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Conhecimento Científico e Tradicional
RESERVA FORTALECE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE COM PROGRAMA DE MONITORAMENTO
Coordenação geral: Marcelo Marcelino (Diretoria de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento da Biodiversidade - Dibio/ICMBio). Coordenação executiva: Kátia Torres Ribeiro (Coordenação Geral de Pesquisa e Monitoramento - CGPEQ/ICMBio). Gestão dos recursos e gerenciamento: Tatiana Chaves de Souza (Coordenação de Monitoramento da Biodiversidade - Comob/ICMBio).
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A Reserva Biológica do Tapirapé está localizada a cerca de 200 km da cidade de Marabá, no Pará, por via terrestre. “Dois caminhos levam à sede da Unidade de Conservação, o primeiro por terra e o segundo caminho tem origem na cidade de Parauapebas com 100 km de estrada até a passagem da balsa, no rio Itacaiúnas. A viagem segue via fluvial e é completada com mais 80 minutos. Devido à grande distância entre as cidades de apoio e a Base do Bacaba, ficou claro o grande desafio para a gestão da Reserva. Nesse cenário, o envolvimento das comunidades e dos moradores do entorno de forma voluntária aparecia como estratégico na ampliação das iniciativas de monitoramento e apoio à pesquisa na Unidade de Conservação. A confiança das comunidades nas ações governamentais estava fragilizada e alguns paradigmas deveriam ser rompidos com o intuito de aproximar a relação entre as comunidades e o ICMBio”, afirma Raimundo Façanha Guedes, chefe da Reserva Biológica do Tapirapé. INSPIRAÇÃO
Cursos de capacitação do Programa Nacional de Monitoramento da Biodiversidade, organizados pela Coordenação de Monitoramento da Biodiversidade (Comob).
PERFIL
Única unidade de proteção integral da região, no sudoeste do Pará, a Reserva Biológica do Tapirapé conta com cerca de 100 mil hectares.
OBJETIVOS
Tornar a gestão da Unidade de Conservação mais participativa; aderir e contribuir com o Programa Nacional de Monitoramento; monitorar a biodiversidade; incentivar a pesquisa científica na unidade; fortalecer parcerias.
Foto: Acervo ICMBio
Foto: Acervo ICMBio
RESULTADOS
ࡿ Implantação do Programa de Monitoramento com oito campanhas viabilizadas pela mobilização de comunitários e acadêmicos. Conservação da biodiversidade fortalecida.
ࡿ Aumento no número de pesquisas desenvolvidas pela Universidade. Monitores locais, comunitários e acadêmicos já participam de outras ações da Unidade de Conservação. ࡿ Aproximação entre a equipe gestora e as comunidades do entorno. O programa agregou valor à participação social. ࡿ A experiência das trilhas amostrais contribuiu para a qualidade dos dados apresentados no Programa Nacional de Monitoramento da Biodiversidade. Aumento da divulgação da Unidade de Conservação e da visibilidade positiva do ICMBio na região.
METODOLOGIA
A participação da equipe gestora da Reserva Biológica Tapirapé no curso de capacitação sobre o Programa Nacional de Monitoramento da Biodiversidade refletiu em ações práticas, com o início do planejamento da unidade para adesão ao programa. A primeira etapa para viabilizar as trilhas amostrais contou com a contribuição da equipe da guarda-florestal (Prosegur/Vale). Na fase de mobilização de parceiros, a Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) contatou associações de cada comunidade e assim reuniu comunitários do entorno e universitários na reserva. A reunião teve como objetivo apresentar a proposta de capacitação do Programa Nacional de Monitoramento da Biodiversidade, organizado pela Coordenação de Monitoramento da Biodiversidade (Comob).
Por conta da localização da unidade, os recursos financeiros do Programa de Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa) permitiram suprir a demanda logística, o que garantiu a execução dessa prática. O incremento da parceria com a universidade aproximou a equipe gestora das comunidades locais, conferiu reconhecimento ao Conselho Gestor e despertou o interesse de potenciais parceiros.
INSPIRE-SE!
ࡿ Aplicar o Programa de Monitoramento da Biodiversidade aprimora a conservação e reforça a importância do envolvimento da comunidade. Confira as publicações na Biblioteca de Monitoramento do ICMBio http://bit.ly/monitoramentoICMBio ࡿ Capacitar os moradores que vivem no entorno para o Programa é o ponto de partida para desenvolver novas ações. ࡿ Parcerias com Universidades e institutos de pesquisa, que são referência na região, ajudam a desmistificar percepções equivocadas sobre Unidades de Conservação e o ICMBio.
A prática foi apresentada no II Seminário de Educação e Pesquisa pela Conservação da Biodiversidade e do Desenvolvimento Socioambiental (SECBIO), da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará marcando o encerramento das atividades do Programa de Educação, Agricultura Familiar e Conservação da Biodiversidade, implementado entre 2015 e 2017. A gestão da reserva já desenvolve protocolo específico para a ictiofauna local.
PERÍODO
Maio de 2014 a outubro de 2017.
PARCEIROS DO PROJETO
Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa); Associação Projeto de Assentamento Bandeirantes; Associação Projeto de Assentamento Cupú; Associação Projeto de Assentamento Maravilha; Associação Projeto de Assentamento Volta Grande; Guarda Florestal (Prosegur/Vale); Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-bio).