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FORTALECIMENTO COOPERATIVO E O QUE NÃO DEVE FAZER?
Características dos membros:
Para assegurar uma participação eficaz do grupo no processo de fortalecimento, devem-se dar os seguintes elementos:
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• Ser pessoas interessadas na formação e exista voluntariedade na participação: todos os membros do grupo ou a maioria estão interessados no processo de formação, aclarando que sua participação deve de ser voluntária e não implica receber algum tipo de doação, evitando assim possíveis interesses entre os membros.
• Ser pessoas activas e com representação: Os participantes têm que ser pessoas activas que representam os interesses do grupo e não os interesses próprios pessoais fora do processo cooperativo. É de fundamental importância a aderência às formações da totalidade dos membros activos das cooperativas para que possam surgir organizações fortes e funcionais no futuro. Os participantes de um grupo compartilham a responsabilidade no processo e os resultados.
Número de grupos por facilitador:
Considerando que cada sessão de formação tem uma duração aproximada de 4 horas e que o período de formação completo é de entre 5 a 10 meses (semanal ou quinzenalmente), é recomendável que cada técnico que participe no programa de fortalecimento cooperativo não abranja mais de 5 grupos ao longo do programa, correspondendo estas a um dia da semana laboral.
A CODESPA considera desejável que o mesmo formador ou facilitador possa acompanhar todas as sessões em um mesmo grupo para poder avaliar da forma mais adequada a evolução de cada grupo. Isto permite que a comunidade está habituada ao mesmo formador, a participação é mais activa, em geral ficam mais à vontade que com uma pessoa estranha.
Contudo, outros formadores poderão orientar algumas sessões de capacitação em grupos não previamente atribuídos a eles se há circunstâncias excepcionais que assim o aconselham.
3.2. O QUE DEVE FAZER UM BOM FACILITADOR NO PROCESSO DE FORTALECIMENTO COOPERATIVO E O QUE NÃO DEVE FAZER?
O facilitador é peça-chave de qualquer processo de aprendizagem e deve assegurar o ciclo do programa de fortalecimento cooperativo, o desenvolvimento, supervisão, retroalimentação, avaliação com o grupo para melhorar a eficácia do trabalho.
As responsabilidades do facilitador são:
• Assegurar que os objectivos do programa de fortalecimento cooperativo sejam claros para cada um dos membros do grupo. • Desenvolver a comunicação e interacção no grupo para que se compartilhe toda a informação entre todos os membros do grupo. • Incentivar a participação equitativa e diálogo de todos os membros do grupo e fomentar que as habilidades de todos os membros são utilizadas. Cada um compreende as suas tarefas e conhecem quem é o responsável de quais tarefas. É importante envolver a todo o grupo na participação das formações e incentivar a representação das mulheres e jovens no processo e em nos órgãos de tomada de decisão. É importante que se comprove em todo momento que todos os participantes sem excepção estão entendendo a formação e não permita que a formação só avance apenas para aqueles que entendem.
• Identificar bem o grupo e seu funcionamento para entender melhor seus problemas, necessidades e os seus processos de tomada de decisões para ajudar os formandos a procurar possíveis soluções e opções apropriadas para seu fortalecimento como cooperativa. • Manter um bom ambiente de trabalho e fazer a entender ao grupo que as opiniões individuais dentro do grupo são importantes para a própria retroalimentação do grupo e que não se tem que originar conflito algum por expressar opiniões pessoais respeitosas. Desde o início mostrar conhecimento dos nomes e atitudes das pessoas do grupo, mostrar iniciativa e interesse, mostrar estar bem preparado. • Supervisão em todo o processo de avance no fortalecimento cooperativo, mas é importante não mostrar uma atitude de superioridade e criar uma atmosfera de colaboração entre todos. • Retroalimentar ao grupo através de comentários, respostas a suas perguntas ou discussões. Nunca ridiculize nenhuma pergunta, resposta ou sugestão dos membros do grupo. • Mostrar assiduidade e pontualidade nas formações e adaptar-se às preferências horárias do grupo. • Zelar pelos meios materiais e técnicos e gerir o tempo e os meios à disposição. • Avaliar o êxito da sua formação e aplicação deste Manual observando o progresso dos participantes. Se algo não está a correr bem, deve-se saber identificar as razões por aquelas não funcionarem bem e corrigir a tempo o processo. • Evitar promessas irrealizáveis e cumprir com a palavra dada (por exemplo, se recebe dinheiro para facilitar legalização, fazer dito trabalho).