preocupação da Fundação Torino que sempre se ocupou em aproximar a escola e a família, criando um ambiente único e propício ao desenvolvimento da criança.

Alissa, de cinco anos, se diverte no piquenique ao lado dos pais

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Pedra fundamental da futura sede do Programa Árvore da Vida é lançada em evento que reflete o amadurecimento da relação entre a Fiat e a comunidade Por Lilian Lobato

O As crianças do Árvore da Vida durante evento de lançamento da pedra fundamental

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sonho se tornou realidade. Após sete anos de dedicação e trabalho, mais de 14 mil pessoas beneficiadas e 109 instituições locais fortalecidas para atuar em prol da comunidade do Jardim Teresópolis, em Betim, o Programa Árvore da Vida irá ganhar uma sede própria. A pedra fundamental da nova estrutura foi lançada no início de setembro e, em breve, o projeto poderá expandir seus horizontes. A data para o início das obras ainda não foi definida em função de o projeto de engenharia, doado pela Comau do Brasil – empresa do Grupo

Fiat – ainda estar em fase de elaboração. Com o início da construção, a expectativa é de conclusão do novo espaço em 18 meses. Desde a sua criação, em 2004, pela Fiat Automóveis em parceria com as ONGs Fundação AVSI e CDM (Cooperação para a Morada Humana), o Árvore da Vida funciona em um prédio alugado, na rua Duque de Caxias, 956. “A sede própria significa a afirmação do programa. O Árvore da Vida é um projeto sustentável e gerido pela comunidade. A construção desse espaço é mais um fruto que colhemos e um passo para o futuro”, ressalta o

diretor de Comunicação Corporativa da Fiat, Marco Antônio Lage. Segundo ele, além do aspecto físico, o programa passará a ter melhor eficiência dos recursos que poderão ser destinados às tantas ações em prol da comunidade. Lage destaca que o Árvore da Vida poderá investir, ainda mais, no desenvolvimento humano. A construção do espaço ainda reflete o amadurecimento do relacionamento entre a Fiat e a comunidade. “A nova sede é fruto do entendimento da gestão do Árvore da Vida com o momento da comunidade, que entende seu papel de agente modificador e de desenvolvimento. Já tivemos diversas realizações ao longo da atuação do programa e, agora, comemoramos uma importante conquista desse trabalho coletivo. Esperamos que a nova sede seja uma forte referência de integração, esperança e desenvolvimento da comunidade”, destaca o diretor de Comunicação Corporativa da Fiat.

A nova sede será implantada em uma área de 1,5 mil metros quadrados e oferecerá atendimento direto a aproximadamente 300 pessoas por mês. A estrutura ainda irá reunir a Cooperárvore – cooperativa social do Programa Árvore da Vida - bem como salas para o desenvolvimento das atividades relacionadas ao percurso formativo proposto pelo programa aos adolescentes, espaço para cursos de qualificação profissional e um auditório para os encontros da Rede de Desenvolvimento Social do Teresópolis e da Rede de Empreendedores do Jardim Teresópolis (Rejat). Para completar, também haverá espaço para outras iniciativas e projetos da comunidade, que irão reforçar o sentimento de pertencimento dos moradores ao espaço e incentivar a gestão participativa. Tanto a aquisição do terreno como a construção de toda a estrutura serão custeadas com recursos da Fiat Auto-

Fotos Ignácio Costa

sustentabilidade

Mais um passo à frente

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móveis, somados aos valores captados pela Fundação AVSI e CDM, junto a outros apoiadores do programa. A ideia é envolver fornecedores Fiat e outras empresas do município que já atuam proativamente em outras atividades do Árvore da Vida. A CDM, por exemplo, apoia o programa desde o seu início e, para o diretor de Projetos, Martionei Leite Gomes, a construção da sede própria transforma o Árvore da Vida em uma ação contínua. “O programa passará a fomentar, ainda mais, as iniciativas já existentes e também terá uma pre-

Martionei Leite Gomes, diretor de projetos da CDM: “a sede própria consolida as ações já implementadas”

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sença mais autônoma no Jardim Teresópolis. O ambiente irá permitir que cada expressão da comunidade tenha espaço garantido”, explica. Ainda segundo ele, a sede própria simboliza a confiança da Fiat, CDM e AVSI em estabelecer uma relação com a comunidade que perdure sobre o tempo. Gomes ressalta que um dos benefícios do novo prédio está no fato de ser projetado para potencializar o atendimento das necessidades das atividades que serão desenvolvidas na região. A Cooperárvore é um dos projetos que terá uma infraestrutura mais adequada para recepção de matéria-prima, produção e expedição dos seus produtos.

De acordo com o diretor de Projetos da CDM a união entre o social e o ambiental faz com que o programa tenha mais chances de sobrevida no futuro. Ele destaca que como a nova sede será construída dentro dos parâmetros da sustentabilidade será possível reduzir custos e tornar o espaço adequado para o crescimento do programa e da comunidade. A sede própria ainda consolida as ações já implementadas e contribui para a atividade econômica do Jardim Teresópolis. “A partir dos projetos criados no Árvore da Vida é possível gerar renda para os cooperados. A qualificação dos profissionais é uma das iniciativas responsáveis pela inserção no mercado de trabalho. As ações precisam ser distintas, integradas e complementares”, afirma o gerente de Projetos da Fundação AVSI, Jacopo Sabatiello. Um espaço próprio para desenvolver as atividades do programa eleva a confiança da comunidade na Fiat e seus parceiros. É o que ressalta Benedito Rocha Martins, uma das lideranças da comunidade que define a sede própria como sinônimo de desenvolvimento. Segundo ele, a comunidade participa e acredita no programa. “A partir da construção dessa estrutura será possível ampliar os níveis de profissionalização e até de conscientização das pessoas que vivem na comunidade. É fundamental que o Árvore da Vida continue a embalar sonhos e gerar vida”. As mudanças já ocorreram na vida de Claudinéia Alvarenga da Silva. Ao fazer parte da Cooperárvore, ela passou de diarista a artesã e ainda realizou o sonho da casa própria. “Comecei a fazer cursos e trabalhar na cooperativa por intermédio da minha irmã, que na época participava do grupo. Inicialmente, cheguei a atuar como diarista e artesã ao mesmo tempo. Entretanto, percebi que teria que me dedicar a apenas uma das funções e optei pelo artesanato. Hoje, tenho certeza de que fiz a escolha certa”, avalia.

As cooperadas Claudinéia Alvarenga, à esquerda, e Iracema Pereira fazem parte da cooperativa desde 2006

Claudinéia Alvarenga atua na produção de chaveiros e acabamento final das bolsas há quase cinco anos. Para ela, a nova sede é a realização de um sonho. “O espaço onde trabalhamos é adequado, mas ainda somos dependentes. Com a sede própria, teremos mais liberdade até para expandir os negócios”. Assim como Claudinéia Alvarenga, a vice-presidente da Cooperárvore, Iracema Pereira da Costa Salgado, viu sua vida se transformar ao participar da criação da cooperativa, em 2006. Era um momento conturbado na vida pessoal de Iracema que, ao começar a atuar na área de corte de tecidos com tanta dedicação e trabalho, virou a página: “A cooperativa me ajudou a superar, consegui gerar renda e contribuir financeiramente em casa. A minha vida realmente mudou”, relata. De acordo com Iracema Pereira, a construção da nova sede é representas novas oportunidades para todas as cooperadas. Ela destaca que o espaço para a produção será ampliado e será possível receber mais pessoas e expandir o serviço prestado.

