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3.3. COMO E QUANDO PROGRAMAR A FORMAÇÃO?

O que não deve fazer um bom facilitador no processo de fortalecimento cooperativo: ojo

• Forçar a criação do grupo. • Influenciar ao grupo na tomada de decisões. • Desincentivar as iniciatvas cooperativistas do grupo. • Dar lições magistrais (dar uma formação em que só o formador fala). • Pedir algo em troca da formação (pequenos presentes da comunidade (-milho, feijão, galinha-). • Exigir almoço/conduto da comunidade. • Planificar as formações ao seu favor em detrimento da comunidade (sem atender as preferências de dia e hora da comunidade). • Não comunicar a comunidade com antecedência que não poderá assistir a uma sessão por circunstância de força maior (avaria do meio de locomoção, óbito...).

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O perfil ideal do bom facilitador para a implementação do programa de fortalecimento cooperativo:

• Ter experiência de trabalho com grupos de camponeses nas comunidades. Entender e respeitar as normas culturais, ser tolerante e respeitoso às diversas maneiras de pensar e diferentes opiniões do grupo. • Ter um bom conhecimento da agricultura e conhecer as prioridades da agricultura familiar. • Procurar o desenvolvimento local sustentável e a mudança da mentalidade assistencialista (criar rendimentos na própria comunidade sem estar a espera de incentivos externos, com os recursos próprios). • Contar com habilidades de comunicação e falar as línguas do grupo. • Contar com habilidades de formação: dominar metodologias de ensino de adultos e gerir bem técnicas e dinâmicas participativas no processo de aprendizagem dos grupos de trabalho. Ser prático e objetivo, explicar claramente sendo conciso nas explicações. • Outras qualidades: ser flexível, paciente, com coragem e honesto, acessível, saber escutar activamente, criativo e com capacidade para a improvisação, imparcial frente a possíveis conflitos entre os membros do grupo, discretos para manter os segredos do grupo, ser assíduo e pontual, não demonstrar interesse pela bebida e não ser demasiado falador.

No caso de organizar sessões de formação todas as semanas o programa de fortalecimento cooperativo tem uma duração total de 5 meses, considerando um período de 17 semanas para a implementação das 3 fases de formação com os seus módulos correspondentes e aproximadamente 3 semanas (ou um máximo 2 meses) ao fim, para finalizar com o processo de legalização das cooperativas. Dito processo exige só uma presença pontual em determinadas ocasiões para membros da junta directiva.

A duração aproximada é um total de 5 meses onde considera-se incluído um período de aproximadamente 45 dias até o pedido de Publicação no Diário da República. Para finalizar com o processo de legalização das cooperativas após esse tempo, é preciso 240 dias (aproximadamente 8 meses) para a obtenção do Alvará Comercial.

Como se viu anteriormente, uma de suas principais características é seu alto nível de flexibilidade, possibilidade de adaptação de acordo com a situação da cooperativa, sua disponibilidade de tempo e seu principal cultura e actividade económica. O nível de intensidade das formações pode-se ajustar em duas modalidades:

(a) As formações semanais: São as mais recomendáveis quando se tem pouco tempo para fazer uma introdução ao fortalecimento cooperativo e ao mesmo tempo permitem que as formações ocorram ao longo do período com mais disponibilidade para os camponeses dedicados à agricultura familiar.

Este período de maior disponibilidade corresponde ao período entre junho e outubro, onde a pesar de existir ainda trabalhos pendentes, a maioria dos produtores terminaram com o trabalho mais intenso das lavouras (preparação das lavouras, sementeira e colheita e preparação de alfobres, tarefas que ocorrem ao longo do período entre outubro e maio). A vantagem dessa estrutura ou cronograma é que permite trabalhar com grupos em um período adaptado no seu calendário agrícola de um ano e permite que uma cooperativa possa ser legalizada nesse mesmo período. (b) As formações quinzenais: São consideradas mais adequadas no caso em que o Programa de Fortalecimento

Cooperativo não possa começar no mês de junho, o que implica que as mesmas sejam realizadas numa época de elevada carga de trabalho no campo. De acordo com tais circunstâncias, é aconselhável a não realização de formações semanais porque poderiam colidir com a actividade de campo dos formandos e as formações correriam o risco de não contar com a aderência desejada. Com formações quinzenais o programa de fortalecimento cooperativo poderia ter uma duração aproximada de um total de 10 meses com a desvantagem de coincidir com épocas de trabalho mais intenso nas tarefas da agricultura familiar.

Neste caso consideramos um período de 8 meses para a implementação das três fases de formação com os seus módulos correspondentes e aproximadamente dois meses ao fim, para finalizar com o processo de legalização das cooperativas.

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