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Diálogo Permanente

DIÁLOGO PERMANENTE

RECURSO AUDIOVISUAL FAVORECE APROXIMAÇÃO ENTRE GESTÃO ESTADUAL E A COMUNIDADE

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Coordenação geral: Paulo César Lyra (Secretaria do Meio Ambiente do Ceará - Sema-CE). Coordenação executiva: Cecília Licarião Barreto Luna (Secretaria do Meio Ambiente do Ceará - Sema-CE). Gestão dos recursos e gerenciamento: Fátima Viviane Carneiro Bezerra (Secretaria do Meio Ambiente do Ceará - Sema-CE).

A permanência das comunidades tradicionais que já viviam na área demarcada como o Parque Estadual do Cocó, em 2017, está prevista no decreto de criação da unidade, assim como a continuação das atividades econômicas desenvolvidas pelos moradores e o uso dos recursos naturais, com base no Plano de Manejo. A partir desse panorama, o estabelecimento de uma relação próxima entre a Secretaria do Meio Ambiente do Estado do Ceará e as comunidades era mais do que necessário. “O projeto foi desenvolvido como forma de identificar as comunidades tradicionais e associações de moradores na área de abrangência do Parque Estadual do Cocó e assim buscar a aproximação das mesmas com a gestão do Parque por meio da educação ambiental”, esclarece Paulo César Lyra, gestor do Parque Estadual do Cocó.

Fotos: Sabrina Soares e Eduardo Barbosa PERFIL

Localizado em Fortaleza, é o maior parque natural urbano do Norte/Nordeste, com 1.571 hectares. O rio Cocó percorre toda a extensão da unidade que tem como principal ecossistema o manguezal.

OBJETIVOS

Ampliar o alcance das práticas educativas no parque; criar agentes multiplicadores de ações ambientais; despertar o interesse pelas causas ecológicas; fortalecer práticas ambientais desenvolvidas pelas associações de moradores das comunidades locais; proporcionar momentos de lazer para os envolvidos.

RESULTADOS

ࡿ A aproximação entre a gestão do Parque e as comunidades possibilitou a criação de um canal de diálogo permanente.

ࡿ Identificação dos anseios, conflitos e dificuldades dos moradores, suas formas de organização e aspectos socioambientais.

ࡿ Formação de cidadãos mais conscientes sobre a importância do parque, os objetivos da unidade e as particularidades dos ecossistemas ali presentes. ࡿ Ampliação das ações ambientais no território. Parceria voluntária para a fiscalização das áreas do entorno.

METODOLOGIA

A Secretaria do Meio Ambiente do Estado do Ceará selecionou duas comunidades como público-alvo: Associação de Nativos e Moradores da Sabiaguaba e a Comunidade do Tancredo Neves.

O projeto foi desenvolvido em três locais: nas duas comunidades e no Centro Cocó, que integra o Centro de Referência Ambiental do parque. Uma vez por semana, às quartas à noite, 15 moradores escolhidos pela Associação e pela Comunidade participavam de dinâmicas relativas às questões ambientais. No Cine Cocó, as práticas tinham início com jogos de tabuleiro que faziam referência à temática, como uso racional da água e prevenção ao mosquito da dengue, por exemplo. Na sequência, os moradores assistiam a produções audiovisuais pré-selecionadas (filmes, documentários, curtas-metragens, manifestos, comerciais) sob as diversas faces do assunto. Após a exibição, educadores do Parque Estadual do Cocó conduziam rodas de conversa sobre o assunto abordado, com o propósito de aguçar o senso crítico dos participantes a partir de questionamentos. Às sextas-feiras, semanalmente também, educadores ambientais realizavam palestras e rodas de conversa nas comunidades sobre temas sugeridos pelos moradores ou seguindo o Calendário Ecológico do Semiárido desenvolvido pela Associação Caatinga. O calendário traz os dias comemorativos relacionados à natureza, como por exemplo, 22 de março/Dia Mundial da Água; assim como ações de prevenção, 11 de janeiro/Dia do Controle da Poluição por Agrotóxicos; e celebra cada profissional envolvido nessa missão, 06 de fevereiro/Dia do Agente de Defesa Ambiental.

Durante o projeto, os moradores sugeriram a realização de passeios de barco pelo rio Cocó. Para os servidores da Secretaria essa prática permitiu abordar questões voltadas aos recursos hídricos em um contexto de maior apelo. Oficinas de plantio e horta orgânica, em menor escala, também constituíram a prática.

PERÍODO

Julho de 2016 a janeiro de 2017.

PARCEIROS DO PROJETO

Associação de Nativos e Moradores da Sabiaguaba; Comunidade Tancredo Neves; Associação Caatinga.

Fotos: Sabrina Soares e Eduardo Barbosa

Fotos: Sabrina Soares e Eduardo Barbosa

Fotos: Sabrina Soares e Eduardo Barbosa

INSPIRE-SE!

ࡿ Selecionar filmes sobre a temática ambiental que dialoguem com os desafios da Unidade de Conservação pode ser um caminho para iniciar rodas de conversa. ࡿ Fotografias são instrumentos que permitem também novas abordagens como ponto de partida nas conversas sobre questões ambientais. Valem fotos de fotógrafos reconhecidos, imagens do próprio ICMBio, da comunidade e dos visitantes, uma vez que é possível rastreá-las pelas hashtags. ࡿ Oficinas que estimulem os moradores das comunidades a fotografar os motivos de orgulho e os desafios da Unidade de Conservação e do entorno também podem produzir registros surpreendentes. A análise desse material pode funcionar como eixo central de uma série de rodas de conversa.

ࡿ A análise conjunta da equipe gestora nos bastidores é interessante, mas a conclusão final deve ser participativa. Organizar uma mostra com a revelação de pelo menos uma foto de cada participante tem potencial de estabelecer nova dinâmica de trabalho.

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