Meio ambiente alinhado ao social A criação da nova sede do Programa Árvore da Vida também envolveu pessoas que apostam no sucesso da

iniciativa. O projeto arquitetônico foi elaborado e doado pelo arquiteto Gustavo Penna, profissional de destaque mundial. “Após conhecer o Árvore da Vida e a sua organização fiz questão de participar do processo”, ressalta. O conceito do projeto tem como base a sustentabilidade que, segundo Penna, precisa estar em todo projeto arquitetônico. Ele afirma que é fundamental ter espaços multiuso que possibilitem a realização de diversos tipos de eventos. De acordo com o arquiteto, o projeto propõe um edifício aberto, acolhedor, que favoreça a socialização, os trabalhos coletivos e seja capaz de abrigar qualquer tipo de atividade que a comunidade desejar. “É um edifício bioclimático, alegre e integrado ao ambiente. Os vários espaços do prédio são intervisíveis, o que significa que ninguém está sozinho. Cada atividade participa do todo, sem compartimentação, já que a arquitetura é uma ferramenta de promoção social. O prédio vai refletir a generosidade das ações que acontecem no projeto”. Ainda será construído um sistema de captação de água das chuvas para reuso na irrigação do jardim interno e lavagem de pisos. Materiais descartados da produção dos carros, como tecido automotivo e caixas de papelão, serão utilizados para fazer o tratamento acústico dos espaços, assim

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de emprego e renda e fortalecimento da comunidade. As iniciativas têm sempre como foco principal as crianças e jovens, e seus núcleos de relacionamento, como a família e a escola. O programa busca o desenvolvimento humano, que requer ações de longo prazo. Por essa razão, o Árvore da Vida realiza investimentos contínuos e utiliza uma metodologia que envolve toda a comunidade. Para o presidente da Fiat Automóveis, C. Belini, o balanço desses sete anos e o lançamento da construção da

O. UR O FUT

SE L I S A AS R T B S I O N E GO A T O FA. R E P R S A O T D NESSA

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Respeite a sinalização de trânsito.

O arquiteto Gustavo Penna: “o prédio vai refletir a generosidade das ações que acontecem no projeto”

futura sede do programa demonstram a perspectiva da atuação da empresa na comunidade. “Aos poucos, deixamos de ser os mobilizadores e catalisadores de melhorias sociais para ocuparmos o lugar de mais um ponto da sólida rede que trabalha para promover o desenvolvimento justo e sustentável da região do Jardim Teresópolis e do município de Betim. Acreditamos que o protagonismo de cada um dos cidadãos e dos atores sociais é a grande força para a melhoria continuada da realidade local”, afirma. Vale ressaltar que, no eixo socioeducativo, anualmente são atendidos aproximadamente 2 mil crianças e adolescentes, por meio de atividades esportivas, de reforço escolar e apoio à alfabetização, supletivo, oficinas de canto, dança, percussão e formação humana. Como resultado desse trabalho, alguns indicadores da região apontaram que de 2004 a 2010 houve aumento de 25% no número de alunos aprovados na escola regular (de 71% para 96%). A permanência na escola passou de 83% para 96% no período. O interesse, frequência e participação dos alunos na escola regular passaram de 58% para 86%, um aumento de 28%. De acordo com pesquisa encomendada pela Fiat, Fundação AVSI e CDM, realizada pela empresa Polis Pesquisa e coordenada pela cientista social Bertha Maakaroun, no período de 20082011 houve aumento no número de famílias com a participação de pelo menos um de seus membros no Programa Árvore da Vida. O crescimento médio foi de 8,2 pontos percentuais. Em 2008, 16,5% das famílias relataram que pelo menos um de seus membros teria participado ou estaria participando do programa. Em 2011 essa proporção subiu para 24,7%. No âmbito das famílias, em média, foram atingidas direta ou indiretamente pelo programa 7.753 pessoas.

A T E N A L P O , 50 AR 0 T 2 N E É IM AT L A S E A D O Á S R S E T PE E D . E S J E O Õ H H QUE 2 BIL S I A AM RÁ UM

sustentabilidade

como pedaços de metal farão o controle da entrada de luz, uma espécie de veneziana artística. Entre os dois blocos construídos haverá um jardim e na frente do prédio uma grande árvore, que irá representar o próprio programa. Ao longo desses sete anos, o Árvore da Vida mobilizou a comunidade do Jardim Teresópolis e fez a diferença na vida das pessoas. A estratégia traçada pelo programa leva à comunidade ações com base em três eixos: atividades socioeducativas, geração


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sustentabilidade

Esporte e educação, direitos de todos Projeto Esporte para Todos incentiva a atividade física e contribui para melhoria do rendimento escolar

Por Lilian Lobato

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As jovens judocas vêem novas oportunidades no esporte

teriormente, o projeto era destinado apenas aos jovens. “O projeto irá possibilitar a democratização do esporte e irá beneficiar milhares de pessoas. A ideia de apoiar o projeto, que já vinha sendo realizado pela prefeitura, partiu da importância do esporte e da necessidade de garantir acesso à todas as idades”, explica o diretor de Comunicação Corporativa da Fiat, Marco Antônio Lage. A prefeita Maria do Carmo Lara também destaca a importância da iniciativa. De acordo com ela, esta é mais uma medida para o fortalecimento da

Ignácio Costa

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esporte pode fazer a diferença na vida das pessoas. Mais que isso, tende a contribuir para a educação, sobretudo dos jovens. Para melhorar o acesso às atividades tanto no Jardim Teresópolis como no restante do município, o Grupo Fiat e a prefeitura de Betim lançaram, no início de setembro, o projeto Esporte para Todos, que faz parte do Programa Árvore da Vida – Parcerias. O objetivo do projeto é incrementar a prática de esportes em Betim e fazer com que as atividades sejam utilizadas na educação. A participação do Grupo Fiat foi efetivada por meio de as empresas Fiat Automóveis, Banco Fidis e Teksid e possibilitará que o projeto beneficie diretamente mais de três mil pessoas em toda a cidade. An-

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cidadania e para a formação e sociabilidade dos jovens, além da melhoria da qualidade de vida da população de Betim. “Entre nossos maiores objetivos está a garantia de um atendimento amplo às necessidades dos jovens de nossa cidade, possibilitando a eles melhores oportunidades no futuro”, afirma. A aposta do secretário municipal de Esportes da prefeitura de Betim, Nei Lúcio, também é de que a ampliação do projeto possa incentivar a atividade física, contribuir para melhoria dos níveis de frequência e rendimento escolar dos estudantes, resgatando

sua autoestima, promovendo a sociabilidade, desenvolvimento e formação como cidadãos. É o que já ocorre com a judoca Jéssica Aguilar, de 12 anos. Há oito anos, ela pratica judô por incentivo dos pais, que são faixa preta no esporte. Com a criação do projeto, o esporte passou a ser praticado na comunidade e contribuiu para que a atleta tivesse mais disciplina e responsabilidade no colégio e dentro de casa. “Quero continuar lutando e alcançar uma competição de alto nível, como o mundial de judô”, estima.

