5 minute read
Comunicar
EU AMO CERRADO INVESTE NA ESTRATÉGIA CONHECER PARA PROTEGER
Coordenação geral: Luiz Henrique Caixeta Gatto (Instituto Brasília Ambiental - Ibram-DF). Coordenação executiva: Marcus Vinicius Falcão Paredes (Instituto Brasília Ambiental - Ibram-DF). Gestão dos recursos e gerenciamento: Coordenação de Educação Ambiental e Difusão de Tecnologias – Codea/Ibram-DF.
Advertisement
O desconhecimento sobre a flora e a fauna do Cerrado pela população que vive na área do bioma foi o ponto de partida dessa prática. A necessidade de conhecer para valorizar, motivou a observação dos servidores do Instituto Brasília Ambiental (Ibram) sobre quais e como as informações sobre o Cerrado são divulgadas à população. “No Instituto Brasília Ambiental (Ibram) não havia nenhum material gráfico que contemplasse de forma lúdica a biodiversidade do Cerrado”, revela Marcus Vinicius Falcão Paredes, gerente de Educação Ambiental em Unidades de Conservação do Instituto Brasília Ambiental (Ibram) e relator da prática. Na tentativa de responder a essa demanda, os servidores do Ibram desenvolveram programa específico para difundir conhecimento. INSPIRAÇÃO
Cartaz Aves Comuns nos Parques do Distrito Federal, como parte do trabalho de conclusão de curso de um servidor.
PERFIL
Unidades de Conservação do bioma Cerrado.
OBJETIVOS
Ampliar o conhecimento da população sobre a fauna e a flora do Cerrado, como estratégia de valorização; desenvolver material decorativo com a temática Cerrado para ambientes, fonte de pesquisa estudantil e material de promoção institucional.
Foto: Acervo Ibram-DF
RESULTADOS
ࡿ O projeto Eu Amo Cerrado já produziu mais de 10 edições de cartazes a partir de quatro temas: Aves do Cerrado; Frutos do Cerrado; Mamíferos e Pegadas do Cerrado; Árvores do Cerrado. O material é divulgado nas Unidades de Conservação e pelo Ibram. Em quatro anos do projeto, 40 mil exemplares impressos. ࡿ 50 mil folders desenvolvidos e distribuídos com os temas aves, frutos e mamíferos do Cerrado. ࡿ Exposição fotográfica Eu Amo Cerrado com registros da Estação Ecológica Águas Emendadas, no Distrito Federal, é itinerante. Entre as montagens já realizadas, são destaques: a estreia no Congresso Reeditor Ambiental, em 2016, para 400 alunos e 15 professores da Secretaria da Educação do DF e a comemorativa dos 10 anos do Ibram, na estação do metrô de Brasília, o que permitiu que milhares de pessoas conhecessem mais o Cerrado. ࡿ A cada nova edição, mais parceiros são incluídos e novas espécies são contempladas. As publicações ambientais representam ferramentas de divulgação do Ibram.
METODOLOGIA
A pesquisa acadêmica realizada por um dos servidores motivou um grupo a produzir material bibliográfico oficial sobre o bioma. O desenvolvimento dos materiais envolveu a elaboração das listas de espécies do Cerrado, inicialmente de Aves e na sequência de Frutos, Mamíferos e Árvores. A edição do conteúdo é feita pelos servidores do Ibram. Os recursos para impressão vieram de duas fontes, do orçamento da Educação Ambiental do Ibram e das conversões de penas ambientais. A relação das espécies e a cessão de fotos para a publicação contaram com a mobilização de parceiros que contribuíram desde a primeira edição de cada produto. A Polícia Ambiental de São Paulo cedeu as fotos dos mamíferos. Enquanto a Universidade de Brasília, por meio do professor Manoel Cláudio da Silva Júnior, cedeu e auxiliou na identificação dos frutos e das árvores do Cerrado. O Grupo de Observadores de Aves do Planalto Central (Observaves) contribuiu com algumas fotos e na identificação de espécies de aves. O cartaz Árvores do Cerrado, lançado em 2016, no Dia da Árvore, 21 de setembro, traz 12 espécies representativas do bioma: Copaíba, Sucupira Branca, Aroeira, Piqui, Imbiruçu, Jacarandá do Cerrado, Gomeira, Ipê Amarelo, Pau Doce, Buriti, Peroba do Cerrado e Cagaita; são árvores tombadas como Patrimônio Ecológico do Distrito Federal. O lançamento oficial do cartaz ocorreu na Virada do Cerrado, organizada pela Secretaria do Meio Ambiente (Sema). Como forma de divulgar o conhecimento reunido e sintetizado sobre o Cerrado e assim contribuir para a valorização do bioma, cartazes são fixados nas Unidades de Conservação e tornam o ambiente mais informativo e alinhado à missão das áreas protegidas. O Ibram distribui o material em pontos específicos. Já existe uma demanda pelo material: escolas e a sociedade solicitam as publicações para ações independentes ou em conjunto com o Ibram, durante todo ano. A cada publicação, novos parceiros são incluídos no projeto. Com o fortalecimento do programa duas frentes são trabalhadas: Coleção Eu Amo Cerrado e EcoSapiens. O projeto EcoSapiens segue na mesma direção de contribuir com a difusão de conhecimento. Nele, jovens que atuam no Instituto Brasília Ambiental elaboram perguntas e respostas sobre a temática do Cerrado para a formação de um banco de dados. O resultado pode ser aplicado em uma série de produtos. O primeiro material previsto é um jogo ambiental sobre biodiversidade do bioma, mudanças climáticas, Unidades de Conservação, entre outros. O programa reconhecerá em premiação os jovens com o maior número de questões selecionadas para compor a estratégia.
Cartazes desenvolvidos: Aves do Cerrado: quatro edições, cerca de 15 mil exemplares; Frutos do Cerrado: três edições, cerca de 10 mil exemplares; Mamíferos e pegadas do Cerrado: três edições, cerca de 10 mil exemplares; Árvores do Cerrado: uma edição, cerca de 5 mil exemplares; A prática está inserida no planejamento da Coordenação de Educação Ambiental e Difusão de Tecnologias (Codea) com metas de publicações anuais.
PERÍODO
Julho de 2014 – em andamento.
PARCEIROS DO PROJETO
Grupo de Observadores de Aves do Planalto Central (Observaves); Polícia Ambiental de São Paulo; Universidade de Brasília (UnB); Gerências de Fauna e Flora do Instituto Brasília Ambiental (Ibram); fotógrafos voluntários.
Foto: Acervo Ibram-DF
INSPIRE-SE!
ࡿ Biodiversidade é uma das características das Unidades de Conservação e o conhecimento dos gestores e de outros órgãos deve ser compartilhado de inúmeras formas com a sociedade. Os materiais e a edição do conteúdo da biodiversidade regional podem ser desenvolvidos localmente.
ࡿ Fotografias são essenciais nessa prática, organize o material da Unidade de Conservação, levante as imagens registradas pelos pesquisadores e mobilize fotógrafos voluntários para a parceria. ࡿ Além do material impresso, outra forma de aproximar a sociedade do bioma é investir em produtos digitais, que podem ser acessados nas mais diversas plataformas, por interessados de todo o país, ou melhor do mundo. Diante de um movimento em Unidades de Conservação de todo o país, professores podem trabalhar com esse material em sala de aula e sugerir o acesso a mais conteúdo como atividade complementar. ࡿ Com o incremento de material sobre o bioma, as visitas às Unidades de Conservação podem ser ainda mais educativas.
Foto: Acervo Ibram-DF