Marco Antônio Lage junto às crianças do Jardim Teresópolis: “O projeto irá possibilitar a democratização do esporte”

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Leo Burnett

Rodrigo Castro, destaque da equipe nos 200m livre

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esporte

Hegemonia nacional nas piscinas

Fabíola Molina levou quatro medalhas de ouro em provas individuais

Equipe Fiat/Minas conquista o Troféu José Finkel de natação, disputado nas piscinas do Minas Tênis Clube e mostra força da parceria com a Fiat para as Olimpíadas de 2016 Por Frederico Machado

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Fotos Orlando Bento

Equipe Fiat/Minas comemora as vitórias

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star à frente da concorrência sempre foi um dos objetivos e prática comum na Fiat desde que a montadora se instalou no Brasil. E parece que os nadadores da equipe Fiat/Minas assimilaram bem essa ideia. Tanto é que a equipe foi campeã do Troféu José Finkel de Natação, disputado nas piscinas do próprio Minas Tênis Clube entre 29 de agosto e 4 de setembro. O tradicional clube mineiro não vencia o Maria Lenk e o José Finkel, principais competições da natação brasileira, na mesma temporada, desde 1988. Mas no ano de 2011 a equipe Fiat/Minas quebra o tabu e consagra um trabalho planejado, que promete render muitas medalhas até 2016, ano da realização das Olimpíadas no Brasil.

Nas piscinas do Minas Tênis Clube mais de 400 nadadores disputaram, braçada a braçada, melhores tempos e medalhas para os 33 clubes que participaram da competição. No final, o título do José Finkel ficou com a equipe Fiat/Minas, depois de treze anos, com 2.493,5 pontos (12 medalhas de ouro, 19 de prata e 13 de bronze. Veja box), seguida pelos tradicionais clubes: Pinheiros, de São Paulo (1.799 pontos) e Flamengo, do Rio de Janeiro (1.478 pontos). A conquista coroa uma temporada de sucesso, já que em maio a mesma equipe havia vencido o Troféu Maria Lenk, disputado no Rio de Janeiro. O técnico interino da equipe, Marcelo Vaccari, ressaltou a dificuldade de se

obter esses dois resultados na mesma temporada. “São competições que reúnem grandes clubes e os principais nadadores do país competindo em alto nível. Esse feito é para ficar na história do Minas e vem como reconhecimento pelo nosso trabalho diário nos treinamentos”, analisou Vaccari. O presidente do Minas Tênis Clube, Sérgio Bruno Zech Coelho, acredita que o resultado no José Finkel comprova a eficiência da parceria do clube com a Fiat no Projeto Olímpico Natação Fiat/Minas Rio 2016, pioneiro no treinamento de alto nível para as Olimpíadas no Rio de Janeiro. A previsão é que o clube tenha cerca de 40 atletas devidamente preparados para os Jogos do Rio. “Isso é o que o Minas faz, somos um grande revelador de atletas. Este é o nosso negócio, sempre contando com nossos patrocinadores e apoiadores”, afirmou Sérgio Bruno Zech Coelho, que deixou as formalidades de lado e também caiu na piscina para comemorar a conquista diante da torcida minastenista. A parceria também é comemorada na Fiat. “O Projeto Olímpico Natação Fiat/Minas Rio 2016 é uma parceria de longo prazo e é muito satisfatório ter conquistas como esta logo no iní-

cio do trabalho. As ações do projeto se iniciaram em Março de 2011 e, desde então, a equipe Fiat/Minas conquistou simplesmente os dois mais importantes campeonatos nacionais de Natação – Troféu Maria Lenk em Maio e Troféu Jose Finkel em Setembro - retomando a hegemonia nacional desse esporte. Os resultados demonstram também que fizemos uma excelente opção ao estreitar nossos laços com o Minas também na natação, esporte que vem conquistando cada vez mais admiradores no Brasil e no mundo”, afirmou a especialista em publicidade da Fiat, Rosália Andrade.

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esporte

Conheça os medalhistas da Fiat/Minas

Durante as provas, a Fiat realizou várias ações para empolgar a torcida e divulgar a marca da montadora. “Instalamos um banner da equipe Fiat/Minas e faixas com a marca Fiat por todo o parque aquático. Além disso, colocamos mock ups de carros da gama Fiat nos postes. No total foram 11 carros

Lucas Kanieski, Juan Pereyra e Marcus Ferrari no podium pelo revezamento masculino. No feminino, quem sobe ao podium é Kimberly Vandenberg, Dandara Antônio, Fabiola Molina e Renata Sander

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que trouxeram representatividade e chamaram bastante a atenção. Outra ação foi a interação com a torcida durante o final de semana, com a distribuição de batecos e um bandeirão gigante de aproximadamente dez metros. Por último, a marca Fiat esteve presente também nas propriedades padrões: backdrop, prismas ao redor da piscina, blimp, marca no placar e veiculação do jingle ‘Fiat 35 anos’, o

que representou a marca de uma forma descontraída e divertida”, revela Rosália Andrade. Os vencedores O nadador Rodrigo Castro foi um dos destaques da equipe Fiat/Minas na competição e levou a medalha de prata nos 200m livre. Rodrigo tem uma longa história no Minas e sabe da dificuldade de vencer o José Finkel, já que também competiu em 1998, quando o clube levantou o troféu pela última vez. “Em 1998 eu era calouro e nadei representando o Minas no José Finkel. Depois desse tempo todo é muito bom trazer essa vitória para a nossa casa. É gratificante saber que a minha medalha ajudou nessa conquista”, afirma Rodrigo. O nadador acredita que as parcerias são fundamentais nesses resultados. “O apoio do patrocínio é fundamental para ter uma equipe de ponta. Com o patrocínio, percebemos que chegaram alguns reforços de peso. Nos outros anos faltava um pouquinho, mas agora somos nós que ditamos o ritmo”, disse animado. A experiente Fabíola Molina foi outra gigante que nadou pela equipe Fiat/ Minas. A capitã da equipe levou quatro medalhas de ouro em provas individuais (50, 100 e 200m costas e 100m borboleta), além de outro primeiro lugar no 4x100m medley. Desempenho que lhe valeu ainda os troféus de mais eficiente e melhor índice técnico da competição entre as mulheres. “Tudo foi sempre muito positivo aqui no Minas, mesmo com curto tempo de adaptação, já que cheguei ao clube no início da temporada. Mas valeu a perseverança. Quero sempre mais e acho que a conquista é fruto do trabalho de todos. O planejamento e o investimento, com certeza, fazem parte desta festa”, analisou Fabíola Molina, que acumula incríveis 43 medalhas de ouro em Troféus José Finkel em sua carreira.

Ouro Fabíola Molina – 200 m costas Fabíola Molina – 100 m borboleta Fabíola Molina – 50 m costas Fabíola Molina – 100m costas Juan Pereyra – 1500 m livre Juan Pereyra – 400 m livre Juan Pereyra – 800m livre Jéssica Cavalheiro – 200 m livre Inge Dekker – 50 m livre Inge Dekker – 50m borboleta 4x200 m livre (Manuella Lyrio, Kimberly Vandenberg, Júlia Gerotto e Jéssica Cavalheiro) 4x100m medley (Fabiola Molina, Renata Sander, Dandara Antônio e Kimberly Vandenberg) Prata Glauber Silva – 50m borboleta Renata Sander – 200 m peito Fernanda Alvarenga – 200 m costas Kimberly Vandenberg – 200 m livre Kimberly Vandenberg – 200 m borboleta Daynara de Paula – 100 m borboleta Daynara de Paula – 50m borboleta Renata Sander – 100m peito Felipe Lima – 100m peito Lucas Kanieski – 400 m livre Lucas Kanieski – 1500 m livre Lucas Kanieski – 800 m livre Rodrigo Castro – 200m livre Lucas Salatta – 200 m borboleta Diogo Yabe – 200m medley 4x50m livre (Ricardo Morini, Giovane Paula, Ricardo Machado e Nicolas Oliveira) 4x50m livre (Inge Dekker, Daynara de Paula, Simone Koehler e Kimberly Vandenberg) 4x100m livre (Inge Dekker, Manuella Lyrio, Jéssica Cavalheiro e Daynara de Paula) 4x100m livre (Ricardo Machado, Glauber Silva, Ricardo Morini e Nicolas Oliveira) Bronze Juliana Marin – 200 m peito Leonardo Fim – 200 m costas Diogo Yabe – 400 m medley Nicolas Oliveira – 100m livre Kimberly Vandenberg – 200m medley Felipe Lima – 50m peito Felipe Lima – 200m peito Fernanda Alvarenga – 100m costas Manuella Lyrio – 200m livre Júlia Gerotto – 400m medley Marcus Ferrari – 800m livre 4x100m medley (Leonardo Fim, Felipe Lima, Glauber Silva e Nicolas Oliveira) 4 x 200 m livre (Lucas Kanieski, Juan Pereyra, Marcus Botega e Nicolas Oliveira) MUNDOFIAT

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cultura

Momento Itália-Brasil, prepare-se para viver uma paixão O MIB é uma viagem de aproximação e reconhecimento de dois povos, unidos por amizade secular e admiração recíproca, celebram essa relação intensa de troca e cooperação Por Jô Almeida

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Orlando Bento

rasil e Itália. Já há muito tempo estes dois países mantêm uma relação intensa, de troca e cooperação, presente na arte, na cultura, na gastronomia, nos negócios, na arquitetura, nos esportes, na ciência e tecnologia. Para celebrar tamanha identidade, dezenas de atividades se sucederão até junho de 2012, em ambos os países, como forma de celebrar esta ligação e reforçar os laços de união. O Momento Itália-Brasil foi lançado em outubro em todo o Brasil e merece uma solenidade na Casa Fiat de Cultura, em Belo Horizonte, que contou com a presença de líderes políticos, empresários, representantes

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de instituições ítalo-brasileiras e da comunidade italiana, com destaque para o embaixador da Itália no Brasil, Gherardo La Francesca, a cônsul da Itália em Belo Horizonte, Maria Pia Calisti, o governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, e o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda. A Casa Fiat de Cultura foi escolhida palco da cerimônia porque irá abrigar três das maiores exposições que ocorrerão no âmbito do MIB durante os próximos meses, como frisou o presidente da entidade, José Eduardo de Lima Pereira. Na casa já está em cartaz a exposição Roma – A vida e os imperadores. A partir de março do próximo ano, os visitantes também

Presidente da Casa Fiat de Cultura, José Eduardo de Lima Pereira junto ao governador Antonio Anastasia, à cônsul Maria Pia Calisti e ao prefeito Márcio Lacerda durante cerimônia de lançamento do MIB em Belo Horizonte

poderão conferir as mostras De Chirico: O sentimento da arquitetura e Caravaggio e os Caravaggescos. “A Fiat tem a Itália em seu DNA, portanto não poderia ficar de fora do MIB”, afirma José Eduardo de Lima Pereira. “Desde o século 19, a Itália se integrou a Minas Gerais e faz parte da nossa história. O Momento Itália-Brasil representa uma reafirmação destes vínculos que transcendem eventuais problemas nas relações diplomáticas entre os dois países.”, completa. Durante a cerimônia de lançamento, o governador Antonio Anastasia mencionou a relação entre as duas nações, em particular a imigração italiana para o Brasil. “Lembramos aqui as agruras daqueles que, no fim do século XIX, início do século XX, deixaram seu país, sua cultura, seus familiares, sua tradição, para virem para uma terra desconhecida, com outro clima, outros costumes, uma vida distinta, de certo modo até uma aventura. Nós percebemos que a colônia italiana vinda para o Brasil, e para Minas em especial, lançou suas raízes e se identificou com o nosso estado, uniu-se de maneira muito clara com as famílias aqui existentes”, declarou. O governador também destacou que a partir da década de 1970, com a presença do Grupo Fiat, ocorreu em Minas um novo marco do desenvolvimento econômico. “A Itália é um dos principais parceiros econômicos de Minas, não só pela presença do Grupo Fiat e de diversas empresas italianas no estado, mas também pelas trocas que fazemos do ponto de vista cultural, do design e da gastronomia. Lembro especialmente do Piemonte, que é nosso estado irmão, cuja capital é Turim, onde está a sede da Fiat. Um momento como este que tem, é claro, os eventos culturais e de lazer como sustentação maior, permite também que nós tenhamos possibilidade de novas parcerias econômicas”. O embaixador italiano no Brasil, Gherardo La Francesca, também ressaltou o bom relacionamento entre os dois

países e lembrou que o MIB está ligado a um acontecimento histórico importante para a Itália: o aniversário dos 150 anos do nascimento do Estado italiano como estado unitário. Ele leu uma carta do presidente da república italiana, Giorgio Napolitano, que saudou o evento e descreveu o MIB como uma vitrine da Itália no Brasil. “A mescla Itália-Brasil já produz resultados importantes e acredito que vai produzir nas próximas décadas outros ainda mais importantes e úteis para os dois povos. Sem dúvida o MIB quer fortalecer esta relação”, afirmou. “Essa ação é nosso motivo de orgulho e nos enche de emoção constatar que o sacrifício daqueles italianos que com muita dor tiveram que deixar o seu país de origem não foi em vão”, complementou a cônsul Maria Pia Calisti. O prefeito Márcio Lacerda reconhece o fortalecimento dos laços com a Itália como algo muito importante para Minas Gerais. “Nós temos uma ligação histórica com a Itália em função da grande imigração, e certamente esta herança cultural é muito intensificada hoje com a presença da Fiat, e um grande número de outras empresas. Portanto, a nossa realidade mineira multirracial e multicultural tem uma presença marcante daquele país que muito nos orgulha”. Saiba mais sobre o MIB no site: www. momentoitaliabrasile.com.br.

O embaixador italiano no Brasil, Gherardo La Francesca: “A mescla ItáliaBrasil produz resultados importantes para os dois povos”

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Concerto na Praça da Estação, em Belo Horizonte, comemora os 35 anos da Fiat no Brasil e integra o Momento Itália/Brasil Por Lilian Lobato

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O concerto ocorreu na Praça da Estação e encantou um público de 81 mil pessoas. O show de Andrea Bocelli faz parte do Momento Itália/Brasil (MIB), conjunto de eventos artísticos, culturais e de negócios que celebra até junho de 2012 a construtiva colaboração entre italianos e brasileiros – convivência da qual a Fiat, inaugurada em nove de julho de 1976, em Betim, é um ícone. Um misto de italianidade e brasilidade deu o tom do concerto e também da trajetória da Fiat, uma empresa ita-

Praça da Estação, em Belo Horizonte, foi palco do concerto aberto do tenor Andrea Bocelli, para um público de 81 mil pessoas, que marcou os 35 anos de atividades da Fiat no Brasil

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Andrea Bocelli faz show emocionante para 81 mil pessoas

omentos especiais precisam ser celebrados. Mais do que isso: devem ser compartilhados com pessoas especiais. Ao completar 35 anos de presença em Minas Gerais, a Fiat comemorou em grande estilo e ofereceu à comunidade um concerto aberto do tenor italiano, Andrea Bocelli. O evento, realizado em seis de novembro, marcou tanto a história da empresa como da capital mineira e promoveu um verdadeiro encontro da técnica com a arte, da Itália com o Brasil.

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Um momento emocionante e luminoso para o público

Fotos Ignácio Costa

O coral dos meninos do Árvore da Vida, a soprano Maria Aleida e o tenor interpretam Con Te Partirò, uma das canções favoritas do público

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liana com jeito brasileiro, que impulsionou a economia de Minas Gerais nas últimas décadas. A presença da empresa foi decisiva para a industrialização e desenvolvimento tanto do município como do estado. O concerto contou com o apoio do Ministério da Cultura, realização do Grupo Dançar Marketing, especialista em shows corporativos há três décadas, e copatrocínio do Banco Itaú e da Aethra Sistemas Automotivos. A

apresentação de Andrea Bocelli reuniu ainda grandes nomes como o maestro Eugene Kohn, a soprano Maria Aleida, a cantora Sandy, o Coral do Árvore da Vida, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e o Coral Lírico de Minas Gerais. No repertório, árias de ópera e canções italianas, inclusive Con Te Partirò, cantada por Bocelli ao lado do coral dos meninos do Árvore da Vida, programa de responsabilidade social impulsionado pela Fiat no Jardim Teresópolis, em Betim. Em uma bela homenagem ao Brasil, Andrea Bocelli ainda cantou À Beira do Caminho, de Roberto Carlos e Erasmo Carlos, com trechos em português. Belo Horizonte foi a única cidade brasileira contemplada pelo tenor, que se apresentara, em 15 de outubro, com a The New York Philharmonic, para mais de 60 mil pessoas no Central Park, em Nova York. Ele segue com seu projeto de popularizar e levar sua arte a um maior número de pessoas. “Já estive em diversos países e cada show é uma história diferente. Gosto de apresentar as canções novas, mas também de relembrar músicas marcantes. O próximo passo para popularizar minha arte é lançar o CD que foi gravado durante o concerto em Nova York”, ressalta. O artista, que tem 24 álbuns gravados e 70 milhões de cópias vendidas, ostenta potência incomum de voz

e um timbre reconhecível, versátil ao ponto de ir do belcanto ao furor do verismo, do repertório sagrado às baladas populares. Essas características ainda se associam a um talento natural peculiar, sensibilidade única e extraordinária de interpretação. “Quanto mais mergulho no canto, menos o compreendo. Sei apenas que Deus me ofereceu uma voz que me permite expressar aquilo que sinto e, neste sentido, acredito que posso descrevê-la como uma voz reconhecível”, afirma Andrea Bocelli. Participação especial O concerto de Andrea Bocelli na Praça da Estação também foi a realização de um sonho para os jovens da Oficina de Canto Coral do Árvore da Vida – Jardim Teresópolis, programa de relacionamento com a comunidade da Fiat Automóveis. Os alunos se apresentaram ao lado do tenor e da soprano Maria Aleida durante a canção Con Te Partirò, em momento de grande emoção. O professor do coral, Rodrigo Firpi, ressalta que os jovens ensaiaram intensamente nas duas últimas semanas e não faltou euforia e felicidade. Para ele, a música possibilita uma nova visão da realidade e é uma oportunidade de divulgar novos talentos de Betim. “A música é uma arte com uma grande representatividade para todos. A participação dos jovens no concerto, com o Andrea Bocelli, os incentiva a continuar. Foi um momento marcante na história do grupo”, afirma. Nas aulas, os jovens cantam desde música popular brasileira até música erudita, em vários idiomas, como italiano, francês, alemão, latim, espanhol e português. Dos 50 alunos, entre 12 e 15 anos, que participam dos eventos institucionais e culturais em várias cidades do Estado de Minas Gerais, 40 se apresentaram neste concerto. A jovem Bianca Aragão Esteves, de 16 anos, que conheceu o Árvore

da Vida na escola e hoje é monitora da Oficina, destaca a importância do concerto e a alegria de participar do coral. Segundo Bianca, estar com Andrea Bocelli foi uma oportunidade de ganhar conhecimento e experiência. “Estou muito feliz e devo muito ao Programa, que realmente contribuiu para a minha autoestima e crescimento pessoal”, avalia. Segundo o diretor de Comunicação Corporativa da Fiat, Marco Antônio Lage, o coral e as artes são uma das vertentes do Programa Árvore da Vida, de resgate da cidadania dos moradores do Jardim Teresópolis, que combina também ações de educação e de geração de trabalho e renda. O tenor Andrea Bocelli, além de compartilhar o palco com os meninos do coral, interessou-se pelo programa Árvore da Vida. Ele mantém uma fundação que leva seu nome e que se dedica a promover ações de inclusão social e de valorização do ensino da arte.

Sandy e Andrea Bocelli dividem o palco em canções que o público sabe cantar. O maestro Eugene Kohn conduz a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais Rodrigo Firpi, Bianca Esteves e Marco Lage: a inclusão social através do ensino da arte

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cultura Fotos Ignácio Costa

Turmas do 3o e 4o ano da Fundação Torino fazem tour educativo

Uma viagem a Roma Visitantes da exposição “Roma - A vida e os imperadores”, em cartaz na Casa Fiat de Cultura até 18 de dezembro, fazem uma viagem no tempo e interagem com uma das maiores civilizações que o mundo já conheceu

Por Rúbia G. Piancastelli

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eche os olhos e imagine-se entrando em uma sala toda de mármore, repleta de tumbas talhadas com figuras humanas, rostos brancos e frios, mas cheios de expressão. Ou ainda num campo de batalha, com homens bradando os nomes de suas cidades, defendendo à espada e golpes a honra do seu imperador. Parecem cenas de filme, imagens que guardamos sobre um passado remoto que muitas vezes nos é apresentado através de produções audiovisuais. Junto de livros e lembranças das aulas de história e arte, vamos reconstruindo o que nos pareceu ser o grandioso Império Romano, com seus inúmeros fatos, guerras, deuses e produção cultural. A oportunidade inovadora oferecida pela exposição “Roma - A vida e os imperadores”, em exibição na

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Casa Fiat de Cultura desde o dia 21 de setembro, está em promover aos visitantes experiências ainda não vividas no Brasil, afinal as 370 peças são inéditas por aqui. Vindas de seis instituições culturais europeias com a curadoria do professor da Universidade de Florença, Guido Clemente, em colaboração com uma comissão científica formada por renomados estudiosos e historiadores dos principais museus italianos de arqueologia, estão sendo apresentadas pela primeira vez em Belo Horizonte, para depois seguir para o MASP, em São Paulo. “São objetos muito representativos e preciosos, todos originais, que testemunham a cultura, a arte e o estilo de vida de uma Civilização que, junto àquela Grega, forma a base comum de todo o mundo ocidental e mo-

derno”, reforça o professor de Artes da Fundação Torino, Luciano Sepúlveda. Junto dos seus alunos de 3o e 4o ano, Luciano acompanhou a visita educativa pelas salas da exposição, Ali, através de uma narrativa cronológica, são apresentados os fatos relevantes, personagens e acontecimentos perpetuados ao longo dos três séculos que glorificaram um fenômeno único no mundo: o Império Romano. A percepção geral do público, segundo o presidente da Casa Fiat de Cultura, José Eduardo de Lima Pereira, é de muito entusiasmo, especialmente por se verem cercados de personagens, objetos e fatos que só conheciam na ficção. “Sabíamos que a exposição seria grandiosa, mas desde o início do projeto o retorno tem nos surpreendido. É incrível a emoção dos relatos de quem vivencia ali um momento histórico - a Roma antiga”, conta Lima Pereira. E começa a viagem O ponto de partida desta “viagem” é o processo de estabelecimento do Império Romano, através da vida, obra e morte dos seus fundadores, César e Augusto, questões da guerra e religião, todos reunidos no módulo chamado “Entre César e Augusto: o nascimento do Império”. A segunda parte, “Nero”, revela uma outra face de Roma com sua luxúria e riquezas. Segue o módulo “O apogeu do Império”, que exibe elementos do cotidiano das cidades, como paredes com afrescos da Vila de Pompéia e outras peças do período. E finalmente o último módulo, “Um Império Multicultural”, onde Roma é retratada como precursora da globalização por reunir povos de todas as origens, como africanos e orientais. A reação do público - formado em dias de semana por 70% de alunos da rede pública e privada de ensino de Minas Gerais, grupos e universidades e nos finais de semana por uma

heterogeneidade de idades, classes e origens - é sempre de surpresa. “É fantástico, especialmente porque dá oportunidade a quem não tem possibilidade de ir à Roma ou a outra exposição desse estilo no Brasil. Pena que não vai para Curitiba!”, afirma o executivo Gilberto Crivellaro, que aproveitou a viagem a trabalho em Belo Horizonte para fazer a visita. A curiosidade veio do apreço pela cultura e das próprias raízes italianas. Alexandre Gulin, colega de Gilberto na mesma empresa, ressalta: “esse é um tema que gera interesse, saber como era e se vivia naquela época.”

Interesse direto no tema e todas suas interpretações foi o que levou os três colegas do 2o período do curso de História da UFMG, Gabriel Bueno, Hudson Leonardo e Camila de Azevedo, a passarem a manhã na Casa Fiat. O curso é o mesmo, mas as preferências e observações são pessoais. “Gostei muito da urna por ser bem trabalhada e ter um valor importante com relação às crenças dos romanos, ligadas à morte e à divindade”, diz Gabriel. Já Hudson apontou o elmo como o elemento de destaque, pois foi o que mais lhe remontou à Roma, sua história de conflitos e simbolismos da guerra.

Clarissa e Camila, da Fundação Torino, observam estátua de Isis

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cultura Alunos do curso de história da UFMG examinam urna romana

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Da sala de aula à galeria O que não falta são grupos escolares visitando a exposição e participando do Programa Educativo da Casa Fiat de Cultura, que em sua primeira semana já estava com a agenda lotada. “A oportunidade de ver presencialmente as obras e os objetos estudados nos livros e na sala de aula é um enriquecimento enorme e uma experiência insubstituível para os alunos”, afirma o professor de Artes da Fundação Torino, Luciano Sepúlveda. Junto do professor de Filosofia e história, Giuseppe Ferraro, Luciano levou alunos do 3o e 4o ano para apreciar de perto os objetos e enriquecer as reflexões iniciadas na sala de aula. O percurso feito pelos alunos da Fundação Torino serviu para reforçar conceitos, contextualizar a história por meio de peças preservadas e apontar elementos já trabalhados sobre a civilização romana, seus costumes e produção artística. Para as alunas Camila Camanzi e Clarissa Borba, do 4o ano, uma das peças mais interessantes era a de Ísis, deusa egípcia da fertilidade incorporada às divindades romanas (assim como muitas outras). “Sua natureza é idealizada e quanto mais fiéis os traços, próximos ao real,

mais perfeito para os romanos”, explica Clarissa. Camila completa o raciocínio apontando também a beleza e raridade dos materiais usados na escultura, de duplo mármore, preto e branco. O primeiro, menos comum em esculturas romanas, dava cor à vestimenta, e o segundo era a base das partes descobertas do corpo da deusa. Se os jovens já familiarizados com o universo antigo italiano ficaram admirados com a quantidade e qualidade das esculturas, ferramentas, relíquias romanas, peças religiosas e domésticas, imagine as crianças. Aos montes, meninos e meninas de 4 a 12 anos passeavam pelos corredores com olhos de encanto e dedos apontados para figuras “divertidas”, como um boneco em miniatura de bronze que simbolizava um vendedor de pães. As carinhas risonhas tentavam entender, com a ajuda dos educadores da Casa Fiat e professoras, o porque de determinadas vestimentas ou a total ausência delas. “Professora, porque o moço está pelado e com uma bandeja de pão na mão?”, pergunta um aluno da 2o série da escola infantil Bilboquê. A monitora responde: “Lembram o que eu falei sobre as esculturas de pessoas sem roupas? Eles querem

mostrar que a vida estava presente em todos os lugares, bem simples, natural!”. E um longo “aaaaaaaa...” ecoa pela sala. Além dos alunos do infantil, surpreenderam-se também os mestres, como foi o caso do professor de música e percussionista da Escola Municipal Martha Drummond, Wandercílio Reis. Ao se deparar com uma cena de um mortuário em mármore com uma ossada dentro, disse: “esse objeto me faz pensar na questão da morte e que a nossa vida é uma coisa passageira, é assim desde aqueles tempos. Isso é algo que não muda nem com o tempo nem com a classe social, somos todos de carne e osso.” Para o professor a oportunidade de entrar em contato com fragmentos da história através de uma mostra com tantos objetos diferentes é única, tanto para ele quanto para seus alunos de 3a e 4a séries do ensino fundamental da rede pública. Ao contrário do pensava - uma realidade distante em mostra na exposição, ele viu a possibilidade de fazer pontes com o cotidiano dos meninos e meninas: através de algumas ferramentas e figuras humanas está a representação dos ofícios de artesãos e comerciantes, similar às atividades que exercem muitos adultos da sua comunidade, pais de muitos dos alunos. Essa ligação entre os conjuntos expostos nas salas foi feita, na maioria das visitas, pelos monitores do Programa Educativo. Educativo especial Para a exposição “Roma - A vida e os imperadores” o Programa Educativo da Casa Fiat de Cultura contou com algumas novidades extras, “uma tentativa de aperfeiçoar o trabalho”, como conta a Coordenadora do Programa, Mailine Bahia. A equipe formada por 37 pessoas contou, além dos educadores de atendimento ao público agendado e espontâneo, com educadores pesquisadores - aqueles

que nutrem os demais com um repertório técnico que o grande tema da exposição exige. Além desses há mais três figuras importantes: o educador mobilizador, que visita escolas e instituições para apresentar a proposta da exposição e suas ações educativas e depois monitorar as atividades desenvolvidas posteriormente à visita; o educador surdo e uma intérprete de LIBRAS, que atendem o público com necessidades especiais auditivas. Para se ter uma ideia do trabalho, apenas em um final de semana, a equipe do Programa Educativo chega a receber cerca de 2.000 pessoas. Em menos de um mês de exposição, o número de visitantes ultrapassou a marca de 20 mil. O resultado positivo é reforçado ainda mais pelo feedback de alunos e professores: “o retorno dos visitantes tem sido o melhor possível. Com certeza o ineditismo das obras e o valor histórico delas contribuem para esse êxito”, conta Mailine. A exposição faz parte das atividades do Momento Itália-Brasil (20112012) e apresenta 370 obras originais, nunca antes vistas no Brasil, vindas de seis instituições de arte italianas: Museu Arqueológico Nacional de Florença, Museu Arqueologico de Fiesole, Museu Nacional Romano, Museu Nacional de Nápoles, o Antiquário de Pompeia e a Galeria de Uffizi.

Busto do imperador romano Nero Cláudio César Augusto Germânico

Roma - A Vida e os Imperadores 21 de setembro a 18 de dezembro de 2011 Casa Fiat de Cultura - Rua Jornalista Djalma de Andrade, 1250 – Belvedere – Belo Horizonte /MG Terça a sexta, das 10 às 21h / Sábados, domingos e feriados, das 14 às 21h TRANSPORTE E ENTRADA GRATUITOS Informações: Agendamento de visitas orientadas para grupos (31) 3289-8910 agendamento@casafiat.com.br www.casafiatdecultura.com.br

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gastronomia

A gastronomia de Ushuaia O passeio gastronômico inclui o cordeiro temperado desde o nascimento, a merluza negra e a centolla gigante. Tudo isso sem citar a bela paisagem...

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POR JOEL LEITE

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Vista do porto de Ushuaia, Patagônia Argentina

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e Buenos Aires, escala obrigatória para quem vai à Patagônia argentina, já é um delírio dos glutões com o bife de chouriço e a papa frita, a massa requintada, a variedade de pães e doces, Ushuaia põe a Capital no bolso quando o assunto são as delícias da mesa. Ocupado por migrantes argentinos de várias regiões, o ponto mais extremo da América – única região da Argentina que vai além da Cordilheira dos Andes – recebe influência também de chilenos e bolivianos, que migram em busca de emprego na Zona Franca local, onde são produzidos aparelhos eletrônicos, linha branca, computadores, aparelhos de TV. É difícil você encontrar um ushuiaiano legítimo. Só 15% da população é nativa, o que dá ao lugar um ar metropolitano, ampliado pelos milhares de brasileiros que a ela recorrem no inverno para curtir o frio intenso nesta época do ano, diversão garantida nas montanhas de neve, com a prática de ski e snowboard. Meu objetivo era descobrir o tempero do cordeiro, o principal prato de Ushuaia. Ouso afirmar que você nunca provou um cordeiro igual. Tenro, saboroso, leve, bem tostado. E delicado, ao contrário do que pode parecer quando você vê o bicho no espeto: ele é preparado no sistema fogo de chão, estirado em cruz com os espetos enterrados na terra, rodeando o fogo à lenha, que fica no centro, típico do churrasco argentino e gaúcho. Em duas horas o cordeiro está pronto. É destrinchado aleatoriamente, desrespeitando juntas e cortes tradicionais: paleta com peito, costela com pernil, nada disso. É um pedaço de cordeiro, mais um pedaço de carneiro. Delícia! Como você tempera o cordeiro?, perguntei - Cállate y come, hombre! Na segunda churrascaria, surpreendido pela pergunta, o maitrê passou displicente uma receita:

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Oswaldo Palermo Andrés Camacho

No inverno Ushuaia tem pouca luz, o dia começa as 10 horas da manhã e acaba às cinco da tarde

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- Vai sal, tomilho, pancheta e orégano. Não me convenceu. O sabor vai muito além desses temperos. Um terceiro chef disse apenas: - Sal. Só sal? Mentira. Mais tarde, Maximiliano Fernández, secretário de Informática y Telecomunicaciones do Gobierno de Tierra del Fuego, Antár-

tida e Islas del Atlântico Sur me confessou: a verdade é que o cordeiro da Tierra Del Fuego começa a ser temperado logo depois do desmame. O pasto da região está forrado de uma planta que produz uma pequena fruta, vermelha, chamada calafate, que deu o nome à segunda maior cidade da província. A calafate é usada para a produção de um doce muito especial. Mas sua maior utilidade é alimentar e servir o rebanho ovino. A calafate tempera o bicho que, ao ser assado, leva apenas uma mão de sal para realçar o sabor. E nada mais. O cordeiro na Patagônia é tão apreciado que as grandes empresas estocam a carne para atender à demanda do inverno, enquanto os pequenos restaurantes correm o risco de ficar sem a carne para atender seus clientes na temporada. Ushuaia tem 50 mil habitantes e apenas duas ruas centrais onde ficam os principais restaurantes. Todos servem o cordeiro assado e alguns são especializados em frutos do mar, muito saborosos por conta da água fria, como a centolla, típica do lugar, um

Oswaldo Palermo

gastronomia O cordeiro de Ushuaia é temperado desde o desmame com calafate, fruta típica dos pastos da região

caranguejo vermelho que chega a ter quase um metro de envergadura. Provamos a centolla no restaurante Tante Nina, que margeia a baia de Ushuaia, em frente ao Canal de Beagle. Uma porção farta de carne, saborosa, permitindo sentir o sabor bem natural. No mesmo restaurante provamos um dos pratos mais tradicionais da Tiera Del Fuego, a merluza negra. Não, não tem nada a ver com a nossa merluza, um peixe sem grandes atrativos. A merluza negra chega a pesar 100 quilos, vive a três mil metros de profundidade e é pescada com anzol nas águas da região até o Chile. Proporciona um prato refinado, delicado, feito na manteiga e vinho branco, temperado com alho porró, caldo de peixe, açafrão e acompanhado com filetes de pimentão, abobrinha e camarões. A receita é do chef Gustavo Marcelo Vallejos, 40 anos, que veio há dez de Buenos Aires. No inverno, Ushuaia tem pouca luz. O dia começa as 10 da manhã e acaba às cinco das tarde. O frio recolhe as pessoas para dentro de casa, nalidade. Qualpara um restaurante ou uma casa quer prato é a de chá. Estimula o consumo de e x p r e s s ão um bom vinho ou chocolate mo ler Pa de uma o quente. ld wa Os emoção”. Você acorda pela A nossa manhã, sai na rua d e s p edida e vê os picos brangastronômicos das montanhas, ca foi no Museu a neve caindo em Restaurante, na flocos. Senta numa avenida da praia, montamesa de bar e à sua do num velho armazém, que frente está a baía do fim o comerciante libanês Salomon abando mundo, o canal de Beagle, última donou há 40 anos. Enrique Chaco reescala antes da Antártica. cuperou o lugar, deixando intacto o Penso que, ao saborear a centolla, cenário: balcões de madeira, compara merluza negra ou o cordeiro assatimentos de grãos, peças antigas, medo, não é apenas um prato que você sas pesadas de madeira e o ambiente está comendo. Você está saboreando todo esse universo. Como diz o che- recortado em várias salas aconchefe argentino Miguel Sanches Romera, gantes, onde as pessoas vão pela médico e gastrônomo que criou a neu- manhã saborear a variedade de pães rogastronomia: “Não há comida que e doces produzidos pelo chef francês não esteja carregada de uma emocio- David Dumont.

Chef do restaurante Tante Nina, Gustavo Marcelo Vallejos, com o prato de centolla Típicas de Ushuaia, algumas centollas chegam a ter um metro de envergadura

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Fotos Divulgação

notas

BOAS-VINDAS

Dia da mulher no Direção Segura

Norberto Klein é o novo diretor de Recursos Humanos da Fiat América Latina

Trinta convidadas, entre jornalistas, profissionais de trânsito, clientes e policiais militares fizeram a etapa de Brasília do Direção Segura, que teve este dia dedicado exclusivamente às mulheres. Elas receberam dicas de condução segura, aulas teóricas sobre itens de segurança veicular dos carros Fiat e aulas práticas no autódromo internacional Nelson Piquet. Convidadas especiais, elas tiveram a disposição pilotos de competição, profissionais da área automotiva e instrutores de segurança veicular treinados pela Fiat Automóveis.

Norberto Klein é engenheiro mecânico com mestrado em administração e há mais de três décadas trabalha no setor automotivo. Começou suas atividades no Grupo Fiat em 1983, nas áreas de engenharia industrial da Magneti Marelli Motopropulsor. Foi também diretor de produção e manufatura da empresa até 1998. Em seguida, assumiu o posto de responsável de negócios da Magneti Marelli Suspensão, entre 1999 e 2004. Esteve na Magneti Marelli Cofap desde 2004, onde foi responsável por vendas em âmbito mundial. Em seguida, assumiu a vice-presidência Global de vendas da empresa, que deixou para assumir o cargo de diretor de Recursos Humanos da Fiat América Latina. É diretor regional da Sociedade de Engenheiros da Mobilidade - Brasil seção Minas Gerais.

Carlos Eugênio assume Argentina Carlos Eugênio Dutra é o novo vice-presidente da Fiat Argentina. Ele sucede no cargo a Vilmar Fistarol, que se tornou o encarregado mundial de compras do Grupo Fiat. Dutra acumula o novo posto com o cargo de diretor de Produto da Fiat Automóveis. No processo de reorganização, ele transferiu as responsabilidades sobre exportação para Eduardo Mayoral.

Gerardo Bovone assume o comando da Comau América Latina Bovone, que ocupava o cargo de diretor geral da Fiat Argentina, assume agora o comando da Comau América Latina, no lugar de Alejandro Solís, que assumirá o cargo de diretor industrial da Fiat Automóveis, na Argentina. Gerardo começou suas atividades no Grupo Fiat em 1998, como superintendente da Magneti Marelli Elettronica, também atuou como diretor administrativo e financeiro da Magneti Marelli do Brasil. Durante a sua primeira passagem pela Comau Brasil entre 2003 e 2007, Bovone foi o responsável pela ampliação dos negócios da empresa.

CTI O presidente da Case New Holland, Valentino Rizzioli, também preside o Conselho de Tecnologia e Inovação (CTI) da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG). O objetivo do CTI é desenvolver e expandir os estudos e as aplicações de inovações tecnológicas em Minas Gerais, tornando o estado uma referência para o Brasil. “Queremos também promover uma integração ainda maior entre instituições acadêmicas, poder público e empresas privadas. Desta forma colaboramos para aumentar a competitividade da indústria mineira e nacional, ajudando no desenvolvimento do país em diversas áreas, como a de infraestrutura”, afirma Rizzioli.

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IVECO PRODUZ VEÍCULO NÚMERO 100 MIL E MELHORA OS ÍNDICES DE SUSTENTABILIDADE A fábrica da Iveco de Sete Lagoas completou a produção do veículo de número 100 mil da marca. O modelo, um caminhão extrapesado Iveco Stralis 460 NR Eurotronic, foi concluído no dia 14 de setembro, dois dias depois da fábrica ter fechado o mês de agosto com o recorde mensal absoluto de 4.981 unidades. Ao mesmo tempo em que produz em ritmo recorde, a fábrica da Iveco está aumentando seus índices de sustentabilidade na produção, devido ao programa WCM, adotado pela Iveco e por todas as empresas do Grupo Fiat Industrial.

Melhores empresas Pelo sexto ano consecutivo, a Case New Holland foi eleita como uma das “150 Melhores Empresas para Você Trabalhar”, segundo pesquisa da Revista Exame. A CNH se destacou no setor Automotivo, como uma companhia preparada para repetir em 2011, o bom crescimento do ano passado. “Este é mais um passo na história de sucesso da Case New Holland e ainda queremos ser muitas vezes apontados como uma das empresas mais admiradas e respeitadas do país, atraindo os melhores talentos. O Brasil vive um momento especial e busca profissionais inovadores, prontos para desafios e com foco em mudanças para a construção de uma nação forte e competitiva. Devemos saber aproveitar as oportunidades que estão surgindo”, explica o presidente da CNH, Valentino Rizzioli.

Fiat Toys A Fiat tem buscado uma interação com o consumidor final não só pelos meios tradicionais de comunicação, mas também em momentos diversos do seu cotidiano. Uma forma de a empresa materializar essa ideia foi através do Projeto Toy, que busca uma interação divertida e espontânea com o público final. Os produtos são vendidos ao público final em lojas especializadas de todo o país. Em 2011 já foi lançado o Super Jogo da Vida e vem aí o Carro Novo Uno de controle remoto.

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raio-X DO GRUPO FIAT NO BRASIL

fiat spa MONTADORAS

componentes

serviços

Fiat Revi www.fiat.com.br Fiat Automóveis www.magnetimarelli.com Magneti Marelli

Raio-X do Grupo Fiat no Brasil

Fiat Services

sistemas de produção Fides Corretagens de Seguros

www.teksid.com.br Teksid do Brasil www.isvor.com.br Isvor Instituto para o Desenvolvimento Organizacional

www.comau.com.br Comau do Brasil

serviços financeiros

Fiat Finanças

Banco Fidis

fiat industrial Empresa: Fiat do Brasil S.A. A Fiat do Brasil S.A., constituída em 1947, é a empresa mais antiga do Grupo Fiat no Brasil. É a representante, no país, da holding Fiat SpA e presta serviços em suas diversas áreas de atuação à Fiat Industrial SpA. A Fiat do Brasil S.A. tem a função de representação institucional perante as autoridades governamentais, comunicação corporativa, auditoria interna, treinamento, contabilidade, normatização e gestão das áreas fiscal e tributária, metodologia, folha de pagamento e outras atividades de suporte às operações do Grupo, prestando serviços a 19 empresas, divisões, associações e fundações.

MONTADORAS

componentes

serviços financeiros

www.fptpowertrain.com FPT – Powertrain Technologies (Mercosul)

Banco CNH Capital

www.cnh.com Case New Holland (CNH)

www.iveco.com.br Iveco Latin America

cultura

educação

assistência social

www.casafiatdecultura.com.br Casa Fiat de Cultura

www.fundacaotorino.com.br Fundação Torino

www.fundacaofiat.com.br Fundação Fiat

Localização: tem plantas industriais nos estados de Minas Gerais, Paraná e São Paulo. Presidente: Cledorvino Belini

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memória

FIAT 500: Meio século de sucesso Há 54 anos chegava ao mercado Italiano o novo modelo de automóvel da Fiat, o Nuova Fiat 500

E Fotos Divulgação

m julho de 1957 surgia na Itália o Fiat Cinquecento. Originado em um período em que a Europa ainda se recuperava da devastação da

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Segunda Guerra Mundial, o Fiat 500 surgiu para atender a necessidade de dar mobilidade às populações europeias sem exceder os recursos que se dispunham na época. O momento exigia automóveis que fossem baratos no preço, na produção e, especialmente, no consumo de combustível. O Fiat Cinquecento, inicialmente chamado de Nuova Fiat 500, não só atendeu essa exigência como surpreendeu e encantou com seu design genial, ainda inesperado em um veículo tão utilitário. Gerações inteiras cresceram com o Fiat 500 e acompanharam suas transformações ao longo desses 54 anos de história.



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